1º simpósio de enfermagem em hemodinâmica 1º simpósio de enfermagem em hemodinâmica...
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1º Simpósio de Enfermagem em Hemodinâmica
Reprocessamento de artigos em hemodinâmica
Silma Pinheiro
Limpeza
é a remoção de sujidade visível (orgânica e inorgânica) de objetos e superfícies por meio de:
- atividade manual (fricção) ou
- mecânica (ultra-som, lavadoras)
usando água com detergentes ou produtos enzimáticos
AAMI, TIR 30, 2003
Detergente É qualquer grupo de substâncias sintéticas, orgânicas, líquidas ou pós-solúveis em água que contêm agentes umectantes e emulsificantes que suspendem a sujidade e evitam a formação de compostos insolúveis ou espuma no instrumento ou na superfície.
Detergente enzimático
- Possui pelo menos uma enzima: a protease. - Pode ser adicionado a lípase, amilase ou celulase e outros ingredientes como umectantes, surfactantes, entre outros.
AAMI, TIR 30, 2003
Detergente
Requisitos:
- não ser abrasivo; - não ser corrosivo; - formar pouca espuma; - ser biodegradável; - atóxico; - efetivo para todos os tipos de sujidade; - ter meia vida longa; - prover efetiva demonstração da concentração e
vida útil
AAMI, TIR 30, 2003
Ação dos detergentes enzimáticos
Afetada por:
quantidade de sujidade nível de desidratação da sujidade (ressecamento) degradação gradual das enzimas durante o uso
A SOLUÇÃO DEVE SER TROCADA APÓS CADA EXPOSIÇÃO A MATERIAL SUJO
AAMI, TIR 30, 2003
- Hidratação: evitar a secagem, coagulação e precitação de sujidade;
- Fricção: envolve atrito repetido sobre a sujidade com material de nylon de tamanho apropriado ao instrumental;
- Digestão, solubilização e fluidificação: envolve a exposição ao produto enzimático;
- Qualidade da água;
- Método de secagem: álcool, tecido, ar sob pressão
AAMI, TIR 30, 2003
Elementos essenciais da limpeza
Parâmetros para a água usada no reprocessamento
AAMI. TIR 34, 2007
Variáveis Água Água Deionizada Alta pureza Potável mole (OR/destilação)
Bactérias (UFC/ml) < 200 < 200 < 200 < 10Endotoxina (EU/ml) NA NA NA < 10Carbono orgânico (mg/l) < 1,0 < 1,0 < 1,0 < 0,05pH 6,5-8,5 6,5-8,5 NA NADureza (CaCO3 ppm) < 150 < 10 < 1,0 < 1,0Resistividade NA NA > 1,0 > 1,0Cloro (mg/l) < 250 < 250 < 1,0 < 0,2Ferro (mg/l) < 0,3 < 0,3 < 0,2 < 0,2Cobre (mg/l) < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1Manganês (mg/l) < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1
Métodos de limpeza
Limpeza Manual
Repetibilidade limitada: variações entre indivíduos Instruções passo-a-passo reduzem as variações
Validação é importante
Pré-lavagem dos artigos
Completa de todo o material desmontado
Imediatamente após o uso em água ou detergente
Inserção da solução dentro do lúmen
0 minuto 5 minutos
10 minutos 30 minutos
Controles positivos
Imersão dos artigosem detergente
Completa de todo o material desmontado
Exposição ao detergente (temperatura da solução e tempo de exposição conforme orientação do fabricante)
Inserção dentro do lúmen
Determinar para supervisionar:
- utensílio utilizado e tamanho- freqüência (número de movimentos)- sentido dos movimentos
RIBEIRO, 2006
Fricção
Sonicação
Limpeza manual
+
Sonicador
+
Enxague sob pressão
- Visual a olho nú- seqüência- duração
- Visual com magnificação - tamanho da lente - seqüência - duração
Inspeção
Limpeza Automatizada
garantia de repetibilidade pela máquina facilidade de validação reduz exposição ocupacional aumenta a produtividade
Critérios para seleção de um equipamento:
- capacidade de monitorizar a temperatura e entrada de produtos químicos; - possibilidade de conectar os dispositivos;- disposição da carga dentro do equipamento;- descarte da água;- possibilidade de desinfecção do equipamento.
Limpeza ultrassônicaProdução de ondas sonoras inaudíveis
(entre 20 e 120kHz)
Solução detergentes
Transmissão de ondas sonoras
Criação de cavidades microscópicas (bolhas)
Crescimento e estouro de bolhas
Criação de vácuos
Áreas localizadas de sucção
Aspiração de resíduos aderidos na superfície dos artigos
Liberação e remoção de resíduosMUQBIL et al.
Journal Hospital Infection V. 60, p.249–255, 2005.
FENÔMENO DE
CAVITAÇÃO
Esterilização
Oxido de etileno:
- Permite monitorização do ciclo;
- Maior difusibilidade e penetração em lumens
Falência da Limpeza
Falha na remoção de:
sujidade
lubrificantes
matéria orgânica
matéria inorgânica
microrganismos
Tanto na superfície interna ou externa do produto
AAMI, TIR 30, 2003
Sujidade residual
Coleção de sujidade adicional
Densidade crítica
Despolimerização
Fragmentos de biofilme se soltam durante a cirurgia
Fragmentos são adquiridos e transferidos para um paciente através de instrumentos e acessórios.
Vickery, Pajkos e Cossart American Journal Infection Control 32(3):170-176, 2004
Princípios da transmissão via reprocessamento
COSTERTON et al Science,284:1318-22,1999
Formação de Biofilme
Impede a ação de:
DetergentesDesinfetantesEsterilizantesAntibióticos
Auxilia na:Resistência microbiana
O efeito de múltiplos ciclos de contaminação, lavagem edesinfecção no desenvolvimento de biofilme em endoscópios
Biofilme controle Biofilme controle(20 ciclos)
BIOFILME CÍCLICO
Zhonga, Alfa, Zelenitsky, Howie Simulation of cyclic reprocessing buildup on reused medical devices. Computers in Biology and Medicine 39 (2009) 568-577
Resíduos orgânicosAntes da limpeza Após limpeza
Média Desvio-padrão
Média Desvio-padrão
Hemoglobina direta (UA1/unidade)
4,7 4,0
1,1
1,4
Hemoglobina indireta (µg/unidade) 146,3 441,3 0,0 0,0
Proteína indireta (µg/unidade) 628,5 2742,5 98,0 59,7
Carboidrato indireto(µg/unidade) 7,0 49,5 305,0 377,5
Endotoxina (UE2/unidade) 38,0 75,0 2,7 5,5
Nota: 1) UA= unidades de absorbância; 2) UE=unidades de endotoxina; * 0,0 significa que os valores obtidos estavam abaixo do limite de detecção para o teste indireto realizado
Pinheiro; Graziano; Alfa Tese doutorado, EEUSP, 2006
Resultados de processo de limpeza
Bactérias Gram Negativas
Lipopolissácarides na parede celular
ENDOTOXINA
Quando a bactéria morre
Não eliminam endotoxinas
Contêm
Denominam-se
Liberada
Esterilização
LEVINSON; JAWETZ, 2005
Riscos - EndotoxinasLipopolissacárides da parede celular de bactérias Gram negativas
liberadas após sua morte celular. São substâncias biologicamente ativas.
Cateterizaçãocardíaca
Reações pirogênicas
+
Morbidade Mortalidade
TremorFebre
HipotensãoLeucocitoseInflamaçãoAumento da fagocitose
Aumento da produção de anticorpos
Coagulação intravascular disseminada
Colapso circulatório grave
Choque irreversível
Dano tecidualMorte
Julgamento clínico: sintomas + evolução do paciente Exclusão do diagnóstico de infecção
Exposição a uma fonte conhecida de pirógeno bacteriano
Diagnóstico
Alterações de integridade decorrentes da limpeza
Extração de polímeros
Alteração na viscosidade da superfície
Alteração da porosidade
Delaminação de polímeros
Biocompatibilidade
Hidrofobicidade / hidrofilicidade
Capacidade de fixação de proteínas
AAMI, TIR 30, 2003
Detecção das alterações de integridade
Dano físico: - olho nú ou microscopia eletrônica
Dano mecânico: - pressão de estouro ou diâmetro interno
Dano funcional: - durante o uso: não ultrapassa obstruções
Dano químico - pode não ser visualizado (nível atômico ou
molecular).
MUSSIVAND. ASAIO J, 1995, jul-sep; 41(3):M611-6
15kv. 12mm, 2000x, 44,82µm
Microscopia eletrônica de um cateternunca utilizado
Microscopia eletrônica de um cateterde 1 uso simulado em laboratório
15KV, 12mm, 2000x 44,64µm
Microscopia eletrônica de um cateterDe 10 reusos na prática clínica
15 Kv, 9 mm, 2000x, 44.64 µm
Microscopia eletrônica de um cateterde incontáveis reusos na prática clínica
15 Kv, 9 mm, 2000x, 44.64 µm
GRIMANDI et al Catheterization and Cardiovascular Diagnosis, 1996; 38:123-130.
Avaliação da Integridade – microscopia eletrônica
Reprocessamento de cateteres de hemodinamica
- Necessidade de rever a politica de pagamento do cateterJunto a ANS, planos de saúde e industria.
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