icp - hemodinâmica

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Hemodinâmica Escola Superior de Tecnológica e Saúde do Porto Introdução à Cardiopneumologia 1º ano Trabalho realizado por: Rui Alves nº Rafael Fragoso nº Docente: Profº Miguel Sequeiros 11 de Dezembro de 2013

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Page 1: ICP - Hemodinâmica

Hemodinâmica

Escola Superior de Tecnológica e Saúde do Porto

Introdução à Cardiopneumologia

1º ano

Trabalho realizado por:

Rui Alves nº

Rafael Fragoso nº

Docente:

Profº Miguel Sequeiros

11 de Dezembro de 2013

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Hemodinâmica 2013/2014

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Índice

Índice

Índice ...................................................................................................................... 2

Introdução ............................................................................................................... 3

História da Hemodinâmica ....................................................................................... 4

Hemodinâmica ......................................................................................................... 4

Exames .................................................................................................................... 6

Cateterismo Cardíaco .......................................................................................... 6

Cateterismo Direito .............................................................................................. 8

Cateterismo Esquerdo .......................................................................................... 8

Cateterismo Diagnóstico ...................................................................................... 9

Cateterismo Terapêutico ...................................................................................... 9

Angiografia .......................................................................................................... 9

Cineangiografia ................................................................................................. 10

Ventriculografia ................................................................................................. 11

Aortografia ......................................................................................................... 12

Angioplastia coronária transluminal percutânea ................................................. 13

Coronariografia .................................................................................................. 16

Vias de acesso ....................................................................................................... 16

Via femoral ......................................................................................................... 16

Via radial ............................................................................................................ 17

Via braquial ........................................................................................................ 18

Preparação do paciente ......................................................................................... 19

Procedimentos ....................................................................................................... 20

Indicações ............................................................................................................. 21

Indicações para o Cateterismo Direito ................................................................... 23

Contra-indicações.................................................................................................. 23

Riscos / Complicações ........................................................................................... 24

Cuidados após o exame ......................................................................................... 26

Equipamento ......................................................................................................... 26

Conclusão .............................................................................................................. 34

Bibliografia ............................................................................................................ 35

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Hemodinâmica 2013/2014

3

Introdução

Este trabalho que apresenta como tema central a hemodinâmica, tem como

objetivo ensinar-nos um pouco mais sobre uma das principais áreas do

cardiopneumologista , foi desenvolvido no âmbito da unidade curricular de

Introdução à Cardiopneumologia, no curso superior de Cardiopneumologia.

Atualmente, a referência a problemas cardíacos no dia-a-dia do ser humano

é cada vez mais comum, sendo estes indiciados como uma das principais causas de

morte no mundo (cerca de 30% das causas de morte) pelo que a investigação na

área da cardiologia está-se a tornar fundamental na área de saúde de todo o

Mundo.

Assim, com o avanço tecnológico e com o avanço científico na área da

cardiologia, as incidências de morte causadas por patologias cardíacas têm

tendência a diminuir, uma vez que o diagnóstico e o tratamento se tornam mais

exatos, precisos e, consequentemente, mais eficazes.

Deste modo, este trabalho tem como finalidade caracterizar a técnica da

hemodinâmica, abordando alguns testes assim como alguns procedimentos, as

indicações e contra-indicações e os riscos e limitações, fornecendo assim

informações importantes acerca desta importantíssima e inovadora técnica.

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Hemodinâmica 2013/2014

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História da Hemodinâmica

A história da Cardiologia inicia-se com o interesse em aprofundar os

conhecimentos sobre a circulação.

Uma técnica importante que ganhou amplo uso no século passado foi a do

cateterismo cardíaco. Foi apenas em 1929 que o cateterismo das câmaras cardíacas

foi realizado em seres humanos vivos por Werner Forssman. Este pesquisador

implantou uma sonda de vias urinárias na sua própria veia braquial e dirigiu-se até

o departamento de radiologia onde documentou o posicionamento do cateter na

sua aurícula direita.

Por este feito, ele recebeu o Prémio Nobel em 1956 em conjunto com

Cournand e Richards que, em 1941, utilizaram cateteres para medir o débito

cardíaco de seres humanos vivos.

Hemodinâmica

A palavra Hemodinâmica deriva do grego “hai ma”, em que hai significa

sangue e ma significa movimento. Assim, os estudos hemodinâmicos, inseridos na

área da cardiologia invasiva, referem-se ao estudo do movimento do sangue ou

seja a dinâmica deste mesmo.

Hemodinâmica é o capítulo da Fisiologia que estuda a circulação do sangue.

Estes estudos baseiam-se na análise de diversos componentes como a velocidade

de circulação do sangue, a sua atividade no interior dos vasos sanguíneos, o

volume ejetado em cada ciclo cardíaco e, também, o circuito que o nosso sangue

tem de percorrer quando se inicia a circulação sistémica e pulmonar. Contudo, são

Fig.1 Werner Forssman Fig.2 Cournand Fig. 3 Richards

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Hemodinâmica 2013/2014

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também finalidades da hemodinâmica a observação da anatomia interna das

câmaras cardíacas, válvulas cardíacas e dos vasos sanguíneos (especialmente em 3

tipos de artérias. Artérias coronárias, a artéria aorta e a artéria pulmonar).

Este estudo só se torna possível graças à utilização de imagens radiológicas

e a presença da técnica do cateterismo cardíaco. Estes 2 fenomenos permitem o

estudo da dinâmica circulatória cardíaca.

Deste modo, a hemodinâmica e o cateterismo cardíaco estabelecem entre si

uma relação intrínseca, uma vez que um depende totalmente do outro, isto é: não se

recorreria ao cateterismo cardíaco se não existissem estes estudos, e a

hemodinâmica não era viável sem o recurso ao cateterismo cardíaco.

O estudo hemodinâmico é um método de diagnóstico e terapêutico que

recorre a técnicas invasivas para obtenção de dados funcionais e anatómicos das

várias cardiopatias.

No laboratório de hemodinâmica os Cardiopneumologistas estão inseridos

numa equipa que, normalmente é constituída por médicos, enfermeiros e técnicos

de radiologia. Dentro da equipa, o técnico assume funções de:

Monitorização eletrocardiográfica do doente;

Apoio psicológico ao doente para diminuir a sua ansiedade

explicando os objetivos do exame;

Preparação de soros e montagem do sistema de transdutores;

Calibração dos transdutores e oxímetros;

Verificação e preparação do desfibrilhador;

Seleção do material e sua abertura para a mesa;

Registo de pressões e cálculo de alguns parâmetros;

Análise das curvas de pressões após o exame.

O Cardiopneumologista está integrado numa equipa onde se deve verificar

um grande grau de interajuda e cumplicidade de maneira a atingir os resultados

pretendidos. Numa equipa o teu sucesso será o sucesso dos teus colegas de

trabalho!

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Hemodinâmica 2013/2014

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Exames

Cateterismo Cardíaco

O cateterismo cardíaco é uma técnica invasiva, através da qual se

introduzem cateteres, isto é, sondas plásticas maleáveis, em artérias ou veias,

sendo estas o local de punção, e cujo objetivo é obter imagens radiológicas de

câmaras cardíacas ou artérias coronárias, bem como viabilizar a medição de

pressões no coração.

Para tal ser possível, recorre a duas técnicas essenciais denominadas como

fluoroscopia e cinefluoroscopia.

A fluoroscopia baseia-se na obtenção de imagens de raio-X, permitindo

monitorizar o percurso dos instrumentos, dirigindo-os ao local em estudo,

e visualizar as estruturas cardíacas, através da administração de um

contraste radiopaco. Este contraste irá misturar-se com a corrente

sanguínea, e ao preencher as cavidades cardíacas viabilizará a sua

observação e estudo.

A cinefluoroscopia permite registar as imagens radiológicas, tal como um

filme, para posterior análise e diagnóstico.

Fig.4 Aparelho de fluoroscopia

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Para além disso, o cateterismo cardíaco pode possuir duas vertentes e, por

isso, duas finalidades distintas. Assim, este pode ser utilizado para deteção e/ou

confirmação de certas patologias (cateterismo diagnóstico) ou para o seu

tratamento (cateterismo terapêutico).

Por esta razão, tem um carácter pré-cirúrgico, uma vez que permite

clarificar a origem do problema cardíaco ou confirmar essa mesma patologia

cardíaca que necessita de ser reparada cirurgicamente.

Contudo, o cateterismo cardíaco pretende evitar ou retardar a cirurgia

cardíaca, resolvendo algumas dessas patologias, não expondo o paciente aos riscos

inerentes a qualquer cirurgia.

Por fim, esta técnica pode ser caracterizada como cateterismo esquerdo ou

direito, de acordo com a via de acesso utilizada, isto é, no cateterismo esquerdo a

via de acesso é uma artéria e no cateterismo direito é uma veia.

Fig.6 Entrada do cateter pela veia cava

superior (cateterismo direito)

Fig.7 Entrada do cateter pela artéria ilíaca externa (cateterismo esquerdo)

Fig.5 Aparelho de Cinefluoroscopia

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Cateterismo Direito

Cateterismo direito é o estudo do lado venoso do coração, ou seja, da

aurícula direita, ventrículo direito, artéria pulmonar e circulação pulmonar, através

de um acesso venoso.

Cateterismo Esquerdo

Cateterismo esquerdo é o estudo do lado arterial compreendendo o

ventrículo esquerdo, aorta e artérias coronárias, através de um acesso arterial,

sendo a técnica mais utilizada para o diagnóstico da doença arterial coronária.

Fig.8 Cateterismo direito

Fig.9 Cateterismo Esquerdo

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Nota: Cateterismo direito e esquerdo é o estudo completo utilizando-se dois

acessos, venoso e arterial, sendo utilizado no estudo das cardiopatias congénitas,

valvopatias e miocardiopatias.

Cateterismo Diagnóstico

O cateterismo de diagnóstico está aconselhado para casos em que exista a

suspeita de doença cardíaca e para a sua quantificação, como por exemplo, a

obstrução de artérias coronárias, doença da artéria aorta ou das válvulas cardíacas.

As suas finalidades diagnósticas são para a obtenção de valores precisos e

oximétricos que permitem inferir acerca de doenças subjacentes e estado contráctil

do miocárdio, injeções seletivas de meios de contraste, propiciando o

delineamento interno de vasos ou cavidades cardíacas, biópsia endomiocárdica,

estudos eletrofisiológicos, observação do trajeto do cateter que permite inferir

acerca de alguns defeitos congénitos ou anomalias no trajeto vascular.

Cateterismo Terapêutico

O cateterismo de intervencionista ou terapêutico é uma definição que

engloba diferentes métodos de tratamento percutâneo de diferentes patologias

cardiovasculares. O surgimento do cateterismo terapêutico tornou-se benéfico para

os doentes cardíacos na medida em que permitiu que deixasse de ser necessário o

recurso à cirurgia cardíaca para tratar algumas patologias cardíacas existentes.

Este tipo de intervenção é menos invasiva e tem um menor número de riscos

associados do que a cirurgia cardíaca. Alguns exames terapêuticos são:

angioplastia coronária transluminal percutânea, valvuloplastias, implante de

endopróteses vasculares, atriosseptostomia, entre outras.

Angiografia

A angiografia é um exame radiológico através do qual se visualiza o interior

das artérias do organismo, de forma a avaliar qualquer alteração na parede e

diagnosticar doenças como o aneurisma, aterosclerose e más formações. Este

exame exige injetar produto de contraste para permitir a visualização.

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Apesar de ser um bom meio de diagnóstico, tem as suas limitações. Se a

obstrução (entupimento) da artéria for total, o contraste não passa para além da

obstrução, não permitindo observar a extensão desta assim como avaliar a parede

da artéria a seguir à obstrução. Este exame apresenta alguns riscos como reações alérgicas ao contraste

(mais comum), grande sangramento no local da punção, reação vaso-vagal

caracterizada pela descida da pressão arterial, transpiração e palidez, e alterações

renais devido à eliminação do contraste.

Cineangiografia

Registo cinematográfico de um vaso após injecção de um meio de contraste.

Este exame requer a existência de um sistema de filmagem e de radioscopia.

Através deste exame podem obter-se informações, tais como: a localização e

a identificação da gravidade da doença, as características da lesão, o

comprometimento dos vasos laterais, a função do ventrículo esquerdo e a

progressão da doença.

Existem parâmetros de classificação da gravidade da doença, como:

Normal: vaso saudável

Irregularidades: paredes irregulares

Estenose não significativa: estenose inferior a 50%

Estenose significativa: estenose entre 50% a 75%

Fig.10 Angiografia

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Oclusão subtotal: estenose entre 75% a 90%

Oclusão total: estenose superior a 95%

Ventriculografia

A ventriculografia caracteriza-se por visualizar os ventrículos nas diferentes

fases do ciclo cardíaco, nomeadamente em sístole e diástole, com o objetivo de

avaliar a função dos ventrículos, essencialmente o esquerdo, num paciente que

apresente cardiopatias. Tal pode ocorrer por cateterismo cardíaco, utilizando

imagens radiológicas ou por ecocardiografia bidimensional com Doppler,

apresentando esta última mais vantagens por ser uma técnica não-invasiva e,

também, por permitir a obtenção de imagens de elevada qualidade das câmaras

cardíacas e grandes vasos, avaliando a atividade do ventrículo na sua função

sistólica. Para além disso, é uma técnica de baixo custo, quando comparada com o

cateterismo cardíaco.

Contudo, com o cateterismo cardíaco é possível uma maior exatidão na

determinação do volume telediastólico (volume de sangue que permanece nos

ventrículos no fim da diástole) e do volume telessistólico (Volume de sangue que

permanece nos ventrículos no fim da sístole), simultaneamente à medição da

pressão no interior dos ventrículos, bem como no diagnóstico de defeitos cardíacos

congénitos, quando comparada com a utilização da ecocardiografia para o mesmo

efeito.

Fig.11 Lesão oclusiva da subclávia esquerda

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Aortografia

Aortografia é feita através da inserção de um cateter na aorta a nível da

região inguinal (virilhas) até à raiz da aorta. De seguida é injetado produto de

contraste para se observar a aorta e as suas ramificações.

Fig.13 Aortografia evidenciando importante doença

aterosclerótica

Fig.12 Ventrículos em diástole e em sístole

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Angioplastia coronária transluminal percutânea

A angioplastia coronária transluminal percutânea ou ICP (Intervenção

Coronária Percutânea) é uma técnica utilizada para remover obstruções ao fluxo

sanguíneo nas artérias coronárias, obstruções que podem causar angina (dor

cardíaca).

Quando o aporte de sangue a uma parte do coração é interrompido, a

isquemia, ou falta de oxigénio resultante, causa lesões e a potencial morte do

tecido cardíaco, processo também conhecido por enfarte agudo do miocárdio

(IAM) ou ataque cardíaco.

Antes da angioplastia coronária, o médico necessita de saber se as artérias

coronárias se encontram bloqueadas. Para tal, os doentes são sujeitos a um

angiograma (um raio x das artérias).

Esse procedimento consiste em introduzir num vaso sanguíneo de grande

calibre, localizado na virilha (parte superior da coxa) ou braço, um pequeno

cateter, com um balão na extremidade.

O cateter é depois encaminhado para as artérias coronárias. É injetada nas

artérias coronárias uma pequena quantidade de corante, chamado contraste, que

permite ver ao raio-X todas as obstruções ou placas existentes nos vasos

coronários.

Ao ser injetado, o doente poderá sentir uma sensação de calor no corpo. A

imagem mostrará os bloqueios existentes, o seu número e localização. Uma vez na

posse destas informações, o médico poderá avançar com a angioplastia.

Ele encherá (insuflará) o balão no bloqueio e empurrará a placa para fora,

contra a parede da artéria. Esta ficará mais aberta, o que melhorará o fluxo

sanguíneo.

Durante a intervenção, a circulação sanguínea na artéria é suspensa durante

breves períodos, podendo o doente sentir alguma dor no peito, o que é normal.

Geralmente, coloca-se um pequeno tubo de malha, chamado stent, na parte da

artéria recém-alargada.

O stent serve de suporte à parede da artéria, baixando o risco de esta voltar

a estreitar (restenose). Os stents são feitos de malha metálica, assemelhando-se a

pequenas molas.

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Alguns stents são revestidos com medicamentos que são libertados de forma

lenta e contínua para o interior da artéria. Estes medicamentos ajudam a evitar que

a artéria volte a ficar bloqueada devido ao tecido cicatricial que cresce ao redor do

stent.

A intervenção demora geralmente de 30 minutos a duas horas, dependendo

do número e gravidade dos bloqueios e é realizada com anestesia local, embora

sejam simultaneamente administrados fluidos e medicação para relaxamento e

ligeira sedação através de um cateter intravenoso.

Fig.14 Chegada do cateter com um pequeno balão na ponta à

artéria, o cateter coloca-se na artéria de forma que o balão fique posicionado ao nível da obstrução.

Fig.15 O balão é insuflado abrindo a artéria, permitindo que a

passagem do fluxo sanguíneo volte ao normal. De seguida o balão

esvaziado e o cateter e o balão são retirados.

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Fig.16 Após a saída do cateter e do balão é colocado um stent

que permite que a artéria se mantenha aberta permitindo a

passagem normal do fluxo sanguíneo.

Fig.16 Colocação do sent

Fig.17 Sent

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Coronariografia

A coronariografia permitiu o desenvolvimento seguro da cirurgia de

revascularização miocárdica na década de 60. É uma técnica onde se usa a

injeção de contraste nas coronárias para o seu estudo anatómico. Neste podemos

realizar vários tipos de incidências para que seja possível observa-las de diversos

ângulos. Nunca deve-se fazer uma única só incidência para realizar o diagnóstico. É

um exame feito em duas dimensões, numa escala de cinzentos.

Vias de acesso

A seguir serão apresentadas as três vias de acesso mais utilizadas nas

intervenções coronárias percutâneas, sendo elas a via femoral, radial e braquial.

Via femoral

Esta é a via atualmente mais utilizada. Neste caso a punção realiza-se

na artéria ou veia femoral, consoante for o objetivo do exame.

Fig. 18

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Via radial

Este tipo de punção realiza-se na artéria radial (punho). A maior

adversidade existente à realização da punção por via radial é a falha de punção.

Fig.19 Via Femoral

Fig.20 Via radial

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Via braquial

Esta técnica apresenta-se como uma alternativa à via femoral, que tem a

vantagem de trazer maior conforto do que a via anteriormente mencionada.

A punção é efetuada na parte anterior do cotovelo, isolando-se a artéria ou

veia basílica, no caso de o cateterismo ser esquerdo ou direito, respetivamente.

Fig.21 Via braquial

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Preparação do paciente

Deve ir para o cateterismo em jejum de 4 horas com a medicação habitual

tomada com um pouco de água e uma bolacha.

Medicações de uso habitual não deverão ser suspensas, excepto os

anticoagulantes orais (Varfine, Sintron) por 5 a 7 dias pelo risco de sangramento (a

relação normalizada internacional ou RNI, deverá estar abaixo de 1,5) e a

metformina (medicação usada para o tratamento do diabete melino) por 48 horas,

pelo risco de interacção adversa com o contraste e lesão renal.

É necessária a presença de um acompanhante, preferencialmente um

familiar, durante o exame.

Antes de executar esta técnica, num hospital, é necessário administrar

anestesia local, sendo que o paciente estará acordado e apto para seguir instruções

durante o exame. Uma enfermeira procede à realização da tricotomia (rapar os

pêlos) da região inguinal direita e esquerda, em forma de calção de banho.

Pacientes alérgicos ao contraste deverão fazer um preparo prévio ao exame

com medicações anti-alérgicas.

Pacientes com disfunção renal ou com risco de desenvolvê-la (diabéticos

por exemplo), poderão necessitar de alguma medicação ou internação prévia para

hidratação com soro fisiológico, visando minimizar riscos de disfunção renal

ocasionada pelo contraste do exame (este deverá ser de um tipo especial, com

menos potencial de lesar o rim).

Pacientes renais crónicos deverão fazer diálise no dia que antecede o

exame.

O paciente deve contar ao médico se é alérgico a frutos-do-mar, se teve

reacções adversas ao uso de materiais de contraste ao iodo no passado, se está a

tomar Viagra ou se está grávida.

Se realizar apenas cateterismo diagnóstico poderá ter alta cerca de 6 horas

após o procedimento, se o médico assim o entender. Se realizar tratamento

(angioplastia) ficará internado durante a noite, tendo alta no dia seguinte.

Após a alta não deve conduzir automóvel idealmente durante 24 horas, para

minimizar os riscos de hemorragia. Se necessário, pode trabalhar no dia seguinte,

desde que não faça grandes esforços.

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Procedimentos

Uma enfermeira dá as boas vindas ao paciente e explica-lhe tudo o que se

irá passar. Sempre que possível permanecerá ao lado do paciente e prestar-lhe-á a

assistente necessária. Uma vez deitado, um cardiopneumologista colocar-lhe-á

eléctrodos nos braços e pernas, que permitem ver o electrocardiograma durante o

período que permanecer na sala.

Depois, um dos elementos da equipa começa por desinfectar o local a ser

utilizado, para de seguida cobrir todo o paciente com panos esterilizados, excepto

na área a ser utilizada. O paciente não deve tocar nos panos para não os infectar. O

médico injectará através de uma pequena agulha um anestésico local, na área que

vai ser utilizada. O paciente sentirá uma sensação de ardor seguida de

adormecimento ao fim de alguns segundos.

Seguidamente o médico insere uma linha intravenosa no vaso sanguíneo

pelo braço, pescoço ou pela virilha do paciente. Um cateter é inserido pela linha

intravenosa, ele passa cuidadosamente pelos vasos sanguíneos até alcançar o

coração usando uma máquina de raio-X que produz imagens em tempo real.

A progressão é feita através dos vasos sanguíneos na direcção ao coração,

sob o controlo radioscópico, como poderá observar no ecrã suspenso no tecto. A

passagem dos cateteres através das cavidades cardíacas pode provocar

palpitações (batimentos rápidos do coração). É normal senti-las.

Durante o exame será pedido ao paciente que posicione os braços flectidos

com as mãos sob a cabeça e para encher o peito de ar e não respirar.

A colaboração do paciente é fundamental. Se sentir náuseas, palpitações,

dor no peito, deve dizer de imediato ao médico. O cateterismo demora

habitualmente menos de uma hora.

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Indicações

O cateterismo cardíaco pode ser utilizado, essencialmente, para o

diagnóstico e/ou para o tratamento de doenças das artérias coronárias.

Contudo, é possível realizar o cateterismo para detecção ou tratamento de

outras patologias cardíacas nomeadamente:

Estenose da válvula semilunar pulmonar, caracterizada pelo

estreitamento ou bloqueio parcial da válvula pulmonar, impedindo a

circulação normal do fluxo sanguíneo do ventrículo direito para as artérias

pulmonares.

Hipertensão Pulmonar: ocorre devido á elevada pressão sanguínea na

circulação pulmonar e, portanto, elevada pressão sanguínea ao nível dos

pulmões, devido a anomalias cardíacas.

Defeitos congénitos: defeitos cardíacos detectados à nascença.

Defeito do septo ventricular: o septo intraventricular não fecha

totalmente, originando uma comunicação entre os ventrículos.

Defeito do septo atrioventricular: não ocorre a separação entre as

aurículas e os ventrículos, formando-se apenas uma válvula.

Fig. 22 Local de entrada do cateter

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22

Tetralogia de Fallot: ocorrem quatro defeitos cardíacos,

nomeadamente, estenose pulmonar, defeito do septo ventricular,

hipertrofia do ventrículo direito e dextroposição da aorta.

Transposição das grandes artérias: a artéria aorta situa-se

anteriormente e à direita do tronco pulmonar saindo do ventrículo

direito e o tronco pulmonar sai do ventrículo esquerdo.

Os pacientes em risco para o estudo hemodinâmico são os seguintes:

Candidatos a complicações vasculares: obesidade; doença vascular

periférica;

Prótese valvar metálica;

Debilidade geral ou caquexia;

Fracção de ejecção menor a 35%;

Anticoagulantes ou com passado hemorrágico;

Hipertenso descontrolado;

Diabetes melito de difícil controle;

Uso crónico de corticosteróide;

História de alergia ao contraste radiográfico;

Doença pulmonar obstrutiva crónica grave;

Cardiopatia congénita complexa ou paciente jovem (menos de 21 anos);

Acidente vascular cerebral recente (menos de um mês)

Resposta isquémica grave durante teste de esforço;

Hipertensão arterial pulmonar;

Oximetria com pO2 baixo.

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Indicações para o Cateterismo Direito

O uso do cateterismo direito como rotina em pacientes que apresentem

sintomas que sugiram a doença da artéria coronária sem estar associado a uma

obstrução no coração, não deve ser realizado.

Se o paciente suspeitar de doença da artéria coronária juntamente com

dores no peito, deve fazer o exame, no entanto, a informação adicional é mínima.

A não ser que doenças cardíacas valvulares, hipertensão pulmonar, shunts

intracardíacos ou outros diagnósticos forem suspeitos, o uso de cateterismo

cardíaco não deve ser realizado.

Se é previsível que o conhecimento das pressões do lado direito do coração

e do débito cardíaco seria útil para ajudar pacientes com disfunção ventricular

esquerda e fornecer informações que aumentariam a segurança do procedimento,

o cateterismo direito é indicado.

Contra-indicações

As contra-indicações são raras, por um lado, porque, em mãos experientes,

o cateterismo cardíaco é extremamente seguro, por outro, porque houve

aperfeiçoamento dos meios de contraste a ponto de hoje as suas propriedades

físico-químicas pouco comprometerem o estado funcional do coração.

Por isso, pacientes extremamente graves, como enfarte agudo do miocárdio,

ou mesmo em choque cardiogénico, toleraram razoavelmente essa intervenção.

As contra-indicações podem ser consideradas absolutas ou relativas.

Absoluta

Paciente com ausência de acesso vascular ao coração.

Relativas

Insuficiência renal progressiva;

Reacções híper-alérgicas (urticária, edema de glote,

broncoespasmo);

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Discrasia sanguínea;

Insuficiência cardíaca grave;

Acidente vascular cerebral (AVC) recente;

Sangramento gastrintestinal ativo;

Desequilíbrio electrolítico severo especialmente quando o paciente

se encontra em hipocaliémia (baixa concentração de potássio no

sangue), cuja causa são as arritmias por diminuição da geração de

potenciais de acção na membrana citoplasmática.

Anemia severa;

Febre relacionada a processo infeccioso;

Outra patologia que limite a expectativa de vida em grau maior que a

cardiopatia suspeitada (exemplo: cancro);

Hipertensão arterial sistémica severa;

Hipertensão arterial pulmonar;

Paciente instável sem recursos técnicos em local sem suporte de

tratamento de urgência;

Pacientes que recusam procedimentos subsequentes ao cateterismo,

como angioplastia ou cirurgia;

Idade avançada (idosos com mais de 75 anos) e ausência de

condições clínicas adequadas.

Gravidez.

Riscos / Complicações

Os riscos do cateterismo são mínimos, no entanto, podem ocorrer algumas

complicações durante o exame como dores no peito, no caso de o paciente já

apresentar “problemas” cardíacos avançados, mas que podem ser corrigidas de

imediato pelo médico.

Existem ainda outras situações de risco como:

Exposição à radiação;

Infecção no local de acesso;

Hemorragia no local de acesso;

Page 25: ICP - Hemodinâmica

Hemodinâmica 2013/2014

25

Diminuição de pulso: geralmente sem consequências graves, porém se

necessário, será solicitada uma avaliação vascular que irá definir a conduta

a ser tomada, inclusivamente uma possível correcção cirúrgica;

Alergia ao contraste: poderá ser uma reacção simples, mas caso se

complique pode dar origem a uma paragem cardíaca. É, por isso,

importante que seja conhecido o historial médico do paciente para se

saber se já apresentou alergia em algum exame que recorra ao contraste.

Caso já tenha apresentado alergia noutro exame, corresponde a uma

limitação para a execução deste. Contudo, inicia-se um tipo de medicação

previamente de forma a prevenir a alergia;

Acidente Vascular Cerebral (AVC): a incidência é muito baixa, no

entanto, se o paciente apresentar placas de gordura ou coágulos nas

artérias por onde o cateter irá passar, essas placas poderão desprender-se

e dirigir-se para o cérebro provocando um AVC;

Insuficiência Renal Crónica e Aguda: ocorre nos pacientes que já

apresentem alterações na função renal, principalmente diabéticos. O

médico deve conhecer a situação do paciente para que o posso preparar

com medicação ou soros de protecção renal;

Arritmia: pode ocorrer em pacientes que apresentem problemas

cardiovasculares com efeitos graves na função do coração;

Enfarte Agudo do Miocárdio: caso as coronárias apresentem obstruções

gravíssimas e se destabilizem durante o exame;

Morte: é extremamente raro, no entanto, pode ser causada pelas

complicações mais graves acima descritas.

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Cuidados após o exame

Após a realização de um exame ou tratamento via cateter o paciente deve

ser mantido em repouso absoluto durante:

5 Horas se o exame foi feito via femoral;

3 Horas se o exame foi feito via braquial ou radial;

Deve-se ainda analisar o local cateterizado quanto à cor, pulso,

temperatura e também medir a pressão arterial e a frequência cardíaca do

paciente:

Na primeira hora de 15 em 15 minutos;

Na segunda hora de 30 em 30 minutos;

Nas horas seguintes a cada hora.

O doente em questão deve ingerir líquidos e alimentos leves.

Equipamento

Para a realização de um cateterismo cardíaco é necessário a manipulação de

variadíssimos materiais. Agulhas de punção, fios guia, cateteres, hemaquets,

torneiras de 3 vias, rampas de contraste, seringas, extensões e transdutores.

As agulhas de punção, tal como o próprio nome indica servem para

puncionar a artérias (ou veia). Estas possuem um lúmen interno e estão codificadas

de acordo com o seu tamanho externo.

Fig.23 Tipos de agulhas

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Os fios guia, servem para que os cateteres progridam através do sistema

vascular, sem que este sofra grande traumatização. Estes devem ter, pelo menos,

mais 20cm do que o cateter com que se está a trabalhar. Existem dois tipos de

pontas. Os fios guia com ponta reta ou em ponta J. Diferenciam-se para o tipo de

utilização, ou seja, se for uma válvula estenosada, usa-se um fio guia de ponta reta.

Por outro lado, para cateterismos de rotina, usa-se um menos traumático, ou seja, o

de ponta J.

Os hemaquets são introdutores ou dilatadores para o cateter. Estes estão

codificados com um código de cores para denominar o seu calibre.

Fig.25 Hemaquets

Os cateteres, são tubos plásticos através dos quais se estudam as cavidades

cardíacas e vasos. Estes são construídos por uma camada externa, uma malha

metálica e uma camada interna.

Existem vários tipos de cateteres consoante a sua utilização e características

específicas.

Corpo: segmento entre as partes proximal e distal

Fig.24 Fios guia

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Diâmetro interno

Capacidade de fluxo: capacidade de administrar fluxo de contraste a uma

determinada velocidade e pressão;

Controlo axial: capacidade de transmitir movimento da parte proximal à

distal;

Flexibilidade: capacidade de se dobrar quando entra em contacto com

uma superfície resistente;

Manobralidade: capacidade de avançar através de segmentos vasculares

tortuosos (este implica controlo axial e flexibilidade)

Memória: capacidade de recuperar e manter uma configuração específica

apos a inserção e retirada de um fio guia;

Maleabilidade: capacidade de se formar e de dobrar

Capacidade de transmissão de pressão

Empurrão (pushing): capacidade de transmitir à ponta a força aplicada na

parte proximal;

Radiopacidade: capacidade de se visualizar ao Rx;

Rigidez: capacidade de resistir à dobragem (kinking);

Estabilidade: capacidade de manter uma determinada posição;

Resistência: capacidade de suportar injeções a alta pressão;

Apoio: capacidade de mantar a posição, apesar da tensão.

Cada cateter tem um determinado nome relativamente à sua aplicação:

Pig Tail: é um cateter com extremidade enrolada e com múltiplos furos

laterais e terminais. São usados para a realização de angiografias

(ventriculografias) a alta pressão e velocidade.

Fig. 26 Pig Tail

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Judkins Esquerdo: cateter pré-formado, apenas com um orifício no topo

distal. Este serve para cateterizar a coronária esquerda através de abordagem

femoral.

Judkins Direito: Esquerdo: cateter pré-formado, apenas com um orifício no

topo distal. Este serve para cateterizar a coronária direita através de abordagem

femoral.

Amplatz Esquerdo: cateter pré-formado, apenas com um orifício no topo

distal. Usa-se para cateterizar a coronária esquerda através de abordagem femoral,

normalmente é usada como segunda opção para o Judkins Esquerdo. Com este é

mais fácil cateterizar coronárias de origem posterior.

Fig. 27 Judkins Esquerdo

Fig. 28 Judkins Direito

Fig. 29 Amplatz Esquerdo

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Amplatz Direito: cateter pré-formado, apenas com um orifício no topo distal.

Usa-se para cateterizar a coronária direita através de abordagem femoral,

normalmente é usada como segunda opção para o Judkins direito. Este por sua vez

é mais perigoso pois pode entrar mais dentro e de forma mais rápida na coronária

provocando desta forma traumatismos ou dissecções.

Multipurpose: é um cateter destinado a múltiplas funções, dependendo das suas

características. Existem de ponta reta ou de ponta arredondada com um ou dois

furos no topo distal.

Pontagem esquerda: cateter pré-formado com orifício no topo distal. Usa-se

para cateterizar by-pass para a coronária esquerda.

Fig. 32 Pontagem Esquerda

Fig. 30 Amplatz Direito

Fig. 31 Multipurpose

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Pontagem direita: cateter pré-formado com orifício no topo distal. Usa-se

para cateterizar by-pass para a coronária direita.

Mamária interna: cateter pré-formado com orifício no topo distal. Usa-se

para cateterizar by-pass de mamária.

Sones: Cateter pré-formado, com 3 orifícios no topo distal e imediatamente

abaixo. Usa-se para coronariografia pelo braço.

Fig. 33 Pontagem Direita

Fig. 34 Cateter da artéria mamária interna

Fig. 35 Sones

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Cournad: cateter apenas com orifício no topo distal. Usa-se para cateterismo

direito para medição de pressões e recolha de oximetria.

NIH: cateter com extremidade cega e arredondada. Tem paredes grossas e

furos laterais e distais. Usa-se para angiografias e não necessita de fio guia. É um

cateter em desuso.

Fig. 37 NIH

Bernan orifício terminal: cateter com orifício e balão no topo distal. Usa-se

para cateterismo direito, para medição de pressões e recolha de oximetrias. É

guiado pelo fluxo sanguíneo e é menos arritmogénico.

Fig. 36 Cournad

Fig. 38 Bernan orifício terminal

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Berman angio: múltiplos orifícios laterais e cego no topo distal. Utiliza-se

para angiografias no lado direito no coração.

Swan-Ganz: cateter utilizado para medição do débito cardíaco e

monitorização nas unidades de cuidados intensivos.

Fig. 39 Berman angio

Fig.40 Swan-Ganz

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Conclusão

O estudo hemodinâmico em cardiologia oferece com exatidão o diagnóstico

de alterações anatómicas e fisiopatológicas causadas por várias situações clínicas.

Com a análise dos vários resultados obtidos conseguimos importantes

informações para o tratamento e o prognóstico do paciente, como também é

ferramenta importante de tratamento. Assim sendo podemos realmente concluir

que o avança da tecnologia nesta área tem ajudado o mundo a prever e a tratar de

vários problemas que sem tratamento poderiam ser mesmo fatais e por isso tem

contribuído de uma maneira enorme para o melhoramento de qualidade de vida do

ser humano.

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Bibliografia

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Pina. J, - Anatomia Humana do Coração e Vasos, 2ª edição, Lidel, 2007

Ribeiro. E, Martinez. E, - Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista,

Abordagem Clínica, 1ª Edição, Manola, 2008

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http://www.aptec.pt/cardiopneumologia/areas-de-intervencao/5-

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http://www.conhecersaude.com/exames-medicos/a/3053-arteriografia-

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