amb info ed94

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AMB na mídia Mais de cem veículos de comunicação publicaram matérias sobre a AMB no período de 26 de abril a 25 de maio, num total de 230 matérias. Um dos destaques foi o artigo “O Judiciário fará a sua parte”, publicado na Folha de S. Paulo, escrito pelo presidente Rodrigo Collaço. A AMB quer prioridade no julgamento de processos que envolvam corrupção, defesa do patrimônio público e autoridades detentoras de foro privilegiado. Este é o objetivo do pedido de providências encaminhado pela entidade ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), fruto de decisão tomada pelo Conselho Executivo da Associação. A medida vai ao encontro do anseio da sociedade em ver punidos os culpados pelos casos de lesão ao erário que chocam diariamente o país. Diversos setores da sociedade já manifestaram seu apoio à proposta da AMB, que, na visão de especialistas, fortalecerá a imagem do Judiciário. INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS 16 e 17 11 e 12 Edição n° 94 1º a 30 de junho de 2007 RJ sedia Assembléia da IV Riaej Com o tema a “A preparação das escolas ju- diciais para o futuro”, foi realizada em maio a IV Assembléia Geral da Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais (Riaej). O evento aconte- ceu no Rio de Janeiro, e foi coordenado pela Escola Nacional da Magistratura (ENM). 14 a 15 3 a 9 Apoena Pinheiro Proposta da AMB quer prioridade para casos de corrupção Mala Direta Postal AMB 001596/2004-DR/BSB CORREIOS 13 Pensionistas lançam manifesto O IV Congresso Nacional de Pensionistas levou 250 participantes ao Rio de Janeiro. O evento, que teve intensa programação, resultou no manifesto em que a categoria defende a paridade salarial entre pensionis- tas, aposentados e juízes da ativa. Mude um Destino chega a 11 estados A campanha Mude um Destino chegou a 11 novos estados, totalizando 15 lançamentos regionais. Nos próximos dias, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia conhecerão o proje- to. As inscrições para o Concurso Mude um Destino terminam no dia 1º de julho.

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Amb Info Ed94

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  • AMB na mdiaMais de cem veculos de comunicao publicaram matrias sobre a AMB no perodo de 26 de abril a 25 de maio, num total de 230 matrias. Um dos destaques foi o artigo O Judicirio far a sua parte, publicado na Folha de S. Paulo, escrito pelo presidente Rodrigo Collao.

    A AMB quer prioridade no julgamento de processos que envolvam corrupo, defesa do patrimnio pblico e autoridades detentoras de foro privilegiado. Este o objetivo do pedido de providncias encaminhado pela entidade ao Conselho Nacional de Justia (CNJ), fruto de deciso tomada pelo Conselho Executivo da Associao. A medida vai ao encontro do anseio da sociedade em ver punidos os culpados pelos casos de leso ao errio que chocam diariamente o pas. Diversos setores da sociedade j manifestaram seu apoio proposta da AMB, que, na viso de especialistas, fortalecer a imagem do Judicirio.

    INFORMATIVO DA ASSOCIAO DOS MAGISTRADOS BRASILEIROS

    16 e 17 11 e 12

    Edio n 941 a 30 de junho de 2007

    RJ sedia Assemblia da IV RiaejCom o tema a A preparao das escolas ju-diciais para o futuro, foi realizada em maio a IV Assemblia Geral da Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais (Riaej). O evento aconte-ceu no Rio de Janeiro, e foi coordenado pela Escola Nacional da Magistratura (ENM).

    14 a 15

    3 a 9

    Apoena PinheiroProposta da AMB

    quer prioridade para casos de corrupo

    Mala Direta

    Postal

    AMB001596/2004-DR/BSB

    CORREIOS

    13

    Pensionistas lanam manifestoO IV Congresso Nacional de Pensionistas levou 250 participantes ao Rio de Janeiro. O evento, que teve intensa programao, resultou no manifesto em que a categoria defende a paridade salarial entre pensionis-tas, aposentados e juzes da ativa.

    Mude um Destino chega a 11 estadosA campanha Mude um Destino chegou a 11 novos estados, totalizando 15 lanamentos regionais. Nos prximos dias, Paran, Rio Grande do Sul e Bahia conhecero o proje-to. As inscries para o Concurso Mude um Destino terminam no dia 1 de julho.

  • ditorialE otas N

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    AMB Informa uma publicao da Associao dos Magistrados Brasileiros (AMB)Endereo: Centro Empresarial Liberty Mall, SCN, Qd 2, Bloco D, Torre B, Conjunto 1302, Braslia, DF, CEP 70.712-903, Tel. (61) 2103-9000Pgina na internet: www.amb.com.brE-mail: [email protected]: Dbora DinizReportagem: Letcia Capobianco, Maiesse Gramacho, Mariana Vitria e Thas CieglinskiReviso: Dbora Diniz e Letcia CapobiancoConsultoria de Comunicao: In Press Porter Novelli (61) 3323-8764Programao visual: Apoena Pinheiro

    xpedienteE

    Colegas,

    A sociedade brasileira vive um momento difcil. A sucesso de escndalos de corrupo, muitos deles com o envolvimento de autoridades no desvio de dinheiro pblico, revolta o cidado, que exige uma resposta rpida dos agentes responsveis por iden-tificar, julgar e punir os culpados.

    Nesse cenrio, h uma lacuna deixada pelo Judi-cirio, que no consegue julgar os detentores de foro privilegiado. Esta dificuldade tem causado uma sensao real de impunidade, o que leva a sociedade a aplaudir atitudes arbitrrias da Polcia Federal, como o uso indiscriminado de algemas e o vazamento de escutas telefnicas.

    A melhor maneira de o Judicirio enfrentar o atual momento cumprindo seu papel. Para tanto, a AMB defende o julgamento prioritrio dos proces-sos que tm causado esse sentimento de impunida-de e corrodo a legitimidade do nosso Poder.

    Em um contexto como esse, importante que o Judicirio oua a voz das ruas. No para julgar de acordo com o entendimento da opinio pblica, e sim para absolver ou condenar, punindo os culpa-dos e inocentando aqueles acusados de atacar o errio pblico. Tudo isso com o devido respeito s garantias individuais.

    O pedido de providncias encaminhado pela AMB ao Conselho Nacional de Justia (CNJ) tem por objetivo a criao de uma poltica judiciria para priorizar o julgamento de processos que envolvam corrupo, defesa do patrimnio pblico e autori-dades detentoras de foro privilegiado. A proposta, detalhada nas pginas a seguir, encontrou apoio em diversos setores da sociedade, como a impren-sa e o Congresso Nacional.

    A AMB tem confiana de que a magistratura compreender o momento e no se furtar a executar seu papel.

    Rodrigo CollaoPresidente

    TJ-RJ devolve sede histrica AMBNo ltimo dia 23 de

    maio, a AMB recebeu de volta sua sede hist-rica no Rio de Janeiro. A entrega simblica das chaves foi feita pelo atual presidente do Tribunal de Justia do estado, Jos Carlos Schmidt Murta Ribeiro, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano. A sala havia sido deso-cupada no incio de 2006, por divergncias entre a ento direo do TJ-RJ e a AMB em questes que envolviam nepotismo e a sistemtica de promoo de juzes. Aps o fechamento, o espao foi destinado Associao Nacional de Desembargadores (Andes).Para Murta Ribeiro, a devoluo da sede histrica AMB uma forma

    de promover a conciliao entre juzes e desembargadores. Afinal, na essncia, somos todos juzes. No h como ficarmos separados, at porque isso seria uma demonstrao de fraqueza e precisamos, mais do que nunca, caminhar unidos para o bem do poder Judicirio, disse o presidente do TJ-RJ em entrevista ao Portal da AMB.Segundo Murta Ribeiro, o ato simblico de entrega das chaves da sala

    da AMB tambm representa a preservao da histria da entidade, que foi fundada no Rio de Janeiro, em 1949. Esta sala histrica, enfatizou, durante a cerimnia de reintegrao de posse. O presidente da AMB, Rodrigo Collao, elogiou e agradeceu a iniciativa do

    presidente do TJ-RJ. Eu no tenho dvida de que essa devoluo do espao da AMB acontece sob a presidncia do desembargador Murta Ribeiro por sua disposio para o dilogo, para a conciliao.Na opinio de Collao, nenhum eventual desentendimento entre inte-

    grantes da AMB e do Tribunal pode ter a capacidade de comprometer a histria da Associao. Para ele, a devoluo da sede histrica tem uma representao importantssima para a magistratura como um todo.

    Murta Ribeiro entrega chaves a Collao

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    AMB apresenta proposta indita para combater a corrupo no pasSucesso de escndalos envolvendo desvio de dinheiro pblico merece resposta rpida do Judicirio

    AAssociao dos Magistrados Bra-sileiros (AMB) props ao Conselho Nacional de Justia (CNJ) a elabo-rao e implementao de uma poltica judiciria de mbito nacional para priorizar o julgamento de processos que envolvam corrupo, defesa do patrimnio pblico e autoridades detentoras de foro privilegiado. Transformada em Pedido de Providncias, a proposta da AMB, fruto de deciso tomada pelo Conselho Executivo da entidade, foi pro-tocolada junto ao CNJ no dia 29 de maio.A idia de propor que o julgamento de tais

    processos seja priorizado, de acordo com o presidente da entidade, Rodrigo Collao, uma forma de o Judicirio dar respostas sociedade. Segundo o magistrado, h uma demanda legtima por parte da po-pulao em relao ao julgamento desses processos. As pessoas esto cansadas da morosidade e da impunidade. Precisamos julgar. No significa que haver condena-o ela acontecer quando for o caso

    , mas pelo menos haver o julgamento, explica Collao.No Pedido de Providncias entregue ao

    CNJ, a AMB refora a necessidade de a pauta do Judicirio refletir a da sociedade. Atualmente fato notrio que a sociedade (...) tem apresentado demandas especfi-cas em relao ao Poder Judicirio e este, como um dos Poderes da Repblica, deve ter por dever precpuo elaborar uma pol-tica judiciria eficiente que seja capaz de fazer frente a tais questionamentos, diz o requerimento.Para a AMB, a proposta pode contribuir

    de forma efetiva para diminuir a corrupo no pas. a sensao de impunidade que faz a corrupo crescer, avalia o vice-presidente da entidade para Interiorizao, Mozart Valadares Pires, que acompanhou a entrega do Pedido de Providncias no CNJ.Para o presidente da AMB, a corrup-

    o um mal que prejudica o pas. Se

    considerarmos o quanto a corrupo lesa a sociedade, com o desvio de verbas, por exemplo, vamos ver que a priorizao desses processos vai acabar se revertendo em be-nefcio da populao, j que os recursos no sero mais desviados, defende Collao.

    Imagem positivaPara a AMB, a implementao de uma

    poltica judiciria nacional de priorizao do julgamento de processos de corrupo ser positiva para a imagem do Judicirio perante a sociedade, pois o Poder no esta-r apenas atendendo a uma demanda, mas agindo de maneira proativa. Na opinio de Collao, o Judicirio estar dando um passo frente ao estabelecer o combate corrupo como prioridade. Vamos pr fim impresso que se tem de que s a Polcia Federal age, que o Judicirio no julga, e que o responsvel pela impunidade.A AMB acredita, ainda, que a criao de

    varas especializadas em crimes de colari-nho branco nos tribunais de Justia pode ser outra forma de agilizar o julgamento de processos de corrupo. Segundo o presidente da entidade, a experincia do estado do Rio Grande do Sul onde j existe uma cmara especializada do Tribu-nal de Justia para julgar prefeitos pode servir de exemplo para o resto do pas.

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    Presidente da AMB protocola Pedido de Providncias junto ao CNJ

    Vamos pr fim impresso que se tem de que s a Polcia Federal age, que o Judicirio no julga, e que o

    responsvel pela impunidade.

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    Medida fortalece o JudicirioSugesto feita ao CNJ permitir respostas mais geis sociedade

    Com o Pedido de Pendncias (PP) apresentado ao Conselho Nacional de Justia (CNJ), AMB refora sua preocupao com o fortaleci-mento do Judicirio e da democracia. O fato de que a morosidade dos processos, a indefinio quanto ao seu julgamento final e a baixa eficcia de suas decises retardam o desenvolvimento nacional fomenta a insegurana jurdica, geram impunidade e, no limite, comprometem a credibilidade da democracia, diz o documento.Por isso, no PP protocolado, a AMB requer que o CNJ, nos limites de sua

    funo de planejamento e elaborao de polticas judicirias adote todas as providncias de sua competncia, no sentido de regulamentar, normatizar, recomendar e fiscalizar que o Poder Judicirio brasileiro, atravs de seus magistrados e tribunais, tenha como prioridade o julgamento de proces-sos relativos corrupo, defesa do patrimnio pblico e que envolvam autoridades detentoras de foro privilegiado.

    Na opinio do presidente da AMB, Rodrigo Collao, basta uma deciso poltica para que o CNJ acate a sugesto da entidade. O CNJ, criado recentemente, um rgo de planejamento das polticas do Judicirio. Por isso, queremos que ele d andamento a essa pretenso da AMB uma pretenso de um grupo de juzes interessados em fazer frente a essa imagem da populao de que a polcia trabalha bem e no Judicirio as coisas vo mal. Achamos que o CNJ tem condio de transformar em prioridade para, com isso, os juzes mesmos darem a resposta, julgando rapidamente esses casos, disse Collao, em entrevista ao jornal O Globo, publicada em 27 de maio.

    No documento, a AMB sustenta que devem ser priorizados os julgamentos relativos a: 1) combate corrupo dos agentes pblicos, polticos e quaisquer cidados envolvidos em todos os nveis de todos os poderes; 2) defesa do patrimnio pblico; e 3) autoridades detentoras de foro privilegiado.

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    Roosewelt Pinheiro/Agncia Senado

    Parlamentares apiam pedido da AMB

    A proposta apresentada pela AMB ganhou apoio no Congresso Nacional. Por meio de artigos e manifesta-es em plenrio, parlamentares tm elogiado a iniciativa e se colocado disposio da entidade para encaminhar proposies que possam complementar o Pedido de Providncias encaminhado ao CNJ. Um projeto de lei que modi-fica o Cdigo de Processo Penal (CPP), estabelecendo prioridade para os processos que envolvam agentes pblicos em crimes con-tra o errio, j foi protocolado no Senado Federal. Em discurso no plenrio da

    casa, a senadora Ideli Salvati (PT-SC) destacou a proposta apresentada pela AMB ao CNJ. Salvati elogiou a postura da entidade ao propor a discusso, colocando o Judicirio como agente ativo do processo de agilizao das punies de en-volvidos em crimes de corrup-o. O gargalo da luta contra a impunidade justamente a morosidade dos processos envolvendo agentes pblicos, em especial os que tm foro privilegiado, afirmou.A parlamentar ressaltou o trabalho que

    vem sendo realizado pela Polcia Federal, mas questionou a demora das condena-es. O Dr. Rodrigo Collao disse, e a pergunta muito clara: por que, apesar das operaes policiais que buscam des-baratar quadrilhas que se locupletam do errio, no temos notcias de condenaes definitivas?, discursou, citando entrevista do presidente da AMB ao jornal O Globo, do dia 27 de maio.

    Em seu discurso, a senadora afirmou que todos os atores da sociedade precisam assumir sua parte na complexa tarefa de com-bate corrupo e impunidade, assim como a magistratura est fazendo. A iniciativa de discusso desse tema nos moldes propostos pela AMB obviamente s merece nossos elogios. Acredito que no h momento melhor para esse debate, destacou. Segundo Ideli, a questo levantada pela AMB toca nos dois elementos principais que prejudicam de forma decisiva a prestao jurisdicional, a moro-sidade e o foro privilegiado, em especial para aqueles que come-tem delitos contra a administrao pblica.A criao de cmaras especia-

    lizadas vista como crucial pela senadora, que autora do projeto de lei n 268/07, que modifica o CPP, estabelecendo prioridade para os processos que envolvam agentes pblicos em crimes contra o errio.

    Na opinio da senadora, morosidade e foro privilegiado so problemas centrais do Judicirio

    Deputados e senadores defendem medida em discursos, artigos e projetos de lei

    Renan Calheiros cita iniciativa da AMB em artigoO presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), tambm apia

    a iniciativa para que os tribunais priorizem o julgamento de processos relativos corrupo e que envolvam pessoas beneficiadas pelo foro privilegiado. O parlamentar fez referncia proposta da AMB em artigo publicado no jornal Meio Norte (PI), no dia 5 de junho.Segundo o senador, que foca o seu artigo na indignao da sociedade com os

    inmeros escndalos envolvendo desvio de dinheiro pblico, corrupo e mani-pulao indevida do oramento, essencial apertar o cerco a quem infringe a lei e pr fim impunidade. Para isso, preciso dar prioridade ao julgamento de processos relativos a casos de corrupo. A proposta, defendida pela Associao dos Magistrados Brasileiros, j vem encontrando apoio crescente no Congresso Nacional, diz trecho do artigo.

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    O deputado Flvio Dino (PCdoB - MA) avaliou como bastante positiva a proposta apresentada pela AMB. O parlamentar, que dedicou anos de sua vida magistratura e foi presidente da Associao dos Juzes Federais do Brasil (Ajufe) e secretrio-geral do Conselho Nacional da Justia (CNJ), afirmou que a medida se insere numa viso mais ampla do Judicirio como um ramo estatal que eminentemente tcnico, mas tambm poltico. Sem um Judicirio rpido e justo, os relevantes trabalhos dos rgos de instncia investigativa acabam perden-do eficcia, o que deixa um desalentador gosto de pizza na sociedade, ressalta.

    Desde que tomou posse como deputado federal em fevereiro deste ano, Dino vem estabelecendo uma agenda de trabalho comum com a AMB, principalmente no que se refere ao trmite dos projetos de lei que visam agilidade dos processos judiciais e melhora dos servios jurisdicionais. No dia 29 de maio, o deputado apresentou Secretaria Geral da Mesa da Cmara dos Deputados, dois projetos de lei oriundos de sugestes da AMB para o combate aos cri-mes cometidos contra o patrimnio pblico. As propostas da associao foram definidas na ltima reunio do Conselho Executivo, realizada no Rio de Janeiro, no dia 22.O primeiro projeto altera a Lei n. 8.038,

    de 28 de maio de 1990, conferindo ao relator, em aes penais originrias do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justia, a faculdade de convo-car desembargadores de turmas criminais dos Tribunais de Justia ou dos Tribunais regionais Federais, assim como juzes de varas criminais da Justia dos Estados e da Justia Federal, para que sejam rea-lizados atos de instruo expressamente

    definidos na deciso. A grande vantagem a celeridade que ele vai imprimir ao julgamento dos processos judiciais que envolvem pessoas com foro prerrogativo de funo, como desembargadores, de-putados federais e ministros de Estado, destacou o parlamentar. No outro projeto, a mudana proposta

    Lei n. 10.001, de 4 de setembro de 2000, pretende estabelecer a obrigatoriedade de comunicar-se tambm ao CNJ e ao Con-selho Nacional do Ministrio Pblico as providncias adotadas e a fase processual em que se encontram os procedimentos ou processos instaurados em decorrncia das concluses de Comisso Parlamentar de Inqurito (CPI). O novo procedimento permitir a esses dois importantes e no-vos rgos do Judicirio acompanhar de perto o andamento desse tipo de proces-so, garantindo que tenham a prioridade necessria em relao relevncia dos temas tratados nas CPIs. A vantagem, do projeto a transparncia e prioridade que se imprimir s aes derivadas dessas comisses , explica.

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    Deputado acolhe proposta da AMBFlvio Dino apresenta projetos de lei a partir da idia da entidade

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    Paes Landim destaca iniciativa No dia 6 de junho, o deputado Paes Landim (PTB-PI) destacou a proposta da AMB

    de privilegiar os processos relativos corrupo e que envolvam pessoas beneficiadas pelo foro privilegiado. O deputado afirmou ter ficado impressionado com a entrevista concedida pelo presidente da AMB ao programa Espao Aberto, da Globonews, em que detalhou o projeto. A proposta da AMB para que os tribunais priorizem o julgamento dos processos de corrupo muito lcida, muito objetiva e mostra realmente a nova postura do juiz brasileiro, antenado aos problemas do pas. Essa uma das propostas mais importantes que j ouvi nos ltimos tempos, destacou.Na opinio do parlamentar piauiense, para que a proposta seja viabilizada, basta que os tribunais

    sigam o exemplo do Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul. Estou aberto a encaminhar ao Congresso Nacional qualquer proposta que a AMB me apresentar nesse sentido, finalizou.

    Deputado vem estabelecendo agenda de trabalho comum com a AMB

    Divulgao

    Para parlamentar: proposta lcida, objetiva e mostra nova postura do juiz brasileiro

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    hora de acabar com os intocveisEntrevista ao jornal O Globo d incio ampla divulgao da proposta da AMB

    A sociedade brasileira conhece a pro-posta da AMB para que os tribunais priorizem o julgamento de proces-sos referentes a casos de corrupo. Isso porque no dia 28 de maio, o presidente da entidade, Rodrigo Collao, concedeu entre-vista exclusiva ao reprter Rodrigo Taves, do jornal O Globo, apresentando publicamente a proposta pela primeira vez, inclusive antes de apresent-la ao Conselho Nacional de Justia (CNJ). Aps a entrevista, veculos de comunicao de todo o pas repercutiram a proposta da AMB, por meio de reportagens, entrevistas, editoriais e artigos.Na entrevista, o presidente da AMB disse que

    os juzes brasileiros tm conscincia da revolta da populao quanto demora para julgar es-sas aes. A sociedade tem razo de cobrar, porque realmente no tem havido julgamento em tempo razovel dessas causas. Os juzes precisam ser independentes para julgar, mas o Judicirio no precisa ser independente do sentimento do povo, observou.Segundo o magistrado, a idia central da pro-

    posta da AMB apresentada ao CNJ que o Poder Judicirio tenha uma poltica judiciria para fazer frente s demandas da sociedade. E apontou a experincia positiva do Tribunal do Rio Grande do Sul como modelo a ser seguido por todos os tribunais brasileiros. Esse exemplo vitorioso pode servir para a especializao de varas de primeiro grau em todo o Brasil, disse Collao.Questionado se a proposta seria uma ruptura

    do modelo atual seguido pelos tribunais, o pre-sidente da AMB afirmou que os magistrados precisam ter uma nova postura. O Judicirio precisa dar um passo frente e adotar tcnicas de gesto que tenham relao com o sentimen-to da sociedade. Ao contrrio do que muitos imaginam, os juzes precisam ser absolutamente independentes para julgar o caso concreto, mas o Judicirio no precisa ser independente do

    sentimento do povo. Pode e deve dar a resposta que a sociedade cobra, completou.Collao afirmou ainda que os juzes percebem

    que esse um momento especial e, por isso, esto rompendo alguns padres da sociedade brasileira. De acordo com ele, a proposta da AMB reflete uma mudana de personalidade da categoria. Ele explica que hoje h muitos magistrados jovens que foram formados dentro da realidade democrtica. Os novos juzes tm a disposio de contribuir para o aprimo-ramento da nao. Felizmente chegou a hora de acabarmos com os intocveis, ressaltou.

    RepercussoA entrevista ao jornal O Globo repercutiu

    positivamente, dando fora proposta

    da AMB, que ficou conhecida por toda a sociedade. Rodrigo Collao foi entrevistado no Programa do J, da TV Globo, e no programa Espao Aberto, da Globonews.A proposta da entidade tam-

    bm foi elogiada por diversas autoridades, como o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), que citou a idia em artigo de sua autoria, publi-cado pelo jornal Meio Norte (PI).Artigo do professor de tica Carlos Alberto

    Di Franco, intitulado A hora do Judicirio, destacou a entrevista de Collao ao jornal O Globo. O texto foi reproduzido pelos jornais O Estado de S. Paulo, Estado de Minas, A Tarde (BA) e Gazeta do Povo (RS), entre outros.

    Na internetA entrevista de Collao ao jornal O Globo est disponvel no Portal da AMB. Basta digitar: www.amb.com.br/portal/index.asp?secao=mostranoticia&mat_id=8469.

    Ricardo Martins/Rede Globo

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    Magistratura anseia por uma poltica judiciriaGesto eficiente do Poder passa pelo atendimento das demandas da sociedade brasileira

    O Pedido de Providncias apresenta-do pela AMB ao Conselho Nacio-nal de Justia (CNJ) para que seja elaborada e implementada uma poltica judiciria nacional de combate corrupo visa, alm de dar uma resposta sociedade desiludida diante de tantos escndalos, ga-rantir mais eficincia gesto do Judicirio. Na opinio do desembargador Luis Felipe Salomo, diretor da Escola Nacional da Magistratura (ENM), o desenvolvimento de ferramentas que possam capacitar o Judici-rio a atacar seus problemas condio sine qua non para o seu bom funcionamento. Sempre acreditei que a maior tarefa do CNJ estabelecer uma poltica judicial. A proposta da AMB vem ao encontro dessa atividade estratgica do Conselho, afirma, lembrando que a medida coloca a magistra-tura em uma posio proativa e no apenas reativa aos acontecimentos que chocam e mobilizam a nao.Essa, alis, foi uma postura que passou

    a ser encarada logo aps o fim do regime militar, em meados dos anos 80. Isso por-que, com a redemocratizao do pas, a atuao do Poder Judicirio foi ampliada e os juzes passaram a decidir no mais

    apenas conflitos entre particulares, mas tambm a desenvolver papel fundamental na concretizao dos direitos da cidada-nia. Diante desse desafio, comeou-se a exigir dos magistrados uma nova atitude frente a esse cenrio e s demandas ori-ginadas a partir dessa realidade. Como garantidor das promessas constitucionais, essencial ao poder Judicirio primar pela eficincia gerencial, especialmente no estabelecimento de instrumentos adequa-dos ao desempenho das novas funes, ressalta Salomo.A proposta da AMB pretende justamente

    dar uma resposta gil s expectativas da

    sociedade no tocante ao combate e puni-o destes delitos, visto que a efetivao da mesma dispensa qualquer alterao legislativa. Cabe, portanto, aos integrantes do Judicirio o estabelecimento de uma po-ltica judicial, a exemplo do que aconteceu no Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul com a criao de uma cmara espe-cializada para julgar processos envolvendo prefeitos (leia mais sobre a experincia em box nesta pgina). O desembargador Luis Felipe Salomo destaca que este um desejo dos juzes. Participar das escolhas dos rgos de direo nos Tribunais, esta-belecer as polticas judiciais, em sintonia com os anseios da sociedade, dever de seus integrantes. Mais do que isso, tambm um anseio, uma aspirao, acredita.Nesse sentido, mais importante do que

    o CNJ estabelecer a poltica que busque combater a corrupo e priorizar o julga-mento de autoridades com foro privilegiado a adeso dos tribunais e corregedorias a uma eventual sinalizao do Conselho. De nada adiantar deciso positiva sobre a implantao da medida se as entidades que iro aplic-la no estiverem partcipes da iniciativa, finaliza o diretor da ENM.

    TJ-RS: eficcia comprovadaProva de que o Pedido de Providncias da AMB pode ser aplicado com sucesso em todo o Brasil o exemplo dado pelo Tribunal de Jus-tia do Rio Grande do Sul (TJ-RS). Em 1994, foi criada a 4 Cmara Criminal especializada no julgamento de crimes envolvendo prefeitos.Treze anos depois, o trabalho da cmara conti-nua intenso e j julgou 389 processos dessa na-tureza, tendo condenado 169 prefeitos. Com a especializao da cmara passamos tambm a contar com uma infra-estrutura que permite

    a prestao jurisdicional em tempo hbil, comenta o desembargador Jos Eugnio Te-desco, presidente da 4 Vara Criminal do TJ-RS. Por infra-estrutura, entenda-se capacidade de fazer toda a instruo do processo na secretaria da cmara, assim como feito nas varas de 1 grau. At mesmo a coleta de provas nos municpios dos prefeitos julgados feita por um juiz convocado, dispensando a atuao das comarcas do interior, que precisam lidar com um nmero enorme de tarefas, e agilizando ainda mais o processo.

    O nico caminho para atender essa demanda , de fato, a especializao de uma cmara dentro dos tribunais, reafir-ma Tedesco, que presidiu o TJ-RS de 2002 a 2004. O desembargador explica que, desde a criao da cmara, magistrados gachos percorreram o Brasil divulgando a iniciativa e dando informaes sobre sua montagem e funcionamento. Infe-lizmente, a idia no foi encampada por outros tribunais. Mas acho importante a retomada da discusso, afirma.

    Para Salomo, a maior tarefa do CNJ estabelecer uma poltica judicial

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    O poder na mo do magistradoEmpenho dos tribunais e dos juzes fundamental para xito da proposta

    Alm de receber destaque da m-dia e apoio no Congresso Nacio-nal, a proposta da AMB tambm vista de forma positiva por integrantes do poder Judicirio e membros da co-munidade acadmica. Oportunidade nica para que os magistrados possam dar uma resposta rpida a um tema que, a cada dia, ganha mais destaque nos debates da sociedade brasileira, a

    implementao da medida depende ne-cessariamente de vontade poltica e de engajamento da direo dos tribunais. uma iniciativa extraordinria. a AMB mais uma vez chamando a aten-o para esses problemas que so da sociedade, analisa o desembargador Eldio Torret Rocha, 1 Vice-Presidente do Tribunal de Justia de Santa Catarina (TJ-SC).Por considerar fundamental o empenho

    dos tribunais no planejamento estrat-gico dessas aes, Rocha acredita que preciso desdobrar-se para encontrar formas de decidir com agilidade proces-sos dessa natureza. Outras instituies

    esto fazendo a sua parte na tentativa de solucionar a questo e o Judicirio acaba sendo atropelado por no estar conseguindo dar essas respostas. No h uma justificativa que a sociedade aceite para o no julgamento desses casos, analisa, destacando que essas respostas podem se dar em todos os mbitos da Justia da Estadual, passando pela Fe-deral e chegando tambm aos Tribunais

    Superiores.Caso se ja de-

    terminada pelo CNJ como poltica judiciria, a im-plementao da medida, a exem-plo da experincia pioneira e bem su-cedida do Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul, pode ser feita de maneira simples. Em Santa Catari-na, por exemplo,

    o tribunal tem grande flexibilidade para determinar a organizao judiciria. Isso porque a Assemblia Legislativa editou uma lei que autoriza o rgo a alterar suas competncias independentemente de mudanas na legislao. Por reso-luo, podemos criar varas, distribuir competncias, especializ-las e adequ-las em face de demandas ou questes sazonais, destaca o 1 Vice-Presidente do TJ-SC.O cientista poltico e professor da

    Universidade de Braslia (UnB) David Fleischer concorda que a idia apresen-tada pela AMB plenamente aplicvel, mas destaca que a questo do foro privilegiado esbarra em um problema maior. Seria necessrio mudar a lei, o que precisaria passar pelo Congresso, e tenho certeza que os parlamentares no concordariam. At pelo fato de que tramita na Cmara projeto para ampliar o foro privilegiado. Para mim como o artigo 22: se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Levando em conta esse aspecto, a AMB

    conta com respaldo de parlamentares dispostos a encaminhar propostas com-plementares iniciativa encaminhada ao Conselho Nacional de Justia. Essa proposta apenas sintoniza a pauta do Judicirio com a pauta da populao. E quanto mais perto as duas pautas estive-rem, mais legtima ser a justia e mais legtimo o juiz. Essa uma medida que pode ser tomada sem precisar de leis, pode ser uma poltica interna do Judi-cirio, do sistema Judicirio e de cada tribunal e de cada juiz em particular. uma proposta necessria, observa Joaquim Falco, conselheiro do CNJ e diretor da Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundao Getlio Vargas.

    David Fleischer: idia da AMB aplicvel

    Joaquim Falco: proposta necessria

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    Reforma poltica: campanha da AMB ganha novos aliadosDeputados federais e estaduais apiam iniciativa da Associao e se engajam pela rpida votao da matria

    Rubens Otoni (PT-GO) solicitou AMB 1,5 mil exemplares da cartilha e contou que tem levado o material a todos os estados em que est debatendo o tema. Quanto mais os juzes estiverem engaja-dos na busca de uma legislao que garanta esse esprito democrtico na poltica, mais ns teremos chance de que o debate sobre a reforma atenda s necessidades da nossa sociedade, disse Otoni.

    Projeto lanado em trs estados e na UnBA campanha da AMB foi lanada em mais

    trs estados. Em Mato Grosso, o evento foi realizado pela Associao dos Magistrados Mato-Grossenses (Amam) em parceria com a Assemblia Legislativa, o Tribunal de Justia e o Tribunal de Contas local. A iniciativa tambm foi lanada na Paraba,

    pela Associao dos Magistrados da Paraba (AMPB) em conjunto com o Tribunal Regio-nal Eleitoral do estado, e no Par, pela Asso-ciao dos Magistrados do Par (Amepa) e a Associao dos Magistrados da Justia do Trabalho da 8 Regio (Amatra VIII).Estudantes universitrios de Braslia tam-

    bm conheceram e debateram a campa-nha em evento realizado na Universidade de Braslia (UnB), intitulado A reforma poltica possvel. O presidente da AMB, Rodrigo Collao, ressaltou a importncia de levar o debate ao meio acadmico.

    O deputado Lobbe Neto (PSDB-SP), que titular da Co-misso de Educao e Cultura da Cmara dos Deputados, entregou 200 exemplares da cartilha em escolas e em encontros com militantes partidrios de So Paulo.Para ele, a magnitude da reforma poltica deve ter a partici-pao de toda a sociedade. Uma associao da importn-cia da AMB no poderia deixar de apoiar o movimento pela reforma, mas tambm de informar por meio da distribuio das cartilhas da campanha, observou.

    De acordo com a deputada Gorete Pereira (PT-CE), que distribuiu 2 mil cartilhas a prefeitos, vereadores, emissoras de rdio e televiso, sindicatos e associaes cearenses, a magistratura brasileira est prestando um relevante servio ao informar e esclarecer a populao sobre a necessidade da reforma. Essa feliz iniciativa busca despertar o cida-do brasileiro, muitas vezes descrente e desesperanoso, para desempenhar o importante papel que lhe cabe no processo poltico-eleitoral, disse a parlamentar.

    O deputado catarinense Joares Ponticelli (PP-SC) solicitou 500 unidades da revista e as encaminhou a todos os polticos do estado. Ele acredita que a preocupao dos juzes com a reforma poltica mostra que o Poder Judicirio est em perfeita sintonia com a alma do brasileiro. Trata-se de uma iniciativa altamente elogivel, sob todos os aspectos, e merece os nos-sos aplausos, afirmou Ponticelli.

    Imprensa/A

    lesc

    Divulgao

    Divulgao

    Divulgao

    Mais quatro parlamentares so parceiros da AMB na campanha Reforma Poltica: conhecendo, voc pode ser o juiz dessa questo. Eles esto divulgando a iniciativa em seus estados, distribuindo exemplares da cartilha da campanha. Os parlamentares concederam entre-vistas exclusivas ao Portal da AMB (www.amb.com.br), que tambm foram publicadas no hotsite da campanha: www.amb.com.br/portal/reforma.

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    Campanha Mude um Destino chega a mais 11 estadosLanamentos regionais do projeto mobilizam magistratura de todo o pas

    Ao longo do ms de maio e incio de junho, a campanha Mude um Destino alcanou mais 11 estados brasileiros, totalizando 15 lanamentos regionais. Em parceria com as associaes filiadas, a AMB tem levado aos quatro cantos do Brasil a mensagem do projeto, que discutir e buscar solues para me-lhorar as condies de vida das cerca de 80 mil crianas e adolescentes que vivem em abrigos no pas.No dia 27 de abril, Fortaleza (CE) conhe-

    ceu a campanha, lanada durante o VIII Encontro dos Presidentes das Associaes de Magistrados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Em parceria com a Associao dos Magistrados da Justia do Trabalho da 8 Regio (Amatra VIII) e a Associao dos Magistrados do Estado do Par (Amepa), a iniciativa chegou a Belm (PA) no dia 2 de maio. So Luis (MA) recebeu o lanamento

    da Mude um Destino no dia 3 de maio em evento organizado em parceria com a Associao dos Magistrados do Maranho (Amma). No dia 9, o projeto chegou a Goinia, em uma cerimnia emocionante. Cerca de 350 pessoas lotaram o auditrio da Associao dos Magistrados do Estado de Gois (Asmego), parceira no evento, para conhecer de perto as aes da Mude um Destino. No dia 10, foi a vez de Rio Branco (AC) conhecer a campanha em evento promovido com apoio da Associao dos Magistrados Acreanos (Asmac). A iniciativa comoveu magistrados, membros do Minis-trio Pblico, representantes do governo local e cidados interessados em conhecer a realidade dos jovens abrigados no pas.Dando continuidade aos lanamentos, no

    dia 17, Aracaju (SE) conheceu a campanha em evento que contou com o apoio da Asso-ciao de Magistrados de Sergipe (Amase).

    O Tribunal de Justia do Rio de Janeiro se-diou o lanamento da campanha na capital fluminense, promovido com a Associao dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), no dia 23. Em evento realizado pela Associao Mato-Grossense de Magis-trados (Amam), a sociedade de Cuiab (MT) foi apresentada ao projeto no dia 24.A Associao dos Magistrados Piauienses

    (Amapi), tambm em parceria com a AMB, lan-ou a campanha em Teresina (PI), no dia 25, em solenidade que reuniu 150 pessoas no auditrio do Tribunal de Justia do Piau. No dia 31, em evento organizado pela Associao dos Magis-trados do Amap (Amaap), a comunidade foi apresentada Mude um Destino em solenidade realizada no anfiteatro da Universidade Federal do Amap (Unifap), em Macap (AP).

    Joo Pessoa (PB) foi a dcima quarta capital a lanar a campanha. A cerimnia fez parte do I Encontro de Juzes e Promotores da Infncia e da Juventude do Estado da Paraba, promovido pela Associao dos Magistrados da Paraba (AMPB), Tribunal de Justia (TJ-PB), Correge-doria Geral da Justia, Comisso Estadual de Adoo (CEJA) e Ministrio Pblico, no dia 1 de junho. Macei (AL) tambm conheceu a campanha, em evento promovido pela Asso-ciao Alagoana de Magistrados (Almagis), no dia 6 de junho, no auditrio da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal).

    Mais de 500 pessoas prestigiaram o lanamento da campanha em Cuiab

    Pau e Prosa Comunicao

    Prximos lanamentos:21/06 Curitiba (PR)27/06 Porto Alegre (RS)12/07 Salvador (BA)

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    Concurso Mude um Destino tem inscries prorrogadas

    Em virtude do grande nmero de pedidos para que fosse ampliado o prazo de inscries do concurso Mude um Destino, AMB decidiu prorrog-lo. Inicialmente marcado para terminar no dia 14 de maio, o prazo foi estendido para 1 de julho. Dividida em duas categorias, a premiao se dar da seguinte

    forma:

    - Poder Judicirio: em que podero concorrer rgos do Judi-cirio, como tribunais de Justia, corregedorias gerais de Justia, comisses de adoo, juizados ou varas da Infncia e Juventude. A premiao ser feita na pessoa do magistrado. - Abrigos: que compreende todas as entidades de atendimento;

    como casas lares e casas de passagem, que tenham sob sua responsabilidade crianas e adolescentes.

    Para fazer a inscrio, os interessados podem entrar no hotsite da Mude um Destino (www.amb.com.br/mudeumdestino) e fazer o download da ficha.

    Compositor amapaense cria msica para campanhaAmar a quem nunca se viu/ ter o corao/Em plena ges-

    tao.... Os versos fazem parte da cano O que o destino me mandar, composta pelo msico amapaense Z Miguel. A inspirao nasceu da campanha Mude um Destino, promovida pela AMB. Quando tomei conhecimento da campanha, senti vontade de dar minha contribuio, diz o artista, que pai de trs filhos adotivos.No lanamento da campanha em Macap (AP), o coordenador

    da campanha, Francisco Oliveira Neto, fez um agradecimento especial ao compositor, que estava presente na platia. O artista retribuiu. Eu acho que o Brasil estava precisando desesperada-mente de uma ao como essa, porque somos um pas de muitas crianas abandonadas, sem amor. Elas esto nas ruas, em lares problemticos e em abrigos, e preciso chamar a ateno para elas. No possvel imaginar futuro para um pas que no cuida das suas crianas.Para ouvir a msica de Z Miguel, basta acessar o hotsite

    da campanha.

    Elba Ramalho grava depoimento A campanha Mude um Destino ganhou em maio um apoio de

    peso: a cantora Elba Ramalho, que j adotou duas meninas. A ar-tista paraibana gravou gratuitamente um depoimento, que j est sendo utilizado nacionalmente para divulgao da iniciativa. O vdeo gravado por Elba Ramalho, gravado em sua casa no Rio

    de Janeiro, foi exibido em primeira mo durante o lanamento da campanha Mude um Destino na Paraba, no dia 1 de junho. Em seu relato, a cantora revela detalhes comoventes de sua re-lao com as filhas Maria Clara e Esperana e conta, inclusive, que chegou a amamentar uma delas, evidenciando a criao de vnculos reais entre pais e filhos adotivos.

    Divulgao

    Prazo para se inscrever no prmio foi estendido para 1 de julho

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    Pensionistas se renem no Rio de JaneiroCategoria lana manifesto em que defende paridade entre pensionistas, aposentados e juzes da ativa

    Cerca de 250 pensionistas de todo o pas se reuniram no Rio de Janeiro para o IV Congresso Nacional de Pensionistas da Magistratura, realizado dos dias 22 a 26 de maio. O encontro foi promovido pela AMB em parceria com a Associao dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj).Na cerimnia de abertura, o presidente

    da AMB, Rodrigo Collao, lembrou as difi-culdades por que passaram as esposas de magistrados ao longo de suas vidas. Eu fico pensando no tempo que vocs viveram ao lado de pessoas que s falavam em processos, ganhavam mal e que, de uma hora para outra, com uma promoo, as obrigava a romper crculos de amizade, a cuidar da readaptao dos filhos em cidades completamente estranhas. Certa-mente, o maior sacrifcio coube a vocs. Por isso, uma questo de justia tratar a causa das pensionistas como nossa causa, disse.Alm de Collao, a solenidade contou com

    Abertura foi prestigiada pelo presidente do TJ-RJ e outras autoridades

    Fotos: Maiesse G

    ramacho/A

    MB

    Adelina Figueiredo (Sergipe)

    O Congresso muito interessante porque favorece a aproximao entre

    pessoas de vrios estados

    Marlene Maria Almeida Fernandes (Minas Gerais)Penso que o Congresso uma forma de chamar a ateno das autoridades da magistratura para a necessidade de apoiar as pensionistas.

    Luclia de Moura Alcntara (So Paulo)

    O Congresso permite que nos informemos sobre vrios assuntos.

    Maria Jos Rodrigues (Pernambuco)

    Esse encontro tem muito valor para

    ns, as pensionistas. Alm de reunir todos

    os estados, tira nossas dvidas.

    a presena de diversas autoridades, entre elas o presidente do Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro, Jos Carlos Murta Ribeiro, o presidente da Amaerj, Cludio DellOrto, e o ex-presidente da AMB, cria-dor do Departamento de Pensionistas na entidade, Cludio Baldino Maciel.Em seu pronunciamento, a diretora do

    Departamento de Pensionistas da AMB, Eneida Barbosa, elogiou o trabalho de Collao frente da AMB e agradeceu a ateno dada categoria. Agradeo o apoio irrestrito que me proporciona e por sempre me incentivar a prosseguir na luta em defesa dos direitos das pen-sionistas, disse.A programao do encontro foi variada

    e incluiu palestras sobre sade, beleza, proteo aos animais e previdncia social, desfiles e apresentaes artsticas. O ponto alto do Congresso, entretanto, foi o lana-mento da Carta do Rio de Janeiro. O docu-mento, lido por Eneida Barbosa, consolida o posicionamento da categoria em relao a diversas questes, como a inconformida-de com a cobrana previdenciria de 11% de aposentados e pensionistas.Na Carta, a categoria defende que o

    Judicirio mantenha sob sua responsabili-dade o pagamento integral dos proventos e penses da magistratura, e que sejam preservados os princpios da integralidade

    e da paridade entre pensionistas, aposenta-dos e magistrados da ativa. O documento tambm reivindica aos Tribunais de Justia e associaes de magistrados irrestrito apoio aos pensionistas nas lutas por seus direitos e interesses.Por meio da Carta, a classe pleiteia,

    ainda, que as pensionistas tenham junto s associaes os mesmos direitos esta-tutrios conferidos aos magistrados ativos e aposentados.A ntegra da Carta do Rio de Janeiro pode

    ser encontrada no Portal da AMB.

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    AMB defende o fim da impunidadeEntidade no se omite perante a mdia e apia decises do Judicirio nas operaes da PF

    A magistratura no est inerte diante das suspeitas de envolvimento de magistrados em casos de corrupo no pas, divulgadas amplamente pela mdia com a deflagrao das operaes Hurricane (Furaco) e Navalha, da Polcia Federal. Ao contrrio, os meios de comunicao nacionais e regionais abriram espao para que a classe, por meio da AMB, se defendesse e opinasse sobre o desenrolar desses processos.De 26 de abril a 25 de maio, a imprensa

    MB na mdiaA

    Outras aes da Associao tambm re-ceberam espao na mdia: o ajuizamento da Adin contra dispositivos de lei sergipana que cria nova prerrogativa funcional para os delegados de polcia de carreira; a indicao da vice-presidente de Comunicao Social da AMB, Andra Pach, para o Conselho Nacional de Justia; e os lanamentos re-gionais das campanhas Mude um Destino e Reforma Poltica: conhecendo voc pode ser o juiz dessa questo.

    Regio Centro-Oeste 24 veculos

    Regio Sudeste 19 veculos

    Regio Nordeste 19 veculos

    Regio Sul 12 veculos

    Regio Norte 9 veculos

    Nacionais 20 veculos

    Dirio de Notcias (SP)13 matrias

    Jornal do Commercio (RJ)10 matrias

    O Documento (MT)

    8 matrias

    Veculos que mais divulgaram notcias sobre a AMB

    Mapa da divulgao regional de notcias sobre a AMB

    Veculos impressos 57

    Sites 40

    Emissoras de televiso 9

    Emissoras de rdio 5

    Total 111

    Mdias que mais divulgaram notcias sobre a AMB

    Rankings de 26 de abril a 25 de maioForam publicadas 226 matrias em 111 veculos

    brasileira noticiou diversas aes da AMB em torno do tema, reproduzidas por cerca de 230 matrias. Destaque para nota, de 24 de maio, que externou a repulsa da entidade tentativa da mdia de constranger o ministro do Supre-mo Tribunal Federal Gilmar Mendes, aps o noticirio ter divulgado o suposto vazamento de informaes, pela Polcia Federal, durante as investigaes da Operao Navalha.O presidente da Associao, Rodrigo Colla-

    o, deixou claro que no se pode combater o crime cometendo outros crimes. A nota foi citada nos principais veculos do pas, como o Jornal Nacional, da TV Globo, a Agncia Estado e o Jornal do Brasil, entre outros.A AMB tambm publicou nota de apoio minis-

    tra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justia, pelas decises que possibilitaram a deflagrao da Operao Navalha. A Associao continuou defendendo que, por trs de cada investigao, existe a atuao do Judicirio. A AMB acredita que somente pela atuao corajosa de magistra-dos, como a da ministra do STJ, o Brasil poder combater de forma efetiva a corrupo que tanto indigna os brasileiros, concluiu a nota.Em entrevista ao jornal Dirio Catarinense,

    de 13 de maio, Collao voltou a declarar que a AMB quer justia. Qualquer corporao composta por homens est sujeita corrup-o. O que pode prejudicar uma corporao a convivncia pacfica com esta corrupo. Ns podemos aproveitar esta crise para deixar mais claro o nosso compromisso com a tica, com a transparncia e com o servio judicirio livre da corrupo, afirmou na entrevista.Destaque tambm para artigo de Rodrigo

    Collao publicado na Folha de S.Paulo, em 20 de maio, intitulado O Judicirio far a sua parte. No texto, o presidente da AMB afirma que a magistratura tem perfeita cons-cincia da gravidade do momento pelo qual passa o Poder Judicirio e sabe que chegou a hora de praticar o bom corporativismo.

    Indicao da vice-presidente de Comunicao da AMB, Andra Pach, para o CNJQuem noticiou: Consultor Jurdico, Apamagis (SP), Globo Online

    Projeto Cidadania e Justia Tambm se Aprendem na EscolaQuem noticiou: Correio Braziliense (DF), Infojus, Dirio de Notcias (SP)

    Parceria da AMB com CNJ para realizao de seminrio sobre gesto JudiciriaQuem noticiou: Gazeta do Povo (PR), Jornal do Estado (PR)

    AMB recebe chaves da sede histrica no Rio de JaneiroQuem noticiou: Jornal do Commercio (RJ), Consultor Jurdico (SP), Jornal do Commercio (RJ)

    Artigo do vice-presidente da AMB para Interiorizao, Mozart Valadares, sobre associativismoQuem noticiou: Jornal do Commercio (PE), Dirio de Notcias (SP)

    VI Congresso Nacional de Pensionistas da MagistraturaQuem noticiou: Ajuris (RS)

    Outros temas

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    MB na mdiaA

    Nota de apoio ministra Eliana CalmonTotal de veculos que noticiaram: 8Principais veculos: O Estado de S. Paulo, Tribuna da Imprensa (RJ), Terra Notcias, Globo Online, Pernambuco.com

    Rdio CBN

    Campanha da AMB pela reforma polticaTotal de veculos que noticiaram: 15Quem noticiou: Dirio de Cuiab (MT), Correio da Paraba (PB), Tribuna do Norte Apucarana (PR), 24 horas News (MT)

    Folha de S. Paulo

    Artigo O Judicirio far a sua parteQuem noticiou: Folha de S. Paulo, Consultor Jurdico

    Mude um DestinoTotal de veculos que noticiaram: 38Principais veculos: Correio Braziliense (DF), O Popular (GO), O Rio Branco (AC), Jornal da Cidade (SE), O Estado do Maranho (MA), Agncia de Notcias dos Direitos da Infncia, Globo Online, Agncia Brasil, TV Globo (Bom Dia RJ), TV Record (Fala Par), CBN Cuiab (MT)

    O Documento

    Tribuna do Norte

    Dirio Catarinense

    Entrevista de Collao ao Jornal Dirio Catarinense

    Folha de S.Paulo

    Nota sobre atuao da PF na Operao NavalhaTotal de veculos que noticiaram: 42Principais veculos: O Estado de S. Paulo, O Globo, Jornal do Brasil, Dirio Catarinense (SC), Estado de Minas (MG), Folha Online, Agncia Estado, Globo Online, Terra Notcias, TV Globo (Jornal Nacional), TV Educativa (Reprter Nacional), TV Justia (Frum), Rdio Guaba (RS)

    Agncia Estado

    Jornal Nacional

    Correio Braziliense

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    scola Nacional da MagistraturaE

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    Rio de Janeiro sedia IV Assemblia Geral da RiaejEvento debateu os desafios da preparao das Escolas Judiciais

    Do dia 16 a 18 de maio, o Rio de Janeiro sediou a IV Assemblia Geral da Rede Ibero-America-na de Escolas Judiciais (Riaej), evento

    coordenado pela Escola Nacional da Magistratura (ENM), com apoio da AMB, e que teve como tema A preparao das escolas judiciais para o futuro. O

    diretor da ENM, Luis Felipe Salomo, ressaltou a importncia do encontro. Nossa inteno que possamos enfren-tar os desafios impostos ao Judicirio e s escolas da magistratura, trocando experincias acerca de nosso trabalho. Sabemos que no h democracia digna desse nome sem um Judicirio forte e independente, afirmou.Durante os trs dias em que estive-

    ram reunidos na capital fluminense, os diretores de escolas de magistratura integrantes da Rede debateram assun-tos relacionados formao judicial e ao fortalecimento das escolas ibero-americanas. No encontro, tambm foi apresentada a prestao de contas das atividades da Riaej no perodo 2005-2007, bem como o plano de ao para os prximos trs anos. Quatros painis conduziram o evento,

    em que foram debatidos os seguintes temas: Formao Judicial: modelos educativos e sistemas de qualidade, A formao dos juzes para a sociedade do conhecimento: a reduo da brecha digital, Otimizao e uso dos recursos da Riaej: gesto do conhecimento e Fortalecimento das escolas judiciais ibero-americanas: formao e motivao das equipes gestoras (Leia mais sobre o assunto na pgina ao lado). O secretrio-geral da Riaej, Luis Henry

    Molina, destacou que o intercmbio entre os pases membros da rede vem trazendo grandes avanos para seus sistemas judiciais. Contribuir com a troca de informaes e experincias para a melhora do funcionamento do Judicirio , em ltima anlise, melho-rar a qualidade de vida de nossos povos, promovendo a paz social e as garantias individuais, disse.

    Enfam passa a integrar a Rede

    No encerramento da Assemblia, foi aprovada, por unanimidade, a adeso da Escola de Formao e Aperfeioamento de Magistrados (Enfam) Rede. O minis-tro do Superior Tribunal de Justia (STJ) e diretor da escola, Nilson Naves, esteve presente reunio e recebeu com entusiasmo a confirmao da entrada da Enfam na Rede. Em nome da Enfam e do STJ agradeo a acolhida. Sempre acreditei no poder da parceria, da ampliao do dilogo entre o Judicirio brasileiro e o de outras naes. Cooperao a palavra-chave na concepo de aes de grande alcance na administrao da Justia, afirmou Naves.Alm de passar a integrar a Riaej, a Enfam foi indicada, por meio de votao,

    para integrar a junta diretiva da entidade no perodo 2007-2009, que ser inte-grada ainda por Chile, Costa Rica, Repblica Dominicana, Espanha e Colmbia. A Enfam ser representada pelo desembargador Luis Felipe Salomo, que membro da entidade, onde ocupa cadeira da AMB. O diretor da ENM tambm enalteceu a importncia do acontecimento. Segundo ele,

    a integrao das escolas da Rede permite a troca de experincias exitosas entre os paises. O Brasil tem uma importncia muito grande nesse processo. No s pelas prticas que vem adotando na formao dos juzes, mas tambm por sua participao relevante no cenrio internacional, destacou Luis Felipe Salomo.

    Ministro Nilson Naves (segundo da esq. p/a dir.) recebeu com entusiasmo a confirmao da entrada da Enfam na Rede

    Luis Henrique Vicent

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    scola Nacional da MagistraturaE

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    Rumos das escolas judiciais em debateTroca de experincias e discusses sobre novas tecnologias nortearam encontro

    Os debates da IV Assemblia Geral da Rede Ibero-Americana de Escolas Judiciais (Riaej) foram divididos em quatro painis que contaram com a participao dos diretores das escolas e de especialistas em reas relacionadas aos temas discutidos. Confira um breve resumo de cada um dos fruns de discusso.Formao Judicial: modelos educativos e sistemas de qualidadeO painel foi aberto pela professora da Universidade Federal do Paran Accia Kuenzer, especialista em Educao Profissional. Em sua apresentao, a professora falou sobre chamada acu-mulao flexvel do conhecimento, fenmeno tpico do atual estgio do capitalismo. Desde os anos 80, o mundo enfrenta um processo de transio da rigidez para a flexibilidade do processo educacional. Isso vem gerando impactos na forma-

    o e no perfil dos juzes, explicou a acadmica. Participaram ainda da mesa a diretora do Conselho Nacional das Escolas de Magistratura do Trabalho, Graa Maria Borges de Freitas; a diretora da Escola Judicial Rodrigo Lara Bonilla (Colmbia), Gladys Virginia Guevara Puentes; Dra. Karin Exss Krougmann, da Academia Judicial do Chile,;e Ramiro Ibaez Ferrufino, do Instituto da Judicatura da Bolvia.

    A formao dos juzes para a sociedade do conhecimento: a reduo da brecha digitalO argentino Carlos Gregrio, doutor em Direito e Cincias Sociais e autor do estudo A internet e o sistema judicial da

    Amrica Latina e Caribe, abriu a discusso, salientando a vital necessidade de os juzes desenvolverem novas habilidades diante das mudanas derivadas do amplo desenvolvimento da tecnologia. O diretor do Instituto da Judicatura do Mxico, Jaime Manuel Marroquin Zaleta e Mrcio Carvaja, represen-tante da Escola Judicial Edgar Cervantes Vilalta, da Costa Rica, tambm debateram o tema.

    Otimizao e uso dos recursos da Riaej: gesto do conhecimentoPor meio de videoconferncia, o arquelogo e ex-editor de aes de internet da Universidade Aberta da Catalunha Genis Roca Verard falou aos presentes sobre como as novas formas de comunicao e de relacionamento vm sendo modificadas drasticamente com o advento da internet. A Justia tambm ter de pensar, e j est pensando, novas maneiras de agir para acompanhar essas transformaes, opinou. O secretrio-geral da Riaej, Luis Henry Molina, fez uma apresentao da pgina da entidade na internet e falou aos presentes da necessidade de todos os integrantes da Rede usarem os recursos oferecidos no site. Opinaram ainda sobre o assunto a diretora da Escola Judicial da Guatemala, Ada del Rosrio Franco Cordn,e Juan Carlos Bustillo, diretor da Escola Judicial de Honduras.

    Fortalecimento das escolas judiciais ibero-americanas: formao e motivao das equipes gestorasCoordenado pela Dra. Gema Espinosa Conde, representante do Conselho Geral do Poder Judicirio da Espanha (CGPJ), o grupo de trabalho sobre o tema, composto por Fanny Sybile, da Escola Judicial do Paraguai; Srgio Pocas, da Escola de Estudos Judicirios de Portugal; Joaquin Talavera Salinas, da Escola Judicial da Nicargua, e Selva Klett Eduardo, do Centro de Estudos Judicirios do Uruguai, tratou das ex-perincias desenvolvidas em suas instituies. Por meio de videoconferncia, o diretor da CGPJ, Jos Maria Mrquez, tambm falou, de Madri, sobre os principais mtodos adota-dos em sua instituio para garantir a constante motivao da equipe de trabalho.

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    ustia criativaJ

    Projeto paranaense exemplo para juizados especiais de todo pasAbordagem multidisciplinar o principal foco do Programa de Alternativas Penais na Preveno ao Uso de Drogas

    Uma iniciativa inovadora da Coor-denao dos Juizados Especiais do Estado do Paran foi apresentada durante o XXI Frum Nacional de Juiza-dos Especiais Cveis e Criminais (Fonaje), realizado do dia 30 de maio a 2 de junho, em Vitria (ES) (leia mais sobre o evento em box nesta pgina). o Programa de Alternativas Penais na Preveno ao Uso de Drogas (PAPPUD), criado, em 2005, pelo juiz Roberto Bacellar e pela assistente social Adriana Accioly. Atualmente, o Programa est subordinado Superviso dos Juiza-dos Especiais do Paran, sob a gesto do desembargador Jos Wanderlei Resende.O programa foi institudo como forma de

    evitar a reincidncia de infraes, por parte de usurios de drogas. Propusemos uma abordagem interdisciplinar no atendimento dos infratores, de modo a possibilitar uma mudana de comportamento, fazendo com que deixassem de usar drogas, por vontade prpria, mas com o apoio de uma equipe, explica o juiz.De acordo com Bacellar que tambm

    vice-presidente para Cidadania e Direitos Humanos da AMB, so feitas perguntas que fazem os infratores pensar e se sen-tirem responsveis pela deciso de deixar as drogas e a criminalidade.Os primeiros resultados do projeto cha-

    maram a ateno e comprovaram a efic-cia da proposta. A reincidncia passou de 70% para 1%, conta o juiz paranaense. Graas a esses nmeros, a partir de 2006 a ao foi estendida para outros juizados de Curitiba (PR). De modo geral, a reinci-dncia tem ficado em torno de 2%.

    Realizao do XXI Fonaje foi um sucessoA cidade de Vitria (ES) reuniu mais de 250 magistrados de todo o pas para

    a realizao do XXI Frum Nacional dos Juizados Especiais Cveis e Criminais (Fonaje). A justia restaurativa e a mediao penal no contexto da nova Lei sobre Drogas, bem como a nova execuo judicial e extrajudicial nos juizados especiais foram alguns dos temas debatidos no evento, que reuniu ainda grupos de estudos cvel, criminal, turmas recursais, meios alternativos de soluo de conflitos, penas alternativas, comisso legislativa e diretores de cartrios.De acordo com a presidente do Fonaje, a juza Janete Simes, esta edio foi um

    sucesso. O Frum foi excelente. Houve a elaborao de vrios enunciados, alm de vrias discusses acerca das leis de drogas e do desafogamento dos andamentos dos processos corridos nos juizados, afirmou a juza. A prxima edio do Fonaje ser realizada em novembro, na cidade de Manaus (AM).

    A eficcia do programa tanta que, em breve, deve ultrapassar as fronteiras do Paran. A Secretaria Nacional Anti-drogas est interessada em ajudar na implantao deste projeto no resto do Brasil, conta Ro-berto Bacellar. Uma parceria, recm-firma-da com a Universidade de So Paulo (USP) permitir que a Secretaria acompanhe sistematicamente esse trabalho, para pos-teriormente estabelecer as diretrizes de um programa com abrangncia nacional. O PAPPUD segue as orientaes previstas

    na lei 11.343/2006, que instituiu o Siste-ma Nacional de Polticas sobre Drogas e destaca o uso de medidas de preveno, ateno e reinsero social dos usurios e dependentes de entorpecentes como parte integrante da abordagem tcnica a ser de-senvolvida pelos operadores do Direito.

    Iniciativa coordenada por Bacellar servir de exemplo para o pas

    Dbora Amorim

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    A igualdade (uniformidade e equivalncia) dos trabalhadores urbanos e rurais no acesso aos benefcios previdenciriosAutor: Hilrio Bocchi Junior

    Editora LTrPreo: R$ 35,00

    O livro questiona a programaticidade das normas, exaltando a juridi-cidade e eficcia da Constituio Federal. Com base no princpio da eqidade na forma de participao do custeio, a obra defende a existncia do trabalhador rural, mesmo diante da ausncia de contri-buies no perodo anterior Lei n 8.213/91, afastando a aplicao do 2 do art. 55 em relao ao segurado vinculado ao Regime Geral de Previdncia Social. Hilrio Bocchi Junior advogado especialista em Previdncia Social e mestre em Direito Pblico. professor da Escola Superior da Advocacia (ESA) de Ribeiro Preto (SP).

    Nova Lei AntidrogasAutor: Srgio Ricardo de Souza Lei n 11.346/2006 comentada e anotada

    Editora ImpetusPreo: R$ 51,00

    A obra se destaca pela anlise simples, mas minuciosa dos aspectos penais e processuais que envolvem a Lei 11.343/2006 a Nova Lei Antidrogas. O trabalho destina-se, especialmente, a magistrados, promotores, delegados, advogados e acadmicos, mas tambm aqueles que estejam se preparando para concursos na rea jurdica. O livro traz comentrios de cada artigo da Lei, de forma bastante sinttica. Srgio Ricardo de Souza juiz titular do 1 Juizado Especial Cvel de Viana (ES), juiz corregedor da Corregedoria Geral da Justia

    de Esprito Santo e diretor da Escola da Magistratura do Estado do Esprito Santo.

    Fidelidade Partidria A perda do mandato parlamentarAutor: Augusto Aras

    Editora: Lumen JurisPreo: R$ 66,40

    O autor discute a necessidade de tornar efetivo o princpio consti-tucional da fidelidade partidria. O livro aborda, ainda, a perda do mandato parlamentar, tambm de grande importncia para o regime democrtico. O trabalho traz institutos e conceitos, estudando suas origens e evoluo, at chegar aos dias atuais, mostrando ca-minhos para o fortalecimento da democracia. Augusto Aras doutor em Direito do Estado e mestre em Direito Econmico. Atualmente, procurador regional da Repblica em Braslia.

    Juizados Especiais Cveis Comentrios aos Enunciados do Fonaje Frum Nacional de Juizados EspeciaisAutor: Erick LinharesEditora: JuruPreo: R$ 39,90. Para associados AMB, conveniados ao servio AMB-mais o livro sai por 27,93

    O trabalho tenta tornar mais fcil a consulta e o entendimento dos enunciados cveis do Frum Nacional de Juizados Especiais (Fo-naje). Os comentrios foram elaborados em linguagem clara e tcnica, sem prejudicar o contedo e a profundidade do tema. Nesta edio, a obra est atualizada com novos enunciados, em especial com reflexos nos juizados especiais das recentes alteraes sofridas pelo Cdigo de Processo Civil. Erick Linhares especialista em Direito Civil e juiz de Direito do 2 Juizado Especial de Boa Vista (RR).

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    A Rebelio da TogaAutor: Jos Renato NaliniEditora: MillenniumPreo: R$ 74

    A obra mostra que o operador jurdico deve resgatar a ntima vinculao entre Direito e tica e concretizar as promessas do constituinte. A leitura poder estimular uma vivncia forense menos afeioada a praxes e rituais e mais apta a propiciar a concrdia. Segundo o autor, o livro uma concla-mao a toda a comunidade para fazer com que a Justia mais eficiente venha a contribuir ainda mais para implementar a democracia participativa e o Estado de Direito no Brasil. Jos Renato Nalini desembargador do Tribunal de Justia do Estado de So Paulo.

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    Ex-vice-presidente da AMB integrar o Conselho Nacional de Justia no binio 2007-2009

    Andra Pach toma posse no CNJ

    Autoridades maranhenses conhecem detalhes do Enaje

    ltimas

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    A ps sabatina na Comisso de Constituio e Justia (CCJ) do Senado e de ter seu nome aprovado pelo Plenrio da Casa, Andra Pach, que renunciou vice-presidncia de Comunicao Social da AMB, tomou posse como integrante do Conselho Nacional de Justia (CNJ). H 14 anos na luta associativa, a magistrada atua na 1 Vara de Famlia de Petrpolis (RJ) e sempre foi uma defensora das bandeiras histricas do movimento, como as votaes abertas e fundamentadas para as promoes dos juzes nos tribunais e o fim do nepotismo.Andra Pach j integrou a diretoria da Associao dos Magistra-

    dos do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) e foi diretora de Direitos Humanos da AMB na gesto do desembargador Cludio Baldino Maciel, entre 2002 e 2004.Confira nessa entrevista as expectativas da juza fluminense sobre

    o desafio de integrar o CNJ.

    Na opinio de Andra Pach, nomeao vitria da luta associativa

    Maiesse Gramacho/AMB

    AMB Informa A que a senhora atribui a sua nomeao para o CNJ? Andra Pach Essa uma vitria a ser comemorada por todos os

    associados da AMB, porque no se deveu especificamente ao fato de eu ser uma juza em Petrpolis ou exercer a magistratura h mais de 14 anos. Acredito que tenha sido muito mais pela minha atuao frente do processo associativo, muito mais pelas bandeiras, propostas e idias que defendo. Considero minha nomeao uma vitria do movimento associativo, um reconhecimento pelas lutas que estamos travando pela constituio de um poder mais justo e mais tico.

    AMB Informa O CNJ vem atendendo s expectativas dos magistrados brasileiros? A.P. O Conselho uma experincia muito recente.

    J tivemos muitos avanos, muitos acertos, alguns equ-vocos, mas a tendncia de qualquer rgo novo lutar pelo aprimoramento. O CNJ, na conduo de propostas de gesto, ainda precisa avanar, procurando ser um unificador de medidas administrativas no Brasil e um plo de capilaridade das boas prticas que vem sendo desenvolvidas na Justia.

    Em visita ao Maranho no dia 3 de maio, o presidente da AMB, Rodrigo Collao, apresentou os detalhes do III Encontro Nacional de Juzes Estaduais (Enaje) direo do Tribunal de Justia do Maranho (TJ-MA) e ao governador do estado. Acompanhado do coordenador do evento e presidente da As-sociao dos Magistrados do Maranho (Amma), Gervsio dos Santos, Collao apresentou os detalhes da parceria entre AMB, Conselho Nacional de Justia (CNJ), Colgio de Presidentes e Escola Nacional da Magistratura (ENM), que vai resultar na divulgao das melhores prticas de gesto judiciria.Os desembargadores Raymundo Liciano de Carvalho e Madale-

    na Serejo, respectivamente presidente e vice-presidente do TJ-MA, receberam os representantes da entidade, que agradeceram a acolhida que o Maranho (tem dado magistratura estadual para a realizao do evento. Madalena Serejo, que em breve assumir o Tribunal em funo da aposentadoria de Liciano, prometeu apoio ao Enaje. Estamos felizes pelo Maranho ter sido escolhido para sediar o evento, disse. O governador do estado, Jackson Lago, tambm recebeu o

    presidente da AMB e foi convidado a participar da abertura do Encontro. Lago afirmou que se empenhar para que o encontro seja um sucesso.