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ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA Impacto Ambiental Volume Especial

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Revista da disciplina ACH0011 Ciências da Natureza, que reúne textos escritos por alunos ingressantes da EACH/USP Leste em 2006.

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ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES

ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA

Impacto Ambiental

Volume Especial

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Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 2.5 Brasil

Você pode:

copiar, distribuir, exibir e executar a obra

Sob as seguintes condições:

Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante.

Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com finalidades comerciais.

Vedada a Criação de Obras Derivadas. Você não pode alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.

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Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, desde que Você obtenha permissão do autor.

Qualquer direito de uso legítimo (ou "fair use") concedido por lei, ou qualquer outro direito protegido pela legislação local, não são em hipótese alguma afetados pelo disposto acima.

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V O L U M E E S P E C I A L D A R E V I S T A

Impacto Ambiental

Paulo Rogério Miranda CorreiaEscola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo

Av Arlindo Bettio 1000 • 03828-000 • Ermelino Matarazzo • São Paulo - SPContato: www.grupiec.org / [email protected]

Comentário: Embora todo esforço seja feito para garantir que nenhum dado, opinião ou afirmativa errada ou enganosa apareçam nessa revista, deixa-se claro que o conteúdo dos textos aqui publicados são de responsabilidade, única e

exclusiva, dos respectivos autores envolvidos.

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ConteúdoApresentação 1

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CN: quintas-feiras, das 8h às 9h45

Futuro?!?! A Terra incertaCamila M. Soares e Rosane C. Santiago 4Como está quente hoje!Manuella M. Ribeiro e Ricardo Matheus 6O desenvolvimento como uma ameaçaMarina da G. Arruda e Stéfani P. de Oliveira 7Economia ecológicaÉrika Ferraz e Rogério de Oliveira 9A Terra e seus limitesDouglas P. Garcia e Patrícia P. Rodsenko 10Kyoto atacaAline Soares e Kátia R. de Oliveira 12Gás carbônico: um desafio a ser enfrentadoLeandro A. Oliveira e Winicius dos Santos 13Aquecimento global: faça a diferençaMoana Simas e Tatiana Cunha 14Perspectivas para um futuro melhorDaniel Bastos e Helino Hirama 16O planeta hipertérmicoLucas A. Couri e Victhor S. Teixeira 18A Terra em pânicoFabiano Duarte e Danilo Mattar 19Estufa-se um planetaChristian Lacerda 20Até onde irá a ganância humana?Maiara L. dos Santos e Sara L. de Souza 21O impacto do cotidianoBruno L. M. Silva e Carla Y. Shimote 23Alterações climáticas: há solução?Letícia M. Ishihara e Daiane Marques 24

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CN: quintas-feiras, das 14h às 15h45

Realmente um problema...Marília C. Fernandes e Rafael Pontes 26Eterno paradoxo: criação versusdestruiçãoNathália Pizzini e Mariana Bonadio 27Caixa de PandoraBárbara Carrizo e José Guilherme D. Alves 29O planeta grita por socorro em meio às chamasLaís Lopes e Ricardo Galhardoni 31

Desenvolvimento econômico e qualidade de vidaSamira N. Gatti e Tayane Traina 32Correr, correr... é o melhor para poder crescer!Ana Regina Alves e Íris M. N. Fraga 33Desenvolvimento tecnológico é sinônimo de poluição?Adriano U. Américo e Pedro G. Murauskas 35Nova oportunidadeCarolina Y. Omori e Vivian T. Moitinho 36Do fogo ao fóssilBruna L. de Azevedo e Raul D. Gimenez 37O tempo e suas mudançasNayara G. Baraldi e Nelice C. Gonçalves 38

S E Ç Ã O T 4 2

CN: quartas-feiras, das 8h às 9h45Aquecimento global – um jogo de empurra-empurraSolange A. Vieira e Gisele da S. Barros 41O aquecimento global e suas conseqüências para o meio ambienteFelipe Instaqui e Gustavo K. S. Okubo 42Crescimento econômico, aquecimento globalAntônio R. Rebouças e Cauê D. Carrilho 45Aquecimento global: o homem sofre, mas é o principal responsávelÉricka Pardini e Ricardo Prada 46A Terra pode se tornar o 2º planeta do sistema solarMônica Araújo e Jacqueline Silvana 48

S E Ç Ã O T 4 3

CN: quartas-feiras, das 14h às 15h45

Rumo ao apogeu da ignorânciaFernando do Nascimento e Paola de Campos 50A energia que constrói destruindoAna Carolina O. Fornicola e Valéria S. Rodrigues 51Revolução energética ameaça a vida humanaRafael V. Furtado e Rodrigo Castelli 53Ciência: conseqüências e finsLarissa S. Correia e Luciene K. Oyafuso 54Previsão do tempoCarolina C. Caetano e Fernanda da F. Lopes 56Socorro ao planeta TerraAdriana S. Fornaziero e Diana T. Yamamoto 57

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Tecnologia a serviço do meio ambienteFernanda B. Ferreira e Poliana K. D. Araújo 58Calor à vista: o que vem ocorrendo com o nosso planetaAgatha Cristine e Patrícia Yokomizo 60Meio ambiente: o despertar da fúria climáticaCamila S. Ishikawa e Michel G. Farah 61A Terra em fila de esperaMaíra Bittencourt e Milena M. Fujishita 64A crise climática ultrapassa séculosGabriela A. Pinheiro e Mylena N. E. Caldeira 65Toda ação tem uma reaçãoCristiane P. Barros e Danyelle F. Farias 66A era do hidrogênio está chegandoPriscila R. Raspantini e Gabriella T. Nogueira 68A informação é quenteBruno do E. S. Cardoso e Stefanie de O. Maia 70Crise conjugalCerise C. Maia e Stela D. Fernandes 72O meio ambiente respondeGabriele P. de Oliveira e Natália P. Fortunato 74

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CN: quartas-feiras, das 10h15 às 12h

O planeta está com febreIsrael A. Tannus e Thiago D. R. de Oliveira 76Sua vida está em jogoCarolina A. de Araújo e Fernando F. da Costa 77Energia: criação ou destruição?Fábio Y. Ivamoto e Rafael de Carvalho 79O planeta doenteAmanda Martins e Ângela Yatsugafu 80

Atitude individualAdriano Souza e Igor Andrade 81O mundo pede socorroLílian Ponce e Miriam Campos 83O meio ambiente ainda pode ser salvoCaroline Y. Teruyu e Larissa B. D’Alkimin 84A energia que destróiAlisson Kameya e Ricardo L. de T. D. Baptista 86Seção T33

CN: quartas-feiras, das 15h45h às 18h

O futuro da TerraLeandro Bahu e Fernando Tavares 88Terra em criseBruna de S. Oewel e Nathália F. Cariatti 89A poluição acarreta mudanças climáticasCaroline de L. Iseppi e Patrícia M. Quitschal 90A Terra em febreTiago N. Ordonez e Thaís B. L. da Silva 91Impactos ambientais: um problema de todosBeatriz F. F. de Carvalho e Lílian C. S. de Jesus 93A energia capaz de esfriar a TerraThaís H. S. Freitas e Paula Passini 94Inalação de esperançasJaime T. da Silva e Jhonas P. dos Reis 96Terra doenteJuliana R. Sgroi e Fernando C. Xavier 97Dos avanços tecnológicos ao Protocolo de KyotoCarolina M. Pinto e Young S. Mori 98Um passo atrás pelo futuroJuliana M. Guerra e Mariana B. R. Trindade 100Interferência do homem nos fenômenos ambientaisPâmela B. dos Santos e Amanda F. da Silva 101

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ApresentaçãoACH 0011 Ciências da Natureza

disciplina Ciências da Natureza (CN) é oferecida a todos os 1020 alunos que ingressam na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Juntamente com outras 5 disciplinas gerais e a Resolução de Problemas, CN compõe o núcleo duro do Ciclo Básico, pelo qual os alunos passam nos primeiros 2 semestres acadêmicos. Esse desenho pedagógico impõe um grande desafio para

os docentes envolvidos com as disciplinas gerais: atingir um público heterogêneo a partir de temáticas relevantes, que alicerçam a formação ampla dos alunos e extrapolam os conhecimentos e técnicas específicas dos cursos. O desafio aumenta quando consideramos que a composição das classes de 60 alunos é planejada para misturar 12 alunos de 5 cursos diferentes. As turmas do período matutino são formadas por 12 alunos de cada um dos seguintes cursos: Gestão Ambiental, Gestão de Políticas Públicas, Licenciatura em Ciências da Natureza, Marketing e Sistemas de Informação. Já as turmas do período vespertino são formadas por alunos de Ciências de Atividade Física, Gerontologia, Lazer e Turismo, Obstetrícia e Tecnologia Têxtil e da Indumentária. Como contemplar interesses tão diversos? Como, no caso da disciplina CN, dar conta de apresentar as ciências naturais para os alunos ingressantes, explorando suas relações com a sociedade? As respostas fogem das soluções triviais, que expõem friamente o conhecimento acumulado pela ciência desde meados do século XVII. Não basta apresentar teorias, nem enumerar todas as figuras de destaque que contribuíram para essa construção humana. Em outras palavras, o trajeto de Galileu a Einstein não é garantia de sucesso. É preciso agregar um olhar humanístico, contextualizando a ciência no seu tempo histórico, mostrando que ela está imersa numa sociedade onde atuam fatores políticos, econômicos, religiosos e éticos. Desta forma, o exercício docente passa pela busca por soluções didáticas inovadoras, a fim de responder aos novos desafios apresentados no contexto das disciplinas gerais.

Impacto Ambiental: uma revista para os alunos ingressantes

ma das atividades implementadas em 2006 foi a elaboração de uma revista, para consolidar a produção intelectual dos alunos ingressantes. Para isso, a temática ambiental foi escolhida por ser abrangente, e por permitir uma abordagem científico-humanista. Além disso, a emergência em discutir os problemas ambientais impacta toda a sociedade, devendo despertar o interesse de

qualquer cidadão do século XXI. Desta forma, a revista “IMPACTO AMBIENTAL” é proposta com a missão de registrar o pensamento dos alunos ingressantes que cursam a disciplina CN. No seu 1º volume especial, a temática selecionada foi “ENERGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS”.

A preparação para refletir sobre o tema escolhido envolveu 3 aulas, momento para os alunos obterem informações e sistematizá-las por meio de discussões em grupos. Textos e vídeo foram os meios privilegiados para fomentar o debate. No final do processo, todos os alunos foram convidados a elaborar um texto para publicação, seguindo normas editoriais pré-definidas. Essa etapa, cumprida em duplas, foi um

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dos momentos formais de avaliação do desempenho dos alunos na disciplina CN. A nota foi determinada a partir da própria avaliação dos alunos aos textos produzidos: entra em cena a avaliação por pares.

Avaliação por pares vivenciada durante a disciplina

s procedimentos utilizados na avaliação de trabalhos científicos foi incorporada na avaliação da disciplina: todos os textos produzidos pelos alunos foram submetidos à avaliação por pares às cegas, recebendo 2 pareceres independentes. Nesse processo, os alunos “autores” passaram a desempenhar o papel de “pareceristas”, elaborando um parecer circunstanciado sobre um outro

texto. A temática unificada para 6 turmas diferentes de alunos garantiu o anonimato do processo: os textos sempre foram avaliados por alunos de um período letivo diferente. Em outras palavras, os alunos “autores” do período matutino foram “pareceristas” dos textos produzidos pelos alunos do período vespertino, e vice-versa. Além de convidá-los a participar mais diretamente do processo avaliativo, os alunos envolvidos puderam vivenciar uma experiência comum àqueles que produzem conhecimento científico. Isso expõe de maneira muito intensa um dos mecanismos de funcionamento da ciência.

Dados sobre a consolidação final: quem participa dessa publicação

pós o encerramento da avaliação formal no contexto da disciplina CN, os alunos receberam mais um convite: revisar o texto produzido, à luz dos pareceres recebidos, e encaminhar uma versão eletrônica do texto para a editoria da revista “IMPACTO AMBIENTAL”. Os alunos que, voluntariamente, atenderam a essa solicitação são os autores dos textos que compõe esse volume

especial.

Foram produzidos 173 textos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53, dos quais, 65 aparecem na presente publicação. Verifica-se a participação de alunos de todos os 10 cursos da EACH como autores dos textos publicados: a adesão variou de 9 a 18 alunos “autores” por curso. Merecem destaque especial os alunos dos cursos de Gerontologia e de Tecnologia Têxtil e da Indumentária, que foram os mais receptivos à atividade proposta: o número de autores participantes foi igual a 18 e 16, respectivamente.

O material consolidado nessa publicação deve ser analisado a partir do ponto de vista didático, apresentando como características principais a valorização da produção intelectual dos alunos ingressantes, bem como a possibilidade de introduzir a análise por pares como estratégia de avaliação durante uma disciplina. Julgamentos sobre a qualidade dos textos e da precisão das informações apresentadas tornam-se menos importantes: cabe lembrar que os autores são recém-chegados ao ambiente acadêmico que, ao longo de 4 anos, dará conta de incrementar o conhecimento. Certamente, os textos produzidos por esses alunos “autores” no final da sua trajetória na graduação serão de qualidade superior aos aqui apresentados. De qualquer forma, vale a consolidação dos trabalhos dos alunos e fica o convite para a utilização do presente material como subsídio para as disciplinas que o acharem pertinente. Há, nesse documento, um registro do que pode ser as concepções atuais dos alunos, com relação ao tema “ENERGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS”.

Boa leitura,

Paulo R. M. CorreiaEditor-chefe

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AgradecimentosAos alunos “autores”

uito obrigado! Na condição de editor-chefe da revista “IMPACTO AMBIENTAL”, agradeço aos alunos “autores”, ingressantes na EACH em 2006, que se distribuíram pelas turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53. Sem o interesse de vocês, a atividade desenvolvida durante a disciplina CN morreria dentro da nossa sala de aula. O esforço adicional e voluntário, de submeter uma versão

eletrônica dos textos produzidos, permitiu a elaboração desse volume especial da revista “IMPACTO AMBIENTAL”. Além de cumprir minha promessa de consolidar a produção intelectual de vocês, a presente publicação divulga a experiência vivida durante o 1º semestre de 2006, permitindo que outras pessoas conheçam o que foi feito e o que foi produzido.

Registro um agradecimento a todos os demais alunos de CN que atuaram como “pareceristas” dos textos produzidos, mas que não puderam colaborar com esse volume especial.

Faço votos de sucesso a todos durante a caminhada acadêmica que só começou. Que todos vocês mantenham o entusiasmo e o interesse pelas atividades acadêmicas, acreditando na formação que será obtida após 4 anos na EACH.

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Futuro?!?! A Terra incerta

Camila Montevechi Soaresa e Rosane Cristina Santiagob

aAluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- [email protected] do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- [email protected]

proveitando a oportunidade deste artigo relembraremos a questão tão debatida e questionada sobre o velho e bom meio ambiente ao qual estamos inseridos e como seus fatores estão intimamente ligados entre si e com a sociedade como um todo, como por exemplo, pela exposição de

idéias sobre a produção de fontes de energia e as alterações climáticas. Bem como esperamos proporcionar uma reflexão sobre a fúria da natureza para com seus agressores, ou seja, nós mesmos, seres humanos, que diversas vezes nos esquecemos de quão essencial ela é para nossa vida.

A energia tem sido através da história a base do desenvolvimento das civilizações. Nos dias atuais, são cada vez maiores as necessidades energéticas para a produção de alimentos, bens de consumo, bens de serviço e de produção, lazer, enfim, alavancar o desenvolvimento econômico, social e cultural, uma vez que é a fonte propulsora de todas as atividades em uma sociedade, desde meios de locomoção, eletricidade, até industriais.

É assim, evidente a importância da energia, principalmente se levado em conta o fato de que certas fontes de energia, como o petróleo, progrediram em sua importância, pois passaram de um recurso simplesmente prático para um fator dominante dentro de uma sociedade, com alto valor financeiro e especulativo e alvo inclusive de conflitos, como foi indiretamente a Guerra do Iraque.

A importância se dá não só no contexto das grandes nações industrializadas, mas também naquelas em via de desenvolvimento, como é o caso do Brasil, Índia e China, cujas necessidades energéticas são distintas, porém nítidas. Tendo em vista que fontes de energia em geral não são fáceis de serem obtidas, principalmente as não-renováveis, nem tampouco baratas. E mesmo o Brasil, que tem um grande potencial hidrelétrico, por exemplo, ou que tem um potencial para exportar tecnologias de produção de matrizes energéticas alternativas (pesquisadores da Unicamp, por exemplo, desenvolvem óleo diesel à partir de banha animal), e que é teoricamente auto-suficiente na produção de petróleo, é ainda dependente de outras nações produtoras e exportadoras destas fontes.

Além das crises de petróleo, da dificuldade de construção de centrais hidroelétricas, termelétricas, etc, da utilização excessiva de formas de energia suja - carvão mineral,

Seção

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xisto, usinas nucleares e outras formas, que também são assim classificadas -, que geram uma grande degradação ambiental, o qual é incontestável do ponto de vista social, econômico e humano, temos que considerar uma questão essencial: os problemas climáticos.

Diante destes, o mundo tenta se organizar para enfrentar este caos criado por nós mesmos, em especial pela Revolução Industrial, processo que atinge seu auge nas últimas décadas, pois tem suas características permeando a formação das identidades, bem como as necessidades humanas. O Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005, representa umas dessas tentativas, pois visa, entre outros fatores, a redução de emissão de gases poluentes: dióxido de carbono (CO2), responsável pelo aquecimento global; metano, enxofre, responsável pelas chuvas ácidas; gases emitidos em especial por processos de combustão, sendo os combustíveis fósseis os mais agravantes, como nos automóveis, indústrias, etc. Embora no Brasil ocorra um caso à parte, pois 70% dos processos de combustão são decorrentes do desmatamento.

Entretanto, esse comprometimento não é consenso. Países como Rússia e EUA, não aderiram a este tratado, embasados na incerteza científica de que os fenômenos climáticos ocorridos nos últimos tempos, possam ser causa direta do aquecimento global. Bem como não possuem interesse na redução do seu nível de crescimento econômico.

Estudos realizados evidenciam que apesar de ser um processo cíclico o aquecimento e resfriamento do planeta, há um aumento jamais visto nessa máxima atingida, tendo como conseqüência, por exemplo, o derretimento das geleiras. Esse processo implica em uma elevação do nível do mar, atingindo assim, a costa litorânea de inúmeros países, onde se concentra grande parcela da população, bem como promove a extinção de inúmeras espécies.

Ou seja, a energia é de fato indispensável, porém as atuais matrizes energéticas dominantes, se não alteradas, promoverão nos próximos 75 anos (segundo dados estatísticos) a extinção de aproximadamente 15% das espécies existentes na Terra.

Não obstante às tantas pesquisas para o melhoramento do mundo como um todo, aos investimentos por parte de países em novas tecnologias, aos embates pela não redução dos lucros, à parte burocrática de medidas em relação ao assunto, etc; estão a tomada de consciência por parte das pessoas para os problemas que podem afetar a vida de todos, pois a vulnerabilidade da natureza para a intervenção humana é certa, porém a força com que pode nos punir é maior do que tudo.

Há que se refletir sobre se temos o direito de deixar o planeta sem condições favoráveis à vida para as próximas gerações.

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Como está quente hoje!*

Manuella Maia Ribeiroa e Ricardo Matheusb

aAluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. [email protected] do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- [email protected]

om a primeira Revolução industrial, o aumento do consumo de energia foi aproximadamente 100 vezes em relação ao consumo do passado. Enquanto isso, a temperatura média da terra já subiu de 0,4º para 0,8º desde 1860, segundo relatório do Painel Inter

governamental sobre mudanças climáticas (IPCC). Estes fatos estão relacionados de alguma maneira? Será que a necessidade de se obter cada vez mais energia modificará o principal tema de conversa no elevador, ou seja, o clima?

No artigo “O caminho até Johanesburgo”, José Goldemberg afirma que a energia consumida também passou por mudanças como a sociedade. Ele considera uma “evolução energética”, na qual o homem primitivo que dispunha apenas de energia dos alimentos foi aumentando a quantidade de energia consumida e foi acrescentando novos modos de obtê-la. Quando há o aumento no consumo também aumentam a necessidade de recursos naturais, a escassez de recursos naturais não-renováveis e a poluição.

O principal processo utilizado para a produção de energia decorre da queima de combustíveis fósseis (42%), como o petróleo, seguido por carvão (18%), gás (21%), nuclear (9%), hidrelétrica (6%) e biomassa (4%), entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas quando a energia consumida muda o rumo da conversa no elevador? Isso ocorre quando as principais mudanças climáticas das últimas décadas passam a ser atribuídas a um processo denominado Efeito Estufa.

O Efeito Estufa é um processo natural que ocorre no planeta, acumulando “gases quentes” na atmosfera como o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4). Esses gases na atmosfera teriam gerado condições para que existisse vida na Terra, pois impediam a dispersão total da radiação solar. Porém com a desenfreada demanda por energia, o desmatamento da flora, queimadas, a industrialização, o Efeito Estufa se agrava, pois a radiação solar quase não se dispersa para atmosfera mostrando o vilão dessa história: o aquecimento global.

O aquecimento global poderá alterar o clima severamente, mudando a quantidade e a composição da chuva, derretimentos das calotas polares, aumento do nível dos mares, extinção de espécies animais e vegetais, aumento do número e da intensidade de eventos climáticos extremos como terremotos, maremotos e furacões. Cientistas já acreditam que em poucos anos cidades situadas ao nível do mar serão inundadas, como já ocorreu na ilha de Tuvalu; doenças tropicais, como a malária, ocorreriam em países europeus e os eventos climáticos extremos, como furacões, ocorreriam em zonas onde não havia

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incidência e haveria o aumento da intensidade, como no furacão Katrina ocorrido no sul dos Estados Unidos.

Embora as previsões sejam catastróficas, as nações não pretendem esperar que elas se concretizem. A Convenção do Clima na Rio-92 já dava importância as mudanças climáticas. O Protocolo de Kioto, tratado assinado em 1997 por 141 países com o objetivo de diminuir as emissões de gás carbônico, ratificou a preocupação e materializou seus métodos e ações. Infelizmente, o maior emissor de gás carbônico, os Estados Unidos, não assinou alegando que sua economia seria prejudicada.

O Protocolo quer reduzir 5,2% das emissões globais, para isso muitos países vêm desenvolvendo tecnologias que buscam utilizar fontes menos poluidoras, entre eles, o Brasil. O Projeto Pró-Álcool desenvolvido pelo país permitiu certa independência do petróleo e favoreceu o meio ambiente, pois polui menos. Também está entre os países que mais utilizam energias “alternativas” como eólica, solar e a biomassa, a última corresponde a 27% do consumo de energia. O Brasil está enquadrado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O país levou ao MDL, a idéia de criar um fundo de desenvolvimento limpo que seria uma taxa aos países industrializados que excedessem as quantidades de emissões de “gases estufa” a eles atribuídas e esse dinheiro financiaria programas e projetos ambientais nos países em desenvolvimento.

Exemplos como o do Brasil servem para mostrar que a humanidade está preocupada com o meio ambiente que deixará para as próximas gerações. Se o homem necessita de energia para sua sobrevivência no mundo contemporâneo nada mais justo que se encontre maneiras que poluam menos e sejam mais eficazes. Assim, talvez o “puxar assunto” no elevador sobre o clima não se torne mera convenção, mas uma realidade.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

O desenvolvimento como uma ameaça

Marina da Graça Arrudaa e Stéfani Paranhos de Oliveirab

aAluna do curso de Marketing. E- [email protected] do curso de Marketing. E- [email protected]

magine a Europa aflita com doenças tropicais, europeus ardendo em febre devido à malária. Este quadro era comum na Inglaterra no período do Império Romano, mas pode vir a ser mais uma vez na Europa do futuro, como já comentou Thomas Lewinson. Quem culpar? A própria

humanidade, por que não?

Com o desenvolvimento científico e tecnológico houve um crescimento demográfico, logicamente pela melhora nas condições de vida e, para atender a

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população crescente, fez-se necessário investir no desenvolvimento de formas de energia, aumentando o uso de usinas térmicas e de motores a explosão. Como conseqüência, gerou-se um excessivo aumento na emissão de gases provenientes do uso de energia fóssil (petróleo, carvão, gás natural) que, por meio, por exemplo, da atividade industrial e do uso de automóveis, estão contribuindo nas mudanças climáticas globais.

O caso da condição da energia fóssil na atualidade é expressa na própria economia do país e do restante do mundo onde setores importantes estão baseados em atividades de extração, produção e uso da energia fóssil, como foi explorado por Gillberto de Martino Januzzi.

Segundo este mesmo autor, o uso de energia é responsável por mais de dois terços das emissões de gases-estufa. Com o uso de combustíveis fósseis, são produzidas enormes quantidades de dióxido de carbono (CO2), sendo a queima uma das maiores fontes de emissão de gases-estufa, os responsáveis pelo tão famoso efeito estufa, que acaba por alterar os tipos de climas e a temperatura atmosférica e oceânica.

Diante do problema, a comunidade científica resolveu publicar relatórios a respeito do assunto. As melhores informações disponíveis sobre mudança climática global, de acordo com a opinião de José Goldemberg, é a avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC, que por sua vez publicou relatórios desde 1990 e, em 2001, publicou um contendo conclusões tratando sobre o aumento da temperatura média na superfície da terra, no nível dos oceanos, nas precipitações de chuva, no derretimento das coberturas de neve e gelo dos continentes e no número de eventos climáticos extremos (catástrofes naturais como furacões).

Lembra-se da visão premonitória da Europa? Como afirmou Lewinson, as mudanças climáticas, além de tudo que já foi dito, devido ao aumento na temperatura podem aumentar também a distribuição geográfica de insetos, levando doenças tropicais para países das regiões temperadas, inclusive enfermidades bem familiares entre nós como a dengue e a febre amarela.

As mudanças climáticas, como se pode notar, interferem em inúmeros pontos, desde derretimento das geleiras, passando por mudanças ecológicas até na saúde da humanidade.

Voltando aos relatórios do IPCC, eles influenciaram nas atitudes governamentais com relação a adoção do Protocolo de Kyoto, em 1997.

O Protocolo, por sinal, é uma questão à parte. Ele determinou que as emissões de gases deveriam ser reduzidas até 2012 em 5,2%, tendo como referência o ano de 1990. A questão à parte é a não assinatura dos EUA no Protocolo, principal “colaborador” com o aquecimento global, lançando 25% dos poluentes do mundo. Mais uma vez a questão político-econômica do mundo.

Perante este quadro, uma das saídas mais fáceis será a adoção de algumas medidas, como política de redução das emissões de gases, com o uso mais eficiente de energia e de forma mais inteligente, além da adoção de energias renováveis.

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A princípio, os gastos com a implantação de energias renováveis e as perdas econômicas são elevados, mas nada se compara em ter que reconstruir o que será atingido pelos efeitos da mudança climática. Como diz o ditado: “Melhor prevenir do que remediar”.

Economia ecológica

Érika Ferraza e Rogério de Oliveirab

aAluna do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

á algum tempo os problemas ecológicos já fazem parte das preocupações diárias de muitas pessoas no globo. Indefinição das estações do ano, problemas respiratórios, poluição da água e do ar, mudanças climáticas repentinas são exemplos práticos de como esta

discussão não deve sair de pauta. Há, em razão disto, a busca por alternativas inteligentes e ecologicamente corretas para preservação do meio sem, no entanto, causar prejuízos econômicos para as nações.

É evidente que, em muitos casos, a preocupação econômica está em primeiro plano. As florestas equatoriais, como a Amazônia, por exemplo, devolvem para a atmosfera cerca de dois terços das águas que recebem das chuvas. Com o desmatamento, esse número cai para apenas um quarto, o que reduz a umidade do ar e pode causar secas que prejudicarão a agricultura.

O desmatamento das florestas causa um prejuízo quase incalculável. Mas nem sempre as pessoas que destroem a Amazônia pensam nisso. A preocupação neste caso é com os cálculos de quanto ganharão com a terra, e não com o efeito sobre o regime das chuvas na região.

Como no caso deste exemplo, o mau uso dos recursos naturais se volta contra o próprio ser humano. Com o aumento da industrialização, os níveis de poluição têm aumentado consideravelmente, alterando de maneira sensível o clima no planeta e desencadeando fenômenos cada vez mais devastadores.

Um dos alertas climáticos dado pelo planeta foi na ocorrência do furacão Katrina (EUA) que destruiu parte de Nova Orleans e proximidades. Cerca de 500 mil pessoas abandonaram a região. Nem todos voltarão.

O fato de os EUA não terem se comprometido a reduzir a emissão dos poluentes, quando da assinatura do Protocolo de Kioto, alegando que este fato diminuiria o potencial de sua produção industrial, é em si preocupante. Não há no mundo um país que produza mais poluição. Cerca de 25% da emissão de dióxido de carbono (CO2) vem dos EUA.

Estudos ligados às mudanças climáticas apontam que o aumento do número de eventos como o Katrina deve-se ao aquecimento global, ligado, principalmente, a uma maior produção de CO2. A elevação da temperatura do planeta interfere diretamente no aumento dos níveis dos oceanos,

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comprometendo a vida nas cidades. As geleiras dos pólos vêm derretendo, o que ameaça a existência de pequenas ilhas. Isto mostra a necessidade de se mudar urgentemente a matriz energética do planeta.

Países emergentes, como o Brasil, a China ou a Índia, tendem a se contrapor às mudanças destas matrizes. Estes são países que buscam fortalecer e estruturar sua indústria, baseados no consumo de combustíveis fósseis descartáveis, como o petróleo o gás natural.

O investimento por parte dos governos em energias alternativas mais “limpas”, como o biocombustível e as energias eólica e solar, pode ser uma boa saída para amenizar os efeitos de anos alimentando a poluição do planeta.

Muito embora o retorno financeiro não seja imediato, o custo de produção destas energias tende a cair ainda mais e, num futuro próximo, até os carros poderão ser movidos pela energia solar, por exemplo. Hoje já existem as tecnologias necessárias para isto. O desafio é implementá-las antes de o sistema entrar em colapso.

Iniciativas como a Bolsa do Clima, nos EUA, são bem interessantes para a preservação ambiental e para demonstrar que esta alternativa pode ser uma excelente saída econômica. Cada empresa participante da bolsa tem que cumprir a meta de diminuir em 1% ao ano a emissão de CO2. Quem a cumpre coloca ações da sua empresa para serem vendidas; quem não cumpre, tem que comprar ações. Há a possibilidade ainda de se conseguir bônus para alcançar a meta investindo em reflorestamento.

Em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, existe uma iniciativa holandesa de compra de créditos da emissão do gás metano em um aterro sanitário. O gás, ao invés de disperso no ar, é coletado e utilizado para outras finalidades.

A Suécia tem um programa mais ambicioso. O país está trabalhando para substituir boa parte do imposto de renda por impostos sobre o consumo de energia. Fazendo isso, espera ser, em até 25 anos, a primeira economia industrial livre do petróleo.

Empresas que investem nesta área têm a imagem associada à preservação ambiental e ao ‘ecologicamente correto’. Além disso, elas têm um maior potencial econômico, dada a urgência em se buscar alternativas na diminuição de poluentes e na preservação do planeta em que vivemos.

A Terra e seus limites

Douglas Paraíso Garciaa e Patrícia Paulo Rodsenkob

aAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.E- [email protected]

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s questões sobre problemas ambientais têm – se destacado progressivamente. Cria – se um senso comum a esse respeito, as pessoas querem demonstrar que estão cientes dos acontecimentos, dizem preocupar – se com o meio ambiente e tentam mostrar que

colaboram, não jogando lixo na rua, utilizando clichês como: “Precisamos da Natureza”, “Vamos preservar o verde”, “Não polua o planeta”, entre outros, sendo que o problema ambiental vai muito, além disso.

Não há a preocupação pela emissão de poluentes na atmosfera realizados por automóveis ou pela indústria, pois isso afetaria o bem estar social e econômicode todo um país.

A parceria entre ciência e tecnologia proporcionou ao homem maneiras de desvendar minérios jamais imaginados, porém o ser humano vem sempre ultrapassando os limites sem saber onde parar, esquecendo – se de que os recursos de nosso planeta são finitos.

Desde 1700, a proporção de CO2 e CH4 na atmosfera cresceu cerca de 30%, segundo os cientistas do Painel Inter Governamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC – Intergovernamental Pannel on Climate Change), e também afirmam que parte disso tem a influência do homem sobre o ambiente.

De certo modo esse aumento de temperatura, faz parte do ciclo natural de aquecimento do planeta, que em seguida se esfria novamente. O grande problema é que as atividades humanas como o desmatamento e a poluição causada pelas indústrias e pelos automóveis, aceleram cada vez mais esse processo, o chamado EFEITO ESTUFA.

A preocupação com o meio ambiente, sendo uma delas o aquecimento global, vem sendo reforçada a muito tempo e medidas como a ECO – RIO 92 e o protocolo de KYOTO assinado (ambos visam a diminuição de poluentes na atmosfera) vem sendo tomadas para amenizar tal condição, pois se a quantidade de CO2 e CH4 dobrar, haverá um aumento médio de 1.5ºC a 4.5ºC do aquecimento na Terra, causando assim o degelo das calotas polares levando a drásticas conseqüências, como a extinção da fauna e flora de muitas regiões do planeta. O protocolo de KYOTO, assinado em 1997, contava com a participação de 84 paises industrializados e maiores responsáveis pela emissão de poluentes, atualmente conta com 31 ratificações, porém, dentre esses paises, os maiores emissores de gases que são: EUA, Rússia e Austrália não assinaram o protocolo, segundo o governo dos EUA, eles não iriam colocar em risco a economia do país por um problema ambiental mundial. Mesmo sem a participação dos três países citados anteriormente, o protocolo de KYOTO entrou em vigor prevendo a redução de 5.2% das emissões globais de gases que provocam o efeito estufa até 2012, tomando por base o ano de 1990.

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Kyoto ataca

Aline Soaresa e Kátia Ramos de Oliveirab

aAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected] do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.E- [email protected]

om a explosão demográfica dos últimos dois séculos e com o aumento do consumo de energia per capita, o consumo total de energia no mundo aumentou cerca de 100 vezes em relação ao passado distante (Ibsen de Gusmão Câmara).

Com fator da revolução industrial, século XVIII, o consumo de energia aumentou drasticamente em relação aos seus antepassados. E isso ocorreu devido as habilidades e as descobertas que o ser humano vem fazendo ao longo da história. Com a queima do carvão e do petróleo, foi possível para o homem tornar seu modo de vida mais agradável na medida em que podia satisfazer suas necessidades num período menor que antigamente.

A partir de conhecimentos científicos e os avanços tecnológicos, teve-se então, no mundo, um desenvolvimento significante. Em contra partida, com todos esses fatores de evolução que ao longo do tempo vinham “facilitando” a vida do homem, o meio ambiente foi sofrendo várias conseqüências e sendo degradado.

A alta concentração de dióxido de carbono na atmosfera terrestre acarretou vários danos decorrentes do aumento da queima de combustíveis fósseis como carvão e petróleo, e de gás natural, para atender ao crescimento de produção de energia, indispensável para suprir as necessidades de uma população em rápida expansão. E todo esse desequilíbrio aconteceu em virtude do desenvolvimento científico e tecnológico que viabilizou o aumento do uso de usinas térmicas e de motores a explosão.

Tanto a concentração de dióxido de carbono como gás metano, entre outros gases poluentes da atmosfera, levou a terra a sofrer mudanças climáticas catastróficas, tais como: a elevação da temperatura média, que subiu de 0,4 a 0,8 ºC desde 1860; o nível dos oceanos que continua a subir devido a cobertura de gelo estar se desfazendo; além da precipitação de chuvas em dadas regiões que vem aumentando a cada ano. Sendo assim, medidas como a criação do Protocolo de Kyoto, este que tem por objetivo reduzir a emissão de gases poluentes que agravam o efeito estufa, foi colocado em questão para ser adotado por países principalmente os industrializados, para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera.

O Protocolo de Kyoto reconheceu claramente o princípio da “responsabilidade compartilhada e diferenciada” pelo aquecimento global e impõe maiores sacrifícios aos países industrializados, inclusive obrigando-os a transferir tecnologias “limpas” aos países em desenvolvimento para evitar que estes se transformem, no futuro, em grandes emissores.

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Sendo assim o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado pelo Protocolo de Kyoto (artigo 12) é um novo mecanismo para redução de emissões, resultante de projetos de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento.

Os países industrializados viram o MDL como um mecanismo adicional para redução das emissões através de uma implementação conjunta, já os em desenvolvimento viram o MDL como um novo canal para assistência financeira, investimentos para promover desenvolvimento sustentável, transferência de tecnologia e promoção de equidade. No entanto, esse protocolo vem sendo desrespeitado por alguns países, evidenciando o EUA que além de não adotá-lo é responsável por um quarto das emissões globais. Enquanto países desenvolvidos brigam pelos seus ideais, nosso planeta vai sofrendo duras conseqüências com a agravação do efeito estufa e o Protocolo de Kyoto cada vez mais os ataca.

Gás carbônico: um desafio a ser enfrentado

Leandro A. Oliveiraa e Winicius dos Santosb

aAluno do curso de Marketing. E- [email protected] do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

ltimamente vem sendo realizadas diversas pesquisas com plantas tropicais, a fim de se detectar os seus níveis de absorção de dióxido de carbono(CO2) da atmosfera. Um exemplo desses experimentos, é o realizado pelo Instituto de Botânica de São Paulo, o qual tem

estudado mudas de uma espécie de Jatobá, a Hyemenaea Courbaril, cujo crescimento, impulsionado por uma maior absorção de CO2, parece se acelerar em ambientes ricos em gás carbônico (Revista FAPESP, ed. 80, out/2002). Esse tipo de pesquisa tem ganhado grande relevância devido à constatação de um acúmulo cada vez maior deste gás na atmosfera, apontado como um dos principais causadores do chamado Efeito Estufa.

O CO2 sempre esteve presente em nosso planeta, devido à sua emissão proveniente do metabolismo dos seres vivos, queimadas, atividades vulcânicas, etc. No entanto a sua concentração na atmosfera vem aumentando gradativamente desde o início da Revolução Industrial (meados do século XIX), por conta da utilização crescente de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), e aumenta na razão de 0,4 % ao ano, ou o equivalente à 6 bilhões de toneladas de carbono. A metade dessa cifra gigantesca, presumem os cientista, é absorvida por vegetais e oceanos, enquanto a outra metade permanece na atmosfera. Acredita-se que o acúmulo de gás carbônico e outros gases estufa (metano , CFC, vapor d'agua, ozônio troposférico e óxido nitroso, etc ) aprisionem mais energia na superfície e na atmosfera baixa, o que por sua vez, provocará elevações na temperatura do planeta e mudanças climáticas, ocasionando sérias conseqüências para a vida na Terra.

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Devido à grande importância dos vegetais na absorção de dióxido de carbono excedente, vêm sendo pensadas medidas de preservação de florestas tropicais. Uma das formas é o patrocínio dado pelos países desenvolvidos aos em desenvolvimento, com o intuito de compensar as suas próprias emissões, procedimentos estes que constituem o chamado Mercado de Crédito de Carbono, que foi fortemente proposto durante o Protocolo Internacional de 1997, em Kioto no Japão.

O protocolo de Kioto compromete uma série de nações industrializadas a reduzir suas emissões de CO2 em 5,2%, tendo como parâmetro os níveis de 1990, para o período de 2008-2012. Além do mercado de carbono outro meio previsto pelo protocolo para que as metas de redução sejam atingidas é a substituição do uso de combustíveis fósseis por Energia Limpa, que incluem a biomassa, energia solar, eólica, geotérmica e hidrelétrica, que permitem emissões nulas (ou quase nulas) de gases de efeito estufa, além de reduzir emissões de outros poluentes.

Esse tipo de energia vem sendo utilizada em muitos países, no caso do Brasil podemos citar o exemplo da cana-de-açúcar (biomassa) que tem seu consumo em crescimento, devido a demanda do setor automobilístico desde a criação em 1975 do Pró-álcool (programa do governo de Geisel que visava conter os gastos com a importação de petróleo aumentando a produção nacional do álcool), e mais recentemente com o desenvolvimento de carros bi-combustíveis (álcool-gasolina).

É importante que se tome consciência dos riscos que o efeito estufa pode provocar, bem como que se contenha as emissões de CO2, realizando mudanças que alterem as matrizes energéticas dos países, sendo não menos importantes as medidas de âmbito individual, como a opção por transportes coletivos ao invés do particular. É fundamental que exista a preocupação em se priorizar o uso de formas de Energia Limpa, além da preservação das grandes florestas, que funcionam como importantes sorvedouros de gás carbônico da atmosfera.

Aquecimento global: faça a diferença*

Moana Simasa e Tatiana Cunhab

aAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

artigo Ciclo da Vida, de Carlos Voght inicia com uma indagação pertinente: “É possível manter os atuais padrões de produção e de consumo e ainda assim acreditar ser possível o desenvolvimento sustentável da economia, da sociedade e das relações do homem

com a natureza?”. Ao que tudo indica a resposta é não. Atualmente a população mundial é de aproximadamente 6,5 bilhões de habitantes e a

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estimativa das Nações Unidas é que em 2050 atinja 7,6 bilhões. Esse crescimento populacional aliado ao consumismo indiscriminado aumenta a demanda de alimentos, produtos industrializados e conseqüentemente o consumo de energia, causando um maior impacto ambiental.

O impacto ambiental humano não é recente. Estudos mostram que há mais de um milhão de anos, grandes animais existentes na África foram extintos após o surgimento do homem moderno. Atualmente os impactos estão associados principalmente com a produção de energia, que na maioria das vezes colabora com o aquecimento global.

Até o final da idade média, a produção de energia era feita pela queima de madeira; com a revolução industrial, passou a ser feito pela queima de carvão mineral e, a partir do século XX, pela queima de combustíveis fósseis. Essas formas liberaram e continuam liberando diversos gases, como metano e gás carbônico, que acabam intensificando o efeito estufa.

O efeito estufa ocorre naturalmente no planeta Terra e tem a importante função de manter a temperatura do planeta mais ou menos constante entre o dia e a noite. Ele é mantido pela presença de gases estufa, como o gás carbônico e o metano. Entretanto o excesso desses gases poderá causar um aumento de 2º a 6º C nos próximos 100 anos. A esse fenômeno dá-se o nome de “aquecimento global”.

Caso essa situação persista já estão previstos, por diversos pesquisadores, o desaparecimento de vários ecossistemas e espécies animais e vegetais; o derretimento de geleiras e o conseqüente aumento do nível do mar, o que prejudicará cidades litorâneas; o aumento de ocorrências de tufões e enchentes; epidemias de doenças tropicais como a malária, em países de clima temperado; e influências negativas na produção agrícola, reduzindo a quantidade de alimentos. Dessa forma o aquecimento global não é uma preocupação apenas da área ambiental, mas sim de todo ser humano, já que sua existência compromete a vida na terra.

Como o maior vilão do aquecimento global é o excesso de CO2 na atmosfera, ONG’s e países vêm se juntando para criar medidas que reduzam a liberação desse gás. Entre elas, e talvez a mais significativa delas, está o protocolo de Kyoto, assinado em 1997 por 141 países, que prevê a diminuição da emissão de carbono pelos países industrializados em até de 5% em relação a 1990, até 2012.

Como a produção de energia mundial está ancorada na queima de combustíveis fósseis, a redução da emissão de CO2 deve se dar pela criação de outros modos de geração de energia menos poluentes, ou pela redução do consumo energético. As energias alternativas mais utilizadas são a energia solar, que capta os raios solares em placas de silício; a energia eólica, que gera energia por meio da rotação de hélices movidas pelo vento; a energia hidroelétrica, que converte a energia potencial de quedas d’águas em energia elétrica; a energia das marés, que aproveita a oscilação do nível das mares; a energia da biomassa, sendo o principal exemplo o álcool (etanol), proveniente da cana-de-açúcar, como combatível de automóveis; a energia nuclear, que produz energia pela

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fissão nuclear; e a energia geotérmica, que aproveita o calor gerado por atividades vulcânicas.

A população em geral pode colaborar por meio da redução do consumo de energia e utilização de outros meios de transporte que não utilizem combustíveis fósseis, além de utilizar mais transportes coletivos ao invés do uso indiscriminado de automóveis particulares. Além disso, seria importante uma conscientização mundial em relação ao consumo de produtos industrializados de forma indiscriminada, já que sua produção libera na atmosfera a grande parte de gás carbônico.

Assim, para existir um desenvolvimento sustentável, é preciso que ocorram mudanças, primeiramente, nos padrões de produção de energia e consumo geral da população. Alterações climáticas já começaram a ocorrer. Reveja suas atitudes e pense como você pode colaborar para a redução da emissão de CO2 na atmosfera. Faça a diferença!

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

Perspectivas para um futuro melhor

Daniel Bastosa e Helino Hiramab

aAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

om a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, houve o início da utilização do carvão como fonte de energia, principalmente para movimentar as máquinas e locomotivas a vapor. O carvão é um combustível fóssil, isto é, uma substância mineral composta de

hidrocarbonetos empregada para gerar energia. Dois problemas surgem com a utilização dessas substâncias: a primeira é que são recursos finitos e a segunda é que sua queima libera gases que provocam o efeito estufa. A partir do século XX, o principal combustível tornou-se o petróleo. Este possui maior poder calórico e, conseqüentemente, produz maior energia, porém também é um combustível fóssil.

O efeito estufa acontece quando a acumulação de gás carbônico na atmosfera faz com que haja a retenção do calor emitido pelo sol, assim como ocorre, por exemplo, no interior de um automóvel estacionado num local ensolarado e com os vidros fechados. O vidro deixa passar a luz solar, mas impede a saída do calor. E por falar nisso, a cada ano o total de veículos no mundo aumenta em 16 milhões, resultando na liberação de mais de 900 milhões de toneladas de CO2 (gás carbônico) no ar.

Um estudo do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mostrou, em 2001, que nos últimos 100 anos a temperatura média da Terra subiu em 0,5ºC. Esse aquecimento tem causado o derretimento das calotas polares e de

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geleiras, fator que eleva o nível das águas dos oceanos e dos lagos, submergindo ilhas e áreas litorâneas. O superaquecimento das regiões tropicais contribui para intensificar o processo de desertificação e de proliferação de insetos nocivos à saúde.

A chuva ácida também é causada em decorrência da utilização desse tipo de energia. Ela é originada pelo enxofre que é liberado durante a queima dos combustíveis fósseis. Indústrias e usinas termoelétricas movidas a carvão são os principais responsáveis pela chuva ácida. Peixes têm sua capacidade respiratória reduzida quando estão em um lago poluído por ácidos liberados durante esse fenômeno. As árvores também são prejudicadas quando perdem nutrientes e têm o ritmo do crescimento das raízes diminuído. E no solo, íons tóxicos acumulam-se, tornando uma séria ameaça ao seres humanos. O cobre é causador de epidemias de diarréia em crianças e acredita-se que existe alguma relação entre a utilização de água contaminada com alumínio e a ocorrência do mal de Alzheimer.

O Protocolo de Kyoto surge como uma preocupação da comunidade científica com essas mudanças climáticas. Foi discutido em 1997, e por ele se propõe um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quantidade de emissão de gases poluentes em 5,2% até 2012, tendo como base os níveis de 1990. Mas o principal responsável pela produção e liberação desses poluentes (representando um quarto das emissões de gás carbônico no planeta), os EUA, se recusam a assinar o protocolo. Já os países que se disporem a reduzir suas emissões poderão investir em programas de controle de poluentes e reflorestamento em países subdesenvolvidos, caso não consigam cumprir suas metas. Entende-se que os países pobres necessitam se desenvolver, então não seriam obrigados a controlar emissões.

Outra forma de cumprir as metas é investir em fontes alternativas de energia como a solar, a eólica e a de biomassa que praticamente não causam nenhum dano ao meio ambiente. Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa proveniente do Sol para utilização do homem. Tanto serve para o aquecimento de líquidos, num sistema de tubos onde circula água que se torna quente quando há a incidência de calor solar, quanto para a geração da energia elétrica por meio de células fotovoltaicas, também chamadas de “células solares”. A luz solar produz até 1000 Watts de energia por metro quadrado de células solares, o que representa um enorme potencial energético. Já a energia eólica provém do vento. Ela tem sido aproveitada desde a antiguidade para movimentar barcos impulsionados por velas e engrenagens de moinhos. Na atualidade, produz-se energia elétrica a partir do movimento de aerogeradores. Esses dispositivos funcionam como pás de um moinho que giram com o movimento do ar. Entretanto esses geradores podem ser ruidosos.

Um tipo de obtenção de energia que vem crescendo é a partir da queima de plantas, excrementos, madeira, matérias vegetais e animais, e até o lixo. É a chamada energia de biomassa. O Brasil é pioneiro na utilização desse tipo de energia, aproveitando a cana-de-açúcar para a produção de álcool combustível, provando, assim, que sua utilização em larga escala é possível.

Devemos investir em pesquisas com intuito de aprimorar o aproveitamento de fontes de energia renováveis. Igualmente importantes são a educação ambiental e a

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consciência ecológica, termos ainda pouco conhecidos em nosso vocabulário. Preservar o planeta é crucial para a manutenção de nossa espécie. Infelizmente, o futuro ainda permanece uma incógnita.

O planeta hipertérmico

Lucas Athayde Couria e Victhor Souza Teixeirab

aAluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

planeta durante sua vida sofreu muitos aumentos e diminuições de temperatura, afetando diretamente as espécies de seres vivos contidas nele. Tal oscilação térmica tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas graças às intervenções

humanas.

O ser humano intensifica um processo que já é natural (o chamado efeito estufa) através, principalmente, da emissão exagerada de dióxido de carbono. Esse gás é emitido de várias fontes como a queima de combustíveis fósseis e as queimadas, colaborando decisivamente com o aquecimento global.

O gás carbônico que está hoje na atmosfera possui longo tempo de duração, levando centenas de anos para decompor-se. Desde a pré-história, quando o homem descobriu o fogo, até os dias de hoje o ser humano vem intensificando essa emissão. A necessidade de adquirir energia é a principal causa desse fato, utilizada desde simples fogueiras até sofisticados meios de transporte.

O planeta nos mostra, cada vez mais, sua fragilidade frente à ação humana e é nas últimas 5 décadas que o homem realizou os maiores esforços para atenuar esses efeitos. Em fevereiro de 1997 o Protocolo de Kyoto foi posto em questão, impondo uma taxa de 5% (relativa a 1990) de diminuição dessa emissão, podendo levar países desenvolvidos a afetarem suas economias.

Os principais emissores são os EUA e a Rússia, sendo, o primeiro responsável por 25% de todos os gases causadores do efeito estufa hoje. A maior economia global também não aceita o tratado, pois, apesar de possuir 6% da população mundial, consome cerca de 65% de toda energia produzida no globo.

Os países desenvolvidos, em geral, discordam de Kyoto quando esse diz que os países em desenvolvimento devem manter seu crescimento sem precisar diminuir tanto sua emissão, ou seja, os países que utilizam idéias e recursos dos emergentes para alcançar suas próprias metas, querem que os mesmos diminuam ainda mais sua emissão. Enquanto isso acontece, várias mudanças climáticas assolam nosso planeta e o efeito estufa tem aumentado sua intensidade, aumentando, assim, a temperatura média global.

Um estudo feito por 19 pesquisadores de oito países mostrou o efeito da temperatura nas espécies da Terra: 18% entrariam em extinção com o aumento

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de 30% de dióxido de carbono na atmosfera, pois, causaria um aumento de 0,7 à 1,8 graus Celsius na temperatura.

Para que o efeito estufa se normalize, os países precisarão diminuir em 60% as emissões, algo que está fora do âmbito atual, pois é evidente a dificuldade em alcançar, ao menos, 5%.

A Terra em pânico

Fabiano Duartea e Danilo Mattarb

aAluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

tualmente vem ocorrendo serias mudanças climáticas no mundo, desde a revolução industrial, o aquecimento global tem se acentuado (a temperatura media da superfície terrestre subiu 0,4 a 0,8 graus Celsius desde 1860), graças à liberação de gases responsáveis à

intensificação do efeito estufa.

O homem primitivo não necessitava de muita energia, consumindo só o necessário para sua sobrevivência e, com seu desenvolver, passou a necessitar de mais energia. De acordo com José Goldenberg (secretário do meio ambiente do estado de São Paulo); ‘’O consumo médio de energia no mundo hoje, é dez vezes superior ao consumo do homem primitivo’’. Com o aumento da demanda da produção e consumo, o homem teve de recorrer a novas formas de energia, pouco se preocupando com impactos ambientais futuros.

A emissão de gás carbônico tem crescido descontroladamente por queima de combustíveis derivados do petróleo, queima de florestas e muitos outros poluentes, agravando o aquecimento global que traz graves conseqüências como:

- aumento do nível dos oceanos devido ao derretimento das calotas polares (dados de uma pesquisa realizada em 2001 indicam que o nível das águas subiu de 10 a 20 centímetros no século 20, e o crescimento foi maior neste século do que no século 19);

- aumento na precipitação das chuvas;

- inundações de áreas terrestres costeiras (30 países ilhas com risco de desaparecimento);

- chuva ácida;

- pesquisas científicas apontam que daqui a 50 anos, 900 mil a 1,8 milhões de espécies de animais e plantas entrem em extinção, e isso equivale a 18% das espécies atuais e ,estima-se também, um aumento de 30% das concentrações de dióxido de carbono, tendo como conseqüências o aumento das temperaturas que ficam entre 0,8 a 1,7 graus Celsius;

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- inconstância de temperatura nas estações do ano (invernos quentes e verões frios);

- efeito estufa, sendo prejudicial ao meio ambiente quando em excesso. Esse nível elevado da concentração de gás carbônico acaba retendo a reflexão da radiação solar que é uma radiação infravermelha, ou seja, calor, aumentando assim a temperatura global, causando diversos impactos ambientais como, por exemplo, a ocorrência de um tornado, denominado Catarina, no Sul do país, fato inédito em áreas urbanas no Brasil.

Medidas de remediação do problema têm sido propostas e providenciadas, como o Protocolo de Kyoto, que visa a diminuição da emissão de gases poluentes em 5,2%, iniciado em 1990 tendo prazo até 2012, pelos paises participantes do tratado, tendo como proposta: o aumento da utilização de fontes de energias renováveis (biomassa, hidroelétrica, solar, maré, térmica e eólica), captação do gás carbônico (reflorestamento, bombeamento para o fundo do oceano, armazenamento em cavernas subterrâneas), tendo formas convenientes como as cotas de carbono, que são os limites estipulados pelo tratado, que um país ou alianças podem emitir gases poluentes, podendo ser negociadas dentre países ou elevadas através de reflorestamento pelo mundo.

O homem degradou muito o meio ambiente, e agora passou a dar a devida atenção para tal meio fundamental, visando o desenvolvimento sustentável e reduzir a agressão ao “planeta vida”, deixando a dúvida eminente: Quanto tempo a Terra ainda irá sobreviver?

Estufa-se um planeta*

Christian Lacerda

Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

odos, mesmo que intuitivamente, pensamos nas alterações pelas quais passa o nosso planeta hoje e sabemos que cada vez mais a interferência humana tem provocado algum tipo de mudança global. Essa atitude nossa de cada dia nos trouxe tamanhas mudanças que suas

conseqüências verificadas hoje refletem um passado recente de euforia industrial-tecnológica sem preocupações com possíveis impactos ambientais.

As formas de obtenção de energia e sua utilização atualmente têm influenciado diretamente nas condições naturais do clima terrestre, segundo José Goldenberg, hoje, o ser humano consome dez vezes mais energia que o homem primitivo, quando partimos para a maneira de como se dá esta utilização, percebemos que um dos fatores responsáveis por algumas mudanças climáticas inesperadas é a queima de combustíveis fósseis.

No simples ato de acordar de manhã num dia de frio, por exemplo, ao tomar um banho quente e deixar o carro um tempinho esquentando enquanto toma-se o café rapidamente, podem estar envolvidos diversos processos que interferem, de maneira nem sempre favorável, no ciclo ambiental.

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O gás carbônico – como é comumente chamado o dióxido de carbono (CO2) -um dos gases emitidos em maior quantidade por veículos de motores a explosão, por exemplo, tem grande influência no agravamento do efeito estufa, hoje se fala inclusive em comércio de carbonos, uma das pautas mais interessantes discutidas na conferência de Quioto, que prevê um acordo entre países a fim de atingir metas redutórias na emissão deste poluente.

A atmosfera terrestre torna-se então cada vez mais suscetível à radiação solar incidente à medida que os gases do efeito estufa recobrem a atmosfera impedindo os raios nela refletidos de voltarem para o espaço, provocando o aquecimento global.

Em um relatório publicado pelo IPCC – sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – em 2001 mostrou que a temperatura média na superfície terrestre, por exemplo, subiu de 0,4 a 0,8°C desde 1860 e que a década de 1990 foi a mais quente do século XX.

De fato nem mesmo a energia elétrica utilizada para aquecer a água do chuveiro está imune de interferências ambientais, uma vez que a geração desta, mesmo que por usinas, hidrelétricas, termelétricas ou nucleares provocam impactos ambientais preocupantes. Portanto diversos países hoje procuram meios alternativos de obtenção de energia que não provoquem grandes alterações no ambiente, são as chamadas energias renováveis.

No Brasil, por exemplo, uma das soluções encontradas para reduzir ou pelo menos não aumentar a emissão de CO2 na atmosfera foi a utilização da cana-de-açúcar para produzir o álcool etílico, um dos combustíveis mais utilizados para movimentar os veículos no país.

A busca por estas e outras medidas que possam diminuir a interferência que os avanços da humanidade tem provocado no ambiente e estar ciente de que cada um pode influenciar diretamente no clima global tornam-se, hoje, fundamentalmente necessárias.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

Até onde irá a ganância humana?*

Maiara Larissa dos Santosa e Sara Laís de Souzab

aAluna do curso de Gestão Ambiental. [email protected] do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

omo se não bastasse a fome, a pobreza, a violência, a desigualdade social e outros fatores que afligem a humanidade há muitos anos, no século XX veio a tona um grave problema ambiental que, se não for encarado com a devida seriedade, trará inúmeros malefícios para a

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vida na Terra.

Desde a Revolução Industrial, com o aumento da queima de combustíveis fósseis utilizados para atender a demanda de produção de energia, o gás carbônico (CO2) vem se acumulando na atmosfera, acentuando drasticamente o efeito estufa. Para se ter idéia da dimensão desse acúmulo, o gás lançado há 150 anos atrás permanece na atmosfera até hoje.

O efeito estufa é um fenômeno natural causado por gases que impedem a re-emissão da radiação térmica para fora da Terra, aquecendo o planeta da mesma forma que uma estufa aquece vegetais no inverno para não prejudicar seu crescimento. Sem esses gases, a temperatura aproximada da Terra seria entre 15º -20º C abaixo de zero, porém seu acúmulo pode trazer conseqüências graves, como mudanças climáticas.

Após anos de estudo, o Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas (IPCC), criado pela Organização Meteorológica Mundial (WMO) e pelo Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), em 1988, divulgou dados preocupantes: a temperatura média da superfície terrestre aumentou desde o fim do século XIX e deverá aumentar entre 1,5º e 4,5º C quando a concentração de CO2 dobrar; a cobertura de neve e gelo sobre os continentes continuou a decrescer; o nível dos oceanos continua a subir; a precipitação de chuvas aumenta em muitas regiões, bem como o número de eventos climáticos extremos. Outras pesquisas também apontam a alteração das correntes marinhas e o aumento de doenças tropicais como conseqüências do aquecimento global.

Para tentar amenizar os danos do mais grave problema ambiental do século XXI, foi colocado em prática no dia 16 de fevereiro de 2005 um projeto que há anos vinha sendo discutido, o Protocolo de Kyoto. Esse acordo visa diminuir em 5,2% a emissão global de gases estufa, contudo, o país que mais polui a atmosfera e contribui com 25% da emissão de gases no mundo, os Estados Unidos da América, não o assinou. Alegando que tal diminuição poderia interferir em sua economia, os Estados Unidos negam-se veementemente a ratificar o Protocolo.

Para atingir seu objetivo, os países que participam do Protocolo de Kyoto desenvolvem métodos alternativos tanto para reduzir a emissão dos gases quanto para capturar o excedente dos mesmos na atmosfera. Alguns destaques são a utilização de fontes de energia limpa, como a da biomassa (um tipo de matéria utilizada na produção de energia a partir de processos como a combustão de material orgânico, produzida e acumulada em um ecossistema), a eólica e a solar; o reflorestamento de áreas desmatadas; e pesquisas no aperfeiçoamento de novas tecnologias que não degradem o ambiente. Neste aspecto o Brasil tem muito a ensinar, pois existe uma técnica no país capaz de capturar metano (um dos principais gases estufa) e transformá-lo em energia, além dos inúmeros projetos envolvendo a biomassa na geração de energia.

Os países também utilizam o crédito de carbono para alcançar sua meta, comprando o excedente da produção de outros países ou tecnologias limpas que colaborem para a redução do efeito estufa. No entanto, mesmo colaborando com a criação de projetos que apóiam o cumprimento do Protocolo, o Brasil, a Índia e a China não concordam com a exigência de

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alguns países industrializados de assumir maiores responsabilidades, adquirindo alvos específicos na diminuição dos gases. Por serem países emergentes, atestam que isso poderia comprometer seu desenvolvimento econômico.

Para sua evolução, o ser humano utilizou-se do desenvolvimento da ciência e da tecnologia e aprimorou as técnicas de produção de energia – necessária para sua sobrevivência. Porém com tamanha sede de progresso, a devida preocupação com a natureza, fonte de matéria prima não cresceu na mesma proporção de sua ganância. Agora, sabendo que a falta de recursos pode causar uma barreira para o desenvolvimento, o homem procura na tecnologia (que colaborou para o agravamento do problema) respostas capazes de amenizar os danos que o meio ambiente vem sofrendo. Basta cada um contribuir fazendo sua parte, para que a espécie humana não se extinga do planeta.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

O impacto no cotidiano

Bruno Luis Marra Silvaa e Carla Yoshie Shimoteb

aAluno do curso de Gestão de Políticas Públicas. [email protected] do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- [email protected]

ciência é a maravilha dos homens. Graças a ela vivemos hoje até os 80, até os 90, 100 anos com mais facilidade. Desafiamos nossa própria natureza, até mesmo sobrevoamos além dos mares.

Porém, a quais custos?

Um dos princípios mais básicos que o estudo da ciência econômica apresenta é que há escassez de recursos e que para a produção de bens há uma fronteira, ou seja, a matéria prima tirada do planeta Terra é limitada e são necessárias decisões para a finalidade de sua utilização.

Pois bem, hoje se sabe, por estimativa, que o petróleo, um dos principais recursos naturais utilizados na produção de energia, tem reservas que durarão de trinta a quarenta anos. Ora, isso significa que em um espaço curto de tempo haverá um imenso abalo do processo produtivo e que, portanto, novas políticas devem ser abordadas.

Cientistas como José Goldemberg e uma infinidade de outros, também afirmam que a utilização de combustíveis fósseis, tal como petróleo e carvão, presentes na gasolina, no gás de cozinha e em diversos outros produtos como o saco de lixo e substâncias sintéticas como o DTT, (presente até pouco tempo nos inseticidas), são responsáveis pela agressão ao meio ambiente.

Os cientistas apontam que o dióxido de carbono, gás emitido na combustão de combustíveis fósseis, e o metano estão diretamente ligados com o crescimento no tamanho do buraco na camada de ozônio. Apesar de sempre haver a liberação de tais gases para a atmosfera, o que vem ocorrendo nas últimas

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décadas é um acréscimo elevado, e em um tempo reduzido, da porcentagem “natural” de gás presente na atmosfera, o que faz com o buraco se torne mais largo.

A camada de ozônio que protege a Terra dos raios ultravioleta, e o efeito estufa, uma espécie de “cobertor” que retêm o calor, juntos provocam o aumento da temperatura, mesmo que em escalas insensíveis no cotidiano (uma aumento de 0,4 a 0,8 °C desde 1860), mas que já custam caro para a natureza.

Já é notável a redução do tamanho das calotas polares, o aumento do volume das águas coloca em risco ilhas próximas ao nível do mar, as alterações no índice pluviométrico em diversas áreas continentais, desorganizando a produção de alimentos; alterações, também, de freqüência e intensidade das tempestades tropicais, incluindo florações e ampliação das áreas de ocorrência de doenças tropicais.

São para que acontecimentos como esses não se acentuem que, em 1997, foi discutido e aprovado o Protocolo de Kyoto. De caráter universalista - ou que pelo menos tenta agir como tal - há pressões de países que o adotaram sobre os que se recusam a adotá-lo (dentre os quais os Estados Unidos da América, alegando motivos de ordem econômica e prejuízo em sua estrutura produtora de bens) – o Protocolo determinou como meta a ser atingida uma redução das emissões de poluentes em 5,2% , em relação a 1990, até 2012. Medidas como a compra de créditos de carbono e desenvolvimento de projetos de reflorestamento em países em desenvolvimento foram aprovadas como forma de se chegar a essa meta.

A visão que se tem hoje, após nove anos de aprovação e implementação tardia do Protocolo de Kyoto, é de que o principal resultado, ou pelo menos o mais visível, parte da invenção de energias alternativas como a eólica, a geotérmica, a de biomassa, e a solar, a qual o Brasil exporta sua tecnologia.

Políticas assim de sustentabilidade, são relevantes para minimizar o impacto que a produção e o consumo desenfreado de bens geraram, principalmente depois da Revolução Industrial, e por isso devem sempre estar em relevância nas principais metas mundiais.

Alterações climáticas: há solução?

Letícia Megumi Ishiharaa e Daiane Marquesb

aAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected] do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.E- [email protected]

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homem precisa utilizar-se dos recursos naturais para produzir a energia necessária à sua sobrevivência. Antes da industrialização, o principal meio de obtenção de energia foi a queima de madeira que, aliada à sua utilização para produção de objetos – como casas,

barcos, móveis – já vinha contribuindo para o desmatamento.

Nos últimos séculos, o aumento do uso de combustíveis fósseis propiciou um rápido desenvolvimento tecnológico-industrial. Porém, a queima desses combustíveis – principalmente o carvão e o petróleo – é a principal causadora das altas taxas de gases poluentes na atmosfera terrestre, entre eles o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4). A crescente emissão desses gases está intensificando a absorção da radiação infravermelha na troposfera, o que causa uma maior retenção de calor na atmosfera terrestre. Esse fenômeno é chamado de "efeito estufa".

O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) de 2001, com a participação de centenas de cientistas, divulgou a situação climática do planeta, demonstrando evidências da influência humana nas alterações, ocorridas principalmente devido ao aumento das concentrações de gases do efeito estufa. Entre elas, podemos citar: aumento da temperatura global; elevação do nível dos mares; aumento das precipitações em locais específicos, desregulando a produção de alimentos; diminuição da biodiversidade, com várias espécies em risco de extinção, o que afeta todo o equilíbrio do ecossistema; agravamento da poluição, principalmente nos grandes centros urbanos, causando sérios danos à saúde da população e até mortes prematuras. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as mudanças climáticas matam 150 mil pessoas por ano.

Diante desse quadro alarmante, estão sendo desenvolvidos meios alternativos de produção de energia. Os países pioneiros da industrialização causaram maior impacto negativo no meio ambiente e por isso, em sua maioria, assumiram o compromisso do Protocolo de Quioto de reduzir em 5,2% a emissão de gases de efeito estufa entre 2008 e 2012. O Brasil, apesar de não fazer parte desse acordo, tem se destacado na implementação de tecnologias renováveis, que já estão substituindo a produção de energia convencional. Entre as alternativas utilizadas, estão a eólica, a do etanol, a reutilização do metano e sua conversão em energia limpa em Nova Iguaçu.

Os investimentos nessas técnicas favoráveis ao meio ambiente devem crescer, mesmo que seja necessário um apelo comercial ao seu desenvolvimento, pois, se o quadro se agravar, os danos à natureza e a várias formas de vida na Terra tornar-se-ão irreversíveis.

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Realmente um problema...

Marília Castilho Fernandesa e Rafael Pontesb

aAluna do curso de Obstetrícia. [email protected] do curso de Ciências da Atividade Física.

esde a criação, a Terra sempre esteve em constantes mudanças de temperatura, em ciclos de milhares de anos de aquecimento e glaciação causados por fenômenos naturais. A partir da Revolução Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova realidade: a

mudança de temperatura causada pelo homem através da poluição gerada pelo avanço tecnológico. Este problema começou a ser sentido nos microclimas (que corresponde às condições climáticas de uma superfície realmente pequena), com o aumento de temperatura nos grandes centros urbanos e mais recentemente no macroclima (que corresponde ao clima médio ocorrente num território relativamente vasto, exigindo, para sua caracterização, dados de um conjunto de postos meteorológicos; em zonas com relevo acentuado os dados macroclimáticos possuem um valor apenas relativo, especialmente sob o aspecto agrícola), com o aumento do nível do mar, uma ameaça em escala global.

A principal conseqüência é o aquecimento do clima da Terra, provocando o aumento da temperatura dos oceanos e o derretimento das geleiras. Mas são vários fatores que provocam essas mudanças, tais como o efeito estufa (é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante), buraco na camada de ozônio, poluição atmosférica e aumento na produção de gás carbônico.

Os gases precursores do efeito estufa, como o gás carbônico (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (NO2), o vapor d’ água são responsáveis pelo problema. Misturando-se á atmosfera eles a fazem se comportar como uma estufa, retirando o calor próximo á superfície terrestre.

O que tem provocado o aumento excessivo de emissão de gases na atmosfera é em grande parte as atividades humanas em busca do desenvolvimento econômico e das comodidades da vida moderna, e também os processos como o da respiração (das pessoas, das plantas, dos animais), ou o uso de CFCs, que liberam dióxido de carbono, bem como processos orgânicos de fermentação, que liberam metano, fermentação do lixo e, também acidentes como vazamentos de gás ou petróleo.

Seção

T53

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O padrão de emissão de CO2 apresenta diferenças entre um país e outro. Por isso, e como tentativa de amenizar os problemas atuais e futuros do meio ambiente, cento e quarenta e um países decidiram assinar um tratado, o Protocolo de Kyoto, que é um acordo internacional para controlar o aumento da temperatura do planeta, o "efeito estufa" causado pela poluição. Proposto em 1997 na cidade japonesa de Kyoto, o protocolo prevê que os países ricos reduzam as emissões de gases causadores do aquecimento global.

O Protocolo de Kyoto é um instrumento jurídico que representa que normas sejam cumpridas. O alcance dos objetivos (os países desenvolvidos reduzam suas emissões em 5,2 % em relação ao ano de 1990), depende, entre outros fatores, da descarbonização da matriz energética mundial.

As metas quantitativas para a redução dos gases impostas pelo Protocolo de Kyoto são modestas do ponto de vista ambiental, pois contribuem muito pouco para a redução de emissões globais dos gases. Apesar disto, o cumprimento dessas metas não é fácil, sendo assim, para conferir alguma flexibilidade aos países do anexo I (desenvolvidos), de forma que pudessem atingir suas metas mais facilmente, o Protocolo estabeleceu três mecanismos de mercado, dentre os quais, o Mecanismo de Defesa Limpo (MDL), o único que envolve diretamente países em desenvolvimento. As metas de redução conjugadas aos mecanismos de mercado tendem a gerar um custo de oportunidade para a geração de energia baseada em combustíveis fomentando o uso de energias renováveis.

A mudança climática exemplifica muito bem a relação intricada entre economia, energia, tecnologia, sociedade e seus impactos sobre o meio ambiente. Por vários motivos a mudança climática é um dos problemas ambientais mais graves do século: ela intensifica e é intensificada por outros problemas ambientais locais e regionais, o combate ás suas causas é extremamente complexo, envolvendo difíceis questões políticas e econômicas, além de possuir um caráter inercial, ou seja, as causas permanecem atuando por décadas mesmo depois de eliminadas. Ademais, suas conseqüências são possivelmente catastróficas e muitas delas irreversíveis.

Eterno paradoxo: criação versus destruição

Nathália Pizzinia e Mariana Bonadiob

aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.E- [email protected] do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentá[email protected]

energia consumida pelo homem está relacionada com os estágios de desenvolvimento deste. Há aproximadamente 1 milhão de anos, no leste da África, o homem primitivo dispunha apenas da energia dos A

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alimentos que ingeria.

Já na Idade Média, no nordeste da Europa, o homem usava muito o carvão para aquecimento, a força da água, do vento, e, a tração animal. O uso caótico do carvão levou a destruição de grande parte das florestas da Europa.

A Inglaterra, pioneira na revolução industrial – por possuir capital excedente, grandes jazidas de ferro e outras vantagens – no século XIX, fazia uso constante de combustíveis fósseis, que são responsáveis pela emissão de gás carbônico na atmosfera, este leva séculos para se decompor.

A revolução industrial contribuiu para a evolução das tecnologias, esta por sua vez, proporcionou melhorias para a população, o que levou a um grande crescimento vegetativo. A explosão populacional nos últimos dois séculos resultou num aumento do consumo de energia cerca de 100 vezes maior.

O crescimento no consumo de combustíveis fósseis, fez com que a emissão de gás carbônico na atmosfera se tornasse mais agressiva, acumulando – se na atmosfera, formando uma barreira que não permite a dissipação de calor, o que têm como conseqüência um aquecimento global, o que promove o degelo e a elevação do nível dos mares.

O aumento do nível do mar é preocupante para países de pequenas ilhas que estão condenados a desaparecer se a emissão de gases de efeito estufa não diminuir significativamente.Ao todo são trinta países ilhas “semi –sentenciados” a este fim. Os primeiros a serem atingidos, foram os habitantes da Ilha de Tuvalu, essas pessoas fugiram das águas para a Tailândia.

Cerca de 141 nações, preocupadas com as conseqüências do aumento do nível do mar, no dia 16 de fevereiro de 2005, apoiaram o protocolo de kioto, com o objetivo de reduzir ate 2012, 5,2% das emissões globais de gases tóxicos causadores do efeito estufa.

Curiosamente, os EUA, um dos principais países jovens responsáveis pelo efeito estufa, (25% as emissões de gases tóxicos),não aderiu ao protocolo. O governo Bush questiona a verdade dos estudos científicos e alega não ter a pretensão de sacrificar o desenvolvimento da nação.

O Brasil é o terceiro maior emissor de gás carbônico, e 77% de todo esse gás lançado, é conseqüência das queimadas. A partir de 2013, os países emergentes, como o Brasil e a China, serão obrigados a aderir também ao Kioto.

Porém, o protocolo prevê apenas 5.2% de redução, o que não basta para a resolução do problema em questão, seria necessária uma diminuição de 60% nas emissões dos gases.

A ciência e a tecnologia, causadores diretos, ou indiretos de graves problemas ambientais, têm papel indispensáveis na sua solução, pois estes geram respostas tecnológicas para a necessária redução do uso de combustíveis fósseis como fonte de energia. A principal resposta seria o uso de fontes alternativas de energia, como o álcool, o que seria muito lucrativo para o Brasil, a energia nuclear, a eólica, e outras que a ciências e a tecnologia já descobriram ou irão descobrir.Criando assim um incrível maniqueísmo ao seu redor, um eterno paradoxo entre a criação e a destruição.

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Caixa de Pandora

Bárbara Carrizoa e José Guilherme Diniz Alvesb

aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.E- [email protected]

inquestionável o uso de potencial de energia para melhorar a qualidade de vida humana, visto que desde os primórdios o homem procura evoluir seus modos de obter energia: o homem primitivo, sem uso do fogo, dispunha apenas de energia dos alimentos que ingeria; o homem

caçador além da energia dos alimentos também queimava madeira para obter calor e para cozinhar; o homem agrícola primitivo utilizava a energia dos animais de tração; o homem agrícola avançado usava carvão, a força da água, do vento e do transporte animal e o homem industrial dispunha da máquina à vapor.

Dessa forma, o homem com a ajuda do desenvolvimento cientifico e tecnológico aumentou seu consumo energético cerca de 100 vezes em relação ao consumo no passado distante. Sem perceber, através dessa sua ambição e curiosidade, cometeu o mesmo que erro que Pandora (personagem da mitologia): abriu uma caixa e espalhou o mal por todo o mundo, sendo agora o mal representado pela degradação do meio ambiente causada pelo mau uso que o homem faz das fontes de energia. Tal degradação ameaça a saúde humana e a qualidade de vida, além de afetar o equilíbrio e a diversidade biológica, tudo isso gerado pela emissão de gases obtidos através da queima de combustíveis fósseis, tanto no âmbito industrial quanto no âmbito doméstico. Para exemplificar temos os gases emitidos por indústrias, o escapamento de veículos e até do arroto dos gados.

Os principais poluentes emitidos na combustão desses combustíveis fósseis são óxidos de enxofre (S2) e nitrogênio (N2) e monóxido e dióxido de carbono (CO e CO2), sendo este último um dos principais causadores do efeito estufa, cujos gases causadores tenderão a alterar a temperatura atmosférica e oceânica, a circulação associada e os tipos de clima.

Em um relatório publicado em 2001 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), foi declarado que a temperatura média da superfície terrestre aumentou a partir do fim do século XIX: a temperatura média subiu de 0,4 a 0,8°C desde 1860; globalmente as temperaturas mínimas cresceram desde 1950 com o dobro da velocidade com que cresceram até essa década; a década de 1990 foi a mais quente do século XX, e o ano de 1998, o mais quente do século, já no que diz respeito ao futuro o aumento da temperatura média da superfície da Terra deverá se situar entre 1,5 e 4,5°C quando a concentração de CO2 dobrar. O nível dos oceanos também vem sofrendo alterações: subiu de 10 a 20 centímetros no século XX, sendo maior o crescimento neste século do que no século passado; o aumento do nível

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deverá se situar entre 0,14 e 0.7 metro até o ano 2110; a precipitação de chuvas continuará a aumentar em muitas regiões e a cobertura de neve e gelo sobre os continentes continuou a decrescer.

Têm ocorrido mudanças também nos padrões de circulação da atmosfera e dos oceanos, bem como aumento do número de eventos climáticos extremos. Os dados da temperatura média da superfície terrestre e as temperaturas da atmosfera a alguns quilômetros de altura, obtidos por satélite, são consistentes, o que nos leva a refletir sobre o atual modo de interação do homem sobre o meio ambiente.

Para tanto, foi criado em 1997 e colocado em vigor em 2004, o Protocolo de Kyoto, o qual tem como meta diminuir as emissões de gases do efeito estufa, contando para isso com a participação de 171 países a fim de diminuir 5,2% das emissões – globalmente – tendo como base o ano de 1990. Sendo a maior porcentagem das emissões realizadas por países industrializados, foram dadas como alternativas para a redução no âmbito industrial: uso de tecnologias “limpas”, a implementação conjunta pelos países envolvidos, o comércio de emissões e uso de “bolhas” de emissões. Entretanto, mesmo havendo poucas dúvidas de que uma combinação desses métodos acabaria por resolver problemas mais graves já enfrentados pela humanidade, o protocolo não resolverá o maior deles: o aquecimento da temperatura global, visto que não há maneira pra reverter esse processo, mas sim para evitar que ele piore. Além disso, o maior emissor de gases poluentes, os Estados Unidos, se nega a ratificar o tratado utilizando justificativas de cunho econômico.

Mas então qual seria a(s) solução (ões) para evitar futuros problemas causados pelas emissões de gases?

A primeira delas é a redução que pode ser conseguida através de: uso maiseficiente de energia, especialmente no ponto do fim do uso em prédios, utilizações elétricas, veículos e processos industriais; aumento da utilização de fontes de energia renováveis (biomassa, solar, eólica, geotérmica e hidrelétrica) que permitem emissões nulas de gases do efeito estufa, além de reduzir as outras emissões poluentes; desenvolvimento acelerado para a disseminação de tecnologias de energias novas, especialmente tecnologias para combustíveis fósseis de próxima geração, que produzem reduzidos níveis de emissões prejudiciais.

A segunda solução seria recapturar esses gases uma vez emitidos, o qual pode ser feito através do reflorestamento, que recaptura e fixa carbono da atmosfera ou bombear o CO2 para o fundo do oceano, cavernas subterrâneas ou para poços de petróleo e gás exauridos.

Dessa forma será possível garantir a oferta de energia para a redução da pobreza, permitindo que o desenvolvimento seja sustentável e não agrida exageradamente o meio ambiente; além de poder diminuir os efeitos da abertura da caixa de Pandora.

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O planeta grita por socorro em meio às chamas

Laís Lopesa e Ricardo Galhardonib

aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] do curso de Gerontologia. E- [email protected]

om a extensão do planeta Terra é impossível extinguir todos os problemas ambientais. Hoje, o que se fala é no famoso aquecimento global que acarreta mudanças climáticas; o efeito estufa, agravado principalmente pela emissão de dióxido de carbono (CO2), produzido

pela queima de combustíveis fósseis; a acidificação devido à poluição e aos gases como óxidos de enxofre e nitrogênio; inúmeros problemas sem fim.

A preocupação com a questão ecológica mundial data do final da década de 60. Em 1972 a ONU começou seus trabalhos, entretanto apenas nos anos 80 que o problema rompeu os círculos especializados e passou a fazer parte de um debate em âmbito mundial. Atualmente, percebe-se vários acordos para amenizar os problemas ambientais, o que tem ganhado destaque é o Protocolo de Kyoto, acordo assinado em 1997 por 160 países que davam o primeiro passo para reduzir a emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global, além da indicação do uso de energias renováveis e fontes alternativas, problemas que foram discutidos e acordados pela primeira vez na convenção climática realizada na Eco 92 em 1992, no Rio de Janeiro. Após diversos embates com países desenvolvidos, a Rússia ratifica o Protocolo em novembro de 2004, permitindo o vigor deste em 16 de fevereiro de 2005.

Para entender, a importância desta contenção de emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global, é importante saber que a intensa queima de combustíveis fósseis e desmatamento por queimadas, leva a elevação da temperatura média em diversas escalas de ação, como conseqüência podemos ter grandes distúrbios climáticos, com elevação dos níveis dos oceanos (pelo derretimento progressivo das calotas polares) exemplo disso é o que ocorreu na Ilha de Tuvalu no Pacífico; mudanças no ciclo hidrológico, que levariam a modificações de paisagens vegetais e afetariam as produções agrícolas.

As propostas para aumentarem o uso de energia renováveis, trocando os combustíveis fósseis, foram feitas na Eco 92, enfrentando a enorme resistência do Japão, Estados Unidos e sobretudo dos países produtores de petróleo. A cada ano, a taxa anual do consumo de energia nesses países aumenta consideravelmente, por isso recusam assinar tal protocolo em questão. Os países em desenvolvimento também não deveriam medir esforços para reformular sua estrutura de produção e de consumo de energia, e realizar contribuições efetivas para controlar o crescimento de emissões de gases-estufa. O Brasil apresenta tecnologia de ponta em relação à energias renováveis e alternativas como o biogás e as células fotovoltaicas e tem muito a compartilhar com outros países.

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Ainda temos barreiras importantes para vencer. Os subsídios oferecidos à energia fóssil são enormes no mundo todo. Importantes setores econômicos estão baseados em atividades de extração, produção e uso de carvão, petróleo e gás natural. Isso pode ser verificado nas oscilações de preços internacionais de petróleo e suas imediatas repercussões na economia mundial. O próprio embate político vivido em torno do Protocolo de Kyoto reflete os interesses dos grandes países industriais, em particular os Estados Unidos.

É imprescindível dizer que a questão ambiental não diz respeito só a degradação do meio ambiente dito “natural”, mas também a degradação das condições de vida das sociedades atuais e a própria sobrevivência humana. O crescimento econômico deve se basear em políticas de atuação capazes de manter uma exploração racional dos recursos naturais, e levar sua utilização em prol do desenvolvimento e das melhores condições socioeconômicas da vida humana no planeta. Cabe a todos os países industrializados ou não toma consciência disto.

Desenvolvimento econômico e qualidade de vida

Samira Najara Gattia e Tayane Trainab

aAluna do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] do curso de Gerontologia. E- [email protected]

oje os assuntos em pauta no Brasil e no mundo giram em torno da Energia e Mudanças Climáticas e seus efeitos negativos.Com o passar dos anos desde a Revolução Industrial, países vêem despejando na atmosfera gases poluentes como o CO2,

prejudicando nossa saúde.O despejo desse gás se da através das indústrias, veículos, queima de floresta e etc., ou seja, direta ou indiretamente temos grande participação na poluição.

Para esse tipo de problema, vários pesquisadores vêem estudando para poder minimizar esse tipo de poluição sem prejudicar nossa economia, além disso, vários acordos tentam controlar esta emissão, um deles é o Protocolo de Quioto, que reúne vários países para a discussão do assunto, e tenta diminuir ao máximo a emissão de poluentes para conseqüentemente ter uma vida maissaudável.Mas esses acordos estabelecem uma porcentagem para ser respeitada por cada país, mas infelizmente alguns países não respeitam essa decisão, principalmente com medo de afetar sua economia.

O lançamento desses gases na atmosfera causa um sério agravamento do efeito estufa, aumentando a temperatura da terra, e com este aumento várias catástrofe ocorrem, como: o derretimento das calotas de gelo, prejudicando as

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cidades litorâneas, causando também a estiagem, que causa a seca de rios, mananciais.São muitos os fatores ruins que podem ser causados pelo lançamento de gases poluentes no ar.

Temos urgência em resolver estas questões relacionadas a este problema antes que seja tarde e não possamos mais resolvê-las, para isso estudos são ligados a outras fontes de energia para serem utilizadas, ou seja, as energias renováveis.

As energias renováveis são basicamente: energias eólicas, solar, biomassa, ou as energias menos poluentes, no caso o álcool e outros combustíveis em estudo.

Por isso a economia não sofreria com as mudanças, basta apenas se sacrificar, o que significa investimentos, o que muitos paises não estão dispostos a fazer.Vendo isso podemos associar a economia com uma qualidade de vida melhor, desde que, haja uma participação de todos para a resolução destes problemas.

Se não existissem outras fontes de energia para serem utilizadas seriam mais fáceis de se aceitar o porquê de alguns países não se adequarem conforme as regras que protegem o meio ambiente e proporcionam alternativas.

Isso deixa evidente a ignorância de muitos para com a natureza.

Correr, correr... é o melhor para poder crescer!*

Ana Regina Alvesa e Íris Maria Nunes Fragab

aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] do curso de Gerontologia. E- í[email protected]

comum, atualmente, vermos e ouvirmos na mídia as expressões: efeito estufa, aquecimento global, desenvolvimento sustentável, entre outros. Porém poucos atentam para a importância e o significado destes termos para o planeta. O efeito estufa, por exemplo, é um processo

que ocorre naturalmente na natureza impedindo variações bruscas da temperatura na Terra, que poderiam atingir entre 12° C e 15° C abaixo de zero. No entanto, as ações humanas vêm agravando o que originalmente seria uma proteção natural.

O principal responsável pelo agravamento do efeito estufa é a queima de combustíveis fósseis. Nas últimas décadas a proporção de CO2 cresceu 30% contribuindo para uma variação de 0,6° C na temperatura, em relação às medições anteriores a 1860, constatada a partir de anéis de árvores de sedimentos de lagos. Para os próximos 100 anos os cientistas prevêem um aumento de 2°C a 6° C, o que poderá provocar o maior desastre ecológico na história da civilização humana.

Uma das conseqüências do aumento da temperatura é o aumento no nível dos mares, o qual, se atingir um metro causará transtornos principalmente para os

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habitantes das regiões costeiras, entre eles países-ilhas que correm o risco de alagamento como as Ilhas Malvinas e 40% das praias brasileiras. Além disso, ocorrem alterações nas correntes marítimas e pluviais e mudanças climáticas como furacões, secas, ondas de calor e frio, entre outros.

Nos últimos anos diversos países têm se conscientizado e observado os efeitos das mudanças climáticas, provocados pela emissão de gases estufa (CO2,

metano, óxido nitroso, clorofluorcarbonetos) e em 1992 se reuniram na Convenção do Clima para discutir esses temas dando origem, alguns anos depois, ao Protocolo de Quioto. O objetivo do protocolo é conter o aquecimento global, no período compreendido entre 2008 e 2012, reduzindo as emissões de CO2 em 5% em relação aos níveis de 1990. O protocolo foi assinado por 175 países, ratificado por 141 e apenas 36 assumiram o compromisso de reduzir as emissões.

Diminuir as emissões de CO2, contudo, não é uma tarefa fácil se considerarmos que 43% da matriz energética do mundo constitui-se de petróleo. Suas principais jazidas estão no Oriente Médio que representa 67% das reservas mundiais e é fonte de um mercado lucrativo. Atualmente, um barril de petróleo custa em torno de 70 dólares. Com a crise do Petróleo em 1973, outras fontes alternativas de energia começaram a ser desenvolvidas. Um exemplo foi o programa Pró-álcool implementado no Brasil, incentivando o uso do álcool como combustível, obtido através da cana-de-açúcar e muito menos poluente e economicamente viável.

Outros investimentos em fontes alternativas de energia foram feitos, como por exemplo, a energia nuclear e energia gerada por hidrelétricas, porém, ambas podem causar impactos ambientais e sociais. Há também pesquisas que apontam a energia solar e eólica como boas alternativas para substituir os combustíveis fósseis mas que dependem das variações climáticas.

Além destas, outras soluções têm sido buscadas como a utilização da biomassa (do qual é obtido o biodiesel) e da implantação de carros movidos a gás hidrogênio, que ainda requerem pesquisas e investimentos.

No Protocolo de Quito também foram estabelecidas políticas de redução dos gases que inclui o desenvolvimento sustentável e transferência de tecnologias dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento visando à geração de energia limpa.

O Brasil é responsável por 3% da emissão de gases no mundo, dos quais 77% é emitido nas queimadas de florestas – responsáveis pela captura de CO2 da atmosfera. O reflorestamento está sendo incentivado em diversos lugares do mundo. Se conseguirmos adotar essas fontes alternativas de energia será possível reduzir os níveis de CO2.

Não podemos negar a importância da geração de energia para o desenvolvimento e bem-estar. Basta recordar o quanto foi desagradável o “apagão” de 2001 que implantou o racionamento de energia no Brasil. Isso evidencia um paradoxo: por um lado precisamos de energia para o desenvolvimento econômico e social, e por outro, se não tomarmos providências urgentes poderemos levar o planeta à destruição. Faz-se

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necessário correr rapidamente em busca de alternativas para a produção de energia, de modo a não comprometer o desenvolvimento econômico e social, e não degradar o meio ambiente e o planeta em que vivemos. É preciso reverter essa situação. A natureza tem pressa!

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

Desenvolvimento tecnológico é sinônimo de poluição?

Adriano Uchôas Américoa e Pedro Gabriel Murauskasb

aAluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]

emissão de gases poluentes prejudica a camada de ozônio diminuindo a retenção de raios ultravioletas provenientes do sol, provocando o aumento do aquecimento global e acarretando no descongelamento das calotas polares, aumentando o nível do mar e

devastando diversas áreas costeiras que se encontram vulneráveis a esse fenômeno.

Esse problema teve seu início a partir da Revolução Industrial e tem se agravado devido ao sistema capitalista e os avanços tecnológicos, onde o desenvolvimento tem mostrando-se como sinônimo de poluição e descaso com a natureza, contribuindo para o aumento da temperatura do planeta e gerando várias catástrofes ambientais.

Nesse contexto, o apoio e incentivo ao uso de fontes de energia renováveis e menos poluentes se fazem necessário, como a energia solar, eólica, das marés, as provenientes da biomassa e até mesmo o uso do álcool que é menos poluente que outros combustíveis fósseis, tendo o Brasil um grande mercado consumidor.

Considerando a importância da diminuição da emissão de gases poluentes e em especial o gás carbônico, o tratado de Kyoto tem como meta principal à diminuição do aquecimento global, este que já é considerado o grande problema do século XXI por ambientalistas, uma vez que o gás carbônico leva séculos para se decompor.

O tratado de Kyoto envolve diversas questões de cunho político, ideológico e econômico, tendo apenas como um exemplo os EUA que emitem 25% dos gases poluentes e o boicote ao tratado do governo Bush que alega a não veracidade das explicações científicas sobre o efeito estufa, considerando que as metas estabelecidas não são viáveis para a economia do seu país.

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Estima-se que a redução necessária para a resolver o problema seria de aproximadamente 60% da emissão de poluentes e o tratado de Kyoto propõe apenas 5%, sendo uma medida inicial na tentativa de diminuir os efeitos do aquecimento global. Mesmo assim, ele não é aderido por vários países, entre eles os que mais poluem.

O reflorestamento também é de suma importância para a absorção de carbono do meio ambiente, trazendo uma melhora significativa na qualidade do ar, contribuindo para a diminuição da temperatura da Terra e para uma melhora na qualidade de vida.

Apesar do Brasil ser o 3º maio emissor de gases poluentes na atmosfera (ficando atrás somente dos EUA e da China) sendo que 77% provêem das queimadas, ele tem um grande potencial para o desenvolvimento de energias alternativas e renováveis, necessitando da criação de políticas públicas nesse sentido para atender as necessidades do mercado.

Portanto, há claras evidências da necessidade do uso em larga escala de energias menos poluentes no lugar das atualmente usadas, criando novas e aprimorando as que já existem de modo a atender as reais necessidades do planeta para não prejudicá-lo, uma vez que o fato dele estar debilitado se reflete sobre os seus habitantes.

Nova oportunidade*

Carolina Yuu Omoria e Vivian Teixeira Moitinhob

aAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

ma nova alternativa para a economia brasileira surgiu com o Protocolo de Kyoto, elaborado visando solucionar os recentes problemas ambientais que vêm se agravando devido aos avanços tecnológicos.

Se por um lado a tecnologia traz grandes melhorias para a humanidade, por outro, também é a principal responsável pela destruição gradativa do planeta e gera diversos impactos na natureza, como o degelo, o furacão Katrina, o aumento da temperatura atmosférica, etc.

O avanço tecnológico depende de fontes energéticas, que ao serem utilizadas, emitem gases poluentes elevando a temperatura do globo terrestre, dando origem ao efeito estufa.

Por este motivo foi criado o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, tendo como objetivo atenuar a emissão dos gases nocivos na atmosfera. 141 países aderiram ao Protocolo, dentre estes países, apenas 37 nações ricas e desenvolvidas deverão diminuir a emissão de poluentes e investir em energia limpa. Entretanto, os EUA, responsáveis por 25% das emissões de gás carbônico (CO2) se recusam a assinar o acordo,

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alegando que não sacrificarão sua economia pelo bem de outras nações. Isto causou muita polêmica e repressão política aos EUA.

Como os países participantes do Protocolo representam apenas 19% das emissões e levando-se em conta que o Protocolo visa reduzir 5% delas, acredita-se que o mesmo não terá muita eficácia, já que seria preciso uma redução de 60% das emissões de CO2 para atenuar os efeitos do aquecimento. Logo, está previsto que após o fim do Protocolo de Kyoto de 2012, será necessário criar um novo plano, cujos objetivos sejam os mesmos: conter o aquecimento global. Para tanto, será criado o Pós-Kyoto, que exigirá mais dos países emergentes como Brasil, China e Índia.

Assim como os demais países emergentes, o Brasil também apresenta elevadas taxas de emissão de gases poluentes. Hoje é o terceiro maior emissor de CO2, está atrás apenas dos EUA (1º) e China (2º). 77% dos gases liberados pelo Brasil são originados pelas queimadas que ocorrem na Amazônia, felizmente, ao contrário do que se pensa, isso pode não ser tão ruim, já que estudos realizados pelo Instituto de Física da USP constataram que os aerossóis produzidos pelas queimadas e lançados na atmosfera a concentrações 10 vezes maiores do que as normais, aumentam em 20% a fotossíntese na Amazônia. Porém não se deve exceder a taxa limite, pois pode causar um colapso no sistema. (Fonte: Folha de S. Paulo, 17 de maio de 2006 – Caderno Folha Ciência).

Além do mais, estudos estão sendo realizados no Brasil para aumentar a capacidade de absorção de CO2 pelas folhas dos vegetais. E o desenvolvimento de fontes alternativas de energia como a biomassa. Também foi o Brasil que implantou o primeiro Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) em Nova Iguaçu, RJ, com energia originada da queima de gás metano (CH4) num aterro sanitário.

Cada país possui metas de redução, que são representadas por créditos, os quais podem ser comercializados. A inovação de Nova Iguaçu atraiu os olhos de países mais industrializados (e, portanto, os maiores devedores de créditos) para comprarem os créditos excedentes obtidos com este novo mecanismo.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

Do fogo ao fóssil

Bruna Loupo de Azevedoa e Raul Dias Gimenezb

aAluna do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

e o homem não tivesse descoberto o fogo, muitos dos problemas ambientais não existiriam. Mas seria possível viver sem ele?

Ao longo dos séculos, ciência, tecnologia e economia sempre S

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interagiram, por vezes tornando difícil uma separação nítida. Essa interação e a expansão do ideal capitalista são resquícios da Revolução Industrial, que introduziu o carvão como um novo recurso de obtenção de energia, que apesar de sua eficácia, é um grande poluente do ar.

Assim como o carvão, o petróleo, o gás natural, dentre outros combustíveis fósseis, têm aumentado consideravelmente o CO2 da atmosfera. O gás carbônico atua como uma espécie de cobertor que retém o calor refletido pela superfície do planeta e permite a existência de vida. Na medida certa, seu efeito é benéfico, em concentrações elevadas, surgem os desequilíbrios.

A natureza não sabe como tratar os problemas causados pela vida moderna. O aumento da temperatura média do planeta pode pôr em risco a vida de várias espécies, além do derretimento das calotas polares, elevação do nível do mar, precipitação das chuvas, aumento do número de eventos climáticos extremos (ex.: furacões), escassez de água, perda de solos agricultáveis, entre outros.

Os desequilíbrios ambientais deixam de ser possibilidades teóricas para se tornarem problemas concretos. Sendo assim, surge o Protocolo de Quioto que visa a redução da emissão de gases em 5% até 2012 pelos países desenvolvidos. Os Estados Unidos, principal poluente global (25% das emissões de gases estufa) não aderiram ao protocolo, tornando o acordo ineficaz, já que os países em desenvolvimento estão isentos deste; apesar de muito serem grandes poluidores (o Brasil é o terceiro maior poluidor em escala mundial).

Para tentar solucionar estes problemas, propõe-se a redução da emissão de gases e a recaptura destes. Outra alternativa é a adoção de energias renováveis, que proporcionará a países como o Brasil comercializar gases gerando desenvolvimento sustentável para o país e fazendo com que este seja uma referência neste mercado que tende a expandir-se.

Os custos para a adoção acelerada de energias renováveis seriam elevados, mas não tão elevados como os custos da remediação dos efeitos desastrosos para o meio ambiente causados pelo uso crescente de combustíveis fosséis. Temos o direito de deixar o planeta sem condições de vida para as próximas gerações?

O tempo e suas mudanças

Nayara Girardi Baraldia e Nelice Canhoto Gonçalvesb

aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

om a Revolução Industrial ocorrida no século XVIII, as fábricas trocaram o trabalho manual pelo maquinário, essa mudança demandou uma nova forma de obter energia. A nova fonte energia passou a ser os combustíveis fosséis, a principio o carvão natural,

mais tarde substituído pelo petróleo e gás natural.

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Devido a Revolução uma intensa urbanização ocorreu o que fez com que fosse aumentado o uso dessas fontes energéticas porque, além de uma maior produtividade por parte das fábricas houve uma maior circulação de veículos,devido à modernização da população européia. Segundo, uma pesquisa realizada pela Fapesp, em fevereiro de 2005, desde o século XVIII o gás carbônico aumentou 33% na atmosfera passando de 286 ppm - partes por milhão para 373 ppm.

Como se não bastassem essas formas de poluição, a tecnologia e a ciência avançada geraram ainda mais mudanças além destas, como por exemplo, os motores dos automóveis passaram a funcionar por explosão interna e para obter essa explosão foi necessária a utilização de um dos combustíveis advindos do petróleo. A queima deste combustível fossilizado resultava em um composto orgânico: o CO2 (gás carbônico).

O gás carbônico, numa certa porcentagem, é necessário para que haja vida na Terra. Ele age como uma espécie de cobertor na atmosfera, refletindo o calor da superfície terrestre permitindo, dessa forma, a existência de vida; este fenômeno ficou conhecido como “Efeito Estufa” é e benéfico. Porém, o gás carbônico quando em excesso, como nos dias atuais, em que há um índice elevado deste poluente no ar, podendo gerar desequilíbrios. Esses desequilíbrios não são causados apenas pela queima de combustíveis fosseis, mas também pelo desmatamento seguido de queima das árvores e também pelo arroto do gado que libera CH4 (metano) que é considerado de mesma forma prejudicial à atmosfera.

Os gerados por estas emissões de gases “poluentes”, só começaram a ser sentidos depois de séculos destas emissões, como por exemplo: as mudanças climáticas, poluição, esgotamento de recursos naturais e perda da biodiversidade. No entanto, o mais preocupantes são as alterações climáticas, pois através delas outros problemas são desencadeados porque o calor adicional tem uma influência determinante sobre o funcionamento do clima do planeta, já que essa energia é responsável pela circulação dos ventos e dos oceanos, pela evaporação e pela precipitação.

Com base nisso, podemos citar o derretimento das geleiras, pesquisas realizadas por Simões, da UFRGS afirmaram que em 1990, 66% desse um terço de gelo que recobre a Terra já havia derretido e que o planeta está quase sete graus mais quentes. Esse derretimento das calotas polares causou tende causar, ainda no futuro, um aumento das águas oceânicas que comprometem a costa oceânica. No Brasil, aproximadamente, 40% da costa litorânea está comprometida, além disso, o aumento de 1° (um grau) destas águas gerou a mortandade de muitas espécies de corais e peixes que não se adaptaram à essa mudança.

Se esta temperatura continuar a aumentar causará, segundo os estudos fornecidos pela Fapesp, realizados em fevereiro de 2004, a sexta extinção em massa do planeta Terra. As alterações também poderão trazer doenças tropicais como a febre amarela e a dengue, pois ajudarão na distribuição geográfica dos insetos. Para Tomas Lewinson, ecólogo da UNICAMP, “... a Europa pode ter de se preocupar com doenças tropicais que nunca conheceu

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ou que já haviam desaparecido, como, malária, que era relativamente comum na Inglaterra na época do Império Romano”.

Para amenizar os problemas gerados pelo Efeito Estufa surge em 16 de agostode 2001, após o Rio-92, o protocolo de Kyoto em que 141 países assinaram e concordaram em reduzir 5,2% das emissões de CO2 em relação ao ano de 2001.Para atingir essa cota de redução, os países desenvolvidos participantes do protocolo podem comprar créditos de carbono de países em desenvolvimento ou construir projetos de energias renováveis e instalaram em países que aceitaram comprá-los.

O protocolo terá fim em 2008, mas não se sabe se a meta de redução será atingida porque os países que mais emitem esses poluentes, Estados Unidos e Rússia, não aceitaram fazer parte deste.

Portanto, se não diminuirmos essas mudanças climáticas resultantes do excesso de CO2 e CH4, teremos muitas conseqüências que poderão ser catastrófica. A única certeza que temos, atualmente, é que o homem vem interferindo no funcionamento do planeta Terra a partir dos próprios atos.

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Aquecimento global – um jogo de empurra-empurra*

Solange Aparecida Vieiraa e Gisele da Silva Barrosb

aAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.E- [email protected] do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.E- [email protected]

ssistimos atônitos todos os dias, a divulgação de notícias de que o planeta está doente. Sintomas: febre, suor e tremor – Causa: pouco caso dos seus habitantes que se auto-intitulam racionais e providos de inteligência – o homem. Metáforas à parte, somos a maior doença

deste planeta, que por ganância e prepotência desmatamos e queimamos as nossas florestas, provocamos através de nossos carros e fábricas a emissão de gases provenientes da queima de petróleo causando o aumento na concentração de dióxido de carbono (na ordem de 0,4% ao ano), metano e os clorofluorcabonetos que, segundo estimativas, aumentarão a temperatura do planeta entre 2 a 6°C nos próximos 100 anos, provocando a extinção de inúmeras espécies de animais e plantas. A espécie humana também está sendo afetada pela alta concentração de poluentes, doenças como o câncer de pele, os problemas respiratórios estão aumentando de forma assustadora. Outro problema que temos enfrentado, ainda que não existam "certezas científicas", apenas hipóteses de que o aumento da temperatura está provocando o degelo das calotas polares e conseqüentemente a elevação dos mares, o que temos verificado é que estão ocorrendo inúmeras inundações em vários países, que se os estudos estiverem corretos serão alagados e sua população deverá migrar para locais mais altos. Em virtude da importância dada ao "paciente" (já que moramos nele e ainda não temos tecnologia suficiente para pegarmos uma espaçonave e simplesmente fazemos nossa mudança), muito se tem discutido e pesquisado sobre esta situação de degradação do planeta Terra. Tanto que até um Protocolo voltado para a sua preservação foi discutido e entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, chama-se "Protocolo de Kyoto". Foi dado este nome porque as reuniões que resultaram em sua elaboração foram realizadas numa cidade do Japão, cujo nome é Kyoto. Alguns compromissos foram fechados neste Protocolo, como a redução de 5,2% das emissões globais de gases que têm provocado o efeito estufa e também, pesquisar e implementar

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ações que levem a substituição de combustíveis fósseis por energia limpa. Ainda que este Protocolo represente um compromisso mundial com a saúde do planeta, a realização das ações neles acordadas estão comprometidas, já que o país que emite ¼ de todos os gases poluentes do planeta não quis assinar o Protocolo. Representando pelo seu presidente, o Sr.George Bush, os Estados Unidos diz não ter que pagar a conta por algo que os cientistas ainda não sabem ao certo o que é. Para ele, faltam bases científicas concretas que comprovem as causas dos problemas relacionados à elevação da temperatura do planeta. Usando de metáforas novamente, quando um médico tem um paciente enfermo, ele faz um diagnóstico baseado em hipóteses dependendo dos sintomas do paciente e, claro, em seus conhecimentos prévios. Os cientistas fazem o mesmo, alguns acham que devemos tratar a causa-reduzir a poluição, outros, querem tratar a doença utilizando remédios que muitas vezes vão causar efeitos colaterais complicados e arriscados. Como por exemplo, alterações no DNA de algumas espécies de plantas para que elas captem mais CO2. O que deve ser levado em conta neste problema, que toma proporções cada vez maiores, é a urgência de planejamento e de ações que visem minimizar a doença do planeta. Estas ações devem partir não somente da classe científica, mas também, dos detentores do poder econômico e político de todas as nações. O que não pode acontecer é este jogo de empurra-empurra, onde ninguém assume as responsabilidades. Além disso, ele é perigoso porque protela cada vez mais a urgente e necessária tomada de decisões acerca de encaminhamentos que efetivamente venham beneficiar a saúde do planeta e conseqüentemente de toda a sua população. O planeta agradece a preocupação, mas ele precisa de ações concretas e eficientes que possam de fato, fazer a diferença.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

O aquecimento global e suas conseqüências para o meio ambiente*

Felipe Instaquia e Gustavo Keiji Sibinelli Okubob

aAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

do conhecimento da maioria das pessoas os problemas ambientais que o nosso planeta anda passando, as diversas catástrofes e alterações no nosso clima mostram isso claramente. O aquecimento global é um dos mais graves, suas conseqüências afetam diversos outros efeitos

climáticos, a fauna e a flora do planeta, e obviamente a vida humana.

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Um estudo feito por 19 pesquisadores de oito países, publicado na revista Science, revelou projeções catastróficas para o futuro da humanidade, mais exatamente daqui a 50 anos, um tempo extremamente curto se comparado com o tempo que levaram diversas outras alterações na terra. Na mais otimista dessas projeções 1,8 milhões de espécies de plantas e animais poderiam ser extintas, com um aumento de 0,8 a 1,7 graus na temperatura terrestre e um aumento do carbono de 30% na atmosfera. Esse número pode subir até três vezes mais, caso as plantas e animais não consigam migrar para uma região mais fria da terra.

Outro fator preocupante é o derretimento das calotas polares, o recente tsunami na Ásia mostrou a fragilidade das cidades costeiras. O oceano tem uma superfície de aproximadamente 38 milhões de km³, se esse gelo todo se derretesse, e se distribuísse uniformemente pela superfície do oceano, o nível do mar subiria 92 metros. Claro que a terra não se comporta dessa forma, mas esses dados servem para mostrar o perigo que o derretimento das calotas representam. Tomando como exemplo o Brasil com sua enorme faixa costeira, os prejuízos tanto econômicos como sociais seriam catastróficos.

O aquecimento global é resultado direto do Efeito estufa, esse fato ainda não foi comprovado cientificamente, mas todas as evidencias apontam para tal fato. O Efeito estufa, é a acumulação de Dióxido de carbono na Atmosfera terrestre. Esse efeito é algo natural na Terra que serve para ela se manter aquecida, mantendo parte dos raios solares para aquecer a superfície, o grande problema é a intervenção do homem. Após a revolução industrial as emissões de carbono na atmosfera decolaram a níveis 15 vezes maiores dos que registrados em séculos anteriores. Esse desequilíbrio já pode ser sentido pelo aumento de 0,6 grau na temperatura terrestre, parece pouco, mas a terra não se aquece uniformemente, sendo esse efeito diferente nas diversas partes do planeta.

O efeito estufa não é o único fenômeno natural afetado pelo crescimento global, os famosos El niño e la niña, que são alterações curtas da distribuição da temperatura no oceano pacífico, sofrem grande alterações e variações devido ao aquecimento global, passando a ter períodos mais longos e também acontecendo com mais freqüência no decorrer dos anos.

Todas esses desequilíbrios ecológicos e essa degradação ambiental podem trazer grandes conseqüências para o futuro na vida na Terra. Alias essas mudanças já causam grandes estragos como se pode acompanhar pelas diversas noticias de catástrofes naturais ao redor do mundo. Nações do mundo inteiro já começam a debater e se mobilizar contras as possíveis conseqüências desses desequilíbrios, e também a pensar em como será o mundo para as próximas gerações.

Possíveis Soluções

Pelo que se pode perceber pelas recentes evidencias colhidas ao redor do mundo, o aquecimento global e o efeito estufa estão intimamente ligados, um agravando os problemas do outro, e assim entrando em um ciclo que não trará conseqüências nada agradáveis a humanidade. Como resolver esse problema?

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Muitos cientistas do mundo inteiro alegando que um bom começo seria reduzir as emissões de carbono principalmente nos países desenvolvidos, que são os maiores poluidores da atmosfera atualmente.

Preocupados com isso diversos lideres mundiais em junho de 1992 na Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) na Eco-92 no Rio de Janeiro, entraram em acordo para a criação de um futuro tratado para alcançar essa importante meta. Esse tratado virou realidade em 1997 na convenção de Kyoto, aonde foi discutido e negociado, para depois a partir da assinatura de diversos paises entrar em vigor no ano passado com a adesão da Rússia, a segunda maior em nível de emissões de dióxido de carbono.

Esse tratado internacional constitui em compromissos mais rígidos para a diminuição dos gases que provocam o efeito estufa. Propondo um calendário aonde os países que assumissem tal compromisso deveriam reduzir suas emissões em até 5% em relação aos níveis de 1990 até 2012.

O protocolo promove os paises a cooperarem entre si de diversas formas, seja através de acordos de mutua cooperação, até a compra e venda de cotas de carbono, que nada é mais do que um país que atingiu sua cota de redução vender seu excedente para outro país assim os dois conseguiriam alcançar sua meta com benefícios para ambos.

Algumas das ações básicas que o protocolo estimula são:

Reformar os setores de energia e transportes.

Promover o uso de fontes limpas e renováveis.

Proteger florestas contra desmatamentos e principalmente queimadas.

Limitar as emissões de metano (outro gás responsável pelo efeito estufa), no gerenciamento de resíduos e outros sistemas energéticos.

O protocolo ainda passa por problemas de aceitação, principalmente com os EUA, maior poluidor mundial, e ainda depende muito da discussão que ocorrerá na segunda fase do protocolo, que ocorrerá depois de 2012.

Muitos cientistas afirmam que não é o aumento dos gases que causa o aquecimento global e sim o aumento da atividade solar nos últimos séculos. Outros afirmam que a meta de 5,2% é insuficiente para causar alguma alteração positiva no meio ambiente.

Por isso a segunda fase de negociações é extremamente importante não só para a resolução desse problema, mas também para uma maior conscientização de todo o planeta de como esses problemas afetam todo o futuro da fauna, da flora, e principalmente da vida em todo o planeta Terra.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

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Crescimento econômico, aquecimento global

Antônio Rodrigues Rebouçasa e Cauê Dias Carrilhob

aAluno do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

osso planeta tem passado por diversas mudanças climáticas nos últimos anos. A exemplo disso, temos que o século XX foi o mais quente de toda a nossa história, trazendo sérias conseqüências para todo o meio ambiente. Estas mudanças estão intimamente ligadas

ao aumento do consumo de energia e aos tipos de fontes de energia que utilizamos no nosso dia-a-dia. O uso de combustíveis fósseis para a geração de energia é algo que contribui para que essas mudanças aconteçam.

O consumo e a produção de energia gerada pelo homem variaram muito ao logo do tempo. Atualmente, o consumo médio de energia mundial é dez vezes maior que o consumo do homem primitivo. O grande crescimento populacional e o alto padrão de vida que algumas sociedades adquiriram são fatores que contribuíram para o aumento desse consumo. O uso do carvão mineral como fonte de calor e potência, de motores a explosão interna que elevaram o alto uso de petróleo e seus derivados, da eletricidade gerada pelas hidrelétricas e, posteriormente, por termelétricas foi um grande responsável para o exponencial aumento da produção de energia. Um gigantesco problema global causado por essa geração de energia é a poluição.

A queima de combustíveis fósseis produz grandes quantidades de dióxido de carbono. Este gás é um dos grandes responsáveis pela intensificação do efeito estufa e, conseqüentemente, pelo aumento da temperatura global. O efeito estufa é um fenômeno natural causado pela retenção de ondas solares de comprimento longo pelo vapor de água, CO2 e outros gases, que regula a temperatura da Terra, viabilizando a existência da vida. Porém o aumento desses gases estufa na atmosfera, causado por atividades antrópicas, tem gerado este aumento indesejado de temperatura na Terra. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPXX, sigla em inglês), que reúne cerca de mil cientistas, a temperatura do planeta no século XX aumentou em média 0,6ºC, sendo a década de 90 a mais quente de toda a história. Até 2100, a Terra poderá esquentar até 5,8ºC, ou seja, dez vezes mais que o aumento no século XX. Com a elevação da temperatura, diversos impactos ambientais ocorrem no planeta, como o derretimento de geleiras que tem como conseqüência o aumento do nível do mar, podendo causar futuras inundações em diversas costeiras; assim como incêndios florestais, tempestades foras de época e a extinção de espécies que não resistem a esse aumento de temperatura.

Em vista destes acontecimentos, criou-se o Protocolo de Kyoto em 1997, entrando em vigor em 2005 com a entrada da Rússia. Este determinou que as

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emissões dos gases estufa deveriam ser reduzidas em 5,2% até 2012, em relação às emissões em 1990. Os países em desenvolvimento ficaram isentos da redução de emissão de gases estufa, pelo fato de ter sido reconhecido que estes contribuíram pouco para as emissões no passado, além destes terem a necessidade de crescerem e se desenvolverem. Já as grandes nações industrializadas, as principais responsáveis pelas emissões, teriam que reduzir suas emissões em uma porcentagem variada. Além deste mecanismo, estes países podem atingir suas metas através do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) que visa um investimento deste países em projetos de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. Os EUA, que são os maiores responsáveis pela emissão de gases estufa na atmosfera, se recusaram a participar do Protocolo.

Assim, podemos solucionar o problema do aumento da temperatura global reduzindo a emissão de gases estufa através de mecanismos como a maior utilização de fontes renováveis de energia. Além disso, devemos recapturar gases já emitidos como através da plantação de florestas jovens, que retiram muito carbono do ar para se desenvolverem. Portanto, nem tudo está perdido...ainda!

A Terra pode ser comparada com o funcionamento de um condomínio É preciso haver regras que valham para todos os moradores, essências para garantir as boas condições de vida a todo o prédio. Assim como a fumaça da gordura que provém da cozinha de um vizinho pode impregnar o andar inteiro do edifício, o meio ambiente não reconhece fronteiras por ser um sistema complexo e dinâmico.

Aquecimento global: o homem sofre, mas é o principal responsável

Ericka Pardinia e Ricardo Pradab

aAluna do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected] do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- [email protected]

energia é extremamente importante para que o homem possa desenvolver suas atividades cotidianas e para o desenvolvimento e funcionamento dos centros urbanos. Existem diversas formas de obtenção de energia que podem ser renováveis ou não renováveis.

Infelizmente, as energias renováveis, como a solar e a eólica, apesar de serem energias limpas, não são muito utilizadas por apresentarem custos elevadíssimos. Já as energias não renováveis são vastamente utilizadas em todo o mundo.

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Como bom exemplo das energias não renováveis, podemos citar os combustíveis fósseis que representam 87% da energia utilizada no mundo. Estes combustíveis são formados pela mineralização de restos animais e vegetais e são representados pelo carvão, petróleo e gás natural. Estas substâncias passaram a ser amplamente exploradas e utilizadas a partir da Revolução Industrial e sua queima é responsável pela emissão de CO2 na atmosfera.

Desde 1700 a quantidade de CO2 atmosférico cresceu 30% e , atualmente, os EUA são os principais responsáveis por essa poluição lançando 25% das emissões mundiais. Este grande aumento de CO2 na atmosfera é responsável por um agravamento do Efeito Estufa.

Efeito Estufa é o fenômeno atmosférico responsável por reter as ondas infravermelhas de calor através de moléculas de gases como o CO2 e o vapor de água impedindo que ocorram grandes variações na temperatura. Este processo é essencial para a manutenção da vida na Terra, uma vez que, caso o efeito estufa não existisse a temperatura atmosférica variaria de 15 a 20°C abaixo de zero. Entretanto, o agravamento deste efeito tem gerado um aumento da temperatura global e este aumento tem conseqüências preocupantes para o futuro do planeta.

Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura média da superfície terrestre aumentou de 0,4 a o,8°C desde 1860 e a década de 90 foi a mais quente do século XX. Além disso, as temperaturas globais mínimas cresceram até o mesmo ano. Esta é uma evidência de que o avanço tecnológico, por exigir uma maior utilização de energia, é responsável pelo aumento da utilização de combustíveis fósseis e conseqüentemente pelo aumento da emissão de CO2.

Como conseqüência do aumento da temperatura global, podemos citar a elevação do nível dos oceanos, alterações da pluviosidade, perda significativa da biodiversidade e mudanças nos padrões de circulação da atmosfera e dos oceanos.

Diante desta catastrófica situação ambiental evidenciada por pesquisas do IPCC em conjunto com a Organização Meteorológica Mundial (WMO) e com o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), a Convenção do Clima, ocorrida em 1992 no Rio de Janeiro, reconheceu a influência do efeito estufa no aquecimento global e fez recomendações para que as emissões fossem reduzidas. Logo após a Convenção, o Protocolo de Quioto entrou em vigor.

O Protocolo de Quioto é um acordo entre os países que se comprometeram a diminuir em 5,2% suas emissões em relação ao ano de 1990 até o ano de 2012. O Protocolo negociou cotas de diminuição para os países desenvolvidos, sendo que os países em desenvolvimento ficaram isentos destas cotas. Além disso, os países desenvolvidos podem investir em reflorestamento e fontes de energia renovável nos países em desenvolvimento para que suas cotas sejam diminuídas.

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Entretanto, sabe-se que os EUA, o principal emissor de poluentes, não aderiu ao Protocolo. Além disso, para resolver o problema do aumento da temperatura global seria necessária uma diminuição de 60% das emissões e o Protocolo prevê apenas uma redução de 5.2%. Diante deste fato, o futuro do planeta fica incerto, enquanto a temperatura global continua a aumentar e os serem vivos continuam a sofrer as conseqüências deste aumento.

A Terra pode se tornar o 2º planeta do sistema solar

Mônica Araújoa e Jacqueline Silvanab

aAluna do curso de Sistemas de Informação. [email protected] do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

ão é mais tão difícil como no passado prever o que pode ocorrer com o nosso planeta nos próximos anos. A utilização de recursos naturais de maneira desmedida além de intervir na própria escassez, como é o caso do petróleo, proporciona danos aparentemente irreparáveis. A

visualização de tais mudanças no planeta está tão clara e impressionante que, podemos verificar no céu uma espessa camada acinzentada de gases poluentes que cobre principalmente as grandes metrópoles causando o aumento de doenças respiratórias, intensificando as já “naturais” chuvas ácidas que causam a degradação de monumentos históricos entre outras conseqüências não desejadas.

Tais mudanças no clima do planeta Terra instigam na população, ou pelo menos deveriam instigar, dúvidas quanto seu futuro, que poderá se tornar realmente aterrorizador. O efeito estufa, considerado como um dos grandes responsáveis pelo aquecimento global e por algumas catástrofes ambientais, nada mais é, quando em dose certa, uma ferramenta para manutenção da vida na Terra. Contribui mantendo a temperatura terrestre em uma faixa constante, e ocorre devido a grande camada de gases atmosféricos que envolvem a Terra como se fosse um cobertor, impedindo que parte do calor saia da atmosfera. Esta camada é naturalmente transparente a luz solar, porém não permite a reflexão total dos raios luminosos, ficando retidos no planeta cerca de 65% desta radiação, isto não seria possível se em nossa atmosfera não houvesse gases como dióxido de carbono (originado em boa parte pela queima de combustíveis fósseis), metano, óxidos de ozônio entre outros que são conhecidos como os gases do efeito estufa.

A vida moderna, que tornou indispensável a utilização de petróleo, gás natural e carvão desde a revolução industrial, custou muito ao planeta. A cada ano a concentração apenas do gás carbônico (CO2) sobe 0,4%, isto somado a outros fatores que contribuem com o aumento de outros gases que também são responsáveis pelo o efeito estufa. A ação de tais substâncias em quantidades elevadas pode deixar para a Terra o mesmo destino que o de Vênus, que tem sua atmosfera composta quase que somente por gás carbônico, provocando um elevado efeito estufa. Suas temperaturas na superfície são em torno de 462 ºC,

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além disto, a quantidade de CO2 descoberta em Vênus é muito próxima a da Terra, sendo que a diferença é que nosso CO2 está em sua maioria armazenado na água ou em rochas. Já o planeta vizinho teve praticamente todo CO2 eliminado para atmosfera devido a proximidade com o Sol. O fato de estarmos mais distantes desta estrela pode nos conferir uma maior segurança de que nosso destino seja diferente do de Vênus, mas uma vez que estamos tirando do subsolo toneladas de petróleo, queimando e lançando gases diretamente na atmosfera isso pode agravar consideravelmente o efeito estufa.

Um dos meios de prevenir que tragédias ocorram, como o processo contínuo de aquecimento global (que pode aumentar a temperatura terrestre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos) e outros desastres ambientais, está na colocação de acordos em vigor, como por exemplo o protocolo de Kyoto, que visa minimizar de forma gradual a emissão de agentes poluentes (CO2) na atmosfera. O grande problema é que os principais emissores de poluentes se recusam a assinar tais tipos de tratado. É desanimador, mas às vezes somos obrigados a presenciar o dinheiro tomando conta do lugar pertencente à consciência, e da forma mais egoísta possível. Um mundo que adora investir em novas descobertas e inovações deve antes de tudo modernizar seus mecanismos para preservar o que resta. Afinal, de que adiantará empresas com produções em velocidades extremas e lucros imensuráveis quando ao sair na rua tivermos medo do ambiente que veremos e a incerteza de que tudo estará no seu devido lugar? A esperança está na chance de mudar e reparar aos poucos os danos. Pois continuando como estão as coisas, infelizmente, chegará um dia em que o dinheiro não pagará as conseqüências destas ações mal controladas e discursos sobre progresso não convencerão ninguém e muito menos salvarão vidas. Para que o nosso planeta não se "torne" o segundo do sistema solar é necessário muito esforço, pois a preservação desta casa chamada Terra não é mais uma questão de vaidade é uma questão de sobrevivência.

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Rumo ao apogeu da ignorância*

Fernando do Nascimentoa e Paola de Camposb

aAluno do curso de Gerontologia. E- [email protected] do curso de Gerontologia. E- [email protected]

uanto mais o homem evolui, mais destruição ele causa. O homem moderno vive numa intensa busca por fontes de energia que atendam a sua necessidade. O desenvolvimento desenfreado de algumas nações aliado ao crescimento populacional contribuiu para que a tecnologia se

desenvolvesse de forma arbitrária transformando o que outrora fora tido com evolução em possível caminho para a desgraça.

A sociedade moderna necessita de altas quantidades de energia para sua manutenção, como conseqüência disso, o homem passou a consumir níveis elevadíssimos de matérias primas tais como: petróleo, para produção de combustíveis e madeira para produção de carvão. No princípio estas fontes eram empregadas sem nenhum critério, até porque não havia nenhum estudo referente ao impacto ambiental dos resíduos provenientes da utilização dessas fontes de energia.

Hoje, sabe-se que a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e as queimadas são os maiores responsáveis pela liberação e acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Com a evolução da tecnologia e a preocupação de alguns setores foi possível projetar e categorizar os possíveis efeitos que a produção maciça de gases tem sobre a vida do homem. Um problema muito preocupante é o “Efeito Estufa”, fenômeno relativamente natural, pois graças a ele o Sol consegue manter a temperatura da Terra em média de 15° C, o que possibilita a vida como a conhecemos.

Mas a constante emissão de gases como o CO2, CH4, SF6 entre outros compõe um grupo chamado gases de efeito estufa (GEE). Tais gases colaboram para que a atmosfera terrestre retenha mais calor aumentando a temperatura média do globo gerando conseqüências até pouco impensadas, dentre estas conseqüências, podemos citar algumas mais evidentes, tais como: o aumento do volume das águas oceânicas, o “deslocamento” de placas de gelo na Antártida, ambos causados pelo aumento da temperatura na Terra.

Seção

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Por volta do ano de 1860 a temperatura média do globo era de aproximadamente 14,5 graus Celsius, em uma medida realizada em 1990 a temperatura média havia se elevado a 15,5 graus Celsius. Tal aumento tem conseqüências catastróficas, por exemplo, na Antártida a população de pingüins vem sofrendo muito com a elevação da temperatura, o número de espécimes no continente diminuiu 33% nos últimos 25 anos. O krill, crustáceo base da cadeia alimentar nesta região e adaptado à vida em águas geladas não consegue lidar com mudanças sutis na temperatura da água oceânica, o que pode ocasionar escassez de alimento na região.

Medidas estão sendo tomadas para conter e até mesmo reverter este processo. Em 1992 na “Convenção do Clima”, 175 países elaboraram um projeto de redução de poluentes liberados na atmosfera, projeto este que culminou na criação do Protocolo de Kyoto.O protocolo sugere que para redução na produção de poluentes deve-se investir em “Energia Limpa”,tais como: energia de biomassa(vinda de compostos orgânicos), energia eólica, energia solar, e quem sabe no futuro a indústria automobilística , use a chamada “célula combustível”, que usa o hidrogênio para acionar os motores e cujo único resíduo liberado pelo escapamento dos carros é o vapor d’água.

Quando um país não consegue atingir sua meta de redução anual ele pode recorrer ao “comércio de cotas”, comprando a redução excedente de outros países, essa negociação se dá na “Bolsa do Clima”, que promete aquece o mercado financeiro do século XXI.

Kyoto propõe uma redução de 5% na emissão doa gases até 2012, porém isso não é suficiente para resolver o problema do “Efeito Estufa”, para isso seria necessária uma redução de cerca de 60%.

Somando a isso, têm-se países como os Estados Unidos que além de serem os maiores poluidores da atualidade, se negam a participar do Protocolo de Kyoto.

Em quantos graus a Terra terá de se aquecer para que percebam a gravidade do problema e se tomem alguma atitude definitiva? Quantas nações vão ter de ser engolidas pelo mar, quantas espécies serão extintas, até o homem perceber que o progresso não é necessariamente sinônimo de destruição?

Quem viver verá!

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

A energia que constrói destruindo

Ana Carolina de Oliveira Fornicolaa e Valéria Silva Rodriguesb

aAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

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bAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

planeta Terra sempre apresentou um clima instável, no entanto, com o desenvolvimento da ciência e, conseqüentemente da tecnologia, a qualidade da vida humana melhorou, embora gerando muitos impactos ambientais.

O homem necessita de energia para realizar todas as suas atividades. Antigamente, tal energia era retirada apenas dos alimentos, mas com todas as descobertas e evoluções que houve, com o passar do tempo o homem utilizou-se do fogo, tração animal, carvão, força das águas e do vento. Após a Revolução Industrial, começou a utilizar a máquina a vapor que, juntamente com as demais máquinas criadas, possibilitaram grande desenvolvimento e causaram poluição.

Dentre os inúmeros problemas trazidos pelas máquinas à sociedade, o principal é a intensificação das emissões de CO2 provocadas pela queima de combustíveis fósseis (carvão mineral, derivados do petróleo e gás natural, mais utilizados e conhecidos atualmente), geradores do efeito estufa. Os desmatamentos e queimadas também contribuem para essas emissões. No caso do Brasil, 77% do CO2 liberado têm sua origem nas queimadas.

Essas emissões causam inúmeras conseqüências como o aquecimento global, que provoca mudanças no clima e o conseqüente derretimento das calotas polares, elevação do nível dos oceanos, furacões, aumento do número de eventos climáticos extremos, ilhas de calor, inversão térmica, chuva ácida, problemas de saúde em humanos, dentre outros.

Para tentar solucionar esses problemas, algumas Conferências abordaram e estudaram esse tema, como por exemplo, a Convenção do Clima (1992), Conferência de Joanesburgo, o IPCC, a Conferência de Marrakesh (2001), etc. Dentre as Conferências realizadas, a mais importante foi em 1997, onde surgiu o Protocolo de Kyoto.

O Protocolo de Kyoto é um acordo feito entre países a fim de reduzir as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa. O acordo pode ser feito pela troca de emissões entre países desenvolvidos, pela implantação conjunta entre esses países e pelo mecanismo de desenvolvimento limpo, que inclui os países em desenvolvimento. Pelo Protocolo, esses países devem reduzir suas emissões em até 5,2% até o ano de 2012.

Os EUA é o país que mais polui, consumindo 35% da energia mundial. Sozinho, emite 25% dos gases do efeito estufa. Para não afetar sua economia, resolveu não participar do protocolo, mas sem sua participação a implantação do acordo não é tão eficaz.

A Energia é muito importante para o homem, no entanto, devemos utilizá-la de forma racional e eficiente para que assim não comprometamos ainda mais o meio ambiente e o clima global. É necessário haver uma redução do nível de CO2 na atmosfera através do uso mais eficiente de energia, criando tecnologia de energias novas e utilizando fontes renováveis, como a biomassa, solar, eólica, geotérmica e hidrelétrica, além de reflorestamento.

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Dessa forma, talvez a temperatura do planeta não oscile tanto, o meioambiente não fique tão degradado e as gerações futuras tão comprometidas.

Revolução energética ameaça a vida humana

Rafael Velôzo Furtadoa e Rodrigo Castellib

aAluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]

desenvolvimento tecnológico proporcionou a utilização de novas fontes de energia, dessa maneira tornou-se mais simples a manutenção da vida humana.

O homem antigo obtinha energia através dos vegetais (como forma de alimento) e do fogo. Muito tempo depois, a máquina a vapor ganhou espaço, sendo posteriormente substituída pelo motor a combustão. Em termos de comparação, o consumo do homem primitivo, e os danos ambientais causados pelo homem também são maiores.

Com a revolução industrial no século XVIII, iniciou-se a queima maciça de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e seus derivados) emitindo-se poluentes, como óxidos de enxofre, nitrogênio e carbono, entre outros, vistos com facilidade no dia a dia, lançados pelas chaminés de industrias e escapamentos de carros, ônibus e caminhões. Esses poluentes podem ocasionar doenças respiratórias, irritação nos olhos, tonturas e dores de cabeça. Os óxidos de enxofre são responsáveis pela ocorrência da chuva ácida causadora da diminuição do PH do solo e das águas de rios e lagos levando a morte de plantas e animais. A construção de obras para aumentar a potência energética, como usinas hidrelétricas, acarreta problemas ambientais em virtude das áreas inundadas. Usinas nucleares têm problemas com a disposição do lixo atômico e o aumento dos gases estufa causam alterações globais.

O elevado aumento do gás dióxido de carbono e metano (gases estufa) dá origem ao fenômeno denominado efeito estufa. A existência da vida na terra só é possível devido à atmosfera e seus gases estufa que atuam como estabilizadores contra mudanças abruptas na temperatura.

Estudos de cunho científico, realizados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), apontaram resultados que dizem respeito às conseqüências do efeito estufa, sendo as principais: aumento da temperatura da terra desde o fim do século XIX, elevação do nível dos oceanos, aumento da precipitação das chuvas em muitas regiões, diminuição das coberturas de neve e gelo sobre os continentes, mudanças no padrão de circulação da atmosfera e oceanos, e aumento dos eventos climáticos extremos. Tais fatos geraram a necessidade da criação do Protocolo de Quioto. Esse protocolo determina que deveriam ser reduzidas as emissões de gases poluentes. Entretanto, não se

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tratam apenas de questões ambientais, relacionam-se assuntos de âmbito político e econômico.

“Protocolo de Quioto prevê a formação de um mercado internacional em que o seqüestro de carbono, promovido pelo crescimento de florestas, pode ser transformado em títulos negociáveis entre governo e empresas dos países significativos, entre os quais está o Brasil” (Fonseca, Sérgio Mattos e Drummond, José Augusto. Reflorestamento de Mananciais, set/dez 2003, vol 10 Nº 3, P.1071-1081-JSSN.0104-5970).

Os países em desenvolvimento ficaram isentos de reduzir suas taxas de poluição, pois necessitam crescer e desenvolver, e também por não contribuído muito para as emissões no passado. Já os países desenvolvidos, teriam que reduzir em até 8% a emissão de poluentes em relação a 1990. Desse modo os Estados Unidos da América não ratificaram o protocolo, pois implicaria questões político-econômicas. Para diminuir a taxa de poluentes, muitos recursos teriam de ser implantados em fábricas/industrias, além de minimizar a produção, resultando-se em menor ganho capital. Todavia, ocorre à disputa por mercados mundiais, e no caso, provavelmente, a atual potência perderia fonte de renda e conseqüentemente poderia desestabilizar o ambiente político interno do país. E da mesma maneira ocorrem choques políticos entre os países que concordam e não concordam com o protocolo.

Analisada historicamente, é nítida a relação entre as modificações tecnológicas promovidas pelo homem, objetivando melhores feitos, com melhores qualidades em um menor período, através do aperfeiçoamento energético de produção. Entretanto, os meios de utilização geraram e geram impactos ambientais que colocam em cheque a permanência do homem na terra.

Ciência: conseqüências e fins

Larissa Soldate Correiaa e Luciene Kobayashi Oyafusob

aAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

Ciência Pura (ou somente Ciência) é responsável pelo aumento do conhecimento humano, através da observação e da experimentação dos fenômenos naturais. A utilização desse conhecimento científico com o intuito de solucionar problemas que afligem a humanidade é

denominada tecnologia ou ciência aplicada. A tecnologia e a ciência são totalmente interdependentes, já que o estudo científico leva a descobertas tecnológicas que por sua vez permitem o aprimoramento da ciência. A ciência, por ser neutra, é sempre benéfica, já a tecnologia, pode ou não ser, depende para que fim é utilizada. Por exemplo, a tecnologia que proporcionou o

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desenvolvimento da energia nuclear pode ser usada tanto para fins bélicos, como para a geração de energia elétrica.

Os estudos científicos, o desenvolvimento tecnológico e o crescimento populacional foram responsáveis pelo aumento da energia consumida pelo ser humano e pelo aprimoramento das técnicas utilizadas para obtenção dessa energia. O homem primitivo usava apensa a energia do fogo e dos alimentos que consumia; já o homem agrícola usava a energia da tração animal e, posteriormente, a força da água e do vento, o carvão e o transporte animal; após a Revolução Industrial a energia das máquinas a vapor passou a ser utilizada.

No século XIX essa energia também passou a ser obtida através do carvão, do uso de motores a explosão, do petróleo e da eletricidade (usinas hidrelétricas e termelétricas), levando, assim, ao aumento do consumo de energia no mundo em uma escala de 100 vezes, quando comparada ao homem primitivo. A utilização em larga escala e de maneira indevida dessas fontes de energia causa diversos problemas ambientais, além de proporcionar em longo prazo o esgotamento de algumas dessas fontes.

Na Idade Média a maior parte da energia consumida provinha da queima da madeira, levando à destruição de diversas florestas. Nos dias atuais, os problemas se agravaram, o uso de combustíveis fósseis libera gases, como o monóxido de carbono e óxidos de enxofre e nitrogênio, que prejudicam a qualidade do ar, causando o aumento das doenças e mortes prematuras. Além de causar danos ao meio ambiente, destruindo plantações, deformando esculturas e monumentos históricos, e levando ao agravamento do efeito estufa devido à acidificação causada por esses gases.

A queima desses combustíveis fósseis, utilizada para abastecer veículos e gerar energia, e o desmatamento das florestas, produzem grandes quantidades de gases que se acumulam na atmosfera e funcionam como cobertores, aquecendo o planeta e impedindo que a radiação solar absorvida pelo mesmo ultrapasse esses gases, resultando no efeito estufa. Mas ao contrário do que se pensa, o efeito estufa não é um fator prejudicial para a vida na Terra. É justamente ele que permite que a temperatura do planeta não se altere bruscamente, permitindo a existência da vida. Mas a acumulação dos gases de forma excessiva é que gera várias alterações no meio ambiente, como o aumento das temperaturas globais, provocando as mudanças climáticas.

Com o intuito de minimizar os problemas gerados pelo aquecimento global, foi adotado no dia 11 de dezembro de 1997, o Protocolo de Quioto, um tratado ambiental que visa a diminuição da emissão de gases geradores do efeito estufa. Os países signatários foram divididos em dois grupos: os desenvolvidos, que deveriam reduzir a emissão dos gases em 5,2% até 2012, em relação às emissões em 1990, e os que estão em processo de desenvolvimento, que foram envolvidos no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Através do MDL, os países em desenvolvimento podem utilizar projetos de desenvolvimento sustentável (esses projetos podem incluir sumidouros, que absorvem carbono, como florestamento e reflorestamento, e projetos ambientalmente otimizados, substituindo fontes de energia por

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alternativas mais limpas) em países em desenvolvimento para atingir parte dos seus compromissos de redução.

A solução para evitar o agravamento do efeito estufa seria reduzir a emissão dos gases que provocam o problema, utilizando fontes renováveis de energia (eólica, solar, biomassa, etc) e recapturar esses gases que são emitidos, investindo no reflorestamento, por exemplo.

A adoção de algumas medidas visando a preservação do planeta podem ser caras, porém não são tão elevadas quanto os gastos necessários para reparação dos danos causados pela emissão de gases poluentes. Se todos os países colaborassem e essas metas fossem atingidas, o desenvolvimento sustentável seria alcançado e o meio ambiente preservado.

Previsão do tempo*

Carolina Carpinelli Caetanoa e Fernanda da Fonseca Lopesb

aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.E- [email protected]

abendo ou não todos nós estamos envolvidos com o futuro do planeta. Pesquisas e estudos ajudam a fazer uma previsão das destruições que são responsabilidade dos homens. Na raiz de toda essa destruição está o aumento populacional conseqüência direta do aperfeiçoamento da

ciência e da tecnologia, principalmente após as Revoluções Industriais.

Um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) evidenciou as influências do homem e de gases provocadores do efeito estufa no aumento da temperatura global.

Algumas das causas do possível aumento da temperatura terrestre são: o desmatamento e a tão conhecida poluição causada pelas indústrias. Existem várias conseqüências – evidenciadas pelo IPCC – do aumento da temperatura, tais como: elevação do nível do mar, possível alteração das correntes marítimas, ampliação das áreas de ocorrência de doenças tropicais, entre outras. Uma das maneiras de se reduzir as emissões é a utilização das fontes de energia renováveis. Nesse caso somos um país privilegiado, pois grande parte da energia utilizada no Brasil é renovável.

O uso da energia hidráulica é grande, mas nos coloca dependentes e reféns do clima, afinal as alternâncias climáticas causam mudanças no regime de chuvas e no nível pluvial. As hidroelétricas contribuem para o controle das emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa. Já o uso da energia fóssil (petróleo, carvão, gás natural, etc...) é uma das causas do aumento desses gases, que seria o principal problema e a conseqüência direta do aumento do consumo energético.

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Para amenizar todos esses problemas citados foi criado o Protocolo de Kyoto, após a Convenção do Clima, que reconheceu os problemas climáticos vividosatual e futuramente – coisa que vários paises não reconheceram até hoje. Ele prevê uma redução nas emissões de gases até 2012. Algumas das propostas seriam substituir a energia fóssil por energia limpa e o famoso “crédito de carbono”. Os EUA teriam que reduzir em 2,5% suas emissões – mais do que um quarto da meta mundial. Como sempre é dito o país não aderiu ao Protocolo, alegando que o acordo não será eficaz e que as metas não são realistas.

Pensando pelo lado político-social é triste e impressionante como ninguém imaginava que as mudanças climáticas afetariam mais os paises em desenvolvimento, já que eles são os que menos contribuem para tudo isso.

Mais uma vez a ciência e a tecnologia terão que reverter esse quadro formado por elas, gerando respostas para a redução dos problemas climáticos. O assunto é complexo e contraditório, e o que resta à população é esperar e cobrar atitudes dos governantes, das indústrias, empresas e/ou órgãos responsáveis. Temos que reconhecer que nós somos parte do meio ambiente, e não dominadores.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

Socorro ao planeta Terra

Adriana Sassaron Fornazieroa e Diana Tiemi Yamamotob

aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

om o passar do tempo, o desenvolvimento da Ciência e o aprofundamento da Tecnologia trouxeram amplas conseqüências maléficas e benéficas para a humanidade, estando, portanto, uma ligada a outra, sendo impossível falar de uma sem citar a outra.

Uma conseqüência direta do conhecimento científico e tecnológico é o crescimento descontrolado e exacerbado da população devido a descoberta das causas das principais doenças que afligem a humanidade, permitindo eliminá-las ou reduzi-las, ao mesmo tempo que proporcionou o aumento em larga escala da produção de alimentos.

O maior problema enfrentado na atualidade devido a esses avanços é a poluição gerada por gases liberados por automóveis, queimadas, indústrias e até mesmo através da eructação de rebanhos bovinos, além de alguns lixos não degenerados pela natureza como os hidrocarbonetos sintéticos.

Entre os gases mais maléficos pode-se citar o dióxido de carbono (CO2), o maior responsável pelo efeito estufa, ocasionando dentre outras coisas o

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aquecimento global. Uma de suas conseqüências seriam as mudanças climáticas.

Essas mudanças climáticas (como o aumento de temperatura) poderão causar vários danos ao planeta como a perda de um elevado número da biodiversidade e o derretimento das geleiras que com o aumento do nível do mar afetará as regiões costeiras e fazendo com que algumas ilhas possam desaparecer.

Devido ao excesso de gases poluentes na atmosfera, algumas providências foram tomadas como a utilização de recursos renováveis. O Brasil é um dos paises que mais utilizam desses recursos, através de projetos como o pró-álcool e a utilização de GNV (Gás Natural Veicular) na substituição da gasolina.

Uma outra solução de suma importância é o Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, o qual prevê medidas globais para a redução de emissão de gases do efeito estufa para os países desenvolvidos. Porém, o país que mais emite CO2 se recusou a entrar para esse projeto, que são os EUA.

Portanto, o nosso planeta pede socorro. Será que podemos salvá-lo? Só quem é capaz de fazê-lo é a própria humanidade, utilizando a ciências e a tecnologia com muita sabedoria, gerando conseqüências benéficas para nossos futuros descentes.

Tecnologia a serviço do meio ambiente*

Fernanda Barbosa Ferreiraa e Poliana Karla Dantas Araújob

aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] do curso de Gerontologia. E- [email protected]

ovas tecnologias são criadas a partir do aprimoramento dos conhecimentos científicos. Juntos, conhecimento científico e tecnológico, levam ao aumento da população e da produção de alimentos. Assim, ocorre o esgotamento ou a carência de recursos

naturais.

As mudanças climáticas são fortemente influenciadas pelos seres humanos, que criam as usinas térmicas e os motores a explosão com base nos seus conhecimentos adquiridos pela observação e experimentação, e os aplicam em forma de tecnologia.

O aquecimento global é um exemplo do uso contínuo dos recursos naturais pelos Homens. Este uso aumenta à medida que a população cresce, pois há maior necessidade de alimentos, água, eletricidade, automóveis, terrenos para construção de residências, entre outras coisas.

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O efeito estufa, que é um fenômeno que possui como principal componente o gás carbônico, que apresenta a propriedade de capturar e armazenar calor, atua como um cobertor térmico impedindo o esfriamento da Terra. Mas a ação antrópica lança desordenadamente na atmosfera os gases de efeito estufa dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, e isto tem gerado mudanças no clima, como o aquecimento global, trazendo conseqüências como a lenta elevação do nível dos mares, a possível alteração nas correntes marítimas, o aumento da temperatura dos oceanos, a ampliação das áreas de ocorrência de doenças tropicais, e eventos climáticos extremos. As mudanças climáticas são temas de muitas convenções, dentre as quais pode-se citar a Convenção do Clima, em que foi adotado o Protocolo de Kyoto.

O Protocolo possui metas e calendários para que os países industrializados reduzam as emissões em um prazo entre 2008 e 2012. Foi criado um mecanismo cooperativo que envolve países em desenvolvimento, chamado MDL (mecanismo de desenvolvimento limpo), este mecanismo cria a possibilidade de países desenvolvidos patrocinarem projetos de redução e captura dos GEE (gases do efeito estufa) em países em desenvolvimento, cumprindo, assim, parte de seus compromissos.

O Brasil é um país exemplar na questão das propostas, da criação de tecnologias, e apresenta vantagens para adotar estratégias de desenvolvimento sustentável. Foi o primeiro a desenvolver uma rede coletora de gás metano no aterro sanitário de Nova Iguaçu (RJ) dentro das regras do Protocolo de Kyoto.

O secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, José Goldemberg, afirma que 40% da matriz energética do Brasil provêm de fontes renováveis, pois há grande produção de energia elétrica de origem hídrica. Com a entrada dos motores flex-fuel no mercado, mais de 40% da gasolina brasileira cedeu lugar ao álcool de cana-de-açúcar, que também é renovável. Atualmente, ocorre um novo estudo global sobre energia e sustentabilidade. Nesse contexto, Goldemberg apresentará nos Estados Unidos alguns trabalhos que estão sendo desenvolvidos em São Paulo, e demonstrará que importação de álcool pelos Estados Unidos e Europa ajudará a reduzir as emissões de carbono nesses países, contribuindo para o cumprimento das metas criadas pelo Protocolo de Kyoto.

O potencial do Brasil em biomassa, por exemplo, poderia levá-lo a exportar este tipo de energia, que é gerada por compostos orgânicos, como biodiesel e cana-de-açúcar. Com relação ao biodiesel, o Brasil desenvolveu, recentemente, o H-Bio-Diesel, que passa por um processo de refino que utiliza óleo vegetal como insumo para obtenção de óleo vegetal e óleo mineral. Não são gerados resíduos, e há diminuição do percentual de enxofre na composição do óleo diesel. A diminuição, ou a estabilização do processo de mudanças climáticas poderá ocorrer a partir do momento em que Ciência, tecnologia, política, economia e sociedade unirem forças em prol de um mundo melhor. Faz-se necessária, portanto, a ação conjunta dos diversos segmentos da vida pública e privada para que haja reciclagem do lixo, uso racional da água, investimentos em energia limpa e desenvolvimento sustentável.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

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Calor à vista: o que vem ocorrendo com o nosso planeta

Agatha Cristinea e Patrícia Yokomizob

aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.E- [email protected] do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected]

o longo de muitos anos viemos percebendo grandes evoluções e progressos da ciência em conjunto com a tecnologia em diversos âmbitos. A observação e a experiência aumentam o conhecimento humano e, quando aplicadas à tecnologia, podem ajudar a solucionar

muitos problemas e facilitar as atividades do homem. Entretanto, há de se levar em conta que muitas dessas evoluções têm gerado diversos problemas ambientais. Muitas vezes o homem não soube usar da tecnologia adequada.

Devido ao avanço tecnológico foi possível aumentar a produção de alimentos e erradicar doenças, levando ao crescimento da população mundial. Com essa explosão demográfica foi necessário criar meios de produção de energia, transporte, dentre outros, para tentar suprir as necessidades humanas.

As fontes de energia, muito necessárias para o desenvolvimento humano, foram sendo modificadas com o passar do tempo e seu consumo é cada vez maior. Na Idade Média, a energia provinha da madeira, que alimentava os fornos e destruía diversas florestas. Com a Revolução Industrial surge o uso do carvão nas fábricas, que aumentava a potência das máquinas e a produção, uma medida usada para atender a demanda necessária da população, mas que polui o ambiente com a emissão de substâncias poluentes.

Atualmente, podemos ver o uso de motores a explosão, uso maciço de petróleo e seus derivados e a eletricidade, gerado por usinas hidrelétricas e termoelétricas. No caso das usinas hidrelétricas, devastação de áreas, que desapropriam o solo para a agricultura e prejudicam a fauna e flora com grandes áreas inundadas. Pode-se citar também as usinas nucleares, que aumentam a disposição de lixo nuclear, que é de difícil reciclagem e pode causar desastres e danos a saúde.

Há também grande poluição gerada com a eliminação de substâncias, sendo um muito conhecido CO2 (dióxido de carbono), eliminado na combustão de petróleo. Ele é um dos compostos responsáveis pelo efeito-estufa.

O efeito estufa pode trazer várias conseqüências ao longo dos anos. A principal é o aquecimento global, que pode vir a aumentar a temperatura da Terra em cerca de 2ºC, mas essa variação pode ser relativa a cada região, podendo chegar a mais de 4ºC. Com isso ocorrem graves mudanças climáticas, como o derretimento das geleiras (devido ao aquecimento do planeta) e na

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quantidade e composição da chuva (que pode aumentar ou diminuir, conforme a temperatura, agravando secas ou causando enchentes).

Com essas mudanças podem ocorrer transformações na biodiversidade da Terra, como extinção de certos animais e plantas, modificando a época de migração e relações ecológicas. Doenças como a malária e a dengue, restritas aos países tropicais, podem se espalhar pelo globo.

“A crise nos mostra a necessidade de buscarmos uma gestão mais adequada para o crescimento da demanda interna e mudanças na nossa matriz energética, com fontes alternativas, particularmente o biocombustível. A importância do biodisel, do etanol, e da bioenergia se torna cada vez mais clara no mundo e no Brasil, em razão da crise e discussões na Bolívia”, disse José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás. Ele ainda ressalta que o mundo precisa saber conciliar o problema de segurança energética com as mudanças climáticas e seus efeitos no meio ambiente.

Novas fontes de energia seriam mais baratas e poderiam gerar empregos. Como vantagem, podem ser aproveitadas de formas descentralizada, conforme as potencialidades e particularidades de cada região e de acordo com as necessidade e capacidades das comunidades.

O Protocolo de Kyoto tem como meta a diminuição da emissão de dióxido de carbono. O Principal problema que esse tratado enfrenta é a não-participação de certos países, como exemplo os Estados Unidos, que emite cerca de 25% do CO2 mundial, mas não cumpre as metas por não querer comprometer sua produção.

Talvez com a comodidade proporcionada pela tecnologia, as pessoas deixaram de se preocupar com os outros fatores importantes, como a preservação do meio em que vivemos. Podemos ver ainda que a relação energia e mudanças climáticas influi também em outras questões além da proteção ao meio ambiente, como a luta contra a pobreza, fome, seca (devido ao aquecimento global), guerras (pelas fontes de energia), etc.

É preciso que a população tenha consciência dos fatores que afetam o meio ambiente, para que incentivem a criação dos meios de preservação, não implicando numa mudança que afete o planeta e, conseqüentemente, o homem. Tudo isso envolve o conhecimento da ciência e a tecnologia para melhorar o meio em que vivemos, tornando possível uma verdadeira evolução: um ambiente mais limpo e conservado.

Meio ambiente: o despertar da fúria climática

Camila Sayuri Ishikawaa e Michel Guedis Farahb

aAluna do curso de Lazer e Turismo E- [email protected] do curso de Lazer e Turismo [email protected]

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ais da metade da energia consumida no mundo vem de fontes poluentes, considerando que cerca de 80% dessa energia é produzida de combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e gás natural.

Os combustíveis fósseis não são fontes renováveis, ou seja, demoram milhões de anos para serem produzidos pela natureza, e no ritmo que estão sendo utilizados, evidentemente irão se esgotar nas próximas décadas ou séculos.

Tal fonte de energia passou a ser amplamente utilizada durante a Revolução Industrial, no século XVIII, em que as máquinas exigiam tal energia para estarem funcionando; posteriormente outros mecanismos e meios de transporte foram desenvolvidos alicerçados em tal energia. Entretanto, a queima de combustíveis fósseis libera excessivos poluentes, como o dióxido de carbono, considerado oprincipal causador do agravamento do fenômeno denominado efeito estufa.

O efeito estufa é um fenômeno natural, fundamental para a vida na Terra, já que consiste na retenção de calor irradiado pela superfície terrestre, garantindo, assim, a manutenção do equilíbrio térmico do planeta. Todavia, o desequilíbrio da composição atmosférica, provocado pela crescente elevação da concentração de determinados poluentes, que têm a capacidade de absorver o calor, como o dióxido de carbono, tem promovido um elevado aquecimento global. Este é um problema ambiental tão sério que levou à implantação do Protocolo de Kioto, uma das principais conseqüências da Rio-92 (ou Eco-92).

A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), realizada em 1992, no Rio de Janeiro, reuniu chefes de Estado da maioria dos países do mundo, cujo objetivo fundamental era tentar minimizar os impactos ambientais, garantindo, assim, o futuro das próximas gerações. Para atingir tal fim, foram elaboradas duas convenções, uma sobre a biodiversidade, e a outra sobre as mudanças climáticas.

A Convenção sobre Mudanças Climáticas, em vigor desde 1994, estabeleceu várias medidas para diminuir a emissão de poluentes, com o objetivo de impedir a destruição da camada de ozônio, o agravamento do efeito estufa, etc. Nessa convenção, foram construídas as bases do Protocolo de Kioto, cujo objetivo é diminuir a quantidade de gases que contribuem para aumentar o efeito estufa, responsável pelo aquecimento global. O Protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005, após a adesão da Federação Russa, isso porque as regras do tratado estabeleciam que, para que o protocolo entrasse em vigor, teria de receber a adesão de países responsáveis por pelo menos 55% das emissões globais dos gases do efeito estufa. O acordo estipula que entre, 2008 e 2012, os países industrializados signatários (países do anexo I), serão obrigados a reduzir em média 5,2% de seus poluentes atmosféricos, especialmente o dióxido de carbono.

Estudos científicos foram e estão sendo desenvolvidos para explicar as mudanças climáticas. A melhor informação disponível sobre mudança climática é a avaliação científica do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC –Intergovernmental Pannel on Climate Change), com o objetivo de fornecer informações científicas, técnicas e sócio-econômicas relacionas às mudanças climáticas globais.

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Os relatórios do IPCC tiveram uma enorme influência na adoção do Protocolo de Kioto. No último relatório, lançado em 2001, estabeleceu evidências mais fortes da influência humana – através, principalmente, da queima de combustíveis fósseis, para adquirir energia – no clima global, sendo provável que o aumento das concentrações de gases do efeito estufa contribua substancialmente para o aquecimento global nos últimos anos.

Segundo um artigo publicado pela revista científica Nature assinala que a elevação de temperatura registrada nas últimas três décadas pode já estar causando cerca de 150 mil mortes anualmente, por elevar a mortalidade por doenças respiratórias e cardíacas. Além disso, segundo Thomas Lewinson, ecólogo da Unicamp, as mudanças climáticas podem aumentar a distribuição geográfica de insetos como os transmissores da dengue, da febre amarela e da malária e levar doenças tropicais para os países de regiões temperadas. Afetando, assim, diretamente a sobrevivência da humanidade.

Também na Nature, publicou-se um estudo realizado por 19 pesquisadores, prevendo três cenários preocupantes para daqui a 50 anos, em conseqüência do aumento de temperatura média global. No melhor dos três, correm risco de extinção iminente de 900 mil a 1,8 milhão de espécies de plantas e animais terrestres, se a temperatura subir apenas de 0,8 a 1,7ºC e a concentração de dióxido de carbono na atmosfera elevar-se 30%.

Além disso, segundo pesquisas do conceituado Instituto Max Planck, da Alemanha, admite-se que uma duplicação de concentração de dióxido de carbono na atmosfera possa provocar um aumento médio de 3ºC na temperatura terrestre, o que elevaria em uns 20 cm, em média, o nível dos oceanos, resultado do degelo das calotas polares. Uma elevação dos oceanos, ainda que de poucos centímetros, seria suficiente para causar grandes transtornos econômicos e sociais nas cidades litorâneas.

Mudar esse quadro é um desafio urgente da humanidade para que no futuro seja possível sobreviver com qualidade de vida. Para tanto, mostra-se necessário promover incentivos a projetos que visem diminuir tais impactos climáticos, como o aumento da utilização de energias renováveis, que incluem a biomassa, eólica, geotérmica e solar que permitem emissões nulas de gases do efeito estufa. Também se podem citar outras iniciativas, como a usina elétrica movida à biomassa, no Rio Grande do Sul, em que a energia é gerada a partir da queima da casca do arroz. Há também projetos de aproveitamento do gás metano liberado por lixões, em que tal gás é canalizado para gerar energia. Além disso, necessita-se de uma maior introdução de sistemas de comércio de emissões, os créditos de carbono (certificados que países em desenvolvimento podem emitir aos países industrializados - que não conseguem ou não desejam reduzir as suas emissões internamente - para cada tonelada de gases do efeito estufa que deixem de ser emitida ou que sejam retiradas da atmosfera).

Apesar dessas iniciativas deterem altos custos e dificuldades sociais, políticas de serem implantadas, esse parece ser o único caminho para o futuro. Enfim, lidar com as mudanças climáticas exige uma indispensável conscientização e esforço global.

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A Terra em fila de espera

Maíra Bittencourta e Milena M. Fujishitab

aAluna do curso de Obstetrícia. [email protected] do curso de Obstetrícia. [email protected]

ocê sabia que quanto mais a tecnologia avança para melhorar a nossa qualidade de vida, maior é a possibilidade de devastação da vida no planeta?

Desde a primeira revolução industrial, o capitalismo avançou e junto dele a tecnologia e a ciência.

Foram desenvolvidos máquinas que funcionavam com a queima de carvão mineral, carros com motores à explosão, utilizando combustíveis fósseis.

Com o uso exarcebado dessas tecnologias, a emissão de gases poluidores aumentou gradativamente ao longo dos últimos séculos e conseqüentemente prejudicando a camada de ozônio.

Esse desequilíbrio está gerando o famoso “efeito estufa”, que atualmente é pauta de discussões nacionais e internacionais, já que acarreta em sérias conseqüências para o clima do planeta. Assim, os dias quentes estão mais quentes e os frios estão mais frios.

Estes dados se confirmam pelo último relatório feito pelo IPCC (Painel intergovernamental sobre mudanças climáticas): “A temperatura média da superfície terrestre aumentou desde o fim do século XIX, a década de 90 foi a mais quente do século XX e o ano de 1998 o mais quente do século.”

Essa previsão de total desequilíbrio climático, gerou nestes últimos 8 anos o Protocolo de Kyoto que visa acordos entre países para a diminuição da emissão desses gases (CO2 e CH4) e gradativamente o uso de energias alternativas e/ou renováveis (energia solar, eólica, solar...).

Infelizmente o estreito olhar focado nos índices de desenvolvimento econômico nem sempre se sensibilizam para o cuidado, respeito e responsabilidade em relação ao planeta e sua biodiversidade.

Como exemplo temos o boicote dos EUA, um dos maiores emissores de gases poluentes e que continua a aumentar a emissão destes, negou as evidencias cientificas que apontam para urgências de mudanças de conduta e não ratificou o protocolo.

Precisamos retomar princípios éticos e justos, encontrar formas de pressionar os governos e as autoridades empresariais para mudança necessária de conduta em relação ao uso de energia.

O planeta Terra é a nossa única casa, a nossa única fonte de existência, somos inquilinos e não donos, não podemos ficar inertes esperando o dia em que o sistema contemporâneo se dará conta disso. A terra não nos espera, se é isso o que alguns podem acreditar, ela age segundo suas próprias regras de ação e

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reação, segundo sua própria dinâmica possibilitando a permanência ou não da vida.

A crise climática que ultrapassa séculos

Gabriela Amália Pinheiroa e Mylena N. Ernandes Caldeirab

aAluna do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] do curso de Lazer e Turismo. [email protected]

tecnologia, combinada com a ciência, estabelece muitas implicações sobre o meio ambiente. E dentre os problemas ambientais mais citados atualmente (presentes na mídia, em congressos, em palestras), está a mudança climática. Sabe-se que o clima de nosso planeta

nunca foi estável, ele sempre variou ao longo do tempo (resfriando e aquecendo), porém com mais intensidade no que diz respeito ao aquecimento global, o qual vem aumentando significativamente nas ultimas décadas.

Muitos dos fenômenos ocorridos no mundo são, na sua maioria, conseqüências do aquecimento global, que é resultado do aumento de gases específicos – principalmente o CO2, o qual provoca o efeito estufa.. Como causas desse aquecimento teremos também a lenta elevação do nível dos mares devido ao degelo, e possível alteração das correntes marinhas. Contudo, há exceções: é preciso ter uma “certeza cientifica” de que alguns fenômenos (como o ciclone Catarina que afetou o Brasil em 2004) são resultados ou não do aquecimento global, por exemplo.

Desde tempos remotos o homem colaborou para o aumento da poluição, mas principalmente na era industrial, teve seu auge e, desde então a queima de combustíveis fósseis não renováveis (como carvão e derivados do petróleo) e o maior controle do uso de energia contida neles, por parte do homem, determinaram transformações econômicas, sociais e ambientais. Esses fatos trazem como conseqüência o aumento da contaminação do ar por gases e materiais resultantes de tal queima. Assim, o problema da mudança climática global está intimamente ligado com a intensificação do efeito estufa e esta, relacionada com o aumento da emissão de gases específicos, que aprisionam o calor como é o caso do CO2.

A partir de estudos do IPCC (painel intergovernamental sobre mudanças climáticas) o homem também interfere no funcionamento do sistema climático. Os relatórios do IPCC influenciaram nas atividades dos governos de certos países e levaram à adoção do Protocolo de Kyoto (1997), o qual foi conseqüência da Convenção do Clima, aprovada em 1992 na Conferencia do Rio (Eco 92).

A Convenção do Clima deu importância aos efeitos catastróficos atribuídos à problemática da influência do efeito estufa no clima. Esta Convenção também fez recomendações gerais para reduzir a emissão de gases causadores de tal efeito; o

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Protocolo de Kyoto deu formas à ela quando estabeleceu limites para as emissões e uma relação de datas para que ocorressem. Desse modo, as emissões deverão ser reduzidas em 5,2% até 2012, em relação ao ano de 1990.

O Protocolo apresenta quatro mecanismos para reduzir as emissões, os países industrializados utilizam-se de três deles e são: a implementação conjunta, o comércio de emissões e uso de “bolhas” de emissões. Os países emergentes ficaram isentos do cumprimento das metas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto, alegando que além da necessidade que estes têm de crescer e se desenvolver, os mesmos não eram os principais responsáveis pelas antigas emissões. Para estes países criou-se o MDL (mecanismo de Desenvolvimento Limpo), sugerido pelo Brasil, no qual “reduções de emissões resultantes de projetos de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento, podem ser usadas por paises desenvolvidos para atingir parte de seus compromissos de redução”, afirmou José Goldemberg – secretário do meio ambiente, no livro “Meio Ambiente no século XXI”.

Há várias maneiras de se diminuir este problema com a utilização com a utilização de fontes de energia renováveis - solar e eólica e a implantação dessas fontes foi apoiada na Conferência de Joanesburgo. Os custos para a adoção imediata de energias renováveis são muito altos, mas não tão altos se comparados aos custos para prover os efeitos catastróficos no meio ambiente causados por combustíveis fósseis.

Algumas indústrias e companhias petrolíferas, como a Shell, estão modificando suas atividades para incluir energias renováveis em suas rotinas, principalmente a eólica e a fotovoltaica. Já na indústria automobilística há a implantação de baterias solares ou células de combustível utilizando hidrogênio, que não produzem poluentes. Essas formas de energias alternativas deixam de ser meramente pesquisas e passam a competir com as formas convencionais de energia.

De fato, podemos dizer e atentar à população de que a mudança climática exemplifica claramente a confusa relação entre tecnologia, energia, sociedade, economia e seus impactos sobre o meio ambiente. Por muitos motivos, a mudança climática é um dos mais sérios problemas ambientais que foi além dos limites do século passado, perdurando até os dias atuais, e o combate à suas causas é extremamente complexo, envolvendo questões políticas e econômicas.

Toda ação tem uma reação

Cristiane Pereira Barrosa e Danyelle Ferreira Fariasb

aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

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planeta terra está passando por algumas mudanças causadas pelo acréscimo nos níveis de gases de efeito estufa na atmosfera. Essas mudanças atingem os mais variados setores, como o meio-ambiente, a ciência, a tecnologia e até mesmo a políticas

internacional.A razão principal, o que gerou inicialmente todas essas mudanças, em uma análise mais profunda foi a Ciência. A ciência, quando dita “pura” busca entender e explicar os fenômenos que nos cerca, através da observação e da experimentação. Quando esses conhecimentos são usados buscando solucionar problemas ‘humanos’, essa ciência é chamada de aplicada ou apenas tecnologia. O avanço dessa trouxe melhores condições para a sobrevivência humana, descobrindo a cura e a prevenção para doenças que antes matavam milhares de pessoas, e também trouxe o avanço industrial com, por exemplo, o advento da máquina a vapor. O carvão era a tecnologia usada na época. Não foi a primeira vez que a descoberta de novas fontes de energia auxiliou no crescimento social e por que não capitalista do homem. Cada fase vivida foi marcada por uma fonte energética diferente.Aquelas pessoas que antes tinham filhos que morriam ainda crianças ou jovens, com tais avanços, não morrem mais. Seguindo a tendência, iniciou-se uma explosão demográfica mundial. Assim sendo, quanto mais pessoas, mais trabalho nas fabricas e, portanto mais lucros, paralelamente a isso mais pesquisas foram realizadas e novas descobertas foram feitas, conseqüentemente mais as condições de vida melhoraram e mais foi produzido, gerando um ciclo vicioso.Hoje, em pleno séc. XXI, o mundo enfrenta um problema de proporções catastróficas e de difícil solução.O uso prolongado e errado das matérias primas trouxe com o passar das décadas, um quadro de resultados deprimente: As queimadas geraram a extinção, a poluição atmosférica, o empobrecimento do solo, A industria e os carros queimam, ainda hoje, valores diários altíssimos de combustíveis fosseis, o que gera uma grande liberação de dióxido de carbono para a atmosfera, que, junto com outros motivos, agrava o Efeito Estufa.O Efeito Estufa é um fenômeno natural corrente na atmosfera terrestre, porém, quando há uma elevação na quantidade dos gases que formam a camada responsável por esse efeito a temperatura média mundial aumenta. O CO2 e o CH4 são dois desses gases.Liberado pela combustão de combustíveis fósseis, queimadas, entre outras coisas, o dióxido de carbono é o gás que mais preocupa os estudiosos do assunto. Se as taxas de liberação desse gás forem mantidas, as tendências de alta na temperatura mundial media tendem a se confirmarem, trazendo resultados catastróficos como a alta do nível oceânico, ocasionada pela dilatação da água e o derretimento das geleiras, o esgotamento dos recursos naturais como a escassez de H2O, a perda de recursos pesqueiros e da biodiversidade, as mudanças pluvionais e nas precipitações, a extinção de inúmeras espécies de animais.A elevação média de 2 graus pode representar o incremento de 1 grau em algumas regiões do planeta, mas superior a 4 ou 5 graus em outras.Mudanças climáticas podem aumentar a distribuição geográfica de insetos como o Aedes (transmissor da dengue e febre amarela) e o Anopheles (transmissor da malária) e levar doenças tropicais para os países das regiões temperadas.A água perdida pelas plantas por meio da transpiração e pelos animais por meio da respiração origina massas de ar que transferem calor e umidade para regiões vizinhas. Alteração nesse ciclo pode tornar ainda mais seco o clima do Cerrado, na região central do Brasil, e prejudicar o cultivo de soja, hoje um dos principais produtos de

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exportação do país.Na tentativa de controlar essas emissões e assim evitar as conseqüências do chamado “efeito estufa”, governos de 141 países assinaram um tratado que tem como o objetivo principal à diminuição na emissão de gases poluentes através da determinação de metas. Apenas 30 países industrializados, no entanto, estão sujeitos a essas metas já que os em desenvolvimento, como o BR, não têm compromissos de redução ou de limitação de suas emissões, de acordo com o protocolo de Kyoto, por terem prioridade no atendimento às necessidades sociais e de desenvolvimento econômico. O protocolo foi acordado em 1997 na cidade japonesa de Kyoto, mas só ganhou força para entrar em vigor depois que a Rússia decidiu ratificá-lo, em 2004.Países industrializados se comprometeram a reduzir, até 2012, as suas emissões de dióxido de carbono a níveis pelo menos 5% menores do que os que vigoravam em 1990. A meta de redução varia de um signatário para outro.O presidente americano, George W. Bush se retirou das negociações sobre o protocolo em 2001, alegando que a sua implementação prejudicaria a economia do país.O acordo visa a reduzir as emissões nos países industrializados em 5%, enquanto é praticamente consenso entre os cientistas que defendem o corte nas emissões como forma de controlar o aquecimento da terra que, para evitar as piores conseqüências das mudanças climáticas, seria preciso uma redução de 60% das emissões.Percebe-se, portanto, que o uso inconsciente, descontrolado, a falta de conhecimentos, (que na realidade estava em evolução), das matérias primas e combustíveis fosseis, levaram a um quadro atual de emergência onde a saúde do planeta e sua sobrevivência estão em risco.Além desses fatos soma-se o descaso de alguns governos como o dos EUA, que julgam prejudicial a sua economia uma medida efetiva na luta contra o efeito estufa e seus agravantes, mas o que paises como este não percebem é que se não houver mundo, vida não haverá como eles manterem sua economia ou ao menos realizá-la.

A era do hidrogênio está chegando

Priscila Ribeiro Raspantinia e Gabriella Tolomeotti Nogueirab

aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] do curso de Obstetrícia. E- [email protected]

e considerarmos que a temperatura da Terra nas diversas glaciações já passou de um extremo a outro, o aquecimento global verificado no ultimo século é irrelevante. Mas, para uma espécie em particular, o Homo sapiens, isso tem um significado marcante: ele é o único que

pode reverter a situação – pela qual, em grande parte, é responsável.

Em decorrência da Revolução Industrial e o aumento da população mundial, o consumo de energia cresceu radicalmente, principalmente proveniente dos

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combustíveis fósseis (carvão e petróleo), estes liberam gases responsáveis pelo chamado efeito estufa ou aquecimento global.

Nos últimos 150 anos a temperatura média do planeta subiu 0,6 grau Celsius. Parece pouco, mas essa “febre” já fez com que, ao longo do século XX, geleiras derretessem o bastante para elevar o nível do mar em até 15 centímetros. Para especialistas se o aquecimento global continuar, provavelmente nenhum ecossistema do mundo estará a salvo, é a chamada perda de biodiversidade, considerada a maior das catástrofes geradas pelo efeito estufa.

Uma parte da responsabilidade pelo aquecimento pode ser creditada a causas naturais, como atividade vulcânica e incêndios espontâneos nas florestas. Mas a maioria dos cientistas, inclusive os renomados que participaram do último relatório do Painel Intergovernamental da ONU sobre mudanças climáticas, não hesita em apontar o ser humano como responsável pelas assombrosas mudanças no clima.

Para interromper o aquecimento global, será preciso substituir os combustíveis fósseis por uma fonte limpa de energia, que não produza o gás CO2, principal causador do efeito estufa. Uma das saídas sensatas é o hidrogênio, o elemento mais abundante do universo. Em vez de gases tóxicos saindo pelo escapamento dos automóveis, por exemplo, teremos vapor de água –hidrogênio (H) reagindo com oxigênio (O), que produz água (H2O). Segundo Christopher Flavin, do Worldwatch Institute e um dos autores do anuário O Estado do Mundo, “já estamos na Era do Hidrogênio”. Na verdade, é apenas o começo. O hidrogênio ainda é muito caro para ser distribuído nos postos de abastecimento. Tem mais: para produzi-lo é preciso quebrar as moléculas de água e separar o hidrogênio do oxigênio e, embora a matéria-prima saia de graça, esse processo consome quantidades enormes de energia. E não adianta nada fazer isso queimando carvão ou petróleo, processo que produz mais CO2. O primeiro desafio, portanto, é obter energia abundante a partir de fontes renováveis, que não gerem CO2, para então produzir hidrogênio. O segundo desafio é baratear a célula de combustível – a bateria de hidrogênio que vai substituir o tanque de gasolina e funcionar também como gerador para fábricas e prédios.

O pioneirismo formal da nova era energética ficará, provavelmente, com a Islândia. O país já retira 70% da sua energia de fontes renováveis, como as de hidrelétricas, nossas muito conhecidas, e de fontes geotérmicas, à base de água proveniente da atividade vulcânica. Em quatro anos, os primeiros ônibus movidos a hidrogênio devem entrar em circulação por lá. Segundo estimativas de executivos da Shell, em cerca de 15 anos os demais países estarão seguindo o exemplo da Islândia e o mundo rodará ao sabor do hidrogênio. É emblemático: até a Shell, essa gigante do petróleo – por sinal a mesma que está sendo acusada pela contaminação do solo e da água em torno da sua fábrica de agrotóxicos em Paulínia, SP –, já investe firme em pesquisas de energia renovável. Ao que parece, não haverá lugar para as empresas que não se adaptarem ao novo mercado. Outra excelente opção para energia renovável de que dispomos atualmente é a velha e boa energia eólica, gerada pelo vento. Ela cresceu 24% por ano na última década em todo o mundo, seu custo diminuiu

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seis vezes e, em alguns países, já ensaia um enfrentamento direto com os combustíveis fósseis. A energia solar, vedete do movimento verde dos anos 70, ainda é um tanto cara para competir no mercado, mas, aos poucos, se transforma numa boa opção. O Japão tem prédios 100% supridos pela estrela mãe. No Brasil, um programa do Centro de Referência em Energia Solar e Eólica Salvo Brito já instalou 6 000 sistemas de energia solar em comunidades carentes e isoladas. “Sai mais barato do que instalar a fiação toda”, disse Hamilton Moss, coordenador do Centro.Mesmo com tantos avanços, em tantas frentes, será preciso continuar investindo em tecnologias revolucionárias, taxar os combustíveis fósseis e criar novos subsídios para a energia renovável. “É preciso reestruturar o sistema tributário de forma que o custo ambiental esteja embutido no preço dos produtos. Somente dessa forma a economia poderá evoluir no caminho da sustentabilidade ambiental”, garante Lester Brown.

É nesse cenário de preocupação com o ambiente em que vivemos e com a economia, que se estabeleceu em 1997 o Protocolo De Kyoto – o acordo internacional para redução (5,2% em relação aos níveis de 1990) das emissões de CO2. Essa redução proposta para os países desenvolvidos pode ser desempenhada através de três mecanismos de flexibilidade: a implementação conjunta de projetos, o comércio de emissões de créditos de carbono e o mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

A posição do presidente americano George Bush, que virou as costas para o Protocolo de Kyoto, demonstra que ainda existem muitos interesses contrários ao desenvolvimento sustentável ainda mais sabendo que seu pais possui 6% da população mundial e consome 35% de toda energia do mundo.

Portanto, a estabilização do clima não será mesmo uma empreitada fácil. Resta ao ser humano fazer uma opção, por sinal, histórica: lançar mão dos recursos disponíveis para estabilizar o clima ou assumir os riscos ficando à mercê dos ajustes internos do planeta.

A informação é quente!*

Bruno do Espírito Santo Cardosoa e Stefanie de Oliveira Maiab

aAluno do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected] do curso de Lazer e Turismo. E- [email protected]

magine viver em um ambiente que não tenha banho quente, a velocidade dos automóveis, computador, televisão e tudo o que a nova tecnologia pode nos proporcionar, por não haver energia? O homem sempre precisou de energia, seja para seu próprio sustento (alimentos) ou

conforto. Com o passar dos anos, modificaram-se as formas de exploração e utilização dessas energias. A descoberta do fogo, a utilização de carvão para o aquecimento e combustíveis fósseis pertencem a essas modificações e a

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evolução da humanidade e, estão ligados à graves problemas ambientais da atualidade.

Após a Revolução Industrial, esses problemas foram potencializados devido a maior demanda de energia utilizada pelas pessoas e principalmente pelas indústrias.

A utilização de fontes de energia não-renováveis (Ex.: Petróleo, Carvão, etc.) provoca danos significativos no meio ambiente. Durante a combustão desses elementos são lançados na atmosfera gases que contribuem para o temido efeito estufa, que age como um cobertor dificultando e impedindo a dispersão do calor, tornando a terra mais quente.

A respeito disso, foi criado em 1988 o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) pela Organização Meteorológica Mundial (WMO) e pelo Programa do Meio Ambiente da ONU (UNEP), que fez importantes registros sobre a temperatura média da superfície da Terra, constatando aumento desde o fim do século XIX. Estudos prevêem que este aumento pode causar a extinção de inúmeras espécies animais e vegetais assim como o aumento do nível do mar devido o derretimento de geleiras, podendo inundar cidades costeiras e países ilhas, obrigando suas populações a migrarem. Sim, a catástrofe pode ser grande.

Desde o final do século XX a comunidade científica e autoridades começaram a prestar mais atenção nas conseqüências desses atos. Foram realizadas convenções, tais como a Convenção do Clima, aprovada em 1992 na Conferência do Rio, onde foi finalmente reconhecida a gravidade que o efeito estufa provoca no clima. Em 1997, governos de muitos países adotaram o Protocolo de Quioto, o mais importante até agora, pois fixou metas e calendários para diminuição da emissão de gases do efeito estufa, a serem cumpridos por países desenvolvidos.

O maior emissor de gases poluentes, Estados Unidos, não ratificou o Protocolo por considerá-lo prejudicial ao desenvolvimento econômico do país, pois as metas exigiam uma diminuição de até 8% em relação a 1990 até 2012.

Para corrigir esse impasse foi proposto o MDL-Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, com o qual países que não alcançassem a meta poderiam investir em projetos de desenvolvimento sustentável em países emergentes (isentos da meta de redução), incluindo a preservação de florestas e investimento em fontes de energia renovável.

Acreditem, a problemática tem solução! Aumento da utilização de energia renovável – solar, eólica, geotérmica e hidrelétrica – que não emitem (ou o fazem em pequena quantidade) agentes contribuintes do efeito estufa já é um grande passo, além da conscientização de todos. Afinal não temos o direito de estragar o futuro do planeta.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

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Crise conjugal

Cerise Cravol Maiaa e Stela Dias Fernandesb

aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.E- [email protected]

convivência homem e natureza sempre foi marcada por adaptações. Podemos comparar essa relação a um casamento, para o qual há o ato de ceder em ambas as partes, para haver o máximo de convívio e o mínimo de repudio. Porém, na contemporaneidade, tem-se notado

algo que é presente na vida conjugal: a crise. Depois de “anos de núpcias” marcados pela paixão, pelo desejo de acrescentar e ser acrescentado, ser retribuído, etc, as conseqüências desses atos vem surgindo explicitamente durante os últimos anos.

Principalmente depois da Revolução Industrial, quando a humanidade conheceu sua “autonomia” depois da invenção das maquinas á vapor, o ser humano tem explorado e adquirido recursos naturais a deriva de seus desejos e anseio. As queimadas, a poluição, o lixo industrial e a globalização são fatores que tem contribuído para a degeneração da natureza e para as alterações negativas no ambiente.

Os combustíveis fósseis como, por exemplo, o petróleo e seus derivados muito utilizados para obtenção de energia, contribuem para formação de intemperismos como o efeito estufa, fenômeno ocasionado pela concentração de gases (como dióxido de carbono, óxido nitroso, metano e os clorofluorcarbonos) na atmosfera. Apesar de ser um fenômeno natural que propicia á Terra ter uma temperatura habitável, o esse efeito tornou-se um problema, devido o aumento da emissão dos gases já citados, auxiliando no aquecimento global (vide tabela).

A explosão populacional tem contribuído também na degradação do meio ambiente (em 1600 a população mundial estava em torno de meio bilhão, no começo do milênio somava-se seis bilhões de pessoas e as estimativas da ONU são de que em 2050 o mundo será habitado por aproximadamente 8,2 bilhões). Tal descontrole tem como conseqüência grande quantidade de lixo, que não tem o devido tratamento. De acordo com o IBGE, 76% do lixo é jogado a céu aberto. Segundo COZZETTI, cada brasileiro produz um quilo de lixo doméstico por dia, ou seja, se a pessoa viver 70 anos terá produzido em torno de 25 toneladas. Se multiplicarmos pela população brasileira, pode-se imaginar a dimensão do problema, que envolve a propagação de doenças, fatores sociais e má qualidade de vida. Mediante estas e outras razões a “crise conjugal” tem exigido mudança de pensamento e ações.

Hoje tem se pensado em novas técnicas de obtenção de energia limpa, renovável e com o mínimo de degradação. Podemos citar como exemplo energia eólica (através dos ventos), solar (obtida através do sol), programas de

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reciclagem, entre outros. Devemos assim, nos conscientizar de que o lado humano tem feito estragos em demasia a um casamento de tantos anos.

Gases do efeito estufa: aumento das concentrações, contribuição para aquecimento global e principais fontes de emissão.*

*Dados de fontes de pesquisas do IBGE, ONU e IPCC

Na segunda declaração do IPCC percebe-se que “a análise das evidências sugere um impacto significativo de origem humana sobre o clima global. E refletir que o fim dessa relação enquanto harmônica será prejudicial, principalmente a nós, seres humanos, seria uma reflexão desnecessária já que são claras as evidencias.

Em 1997, vários países ratificaram o protocolo de Kyoto, que consiste em um acordo feito entre os países do anexo B do protocolo, que são os países industrializados, para a redução de gases poluentes na atmosfera, esses países tem que diminuir 5,2 % das emissões em relação á 1990. Essa diminuição tem que ser feita entre 2008 e 2012 para que a partir daí possa ter um novo acordo que poderá incluir países em desenvolvimento, como o Brasil e a Índia, devido a muitas reclamações dos países envolvidos, já que a distribuição dos países entre os anexos foi á avaliação de que o país que é mais desenvolvido teria maior influencia na poluição global, porque contribuiu para tal a mais tempo.Os Estados Unidos, um dos maiores países poluidores envolvidos no protocolo, não aceita participar dele porque comprometeria,assim, seu desenvolvimento que envolve, claramente, mais emissão de gases na atmosfera.

Propõe-se aqui uma questão: Será que compensa terminar um casamento que nos tem sido tão paciente durante tanto tempo por interesses econômicos?

GEE Aumento da concentração desde 1750 (%)

Contribuição para o aquecimento

global (%)

Principais fontes de emissão

CO2 31% 60% Uso de combustíveis fósseis, deflorestação e alteração dos usos do solo.

CH4 151% 20% Produção em consumo de energia (incluindo biomassa), atividades agrícolas, aterros sanitários e águas residuais.

N2O 17% 6% Uso de fertilizantes, produção de ácidos e queima de biomassa e combustíveis fósseis.

Compostos halogenados (HFC, PFC e SF6)

- 14% Indústria, refrigeração, aerossóis, propulsores, espumas expandidas e solventes.

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O meio ambiente responde

Gabriele Paula de Oliveiraa e Natália Peralta Fortunatob

aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.E- [email protected] do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.E- [email protected]

variedade de formas de energia propiciou o desenvolvimento humano. O homem, em sua primitiva, encontrava no alimento sua principal fonte energética através da qual a realização de outras atividades, como a caça, se tornavam possíveis. Ao longo dos séculos

outras maneiras de adquirir energia foram descobertas, o uso do carvão para o aquecimento, a força da água, do vento e dos animais tiveram uma participação significativa para o avanço tecnológico. A Revolução Industrial foi uma das conseqüências desse avanço que possibilitou o aumento do uso do carvão através da utilização das máquinas a vapor além de tornar os combustíveis fósseis, como o petróleo, uma nova forma para obtenção de energia.

Os combustíveis fósseis ganharam grande espaço no mercado.A maior facilidade de acesso, se comparado com outros combustíveis, e o baixo custo foram e são os principais atrativos para a exploração desse recurso. Embora tenha proporcionado o aumento populacional e melhorado a qualidade da vida humana, a implementação desse recurso no mercado surtiu efeito negativo para o meio ambiente.

As mudanças climáticas, que se originam da degradação do meio ambiente, são as respostas negativas visíveis de que algo precisa ser mudado. O efeito estufa, por exemplo, não pode ser considerado como uma mudança climática, na verdade ele exerce um papel de extrema importância para vida pelo fato de manter a temperatura adequada para que a mesma tenha condições de existir no planeta Terra. No entanto, o elevado índice dos chamados gases do efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO2) produzido principalmente pela queima dos combustíveis fósseis e o metano (CH4) produzido pela eructação (emissão de gases) dos bovinos entre outros, provocam a retenção de energia solar no planeta de forma a ocasionar o aquecimento global.

De forma a apontar alternativas para amenizar os problemas causados pelo superaquecimento global foi criado o Protocolo de Quioto que visa diminuir a emissão dos gases causadores do efeito nos países desenvolvidos em 5% em relação ao ano de 1995.

Se incentivado, o meio ambiente também pode fornecer respostas positivas a essa situação. Estudos feitos com mudas do Jatobá, árvore tropical, apontam que esse tipo de árvore possui maior capacidade de absorção e adaptação a ambientes com altos índices de dióxido de carbono. O uso de energias limpas, como a energia eólica e solar, são alternativas um pouco mais caras do que as convencionais, porém não emitem gases que colaboram com os malefícios do efeito estufa.

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Como foi visto, a junção dos recursos naturais com o avanço tecnológico não precisam necessariamente ser prejudicial à saúde do meio ambiente, pelo contrário, essa união não só pode como deve surtir efeitos benéficos ao mesmo, de forma a auxiliar na presente situação.

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O planeta está com febre*

Israel Augusto Tannusa e Thiago Dias Roque de Oliveirab

aAluno do curso de Marketing. E- [email protected] do curso de Marketing. E- [email protected]

evido ao uso de energias não-limpas, ou seja, aquela que emite poluentes na atmosfera observa-se um agravamento da situação da natureza e a vida na Terra. O uso dessa energia não-limpa é grande, já que a principal maneira de alcançá-las se dá pela queima do

petróleo, necessário para a economia global.

Isso gera o Efeito Estufa, que pela concentração de resíduos na atmosfera impede que os raios solares sejam refletidos de volta. Que é a principal causa do aquecimento na Terra.

O CO2 (principal causador do aquecimento) sempre existiu no ar, porem não como atualmente se é constatado. Nos últimos 100 anos a temperatura subiu 0,6°C (suficiente para provocar febre no ser humano), este é o maior aquecimento em mil anos.

E como o corpo humano que reage a febre, a Terra vem reagindo a essa "doença" através das conseqüências desses acontecimentos que são: derretimento das calotas polares, elevação do nível dos oceanos, mudanças no regime de chuvas e ventos, intensificação do processo de desertificação, e perdas de áreas agricultáveis. Sem falar que podem intensificar fenômenos naturais como furações, tufões, ciclones, tempestades tropicais e inundações.

O metano e o dióxido de carbono emitidos aumentam à medida que a aumenta a demanda de energia provocado por atividades econômicas, principalmente o setor de transporte e o setor industrial, aliados aos desmatamentos e as queimadas.

A solução ou o "remédio" para essa febre pode ser encontrado através da energia solar e a energia eólica (do vento) que podem ser transformadas em energia elétrica limpa (não poluente). Se o vento e o sol forem usufruídos, em 2020, 20% da energia consumida pode ser energia limpa.

Outra aposta é aproveitar o hidrogênio, elemento mais abundante, para produzir energia limpa, já que sua queima produz água (H2O). Estudos profundos em relação ao hidrogênio ainda estão em andamento.

Seção

T32

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Os governos alertados por esse problema de aquecimento, desde 1992, tentam firmar acordos em escala mundial para impedir essa destruição. Em 1997, 141 países participaram no Japão do Protocolo de Kyoto, que visa conter o aquecimento global estipulando metas para os países envolvidos.

Essa meta consiste em reduzir o lançamento de gases causadores do efeito estufa. Para isso 5% do que era ejetado em 1990 (ano referencial) deve ser reduzido até 2008 a 2012.

Esses procedimentos são necessários para acabar com qualquer previsão negativa (pesquisas recentes apontam que a redução ideal seria de 60%). Se continuar dessa forma nos próximos 100 anos o aumento da temperatura pode variar de 1,8°C a 5,6°C.

O importante é estarmos atento e tomarmos atitudes concretas como cidadãos, exigindo assim um posicionamento de toda a sociedade para salvar a Terra dessas alterações climáticas que influem em nossas vidas diretamente.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

Sua vida está em jogo*

Carolina Almeida de Araújoa e Fernando Ferreira da Costab

aAluna do curso de Marketing. E- [email protected] do curso de Marketing. E- [email protected]

idades urbanas ou interioranas, grandes ou pequenas, de países desenvolvidos ou em desenvolvimento – não importa onde você more, viva ou esteja, o planeta Terra está doente e necessita de ajuda.

O homem, apesar de ser racional, foi o grande culpado por os problemas pelos quais o planeta passa. Com a Revolução Industrial, os homens só pensavam em desenvolver novas tecnologias e descobrir novas fontes de energia, preocupando-se somente com o avanço econômico que ocorria na época e esquecendo-se dos problemas ambientais que aqueles combustíveis trariam. O ser humano, dessa maneira, demonstrou uma capacidade incrível de desenvolvimento econômico, mas não de preocupação com o local onde vive: o planeta Terra.

Os principais prejudicados com esse uso intensivo e irracional dos combustíveis fósseis, desde meados do século XIX, são as gerações atuais. Os reflexos do mau uso dessas formas de energia são perceptíveis, como o aumento na temperatura global, as constantes alterações no índice pluviométrico, a poluição excessiva (enfrentada principalmente em grandes cidades), a indefinição das estações do ano.

A queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral e o petróleo, gera altas emissões de um gás para o ambiente, o gás carbônico (CO2), que ocasiona o efeito estufa. Tal efeito consiste no “aprisionamento” de calor dentro do

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planeta, devido a uma barreira de gases estufa (entre os quais, principalmente o CO2) que se forma na atmosfera terrestre, que faz com que a radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra seja refletida e impedindo que parte desta seja perdida para o espaço. Este é um processo natural e essencial para a vida humana, a partir do ponto que não deixa a superfície terrestre se tornar excessivamente fria.

Portanto o problema não é o efeito estufa, mas sim sua intensificação. Além do efeito estufa, a utilização em larga escala de combustíveis fósseis como fonte de energia também ocasiona a chuva ácida, o aumento da contaminação do ar por gases e partículas em suspensão; porém, o mais grave de todos é a alteração climática que se dá no mundo devido ao lançamento de gases estufa na atmosfera.

Estes problemas climáticos originários da alta concentração de CO2 na atmosfera causam aumento da temperatura que poderá ocasionar o derretimento das calotas polares e o aumento do nível dos mares, bem como a destruição de cidades costeiras e de ilhas.

É importante salientar que as altas concentrações de CO2 na atmosfera não são exclusivamente provenientes da utilização da energia fóssil, mas também das queimadas e da destruição de florestas, uma vez que os vegetais são grandes consumidores deste gás.

Artigos científicos salientam que, desde 1960, foram emitidos na atmosfera cerca de três bilhões de toneladas de dióxido de carbono, o qual gerou, no século XX, um aumento de 0.2 ° Celsius na temperatura do planeta – o suficiente para causar febre no ser humano.

Um estudo realizado recentemente combinou dados provenientes de registros centenários da extensão de gelo (que anualmente cobre alguns rios e lagos) e obteve uma nova prova de que a Terra sofreu um aquecimento global nos últimos 150 anos (de 1,8°C).

Assim, as mudanças climáticas tornam o planeta Terra “doente”. Em busca da cura do nosso “lar”, a existência de tratados que restrinjam a emissão de CO2 e que promovam um mecanismo de desenvolvimento limpo apresenta-se como solução plausível. O mecanismo consiste em promover entre os países o conceito de energia renovável (como a da cana-de-açúcar), de aterros sanitários ambientalmente sustentáveis e de reflorestamento. Em relação à diminuição da emissão do dióxido de carbono, os tratados colocados em prática (como o de Kyoto) sugerem uma diminuição em 5% da emissão do gás; porém tal protocolo mostra-se ineficiente, uma vez que há necessidade de se reduzir em 60% esta emissão.

Algumas possibilidades para diminuir a emissão de gás carbônico são: a engenharia do clima, meio pelo qual se propõe medidas tecnológicas de combate aos efeitos das emissões de carbono, sem, contudo, atacar as suas causas; e a redução, adoção de políticas públicas e privadas de ataque ao efeito estufa.

O Brasil é um dos exemplos de países que tentam desenvolver tecnologias para minimizar os efeitos das emissões dos gases nocivos e também de energias

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alternativas, renováveis e menos ou não poluentes. Um dos programas de incentivo a utilização de energias menos nocivas foi a campanha Pró-álcool, que incentivou e subsidiou a adoção de carros a álcool. Mas este programa não tinha como objetivo poupar o meio-ambiente; todavia, caracterizou-se como uma reação ao alto preço do barril de petróleo na época (1975).

O primeiro projeto apresentado no mundo com o objetivo de reduzir a emissão de CO2 (após o Protocolo de Kyoto ser assinado) foi desenvolvido por brasileiros e reconhecido pela ONU, no qual se aproveita o gás metano originário de aterros sanitários, transformando-o em energia limpa.

Dessa forma, é importante que os seres humanos realmente sejam racionais e percebam que a sua vida e a de seus descendentes estão em jogo. É essencial também tomar consciência da importância que tem a diminuição da emissão de gases nocivos à vida da humana, uma vez que tal consciência garantirá a qualidade de vida e a sobrevivência da espécie humana no planeta Terra.

*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53.

Energia: criação ou destruição?

Fábio Yuji Ivamotoa e Rafael de Carvalhob

aAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

conceito de poluição pode ser considerado a partir da descoberta do fogo, porém aquela gerada era mínima devida a fácil absorção feita pelo meio ambiente, que se mantinha intacto. Com o surgimento da tecnologia, deu-se início ao verdadeiro problema de

desgaste ambiental. Na idade média, a principal fonte de energia era proveniente da madeira, o que acarretou a destruição das florestas cuja função é a de “reciclar” o ar. Desde essa época até os tempos atuais, as mudanças climáticas, por razão da obtenção de energia, cresceram exponencialmente, principalmente após a Revolução industrial, quando o homem começou a utilizar combustíveis fósseis para o funcionamento das máquinas. Também aliada a isso temos a revolução médico-sanitária que ocasionou grande crescimento demográfico devido ao surgimento de vacinas e antibióticos que aumentou a expectativa de vida do homem. Ambas revoluções foram cruciais para o aumento do uso de energia. Somente no século 19, o aumento deste consumo foi cerca de 100 vezes mais em relação aos séculos anteriores. Em 1998 foi realizada uma pesquisa que constatou que para cada pessoa eram utilizadas 1,6 toneladas de óleo em um ano. Com o acúmulo de poluição gerada em todos estes anos, surgiram os principais problemas que hoje vivenciamos. Um deles é o aquecimento global, gerado pela emissão de CO2 na atmosfera, gás proveniente da queima de combustíveis, principalmente

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fósseis que são largamente utilizados pelas indústrias e automóveis. Este e mais outros gases em alta concentração na atmosfera impedem a dispersão de raios infravermelhos emitidos pelo Sol, gerando aquecimento global denominado efeito estufa. Com isso haverá alteração nas condições climáticas naturais, pois as calotas polares se derreterão elevando os níveis do oceano causando mudanças nas correntes marítimas que são responsáveis pela determinação do clima local. Exemplo disso foi o ocorrido no sudeste dos EUA, em que a resposta à mudança climática foi o forte furacão, que devastou cidades, denominado de Katrina. Em 1992, a convenção do clima reconhece a gravidade do problema e somente em 1997 estabeleceram-se metas, com o protocolo de KYOTO. Foi definido que até 2012, os países industrializados (anexo 1) devem reduzir 5% das emissões relativas ao ano de 1990. Frente a isso, emissões de carbono tornaram-se negociáveis, por exemplo, se um país não atinge seu limite, poderá compensá-lo implantando projetos de redução em países em desenvolvimento. Além disso, o uso eficiente de energia como o desenvolvimento de tecnologia de energia limpa torna-se, também, crucial atualmente. É justamente o que fora imposto na Conferência de Joanesburgo. Foram apresentadas propostas da União Européia e da América Latina que visavam o aumento de 10% da participação das energias renováveis na matriz energética mundial, até 2010. Com toda essa problemática, autoridades mundiais comovem-se devido à preocupação de como estaria o ambiente no futuro, se essa poluição continuasse a ser gerada e acumulada. Tem-se a consciência de que o conhecimento científico e tecnológico são facilmente capazes de alterar, seja para o bem ou para o mal, o meio a qual os próprios homens vivem, cabendo-lhes a decidir, com sabedoria, para qual caminho deve seguir.

O planeta doente

Amanda Martinsa e Ângela Yatsugafub

aAluna do curso de Gestão Ambiental. [email protected] do curso de Gestão Ambiental. E- [email protected]

as últimas décadas têm-se discutido muito sobre as mudanças do clima no planeta, seus efeitos, suas conseqüências e suas possíveis soluções; um problema ambiental que alarmou as autoridades políticas e ambientais em escala global.

O ápice do aquecimento global está concentrado na última década, porém foi na Revolução Industrial que a atmosfera começou a receber milhões de toneladas de gases do efeito estufa, como por exemplo, o gás carbônico, o aumento excessivo do consumo fez com que o aumento da produção atingisse escalas nunca antes alcançadas em vista disso o número de fábricas cresceu, a chaminé era o símbolo da modernidade.

Em meados da Segunda Guerra Mundial o avanço da tecnologia na produção de armas e transportes de guerra fez com que o uso de combustíveis fósseis

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aumentasse, e durante os anos seguintes essa demanda foi crescendo, pois o mundo se fazia necessitar cada vez mais de carros, energia, produção enfim fatores que possibilitassem a manutenção de uma sociedade cada vez mais globalizada e capitalista.

Atualmente estudos científicos mostram que o nível de degradação ambiental no planeta nunca foi tão alto e preocupante, a poluição das águas, do solo, a perda da biodiversidade e é claro o Aquecimento Global, problema esse que tenta ser controlado através de protocolos e acordos.

O efeito estufa nada mais é que uma retenção dos raios solares próximos à superfície terrestre que não conseguem voltar ao espaço, pois quando são refletidos, uma camada de gases e poeira impede a sua volta; é um fenômeno natural intensificado pela ação humana, o que se tenta fazer é controlar a emissão dos gases retentores, o protocolo de Kyoto tenta fazer com que as nações adeptas diminuam suas emissões de gases estufa com o objetivo de amenizar os impactos causados por esse problema, dentre esses impactos incluímos: o degelo das calotas, aumento do nível dos mares e alterações de clima a nível mundial.

Em vista disto, a necessidade de se ampliar a tecnologia para o desenvolvimento de fontes alternativas de energia têm se feito forte. A ciência provou que as reservas de combustíveis fosseis tendem a se esgotar nas próximas décadas e a dependência desse tipo de recurso ainda é elevada, a economia de uma nação gira em torno de sua produção seja ela agrícola, industrial ou tecnológica e para isso é necessário o uso deste tipo de energia; isto explica porque países emergentes como o Brasil buscam a auto-suficiência. Outro tipo de conseqüência da produção de energia fóssil tem raízes políticas como a briga entre Brasil e Bolívia pelo gás natural, e sociais como, por exemplo, a construção de hidrelétricas que desalojam famílias e alagam terrenos para sua implantação.

Em virtude destes fatos o uso de energia limpa e alternativa é cada vez mais defendido, o Brasil já está estudando o uso da Biomassa para quem sabe em um futuro próximo substituir um combustível poluidor; o fato é que esses estudos precisam continuar em andamento não só no país, mas sim no mundo todo.

Olhar para o mundo com outros olhos, é necessário se quisermos garantir a nossa própria sobrevivência, cuidar do ar, da água, do planeta é preservar a vida não só humana mas em todas as suas formas. Garantir um ambiente sadio para as gerações futuras é nosso dever já que somos os grandes responsáveis pela sua degradação.

Atitude individual

Adriano Souzaa e Igor Andradeb

aAluno do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected] do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

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esde os primórdios da humanidade, o homem sempre procurou propiciar maior conforto para sua vida, que é alcançado através da utilização e transformação de recursos naturais – o que não é nenhum problema, pois se trata de sobrevivência - o problema é que durante e

mesmo após tal mudança, estes novos produtos retornam à Natureza, não sendo mais compatíveis, causando alterações e, conseqüentemente, degradando o meio ambiente. Com os avanços científicos e tecnológicos, houve um aumento de pessoas, necessidades, uso de recursos para atender tal população (causando o esgotamento destes) e aumento da poluição, agravando o problema da degradação. São perceptíveis, por exemplo, a escassez da água, a esterilização do solo e desestabilização climática. Problemas com água estão ligados à sua má utilização e tratamento, como poluição dos rios e lençóis freáticos, além do desperdício. Os do solo são causados, entre outros, pela contaminação por agrotóxicos ou outros produtos químicos nocivos, e má administração agropecuária ou sanitária.

Avanços geram conseqüências benéficas e maléficas para a humanidade, e é muito complicado distinguir o que deve ou não ser feito em relação a isso. O uso de energia nuclear, a princípio, possuía um caráter benéfico - uma nova opção em recursos energéticos - porém, acabou também sendo utilizada para fins militares de destruição em massa, (tudo isso sem contar com acidentes e inexistência de tratamento para seus resíduos). É essencial desenvolver o potencial de energia para melhorar as condições humanas, mas sua produção e consumo estão diretamente ligados com os atuais problemas ambientais que afetam a saúde e a própria qualidade de vida (o que até parece contraditório).

A queima dos combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão mineral, é responsável pela maior parte da emissão de resíduos tóxicos, que agravam a questão do aquecimento global.

No mundo inteiro a temperatura tem se elevado gradativamente. O fenômeno acontece devido à suspensão de resíduos que formam uma camada que funciona como um “cobertor” na atmosfera, limitando a variabilidade climática natural. Segundo dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura média do planeta aumentou cerca de 0,6°C no século XX. A situação está se agravando com o iminente derretimento das geleiras, elevando o nível do mar. Em curto prazo, pensa-se em mutações nas correntes de ar, e em longo prazo, espera-se a drástica alteração de temperatura em todo o planeta e o desaparecimento de algumas cidades litorâneas.

Para evitar piores problemas no futuro, foi estabelecido o Protocolo de Kioto -um conjunto de normas para redução da emissão de poluentes e o estimulo ao uso de energias renováveis que produzam menos poluição. É preciso entender que, além de ações conjuntas, como o tratado aqui citado, será importante para todos se cada um tiver noção de responsabilidade individual e adaptação de hábitos para que sejam coerentes com a problemática atual, seja utilizando mais transporte coletivo, optando por fontes de energia menos nocivas, evitando o desperdício ou poluindo menos, utilizando com mais eficácia os tão valiosos recursos naturais.

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O mundo pede socorro

Lílian Poncea e Miriam Camposb

aAluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- [email protected] do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. [email protected]

esde o surgimento da vida humana na terra o homem sempre necessitou de energia para sobreviver. O homem primitivo (1 milhão de anos atrás) utilizava de energia somente de alimentos, já o homem caçador(100 mil anos atrás) alem de obter mais alimentos

usava da queima da madeira para obter calor. Mais tarde o homem agrícola primitivo(5 mil anos) utilizava energia de animais para transporte. Logo o homem agrícola primitivo se tornou avançado (idade media) utilizando a energia do carvão para o aquecimento, alem da força da água, do vento e da tração animal. Com o passar dos anos surgiu o homem industrial (1875) já dispondo de maquinas a vapor e a partir daí a evolução passou a crescer em menor escala de tempo.

A partir deste período a relação entre ciências e tecnologia se concretizou, em que ciência é o conjunto de conhecimentos coordenados e sistematizados em relação a observação e experimentação dos fenômenos naturais do universo físico, e tecnologia é o estudo e a utilização do conhecimento cientifico.

Com esse desenvolvimento cientifico e tecnológico ocorreu uma explosão demográfica devido ao controle de doenças e maior produção de alimentos de qualidade. Essa explosão demográfica exigiu uma maior produção de energia para suprir as necessidades básicas do homem. Porém, o grande problema está em satisfazer uma população que vem crescendo infinitamente em um planeta que os recursos são finitos.

As principais fontes de energia encontradas na natureza são: o petróleo, que é uma fonte de energia não renovável, o vento e a água que são renováveis.

Com a revolução industrial houve um aumento significativo na queima de combustíveis fosseis e de florestas, ocasionando uma grande emissão de gases poluentes na atmosfera. O aumento desses gases na atmosfera gerou o que chamamos hoje de efeito estufa.

Efeito estufa é um fenômeno natural independente da atividade humana, ele é causado pela presença de determinados gases na atmosfera terrestre, para entendermos melhor o efeito estufa podemos usar de exemplo um carro que está parado por muito tempo no sol, ao abrirmos a porta do carro sentimos todo o calor que estava preso, e é assim que funciona o efeito estufa, consiste no aprisionamento na atmosfera de parte da luz gerada pela interação da luz solar e atmosfera terrestre e refletida de volta para o espaço. Os gases responsáveis pelo efeito estufa são: o vapor d’água, CO2 resultante das queimadas e combustões, CH4, que resulta da decomposição de lixos, e outros como N2O e O3. Esses gases acabam afetando diretamente a população ocasionando doenças respiratórias e ate a morte.

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O efeito estufa gera o aquecimento global fazendo com que ocorram muitas mudanças climáticas.

Mudança climática é um termo genérico que engloba vários assuntos, efeito estufa suas causas e conseqüências e o aquecimento global. Nossa atmosfera contém gases conhecidos como gases do efeito estufa, uma maior concentração desses gases na atmosfera altera o sistema climático da terra e a esse fenômeno atribuímos o nome de mudança climática. Esse fenômeno hoje é fortemente influenciado pelo desenvolvimento e da tecnologia.

Mudanças climáticas ocorrem devido a fatores internos e externos. Os internos são aqueles associados à complexidade derivada do fato do sistema climático ser caótico e não linear. E os externos podem ser naturais como a variabilidade da radiação solar, ou antropogênicos como a influencia humana.

De acordo com esses dados de que a atuação humana tem total influencia no lima, foi criado o protocolo de Kyoto em 16 de fevereiro de 1997, com o objetivo de conter a emissão de gases poluentes na atmosfera vinda dos paises industrializados. Só que isso não surtiu muito efeito, pois alem dos E.U.A não ter assinado o protocolo e ele ser um dos paises que mais lança poluente para a atmosfera, o protocolo consegue reduzir apenas 5%dos 20% necessários para melhorar a qualidade do ar.

Alguns dos efeitos ocasionados pelas mudanças climáticas são a evaporação da água que resulta em secas e enchentes e alterações nas estações do ano com extensão do verão e o encurtamento do inverno afetando os ecossistemas que são regulados pelas estações do ano.

As pessoas deveriam se conscientizar de que nosso mundo está pedindo socorro, nosso ar esta em péssimas condições, e todos nós deveríamos evitar lançar poluentes para o ar, como andar mais de meios de transporte públicos, diminuindo a poluição lança pelos escapamentos de carros, as chaminés de industrias com filtros, e reciclagem do lixo para não diminuir o gás metano lança na atmosfera. A final é a nossa saúde que está em jogo, e o futuro de nossos filhos e netos. Se cada um fizer a sua parte com certeza vamos ajudar muito a melhor este mundo, porque se ficarmos esperando os representantes dos paises fazerem alguma coisa, nunca vamos melhorar a condição do ar, afinal eles só estão preocupados com seus próprios interesses. Cabe a nos lutarmos por um mundo melhor, menos poluído.

O meio ambiente ainda pode ser salvo

Caroline Yumi Teruyua e Larissa Baptista D’Alkiminb

aAluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- [email protected] do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- [email protected]

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ciência e a tecnologia possuem uma íntima interdependência, pois a ciência é o conjunto de conhecimentos que tem relação com a observação e experimentação dos fenômenos naturais ocorrentes no universo físico. E tecnologia é o estudo e a utilização do

conhecimento científico acumulado com o propósito de solucionar problemas práticos.

Porém, o objetivo da ciência é o aumento do conhecimento humano, mas não tem preocupação imediata com suas utilizações práticas. A ciência em si, não é boa ou má depende da utilização que dela se faz. Esse pensamento explica tanto o surgimento dos problemas ambientais, quanto a solução desses problemas.

O homem desde o surgimento sempre utilizou técnicas para sua sobrevivência. Entres estas, temos o uso da energia. Primeiramente utilizou-se da queima de madeira para obtenção do fogo e, mais tarde usou o carvão, o qual impulsionou a industrialização.

Com o avanço do conhecimento científico e tecnológico, houve um aumento da expectativa de vida do ser humano, por exemplo: através dos avanços na medicina e na produção de alimentos. Com isso, ocorre um crescimento demográfico que implica numa maior degradação do meio ambiente. Para suprir o aumento da população houve a necessidade do surgimento de novas formas de energia, como o petróleo e o gás natural.

Porém, o aumento da queima de combustíveis fósseis libera gases poluentes na atmosfera. A ciência já descobriu que o aumento desses gases provoca o aquecimento global, o chamado Efeito Estufa. Conforme as previsões científicas, as conseqüências desse aquecimento possivelmente serão catastróficas, como: a lenta elevação dos níveis dos mares, a possível alteração das correntes marinhas, a provável desorganização da pluviosidade de algumas áreas continentais, aumento da freqüência e da intensidade de tempestades tropicais e aumento das áreas de ocorrência de doenças tropicais.

Como forma de amenizar essa situação, surgiu o Protocolo de Kioto, que estabelece metas de redução de emissão de gases poluentes na atmosfera por um período de compromisso entre países membros. Esse Protocolo criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que consiste em projetos sustentáveis para países em desenvolvimento. Esses projetos seriam financiados por países desenvolvidos para que estes atinjam o seu compromisso de redução.

O Protocolo de Kioto não será suficiente para a redução do aquecimento global, pois seria necessária a redução de 60% dos gases. E todos os países membros juntos não chegam a isso. O maior emissor, EUA, não faz parte dos países membros, pois argumenta que essa redução pode afetar a sua economia, por ser um país muito industrializado. Mas poderia ser possível a participação de alguns estados, já que nos EUA os estados possuem autonomia para isso.

A redução pode ser conseguida através do uso mais eficiente de energia, do aumento da utilização de fontes renováveis e do desenvolvimento acelerado para a disseminação de tecnologia de energias novas.

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As energias alternativas estão deixando de ser projetos de pesquisas tecnológicas e estão entrando no mercado, como o Projeto Nova Iguaçu, que utiliza os gases provenientes do lixo (metano) para a geração de energia.

Os custos para adoção de energias renováveis seriam elevados, mas não tão elevados como os custos da remediação dos efeitos desastrosos para o meio ambiente. O reflorestamento pode ajudar a recapturar o CO2 da atmosfera, porém não há uma precisão da quantidade de CO2 que as árvores absorvem.

Portanto, é necessário que haja uma conscientização da população, para que ela exija dos governos leis mais rígidas de proteção ao meio ambiente, comuma fiscalização intensa no cumprimento dessas leis. E que os governos incentivem a produção e a utilização de energias renováveis, bem como as energias alternativas.

A energia que destrói

Alisson Kameyaa e Ricardo Levrini de Toledo Dias Baptistab

aAluno do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- [email protected] do curso de Sistemas de Informação. E- [email protected]

á passou o tempo em que as nações só pensavam em desenvolverem-se ignorando a conservação do meio-ambiente. Atualmente, começo do século XXI, este tema recorre cada vez com maior intensidade. O tema, já discutido pela população, gera sérias preocupações na comunidade científica. As maiores preocupações são com a crescente degradação de

recursos naturais não-renováveis e com a poluição do meio-ambiente.

Em linhas históricas, pode-se dizer que a poluição surge conjuntamente com a Revolução Industrial, na Inglaterra no século XVIII. Antes disso, a emissão de gases poluentes ocorria de maneira mais natural, sem máquinas. A partir da Revolução, os avanços tecnológicos produziram máquinas mais produtivas e mais poluidoras.

Isso ocorre principalmente após a ascensão da burguesia, a qual estimulou o crescimento do capitalismo. Tentou-se produzir o máximo, explorando ao máximo os trabalhadores, aumentando assim os lucros. Ocorreu uma maior utilização de recursos energéticos e naturais.

Um grande salto ocorre com o início do uso do petróleo como fonte de energia. Trata-se de uma fonte barata e que tem alto rendimento. Principalmente após as duas grandes guerras, com a industrialização dos países de terceiro mundo, o automóvel tornou-se de uso cotidiano e usa, como principal combustível, a gasolina, derivada do petróleo. Essa fonte de energia, além de não ser renovável, é altamente poluidora. Sua poluição causou um agravamento no efeito estufa, que resulta no aquecimento global.

Alternativas foram procuradas a partir da década de 70, quando ocorreram as crises do petróleo. O Brasil investiu no Pró-Álcool, produzindo carros muito

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pouco poluidores, movidos a álcool, nas décadas de 80 e 90, porém voltando ao uso exclusivo da gasolina na virada do século. No entanto, nos últimos anos, os altos preços do petróleo no mercado internacional e a criação dos carros total-flex (bi-combustíveis), tornaram o álcool uma fonte viável, barata e bastante procurada. Outros combustíveis alternativos são o gás natural e o biodiesel.

Outro sério problema enfrentado na atualidade é a chuva ácida. A poluição emitida por indústrias e automóveis, além de agravar o efeito estufa, gera a chuva ácida. Nesse caso, poluentes na atmosfera, após reações químicas com a água das chuvas, tornam-na ácida (pH abaixo de 7). Essa água ácida corrói monumentos históricos e edifícios, desgasta a pintura dos veículos e polui as fontes de água.

As fontes de energia constituem o grande desafio dos seres humanos neste século. Estima-se que em menos de cinqüenta anos não haverá mais petróleo. Daí a explicação para o grande interesse da comunidade internacional no álcool brasileiro.

Todos os atuais avanços tecnológicos e as conseqüentes poluições causadas, original cada vez mais desastres naturais. Exemplos são o furacão Katrina ocorrido em Nova Orleans, Estados Unidos, e a elevação do nível dos oceanos causada pelo derretimento de geleiras devido ao aquecimento global originado pelo efeito estufa.

Tentativas de solução já existem. Um bom exemplo é o Protocolo de Kyoto, que promove meios para os países se desenvolverem de forma a não aumentar a emissão dos gases que poluem a atmosfera e causam o efeito estufa. Resta-nos aguardar os resultados.

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O futuro da Terra

Leandro Bahua e Fernando Tavaresb

aAluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] do curso de Ciências da Atividade Física.E- [email protected]

avanço na industrialização e a queima de combustíveis fosseis para a produção de energia são as principais causas do efeito estufa, devido a emissão de gases como o dióxido de carbono e o metano (CO2 e CH4), que agravam o efeito estufa.

Antigamente os números de industrias no mundo eram menores, conseqüentemente a emissão de CO2 eram menor, logo após a revolução industrial o nível de dióxido de carbono aumentou cerca de 30%.

Tentando amenizar os efeitos do aquecimento global foram realizados encontros, como a conferencia que aconteceu no Rio de Janeiro em 1992, e a conferencia de 1997, na qual muitos países assinaram um documento em que assumiam o compromisso em diminuir suas emissões de gases na atmosfera, ou então poderiam ser penalizados.

Algumas atitudes estão sendo tomadas para diminuir o excesso de dióxido de carbono na atmosfera, como a estocarem de CO2 no subterrâneo e o desenvolvimento de vegetais capazes de absorver maiores níveis de CO2 da atmosfera.

Todo esse esforço em tentar reduzir a emissão de gases agravante do efeito estufa, pode não ser o suficiente, caso os Estados Unidos da América continuem a se recusar em aceitar o tratado de redução de gases agravantes, já que eles são os maiores poluentes, os Estados Unidos sozinho contribuem para uma grande parte de CO2 na atmosfera, os Estados Unidos alegam que tal atitude seria prejudicial a sua economia.

Em Nova Iguaçu, pesquisadores estão conseguindo diminuir a emissão de gas metano (CH4), armazenando o gás e utilizando como fonte de energia. Essa atitude fez com que países industrializados se interessassem em comprar créditos de carbono aqui no Brasil.

Os créditos de carbono são uma possível alternativa para países desenvolvidos, que não consigam atingir as metas de 5% de redução na emissão de dióxido de

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carbono ate 2012, comprando créditos de carbono o pais poderá somar esses créditos ao seu percentual de redução de emissão.

Pesquisadores financiados pela FAPESP estão estudando a possibilidade de plantio de grandes áreas o jatobá, que é um vegetal que tem uma capacidade superior de absorver o dióxido de carbono, utilizando em seu desenvolvimento.

As mudanças climáticas são cada vez mais notáveis, com conseqüências graves como enchentes, secas, ventos cada vez mais fortes, caso nada seja feito em relação ao efeito estufa poderão acontecer verdadeiras tragédias, como derretimento de geleiras que acarretará o aumento dos níveis dos oceanos, inundando cidades costeiras.

A saúde humana também corre riscos, doenças como malária e cólera, possivelmente aumentarão, isso prejudicaram principalmente as civilizações mais pobres, podendo ate a surgir uma epidemia dessas doenças Países com clima mais frio em decorrência do aumento da temperatura global, passariam a ter que se preocupar com doenças tipicamente tropicais.

Terra em crise

Bruna de Souza Oewela e Nathália Ferronatto Cariattib

aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected] do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- [email protected]

esde que o homem começou a utilizar os combustíveis fósseis, como o petróleo, o gás natural e o carvão, sua vida foi facilitada e possibilitou o desenvolvimento da indústria e avanços tecnológicos. Esses combustíveis demoram milhares de anos para serem

formados e a reserva dos mesmos, existentes na natureza, está se esgotando. Porém esse não é um problema imediato, pois estima-se que há reservas para cerca de 40 anos. A preocupação imediata é a poluição causada pela queima desses combustíveis e suas conseqüências para o meio ambiente.

Atualmente o consumo de energia no mundo é 10 vezes superior ao dos tempos primitivos. O crescente avanço tecnológico demanda um consumo muito grande de energia, poluindo cada vez mais o ambiente. Os CFCs (cloro, flúor e carbono) destroem a camada de ozônio, deixando a Terra desprotegida dos raios solares e levando a um aumento na temperatura do planeta. Graças a esse fenômeno, no século XX, a temperatura média da Terra aumentou de 0,4º para 0,8ºC. A temperatura nos últimos 50 anos subiu com o dobro da velocidade do que cresceu até 1950. O fenômeno de aquecimento global é chamado “Efeito Estufa” e traz como conseqüência, por exemplo, o derretimento das geleiras e aumento do nível do mar.

A fim de minimizar essas graves conseqüências foram organizados debates, com a presença de líderes mundiais, para discutir possíveis saídas para o problema. Dentre eles destaca-se o protocolo de Kyoto que propõe aos países

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desenvolvidos que reduzam em 5%, até 2012, sua liberação de poluentes. Entretanto a adoção de energias renováveis não-poluentes, como a eólica e fotovoltaica, tem um custo muito alto e poderiam levar a uma diminuição na produção, gerando menos lucros. Por conta disso, os EUA, que consomem sozinhos 35% da energia mundial, não assinaram o acordo. Mesmo que as metas propostas pelo protocolo sejam atingidas ainda será insuficiente, uma vez que a redução mínima para resolver o problema seria de 60% de emissão do gás CO2. Brasil, China e Índia ainda não possuem metas de redução, por serem países subdesenvolvidos, mas em alguns anos estarão poluindo mais do que os países desenvolvidos.

Pesquisas estão sendo feitas para encontrar possíveis alternativas para redução de CO2 na atmosfera. Além da adoção de energias renováveis estuda-se a capacidade das plantas de consumir todo CO2 excedente. Ainda há dúvidas quanto a real ajuda das plantas contra a poluição. Experiências feitas no Brasil simulando a atmosfera terrestre daqui alguns anos demonstram que o excesso de CO2 reduz o ciclo de vida da planta.

Para atingir suas metas de redução, países desenvolvidos estão investindo em países subdesenvolvidos, como no caso da Holanda, que comprou gás metano de Nova Iguaçu, no Brasil.

Medidas importantes estão sendo tomadas, porém ainda são insuficientes. O relatório apresentado em 2001 no IPCC prevê que quando a quantidade de CO2 no planeta dobrar, sua temperatura se situará entre 1,5º e 4,5ºC a mais e que até 2100 o nível do oceano subirá até 0,47m provocando grandes catástrofes com a submersão de países como a Holanda, e regiões litorâneas do mundo inteiro.

A preocupação com a Terra deverá aumentar ainda mais nos próximos anos a fim de preservar a biodiversidade e o ecossistema

A poluição acarreta mudanças climáticas

Caroline de Lima Iseppia e Patrícia Maia Quitschalb

aAluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.E- [email protected] do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.E- [email protected]

excesso do uso de combustíveis derivados do petróleo tem comprometido a qualidade do ar por meio da emissão de várias substâncias, entre elas o CO².

O gás carbônico (CO²) é o principal responsável pelo efeito estufa, fenômeno caracterizado pela concentração de calor na atmosfera da Terra, ou seja,

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o CO² atua como uma estufa. A destruição da camada de ozônio (O³) também contribui para o agravamento do problema.

O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) publicou em 1990 um relatório que foi atualizado em 1995 e em 2001.

Nele constava que a década de 1990 foi a mais quente do século XX e o ano 1998 o mais quente do século. No século XX, já foi verificado um aumento médio de 0,6ºC na temperatura global.

Além disso, o nível dos oceanos subiu de 10 a 20 centímetros no século XX. A precipitação de chuvas tem aumentado e a cobertura de neve tem decrescido.

Estudos prevêem, inclusive, um aumento de 16 a 98 centímetros no nível dos oceanos até 2100. Essa é uma conseqüência muito grave, principalmente para a população que mora no litoral, pois estas áreas se tornariam inabitáveis.

O aquecimento das águas dos oceanos já teve como conseqüência o fenômeno El niño. Este fenômeno é responsável por secas no sertão e excesso de chuvas no Sudeste. Essas alterações climáticas prejudicam a agricultura e, por conseguinte, o desenvolvimento de toda uma região.

Todos estes problemas despertaram as autoridades mundiais em busca de uma solução. A redução da emissão de CO² foi reconhecida como necessária.

O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional destinado a reduzir emissão do gás carbônico através de mecanismos como o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo).

Reduzir as emissões dos gases que provocam o efeito estufa e recapturar estes gases depois de emitidos são as melhores soluções.

Os EUA se recusaram a ratificar o Protocolo, pois acreditam que esta medida reduzirá seu crescimento econômico.

Esta crença é embasada no fato de que serão necessários muitos investimentos em fontes de energia renováveis. Os EUA foram um dos primeiros países a se industrializar, logo um dos principais responsáveis pela poluição mundial até hoje.

A Terra em febre

Tiago Nascimento Ordoneza e Thaís Bento Lima da Silvab

aAluno do curso de Gerontologia. E- [email protected] do curso de Gerontologia. E- [email protected]

planeta desde os primórdios da existência de suas espécies, apresentava instabilidades climáticas provocadas por efeitos naturais, porém atualmente volta a enfrentar uma nova instabilidade, esta não mais de ordem natural, mas sim como

conseqüência das atividades humanas no meio ambiente.

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Atividades como a intensificação do processo de industrialização iniciado no século XIX na Europa, que fez uso dos combustíveis derivados do petróleo, aumentando o consumo nos séculos seguintes que apresentavam uma expansão das indústrias, visto que não se barrava apenas no continente europeu, mas em todas as áreas do planeta (desenvolvidas e periféricas).

Estas que diariamente abastecem suas economias queimando combustíveis, emitindo quantidades grandiosas de gás carbônico na atmosfera.Ressaltando também a prática de queimadas de florestas que sustentam o desenvolvimento de muitos países, inclusive o Brasil, nação que mais desmata florestas sendo grande parte das causas das emissões de gás carbônico geradas em território nacional.

A humanidade assusta-se com estes fatores, porém pouco faz para evitar uma antecipação dos fins dos tempos, percebendo-se que há um gradativo esgotamento de recursos naturais, que nos permitem sobreviver no planeta, hoje há apenas 18% das espécies animais vivas, muitas plantas estão desaparecendo por causa da poluição do solo e escassez de chuvas.Insetos nocivos ao homem estão se proliferando e as doenças características de territórios tropicais serão comuns a qualquer região do planeta,assim como a malária e a dengue,visto que seus vetores,respectivamente Anopheles e Aedes Aegypti estão sendo encontrados em grande número,em diversas nações,pois encontram clima favorável para sua reprodução.

Um aspecto discutido por ambientalistas, ecólogos e cientistas são os pontos positivos e negativos que temos na utilização das fontes de energia.Como a hidroeletricidade que depende basicamente da água das chuvas, não é poluente, porém é prejudicial à população ribeirinha (pois esta tem que se deslocar de suas residências para a implantação das hidroelétricas) e interfere no curso dos rios.

A energia termoelétrica devido a utilização de derivados do petróleo, polui oambiente liberando enxofre e gás carbônico na atmosfera,ressaltando que trata-se de uma energia que requer um alto custo de manutenção,tendo a vantagem de fornecer energia com rapidez,porém não utiliza recursos renováveis.

Uma energia muito recomendada que foi desenvolvida por pesquisadores que visavam uma fonte de energia limpa, é a de biomassa, para seu abastecimento utiliza-se o bagaço da cana-de-açúcar ou de outros tipos de matérias orgânicas (mamona e restos de alimentos),estes não degradam o meio ambiente.

Devemos entender que o planeta passa por momentos difíceis, melhor dizendo seu estado é de febre (aquecimento global).Pois o descontrole da poluição que prejudica todos os tipos de vida parece não ter fim e a atitude para reverter esta situação vêm de poucos, quando na verdade deveria vir de todos, como no caso do Protocolo de Kyoto, acordo firmado com diversas nações, para reduzir as emissões de gás carbônico na atmosfera.Neste muitos diziam cumprir suas metas, porém não foi o que aconteceu, pois nações como os Estados Unidos, preocupados mais com sua economia do que com os impactos gerados no planeta não aceitaram seguir as normas do acordo.Vale lembrar que os Estados Unidos é o país que colaboraria mais, com a redução

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dos poluentes (visto que é o que mais polui).Não vamos seguir este exemplo, se cada um fizer sua parte o planeta poderá se curar desta febre.

Impactos ambientais: um problema de todos

Beatriz F. F. de Carvalhoa e Lílian C. S. de Jesusb

aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] do curso de Gerontologia. E- [email protected]

s impactos do uso de energia no meio ambiente não são novidades. Desde os primórdios o homem consome energia, mas a partir da Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra, até os dias de hoje o consumo médio de energia no mundo é dez vezes superior

ao do homem primitivo.

O problema é que o consumo mundial de energia aumentou a uma taxa anual de 1,3% entre 1990 e 1998, fazendo com que os danos ambientais causados pelos gases liberados na combustão de energia fóssil deixassem de ser locais para se tornarem alterações globais.

As concentrações atmosféricas dos gases-estufa considerados no Protocolo de Quioto (especialmente o CO2)-o qual estabelece limitações e um calendário a ser seguido aos paises que o ratificarem – vem aumentando continuamente devido ao crescente uso de energia fóssil (petróleo, carvão, gás natural) e a mudanças no padrão de uso do solo (agricultura, urbanização e desmatamento). O uso de energia é responsável por mais de dois terços das emissões de gases-estufa.

A degradação do meio ambiente como conseqüência de energia convencional e seu consumo estão ameaçando a saúde humana e a qualidade de vida, além de afetar o equilíbrio ecológico e a diversidade biológica.

Com o auxílio de pesquisas realizadas a respeito das influencias humanas no clima global, podemos facilmente constatar e até mesmo sentir algumas dessas conseqüências tais como: o aumento da temperatura terrestre, o nível dos oceanos subindo, o aumento de precipitação das chuvas, a cobertura de neve e gelo decrescendo e o aumento do número de eventos climáticos extremos.

A solução para esse terrível problema pode estar em algo simples, sugerido pelo MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) que é a adoção de energias renováveis, que incluem biomassa, solar, eólica, geotérmica e hidrelétrica.

É importante salientar que o nosso país, mesmo ainda estando em processo de desenvolvimento, também contribui para a emissão de gases-estufa, por isso deve compartilhar de esforços para reformular sua estrutura de produção e

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consumo de energia e realizar contribuições efetivas para controlar o crescimento de gases-estufa.

Cabe a nós estarmos sempre atentos aos assuntos que envolvem o processo de negociações entre os paises a esse respeito e exigirmos deles total empenho, pois as graves conseqüências desse problema atingem o globo como um todo e não somente aos que recusam a participar, assim como os Estados Unidos da América, do Protocolo de Quioto.

A energia capaz de esfriar a Terra

Thaís H. S. Freitasa e Paula Passinib

aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] do curso de Gerontologia. E- [email protected]

o filme Matrix nos confrontamos com uma realidade na qual seres humanos são utilizados por máquinas como pilhas. Por meio da bioenergia essas pilhas humanas abastecem as máquinas. Nesse cenário não há Sol e, portanto não há plantas. É com horror que o

telespectador verifica cenas de “cultivos” de seres humanos. O leitor menos informado poderá até pensar: “Que violência! Cultivar seres humanos?” Entretanto, de certa forma as máquinas demonstram uma inteligência superior à humana, pois conseguem, além da Matrix, criar uma forma renovável de energia adaptável às condições ambientais apresentadas naquele contexto.

Felizmente não é somente na ficção científica que métodos inovadores de obtenção de energia são criados. No Brasil, por exemplo, temos um programa alternativo à queima de combustíveis fósseis que é o Pró-álcool. Esse programa é tão reconhecido que o Brasil já se prepara inclusive para exportar “know-how” (conhecimento e tecnologia) ao mundo!! O Pró-álcool consiste em um tipo de cultivo também. Entretanto, ao invés de seres humanos cultivados por máquinas temos a cana-de-açúcar cultivada por seres humanos e processada por máquinas. Tal processo permite o uso energético da biomassa. Ou seja, utilizamos matéria viva para a geração de energia!!! Isso possibilitará menores índices de poluição atmosférica quando comparada à taxa emitida por combustíveis fósseis.

Nesse momento o leitor deve estar se perguntando: “Combustíveis fósseis?” ou ainda “Que poluição atmosférica?” Para satisfazer a sua mente inquieta vale explicar que combustíveis fósseis são todos aqueles que vieram de vegetais ou de animais soterrados e submetidos a altas pressões há milhares de anos originando petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima desses combustíveis gera energia e a emissão de substâncias tais como: óxido de enxofre e de nitrogênio (causadores da chuva ácida, que entre outros males destrói o nosso patrimônio histórico), monóxido de carbono (que no ar com

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suas partículas suspensas poderá destruir as células dos seus pulmões ou causar-lhe uma parada respiratória).

Todos esses elementos são prejudiciais ao meio ambiente. Além desses há a emissão de mais um poluente que fomenta grandes discussões sobre poluição ambiental: o gás carbônico. A emissão dessa substância, principalmente devido ao desenvolvimento sócio-tecnológico, especialmente nos países desenvolvidos, associado ao desmatamento de florestas é responsável, segundo grande parte da comunidade científica pelo aquecimento global gerado pelo efeito estufa.

O Efeito de Estufa é a forma que a Terra tem para manter constante a temperatura propícia à vida que herdou. Mesmo sendo a atmosfera altamente transparente perante a luz solar, cerca de 35% da radiação que recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto se deve principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono (o gás carbônico), Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos. O efeito conjunto de tais aumentos pode vir a causar um aumento da temperatura global (Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta ordem de grandeza não só irá alterar os climas a nível mundial como também irá aumentar o nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas. Entretanto há alternativas a esse quadro de resultado futuro. Uma delas é o protocolo de Kyoto, que sugere, além do reflorestamento, uma redução de 5,2% das emissões globais de gases de efeito estufa até 2012. As 38 nações industrializadas são as principais responsáveis pelo cumprimento dessa meta por meio de ações em seu próprio território - como a substituição de combustíveis fósseis por energia limpa, por exemplo - ou por meio do patrocínio de medidas compensatórias em países em desenvolvimento -consolidando o ainda incipiente mercado de crédito de carbono, por exemplo.

No caso da utilização de outras fontes de energia temos a já citada cana-de-açúcar além da energia eólica e a solar.

No caso da energia eólica é interessante citar Dom Quixote, um cavaleiro errante que combatia entre outros males da modernização os gigantes representados pelos moinhos de vento. Para Dom Quixote tais moinhos eram devoradores de homens. Na verdade eles eram o primeiro sinal de tecnologia num mundo ainda feudal. Esses devoradores de homens de ontem podem ser, associados a outros recursos energéticos menos poluentes, a grande tábua de salvação para o nosso planeta Terra.

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Inalação de esperanças

Jaime Teles da Silvaa e Jhonas Pereira dos Reisb

aAluno do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]

ais do que nunca, percebemos a preocupação de autoridades e instituições em relação ao aquecimento global, que é um problema que envolve diversos fatores e está fortemente relacionado com diferentes formas de energia que resultaram da evolução da ciência

e da tecnologia.

Tal preocupação tem como um dos enfoques principais o efeito estufa, que é o fenômeno que facilita a retenção de calor na Terra devido a extensa camada de poluentes, formada basicamente por dióxido de carbono (gás geralmente emitido por usinas e veículos automotores), gás metano e óxidos nitrosos. Contudo, não é de hoje que a poluição causa problemas ao planeta, pois existem provas de que na pré-história ocorriam erupções do Monte Krakatoa em 1883 e a do Monte Katmai em 1902, por exemplo, produziram poeira e fumaça que bloquearam a luz solar durante muitos anos (Lisboa, 2005).

Atualmente, a poluição ocorre principalmente através do desmatamento por queimada e pela combustão de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás), sendo a queimada, um processo de queima de biomassa que emite para a atmosfera gases poluentes e, componentes de aerossol que interagem de forma eficiente com a radiação solar, afetando processos de metafísica e dinâmica de formação de nuvens e da qualidade do ar, podendo ocorrer por razões naturais como na pré-história ou por iniciativa humana (Freitas, 2005). O desmatamento pode ainda, provocar uma grande perda da biodiversidade, onde se estima uma diminuição da biodiversidade, onde se estima uma perda entre 8000 a 34000 espécies, tendo em vista que esse problema aumenta 1% ao ano (Salati, 2006) e o Brasil está entre os principais registros de queimadas do mundo (77%).

Além disso, o aquecimento global pode acarretar em conseqüências como o derretimento das calotas polares, que resultam na elevação do nível dos mares e alterações na corrente marinha, que são importantes na formação de furacões, juntamente com fatores relacionados ao aumento da temperatura em determinadas regiões.

Com base nisso, em 1992 na “Convenção do Clima” foram realizadas discussões onde se reconhece a importância do controle da emissão de gases para não agravar o efeito estufa, levando a tona a proposta do “Protocolo de Quioto” onde são estabelecidos limites para as emissões e um calendário que estipula uma meta global que determina a redução de 5,2% até 2012 para os gases poluentes lançados no meio ambiente em relação ao ano de 1990. Sabe-se que esta é uma porcentagem pouco expressiva para a redução do problema, tendo em mente que três bilhões de toneladas de poluentes não são absorvidos

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por ano, porém apresentam uma iniciativa que poderá ser ampliada futuramente.

Entrou em vigor em fevereiro de 2005 com 141 países integrantes, tendo como uma das principais polêmicas o boicote do governo dos E.U.A. (responsável por 25% da poluição total) ao protocolo visando que tal medida diminuiria a obtenção de lucros financeiros no país. Em contrapartida alguns autores afirmam que a poluição pode trazer perdas econômicas como a corrosão de metais (que pode abalar estruturas e estragar obras artísticas), enfraquecimento de tecidos (que reduz a durabilidade e resistência de roupas que podem requerer o aumento da compra), desgasta edifícios (exigindo constantes pinturas e manutenção), danifica a vegetação e a fauna (diminuindo a biodiversidade vegetal e animal), causa a perda de nutrientes do solo através da acidez e nociva à saúde.

Surge também o espaço para a apresentação de fontes alternativas de energia, sendo o Brasil o país com o primeiro projeto aprovado, relacionado a uma rede coletora de gás metano em aterros sanitários, possibilitando a obtenção de lucro através da venda do projeto.

Assim, percebemos que a evolução da tecnologia e da ciência não deve ser vista apenas como sinônimo de poluição, podendo colaborar com a criação de fontes alternativas de energia (eólica, solar, nuclear) a fim de descentralizar o consumo sistemático do petróleo, de modo a diminuir os impactos ambientais, dependendo somente da persistência do homem para manter as condições favoráveis à vida na Terra.

Terra doente

Juliana Radiguieri Sgroia e Fernando Ciccacio Xavierb

aAluna do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected] do curso de Ciências da Atividade Física. E- [email protected]

ão é preciso muita atenção para repararmos nas mudanças climáticas que vivenciamos nos dias de hoje. As estações do ano nem sempre se apresentam na época determinada. São longos períodos de chuvas ou estiagem, baixas temperaturas ou calor

excessivo prejudicando a produtividade das lavouras e provocando catástrofes naturais.

Grande parte dessas mudanças climáticas é atribuída ao aquecimento global e ao efeito estufa.

Desde a Revolução Industrial a queima de combustíveis fósseis só tem aumentado para atender às indústrias e ao desenvolvimento das sociedades cada vez mais populosas, fato este que contribui diretamente para maior emissão de gases poluentes.

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Segundo José Goldemberg (físico e ex-secretário do meio ambiente de São Paulo), a queima de combustíveis fósseis como o petróleo e derivados, gás natural e carvão vegetal, vem produzindo grandes quantidades de monóxido de carbono, nitrogênio e suspensão de particulados que estão alterando a composição da atmosfera e provocando acidificação das chuvas. Essas alterações diminuem a produtividade de florestas, da pesca e cultivo agrícola interferindo diretamente na subsistência do homem.

Dados do terceiro relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas) de 2001 evidenciaram forte influência humana no clima global.

Por outro lado, nenhuma nação abriria mão de seu desenvolvimento econômico e tecnológico em favor da diminuição imediata da emissão de gases poluentes, contudo o protocolo de Kyoto tenta determinar metas de redução de emissão de gás poluente próprias para cada país. Países mais desenvolvidos teriam taxas mais severas.

A validação desse protocolo depende da adesão dos principais países emissores de gases da queima de combustíveis fósseis como os EUA que até o momento se negam a assinar o protocolo de Kyoto mesmo sendo o maior emissor no mundo.

O protocolo de Kyoto também sugere formas de produção e consumo de fontes de energias limpas e renováveis como solar, eólica, e biomassa, geotérmicas e hidrelétricas, sendo que essa última necessita de atenção especial no planejamento para que sua implantação não destrua ecossistemas inteiros.

Dos avanços tecnológicos ao Protocolo de Kyoto

Carolina Manca Pintoa e Young Shim Morib

aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] do curso de Gerontologia. E- [email protected]

tecnologia não é em si boa ou má; depende da utilização que dela se faz. O homem é extremamente capaz de imaginar e gerar novas tecnologias, mas pouco sábio em sua aplicação. Esse pensamento explica a existência de múltiplos problemas ambientais no mundo

atual.

Com os avanços tecnológicos houve uma explosão populacional, isso devido a descobertas de medicamentos que evitavam mortes banais, como por exemplo, morte por infecções. Essa explosão também fez com que o consumo de energia dos últimos dois séculos aumentasse cerca de 100 vezes em relação ao consumo do homem primitivo.

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Esse aumento no consumo aconteceu devido ao aumento do uso de carvão no século XIX; o uso de motores de explosão interna que levaram ao uso do petróleo e seus derivados. Apesar do potencial da energia para a melhoria de vida do homem ser questionável a produção de energia convencional e o seu consumo estão fortemente relacionados a degradação do meio ambiente.

O que se constata é que o clima do planeta Terra nunca foi estável por razões meramente naturais. A “novidade” é que agora as mudanças climáticas estão sendo aceleradas pela ação humana.

Pesquisas científicas têm relacionado o gradativo aumento da temperatura média do planeta com o crescimento dos gases dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4). O excedente desses gases, além de outros como o óxido nitroso, gerados pela queima do petróleo, carvão natural, gás natural por indústrias e automóveis, junto com a destruição de florestas, permitem o bloqueio dos raios solares refletidos à superfície terrestre causando o aquecimento global. Fenômeno o qual denomina-se “efeito estufa”.

Em conseqüência desse fenômeno pode-se citar: o risco de extinção de 900 mil a 1,8 milhões de espécies de plantas e animais terrestres; o aumento da distribuição geográfica de insetos como o transmissor da dengue e levar doenças tropicais para países das regiões temperadas; derretimento de geleiras elevando o nível do mar colocando em risco cidades litorâneas.

Durante a década de 1990, cerca de 210 milhões de pessoas por ano foram atingidas por catástrofes causadas por fenômenos naturais associados ao clima como as secas, enchentes, furacões, tornados e ciclones. Todos os anos, o custo desses desastres chega perto de 40 bilhões de dólares.

Assim, discutido pela primeira vez essas questões das alterações do clima e a provável redução na emissão de poluentes, em 1992, a ONU delineou o plano do protocolo de Kyoto.

Protocolo esse que visa: diminuição de 5,2% entre 2008 a 2012 do lançamento dos gases que causam o efeito estufa.

São lançados 7 bilhões de CO2 na atmosfera, porém só 4 bilhões são absorvidos pela natureza.

Assinaram o tratado 36 países, esses têm o compromisso de reduzir 5% a emissão de CO2 até 2012, e são países pertencentes ao anexo I (os que primeiro se industrializaram).

Os EUA são responsáveis por 25% dos poluentes, porém assinar o tratado não renderia lucros a eles.

Concluímos com os fatos relatados, que devemos zelar por um mundo onde garanta a oferta de energia para a redução da pobreza e que permita um desenvolvimento sustentável que não agrida ao meio ambiente.

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Um passo atrás pelo futuro

Juliana Moreno Guerraa e Mariana Blum Rodrigues Trindadeb

aAluna do curso de Obstetrícia. E- [email protected] do curso de Obstetrícia. [email protected]

evolução da humanidade deu grandes saltos nos últimos séculos. Os dois principais podem ser relacionados à revolução científica seguida pela revolução industrial. Ambas foram indispensáveis para que chegássemos ao nível atual de desenvolvimento. A primeira trouxe

muitas respostas e descobertas e a segunda colocou muitas delas em prática. Seus resultados positivos foram o aumento da longevidade humana, maior eficiência na produção de alimentos e um aumento generalizado de conforto para a maioria da população mundial. No entanto, ocorreram também resultados negativos como a poluição do meio ambiente, o esgotamento dos recursos naturais, perdas na biodiversidade e mudanças climáticas.

Podemos relacionar a explosão demográfica com a maioria dos atuais problemas ambientais. A tecnologia e suas aplicações práticas são vilãs secundárias. Foi graças à ciência e à tecnologia que a expectativa de vida foi aumentada com conseqüente aumento da população mundial. Também graças à ciência e à tecnologia foram colocadas em uso as máquinas e técnicas de produção mais eficientes que tanto interferem negativamente no meio ambiente. No entanto o Homem é o real protagonista de todas essas ações e, quanto maior a população, maior a sua interferência. Em torno de 1600 a população atingiu seu primeiro meio bilhão. No início do séc. XX, apenas 400 anos depois, aumentou para 1,6 bilhões, terminando o século com aproximadamente 6 bilhões. Hoje, considerada a superfície total dos continentes, excluindo apenas a Antártida, a densidade demográfica é de 46 habitantes por quilômetro quadrado. O crescimento demográfico terá que estacionar algum dia, pois uma expansão contínua num mundo com recursos finitos será insustentável.

Ao examinarmos fotos da Avenida Paulista no início de 1900, constatamos que ela era tomada por terrenos arborizados de grandes chácaras com belas mansões bem distantes umas das outras. Ao visualizar a mesma avenida nos dias de hoje, no início do séc. XXI e apenas 100 anos depois, verificamos um conglomerado de arranha-céus cada vez mais altos e mais próximos, oferecendo espaços cada vez mais limitados. Imaginemos então se continuarmos no mesmo ritmo de crescimento... Vislumbramos um futuro próximo no qual tudo será tomado por prédios altos, colados, e onde findaremos por viver e até mesmo por dormir em pé.

Faltando espaço até para viver, quanto restará para plantar, produzir e trabalhar? O esgotamento dos recursos naturais inclui a escassez de água, perda de solos agriculturáveis e esgotamento de recursos pesqueiros. O uso da água aumentou cerca de 36 vezes em 200 anos. E já se admite que sua escassez será

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um dos problemas ambientais do séc. XXI agravado pela poluição dos rios, lagos e lençóis freáticos contaminados por dejetos humanos, industriais e agro-químicos. Mais um problema: a poluição.

Entende-se hoje por poluição toda introdução de substância ou energia no meio ambiente, alterando suas condições naturais e gerando prejuízos à saúde e ao bem-estar humanos. A poluição por ação humana sempre existiu. É fato notório que antigas civilizações, mesmo aquelas de baixa tecnologia, agrediram o ambiente com dejetos e substâncias nocivas. Análises feitas nas geleiras da Groenlândia evidenciaram vestígios de depósitos de chumbo, um metal altamente nocivo, contemporâneos com seu uso intensivo nos tempos da antiga Roma. No entanto a explosão demográfica e a expansão de práticas tecnológicas como o uso de motores a explosão e a criação de indústrias, certamente exponenciaram o potencial poluidor da humanidade.

Outro tema ambiental influenciado pelo crescimento demográfico e pelas aplicações tecnológicas da ciência são as mudanças climáticas. A ocupação desordenada do solo e o desmatamento de florestas; a urbanização descontrolada e as ilhas urbanas de calor; e o constante aumento da utilização de motores movidos a combustíveis fósseis, com suas descargas de gases nocivos acumulando-se na atmosfera, são fatores cada vez mais comprovados como grandes causadores do atual aquecimento global. O clima na Terra nunca foi estável, no entanto, nas últimas décadas tem sido verificada a relação direta entre a degradação e poluição ambiental e o efeito estufa com suas conseqüentes mudanças climáticas.

É necessário, portanto, buscar o uso mais consciente dos recursos optando por fontes renováveis de energia limpa tais como a eólica, a nuclear, a hidráulica e a solar. Há várias décadas a tecnologia automobilística desenvolveu o motor elétrico, porém o lobby da indústria petrolífera não permitiu a difusão de seu uso. Já existe tecnologia para sustentar a demanda energética domiciliar através de painéis solares, mas esta opção limpa ainda tem sua aplicação restrita devido ao seu alto custo. Talvez se abdicássemos um pouco do crescimento econômico em prol da conservação ambiental e repensássemos o conceito de que evoluir significa sempre dar um passo à frente, concluiríamos que, neste momento, um passo atrás talvez seja a única alternativa para prosseguirmos evoluindo como espécie habitante deste planeta.

Interferência do homem nos fenômenos ambientais

Pâmela Batista dos Santos a e Amanda Fernandes da Silvab

aAluna do curso de Gerontologia. E- [email protected] do curso de Gerontologia.

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tualmente ouvimos muito sobre os fenômenos ambientais no mundo, porém há uma grande diferença entre os naturais e os causados pelo homem. Terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas são desastres que causam danos a vida, mas são fenômenos naturais

em que a humanidade não pode intervir, sendo explicados pela dinâmica interna da Terra, com a movimentação das placas tectônicas e do material líquido que está abaixo da crosta terrestre. Já em relação aos fenômenos causados pelo homem podemos dizer que a interferência humana na natureza é a principal causa de mudanças climáticas e ambientais. Podemos dizer que o “pontapé” inicial para o aquecimento global, foi a partir da Revolução Industrial com a utilização de combustíveis fosséis para geração de energiasuprindo as necessidades da economia e da população, que aumentava progressivamente. Em função disso houve uma crescente emissão de gases na atmosfera, como o dióxido de carbono, metano, nitrogênio e o acumulo deles na atmosfera impedindo que os raios ultra-violetas saiam ocorrendo o efeito estufa, aquecimento global, degelo das calotas polares e mudança nos redimes das chuvas. Na tentativa de reduzir os gases poluentes, principalmente o dióxido de carbono, foi assinado o Protocolo de Kyoto, pelos países mais ricos e poderosos do planeta e também iniciadores das mudanças climáticas, tendo como objetivo diminuição de 1% ao ano até 2012. Porém os principais poluidores mundiais, Estados Unidos e Rússia, não aderiram ao protocolo e permanecem liberando em torno de 25% dos gases poluentes de todo o mundo. Outras medidas podem ser adotadas pelos países para contribuir com a redução de dióxido de carbono como o uso de energias renováveis, que inicialmente podem ter um alto custo, mas não tanto quanto remediar os efeitos causados pela queima de combustíveis, e também o reflorestamento que captura e fixa os gases da atmosfera. Portanto, nós temos a decisão de alterar os processos da natureza, seja para piorar ou para remediar as mazelas que causamos.

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Forever green

Antônio Carlos Jobim e Paulo Jobim

Let there be flowers Let there be spring

We have few hours to save our dream Let there be light Let the bird sing

Let the forest be forever green Little blue planet

In great need of care Crystal clear streams

Lots of clean air Let's save the Earth

What a wonderful thing Let it be forever green

Imagine Mother Earth become a desert A poison sea, a venomous lagoon

And life on Planet Earth be gone forever And God will come and ask for planet blue

What to do Where is the paradise

I've made for you Where is the green

And where is the blue Where is the house I've made for you

Where is the forest and Where is the sea

Where is the place good for you, good for me Let's save the Earth

What a wonderful thing Let the bird fly, let the bird sing

(Let them sing Luisa) Let it be forever evergreen

Where is the paradise I've made for you Where is the green

And where is the blue Where is the house I've made for you