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Seguro popular e serviços agregados são opções Alternativas para a queda nas vendas Estudo Setorial Revista Suma Economica ISSN 0100-8595 - Edição Especial 83 - Julho de 2016

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Seguro popular e serviçosagregados são opções

Alternativas para a queda nas vendas

Estudo SetorialRevista Suma EconomicaISSN 0100-8595 - Edição Especial 83 - Julho de 2016

Page 2: Alternativas para a queda nas vendas - Suma Economicasumaeconomica.com.br/EstudoSetorial/2016/... · Como não há sinais de melhoria desse quadro em curto prazo, o setor procura

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Estudo Setorial 3Estudo Setorial 3

A queda acentuada da venda de veículos zero km se refletiu no mercado de seguros, atingindo uma das carteiras que mais geram receitas para o setor.

Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), de janeiro a abril, a receita apurada no ramo Auto somou R$ 9,9 bilhões.

Embora isso represente uma impressionante média de R$ 83,3 milhões de recursos entrando nos cofres das empresas do setor a cada dia, tal valor é 4% menor que o apurado nos quatro primeiros meses de 2015.

E mais: se for considerada a inflação acumulada entre os dois períodos comparados, a queda (real) é ainda maior: 14%.

Como não há sinais de melhoria desse quadro em curto prazo, o setor procura alternativas para compensar a per-da de receita. Entre as opções mais citadas por executivos e analistas do setor constam o seguro popular e a venda de serviços agregados, como as assistências e as coberturas de responsabilidade civil.

Diante do cenário de incertezas, este estudo setorial mostra como anda o processo de ajuste na regulamenta-ção do seguro popular de veículos. Até o fechamento des-ta edição, a Susep ainda não havia aprovado as mudanças propostas pelos seguradores, que não gostaram de alguns dispositivos da resolução do Conselho Nacional de Segu-ros Privados (CNSP) que trata da matéria, a qual foi publi-cada em abril.

Como o órgão regulador sinalizou que aprovará boa parte dessas sugestões, provavelmente ainda na primeira quinzena de julho, há um clima de otimismo no mercado.

A previsão é a de que esse seguro popular poderá atin-gir um universo de mais de 20 milhões de veículos, com preços até 30% mais baratos que os praticados na comer-cialização do produto tradicional, refletindo diretamente no resultado das seguradoras e corretores que atuam com o foco direcionado para o ramo Auto.

A oferta dessa nova modalidade poderá aumentar o percentual de veículos segurados dos atuais 30% para até 50% da frota circulante no País, a qual já ultrapassou a marca da 42 milhões de unidades, incluindo automóveis, caminhões e ônibus.

Com a crise na economia, que derrubou a venda de ve-ículos novos, a idade média dessa frota vem subindo pro-gressivamente, o que eleva também o número de possíveis clientes do seguro popular.

Portanto, é algo fundamental para o mercado neste momento de instabilidade econômica e de queda nas ven-das do seguro tradicional.

Esta publicação traz ainda um balanço sobre o desem-penho da carteira nos primeiros meses deste ano, retrata o temor de corretores e seguradores em relação ao cres-cimento exponencial da chamada “proteção veicular”, um serviço que reúne muitas características de seguros e que é comercializado por associações de classe, cooperativas e outras entidades do gênero. O problema é que esse produ-to tem forte apoio no meio político e pode ser regulamen-tado a qualquer momento no Congresso Nacional.

Boa Leitura!

Seguro de Automóveiseditorial

Mercado busca opções paracompensar queda nas vendas

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Estudo Setorial4

cApitAlizAçãoSeguro de Automóveis

03 EDITORIAL Mercado busca opções para compensar queda nas vendas

06 RESPONSABILIDADEPouco conhecido, mas muito importante

08 EMPRESAS - BRADESCO SEGUROS Bradesco mantém posição de destaque no ramo Auto

05 MERCADO Carteira de automóveis sente reflexos da crise

índice

07 PROTEÇÃO VEICULAR Susep alerta que consumidor corre riscos

10 PRODUTO Seguro popular pode atrair mais de 20 milhões de segurados

A edição especial sobre SEGURO DE AUTOMÓVEIS faz parte da revista SUMA ECONOMICA, um suplemento da COP EDITORA LTDA.

DIRETOR: Alexis Cavicchini - [email protected]

BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - [email protected]

COLABORAÇÃO:Jorge Clapp

PROjETO GRAfICO E DIAGRAMAÇÃO:CRIA - Design e Comunicação Visual - www.criavisual.com.br

DIRETORIA COMERCIAL:Salete Gondim - [email protected]

ATENDIMENTO:Maristella Orlando - [email protected]

CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:(0xx21) 2501-2001www.sumaeconomica.com.br

CIRCULAÇÃO:Otácilio Vieira Filho

RIO DE jANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ.Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares.

Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.

12 SERVIÇO Veja como deixar o seguro mais barato

14 PESqUISA Um milhão de carros desapareceram em cinco anos

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Estudo Setorial 5

Seguro de Automóveismercado

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A instabilidade na economia já está se refletin-do no mercado de seguros e particularmente na carteira de veículos, embora não com tanta

intensidade quanto em outros segmentos.

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) apurou que, de janeiro a abril, a receita de prêmios acumulada nesse ramo somou R$ 9,9 bilhões.

Esse valor é 4% inferior ao montante registrado pelo mercado nos quatro primeiros meses de 2015.

Em termos reais, ou seja, se for considerada a in-flação acumulada entre os dois períodos compara-dos, a queda atinge 14%.

O problema preocupa lideranças do setor. Muito. Apesar de o valor acumulado até abril representar uma impressionante média de R$ 83,3 milhões de re-cursos entrando nos cofres das empresas do setor a cada dia.

Como a crise continua rondando a economia na-cional e não há sinais de melhoria desse quadro em curto prazo, seguradores procuram encontrar rapida-mente algumas alternativas para compensar a perda de receita.

O seguro popular era a “opção preferida” por mui-tos. No entanto, a regulamentação anunciada pela Susep desagradou o mercado e as companhias de se-guros adiaram seus planos de lançar seus primeiros produtos nessa modalidade.

Uma solução deve ser anunciada em julho, com al-gumas mudanças na regulamentação.

Contudo, as seguradoras irão precisar de um tempo para readequar os produtos que já estavam alinhava-dos, quase prontos para a ”prateleira”. Com isso, as pri-meiras vendas não devem ocorrer antes de setembro ou mesmo outubro.

Ainda assim, algumas companhias decidiram ou-sar e estão oferecendo alternativas inovadoras para consumidores que não querem ou não podem pagar muito, mas não admitem deixar o seu veículo sem a proteção securitária.

Tais produtos englobam serviços agregados, como as assistências e as coberturas de responsabilidade civil.

Mas, esses produtos certamente não parecem ser suficientes para dar fôlego ao mercado diante do quadro instável provocado pela crise econômica.

Seja como for, o discurso continua otimista. Até para motivar suas equipes, os seguradores repetem como mantra que, como setor de seguros ainda não atingiu, no Brasil, o patamar de outros mercados, ain-da tem pela frente bastante espaço para crescer.

Além disso, como não há recursos disponíveis para a reposição do veículo em caso de roubo, furto ou perda total em acidentes, o brasileiro deve continuar a se desdobrar para renovar o seguro.

Receita oscila

os dados apurados pela cNseg indicam um grande oscilação na receita mensal de prêmios apurada pelo mercado de seguros, na carteira de automóveis, até abril.

A receita apurada nesse mês - pouco mais de R$ 2,5 bilhões - ficou abaixo do montante registrado em março (R$ 2,6 bilhões), que ficou acima da soma computada em fevereiro (R$ 2,3bilhões), a qual foi menor que o volume angariado em janeiro: R$ 2,4 bilhões.

A média mensal, da ordem de R$ 2,5 bilhões, também está abaixo dos R$ 2,7 bilhões apurados no ano passado.

Carteira de automóveissente reflexos da crise

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Estudo Setorial6

Seguro de Automóveisresponsabilidade

Na carteira de Automóveis, existe uma cobertura que é extremamente importante, mas que não costuma despertar a atenção do segurado brasileiro, embora

seja uma das mais procuradas no exterior.

Trata-se do Seguro de Responsabilidade Civil Facultati-va de Veículos (RCF-V), que visa a reembolsar ao segurado a indenização à qual esteja obrigado, judicial ou extrajudicial-mente, a pagar em consequência de danos corporais e/ou materiais involuntários causados a terceiros.

Segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep), as principais garantias oferecidas pelo seguro de RCF-V são: Danos Materiais e Danos Corporais, Danos Morais, Carga e Descarga, Contaminação e/ou Poluição, Veículos Rebocadores, Reboques ou Semirreboques desatrelados de rebocadores e Extensão de Cobertura para Países da América do Sul.

É bom lembrar que, como já há seguros de contratação obrigatória para danos pessoais causados a terceiros (como

o Dpvat), o RCF-V deverá ser contratado a 2º Risco desse se-guro. Assim, somente será acionado no que exceder ao pre-juízo que for coberto pelo seguro obrigatório.

Na mesma situação está o “Carta Verde”, obrigatório para veículos brasileiros, de passeio ou aluguel, quando em viagem aos países do Mercosul. Este seguro destina-se, respeitadas suas condições contratuais, a indenizar diretamente ao terceiros ou reembolsar o segurado das despesas pelas quais seja civilmente responsável, em sentença judicial transitada em julgado ou em acordo autorizado de modo expresso pela seguradora, abrangen-do: Danos Corporais e Materiais Causados a Terceiros e Pagamen-to de honorários de advogado de defesa do segurado, bem como custas judiciais.

O segurado também não deve abrir mão do Seguro de Aci-dentes Pessoais de Passageiros, cujo objetivo é a indenização por danos decorrentes de acidentes pessoais ocorridos aos passageiros, quando transportados em veículos de uso particu-lar ou público e destinados a este fim.

pouco conhecido,mas muito importante

Seguro de veículos é amplo

Modalidade mais conhecida do cidadão comum, o seguro de automóveis agrega uma gama de garantias muito importantes. As principais delas são as seguintes: compreensiva (colisão, incêndio e roubo); incêndio e Roubo; colisão e incêndio; além das já citadas Responsabilidade civil Facultativa de Veículos (RcF-V); Acidentes pessoais de passageiros (App). Mas, há ainda outras garantias que podem ser contratadas mediante cobrança de prêmio respectivo, como por exemplo:

Acessórios: Garante a indenização dos prejuízos causados aos acessórios como rádios, cd players, televisores, etc, desde que fixados em caráter permanente no veículo segurado.

Blindagem: cobre a blindagem do veículo segurado, contra eventos cobertos pela apólice.

Carroceria: cobertura para danos causados à carroceria, desde que o sinistro seja decorrente de um dos riscos cobertos na apólice.

Assistência 24 Horas: indeniza o segurado por prejuízos oriundos de assistência ao veículo segurado e a seus ocupantes, em caso de acidente ou pane mecânica e/ou elétrica.

Danos Morais: Garante o reembolso da indenização por danos morais causados a terceiros.

Despesas Extraordinárias: Garante ao segurado, em caso de indenização integral, uma quantia estipulada no contrato de seguro, para o pagamento de despesas extras relativas a documentação do veículo etc.

Equipamentos: Garante a indenização dos prejuízos causados aos equipamentos do veículo pelos mesmos riscos previstos na apólice contratada.

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Estudo Setorial 7

proteção veicularSeguro de Automóveis

Além da queda das vendas, a reboque da crise eco-nômica, o mercado de seguros enfrenta outro sério problema na carteira de automóveis: a proliferação

do chamado “seguro popular”, comercializado por coope-rativas e associações, que têm muitas das características do seguro tradicional, mas não oferecem garantias sóli-das para os seus clientes, segundo adverte a Superinten-dência de Seguros Privados (Susep), órgão do Ministério da Fazenda que regulamenta e fiscaliza o setor de seguros.

A preocupação é tanta que a Susep publicou recen-temente um alerta no seu site explicando que é veda-da a operacionalização de seguros por associações e co-operativas, sendo operações exclusivas de sociedades anônimas autorizadas.

O texto acentua ainda que, no que diz respeito exclusiva-mente às cooperativas, de acordo com o Decreto Lei 73/1966, em seu artigo 24, essas entidades podem comercializar ape-nas seguros agrícolas, de saúde e de acidentes de trabalho, desde que devidamente autorizadas pela Susep.

Assim, a contratação de qualquer produto de seguro ofe-recido por entidades não autorizadas pela Susep representa um risco ao patrimônio dos consumidores. “Não há similari-dade entre os seguros oferecidos por empresas com sólidas reservas que garantem as indenizações aos consumidores, e as operações da chamada “proteção veicular”, que não pos-suem nenhum tipo de garantia ou supervisão do Estado”, fri-sa a Susep, que lista em sua página na Internet (www.susep.gov.br) as empresas autorizadas a comercializar seguros.

A Susep informa ainda que foi responsável por 161 ações civis públicas, atualmente em curso, contra cooperativas, as-sociações e outras instituições que operavam ilegalmente, sob a forma de seguradoras.

A decisão de recorrer à Justiça foi aprovada em razão de a Susep ser o órgão responsável pelo controle, fiscalização, supervisão e fomento do mercado de seguros, previdência, capitalização e resseguros e corretagem de seguros, tendo como princípio zelar continuamente pelo equilíbrio desse mercado e com foco nos direitos dos consumidores.

AÇÕESEm outro trecho, também publicado em seu site, a Susep

destaca que a única forma legal dessas associações e coope-rativas atuarem é como estipulantes de contratos de seguros, ou seja, contratando apólices coletivas de seguros junto a so-ciedades seguradoras devidamente autorizadas pela Susep, passando a representar seus associados e cooperados como legítimos segurados.

A autarquia sugere, então, que o consumidor, antes de contratar um “falso seguro”, consulte o nome da sociedade seguradora na página da Susep na Internet e leia as condi-ções gerais do contrato de seguro.

PROjETOApesar do alerta da Susep, as associações que comercia-

lizam a proteção veicular conseguiram obter apoio político importante para a sua “causa”.

Tanto assim que avançou na Câmara o projeto de lei que permite às associações de transportadores de pessoas ou cargas criarem fundo próprio com recursos sejam destinados exclusivamente à prevenção e reparação de danos ocasiona-dos aos seus veículos por furto, acidente, incêndio, entre ou-tros. A proposta regulamenta, na prática, a proteção veicular.

Em meados de junho, o relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Benito Gama, apresentou parecer favorável à proposta.

Susep alerta queconsumidor corre risco

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Estudo Setorial8

Seguro de Automóveis

oGrupo Bradesco Seguros - por meio de sua empre-sa especialista no segmento de Automóveis e Ra-mos Elementares - investe forte em novas tecno-

logias, no relacionamento com os corretores de seguros e no atendimento qualificado aos segurados para consolidar a sua posição de destaque na carteira de automóveis. Essa estratégia vem dando resultados, mesmo com o momento vivido pela economia e pelo mercado automobilístico.

“Apesar do cenário desafiador, entendemos que é possível retomar o crescimento para o segun-do semestre”, afirma o diretor Técnico de Auto/RE da Bradesco Seguros, Saint’Clair Pereira Lima. Ele lembra que apesar do emplacamento de novos veículos ter sofrido redução no primeiro quadrimestre de 2016, quando com-parado com o mesmo período do ano anterior, há indícios que justificam o otimismo. “Obtivemos queda na sinistra-

lidade e significativa recuperação de margem, acima da média do mercado”, frisa o executivo, destacando o resul-tado do novo modelo de precificação do seguro, adotado em 2014.

A atuação diversificada e a presença em todo o terri-tório nacional, pontos relevantes da estratégia da compa-nhia, que exploram as potencialidades de todos os nichos do mercado, são apoiadas por produtos que atendem às necessidades de diferentes públicos.

Saint’Clair Pereira Lima observa que, diante do contexto atual, também é possível estabelecer estratégias de reten-ção com base no reforço do atendimento, explorando a ex-periência positiva do segurado com os serviços contratados, a agilidade na liquidação de sinistros e serviços de assistên-cia que atendam ao máximo as expectativas do cliente.

Bradesco mantém posição de destaque no ramo Auto

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Estudo Setorial 9

empresasPara tanto, é fundamental e indispensável ter sempre à

mão novos serviços, tanto para os segurados quanto para os corretores de seguros, que são parceiros da Bradesco Seguros. Recentemente, a Companhia lançou um produto com foco direcionado para os serviços, que é o “Auto As-sistência Total”. Esse produto oferece aos segurados, por apenas R$ 49,95 por mês (10 parcelas, no total), amplos serviços ao veículo, incluindo o reboque, chaveiro, troca de pneu e socorro mecânico; e à residência (como eletricista, chaveiro, encanador e vidraceiro), além da proteção para terceiros (Responsabilidade Civil Facultativa). Além disso, ainda oferece a possibilidade de o cliente participar de sorteios mensais, no valor bruto de R$ 50 mil.

O diretor Técnico de Auto/RE explica que a estratégia é trazer ao mercado que não consome o seguro uma oportuni-dade de o segurado se servir de assistência em caso de emer-gência. “Percebemos que muitas vezes, em caso de pane ou acidente, o condutor fica numa área de risco sem qualquer suporte, ou seja, é uma questão de segurança ter um servi-ço de assistência emergencial neste momento”, comenta Saint’Clair Pereira Lima.

No radar da Bradesco Seguros também consta a possi-bilidade de comercializar o seguro popular de automóveis, produto que ainda está em fase de regulamentação na Supe-rintendência de Seguros Privados (SUSEP). Saint’Clair ressal-va que é preciso aguardar o formato final da regulamentação para, então, estudar a viabilidade, principalmente do ponto

de vista operacional. “Entendemos ser de suma importância não gerar frustração ao mercado quanto à expectativa gera-da pelo produto”, diz o diretor da Bradesco Seguros.

Os investimentos direcionados para a área de tecno-logia e os ajustes dos processos internos da companhia possuem papel preponderante na melhoria da qualidade do atendimento ao cliente e ao corretor. O diretor ressalta que a Bradesco Seguros tem investido fortemente em sua plataforma, visando a trazer ainda mais mobilidade para os corretores de seguros no seu dia a dia, para que possam efetuar seus negócios com tranquilidade. Além disso, es-sas novas tecnologias propiciam muito mais comodidade para os segurados. “Estamos trabalhando em um projeto piloto que brevemente será divulgado para o mercado”, adianta o diretor da Bradesco Seguros.

Saint’Clair Pereira Lima aponta para a importância de consolidar novos canais de distribuição, incluindo o e-commerce. Entretanto, o diretor reafirma que um dos maiores aliados continuará sendo o corretor, principal in-terlocutor entre a Seguradora e o cliente. Para isso, o Gru-po aposta em canais de relacionamento e em programas de treinamento para seus corretores em todo o País. “In-vestimos em aplicativos para celulares e tablets com vis-tas ao acompanhamento da produção. Estamos também desenvolvendo uma nova ferramenta on-line para levar ainda mais conhecimento ao corretor de seguros, a qual será divulgada em breve”, conclui.

Saint’Clair Pereira Lima, diretor técnico de AUTO/RE

da Bradesco Seguros

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Estudo Setorial10

Seguro popular pode atrair mais de

20 milhões de seguradosimagine se todos os habitantes do Uruguai, Chile e

Bolívia decidissem comprar um determinado produto ao mesmo tempo. Pois, esse universo de aproximada-

mente 21 milhões de pessoas é equivalente ao total de donos de veículos que poderão contratar o seguro popular de automóveis assim que estiver disponível nas prateleiras das seguradoras.

Não por acaso, esse produto é visto como um impor-tante aliado do setor na busca por novas fontes de receita diante da queda progressiva das vendas de veículos zero km, que se reflete diretamente no desempenho da carteira de seguros tradicionais de automóveis.

Essa não é a única “função” do seguro popular. Muitas lideranças do setor, como o diretor da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Erico Melo, apostam no sucesso do produto no combate à chamada proteção veicular, vista como grande ameaça para o seguro. “Preci-samos ter mais um produto na prateleira para combater os seguros piratas”, afirma Melo.

Ele adverte, porém, para o risco de se “canibalizar o se-tor”, caso um grande número de segurados deixe o produ-

to tradicional para contratar o seguro popular, que deve ser até 30% mais barato.

O presidente da Fenacor, Armando Vergilio, também acredita que o novo produto terá forte impacto no mer-cado, principalmente como contraponto à proteção vei-cular. “Quando o consumidor for comparar, verá que não há diferença nos preços e que as garantias oferecidas pelo mercado legal de seguros são muito superiores. Não acre-dito que algum consumidor irá pensar duas vezes antes de optar pelo seguro popular”, frisa Vergilio.

NORMAS Aguardada há alguns anos pelo mercado, a Resolução

336/16 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que regulamenta o seguro popular, foi publicada na pri-meira semana de abril.

A norma trouxe algumas novidades importantes, como a possibilidade de o pagamento do seguro ser parcelado em até 12 meses e a utilização de peças recondicionadas, o que, segundo estimativa de executivos do setor, permiti-rá a redução do preço final do produto em até 30%, depen-dendo da região onde o produto for contratado.

Seguro de Automóveis

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Estudo Setorial 11

produtoSeguro de Automóveis

Além disso, a cobertura mínima deverá ter indeniza-ção por danos causados aos veículos por colisão. Porém, deve incluir também os danos parciais. A norma vetou, contudo, a comercialização de pacotes apenas com inde-nização integral.

No entanto, alguns dispositivos da resolução não agra-daram os seguradores, que sugeriram mudanças, com ên-fase em três pontos: a livre escolha de oficinas mecânicas pelos segurados (a Confederação Nacional das Segurado-ras - CNSeg defende que sejam permitidas apenas as ofi-cinas credenciadas pelas empresas do setor); a utilização exclusiva de peças recondicionadas originais (os segura-dores querem usar também as peças de fabricação inde-pendente); e a possibilidade de contratação do seguro po-pular para qualquer veículo, independente de sua “idade” (o mercado advoga que o produto deve ser restrito a carros com mais de cinco anos de fabricação).

A Susep prometeu dar uma resposta no início de julho, quando os membros do CNSP voltam a se reunir. A autar-quia sinalizou que acatará algumas das propostas apre-sentadas pelos seguradores, como a possibilidade de uti-lização de peças de fabricação independente, desde que os segurados aceitem abrir mão da garantia original de fábrica do veículo.

Entretanto, nem tudo será alterado pela autarquia. A Susep “não fechou questão”, mas não está propensa, por exemplo, a voltar atrás na possibilidade de livre escolha da oficina mecânica pelo segurado.

O mesmo ocorre em relação à restrição de cobertura a veículos mais antigos, com mais de cinco anos de fabrica-ção. Em eventos recentes do mercado, técnicos do órgão regulador foram veementes ao deixar claro que essa ques-tão não será revista. A decisão, porém, caberá ao CNSP.

Nova tentativa, 10 anos depois

Esta não é a primeira vez que o mercado tenta lançar um seguro popular de automóveis. Em 2005, a Susep divulgou norma regulamentando um produto do gênero, prevendo indenização integral apenas para furto e roubo ou danos materiais a terceiros, sem cobertura para colisões.

Esse desenho foi a opção encontrada diante da restrição legal vigente na época, que proibia o uso de peças usadas ou recondicionadas em veículos sinistrados.

o modelo não agradou os seguradores e acabou sendo esquecido.

pouco menos de dez anos depois, em maio de 2014, o congresso aprovou a lei do Desmonte (lei 12.977), que regu-lamentou o uso de peças recondicionadas, com exceção de itens de segurança, como o sistema de freios, suspensão e cintos de segurança. A expectativa era de que essa lei finalmente viabilizaria o seguro popular em novo formato.

Essa lei entrou em vigência apenas em maio do ano passado. No entanto, ainda assim, a Susep precisou de mais dez meses para publicar a nova regulamentação, pois decidiu ouvir o mercado em consulta pública.

Mesmo com tanta cautela do órgão regulador, o resultado final da norma gerou muita polêmica no mercado e o texto está sendo revisado.

A visão dos seguradores

o presidente da cNseg, Marcio coriolano, vê com certo otimismo o novo produto. contudo, ele ressalta a impor-tância de se fazer os ajustes defendidos pelos seguradores. No caso das peças recondicionadas, o presidente da entidade que representa as seguradoras vem alertando que o mercado não tem como atender a demanda de todo o país utilizando apenas as autopeças autorizadas pela regulamentação da matéria.

Já a utilização exclusiva de oficinas credenciadas é, segundo Marcio coriolano, vital para que as companhias se-guradoras possam negociar descontos com as oficinas mecânicas. “É como o seguro saúde. o médico cobra um valor menor porque ele ganha um volume maior de consultas”, afirmou coriolano, em recente entrevista para a imprensa.

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Estudo Setorial12

Seguro de Automóveis

Veja como deixar o seguro mais barato

Enquanto o seguro popular não chega ás pratelei-ras das seguradoras, trazendo para o consumidor a possibilidade de pagar até 30% a menos no pre-

ço final da cobertura do seu veículo, a dica é adotar algumas medidas listadas por executivos para econo-mizar um pouco e não ficar desprotegido.

O primeiro passo é calcular a relação entre o va-lor segurado e o preço final do seguro. Na maioria das vezes, esse percentual varia de 3% a 5% do valor do automóvel, dependendo da marca do veículo, perfil do segurado e as regiões onde ele circula a maior parte do dia e pernoita.

Assim, é muito importante que, ao pensar em trocar de carro, o segurado faça uma pesquisa sobre as marcas e modelos mais visados pelos ladrões, particularmente nas áreas onde ele trabalha e reside, pois tal informação tem peso preponderante no cálculo do valor do seguro.

Feito isso, veja se vale a pena contratar rastrea-dores ou bloqueadores como ferramentas que permi-tem a redução do preço médio da apólice. Em alguns casos, surpresas positivas podem surgir. Isso ocorre porque esses dispositivos trazem mais proteção para o veículo e facilitam a sua localização.

O segurado também pode contribuir para re-duzir o preço do seguro se escolher local seguro (e fixo) para estacionar o carro. Veja, por exemplo, se vale a pena alugar uma vaga em garagem para não deixar o veículo na rua, o que joga para cima o valor do seguro.

O consumidor, se possível, deve trocar de carro, no máximo, a cada cinco anos, pois quanto mais antigo o carro, maior será o custo de reposição das peças, o que também leva as seguradoras a aumentar o preço do seguro.

Guia para pagar menos pelo seguro

O segurado que almeja pagar menos na hora de contratar uma apólice de seguros não pode esquecer-se de verificar os sete itens abaixo listados, que formam uma espécie de “Guia para pagar Menos pelo Seguro”. Boa sorte!

1- o seguro somente será renovado se a documentação do veículo estiver em dia. Então, antes de tudo, veja se há taxas e impostos a pagar.

2 - lembre que bens deixados no interior do veículo geralmente não estão cobertos pelo seguro. Não há cobertura para computadores, câmeras fotográficas, celulares e outros bens.

3 - Veja se é importante contratar a cobertura para catástrofes naturais. Nem sempre a apólice cobre dano causado por alagamento, enchente ou inundação, além de ressaca, vendaval, granizo e terremoto, além de raios.

4 - Fique atento ao dia de pagamento da mensalidade do seguro. Se o prêmio não for pago até o vencimento, a segu-radora pode emitir um endosso de redução do prazo de vigência da apólice. com isso, proporcionalmente às parcelas já pagas será calculado um novo prazo de vigência, com base na tabela de prazo curto.

5 - Outros dados que podem reduzir ou aumentar o preço final do seguro de veículos são: a idade, o estado civil e o sexo do condutor ou proprietário do veículo; a utilização de garagem; e o cEp da residência do segurado.

6 - Se o segurado emprestar o carro para um amigo e houver um acidente, o seguro só será pago se o empréstimo do veículo for feito esporadicamente. E atenção: há casos nos quais a seguradora não paga a indenização, se a pessoa que estiver conduzindo o veículo tiver idade variando entre 18 e 24 anos.

7 - A seguradora tem um prazo legal de até 30 dias para pagar a indenização.

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Estudo Setorial 13

Seguro de Automóveisserviço

Glossário

conheça os principais termos técnicos utilizados pelas seguradoras nos seguros de automóveis:

APÓLICE - Documento que formaliza o contrato de seguro, estabelecendo os direitos e as obrigações da sociedade seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas.

AVARIA - termo empregado para designar os danos ao veículo.

AVISO DE SINISTRO - comunicação da ocorrência de um sinistro que o segurado é obrigado a fazer à seguradora, assim que dele tenha conhecimento.

BÔNUS - Desconto obtido pelo segurado na renovação do seguro, desde que não tenha havido nenhuma ocorrência de sinistro durante o período de vigência da apólice anterior.

CLAUSULADO - conjunto das cláusulas de um contrato de seguro, ou, num sentido mais amplo, uma referência a todas as disposições do contrato.

COMISSÃO - É a percentagem sobre os prêmios recebidos com que as seguradoras remuneram o trabalho dos corre-tores de seguros.

ENDOSSO - Documento, emitido pela seguradora, por intermédio do qual são alterados dados e condições de uma apólice, de comum acordo com o segurado.

fRANQUIA - Quantia fixa, definida na apólice, que, em caso de sinistro, representa a parte do prejuízo apurado que poderá deixar de ser paga pela seguradora, dependendo das disposições do contrato.

PRÊMIO - importância paga pelo segurado ou estipulante/proponente à seguradora para que esta assuma o risco a que o segurado está exposto.

SINISTRO - ocorrência do risco coberto, durante o período de vigência do plano de seguro.

Contudo, atenção: após a regulamentação do segu-ro popular, que permite a utilização de peças recondi-cionadas, esse tipo de problema deixará de existir para quem optar pela nova modalidade.

Seja como for, o ideal é que o cliente tenha sempre a consultoria de um corretor de seguros profissional, a quem deve solicitar a indicação de, ao menos, três segu-radoras cujas condições contratuais e coberturas previs-tas estejam adequadas às suas reais necessidades.

É importante também não mentir ou omitir infor-mações no questionário aplicado pelas seguradoras para definir o perfil do segurado e, com base nessas informações, calcular o preço do seguro. Logicamente, quanto menor for o risco, menos o dono do veículo vai pagar pelo seguro.

fRANQUIASe você tem uma reserva para imprevistos, avalie

também a possibilidade de contratar um seguro com uma franquia um pouco mais elevada. Para quem é neófito em assuntos relacionados ao seguro, vale o esclarecimento: franquia é o valor que o segurado as-sume pagar em caso de sinistro (desde que não haja perda total). Assim, quanto maior o valor da franquia, menor é o preço do seguro.

Contudo, é preciso ter atenção, principalmente nos casos de motoristas que pouco utilizam o veículo ou se julgam menos sujeitos a acidentes que provo-cam grandes danos. Isso porque se o risco maior for o de pequenos danos, como batidas de pouca con-sequência, a melhor opção será uma franquia mais baixa, até porque poderá ser utilizada mais de uma vez.

Mas, quando a maior preocupação do segurado for a indenização integral, por roubos ou furtos, o mais in-dicado é escolher uma franquia mais alta.

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Estudo Setorial14

Seguro de Automóveispesquisa

A escalada da violência

Segundo a Fenseg, em 2014, foram roubados ou furtados no país 516.084 veículos.

Um milhão de carros desapareceram em

cinco anoslevantamento feito pela Federação Nacional de

Seguros Gerais (FenSeg) indica um quadro alar-mante. Nos últimos dois anos, mais de um milhão

de veículos foram roubados ou furtados no País.

Como o percentual médio de recuperação gira em torno de 60%, é possível estimar que cerca de 400 mil veículos simplesmente desapareceram nesse perío-do. “Esses dados consolidam uma tendência. Pode-mos afirmar que, nos últimos cinco anos, um milhão de veículos sumiram”, observou o assessor da diretoria da Fenseg, Danilo Sobreira, ao participar do seminá-rio “Lei do Desmonte, Acidentologia e Vitimação no Trânsito”, que a Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) realizou no final de junho, em João Pessoa (PB), com o apoio da Escola Nacional de Segu-ros, Fenseg e Observatório do Trânsito.

Segundo ele, o mais grave é que são claros os indícios de que grande parte dos carros não recuperados pela polícia foi levada pelos ladrões para as oficinas de des-manches que continuam funcionando irregularmente em quase todo o País.

Este ano, pelo menos até o final de maio, não há in-dícios de que a situação vai mudar. De acordo com a FenSeg, de janeiro a maio, 228.499 veículos foram rou-

bados ou furtados. Esse montante é 7,6% maior que o apurado nos cinco primeiros meses do ano passado.

No evento de João Pessoa, o assessor da federação destacou que, em termos práticos, esse avanço conso-lida um terrível marca. “Esses dados significam que, a cada minuto, um carro é levado pelos ladrões no País”, afirmou Danilo Sobreira.

E mais: a quantidade de veículos roubados ou furtados até maio corresponde a mais de dois meses de produção da indústria automobilística.

A Fenseg apurou ainda que esse cenário poderia ser ainda pior. Isso somente não ocorreu porque São Paulo conseguiu reverter o processo de crescimento dos roubos e furtos no estado desde que foi aprovada uma lei estadual regulamenta o desmonte de veículos.

Nos primeiros meses de vigência dessa lei, uma intensa fiscalização fechou mais de 700 desmanches ilegais, pra-ticamente a metade das oficinas de gênero que funcio-nam no estado. O resultado foi imediato. “em São Paulo, até maio, houve uma queda de 5,12% dos roubos e furtos. Sem considerar os dados desse estado, houve um avanço de 16,5% dos roubos e furtos em território nacional”, re-velou Danilo Sobreira.

No ano passado, já em decorrência dos bons resultados apurados

por São paulo, os registros caíram para 505.881.

Se essa média for mantida, o ano encerrará com mais de 548 mil veículos roubados ou furtados.

No entanto, em 2016 há claros sinais de que o problema voltou. Em

todo o Brasil, de janeiro a maio, os ladrões levaram

228.499, média de 45.700 por mês.

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Este curso é dirigido, especialmente, ao gestor de contas a pagar que está responsabilizado por cobrir as linhas de defesa contra a falta de caixa que muitas empresas sentem.

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