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ALIMENTAÇÃO Questão de doçura Novos adoçantes dietéticos chegam ao mercado no país; saiba quando é válido substituir o açúcar por esses e outros produtos disponíveis Eduardo Knapp/Folha Imagem JULLIANE SILVEIRA DA REPORTAGEM LOCAL [!] NEM AÇÚCAR NEM ADOÇANTE A FRUTOSE, um tipo de açúcar extraído de FRUTAS, tem as mesmas calorias da sacarose e pode intereferir no METABOLISMO de DIABÉTICOS, desregulando os níveis GLICÊMICOS. Tem poder adoçante menor e deve ser usado em MAIOR QUANTIDADE Sem açúcar não se compreende o homem do nordeste, escreveu o sociólogo Gilberto Freyre, em constatação que pode ser ampliada para todo o país. Entre pudins, bolos, compotas e outras

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ALIMENTAÇÃO

Questão de doçura

Novos adoçantes dietéticos chegam ao mercado no país; saiba quando é válido substituir o açúcar por esses e outros produtos disponíveis

Eduardo Knapp/Folha Imagem

JULLIANE SILVEIRADA REPORTAGEM LOCAL

[!] NEM AÇÚCAR NEM ADOÇANTEA FRUTOSE, um tipo de açúcar extraído de FRUTAS, tem as mesmas calorias da sacarose e pode intereferir no METABOLISMO de DIABÉTICOS, desregulando os níveis GLICÊMICOS. Tem poder adoçante menor e deve ser usado em MAIOR QUANTIDADE

Sem açúcar não se compreende o homem do nordeste, escreveu o sociólogo Gilberto Freyre, em constatação que pode ser ampliada para todo o país. Entre pudins, bolos, compotas e outras quitandas, o principal produto da cana desbancou há 500 anos, permanentemente, o posto do mel como principal adoçante.Em exagero. "O brasileiro precisa reduzir um terço da quantidade de açúcar", diz a nutricionista Mariana Del Bosco Rodrigues, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). Parte das pessoas consegue abrir mão do açúcar -mas a maioria não dispensa o sabor doce. O resultado é o

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consumo de produtos diet e light, que subiu 17% de 2006 para 2007, segundo a Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e Para Fins Especiais).

Para diminuir a culpa, surgem adoçantes cada vez mais próximos ao sabor do açúcar, como a sucralose. No fim de 2007, duas redes britânicas de supermercado substituíram o aspartame de suas linhas light e diet, sob a alegação de que melhorariam o sabor.Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária liberou a utilização de três novos edulcorantes: o neotame, a taumatina e o eritritol.

As vantagens dos dois primeiros, segundo especialistas, é o enorme poder edulcorante -o neotame chega a adoçar 13 mil vezes mais do que o açúcar. "A dosagem máxima permitida sempre aumenta em produtos novos, já que há mais tecnologia empregada em seu desenvolvimento", completa Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Abiad. Produtos com neotame e eritritol têm lançamentos previstos para o final de 2008 e o início de 2009. A taumatina passou a compor, no último mês, adoçante de mesa, mistura para bolo e açúcar light.

Respeitando os limites de consumo diário recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o uso de adoçantes não traz riscos à saúde em nenhuma faixa etária, nem mesmo a gestantes ou crianças. "A grávida não precisa introduzir o produto quando está com a sensibilidade mais aguçada, mas, se já usa, pode continuar", explica Gisele Rossi, nutricionista do Departamento de Nutrição e Metabologia da Sociedade Brasileira de Diabetes.

Ainda assim, indica-se um rodízio de adoçantes, para diminuir a chance de atingir os limites. A idéia é ter, por exemplo, uma marca em casa e outra no trabalho ou alternar as marcas a cada compra. "A variação de edulcorantes ocorre naturalmente, pois come-se fora de casa", lembra Maria Cecília Figueiredo Toledo, engenheira de alimentos da Universidade Estadual de Campinas.

O mais importante, segundo os especialistas, é diagnosticar quando a substituição de açúcar por adoçante será significativa. Se o problema são os vários cafés adoçados ou o excesso de latinhas de refrigerante, trocá-los por versões sem açúcar ajuda a diminuir a ingestão de calorias -mas nada disso muda a qualidade da alimentação. Substituir as guloseimas das crianças, por exemplo,

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por versões dietéticas não vai ensiná-las a se alimentar melhor. "O problema é que muita gente entende que usar adoçante ajuda a minimizar os danos da má alimentação", diz Rossi.

Açúcar de verdade

Mesmo com tantas recém-lançadas opções "zero caloria", é possível consumir, com açúcar, 10% das calorias diárias sem ameaçar a saúde nem a balança. A conta é simples: se o aporte diário é de 1.800 calorias, 180 delas podem vir da sacarose (açúcar refinado, mascavo, mel ou industrializados). Como cada grama tem quatro calorias, esse valor equivale a 45 gramas, ou três colheres de sopa do açúcar refinado. Os diabéticos também podem contabilizar esses ingredientes -nesse caso, são 5% do total.Deve-se saber que nem sempre trocar o açúcar traz vantagens a pessoas saudáveis ou diabéticas (leia detalhes na pág. 8), já que os níveis de carboidratos totais podem permanecer inalterados, assim como a quantidade de calorias.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0409200807.htm

AÇUCARADO

A cana-de-açúcar é a única fonte de sacarose no Brasil. Como todos os tipos de açúcar possuem propriedades nutricionais semelhantes e quatro calorias por grama, a escolha deve ocorrer principalmente pelo sabor ou pela finalidade do produto

lighté uma mistura de sacarose e edulcorantes, em proporções que variam conforme a marca, que resulta em um produto com maior poder adoçante do que o açúcar. Usa-se menos e, com isso, diminuem-se as calorias ingeridas

demerara é também chamado de açúcar bruto, que passou somente por tratamento com cal. É mais usado no nordeste do país e tem gosto e cor mais pronunciados. Possui propriedades semelhantes às do açúcar mascavo

mascavo

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assim como o melado, é produzido, em geral artesanalmente, por um processo que preserva minerais, como potássio, magnésio, cobre e zinco, e vitamina E, mas não deve ser considerado fonte desses elementos. Tem gosto e cor forte e pode interferir no resultado de receitas. Tem poder adoçante menor do que os outros tipos

cristal estágio posterior ao demerara, retiram-se alguns compostos. A característica do cristal não faz diferença para o consumidor, mas pode ser importante para exportação. Dá espessamento melhor a caldas e compotas. É mais barato do que o refinado e tem poder adoçante ligeiramente maior

refinado o mais usado em São Paulo, é obtido a partir do demerara ou do cristal ao passar por um outro processamento com enxofre ou sulfito para a retirada de impurezas. Indicado para receitas que exigem texturas mais finas e para adoçar bebidas frias, por dissolver-se mais facilmente

Refinado granulado açúcar refinado submetido a um processo de cristalização. Também pode ser usado para adoçar bebidas e no preparo de receitas

Fontes: LIDIANE BATAGLIA DA SILVA, pesquisadora do Departamento Cereal/Chocotec do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos); MILENA SUGAI, nutricionista da Sprim-Brasil; SANDRA CRUZ, química do setor de açúcar e álcool do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da USP

INTERCÂMBIO DE SABOR

Trocar açúcar por adoçante em receitas pode parecer a melhor alternativa para diabéticos e para quem quer perder peso. No entanto, o mais indicado, sempre, é consumir doces de maneira equilibrada e tentar reduzir a quantidade de açúcar nas receitas

>> Reduza a quantidade de açúcar nas receitas de bolo para a metade da quantidade de farinha de trigo. Não se perdem textura nem rendimento

>> Cremes e recheios não dependem do açúcar para dar ponto:

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adoce somente o necessário

>> Procure usar sempre adoçantes do tipo forno e fogão

>> Se quiser usar mel ou açúcar mascavo no lugar do refinado, lembre que ambos têm sabores característicos e influenciam na receita, podendo deixar a textura mais úmida e pesada; é possível mesclá-los com açúcar refinado para diminuir esses problemas

>> Use o mínimo de adoçante possível na receita, para evitar sabor residual. Essa quantidade normalmente é inferior à equivalência em açúcar indicada no rótulo: faça testes em casa para chegar à quantidade ideal

>> Para fazer geléias sem açúcar, use meia xícara (chá) de adoçante e uma colher (chá) de gelatina em pó sem sabor (que ajuda a dar a consistência correta) ou de pectina (outro tipo de gelificante) para cada meio quilo de fruta já limpa e descascada

Dá para substituir açúcar por adoçante dietético em

- Cremes - Bolos (mas diminui o rendimento) - Geléias (com o uso de gelatina ou pectina)

Não funciona em

- Receitas à base de ovos (como quindim) - Caldas - Para fazer caramelo

Fontes: CINTHYA MAGGI, nutricionista; TÂNIA TERUMI NAKAJIMA, gerente industrial da Amor aos Pedaços

COMPENSA TROCAR?

A tendência é achar que alimentos dietéticos possuem menos calorias e carboidratos, o que nem sempre é verdade, já que alguns produtos sem açúcar podem manter os mesmos teores de carboidratos e, em alguns casos, conter mais gorduras do que os convencionais. A melhor forma de fazer uma escolha inteligente é

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comparar os rótulos

SIM- refrigerantes - gelatinas - chicletes - sucos envasados - iogurtes - cereais matinais de milho

NÃO- chocolates - barrinhas de cereal - bolinhos individuais - granola

ATENÇÃO

>> Geléias, sorvetes e misturas para bolos: algumas marcas podem conter frutose, manitol ou sorbitol, edulcorantes calóricos, para substituir o açúcar e, no caso dos bolos, gordura em excesso

>> Pães: os níveis de carboidratos e de calorias podem ser semelhantes aos do produto convencional

Fonte: GISELE ROSSI, nutricionista do Departamento de Nutrição e Metabologia da Sociedade Brasileira de Diabetes

QUANTO É MUITO?

Veja quais são os limites diários aceitáveis*, com base na quantidade de adoçantes na fórmula, de alguns refrigerantes sem açúcar. Esses limites aumentam ou diminuem conforme o peso corporal

- Guaraná Antártica Zero 1 LITRO

- Coca-cola Zero 1,5 LITRO

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- Coca-cola Light 3 LITROs

* Para um adulto de 60 kg; crianças de 30 kg devem consumir metade do valor aceitável

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0409200811.htm

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NOTAS

Este é o grande perigo das informações veiculadas pela mídia em geral. Somos bombardeados constantemente pela TV, Jornais, Revistas, Livros, anúncios e mais anúncios sobre como selecionar os nossos alimentos e a maneira correta (???) de nos alimentarmos, mas, QUANTO ABSURDO!!!Os refrigerantes, os comuns, repletos de açúcar, ou os diet ou light, são são boas opções de alimentos saudáveis, sendo, na verdade, “alimentos-lixo”, “alimentos-tranqueira”, o mesmo valendo para os produtos feitos a partir das farinhas brancas, a farinha de trigo refinada, os doces e biscoitos de padaria, as bolachas industrializadas, que abarrotam as prateleiras dos supermercados.Evite tudo isto, não são nada saudáveis, e somente podem prejudicar a nossa saúde, e MUITO!!! Abaixo, um texto escrito por uma profissional “competente”, fruto de vários anos de pesquisa, que mostra com bastante clareza o real valor nos carboidratos, proteínas e gorduras em nossa alimentação diária. Os carboidratos somente devem ser consumidos em uma quantidade mínima indispensável ao nosso corpo. As gorduras, tão combatidas pela “mídia” em geral, são muito mais saudáveis do que se pensa. As proteínas são essenciais para o nosso organismo. Mas, o perigo mesmo, no que se refere aos alimentos, é o consumo exagerado de “carboidratos”. O Dr. Robert Atkins, quando lançou o seu primeiro livro, em 1972, mostrando os perigos dos carboidratos, e a verdade sobre as gorduras e proteínas em nosso organismo, fez uma alerta séria, a nível mundial, sobre o grande problema que é a obesidade, e as doenças a ela relacionadas. O trabalho de

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medicina nutricional do Dr. Atkins, é muito mais do que mostrar verdades sobre a obesidade, o emagrecimento, sobre as dietas que funcionam, mas, também, mostrar que as doenças relacionadas à obesidades podem ser evitadas, bem como eliminadas, quando adotamos hábitos alimentares corretos. O importante o estudo e a análise dos escritos do Dr. Atkins, porque, em primeiro lugar, nós somos os responsáveis por nossa saúde, e temos o direito de saber a “verdade” sobre todas estas coisas. O que existe por de trás das propagandas realizadas maciçamente pelas indústrias de alimentos, pelas indústrias de laticínios? O que existe de verdade, nas propagandas realizadas pelos laboratórios farmacêuticos? Tudo isto diz respeito à você e à sua saúde. Informe-se. Leis, estude e analise, e veja por você mesmo, quanta informação falsa e adulterada recebemos diariamente pela TV, e pela mídia em geral.

A pesquisadora norte-americana T S Wiley e Bent Formby, Ph.D. nos brinda com informações valiosíssimas, em seu livro “Apague a Luz!” durma melhor e: perca peso, diminua a pressão arterial e reduza o estresse, Rio de Janeiro, Campus, 2000.T S Wiley fala sobre o Dr. Robert Atkins, e nos mostra com clareza que os “carboidratos” estão na raiz de muitos problemas de saúde, e que o controle de sua quantidade em nossa alimentação é uma atitude inteligente e altamente saudável.

Abaixo, um trecho do livro “Apague a Luz!” de T S Wiley e Bent Formby, Ph. D.:

A MORTE COMO AUXILIAR NA DIETA

Como já dissemos antes, não existem carboidratos essenciais, apenas proteínas e gorduras essenciais. Essas são assim chamadas porque seu corpo não consegue fabricá-los internamente, a partir de qualquer outro alimento, e precisa delas para reparos estruturais e para a funcionalidade do sistema.

[ “Os ácidos graxos essenciais para os seres humanos são o ácido linoléico e o ácido linolênico”. ]

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Os ácidos graxos essenciais para os seres humanos são o ácido linoléico e o ácido linolênico. Não podem ser sintetizados em lugar algum do corpo, a partir de nada que já existe no organismo. É preciso retirá-los diretamente dos alimentos consumidos. O ácido linoléico é encontrado na maioria dos alimentos. Ovos, proteínas, vegetais e grãos, todos eles possuem quantidades variáveis deste ácido.

Pág 216 O ácido linolênico é abundantemente encontrado nas sementes de linho, na gordura da carne e, em pequenas quantidades, em verduras verdes de folha. Nosso primeiro alimento externo, o leite materno, contém ambos os ácidos e ainda um terceiro, o ácido gama-linolênico (GLA). O GLA quase não é encontrado em outra fonte senão no leite materno humano e, em pequeníssimas quantidades, na aveia pura e em óleos realmente esotéricos como borrage, cassis, groselha e onagra. O GLA é produzido na segunda etapa do metabolismo de ácidos graxos do ácido linoléico, de modo que você vai obtê-lo de qualquer forma. A amamentação dos recém-nascidos serve também a outro propósito, além da nutrição. Na verdade, mantém os bebês aquecidos. Os recém-nascidos contêm um tecido especializado, metabolicamente ativo e produtor de calor, chamado gordura marrom. Sua ação termogênica ameniza a brusca transição de um ventre quentinho para um mundo frio. A gordura marrom é altamente ativa em termos metabólicos – e há evidência de que essa gordura, que é marrom em conseqüência da abundância de mitocôndrias, responde ao GLA e a outros ácidos graxos. Parece que a temperatura é realmente a chave nos adultos também. Lembre-se das condições da Idade do Gelo. O leite materno, afinal de contas, é um alimento integral e completo, composto de proteína, gordura e carboidrato: exatamente o que você precisa comer para batalhar como adulto. Já é de conhecimento geral o fato de que os bebês alimentados com fórmulas são mais gordos e, de inúmeras formas, menos saudáveis que os bebês alimentados no peito. Obtenha suas gorduras de nozes, azeitonas, abacates e qualquer outra fonte que você encontraria na natureza. Se você pisar e uma mancha de gordura se formar sob o seu pé, é sinal que é bom para comer. Pense no mundo do qual fazemos parte de verdade. Não havia máquinas – e portanto não havia óleo de milho. Essa premissa, a partir de agora, vai ser chamada de regra “pise em cima”.

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Agora que você já sabe que o uso generalizado de um antinutriente como o açúcar refinado, no último século, minou a saúde normal do ser humano, e que a atual tendência de viver à base de alimentos de baixo teor de gordura só fez colocar mais lenha na foqueira, é muito fácil perceber por que os americanos estão doentes e morrendo. Se sua insulina já estava alta graças à invenção das luzes artificiais barata e aos alimentos processados embalados industrialmente, como estará agora se você retirou toda a gordura e a substituiu por mais açúcar?

Pág 217 Barry Sears chamou a gordura de “medida de controle” da digestão dos carboidratos. Gostaríamos que essa fosse a sua função mais importante. A gordura não somente baixa o índice glicêmico dos alimentos. Os ácidos graxos essenciais e o colesterol controlam a saúde e o bem-estar de cada uma das células que você possui. O que há demais numa gordura? Uma gordura com outro nome faria o trabalho? Não. E não o fará especialmente se for hidrogenada ou se chamar olestra. As gorduras hidrogenadas não só são prejudiciais ao organismo, mas também se colam às fábricas de energia (mitocôndrias) existentes em suas células e fazem você envelhecer prematuramente. O olestra, além de ser uma idéia bizarra, é um antinutriente igualzinho ao açúcar. Ele remove de seu organismo as vitaminas A, D, E e K, solúveis em gordura, porque essas vitaminas costumam pegar uma carona até o seu sistema nas gorduras transportadas. As vitaminas não têm a menor idéia de que o olestra é um impostor, e pulam na garupa. Porém, como não é gordura de verdade, elas acabam saindo do outro lado com as moléculas de gordura não digeridas. Então a Procter & Gamble fortificou o olestra com versões sintéticas dessas vitaminas. Agora, você está a caminho de se tornar 100% artificial. O problema é: como as vitaminas vão saber quem deve pular fora, se as nossas não sabem? Essas vitaminas que estamos perdendo não são de pouca importância. A deficiência de vitamina A é marcada pela degeneração macular (cegueira). A vitamina D é uma vitamina/hormônio que é ativada nos rins, cuja função é controlar a absorção de cálcio para fortalecer os ossos. A principal função da vitamina E é prevenir a oxidação e degradação dos ácidos graxos, e

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inclui a formação das hemácias. Será que precisamos perder mais algum antioxidante? A vitamina K previne hemorragias. Desnecessário dizer que esta é a lista mais curta. O grande escândalo em relação ao olestra se concentra em vazamentos anais e urgências fecais. Ficamos realmente imaginando se realmente é coincidência o fato de a Procter & Gamble deter as patentes do olestra e do Depends (fraldas descartáveis). Existe urgência, está certo, mas com relação à sua vida e saúde, não em relação ao que você usa por baixo. As outras gorduras que você encontra nos alimentos processados, como a maionese e qualquer fritura, serão fatalmente hidrogenadas. Hippolyte Mege-Mouries ganhou o prêmio oferecido por Napoleão III

Pág 218 para quem criasse uma gordura sintética comestível. Sua meta era transformar um líquido em algo sólido mais ou menos macio. Ele realizou o feito saturando artificialmente os óleos de plantas pela exposição ao gás hidrogênio, a altas temperaturas. Todas as gorduras saturadas que ocorrem naturalmente também são semi-sólidas à temperatura ambiente. De outra forma, não seria possível espalhar a manteiga. É a mistura de diferentes triglicerídeos numa determinada gordura que causa o amaciamento gradual. À medida que a temperatura muda pela fricção da faca, cada facção de triglicerídeo derrete à velocidade própria, levando ao amaciamento gradual. A hidrogenagem parcial produz o mesmo efeito. Como substitutos da gordura, os óleos hidrogenados aumentam a vida de prateleira e geram uma maciez superior à da manteiga. E também previnem o ranço devido à oxidação. O problema com essa “ciência espacial” é que, obviamente, ela criou algo que não ocorre na natureza: gorduras sólidas de plantas. Você, como parte da cadeia alimentar, possui um sistema que não consegue lidar com substâncias futuristas, criadas pelo homem, que não fazem parte da natureza. Para o seu organismo, essas criações são análogas a pássaros no fundo do oceano; simplesmente não conta. Durante o processo de hidrogenagem, a forma verdadeira do ácido graxo é alterada. Os óleos de plantas ocorrem naturalmente em uma forma molecular conhecida como configuração cis; na cadeia de carbono, os hidrogênios se grudam de um lado da molécula. Durante a hidrogenagem os grupos podem fazer uma rotação, de modo que ficam em ambos os lados da cadeia, na posição trans, daí o nome ácidos trans-graxos. No final, todos

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concordam em que “trans” é um ácido ruim. Essa alteração efetivamente torna o ácido linoléico, o mais essencial dentre os ácidos graxos, biologicamente nocivo. Não é apenas inútil. É perigoso. O óleo de soja ou de palma hidrogenado está presente em virtualmente qualquer alimento embalado que você compre, como tem estado na maior parte da sua vida. Para as suas células, os óleos hidrogenados são gordura de “realidade virtual”. Isso significa que seu organismo parece estar experimentando gordura , mas na verdade não consegue interagir com ela. Jantar cibernético. Essa combinação contribui para a sua morte, porque as células enviam essas moléculas deformadas e impotentes para as mitocôndrias, onde elas se alojam e provocam disfunção e diminuição generalizada do

Pág 219 ritmo do metabolismo celular, ao reduzir a atividade das enzimas que processam ácidos graxos. Se considerarmos o frágil sistema de verificações e equilíbrios que ocorre dentro da célula, como alguém poderia ser saudável ingerindo uma dieta com 34% de gordura morta? Quando você adiciona alimentos adoçados, processados e de baixo teor de gordura à sua dieta já privada de gorduras, pode se despedir de si mesmo. Mais uma vez, a ciência controlada pelo governo é responsável por esse desastre nutricional. No ano de 1905, a hidrogenagem não teve de esperar 25 anos pela aprovação do FDA para entrar no mercado, como o olestra teve. Na verdade, a hidrogenagem se originou na Alemanha, não nos Estados Unidos. A época tinha muito a ver com o fato, eram os anos dourados da verdadeira liberdade. Não existiam carteira de motorista nem imposto de renda; você podia dizer a qualquer pessoa para comer qualquer coisa – e ela comia. Não do jeito que é hoje. Naquela época, tinha a ver com dinheiro também. A citação a seguir, extraída do livro A vida no Mississipi, de Mark Twain, é descrita pelo autor como sendo uma conversa entre dois homens de negócios, que teria sido ouvida dentro da barca fluvial Cincinatti:

A gente está lançando a oleomargarina agora, aos milhares de toneladas. E podemos revendê-la a um preço tão estupidamente barato que o país inteiro tem que comprar – não tem jeito, você vê.

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A manteiga não segura a onda – não há qualquer chance de competir.

Os mesmos sentimentos estão circulando no sistema resfriador de água da Procter & Gamble, neste exato momento. Afinal de contas, a P&G já investiu mais de US$ 200 milhões para desenvolver o olestra. Apostando no medo e na ignorância da população americana, algo em torno de 3 mil novos produtos de baixo teor de gordura foram oferecidos ao confuso público no ano de 1999. agora são 3001. Eis aqui a idéia mais perigosa que as cobras venenosas do segmento de óleos criaram até agora. Peque uma população já enfraquecida; convença-a de que a gordura a está matando – e em seguida lhe ofereça uma solução livre de gordura, diferente do plástico por questão de apenas duas moléculas, e que vai retirar todas as vitaminas de seu sistema. Essa premissa deve causar morte lenta e dolorosa – e não será barata.

Pág 220 O olestra, comercializado sob a marca comercial olean, é uma molécula de gordura criada pelo homem que é grande demais para ser digerida. Quase confunde a língua, mas não o corpo. Sua língua vai registrar um ligeiro gosto no final; e seu corpo não responde de forma alguma. Esta molécula vai passar por você inteiro sem ser detectada como gordura por nenhum órgão de seu corpo, com exceção das vitaminas A, D, E e K, solúveis em gordura. Essas vão saltar dos outros alimentos que você ingeriu e se agarrar ao olestra, em busca de transporte até as células. No entanto, elas vão sair do outro lado sem sequer chegar a seus destinos, porque ingerir olestra, no nível molecular, é como ingerir microscópicos amendoins de espuma de borracha. Após 25 anos de deliberações, o FDA finalmente puchou o plug da saúde pública e aprovou o olestra para ser usado em lanches rápidos. Limitar seu uso aos lanches rápidos foi a tentativa de criar uma condição cautelosa e conservadora. Mas aquele movimento foi uma trama de mercado muito velada. Os americanos do ano 2000 subsistem quase que inteiramente à base de alimentos de baixo teor de gordura. As crianças americanas vivem literalmente à base de alimentos embalados para lanches rápidos. Se fosse adicionado à água, não atingiria tantas pessoas. A maioria dos aditivos dos alimentos, com exceção do xarope de milho com alto teor de frutose e do óleo hidrogenado, são ingeridos às miligramas. O FDA baseia suas revisões nessa premissa. O olestra é um macronutriente, não um micronutriente.

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Que as pessoas vão ingerir por grama. Isto é mil vezes mais “gordura falsa” por porção do que a maior parte das substâncias tóxicas. O olestra vai representar, em peso, cerca de um terço de cada batata frita. Como rotina, o FDA deveria fazer um teste de toxicologia. Mas isso significaria dar a ratos cem vezes mais olestra do que os seres humanos comeriam. Como os seres humanos comem enormes quantidades, a dieta dos ratos seria inteira de olestra. Com isso eles simplesmente morreriam de desnutrição, porque o olestra não tem valor alimentício. Além disso, você poderia observar os hábitos alimentares dos ratos à beira da morte durante 25 anos, e nunca aprender nada. Talvez seja o que o FDA vem fazendo, durante todos esses anos que antecederam a primeira petição da P&G e sua aprovação. Aparentemente, o FDA não desestimula ninguém; só faz com que os solicitantes esperem 25 anos. A Procter & Gamble tentou reclassificar o olestra como uma droga antiobesidade; porém ela “não realizou um trabalho suficientemente

Pág 221 bom para se qualificar como remédio”, de acordo com a edição de 8 de janeiro de 1997 da revista Time. Agora a gente sabe que é porque a gordura não pode fazer as pessoas engordarem e, portanto, eliminar a gordura não pode curar a obesidade. De qualquer maneira, os remédios precisam provar que trazem benefícios, mas os aditivos alimentares não. Dessa forma, o olestra resolveu voltar a ser um aditivo alimentar. O FDA não tem dinheiro para conduzir estudos próprios, depende dos requerentes, como a Procter & Gamble, para apresentar pesquisas comprobatórias. Incrível. A questão é: se os requerentes apresentam suas provas para secundar solicitações que fazem, qual será realmente, realmente, o grau de malefício que o olestra pode trazer para você? Em 25 anos, o período de teste mais longo que o produto teve foi de 39 semanas – em porcos! O teste foi realizado pela Procter & Gamble. E isso é só o começo. Agora que o olestra deu seu pontapé metafórico na porta dos alimentos para lanches, logo vai marcar grande presença no mercado – mercado esse que compreende todas as gorduras em todos os alimentos processados. Com o que promete, seu preço e seu potencial para ser hidrogenado, vai acabar tirando todas as outras gorduras do mercado. Se 80% da gordura presente na dieta de 200 milhões de americanos for indigerível, o que vai controlar seu teor glicêmico dos alimentos? Onde vamos conseguir os ácidos

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graxos para as funções celulares? Nós realmente vamos ser movidos a nada. Afinal, nós não somos o que comemos, e sim o que digerimos. O FDA declarou que a única missão do órgão era obter uma garantia razoável de que o olestra seria inofensivo. Que tipo de precedente perigoso essa postura estabelece? O termo “inofensivo” não parece estar muito bem definido. A menos que um teste de 39 semanas para todos os aditivos se torne o padrão de tempo necessário para que o corpo seja “danificado”, a gente não sabe nada. E, francamente, deficiência de vitaminas causada por diarréia são dois quadros que podem matá-lo. E a palavra “razoável” nos parece estranhamente familiar. Reminiscência de um momento O.J. O olestra foi descoberto porque os “cientistas espaciais” da Procter & Gamble deram uma tremenda sorte quando estavam – adivinha? – tentando melhorar comida para bebês. Estavam trabalhando para tentar entender que tipos de gorduras os bebês prematuros poderiam digerir com maior facilidade. Aí a gente se pergunta por que eles nem consideraram o leite materno.

Pág 222 As gorduras pertencem a uma classe de compostos chamados ésteres. Os ésteres são moléculas de ácidos graxos agregadas a moléculas de álcool. Na natureza, é claro, elas se agregam em grupos de três à cadeia de álcool (triglicerídeos). Os pesquisadores começaram adicionando uma molécula de ácido graxo; depois foram adicionando mais e testando a digestibilidade. É claro que, quando adicionaram o quarto ácido, a digestibilidade caiu. Cinco, e depois seis ácidos graxos acabaram tornando o composto completamente indigerível. Cara, que descoberta. A verdadeira descoberta, de fato, foi um produto chamado poliéster de sacarose (é verdade, soa como nome de algo para se vestir, não para comer), que tem oito ácidos graxos em torno de um anel de álcool, este por sua vez ligado a outro anel de moléculas de sacarose. Suas enzimas não conseguem encolher esses monstros, para que possam passar através da parede de seu intestino. Se eles não passam, você não obtém ácidos graxos essenciais, mesmo que o olestra consiga se qualificar quimicamente como gordura em algum planeta.

Veja o que fazer:

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Coma gordura de verdade. As gorduras se tornam inúteis quando vêm acompanhadas de açúcar, ou quando sua estrutura química é alterada. Os processos químicos utilizados no processo de embalagem e no processamento dos alimentos podem danificar a estrutura da gordura.

Não coma gorduras inventadas. Não coma nada feito com margarina, óleo hidrogenado ou ácidos trans-graxos, ou qualquer produto com os rótulos Olean ou olestra, nunca, mas nunca, nem mesmo se estiver passando fome.

Coma queijos não processados. Aquecer, hidrogenar ou manipular as gorduras presentes no queijo altera a qualidade nutricional que faz com que elas possam ser utilizadas por seu organismo. Leia os rótulos.

Sempre ponha creme pesado sem bater no seu café.

Veja aqui o que você não deve fazer:

A margarina é uma das substâncias mais tóxicas que podem penetrar seu organismo. O processo de fabricação da margarina inclui reunir óleos naturais de plantas, que estão sempre na forma líquida, e recarregar as cadeias químicas para torná-los sólidos à temperatura ambiente, imitando as gorduras saturadas, como a manteiga. Isso é o que dá à margarina uma consistência semelhante à da manteiga – mais ou menos como o vinil se parece com o couro. Mas isso também significa que as cadeias não podem ser rompidas pelo organismo, nesse estado que-não-ocorre-neste-planeta.

Pág 223 Os óleos poliinsaturados também são altamente

instáveis. Isso significa que o aquecimento os transforma ainda mais naqueles perigosos óleos “trans”.

Tente usar, antes de qualquer outro, os óleos processados à frio, expelidos por pressão. Esses óleos não foram alterados quimicamente de nenhuma forma. Lembre-se da regra “pise em cima”.

Todos os tipos de aquecimento transformam os óleos numa certa medida. O cozimento a altas temperaturas, como a fritura, danifica a configuração molecular “cis”, que ocorre naturalmente, porque a transforma na configuração “trans”. Quanto mais baixa a temperatura, menor o dano. Tenha em mente que os óleos saturados e monoinsaturados apresentam

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maior estabilidade, quando aquecidos, do que os poliinsaturados.

Perigo! Perigo! As cadeias de fast-food passaram a cozinhar com óleos poliinsaturados; algum as usam até mesmo o olestra, o veneno final. Fique longe delas. Lembre-se: as palavras “comida” e “rápida” também não ocorrem juntas na natureza.

Estes produtos vão matá-lo:

Sacarose (açúcar branco refinado) Adição de frutose Maltose Dextrose Polidextrose Xarope de milho Sorbitol (este ruim, ruim de verdade) Maltodextrina

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Xarope de milho com alto teor de frutose (pior que o sorbitol), uma criação de cientista louco, venenosa)

Margarina Óleo hidrogenado Olean ou olestra

EXERCÍCIOS

Em nosso planeta, para conseguir alimento, você precisa caminhar até algum lugar antes de cada refeição, exatamente como os animais faziam antigamente, e mesmo como as pessoas fazem no ano 2000, na maioria dos países, exceto nos Estados Unidos. Se você fosse um caçador-coletor teria de correr atrás da caça.

Se você não tivesse um carro e uma geladeira grande para armazenar o equivalente a um dia de trabalho em alimentos, você iria tocar e cheirar comida três ou mais vezes por dia. Todos os dias.

Nos Estados Unidos, se você vai de carro até uma delicatessen ou até uma loja da cadeia Seven Eleven e coloca

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qualquer coisa embalada a vácuo no forno de microondas e finge que é alimento, você transforma em circuitos todas as respostas e processos, em seu corpo e no cérebro, que o tornam parte do mundo natural. Não faça isso.

Se você não se movimenta há muito tempo ou está cansado, comece devagar. Cinco minutos, três vezes por dia, resolve.

Vá aumentando o tempo, sempre com incrementos de cinco minutos, até chegar a quinze ou vinte minutos, três vezes por dia. Períodos prolongados de esforço extremo crônico elevam seu nível de cortisol e fazem a natureza pensar que você é um perdedor.

ETAPA 3

Você pode tomar um comprimido, ou alguns comprimidos:

2.500 miligramas de vitamina B5 vão queimar gorduras mais depressa, assim como a l-carnitina, se você atingir a Cetose.

400 microgramas de selênio antes de ir para a cama pode realmente rejuvenescer as células T com relação à função imune.

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150 miligramas de zinco, de manhã e à tarde, bloqueiam a prolactina em sua origem, a pituitária, para reprogramar seu relógio interno com relação ao controle do apetite. Tome com café, para melhorar a dopamina, que também bloqueia a prolactina.

Kava kava (com 30% de kavaláctonos), tirosina ou Tylenol PM, antes de ir para a cama, vão provocar sono, mas você ainda precisa ter nove horas e meia de sono no escuro. Se estiver no avião, use algum daqueles sistemas de ajuda listados anteriormente e cubra toda a pele exposta, além de usar uma daquelas estranhas máscaras de dormir.

Caso a pessoa não consiga dormir durante a noite, as mulheres podem comprar creme de progesterona natural (Pro-Gest, da emérita) e usá-lo em sincronia com seus ciclos menstruais; e os homens podem pedir a testosterona a seu médico ou usar a progesterona de sua esposa. Que se transformará em testosterona pelo efeito cascata.

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Beba acidófilos do tipo que se “conserva em geladeira”. Beba em muita quantidade, o tempo todo. Essas bactérias são donas de você.

Tome 2.000 ou 3.000 miligramas de L-glutamina para realinhar seu intestino e fazer seus novos amigos – no caso, a bactéria que acabou de engolir – bem felizes.

E, finalmente, tome um drinque ou fume um charuto de vez em quando – e lembre-se: a menos que você se torne muito nervoso, café é bom para você.

Importante: Não use produtos ruins, vendidos sem receita, como os suplementos de melatonina – que, na realidade, regulam para baixo a sua produção natural de hormônio – pílulas para dormir “naturais” ou não, valeriana, flores secas de lúpulo. NoDoz, remédios para emagrecer ou um monte de remédios chineses, como ma Huang e dong quai.

A VERDADE SEMPRE ESTEVE POR AÍ

Estes são os livros de dieta que recomendam uma abordagem de baixo carboidrato ou carboidrato zero em relação à perda de peso em caráter permanente. Alguns deles foram escritos antes mesmo de muitos de nossos leitores nascerem:

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Eat fat and grow slim, Richard MacKarness, M.D., 1957 Calories don’t count, Herman Taller, M.D., 1961 The doctor’s quick weight loss diet, Irwing Maxwell Sillman e

Samm Sinclair Baker, 1967 A dieta revolucionária do Dr. Atkins, Robert C., Atkins, M.D.,

1972 (ele escreveu recentemente a seqüência, um livro chamado Dr. Atkins’ New Diet Revolution)

The carbohydrate addict’s Diet, Rachel F. Heller, M.D., e Richard F. Heller, M.D., 1991

O Ponto Z – A Dieta, Barry Sears, Ph.D., 1995 (este tem dois livros seqüenciais: Como atingir o Ponto Z e Pare de envelhecer com o Ponto Z).

Protein power, Michael R. Eades, M.D., e Mary Dan Eades, M.D., 1996 (seu primeiro livro, publicado em 1976, chamava-se Thin so dast)

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Sugar busters!, H. Leighton Steward, M.D., e Morrison C. Bethea, M.D., 1995.

Todos esses livros foram escritos com base em grande quantidade de pesquisa científica real, relatada em artigos minuciosamente revisados e livros. Embora algumas pessoas se recordem da “dieta de água” de Stillman, dificilmente encontraremos alguém capaz de citar o Dr. Taller ou o Dr. MacKarness. Em 1944, aqui nos Estados Unidos, num hospital de Nova York, um certo Dr. Pennington tratou diabéticos com uma dieta de 800 gramas de carne gorda por dia. Todos os pacientes perderam grande quantidade de peso e foram virtualmente curados, mas era a época da guerra e a idéia de curar pessoas com grandes quantidades de carne, um artigo que era racionado, não pegou. Na Inglaterra, em 1956, dois pesquisadores chamados Kechwick e Pawan publicaram os resultados de um experimento clínico chamado a dieta dos 100 anos, de um certo Dr. Harvey. Além de comprovar o sucesso do Dr. Harvey, eles concluíram que “20 a 30% da perda de peso decorre da água corporal total, e os restantes 50 a 70% da gordura corporal”. Nossa conclusão é que uma dieta constante à base de carboidratos também provoca retenção excessiva de líquidos, em função da preparação para a hibernação. Sem comida não há água, certo? Kekwick e Pawan provaram também que a ingestão diária de “uma quantidade inferior a 60 gramas de carboidratos é compatível com uma perda extrema de peso”. No ano seguinte, o Dr. MacKarness escrevia seu livro, baseado em suas descobertas. Nos Estados Unidos, a tentativa do Dr. Pennington, em 1944, foi o último sinal detectado no radar da perda de peso, até que o Dr. Atkins agitou a cena 29 anos depois, em 1973, com sua revolução na dieta. O Dr. Atkins talvez seja o mais memorável guru da perda de peso dos baby-boomers. Ele é o avô americano da dieta rica em proteínas de “resultados rápidos”. Seu livro vendeu seis milhões de cópias. Ele é nosso ídolo porque teve coragem suficiente para, em função de suas conclusões, interpelar o subcomitê de Nutrição do Senado americana em relação à “verdade do metabolismo”. Nós estamos indo um pouco mais longe, ao revelar a verdade sobre o ganho de peso.”

(trecho do livro “Apague a Luz!”, da página 215 á página 227)

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