alberto silva - resenha- anastasiou

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  • 7/28/2019 Alberto Silva - Resenha- Anastasiou

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    A DOCNCIA NOENSINO SUPERIOR: DO ENSINAR ENSINAGEM DESelma Garrido PIMENTA e La das Graas Camargo ANASTASIOU-So Paulo:Cortez, 2002;

    Alberto Silvai

    RESUMO:

    O refletir sobre a docncia no ensino superior tem permitido a percepo sobrenecessidade de estabelecer a identidade do professor do ensino superior tanto no mbitodo ensino, quanto da pesquisa e da extenso, uma vez que os mesmos so intrincados.Objetivando rever a formao do professor, suas qualificaes acadmicas, pedaggicase interpessoais. A responsabilidade com a Docncia na aplicao da Didtica permitindoa Pesquisa livre na gerao do conhecimento aplicado na Extenso.

    PALAVRAS-CHAVE: docncia no ensino superior; competncia didtica; extenso;conhecimento compartilhado.

    INTRODUO:

    Singrando os olhares das autoras DO ENSINAR ENSINAGEM, ser professor no

    fcil, e no presente contexto de desrespeito docncia, no diferente. cobranadentro e fora do exerccio da docncia, so exigidas do professor algumas qualificaese, especificamente no ensino superior, observamos a valorizao das qualificaesacadmicas, pesquisas e titulaes, em detrimento das qualificaes pedaggicas einterpessoais. PIMENTA e ANASTASIOU abordam primeiramente a problemtica

    profissional do docente no ensino superior, quanto afirmao de sua identidade e ascondies do exerccio profissional resultantes da ausncia de formao inicial econtinuada que capacite o professor, constatada como insuficiente frente ao novomodelo de sociedade e seus paradigmas emergentes focados nas diversidades.Considerando a importncia da universidade em investir na formao continuadaembasada no conhecimento, pesquisa e extenso, conforme as metas e objetivos do

    projeto pedaggico. Esta ao levanta a discusso em torno da importncia das relaesinterpessoais entre professores e alunos no processo ensino aprendizagem, ressaltando ocontexto afetivo e emocional na interao em sala de aula, a humanizao do ensino.Aos desafios contemporneos da profisso de professor necessria uma prticareflexiva tanto, da dimenso pessoal, quanto da dimenso social, pois nas profisses quelidam diretamente com pessoas preciso aceitar que haver fracassos, mas que o

    professor, como ator social insubstituvel da relao pedaggica parafraseandoLIBNEO. H de autoavaliar-se com constncia revendo sua didtica.

    DO ENSINAR ENSINAGEM no contexto didtico de amplo debate acerca daformao do professor universitrio e as condies pelas quais esses profissionaisingressam na vida acadmica, surgem reflexes sob os diferentes paradigmas relativos

    aos saberes pedaggicos e epistemolgicos, que mobilizam a docncia nasUniversidades, que cada vez mais tem recebido professores sem a experincia

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    A DOCNCIA NOENSINO SUPERIOR: DO ENSINAR ENSINAGEM DESelma Garrido PIMENTA e La das Graas Camargo ANASTASIOU-So Paulo:Cortez, 2002;

    necessria ao exerccio da funo docente no ensino superior, alm dos diversosprofessores que, apesar de esboarem um excelente referencial terico, necessitam,entretanto, rever sua prtica pedaggica. A essncia da didtica De Cumniosremetia-se ao ato de ensinar sobre o como aprender. Houve tempos em que, apontavam-

    se acentuadamente nos mtodos, recursos e no professor como centro das atenes. J avertente da Herbatiana traou-se num modelo formal de passos metodolgicos deensinar. Hoje, a didtica busca na fora das tecnologias como ferramenta eficaz noauxlio da aprendizagem. A pesar de ser considerado um fenmeno, a ensinagemenvolve outras reas do conhecimento para desvend-la, como a psicologia, sob o

    prisma de aperfeioamento profissional da docncia, notrio percebermos a influnciado aprendizado na vida social, que traz ensinamentos mtuos e contribua para ahumanizao e, consequente reduo das desigualdades social, hoje a educao tem sidoo instrumento de manuteno do status quo. Assim DO ENSINAR ENSINAGEM

    FINALIDADES DA DOCNCIA- Ao analisarmos a docncia universitria, percebemosa necessidade decompreender a complexidade do funcionamento do ensino, do pontode vista dasprticas sociais desenvolvidas no ato da Docncia. A pesquisa como novodirecionamento conduz o discente no apenas ao aprendizado de rea especifica, masalm da socializao at o reflexo de outras reas correlatas do conhecimento, destaforma, prepara-se o profissional crtico, capaz de perceber e refletir amultidisciplinaridade forjada pelo conhecimento, pesquisa e extenso. Em alguns

    processos de ensinamento, o produto dessa relao que o aprendizado fica prejudicadopelo excesso de teoria sem prtica que a sustente, como nos casos das palestrasuniversitrias,obrigatoriamente pontuadas, em que uma pessoa fala e uma multidodorme; e nada ou quase nada provoca aproveitamento, inexiste debate no ocorre ocompartilhamento de saberes. No olhar das autoras urge mudanas. O Aprender no

    um processo mgico. (PILETTI 2007 p.61) diz O planejamento , hoje, umanecessidade em todos os campos da atividade humana. Necessidade bem formar,exige do professor competncia para uma docncia de melhor qualidade, capaz de

    planejar e efetivar um processo contnuo de aes que condicionem os alunosaprenderem a construir, agarrando, prendendo-se no terico-prtico em momentosoportunos e de complexidade crescentes, enveredando pela pesquisa. um desafio.Superar esse modelo centralizado na fala do professor: modelo tradicional do professor

    palestrante e aluno ouvinte. A nova dinmica reside na essncia da cincia. Na ticadas autoras, ao docente cabem s atividades de ensino e de aprendizagem eautoavaliao constante e revendo metodologia. Ensinagem justamente esse

    processo compartilhado de trabalhar os conhecimentos, concorrentemente, o contedo, a

    forma de ensinar resultados mutuamente dependentes em que o professor e aluno tmresponsabilidade em sua conquista. Buscando planejadamente resultados num processomtuo de troca. A anlise epistemolgica do conhecimento escolar revela umconhecimento diferente dos conhecimentos comum e cientfico. Est inserido nouniverso pedaggico como o seu espao prprio, onde se faz o encontro dosconhecimentos cotidiano e cientfico reflexes necessrias para novos saberes.Os saberes se apresentam, em primeiro lugar, como incomparveis e irrefutveis, porestarem presos nas significaes concretas da vida coletiva e olhados como corpocultural da sociedade. Nesse sentido, sabemos que a sala de aula no pode apenas serum lugar detransmisso de contedos cientficos isolados, pois no se faz cincia semdevida interdisciplinaridade de contedos onde a cincia deixa de ser status e passe a

    fazer parte de uma viso homognea e entrelaada entre si que produza a partir do censocomum um novo cdigo de leitura da realidade construindo um novo universo de

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    A DOCNCIA NOENSINO SUPERIOR: DO ENSINAR ENSINAGEM DESelma Garrido PIMENTA e La das Graas Camargo ANASTASIOU-So Paulo:Cortez, 2002;

    desafio de confrontar a realidade e possibilitem a compreenso e transformao dessemesmo mundo de forma humanstica. No ato de pesquisar, por si s, se descobre oselementos desse processo, pois o professor tem a caractersticas de autoconhecimento,necessidade de dialogar com outras formas de conhecimentos, socializao dos

    resultados obtidos; e a busca de mtodos de pesquisas, enfim, de tornar o dinamismo darealidade impregna por sua vivncia interdisciplinar seja trazidas ao nvel de apreensodos alunos e efetivadas em prticas pedaggicas, que garantam a aprendizagem deforma ampla respeitando o tempo de aprendizagem de cada indivduo. Na universidadea realidade onde est inserida no tempo e no espao; dos professores entre si, na sua

    profissionalidade, e com seus alunos envolvidos; e os alunos entre si- num compromissocom a realidade (pesquisa) e o mtodo de ensinar conduzido pela docncia.Infelizmenteas concepes deixadas pelos jesutas mantm aceso o Ratio Studiorium, que so

    prticas atuantes at os dias de hoje, principalmente na universidade que castram areflexo impedindo novos conhecimentos. Nesta tica, o professor competente era o queconseguia expor e explicar seu contedo, com clareza e propriedade, e ainda manter oaluno atento. A premissa se subsidia em uma copia fiel do que foi passado e o que oaluno consegue passar para o papel. Esse tradicionalismo era tido como cinciaescolar. Falta de interesse, motivao ou de comprometimento com a prpriaaprendizagem; Passividade; individualismo (interesse na nota e em passar de ano oudisciplina); Falta de disciplina (hbito de estudo); e o pior, o aluno numero numaestatstica perversa indo de encontro ao livre pensamento. Outra questo. Quem so osalunos que chegam universidade? So oriundos de modelos de memorizao, onde seensinava a gravar para passar no vestibular, sem a criticidade exigida pela evoluo.Diante do exposto, a relao professor-aluno pode tanto produzir resultados positivosquanto negativos, pois professor e aluno formam um par complementar complexo e

    dinmico. As dificuldades acadmicas no podem ser focalizadas apenas no aluno, preciso investir tanto no aluno quanto no professor para que no se instale um crculovicioso: professor-problema, aluno problema, pois diante de tudo o grande prejudicadonormalmente o aluno. So essas incgnitas que desafiam a atividade profissional do

    professor, muitas vezes esses fatores so pistas de mudana de mentalidade que vaialm do docente concentrando-se numa estrutura institucional no sentido de criar aesmodificadoras centradas nos currculos dos cursos e em sala de aulas.O trabalho exposto por PIMENTA e ANASTASIOU, trs luz sobre a Universidade quequeremos e a que permitimos acontecer escolha que fazemos enquanto discente aooptar pelo pacto da mediocridade; quando docentes entendemos o dever a repetir. Asautoras buscam paradigmas, propem audcia e compromisso no enfrentamento ao

    status quo acadmico. A proposta de desconstruir para reconstruir a partir de verdadesno absolutas, que norteiam todos os questionadores, espritos que deveriam habitartodos da Academia. Reconstruir, repensar, renovar num processo de ensinagem

    provocador e libertador.

    Pedagogo UNINORTE- Ps-graduando em LIBRAS- Galileo Business School.