al 2.3
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A.L 2.3 FQ 11ºTRANSCRIPT
Questões – Problema :
Pretende projetar-se:
Uma rampa para fazer deslizar materiais de construção de uma certa altura
para o interior de um camião;
Um “escorrega” que permita a uma criança deslizar com facilidade, mas que
a force a parar na parte final, antes de sair.
Que materiais poderão ser utilizados na superfície de cada rampa?
Objetivos:
Trabalho realizado pela resultante das forças que atuam sobre um
corpo;
Dissipação de energia por efeito das forças de atrito;
Força de atrito e coeficiente de atrito cinético;
Variação de energia mecânica;
Vantagens e desvantagens do atrito.
Questões Pré - Laboratoriais
1. Considere um bloco, inicialmente em repouso. Faz-se deslizar este
bloco ao longo de uma calha, com atrito e com uma determinada
inclinação.
1.1. Represente num esquema o plano inclinado e as forças aplicadas
(faça a legenda).
1.2. O sistema anterior, está sujeito à ação de forças conservativas e
forças não conservativas. Identifique-as.
As forças são:
- Peso do bloco (P);
- Reação normal do plano (Rn);
- Força de atrito (Fa).
P⃗
R⃗nF⃗a
P⃗ – Peso do bloco
R⃗n – Reação normal da superfície (plano inclinado)F⃗a - Força de atrito
1
1.3. Deduza a expressão da variação da energia mecânica em função das
forças não conservativas.
O trabalho realizado pela resultante das forças que atuam no centro de massa do
bloco (WFr) pode ser avaliado através da variação da energia cinética do centro de
massa do sistema:
WFr = ΔEc
No entanto, este sistema está sujeito à ação de forças conservativas (peso do
bloco) e forças não conservativas (força de atrito).
Logo:
WF cons + WF não cons = ΔEc
Como o trabalho realizado pelas forças conservativas é simétrico à variação da
energia potencial gravítica:
WF cons = - ΔEpgrav.
Então, pode escrever-se:
WF não cons = ΔEc + ΔEpgrav.
Como:
ΔEc + ΔEpgrav. = ΔEm
Obtém-se:
WF não cons = ΔEm
1.4. Qual é a força que é responsável pela variação da energia
mecânica? Qual o seu significado?
A força responsável pela variação da energia mecânica é a força de atrito (não
conservativa), que indica que há dissipação de energia.
1.5. Explique em que consistem as forças de atrito.
As forças de atrito são componentes horizontais, que atuam sempre que dois
corpos entram em choque e há tendência ao movimento. As forças de atrito são
sempre paralelas às superfícies em interação e contrárias ao movimento relativo
entre elas.
1.6. Qual é a grandeza física que é caraterística de dois materiais em
contacto e em movimento relativo? Como se relaciona com a força de
atrito?
As forças de atrito resultam da interação entre superfícies em contacto. Estas forças
estão relacionadas com uma grandeza que se designa por coeficiente de atrito
cinético.
É uma grandeza física característica de dois materiais em contacto e em
movimento relativo.
2
Para o mesmo corpo e diferentes superfícies, com a mesma inclinação, o coeficiente
de atrito cinético é tanto maior quanto maior forma a intensidade da força de atrito.
1.7. Deduza a expressão que permite calcular a força de atrito em
função da variação da energia mecânica.
WF não cons = ΔEm
como
WF não cons = WFa
e
WFa = Fa x d x cos 180º
tem-se que
Fa = ΔEm
d cos180 º
1.8. Haverá alguma relação entre o coeficiente de atrito cinético e a
compressão exercida na superfície de deslizamento?
1.9. Identifique situações do dia-a-dia que o atrito é vantajoso ou
prejudicial.
O atrito pode ser considerado vantajoso:
- nos pneus dos automóveis;
- na queda de um paraquedita;
- quando caminhamos.
O atrito pode ser considerado prejudicial:
- quando se tenta mover um móvel;
- numa máquina em funcionamento, existe atrito entre as peças, dissipando-se
energia.
(Rodrigues & Dias, 2007)
Atividade Pratico Laboratorial
Material Utilizado
Esquema de montagens
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Procedimento:
1. Começou por se medir o comprimento do bloco e, em seguida, a sua massa com
uma balança.
2. Adaptou-se a calha ao respectivo suporte. Colocaram-se os sensores de
passagem convenientemente distanciados a cerca de 30 cm um do outro.
3. Ligaram-se os sensores ao digitímetro.
4. Colocou-se sobre o bloco uma cartolina, de modo a que as células fizessem a
leitura do bloco na extremidade superior da calha. Abandonou-se o bloco de modo
que a superfície revestida de plástico deslizasse ao longo da calha.
5. Leu-se, no digitímetro, o tempo que o bloco demorou a passar em cada um dos
sensores.
6. Mediu-se o valor do deslocamento do bloco na calha entre os dois sensores.
7. Mediram-se as alturas da calha nas posições correspondentes aos dois sensores.
8. Repetiu-se o procedimento experimental, utilizando o mesmo bloco e a mesma
inclinação da calha, mas usando a superfície revestida em plástico.
9. Voltou a repetir-se a experiência, desta vez utilizando um bloco maior, mas
mantendo as faces (plástico e madeira).
10. Registaram-se os valores obtidos, tendo em conta os valores das grandezas
que não variaram.
Registo das observações:
Instrumento de medida Incerteza absoluta
(sensibilidade)
Régua ± 0,05 cm
Transferidor ± 0,5 º
Balança ± 0,01 g
Digitímetro ± 0,001 ms
Quadro I
Bloco A
Massa do bloco 71,82 ± 0,01 g
Inclinação do plano 30,0 ± 0,5 º
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Distância entre os dois sensores (valor
do deslocamento)
30,00 ± 0,05 cm
Comprimento do bloco (∆x) 5,00 ± 0,05 cm
Diferença de alturas entre os sensores
(∆h)
15,00 ± 0,05 cm
Quadro II
No digitímetro utilizado nesta experiência, os tempos de passagem do bloco através
dos dois sensores acumularam-se. Então, foi necessário efetuar uma diferença
entre os valores finais e iniciais lidos no digitímetro, para obter o tempo de
passagem do bloco através do segundo sensor.
t1(s) t1(s) t’(s) t2= t’-t1 (s) t2(s) V1=
∆ x∆ t
m/s
V2=
∆ x∆ t
m/s
Superfície de contacto
médio
médio
50,734 x 10-3
65,527 x 10-3
68,189 x 10-3
61,483 x 10-3
122,230 x 10-
3
187,050 x 10-
3
204,640 x 10-
3
71,496 x 10-3
118,523 x 10-
3
136,451 x 10-
3
108,823 x 10-
3
0,813
0,459
Metal/Madeira
93,076 x 10-3
64,791 x 10-3
68,189 x 10-3
73,549 x 10-3
151,480 x 10-
3
121,430 x 10-
3
116,955 x 10-
3
59,404 x 10-3
56,639 x 10-3
53,955 x 10-3
55,000 x 10-3
0,680
0,909
Metal/Plástico
Quadro IIIt1 – corresponde ao tempo lido no digitímetro quando o bloco passa no primeiro sensor;
t2 – corresponde ao tempo lido no digitímetro quando o bloco passa no segundo sensor.
Bloco B
Massa do bloco 120,37 ± 0,01 g
Inclinação do plano 30,0 ± 0,5 º
Distância entre os dois sensores (valor
do deslocamento)
30,00 ± 0,05 cm
Comprimento do bloco (∆x) 10,00 ± 0,05 cm
Diferença de alturas entre os sensores
(∆h)
15,00 ± 0,05 cm
Quadro IV
t1(s) t1(s) t’(s) t2= t’-t1 (s) t1(s) V1=
∆ x∆ t
m/s
V2=
∆ x∆ t
m/s
Superfícies de contacto
médio medio
116,580 x 10-3
192,330 x 10-3
178,280 x 10-3
162,400 x 10-3
224,580 x 10-3
403,550 x 10-3
357,230 x 10-3
108,000 x 10-3
211,22 x 10-
3
178,900 x 10-3
169,373 x 10-3
0,616
0,590
Metal/Madeira
133,5 134,5 155,5 141,2 247,1 265,0 227,4 113,6 103,4 121,8 112,9 0,70 0,88 Metal/Plástico
5
10 x 10-3
60 x 10-3
60 x 10-3
1 x 10-
350 x 10-3
40 x 10-3
10 x 10-3
40 x 10-3
80 x 10-3
50 x 10-3
90 x 10-3
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Quadro Vt1 – corresponde ao tempo lido no digitímetro quando o bloco passa no primeiro sensor;
t2 – corresponde ao tempo lido no digitímetro quando o bloco passa no segundo sensor
Exploração dos resultados
Com os valores registados nos quadros calcule (construa tabelas) para as duas
superfícies de contacto diferentes e para os dois blocos.
a variação da energia cinética do bloco entre as posições dos dois
sensores
a variação da energia potencial gravítica do bloco, entre as posições
dos dois sensores;
a correspondente variação da energia mecânica do bloco;
a intensidade da força de atrito, relacionando a variação da energia
mecânica com o trabalho realizado por essa força.
Superfícies em contacto: metal e madeira
ΔEc (J) ΔEpg (J) ΔEm (J) Fa (N)
Bloco A - 0,016 - 0,108 - 0,124 0,413
Bloco B - 0,019 - 0,180 - 0,199 0,663
Superfícies em contacto: metal e plástico
ΔEc (J) ΔEpg (J) ΔEm (J) Fa (N)
Bloco A 0,013 - 0,108 - 0,095 0,317
Bloco B - 0,170 - 0,180 - 0,350 1,167
Pós -Laboratório
Com base nas conclusões experimentais e em valores do coeficiente de atrito
cinético (obtido por consultas de tabelas) fundamente possíveis soluções aos
problemas propostos
(Caldeira & Bello, 2006)
Bibliografia
Caldeira, H., & Bello, A. (2007). Ontem e Hoje. Porto: Porto-Editora.
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Rodrigues, M. M., & Dias, F. M. (2007). Caderno de Laboratorio de Fisica na Nossa
Vida. Porto: Porto Editora.
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