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AIDA MANSANI LAVALLE A MADEIRA ITA ECONOMIA PARANAENSE. ORIENTADOR: Prof. BRASIL PINHEIRO MACEADO. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO APRESENTADA À UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Eli 19 7W

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Page 1: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

AIDA MANSANI LAVALLE

A MADEIRA ITA ECONOMIA PARANAENSE.

ORIENTADOR: Prof. BRASIL PINHEIRO MACEADO.

DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

APRESENTADA À UNIVERSIDADE

FEDERAL DO PARANÁ Eli 19 7 W

Page 2: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

AGRADECBETJTO

Este agradecimento é dirigido a todos os professores do

Curso de Mestrado era História, da Universidade Federal do

Paraná, e em especial à professora Cecília Maria Westphallen,

cujos ensinamentos•tornaram possível este trabalho.

Page 3: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

LISTA DE OUAI'-ROS

1 - Exportação Paranaense de Madeira - Porto de Parana-guá - m3 . . - . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2k

2 - Exportação Paranaense de Madeira - Porto de Parana-" guá - contos de réis/milhares de cruzeiros ....... .27

3 - Exportação Paranaense de Madeira - Porto de An toni-

na - e3 • * V • • • • . . . . . 30 k- - Exportação Paranaense de Madeira - Porto de Antoni-

na - contos de ¡réis/milhares de cruzeiros . . . . 33 5Exportação Paranaense de Madeira - Foz do Iguaçu -

m3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 6 - Exportação. Paranaense de Madeira - Foz do Iguaçú -

contos de réis/milhares de cruzeiros . ... . . . . 39

7 -r Preços da Madeira Exportada pelo Paraná . . . . . 8 - Exportação Paranaense de Madeira - m3 . . . • • • *ff>' 9 - Exportação Paranaense de Madeira - contos de réis/.

milhares de cruzeiros . . » . . . . . . . . . . . 10 - Preços da Madeira . . • • 21 11 - Exportação Paranaense de Pinho Serrado 12 - Mercadorias Transportadas pela Rede de Viaçao Para-

ná-Santa Catarina . . . . . . . . . . . . . . . . 7ó 13 - Número de Vagões Empregados no Transporte de Maàeira 77 l1* - Extensão e Composição das- Rodovias Paranaenses ... : 79 15 - Produç ao Pa ranaense de Pinho . ' . . . 80 16" - Serrarias Registradas no Instituto Nacional do Piriho / 17 - Produção de Pinho do Paraná e do Brasil . . . . . 86 18 - Produção Paranaense de Madeira de Lei . . . . . .88

19 - Produção e Exportação de Pinho do Paraná em m3 . 91

Page 4: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

20— Exportação Paranaense de Madeira para o Mercado .In-

temo Brasileiro - m3 . . . . . . . . . . . . . ;;; ¡9V;;

21 - Exportação de Pinho Paranaense - Mercados Externos 99

22 - Exportação Paranaense de Madeiras de Lei - Mercados

Züwtõíríios, « « 9 m # • ' • • * • « * • # « • « * « • JLOjL'.'

23 - índices de Exportação da Madeira Paranaense . . . . ' 102

2** - Mercados Externos de Pinho Serrado Paranaense .... .. 119

25 - Exportação Paranaense dé Pinho Serrado - Mercado Ar^

gentino . . . . . . . . • • • • » . . . . . . . 121

26 - Exportação Paranaense de Piniio Serrado - Mercado In-

-Lé S « • • * • • • * m • • • • « • m m 9 • « • • • . 12 2 ;

27 - Préço Médio de Pinho Serrado - Exportação Paranaen-

28 - Exportação Paranaense de Pinho Serrado - ni3 . . . . 125"

29 - Exportação Paranaense de Madeiras de Lei . V . 128

30 - Exportação Paranaense de Madeiras de Lei. . . . . I30

31 - Exportação Paranaense de Madeiras de Lei . . . . I32

32 - Exportação Paranaense de Madeiras de Lei . . . i

Page 5: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Lie j. A . DE . AM ;;ICOG

1 - Exportação. Paranaense de Iladeira Através dos Por-

tos - ¡ 1910-1959 > - 23

2 - Exportação Paranaense de Madeira At r.ave s dos Por-

tos 51

. 3 - Preços da Madeira Exportada pelo Paraná 52 /

b - Medias Mensais do ITmiero de Vagões Empregados Ko

Transporte da iladeira . . . . . 79

5 - ^Qdiig.ãQ.JParaiiaense_ de__jinliq_ 1 81"'

6. - Produção._de^Pinlio: Paraná e Brasil 87

J_.. -.....Produção...paranaense de Madeira de Lei . . . . . . 89

Vx3 - Exportação Paranaense de Pinho para o Mercado In- .

terno Brasileiro 96

9 - Exportação de Madeira Paranaense para os Mercados

Externos - m3 100

10 - Exportação P; ranaerJse de Madeira para os Mercados

Externos . / I03

11 - Mercados Externos de Pinho Cerrado Paranaense- m3 120 4 12 - Exportação Paranaense de Pinho Gerrado para os

Principais Mercados Externos . I23

Page 6: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

SUMARIO

Introdução . ••'. . . 1

I .0 . - 0 Problema 3

2.0. - Fontes

2.1. - Pontes Manuscritas

2.2.' - Fontes Impressas . . . , . 5

2.3.: - Fontes Bibliográficas . . . . . .' . . . . . . . . 9

3.0. - Considerações Metodológicas 10

^f»0. - Os Portos Paranaenses e a Exportação de Madeira 13

- A Exportação de Madeira Paranaense . . . . . . . 53

. 6.0. - 0 Transporte da Madeira Paranaense . . . . » . . 66

7.0. - Produção e Mercados da Madeira Paranaense: 19^5

a 196U- . . • . 80

8.0. - 0s Mercados da Madeira Paranaense 90

8.1.' - 0 Mercado Interno Brasileiro . . . . . . . . . . 92

8.2.' - Os Mercados Externos do Pinho Paranaense . . . 97

$.3.' - Os Mercados Externos do Pinho Serrado Paranaense ÍOV

8.3.1» - 0 Mercado Argentino . . . . . . . . . . . . . . 10b

8v3.2. - 0 Mercado Inglês . . . . . . . . . 113

8.3.3.1 - Outros Mercados 116

9»;0. - 0 Esgotamento das Reservas Florestais Paranaen-

ses . . . . 126

10,0. - As Condições da Compra de Pinheiros no Paraná . 135"

I I . 0 . - Conclusões . . . l*+0

Referências bibliográficas . l^ f

Anexo 1 : Modelos de fichas IV8

Anexo 2 : Certidão extraída em Cartório . . . . 1*1-9

Page 7: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

' A MADEIRA ITA ECONOMIA PARANAENSE 1

. BTTRDDUC O

A existencia, no Paraná, de extensa f loresta de araucária

angustifólia, permitiu que, a partir do século XIX, a explo-

ração da madeira tenha sido uma das atividades económicas

mais destacadas da região.

De iníc io , a madeira exportada era retirada do l i t o ra l ,

pois a dificuldade de comunicação com o planalto, onde se

concentravam as matas de pinheiros, constituíram grave empe-

cilho para essa atividade econômica.

As primeiras serrarias paranaenses foram, pela deficiên-

cia de comunicação com o interior, instaladas no l i t o ra l pa-

ranaense. Com o advento da ligação ferroviária entre o l i t o -

: ral e o planalto, novas perspectivas delinearam-se para a ma-

deira paranaense, especialmente a de pinho.

As serrarias passaram, no século XX, a se concentrar no

centro-3ul. paranaense, deslocandq-se para oeste, à medida em

que se esgotavam as reservas de pinho mais próximas das f e r -

rovias. ' : r

As oportunidades para colocação do pinho paranaense, nos

•mercados externos, cresceram cora o advento da Primeira Guerra

Mundial. Foi, no entanto, durante a década de 20 que esse

produto atingiu importancia s igni f icat iva na economia para-

naense. As exportações dessa década, embora tenham sido ele-

vadas e representado muito para a arrecadação paranaense, não

abrangiam, ainda, mais que pequena parte do mercado , interno

brasi leiro, cujas necessidades do produto eram compensadas

por importações de madeira européia.

Page 8: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

• ' 2

A industria madeireira paranaense iniciou sua maior ex-

pansão após a Segunda Guerra Mundial, öribora os dois outros

Estados Meridionais brasileiros, já contassem com indústrias

de madeira há mais tempo que o Paraná, as reservas de pinho,

maiores neste último, asseguravam-lhe a preponderância na

produção. A madeira de pinho, exportada pelo Brasil, por es-

sa razão, recebeu, nos mercados externos, o tratamento gené-

rico de "Pinho do Paraná".;

Page 9: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

1,0 - O -PROBLEMA 3

Sabendo-se que a exportação de madeira, no Paraná, inten-

sificou-se a partir da. conjuntura da Primeira Guerra, o pre-

sente trabalho procurará ve r i f i car a medida, em volume e va-

lor , dessa exportação, e a sua importância relat iva no setor

do comércio externo paranaense, no século XX.

A localização das matas de pinheiros, distantes dos por-

tos de exportação paranaenses, tornou a comercialização do

pinho dependente das condições de transporte, especialmente

ferroviário. Assim, também se ver i f i cará em que medida as

condições das ferrovias locais influiram sobre a exportação

paranaense.

Outro ponto a analisar refere-se aos principais mercados

exteriores da madeira exportada pelo Par.má, no século XX;

quais os mercados, e qual a influência que exerceram sobre as

condições de produção e comercialização da madeira.

A exportação paranaense de madeira, destinada aos merca-' y

dos exteriores, realizou-se através de vários de seus portos,

marítimos e f luv ia is ; procurar-se-á determinar quais foram

os mais importantes para o escoamento do produto.5

A extração, produção e comercialização da madeira estive-

ram sujeitas ao controle o f i c i a l , principalmente nas três úl-

timas décadas, quando se torna um produto destacado na expor-

tação. Desse modo, será objeto de indagação a medida em que

os contratos de compra e venda de pinheiros, no interior pa-

ranaense, seguiram rigorosamente as determinações legais.

Page 10: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

2.|0 - FONTES * b

2.1 - FONTES MANUSCRITAS

Foi util izada, sobretudo, no presente trabalho, a do-

cumentação existente em cartórios e referente às condições de

compra e venda de pinheiros, no Paraná. Os dados foram obti-

dos através de certidões extraídas pelos cartórios, as quais

fornecem os seguintes elementos: número do l i v r o e da folha

de onde f o i retirada a certidão, data da transação, nome dos

compradores e vendedores, valor era dinheiro, condições de pa-

gamento, além de outras cláusulas observadas, Estas últimas

se referem ao tempo estabelecido para extração dos pinheiros,

a maneira pela qual os pinheiros deveriam ser extraídos, além

de outras. Esse tipo de documentação f o i uti l izado para o

estudo das condições de compra e venda de pinheiros. Deve-se,

contudo, assinalar que, sobre o valor da transação declarado

nesses documentos, eram pagos impostos sendo do interesse dos i; - . • -

compradores e vendedores declararem importância abaixo da re~

al. Existe, portanto, certa dúvida quanto à exatidão dos

preços de pinheiros encontrados nos documentos analisados,mas

os mesmos certamente fornecem base para estudo. No que se

refere, porém, às demais cláusulas, vendedores e compradores

estipulavam-nas claramente, na defesa de seus interesses.

0 outro tipo de fonte manuscrita pesquisada pertence às

empresas madeirelras particulares. Através dos inventários •

anuais das serrarias, que constam do Livro Razão, de algumas

dessas firmas, foram éstudados aspectos referentes à produção

da madeira, no que diz respeito às condições de maquinaria, e

transporte.

Page 11: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

2.2 - FOIÍTEG IMPRESSAS ¡T

Dentre asíbntes impressas pesquisadas destacam-se os Re-

latórios dos Presidentes e Governadores do Estado do Paraná,

e as Mensagens dirigidas à Assembléia Legislativa pelos Go-

vernadores do Paraná, e pelos Secretários da Fazenda, exis-

tentes no Arquivo Público do Estado do Paraná e na Biblioteca

Pública do Paraná, dos quais foram extraídos informações, e

dados quantitativos sobre a conjuntura paranaense. A u t i l i -

zação dos dados retirados dessas fontes é d i f í c i l , p e l a fa l ta

de continuidade e homogeneidade dos mesmos. De ano para ano

os dados variam, de acordo com preferências, ou prioridade de

certos problemas, não havendo sistematização na sua apresen-

tação.

0 problema do transporte e dos fretes ferroviários f o i

estudado através das Mensagens de Diretores da Rede Viação

Paraná-Santa Catarina, publicadas, e existentes na Biblioteca

Pública do Paraná e no Arquivo da atual Rede Ferroviária Fe-

deral. Essas publicações não foram realizadas todos os anos

e só podem ser encontradas até 1957, quando a ferrovia passou

a ser urna sociedade mista, não sendo permitido, a partir de

então, o acesso aos seus arquivos, com o objetivo de evitar

que empresas rodoviárias, concorrentes, obtenham informações

pormenorizadas sobre as suas possibilidades e deficiências.As

Mensagens pesquisadas, de 1930 a 1956, informam sobre as

mercadorias transportadas anualmente pela ferrovia, o número

de vagões utilizados no transporte e o preço dos fretes, por

mercadoria, calculado em tonelada-quilómetro. Trazem, igual-

mente, informações qualitativas sobre problemas ligados ao

transporte ferroviário durante as décadas de 1930, 19 -0, e a

Page 12: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

6 primeira metade da década de 1950.

Os dados utilizados para a construção de series sobre a

exportação de madeira no Paraná, de 1901 a 1959» foram ex-

traídos da publicação anual da Secção de Estatística do Mi-

nistério de Helações Exteriores, sob o t í tulo "Comércio Exte-

r ior do Brasil", existente na Biblioteca do Instituto Brasi-

l e i ro de Geografia e Estatística, no Rio de Janeiro. A partir

de 1959i esta publicação cessou; os dados referentes à expor-

tação, por portos brasileiros, após essa data, encontram-se

no Arquivo do Ministério de Relações Exteriores. Através

dessas publicações fqram obtidos os dados referentes à expor-

tação de madeira no Paraná, por portos de embarque/ Nos pri-

meiros anos mencionados, os dados referem-se à quantidade de

madeira por peças, em tábuas e pranchões, além de determina-

das quantidades expressas em quilograjnas. Após 1910 as in-

formações referem-se, apenas, a quilogramas de madeira expor-

tada. Os dados obtidos através 'dessas publicações apresen-

tam,. portanto, deficiências. Uma delas, é a f a l ta de discri-

minação do grau de industrialização da madeira exportada, o

que impede análise mais profunda dessa atividade econômica.Ou-

tra falha reside na ausência de discriminação dos mercados

compradores de madeira, por Estado exportador, englobando to-

dos os mercados externos no total da exportação brasileira.5

Uma das fontes mais importantes para o presente trabalho,

e que forneceu subsídios para a análise, constituiu-se no

Anuario Brasileiro de Economia Florestal, edição do extinto

Instituto Brasileiro do Pinho, que abrange os anos de 19*4-7' a

•196^.- Os- dados'estatísticos apresentados por essa publicação

Page 13: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

• • 7

estão dispostos era quadros anuais de produção e exportação

dos vários tipos de madeira brasileira, especificando o pro-

duto, procedência por Estado e mercado de destino, com quan*

tidade e preço. A facilidade de análise destes dados está

ligada & uniformidade da informação que transmitem como, por

exemplo, o gráu de industrialização da madeira, unidade de

volume, e valor, o que permite tratamento estat íst ico, sem

maiores problemas.

Esses dados, coletados pelo Instituto Nacional do Pinho

a partir de 19**7 j tiveram iníc io com " a elaboração de esta-

t íst icas de preços das madeiras nacionais destinadas à expor-

tação. . . com o fim de habil itar a Autarquia a orientar sua

pol í t ica econômica, na nova fase que se abria para as vendas

amplamente reclamadas do exterior.

Esses daclos não classificam a madeira serrada, produzida

e exportada, em termos de 13, 11^ e I l i a qualidades. Essa

deficiência dos dados não permite uma comparação, em bases

seguras, entre os preços das madeiras .enviadas aos diversos

mercados exteriores. ;

líos Anuarios referidos foram igualmente pesquisados os

dados referentes à•industrialização da madeira, ou. seja, o

número de empresas madeireiras registradas no Instituto Na-

cional do Pinho, de 19^7 a 19.0 . A finalidade de inserir-se

um rápido estudo das empresas ligadas à produção e beneficia-

mento da madeira, teve como objetivo procurar conhecer o au-

, a1-PííREIIíA, j . Soares. 0 preço, das madeiras nacionais no decênio 1939-191+8» Anuario Brasileiro de Economia Florestal, 2, 19^8. " "'/ "" : : """

Page 14: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

8 mentó de produção e a expansão do mercado interno brasileiro.

Além dos dados quantitativos supra citados, os Anuarios

apresentam, em todos os números, artigos e relatórios, pro-

blemas relacionados com a produção e comercialização da ma-

deira.

lio Departamento de Estatística do Instituto Brasileiro de

Defesa Florestal, foram obtidos dados referentes à exportação

de madeira para o mercado interno brasi leiro. Esses dados

foram util izados, para comparar a importância relativa dos

mercados interno e externo, quanto à exportação de madeira.

Os dados referem-se apenas aos anos de 19Í?Q a I963, e apre~.

sentam algumas contradições em relação às vendas de pinho la-

minado»' Além disso, não trazemos preços da madeira destina-

da ao mercado interno e não especificam tais mercados. 0

aproveitamento dessas informações, contudo, está vinculado à

possibilidade de comparação do mercado exterior da madeira pa-

ranaense, em relação ao mercado interno brasi leiro.

Os dados obtidos no Anuário Brasileiro de Economia Flo-

restal foram comparados, na parte da produção de madeira pa-

ranaense, com similares, coletados no Departamento de Esta-

t í s t i ca do Estado do Paraná. Constatou-se que as quantidades,

que constam dos Anuarios são menores que as apontadas pelo

orgao o f i c i a l referido. Apes ar disto, os dados foram apro~

veitados, como se apresentam na publicação do Instituto Na-

cional do.Pinho, assinalando-se, porém, as diferenças encon-

tradas.

Page 15: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

2. 3 - FOIITSS BIBLIOGRÁFICAS 9

Dentre as varias obras que versam sobre as condições da

e-conomia madeireira paranaense, "0 l i v ro das árvores do Para-

ná", de Romário Martins, apresenta um histórico sobre a. ex-

ploração das matas paranaenses, legislação e transporte da

madeira. 0 autor baseou seu trabalho em dados pontuais, po-

rém, o conhecimento do assunto, especialmente da legislação

sobre a madeira na primeira década do século XX, da elabora-

ção da qual participou, tornara a análise objetiva.

0 primeiro volume da coleção História do Paraná, editado

pela Grafipar, contém, igualmente, subsídios para uma análise

das condições em que se fundamentou a economia madeireira do

Paraná.

Outro trabalho, de carater amplo, sobre a composição,eco-

logia e importância econômica das f lorestas da América do

Sul, de Kurt Hueclí, contém, além de um estudo sobre a delimi-

tação e esgotamento das florestas paranaenses, uma descrição

das essências encontradas na região.'

0 estudo sobre "0 Paraná e a economia madeireira", rea-

lizado pela CODEPAR, em 196^, analisa os principais problemas

da produção madeireira paranaense, inclusive detalhes re fe-

rentes à extração, transporte até a serraria, maquinarias e

mão-de-obra utilizadas no interior do Estado.:

Page 16: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

3.0 - CON S IDEPlAÇ PE S METODO LÓGICAS 10

Para a organização das series estatísticas de exportação

da madeira, entre I90I e 196}+, a maior dificuldade encontra-

da f o i a fa l ta de sistematização com que se apresentam esses

dados. Foram, por essa razão, adotados os seguintes procedi-

mentos 2

1)-Nos anos de I90I a I9 I I , foram deixadas de lado as

quantidades referentes à pranchoes de pinho, por não se dis-

por de um método que permitisse converter as unidades re fer i -

das em m .

2)-Em todos os anos que constavam dos dados, unidades de

pinho especificadas em tábuas, dividiu-se a quantidade cor-

respondente por doze. Como a unidade comercial utilizada « r 2 ' *

prevê 1 dúzia = 168 p , multiplicou-se o número de dúzias por

168. Dispondo do total de p , a conversão para nr5 f o i reali~ A o 2 ( 2 )

zada pela equivalência de 1 mJ = lj-21* p j

3)-Para todos os anos em que a quantidade tota l de madei^

¡ ra exportada, ou parte dela, está expressa em quilogramas,

adotou-se a equivalência 1 m = SOO quilogramos. ^

V)-As transformações das várias medidas encontradas na

publicação "Comércio Exterior do Brasil", para m , foram f e i -

ntas no ato de coleya dos dados. Assim, todos os dados anota-

dos já estavam transformados e i 1

1 2-Essa última equivalência f o i utilizada por PEREIRA, ibid, p.190.

3-De acordo com a Portaria nQ I89, de 17 de outubro de I923, que consta do Relatório da Secretaria Geral do Estado do Paraná, Curitiba, s/ed., 192!+. p.39.

Page 17: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

11 Organizadas as diversas series sobre a exportação para-

naense de madeira, foram calculadas médias moveis sobre cinco

anos, a fim de serem evitadas as flutuações de curta duração.

No que se refere à organização de séries sobre a exporta-

ção de madeira, nos anos de 19^7 a 196lh, os dados já estão

expressos em m , facilitando sua coleta. Foram confeccionadas

fichas para esta finalidade, constando das mesmas: na parte

superior, a especificação do produto exportado e o ano cor-

respondente. Em fichas separadas foram anotados dados refe-

rentes à exportação de pinho serrado, beneficiado, laminado e

compensado. A seguir, urna relação de todos os mercados ex-

ternos da madeira paranaense, relacionados em ordem alfabéti-

ca, no canto esquerdo da ficha. 0 restante do espaço f o i

destinado à anotação do volume da madeira exportada (em m ) e

o valor da mesma (em cruzeiros), correspondendo a cada merca-.

do. No canto direito,um espaço reservado ao cálculo do preço o

da madeira, em cruzeiros por m . ' Na parte in fer ior foram

anotados o total paranaense em volume e valor e o total bra-

s i l e i ro , ambos em e cruzeiros, seguidos do preço médio de

cada um.

A partir dos dados, coligidos através da ficha supra des-

crita, foram construidas as séries referentes à exportação

paranaense de madeira, por volume e por valor, e as referen-

tes aos diversos mercados. As séries sobre a exportação bra-

s i l e i ra foram construidas do mesmo modo, embora sem análise

dos mercados.1

Com algumas dessas séries f o i realizado o cálculo de ín-

dices, visando maior facilidade e compreensão. Assim, é que

Page 18: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

12 as scries de exportação de pinho paranaense, construidas se-

paradamente para pinho serrado, laminado e compensado, apre-

sentam índices, tendo como ano base o primeiro da série, ou

seja 19*+7« A escolha desse ano está relacionada com um estu-

do do aumento da exportação da madeira, nos anos de 19*+7 a

I96W

As séries apresentadas neste trabalho não foram deflacio-

nadas. Na ausência de um método seguro de deflação, tentou-

se contornar o problema através da análise do índice de in-

flação correspondente aos anos que apresentam as maiores dis-

torções.

Para estabelecer-se comparação entre a quantidade de ma-

deira exportada pelos diferentes portos paranaenses, maríti-

mos ou f luviais , f o i organizada uma ficha, com os seguintes

itens: no alto, a designação "Exportação paranaense de madei-

ra", e o ano respectivo. 0 espaço restante está dividido era

três colunas vert icais , com as seguintes designações: porto O

de embarque, volume em m , e valor FOB em cruzeiros. No ex-

tremo infer ior , consta o total das duas últimas colunas.!

Page 19: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

WO - OS POTITO o PARAIIAEÏiSES S A EXPORTAÇÃO DE MADEIRA. 13

A exportação da 22 ad ei ra paranaense f o i realizada através

de três portos principais: os portos marítimos de Paranaguá e

Antonina e o porto f luv ia l de Foz do Iguaçu."*"

0 escoamento, para os mercados externos, da grande parte

da produção paranaense de madeira, principalmente pinho, efe-

tuou-se pelos portos de Antonina e Paranaguá. A saída da

produção madeireira, por estes portos, está ligada ao apro-

veitamento do pinho e de outras essências, em menor quantida-

de, da região centro-sul e, em parte, do oeste do Estado. As-

sim, observa-se pelos Qoiadros ns 1, 3 e 5 que, até o f ina l da

década de 19*f0, Antonina e Paranaguá lideraram a exportação

da madeira paranaense.

A exportação de madeira por Foz do Iguaçu dependeu da ex-

ploração intensiva das matas do sudoeste e extremo oeste do

Paraná. Essa exploração cresceu após 1950, como evidenciam

03 dados do Quadro n2 5-

Através do Gráfico n 1, referente ao movimento de expor-

tação de madeiras no Paraná, observa-se que o porto de Para-

naguá f o i , em maior número de anos, o mais importante escoa-

douro do produto. 0 porto de Antonina apresentou movimento

maior de exportação de madeira, nos anos de 1932 a I93V ,

de I936 a 1937 e, ainda, de 19^8 a 19^9. Nos outros anos, de

l-0s dados que constam da publicação "Comércio Exterior do Brasil" referem-se à exportação paranaense de madeira,ape-nas por esses três portos, lío "Anuario Brasileiro de Econo-mia Florestal", porem, constara, nos anos de 1^+7 a 196^, além dos portos supra referidos, dados referentes a exportação de macieira pelo Porto üritânia e pelas divisas secas de Barracão e Santo Antônio. ... .

Page 20: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Ik

I90I a 1950, Paranaguá fo i o maior porto de exportação da ma-

deira paranaense.

A partir de 1951» porém, Foz do Iguaçu assume a liderança

dessa exportação.-lios anos de 1956 a 1959» 0 volume da ma-

deira exportada por v ia f luv ia l superou a exportação do pro-

duto pelos dois portos marítimos paranaenses. Essa modifica-

ção, no escoamento da madeira paranaense, re f le te o esgota-

mento das reservas de pinho situadas no centro-sul do Estado,

tendo a produção se deslocado para oeste e sudoeste. Apesar

de, em igual data, a produção de madeira no Paraná não ter

apresentado declínio em relação à década anterior, o desloca-

mento referido é bastante s igni f icat ivo, relaciónando-se com

a situa.çâo das reservas f lorestais paranaenses.

0 predomínio do porto de Paranaguá na exportação da ma-

deira paranaense, prende-se a razões diversas. 0 porto de

Antonina, apesar de estar situado a menor distância de Curi-

tiba que o de Paranaguá, não conseguiu sobrepujá-lo, em volu-

me de exportação de madeira, a não ser nos anos já re fer i -

dos. A preferência pelo porto de Paranaguá, apesar de cer-

tas condições desfavoráveis ao exportador, tais como maior

quilometragem e, em conseqüência, f rete mais elevado, além da.

dificuldade de atracarem navios de grande tonelagem, resultou

da influência governamental, na conjuntura estudada. A apli-

cação, em larga escala, de verbas estaduais nas instalações

do Porto, justificaram tal atitude.

Desta maneira, até 1922, vigorou uma equiparação de fre-t

tes ferroviários, entre as mercadorias enviadas de Curitiba,

até Paranaguá ou Antonina, apesar da diferença de quilometra-

Page 21: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

15 gem. Quando a ferrovia, após mais de trinta anos,alterou es-

sa medida, o Governo do Paraná, através do decreto nS 916, de

1923, tentou, por outras maneiras, manter, entre os dois por-

tos, situação equivalente a das tar i fas ferroviárias equipa-

radas. 0 artigo 12 desse Decreto, estipulava que:

A exportação dos produtos do Estado cons-tantes do parágrafo lû e a importação das mercadorias referidas no parágrafo 22, f e i -tas pelo Porto de Paranaguá, terão a com-pensação especificada nas respectivas a l i -neas. 12 Exportação a)-herva matte 10 réis por kg.' b)-madeira para caixa 2$200 réis por mil

kg. c)-madeira serrada ou

apparelhada 2$600 réis por mil kg. 2

d)-phosphoros $300 reis por lata.

0 produto que recebeu maior benefício com a redução, f o i

a erva mate que liderava, na ocasião, as exportações para-

naenses. A madeira serrada, que era amais procurada pelos

mercados externos, recebeu, depois da erva mate, o melhor

desconto nas taxas de exportação evidenciando, assim, o inte-

resse governamental em assegurar, para Paranaguá, um grande

movimento de mercadorias, mesmo às custas de parte das rendas

do Estado.'

A desequiparação dos fretes ferroviários, entre Curitiba

e os portos de Antonina e Paranaguá, coincidiu cora'o plane-

jamento e execução, em parte, de obras visando a melhoria

desses portos, especialmente do último, onde seriam fe i tas as

• 2-MUNIíOZ, Alcides. Relatório da Secretaria Geral do Es-. do do Paraná. Curitiba, Mundial, '1926. p.208 e 209.

Page 22: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

16 maiores aplicações. A l e i n2 2169, de fevereiro de 1923, au-

torizava o Governo do Paraná realizar um empréstimo de, até

26.000:000^000, para a construção das obras do porto de Para-

naguá, bem como, desapropriar os trapiches, armazéns e terre-

nos do porto D.Pedro I I (Paranaguá) e os de Antonina.^

As obras do porto de Paranaguá, realizadas com capital

levantado através de emissão de apólices, incluiam a constru-

ção da muralha do cais de atracação e armazéns, além do ser-

viço de dragagem, visando f ac i l i t a r o embarque de mercadorias

e dar condições de armazenamento mais condizentes com a exi-

gência dos mercados compradores, no referente à qualidade dos

produtos de exportação paranaenses.

Os trabalhos, iniciados em 1927, nao trouxeram, contudo,

maiores benefícios para a madeira por a l i exportada. Os ar-

mazéns destinados à estocagem da madeira eram insuficientes,

ficando, muitas vezes, o produto exposto às intempéries, so-

frendo o produto, com isto, um agravamento das condições, nem

sempre ideais, que possuia ao chegar ao Porto. Ãs obras rea-

lizadas não previam aparelhamento esi^ecial para secagem da

madeira, e os próprios armazéns eram, além de insuficien-

tes, inadequados para o fim a que se destinavam.

Até 19*+1> a madeira, no -porto de Paranaguá, era armazena-

da próxima às demais mercadorias. As desvantagens da situa-

ção fizeram-se sentir, quando,

3-Ibid, p.203 e 20*f. Ç-Ibid, p.209. Essas obras foram realizadas pela Cia. Na-

cional de Construções Civis e Hidráulicas do Rio de Janeiro.'

Page 23: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

17 t ) O Porto de Paranaguá, por onde se fas,atual-mente o maior movimento de madeiras para ex-portação no País, se viu privado, no primei-ro dia de 19*+1? de seus principais armazéns para essa espécie de carga que, por lamentá-ve l acidente, ^foram devoradas pelas chamas de grande incêndio. 5

0 desaparecimento dos armazéns destinados à estocagem da

madeira, no porto de Paranaguá, coincidiu com uma conjuntu-

ra relativamente favorável para a sua exportação,causando vá-

rios problemas. Por muitos anos, a madeira destinada aos

mercados exteriores, no referido Porto, passou a ter condi-

ções ainda mais desfavoráveis, sendo, na quase totalidade,em-

pilhada ao ceu aberto, sujeita, portanto, às intempéries do

tempo.'

A entrada de grandes quantidades de café, na composição

da exportação paranaense, ao f ina l da década de 19*H3, e o

crescente escoamento desse produto pelo porto de Paranaguá,

levou as autoridades estaduais a revisarem as condições do

sistema portiiário do Estado,, inadequadas a um movimento de

maior amplitude.'

A dragagem da barra do porto de Paranaguá e as obras de

prolongamento do cáis, tiveram prioridade nas medidas tomadas

pelo Governo do Estado; f o i prevista., igualmente, em 195*0, a

construção de uma série de armazéns, destinados à estocagem

da madeira.^

0 "Parque da Madeira", ou "Vila da Madeira", cuja cons-

trução deveria ser logo iniciada, tinha por objetivo,

5-RIBAS , Manoel. Relatorio ao Presidente da Renubllca» Curitiba, s/ed. , 19^1. p. 7.

6-LUPIOIi, Moyses. Hensagem a.Tircnentada à Assembléia . l e -gis lat iva do Est cid o. Curitiba, s/ed. , 1950*. p."Ü2 J~ .

Page 24: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

24

! - ' . . »benef ic iar os serviços da exportaçao do pinho paranaense, conta da construção de 6 armazéns medindo cada um 80 por 22 metros de largura, 5,5 de pé dire i to , 2 metros de beirai e cobertura de Eternit, piso dester-ra em plataforma e demais obras necessárias. A despesa com esto. obra está orçada em CR$ * 5.862.017,20 inclusive as obras complemen-tares. 7

As perspectivas otimistas que pareciam surgir para as

condições de armazenamento e conseqüente melhoria de qualida-

de da madeira paranaense destinada à exportação, não chegaram,

porém, a uma concretização. 0 f ina l dos trabalhos de cons-

trução do Parque da Madeira coincidiram com uma retração do

mercado, argentino, no iníc io da década de 50» com o aumento

da exportação do café e sua ascendência na pauta de exporta-

ção paranaense.

Quando, foram concluidas as obras do Parque da Madeira, o

declínio da exportação do produto, em relação ao aumento da

exportação do café, levou a Administração do Porto de Parana-

guá a ut i l i zar os armazéns para e'stocagem das sacas de café.

Ao perder sua hegemonia na exportação paranaense, a madeira

ficou, até certo ponto, marginalizada, no atendimento às suas

condições de estocagem no principal porto marítimo paranaen-

Quanto à exportação da madeira paranaense pelo porto de

Antonina, as condições foram praticamente idênticas as de

7-Ibid, p.82 e 83. Essa informação do Governo Estadual apresenta certas contradições, em relação à do Instituto Na-cional do Pinho, que assinala o início 'da construção do Par-que da Madeira em janeiro de 19^9, corii recursos fornecidos pela referida autarquia, na importância de CRft 8.000.000,00. ANUÁRI0 BRASILEIRO DE ECONOMIA FLORESTAL, v.2, p.13.

Page 25: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

19

Paranaguá, cora a agravante de não terem sido a l i realizadas

obras da mesma envergadura que as do principal porto marítimo

do Paraná. Poucos armazéns, ficando a madeira empilhada, às

vezes, pelo espaço de alguns meses, aguardando embarque, sem

nenhuma proteção contra a ação do sol ou da chuva.

Já em Foz do Iguaçu, as condições foram diversas. Nos

portos de Paranaguá e Antonina, a principal madeira exportada

era pinho, especialmente o serrado. Em Foz do Iguaçu, até

o f inal da década de predominou a exportação das madeiras

de l e i , cabendo ao cedro as maiores quantidades. 0 grau de

industrialização das madeiras exportadas, por esse porto f lu-

v i a l , f o i , também, diferente do produto embarcado nos portos

marítimos. Foz do Iguaçu f o i escoadouro de toros, de várias

essências, inclusive pinho, para os mercados platinos, tendo

a madeira serrada, e beneficiada, aumentado sua participação,

no total exportado por esse Porto, após 19*+0.

Até 19^7, eram exportados por Foz do Iguaçu toros de pi-

nho e cedro, em maior quantidade, c outras madeiras, em menor

quantidade. Após essa data, a proibição de exportar pinho em

toros, limitou a salda da madeira, sem industrialização,a ou-

tras essências.

A madeira paranaense, exportada pelos portos do Atlânti-

co, apresentando maior índice de industrialização, e transpor-

tada em navios, alcançava preços mais elevados que o produto

saido pelos portos f luv ia is , cujo transporte, realizado em

balsas, barcaças e chatas, desvalorizava-o, em parte.

Melhor comparação entre o preço médio das madeiras para-

naenses,. exportadas'pelos portos do Atlântico ou por via f lu-

Page 26: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

- 2 0

v i a l , pode ser f e i t a observando-se os dados do Quadro n2 7 ,

principalmente nos anos de 1937 a 1959, quando os preços man-

tinham entre si relação mais ou menos constante. Os preços da

madeira exportada, por Foz do Iguaçu, apresentam-se in f e -

riores aos da madeira embarcada em Paranaguá, nessa conjun-Q

tura, cerca de *+0% a 50^, aproximadamente.1 Essa diferença

pode ser atribuida ao grau de industrialização, pois Parana-

guá e Antonina exportavam madeira serrada, beneficiada e,ain-

da, quantidades menores de madeira laminada e compensada, en-

quanto que Foz do Iguaçu exportava apenas madeira serrada e

toros; as quantidades de madeira em bruto ocasionaram as

baixas médias de preço assinaladas no referido Quadro.

Além disso, a madeira de pinho serrada, exportada por Foz

do Iguaçu, recebia cotações mais baixas, como já f o i mencio-

nado. Os preços mínimos da madeira de pinho serrado, estabe-

lecidos pelo ^ s t i t u t o Nacional do Pinho, em 1955, quando fo i .

assinado o acordo madeireiro com a Argentina, foram os se-

guintes:

8-0bserva-se¿ contudo, no Quadro n^ 7 , que existe f l a -grante contradiçao nos dados referentes aos>anos de I910 a I9I6 e aos^anos de 1920 a 1937, quando os cálculos da publi-cação "Comércio Exterior do Brasil" assinalam preços^ muito altos para as madeiras exportadas em Foz do Iguaçu.Após 1938, parece ter ocorrido uma coleta de dados mais cuidadosa, man-tendo-se o preço médio do m3, das madeiras exportadas por v ia f luv ia l , mais baixo que o das exportações marítimas.

Page 27: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

21 Quadro n2 10

PREÇOS. DA. MADEIRA' POR 1.000 p FOB

Primeira - Segunda Terceira

80 20 US § us $

a)-Madeira Tipo Atlântico

Portos do Rio Grande do Sul

(Porto Alegre e outros) 129,00

Portos do Paraná e Santa Catarina 12^,00

Porto de Florianópolis 119,00

b)-Madeira do Alto Paraná

Foz do Iguaçu 100,00

Porto Britânia 95jOO

c)-Madeira de Balsa

113,00 108,00 103,00

85,00

80,00

Federação

Barra do Quarai

Uruguaiana

São Borja

Primeira - Segunda Terceira

60 * 1*0 *

CIF.ARGENTINA

97,00

92,00 89,00

87,00

FONTE: Anuario Brasileiro de Economia Florestal.

Os preços estabelecidos pelo Instituto Nacional do RLnlio,

de acordo com esses dados, para a madeira de pinho serrada,

Page 28: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

22 embarcada em Paranaguá e Antonina, eram superiores em 20fJf

9 aos referentes ao produto embarcado em Foz do Iguaçu.

Considerando o volume de madeira exportada pelos portos

paranaenses, nos anos de 1910 a 1959, a porcentagem de parti-,

cipaçao no total da exportação paranaense de madeira f o i a

seguinte:10

Paránaguá - 60%

Antonina - 20$

Foz do Iguaçu - 20%.

9-Apesar da parte da madeira exportada por Foz do Iguaçu ser transportada por balsas, o pinho serrado exportado por esse porto obteve cotação superior aos saldos dos portos gau-chos, que eram acondicionados exclusivamente em balsas.

10-De acordo com os dados dos Quadros ns 1, 3 e 5.

Page 29: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR
Page 30: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro nö 1 2b

: EXPORTAÇÃO PAR/ilAELISE DE MADEIRA - PORTO DE PARANAGUÁ

Ano „3 m Soma do 5 anós

Ilédias llóveis

1901 i ; i58

1902 272

1903 773 l f l . ^ 8 3.269

190^ 6V3 If2.lf79 8.14-95

1905 38.502 lj-5.128 '9.025

1906 2 ."'2 89 272 9.65V

1907 2.'921 50.960 10.192

1908 3.917 1^. 513 2.902

1909 3« 331 12.7bl 2.54-8

1910 2.055 20.617 W123

1911 5.127 26^801 5-360

1912 6.187 35.616 7.123

1913 12.101 72.167 1 ^ 3 3

191^ 10.1^6 '11+3.083 , 28,':616

1915 38.-606 •I77.O3I . 35.566

1916 76.0lf3 2if8.l53 if9.'630

1917 ^ .935 295.900 59.I80.

1913 • 82.V23 326.I1O6 6 5.'2 81

1919 57.893 307.793 61.558 1920 69.112 328.899 65.779 1921 57 A30 315.312 63.062

1922 62.Ohl 301A26 60.285

1923 68.836 27k. 5V.908

192lf ^ .007 253.315 50.663 1925 ^2.227 217.165 • *+3.lf-33

Page 31: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

25 EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE MADEIRA - PORTO DE PARANAGUÁ

continuação:

Ano . m3 .Soma de 5 anos

Médias Móveis

1926 3Ó.20I+ 173.;969 793

I927 25.891 155.950 31.190

1923 25. 61lO 133.883 27.776

1929 25.933 113.633 22.726

1930 25.160 93.600 13.'720

1931 10.95b 73» 73*+ lb.7b6

1932 5/358 6W033 12»;926

1933 5.77b 55.001 . ll.'OOO

193^ 16.887 61.935 12.387

1935 15.'528 103.588 2O.7I7

1936 17.888 157.982 . 31/596

1937 1*7.511 222.533 M+/506

1938 60.168 287.569 57.513

1939 8l.ij.3O 363.683 73.737 I9V0 80.56V V23.I3I 8W626

19V1 99.007 Í+3^.096 .86.819

19^2 101.951!- ^05.3^3 81.068

19^3 71.133 370.1^0 7Jr. 02 8

19 1- 52.635 •50rr orícr 6 5/0 51

19^5 ^5-361 230.755 56.151 19kó . 51K122 269.375 53 .'9 7 5

19^7 57;b$b 259.276 51.855

19^0 . 60.253 261.29^ 52.;253 19Lr9 te. 086 203.710 ^0.742

Page 32: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

26 EXPORTAÇÃO PAIUIÍAJiKjE DE I LADEIRA - PORTO DE PARANAGUÁ

continuação:

Ano m ocma de 5 anos

i iUv.li '-¿O Móveis

1950 te. 379 212.o6í(- te. 532

1951 ^3.2^3 179. 5^1 35.908

1952 1V.693 162.102 32.te0

1953 27.130 162.966 32.593

1951* 2¡r.6te lii-l. 71b 28.31+2

19 55 V3.2te I9O.893 39.773

1956 26.996 211.625 te. 325

1957 71.377 223.266 Mf.653

1958 39-362

1959 36.238

EOUTE: Cor.iércio Exterior do Brasil .

Page 33: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro ni 2

EXPORTAÇÃO PARAI!AENSE DE MADEIRA - PORTO DE PARANAGUÁ

Ano Contos de reis/ milhares de cruzeiros

Soma de 5 anos

Medias Móveis

1901 50

1902 9

1903 32 266 53

I90V 2b 29 6 59

I905 151 if 06 81

I906 80 51V 102

1907 119 612 122

1903 ll+o 551 110

1909 .122 71V llf2

1910 90 926 185

1911 2*+3 303

1912 331 I/987 397 1913 753 3/7 +2 7^8

I91V 565 8.106 v 1/621

1915 1/8V5 ' 10 .^5 2.169

1916 W607 16/9^6 3/389

1917 3/070 21/305 . l+.'26l

1918 6/859 26.933 . 5/386

1919 bl92b 29.263 5/852

1920 7.b73 33.657 6/731 I92I 6.937 35/216 7« OM-3

1922 • 7.b6b 36.^72 7.29V

1923 8. if 13 35/397 7.079 I92V 6.180 33/850 6/770 I925 6.398 30.185 6.037

Page 34: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

.28

EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE MADEIRA - PORTO DE PARANAGUÁ •

continuação:

Ano Contos de reis/ milhares de cruzeiros

Sorna de 5 anos

Medias Móveis

1926 5.390 25/570 5/llV

I927 3»799 23/3V7 V.669

1928 3.I803 20/729 V.1V5

I929 3.957 I7/OV2 3.V08

I93O 3/780 IV. I7I 2/83V

I93I 1/703 , 11/276 2/255

I932 928 9/971 > I/99V

1933 908 8 Ä 0 " ' v ' 1/728

I93V 2/652 10.639 2/127

1935 ' 2.¥f9 18/977 3/795

I936 3/702 31/677 6*335

1937 9.266 • V9/V37 9.887

1933 13.603 67.38V - I/3V7

1939 20.V12 98.177 • ; .19/63? I9V0 20.396* 1V9.382 29/876

I9VI 20V.656 VO.93I I9V2 60A71* 251 .'VV7 5O.289

I9V3 68/882* 296/900 59.380

I9M+ 67.203* 368.668 73.733

19^5 65.8if 9* ^1-9/631 89.926

I9V6 IO6.263* V58/635 91.727

I9V7 IVI.V3V* V56.931 • 91/336

19^8 77.836* V39/8V2 87.968 I9V9 65.V99* 389.972 77.99V

Page 35: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

29 EXPORTAÇÃO PARAÎIAEIÏSE DE MADEIRA - PORTO DE PARANAGUÄ

ccntinuação:

Ano Contos de reis/ milhares de cruzeiros

Soma de 5 anos

Médias Móveis

1950 V8.76O* 266.383 53.'276

1951 56.393* 227.232 if5.Vfó

1952 208.Î+02 u-i.'^o

1953 38.735* 299 .'606 59.92I

195^ lf6.1669* 339.666 ' 67. ;933

1955 139.96^* 613/810 122.762

1956 96Ã53* . 758.751 151.750

1957 291.989* 1.016 .'290 203.258

1958 I83.676*

1959 30W208*

* - Os dados referem-se a milhcíres de cruzeiros.1

FOU TE ; Comercio Exterior do Brasil. '

Page 36: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

- Ou.: M /lro na 3 30

EXPORTAÇÃO PARAIIAElíSE DL MAJEICUA - POUTO DE ; 2 ; TON Hi A

3 Cor.ia de liedlas Ano 5 anos Móveis

1911 0,13

1912 1

1913 352 I.7V9 3V9

I9IV 628 2.73V 556

1915 763 3/056 611

1916 1.035 2.'722 5W

1917 273 2/727 9*5

1913 18 V/253 350

1919 633 6/729 1/3V5

1920 2.29V IÓ.I3I+ 3.226

1921 3.511 29.035 5.807

1922 9/673 52.20V 10. Vi-O

1923 12.919 58/Ö36 11/767

19 2V 23.802 70/559 • iV . l l l

1925 0.926 67.750 13/550

1926 15.23V 63.219 I2/6V3

I927 6.869 V7.V7I 9.V8I+

1928 0.1+38 60.25O 12/051

1929 7.95V 67.62V I3/52V

I930 21.713 73.763 15.752

I93I 22/600 32/576 16/515

1932 lO.OOO 90.083 13.017

1933 12.301 97.319 19-563

I93V 15.V66 106.V87 21.297 1935 127.376 25.V-75

Page 37: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

EXPORTAÇÃO PAR/ilTAEIÍSE DE MADEIRA - PORTO DE ANTONE-JA

continuação ;

1 Ano m3 m Goma de

5 anos Médias Móveis

1936 31.268 138.860 27.772

1937 38/897 * ' 1^3.Vh6 28/689

1938 23.785 íko,72h 23/m

1939 20.'052 I37.V59 27 Mi

19*fO 26.722 119 .'679 23.935

19^1 28.003 107.765 21.553

19b2 • 21.117 113.769 22.753

19^3 11.871 107.083 2i.:1+i6

19¥f 26.056 103.*:681+ 20.736

19^5 20.036 119.755 23/951

19li-6 2W60^ 16 8.'2 50 33/650

19^7 37.188 197.887 39/577

19^8 60/366 I 9 1 M 5 38/3^9

19^9 55.693 19^.350 38.870

1950 13.89^ 161.170 32/235+.

1951 27.209 111/059 22/211

1952 W008 • 12/888

1953 IO.255 76.671 15/331!-

195*f 9.077 59.^56 11/891

1955 26.122 78/678 15/73?

1956 9.99^ 91.858 18.371

19 57 23.230 9 5.-910 19/182

195a 23A35

Page 38: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

• 32 EXPORTAÇÃO PARA! ÍAEI ICE DE MADEIRA - PORTO DE All TON UTA

continuação:

Ano • — ' Soma de Medias Ano • — ' 5 anos Móveis

1959 13.129

FONTE: Comércio Exterior do Brasil.1

Page 39: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

^ j

Ano.

1911

I912

I913

I9IV

I915

1916 1917

1918 I919

I920

I92I

1922

I923

I92V

I925

1926 I927

I928

I929

I93O

I93I

I932

1933 193V

OuacLro nQ V 33 tTACr.O PARANAEÏÏ ;JH DE MADEIRA - PORTO DU AliTOlIEIA

Contos de reis/ milhares de cruseiros

3 o ra a d e 5 anos

Médi as Moveis

21 3V

V8

102 20

6

55

282

1+21

I . I72

l.v563

3.237

1.321

2.305

1/020

1/255

1.133

3.2I+3

3/519

2/823

I .92 I

2/1+33

103

205

225

210 ' 23I

1+65

78V

1/936

3/V93

6.675

7.71V

.9/598

9/W6

9/138

7.08V

9/011

10/225

12 .'02 8 12/69V

13/'9l*9.

15.V05 17/668

20

VI

V5

V2

V6

93

156

387

693

I/335

I/5V2

1/919

I/889

l/!827.

1/V16

1/802

2.'!0V5

2/1+05

2/538

2/789

3/081

3/533

Page 40: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

E}[PORTAÇ7i.O PARAIÏÀE1ÏG:] DE MADEIRA - PORTO DE ANTONINA

continuação:

Ano Contos de reis/ milhares de cruzeiros

Soma de 5 anos

Médias Móveis

1935 I f .Wf 22.1+17 ^ A83

1936 • 5/732 25/997 5.199

1937 7.572 27/721 5/5^

193Ö 5/501 28/657. 5/731

1939, W162 33/562 6/712

19^0 5/6*+0* 37A27 7.V85

19^1 10/687* 39.212 7.8^2

19^2 11A37* 6^/052 12/810

19^3 7.286* 78/991 : 15/798

1 9 ^ 29.002* 96.355 19/271

19^5 20/579* 128.957 25/791

19^6 28.051* 185/130 37/026

19^7 M+/039* 217.793 ^3. 558

191r8 63.^59* • 211+/296 1+2« 859

19^9 61/665* 217/550 li-3/5l0

1950 17.082* 179.7^1- 35/9^8

1951 31/305* 132/296 • 26.V59

1952 6/233* 89.V07 17.881

1953 16.011* 1^-0.977 28/195

19Í& 18/776* 139/0^1 27/808

1955 68.652* 215.673 1+3 /13^

1956 29/369* 299/970 59/'99l+

19 57 82/805* . 368/700 73/7^0

Page 41: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

3? E3ÜP0RTAÇÃ0 PARAIÎA ÏGE DE MADEIRA PORTO DE AIITONBÏA

continuação:

Ano Contos de re is/ milhares de cruzeiros

Soma de 5 anos

Medias Moveis

1958 100.308*

1959 87.506*

. - Valor in f e r i o r a un. conto de réis.-

* - Os dados referen-se a milhares de cruzeiros.

FOUTE- Comercio Exterior do Brasi l .

Page 42: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n'1 5 36

EXPORTAÇÃO PARAIÍA.5T;JE DE MADEIRA - EOE DO IGUAÇU

Ano m* . Gona de 5 anos

llédiás Hovels

I9IO I.615

I 9 I I 1.683

1912 I.0V9 6.065 I.213

I9I3 1. I l l 5.57O l . U V

I9IV 607 3.95V 790

1915 1.120 5.106 1.021

1916 67 6.98V 1.396

1917 2.201 II.V83 2.296

1913 • 2.989 3.098

1919 5.IO6 16.925 3.335 1920 5. I3I 18.289 3.657 1921 I.V98 20.183 V.037 1922 3.565 18. W 3 3.688

1923 1. 0 n 0 4.000 IV.96V 2.992

192V 3. 361 15.730 3.156

I925 1.652 16.655 3.331 1926 2. 31V 15.366 3.073

I927 V.VVD 15.950 3.190

I928 3.599 20.100 V. 020

I929 3.9V5 22.190 V.V38

I930 5.302 19. 596 3.919

1931 V.VoV 16.775 3.355 1932 1. 3^6 13.071 2.61V

1933 778 9.531 I.906

* i

Page 43: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

37

.S::POHÏAÇAO D:'J MAIWIJIV - FOZ DO IGUAÇU

continuação:

Ano r,3 Corna de 5 anos

I ludias Móveis

I93V 21+1 3.076 I/6I5

1935 2.262 11.321 2.26V

1936 . 2/9V9 I3.2I+2 2/611-8

1937 5.091 16.352 3/270

1933 2.699 16.92V 3.33V

1939 3.351 15.366 3/073

I9V0 2/83V 10.322 2.161+

191hl 1.391 11.206 2/21+1

19V2 5V7 13.811 3. 762

19^3 3.033 23.139 V/627

19 ¡- 10/596 32/737 6 . > 7

1911-5 7.162 'lf-9.701 9/9VO

19V6. 10.989 63.397 13/679

I9I1-7 17/511 81.265 16/253 19V3 21.779 109.567 2I.9I3

I9V9 23.82V I63.162 32.632

1950 35/V6V 176.21V - 35/21+2

1951 6V.53V 173.319 35/663

1952 30.563 20Ü.200 Vi. 61+0

1953 23.331t- 22I+. 567 14+. 913

195V 53.705 199.392 39/978

1955 51/331 289.292 75/353

1956. 39.909 373.517 75.703

Page 44: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

EXPORTAÇÃO PARUÍATTEE DE IÍ/ÍT:IRA - FOR: DO IC-UAÇU

continuação:

ano 3 m Goma de 5 anos

T r fj -i 0 i, tVrfVtl ClU ílóveis

1957 119.963 M1-O.7SI An -, ¡-'r OO.I50

1953 113.109

1959 11?. 969 j

FOIITE: Comércio Exterior cio Brasil.

Page 45: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

'•• Quadro no 6 . . . . ^ : . . 3 9

ffiCPÇRTAÇÃO PARAIÍAEITSE DE MADEIRA - FOZ DO IGUAÇU . .. /. ,

.Ano ; Contos de reis/ milhares de cruzeiros

Goma de 5 ' anos

•;•,. liedlas . .i . llovéis

I9IO ' : . . 596

1911 36V

1912 - • 270 - 1J566 313

1913 236 1.001 200

191V 100 653 . ' i ; 130

1915 31 '••• 559 : * 111

1916 16 ; 505 ' : 101

1917 • • 176 802 160

1918 : 182 I/266 > • 253

I9I9 ; ••;.••:-: 397. " ; ; - 1 M 8 V . -289-

I92O V95 ; I.79V ' •'••'= '358 1921: I 9 8 . ; M v ? V i . 2/697/: • ; ; 539 1922 ' ' 522 ' :' .3.^2' . ; J

i / V - " ' 6 0 o

1923 : - . 1.085 • 2.:o63 V ' f 532 192V • ; , 7V2 / . .^/V;'.: . 3/011 : •I: :¡j' ; 602 1925 •... ; : .• 116 • ' '.„•. ':" •;•,•:• 3 Ä 3 A ' "•1 702 1926 : - V : 5V6 - / } 3.195 ; r : V 639 1927 I/02V . ' • 3/309* , : • . 661

1928 ; - :: ... 767 : V/268 ; ' . h ;. ,;:8?3 1929 • ;¡' 856 ; ; if.'556 : • ; • ' y 911

I93O .. ; ' 1.075 : '! ; ... /': 3.''962. • 792

.1931 ' .V1;- - ,. 83V ' ' ' 3.'365 : V 673 1932

1 -\ /_ V30 2/559 H :-r

1933 170 1/9V0 388

Page 46: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

EXPORTAÇÃO PARAIIAEIÍÜE DE 11/úDi'JXIlA. - FOZ DO IGUAÇU

continuação:

Ano " Contos de reis/ . milhares de cruzeiros

Soma de 5 anos

1 •• "O

.Médias Moveis

I93V 50 I/713 3V2

.1935 . . 1+56 • 2/1+66 V 1+93

1936 607 2/803 561

1937 I . I83 3/OI5 603

1933 512 2/901 '580

1939 2 57 - 2/376 • W

I9V0 : 1/229 . - 2i+5

191+1 82* 1/258 , ' 251

I9V2 .36* " 3.V85 - • 697

I9V3 5Vl* 5/617 1/123

I9W 2A31+* . . , i o . m 2/022

:.i9lf5 ; ; ; 2.1+71*-* . ' . ; :. 2'f. 052 . . i+;;8io

19^6 • ; 579* J 1 r . _ • : J

39.710 , ; - 7..9V2

19V7 ; : ; 13.97IK* 1 r 56 .>38 V . 11.297

19V8 16.199* 79/975.; :• 15/995

19^9 19.262*- • , ; ; • : 127.601 ; 25/520 1 :

1950 '. 25/901* ; ', IV0/872 /.;.."> 28.171+

1951 .52.205* : 1V5/8V0 • 29.163

1952 27.2V5*. ' 183.37I+ "l" ; 37/67V

1953 21.167* 2V5.376 ; • 1+9.075

I95V 61.796* 278.I+25 : - 55/685

1955 o2.963* 551.655 '.' 110/331

1956 85.25V* 902.737 180.51+7

Page 47: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

kl

EXPORTAÇÃO PARALAD !;JE DE MADEIRA. - FOZ DO IGUAÇU

continuação;

Ano Contos de reis/ milhares de cruzeiros

Soma de 5 anos

Médias Móveis

1957 300.V75* 1. 373. 5*1-5 27h.709

195o 372.2^9*

1959 532.6oV*

Os dados referen-se a militares de cruzeiros.

F01ÍTE: Comércio Exterior do Brasil.

Page 48: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

.Quadro ns 7

PREÇOS DA MADEIRA EXPORTADA PELO PARANÁ

Até I9V0 - mil reis/rP . '.'••

Após I9VO- cruzeiro/m^

Ano Paran agua Foz do Iguaçu

,1910

Ï 9 I I

1912

1913

191V

1915

I9IÓ

1917

: 1913

1919

,1920

•I92I

1922

' 1923

I92V

' 1925

1926

1927

• 192.8

: 1929

,1930

'1931 1932

)+3

V7

62

55

V7

60 ;7V

83 ,

85

10 0.

120 120 122 IVO

151

lV3

1V6

IV8

152

; 150

155 158

: 59

. 5V

, 62

98

: 73

" 33

86

122 119

121 :

• 120

v 1 3 5 ! IV7

151

IV 8

IV7

;, lV8

: IV9

1V3

1V9

155 156

369 =

216 257

.212 16V

27

233

79

60

77

96

132

IV6

221 220

70

•23O

213

216 185

189 o I"**

Page 49: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

PKLCÇOC DA MADEIRA EXPORTA PELO PARAI la • i

Até I9V0 = mil reis/m-5

Após I9I+O- cruzeiro/m-^ continuação| :"

Ano Paranaguá Antonina Foz do Iguaçu

1933 157 * 156 218

I93V 157 157 207

1935 ! 157 159 201

1936 206 181 i- 205

1937 195 19V 232

.1933 226 .231 139

1939 250 207 76

I9VO : : . 253 211 ,120

I9VI 3V8 ' 331 5o

I9V2 593 : 5li-i 65

I9V3 963 '0.13 '175

19'"^ r 1/275 / 1/113 ' , - 23V

I9V5 ' 1.1+51 . ; . 1.027 • . 3Lí-5

19VÓ 1.903 i.a¡+o ' 1+16

19V7 ' 2.V61 1/181+ • 793

19V3 . .. : 1.292 1/051. : 7V3

19V9 1.556 1.107 Go 3

1 9 5 0 L 1.029 ; ; 1/129 732

1951 1/160 '1/150 : ,808

1952 ' , 1/211+ : . ? s s 391

1953 1. . •

1/V27 . • 1.561 886

195V 1/893 2.060 I/150

Page 50: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

PREÇOS DA MADEIRA EXPORTADA PELO PAMHÍ

Até 19^0-- mil reis/m3

Após I9VO- cruzei ro/rP

continuação:

Ano Paranaguá An'tonina Foz do Iguaçu.

1955 . •.2/9OI 2/028 : 1/600

1956 3.572 2/933 i . : 2.I36

1957' ' V/o62 - 3/507 2/5OV

1953 W607 7. v/280 ' 3/29I

1959 8.383 6/665 V. 592

FOHTEt Comercio Exterior do Brasil .

Page 51: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n- o

HIPOIITAÇ^O PARA2ÍAj:Sí3:j DE MADEIRA

Ano m3 Soma de 5 anos

. Médias Moveis

1901 I.153

1902 272

1903 773 V1.3V3 3.269.

190V 6V3 If 2.1+79 8.V95

1905 33.502 V5.128 9.025

1906 2.239 V8.272 9.65V

1907 2.921 50.960 10.192

I90O 3.917 16.128 0 pp it .J.

1909 3.331 20.6V9 V.129

1910 3.670 2b.965

1911 6.310 3V. 612' , 6 .'922

1912 • 7.237 1+2.662 8. 532

1913 13.'56V ' 79Á36:- .: ' 15.397

I91V 11.331 ' • 11+9.321 1 ' ' 29.96V

1915. V0.V9V 135.993 37.193

1916 77.IV5 '. 257.859 r ' 51. 571

1917 ' V3.V09 310.110 :•••• 62.022

1913 O5.V3O 3V6.153 • : : 69.230

1919 63.632 331.VV7 66.289

1920 76.5371 363.322 , : / 72.66V

1921 62.V39 36V.535 ' : 72.907

1922 75.23V 372.073 . 7V.V1V

1923 86. 6I+3 3V8.3I1-1 69.668

192V 7I.I7O 339.651+ • 67.930

Page 52: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

.. EXPORTAÇÃO PARAIIAEÍEJE DE MADEIRA

continuação: 4 ;

Ano n3 • 1

Soma de 5 anos

' Medias Móveis'

I925 52.0O5 3OI.57O ÔO.3IV

1926 . 53.752 252.65V. . .-.:; . 50.530

I927 37.200 219.371 , . V3.37V 192o 37.727 219 .'2VI V3.8V8

1929 ; : . 37.337 203. V! 1-7 ; ' VO.689

1-930: 52.675 191.959' • 38.391

1931 37.958 173.035. 3V.6I7

1932 25.712 167.792 - 33.558

1933 : 13.353 ' 162.351 V 32.V7O

193V 32.591'- 176.1+93 • " 35.-299

1935 ,. : k7.23V ; 2V2.285 ; 1:' V0.V57

1936 52.105 '310.08V. i V » ' i •

- 62.016 . i . ' , • ' . .

1937; 91.V99 :. 382. 33I j. . • V - 76. V66

I938 86.652 ' VV5-.2Í7::. ; f . 89.0V3

1939 10V. 8í¡-X . . " • " } • :

521.5I3 ' 10V.302

19lr0 110.120 553.632' ; 110.726 lykl 12o.VOl '• , 553.067 ' ; ; . 110. 6I3.

19V2 s I23.6I8 . 537.563: 10 7.'512 I9V3 : 86.087 500.002 i ,100.000 19!;V 39.337 , V61.316 : 92.263

19^5 72.559 11V9.351 . 89.070

19V6 89.715 506.162 101.232

19!¡-7 ; 112.153 533.V28 107.685.

Page 53: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

EXPORTAÇÃO PAJ'lAIÍAEMOE DE MADEIRA

continuarão:

b-7

Ano ¡ m3, Goma de 5 anos

\

Médias Móveis

19 V 8 IV2.393 \

562.606 • I I2.52I

I9V9 121.ÓO3 612.932 122.586

1950 96.737 550.obQ 110.009

1951 IVO.OVI 1+68.919 93.783

1952 V9.269 V3V.7V5 86.9^9

1953 61.269 1+6V.20V 92.8V0

195V 87A29 V01.062 80.212

1955 126.196 566.863 113.372

1956 76.899 682.000 136 Aoo

1957 - . 215.070 759.957 151.991

1958 . 176.V06

1959 I65.386

FONTE: "Comércio Exterior do Brasil"/

Page 54: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro nß 9 V8

EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE MADEIRA

Ano;

1

Contos de ré is/ milhares de cruzeiros

. ••

' Soma de 5 anos

•. ' Medias ' : Móveis

1901 50 ' : V ; . -"... " ' •

1902 9 ! • . ; ¡i»'.

I903 32 266 • • . . 53

190V 2V 296 59

190? 151 V06 '81

I906 30 51V 102

I907 119 612 ;122

1903 1V0 I. IV7 ,229

I909 122 1.67V •33V

I9IO 636 .2.156 / V3I

1911 ' 607 3.O3I 606

1912 ' 601 3,608 : ".";. ..',721

1913 1.015 V.Slfó 969

I91V 699 3.96V ^ I.792

1915 • I.92V 11.629 : : 2.325

.1910 ' V.725. 17.661 3.532

1917 3*266 22.338 V.V67.

1918 7.0V7 23.66V , 5.732

1919 5-376 3I.V95 6.299

1920 8.250 37.387 7-V77

1921 7.556 VI.V06 ' 8,281

1922 9.158 V6.I89 : 9.237

1923 11.066 V5.77V : 9.;15V

I92V 10.159 V6.V59 9.291

Page 55: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

îïCPORTACaO DM MADEIRA

continuação:

Ano Contos do reis/ milhares de cruzeiros

2oma de 5 anos

r , • •

Médias Moveis '

1925 7.835 i V3.IW 3.623

1926 8/2VI 37.903 • 7/530

19 27 . 5/8V3 33.7VO , . Ó.7V3

I92G 5.325 3V.003 6/801

I929 5.996 31.823 Ó/30V

I93O 8.103. 30/161 6/032

I93I 6.056 27-335 5/V67

I932 V/181 26.V79 : 5/295

1933 2.999 25.985 ' : ' 5.197 I93V 5. IVO 30.020 6.00V

1935 7.609 V3.86O . 8.772

1936 10.091 - 6O.V82 12.096

1937 18.021 30.173 16/03V

I938 19.621 98.9V2 . 19.788

1939 , 2V.831 13V.115 26.823 I9V0 26.378* I88.038 37/607 I9VI V5.26V* 2V5.126 V9/025 I9V2 ' 71. SM-* 318.931h . 63/796 I9V3 76.709* 381.503 76/301 19VV 98.689* V75.I37 95/027 I9V5 38.902* 602/6V0 120.528 I9V6 I3S.O93* 683.V75' 136/695 Í9V7 199.VV7* 731.212 IV6.2V2

Page 56: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE MADEIRA

continuação:

Ano

• Contos ds réis/

milhares de cruzeiros. < 1.

Soma de 5 anos

Médias Móveis

19V3 157.51<>* 73V.II3 IV6.822

I9V? 1V6.V26* 735.123 IV7.O2V

1950 91.803* 586.999 II7.399

1951 139.903* 505.368 101.073

1952 51.323* •>86.183 97.236

1953 75.913* 685.959 I37.I9I

195V 127.2V1* 757.132 151A26

1955 291.579* 1.381.138 :: 276.227

1956 211.076* 1.961 .i¡-58 392.291

1957 675.329* 2.758.535 551.707

1958 656.233*

1959 92V.318*

! ; —

* - Os dados referem-se a milhares de cruzeiros.!

FONTE ; "Comércio Exterior do Brasi l" .

Page 57: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

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Page 58: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

GRÁFICO w?3 Piscos da. Madeira Excoriada oalo Parana'.. Í94-0 = mil rzl&Iw? _ aí?¿s 1940.= Cruzeiro/

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Page 59: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

5.-0 - A EXPORTAÇÃO DE MADEIRA PARANAENSE 53

O século XX assinala a entrada da madeira paranaense, em

larga escala, no mercado internacional, tendo o Estado, por : .

muitos anos, suprido com esse produto os mercados platinos e

alguns mercados europeus.

à medida em que se intensificava a exportação, as autori-

dades estaduais passaram a se preocupar com as condições de

seu escoamento e o volume anualmente embarcado nos portos pa-

ranaenses, embora poucas medidas de carater prático fossem

realmente tomadas. Já em I90V, assinalava-se "que já é apre-

ciável o movimento de exportação de madeiras, principalmente

do pinho.11"*"

0 principal produto de exportação do Paraná, na primeira

década do século XX, era a erva mate que, por mais de duas

décadas manter-se-ia, ainda, como responsável pela maior ar-

recadação do imposto referente à exportação de mercadorias. A

madeira, nessa conjuntura, apresentava-se em fase de expansão

de exportações, como se pode notar pelos dados do Quadro n2

8. A elevada quantidade de jaadeira, exportada em 1905? que

consta desse Quadro, porém, pode ser atribuida a uma coleta

deficiente de dados, pois nível correspondente a esse volume

só será registrado novamente, quando da conjuntura favorável.-

a exportaç ao do produto, apos 1913»

No exercício de 1907-1908, os produtos, que mais concor-

reram para a exportação paranaense, foram: erva-mate, suínos,.

1-SILVA, Francisco Xavier da. Mensagem apresentada , ao Congresso Legislativo. Curitiba, Typ. d'A Republica,Î90V-,p, 12

Page 60: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

60 madeira e fosforo, por ordem..de valor. ' „;

A expansão da exportação de madeira paranaense, . iniciada

em 1913? re f l e t iu a situação do mercado internacional, pois a

Primeira Guerra Mundial afasta dos mercados platinos os ex-r.

portadores do pinho europeu, op mais sérios concorrentes da

madeira paranaense. Outra possibilidade que ge ... apresentou

para a madeira paranaense f o i o próprio mercado interno bra-

s i l e i ro , abastecido regulamente pelo pinho europeu, até o

in íc io da guerra. A situação favorável da madeira,nessa con-

juntura, f o i paralela a um movimento de expansão da., economia

paranaense, tendo sido criada, em 1912, a Secretaria de Agri-

cultura, Comércio e Indústria, a qual "começou a mostrar des-

de logo o acerto de sua creação, procurando animar essa aspi-

ração geral de progresso que se nota em todos ps., pontos de

nosso t e r r i t ó r i o . . . " 3

Essa Secretaria iniciou propaganda para*aumentar,os mer-

cados consumidores dos principais produtos paranaenses de ex-

portação. Apesar da madeira já ser um dos produtos destaca.-

dos na pauta de exportação, o maior interesse concentrava-se

ainda na propaganda da erva mate.

As autoridades estaduais procuraram incentivar a agricul-

tura, igualmente, por achar que a indústria extrativa não de-

ver ia ser o único sustentáculo da economia paranaense. Exis-

2-Idem. Men s a em envi ad a ao Congresso Legis lat ivo. Curi-tiba, lyp, D'A Republica, I9Ö9, p d l

3-ALBUQUERQUE, Carlos Cavalcanti. Mensagem enviada ao Congresso Legislat ivo. Curitiba, Typ. Diario Official,1913» p. ¿ta

Page 61: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

tiam no Paraná, em I913» "6V6 fabricas e 3.135 casas eommèr-

ciaes, inclusive mercadores ambulantes." Esse numero de es-

tabelecimentos, industriais e comerciais, r e f l e t i a na época,

acentuado crescimento econômico, porém o Governo Estadual en-

carava com preocupação o aumento das atividades ligadas ao

extrativismo. Por isso, o Presidente do Estado, anunciava,em

1916, como

Symptoma milito animador para o nosso futuro economico,é o facto das nossas classes pro-ductoras estarem se convencendo de que não devem applicar toda a sua actividade somen-te na exploração das industrias extract i -vas, meras auxiliares da riqueza publica, pois já se estão voltando para a agricultu-ra e outras industrias, nel la aplicando me-thodos novos e adiantados. 5

A exportação de madeira, contudo, continuava ascendente,

atingindo, em I9I6 e 1918» índices bastante expressivos, au-

mentando sua participação na economia paranaense. Nos primei-

ros quatro anos da década de 20, esse produto atinge níveis

altos de exportação, que sé voltô.rão a se repetir após 1937»'

A madeira acompanha a nova dinâmica de produção que, nessa

conjuntura, caracteriza os mercados mundiais.

Ê interessante observar que, apesar das restrições que o

Governo do Paraná colocou ao crescimento da indústria extra-

t lva, a madeira f o i responsável, no in íc io da década de 2.0,

não apenas por uma dinàmização do setor exportador do Estado,

V-Ibid, p.25.:

5-CAMARGO, A f fon s o Alve s de. Mensagem dir ig ida ao Con-

gresso Legislativo do Estado. Curitiba, Typ. d'A Republica,

I9I6, p.23.; Em outro trecho da mensagem, era f e i t a ainda a

seguinte afirmativa.: "Fel iz o dia em que o Paraná,deixando de

ser, dentro da Federação, o maior exportador de matte e ma-

deiras, seja o maior exportador de trigo:"p.33-

Page 62: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

56

corno igualmente pelo surgimento de várias indiístrias, basea-

das em seu aproveitamento. Assim, de 105 novas firmas, ¡re-

gistradas na Junta Comercial do Paraná, em 1923, a maior par-

te ut i l i zava, como matéria prima, a madeira, como se observa

na relação abaixo:

1 - fábrica de erva

20 - serrarias

5 - fábricas de café

60 - of icinas de moveis

8 - fábricas de telhas e t i j o l o s

1 - fábrica de fósforos

6 - fábrica de louças

1 - fábrica de calçados

1 - fábrica de aduelas para barricas

1 - fábrica de tecidos de malha de lã e seda

1 - fábrica de sabonetes.'^

Deixando de lado as serrarias que se instalaram na oca-

sião, em número de.20, a maior influência da madeira no setor

industrial f o i dir ig ida para a confecção de móveis,destinados

ao consumo local. ' As indústrias que utilizavam a madeira, co-

mo matéria prima, representavam 78$ do total- das novas firmas

instaladas.

0 declínio da exportação da madeira, após 192*+, coincidiu

com a retração dos negócios da erva mate, f e i t os , quase ex-

6-MUNHOZ, Alcides. Relatório, da Secretaria Geral do Esta-do do Paraná apresentado a S.Exa.. o Sr. D r. Cae taño Munhoz . da, Rocha. Curitiba, Typ. d"'A República, 192V. p.~3ÕT

Page 63: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

. " 57

elusivamente, com os mercados platinos. A oportunidade de

enviar o café, produzido no Paraná, aos mercados europeus,

através de navegação direta entre Paranaguá e a Europa, abriu

possibilidades de novos mercados para a madeira, embora a

longo prazo.

 retração na exportação da madeira paranaense, ve r i f i ca -

da entre 1925 e 1933, pode ser considerada como reflexo da

situação do mercado internacional, anterior e posterior à -

crise de 1929. A inflação galopante, registrada em certos

países europeus, a estagnação econômica de alguns mercados,

parecem ter exercido grande influência na comercialização da

madeira.'

Apesar de ter a madeira paranaense seus maiores compra-

dores na América do Sul, representados pela Argentina e Uru-

guai, nem por isso deixou de sofrer as conseqüências da frea-

gem do comércio internacional, decorrente da crise de 1929«/

A retirada dos capitais norte-americanos dos países da Améri-

ca do Sul, concorreu para a diminuição das importações era ge-

ral nesses mercados.

A longa retração, nos negócios da madeira, provocou rea-

ção nos comerciantes do produto, que "em sua quasi totalidade,

constituíram o Syndicato de Madeira do Brasil, cuja actuação

intel l igente e bem orientada se fez sentir desde logo promo- '

vendo a normalização dos preços e regulando o movimento das

serrar ias . . . " '

7-CAMARGO, Mensagem Presidencia.!. Curitiba, s/ed., 1927.' p. 8W:

Page 64: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

58 fin 1923, o Sindicato de Madeiras do Brasil solicitou ao

Governo do Paraná um crédito de 2.000:000^000 para poder

atender despesas com a exportação da madeira, Para decidir

sobre a concessão desse amparo, o Secretário da Fazenda, In-,

dústria e Comércio enviou uma comissão de técnicos para exa-

minar a escrita do Sindicato e*opinar sobre a viabilidade do

empréstimo. Determinou o Governo, baseado nesse levantamento,

que o Banco do Brasil liberasse a quantia solicitada, ficando

o Estado do Paraná como fiador do empréstimo.

Ainda nessa ocasião, o Presidente do Paraná,decidiu "con-

vocar serradores e comerciantes de madeira para, em congresso,

estudarem as necessidades da indústria e para suggerirem ao

Governo as medidas que julgassem úteis inclusive o replantio

das florestas, assumpto inevitavelmente conjugado com a vida 9

da industria da madeira."y Das resoluçoes tomadas, a maior

parte referia-se a necessidade do Governo Estadual, criar l e -

gislação para defesa do patrimônio f loresta l do Paraná. 0

pinho, no f inal da década de 20, ainda abundante no Paraná,

não preocupava tanto as autoridades, quanto a imbuia para a

qual era prevista extinção mais rápida, principalmente por

serem, dessa essência, os dormentes utilizados para assenta-

mento dos trilhos ferroviários.

Outro assunto de interesse, tratado no Congresso re fer ia-

se à classificação e padronização da madeira destinada aos

8-CA1IAP.G0, Mensageni an recen tad a ao . Congresso Legislat i-vo do Estado do Parana. Curitiba, s/ed., 1929. p.~!+9.

9-Ibid, p.!50.! .

Page 65: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

59 '

mercados externos. Além de atender os padrões estabelecidos

para as dimensões, seria considerada apta para exportação, a

madeira que atendesse condições básicas, tais como:

1)- que seja secca;

2)- que esteja perfeita;

3)- que corresponda às classes oí f ic ial isadas na Bolsa;

1+)- que não apresente indicio de se achar contaminada de

qualquer praga ou em deterioração.^

Todas as medidas, de proteção ou de melhoria do produto,

não tiveram reflexo na exportação de madeira paranaense, até

1935, pois a retração dos mercados era decorrente, como já

f o i assinalado, da depressão econômica mundial. A lenta re-

cuperação dos mercados, porém, f o i substituida, na segunda

metade da década de 30, por uma dinamização dos mesmos, as-

cendendo a madeira paranaense ao primeiro lugar da exportação

estadual.

A legislação acompanhou, pasâo a passo, o desenvolvimento

da atividade extrativa da madeira, tanto em âmbito federai

como estadual. 0 Código Florestal da República, posto em v i -

gor em I93V o que se originou do Decreto Federal nQ 25«793 Üe '

23 de janeiro de 193*+, teve reflexo imediato na legislação

paranaense. Ainda, em 193V, o Governo do Paraná,estendeu aos

funcionários do Departamento de Terras, e de outras reparti-~ 11 goes estaduais, a guarda e f iscalizaçao das f lorestas. Foi,

10-Ibid, p. 5V. 11-MADER, Othon. Relatório apresentado ao Gr.Manoel Ri-

bas. Curitiba, s/ed., 193^. p.309.

Page 66: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

60

portanto, somente.quando'a extração da madeira atingiu maior intensidade no Paraná, e era outros Estados do Sul, de onde eram retiradas as maiores quantidades de pinho brasileiro,que a legislação tomou as primeiras medidas de carater prático referentes a essa atividade econômica.

Em 193*+ a exportação paranaense de madeira, teve acrésci-mo de valor; porém, de maneira geral, perdurava a situação de quase estagnação econômica vinda do final da década ante-rior. Alegando o Governo do Estado que "não podia ser mais afflictiva a situação econômica do Paraná, pois, além da cri-se que assolou e assola todo o mundo, tinha ainda a aggra-

12 val-a o não pagamento de compromissos assumidos...", tomou

- várias medidas tentando melhorar as perspectivas da exporta-ção.;

Dentre as medidas tomadas, o Governo Criou a Câmara de Expansão Comercial, destinada a ser o orgão coordenador das necessidades industrials e comerciais, recebendo cooperação direta do Conselho Federal do Comércio Exterior, organismo criado em 1933« Como principais funções, caberia à Câmara "amparar, defender e coordenar" ^ todas as iniciativas ten-dentes a desenvolver as fontes produtoras do Estado. Sendo a madeira um dos produtos mais viáveis para promover a expan-são do comércio exportador, a Câmara de Expansão Comercial estipulou bases para a futura padronização, do pinho, pois a falta de uma unidade de apresentação constituía séria barrei-ra para a aceitação do produto no mercado exterior.

12-Ibid, 1935, P-63 13-Ibid.

Page 67: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

1 61 O pinho era problema comum aos tres Estados meridionais

brasileiros e, apesar de que em épocas de mercado normal não

fossem encontradas nos relatórios o f i c i a i s , referências a

acordos entre estes Estados para a comercialização do produto,

a situação d i f í c i l dessa conjuntura parece ter inspirado uma

po l í t i ca de cooperação, reconhecendo as autoridades a neces-11+

sidade de atitudes coerentes.

Os principais mercados da madeira paranaense, na primeira

metade da década de 30, foram, em ordem crescente, os merca-

dos platinos e o mercado interno brasi le i ro . Já na segunda

metade, porém, a expansão dos mercados europeus, com a forma-

ção de grandes estoques de madeira, modifican essa disposi-

ção.- lios anos que antecederam à Segunda Guerra Mundial, os

mercados europeus que mais se destacaram na aquisição da ma-

deira paranaense foram a Inglaterra, Alemanha, França e Ho-

landa. Ã medida que o conf l i to intensif icava-se, os países

europeus, diretamente envolvidos," retrairam suas compras de

madeira.

Enquanto mercados corao a França e a Holanda deixaram de

adquirir qualquer quantidade, a Inglaterra apresentou sensí-

ve l declínio em 19*+1. A Argentina, em 191+1, retomou sua s i -

tuação de maior compradora do pinho paranaense.

0 mercado interno brasi le iro f igura em 191+0 e I9VI em

terceiro lugar era importância. 0 aumento ver i f icado em I9VI

lV-Pode se%depreender do trecho da Mensagem de Manoel Ribas enviada à Assembléia Legislat iva do Estado em 193?» p.61-62: "Hão tem sido descurado o problema da madeira, tanto assim que também f o i convencionado com o Governo do Estado de Santa Catarina que nenhuma medida será adotada sobre esse ca-so, sem prévio acordo entre os dois Estados".

Page 68: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

' 62

mostra a elasticidade do mercado interno compensando, em vo-

lume, o retraimento dos mercados europeus.

Após a Segunda Guerra Mundial, a abertura e dinamização

dos mercados europeus importadores de madeira, esteve em con-

sonância com a grande necessidade de madeira para reconstru-

ção de edi f íc ios , indústrias e ferrovias, destruidos durante

o conf l i to . "Reconstruir aquilo que f o i derrubado implica o

consumo de quantidades de madeira idênticas às que, durante

decênios inteiros, foram empregados na construção de obras

ora em ruinas." ^ Somente com uma diferença fundamental;

enquanto a construção havia sido realizada pausadamente, em

condições normais de compra de materiais necessários, segundo

as possibilidades de cada país, a reconstrução exigia um r i t -

mo de trab alho mais intenso. Com o mercado mundial em expan-

são "nos anos de pós-guerra, ressalta a oportunidade extraor-

dinária para os fornecedores menores de entrar no mercado com

exportações substanciais.""^

Para o Brasil, particularmente, os anos após I9V6 assina-

laram, no setor da madeira, uma expansão, com a volta de mui-

tos mercados europeus que se haviam retraído total ou par-

cialmente durante o iníc io da década de VO.

Apesar do empobrecimento de muitos dos países europeus

envolvidos no confl i to, haver retardado sua participação no

mercado internacional, acordos de auxílio desenvolvidos em

15-JOCHMAini, João. Comércio mundial de madeiras antes e depois da guerra. Anuario Brasileiro de Economia Florestal,, 3, 1950: VB3.

16-Ibid, P.V93.

Page 69: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

63

planos de cooperação internacional contribuirán para recolo-

car esses países em situação de comprar e reconstruir. A par-

ticipação dos mercados europeus na comereialiaação da madeira

paranaense, efet iva-se, realmente, no iníc io da década de 50.

As perspectivas eram amplas, pois "o de f i c i t permanente de

produção em relação ao consumo, para o conjunto da Europa,de-

verá permanecer por muitos anos... o abate vem excedendo os * 17

limites tecnicamente aconselháveis..." Esse de f i c i t no

fornecimento de madeiras, notadamente de madeiras brandas,pa-

ra os mercados europeus, colocada em excelente situação o pi-

nho paranaense.

0 preço da madeira exportada pelo Paraná, nos anos do

após-guerra, sofreu aumento como se observa no Quadro n2 7>

porém, a situação do produtor, ou do exportador, da madeira,

não era satisfatória. A causa estava " . . . na inflação no

Brasil dos preços de utilidades e serviços, em confronto com

a pequena elevação ou mesmo estabilização dos preços de pro-

dução conseguida pelos países concorrentes nossos no mercado •1 O I

internacional..." . Os principais óbices à rentabilidade da

economia madeireira paranaense, eram iguais aos registrados

nos demais Estados brasileiros produtores de madeira : fa l ta

de racionalização da produção e transporte deficiente, para

concorrer com os demais países produtores, em igualdade de

concllçoes.1

1-7-GUALBERTO, V i rg í l i o . A economia madeireira e o Inst i -tuto Hacional'do Pinho. Armário Brasileiro de Economia Flo-restal, 2. I9V8. 16.!

lH-Ibid, p.lW-

Page 70: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Q-'r

A exportação de madeira paranaense assinala cr ise em 1951»

quu r e f l e t e a posição tomada pelo mercado argentino, em rela-

ção à compra de madeira do Paraná. A retração desse impor-

tante mercado só teve solução quando as autoridades bras i l e i -

ras e argentinas assinaram, em 1955? um acordo para regula-

mentar as condiçoes de comercialização do produto.

Com a efetivação desse acordo, a madeira exportada pelo

Paraná, em 1955* teve um s ign i f i ca t i vo aumento, voltando po-

rém a retração, era 1956. Os negócios da madeira, nos merca-

dos externos, porém, entravam em fase de expansão, permitindo

ao Paraná uma participação destacada na comercialização do

produto. Isto porque, face as necessidades cada vez maiores

do mercado internacional, muitos fornecedores de madeira, na

defesa de seus patrimônios f l o res ta i s , diminuirara o coe f i -

ciente de participação no mercado mundial, enquanto o Brasil,

de maneira geral, aumentava as quantidades exportadas do pro-:

duto. Essa conjuntura favorável 'à madeira já r e f l e t e , contu-

do, ps primeiros sintomas de esgotamento das reservas f l o res -

tais de pinho paranaense, corno se observa nos dados 1 do Quadro

n2 3 , quando, após a exportação at ingir um n íve l elevado era

1957j in i c i a retração nas quantidades exportadas.'

Page 71: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n2 11

EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE PURK) SERRADO

Mercados 19*+0 in3

— • •

19VI m3

Inglaterra 38.776 ' 31.950

Argentina 35.215 , v. 60.001

Brasil I6.830 29/868

Uruguai 3.V33 1.671

Franç a 828

Portugal I.V27 - 791

África do Sul 586 V/063

Holanda 363

Estados Unidos • 197' '

TOTAL 97¿660 129/327

E02TTE: Relatório de Manoel Ribas ao Presidente da República.''

Page 72: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

6.0 - O TRAIISPORTE DA I-LmEIM. 66

0 advento da ferrovia, no Parcuá, foi condição básica pa-ra a exploração das florestas do Estado. Por muito tempo, se-ria o transporte ferroviário o responsável pelo escoamento da produção madeireira paranaense, tanto da que se destinava aos portos marítimos, como a que tinha por finalidade suprir o mercado paulista.

A situação das rodovias do Estado,no início do século XX, era precária, não oferecendo o transporte rodoviário uma al-ternativa às ferrovias. As regiões que não eram servidas pe-la ferrovia, nessa ocasião, sofriam graves dificuldades no escoamento de seus produtos. Assim, a madeira produzida em Guarapuava encontrava entrave no transporte, para alcançar regiões servidas pela ferrovia. Geralmente, a madeira da re-gião de Guarapuava era enviada até Ponta Grossa para ser transportada, pela ferrovia, até os mercados consumidores ou portos marítimos de embarque.

Em I920, segundo o Presidente do Parana, " a rede ferro-viária continua a ser deficiente e muito deixa ainda a dese-jar quanto às necessidades da circulação das riquezas do Es-tado, resultando por vezes crises que muito prejudicam as nossas industrias.

A extensão das ferrovias paranaenses, em 1920, era de I.I23 lcms., compreendendo:

l-Estrada de Ferro Paraná, com os seguintes trechos:

1-CAMARGO - Hensagen dirigida ao Congresso Legislativo do ¡¿stado. Curitiba, Typ. d"'A "Republica, 1920, p. fl.

Page 73: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

67 Curitiba a Paranaguá - 110 Im s. 3^7 ins.

Rainal Morre tes e Antonina - 16 Ions. 995 ias.'

Curitiba a Ponta Grossa - 190 Inns. 9Ô9 ms.

Ramal Serrinha a Rio Negro 83 Ions. 630 ms.

Ramal Restinga Seca a Porto Amazonas - 9 Ions. 38I ms.

2-Estrada de Ferro São Paulo Rio Grande, com os seguintes

trechos:

Itararé a União da Vitória ' - 519 kms. 912 ras-

Variante Serrinha a Porto Amazonas - M+ laus. *+79 ms.

Jaguariaiva a Colônia Mineira - 99 Ions. I23 ms.

. 3-Sstrada de Ferro Norte do Paraná: 2 Curitiba a Rio Branco _ I+3 km s. 397 ms.

A madeira,produzida no oeste paranaense,.para servir-se

da rede ferroviária como formà de escoamento, deveria ser

transportada, em longos percursos, por rodovias, até atingir

os pontos de embarque. 0 rainal ^ferroviário de Guarapuava,

ainda em 1920, estava em Início de construção, e a rodovia

que servia de ligação, entre essa região e Ponta Grossa,não

oferecia condições de trânsito contínuo, principalmente em

períodos de chuva, pois não era revestida.

As estradas de rodagem do Paraná, em 19 2V, atingiam uma

extensão de 1.586 kms. com conservação-permanente, além de

outros trechos, conservadas temporariamente. A conservação

dessas rodovias era fe i ta , porém, sem máquinas,com auxílio de

ferramentas rudimentares. A morosidade desses trabalhos, re-

2-Ibid, p.52 3-MUN1I0Z, ibid. I92V-I925. p.90.

Page 74: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

dúzia a conservação apenas aos trechos mais d i f í c e i s e mais

próximos aos maiores centros populacionais do Estado, i s r é -

gioes do interior, de onde era escoada a produção, foram as

iaais sacrificadas. . ,

Além das deficiências das rodovias, os veículos ut i l i za-

dos para os transportes erara arcaicos. Em 192<+, começaram a

circular nas rodovias paranaenses alguns caminhões, emprega-

dos sobretudo no transporte da madeira. Muitos desses veícu-

los foram empregados no escoamento da produção madeireira da

região de Guarapuava, alguns trazendo o produto até Ponta-

Grossa, onde seria embarcado em vagões ferroviários. Em cer-

tas ocasiões, quando a demora de embarque através da ferro-

via, chegou a ser um pesado óbice aos negócios de madeira

realizados com Sao Paulo, a madeira paranaense era levada

por caminhões até Itararé, onde conseguia transporte mais rá-

pido pela Estrada de Ferro Sorocabana.

0 predomínio, porém, do transporte de madeira na década

de 20, f o i atingido pelo das carroças. Na estrada entre Gua-

rapuava e Ponta Grossa, o Governo atribuía o mau • estado da

mesma ao abuso dos carroceiros que, chegavam a carregar mais

dé 1^0 arrobas em seus veículos, atrelando, por vezes 3 ani-

mais. A carga excessiva, f o i motivo de reclamações do Gover-

no, que achava, porém, que ¡ . .

Peor que tudo é o systema de transito adap-tado pelos carroceiros desta zona; viajam sempre em caravana, em número de 3 e mais e nas éj)ocas chuvosas cada carroça seguin-do estrictamente o tr i lho da que"a precede, transformam em pouco tempo o l e i t o da es-trada em um verdadeiro lamaçal com dois

Page 75: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

69 profundos sulcos, que impedem completamente' o transito de automóveis- V

0 problema do transporte da . madeira, desde os cen-

tros produtores até os locais de exportação ou consumo, era,

portanto, dos mais groves. Como o escoamento de grande parte

da madeira paranaense era f e i t o para o mercado paulista, o

aumento de V0/¿ nos fretes da Sorocabana, pretendido em 193*+,

causou impacto na classe inadeireira3 ameaçada de ter reduzi-• > .

das suas possibilidades de comercialização do produto. Sol i-

citando a intervenção do Governo paranaense que, agindo como

mediador, conseguiu que não fossem elevados os fretes para a

madeira beneficiada.

A abertura de rodovias, apesar dos problemas de conserva-

ção que apresentavam, e o aumento do número de caminhões,

preocupou os responsáveis pela Rede de Viação Paraná-Santa

Catarina, no iníc io da década de 30' 0 comércio da madeira

encontrava-se, como já f o i analisa.do, em fase de retração, e

era natural que houvesse uma diminuição no volume do produto

transportado pela ferrovia. Os administradores da .ferrovia,

porém, colocavam em destaque, em seus relatórios,apenas"... .a

concurrencia rodoviária que a Rede está sofrendo em diversas

zonas do Estado, agravada agora, com a abertura ao trafego

publico,' da rodovia Curitiba-São Paulo... A desvantagem

lf-Ibid, p .93. 5-RIBAS, Manoel. Hensa/rern enviada a Assembléia Legislat i-

va do Estado. Curitiba, 1935 p. 61-62. IT-GUT ÎERREZ% Alexandre. ,Rola,t,ó,rio, do ano, de 193V .da_Rede

de, Viacao Par an a-,S an ta Catarina. • Curitiba, Imp. Paranaense, 1935T~p~. lW. '

Page 76: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

70 do transporte ferroviário evidenciava-se pela diferença de

f rete , que era mais baixo pela rodovia, e também pelo tempo

de percurso, levando os caminhões dois dias para efetuar a

viagem, enquanto que por ferrovia o tempo de percurso era de

cinco a seis dias. Os tipos de madeira carregados, preferen-

cialmente, pelos caminhões, eram os que apresentavam grau

mais elevado de industrialização, cuja exposição às intempé-

ries, na longa espera do carregamento ferroviário, seria to-

'talraente prejudicial ao produto. Em uma semana, " . . . foram

carregados, somente por uma firma desta capital, 20 caminhões

com 2.500 a 3.OOO quilos cada um¿ de madeira laminada para os

mercados de São Paulo e Rio.

A madeira, apesar de encontrar no transporte ferroviário,

por vezes, um obstáculo a seu escoamento, representou, contu-

do, a maior fonte de receita para a ferrovia, como se observa

nos dados do Quadro nö 12.

Através dos dados do Quadro ií3 12, -evidencia-se a impor-

tância da madeira, para a ferrovia, pois em alguns anos esse

produto chegou a representar mais de 50% do total, das merca-

dorias transportadas.1 v .

• As condições que a ferrovia apresentava para o transporte

da madeira, foram contudo extremamente desfavoráveis. Para

que a requisição de vagões fosse efetuada, exigia a. ferrovia

grandes quantidades de madeira beneficiada empilhadas ao lon-

go das linhas, ladeando os tri lhos, formando o que era deno-.

7-Ibid.

Page 77: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

minado "estoque v i s í ve l " . A madeira a l i estocada garantia o

pronto embarque do vagão fornecido, estando sujeita, às in-

tempéries-, perdendo muitas vezes o valor para o comércio, e

comprometendo a exportação do produto.

Em 1936 f o i conseguida supressão dessa medida, pela Rede

de Viação Paraná-Santa Catarina, mas em temos' parciais. Em

breve reiniciou-se a exigência de estoques v is íve is , perdu-

rando até meados.da década seguinte.

Dentre os vários inconvenientes apresentados por restrin-

girem os meios de transporte da madeira paranaense, até por-

tos de embarque ou centros de consumo-, em sua maior parte, a

um único tipo, ou seja, o ferroviário, ressalta a incapacida-

de da ferrovia em aumentar o número de vagões, em relação ao

aumento da produção da madeira. Esse entrave era proporcio-

nal às dificuldades de importação de locomotivas e aumento do

número de vagões.

0 problema do transporte agravou-se em conseqüência da

superprodução da madeira de pinho, nos anos de 19^0-I9VI,

quando a quantidade de madeira empilhada ao longo das linhas

férreas, ultrapassou em muito às possibilidades de -embarque.

Este impasse, contudo, não pode ser atribuido apenas ao trais-

porte, como. igualmente à própria irracionalidade da produção

madeireira do Paraná; a produção não era controlada o f i c i a l -

mente. Os madeireiros não levavam era consideração transpor-

te ou qualidade do produto, empilhando a madeira serrada ao

longo das ferrovias, mesmo quando não havia possibilidade de

embarque.

A situação da madeira, quanto ao transporte ferroviário,

Page 78: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

72 sofreu algumas alterações na década de Vo e ü>0, porém conser-

vou, até certo ponto, suas deficiências básicas. A criação ao

Instituto Nacional do Pinho, orgão destinado a control ar as

condições de~ produção, transporte e comercialização da madei-

ra, no iníc io da década de +0, trouxe 'algumas modificações,no

que tange ao transporte do produto. Assim é que, em meados

da década, conseguiu a suspensão da exigência, pela ferrovia,,

dos estoques v is íve is , ao longo das linJias.

0 Instituto Nacional do Pinho, porém, não teve uma atua-

ção positiva no controle e planejamento da produção e trans-

porte da madeira. Em 19%» foram fe i tas 90 »^¡-8 requisições

de vagões plat aforra as, para a ferrovia, destinados ao trans-

porte de madeira; restavam, ainda, grande minero de requisi-

ções anteriores, com a mesma finalidade, sem terem • sido

atendidas. Segundo o relatório da Rede "com o atual ciclo do

carregamento dos vagões plataformas, e supondo que não mais

fossem apresentadas requisições para o transporte'de. madeira,

levaria a Rede próximamente três anos a liquidar as requisi-

ções remanescentes." Os responsáveis pela ferrovia atr i -

bulam o excesso de requisições à inexistencia dos estoques

v is íve is de madeira nos pátios ferroviários e ao "forneci-

mento, pelo Instituto Nacional do Pinho, de guias, para trans-

porte ferroviário, em completa desproporção com a capacidade Q

de transporte da estrada de ferro.

8-L0PES, Angelo.' líela.torio da Bede de Viae ao Paraná-Santa-Catarina., Curitiba, Imp. Paranaense"," l~95o>~ fä p~.

9-Ibid, p.

Page 79: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

73

O número de vagões empregados no transporte da madeira,

sofreu poucas alterações, durante os anos en que a comercia-,

lização do produto atingiu os níveis mais altos. Os dados do

Quadro n^ 13 , fornecera subsídios para uma melhor compreensão,

do problema.

Considerando-se, no Quadro n213, o índice 100, correspon-

dendo às médias mensais mais baixas, registradas no ano de

I932, o aumento do número de vagões empregados no transporte

da madeira não excedeu ao índice 250, registrado em I9VI. ,0

número de vagões fornecidos, portanto, esteve sempre em con-

sonância com a disponibilidade da ferrovia, e não com o au-

mento de produção da madeira. Apesar disso, em ocasiões de

retração dos mercados compradores da madeira, observa-se uma

diminuição dos índices referentes as médias mensais dos va-

gões empregados no transporte do produto, como nos anos de

1951 a 1951»-» quando a exportação de madeira para os mercados

externos fo i reduzida. •

As dificuldades de transporte rodoviário para a madeira,

entro 1939 e 19lt-6, como alternativa aos inconvenientes apre-

sentados. pelo transporte ferroviário, vinculava-se não apenas

ao péssimo estado das estradas paranaenses, como também às

restrições impostas pela guerra. 0 número de veículos em,

circulação era pequeno, face às dificuldades de obtenção de

novas unidades através de importação. 0 racionamento 1 de

pneus e gasolina tornou problemático o estabelecimento de.

transporte rodoviário regular, apesar de terem surgido tenta-

tivas de solugão parciais, como a adaptação de veículos a ou-

tros combustíveis. 0 problema do transporte rodoviário no

Page 80: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

7¡r

Paraná, estava, pois, vinculado à Taita de 'uma inf r a-e s tru tu-

ra adequada que permitisse, não somente sua continuidade, co-

mo também sua expansão.

Em. 19J+6>> com a criação do Departamento, de' Estradas.: de;:'Eo-:

dagem do Paraná, "condição precipua para que o Estádo parti

cipe do.auxílio financeiro relat ivo à quota do "Fundo Bodo-

yiár io IT acionai" .proveniente do imppsto único sobre ccmbus-. ' i n

t í ve is " , iniciou-se ma lenta expansão da rede de estra-

das de l e i t o revestido. A possibilidade de importação cio'

veículos e combustíveis, na conjuntura do após-guerra, perni-

.tiu melhores perspectivas ao transporte paranaense.

A situação das rodovias paranaenses} na segunda metade da

década ;de .-50, era ainda d i f í c i l . 0 número de-.... rodovias.;con-

servadas pelo Governo e a quilometragem correspondente, podem

ser melhor avaliadas pelos dados do Quadro n^ 1^.

•• ': Quadro n2 llf

IIpCTENSAO E COMPOSIÇÃO PAG RODOVIAS PAB.AIIAEIT SE S ~ /ICH *: v; ;."

Ano Extensão total

Asfal-tadas

Parale-lepípedo

Mo.ca- • dame Saibro,":. : Leito

Natural

1956 7»'Oi*-5 lOk 2h , ; 663 I<2h0

1957 7A83 11^ 2h 1.-275, 5.396

1958 7.505 • 131 2h : 656 I.322 , 5.372

1959 : 8.155 . . .

181 21+ 619 l.V/o :;• : •: 5-G60

FONTE? Mensagem 'apresentada à Assembléia; Législatifs:'; ¿Lo'.Irßi?

'''y / tado 'em I960.

10-ROCEA NETO, Bento Munhoz da/Mensa^ein apresenta.do, b 'semblóla LerSsiatiya do Estado. Curitiba, s/sü.. 19 jfâf. p. 123»

Page 81: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

75

As rodovias sem revestimento, de acordo com esses dados,

representavam ainda, em média, 71/' da extensão tota l das es-

tradas paranaenses, oferecendo dificuldades ao trânsito de

veículos em épocas chuvosas.

Deve ser assinalado que; até o advento das rodovias ' as-

faltadas, ligando os centros produtores da madeira paranaense

até locais de consumo ou exportação, o' transporte do. produto

era sujeito às oscilações sazonais,- em decorrência das chuvas.

En conseqüência, o preço da madeira de pinho, no mercado in-

terno brasi le iro, so fr ia um acréscimo durante os meses de ve-

rão, quando o escoamento dos centros produtores so fr ia pãra-

lização quase tota l , pelo esgotamento dos estoques mantidos

em firmas concessionárias, principalmente em Cão Paulo e no

Bio de Janeiro. Em 195I>-> as condições das estradas paranaen-

ses, devido às chuvas prolongadas registradas nos primeiros

meses do ano, impediram, o escoamento da produção, causando

fa l t a de madeira no mercado paulista, e diminuição nas quan-

tidades exportadas para os mercados externos.

Page 82: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro nQ 12

MERCADORIAS TRASPORTADAS PELA REDS DE VTAÇffO PARAI Tit-S AN TA

CATATONIA. Porcentagem em relação ao total,'

Madeira Ion. Km. Receita

îrva Mate ion. lue. Receita

Café Ion. Km. Receita

53,38^

51,852

51,56£

M ,90%

b9,Sl%

53,62^

52,29^

38,30^

W,9 7%

b-2,03%

51,2 7%

51,95%

b9,5l%

3^,72%

35,97%

37,80%

3 h ,75%

36,09^

39,76%

3QM%

29,09%

33,35%

30,35%

1*6,81$.

b2,5l$

ll,0b%.

10,8h%

l i , W

12,50%

10,70%

7,87%

6,25%

6,67%

7,79%

8,73%

5,05%

b,7 6%

3,56%

28,0k%

2b,79%

2b,5b%

25,09%

22,67%

18,52%

lJf,90>í

10,70 VJ

18,67/3

21,0 5%

lb,b6%

12,79%

• 9,55%.

l, 21%

2,o8£

2,30^

6,25%

8,07%.

. 6,25%

7,37?

b,2>5%

6,lb%

b,l5%

b,Q9%

1,03 5 1,59%

1,86:

5 ,2^

7,28%

5,66%

6,66;:J

ta

' 6,0c$

b,bO%

J i

FOITISÍ Relatório do ano de 1935 da Rede de Viação Paraná-San-

ta Catarina.1

Page 83: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

• Quadro nQ 13

M-C'ÜRO DB VAGOES EMPREGADOS ITQ TRANSPORTE DE MADEIRA

MÉDIAS MENSAIS - REDE DE VI AO AO PARANÁ-SAN TA CATARINA.

77

1930

1931

1932

1933

193^

1935

1936

1937

1933

1939

19^

19lt-l

19J+2

19^3

19W

19lf5

19^6

19^7

19^8

19^9

1950

1951

I.V93

i.3^5

1.187

1.715

1.853

2.6M+

2.669

2.890

2.761+

2.972

2.509

2.326

2.15^

2. 51I1-» . .

I.9V3

2.693

2.587

2.11-23

1.767

125

113

100

M

156

222

22h

2Í+3

232

250

211

195

iS l

211

163

22 7 217

20l|-

l!+8

Page 84: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

. NÚMERO DE VAGOES EMPREGADOS NO TRANSPORTE DE MADEIRA

MÉDIAS MENSAIS - REDE DE VIAQAO PARANÁ-SANTA CATARINA,

continuação:; •. . •

Ano Todas as madeiras - exclusive lenha índices

1952 . 1.963 , 1 6 5

1953 1.9^1

195V 1.705 . / 11!"3

1955 2.202 ."•Iii---1'' ^ 1956 2.186 ; . '

1957 , 2.067 ; ; , 1 7 ^ .

1958 2.196 ••'.;'• ^ ' • . : :: ' 185

1959 • 2.719 229

I960 2.807 - o'VvV.; 236

1961 ; 2,:88l 2 -2

1962 , ' , 2.0^-9 2m-0

FONTES: Relatórios da Rede de Vi ação Paraná-Santa. Catarina./

Anuário Brasi leiro de Economia Florestal/ '!

Page 85: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

79

u"it or»f. • »7

Page 86: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

ynJflODUçaq. E i l l HADJI JT, PAR^IAIíICE - 19^5 a 1961h 8o

A madeira produzida no Paraná, na conjuntura do pós-guer-

ra f o i , principalmente, a madeira de pinho, em vários graus

de industrialização e, em menor escala, a madeira de l e i .

• Quadro r.n 15 "5

Produção paranaense do Pinho - nJ

ilno Cerrado Benefi-ciado

Compen-sado

Lami-nado

Total do Paraná

Total do Brasil

19*1-5 . 53Ó.-359 I3I.925 35.761 9.618 71!+. 163 1.791.582

191*6 1+66J577 II+5.951 58.633 I7.97O ' 639.131 1.768.260

19l*7 563.291* 161*. 215 1*6.833 23.376 797.713 2.018.121

191+8 568.568 171.368 2i*. 259 19.293 733.938 l.!888.965

191*9 821*. 901* 233.635 33.61*8 1*6.960 1.139.11*7 2.370.ÓÓI

1950 379.905 288.326 26.367 1*8.305 1.21*2.903 2.881.9II

1951 I.322.79I 1*33.319 37.251 66.088 1.861*. 1*1*9 3.912.61*3

1952. I.155.OOO 372/008 •30 090 O1-. _>/ <- 51*. 308 1.613.688 ^.753.681*

1953 l.;22ó.8 77 1*15.122 1*2.1*52 71*. V*7 I.753.398 3.81*5.858

192*. 1.132.072 1*35.136 1*6.019 55.995 I.719.272 1*. 622.703

1955 1.206.227 1*23.663 55.032 87.279 I.852.251 1+.20Ó.866

1956 1.138.999 1*18.068 57.911 91.598 I.706.576 3.723.238

1957 895.1+87 372.21*6 1*8.695 75.335 1.391.763 3.1+13.972

1958 I.OOO.7I*1* 395.871 53.015 . 1*8.871 1.503.501 3.65'*. 9l*0

1959 863.1*15 31ó.l*67 50.613 1*7. 800 1.278.295 3.31'+.376

I960 . 711+.251 330.802 51*.223 1*5.621 l . iv* .902 2.865.238

1961 1.336.379 311*. 1*07 87.363 59.521 1.81*7.670 3.929.621*

1962 1,339.939 328.235 01.121 69.330 1.868.625 i*. 025.096

1963 1.159.626 323.327 60.392 57.907 1,601.252 3.373.038

1961* 1.330.038 296.717 32.365. 86.531* 1

I.8I+3. 70»h 3.1*75.321

FONTE: Anuário Drasileiro de Economia Florestal.

Page 87: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

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81

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Page 88: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

82

O aumento da produção de pinho, no Paraná, após o f ina l

da Segunda Guerra Mundial, f o i devido, sobretudo, a possibi-

lidade de importação de maquinaria para as serrarias e à rea-

bertura do mercado internacional. Até 19^6, muitas serrarias

que operavam no Estado, contavam com .'maquinaria def ic iente e

arcaico, impedindo a expansão da produção e uma uniformidade

na apresentação do produto.^* A importação de novas máquinas,

destinadas à serrarias, possibi l i tou o aproveitamento da ma-

deira em bases mais racionais e, também, a abertura de novas

unidades produtoras de pinho.

A produção de pinho no Paraná, de 191!-5 a 196*+, acompanhou

"as flutuações da produção bras i le i ra . Melhor comparação en-

tre ambas, pode ser observada pelos índices citados no Qua-

dro n2 17/

A produção paranaense de pinho, de acordo com os dados do

Quadro n^iy, teve um:índice de crescimento maior do.', que a

produção bras i le i ra , especialmente após I960. Em tres anos,

apenas, o índice de crescimento da produção paranaense f o i

in f e r i o r , ou seja, em 19^6, 19li-7 o 1959* apesar das . di feren-

ças entre os índices, nesses anos, serem pouco s igni f icat ivas.

Esse aumento de produção da madeira de pinho, no Paraná,

era relação ao tota l da produção bras i le i ra , pode, em parte, ,

ser atribuido às reservas f l o res ta i s conservadas pelo Estado/

0 Instituto Nacional do Pinho realizou, em 19^2, levantamento

1-Na documentação de unia das industrias madeireiras, em que se pesquisou sobre o assunto, consta a importação, em 19^6, de maquinária para serraria, da firma »Ate l i e r de Conc-trution Louis Brenta", de Bruxelas, na importancia de h25 mil francos.5

Page 89: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

sobre as reservas de pinheiros do Brasil que acusou os se-2 guintes resultados:

' iírvores em condições de corte:

Paraná - 60.100.000.000

Santa Catarina - 3^.200.000.000

Pio Grande do Sul - 10 AOO. 000. 000

Total - ' lOta700.000.000

Árvores ainda não era condições de corte:

Paraná - 1^0.900.000.000

Santa Catarina - 37.600.000.000

Pd o Grande do Sul - 5.100.000.000

Total - 193.500.000.000

A superioridade das reservas de pinho, no Paraná, em re-

lação aos outros Estados produtores, proporcionou condições

para que a indústria madeireira da região suplantasse, era ca-

pacidade de produção, as instaladas em Santa Catarina e Iii o

Grande do Sul.^ 0 número de serrarias de pinho, aliado à

capacidade de produção respectiva, dos Estados meridionais,

pode .ser observada no Quadro nQ 16 .

2-Anuario Brasi le iro de Economia F lo res ta l ,1952 :p .96 . 3-Deve ser lembrado, porém, quo, apesar da superioridade

das reservas f l o res ta i s paranaenses, era grande .• o número de.pinheiros que, por sua localização topográfica e, sobretu-do, pelo afastcuento dos atuais meios de transporte, não o fe-rece rem condições econômicas de- exploração'!. Ibid.

Page 90: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n^ 16

SERILARIAS REGI S TRADA S. 110 II ï S TI TU TO H AC IGIIAL DO PINHO

Ano Paraná Senta Catarina Rio Grande do Sul

Ano I-72 serrarias ITQ serrarias serrarias

19^9 687 737 I.O86

1950 ók2 739 I .07I

I952 77 0 -- 890 I.080

1953 720 93^ 1.106

195^ 720 93*+ 1-OSO

1955 733 1/019 . 1/066

1957 676 I/O39 1/010 ' '

1958 699 I/023 1/008 " '

1959 720 1.023 ' ' ; . /Ï/000 . ,

1961 720 1.023 •382 V

1962 859 . 1/066 613.

FONTS];. : Anuario Brasileiro de Economia Flore.stal/

• A capacidade produtiva mensal, das serrarias paranaenses

era,. porém, maior que das instaladas nos dois Estados : suli-

nos, em I9V9 e 1950, evidenciando a superioridade das indus-

trias instaladas no Paraná/

. Quanto à produção das madeiras de l e i , no Paraná, a mesma

teye acréscimo signi f icat ivo com a abertura do norte do Para-

ná, nas regiões de expansão da cultura cafeeira, e com o

avanço das serrarias em direção do oeste paranaense, na dé~

cada de 50.

• A produção de madeira de l e i , ta l como a de pinho, f o i

Page 91: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

35 maior no gráu de indus t r i alizar, ao mais simples, ou seja ; ser-

rada. A produção brasileira, após sofrer declínio, de 1955

a I960, retoma praticamente as bases anteriores. Observa-se,

porém, que a produção paranaense de madeiras de l e i cresceu

de importancia em relação à produção brasileira.' Sm 195*+>

representava do total nacional, enquanto que, em 196*+, es-

se porcentual atingia 5o£.

Page 92: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro nQ 17 86

PRODUQAO DE PE.HO JO PARAN A E DO BRASIL

Ano Paranáj m 3 t

índice • 1 !

Brasil: m3 índice

w 71*+« 163 100 1.791.582 100

19l¡-6 609.I3I 96 1.768.260 98

19 7 797.718 111 2.018.121 112

19*1-8 783.988 109 1.888.965 105

19^9 . I . I39. 1*1-7 159 2.370.661 132

1950 1.2lf2.903 17*1- 2.881.211 160

1951 1.86*+.*^9 261 3.912.6^-3 218

1952 1.613.688 225 3.9^2.226 220

1953 I.758.893 2h6 3.81,1-5.353 2I*v

195^ I.719.272 2h0 O22.7O3 22*+

1955 1.852.251 . 259 *+.206.860 23k

1956 1.706.576 233 3.723.288 20 7

1957 I.39I.763 19*+ 3A13.972 I90

1958 I.503.50I 210 3.651K91K) -20*4-

1959 I.273.295 178 3.31^.376 181+

I960 _l.lMi-.902 160 2.862.288 159 1961 1. 8^7.670 258 3.929.63V 219

1962 1.868.625 261 *K 025.096 22*+

1963 ,1.601.252 22*1- 3.378.038 188

196*1- 1.8*t-3.70*¡- 253 3.V75.821 19li-

EON IE: Anuario Brasileiro de Economia Plorostal.

Page 93: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR
Page 94: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro, ni? 18

Produção Paranaense de Madeira de Lei - m-'

Año Serrada Benefi- Lami- Conden- T O T A L . Año Serrada ciada nada sada Paraná Brasil

19V5 t • » 1.200 7. I I3 7, 526 15-569=* 311.237

19V6 51.20V 330 7.7I I 7.665 66.9IO 1.028. W l

19 V7 ' • i . . . • • • 7 . 836 3.789 11.625* 979.577

19V8. • • • 5.72I V.703 IO.V2V* 896.0V3

194-9 ... « * • 11.V5V 7.737 I9 .2VI* 735.0V9

1950 . i • »,. . • * • 17.961 8.26V 26.225* 7V6.O69

1951 70.720 • • • 1 7 . 1 2 1 9.01V 96.855* 839.189

1952 lVO.OOO • • • 19.997 12.337 172.33^ 909.758

1953 256.031 • « • 20.235 12.965 289.231* I.059.37V

195V 259.733 5V.100 12.j235 19.097 3V5.I70 I/0V8.968

1955 207.559 V9.071 26.528 17.2V9 301.'007 875.607

1956 252.152 65.831 2 5 . 9 1 1 57.911 . Vol.855 91V.053

1957 197.500 W.685 26.161 17.O67 235.V13 826.102

1958 189 .'557 V5.928 23.I68 17.703 276.356 815/517

1959 158.818 Vo.Vll I9.7IV 18.315 237.258 726.775

I960 1V2.086 66.132 17.096 19.0V5 2W. 359 732.V39

1961 275.005 50.712 13.782 21.'7 83 366.282 92V.780

1962

1963 317.369 7 0 . I I 8 I6.20V 27.081 V30.772 921/050

196V 355.223 79.533 21.127 25.371 V81.25V. 9V5.317

.V.' - 0 dado é desconhecido/

* - Total parcial.1

FONTE: Anuário Brasi leiro de Economia Florestal.

Page 95: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

89

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OCT'C0< *

• JUJNIM

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00«

Page 96: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

8.0 - OS HINCADOS DA iIADElRA P^AIIALITGE 90.

A madeira produzida no Paraná f o i absorvida, era párteme-

lo mercado interno bra.si3.eiro e pelo consumo do próprio Esta-

do, e, também, por mercados externos. As proporções en que

esses mercados absorveram a produção de pinho paranaense, po-

dem ser observadas no' Quadro nS 1 9 .

Através dos dados referidos, observa-se que o mercado in-

terno brasileiro teve importancia maior que os mercados ex-

ternos. Dentre os varios mercados brasileiros, para onde era

exportada a madeira paranaense, o mercado paulista represen-

tou o escoadouro natural, porem, não f o i exclusivo.

O pinho paranaense, serrado ou beneficiado, principalmenr-

te, era enviado, em quantidades menores que as destinadas a

São Paulo, para o Rio de Janeiro, ! linas Gerais e alguns Esta-la

dos do Nordeste.

^-Conforme levantemento realizado em indústria madeireira de Ponta Grossa, no Livro "Copiador de Imaturas", na década de ^0 e primeira metade da de '$0.

Page 97: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n?I9 91

PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE .PMHO DO PARARÁ M..M3

Ano Produção

1 •

Mercado ; Interno j

Brasileiro j

Mercados

Externos

I9V7 797.713 . .V 135. 539

19V3 7Ö3.93Ö » • f I 6 6 . I I 3

I9V9 I . I 3 9 . I V 7 e: 6 139.517

1950 . ' I . 2 V 2 . 9 0 3 1+01.287 IOV.327

1951 I . 8 6 V . W 9 335.906 1 3 2 . V59

1952 I . 6 I 3 . 6 8 8 37W262 V2.99S

1953 1 . 7 5 8 . 8 9 8 352.2V6 7.1.2V2

195V I.719.272 321.5Vl - 76.93 V

1955 I.852.251 365.7VV 123.565

1956 1.706.576 388.990 76.V95

1957 1.391.763 355.1V0 216.271

1953 1. 503. 501 V55. V 5 1 I 9 0 . 8 7 I

1959 I . 2 7 8 . 2 9 5 605.953 I7V.018

i960 i . ivv.902 710 .782 2VO.I62

1 9 6 I I . 8 V 7 . 6 7 0 706.3V6 256.956

1962 1.868.625 602.798 180.800

1963 I.6OI .252 V 7 1 . 1 2 7

I96V I . 8 V 3 . 7 0 V 2 6 3 . 7 0 1

- Desconhecido.

FOIÍTESÍ Produção e exportação para os mercados externosíAnuá-

rio Brasileiro de Economia Florestal.'

Exportação para o mercado interno brasileiros Insti-

tuto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal,

Page 98: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

8,1 - O MERCADO IHTIiiMO mASILBIRO

A concentração das f lorestas de araucária, apenas nos

tres Estados Meridionais brasi le iros, tornou o mercado inter-

no brasi le iro, de acordo com suas necessidades e recursos l o -

cais, dependente da produção dessa região/ As madeiras de

l e i , porém, por serem encontradas em outras regiões, não t i -

veram a mesma procura que o pinho, em relação às fontes pro-

dutoras meridionais. Uma comparação entre as quantidades de

pinho e madeiras de l e i exportadas para o mercado interno

brasi le iro, nos vários graus de industrialização, peiraite ob-

servar a proporção em que se deu a absorção desses produtos

pelo referido mercado. 0 Quadro n2 20} fornece subsídios pa-

ra essa comparação.

NQS anos de 1958 a 1962 houve expansão do mercado brasi-

l e i r o , em relação à madeira de pinho. Além dos mercados já

citados anteriormente, grandes quantidades de pinho serrado,

foram exportadas para as obras de construção de Brasí l ia, es-

pecialmente de I l l a qualidade. Algumas indústrias produtoras

de pinho, localizadas em Ponta Grossa, com serrarias em Gua-

rapuava, destinavam a maior parte de sua produção para esse

mercado temporário, o qual, porém, absorveu s igni f icat ivas

parcelas do pinho paranaense.

A exportação de madeiras de l e i , para o mercado bras i l e i -

ro, contudo, não sofreu alteração s ign i f i cat iva , na década de

5>0. É interessante notar, porém, que as madeiras de l e i com

5-Conforme documentação do arquivo da indústria madeirei-rá P.Slavicro & Pilhos, de Ponta Grossa.

Page 99: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

93

maior índice de industrialização (laminada.e compensada), so~

freram decréscimo em sua exportação, reduzindo-se, em 1963» a

quantidades ínfimas, o mesmo ocorrendo com o pinho, no mesmo

ano e nas iguais categorias.;'

Page 100: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n? 20 • • 9V

EXPORTAÇÃO PARMAENSE DB MADEIRA PARA 0 ISCADO INTERNO BRA--

SILEIRO - - m 3 ; ./v.-

1 - Exportação de Pinho

Ano •Serrado Benefi-ciado Toros Lsuiii-

n ado Compen-sado Total •

1950 233.693 I97. 73V 20.V67 1.796 7.5^2 V6I.287

I95I 178.560 180.760 I8.V50 1.796 6 . 3V0 1 385.906

I952 156.260 I83.6I2 31.889 • # * 2.501 37V.262.

1953 13V. 713 135.039 28.703 529 3.257 ' 352.2V6

195V IV7.057 137.656 32.083 3l¿r V.VOl ' 321.5VI '

1955 200.V67 126.191 33.283 55 3 5.250 ' 365. 7Mk

19 56 221.361 I IV . I I7 V6.700 303 5.9V9 3uo.9vu

1957 207.297 101.673 V0.003 2V7 5.923 355.1V8'

1953 257.096 I37.V27 57.150 210 3.563, _ . V55.V51,

1959 390.81+0 153-552 5V.36V 102; 7.095 ' - '605.953

I960 V62.663 178.606 6V.I23 153 5.237 ,710.782,

I96I V0O.IO6 172.8V8 V/.228 153 6.011 706. 3V6.

1962 V37.795 102.551 V3.218 67 IV.167 -:602,79B

1963 . 303.936 112.321 53.938 . V 873 :V71.127

2 - Expo: :tanão de Madeiras de Lei

Ano Serrado Benefi-ciado Toros Lami-

nado Compen-s ado ' Total .

I95O 5. I.5V0 196 333 I.876

1

9. 7!;-V

1951 6.3VO 900 I89 1+00 I.78O 9.609

I952 V.15V 253 I.800 281 ,1.1V? • 7.635

Page 101: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

EXPOuTACÍlO PAPAH/JilIISE DE MADEIRA PAR* O MERCADO INTERNO BRA-

SILEIRO - m3

continuaçãos

2 - Exportarão de Madeiras de Lei

Ano Serrado Benefi-ciado Toros. Lami-

nado

' Compen-sado

..,..„.

Total

1953 2.662 16*+ 2.968 152 I . I33 ; 7.079

19^- 2.702 150 93^ 312 1.011 5.109

1955 I.099 1.29V • 0. 373 1.0ÓÓ 3.832

1956 3«;579 2.182 160 2lf0. 870 7.O3I

19 57 I.986 806 • • 263 I.892 5.OO7

1953 2.352 lh99 26 l*f7 900" V 3<:92h

1959 hoQoQ 570 62h 262 956 , 7.280

I960 7.156 951 1.V8Ó 185 1.119 10.897 '.

1961 9.635 756 899 í i *• " . • • . I .3I9 . 12.609

1962 10.030 l.póó 520 137; ' ' " " • 6h9 12. W

1963 5.:5oi

:

678 1 . 3 ^ 126 • 7 . 6^

.V. - Desconhecido

FONTE: Instituto Brasileiro de Economia Florestal,^

Page 102: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

96

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Page 103: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

A exportação de pinho paranaense, após 19^7 j f o i , era par-

te, alterada com a proibição de exportação em toros. As mo-

dalidades em que o pinho poderia ser exportado; incluiam a

madeira serrada, beneficiada, compensada e laminada.' A medi-

da visava defender a indústria nacional, que estava sentindo,

cada vez mais, a concorrência das usinas de benefieiamento de

madeira, instalada nos países importadores. A Argentina,

principalmente, o mais impórtente mercado da madeira de pinho

brasileira, instalou, após o f ina l da Segunda Guerra Mundial,

várias unidades industriais, para produção de madeira benefi-

ciada e compensada, com graves repercussões na exportação bra-

sileira.) _ . ,

As flutuações observadas, através do Quadro 112 21, no ín-

dice de exportação do pinho serrado, foram mais acentuadas

antes de 1957» quando a normalização de negócios com a Argen-

tina determinava uma nova expansão, como será posteriormente

analisado. No que se refere ao pinho compensado, porem, re-

gistra-se uma diminuição constante nos 'índices de exportação

do produto, até sua quase total paralizaç.ão, no início: da dé-

cada de 60. 0 pinho laminado f o i absorvido, principalmente,

pela Austrália e Uruguai, e com a retração desses mercados,

após I9?ó, o índice de exportação do produto caiu vert ica l -

mente, com exceção de 1961, quando se registra maior part ic i -

pação do mercado uruguaio.

Os mercados compradores do pinho compensado, em grande

parte, eram europeus, destacando-se a Inglaterra e a Alema-

nha, como mais signif icativos. Foram realizados, também, nos

anos que constam do quadro supra, compras de pinho compensado

Page 104: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

104

pelos Estados Unidos. .Após 1952, quando se intensi f ica o co-

mercio internacional de madeira, a exportação de pinho com-

pensado decai, possivelmente pela entrada do similar europeu,

em maior quantidade è preços competitivos.

Quanto à exportação de madeiras de l e i para os . mercados

externos, sua participação na economia paranaense não chegou

a ser tão s igni f icat iva quanto a do pinho. •

As madeiras de l e i exportadas pelo Paraná tiveram, segun-

do os dados do Quadro nQ 22 j uma fase de expansão até 1958,

quando declinam. Este movimento descendente da exportação

de madeiras de l e i , não pode ser atribuido ao esgotamento das

reservas dessas espécies vegetais-, nas matas paranaenses,pois

a produção estava em expansão. ' .

Enquanto a exportação do pinho paranaense, de 19^7 a 196V,

continuava em expansão, a das madeiras de l e i declinava. Uma

comparação, entre os índices de exportação dos dois tipos de

madeira, pode ser estabelecida com os dados do Quadro • n2 23 »

É interessante notar que, a maior expansão do índice de

exportação das madeiras de l e i paranaenses pelos dados supra,

coincide com a retração dos índices do pinho, na primeira me-

tade da década de 50» o que será posteriormente analisado.'

Em 1963 e 196V, o declínio da exportação das madeiras de• l e i

é bastante s igni f icat ivo, atingindo os mais baixos índices/

Page 105: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n^ ?1 99

SXP0HTAÇ710 DE PEÏÏIO im^IIAEHSE - HETlCADOS ETERNOS

Serrado Lai f

íinado { Compensado Ario ' m3

índice 3 índice 3 f m •P Indice

I9V7 10 5.'770 100 9 m 0 29.769 100 5 0

I9V8 159.2V7 150 • • e 6.866 23,0

I9V9 126.8V0 119 -s r'O 35o 100 •12.319.

I95O 98.670 93 502 IVO 5.155 . 17,3

19 51 127.19? 120 I.V91 Vl6 3.773 \ 12,6

1952. • V2.512 VO 238 66 ' 2V8 • 0,8

1953 70 .'633 . ¿ó 573 160 , 3 6 . 0,1

195V 7V.928 70 1. 9rl V30 V65 h 5

1955 121.OOV l lV •I.53I V27 1.030 , 3>k

1956. 75. V28 71 V82. 13h 585 : 1,9

1957 I99.V23 138 378 105 ; I.V08 :: V,7

1953 178.879 169 161 ' W 1.269 V 0

1959 161.130 152 60 1 6 i 1.779 ; 5? 9

I960 221.152 209 69 19 2.5V9 3,5

196I 252.520 238 : 895 250 .' 1.600 5} 3

1962 I7V.203 16V 150 939 L 0,3

1963 I«« - • 770 0,2

196V 2V6A51 233 110 30 no*. Oü'r ! 0,2

• ; » ! • ' r"- Desconhecido,

M M Nenhuma quantidade.

FOríTE; Anuario Brasileiro de Economia Flor estai. ;

Page 106: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

100

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Page 107: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n2 22 101

EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE MADEIRAS DE LEI - MERCADO 5 KXTEEH0.8

M3

ti) I .

Anos I.

Imbuia 1

Ipê Cedro >

Outras Madeiras Total

19^7. 686 V77 5.553 V56 7.I72

19VÖ 5.619 933 8.153 596 15.351

19V9 5.732 553 9.I7V 38V 16.3^3

1950 5.193 25V 8.529 2.059 16.035

1951 7.277 Voó 26 A57 2.089 36.229

1952 2.713 151 11.005 1.215 15.OoV

1953 2.062 - 3.1i-35 V61 5.958

19 2.173 52 Ib.&A 2.293 19.367

1955 V. 236 1.V09 13.071 1.373 20. iMf

1956 I.V35 253 5.558 2.I3V 9.380

1957 V.597 50V 20.301, 353 26.335

1953 2.900 2.075 12.076 1.035 13.036

1959 61V 3.910 6.97lr 2.OI3 13.511

I960 1.357 1.952 3.8V2 3-659 10.810

1961 1.115 1.687 5.887 3.131 11.870

1962 r IA8V 2.250 2.73^ 962 7.V36

1963 2.595 220 1.987 >57 5.259

196V 3.211 951 788' 953 5.908

FONTE: Anuario Brasileiro de Economia Florestal

Page 108: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n^ 23

ÍIJDICES DE EXPORTAÇÃO DA MADEIRA PARAN AI5ÍSB

MERCADOS EXTERNOS ~ a3

Ano

»

Pinho Madeiras de l e i

19V/ . 100 100

I9V8 122 21'+

I9V9 102 227

1950 76 : ' • 223

1951 505'

1952 31 .. • • •• • : 210

1953 52 33

195V 56 : 270

1955 91 280

1956 56 . • , : 130

1957 159 . : .. , . . 367 1958 IVO • 252

1959 128 . ; 188

I960 177 150

1961 189 " • 165

1962 133 103

1963 • 73

196V r 19V ; 82

FONTE: Anuario Brasileiro de Economia Florestal.

Page 109: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

•103

Cfl

öCI

«

Page 110: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Y ,13 - 0G I ESCAPO 3 EXTERNOS DO PINHO SERRADO PARANAI2TGB 10^

Apesar dos mercados externos da madeira paranaense terem

yIdo muito numerosos, foram poucos os que se destacaram como

os de maior importância. Através da ficha já descrita, podem

sor analisados tais mercados que, do ano de 19*+7 a 1961!-, f o -

rjan em número de M5.

A importância relat iva de alguns deles está evidenciada

nos dados que constam do Quadro n2 2h.

Observa-se, pelos dados do Quadro ns 2b, que os demais

mercados externos da madeira de pinho serrada paranaense, so-

mente aumentaram sua participação, de modo s igni f icat ivo,

quando o mercado argentino estava em retração, como se pode

r.otar nos anos de 1952 a 1956. 0 mercado principal,portanto,

sempre f o i o mercado argentino, para onde se dir ig iu a maior

parte do pinho exportado pelo Paraná.

3.3.1 - 0 MERCADO ARGICNTINO • - ,

A partir da Segunda Guei' ra Mundial, a Argentina passou a

ser o maior mercado de madeira de pinho paranaense.^ A perda

do mercado europeu representou, naquela conjuntura, pesadorea-

ves para os Estados brasileiros produtores de pinho que pas-

sarara a ter maior interesse no mercado platino, onde espera-

vam colocar os excedentes de sua produção.1•

Os grandes importadores argentinos, ao findar a década de

30, prevendo o conf l i to mundial, haviam adquirido estoque de

pinho dos países escandinavos e da América do Horte, baixando

'-•3 compras de pinho brasi leiro. A continuação da guerra, po~

recolocou o mercado argentino em condições de adquirir

r> pinho brasi leiro, pela impossibilidade.de manter intercíi:i-

Page 111: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

105

bio con as fontes produtoras de madeira da Europa.

As condições decorrentes da situação internacional, que

resultaram na paralização de indústrias e na conseqüente f a l -

ta de ferragens utilizadas nas construções de cimento armado,

provocaran a queda dos preços do pinho, cuja aplicação,no ra-

mo de construções, estagnou. 0 mercado argentino, refletindo

as condições do preço da madeira, não apresentava grande

atração para o exportador de pinho brasileiro.

As primeiras medidas de imposição de um preço mínimo do

'pinho serrado, pelos sindicatos de madeireiros do Brasil, és-,

tipulavam, naquela conjuntura, o preço de 2*4- dólares por mil ? p do produto FOB Brasil, bastante vantajoso em relação a s i -

tuação anterior. Essa resolução trouxe conseqüências diver-

sas, pois, visando defender o exportador brasi le iro de madei-

ra das flutuações de preço ocorridas no mercado exterior,qua-

ße sempre desvantajosas, gerou reação até certo ponto desas-

trosa.' A madeira apresentava dificuldade de colocação a pre-

ço compensador, e quando surgiu a oportunidade de conseguir

negócios na base estipulada pelo Instituto Hacionai: do Pinho,

vários-produtores passaram a forçar o mercado argentino a

aceitar um volume de importações de pinho superior as suas;

necessidades de consumo.

Alem dessa intensificação a r t i f i c i a l dos negócios de.pi-

nho com a Argentina, alguns exportadores brasileiros recorre-

ram ao expediente de enviar o pinho serrado para aquele mer-

cado, descontando no Banco do Brasil o valor correspondente

ao carregamento, apesar de nem sempre terem compradores para

a mercadoria. Esses lotes, quando em consignação, eram mui-

Page 112: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

. ' • :"V ' 106

tas vezes'abandonados, e as companhias de navegação, para se

ressarcirem do f re te , leiloavam-muitos'deles; Outros expor-

tadores de pinho enviavam carregamentos antecipadamente, com

quantidade e qualidade de pinho não correspondentes às condi-

ções pre-estabelecidas» '••<•-•

üm observador in loco dessa prática dos exportadores bra-

s i le iros, narrou detalhes da situação do.pinho na Argentina,

durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundiais

„'..ainda v i alguns lotes dessa natureza,cujos . documentos se achavam no Banco sem serem re-

tirados e uma companhia de vapores com madei-ras há 2 meses em alvarengas, porque o expor- ; tador brasi leiro não dava solução ao impasse, porque, certamente, não estava em condições de embolsar o banco da diferença que o impor-

; tador exigia pelo fato das madeiras terem.si-do embarcadas fora da época estipulada, e,

.. .. .. . também, por não ser o sortimento . adquirido pelo comprador.! :

Outro fator negativo para o desenvolvimento dos negocios

de pinho paranaense no mercado argentino,r, f o i a f a l ta de pa-

dronização da madeira exportada, especialmente no, . ixiício ; cia

década de VO. Essa deficiencia decorria ;da maquinaria deíi«-,'

ciente das serrarias locais, pois as existentes nessas :unida--

des indus tr ie is não peirni t i am dar, ao produto as condições exi-

gidas pelos mercados internacionais. As deficiências de:

transporte e armazenagem da madeira, no Paraná, tarabém ^con-

correram para a queda de qualidade da madeira exportada.

.. . . De qualquer maneira, a dinamização da economia da madei~

ra, no Paraná, na conjuntura do pos-guerra, esteve ligada

1-FERHiIiIPtA, Manoel Jacinto. Pela grandeza 'da madeira no. Brasil. Elo de Janeiro, Olimpia, 19^1, p.l;-2.;

Page 113: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

diretamente às necessidades de aquisição do produto pela Ar-

gentina, no que tange ao mercado exterior. 0 desenrolar da

Segunda Guerra Mundial afastou do mercado argentino os con-,

correntes europeus do pinho "brasileiro. A conjuntura pairai-.;

tiu entrosamentõ entre o mercado produtor e consumidor,, tendo

aumentado, no Paraná, o número de serrarias e fábricas de pi-

nho compensado, em função dessa exportação. A situação alte-

rou-se quando, decreto do Governo"Brasileiro, datado de 19^6, 2

proibiu a exportação da madeira. Apesar desta medida não

ter sido mantida por tempo superior a dois meses, serviu pa-

;ra mostrar ao governo argentino as desvantagens da vincula-...

ção de suas compras a um único mercado fornecedor, apesar de

nenhum outro oferecer as condições do mercado brasileiros

•:•:'•,• À essas condições favoráveis, evidenciadas pela,.. proximi-

dade dos dois países, implicando em fretes mais baratos e pe«*

I a qualidade do pinho brasi leiro, superior: ao chileno,' adi-

cionava-se a pol í t ica de preços, 'em que o; mercado argentino

'vhavia conseguido, quase sempre, condicionar1 os exportadores

brasileiros ao seu interesse. As tentativas de impor um pre-

ço mínimo compensador, fe i tas pelo Instituto'.'líacional do Pi-

nho, foram de curta duração, nessa conjuntura.

As exportações paranaenses de pinho serrado pára -'o.merca-

do'argentino, a, partir de 19 -7> constam do Quadro nQ -.2?

Pelos dados do Quadro n2 2?, nota-se l igeiro, decréscimo

2-SAITT08, Pedro Sales dos. O.S. problemas da exportação de pinho. . Anuario "Brasi3.,eiro de, Economia, r i o res tal . 8,1955$ 211 tv • " " "*

Page 114: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

- . . 10 8

no volume das exportações, em 19^9; a partir desse ano houve

alteração na modalidade das exportações de pinho para a Ar-

gentina.' A mudança de orientação nas compras de madeira, por

parte da Argentina, em 19^9> dif icultou a situação do expor-,

tador de madeira paranaense, que viu desaparecer de seu prin-

cipal mercado a concorrência para aquisição do produto. A

criação de um órgão monopolista, DEI IE (Direção Nacional de

Industrias do Estado), assinala a'entrada da economia argen-» tina na esfera d© dirigismo estatal.! Esse órgão, através de

uma empresa, a CIFEN M (Empresa Comercial, Imobiliária e Fi-

nanceira, Empresa Nacionalizada), estabeleceu monopólio de-

compras da madeira brasileira, no sentido.de defender a eco-

nomia argentina, . , . .

• •: A eliminação da concorrência no mercado argentino, , gerou

movimento entre os produtores brasileiros de madeira que ten-

taram obter, do Instituto Nacional do Pinho, apoio para solu-

cionar o problema. As tentativas inic ia is da autarquia bra-

s i l e i r a foram no sentido de conseguir acordo com o'DINIE afim

de assegurar certa'-tranqüilidade ao exportador brasileiro, no

referente às quantidades e preços da madeira que seria adqui-

.rida pela Argentina.

0 reflçxo desse monopólio na aquisição da- madeira. f o i

imediato sobre o preço do produto paranaense enviado para o

mercado argentino. 0 preço do pinho serrado que era, em mé-

dia, de CR$ 78^,00 por m3, era 19^9, passou a CB§ 681,00, em

195P? só regressando a seu nível mais alto em 1953*

0 primeiro entendimento, tentado no sentido de assegurar a continuidade do intercâmbio em bases'mais seguras para o

Page 115: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

exportador brasi le iro, deu-se era 1950,. entre o presidente. . da •3

DEEP (Divisão de Estudos de Economia Florestal)- ' e autorida-

des ! argentinas, em Buenos Aires, estabelecendo; entre outros

pontos? ". . . a liberação dos estoques negociados anterioraen-•

te por preço não compensador, cujas "declarações de vendas"

não tenham sido visadas pelo I n s t i t u t o . E s s a concessão dos

produtores brasi le iros seria compensada por uma compra cons-

tante, por parte da Argentina, de.20,000.000 de pés quadrados^

mensais de pinho serrado, a preços razoáveis para ambas as

partes. 'Com essa solução deveriam f i ca r tranquilos os expor-

tadores brasi leiros de madeira, que temiam uma diminvdção nos

negócios de pinho serrado.'. 0 entendimento, porém, não chegou

a ser concretizado, apesar dos exportadores haverem. tentado , - . • i'

atender às exigências do acordo, inclusive as que ; lhes ./. eram

desfavoráveis. Eni 1951? o DHJIE "suspendeu as compras e este

ano. abriu concorrência para comprar a '.mais ? baixo preço do que

aquele preço baixo"-% deixando ós produtores brasi le iros 21a

1 expectativa de um colapso nos negócios de pinho com a ^ : Argen-:.'

tina.] . . . 1 • /';..'•/:•.//•:.'/-' V:///,/7/'- v .'-/-

''•; 0 mercado interno brasi le iro, nessa conjuntura,apesar :de

estar' em. fase de expansão, não apresentava possibilidades de

substituir os mercados externos, pois5 alem de sua/'capacidade"

de absorção da madeira ser limitada em , relação, à -produção ?

ainda exist ia, como óbice, a qualidade da madeira ,consumida

3-Órgão subordinado ao instituto ITacional do Pinho, cujo presidente, na ocasião, era o Dr. Jesijs Goare« Pereira.'

- SANTOSJ Pedro Sales dos. 0 comércio de madeiras com a Argentina, /muári.o. Brasileiro de Economia Flore3tal. , 195 l í 70.

5-Ibid.' """" ' " . .

Page 116: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

110

no país ser diversa da exportada. 0 maior consumó brasileiro

de pinho serrado era dé madeira de I l ia qualidade, cuja pro-

dução, geralmente, não ultrapassava a 30^ por toro beneficia-

do.' Os restantes 70^, compreendendo madeira de 13 e Ilâ qua-

lidades, de preço mais elevado e preferidas pelos mercados

externos, eram adquiridas no mercado interno brasileiro em

quantidade menor que a do pinho de I l l â , agravando a situação

do produtor, cada vez que o mercado externo diminuía a aqui-

sição do produto.1

0 lançamento de pinho de ia e l ia qualidade, em maior

quantidade, no mercado interno, fazia com que essa madeira

fosse adquirida por menor preço e utilizada, sem nenhuma van-

tagem, para fins que não exigiam tais qualidades do produto.

Assim, o mercado interno brasileiro, de madeira de pinho, não

podia servir como compensação a retração do mercado externo,

na conjuntura assinalada.

A d i f í c i l situação da madeirá não afetou apenas os produ-

tores e exportadores, mas fez sentir seu reflexo sobre a ba-

lança comercial brasileira, onde a madeira representava im-

portante papel na pauta de exportação, sendo que "era 19^+8,foi

o nosso quarto produto de exportação, num total de 1.117.071

m , no valor de CH$ 976.693.037,00".6 Apesar do interesse

das autoridades brasileiras, empenhadas em chegar a um acordo

com os dirigentes argentinos da DIN IE - CIFEN ELI, o impasse

dos negócios do pinho só tiveram solução após 1955»

6-Ibid, p.ó9.i

Page 117: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Além do problema do monopólio de compras, estabelecido

pelo governo argentino, a situação da madeira brasileira, 110

mercado internacional, sofria sérias limitações, relacionadas

com a situação da moeda e com o comércio na base de compensa-

ção de produtos. Essas limitações chegaram, em 1951? a um

ponto cr í t ico , pois,

colocado o pinho brasi leiro em desvantajo-sas condições de preço junto aos seus habi-tuais compradores; quando da desvalorização da l ibra esterlina e das demais moedas que acompanharam essa determinação da po l í t ica economica da Grã-Bretanha, f o i o regime co- ' mercial de compensação que permitiu à nos- ' sa principal madeira continuar figurando nas nossas pautas de exportação. Suspenso, entretanto, o sistema de operações vincula-das, uma situação das mais graves surgiu para o nosso comércio. 7

A suspensão do sistema de exportações vinculadas à impor-

tação de determinados produtos, afastou da madeira seus mer-

cados mais promissores, especialmente o argentino, em 1951»

0 novo acordo sobre a exportação da madeira para esse merca-;

do, apesar da pressão exercida pelo Instituto Nacional do Pi-

nho sobre o Presidente do Banco do Brasil, o Ministro do Tra-

balho e outras autoridades brasileiras, não surtiu e fe i to

imediato. I

0 acordo com a Argentina, para a comercialização da ma-

deira,

ocorrido em 1955} reabriu o mercado para o produto

brasileiro. .Foram estabelecidas quotas de exportação, pelas

quais, cada firma argentina, através da DINIE-CIFEN ELT, man»

7-A CAMPANHA DO INSTITUTO NACIONAL DO PINHO EM FAVOR DO ÇOMÊRCIO DE EXPORTAÇÃO. Anuario _ Brasileiro de Economia Florestal, 5, 1952* 92.

Page 118: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

112

teria um volume de compras estável, em torno de um milhão de

pés quadrados, sem escolhas de Estados ou portos em que a ma-

deira fosse embarcada. Os embarques, porém, de maneira geral» • »> , ~ 8 deveriam ajustar-se as seguintes proporçoes:

Madeira proveniente da Costa Atlântica. . . . . . . . 75 %

Idem do Vale do Uruguai e Estrada de Ferro . . . . . 15 %

Idem da Fronteira (D.Cerqueira,Barracão,S.Antonio). . b %

Idem do Alto Paraná (Foz do Iguaçu, Xguas Acima). . . 6 %

Os pontos mais minuciosos do acordo referiam-se à est i -

pulação. dos sortimentos de madeira de pinho serrado, que se-

riam futuramente embarcados para a Argentina, fixando-se as

quantidades máximas permitidas de madeira de I l l â e 19 quali-

dades em cada embarque.

A fa l ta de padronização da madeira de pinho serrada bra-

s i le i ra e as diferenças na composição dos sortimentos de ca-

da embarque, determinaram uma das cláusulas do acordo, que

previa:

"0 Instituto Nacional do Pinho será o ' f i a -dor direto, ante a DINIE-CIFEN EN com rela- , ção às diferenças surgidas entre as merca- • dorias vendidas pelos exportadores brasi-leiros e verificadas era Buenos Aires, e os padrões de medidas de pinho serrado". 9

Após a assinatura desse ,acordo, houve normalização nos

negócios de madeira com o mercado argentino, corno ..pode ser

•visto nos dados do Quadro relativo à essa exportação, embora

em-1950 tenha ocorrido um decréscimo, após 1957, os negócios

8-0 ACORDO MADEIFEIRO COM A ARGENTINA. Anuario Brasilei-ro. de Economia Florestal, 8, 1955; 300.

9-Ibid, p. 30~3.'

Page 119: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

113 de madeira com a Argentina atingem níveis superiores aos al-cançados até então.

8.3.2 - 0 MERCADO ETGLSS

A Inglaterra f o i , na década de 30, ura amplo mercado para

a madeira brasileira, tendo, porém, com a ocorrência da Se-

gunda Guerra Mundial, decrescido de importância. K medida em

que a situação econômica do pós-guerra permitia, o mercado

inglês retomou lugar de destaque nos negócios de madeira

brasileira, especialmente do pinho paranaense.

As quantidades de pinho serrado que a Inglaterra adquiriu

do Paraná, na conjuntura do pós-guerra, estiveram condiciona-

das a vários fatores. Observando-se os dados referentes a

esse comércio, no Quadro nû 26, podem ser notadas as princi-

pais flutuações ocorridas.

Pelos dados do Quadro referido pode ser veri f icado o de-

créscimo de volume da madáira de pinhoí serrado ; paranaense,

adquirido pelo mercado inglês, em 1952. ¡No ano seguinte, po-

rém, houve aumento na quantidade do produto negociado com a

Inglaterra. Essa quantidade manteve-se em certo nível , só

caindo novamente em 1958.

A preferência pelo pinho paranaense, no mercado inglês,

esteve condicionada ao seu preço, mais acessível que outros

similares como, por exemplo, o pinho escandinavo. De acordo

com o relatório de um observador dos negócios da madeira, em

Londres,

0 pinho do Paraná^ segundo a opinião . dos comerciantes britânicos, é3 em muitas ma-neiras, in fer ior às madeiras similares,pro-

Page 120: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

l l V cedentes de outros mercados, não podendo, por exemplo, ser util izada para qualquer trabalho exposto ao tempo e revelando por outro lado, a tendência de empeñar e rachar mais facilmente do que a maioria das outras madeiras brandas. Somente quando os preços se revelam realmente^inferiores às cotaçoes do pinho da Escandinávia e da Colômbia Bri-tânica I que essas dificuldades técnicas são suficientemente contrabalançadas e,nes-sas condições, a util ização do pinho do Pa-raná toma-se recomendável. 10

Dentro destas limitações, o mercado . inglês absorveria

quantidades regulares de pinho, dependendo das condições de

preço. Outros problemas também deviam ser levados em consi-

deração, porém em menor escala. Tais problemas se referiam

à qualidade do produto, sortimento dos lotes de madeira, e

transporte.

Para o fornecimento do pinho, para os mercados estrangei-

ros em geral, em condições uniformes de qualidade, faltavam

ao produtor paranaense instalações adequadas para secagem do

produto, além de armazenamento em local coberto. Os compra--

dores ingleses mostravam-se descontentes, pois " . . . ; qualquer

reclamação sobre a qualidade e estado da madeira, a '/.resposta

dada pelos exportadores é que, geralmente, a mercadoria dei-

xou as serrarias em boas condições e f o i inspecionada ¡ pelo

Instituto do Pinho". Os problemas decorriam porque, " . . . em

muitos casos a mercadoria fora deixada exposta no cais sem'

ser coberta, durante 3 ou ^ meses e não fora inspecionada de 11 novo antes de ser carregada."

10-A MADEIRA BRASILEIRA NO MERCADO BRITANICO EM 1953.Anua-rio 'Bragileirp. de. Economia Florestal, 6, 1953: 220.

11-SAI;íl^S,'Pedro^Sale3 "dos. As "madeiras do Brasil e o mer-cado eurooeu. Anuario . Brasileiro de Economi a Flo, res t ai « ,7 ? 195^: 1V8;

Page 121: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

115 O problema das bitolas de madeira, que devi ara compor os

lotes de pinho serrado enviados ao mercado inglês, dependia,

para sua solução, de um' planejamento da produção para atender

essa finalidade.' A fa l ta de previsão das quantidades que se-

riam enviadas, anualmente, a esse mercado, e a fa l ta de apa-

relhamento das serrarias para a variedade de bitolas exigida,

dif icultava a seleção dos lotes destinados à Inglaterra*

Quanto ao transporte marítimo, os maiores óbices estavam

nos atrasos verif icados nos embarques de madeira, não podendo

o importador contar com os lotes dentro de prazo certo. Os

portos paranaenses^ dê onde o produto era exportado, não per-

mitiam que navios de grande calado atracassem para carregar.

Grande parte da madeira embarcada nesses portos,destinada aos

mercados europeus, era transportada em navios brasileiros,

pois o exportador recebia o bônus de % que lhes dá o • 1 2 ' uso de navios brasileiros...1.' Os lotes carregados eram,

muitas vezes, parcelados em quantidades menores, che g ando ao-

mercado de destino com fretes diferentes, acarretando aumen-

tos imprevistos no custo da madeira. Reclamavam os.; importa-

dores ingleses das condições em que a madeira era . embarcada

(FOB), pleiteando que a diferença de fretes ficasse vinculada

ao exportador; para o importador a condição CIF traria maior

estabilidade nos preços do produto, Não houve, porém,altera-

ção nessa cláusula da exportação do pinho paranaense.

Os preços da madeira, enviada para omercado inglês, so-

freram varias alterações na conjuntura estudada.' Comparando»

12-Ibid, p. l^fó«:

Page 122: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

116 se esses pregos, com os da madeira enriada para o mercado ar-

gentino e com o preço médio da madeira exportada pelo Paraná,

podem ser notadas suas flutuações.

Os dados'do Quadro nû 27» evidenciam que os preços médios

da madeira exportada para o mercado inglês, até 195^» eram

de maneira geral, mais baixos que os referentes ao mercado

argentino. A partir desta data, porém, os preços de pinho

serrado enviado para a x\rgentina são mais baixos, em parte

devido à cláusula que constava do acordo Bra.sil-Argentina, so-

bre a comercialização da madeira, assinado em 1955}pelo qual

esse mercado platino passava a ser considerado como "nação

mais favorecida" nos negócios de madeira com o Brasil e, em

virtude das bitolas especiais exigidas jielo mercado inglês,

que encareciam o produto.

A alta de preços f o i s igni f icat iva até o f ina l da década

de 50, em parte pelo movimento ascendente dos preços da ma-r

deira no mercado internacional e,' por outro lado, devido aos

'altos índices de inflação ocorridos nò Brasil, 'especialmente

nos primeiros anos da década de 60, quando "a taxa . in f lac io-

naria, em ascensão permanente, havia chegado em 1963 a 83,2^

. . . no primeiro trimestre de: 196^, a taxa inflacionaria, pro-

jetada para o ano, teria alcançado lM+ o. ' •

8.3.3 - OUTROS HINCADOS '

Apesar de numerosos, poucos desses mercados foram cons-

13-SILVA,Victor_da & BUESCU, ilircea. 10 anos, de renovação economic a. Rio de Janeiro, Apec, 197*+. p. 12.

Page 123: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

117 tantes na aquisição do pinho serrado paranaense. Dentre esses

mercados, os mais importantes constam do Quadro nQ. 28.

Através desses dados, observa-se que os mercados que

constam do Quadro referido, eram compradores ocasionais do

pinho paranaense, com exceção da Alemanha que, reentrando no

comércio internacional, passou.a adquirir quantidades regula-

res do produto. 0 Uruguai, igualmente, manteve certa cons-

tância nas quantidades de pinho que importou do Paraná.

A Austrália que, nos anos de 19*+o e 19!Í-9J importou quan-

tidades elevadas de pinho paranaense, f o i ura dos~ mercados

ocasionais, já referidos. Os Estados Unidos, produtores de

madeira., adquiriam o produto brasi leiro, por certo quando o

preço era tão compensador que justi f icava a compra, ou atra-

vés de operações vinculadas.

0 mercado alemão; contudo, era. o mais exigente no que se

refere à qualidade da madeira adquirida no Paraná. Apesar das

reclamações de outros mercados europeus quanto aos problemas

apresentados pelo pinho paranaense, como tábuas carunchadas,

ou com manchas azuis, havia uma certa tolerância. Os lotes

de madeira, enviados ao mercado alemão, eram objeto de cons-

tantes reclamações, queixando-se Kos exportadores brasileiros

de que as exigências dos importadores alemães são superiores

às do Instituto Nacional do Pinho paro fornecer atestado de lU qualidade."

Outra reclamação constante, f e i ta tanto pelos importado-

li|--SAlí:rOS, Ibid. p. 16Ö.

Page 124: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

IIB

res alemães, como por quase todos os compradores europeus,re-

feria-se ãs condições de pagamento estabelecidas para os ne-

gócios de madeira brasileira. Enquanto outros exportadores

de madeira trabalhavam com a abertura de crédito de 80 a 90%

sobre o valor do produto, dèixando o restante para ser pago

quando a mercadoria fosse recebida e conferida, o Brasil fa-

zia a exigencia de crédito sobre 100$ do valor da madeira.;

Como eram constantes as reclamações sobre o sortimento.e qua-

lidade dos lotes de madeira exportados pelo Brasil, os merca-

dos europeus, especialmente o alemão, pretendiam que a foraa

de pagamento fosse alterada. Mas a pol í t ica adotada em rela-

ção a esses negócios, por parte do Instituto Nacional do Pi-

nho e do Banco do Brasil, não permitiu a alteração preten-

dida, pelos, comprador es, nem a concessão de descontos para

pagamentos antecipados.

Page 125: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro nQ 2h 119

MERCADOS EXTERNOS DE PINHO SERRADO PARANAENSE

PORCENTAGEM REITERENTE A QUANTIDADES: M3

Ano Argentina Inglaterra Outros Mercados

19^7 83» 53 % 9,1 7,37 fa

19^8 80,66 % lf,16 % , 15,18 %

19^9 83, -8 % 2,06 % lk,k6 %

1950 ^9,01 % 31,59 % 19,V) %

1951 ^3,96 % 11,99 % Mf,o5

1952 . 56,70 % 9,52 $ 33,78 %

1953 23,06 % 30,^0 % 195V ' 5V 'V % 19,98 % 25,58 %

1955 68,37 % 16,07 % 15,56 %

1956 . 58,01 % 18,53 g 2 3 , ^ %

.1957 77,05 % ' 16,11 ^ í • ' : • .

; 6,8í+

1958 86,68 % 81 % 8,51 g

1959 7l+,llr % . 16,20 %

I960 83,23 % 6,62 £ 10,15 $

1961 87,29 % 6,06 £ 6,65 >

1962 78,22 % \

12,27 % : 9,51 £

1963. ,1 . • ' 1

1961+ : 81,69 % ; 9,87 £ 8,y+

FONTE: Anuario Brasi leiro de Economia Florestal. :

Page 126: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

12

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Page 127: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro nn 25 121

EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE PINHO SERRADO - MERCADO ARGIÎHTINQ

Ano

— —

3 1 . . .

Valor FOB (mil cruzeiros)

I9V7 88.3^6 .77,909

19^3 12oob60 '9W95V

19^9 IO5. 89^ V 83.OV7

1950 ^ r )32.9^5

1951 55.917 • 37.V69

1952 2U-.102 . 18.16U-

1953 32.875 . 25.802

1 9 ^ U0.798 • . y y . kl. 38b

1955 82.733 111.325

1956 ^3.761 : . 95.913

1957 153.66V , ' ; 339.116

I953 155.062 ; • 1 ; V : ^ /' y V16.9V7

1959 II9.I+66 1+96.031

I960 • I8V.080 I .377.707

1961 • . 220 A23 1 . 9 8 1 . 1 2 1

1962 136.265 1.836.873

1963

I96U- 201.3I+5 V 9.290.^1-5

FONTE: Ajrmário Brasileiro de Economia Florestal..

Page 128: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro n^ 26 122.

EXPORTAÇÃO PAPJ •KAM3E DE PEÍHO 3ERR/Q0 - MERCADO XIÍGLEO

Ano m3 Valor FOB (mil cruzeiros)

19 9.632 8.650

19^3 6.632 5.1+16

19^9 2.622 2/OI5

1950 31.173 I7.V72

1951 15.261 — 10.33*+

1952 V.0V8 3.019

1953 16.293 16.738

195V IV.97V I3.V22

1955 I9.W8 35.^96

19 13.933 33.825

1957 32.II+6 83.268

1958 3.613 26.003

1959 26.117 li 1-9.92h

I960 I V 653 V, . 133.23V 1961 15.325 207.762

1962 21.1391 399.368

1963

196*1- 2V. 332 1.205.32V

F0I1TE: Anuario Brasileiro de Economia Florestal.

Page 129: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

GRAFICO .. ¡Exportação P a r a d z , P¡rho Serrado para oS Principais ÍVWcàcios udejrnos

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Page 130: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro nü 2 7

PREÇO MÉDIO DA MADEIRA JDE ra;niO_^EKRADO M ^ X W M i ^ J M i M ^

ENGE,;

Ano CRV1113

Argentina

CR$/n3

Inglaterra

Cr$/ra3 Todos os mercados

19^7 881 898 900

19V3 739 816 768

19V9 73V 768 793

1950 ' 631 560 712

1951 670 6 77 7 1 1

1952 753 7V5 76O

1953 78V 1.030 9V3

195V . 1 .01V 896 I.OO7

1955 1 .3V5 1 .825 1 . W 5

1956 2 . 1 9 1 2.V19 . 2.286

1957 2.202 ; 2.7V5 2.306

1953 2.683 • 34017 l 2.70V

1959 V.-152 5.7V0 -i ; V. V86

i960 . 7.V3V 9.'092 7.692

1961 8.987 13.557 9.533

1962 I3.V80 18.669 IV.V08

1963

196V V 6 . I V I

_

V9.536 V7.366

FOHTEs Anuario Brasileiro de Economia Florestal/

Page 131: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro nS 28 . 1¿5

EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE PINHO' SERRADO - m3

Ano • Australia Al em anli a Estados Unidos

1 .União Siil Africana Uruguai.

I9V7 M „ IV 35V

I9V8 ; V 11.-197 ~ ; 1.6VV 9.V0V 61

19^9 10.507 - 1.062 ; / V.878 : • 26

I95O 5.3^3 8.220 2.688 755

I95I : 26.029 975 19.699 ; 3.2.83!. ; : 28o

I952 I.313 98V 3.086, . 1.000 ; 3.513

1953 8.053 2.006 23V 2.601 ; 1.515

195V 3-1^7 l.:33lt- V. :6ll 1.156 : 2.982

1955 r 2.V99 2.V11 : 35V 2.320 5.30V

1956 . 2.615 2.312 51V 976 6.828

1957 995 v. 70V 2.222 , , 6V2 .!: ;!!. 696;

1958 ;.. ; 30V . I.6V9. »

556 ; 1.96V

1959 : ,2 57 3«9Vl 132' 1.207 í • 2.690

I960 7.VV0 5.278 ; ' 387' I . I 9 V ::?. 2.026 1961 5 7.V90 . 1 .V19 800 ' 1.3O0

1962 ; 256 V.V8V 9.735 : • • : 173 -V 2.6V8

1963 i • : i .... ¡'

196V m IO.I63 2.278 , ' 7V0 ; 1.651

: ' FONTE: JSnuário Brasi leiro de: Economia Florestal.]

Page 132: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

9.0 - 0 ESGOTAMENTO DAG PESEKVAS FLORESTAIS PAR/NAENSES 12ä

Segundo estudos realizados por Maack, da área tota l do » • 2

Estado do Paraná, 176.737 I- -i foram originariamente cober-

tos de matas. Essa área f l o res ta l estava dividida entre:

2 ' 100A57 km de "mata de l e i " , i s t o é, matas pluviais sub-

tropicais e tropicais, riças em peroba, cane-la , pau marfim, cedro e várias outras madei-ras de valor;

2 76.200 lan de "mata de pinho", predominantemente com

araucária, ao lado das quais existem também ".imbuia e algumas outras madeiras. 176.737 km2

A exploração destas matas-, com finalidade de - aproveita-

mento da madeira, ou a sua devastação para permitir o avanço

da lavoura " f o i muito intensa durante o século XX." Calcula-' 2 * se que, até 1963J 87.990 loa tenham sido destruídos, sendo

que apenas nas décadas de 1931 a 1950- houvessem desaparecido , 2 2 M-9.I9O Ion das matas paranaenses.

Apesar de toda legislação que os diversos Governos para-

naenses ' tentaram estabelecer, visando a preservação das matas

1 do Estado, desde I90V, o esgotamento f l o res ta l f o i crescente,

principalmente após 1935* quando a madeira começou a part ic i -

par, com maior intensidade, das exportações brasi le iras. A

abertura do mercado europeu, para o pinho brasi le iro, concor-

reu, juntamente com a expansão dos mercados platinos, para a

maior devastação das regiões centro-sul e oeste do Paraná,on-

de eram encontradas grandes concentrações da araucária angus-

t í f o l i a .

1-Citado por HUF. CK, Kurt. As_ f lorestas da América do Sul. São Paulo, Ed. Poli g 0110, 1972. -p. 237."

2-Ibid.

Page 133: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

127

•De maneira geral, essa devastação dos pinheirais f o i co-

mum nos três Estados meridionais,, sendo

lamentável que as destruioces tenham ocor-rido em espaço de tempo tao curto, e que os estados sulinos praticamente não mais 'te-nham reservas de matas suficientes para or-ganizar. um serviço de refiorestomento. Pe-l o contrário, em certas épocas forran r e t i -radas das reservas do Governo, sendo lança-das no mercado a preços muito baixos, para contrabalançar dificuldades financeiras do próprio Governo. 3

Além da madeira de pinho, que f o i extraída das matas pa-

ranaenses em quantidades que, por vezes ultrapassaram as

possibilidades de comercialização e transporte_do produto,

multas essências foram abatidas até sua quase extinção, na

medida em que os mercados exigiam. De I 9 V 7 a 196V, muitas

dessas essências, compuseram a exportação paranaense de ma-

deiras de l e i , em quantidades decrescentes, como se observa

pelos Quadros'nö 29 , 30, 3 I , e 32 .

A fa l t a de aplicação da legis lação paranaense e bras i l e i -

Í ra, 11a extração da madeira, pode ser, em parte, avaliada pe-

las condições habituais em que se realizavam as compras de

pinheiros para abate, no in ter ior paranaense.

3-Ibid.

Page 134: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

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Page 135: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

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Page 136: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

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Page 138: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

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1961 51 5.829.436 177 1.179.61;.9 - - - - - - 20 150.1.:-30

1962 18 3.473.930 6 227.51+0 - .- - - - - 96 1.070.492

1963 11j- 1.009.350 132 '"' 91'-' /' ') r::' ..:.. li. t..\,)/ - - - - - - 24- 1-('1 0 C,"" i-ü_ou1° ,

1961i- 2Lj- 3 .. 1;'05.391 1õ 30'441.145 - - - - - - 19 o ')1.-, ~ 000 ;;.'-l....J.

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'V"\ ",'. ' .. BvHTL: iillU(;T~O Br2.sileiro de :Ccononia J?1orestal~

Page 140: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Quadro ri2 32

. EXPOKÏAÇTÎO PARAI í/ljji'l JjJ JE 1-1/ .DEXTlAo D, ; Lia

Ano . Peroba Tii iibauva Dormentes Madei 0 não especificadas

m3 Cri; r.i3 CI"? i:l3 CrO ' í-O • "" Or:"; '-•

19 V7 3 1.020 - _ - V9.W5

19V8 16 • 8.605 7 3.'800 - 1 '.551

19V9 -1 1.76V - - 515 " } 1 n r.'

,195o - - - - 7VI 671.069, 1.000 ... 675.790

1951 55 ; V7.886 - - 80 V . 772v087

1952 - - - - - 1.029 I.092.V92

1953 - - - .. - ,V66 0,00 bix

195V 9 6.760 - - - • -1 QrTQ O ^ r 1 ^'iO W l'-ù'^.

1955 32 - - , O r-M/U ; ; -f* rjsJ-'-i-ol;

1956 o.e. ni") ^ r\ • xo. ¿yo - - - . 1 -^ r» r* ci . 'J \J 'J • V. 7I0. QoO

1957 • : . - - - - - 053 p if)"J •00,1

1958 - - - . ' - » . • :v-:;;9V;ï 1 ' —, O • J.. -2,00. 'JUïi

1959 100 3,3V. 000 - • " - ' 228 ^ Í1, 720,'866

.I960 2V6 1.913.Vo3 - - 1-310 9.272.750

1961 150 Í.191.538 - -.'..'•. 'tf- ' : 576:^ ^ r~} • ' /*v"V r* ; j « /uo.VJ.;;

1962 °5 "I.OVI.97O - ' . - . - -il .¡•i;56 . 1, UO . 'rOJ.

1963 12 : 278. V30 ' - - mf •••; ' ' ~

I96V .283 13.732.096 - • - ' ; : "2.606.217

! ; 1 . '1

K)!JÏE; Anuario Brasileiro de Economia Florestal. .

Page 141: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

Dentre as regiões paranaenses em que a extração da madei-

ra ainda peunite, pela quantidade de pinheiros existentes no

município, funcionamento regular de serrarias, foram escolhi-

das ïmbituva e Tibagi para uma análise das condições de com-

pra •e venda de.pinheiros. A razão uesta escolha prende-se ao

fato de ter esse tipo de transação sido constante, durante os

anos de 19*1-7 a 196*+, permitindo visual izar a evolução ocorri-

da nessa modalidade de negócios.

0 ponto de partida para compreender essas transações, es-

tá em que a terra raramente era pretendida pelo comprador. 0

objetivo do contrato era a aquisição de pinheiros e madeiras

de l e i , pois a terra não possuia valor para os madeireiros,

após haverem sido extraídas as madeiras.

A modalidade de pagamento desse tipo de operação era, in-

variavelmente, à v ista. 0 prazo do retirada das árvores, po-

rém, era variado, ocorrendo, em vendas menores, prazos mui-

to limitados, de até dois anos. Quando, a quantidade de árvo-

res adquiridas era grande., o prazo para sua retirada do ter-

reno tornava-se maior. Assim, encontram-se, em certos con-

tratos, variações de prazo, de 5 a 30 anos. 0 prazo mais co-

mum oscilava, porém, entre 10 a 20 anos.

0 contrato de compra e venda de pinheiros, não implicando

na transferência de escritura da terra, obrigava os comprado-

res a se precaverem contra eventuais vendas da propriedade.

Para isto , fazia.«, constar dos contratos, cláusulas em que

"o praso para extração do s pinheiros e cedros vendidos é de

vinte e cinco anos a contar da, dota da assinatura deste ins-

trumoiito, findo,. esto praso, o no caso de não havei' sido ex~

Page 142: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

traídos, os vendedores obrigam-se conceder praso mínimo e su-

f ic iente aos compradores para que os retiram. 11 Em alguns con-

tratos em que era prevista uma possível venda do terreno, an-

tes de completar o prazo para retirada da madeira, constava a

cláusula de que seria respeitada, na venda, a validade do

contrato referente à extração da madeira.

0 número de árvores vendidas; e que deviam ser extraídas

no prazo estipulado, constava de cada contrato. Geralmente,

essas arvores possuiam de "1? polegadas para cima", tanto no

referente aos pinheiros, como cedros e imbuias. ___ Encontram-

se, porém, contratos, dos quais consta a venda de árvores com

diâmetro menor que o estipulado por l e i polegadas). Uma

dessas vendas "consta de (58*+) quinhentos e oitenta e quatro

pinheiros de 12 polegadas para cima.

De modo geral, os contratos não estipulavam o preço por

árvore, mas pelo total de árvores. Os pinheiros de 12 pole-

gadas de diâmetro, não alcançavala preço superior a CK?> 50,00

(em média), na década de 50, enquanto que os de 18 :polegadas

custavara,, em média, CB$ 200,00. ;

'Alguns contratos incluiam, além de um determinado número

de pinheiros, cedros e imbuia, outras madeiras, para lenha.

Era raro, porém, o interesse por outras madeiras, não u t i l i -

zadas para fins industriais. Dos contratos analisados, em

número de 50, apenas um se refer ia a "todas as madeiras exis-

tentes, como sejam pinheiros, cedros, imbuias e mais madeiras

lf-Livro de "Registros Diversos, n^ li-, p A l . P.egistro Geral de Imóveis de Imbituva-Pr. •. 5-Ibid, pA2.i

Page 143: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

137 para lenha, enfim, tocio o pé de árvore, arbusto que nascido

for , dentro da'área de terras de trezentos e quinze (3-5) al-, £ queires de terra de faxinai e cultura.. ."

0 comprador de pinheiros, ou de madeiras de l e i , apesar-de

não adquirir a terra, ficava com certos direitos em relação a

ela. Esses direitos constavam das cláusulas contra.tuais e

assinalavam que o vendedor obrigava-se a ceder ao: comprador

" . . . o terreno onde se acham localizadas ditas madeiras para

que essas possam construir estradas, ou estaleiros, pon t i -7

lhoes, cârreadores para transporte...", sem que-fosse neces-

sário nenhum pagamento pelo uso da propriedade, " usando ain-

da de madeira que não for de l e i , tudo sem indenização". Po-

deriam, ainda, os compradores instalar e manter unidades in-

dustriais necessárias ao corte e beneficiamento dos pinhei-

ros, bem como transitar com veículos, motorizados ou não, du-

rante o prazo estabelecido para retirada da madeira; A lo-

calização de unidades produtoras poderia,. portanto,verif icar-

se em terras não pertencentes ao madeireiro, o qual,pelo pre-

ço pago pela madeira, tinha vantagens adicionais. .

As madeiras de que o comprador podia dispor para a cons-

trução de pontilhães, estaleiros e outras obras necessárias

para a extração e transporte de toros, era estipulada em ca-,

da contrato. Em alguns, proibia-se o uso de pinheiros pe-

quenos, em outros facultova-se apenas o uso de palmeiras para

6-Ibid,p.li-9. ilota-se, por esse contrato, que não havia;-nas vendas de pinheiros, nenhuma preocupação pela estipulação legal de polegadas portuguesas como o diâmetro mínimo para extraoao da madeira. " .

7-Ibid, pA5.

Page 144: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

138

as obras citadas. A maior parte dos contratos, porém, l i b e -

raya o uso de "madeiras brancas" ou "madeiras comuns", para

ta l f inalidade.

lios contratos realizados, até meados da década de 50,

era usual uma cláusula referente ao uso do pasto necessário

aos animais empregados na tração de toros. Devido à f a l ta

de veículos motorizados, grande parte do deslocamento. • de to-

ros era realizado por animais. Em alguns contratos, referen-

tes ao município de Tibagi, o comprador que ut i l i zasse parte

da propriedade, da qual seriam extraídos os pinheiros,' como

pasto de animais, obrigava-se a fechar essa área cop três

f i o s de arame.

Como a terra não interessava ao comprador, este apenas

construía o-mínimo de obras necessárias para a extração de

toros. ITão era prevista, - no contrato, a condição futura da

propriedade, no referente à preservação das matas. Jän um dos

contratos, apenas forain encontradas referências ao re f lores-

tarnento da área desmatada, devendo o mesmo ser efetuado pe-

los compradores.1 ;

As cláusulas que constam desses contratos, geralmente,

eram favoráveis ao comprador, com exceção das que estipulavam

a obrigação de ser obedecida a l e i do reflorestamento, ou do

cercamento de certas áreas do terreno. Quase sempre, nas

cláusulas contratuais, eram concedidas faci l idades aos com-

pradores, obrigando-se " . . . o s vendedores cavar terreno, onde

se acham situados os pinheiros, para os compradores poderem D

construir estradas para transporte de t o ros . . . " .

8-Ibid, p.if2

Page 145: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

. 139

Obsenra-se, portanto, através desses contratos,que o com-

prador procurava fazer constar do mesmo todas as vantagens,

que lhe garantissem maior lucro na extração da madeira; ambos,

compradores e vendedores preocupavam-se muito pouco com a l e -

gislação referente à exploração f l o r es ta l .

Page 146: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

11.0 - COIÍCLUGOES lho

O transporte ferrov iár io possibi l i tou até certo ponto o

aproveitamento das reservas f l o res ta i s paranaenses, f a c i l i -

tando seu escoamento para os portos marítimos e para o merca-

do paulista/ Ao mesmo tempo, porém, constituiu-se em pesado

óbice à essa atividade econômica, pois as condições da ferro-

v ia não acompanharam as necessidades crescentes de transporte

não apenas da produção da madeira, como, de modo geral,de to-

da a produção do Estado. A exigência dos estoques v i s í v e i s

de madeira nos pátios ferrov iár ios e ao longo das linhas,

aliada a demora em atender às requisições de vagões, ocasio-

nou a perda de grandes quantidades de madeira serrada, que

se tornaram inadequadas ao consumo. Os estoques v i s í v e i s , se

eran necessários à organização interna da ferrov ia , para ev i -

tar atrasos de embarque e . l imi tar as requisições de vagões,

deveriam, contudo, ter obedecido a um sistema racional de ar-

mazenamento, limitando-se às quantidades de madeira que real-

mente teriam condições de transporte, 'em per fe i to estado.,

A concorrência do transporte rodoviário, para o.',escoamen-

to da madeira, tão temido pela ferrov ia , na década de 30, sé

se concretizou quando da implantação das rodovias asfaltadas,

após i960, e os veículos de fabricação nacional modificaram a

estrutura do sistema.

0 acúmulo de madeira que, em certos anos, f icou empilhada

ao longo das linhas ferroviár ias aguardando transporte, não

pode, porém, ser considerado como responsabilidade exclusiva

da def ic iência da ferrov ia em atender às requisições de va-

gões. A f a l t a de previsão do madeireiro, ou a ausência de um

esclarecimento da situação e controle e f e t i vo da produção por

Page 147: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

1hl

org ao o f i c i a l , levaran a madeira produzida a uma desproporção

em relação às condições de transporte disponíveis.

0 porto de Paranaguá pode ser considerado, de 1901 a 1950,

o "porto da madeira", do Paraná. Ge bem que Antonina tenha

liderado a exportação do produto em alguns anos, não teve

condições de instalação e taxas alfandegárias que permitissem

disputar a primazia, com Paranaguá. Após 1950, a deslocação

da produção nadeireira paranaense, pelo esgotamento das ré-

servas de araucária .angustifólia situadas nas regiões centro

sul do Estado, para o sudoeste.- colocam Foz do Iguaçu na l i -

derança da exportação da madeira paranaense.

A exportação da madeira paranaense sofreu os reflexos das

crises econômicas mundiais, principalmente da depressão de

Í929, cujos efe i tos ainda se faziam sentir em 1933- As duas

Guerras Mundiais, porém, deram ensejo ao produto de aumentar

sua participação nos mercados externos, pela retração da

oferta do pinho europeu, maior concorrente da madeira para-

naense.

Dentre os mercados da madeira paranaense, o mais impor-

tante f o i o argentino. As crises de comercialização do pro-

duto, na década de 50, estiveram ligadas aos problemas inter-

nos da economia argentina.

A resistência dos mercados europeus em aceitar, em igual-

dade de condições, o pinho paranaense e o similar europeu,foi

motivada, em grande parte, pelos problemas de produção,trans-

porte e seleção do produto, que apresentaram, até I96V, de f i -

ciências básicas. A qualidade da madeira, por não receber

tratamento adequado, desde a extração até o embarque, somada

Page 148: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

1-1-2

aos altos custos de produção, foram barreiras à entrada do

produto em alguns mercados.

0 mercado argentino, principal escoadouro da madeira pa-

ranaense, recebeu tratamento privilegiado, por parte do ex-

portador. Os preços mínimos,que o Instituto Nacional do Pi-

nho, por vezes, conseguiu impor aos importadores platinos,vi-

goraram pouco tempo, prevalecendo quase sempre o preço est i -

pulado pelo mercado consumidor.

A expansão da exportação de madeira, após 1913jdeterminou

um aumento de participação do produto na economia paranaense.

Nos primeivos anos da década de 20, os altos níveis de expor-

tação atingidos pela madeira, concorrem para dinamizar o se-

tor de exportação do Paraná.. A importância relativa da ma-

deira, nessa conjuntura, re f lete-se igualmente sobre o setor

industrial do Estado, pois, das indústrias instaladas na oca-

sião, 78$ estão ligadas à esse produto. A comercialização da

madeira para os mercados externos, teve uma expansão no f i -

nal da década de 30, quando a madeira .passa a deter a situa-

ção de produto mais destacado na exportação paranaense. A

crescente produção cafeeira, porém, suplanta em importancia a

exportação da madeira, que por alguns anos havia liderado o

comércio exterior paranaense. Apesar de continuar como pro-

duto destacado da economia do Estado, a madeira não voltou a

l iderar a exportação paranaense.

0 rápido esgotamento das reservas f lorestais paranaenses

f o i motivado, em parte, pela fa l ta de execução rigorosa da

legislação existente, e também pela fa l ta de previdência do

próprio madeireiro, que trocou"uma exploração'f lorestal metó-

Page 149: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

dica, a longo prazo, por ira lucro momentâneo e nem sempre

compensador»!

Page 150: AIDA MANSAN LAVALLI E - UFPR

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14

M E X O 1

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EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE 000000 • «••••9«»« Ano « * « .

DESTINO . VOLUME m 3 m R Or? 1 PREÇO ( C r i /ra)

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ALEMANHA 1 ANTILHAS HOLANDESAS.... ARGENTINA... AUSTRÁLIA ÁUSTRIA... ¿ . . . . . . B É L G I C A . . : . . . . BOLIVIA. CANADÁ ¿ . . . . . . . . . . . . . . . . CUBA.¿ ¿ . O ©

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HOLANDA ILHAS' C A N Á R I A S . . . . . . . . . INGLATERRA.'. IRAN.. ; » I R A Q U E . . . . . . . . . . . . . . . . . IRLANDA L ISLÂNDIA i ISRAËL . . I TÁL IA . . ; • î 1 IUGOSLÁVIA. L Í B I A . . . .•. malta :

M A R R O C O S . . . . . . . . . . . . . . . N O R U E G A , . . . . . . . . . . . . . . . NOVA G U I N É . . . . . . . . . . . . . NOVA. Z E L Â N D I A . . . . . . . . . . PALESTINA. PARAGUAI... . . :

PERÚ.. . . '¿. i . . . . . . o . . . . . Í PORTO R I C O . . . . . . . . . . . . . SXJECX A #'•«•• e « o •• •» • • •• • 9 STTTOA i • ' ï • • 1 ï - - -

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EXPORTAÇÃO PARANAENSE DE Ano,

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A N E X O 2

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OFiCIAL DO «EGISTSO GESAL . OS IMÓVEIS. H.POTÊCAS, TÜU105 E DOCUMENTOS.

C O M A R C A de i M B i T U V A

E S T A D O 0 0 P A R A N Á

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ESTADO DO PARANÁ

COMARCA DE IMBITUVA

R E G I S T R O G E R A L DE I M Ó V E I S

2) i 6 ao Ls in a n n e / 9. y í l m e i c a

OFICIAL

C E R T I D Ã O

CERTIFICO, a pedido verbal de parte Interessada e para os fins devidos que, r e v e n d o n e s -

D l V E R S O S , n e l e à s f i s . 4 2 , c o n s t a o / t e O f i c i o o l i v r o 4 , d e R E G I S T R O s e g u i n t e : NÚNERO DE ORDEM: I 4 0 ; D A T A : I 9 d e d e c e m b r o d e I 9 4 7 ; C I R C U N S C R I Ç Ã O : / I m b i t u v a ; DENOM i N AÇÃO OU RUA E NÚMERO: R i b e i r a ; . C A R A C T E R Í S T I C O S E //; C O N F R O N T A Ç Õ E S : C o n s t a d e ( 5 8 4 ) q u i n h e n t o s e o i t e n t a e q u a t r o p i n h e i ~ r o s d e I 2 p o l e g a d a s p a r a c i m a . p o r t u g u e s a s , c u j o s p i n h e i r o s s e a c h a m l o c a l i z a d o s n o s t e r r e n o s d o s o u t o r g a n t e s v e n d e d o r e s , em " R I B E I R A " , / / / d e s t e m u n i c i p i o , numa a r e a d e I 2 a l q u e i r e s e 3 q u a r t a s , m a i s o u meno e q u e d i v i d e corn v i u v a A n t o n i e F r a n c i s c o L o p e s , s e u s h e r d e i r o s F r e d ¿ r i c o . N ò g u e i r a e o s M o l e t a s - " A v e n d a f e j - t a p o r J o s e L o p e s Ramos e d e 170 p i n h e i r o s ; d e A n t o n i o Pereira dos S a n t o s ; e s u a mu I h e r e d e 3 5 0 p i n h e i r o s ; d e J o a q u i m A m é r i c o e d e 64 p i n h e i n o s " - ; ( t o t a I : ; 5 B 4 , e n t r o s 3 . ) ; Ç R E D O R : J a c o b Na i v e r t h e F i l h o s , ( i n d u s t r i a i s c o n s e r r a r i a / n e s t e rnun i c i p i o A I t o d o M a t o B r a n c o ) ; D E V E D O R : J o s e L o p e s d e R a m o s , A n t o n i o P e r e i r a d o s S n a t o s e s u a s m u l h e r e s , e , J o a q u i m A m é r i c o , s o l -s t e i r o s , t o d o s r e s i d e n t e s e l a v r a d o r e s n e s t e m u n i c i p i o ; O N U S : C o m p r a e v e n d a d e p i n h e i r o s ; T I T U L O , D A T A E S E R V E N T U Á R I O : E s c r i t u r a p ú b I i c a l a v r a d a n a s n o t a s d o T a b e l i a o D i d e r o t P e d r o s o , d e s t a c i d a d e , n o d i a 5 d e d e z e m b r o d e 1 . 9 4 7 ; V A L O R DA C A U S A OU DA D I V I D A , P R A S O , J U R O S E P E N A S : Cr$ 2 6 . 6 7 2 , 5 0 ; C O N D I Ç Õ E S : D i n h e i r o a V i s t a , " I M P . V . e C o n s i g : G u i a e s p e c i a l : 1 - 3 9 5 o b r i g a m - s e o s v e n d e d o r e s c a v a r t e r r e n o , o n d e s e a c h a m s i t u a d o s o s p i n h e i r o s , p a r a o s c o m p r a d o r e s p o d e r e m c o n s t r u i r / e s t r a d a s p a r a t r a n s p o r t e s d e t o r a s , c o n s t r u i r e s t a l e i r o s , p o n t i l h o e s e t c . , u t i I i z a n d o - s e o s c o m p r a d o r e s d a s m a d e i r a s g r a t u i t a m e n t e , n e s e s s e r i a a t a l f i m , o b r i g a m - s e m a i s f a z e r e s t a v e n d a b o a e v a l i o s a p / / s e u s s u c e s s o r e s d i t o s » - A V E R B A Ç 0 E S : N a d a c o n s t a . -

E r a s o a e n t e o q u e s e c o n t i -~ r mm

d a q u a l e x t r a i a p r e s e n t e c e n t i d a o , q u e d o u

f é ,

n h a em d i t a t r a n s c r i c a o , V • A

d a t o e a s s i n o .

C u s t a s .

c 4 1 3 , 9 2 .

0 R E F E R I D O E V E R D A D E E DOU F E . I m b i t u v a , I I d e j a n § _ i d e 1974.

Xi R e g i s t r o .