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Agentes Químicos Débora Carneiro Leite Rose Maria de O. Mendes

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Agentes Químicos

Débora Carneiro LeiteRose Maria de O. Mendes

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Curva de acidentes:

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Produtos tóxicos :

Definição Geral :

São produtos que causam sérios problemas orgânicos, tanto por ingestão, inalação ou absorção pela pele, podendo tornar-se fatais em alguns casos.

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Risco Químico

Os riscos apresentados pelos produtos químicos dependem de sua reatividade. Não é possível estabelecer uma regra geral que garanta a segurança no manuseio de todas as substâncias químicas.

É necessária uma avaliação considerando não só as características físico-químicas, a reatividade e a toxicidade, como também as condições de manipulação, as possibilidades de exposição do trabalhador e as vias de penetração no organismo.

Além disso, deve-se considerar a disposição final do produto

químico, sob a forma de resíduo, e os impactos que pode causar no meio ambiente.

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Riscos de natureza físico-química Os produtos químicos podem reagir de forma violenta

com outra substância química, inclusive com o oxigênio do ar ou com a água, produzindo fenômenos físicos tais como calor, combustão ou explosão, ou então produzindo uma substância tóxica.

Na avaliação dos riscos devidos à natureza física, devemos considerar os parâmetros de difusão (pressão saturada de vapor e densidade de vapor) e os parâmetros de inflamabilidade (limites de explosividade, ponto de fulgor e ponto de auto-ignição).

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Riscos de natureza físico-química As reações químicas perigosas tanto podem ocorrer de

forma exotérmica quanto podem provocar a liberação de produtos perigosos, fenômenos que muitas vezes ocorrem simultaneamente.

Para prevenir os riscos devido à natureza química dos produtos, devemos conhecer a lista de substâncias químicas incompatíveis de uso a fim de observar cuidados na estocagem, manipulação e descarte.

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• Exemplos de substâncias químicas incompatíveis

SUBSTÂNCIA INCOMPATIBILIDADE REAÇÃO

Ácidos minerais

fortes

Bases fortes Cianetos

HipocloritoDe sódio

Neutralizaçãoexotérmica

Liberação degás cianídrico Liberação de

cloro

Àcidonítrico

Matériaorgânica

Oxidaçãoviolenta

Águaoxigenada

Matériaorgânica Metais

Oxidação Decomposição

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Riscos tóxicos

A toxicidade é a capacidade inerente de uma substância em produzir efeitos nocivos num organismo vivo ou ecossistema.

O risco tóxico é a probabilidade que o efeito nocivo, ou efeito tóxico, ocorra em função das condições de utilização da substância.

O risco tóxico associado a uma substância química depende de algumas variáveis: propriedades físico-químicas, vias de penetração no organismo, dose, alvos biológicos, capacidade metabólica de eliminação e efeitos sinergísticos com outros agressores de natureza diversa (física, química ou psíquica).

Não há uma classificação única dos riscos tóxicos que contemple e esgote todos produtos químicos.

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Riscos tóxicos

Podemos classificá-los, em função do alvo, como produtos de toxicidade específica ou não específica: relativa ao nível do alvo molecular (por exemplo, uma ligação reversível ou não com uma molécula de DNA) ou relativa à grande reatividade, deteriorando indistintamente as estruturas vivas com as quais entre em contato (por exemplo, os corrosivos).

Também podem ser classificados, em função do mecanismo de ação, como tóxicos diretos ou indiretos. No primeiro grupo estão aquelas substâncias que agem sobre os alvos biológicos sem ativação metabólica, como os corrosivos ou os agentes alquilantes.

No segundo grupo, os compostos que afetam as estruturas ou as funções celulares somente após a ativação metabólica pelos sistemas enzimático ou hospedeiro.

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Riscos tóxicos Algumas substâncias podem ser agrupadas pela sua natureza,

como os solventes orgânicos, que devido às suas características físico-químicas, facilidade de difusão, baixo ponto de fulgor, etc., são facilmente penetráveis no organismo pela via respiratória.

Ou então os metais, como o cromo hexavalente, comprovadamente cancerígeno, e o mercúrio, neurotóxico importante.

A classificação também pode ser feita pelo efeito nocivo que o produto acarreta no organismo: anestésico, irritante, asfixiante, mutagênico, teratogênico, etc.

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Sinalização de segurança

No Brasil, a simbologia de risco está normatizada pela ABNT, NBR 7.500, e é a mesma adotada pela ONU em convenção internacional da qual o país é signatário.

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Cuidados na utilização de produtos químicos

Ao se trabalhar pela primeira vez com uma substância, devemos nos familiarizar com as suas características através de leitura da literatura a respeito.

Para tanto, devemos exigir do fornecedor a ficha de segurança do produto contendo dados sobre:

identificação do produto e da empresa fornecedora ou fabricante; identificação de danos à saúde e ao ambiente; medidas de primeiros socorros; medidas de combate a incêndios; medidas a serem tomadas em caso de derramamento acidental ou vazamento; manuseio e armazenagem; propriedades físico-químicas; informações toxicológicas; informações ambientais; etc.

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Cuidados na utilização de produtos químicos

Esta exigência encontra respaldo legal no Código de Defesa do Consumidor, que assegura no seu artigo sexto os direitos básicos do consumidor, dentre eles a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos considerados perigosos ou nocivos, e a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos com especificação correta de quantidade, características, composição e qualidade, bem como sobre os riscos que apresentem.

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Cuidados na utilização de produtos químicos

Determina, no artigo oitavo, que os produtos colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar informações necessárias e adequadas a seu respeito, e o fabricante a prestar as informações que devam acompanhar o produto.

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Cuidados na utilização de produtos químicos

Os locais de armazenagem devem ser adequadamente ventilados.

Todas as substâncias devem ser rotuladas, inclusive os resíduos segregados para descarte apropriado.

As substâncias incompatíveis não devem ser armazenadas juntas.

Os produtos muito tóxicos devem ser guardados em armários fechados ou em locais que sejam de acesso restrito.

Para prevenir reações entre produtos químicos, devemos observar para que não ocorram misturas entre substâncias incompatíveis durante a segregação de resíduos para descarte.

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Produtos corrosivos:

Definição Geral :• São produtos que em contato direto causam destruição dos tecidos vivos e também outros materiais.• Reagem violentamente com produtos orgânicos, podendo causar incêndios.• Causam queimaduras de alto grau em contato com a pele.

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Produtos químicos especiais:

Definição Geral :São produtos que apresentam problemas de estabilidade e risco potencial de explosão.

Ex.: água oxigenada, peróxido de sódio…

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Produtos químicos especiais:

Cuidados especiais na manipulação :• De percloratos, cloratos e nitratos, devido à sua sensibilidade ao impacto, à luz e à centelha;

• Com compostos químicos que formam peróxidos. Ex.: ciclohexeno, éter etílico, eterdecalina, éter isopripílico, dioxano, tetrahidrofurano, …

• Não jogar peróxidos puros na pia, estes devem ser bem diluídos antes de descartá-los. Seguir instruções da ficha de segurança do produto .

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Produtos químicos especiais:

Cuidados especiais na manipulação:

• Não resfrie soluções com peróxidos abaixo da temperatura de congelamento dos mesmos.

• Não armazenar restos fora do período de validade.

• Na forma cristalina, eles são mais sensíveis ao choque.

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Produtos pirofosfóricos:

Definição geral:

• São produtos que em condições normais reagem vilentamente com o oxigênio do ar ou com a umidade existente, gerando calor, gases inflamáveis e fogo.

• Sua manipulação deve receber cuidados especiais de acordo com seu estado físico.

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Produtos pirofosfóricos :

Sólidos :Devem ser manipulados sob líquido inerte, geralmente querosene.Ex.: sódio, potássio, lítio…

Líquidos:Devem ser manipulados sob uma atmosfera inerte nitrogênio ou argônio secos. Estes produtos devem ser transferidos diretamente sob solvente que será utilizado durante as reações para sólidos, líquidos ou ambos.

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Produtos pirofosfóricos:

• No caso de incêndio , NUNCA utilizar água ou extintor de espuma mecânica, USAR somente extintores de pó químico seco ou areia.

• O descarte destes produtos(sólidos) deve ser feito aos poucos sob metanol, etanol ou propanol, secos.

• Seguir instruções da ficha de segurança do produto.

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Manipulação de líquidos inflamáveis:

• Não manipular líquidos inflamáveis com fontes de ignição nas proximidades.

• Utilizar capela para trabalhar com líquidos inflamáveis que envolvam aquecimento;

• Usar protetor facial e luvas de couro quando agitar frascos fechados contendo líquidos inflamáveis e ou voláteis;

• Não jogar na pia líquidos inflamáveis/volateis. • Guardar frascos contendo líquidos inflamáveis sob

refrigeração (geladeira).

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Manipulação de gelo seco e nitrogênio líquido:

• Usar luvas e óculos herméticos (os respingos provocam queimaduras em contato com a pele);

• Adicionar o gelo seco vagarosamente ao líquido refrigerante para evitar projeções;

• Não derramar nitrogênio líquido sobre mangueiras de borracha (ficam quebradiças e podem provocar acidentes).

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Manipulação de cilindros de gás comprimido:

• Não instalar cilindros de gás comprimido dentro do laboratório, sem autorização prévia da segurança;

• Manter os cilindros sempre presos por correntes e afastados do calor;

• Não instalar cilindros sem identificação;

• Ao movimentar cilindros de gás comprimido cheios ou vazios, deve-se utlizar carrinho apropriado e proteção na válvula (capacete);

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Manipulação de cilindros de gás comprimido:

• Não utilizar cilindro de gás que apresente vazamento;

• NUNCA usar óleo lubrificantes em válvulas redutoras dos cilindros de gás comprimido, pois há risco de incêndio e até explosão ;

• NÃO abrir a válvula principal sem antes se certificar de a válvula redutora está fechada;

• Abra aos poucos, e nunca totalmente, a válvula principal do cilindro.

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Utilização de equipamentos elétricos:

• Não instalar nem operar equipamentos elétricos sobre superfícies úmidas ;

• Não confiar completamente no controle automático de equipamentos elétricos – inspecione-os quando em operação;

• Remover frascos de inflamáveis do local onde irá usar equipamentos elétricos ou fonte de calor.

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REFERÊNCIASACGIH – AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS (EUA). Industrial Ventilation.22. ed. Cincinnati – Ohio, 1995. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (Brasil). Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ: NBR 14725. Rio de Janeiro: ABNT, 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (Brasil). Resíduos Sólidos - Classificação: NBR ISO 10004. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ATSDR – Agency for Toxic Substances & Disease Registry – Disponível em : http:// www.atsdr.cdc.gov/HS/HSEES/index.html Acesso em : 4 set 2011. BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 306: Regulamento Técnico para o Gerenciamento de Resíduos de saúde. Brasília, 2004. BRASIL. Manuais de Legislação Atlas (Ed.). Segurança e Medicina do Trabalho: Proteção contra incêndios. NR – 23, 60.Ed. São Paulo:Editora Atlas S.A.,2007.692p. BRASIL. Manuais de Legislação Atlas (Ed.). Segurança e Medicina do Trabalho:Caldeiras e vasos de pressão. NR – 13, 60.Ed. São Paulo:Editora Atlas S.A.,2007.692p. BRASIL.SMSST.Ministério do Trabalho. PORTARIA Nº 25, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1994: Anexo IV NR – 5 – Mapa de Risco. Brasília,1994. CBS – U.S. Chemical Safety Board – Disponível em : http://www.csb.gov/ Acesso em : 3 jun 2011. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA (Brasil). Ministério do Meio Ambiente. Resolução nº 357: Classificação dos Corpos de Água. Brasília, 2005.

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REFERÊNCIAS

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA (Brasil). Ministério do Meio Ambiente. Resolução nº 275: Resíduo e Tratamento de Resíduo. Brasília, 2001. Diretiva 92/58/CEE do Conselho, de 24 de junho de 1992. Sinalização de Segurança e/ou saúde no trabalho. Jornal Oficial nº245 de 26/08/1992. p.0023-0042. EPA – ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY – USA . Disponível em :http://www.epa.gov/lawsregs/ Acesso em : 3 jun 2011. LRQ – LABORATÓRIO DE RESÍDUOS QUÍMICOS (Brasil). USP – São Carlos. Rotulagem. São Carlos, 2007. Disponível em : http://www.sc.usp.br/resíduos/rotulagem/index.html. Acesso em : 10 ago.2011. NIOSH. NATIONAL INSTITUTE FOR OCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH. Disponível em :http://www.alexa.com/siteinfo/niosh.gov.eg Acesso em : 12 mai 2011. OSHA – OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH ADMINISTRATION – United States Department of Labor – USA – Regulation. Disponível em: http://www.osha.gov/pls/oshaweb/owasrch.search_form?p_doc_type=STANDARDS&p_toc_level=0&p_keyvalue= Acesso em 22 ago. 2011. PROFA. DRA. SANDRA MARA MARTINS FRANCHETTI (Brasil). Departamento de Bioquímica e Microbiologia – LTARQ-IB – Unesp Rio Claro. Manual de Segurança e Regras Básicas em Laboratório. Rio Claro, 2002. 25p. Disponível em : http://www.rc.unesp.br/ib/bioquimica/Manual.doc. Acesso em 22 ago. 2011. PROFIQUA. Boas Práticas para Laboratórios: manual de segurança. Campinas: Associação Brasileira de Profissionais da Qualidade de Alimentos;Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos,1995. WHO – World Health Organization – International Programme on Chemical Safety . Disponível em : http://www.who.int/ipcs/en/ Acesso em 4 set 2011.