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ANO 9 – Nº 2161 / 2086 – SÃO PAULO, 11 A 17 DE NOVEMBRO DE 2006 – R$ 2,00 AGENDA O ROTARACT LIBER- DADE promove primeiro na próxima terça-feira (14) en- contro de negócios em São Paulo. O evento, chamado de Network Night, tem como ob- jetivo proporcionar a efeti- vação de negócios no mundo empresarial e ainda arrecadar fundos para entidades assisten- ciais. O valor para participar do Encontro de Negócios é de R$ 300, que dá direito a dois convites para o jantar benefi- cente. Já para quem quer ir apenas ao jantar, deve pagar a quantia de R$ 70. Bebidas como saquê e cerveja serão servidas à vontade. Os convi- tes devem ser adquiridos an- tecipadamente com o vice-pre- sidente do Rotaract Liberda- de, Ricardo Shimabukuro, pelo e-mail [email protected] Mais informações pelo telefo- ne: 11/6693-3588. A PREFEITURA DE LINS, através de seu Departamento de Cultura, realizará Exposi- ção de Pintura com artistas nikkeis linenses. O evento faz parte das comemorações dos 90 anos da imigração japonesa em Lins. A vernissage será no dia 26, às 20h, no Teatro Paulo Magalhães, rua Regente Feijó, com apresentação de espetá- culos típicos japoneses, mostra de ikebana e coquetel. A expo- sição estará aberta ao público das 16 às 22 h, até o dia 30 de novembro. Para os interessa- dos, descendentes de japonês, em expor seus quadros, deve- rão entregar os trabalhos no Departamento de Cultura (tel.: 14/3522 3032), ao lado da Ca- tedral Santo Antônio, das 8 às18h, nos dias 23 e 24. O CIATE (Centro de Infor- mação e Apoio ao Trabalha- dor no Exterior) informa seus próximos cursos preparatórios para quem pretende trabalhar no Japão. No dia 14 (terça-fei- ra), o tema a ser abordado é “Usos e Costumes do Japão”. Os cursos e as palestras têm início sempre às 14h e são gra- tuitas. O Ciate fica na Rua São Joaquim, 381, 1º andar, sala 11. Informações pelo tel.: 11/3207- 9014. A ASSOCIAÇÃO NAGUI- SA DE CULTURA E BE- NEFICÊNCIA realiza hoje (11), a partir das 10h, em sua sede (Rua Nelson Fernandes, 378 - Cidade Vargas – metrô Jabaquara), o seu tradicional Bazar Beneficente. Haverá venda de produtos importados, roupas, calçados, eletrônicos, brinquedos, CDs, DVDs, cos- méticos, produtos para saúde, artesanatos, produtos alimen- tícios, bazar da pechincha e barraca do “Kibô-No-Iê”, além de barracas de alimenta- ção. Outra atração é a Festa do Chope e Cerveja. Informa- ções pelos telefones: 11/4396- 7431/5588-4871 (com Luzia Denda). O SEMINÁRIO “NOVA VISÃO PARA O EMPRE- ENDEDOR RURAL” acon- tece na sexta-feira (17), aberto para profissionais, estudantes e interessados na área rural. Com duração de três horas, o evento traz explicações sobre Desenvolvimento Produtivo, Logística e Tecnologia de Apoio. Aos interessados, o evento, que acontece em Mogi das Cruzes, tem inscrições li- mitadas. Mais informações pelo tel 11/4791-2022. Emilie Sugai estréia espetáculo em São Paulo Uma oportunidade para re- pensar o próprio cotidiano, numa época marcada pelo imediatismo e a superficiali- dade. Segundo a diretora e dançarina Emilie Sugai, essa é a definição do espetáculo de dança “Intimidade das imagens”, que estréia na pró- xima terça-feira (13), às 21 h, no Teatro Fábrica, em São Paulo. —————–—— | pág 7 Presidente do Metrô faz balanço da Linha 4 O presidente do Metrô de São Paulo, Luiz Carlos David, fez um balanço das obras da Li- nha 4-Amarela ao primeiro secretário da Embaixada do Japão, Ryo Inada, e para a as- sessora do Consulado Geral do Japão em São Paulo, Verônica Emiko Kitahara. A nova linha do Metrô paulistano conta com financiamentos do JBIC e do Banco Mundial. —————–—— | pág 10 Cerca de 30 mil pessoas são esperadas para a segunda edi- ção do Japan Experience, que acontece no próximo fim de semana (18 e 19). Assim como na primeira edição, realizada no ano passado, atrações culturais não faltarão ao público, desde as danças tradicionais até a onda dos mangás e animês. Além de mostrar aos não-descendentes parte das tradições japonesas, o evento serve para atrair cada vez mais jovens para o Centenário da Imigração, em 2008 Jovens fazem últimos preparativos para Japan Experience ————————––————————–—— | pág 4 MARCUS IIZUKA Ex-donos da Escola Base aguardam justiça Passados mais de 12 anos do linchamento moral da Escola Base, apenas um acordo foi acertado com as verdadeiras vítimas atacadas pela imprensa. Segundo o advogado Kalil Abdalla, que conversou com o Jornal Nikkei, seus clientes – o casal Shimada e outro ex-dono – ainda esperam na Justiça a indenização pelo caso que aconteceu em 1994, em São Paulo. Acusados de abuso em crianças, foram inocentados, mas até hoje passam por dificuldades financeiras. ————————————————–—————–————–——–— | pág 6 Hamatyo é nova opção de sushis em Pinheiros Numa casa pequena e inaugurada em agosto, o Hamatyo, em Pinheiros, é a nova aposta do sushiman Ryoichi Yoshida, issei radicado no Brasil há 35 anos. Após uma longa experiência, tendo sido sua última casa o Sekitei, que ficava no Shopping Eldorado, o chef criou um local para atendimento mais perso- nalizado e que tem como carros-chefe sushi e sashimi. Guilherme Oda e Carla Ziliotto faturam título Guilherme Oda e Carla Ziliotto ficaram com a taça de posse transitória doada pela Federação Paulista de Golfe aos campeões do 37º Cam- peonato Nikkey de Golfe do Brasil, competição realizada nos dias 4 e 5 de novembro, no Arujá Golf Clube. —————–—— | pág 13 ————————––————————–—— | pág 9 Santos, onde tudo começou, prepara projetos para o Centenário —––————————————————— | pág 3 Tudo começou em Santos. Em 1908, o Kasato Maru aportava no porto da cidade, trazendo os primeiros imigrantes japoneses, que tinham a intenção de acumular riqueza e retornar para o Japão. Hoje, a cidade conta com entidades nikkeis, monumentos em homenagem à imigra- ção e atividades relacionadas à cultura japone- sa, como o Radio Taissô realizado todas as ma- nhãs na praia do Boqueirão. —————–—— | pág 5 Ribeirão Pires realiza a 2ª edição do Haru Matsuri A cidade do ABC paulista realiza pelo segundo ano seu Haru Matsuri (Festa da Pri- mavera), na Associação Cul- tural Nipo-Brasileira. O even- to terá entre as atrações cul- turais shows musicais com duplas sertanejas e cantores nikkeis, além de danças com DIVULGAÇÃO

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A N O 9 – N º 2 1 61 / 2 0 8 6 – S Ã O PA U LO, 11 A 17 DE NOVEMBRO D E 2 0 0 6 – R $ 2 , 0 0

AGENDA

O ROTARACT LIBER-DADE promove primeiro napróxima terça-feira (14) en-contro de negócios em SãoPaulo. O evento, chamado deNetwork Night, tem como ob-jetivo proporcionar a efeti-vação de negócios no mundoempresarial e ainda arrecadarfundos para entidades assisten-ciais. O valor para participardo Encontro de Negócios é deR$ 300, que dá direito a doisconvites para o jantar benefi-cente. Já para quem quer irapenas ao jantar, deve pagar aquantia de R$ 70. Bebidascomo saquê e cerveja serãoservidas à vontade. Os convi-tes devem ser adquiridos an-tecipadamente com o vice-pre-sidente do Rotaract Liberda-de, Ricardo Shimabukuro, peloe-mail [email protected] informações pelo telefo-ne: 11/6693-3588.A PREFEITURA DE LINS,através de seu Departamentode Cultura, realizará Exposi-ção de Pintura com artistasnikkeis linenses. O evento fazparte das comemorações dos90 anos da imigração japonesaem Lins. A vernissage será nodia 26, às 20h, no Teatro PauloMagalhães, rua Regente Feijó,com apresentação de espetá-culos típicos japoneses, mostrade ikebana e coquetel. A expo-sição estará aberta ao públicodas 16 às 22 h, até o dia 30 denovembro. Para os interessa-dos, descendentes de japonês,em expor seus quadros, deve-rão entregar os trabalhos noDepartamento de Cultura (tel.:14/3522 3032), ao lado da Ca-tedral Santo Antônio, das 8às18h, nos dias 23 e 24.O CIATE (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior) informa seuspróximos cursos preparatóriospara quem pretende trabalharno Japão. No dia 14 (terça-fei-ra), o tema a ser abordado é“Usos e Costumes do Japão”.Os cursos e as palestras têminício sempre às 14h e são gra-tuitas. O Ciate fica na Rua SãoJoaquim, 381, 1º andar, sala 11.Informações pelo tel.: 11/3207-9014.A ASSOCIAÇÃO NAGUI-SA DE CULTURA E BE-NEFICÊNCIA realiza hoje(11), a partir das 10h, em suasede (Rua Nelson Fernandes,378 - Cidade Vargas – metrôJabaquara), o seu tradicionalBazar Beneficente. Haverávenda de produtos importados,roupas, calçados, eletrônicos,brinquedos, CDs, DVDs, cos-méticos, produtos para saúde,artesanatos, produtos alimen-tícios, bazar da pechincha ebarraca do “Kibô-No-Iê”,além de barracas de alimenta-ção. Outra atração é a Festado Chope e Cerveja. Informa-ções pelos telefones: 11/4396-7431/5588-4871 (com LuziaDenda).

O SEMINÁRIO “NOVAVISÃO PARA O EMPRE-ENDEDOR RURAL” acon-tece na sexta-feira (17), abertopara profissionais, estudantes einteressados na área rural.Com duração de três horas, oevento traz explicações sobreDesenvolvimento Produtivo,Logística e Tecnologia deApoio. Aos interessados, oevento, que acontece em Mogidas Cruzes, tem inscrições li-mitadas. Mais informações pelotel 11/4791-2022.

Emilie Sugai estréiaespetáculo em SãoPauloUma oportunidade para re-pensar o próprio cotidiano,numa época marcada peloimediatismo e a superficiali-dade. Segundo a diretora edançarina Emilie Sugai, essaé a definição do espetáculode dança “Intimidade dasimagens”, que estréia na pró-xima terça-feira (13), às 21h, no Teatro Fábrica, em SãoPaulo.

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Presidente do Metrôfaz balanço daLinha 4O presidente do Metrô de SãoPaulo, Luiz Carlos David, fezum balanço das obras da Li-nha 4-Amarela ao primeirosecretário da Embaixada doJapão, Ryo Inada, e para a as-sessora do Consulado Geral doJapão em São Paulo, VerônicaEmiko Kitahara. A nova linhado Metrô paulistano contacom financiamentos do JBICe do Banco Mundial.

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Cerca de 30 mil pessoas são esperadas para a segunda edi-ção do Japan Experience, que acontece no próximo fim desemana (18 e 19). Assim como na primeira edição, realizadano ano passado, atrações culturais não faltarão ao público,desde as danças tradicionais até a onda dos mangás e animês.Além de mostrar aos não-descendentes parte das tradiçõesjaponesas, o evento serve para atrair cada vez mais jovenspara o Centenário da Imigração, em 2008

Jovens fazem últimos preparativospara Japan Experience

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MARCUS IIZUKA

Ex-donos da Escola Base aguardam justiçaPassados mais de 12 anos do linchamento moral da Escola Base, apenas um acordo foiacertado com as verdadeiras vítimas atacadas pela imprensa. Segundo o advogado KalilAbdalla, que conversou com o Jornal Nikkei, seus clientes – o casal Shimada e outroex-dono – ainda esperam na Justiça a indenização pelo caso que aconteceu em 1994, emSão Paulo. Acusados de abuso em crianças, foram inocentados, mas até hoje passam pordificuldades financeiras.————————————————–—————–————–——–— | pág 6

Hamatyo é nova opção desushis em PinheirosNuma casa pequena e inaugurada em agosto, o Hamatyo, emPinheiros, é a nova aposta do sushiman Ryoichi Yoshida, isseiradicado no Brasil há 35 anos. Após uma longa experiência,tendo sido sua última casa o Sekitei, que ficava no ShoppingEldorado, o chef criou um local para atendimento mais perso-nalizado e que tem como carros-chefe sushi e sashimi.

Guilherme Oda eCarla Ziliottofaturam título

Guilherme Oda e CarlaZiliotto ficaram com a taça deposse transitória doada pelaFederação Paulista de Golfeaos campeões do 37º Cam-peonato Nikkey de Golfe doBrasil, competição realizadanos dias 4 e 5 de novembro,no Arujá Golf Clube.—————–—— | pág 13

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Santos, onde tudo começou, preparaprojetos para o Centenário

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Tudo começou em Santos. Em 1908, o Kasato

Maru aportava no porto da cidade, trazendo os

primeiros imigrantes japoneses, que tinham a

intenção de acumular riqueza e retornar para o

Japão. Hoje, a cidade conta com entidades

nikkeis, monumentos em homenagem à imigra-

ção e atividades relacionadas à cultura japone-

sa, como o Radio Taissô realizado todas as ma-

nhãs na praia do Boqueirão.

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Ribeirão Pires realiza a 2ª edição do Haru MatsuriA cidade do ABC paulistarealiza pelo segundo ano seuHaru Matsuri (Festa da Pri-mavera), na Associação Cul-tural Nipo-Brasileira. O even-to terá entre as atrações cul-turais shows musicais comduplas sertanejas e cantoresnikkeis, além de danças com

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2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 32085521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Cíntia Yamashiro,

Cibele Hasegawa, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanal

Assinatura semestral: R$ 60,00

E-mail: [email protected]

MARCUS IIZUKA

Ops!• Terminou no dia 5 o 37º Cam-peonato Nikkey de Golfe doBrasil, realizado no Aruja Gol-fe. Infelizmente ninguém con-seguiu fazer “hole-in-one”. Osprêmios eram duas televisões,doadas pela Panasonic. Semganhador, ambas foramsorteadas entre os participan-tes.

• A ABEUNI (Aliança Bene-ficente Universitária) realiza dodia 17 a 19 de novembro a 45ªMini-Caravana Científico-As-sistencial na cidade de VargemGrande Paulista, na Escola Jar-dim São Lucas. A Mini-Cara-vana é uma das atividades as-sistenciais para a população lo-cal com atendimento médico,odontológico, profilático, labo-ratorial, levantamentos de da-dos e distribuição de remédios.Mais informações no sitewww.abeuni.org.br.

• O livro Presença, de JuanEsteves – que fotografa há cer-ca de 20 anos –, traz os retra-tos de 138 artistas plásticos bra-sileiros, como a artista TomieOthake. Do dia 7 a 30/11, comexposição na Fundação Stickel.Site: (www.terceironome.com.br)

• Começa no dia 21 e vai até3/12, na Galeria Sérgio Caribé,na Vila Nova Conceição, aexposição “Mongólia: Arquite-tura da Alma”, com 26 aquare-las e 18 fotos de CláudiaProushan.

Dia 1 e 2 de novembro, às margens do Rio Ribei-

ra de Iguape, foi realizado o 52º Tooro Nagashi

de Registro, organizado pela Associação Nipo-

Brasileira de Registro em parceria com a Prefeitu-

ra e entidades nikkeis da região. Segundo os or-

ganizadores, o público estimado foi de 13 mil pes-

soas. Apesar da chuva, o evento contou com as

apresentações de wadaiko, sumô, bon odori e,

ao final, um show de hanabi (fogos de artifício).

Jean Hanaoka e Lais Tamada Jovens Voluntárias da ANB de Registro

Culto Religioso homenageando os antepassados com convidados. Escrevendo o nome das famílias para as lanternas

Turistas registram tudo o que tem no evento A abertura com o culto às vítimas de acidente na BR-116 teve também a cerimônia de “purificação do rio” ao som de tambores

Na outra margem do rio, voluntários acendem as lanternas... ...e depois, com uma corrente humana, leva-se até ao rio Ribeira... ....e segue em direção ao mar criando um belo cenário e de reflexão.

O grande público degustou a famosa comida japonesa.

Vice-Prefeita Inês Kawamoto e Arnaldo Madeira Mario Nagamine, Akio Ogawa, Toshiaki Yamamura, LinaShimizu, Kunihiko Takahashi, Hideo Shimizu

Walter Iihoshi e ClóvisVieira Mendes

Senhoras do Bon Odori

DANIEL FELIPE

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São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006 JORNAL NIKKEI 3

Gritos emocionados debanzai, um navio deseis mil toneladas com

a bandeira do Japão no mas-tro e japoneses vestidos à eu-ropéia. O porto de Santos, ros-tos ocidentais, rojões explodin-do e balões navegando o céu.Esses foram os cenários avis-tados por brasileiros e japone-ses na chegada do navioKasato Maru ao porto de San-tos, em 18 de junho de 1908.

Comovidos com as come-morações da festa de SãoJoão, os japoneses tiveram ailusão de que a população lo-cal estava dando as boas-vin-das a eles. Os brasileiros, porsua vez, ficaram surpresos coma limpeza e a elegância dosjaponeses: os homens de ter-no, gravata, chapéu – alguns,traziam no peito medalhas porato de heroísmo na guerra con-tra a Rússia (Nichiro Senso).As mulheres vestiam saia, ca-misa e cinto, além de calçaremluvas. Às crianças, eram des-tinadas vestimentas equivalen-tes às dos adultos.

Depois de percorrer 12.000milhas em 52 dias de viagemno Kasato Maru, as 781 pes-soas desembarcaram com aesperança de acumular rique-zas para retornar à terra natal,num país de língua, clima ecostumes diferentes. A maio-ria seguiu para as lavouras decafé no interior do estado deSão Paulo, com a obrigação decumprir um ano de contrato detrabalho. Muitos, porém, logodescobriram que só os patrõespodiam colher nas “árvores defrutos de ouro” (forma comoeram descritos, aos japoneses,os pés das plantas do Brasil) -as condições oferecidas eramdesvantajosas e, para agravara situação, a colheita do pri-meiro ano foi ruim: o trabalhode três imigrantes não alcan-çou a produção média de umtrabalhador. Assim, muitos en-frentaram dura caminhada devolta a Santos, talvez com a ilu-são de que seriam bem rece-bidos novamente, e que esta-riam mais perto do Japão.

Voltando à cidade, os japo-neses tiveram que enfrentarnovas dificuldades. Santoscontava com cerca de 60 milhabitantes no ano de 1908, evivia em função do Porto e docomércio. Um dos primeirosjaponeses a se fixar na cida-de, Bungoro Naka, trabalhou

nas docas, como motorista par-ticular e pescador. Em entre-vista para o Jornal Nikkei,Izaltina Ayako Uehara, uma desuas filhas, mostrou fotos econtou estórias sobre seu pai,que mesmo após se firmar comseu negócio próprio (barcopesqueiro), sofreu resistênciado governo e da população lo-cal (vide abaixo 2ª Guerra).

Os imigrantes também tra-balharam como operários,estivadores e agricultores. Es-tes últimos arrendaram terras,ergueram humildes barracoscom telhados de zinco e ven-ceram o brejo para iniciar ocultivo de hortas. Os homensplantavam e aravam, enquan-to as mulheres iam à cidadepara vender verduras.

Com uma produção bem-sucedida, os japoneses foramum dos principais responsáveispelo abastecimento de alimen-tos da cidade. Enquanto isso,os imigrantes vindos dos cen-tros urbanos se dedicavam àpesca, na região da Ponta daPraia e também em SãoVicente, onde já em 1911 sur-giu uma vila de pescadoresjaponeses.

2ª Guerra – O destino dosimigrantes parecia ser o deenfrentar desafios cada vez

COMUNIDADE

Berço da imigração, Santos se prepara para ascomemorações do Centenário da Imigração

maiores: devido à entrada doJapão na guerra, o governobrasileiro exigiu a retirada dosjaponeses radicados em San-tos para um local afastado de,pelo menos, 50 km do litoral,por medida de segurança. As-sim, estavam rompidas as re-lações diplomáticas com ospaíses do Eixo (Japão, Itália eAlemanha).

Após encontrarem a esta-bilidade no setor agrícola, co-mercial e industrial, enfrentan-do o duro período de adapta-ção, muitos tiveram que reco-meçar do zero em outro lugar,largando bens e vendendo por-cos, galinhas, carroças, muar,

entre outros pertences, a pre-ços irrisórios.

Outro exemplo de dificul-dades enfrentadas pelos japo-neses, foi a prisão de BungoroNaka por conta da compra decombustível no mercado clan-destino – “única forma demanter o barco pesqueiro fun-cionando devido ao boicote doscomerciantes”, segundoIzaltina.

Apesar do término da guer-ra, os japoneses enfrentaram,por muito tempo, um clima dedesconfiança. A colônia esta-va dividida entre os conforma-dos com a derrota (makegumi)e aqueles que acreditavam quese tratava de uma conspiraçãodos inimigos (kachigumi).

Com o passar do tempo, osfilhos dos imigrantes foram seadaptando ao País, o que re-forçou ainda mais a idéia defixar raízes definitivas no Bra-sil. Reflexo da mudança depostura dos japoneses, a famí-lia de Naka contava com vári-os eletrodomésticos para au-xiliar o dia-a-dia, como aspira-dor, enceradeira e geladeira.“Meu pai sempre procurou tra-zer conforto ao lar, contaIzaltina.

Esforços para consolidar aposição em diversos setores,como os culturais, políticos eeconômicos, foram emprega-dos pela comunidade, contribu-indo para a evolução da socie-dade brasileira.

A imigração pós-guerra(Sengo) trouxe uma mentalida-de e força de trabalho distintados grupos anteriores (Sen-zen). Grandes empresas japo-nesas se instalaram no País,participando ativamente daeconomia nacional.

(Gílson Yoshioka)

O bom filho a casa torna.Confiscado pelo Governo bra-sileiro durante a 2ª GuerraMundial, o imóvel da Associ-ação Japonesa de Santos, quefica na Rua Paraná 129, vol-tará a ser ocupado pela co-munidade após 60 anos apósconcessão do Governo Fede-ral. Apesar do imóvel conti-nuar a pertencer à União, ointegrante da comissão quetrata da devolução do imóvel,Sadao Nakai, considera que“uma etapa do processo foicumprida com sucesso”. “Odireito de uso já foi concedi-do. Agora, aguardamos a ma-nifestação da Procuradoria daFazenda para a aprovação docontrato entre o Governo e aAssociação Japonesa. O pró-prio êxito do trabalho no es-paço será uma prova materi-al para a devolução definiti-va”, explica.

Por não haver similarida-de entre as documentaçõesantigas e as exigidas peloEstado Novo na época, oGoverno Federal e a Procu-radoria da Fazenda conside-raram inconsistente o pedi-do de devolução da associa-ção. “Após voltar à ativacomo entidade cultural, a as-sociação teve seu estatutorefeito. Por isso, os advoga-dos não vêem similaridadeentre as entidades. É preci-so uma articulação jurídicapara provar que são as mes-mas”.

Hoje, a edificação neces-sita de uma reforma: as pa-redes necessitam de pintura,as janelas estão desgastadase com vidros quebrados. De-socupado, o imóvel é vigiadopor oficiais do Exército, um

“símbolo da opressão”, paraNakai. “Há necessidade dereforma do prédio, da partehidráulica e elétrica. Precisa-mos buscar parcerias paraviabilizar a execução dasobras. O objetivo é o imóvelestar em funcionamento atéo centenário da imigração”,afirma.

“Acima do valor patrimo-nial, há um valor cultural e his-tórico grande. Além disso, aação do governo [tomada dacasa] causou um sentimentode perda. Agora, justiça seráfeita com a volta das ativida-des do Nihonjinkai”, conclui.

Comissão do centenário –A Prefeitura Municipal deSantos instituiu a ComissãoCoordenadora das Comemo-rações do Centenário de Imi-gração Japonesa no mês deabril. Coordenada pela Se-cretaria Municipal de Turis-mo (Setur), a comissão con-ta com representantes daAssociação Atlética Atlanta,Associação Japonesa de San-tos, Associação Okinawa,Associação para Comemora-ção do Centenário da Imigra-ção Japonesa no Brasil, Clu-be Estrela de Ouro FC e daComissão de Vereadores deSantos.

O presidente do clubeAtlanta, Paulo Miyashiro, des-tacou a importância do traba-lho conjunto. “Hoje, as enti-dades que representam a co-munidade estão mais unidase, por isso, podemos chegarmais longe. É gratificante queo fundador do nosso clube,Pedro Yunoguthi, e os isseisvejam o resultado do traba-lho iniciado por eles”.

Associação aguarda permissão deuso do imóvel após concessão

Imóvel pode se tornar pólo da cultura japonesa em Santos

JORNAL NIKKEI

Monumento aos imigrantes é uma das marcas na cidade

JORNAL NIKKEI

Em entrevista ao JornalNikkei, o presidente do clu-be Estrela de Ouro e integran-te da comissão criada paratratar da devolução do imó-vel, Sadao Nakai, falou sobrea formação e a situação dacomunidade japonesa na Bai-xada Santista. Apesar de con-tar com cerca de 10 % denikkeis e 90 % de não-des-cendentes entre seus fre-qüentadores, o clube divulgaa cultura japonesa por meiode cursos do idioma e artesmarciais, além de oferecerum restaurante de comida ja-ponesa. “Acredito que sãocontribuições sociais que umaentidade pode fazer ao Esta-do”, afirma Nakai.

Em que contexto a co-

munidade japonesa da Bai-xada Santista foi formada?

No final da década de 30,houve a proibição da vinda deimigrantes porque os políticosperceberam o processo deexpansão da Marinha japone-sa. O Estado era ditatorial efomentava uma imagem ne-gativa dos japoneses. Mesmoassim, os valores educacio-

nais passados pelas famíliasnão se perdeu, apesar de ma-nifestações culturais, como lín-guas e danças não poderemser feitas socialmente.

Depois da guerra, a presen-ça de militares foi muito con-tundente em Santos, deixandomarcas como os quartéis, oForte dos Andradas, a baseaérea, entre outros. Por orien-tação dos pais, os filhos dosimigrantes se afastaram dacomunidade para não sofreremrepresálias. O Nihonjinkai[Associação Japonesa] não ti-nha clube, as manifestaçõesculturais eram feitas individu-almente para não causar pro-blemas para as geraçõesnikkeis. Hoje, os nisseis esanseis de Santos têm dificul-dade de acesso à cultura japo-nesa por conta da fragmenta-ção da comunidade. Muitasvezes, o próprio issei não é ca-paz de contextualizar os fatos,limita-se a expor a própriavida.

Qual a situação da comu-nidade em Santos hoje?

Há falta de oportunidades deacesso à cultura japonesa em

Santos. Já em São Paulo, exis-te uma série de alternativas,como o Festival do Japão, queé realizado há quase 10 anos.A realização de eventos é im-portante para proporcionaracesso às manifestações cultu-rais e obter informações rele-vantes, como o processo dedevolução do imóvel. Esse casonão evoluiu mais rápido por falta

de informação. Uma partici-pação direta das pessoas le-varia o caso mais rápido aoconhecimento de entidadesgovernamentais ou pessoaspúblicas. Por isso, com o apoioda Prefeitura Municipal deSantos, estudamos a realiza-ção de festas conjuntas comas outras entidades japonesasda Baixada.

Radio Taissô é uma das opções de integração entre nikkeis

Sadao Nakai comenta atual panorama da comunidade nikkei

Presidente do Estrela de Ouro luta para preservação da cultura

DIVULGAÇÃO

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4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006

Aproximidade com acultura japonesa e,claro, o envolvimento

dos jovens em causas referen-tes ao Centenário da Imigra-ção, a ser comemorado em2008. Somente estas duas de-finições servem como combus-tível para a realização da se-gunda edição do Japan Expe-rience, evento promovido anu-almente com o intuito de pro-porcionar uma experimentaçãoprática dos elementos da cul-tura japonesa aos brasileiros detodas as idades, raças e cultu-ras. Ou, como muitos voluntá-rios costumam definir, “a inte-gração dos jovens com a pró-pria cultura dos ancestrais”.

É com esse discurso que acomissão de Eventos da As-sociação para Comemoraçãodo Centenário da ImigraçãoJaponesa no Brasil – atravésdo grupo de Jovens – preparauma verdadeira explosão decultura japonesa no próximofim de semana (18 e 19). Aidéia é atrair cada vez mais ageração nova para as causaspró-Centenário. Hoje, é fatoque a grande maioria está dis-

tante não só dos 100 anoscomo também do próprio res-gate histórico das tradições ja-ponesas .

Neste ano, a coordenaçãoresolveu apostar em um outrolocal para a realização doevento. Se no ano passado o

Sesc Vila Mariana ficou pe-queno devido ao público res-peitável – foram mais de 12 milpessoas em dois dias –, destavez a Uninove promete rece-ber cerca de 30 mil pessoas,um verdadeiro recorde de pú-blico. De acordo com os orga-

nizadores, nesta edição cons-tará algumas novidades emrelação ao ano passado, alémde tentar manter algumas atra-ções que animaram as pesso-as durante todo o dia de pro-gramação.

Para arregimentar e colocarem prática esse pensamento, aidéia é trabalhar com diferen-tes atividades durante os doisdias. Portanto, não faltarãoworkshops e palestras – caso

Horário Sábado (Palco + Praça) Domingo (Palco + Praça)10:00 às 11:00 Kagamiwari – Abertura Oficial —11:00 às 11:30 Himawari – Taikô Harmonia – Taikô11:30 às 12:00 Ishin – Yosakoi ACAL – Bon Odori12:00 às 12:30 POP JAM – Show POP JAM – Show12:30 às 13:00 — Ishin + Sansey – Yosakoi13:00 às 13:30 — Violino ABC das Cordas – Show13:30 às 14:00 Harmonia – Taikô IÔIÔ14:00 às 14:30 Rádio Fênix Himawari – Taikô14:30 às 15:00 BANDA POP – Show Dança Okinawa – Mamidoma15:00 às 15:30 — Ton Ton Mi – Show15:30 às 16:00 Ishin – Matsuri Dance Ton Ton Mi – Show16:00 às 16:30 — Rádio Fênix16:30 às 17:00 JUST – Street Dance Grupo Sansey – Matsuri Dance17:00 às 17:30 Himawari – Taikô Grupo Sansey – Matsuri Dance17:30 às 18:00 Karatê Oyama – Kyokushin Kaito Shamisen – Shamisen18:00 às 18:30 Okinawa Matsuri Daiko – Encerramento Estilos Musicais – Show Musical18:30 às 19:00 — Matsuri Daiko + Ryukyu + Harmonia – Encerramento

Jovens do Japan Experience preparam show decultura japonesa para comunidade em São Paulo

CENTENÁRIO

das oficinas gratuitas de man-gá (revista em quadrinhos ja-poneses), animê (desenho ani-mado japonês), shodô (caligra-fia japonesa), ikebana (arranjofloral japonês) e danças típicas,entre outras atividades pratica-das no Brasil (algumas mantémas tradições japonesas, e outrasaliam elementos da cultura bra-sileira na prática moderna).

Também são demonstradosesportes com interação do pú-blico (por exemplo, karatê,kendô), além de atrações depalco, com destaque para asapresentações de grupos detaiko (tambores japoneses),danças típicas japonesas,street dance, cantores e atra-ções inéditas, criadas especi-almente para o evento.

“Estamos preparando umevento grandioso, em localmaior, bem estruturado e defácil acesso. O público poderáexperimentar um pouco dacultura japonesa e saber maissobre o Centenário. Outro ob-jetivo do evento é trazer jovensde todo Brasil para atuar noprojeto, possibilitando a integra-ção”, explica Roberto Sekiya,um dos coordenadores doevento.

Histórico - O Japan Experi-ence é um evento inovador,

que busca ao máximo ainteração ativa do público comos palestrantes e os integran-tes das apresentações, resu-mindo a idéia essencial doevento: fornecer ao públicouma verdadeira experiênciadas raízes culturais japonesas.

Em 2005, a empresáriaChieko Aoki reuniu diversasentidades e lideranças jovensda comunidade nikkei, lançan-do o desafio de idealizar, pla-nejar e realizar um grandeevento com esses objetivos –esse evento foi o Japan Expe-rience 2005.

Fazem parte da ComissãoOrganizadora os jovens repre-sentantes da Aliança Benefi-cente Universitária (Abeuni);Associação Brasileira de Ex-Bolsistas no Japão (Asebex);JCI Brasil-Japão; Comissão deJovens da Sociedade Brasilei-ra de Cultura Japonesa e enti-dades dos estados do Paranáe Brasília.

A primeira edição do pro-jeto aconteceu no Sesc VilaMariana, definido estrategica-mente devido à grande varie-dade de espaços para apre-sentações de atividades, alémda fácil localização e públicovariado (jovens, adultos, crian-ças, idosos). Após o evento, oSesc divulgou que o JapanExperience alcançou o recor-de de público da unidade VilaMariana no ano de 2005, com12 mil pessoas circulantes nosdois dias do evento.

JAPAN EXPERIENCE 2006DATA: 18 E 19 DE NOVEMBRO DE 2006(SÁBADO E DOMINGO)LOCAL: UNINOVE – CENTRO

UNIVERSITÁRIO NOVE DE JULHO

UNIDADE VERGUEIRO - RUA VERGUEIRO,235/249, LIBERDADE (PRÓXIMO AO

METRÔ SÃO JOAQUIM)HORÁRIOS: SÁBADO DAS 10 ÀS 19 HORAS,DOMINGO DAS 11 ÀS 19 HORAS

ENTRADA GRATUITA

Mix de atrações como dança, música e esportes prometem atrair 30 mil pessoa durante dois dias

MARCUS IIZUKA

Comissão organizadora do ano passado comemorou sucesso

Os cinco deputados estadu-ais e quatro federais nikkeiseleitos para assumir os cargosem 2007 serão homenageadosna próxima terça-feira (14), noSalão Nobre do Bunkyo (So-ciedade Brasileira de CulturaJaponesa), em São Paulo.

A iniciativa é de 34 entida-des nipo-brasileiras e os orga-nizadores ainda esperam maisadesões para o evento quecomeça às 19h30 no 2º andardo prédio localizado na RuaSão Joaquim, na Liberdade.De acordo com o presidentedo Kenren (Federação dasAssociações de Províncias doJapão no Brasil), OsamuMatsuo, o diferencial destacomemoração é que desta vezum grande número de associ-ações se uniram para o propó-sito. “Desta vez, todos se mo-bilizaram. E vamos dar opor-tunidade para todos discursa-rem, pelo menos fazendo umaauto-apresentação.”

Segundo os organizadores,em princípio, todos os convi-dados já confirmaram presen-ça. São eles: Akira Otsubo(MS), Antonio Teruo Kato

(PR), Dione Marly Hashioka(MS), Francisco Uejo (MG) eLuiz Nishimori (PR), eleitosdeputados estaduais; e CássioTaniguchi (PR), Hidekazu Ta-kayama (PR), Walter Ihoshi(SP) e William Woo (SP), elei-tos deputados federais. O con-vite se estende ainda a outrospolíticos e amigos que quise-rem prestigiar o evento. A es-timativa é de que até 300 pes-soas compareçam.

Apesar da conquista dos

COMUNIDADE

Deputados eleitos confirmam presença parahomenagem de entidades nikkeis no Bunkyo

políticos citados, a comunidadepoderia ter mais representan-tes de origem nikkei no cená-rio, segundo as entidades. “EmSão Paulo, faltou alguém paradeputado estadual”, disse o pre-sidente da ACE Saúde, TomioKatsuragawa. “Acho que hou-ve muitos candidatos, e por issoos votos se dividiram”, opinouSeiti Sacay, presidente doEnkyo (Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo).

Para o presidente do Bun-kyo e da Associação para Co-memoração do Centenário daImigração Japonesa no Brasil,Kokei Uehara, “a expectativaé da presença deles, porquequeremos prestar uma sincerahomenagem”. Para participardo evento, que terá um coque-tel, a taxa de adesão é R$ 25,00.A reserva pode ser feita pelotelefone 11/3208-1755 (Bete ouHase) ou e-mail [email protected]. O Bunkyo ficana Rua São Joaquim, 381, Li-berdade, São Paulo.

Mais de 30 entidades se unem para o evento da terça-feira

JORNAL NIKKEI*SHIGUEYUKI YOSHIKUNI

Quando chega esta épo-ca, vem-me à lembrança vá-rios fatos a ela relacionados.Vou contar duas histórias li-gadas à eleição que até hojeme incomodam um pouco.Numa pequena cidade, a elei-ção principalmente a munici-pal, esquenta, e muito. Pormais que você queira ficarneutro, não dá. Ou tentar es-conder qual é o candidato desua preferência, é inútil. Sem-pre há pessoas que adivinhaqual é o seu preferido.

Morava numa dessas ci-dades. Ajudava na campanhade um amigo,discretamente.Ele pertencia a uma socieda-de que se diz secreta, eradesquitado e já vivia com ou-tra. O divórcio não havia sidoimplantado, ainda. Bastoupara que o padre local tomas-se partido a favor do nossoadversário e não poupassecríticas ao nosso candidatonos sermões dominicais. E umreligioso tinha enorme influ-ência naquela época.

Uma noite cheguei nasede da campanha e haviaumas dez pessoas reunidaspara sair às altas horas. Per-guntei o que estava ocorren-do e não me responderam.Até que um ex-coroinha, dis-se-me, em surdina. Eles iri-am dar uma surra no padre.Não tive meios de convencê-los a desistirem da idéia. Es-tavam decididos e prontos.

Fui à delegacia pedir pro-vidência. O delegado que tam-bém sofrera algumas críticasdo religioso sequer me ouviu.Tomaria as medidas legais, se

algo acontecesse. Sem outraalternativa procurei o padre,narrei a história e convenci-o adeixar a cidade. Só voltou apósa eleição. O eleito foi um can-didato que corria fora do páreo.

Gerenciava uma estatal eminha tarefa após a eleição erapedir o título de eleitor de todosos funcionários para constatarse eles tinham votado. Quemnão comprovasse, teria o salá-rio do mês retido até que regu-larizasse a ausência. A compro-vação era apenas ver se noverso havia a data da eleição ea rubrica do mesário.

Certo ano chegou transferi-do um colega do vizinho esta-do. Ele era fiscal. Após a elei-ção, veio com uma longa con-versa. Não tinha transferido ain-da o título, pois dado a inúme-ros problemas que enfrentava,financeiro, principalmente, tinhaesquecido. E não pôde ir votardada à distância. E pedia paranão bloquear o salário, pois jáemitira vários cheques paraaquele mês. Quebraria o galho,desde que ele conseguisse quealguém datasse o verso do títu-lo e rubricasse. Não sabia denada, nem estava ali quem deraa sugestão. Alertei-o para queregularizasse a pendência tãologo possível. Prometeu que ofaria sem mais tardar.

Chegou outra eleição e eleveio com a mesma história. Ese não liberasse o salário deleseria obrigado a escrever a se-de do banco. Não gostei daameaça, mas concordei. Fica-ria de olho no comportamentodele.

Havia três agências bancá-rias na praça. Apesar de con-correntes, nós, da administra-

OPINIÃO

Por falar em eleição...ção, dávamo-nos muito bem.Todas às tardes reunimo-nosnum boteco para trocar infor-mações, jogar conversa fora.E ajudávamo-nos um ao ou-tro. Certa tarde, um dos ge-rentes disse-me, surpreso, co-mo o meu fiscal movimenta-va bem a conta que mantinhanaquele banco. Devia estarenganado, disse-lhe, pois sa-bia da situação precária dele.

No final, acabei pedindopara conseguir-me um extra-to da conta do fiscal. Ficariasó entre nós. Ele estava cer-to. Havia inúmeras movimen-tações, de diversos valores.O clima local era horrível, ca-lorento. As estradas ruraispéssimas.

Mas, assim mesmo, no diaseguinte fui apurar o que omeu fiscal andava fazendo.Pergunta ali, pergunta acolá,acabei descobrindo. Quandovisitava os clientes do banco,tirava encomenda do que o si-tiante necessitava. Qualquercoisa. E no dia seguinte, utili-zando o veículo do banco, fa-zia a entrega das mercadori-as. E assim usufruía um bomlucro.

Tão logo ele adentrou aobanco, chamei-o à mesa e en-treguei-lhe uma carta na qualaceitava um cargo de chefianuma agência no Pará, comdesligamento imediato. Eleolhou nos meus olhos e enten-deu tudo. Desejei-lhe felicida-des e avisei-o que a nossa sedetinha concordado com a me-dida. Na próxima eleição nãoteria problemas, pensei.

*Shigueyuki Yoshikuni é jornalistae reside em Lins

Page 5: AGENDA Santos, onde tudo começou, prepara€¦ · Santos, onde tudo começou, prepara projetos para o Centenário —––————————————————— | pág

São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006 JORNAL NIKKEI 5

A cidade de Ribeirão Pires,localizada na região do ABCpaulista, tem como atração nospróximos dois fins de semanao 2º Haru Matsuri (Festa daPrimavera). O evento, quecomeça na próxima sexta-fei-ra (17), é organizado pela As-sociação Nipo-Brasileira deRibeirão Pires e a prefeituramunicipal local.

Diferentemente do anopassado, desta vez serão seisdias de apresentações e inte-gração cultural do públiconikkei com o ocidental. “Con-seguimos organizar em doisfins de semana, e estamosimplementando shows sertane-jos e outros atrativos para tra-zer mais visitantes não-nikkeisà festa”, conta o presidente daassociação, Antonio Muraki,vereador na cidade.

Dentre os nomes escaladospara os shows, estão o grupoEspora Country (dia 17), a du-pla sertaneja Luidi e Luan (18e 24), ambos da cidade, osprestigiados cantores nikkeisKaren Ito (18), Edson Saito(19 e 26), Mauricio Miya (24)e Joe Hirata (25), que fecha oúltimo sábado do evento. Alémdisso, vários estilos de dançaserão apresentados aos pre-sentes, como o balé do Grupode Dança Karen Kihara, oAjissai, a dança de rua da es-

cola João Roncon, e o tradici-onal grupo de Sara OdoriMinbu Taikô Gakushukan.Uma academia de SantoAndré também participa comdemonstrações de tai-chi, yogae kung-fu, além de praticantesde iô-iô, que darão um show àparte.

No espaço destinado a pas-seio dos visitantes, cerca de 30barracas estarão dispostascom venda de comidas típicasjaponesa e brasileira (entre asquais harumaki, sushi, guiozá,tempurá e doces), além de ou-

2º Haru Matsuri deve reunir 10mil visitantes a partir do dia 17

Quinze estudantes do colé-gio agrícola da província japo-nesa de Hyogo foram recebi-dos no último dia 6 pelo secre-tário municipal de RelaçõesInternacionais e Cerimonial,Eduardo Guimarães.

A Delegação de Jovens Li-gados à Agricultura de Hyogo,província-irmã do Paraná noJapão, foi liderada pelo profes-sor Satoshi Tanaka. “A visita dealunos a Curitiba já é uma tra-dição de muitos anos, e mostraque os interesses comuns pelaagricultura e pela agroindústriacrescem cada vez mais”, disseTanaka, ao entregar mensagemdo governador de Hyogo.

Durante o encontro, Gui-marães disse que o Paraná eo Brasil há 98 anos devem àcolonização japonesa o incen-

tivo e o avanço nos processosde produção agrícola.

Os alunos visitantes, segun-do Tanaka, estão se especi-alizando no cultivo de alimen-tos orgânicos, produzidos semagrotóxicos. A agenda incluíatambém visita à cidade dePompéia (SP), que abriga aFundação Nishimura, especi-alizada na formação de técni-cos e engenheiros voltados àprodução de orgânicos.

A visita da delegação inse-re-se no calendário de ativida-des de cooperação e amizadeentre Hyogo e Paraná. Aindanesse contexto, cidades da pro-víncia japonesa e do Estado doParaná estabeleceram, hámuitos anos, relação de irman-dade, como é o caso de Curiti-ba e Himeji.

CIDADES/CURITIBA

Alunos do Colégio Agrícola deHyogo visitam Curitiba

Delegação japonesa foi recebida por secretário municipal

DIVULGAÇÃO

O prefeito Junji Abe rece-beu, no último dia 6, a gerentedo Sebrae de Mogi das Cru-zes, Ana Maria Magni Coelho,o presidente do Sindicato Ru-ral, Jorge Ikuta, e os organiza-dores do 16º Festival Agrícolade Mogi das Cruzes “FurusatoMatsuri”, que acontece hoje(11) e amanhã (12). Eles apre-sentaram o Projeto Sebrae noCampo, que será desenvolvi-do durante o evento.

Na programação, estão in-cluídas palestras voltadas àárea do agronegócio e ativida-des práticas. Entre os temasestão o saneamento básico,saúde, meio ambiente e admi-nistração de recursos.

“Mogi das Cruzes foi esco-lhida para ser o piloto desteprojeto. Será a primeira cida-de a receber a iniciativa. Nãovamos fazer uma ação apenas

na festa. A idéia é fazer umcircuito para atender o maiornúmero de pessoas”, afirmoua gerente do Sebrae.

O prefeito elogiou o projeto,que dará aos profissionais deMogi das Cruzes a possibilida-de de se capacitar para desen-volver melhor o seu trabalho.

“É uma preocupação cons-tante da Prefeitura ofereceraos cidadãos a possibilidade decrescer profissionalmente,principalmente com cursos eeventos que desenvolvam acapacitação. Neste sentido,esta parceria com o Sebrae éessencial”, afirmou Junji.

O secretário municipal deDesenvolvimento Econômicoe Social, Rubens Solovjevas,também destacou a importân-cia do evento. “É uma progra-mação muito extensa e ricapara o agricultor”, disse.

CIDADES/MOGI DAS CRUZES

Sebrae no Campo serálançado no ‘Furusato Matsuri’

Encontro selou a viabilização do projeto durante Furusato Matsuri

DIVULGAÇÃO

CIDADES/RIBEIRÃO PIRES

tros produtos para venda. Ha-verá ainda oficinas de artescomo origami, kirigami, ikeba-na, shodô e oshibana. O públi-co poderá participar das apre-sentações durante o bon-odori,matsuri dance e karaokê (commúsicas brasileiras e japone-sas). Num salão, haverá expo-sição e vendas de orquídeas eoutras plantas.

Com isso, os organizadoresesperam cerca de 10 mil visi-tantes, com entrada franca.“O público está mudando.Muitos imaginam que o even-

to seja somente para a comu-nidade nikkei, mas fizemosuma grande divulgação e que-remos fortalecer e dar conti-nuidade à cultura japonesa”,disse Muraki.

2º HARU MATSURIQUANDO: DIAS 17, 18, 19, 24, 25 E 26DE NOVEMBRO; SEXTAS, DAS 18H ÀS 22H;SÁBADOS E DOMINGOS, DAS 11H ÀS 22H

ONDE: SEDE DA ACNBRP -RUA 1º DE MAIO, 56, JD. ITACOLOMY,RIBEIRÃO PIRES

ENTRADA FRANCA

INFORMAÇÕES: 11/4825-2645

ODORI FESTO Grupo Hikari promove erealiza hoje (11) e amanhã(12), a partir das 18h, o 1º OdoriFest, na sede da Embrapa, lo-calizada na Rua ErnaneLacerda de Ataíde, 1180, naGleba Palhano. O objetivo éresgatar e divulgar a culturaoriental, priorizando músicas edanças folclóricas tradicionais(bon odori). A entrada é fran-ca e no recinto terá uma pra-ça de alimentação com comi-das típicas orientais.

GRUPO HIKARIO Grupo Hikari estará se apre-sentando no dia 19 de novem-bro na sede do Wajunkai, emMaringá. Vai levar a culturaoriental e muitas danças folcló-ricas para o pessoal idoso quese encontra no Wajunkai

HAPPIYOKAIA Associação Murakami Buyôde Londrina promove realizaseu tradicional “happiyokai”com suas alunas no próximo dia26 de novembro, no Teatro Fi-ladélfia, na Av. JK, em Lon-drina. Além da apresentaçãodas professoras, as alunas de-monstrarão seu aprendizadonas danças japonesas, váriasentidades participarão doevento com apresentações denúmeros musicais.

APRESENTAÇÃO DETAIKÔNuma promoção da AliançaCultural Brasil-Japão do Para-ná e apoio do Ministério daCultural e do Banco Sudame-ris, a filiada Associação Cul-tural e Esportiva de Toledo re-aliza hoje (11), no AnfiteatroMunicipal de Toledo, umaapresentação de taikô com iní-cio às 20h. Estarão presentesos grupos de taikô das cidadesde Maringá, Apucarana eMauá da Serra. Mais informa-ções com Nelson pelos telefo-nes: 45/3278-1953 ou 3278-8401 e com Paulo (45) 3252-

1995 e Cel. 9973-7570.BEISEBOL VETERANONuma promoção da Federaçãoe Liga, a filiada AssociaçãoCultural e Esportiva deUmuarama realiza hoje (11) eamanhã (12) o 2º Torneio“Hisashi Uchimura” de Beise-bol Veteranos ( 54 a 59 anos),na sede esportiva da ACEU,em Umuarama.

KEIROKAIA Associação Cultural e Es-portiva de Apucarana, atravésde seu presidente SatioKayukawa, convida ao asso-ciados e simpatizantes para o“keirokai” (homenagem os ido-sos), que acontece amanhã(12). Após a solenidade seráoferecido um almoço e váriasatividades culturais e de lazer.

GATEBOLO Departamento de Gatebolda Aliança/Liga promove e aAssociação Cultural e Espor-tiva de Maringá realiza o 26ºCampeonato Paranaense deGate-Ball Regional (SanshibuTaikai), amanhã (12), em Ma-ringá, na sede social na Av.Kakogawa.

UNDOKAIA filiada Associação Culturale Esportiva de Cambé promo-ve no dia 15 de novembro oseu tradicional “undokai” (fes-ta poli-esportiva), no campo desua sede social, em Cambé.Estão programadas várias ati-vidades durante todo o diapara crianças e adultos.

ENTREGA DE TAIKÔSO Departamento de Taikô daAliança/Liga fará entrega decinco taikôs para a AssociaçãoCultural e Esportiva de Cas-cavel, amanhã (12), para aAssociação Cultural e Espor-tiva Nipo-Brasileira de PontaGrossa no dia 15 e na Socie-dade Paranavaiense de Des-portos e Cultura no dia 18 denovembro, em suas respecti-

vas sede sociais. São mais trêsfiliadas que aderem à arte mi-lenar do taikô. Os diretoresJintaro Ikeda, vice-presidenteda Aliança/Liga e o diretor dode Departamento de Taikô,Alfredo Ota estarão presentesnos atos.

SUPER VETERANOS –NOVA DATAA Confederação Brasileira deBeisebol e Softbol, FederaçãoParanaense de Beisebol eSoftbol e a Liga Desportiva eCultural Paranaense promo-vem o 36º Campeonato Brasi-leiro Inter-Seleções de Beise-bol Super Veteranos, no cam-po esportivo da Acel, em Lon-drina, nos dias 25 e 26 de no-vembro, com a participação de9 equipes Inter-Seleção de SãoPaulo e três do Paraná.

KARAOKÊ TAIKAIA filiada Associação Culturale Beneficente Nipo-Brasileirade Curitiba realiza o 4ºNatsumero Karaokê Taikai(Musical da Saudade), no dia19 de novembro em sua sede,em Curitiba.

GRUPO HIKARIO Grupo Hikari estará se apre-sentando no dia 19 de novem-bro na sede do Wajunkai, emMaringá. Vai levar a culturaoriental e muitas danças folcló-ricas para o pessoal idoso quese encontra no Wajunkai.

TORNEIO DE SUMÔA Aliança Cultural Brasil-Ja-pão do Paraná e a Liga Des-portiva e Cultural Paranaenseatravés do Departamento deSumô apóia juntamente com aPrefeitura Municipal de Lon-drina, o Banco Sudameris,Sercomtel e Jornal Folha Nor-te a segunda edição do Tor-neio da Amizade de Sumô, arealizar-se nos dias 2 e 3 dedezembro, na Rua Natal nº 53,em Londrina. A promoção erealização é do Centro de Cul-tura e Estudos de Artes Mar-ciais Associação Kaiko, sededa União Londrinense deSumô.

SUMÔ COM FESTAVão ter Praça de Alimentaçãoe Feira de Artesanatos nosdois dias do evento, sendo nodia 2, workshop de artes mar-ciais a partir das 9h com apre-sentação de ninjutsu, kuidô,kendô, maithai, taichi chung,karatê e judô. A abertura ofi-

cial será no domingo dia 3, às9h com homenagens e entre-ga de certificados seguido decompetições com lutas mirim,mini-mirim, infantil masculinoe feminino. Após o almoçoreinicio da competição comlutas masculinas e femininaspor equipe e individuais adul-tos. São esperados atletas devárias cidades do Paraná, SãoPaulo, Rio Grande do Sul e doPará. Não percam e conheçamas várias modalidades de ar-tes marciais.

SHUYODAN –CANCELADOPor motivo de força maior oIV Encontro de Formação deLideranças – Shuiyodan, emLondrina, não será realizadono próximo ano de 2007, con-forme noticiado nesta coluna.

IMIGRAÇÃO JAPONESANO PARANÁO livro “História da ImigraçãoJaponesa no Paraná” da Ali-ança Cultural Brasil-Japão doParaná com apoio do Ministé-rio da Cultura e de autoria doDr. Toshio Igarashi, editado emportuguês e japonês estão àdisposição dos interessados nasede da Aliança/Liga. Outrasinformações com Máriam pelotelefone (043) 3324-6418.

Informe da Aliança Cultural Brasil-Japão do Paranáe Liga Desportiva Cultural Paranaense

Danças típicas são um das diversas atrações que estarão presentes durante os seis dias de evento

DIVULGAÇÃO

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6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006

Passaram-se mais de 12anos, mas os acusadosnão voltaram à vida dig-

na que tinham. Depois de mui-tas ações e recursos, um pri-meiro acordo sai para o casoda Escola Base. Em outubrode 2006, definiu-se um valor aser pago pelo jornal “Folha deSão Paulo” ao casal IcushiroShimada e Maria AparecidaShimada e a Mauricio Montei-ro Alvarenga, consideradosinocentes dos abusos a alunosem 1994. Foi apenas o primei-ro caso resolvido dentre oscondenados – governo do Es-tado de São Paulo e sete veí-culos de comunicação – a res-sarcir pelos danos morais àsvítimas do escândalo.

Procurado há cerca de umano pelo Jornal Nikkei, quan-do foi dada a sentença da TVGlobo – que recorre na Justi-ça contra os 1.500 saláriosmínimos para cada um dostrês –, o casal Shimada, quepossui um escritório de xeroxna região central de São Pau-lo, não quis dar declarações.“Eles não falam com a impren-sa”, confirma o advogado KalilRocha Abdalla, que defende osinteresses dos acusados. Nes-ta semana, a reportagem doJN conversou com o jurista,que relembrou o que se suce-deu na época e conta comoestão encaminhados os pro-cessos judiciais atualmente.

“Foi feito um acordo [coma ‘Folha de S. Paulo’], houvediminuição de nossas preten-sões e aumento das pretensõesdo veículo. Eles [seus clientes]pleiteavam uma indenização dealgo que foi errado por partedo delegado e da imprensa, eeles têm esse direito”, disseAbdalla. A condenação da “Fo-lha”, que perdera a ação em

Advogado de ex-proprietários fala da espera denovas indenizações às vítimas

segunda instância, era de R$250 mil para cada um, o quecorrigido chegaria a cerca deR$ 1,35 milhão (total), valorreduzido com o acordo.

Ele explica que a propostafoi aceita para amenizar o so-frimento dos envolvidos, queenfrentam problemas financei-ros e desgastes psicológicos.“Eles estão passando por difi-culdades e por isso optamospelo acordo, para receberemde imediato”, destaca, preocu-pado com as condições de vidahoje do casal, que sobrevivetambém com ajuda de algunsamigos. Vida social tambémnão existe mais para os preju-dicados, que sofreram humi-lhação e retaliação de autori-dades policiais e população.

Entre outros danos que oadvogado cita, Maria Apare-

cida desenvolveu problemapsíquico – bem como outraacusada, Paula Milhim Mon-teiro Alvarenga, ex-sócia daescola (veja Box) – e abando-nou a profissão de professora;seu marido, Shimada, diagnos-ticou um ano depois um infartosilencioso que teve na épocadas acusações; a escola foidepredada e faliu.

Outros veículos e o gover-no - O primeiro réu a ser sen-tenciado com a ação por da-nos morais que os acusadosmoveram foi a Fazenda Públi-ca. “A ação foi contra o go-verno do Estado porque era opatrão do delegado, que foiafastado do caso. O processo,iniciado um ano após das de-núncias, terminou recentemen-te com litígio de má fé, e foi

aplicada multa pelos consecu-tivos recursos impetrados.” Acondenação, que de início eramcem salários mínimos, chegouaos R$ 250 mil mais correçãoe juros, a partir da data dosfatos. “Como tratar com o go-verno é mais complicado, es-tamos na fila dos precatórios”,lamenta Kalil Abdalla.

Aguarda-se ainda recursosno Superior Tribunal de Justi-ça das sentenças determina-das para “O Estado de SãoPaulo”, as revistas “Veja” e“IstoÉ”, e as redes televisivasGlobo, SBT e Bandeirantes.E não há previsão de quandoos processos sejam concluí-dos. “Cada um está em umavara. Vamos esperar, e que sefaça resposta de acordo con-dizente.”

(Cíntia Yamashiro)

Kalil Abdalla, que defende os acusados e espera conclusão de outros processos

JORNAL NIKKEI

CASO ‘ESCOLA BASE’

Hoje, terreno que abrigava escola deve receber condomínio

Informações infundadas,baseadas no que o delegado do6º Distrito Policial (Cambuci),Edélcio Lemos, declarou à im-prensa, e nos depoimentos deduas mães de crianças queestudavam na Escola de Edu-cação Infantil Base, no bairropaulistano da Aclimação. Foi nodia 28 de março de 1994 queelas acusaram os dois casaisdonos da instituição de abusosexual de seus filhos. De acor-do com sua história, as crian-ças eram levadas em uma pe-rua até a casa de outro casal,pais de outro colega da escola,para serem estupradas e foto-grafadas.

O caso logo foi divulga-do na imprensa por diversosveículos impressos e televi-sivos e a notícia tomou pro-porção nacional. Por trêsmeses, os acusados foramalvo de ataques nas manche-tes de jornais. Com novas in-vestigações, assumidas pelodelegado encarregado de darprosseguimento, não foramencontradas provas e os do-nos foram inocentados emjulho do mesmo ano.

“Baseados na palavra

Relembrando o caso

dele [delegado], todos foramatrás. Não havia nenhum sin-toma de estupro ou nada maisgrave nas crianças; por queas mães fizeram isso, nin-guém sabe”, relatou o advo-gado Kalil Abdalla ao JN.

Entre as informaçõesdesencontradas pela impren-sa está a de que Maurício Al-varenga, um dos acusados ehoje ex-marido de uma dassócias (Paula), era o motoris-ta da escola que levava as cri-anças para um local em queeram abusadas. Mas, na épo-ca, ele apenas experimentavaum serviço de perua e nãoatendia às crianças da EscolaBase. Hoje, encontra-se nointerior e cuida de uma casade campo. Após falida, osacusados e inocentados aindativeram de reformar a casaalugada, que havia sido depre-dada e pichada, e devolvê-lapara o inquilino. Hoje, o terre-no, que já foi abrigo de meno-res infratoras, está desocupa-do e as casas da vizinhançaforam conjuntamente vendi-das para em breve dar lugar anovos prédios.

(CY)

MARCUS IIZUKA

CRIANÇA SEGURA

Prevenir acidentes ainda é o melhor remédio

Mantenha telefones de emergên-cia próximos aos aparelhos de te-lefone de sua casa. Peça para osavós, parentes e amigos fazeremo mesmo

AFOGAMENTOSAs crianças, especialmente asmais novas, podem se afogar emapenas 2,5 cm de profundidade.• Esvaziar baldes, piscinas infan-tis e guardá-los longe do alcancede crianças• Não deixar a criança sozinha empiscina, mar, lago, rio ou brincan-do próximo da água• Ainda com a supervisão de umadulto, utilizar equipamento desegurança como colete salva-vi-das, mesmo em crianças que sa-bem nadar

ATROPELAMENTOCrianças menores de 10 anos nãodevem atravessar a rua desacom-panhadas de um adulto• Atravessar somente em faixaspara pedestres e na ausência de-las, procurar por uma passarela ouum o local mais seguro para atra-vessar a rua• Tentar fazer um contato visualcom o motorista ao atravessar asruas• Quando caminhar em estradasou em vias sem calçadas, seguirno sentido contrário ao dos veí-culos, para ver e ser visto pelosmotoristas

INTOXICAÇÃO EENVENENAMENTO• Guardar produtos de limpeza,pesticidas, cosméticos e remédi-os fora do alcance das crianças,em armários e gavetas trancadose bem identificados• Não deixe que as crianças brin-quem com cosméticos. Muitasvezes um produto que é inofensi-

vo ao adulto traz graves malefíciosa uma criança• Não chame um medicamento dedoce. Isto permite que a criançapense que o remédio não é peri-goso• Manter limpos os quintais e ter-renos baldios, não deixando acu-mular lixo doméstico ou entulho.Aranhas e escorpiões costumamse abrigar embaixo de pedras, ti-jolos e madeira velha

QUEDAS• Não deixe o bebê sozinho emmesas, camas, berços ou outrosmóveis de onde ele possa cair.Quando debruça, o peso de suacabeça é maior que o de seu cor-po, provocando a queda• Crianças com menos de 6 anosnunca devem dormir em beliches.Se necessário, coloque suportesque protejam a criança de quedasou sempre as coloque na cama debaixo• Crianças nunca devem brincarnas lajes das casas. Estas quedassão quase sempre fatais por con-seqüência de traumatismoscranianos

QUEIMADURA• Somente permita que as crian-ças empinem pipas em camposabertos com boa visibilidade. Sema presença de fios e postes de ele-tricidade• Proteja as tomadas elétricas eisole os fios elétricos• Evite usar toalhas de mesa quetenham bordas salientes que pos-sam ser puxadas por crianças pe-quenas. Ao puxá-las, as criançaspodem derrubar comida quentesobre o corpo• Nunca deixe o aquecedor liga-do em quarto de crianças que semovimentam e que podem sairsozinhas do berço

Como evitar os acidentes

Fonte: ONG Criança Segura

Correr, pular, rodopiar, oque vale é descobrir o mundobrincando. Em meio a tantadiversão, manchas roxas, joe-lhos machucados e arranhõespelo corpo também acabamfazendo parte da brincadeira.Seriam “aceitáveis” se as fe-ridas causadas pudessem serresolvidas sempre com curati-vos e uma pomada. Enlouque-ceria menos os pais e respon-sáveis se todo recreio termi-nasse sempre com risos gos-tosos da infância.

Acidentes acontecem, talvezdifíceis de prever, mas possíveisde evitar. O primeiro passo éperceber que o perigo tambémmora em casa. Grande parte doscasos mais sérios ocorre mes-mo dentro do próprio lar, ondeos pais julgam ambientes segu-ros. A cozinha, por exemplo, ofe-rece a maior gama de perigosdevido a produtos químicos, fogoe facas, entre outros.

“A casa deve ter algumasadaptações às crianças. Devese manter longe do alcancedelas materiais de limpeza, fa-cas, panelas quentes, ou seja,tudo que possa causar algummal”, explica a coordenadorade comunicação da ONG Cri-ança Segura, Fabiana Kuriki.São pequenos cuidados queconseguem evitar graves con-seqüências, pois o corpo deuma criança é mais frágil queo de um adulto e, conseqüen-temente, o impacto é maior,podendo levar até a morte.

Para se desviar dos riscos,a dançarina Giulli Kimura co-locou uma “portinha”, comoela mesma descreve, em fren-te à escada em sua casa, quan-do sua filha era mais nova.Outro cuidado que tomou foi

não colocar toalha de mesa,assim a menina não corria orisco de puxar o pano e derru-bar alguma coisa nela mesma.Além disso, “sempre conver-sei muito com a Giovanna [suafilha], explicava o certo e oerrado e até demonstrava, decerta forma, o perigo”.

Travessuras – Pequenasações como essa fazem a di-ferença e previnem maioresestragos. “O único problemaque minha filha sofreu foi comuma mordida de um cachorrona bochecha, quando íamosembora da casa de uma ami-ga”, comenta Giulli. Tais ocor-rências são levadas em conta,porém, segundo Kuriki, sãoconsideradas menores por te-rem índices de mortalidademuito pequenos.

Segundo dados do Ministé-rio da Saúde, 6 mil criançasmorrem por ano e uma em

cada quatro fica com seqüe-las permanentes. Dentre osincidentes domiciliares maisfreqüentes estão os afogamen-tos, sufocações e queimadu-ras, as quais apresentam mai-or número de mortes. Já asquedas lideram o hanking dehospitalizações em todas asidades, de zero a 14 anos.

Com várias passagens emhospitais, o administradorEduardo Kubota, 26, conta queaos 5 anos, em uma de suas tra-vessuras, caiu do triciclo e cor-tou a cabeça ao bater na quinada escada. Foi ao hospital coma cabeça sangrando e levouquatro pontos. “Esse meninoera terrível, não parava quietomesmo alertando. O acidenteaconteceu em questões de se-gundos, não teve jeito...”, lem-bra a mãe dele, Cecília Kubota.

Fora do ambiente familiar, oscasos envolvendo carros, comoatropelamento e colisões, regis-

tra o maior número de mortes.Quando transportadas, a maio-ria das lesões acontece porqueelas estão soltas no banco. “Ouso das cadeirinhas diminuemem 70% os riscos de conseqü-ências graves, mas como não háuma legislação semelhante aouso do cinto de segurança, aspessoas não levam a sério. Ca-deirinha não é luxo, é seguran-ça”, alerta Kuriki.

Quando pedestres, o atro-pelamento ocorre devido à fal-ta de segurança pelo localtransitado. Segundo a ONG, ospequenos são expostos a con-dições de tráfego que superamsua capacidade de percepçãodo risco. O estado físico aindafrágil, a imaturidade nas habi-lidades sensoriais e o descui-do dos pais ao superestimaremas qualidades dos filhos comopedestres, contribuem para oaumento das estatísticas.

(Cibele Hasegawa)

Casa Segura itinerante mostra aos visitantes que simples atos podem evitar acidentes

REPRODUÇÃO

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São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006 JORNAL NIKKEI 7

Uma oportunidade pararepensar o próprio co-tidiano, numa época

marcada pelo imediatismo e asuperficialidade. Segundo adiretora e dançarina EmilieSugai, essa é a definição doespetáculo de dança “Intimida-de das imagens”, que estréiana próxima terça-feira (13), às21 h, no Teatro Fábrica. Inspi-rado no conto “O Espelho”, doescritor Guimarães Rosa, evencedor do Prêmio FunarteKlauss Vianna de Dança 2006,o espetáculo, segundo Emilie,tem como objetivo proporcio-nar uma “revelação” ao ex-pectador.

Espelhos bons, maus e ho-nestos (na classificação deRosa), auxiliam no culto aocorpo e à beleza padronizadados tempos atuais. Em “Inti-midade das imagens”, há a pro-posta de olhar-se de uma ma-neira singular no espelho, namedida em que “a auto-obser-vação convida o dançarino ahabitar o próprio corpo”. “Éum contraponto à imagem deum ‘espelho-padrão’ que mos-tra só um rosto”, explicaEmilie, uma “brasileira comcorpo oriental.”

A memória, a imaginação,os sonhos e a realidade devemtransparecer no corpo, geran-do movimentos genuínos, se-gundo Emilie. A base do tra-balho parte de treinos do dire-tor Takao Kusuno, tais comoo suriashi (deslizar com ospés): um caminhar que buscao “rompimento com o cotidia-no”.

Para o cenógrafo UlissesKohn, sua contribuição ao es-petáculo foi constituída a par-tir das necessidades surgidas

nas improvisações e cenas. “Équase uma anti-cenografia,formada pelos elementos queas dançarinas usam. A espa-cialidade é o elemento mais

‘Intimidade das imagens’promove reflexão sobre a vida

DANÇA

forte deste cenário”, explica.

Currículos - Para a realiza-ção do evento, Emilie convi-dou a dançarina italiana Cris-tina Salmistraro para dividir asinvestigações corporais, im-provisações e pesquisa comobjetos cênicos. Radicada noBrasil há 10 anos, Cristinatem formação nas técnicas dedança contemporânea e estu-dos do Kototama (alma dossons). Na sua trajetória des-tacam-se trabalhos realizadosna França com os coreógra-fos Philippe Decouflé, AgnésDenis e Thierry Massin, alémde criações no Brasil, como“La Nebbia”, “Rosso”, “ASolidão dos Objetos”, entreoutras.

Emilie Sugai, após o encon-

tro com o diretor Takao Kusu-no (1945-2001), introdutor dobutoh nas Artes Cênicas noBrasil em 1977, iniciou a buscade uma linguagem própria e sin-gular na dança. Trabalhou comointérprete-criadora nas obras deKusuno, ao lado de FeliciaOgawa e do dançarino DeniltoGomes, de 1991 a 2001. Parti-cipou de diversos festivais noPaís e no exterior, criou espe-táculos e conquistou prêmios,dentre os quais se destaca oVitae de Artes (1999) para umestágio na África, promovidopelo Programa de Bolsas paraArtistas Unesco-Aschberg. Noano passado, participou de pro-duções com os consagrados di-retores Antunes Filho e HiroshiKoike.

(Gilson Yoshioka)

Movimentos suaves fazem parte de espetáculo inspirado em peça de Guimarães Rosa

DIVULGAÇÃO

Emilie Sugai durante ensaio

Com uma trajetória de 10anos, o grupo musicalMawaca lança seu primeiroDVD que mostra o espetá-culo gravado ao vivo no pal-co do SESC Pompéia em SãoPaulo. O lançamento aconte-ce juntamente com um showdo grupo na próxima quarta-feira (15) às 18 horas, noSESC Vila Mariana.

Dirigido desde sua funda-ção (1993) por Magda Pucci,o grupo Mawaca vem se des-tacando por seu vasto reper-tório musical que inclui 10 lín-guas diferentes, desde músi-cas japonesas à músicas es-panholas. “Nosso objetivo eraformar um canto coletivo fe-minino envolvendo pesquisasde várias etnias”, conta aarranjadora e cantora do gru-po, Magda Pucci.

Segundo Magda, o grupotem um interesse especialpela música japonesa, princi-palmente as folclóricas e tra-dicionais. “Temos uma legiãode fãs nikkeis e já fizemosum show inteiro só com o re-pertório japonês”, explica.

“Nosso primeiro show foino SESC Vila Mariana,quando abrimos a apresenta-ção de um grupo japonês.

Cantamos Assadoya Yunta.A partir daí nosso interessepor esse estilo musical au-mentou e até hoje nosso tra-balho com a língua japonesacontinua”, conta Sandra Oak,cantora.

Toda pesquisa tem um es-tudo detalhado da cultura, dalíngua e do comportamentodos indivíduos. No caso do

Japão, para cantarem as mú-sicas tradicionais e folclóricas,Mawaca teve a ajuda da pro-fessora Tamie Kitahara queaos poucos foi acostumandoo grupo, deixando as músicase a língua mais familiar.

“Devemos muito tambémà Fundação Japão por nos in-centivar e nos apoiar sempreque precisamos”, conta Zuzu

Abu, cantora do grupo.O DVD apresenta nove

das diferentes etnias que ogrupo trabalha. No repertó-rio japonês estão quatro mú-sicas: Hotaru Koi, SoranBushi, Assadoya Yunta eKazoeuta, misturada com tre-chos da cantiga infantil “Seesta rua fosse minha”.

O nome Mawaca não pos-

Show do grupo Mawaca promove lançamento de DVD

MÚSICA

sui uma origem certa, pois se-gundo Magda, seu significa-do é atribuído a várias línguase tem denominação muito pró-xima. “Fomos descobrindoaos poucos os vários signifi-cados que esse nome tem. Emafricano significa cantoresque recorrem ao poder mági-co da palavra cantada paraatrair a força dos espíritos. Jáem japonês é o canto sagradoe para os índios, o termo sig-nifica mensageiros”, explica.

Mawaca surgiu de um gru-po de estudos dirigido porMagda que tinha como prin-cipal objetivo pesquisar as di-versas maneiras de se emitira voz utilizando as línguas esuas sonoridades. O grupopassou por diversas transfor-mações e atualmente, contacom sete cantoras e seis ins-trumentalistas.

O show traz o talento dascantoras, Angélica Leutwiller,Cristina Guiçá, Cris Miguel,Magda Pucci, Susie Mathias,Sandra Oak e Zuzu Abu;como também do septeto ins-trumental formado por Ga-briel Levy (acordeom),Ramiro Marques (saxofo-nes), Cíntia Zanco (violino),Ana Elisa Colomar (flauta e

cello), Paulo Bira (baixo),Valéria Zeidan e ArmandoTibério nas percussões.

“Nossa parte instrumentaltraz várias possibilidades emaneiras de se tocar. É umareleitura das músicas do mun-do inteiro”, conta RamiroMarques, saxofonista.

Atualmente o grupo pre-tende focar seu trabalho nalíngua brasileira, mais preci-samente na língua indígena,pouco conhecida. Além derealizar o grande show noSESC Vila Mariana.

Com a realização doSESC São Paulo e da Fun-dação Japão, o show prome-te agradar todos os gostos,afinal o repertório musical doMawaca atende à todos.

(Aline Inokuchi)

SHOW DE LANÇAMENTO DODVD DO GRUPO MAWACALOCAL: SESC VILA MARIANA

RUA PELOTAS, 141 – VILA MARIANA/SÃO PAULO

DATA: 15 DE NOVEMBRO (QUARTA-FEIRA)HORÁRIO: 18 HORAS

INGRESSOS: R$ 15 (OUTROS), R$ 10(USUÁRIO INSCRITO), R$ 7,50 (ES-TUDANTES COM CARTEIRINHA, APO-SENTADOS E IDOSOS), R$ 5 (TRA-BALHADORES NO COMÉRCIO E SERVIÇOS).

Grupo promete levar ao palco músicas de diversas etnias, especialmente as de origem japonesa

DIVULGAÇÃO

A Rato de Livraria, locali-zada em São Paulo, promovenos dias 17 e 18 de novembroum evento mais que especial:trata-se do festival “Japão: pin-celadas de Cultura”, que reu-nirá palestras sobre literaturajaponesa contemporânea,mangás, haicais, além de de-monstração de várias artescomo ikebana, gravura, aikidôeoutras atividades ligadas à cul-tura japonesa. O evento con-tará com exposição de ilustra-ções, apresentação de músicae venda de comidas típicas.

Segundo a organização, oprojeto também visa umareleitura da cultura japonesapor meio da apresentação deartefatos contemporâneos queresgatam a sensibilidade doJapão tradicional, como ocaderninho de haicais Outono.

JAPÃO: PINCELADAS DECULTURADATA: 17 E 18 DE NOVEMBRO

LOCAL: RATO DE LIVRARIA

RUA PARAÍSO, 790, SÃO PAULO

MAIS INFORMAÇÕES PELO TEL.11/ 3266-4476ENTRADA GRATUITA

CULTURA

Tradição japonesa é tema demostra em livraria paulistana

PROGRAMAÇÃO

Sexta-feira, 17 de novembro19h30 – Apresentação de mú-sica típica e abertura da Exposi-ção Moyashis em Ação• Stickers Kiai• Mon Petit Monsuteru• Bonecos de papel• Telas de mangá (Editora Conrad)20h00 – Apresentação de mú-sica típica20h30 – Demonstração de Ike-bana, por Tamako Yoshimoto (es-cola Shogetsu)22h00 – Encerramento

Sábado, 18 de novembroJapão Outono

11h00 – Palestra sobre Haicai,Embalagem e llustração japone-sas e apresentação de Outono,caderninho de haicais• por Débora Tavares, Flavia Sakaie Bruno D’Angelo13h00 – Palestra sobre Gravu-ra Japonesa, por Sandra Kaffka

Japão Contemporâneo15h30 – Palestra sobre Literatu-ra Japonesa Contemporânea• por Neide Nagae, professorauniversitária e tradutora17h00 – Palestra sobre CulturaPop (Mangá, Animê)• Editora Conrad

Japão Zen18h00 – Palestra sobre Aikido,com demonstração• por Mauricio Francischelli eAndré Oliveira19h00 – Encerramento

Complexidade dos arranjos ikebana é retratada na mostra

DIVULGAÇÃO

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8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006

Sete associações nipo-brasileiras da zona norte deSão Paulo (Associação Es-portiva Tucuruvi, AssociaçãoCultural e Esportiva Okina-wa Santa Maria, AssociaçãoCultural e Esportiva de EdúChaves, Associação Culturale Esportiva Nipo-BrasileiraImirim, Escola Heisei eUCEG - União Cultural eEsportiva Guarulhense), comapoio da União Cultural eEsportiva São Paulo Norte eda Associação para a Come-moração do Centenário daImigração Japonesa no Bra-sil, e parceria com a Subpre-feitura Santana/Tucuruvi, re-alizam hoje (11) e amanhã(12) o 1º Nikkey Matsuri, fes-tival de cultura japonesa noC.E.E. Alfredo Ignácio Trin-dade, o Clube da Prefeiturado Jardim São Paulo (RuaViri, 425, no Jardim São Pau-lo), ao lado da estação Jar-dim São Paulo do Metrô.

O evento, que estará aber-ta ao público das 10 às 18 ho-ras, contará com um amplaprogramação artístico-musi-cal, que vai da apresentaçãode música e dança japonesaao “sumiê” (pintura típica doJapão) e “origami” (arte dadobradura de papel), passan-

do por apresentações de“taikô” (tambor japonês) e“kendô” (esgrima japonesa).

No espaço livre do clube,as entidades organizadoras eduas instituições assistenciaisda comunidade nipo-brasilei-ra (Yassuragui Home e Kibô-no-Iê) contarão com barra-cas de comidas típicas, comoyakissoba, doriaki e okinawasobá, e venda de artesanatoe cerâmica japonesa. Toda arenda das barracas será re-vertida para as obras das en-tidades participantes.

Por ocasião da proximida-de do centenário da imigra-ção japonesa no Brasil, oConsulado Geral do Japãorealizará uma mostra, emmaquete, de castelos japone-ses. A Fundação MokitiOkada promoverá tambémuma mostra fotográfica dosprimeiros imigrantes japone-ses, que vieram ao Brasil paratrabalhar na lavoura de café.

Na parte esportiva, as li-gas nipo-brasileiras de futsal/voleibol e tênis de mesa rea-lizarão um torneio interno.Haverá também uma clínicapara beisebol e tênis de mesa.

A parte musical contarácom intérpretes consagradoscomo Joe Hirata e Karen Ito.

NIKKEY MATSURI

Entidades da zona norte realizamprimeira edição de evento

REPRODUÇÃO

Programação inclui demonstrações de artes japonesas

Os artistas plásticos aca-bam de ganhar um novo espa-ço para exposições: as depen-dências do Hotel Blue TreeTowers Morumbi. O BlueTree Towers Cultural Morumbié uma iniciativa do hotel emparceria com a escultoraAndrea Anholeto, que fez acuradoria das exposições dearte do Shopping Paulista nodecorrer deste ano. O objeti-vo desta parceria é sempreevidenciar o nome e os traba-lhos de cada artista, e tambémcomercializar as obras expos-tas, favorecendo assim cadaparticipante.

“Para a exposição do ho-tel, que estará aberta de 13 denovembro a 13 de dezembro,contaremos com a participa-ção de 10 grandes artistas,entre pintores e escultores:Adina Worcman, AndreaAnholeto, Guerizoli, Constan-tino, Grecu, Magdalena, Paco,Paula Batista, Régis Oliva eRogério Cyrillo. Estamos embusca de novos talentos para

as próximas exposições”, diza Curadora.

A seleção de bons trabalhosé o ponto de partida do traba-lho da curadora AndreaAnholeto, portanto a partir destemês o público terá mais umaopção para apreciar trabalhosde qualidade, talentos já conhe-cidos, ou novos talentos, comoé o caso do artista plástico Cons-tantino, que traz em suas obrascontemporâneas e caricatas,temas sociais que levam o ob-servador a se sentir parte inte-

ARTES

Blue Tree Towers abre espaço para exposiçõesgrante do encantado mundo porele retratado. Vale a pena con-ferir e conhecer as obras des-se talento emergente.

CAMINHOS DA ARTE -EXPOSIÇÃO DE ARTE(PINTURA E ESCULTURA)ONDE: HOTEL BLUE TREE TOWERS

MORUMBI (LOBBY E PISO C1)AV. ROQUE PETRONI JR, 1000 –BROOKLIN

QUANDO: DE 13 DE NOVEMBRO A 13DE DEZEMBRO

INFORMAÇÕES: WWW.BLUETREE.COM.BR

Pelo terceiro ano conse-cutivo, quatro entidadesassistenciais nikkeis se

unem novamente para a reali-zação de um evento que de-verá beneficiá-las na manuten-ção de suas sedes sociais. Estáprogramado para o próximodia 25 de novembro o 3o MegaEvento, que reunirá numa mes-ma causa a Kodomo-no-Sono,Kibô-no-Iê, Ikoi-no-Sono eYassuragui Home.

Trata-se de um grandebingo que distribuirá diversosprêmios e terá como atraçõesmusicais os shows de Joe Hi-rata, Karen Ito e Edson Saito,que voluntariamente aceitaramse apresentar na festa. Comona última edição, espera-se apresença de aproximadamen-te 1.300 pessoas. Em cadauma das entidades, foram dis-ponibilizados mil convites, quejá estão à venda no valor deR$ 25,00 e dá direito a umacartela. Os prêmios a que ospresentes concorrem são umaparelho de TV e um carroCelta 0km – além de outrossorteados em rodadas extras.

Veículo, aliás, que foi doa-ção de um empresário que pre-fere não se identificar e quedesde o primeiro evento cola-bora com a realização do pro-grama – pelo combinado, háainda uma edição no próximoano, para se sortear um últimocarro. “Este seria o penúltimomegabingo, pelo menos comrelação à doação do automó-vel. O doador teve a intençãode multiplicar esse prêmio, econseguiu a união das quatroentidades”, lembra o diretor daKodomô-no-Sono AndréKorosue, afirmando que comisso todos passaram a trocarexperiências e a ter maior in-tegração.

Entre outros prêmios estãouma geladeira, mais aparelhosde TV e de DVD, além de di-nheiro. O coordenador doevento, Jun Suzaki, tambémdiretor do Yassuragui Home,atenta para o fato de que cer-ca de 30% daqueles que ad-quirem o convite não compa-rece no dia. “Muitos compramapenas para ajudar, mas que-remos a presença das pesso-as.” Vale lembrar que a rendados convites fica para a enti-

dade que vendê-los, o que es-timula o esforço das diretoriasem chamar o maior número departicipantes. Outro atrativo éa comida (guiozá, pastel, san-duíche de pernil, oniguiri, por-ções), que será preparada porsenhoras voluntárias e estaráà venda.

Solidariedade - Como se re-veza a cada ano, desta vez acoordenação fica a cargo daYassuragui Home (Centro deReabilitação Social em Guaru-lhos). Mas Suzaki adianta que,na terceira edição, já está maisfácil de fazer os preparativos,“pois o esquema de montagemjá está elaborado e contamoscom muitos colaboradores”.De acordo com o presidenteda entidade, Morio Sakamoto,a realização do evento repre-senta “satisfação e solidarie-dade, no sentido de ajudar nos-sos internos, que sofrem dasfaculdades mentais, para quepossam viver dias melhores”.

No caso da Kibô-no-Iê, opresidente Kihatiro Kita res-salta que “é um privilégio seruma das entidades escolhidas,pois isso vem trazendo capta-ção de recursos com ajudamuito grande para nossas des-pesas”. Lá, cada interno temo custo de R$ 1.500,00. “Sa-bemos que todas nossas enti-dades passam por dificuldadesfinanceiras. Cobrimos 35% de

nossa receita com a realizaçãode eventos, e este é um deles.Além disso, temos projeto demelhoria para dar mais condi-ções de vivência aos internos.”

Um destaque apontado porLuiz Okamoto, presidente daKodomo-no-Sono, é a divulga-ção nos jornais, além do boca-a-boca e daqueles que jáacompanham a entidade.“Sem esse canal de comuni-cação, é mais difícil levar oevento para amigos e colabo-radores. O bingo ajuda aalavancar por um certo perío-do, mas sempre necessitamosde recursos para manter nos-sa entidade”, disse.

Na Ikoi-no-Sono, são 98internos idosos. “O maior pro-blema é o déficit mental. Al-guns pacientes estão desde afundação e por isso queremosmelhorar a qualidade de aten-dimento”, conta o presidenteReimei Yoshioka, explicandoque 60% das doações vem derifas e eventos, sendo o res-tante, de parentes dos internos.

EVENTO SOCIAL QUE VALE POR 4

Entidades beneficentes se unemno 3o Mega Evento do dia 25

Segundo o diretor da Kibô-no-Iê Mário Nakamura, quetodos os anos acompanha aorganização, cerca de cem aju-dantes voluntários jovens tam-bém merecem destaque. “E oespírito é mobilizar as institui-ções para que o evento se mul-tiplique e participemos de maisatividades em conjunto.” Tan-to que André Korosue lembraque “algo” já está sendo pen-sado para o Centenário da Imi-gração. O 3º Mega Eventoacontece na Associação Pau-lista de Cirurgiões Dentistas,das 19h à 0h do dia 25.

(CY)

3º MEGA EVENTO

QUANDO: 25 DE NOVEMBRO, DAS 19H À

0H

ONDE: APCD – RUA VOLUNTÁRIOS

DA PÁTRIA, 499, SÃO PAULO

ENTRADA: R$ 25,00 (DIREITO A UMA

CARTELA)

INFORMAÇÕES: 11/3208-3949

(KODOMO), 5549-2695 (KIBÔ),

3208-7248 (IKOI) E 6480-1788

(YASSURAGUI)

Diretores das quatro entidades mostram otimismo e união para mais uma edição de evento

JORNAL NIKKEI

Page 9: AGENDA Santos, onde tudo começou, prepara€¦ · Santos, onde tudo começou, prepara projetos para o Centenário —––————————————————— | pág

São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006 JORNAL NIKKEI 9

R E S T A U R A N T E S

No novo Hamatyo, atendimento épersonalizado com mestre Yoshida

O restaurante Nakasa Su-shi completa dois anos de fun-cionamento no próximo dia 19de novembro, e, para come-morar a data, quem ganha é ocliente. No horário do jantar eleirá degustar, por conta da casa,o Acelgamaki de Skin, pratoespecial que entrou no novocardápio e que está entre ossushis especiais da casa.

O Acelgamaki é servidoem dupla e o mesmo vem en-rolado em alga com tataki desalmão skin, molho tare e ger-gelim ralado. A promoção éválida entre os dias 13 e 19(segunda a domingo). Desdeo início da primavera, o restau-rante apresenta novas opõesem seu menu.

Nele estão presentes pra-tos tradicionais e contemporâ-neos. Muitos conhecidos dosclientes e outros criados pelosushiman Mitsuo Tanji, respon-sável pelo sushibar (ou kaiten)desde abril de 2005. Segundoo próprio Tanji, “cada lugar,cada bairro tem seu própriocliente, e eu me adapto de acor-do com o gosto de cada um”.E foi no Nakasa Sushi, situadonos Jardins, que o issei elabo-rou outros condimentos e igua-rias para pratos conhecidos eoutros nem tanto. Como oShakekappa (salmão defuma-do enrolado no pepino, R$18,00), Tempura Roll (cama-rão e outras iguarias, R$18,00), Cooked (peixes e fru-tos do mar cozidos - 22 peças,R$ 54,00) e Sushi Nakasa (36peças, R$ 72,00), ente outros.

Mudanças - Algumas opçõesde contemporâneos que a casa

sugere são: Salmão Kioto (gre-lhado com alho poró, shiitakee aspargos frescos, R$ 27,00)e Beef Negimaki (lâmina defilé mignon recheada com alhoporó e cebolinha, R$ 27,00),entre outros. Num período dedois anos, o proprietário IvoNesralla Jr. promoveu algumasmudanças, abrindo na ante-sala ou “lounge”, um local parao cliente degustar somenteaperitivos com drinque, semnecessariamente fazer pedidode pratos. Arborizou mais ogrande salão com iluminaçãodiscreta nas mesas e repletana lousa, onde tem escrita di-versas novidades de pratos esobremesas (como exemplo,sorvete de creme com cafénutella e pimenta ou com flo-cos de bombey, que não estãono cardápio).

No almoço, o Nakasa ofe-rece pratos especiais no kaitenpor R$ 25,20 (consumo à von-tade). No jantar, somente compeixes nobres, o valor cobra-do é R$ 54,00. O som ambien-te tem música discreta queacompanha o perfil da casaelaborado pelo pianista e DJcanadense Tim Adams. Aten-de também pedidos delivery.

NAKAS SUSHIRUA DA CONSOLAÇÃO, 3.147, JARDINS,SÃO PAULO

ALMOÇO DE SEG. A SEX., DAS 12H ÀS

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MANOBRISTA: R$ 8,00 (NOITE)

ANIVERSÁRIO

Nakasa comemora dois anoscom brinde e novo cardápio

Mestre Mitsuo Tanji comanda o kaiten do restaurante

DIVULGAÇÃO

LANÇAMENTO

Hikari lança linha de sopas com receitas tradicionaisA Hikari está lançando no

mercado uma linha de sopas,que se destaca pela consistên-cia cremosa, sabor caseiro,rápido preparo e maior rendi-mento, de acordo com a fabri-cante. “A empresa optou porresgatar receitas antigas denossas avós e de nossas mães,tais como as sopas de macar-rão com carne, legumes efrango, além da tradicionalcanja. Isso porque estas op-ções estão entre as preferidasdo consumidor brasileiro. Ali-amos isso à praticidade, poispode-se preparar uma sopa emapenas dez minutos”, explicaLuiz Kurita, diretor comercialda Hikari.

As sopas da Hikari tambémse destacam por render atéoito pratos, em embalagens de

Sopa de Galinha com Macar-rão e Legumes, Sopão de Le-gumes, Canjão com Arroz,Galinha e Legumes. Todas asversões são acondicionadasem embalagens de 200g. Emconjunto com esta linha, tam-bém está sendo lançada a ver-são Sopa de Cebola, em paco-te de 70g.

Distribuição - As sopas estãosendo comercializadas em todoo País, principalmente em su-permercados, distribuidores,atacadistas e estabelecimentosde pequeno e médio varejo. Olançamento também está sen-do apoiado com uma ação noPrograma Mestre Cuca, darede Mulher, com o chef Allan.O preço médio do pacote é deR$ 2,85 (200g) e R$ 1,97 (70g).

200 gramas. Normalmente, osprodutos similares são apre-sentados em embalagens doisterços menores para o prepa-ro de quatro pratos. “Estamosconseguindo comercializar a

nova linha com preços seme-lhantes aos produtos de menorrendimento”, ressalta Kurita.

Os sabores que compõema linha são: Sopão de Carnecom Macarrão e Legumes,

Diversidade de sabores é diferencial de nova linha

DIVULGAÇÃO

Um local que se traduz pelapersonalização. Recém-inau-gurado, o Sushi Hamatyo é umsushi-bar comandado pelo ex-periente Ryoichi Yoshida, isseiradicado há 35 anos no Brasil.

De seu balcão, saem osespeciais sushis e sashimis,preparados rigorosamente porsuas mãos ou as do sushimanDiniz, o Chiquinho.

E lá é assim, o atendimentoé personalizado e o clientepode sentar-se ao balcão, ondeas iguarias são mais rapida-mente repostas em seu prati-nho e o contato com quem asprepara é mais direto. O mes-tre Yoshida, munido de suafaca, concentra-se no corte dopescado e no preparo dos bo-linhos de arroz.

A nova casa do empresá-rio e sushiman foi aberta paraprivilegiar mesmo os pratosfrios e mais conhecidos da cu-linária nipônica. Popular, tam-bém, que ganhou até uma dataespecial, o dia 1º de novembro,dedicado ao sushi. Niguirizu-shis são algumas de suas es-pecialidades. “Quero oferecerpeixes frescos e com um aten-dimento melhor”, afirma ele,que, antes de inaugurar oHamatyo, passou e comandouvárias outras casas em SãoPaulo.

“Há muitos restaurantesmodernos aparecendo, e mui-tos rodízios, até fugindo do tra-dicional. Aqui, servimos peixesgordos, importados, de primei-ra linha”, assegura. Como jáse percebe na entrada, abrin-do a refeição com o yamakake(fatias generosas de atum en-cobertas com nori picado ekara), bonito e saboroso. To-dos os produtos utilizados vêm

do Japão, até mesmo o shoyue o missô. Quente? Talvez so-mente o missoshiru, muito bempreparado, por sinal.

E Yoshida aprendeu as pri-meiras técnicas num sushiyaem Sapporo, sua terra natal.Trabalhou lá por dois anos emeio e resolveu vir ao Brasil.Já pensava ser este um mer-cado promissor para a cozinhaoriental, com os japoneses queviviam aqui. Chegando aoPaís, aos 21 anos, foi para oSuzuki. Depois abriu o Yukara(que se tornou Sushigen). Saiu

de lá, e foi trabalhar no Yashiroe na seqüência o Daimon, am-bos por dez anos. E mais dezanos seria o tempo suficientepara comandar o Sekitei, noShopping Eldorado, que foivendido e atualmente atendepor Hiro.

Conhecedor do paladar oci-dental, pelo público a que ser-via, o nikkei conta que “é obrasileiro quem está se adap-tando ao sabor original japo-nês”. E percebe também quemuitos de seus clientes que oacompanham na sua trajetória

profissional agora o prestigiamno endereço da Av. Pedroso deMoraes, no bairro paulistanode Pinheiros.

E no seu menu, em japo-nês, estão lá as porções oupares de sashimis, sushis, dosmais variados peixes. Assim,quem monta seu “combinado”é o cliente, a seu gosto. Atum(toro e akani), salmão, robalo,cavalinha, camarão, katsuo ealgumas outras opções. Atémesmo para os temakis Yoshi-da tem seus truques. Comocom o nori, que se mantémconservado aquecido numacaixa e antes de ser usado parafazer o cone é passado rapi-damente ao fogo, deixando umcheirinho diferenciado.

Algo como “chefe dos ma-res ou pescador”, o Hamatyo,inaugurado em 25 de agosto, ésimples e suave em sua deco-ração. Uma cortininha deukiyo-e, um ambiente agradá-vel, com paredes claras e ma-deiras quase na mesma cor,oferecendo apenas 20 lugares– recomenda-se fazer reser-va. “Muitos dos clientes vêmatravés do boca-a-boca, e essepúblico está bem dividido en-tre ocidentais e nikkeis”, quepodem acompanhar os pratoscom cerveja, saquê ou shochu.

(Cíntia Yamashiro)

SUSHI HAMATYO

AV. PEDROSO DE MORAES, 393,

PINHEIROS, SÃO PAULO

TEL.: 11/3813-1586

DE TERÇA A DOMINGO, DAS 12H ÀS 14H30

(ALMOÇO); E DAS 18H30 ÀS 23H (JANTAR)

FECHADO ÀS SEGUNDAS

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Mestre Yoshida privilegia pratos frios da culinária japonesa

MARCUS IIZUKA

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10 JORNAL NIKKEI São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006

Opresidente do Metrô deSão Paulo, Luiz CarlosDavid, fez no dia 8, no

canteiro central de obras doConsórcio Via Amarela na VilaHamburguesa (avenida Quei-rós Filho, 1365), um balançodas obras da Linha 4-Amare-la ao primeiro secretário daEmbaixada do Japão, RyoInada, e para a assessora doConsulado Geral do Japão emSão Paulo, Verônica EmikoKitahara.

Após a apresentação, acomitiva visitou a fábrica deanéis de concreto, que serãoutilizados pelo “megatatuzão”para o revestimento das pare-des do túnel. Em seguida, ogrupo esteve no canteiro deobras da futura estação FariaLima, no Largo da Batata, emPinheiros, onde a supermáqui-na está sendo montada paraescavar e revestir 6,4 quilôme-tros de túnel de vias, entre asestações Faria Lima e Luz (nocentro da cidade).

Iniciada em 2004, a Linha4-Amarela do Metrô interliga-rá por subterrâneo a VilaSônia, na região Sudoeste, aobairro da Luz, no centro da ci-dade. Seu traçado passará sobviários densamente movimen-tados, como a avenida Fran-cisco Morato, Largo da Bata-ta, avenida Rebouças, rua daConsolação, praça da Repúbli-ca, avenidas Ipiranga e CásperLíbero. A linha terá 12,8 quilô-metros de extensão e 11 esta-ções. As obras se desenvol-

LINHA 4-AMARELA

Presidente do Metrô faz balançodas obras para comitiva japonesa

Com o objetivo de elevar ograu de satisfação dos clien-tes, a Honda inaugura em no-vembro três novas Unidadesno Estado de Pernambuco: osCentros de Treinamento Téc-nico e o de Pilotagem comSegurança, instalados em Re-cife, além do Centro de Distri-buição de Peças de Reposição,no município de Jaboatão dosGuararapes.

De acordo com os planosanunciados há oito meses nodescerramento da pedra fun-damental, o projeto, que con-sumiu investimentos da ordemde R$ 43 milhões - R$ 18 mi-lhões para o Centro de Distri-buição e R$ 25 milhões paraos Centros de Treinamento ede Pilotagem com Segurançafortalecerá a imagem da em-presa em uma das principaisregiões brasileiras, buscandomaior proximidade da Hondajunto às concessionárias e aosconsumidores.

Entre as atividades propos-tas, estão os cursos voltadosaos profissionais da Rede, queserão realizados no Centro deTreinamento Técnico. A pre-visão é somar mais de sete miltreinados na área de Pós-ven-da de motocicletas e automó-veis somente em 2007. Alémdisso, o projeto inclui o desen-volvimento de atividades soci-

ais, envolvendo formação téc-nica de jovens carentes naárea de mecânica.

No Centro de Pilotagemcom Segurança, um dos prin-cipais trabalhos a ser realiza-do será a formação de instru-tores das concessionárias parapromover a difusão dos con-ceitos de pilotagem conscien-te entre os motociclistas. Ou-tro diferencial é a parceria en-tre Honda e Rede para reali-zar cursos ao público final, como apoio da infra-estrutura e dosinstrutores da Unidade.

Já no município de Jaboatãodos Guararapes, as concessi-onárias terão um depósito pre-parado para estocar mais denove mil itens, movimentando21 milhões de peças de repo-

DUAS RODAS

Honda inaugura Unidades no Nordeste efortalece atendimento na região

A Eastman Kodak Com-pany anunciou no dia 8 o lan-çamento de seu micrositebrasileiro. A iniciativa prome-te ser mais um canal de co-municação com seus consu-midores e entusiastas decâmeras digitais.

Ao visitar o site www.momentos.kodak.com.br,usuários podem acessar con-teúdo diferenciado e empol-gante relacionado à fotogra-fia digital. Uma colunaintitulada “Coisas legais quevocê pode fazer” serápublicada semanalmenteabordando uma variedade deassuntos incluindocompartilhamento de fotogra-fias por meio da tecnologiaBluetooth, edição fotográficana própria câmera, velocida-des do obturador, fotografianoturna e utilização das fun-ções avançadas de umacâmera digital. A coluna daprimeira semana descreve asdiferentes maneiras de utili-zar sua câmera digital paracriar ótimos vídeos, bemcomo dicas sobre edição nocomputador.

“Temos grande prazer emoferecer essa nova ferramen-ta para que os aficionadospor fotografia possam comu-nicar-se com a Kodak eaprender mais sobre o mun-do de opções que a fotografíadigital hoje fornece”, afirmaFernando Bautista, diretorgeral da divisão de Fotogra-fia da Kodak Brasileira.

Visitantes do microsite po-dem enviar perguntas relaci-onadas à fotografia digital e

compartilhamento de ima-gens e ver as respostaspublicadas no site. Novasperguntas e respostas apare-cerão diariamente e serãoarquivadas como um arquivode informações sobre a foto-grafia digital.

“Apesar de esperarmosque as pessoas estejam apro-veitando essas idéias forne-cidas para as câmeras Kodak,o objetivo desse site é fazercom que as pessoas tornem-se muito mais interessadaspela fotografia digital e apren-dam como usar todo o poten-cial de seu equipamento fo-tográfico,” complementa oFernando Bautista.

O microsite da Kodaksediará um concurso duran-te o mês de dezembro, noqual visitantes podem enviarsua melhor fotografia queexpresse uma paixão emsuas vidas. Uma bancajulgadora será montado paraeleger as melhores imagensconcorrentes. Vencedoresterão sua fotografia e a his-tória da paixão por trás dafotografia publicados nomicrosite e ganharão umacâmera Kodak.

Para dar início à criativi-dade artística para o concur-so fotográfico, Silvio Alvimfoi selecionado para liderar acoluna chamada “Uma Se-mana na Vida de...”. Alvim éum jogador de handball daseleção brasileira e do timeIMES São Caetano e teve seudiário fotográfico de eventosem sua vida que evocam pai-xão publicado no site.

FOTOGRAFIA

Kodak anuncia novo Microsite‘Momentos Kodak’

sição anualmente.

Potencial – Por ser uma re-gião de forte representativida-de para a Honda no Brasil, oNordeste foi escolhido para setornar a base do projeto. Comquase 48 milhões de morado-res, de acordo com o últimoCenso de 2000 do IBGE (Insti-tuto Brasileiro de Geografia eEstatística), a região possui 157concessionárias de motocicle-tas, das 634 distribuídas peloPaís, sendo 25% do total, e 19concessionárias de automóveis,que representam 16% do total.

Com base em 2005, o mer-cado nordestino respondeu por23% do total de vendas demotocicletas, perdendo apenaspara o Sudeste, com 38%. Nosegmento de automóveis, aregião ficou em terceiro lugarcom 9,7% do total de modeloscomercializados, logo depois daregião Sul com 12,6%. O Nor-deste também está bem posi-cionado no faturamento depeças de reposição da empre-sa. Em 2005, por exemplo,25% do total de peças direcio-nadas às motocicletas tiveramcomo destino essa região, en-quanto o mercado de quatrorodas ficou com 12% no mes-mo período.

vem atualmente em 27 fren-tes de trabalho.

Recursos – Chamada de li-nha da integração, a Linha 4do Metrô fará conexão comtoda a rede metroferroviária dacapital paulista. Prevista paraoperar em duas fases, sendo aprimeira em dezembro de 2008,com seis estações considera-das prioritárias (Butantã, Pi-nheiros, Faria Lima, Paulista,República e Luz), a Linha 4

deverá transportar inicialmen-te 740 mil passageiros/dia. Nasegunda etapa, em 2012, coma entrega de outras cinco es-tações (Vila Sônia, São Paulo/Morumbi, Fradique Coutinho,Oscar Freire e Mackenzie/Higienópolis), a demanda diá-ria da linha deverá ultrapassar900 mil passageiros.

Orçada em US$ 1,26 bilhãode dólares, a nova linha doMetrô paulistano conta comrecursos diretos do Tesouro do

Governo do Estado (US$ 842milhões) e de US$ 418 milhõesde financiamentos, do JBIC -Japan Bank International Cor-poration (US$ 209 milhões) edo Banco Mundial – BIRD(US$ 209 milhões). Os recur-sos para a aquisição dos 29trens da frota da Linha 4 eimplantação dos sistemas desinalização e comunicaçãocentralizada deverão vir daparceria com a incitativa pri-vada nacional

Novos centros estão equipados com tecnologia de ponta

DIVULGAÇÃO

Diretores do Metrô e comitiva japonesa visitaram as principais obras da Linha-4

DIVULGAÇÃO

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São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006 JORNAL NIKKEI 11

NIKKEI RURAL

MERCADO

NEGÓCIOS

Agronegócio brasileiro exportaU$ 48 bilhões em doze meses

As exportações brasileirasdo agronegócio totalizaramUS$ 48,283 bilhões no acumu-lado dos últimos 12 meses. Ovalor é 14,5% superior ao pe-ríodo compreendido entre no-vembro de 2004 e outubro de2005, que foi de 42,160 bilhões.Com importações de US$ 6,289bilhões (+ 26,3%), o superávitcomercial nos últimos dozemeses foi de US$ 41,994 bi-lhões, conforme dados da ba-lança comercial do agronegó-cio divulgada nesta semanapelo Ministério da Agricultura,Pecuária e Abastecimento(Mapa).

De acordo com a Secreta-ria de Relações Internacionais(SRI), os setores com maiordestaque para o período foram:complexo sucroalcooleiro; pro-dutos florestais, complexo soja;fumo e seus produtos; cereais,farinhas e preparações; courose produtos de couro; carnes;café; e sucos de frutas. “Osnúmeros comprovam a quali-dade dos produtos e acompetitividade do agronegó-cio brasileiro que hoje exportapara 210 países”, comentou oministro da Agricultura, LuísCarlos Guedes Pinto.

Entre janeiro e outubro des-te ano, as exportações do se-tor somaram US$ 40,896 bi-

lhões, valor recorde históricopara períodos de janeiro a ou-tubro e 13% acima do valorexportado em igual período de2005. No acumulado do ano,as importações chegaram aUS$ 5,315 bilhões (+ 28,5%),o que resultou num superávitde US$ 35,580 bilhões, tam-bém histórico para períodos dejaneiro a outubro.

O setor sucroalcooleiro foio maior destaque nos primei-ros dez meses de 2006, já queo valor exportado passou deUS$ 3,871 bilhões para US$6,160 bilhões, um incrementode US$ 2,289 bilhões. Impul-

sionadas pela elevação dospreços do açúcar (54,6% parao açúcar em bruto e 64% nocaso do açúcar refinado), asvendas externas do comple-xo sucroalcooleiro correspon-deram a quase metade do au-mento das exportações doagronegócio entre janeiro eoutubro. As exportações deálcool cresceram 113% emternos de valor, devido à ele-vação de 30% no volume ex-portando com preços 64%superiores.

Outubro – As exportações doagronegócio em outubro

totalizaram US$ 4,839 bilhões,o que representou um aumen-to de 29,8% em relação aomesmo período do ano anteri-or. As importações somaramUS$ 599 milhões (+ 43%).Como conseqüência, o supe-rávit da balança comercial dosetor no mês foi de US$ 4,240bilhões. Tanto as exportaçõesquanto o superávit comercialsão recordes para meses deoutubro.

O segmento sucroal-cooleiro também foi o princi-pal destaque nas vendas exter-nas do mês de outubro, devidoao aumento absoluto de US$620 milhões nas exportações(passando de US$ 413 milhõespara US$ 1 bilhão), um incre-mento de 150% em relação aoutubro de 2005.

O valor exportado de açú-car cresceu 134,5%, devido àelevação da quantidade expor-tada (66,5%) e aos preços su-periores aos registrados emigual período do ano anterior(43,5% no caso do açúcar embruto e 37,4% no caso do açú-car refinado). Já exportaçõesde álcool aumentaram 207%,o que resultou de aumento de89,5% na quantidadeembarcada, com preços 62%acima dos preços registradosem outubro de 2005.

Leilão de arroz paraestabilizar preços

O Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abasteci-mento (Mapa) promoveu, nasexta-feira, leilão de venda de60 mil toneladas de arroz dosestoques do governo. O ob-jetivo é garantir o abasteci-mento do grão e estabilizarpreços em momento de ofer-ta escassa.

A decisão de realizar aoperação foi tomada apósreunião entre governo e re-presentantes da cadeia pro-dutiva do arroz (indústrias eprodutores), no final de outu-bro, em Porto Alegre. No

encontro, o governo e o se-tor chegaram ao acordo so-bre a necessidade de ofertaro produtor por meio de lei-lões.

Foram ofertadas 50 miltoneladas no Rio Grande doSul e 10 mil toneladas emSanta Catarina. O preço deabertura foi de R$ 26,20 porsaca de 50 kg para o arroztipo 1, com rendimento de58% de grãos inteiros.

O resultado do leilão nãohavia sido divulgado até ofechamento desta edição doNikkei Rural.

Leilões de milho da Conabvendem 75,8% da oferta

Os leilões de milho reali-zados no último dia 07 pelaCompanhia Nacional deAbastecimento (Conab)comercializaram 204 mil to-neladas, o equivalente a75,8% do total ofertado. Asoperações totalizaram R$35,5 milhões.

Outras 60 mil toneladas,estocadas em Goiás, serãoofertadas na modalidade devenda com Valor de Escoa-mento do Produto (VEP),amanhã (08/11). O produtodeverá ser destinado para oNorte, o Nordeste, o norte deMinas Gerais ou o EspíritoSanto.

Na primeira operaçãodesta terça-feira foramcomercializadas 100% das100 mil toneladas oriundas doMato Grosso, sendo 50 miltoneladas por meio de Prê-mio de Escoamento de Pro-duto (PEP) e 50 mil por meiode Prêmio Equalizador aoProdutor (Pepro).

O valor do prêmio, queabriu em R$ 5,76, fechou emR$ 2,88 no leilão de Pepro eem R$ 1,68 no Prop. O mi-lho oriundo da venda de es-toques públicas também ob-teve boa procura. Das 170mil toneladas ofertadas, 104,6mil foram comercializadas.

Friboi e Carrefourpromovem carne orgânica

A partir de parceira entreo Frigorífico Friboi, do GrupoJBS, e a rede de hiper-mer-cados Carrefour, a agênciaPop Trade vai apresentar asqualidades dos produtos comas marcas Maturatta - linhade carnes de cortes especi-ais para churrasco - e OrganicBeef Friboi – cortes de car-ne bovina produzida organi-camente - a consumidoresem unidades do Carrefourinstaladas nas praças de BeloHorizonte e também no Riode Janeiro.

“Toda a equipe foi espe-cialmente treinada para co-nhecer e informar de manei-ra inteligível ao consumidorfinal todos os diferenciais dacarne bovina produzida pelocliente”, considera AmirKrutman CEO da Pop Trade.

O Grupo Friboi detém a

liderança no segmento decarnes de cortes especiaispara churrasco com a mar-ca Maturatta. A linha apre-senta 9 opções de cortesresfriados, limpos, desossa-dos e embalados a vácuo(picanha, miolo de alcatra,filé mignon, cupim, picanhafatiada, granito, fraldinha,maminha, costela três ripas).Já com a Organic BeefFriboi, o frigorífico segue atendência dos produtos“ecologi-camente corretos”.O objetivo deste lançamen-to é estar presente em todosos nichos de mercado rela-cionados ao produto carnebovina. A linha é compostapor 15 opções de cortes es-peciais de carne in naturaembalados a vácuo e um decongelado, que utiliza gadoorgânico.

Seminis anuncia mudançasem suas marcas comerciais

A Seminis Inc., líder mun-dial de produção e comerciali-zação de sementes de hortali-ças, mudará sua estrutura denegócios no País. A empresareduzirá seu portfólio de pro-dutos e incorporará a marcaHorticeres, passando a operarapenas com a marca Seminisno mercado nacional. Oportfólio atual da empresa aten-de a 66 segmentos do merca-do de hortaliças e será reduzi-do para menos que 30. O ob-jetivo da Seminis é concentraro foco de seus negócios nasespécies mais importantes epresentes no mundo todo, commaior potencial de mercado emaior nível tecnológico. Comisso, a empresa pretende redu-zir também a complexidade donegócio.

A nova forma de atuaçãonão implicará em redução dototal de investimentos em pes-quisas previstos para 2007, daordem de 3,5 milhões de re-ais, havendo apenas arealocação de recursos como intuito de ganhar maiorcompetitividade e maior espe-cialização na linha de produ-tos remanescente, informa o

gerente de Marketing, MárcioNascimento.

Outra alteração a ser pro-movida pela Seminis é a desativação da linha de pro-dutos destinada aos segmen-tos amador e semi-profissio-nal, entre eles as linhas depacotinhos, Horta Mais e Pla-tina. A desativação, segundoNascimento, representa pou-co mais de 3% das vendas daempresa no País e visa inten-sificar o foco no segmentoprofissionalizado. Nascimen-to garante que todos os esto-ques serão comercializados

normalmente até o final de2007 e acrescenta que os pro-dutos comercializados sob amarca Horticeres, continua-rão sendo produzidos ecomercializados, mas agorasob a marca Seminis. “Pro-dutos líderes de mercado,como cenoura Juliana, cou-ve-flor Verona e alface cres-pa Amanda, serãocomercializados nas embala-gens atuais até acabar o es-toque, sendo, a partir daí,comercializados sob a marcaSeminis”, exemplifica.

As mudanças da Seminis

são resultado da nova visãoestratégica adotada a partir daaquisição da empresa pelaMonsanto, em 2005. O anún-cio ocorreu durante reuniãocom distribuidores nacionaisdos produtos realizada, emPoços de Caldas, MG.

A Seminis do Brasil detémem torno de 25% do mercadode sementes de hortaliças,mantendo uma forte represen-tação em toda América do Sul.A estrutura brasileira é for-mada pelo Departamento dePesquisa com duas EstaçõesExperimentais, em Paulínia/SPe Carandaí/MG, além do Cen-tro de Distribuição e do De-partamento de Administraçãoe Vendas, sediados em Cam-pinas/SP.

A empresa é líder mundialno desenvolvimento, produçãoe vendas de sementes de hor-taliças e está presente em maisde 150 países. A tecnologia deseus produtos visa reduzir anecessidade de uso deagroquímicos, aumentar a pro-dutividade, durabilidade nopós-colheita, e oferecer ali-mentos com mais sabor e mai-or conteúdo nutricional.

Negociação de créditos decarbono em alta no Japão

A negociação de créditosde carbono está aumentan-do acentuadamente no Ja-pão, com mais bancos, em-presas de seguros, e casasde comércio entrando nesteramo como brokers.

Segundo uma pesquisa dojornal ‘Nikkei FinancialDaily’, direcionada para ins-tituições financeiras e casasde comércio, pelo menos oitocompanhias já tinham sidobrokers de mais de 30 tran-sações de créditos de gasesdo efeito estufa até o finalde outubro. As previsõespara o final do ano são queeste número alcance 36, umaumento acentuado quandocomparado aos oito projetosde 2005, e um de 2004.

Entre as oito empresas

estão a Marubeni Corp.(TSE:8002), assim comoSumitomo Mitsui BankingCorp., Mizuho Trust &Banking Co. (TSE:8404), eDaiwa Securities Co., alémde outras empresas de se-guros.

Sob o Protocolo deKyoto, o Japão é obrigado areduzir as suas emissões degases do efeito estufa em6% em relação ao nível de1990 entre 2008 e 2012. Aopasso que o prazo se apro-xima, a demanda por per-missões de emissão deveaumentar entre companhiasde geração elétrica, indústri-as de aço e outras.

(Fernanda B. Muller/CarbonoBrasil).

Cadastro para exportarfrutas para UE vai até dia 15

O Departamento de Inspe-ção de Produtos de OrigemVegetal (Dipov) do Ministérioda Agricultura, Pecuária eAbastecimento (Mapa) divul-gou a 1ª Programação paraCadastramento de EmpresasExportadoras de Frutas para aUnião Européia. A nota alertapara a urgência do cadastra-mento dos exportadores de fru-tas para o bloco europeu.

Segundo a nota, a partir de1° de novembro, as empresasexportadoras de mamão emaçã para Comunidade Euro-péia ficam obrigadas a se ca-dastrar junto ao Ministério daAgricultura, Pecuária e Abas-tecimento (Mapa), de acordocom os requisitos e formuláriosestabelecidos pela InstruçãoNormativa nº 66, de 11 de se-tembro. As empresas devem

preencher os formulários e darentrada no Serviço de InspeçãoAgropecuário (SIPAG), da Su-perintendência Federal de Agri-cultura (SFA), na Unidade daFederação correspondente,para os procedimentos que sefizerem necessários.

Por exigência da Comuni-dade Européia, o credencia-mento deve ser solicitado atéa data limite de 15 de novem-

bro. Da mesma forma, os es-tabelecimentos exportadoresde amendoim e castanha doBrasil para o bloco europeudevem solicitar o cadastra-mento junto ao Mapa.

O cadastramento das em-presas exportadoras das de-mais frutas será contempladona 2ª programação a serestabe-lecida pelo Ministérioda Agricultura.

Setor sucroalcooleito foi um principais exportadores

Empresa é lider na produção de sementes de hortaliças

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12 JORNAL NIKKEI São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006

NIKKEI RURAL

CURSOS E EVENTOS

MEIO AMBIENTE

DivulgaçãoPara divulgar cursos e eventos, basta enviar e-mail para oendereço eletrônico: [email protected]

Pesquisa mostra quedano preço de agrotóxicos

Proposta para meio ambientebeneficia agricultura familiar

Congresso em SP debatebiocombustível no exterior

O Congresso SAE BRA-SIL 2006, que acontece de 21a 23 de novembro, em SãoPaulo, trará nos fóruns deVeículos de Passeio um am-plo debate sobre as tecnolo-gias dos combustíveis alter-nativos e a inserção dos mo-tores flex no cenário interna-cional, identificando suaspotencialidades e ameaçasquando compara-das comoutras tecnologias disponíveise em desenvol-vimento noresto do mundo.

Segundo o diretor do Co-mitê de Veículos de Passeiodo Congresso SAE Brasil2006, Evandro Maciel, a en-genharia brasileira domina econstantemente otimiza todoo ciclo de produção e consu-mo de álcool, envolvendo des-de o cultivo da cana-de-açú-car, as usinas de produção eseus processos, o transporte

e distribuição, até as estrutu-ras de custos e os motoresflex que hoje equipam gran-de parte da nova frota.

“Já se deu o início do de-senvolvimento do ciclo do bi-odiesel, a partir de várias ole-aginosas, embasado na tec-nologia e extensão do agro-negócio há tempos consolida-do. Este é o caminho que te-mos de trilhar neste momen-to e temos de percorrê-lo apassos largos, para assimcontinuarmos na vanguardatecnológica que há pouco con-quistamos. No futuro, deve-mos aproveitar a reconheci-da capacidade hidroelétricada geografia brasileira paraalavancar a consolidação dosautomo-tores elétricos “plug-ins” na frota urbana nacio-nal”, argumentou em artigopublicado pela Cultivar nestasemana.

Feira de Orgânicosrende mais de R$ 2 milhões

Mais de R$ 2 milhões emnegócios nos próximos seismeses. Este é o resultado dototal declarado pelos partici-pantes da primeira RodadaNacional de Negócios de Pro-dutos Orgânicos de São Pau-lo, que aconteceu durante aBiofach 2006, a maior feirade produtos orgânicos daAmérica Latina.

A rodada envolveu 41

vendedores de oito estadosbrasileiros - São Paulo, Riode Janeiro, Paraná, MinasGerais, Santa Catarina,Bahia, Espírito Santo e RioGrande do Norte - e 10 com-pradores, entre eles, o grupoPão-de-Açúcar, as lojasMundo Verde, além de em-pórios, mercearias, restau-rantes e traders de exporta-ção.

Resultado de pesquisa do IACestá na bolsa de ações de Paris

O resultado de pesquisado Instituto Agronômico(IAC) esteve no Palace deLa Bourse — bolsa de açõesde Paris — nesta última se-mana como exemplo de em-preendimento bem sucedidono Brasil. O trabalho foiapresentado durante a Con-ferência do TBLI (TripleBottom Line InvestingConference) – Europe 2006,— fórum que reúne investi-dores do mundo todo interes-sados em apoiar negócioscaracterizados pelas três ba-ses: econômica, social e am-biental. Com apoio daFAPESP, a pesquisa do IACdestinada à extração de óleolinalol, usado na indústria deperfumes, resultou na implan-tação da pequena empresaLinax, em Votuporanga, SãoPaulo. O projeto IAC/Linax

é o único representante doBrasil nessa conferência denegócios.

De acordo com o pesqui-sador do IAC responsávelpelo estudo, Nilson BorlinaMaia, a expectativa é encon-trar no TBLI investidoresinteres-sados pelo trabalho.

Maia explica que dos in-vestimentos obtidos, uma par-te é direcionada para a Linaxe outra vai para a pesquisano IAC, com vistas ao desen-volvimento de novas varieda-des e análises de plantas. Eleressalta que essa pesquisa éum bom exemplo do trabalhoprático que o IAC faz. “Osestudos tiveram início em2000, em laboratório, e em2006 já geram arrecadaçãode impostos para o Estado eprojeção internacional”, afir-ma.

Rodada envolveu 41 vendedores de oito estados brasileiros

GERAL

MERCADO/MEIO AMBIENTETEMPO

Confira a previsão dotempo para este final desemana no Estado de SãoPaulo:SábadoSol o dia todo, com muitasnuvens de manhã. Noitecom muita nebulosidade.Mínima de 11 e máximade 25º.DomingoNublado pela manhã.Tarde de sol com diminui-ção de nuvens. Noite commuita nebulosidade.Mínima de 12º e máximade 25º.

Fonte: Clima Tempo

Preço do biodiesel devecair nos próximos quatro anos

Os preços do biodieseldevem cair significativamen-te quando os governos euro-peus tornarem obrigatórias asmisturas dos combustíveis eà medida que a produção qua-druplicar nos próximos quatroanos, segundo prevê um es-tudo da corretora GoldmanSachs.

O interesse dos con-sumidores e dos governospelos biocombustíveis dispa-rou nos últimos anos, no

rescaldo do aumento do preçodo petróleo e devido ao com-promisso assumido pela maiorparte dos Executivos mundiaisde reduzir a emissão de gasescom efeito estufa,responsabilizáveis pelo aque-cimento global.

Ainda assim, sublinha o es-tudo, só com subsídios públi-cos o biodiesel conseguirá, amédio prazo, tornar-se umaalternativa competitiva. Naausência de auxílios estatais, o

preço do petróleo teria de al-cançar os 110 dólares por bar-ril para tornar o biodiesel atra-tivo comercialmente.

O combustível produzido apartir de óleos vegetais atin-giu a média de 780 euros atonelada neste ano e deveráreduzir-se em 18%, para 640euros a tonelada, quando osgovernos tornarem obriga-tória a mistura do combustívelcom o diesel convencional,segundo a Goldman Sachs.

Duas importantes reso-luções de caráter ambiental quebeneficiam a agricultura fami-liar e a reforma agrária foramaprovadas, no último dia 7, pelaCâmara Técnica de AssuntosJurídicos do Conselho Nacionaldo Meio Ambiente (Conama).As duas resoluções foram pro-postas pelo Ministério do De-senvolvimento Agrário (MDA)ao Conama. Uma delas é vol-tada às agroindústrias, e facili-tará a abertura de novos negó-cios no meio rural e a regulari-zação dos já existentes. A ou-tra medida revê os procedimen-tos de licenciamento ambientalpara projetos de assen-tamentos. Para entrar em vigor,as duas propostas aprovadaspelas Câmaras Técnicas deve-rão ser votadas e deliberadaspelo plenário do Conama, quese reunirá entre os dias 29 e 30de novembro.

A resolução referente àsagroindústrias institui a Licen-ça Única de Instalação e Ope-ração (LIO) para o funciona-mento de agroin-dústrias depequeno porte, que são aque-las com área de até 250 metrosquadrados. O Ministério doDesenvolvimento Agrário

Agroindústrias de pequeno porte terão licenças simplificadas

(MDA) estima que existammais de 20 mil agroindústriasdeste tipo, envolvendo mais de200 mil famílias do campo.

Atualmente, os agricultoresfamiliares que desejam come-çar seu próprio negócio preci-sam obter três licenças diferen-tes: a Licença Prévia (LP), Li-cença de Instalação (LI) e aLicença de Operação (LO).Além do alto custo dessas li-cenças, outro inconveniente éo prazo de liberação que podealcançar até seis meses, oumais, para cada uma delas.

A nova resolução leva emconta que os tipos mais freqüen-tes da pequena agroindústria -conservas, doces, bebidas, pro-

cessamento de frutas, farinhas,castanhas, temperos, processa-mento de leite e carne - gerambaixo impacto ambiental, poisproduzem reduzido volume deefluentes e seus resíduos po-dem ser aproveitados como ali-mento para animais ou comocomposto orgânico para o solo,servindo ainda como fonte al-ternativa de renda.

Apenas os abatedouros deanimais serão licenciados emduas etapas. As agroindústriasque já se encontram em funcio-namento também deverão obtera licença ambiental única, e te-rão prazo de dezoito meses pararegularizar sua situação junto aosórgãos de meio ambiente.

A segunda resolução tratada revisão dos procedimentosde licenciamento ambientalpara projetos de as-sentamentos (PAs).

Em suma, as alterações vi-sam viabilizar a regularizaçãoambiental de todos os assenta-mentos, simplificando o proces-so de obtenção da licença.

A nova resolução, elabora-da a partir da revisão da reso-lução 289 do Conama, propõe:substituir a exigência de estu-dos de impacto ambiental pe-los diagnósticos ambientais con-templados em quase todos osProjetos de Desenvolvimentode Assentamentos (PDA); ins-tituir licença ambiental diferen-ciada para PAs já existentes;regu-lamentar a Certidão Mu-nicipal necessária à obtençãoda licença, a qual deverá de-clarar que o local e o tipo deempreendimento estão em con-formidade com o uso e a ocu-pação do solo.

As licenças ambientais po-derão ser expedidas isoladas ousucessivamente, de acordo coma natureza, carac-terísticas, lo-calização e fase de implanta-ção do projeto de reforma agrá-ria.

A Companhia Nacional deAbastecimento (Conab), vin-culada ao Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abasteci-mento, está disponibilizandoem seu site(www.conab.gov.br), o resul-tado da segunda pesquisa so-bre a evolução dos preços dosagrotóxicos (fungicidas,herbicidas e inseticidas), rea-lizada em setembro. A partirde agora, o levantamento tam-bém passa a analisar o custode fertilizantes e sementes.

O estudo aponta uma redu-ção contínua na cotação detodos os produtos. De janeiroa setembro, os fungicidas so-freram uma queda de 10,9%,os inseticidas 7,9%, os

herbicidas 6%, os fertilizantes7,4% e as sementes 8,3%.Segundo o analista de merca-do da Conab, AsdrúbalJacobina, a redução se deve àpequena procura aos insumospor parte dos agricultores. “Es-tes estão ainda descapita-lizados e aguardando uma de-finição do governo sobre assuas dívidas”, diz Jacobina.

O objetivo da pesquisa, queé realizada a cada dois meses,é subsidiar o governo federalna elaboração do Índice dePreços Pagos (IPP), atualizaro custo de produção das diver-sas culturas agrícolas e dispo-nibilizar informações ao agri-cultor para a obtenção de me-lhores preços no mercado.Com impactos ambientais, defensivos são menos procurados

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São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006 JORNAL NIKKEI 13

Guilherme Oda, de Bauru,e Carla Ziliotto foram os gran-des campeões do 37º Campe-onato Nikkey de Golfe do Bra-sil. A competição, realizada nosdias 4 e 5 de novembro, noArujá Golf Clube, contou coma participação de cerca de 180jogadores de São Paulo, Pará,Minas Gerais, Rio Grande doSul e Paraná.

Promovido pela AssociaçãoNikkey de Golfe do Brasil comapoio do Jornal Nikkei, ArujáGolf Clube e PL Golf Clube, oevento tem como objetivo pro-mover a confraternização en-tre os jogadores da comunida-de nipo-brasileira. “A exemplodos anos anteriores, o campe-

GOLFE/ESPECIAL

Campeonato Nikkey coroa talentos da comunidade

CLASSIFICAÇÃO DO 37º CAMPEONATONIKKEY DE GOLFE DO BRASIL

MASCULINO

Scratch1º) Guilherme Oda ................................... (BRU)2º) Shuishi Koshi .................................... (PLGC)

Handicap 0 a 121º) Luiz Miyagi ........................................ (AGC)2º) Wilson Igawa ..................................... (AGC)

Handicap 10 a 181º) Seizo Yano .......................................... (CGC)2º) Marcio Uejima ................................ (GUAR)

Sêniors Scratch1º) Mitsuro Kawaharada ......................... (AGC)2º) Kenjiro Miyazaki ................................ (AGC)

Sêniors – Handicap até 171º) Yasumitsu Takada .............................. (AGC)2º) Mario Hirano ...................................... (AGC)

Sêniors – Handicap 18 a 281º) Mario Nichiata ................................... (AGC)2º) Gisaburo Owa .................................. (PLGC)

Super-Sênior Scratch1º) Masaki Sawada .................................. (AGC)2º) Nicolau Omori .................................... (AGC)

Super-Sênior com Handicap1º) Masayuki Sawada .............................. (AGC)2º) Yoshio Okamura ................................. (CUR)

FEMININO

Scratch1º) Carla Ziliotto ...................................... (AGC)2º) Ruriko Nakamura ............................ (LAGC)

Com Handicap1º) Marise Nishi ....................................... (AGC)2º) Mitsuko Oyakawa .............................. (AGC)

Super-Sênior Scratch1º) Miyoko Higashi .................................. (BGC)2º) Sônia Nishi ......................................... (AGC)

Super-Sênior com Handicap1º) Maria Okabe ...................................... (AGC)2º) Yoshiko Igarashi ................................. (CUR)

Campeões, Carla Ziliotto e Guilherme Oda pretendem priorizar estudos

Deu a lógica no 37º Campe-onato Nikkey de Golfe do Bra-sil. O melhor golfista nipo-brasi-leiro da atualidade, GuilhermeOda, de Bauru, venceu na cate-goria scratch. Entre as mulhe-res, quem ergueu a taça de pos-se transitória doada pela Fede-ração Paulista de Golfe foi CarlaZiliotto, que conquistou seu ter-ceiro título consecutivo na com-petição.

Guilherme Oda, de 20 anos,sagrou-se bicampeão em sua

terceira participação no torneio.Tímido, o nikkei disse que ficoufeliz pelo resultado. Em 2007, ojovem bauruense pretende alçarnovos vôos. “Estou cursando oterceiro ano de Administraçãoe por enquanto está dando paraconcliar os estudos com o golfe,mas no ano acho que a coisa vaiapertar”, prevê Oda, que come-çou a praticar golfe “com 10 ou11 anos” por influência dos avós,Reimei e Yoshico, e do pai, Ro-berto Isao. “O gosto pelo espor-

te já veio de família”, comentouOda, que em seu primeiro anono circuito nacional ocupa aquarta colocação no ranking daConfederação Brasileira deGolfe.

Quem também deve priori-zar os estudos no próximo ano éCarla Ziliotto, que também estáentre as melhores jogadoras doBrasil. Este foi o terceiro títuloconsecutivo de Carla na com-petição, substituindo Priscilla Ida,ex-número 1 do Brasil e dez ve-

zes campeã do torneio, que hojeé profissional de golfe no Japão.

E a exemplo do ano passa-do, com Ruriko Nakamura nasegunda colocação. “Enfrenteiminha adversária de sempre. Adiferença é que joguei bem noprimeiro dia e consegui abriruma vantagem. No segundo diafoi só administrar”, confiden-ciou Carla, lembrando que nãodisputava uma competição ofi-cial desde setembro, quandoparticipou do Interfederações.“Desde então, nem encostei notaco”, afirmou a “caloura”Carla, acrescentando que estáprestando vestibular paraHotelaria e Turismo. “Recebiproposta para estudar nos Es-tados Unidos em 2007, masdevo ficar por aqui”, afirmou anikkei. (AS)

Carla Ziliotto, que conquistou o título pelo terceiro ano consecutivo ... e o bicampeão Guilherme Oda erguem a taça transitória da FPG

30% dos praticantes no Bra-sil, ou seja, de 5 a 6 mil numuniverso de 20 mil jogadores”,contabiliza Nomura, afirman-do que os golfistas nikkeis temtodas as condições de repre-sentar, e bem, o País. “Entreas mulheres temos a RurikoNakamura e a Emi Nomura,entre tantas outras. No mas-culino, aparecem nomes comoMilton Tanigaki e SatoshiHirose, por exemplo”, enume-ra Nomura, lembrando que apróxima edição do torneio,obedecendo o rodízio estabe-lecido pela associação, será

realizado em 2007 no PL GolfClube, nos dias 3 e 4 de no-vembro.

“Em 2005, no mesmo PL,a competição reuniu 220 joga-dores. Para 2007, nossa ex-pectativa é superar esse núme-ro”, diz Nomura, antecipandoque em 2008, ano do Cente-nário da Imigração Japonesano Brasil, a associação esperarealizar um “big evento”. “Ain-da estamos em fase de plane-jamento, mas a idéia é realizaruma grande festa de confra-ternização, que ocuparia trêsclubes”, ressalta Nomura.

(Aldo Shiguti)

onato transcorreu sem proble-mas, apesar da diminuição donúmero de atletas ocasionadopor circunstâncias diversas emsuas respectivas regiões. Masno fim tudo acabou cem porcento. Naturalmente, com acolaboração de todos os envol-vidos, que entenderam a pro-posta do evento”, avaliou opresidente da AssociaçãoNikkey de Golfe do Brasil,Yoshito Nomura.

Segundo ele, tanto Guilher-me Oda como Carla Ziliottofizeram por merecer o título.“Eles eram realmente os favo-ritos, principalmente GuilhermeOda, que está jogando muito.Para se ter uma idéia, ele fi-

cou em terceiro no Campeo-nato Estadual deste ano, quereuniu os melhores jogadoresem atividade no Brasil, e ven-ceu também em Alphaville. Éum jogador que promete mui-to”, elogiou Nomura, lembran-do que este ano a competiçãocontou com um “apoio maisfirme” da Federação Paulistade Golfe, que doou duas taçasde posses transitórias ondeestão gravados os nomes dovencedores de todas as edi-ções do torneio, e contou coma presenças de convidadosilustres como o cônsul geral doJapão em São Paulo, MasuoNishibayashi.

Nomura destacou também

que ao longo dos anos, o Cam-peonato Nikkey conquistou res-peito, admiração e prestígio nãosó entre os jogadores da comu-nidade nipo-brasileira comotambém de empresas como aHonda, Ajinomoto, Yakult, Mi-neração Horii, ConstrutoraHoss e Salgadinhos Lucky,além de colabores como a Pa-nasonic e TAM, entre outras.

Além do espírito de confra-ternização, Nomura explicaque o torneio também servepara mostrar a importânciaque os jogadores nikkeis têmpara o golfe brasileiro. Não sóem quantidade como tambémem qualidade. “Hoje, a comu-nidade representa cerca de

Masuo Nishibayashi, Yohito Nomura e Muneki Tikasawa

MARCUS IIZUKA

Yoshito Nomura entrega prêmio a Miyoko Higashi (super-sênior) O cônsul Nishibayashi ao lado de Masaki Sawada (super-sênior)

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14 JORNAL NIKKEI São Paulo, 11 a 17 de novembro de 2006

A Associação FurusatoSoosei do Brasil promove nodia 15 de novembro mais umaedição de seu tradicional taikai.Denominado “7º ConcursoBeneficente de KaraokêInterprovíncias”, o evento temo apoio do Kenren (Federaçãodas Associações de Provínci-as do Japão No Brasil) e doBunkyo e contará com deze-nas de cantores de variadasregiões de São Paulo.

Realizado na AssociaçãoHokkaido de Cultura e Assis-tência, o evento reunirá no pal-co da Associação mais de 100cantores, que disputarão entresi o prêmio de melhor desem-penho coletivo. Na ocasião, aprovíncia campeã receberá oTroféu Transitório “FurusatoSoosei”. Já o troféu “CarlosTakahashi” ficou definitiva-mente com a equipe de Oki-nawa-ken, após faturar otricampeonato em 2002, 2004e 2005. Nos outros anos, se-gundo os organizadores,Fukuoka-ken e Yamguchi-kenlevaram a competição.

Para o presidente da Asso-ciação, Toyohiro Shimura, e ocoordenador geral do evento,Paulo Yamaji, a realização demais uma edição do concursoé uma demonstração da for-ma com que a comunidadetem ajudado entidades assis-tenciais através da música,além de reunir amigos de lon-ga data para um “dia musical”.

No geral, o concurso terá13 categorias, que vão do in-fantil até o super extra. Aosque procuram por músicasmais diferenciadas, haverá ain-da a categoria Star.

Como acontece em todas asedições, toda a verba arrecadaproveniente das inscrições serádoada para uma entidade assis-tencial. Neste ano, a escolhidapara receber os donativos foi oKodomo-No-Sono.

Com início a partir das 8horas na sede da AssociaçãoHokkaido de Cultura e Assis-tência, localizada na rua Joa-quim Távora, 605, Vila Maria-na, São Paulo. Mais informa-ções pelo tel 11/ 2276-5936.

TAIKAI

Associação Furusato Sooseirealiza concurso

AComissão Organizado-ra de apoio ao “Museude Arte Moderna

Nipo-Brasileira Manabu Ma-be” promove um concurso dekaraokê neste feriado, dia 15(quarta-feira), no ShizuokaKenjin do Brasil, localizado naRua Vergueiro 193, Liberdade.

O evento terá início às 8he o término previsto para às22h. As inscrições para oconcurso poderão ser feitasna hora. Às 11h acontece acerimônia de abertura, comdiscursos dos organizadores ecolaboradores.

Os convidados disputarão aTaça NAK do Brasil (o prê-mio para o vencedor do con-curso) cantando músicas tra-dicionais japonesas, além demúsicas em inglês e portugu-ês.

Além do concurso haverátambém um Bingo Especialque oferecerá muitos prêmios,um Bazar de roupas, comidase artesanatos. A praça de ali-mentação, com comidas típicasbrasileiras e japonesas, prepa-radas pelo Buffet Midori, pro-mete agradar o paladar dosconvidados.

A entrada será franca e osconvidados só pagarão as ins-crições para o karaokê e o quefor consumido dentro do even-to, como comidas, bazar e oBingo Especial.

Segundo Akihisa Kitagawa,presidente da NAK do Brasile organizador do concurso,esse será o primeiro eventocom a finalidade de arrecadarfundos para a inauguração doMuseu de Arte Moderna Nipo-Brasileira “Manabu Mabe”.“Este evento é o início para

abrir caminhos a outros”, ex-plica. A comissão pretende re-alizar outros eventos no anoque vem. “Manabu fez tanto epor isso temos o orgulho de co-laborar com a comunidadenikkei”, conta Wakiyo Chida,vice-presidente da NAK doBrasil.

Segundo a viúva deManabu Mabe, Yoshino Mabe,os organizadores esperam cer-ca de 300 pessoas presentesno evento. “O karaokê nãorende muito, mas fazemos decoração. Afinal Manabu sem-pre colaborava com todos, que-remos continuar seus passos”,acrescenta o presidente.

Centenário - “Os sonhos dos

artistas sempre prenunciam ofuturo. Com a colaboração dasociedade vamos transformarcinzas e sonhos em um novoespaço para a Liberdade” (tre-cho extraído do site ManabuMabe).

Em 1992 um prédio locali-zado na Rua São Joaquim foidestruído devido a um incên-dio que acabou com as insta-lações do lugar. O edifício foiabandonado e ficou coberto decinzas.

Por intermédio do ex-go-vernador Geraldo Alckmin e oatual governador CláudioLembo, o Instituto ManabuMabe vai participar do projetoque envolve a restauração doprédio para a construção do

CONCURSO BENEFICENTE

Concurso de karaokê prometereunir 300 pessoas no feriado

Museu de Arte Moderna Nipo-Brasileira “Manabu Mabe”.

O principal objetivo do Insti-tuto é que o Museu transcendao bairro oriental de São Paulopara atingir uma dimensão inter-nacional. Segundo Yoshino, esteera o sonho de Manabu Mabe.

De acordo com o site, “seráa nossa retribuição à nova pá-tria que nos acolheu”.

(Aline Inokuchi)

CONCURSO DE KARAOKÊCOM BINGOLOCAL: SHIZUOKA KENJIN DO BRASIL

RUA VERGUEIRO, 193 – LIBERDADE/SÃO PAULO

DATA: 15 DE NOVEMBRO (QUARTA-FEIRA)HORÁRIO: DAS 8 ÀS 22H

ENTRADA: FRANCA

O Mangá e o Papel da Abrademi

ANIMÊ E MANGÁ - PARTE 2 (FINAL)

Quanto ao tema, “Evolu-ções do mangá no Japão e nomundo”, é preciso colocar que,como o mangá é uma formade entretenimento, concorrediretamente com outros tiposde entretenimento, como a TV;a Internet, os games e o cine-ma. Assim, é necessário queevolua para continuar existin-do. Todas as semanas, os edi-tores japoneses ficam atentosàs pesquisas de opinião juntoaos leitores (encarte da pes-quisa dentro do mangá) e osúltimos colocados na votaçãosão convidados para concluí-rem a história.

Eles precisam captar o gos-to do leitor naquele momento eproduzir algo que garanta a ven-dagem daquela revista. Embo-ra com alguns tropeços, os edi-tores têm se saído bem. Noentanto, criar uma história re-almente nova está cada vezmais difícil e ainda mais criargrandes estouros de vendagem.

A necessidade de reciclaré grande, e talvez a única ma-neira de fazer isso seja trazeringredientes de fora ou de ou-tros países. Agradar o públicocom uma história muito dife-rente das que ele está acostu-mado não constitui tarefa fá-cil. De qualquer forma, se omangá continuar a ser umaforma de entretenimento bara-

to, no Japão isso deverá ocor-rer por muito mais tempo.

No exterior, o mangá semantém em países onde aseditoras investem no seu seg-mento. Ou seja, depois de lan-çar os best sellers do mangá,é necessário publicar tambémaqueles cuja vendagem não étão boa, enquanto não surgemoutras histórias que possamestourar nas vendas.

Na França, por exemplo,como todos os títulos de man-gá best sellers já foram lança-dos, agora eles se detêm em pu-blicar os menos conhecidos,que com certeza terão menorvendagem.

No Brasil, entre os fatoresque prejudicam qualquer publi-cação, independente de serquadrinhos ou não, está sua for-ma de distribuição. Como asbancas de jornais trabalhamapenas por consignação, rece-bendo 30% do valor de capa darevista vendida e devolvendo oque não é vendido, eles prefe-rem vender uma revista Cláu-dia ou Playboy, que são maiscaras e, portanto, dão mais lu-cro do que uma revista de qua-drinhos. Com isso, as revistasmais caras e mais procuradasficam em locais mais visíveis.

O editor divulga que a tira-gem de sua revista é de 200mil exemplares, mas imprimiu

50 mil e vendeu somente 15mil. Por isso, essas revistascustam muito caro e quase nãohá anúncio publicitário pago emrevistas de quadrinhos, o quepoderia diminuir um pouco opreço da revista e com issoatingir mais leitores.

Quando a Abrademi come-çou em 1984, boa parte dosparticipantes era descendentede japoneses, que cresceramlendo o mangá em japonês, etinham adquirido conhecimen-to e os traços do mangá. Hoje,quem funda um grupo de man-gá, na verdade, junta os fãs dedesenhos animados da TV oude games, e não propriamentefãs do mangá, das histórias emquadrinhos.

De um modo geral, o Bra-sil perdeu a chance de produ-zir mangá, o que deveria terocorrido na década de 1970 ou1980. Jovens desenhistas quecresceram lendo mangá nãoconseguiram publicar seu man-gá no Brasil e ingressaram nosEstúdios Disney e Maurício deSousa, apesar de talentosos.Exemplo disso foi a editoraEdrel, que nas décadas de1960 e 1970 lançou diversasrevistas de mangá nacionais,que obtiveram bastante suces-so. Como essa editora era pe-quena e não tinha estruturapara crescer mais e nenhuma

outra se interessou em man-gá, nem brasileira nem japone-sa, ficamos sem o mangá na-cional.

<>Depois que os desenhosanimados japoneses fizeramsucesso na TV, na década de1990, as editoras decidiramcorrer atrás, publicando osmangás exibidos na TV ou quefizeram sucesso em outrospaíses. Essas editoras não sepreocuparam em desenvolverum trabalho nacional. Hoje, opseudomangá dificilmente seráaceito no Brasil. No mundointeiro não deu certo, excetona Coréia do Sul, onde exis-tem várias revistas de boa ti-ragem publicando os mangásjaponês e coreano.

Essa mesma situação ocor-re com a fábrica de brinque-dos. No Japão, antes de umdesenho animado ser produzi-do, antes de começar, os con-tratos são assinados e quandoo desenho é lançado os brin-quedos chegam às prateleiras.Assim, um ajuda o outro e to-dos saem ganhando. No Bra-sil, as fábricas de brinquedossó se interessam quando o de-senho faz muito sucesso equando resolvem lançar umbrinquedo, os contrabandistasjá ocuparam todo o espaço.

(Por Cristiane Sato.www.abrademi.com)

Comissão organizadora espera arrecadar recursos necessários para ajudar construção de museu

DIVULGAÇÃO

MANGÁ

JBC lança segundo volumedo Samurai X

Considerado um dos maio-res sucessos dos mangas detodos os tempos, Samurai X(Rurouni Kenshin) foi lançadono Brasil em 2001 pela JBC.Agora, as aventuras deKenshin Himura, um samuraiarrependido pelos seus crimesde guerra que promete nuncamais matar, foram um êxitototal, ganha uma segunda edi-ção.

Samurai X – Crônicas deum Samurai na Era Meiji Vo-lume 2 retoma duas grandeshistórias do mangá original es-treladas pelo lendárioBattousai, o Retalhador. Agrande diferença está na nar-ração precisa e fartamentedescritiva, repleta de novosdetalhes e curiosidades sobrea História do Japão desenvol-vida pelo historiador especia-lista no assunto Kaoru Shizuka.

Nessa segunda edição sãoapresentadas em versões ro-manceadas as crônicas “ALuta de Yahiko”, na qual o jo-vem espadachim se envolve

com uma gangue de assaltan-tes para proteger a meigaTsubame; e “O Chapéu Ne-gro”, onde, para salvar Kaorue dar um basta na seqüência deassassinatos de membros doGoverno Meiji, Kenshin volta aser uma vez mais o frio e cruelBattousai, o Retalhador.

O autor Kaoru Shizuka ain-da aproveita todo o seu estudosobre a História do Japão queusou para incrementar comfatos reais o cenário em quese passa as crônicas criadaspor Nobuhiro Watsuki para tra-zer aos leitores um bônus sen-sacional. Shizuka apresenta deforma divertida curiosas pas-sagens extraídas de jornais daépoca que ilustram as mudan-ças no dia-a-dia dos japonesesnos primeiros anos da EraMeiji.

Samurai X – Crônicas deum Samurai na Era Meiji Vo-lume 2 ainda traz um presenteespecial para os leitores: umexclusivo pôster duplo colori-do de Kenshin.

REPRODUÇÃO

História traz toques de reflexão sobre vida de samurai aventureiro