Administração

de

Bandas

Por: Fábio Leão

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California 94305, USA.

SOBRE O AUTOR

Fábio Leão é um dos mais conceituados professores de harmonia de São

Paulo. Começou seus estudos em 1980 e desde então vem estudando e

trabalhando vários estilos importantes para a formação completa de músicos

tipicamente brasileiros, sendo mestre no estudo da guitarra Pop, Jazz, Rock,

Blues, Funk e MPB.

No decorrer de seu trabalho foi desenvolvendo um método baseado

especificamente nos problemas técnicos e harmônicos mais comuns de seus

alunos e sentiu a necessidade de passar este método para outras pessoas

interessadas na arte da música e que estejam se introduzindo no aprendizado

ou especialização de qualquer instrumento.

Portanto este método vem, não para revolucionar mas para auxiliar na

formação musical tanto de alunos iniciantes como iniciados, sendo um

trabalho de muita importância para os apreciadores de boa música.

Denise Brandani

Administração de Bandas

Venho por meio deste pequeno guia, tentar ajudar os músicos em início de

carreira que sempre tem dúvidas a respeito de como administrar e conduzir

sua própria banda.

Dúvidas como, por onde começar? O que é livro caixa? O que realmente faz

um empresário de musica ? Como fazer para não cair em armadilhas?

Cap. 1

Componentes

Em primeiro lugar, uma banda, seja ela de qualquer estilo musical, deve

definir que função terá cada integrante. Não apenas quem ira tocar o baixo ou

a bateria, mas delegar funções administrativas a cada um dos membros, pois

o que é uma banda se não uma equipe.

Encare a sua banda de garagem como uma empresa e já perceberá

mudanças positivas no seu negócio.

Uma banda precisará no mínimo de :

Empresário :

Este indivíduo tem a função de agendar shows, definir valores de

cachês, pagar os músicos, tratar de contratos de gravação de discos e

deverá receber 5% do valor arrecadado em shows e negociações de

contratos com gravadoras.

É sempre melhor que esta função seja exercida por apenas um

integrante da banda. Escolham o integrante que tenha mais desenvoltura e

saiba expressar suas idéias de forma clara e objetiva. Esse indivíduo deve

dominar se possível conceitos básicos de marketing, vendas e ser firme em

negociações.

Administrador :

Popularmente conhecido como “O HOMEM DO DINHEIRO”, este

integrante, tem a função de fazer o livro caixa da banda, apurando lucros e

eventuais prejuízos ocorridos.

Ele deve recolher o cachê e administrar o dinheiro da banda para ser

gasto com a banda, cordas novas, um PA decente, cabos e infra estrutura

básica para a banda. Os primeiros cachês devem ser revertidos para este caixa

e não repartido entre todos. À primeira vista, esta idéia, não parece a mais

agradável, mas é assim que a banda vai conseguir se estruturar melhor para

conseguir mais shows e mais dinheiro. É um esforço de todos para um bem

em comum.

O administrador deve ser uma pessoa da confiança de toda a banda,

responsável e principalmente organizada. Deve comprar primeiramente um

livro caixa e nele marcar todas as entradas de dinheiro e gastos da banda, neste

livro ele deverá também armazenar todas as notas fiscais do que foi gasto para

prestar contas com os outros. Decidir o que fazer com o dinheiro não é função

do administrador, todos devem fazer parte deste tipo de decisão. Ele também

deve aplicar o dinheiro do grupo em uma poupança ou algum fundo com boa

rentabilidade. Ele será também o consultor financeiro da banda e para este

trabalho ele deve receber 5% dos cachês.

Diretor Musical

Este integrante da banda é o responsável pela definição do repertório a

ser executado, mediante consenso da banda sob qual missão deverá ser

seguida.

Responsável também pelos arranjos escritos. Ele deve ser o mais

musical da banda, tendo bom conhecimento em harmonia e arranjo em

diversos estilos musicais. Para este trabalho ele deve receber 5% do valor

dos cachês.

Homem do Marketing

Este tem que ser um os mais criativos do grupo. Tem a responsabilidade

da comunicação visual da banda, tipo de figurino, tipo de folder a ser

distribuído. Ele também deve ajudar a traçar a estratégia de aceitação do

público em relação ao som do grupo, cuidar de promover os shows,

distribuição de panfletos e tudo mais que envolva a promoção de um show.

Este integrante também deve ter uma lista vasta de e-mails e contatos

telefônicos para comunicar os fã da banda da agenda de shows, deve também

se possível fundar um fã clube e um site na internet com assuntos relacionados

a banda e manter a agenda de shows atualizada. Como você pode perceber

este integrante deve ter um bom conhecimento no ramo da informática.

O Marketing nunca deve ser deixado de lado em uma banda comercial, pois

ele é o combustível fundamental do sucesso.

Para este trabalho ele deve receber 5% do valor dos cachês.

Todas estas funções básicas não devem ser acumuladas por um integrante

do grupo, e sim divididas igualmente por todos .

O sucesso e o fracasso de um projeto estão intimamente ligados a esta

questão.

Cap. 2

A MISSÃO

A missão de um grupo musical (outra questão fundamental de sucesso ou

fracasso) deve ser definida no momento de seu nascimento.

A missão deve ser fundamentada nos seguintes moldes :

Estilo musical

O estilo musical vai definir que público alvo vai ser atingido pelo som

da banda.

No estilo, devem estar as coisas em que o grupo acredita, como ideais ou

letras românticas, músicas que fizeram parte de uma geração. O grupo deve

sempre tocar o que acredita, não adianta montar um trabalho de AXÉ se você

detesta este estilo, o público sempre preferirá a banda que ama o estilo de

verdade e nunca a que se faz passar por uma mentira. O público, seja ele de

classe A , B , C , D ou E, é mais inteligente do que do que você supõe.

Bandas COVER são um ótimo exemplo de missão, elas tem um público

alvo definido, tem uma missão “difundir o som da banda que mais gostam” e

seus integrantes geralmente são aficionados pelo som, o que já lhes da uma

base mais sólida do que a maioria das bandas comuns.

O “Calcanhar de Aquiles” das bandas COVER é justamente o que as faz

mais forte. Isto não é uma contradição, porque ao mesmo tempo que estar na

cola de uma banda famosa é bom pelo seu enorme número de fãs, é ruim

porque amarra o potencial criativo do grupo.

Cap. 3

Ensaios

Neste tópico é muito importante definirmos muitos pontos importantes e

derrubarmos muitos mitos.

Quantos ensaios devemos fazer por semana?

O maior número possível de ensaios, porque só assim o diretor musical

poderá testar efetivamente seus arranjos e a banda poderá se entrosar e

discutir eventuais convenções musicais que darão a “cara” da banda.

Meus amigos não tem tanto tempo assim para ensaiar, muitos deles

trabalham em outra área. O que devo fazer ?

Está aí uma das questões fundamentais do sucesso ou fracasso de um

projeto musical. Procure de todas as formas trabalhar apenas com Músicos

profissionais. Só quem vive de música vai dar o devido valor ao projeto e

poderá se aplicar em tempo integral.

Profissionais de outras áreas usam a musica como terapia para desestressar.

Isso pode causar um desequilíbrio de forças e interesses dentro da banda que

poderão determinar o fim do projeto.

Não estou dizendo aqui que você nunca deva se juntar aos amigos para

fazer um som, mas se acredita no projeto, se a sua expectativa é de tirar algum

dinheiro disso, CUIDADO, misturar dois mundos diferentes pode ser muito

perigoso.

Devo pagar para ensaiar ?

NÃO, se você é musico profissional , NÃO deve pagar para trabalhar.

Se não houver outra forma, tenho certeza que algum dos integrantes da banda

ou você mesmo terão um espaço para ceder e com uma boa consultoria

técnica, pouquíssimo dinheiro, poderão montar um pequeno estúdio para

ensaios e depois para as primeiras gravações. Se colocar no papel o custo da

construção de um estúdio simples, rateando o investimento entre os

integrantes, verá que compensa mais do que gastar em locação de estúdios.

Um estúdio de ensaio básico sai em torno de 150 Dólares.

Cap. 4

CD demo

Agora que temos a nossa banda montada, com funções administrativas

definidas e ensaiada, chegou a hora de registrar isso em CD.

Não seja crítico demais nas primeiras gravações, lembre-se, nenhuma

banda começa tocando, compondo e gravando como os BEATLES. Isso é um

processo lento que leva anos até seu amadurecimento.

Procure um estúdio de boa qualidade, ou então opte por montar um HOME

ESTÚDIO. Faça as contas, às vezes, dominar a tecnologia é mais barato e

melhor do que procurar o estúdio do vizinho, pagar pouco e receber um som

de baixa qualidade por isso.

Seu DEMO é seu catão de visita, por isso deve ter a melhor qualidade

possível.

CD INDEPENDENTE

Vamos acompanhar alguns passos para gravação do CD independente:

Definir o produtor fonográfico (gravadora, selo, pessoa física ou jurídica)

Cadastrar-se a uma sociedade relacionada ao ECAD

Providenciar os GRAs

Pegar a autorização por escrito de autores, intérpretes, músicos,vocalistas,

arranjadores, técnicos de som, operadores, fotógrafos, responsáveis pelo

projeto gráfico das capas, editoras, participações especiais) enfim de todos

envolvidos no CD

Constar no CD de ficha técnica com o nome de todos os profissionais

relacionados no item acima

FOLDER

O seu CD demo deve vir acompanhado de um folheto explicativo com

informações sobre a banda. A beleza e bom gosto na confecção do folheto são

fundamentais para o sucesso no fechamento do contrato para futuros shows.

Não economize, o aspecto do folheto reflete o quanto pode custar o cachê da

banda .

Cap. 5

CACHÊ!!!!!!

Esse assunto é sem dúvida o mais polêmico de todos. Muitos dirão que

banda iniciante não cobra cachê, banda tem que tocar por couver artístico,

grupos musicais não devem cobrar muito para se apresentar, pois estão apenas

se divertindo.

Mas você sabe de onde vem estas afirmações? Vem de músicos amadores,

vem de donos de casas noturnas, ou seja , da outra parte interessada, não do

nosso lado, do lado de quem realmente ama e respeita a música e a transforma

em meio de vida. Por isso cuidado! Isso é incutido na nossa cabeça desde que

nascemos. Desde que somos crianças nos dizem que música não é um meio de

vida, que não dá para vivermos de música, que ser músico é menos

importante. Tudo faz parte de uma cultura equivocada e posso contestar isso

utilizando um fato real. 1/3 do PIB do BRASIL esta investido em cultura! 1/3

das riquezas produzidas neste pais! Artes plásticas, teatro, TV e acredite se

quiser MÚSICA. Depois de conhecer um dado como esse, você ainda acha

que música não é um meio de vida rentável?

Para onde vai todo este dinheiro investido? Fica para as gravadoras, casas

noturnas, TV, rádios e empresários. E na outra ponta da pirâmide encontra-se

os músicos, que mesmo sabendo da divisão desigual submetem-se à baixos

cachês. E por quê? Porque se ele não for ganhar a mereca outro irá. Isto nos

faz voltar a outro ponto: qualidade! O músico que precisa se submeter para

ganhar um dinheirinho, talvez não seja um músico tão bem preparado assim.

Pois se você for um músico bom, profissional, chega na hora, entende

de áudio, montagem de palco, harmonia, arranjos, toca um pouco de cada

instrumento, tem noções básicas de administração e marketing. Isto é, se você

é um músico completo, conseguirá, além de vender seu peixe muito bem,

administrar o dinheiro, coordenar sua banda, montar o palco, dar um jeito no

áudio que deu merda na última hora e principalmente tocar seu instrumento.

Vai com certeza economizar rios de dinheiro para seu contratante e ele sabe

que isto vale mais a pena do contratar o meio músico a preço de banana.

Mas quanto deve ser o cachê de uma banda? Vamos fazer umas contas

simples. Partindo do principio que um show tem em média 2 horas de

duração, os músicos devem receber o equivalente a 2 horas de trabalho.

ERRADO!!!!! Temos que levar em conta o tempo do trajeto ,o tempo da

montagem de palco (se houver), tempo da passagem de som, tempo da

desmontagem dos equipamentos e o combustível.

Ex.:

Horário do inicio show 23 : 00 hs

Horário do término do show 1: 00 hs

Tempo da passagem de som 2 : 00 hs

Tempo do trajeto de ida e volta 1: 00 hora

Custo do combustível R$ 30,00

Custo do estacionamento dos veículos R$ 20,00

Custo da locação do equipamento ( geralmente somos obrigados a

levar nosso equipamento, pois os bares e casas noturna, geralmente

não tem esse tipo de equipamento ) R$250,00.Este custo é de um

equipamento bem simples, sem contar o equipamento de voz.

Somando tudo teremos um total de 5 horas trabalhadas e R$ 50, 00 de custo de

transporte e R$ 250,00 de custo de locação de equipamento.

Um trabalhador da construção civil, ganha em média R$ 5,00 por hora

trabalhada, e ainda tem direito a cesta básica, vale transporte, décimo terceiro,

férias e previdência social.

Um custo justo para a sua hora trabalhada seria da no mínimo R$ 10,00,

pois o músico não tem assegurados todos os direitos trabalhistas de um

trabalhador da construção civil. Então nada mais justo que ele receba o dobro

pelo seu trabalho.

Chegaremos então a um número que representará o que chamamos de

custo fixo , o quanto custa para a banda tocar e empatar as despesas.

Ex.:

5 horas trabalhadas X R$ 10,00 = R$ 50,00 X banda com 4 integrantes =

R$ 200,00.

custo de transporte R$ 50,00 ( custo de 2 automóveis ).

custo da locação do equipamento R$ 250,00 ( custo calculado sem contar o

equipamento de voz).

Chegamos então ao nosso custo fixo que é de R$ 500,00.

Este valor é referente apenas ao custo operacional da banda, sem apuração

de lucro. Para conseguirmos êxito em uma empresa necessitamos que a

mesma dê lucro, então não faz sentido pagar para trabalhar. Então um show da

sua banda , se realmente tiver qualidade profissional, deve custar inicialmente

em torno de R$1000,00

Cap.6

Jabá

O jabá foi uma prática inventada por empresários americanos na década

de 50, que consistia na troca de favores entre produtores e donos de

gravadoras com DJs de rádios americanas , para que os mesmos executassem

com mais freqüência, mediante suborno, as músicas de uma gravadora x.

O jabá , podia ser desde um par de calças novas para o DJ, favores de

uma prostituta, dinheiro, drogas e tudo mais que fosse do desejo do DJ.

Cap.7

DICAS PARA A BANDA

Um show é um contraste de músicas rápidas e lentas a velocidade só

aparece quando você fez algo lento antes

Trabalhe bem a dinâmica das músicas

Ensaiem o show e não somente as músicas inclusive entre uma música e

outra

Sejam uma equipe e não várias estrelas pois bandas ótimas acabam por

esse motivo

Conversem sempre antes e depois dos ensaios e shows para melhorar a

performance da banda

Testem todas as idéias que forem sugeridas pelos integrantes da banda para

que todos se sintam parte da equipe

Cadastre o público em todos os shows e faça um Mailing e mande uma

mala direta com os dias das próximas apresentações, lançamento de Cd,

etc...

Quando o público estiver aplaudindo agradeça olhando para ele e depois se

vire para arrumar algum detalhe como mexer no amplificador, pedais,

microfone, etc...

Se possível grave em vídeo as apresentações do grupo, para que

posteriormente o grupo assista a fita e melhore sua performance de palco.

CONHEÇA O LOCAL DO SHOW

Vá sempre alguns dias antes da apresentação ao local do show e verifique

algumas coisinhas:

O tamanho do local e a capacidade de pessoas

Se há equipamento e se o mesmo é compatível com a sua banda

Técnico de luz e som e se o mesmo é competente e mostra a ele que tipo de

som vai sonorizar

Faça um mapa de palco e entregue para o técnico

Estacionamento fácil

Faixa etária e estilo de som que toca na casa

Verifique se há tomadas suficientes e as voltagem das mesmas

Estipule um horário para a montagem e passagem de som

Cap. 8

EDITORAS

A função da Editora é divulgar a obra do artista, editando, divulgando e

expondo a venda às composições, publicando-as facilitando o acesso a todos.

SIGLAS

ECAD – representa os autores arrecadando diretos autorais de execução

pública

GRA – É o RG da música, o cadastramento e deve ser feita antes do

lançamento do disco, pois devera constar do lado do nome de cada música,

tem como função possibilitar a arrecadação e repasse para o autor, músicos

e intérpretes de forma organizada e rápida

OMB – É o órgão regulamentador da categoria, cabe a ele expedir as

carteirinhas para o exercício da profissão

Cap. 9

DIREITO AUTORAL

Os direitos Autorais são regulados pela Lei Federal nº 5.988 de 12 de

dezembro de 1973, e pertencem aos criadores de obras intelectuais como:

Textos literários

Artes plásticas

Composições musicais (letra e melodia)

Diretos de Natureza Moral: São inalienáveis e irrenunciáveis e seus autores

não podem vendê-los, transferi-los ou negar a paternidade da obra

São direitos do autor de Direitos de Natureza Moral:

Reivindicar a autoria e exigir o seu nome indicado como autor, na

utilização da obra por terceiros

Modificá-lo ou assegurar-lhe a integridade

Retirá-la de circulação

Diretos de Natureza Patrimonial: Podem ser cedidos ou transferidos a

terceiros, na medida em que dizem respeito à exploração econômica das

obras em suas possíveis utilizações. Dependem da autorização do titular

dos direitos:

A edição, tradução, adaptação, inclusão em fonograma ou em filme

cinematográfico

a execução e apresentação ao público

Diretos Conexos aos do Autor: São os pertencentes aos intérpretes

(cantores, orquestradores, produtores fonográficos, músicos

acompanhantes) e seguem as mesmas regras aplicadas aos direitos de

autor, alterando-se a remuneração relativa à utilização da obra.

CONTRATOS

Em um contrato de cessão de DIREITOS PATRIMONIAIS, realizado

entre uma editora e um autor, normalmente o percentual de direitos retidos

pela editora é de 18% a 25%, e o percentual restante e repassado para o

autor em questão, sobre qualquer remuneração que tenha por origem a

utilização da referida música editada.

Em um contrato de cessão de DIREITOS PATRIMONIAIS SOBRE

INTERPRETAÇÕES ARTÍSTICO MUSICAIS, realizado entre uma

gravadora e um intérprete, o percentual de ROYALTIES varia em

decorrência do artista e da gravadora, sendo em média 8%.

Se vocês finalmente conseguiram uma gravadora disposta a investir no seu

trabalho, na reunião com o diretor artístico e agora só assinar o contrato

impresso que ele tira da gaveta.

NÃO FAÇA ISSO !!!!!!

Pegue o contrato, não leia, não discuta e diga que quer levá-lo pra dar uma

olhada com calma, guarde-o e mude de assunto rapidamente.

Procure extrair algumas promessas explícitas do diretor, como verbas para

divulgação e promoção de shows, cartazes, direito de aprovar cada capa de

disco, dentre outras.

Depois de passados os primeiros momentos de exaltação, leia com calma o

contrato e perceberá que nem tudo é tão bonito quanto parece e você pode

se tornar um escravo da gravadora.

Todo contrato pode ser discutido, cabe a você indicar em conjunto com um

advogado, as alterações que você ache importante e esperar uma

contraproposta da gravadora. Se ela tiver interessada realmente em você,

existe uma boa margem de negociação.

Lembre-se de que você só poderá cobrar da gravadora o que estiver no

contrato pois promessas verbais podem não ser cumpridas, caso não conste

no contrato você poderá pedir que a gravadora assuma em uma carta

devidamente assinada o compromisso.

Quanto maiores forem as exigências de ambos mais haverá discussões que

poderão atrasar o início das gravações “ ESQUEÇA” que você é um artista

e torne-se um empresário tratando com outro empresário . OUÇA muito e

FALE pouco peça tempo para pensar antes de assumir qualquer coisa.

Cap.10

REGISTRO DE MÚSICA

Uma obra lítero musical (música e letra), na qualidade de obra intelectual

protegida pela Lei de Direitos Autorais, deve ser registrada nos órgãos

competentes a título de proteção. Remeta a partitura (harmonia cifrada e

melodia) e cópia da letra em duas vias junto com o requerimento de

solicitação de registro, seque alguns endereços:

ESCOLA DE MÚSICA DA UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO

Rua do passeio, 98 CEP 20201-290

BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO Rua da Imprensa 16 –

11º andar CEP 20030

BIBLIOTECA NACIONAL (SP) Al. Nothmann 1058 CEP 01216-001

BIBLIOTECA NACIONAL (MG) Praça da Liberdade 21 sala 302 CEP

30140-010

BIBLIOTECA NACIONAL (DF) AV. W3 – SUL – EQS 506/07 CEP

70350-580

BIBLIOTECA NACIONAL (Recife) Rua João Lira, s/n CEP 50050-550

Texto formulado por FÁBIO LEÃO, FERNANDA MOTTA, WAGNER

MARTINS, AMILSON GODOY, LUCIANA ARRUDA, LUCIANA

RANGEL e NELSON AYRES.