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lei sobre bens publicos

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  • PODER JUDICI`RIO TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO

    TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO ACRDO ACRDO/DECISO MONOCRTICA

    REGISTRADO(A) SOB N

    "02070034*

    Vistos, relatados e discutidos estes autos de AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI n2 163.693-0/1-00, da Comarca de SO PAULO, em que requerente PROCURADOR GERAL DE JUSTIA sendo requeridos PRESIDENTE DA CMARA MUNICIPAL DE ITUVERAVA, PREFEITO MUNICIPAL DE ITUVERAVA:

    ACORDAM, em rgo Especial do Tribunal de Justia do Estado de So Paulo, proferir a seguinte deciso: "JULGARAM PROCEDENTE A AO. V.U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo.

    O julgamento teve a participao dos Desembargadores ROBERTO VALLIM BELLOCCHI (Presidente), LUIZ TMBARA, RUY CAMILO, MARCO CSAR, MUNHOZ SOARES, WALTER DE ALMEIDA GUILHERME, SOUSA LIMA, CELSO LIMONGI, VIANA SANTOS, ALOSIO DE TOLEDO CSAR, DEBATIN CARDOSO, PAULO TRAVAIN, PENTEADO NAVARRO, IVAN SARTORI, PALMA BISSON, ARMANDO TOLEDO, A. C. MATHIAS COLTRO, JOS SANTANA, JOS REYNALDO, JOS ROBERTO BEDRAN, MAURCIO VIDIGAL, EROS PICELI, REIS KUNTZ E ARTUR MARQUES.

    So Paulo, 05 de novembro de\008 SK ROBERTO VALLIM BELLOCCHI

    Presidente

  • Poder Judicirio Tribunal de Justia do Estado de So Paulo

    rgo Especial

    Ao Direta de Inconstitucionalidade n 163.693-0/1-00 - Comarca de So Paulo.

    Requerente: Procurador-Geral de Justi a do Estado de So Paulo.

    Requeridos: Presidente da Cmara Municipal de Ituverava e Prefeito Municipal de

    Ituverava.

    Voto n 14.781.

    AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Leis

    Municipais de Ituverava n."s. 2.660, de 29 de maro de 1990, e 3.346, de 28 de maio de 2001,

    que deu nova redao ao artigo 1o. Normas que prevem a alterao e a destinao de reas

    de loteamento, de lazer e institucionais, assim definidas em projetos de loteamento, ou seja, estabelecem a possibilidade de desafetao e doao por ato administrativo de bens

    pblicos municipais. Impossibilidade de previso de desafetao de bens pblicos e sua

    conseqente doao por meio de lei genrica. Necessidade de lei especfica a respeito e

    atendimento de outros requisitos legais, inclusive para garantia de proteo ao meio

    ambiente equilibrado e do princpio da participao popular na defesa deste ltimo. Afronta

    ao artigo 180, VII, da Constituio do Estado de Paulo e a outros dispositivos

    constitucionais (artigos 152, III, 180, III, e 191). Inconstitucionalidade material reconhecida. Ao direta ajuizada pela Procuradoria-Geral de Justia julgada procedente.

    Vistos.

    1. O Procurador-Geral de Justi a do Estado de So Paulo ajuizou ao direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida liminar, em face do Presidente da Cmara Municipal de Ituverava e do Prefeito Municipal de Ituverava, pretendendo desde logo a suspenso dos efeitos e, a final, a declarao de inconstitucionalidade das Leis Municipais ns. 2.660, de 29 de maro de 1990, e 3.346, de 28 de maio de 2001, que deu nova redao ao artigo Io daquela. J/~\

    Ao Direta de Inconstitucionalidade n 163 693-0/1-00 da Comarca de So Paulo-Voto n 14 781 1

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    Alega, em sntese, que as leis questionadas padecem do vcio da inconstitucionalidade, porque autorizam o Prefeito a alterar a destinao de reas de loteamento, de lazer e institucionais, assim definidas em projetos de loteamento, ou seja, estabelecem a possibilidade de desafetao e doao por ato administrativo de bens pblicos municipais, o que afronta clara e diretamente o artigo 180, VII, da Constitui o do Estado de So Paulo, alm de diversos outros dispositivos da Carta referida, dentre eles os artigos 152, III, 180, III, 183 e 191. Argumenta que a desafetao e a doao, por ato do Prefeito, de reas institucionais, autorizada pela Cmara Municipal, no pode ser genrica, pois nos termos da Constituio Paulista, destina-se regularizao de reas verdes ou institucionais que estejam total ou parcialmente ocupadas por ncleos habitacionais de interesse social. Ademais, exige a Constitui o que a regularizao venha a beneficiar a populao de baixa renda e cuja situao esteja consolidada. Anota que a proteo ao meio ambiente, que exige a participao da comunidade, pode ficar comprometida com a desafetao de reas institucionais, observado impor a Constitui o do Estado de So Paulo a existncia de lei para a disciplina das diretrizes do desenvolvimento urbano.

    A medida liminar foi concedida por este Relator, suspendendo, com efeito "ex nuncT, a vigncia e eficcia das leis atacadas, at julgamento desta ao (fls. 17/18).

    O Procurador-Geral do Estado foi citado e declarou faltar-lhe interesse na defesa do ato impugnado, por se tratar de matria exclusivamente local (fls. 32/34).

    Citados (fls. 29 e 30), tanto o Presidente da Cmara Municipal, como o Prefeito Municipal de Ituverava n o j

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    prestaram as informaes solicitadas (fl. 39).

    A i lustrada Procuradoria-Geral de Jus t i a opinou pela procedncia do pedido (fls. 36 /38) .

    a s ntese do necessrio.

    2 . f lagrante a inconsti tucional idade das leis objurgadas nesta a o direta proposta pelo douto Procurador-Geral de Jus t i a do Estado de So Paulo.

    A Lei Municipal n 3.346, de 28 de maio de 2001 , alterou o artigo Io da Lei Municipal n 2.660, de 29 de mar o de 1990, e passou a dispor que: "Artigo Io. - Fica o Poder Executivo autorizado a doar nos termos do artigo 63, item I da letra "a", do Decreto Lei Complementar n 9, de 31/12/69; terrenos de sua propriedade originrios de aquisies ou de reas irregulares de loteamentos inservveis sua destinao, associao de moradores legalmente constitudas, entidades assistenciais, sociedades comunitrias habitacionais ou outras associaes congneres, templos religiosos de qualquer natureza devidamente inscritos no CNPJ, de direito pblica ou privado do Municpio, que se proponham a construir casas de moradia a pessoas reconhecidamente pobres, sem residncia prpria e que percebam rendimentos mensais no valor de at 2 (dois) salrios mnimos vigentes no Pas."

    Os demais pargrafos do artigo Io da Lei Municipal n 2 .660 /90 dispem sobre normas regulamentadores dos efeitos da doa o, estabelecendo prazo para edificao. O artigo 2o dela estabelece a atr ibui o para certificar a inexistncia de projeto ou de condi es de urbaniza o da rea a ser d o a d a J ^

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    Por sua vez, o artigo 3 o da Lei Municipal n 2.660, de 29 de mar o de 1990, dispe que: "Artigo 3o - Fica igualmente o Executivo autorizado a desafetar de sua destinao de origem, transformando-as em bens dominicais do patrimnio do Municpio, reas de lazer ou institucionais em loteamentos aprovados e registrados no Cartrio de Registro de Imveis local, consideradas inservveis para sua urbanizao ou utilizao para o fim proposto pela Administrao Municipal.".

    Induvidosa a inconsti tucionalidade da Lei Municipal n 2 .660/90 , com a reda o que lhe foi dada pela Lei Municipal n 3 .346 /01 , porque estabelece a possibilidade de haver, genericamente, desafeta o de bens pblicos municipais por ato administrat ivo.

    Desde logo cabe ressaltar que o artigo 144 da Constitui o do Estado de So Paulo estabelece que "Os municpios, com autonomia poltica, legislativo e administrativa e financeira se auto-organizaro por Lei Orgnica, atendidos o princpios estabelecidos na Constituio Federal e nesta Constituio."

    No caso em pauta bem de ver que as leis munic ipais de Ituverava, ora a tacadas, ofendem diversos princ pios estabelecidos na Constitui o Estadual , cumprindo citar, de plano, a violao ao artigo 180, VII, com a reda o que lhe foi dada pela Emenda Constitucional n 23 , de 31 de janeiro de 2007, que ass im prescreve:

    "Art. 180 - No estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano o Estado e os Municpios asseguraro:

    VII - as reas definidas em projetos de 1

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    loteamento como reas verdes ou institucionais no podero ter sua destinao, fim e objetivos originais alterados, exceto quando a alterao da destinao tiver como finalidade a regularizao de:

    a) loteamentos, cujas reas verdes ou institucionais estejam total ou parcialmente ocupadas por ncleos habitacionais de interesse social, destinados populao de baixa renda e cuja situao esteja consolidada;

    b) equipamentos pblicos implantados com uso diverso da destinao, fim e objetivos originariamente previstos quando da aprovao do loteamento.".

    Como se pode observar, a desafeta o medida excepcional, que s pode ocorrer nos casos expressamente previstos na Consti tui o do Estado de So Paulo.

    No caso do artigo I o da Lei Municipal n 2 .660 /90 , com a reda o dada pela Lei Municipal n 3 . 3 4 6 / 0 1 , outorgou-se ao Prefeito Municipal o poder de doar terrenos pblicos a associa es ou out ras ent idades. E no caso do artigo 3 o

    da mesma Lei n 2 .660 /90 , autorizou-se o Prefeito a desafetar reas de lazer ou inst i tucionais em loteamentos aprovados e registrados no Cart r io do Registro de Imveis.

    Como corretamente observado na inicial, "A desafetao e a doao, por ato do Prefeito, de reas institucionais, autorizada pela Cmara Municipal, no pode ser genrica, pois, nos termos da Constituio paulista, destina-se regularizao de reas verdes ou institucionais que estejam total ou parcialmente ocupadas por ncleos habitacionais de interesse social. Alm disso, exige a Constituio que a regularizao venha a beneficiar a populao de baixa renda e cuja situao esteja consolidada.".

    No se nega o entendimento pelo qual se i

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    mostra possvel a al iena o (venda, permuta, doao) dos bens pblicos, seja qual for a espcie. Ela prevista, por exemplo, na Lei das Licitaes e Contratos Administrativos (Lei n 8 .666/93), que a condiciona observ ncia dos requisitos que estabelece. A doutr ina, alis, admite a possibil idade de transferncia do domnio, como se infere do esclio de HELY LOPES MEIRELLES, ao sus ten ta r que "Assim, dvida no mais existe no sentido de que os bens pblicos podem passar do domnio pblico para o particular, resultando claro que os bens pblicos so inalienveis enquanto destinados ao uso comum do povo ou a fins especiais, isto , enquanto tiveram afetao pblica - ou seja, destinao pblica. Exemplificando: uma praa ou um edifcio pblico no podem ser alienados enquanto tiverem essa destinao; mas qualquer deles poder ser vendido, doado ou permutado desde o momento em que seja, por lei, desafetado da destinao originria e transpassado para a categoria de bens dominicais, isto , do patrimnio disponvel da Administrao" ("Direito Administrativo Brasileiro", Malheiros editores, So Paulo, 33a ed., p. 536, grifei). Comunga desse pensamento WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO ("Curso de Direito Civil", vol. 1, parte geral, atualizado por Ana Cristina de Barros Monteiro Frana Pinto, Saraiva, So Paulo, 39a ed., p. 190) e DI GENES GASPARINI, que elenca os requisitos necessrios para a legitimidade da transferncia dominial, a saber: "1) interesse pblico devidamente justificado; 2) avaliao; 3) autorizao legislativa; 4) desafetao, quando for o caso; 5) licitao, salvo excees; 6) escritura pblica, se no dispensada, e mais os requisitos especficos, se se tratar de alienao por doao ou permuta ou os que certa lei instituir." ("Direito Administrativo", Saraiva, So Paulo, 13a ed., p. 917).

    Depois de tecer considera es a respeito da aliena o de bens da Unio, DI GENES GASPARINI adverte que "A alienao de bens de outras entidades da Federao, a cada caso, h de ser precedida de autorizao legislativa, segundo, a exemplo de outras, prescreve a Constituio de So Paulo (art. 19, TV). No pode, portanto,

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    haver uma lei geral. Se assim fosse, o Legislativo estaria delegando a competncia de a cada caso examinar a oportunidade e convenincia da alienao. Essa delegao proibida pelo nosso ordenamento jurdico. H assim que se ter lei especfica dispondo, a cada caso, sobre alienao de bem pblico. No mesmo sentido, confira o bem elaborado parecer de Adilson Abreu Dallari (RDP 84:67)." (ob. e loc. cit.).

    No h dvida de que, reas definidas em projeto de loteamento como reas verdes ou inst i tucionais no podem ser desafetadas por mero ato administrativo do Prefeito, estr ibado em lei genrica que lhe outorga tal poder e depois al ienadas sem que haja lei especfica dispondo a respeito e se observem os demais requisitos exigidos pelo ordenamento jur d ico. Invivel outorgar-se ao Chefe do Executivo, por lei genrica, o poder de desafetar bens pblicos e depois do-los a associa es, templos religiosos ou out ras ent idades, sendo vedado C mara Municipal delegar a sua competncia de examinar, em cada caso, a oportunidade e a convenincia da edi o da medida legislativa pert inente para a al iena o de tais bens.

    Demais disso, a desafeta o, por ato do Prefeito, para doa o de reas verdes e inst i tucionais s d iversas ent idades que as leis objurgadas mencionam, em desacordo com o previsto no artigo 180, VII, da Carta Pol tica Estadual compromete tambm a prote o ao meio ambiente ecologicamente equil ibrado, garant ido pela Constitui o de So Paulo, cujo artigo 152, III, estabelece que ua organizao regional do Estado tem por objetivo promover a utilizao racional do territrio, dos recursos naturais, culturais e a proteo do meio ambiente, mediante o controle de implantao dos empreendimentos pblicos e privados na regio", sendo expl cito, nesse ponto, o artigo 180, III, da Carta Paulista, ao dispor que: "No estabelecimento de diretrizes normas relativas ao desenvolvimento urbano, o Estado e os Municpios asseguraro a preservao e recuperao do

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    meio ambiente urbano e cultural".

    Por fim, impende ressal tar a inda que a prote o ao meio ambiente impe a part icipa o da comunidade, no podendo ficar adstr i ta unicamente iniciativa do Prefeito. Por isso que, outorga-se ao Chefe do Executivo Municipal o poder de doar reas inst i tucionais e de desafet-las sem que lei especfica seja aprovada, a tenta contra o princ pio da part icipa o popular na defesa do meio ambiente, assegurado pela Consti tui o do Estado de So Paulo em seu artigo 191, "in verbis": "O Estado e os Municpios providenciaro, com a participao da coletividade, a preservao, conservao, defesa, recuperao e melhoria do meio ambiente natural, artificial e do trabalho, atendidas as peculiaridades regionais e locais e em harmonia com o desenvolvimento social e econmico.".

    Ainda que a participa o popular no se d de forma direta, ao menos dever s-lo indiretamente, por meio de edi o de lei especfica, discut ida e votada pelos representantes dos mun c ipes na Casa Legislativa local, sem o que no ser possvel a desafeta o e a doa o de bens de uso comum do povo, de reas inst i tucionais, de lazer e de outros fins.

    Clara, pois, a vulnera o direta das leis aqui a tacadas ao artigo 180, VII, da Constitui o do Estado de So Paulo, bem como a afronta a outros dispositivos const i tucionais, dentre eles os art igos 152, III, 180, III, e 191, motivo pelo qual se mostra imperiosa a procedncia do pedido formulado na inicial, para se determinar a excluso definitiva delas do sistema jur d ico.

    De se observar, ademais, que a edi o de lei municipal especfica dispondo sobre a desafeta o e sobre a doa o de bens pblicos, estar sujeita ao controle jur isdicional de legalidade, expondo-se, assim, ao ataque pela via do mandado de

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    segurana, da ao popular ou da ao civil pblica, conforme o direito ou o interesse por ela lesados.

    3. Destarte, por meu voto, julgo procedente o pedido para declarar, com efeito retroativo (ex tunc), a inconstitucionalidade das Leis Municipais de Ituverava ns. 2.660, de 29 de maro de 1990, e 3.346, de 28 de maio de 2001, que deu nova redao ao artigo Io daquela, oficiando-se C mara Municipal local, para os devidos fins.

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