acta n.º 12/2010 - cm-gouveia.pt do municpio... · exemplo de contenção de despesas. - - - -...
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- - - - ACTA N.º 12/2010 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia,
realizada no dia vinte e oito de Junho de dois mil e dez.
- - - - Aos vinte e oito dias do mês de Junho do ano de dois mil e dez, nesta
cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas
quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de
Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos
Amaro, como Presidente, Armando dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de
Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da
Costa, Glória Cardoso Lourenço, Luís Manuel Tadeu Marques, Vereadores,
comigo Alice Oliveira Ferrão, Chefe da Divisão de Finanças, Património e
Aprovisionamento.
- - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente
para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião.
- - - - 1. APROVAÇÃO DE ACTAS: - Tendo-se procedido à leitura da acta n.º
11/2010 e após a introdução de algumas alterações pelos Senhores Vereadores
Armando Almeida e José Santos Mota, foi a mesma aprovada por unanimidade.
2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA
3. INFORMAÇÕES
3.1 INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE
- - - - 3.1.1) FESTIVAL DOS TAPISCOS:- Informou que nos dias 9, 10 e 11 de
Julho, se vai realizar a II Edição do Festival das Tapas e Petiscos de Gouveia.
- - - - 3.1.2) FESTAS DO SENHOR DO CALVÁRIO 2010:- Deu conhecimento de
que, no corrente ano, no âmbito da DLCG – Empresa Municipal que é a entidade
que desenvolve esta componente na sua grande extensão, não é decisão formal
da Câmara, as Festas do Senhor do Calvário só se irão iniciar a 6 de Agosto,
sexta-feira e não a 4, quarta-feira, como vinha sendo hábito. Espera que
continuem a ser as melhores e mais bonitas festas para se fazer juz à “Maior
Romaria das Beiras” mas, Gouveia, não vai estar seis dias em festa, mas quatro
dias, terminando, naturalmente, a 9 de Agosto, Dia do Feriado Municipal.
Esta decisão tem que ver, de facto, com a necessidade de poupar e, ponderando
os prós e contras, não cremos que seja relevante em termos de festa a redução
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de dois dias, mas é significativo a diminuição de custos pelo que, dado o clima
financeiro em que o País vive, o Município de Gouveia também quis dar o
exemplo de contenção de despesas.
- - - - 3.1.3) ABERTURA AO TRÂNSITO DA RUA DOS BOMBEIROS
VOLUNTÁRIOS:- Informou ainda que, tão breve quanto possível, talvez nos
próximos 10 a 15 dias, a Câmara vai proceder à abertura ao trânsito da artéria
entre a Rua dos Bombeiros e a Rua da Cardia. Trata-se de uma altura de muito
movimento, aquela que se avizinha e, uma vez que em matéria de obras, quer
uma parte que está em estudo, quer a outra que só agora vai a concurso, não se
afigura certo que as obras comecem de imediato, pelo que foi acertado com a
empresa que, até finais de Setembro, aquela artéria estará aberta, implicando que
o tapume fique mais encostado.
3.2) INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR ARMANDO ALMEIDA
- - - - O Senhor Vereador Armando Almeida registou em Acta a mudança de
atitude do Senhor Presidente da Câmara, em relação ao tratamento dos assuntos,
que considera positiva, mais propriamente, no que concerne à discussão do
assunto do abastecimento de água administrado pelas nove Juntas de Freguesia
do concelho.
Pensam que é assim que deve ser e deveria ser assim para outros assuntos que
consideram importantes para o concelho, os quais devem ser debatidos,
previamente, antes de serem presentes à Reunião de Câmara.
Usou da palavra o Senhor Presidente registando com agrado estas palavras,
sendo seu propósito usar este procedimento naquelas questões que considera
que deverão ir para além da dialéctica política.
- - - - 3.2.2) REORGANIZAÇÃO DA REDE ESCOLAR:- Solicitou informação
relativamente ao processo de encerramento de Escolas, ou seja, se o mesmo
está concluído e se há novidades a esse respeito.
Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que não há nenhuma evolução
desde a última reunião de Câmara, não tendo tido nenhum contacto da DREC. Há
apenas o trabalho, no terreno, que os Senhores Vereadores continuaram a fazer
depois da questão ter sido levantada. Voltaram a reunir com os pais, com os
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professores, com os Presidentes de Junta, no sentido de analisar a situação, mas
só naquelas escolas em que foi interrompindo quando veio aquela decisão que
classificou de “bomba”.
- - - - 3.2.3) EMISSÃO DE PARECER RELATIVO AO PROCESSO DE
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL N.º 2179 – PROJECTO: “IC7-
OLIVEIRA DO HOSPITAL (IC6) / FORNOS DE ALGODRES (A25/IP5)” –
ESTUDO PRÉVIO:- Pretendia saber se, no Parecer do projecto IC7-Oliveira do
Hospital (IC6)/Fornos de Algodres (A25/IP5), a sugestão dada pelos Vereadores
eleitos pelo Partido Socialista foi acautelada, quanto à zona do Aljão e a sua parte
arqueológica.
Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que aquela projecto vai
passar a 500 metros da Pedra do Penedo dos Mouros, onde há uma parte muito
rica em termos arqueológicos. Aliás, os técnicos dizem que é a extensão
arqueológica mais importante do Alto Mondego.
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que essa questão foi tida em
conta no parecer.
3.3) INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR JOSÉ SANTOS MOTA
- - - - 3.3.1) CONSTRUÇÃO DE GIMNODESPORTIVO EM VILA NOVA DE
TAZEM:- Teve conhecimento de que o Senhor Presidente da Câmara anunciou
uma oferta para a Freguesia de Vila Nova de Tazem, traduzida na construção de
um gimnodesportivo, no valor de 250 mil euros. Considera que isto é um pouco
fazer política a retalho, ou seja, se amanhã, os Sampaenses fizerem 75 anos
também vai oferecer um pavilhão ou se for o Arcozelo também vai fazer o mesmo.
Parece-lhe, um pouco, política avulso. Porém, aquilo que mais se nota é, mais
uma vez, a falta de planeamento municipal. Isto prende-se com duas perguntas
que, por certo, o Senhor Presidente não colocou a si próprio quando fez esse
anúncio. Em primeiro lugar, se tem consciência da necessidade desse
equipamento em Vila Nova de Tazem. Em segundo lugar, até que ponto ele se
torna imprescindível, sabendo que existe um pavilhão ligado ao Agrupamento de
Escolas de Vila Nova de Tazem, cuja ocupação actual não justifica a construção
de um equipamento destes, na ordem dos 250 mil euros.
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É que, dos 250 mil euros, mesmo que haja uma candidatura, 60% ou 70%, é
preciso que o Município ponha do seu bolso, um valor na casa dos 90 ou 100 mil
euros. Ora, numa altura em que o Senhor Presidente fala em contenção de
despesas em que, as Festas do Senhor do Calvário passam a iniciar-se apenas à
sexta-feira, não lhe parece correcta esta forma de fazer política.
No entanto, também é verdade, que nada move os Senhores Vereadores eleitos
pelo Partido Socialista, contra a população de Vila Nova de Tazem, mas apenas a
forma de fazer o anúncio dos equipamentos, sem que haja uma avaliação sobre a
sua real necessidade.
Deste modo, é intenção do Senhor Vereador José Santos Mota fazer uma
“Recomendação” ao Município, à semelhança de outras que já fez anteriormente
e que se prende com a necessidade de elaboração da Carta das Instalações e da
Prática Desportiva no Concelho de Gouveia. É um documento já identificado
desde o primeiro PDM, nos anos 90, que era já indicado como uma carta a
elaborar pelo próprio Município.
Nunca foi feito, mas entende que é, mais do que nunca, urgente para de alguma
forma moralizar o anúncio e a construção de equipamentos um pouco por todo o
concelho. Por isso recomenda ao Município que, de forma a haver um
conhecimento aprofundado da realidade existente e sirva de base à tomada de
decisões quer a nível da qualidade e quantidade das instalações existentes, quer
do ponto de vista da racionalidade de ocupações das instalações, quer mesmo
para terem conhecimento da prática desportiva, federativa, escolar ou outras, seja
elaborado aquele documento.
Só com base numa carta destas, num documento que não tem que ser muito
complicado, pois basta que identifique o existente e as necessidades futuras, é
que os equipamentos poderão ser construídos de acordo com as carências das
populações.
Fazendo um parentesis, o Senhor Vereador José Santpos Mota recordou uns
investimentos que foram feitos no tempo do ex-Presidente de Câmara Santinho
Pacheco, que foi a Escola C+S de Vila Nova de Tazem. Era um equipamento que
se justificava e que poderia abranger várias freguesias quer do concelho de
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Gouveia, quer do concelho de Seia. Entretanto no tempo do ex-Primeiro Ministro
Cavaco Silva, foi construída uma Escola em Paranhos, mesmo ao lado de Vila
Nova de Tazem. É esta racionalidade de construção de equipamentos que, de
facto, o Senhor Vereador contesta, porque se hoje há dinheiro ou algum apoio
para a construção destes projectos, é preciso pensar que a sua manutenção é,
depois, um encargo que as populações vão ter, não sabendo até que ponto as
mesmas terão capacidades para tal.
Deixou exarada em Acta a seguinte Recomendação como uma necessidade de
racionalizar de facto, estes equipamentos, neste caso, desportivos:
“Carta das Instalações e da Prática Desportiva do Concelho de Gouveia
A comunicação social trouxe a lume, a propósito das comemorações dos 75 anos
do Clube Vilanovense, um anúncio de 250 mil euros para a construção de um
pavilhão polidesportivo em Vila Nova de Tazem.
Lamentamos, mais uma vez, que o planeamento municipal continue a ser o
grande ausente desta gestão.
Será que amanhã, aquando das comemorações do aniversário do Clube
Arcozelense, oo do Clube os Serranos, por exemplo, o Sr. Presidente vai também
anunciar a construção de novos pavilhões polidesportivos?
O Sr. Presidente já se questionou da verdadeira necessidade deste equipamento
em Vila Nova de Tazem?
O Sr. Presidente já se questionou sobre o grau de utilização do Pavilhão do
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem?
Será que hoje, vale a pena construir equipamentos caros, que amanhã não
sabemos quem os vai utilizar e como vão ser mantidos?
Nada nos move contra as populações de Vila Nova de Tazem, mas discordamos
desta forma de fazer política e de utilização arbitrária de dinheiros públicos.
Assim, recomendamos ao Município a construção da Carta das Instalações e da
Prática Desportiva do Concelho de Gouveia, de forma a termos um
conhecimento aprofundado da realidade existente e sirva de base a tomadas de
decisão, ao nível:
- da qualidade e quantidade de instalações existentes;
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- da racionalidade de ocupação das instalações;
- da prática desportiva federada;
- da actividade desportiva escolar;
- das actividades desportivas de ocupação dos tempos livres da população.”
Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que, em tempos, foi um defensor
da carta desportiva. Actualmente, é um defensor, não da carta desportiva ou
educativa, mas da carta dos equipamentos culturais, desportivos e sociais do
concelho de Gouveia pois, a não ser assim, é preciso andar a fazer cartas para
isto e cartas para aquilo. Não deixando de ser instrumentos de planeamento
importantes, nisso estão de acordo, ou seja, primeiro façamos a carta e depois
decididamos sobre aquilo que acharmos correcto. No campo dos princípios, está
correcto e é inatacável em termos de planeamento. De resto, houve até uma pré-
decisão há dois ou três anos atrás, com a Secretaria de Estado dos Desportos,
para que os Municípios desenvolvessem a carta desportiva, uma ideia que a
própria ANMP acarinhou, mas não está, de facto, formalmente concluída.
Onde já não estão de acordo é que, proventura, ao contrário do Senhor Vereador
José Mota, mesmo sem ter um conhecimento profundo, há um saber que lhes
permite decidir com alguma racionalidade que, chegados aos 75 anos dos
Vilanovenses, não se tivesse já planeado este projecto. Trata-se de um
planeamento que já tem três anos. Foi falado com a Junta de Freguesia, com a
Direcção dos Vilanovenses. Há cerca de mês e meio que dialogavam sobre esta
possibilidade, mas não foi dito que era um polidesportivo no valor de 250 mil, mas
sim “até 250 mil euros”.
Ainda que se reconheça e compreenda que primeiro se deveria ter a tal carta
desportiva, mas na ausência dela, cujo atraso à Autarquia não se deve, não tem
que ter a obrigação de fazer uma carta porque achamos que é um instrumento de
planeamento importante, para reconhecerem a necessidade de fazer o
Polidesportivo em Vila Nova de Tazem.
Entretanto, não têm dúvidas de que, independentemente da evolução que possa
haver em termos de infraestruturas desportivas, Vila Nova de Tazem deve ter este
Polidesportivo. Quando diz “até 250 mil Euros” pode até parecer ridículo, parece
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que estão a planear em função dos euros, mas fala apenas com base numa
referência construtiva que não é a bitola financeira.
Entenderam anunciar essa decisão, passível de ser executada até 2013. Não é
nenhum pavilhão gimnodesportivo, mas sim um polidesportivo.
Interveio novamente o Senhor Vereador José Santos Mota reforçando a sua ideia
e perguntando ao Senhor Presidente se conhece o nível de ocupação do
Gimnodesportivo do Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Tazem para saber
se se justifica esta construção agora anunciada ou se aquele equipamento não
daria resposta quer à comunidade escolar, quer à população de Vila Nova de
Tazem.
Respondeu o Senhor Presidente dizendo que não conhecia, mas são coisas
completamente distintas e da análise que fizeram, conjuntamente com a Junta de
Freguesia e com a Direcção dos Vilanovenses, uma análise séria, não têm
grandes dúvidas.
Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço reforçando que se tratam
de equipamentos distintos. O Polidesportivo (ringue) que os vilanovenses têm
neste momento, precisa de requalificação ou recuperação, com vista à sua
reutilização ou utilização, mas nada tem nada a ver com o Polidesportivo da
Escola. Este Polidesportivo tem dimensões reduzidas, por exemplo, para a prática
do Futsal. O Pavilhão tem a sua utilização, tem uma boa taxa de ocupação, mas
há actividades complementares que necessitem de um espaço apropriado e com
determinada área.
Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que todas as freguesias,
como é evidente, precisam desse tipo de equipamento.
Interveio novamente o Senhor Presidente dizendo que, infelizmente, nem todas
vão ter porque, justamente, mesmo que todas gostassem de ter, como nos velhos
tempos. Interrompeu o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo – “Todos
queremos uma coisa só para nós e depois não temos dinheiro para as manter,
futuramente.” “Exactamente” – continuou o Senhor Presidente – “não tenho
dúvida que vai ser assim, mas também não tenho dúvida que não é apenas por
homenagem à prática desportiva de Vila Nova de Tazem, que era justa, mas acho
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que há outros valores que levam a que tenhamos certeza de que qualquer carta
desportiva justificará um polidesportivo para Vila Nova de Tazem.”
- - - - 3.3.2) COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA:- Passaram
já seis meses sob a tomada de posse da Comissão para as Comemorações do
Centenário da República e este Executivo não tem conhecimento de qualquer
proposta de comemorações. Lembrou aquilo que o Senhor Presidente dissera,
numa anterior reunião de Câmara, ou seja, que a Comissão apenas apresentava
propostas, competindo ao Executivo analisá-las, para saberem até que ponto elas
são exequíveis, ou não, mesmo do ponto de vista financeiro.
Porém, para o Senhor Vereador José Santos Mota é confrangedor, os membros
do Executivo terem conhecimento da realização de actividades ligadas às
comemorações do Centenário da República, pela comunicação social, referindo-
se à presença do Senhor Professor Carvalho Homem, Professor na Universidade
de Coimbra, em Paços da Serra.
É de opinião que é tempo de as coisas deixarem de ser avulsas. Há uma
Comissão, têm propostas que deveriam ter vindo já à reunião de Câmara. Aí
saberiam quais eram as que implicavam financiamentos municipais e de facto,
qual era o programa. O que é certo, é que cada dia que passa, cada semana que
passa, vão pondo mais uma actividade, mas elas, em si, não têm coerência, não
constituem um todo. Por isso, solicitou que, o mais rápidamente possível, seja
submetido à reunião de Câmara, o programa das comemorações do centenário
da República.
Respondeu logo de seguida o Senhor Presidente da Câmara dizendo que se
recorda, de facto, dessa afirmação proferida na reunião de Câmara, tendo sempre
a preocupação de informar, antecipadamente, os Senhores Vereadores, dos
eventos que irão ocorrer de relevância para o Município.
Em relação à presença do Senhor Professor Carvalho Homem, em Paços da
Serra, lamenta não ter sido feito o convite formal. Aliás esta cerimónia já estava
pensada no âmbito das actividades das comemorações do Centenário da
República, tal como aconteceu com o 25 de Abril e com o 10 de Junho. “Foi um
erro meu, que me desagrada, pois não gosto de ter estes erros formais.” Talvez
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mais importante, como o Senhor Vereador disse, era imprescindível que numa
reunião de Câmara, se possível já na próxima, os dois Vereadores que integram a
Comissão, deveriam fazer chegar o programa com o que já se fez e aquilo que,
proventura, possa já estar assumido.
Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço aproveitando para
informar que, no dia 11 de Julho, pelas 10 horas, se vai fazer a reedição do livro
“Casimiro de Andrade”, com uma palestra do Dr. Alípio de Melo, para além da
realização de uma exposição que vai estar patente ao público.
Relativamente ao Centenário da República, a proposta da Comissão é de 1 a 5 de
Outubro. No entanto, existem dias que ainda não estão fechados, estando à
procura de alternativas, para se poder trazer o programa definitivo.
“A ideia é exactamente essa” – continuou o Senhor Presidente – “de se poder
trazer à reunião de Câmara aquelas propostas que já estão fechadas fazendo
parte do programa.”
4. EXPEDIENTE
- - - - Não se analisou expediente na presente reunião.
5. DELIBERAÇÕES
- - - - Em virtude do Senhor Vereador Armando Almeida, por motivos profissionais,
ter necessidade de se ausentar da reunião de Câmara, solicitou ao Senhor
Presidente, a alteração da discussão da ordem dos pontos da agenda de
trabalhos, para que pudesse participar na discussão das propostas em relação às
quais é proponente.
- - - - 5.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA APRESENTADA PELOS
SENHORES VEREADORES ELEITOS PELO PARTIDO SOCIALISTA
“PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO DE UM SUBSÍDIO À NATALIDADE”:-
Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que, independemente de ser muito
discutível, a Autarquia encontra-se a preparar, para depois se analisar, alguns
Regulamentos, uns que já aprovados, bem como a criação de outros que se
revelem importantes em matéria social, cultural ou desportivo. Pretendem
monitorizar, em definitivo e, porventura, até ao final do ano, aproveitando a última
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sessão da Assembleia Municipal de Dezembro, para aprovar esses
Regulamentos.
Em relação à implementação de um subsídio à natalidade, não é intenção do
Senhor Presidente discuti-la na substância, porque ela é muito discutível, não tem
dúvida em afirmá-lo. Eles próprios, entre os quatro, já abordaram este assunto e à
medida que os trabalhos vão decorrendo vão falando sobre isso e,
independentemente da valia, maior ou menor, da proposta, considera que
nenhuma posição sobre o interesse da implementação de um subsídio à
natalidade, deve ser tomada nesta altura. Há pessoas que concordam, os
Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista concordam e por isso o
propuseram, mas há outras pessoas que discordam e fazem-no num determinado
contexto de Regulamento.
Em qualquer circunstância, o Senhor Presidente discorda do momento, pois irão
ter, dentro de três a quatro meses, um conjunto de Regulamentos e um novo
Orçamento para 2011. Nesta conformidade era importante que, no final do ano,
pudessem olhar para a proposta de Regulamento e, aí, contando com a
colaboração dos Senhores Vereadores e num âmbito também orçamental,
tomarem as opções que acharem mais prioritárias.
Ora, como este ponto está agendado, tem um de três caminhos possível: ou é
aprovado, ou é reprovado ou é retirado. Face ao que o Senhor Presidente acabou
de dizer, os eleitos pelo Partido Social Democrata, não gostariam de votar contra,
mas sim sugerir que fosse retirada. A matéria, em si, é muito discutível, porquanto
há três ou quatro anos atrás vários Municípios adoptaram essa medida e alguns
já a retiraram, embora outros a mantenham. É, de facto, por isso muito
questionável, não se pronunciando sobre a substância, mas sim sobre o momento
e sobre o trabalho que estão a desenvolver neste tipo de Regulamentos.
Pretende deixar isto muito claro, para que não se fique a pensar que está a
sugerir isto e depois passados quatro ou cinco meses, os Senhores recolocam a
questão e não é integrada no Regulamento. Neste momento não estão a dizer
que aprovarão, ou não, esta proposta.
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Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo estar aqui um
exemplo de uma medida avulsa. Esta medida necessita também de um
Regulamento onde se enquadre. Precisa de ser apresentada com regras e, no
momento, não está em condições de se pronunciar sobre a mesma, porque não
sabe o âmbito da sua aplicação, como por exemplo se se aplica a toda a gente.
Como o Senhor Presidente referiu, se há um conjunto de apoios sociais que este
Município já concede e se esta medida vier a ser implementada, também
concorda que devia acompanhar todo o conjunto de medidas sociais.
Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que a baixa
natalidade, no concelho de Gouveia, os levou à apresentação desta proposta, não
querendo com isso dizer que iriam aumentar os nascimentos. Porém, ajudava o
comércio local, pois a proposta tem esta valência, através de um apoio social às
famílias, neste caso aos jovens casais.
Considera – continuou o Senhor Vereador - ao contrário do que disse o Senhor
Presidente, que a proposta vem a tempo, tem é que ser consubstanciada,
posteriormente, num Regulamento, provavelmente será para o próximo
Orçamento de 2011, mas acha que é altura de se começar a pensar nisto.
Não tem intenção de retirar a proposta, pelo que pretende levá-la a votação. Se
entenderem que, pela sua utilidade, deve integrar um Regulamento para a sua
atribuição, ficará satisfeito pois, contando com estes valores e sabendo que nos
últimos anos não se tem ultrapassado os 60 nascimentos no concelho, acha que
é possível estudar e considerar este apoio no próximo orçamento. É que, como já
referiu, o lançamento deste novo apoio ao comércio local, pois é disso que se
trata, faseadamente, no valor de 1000 euros por cada criança que venha a
nascer, seria mais um incentivo às lojas, através da compra de alimentos,
vestuário, berçário, entre outros.
Usou novamente a palavra o Senhor Presidente referindo que, na sua opinião, a
proposta não faz sentido na forma, não se pronunciando em relação à sua
substância sugerindo que, quando chegar a altura de se apresentar um conjunto
de Regulamentos, inseridos na tal política mais concertada, terão oportunidade de
ver o enquadramento da proposta, pois o mérito é de quem aprova e não, apenas,
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de quem propõe. Neste tipo de apoio, para entrar em vigor em Janeiro de 2011, é
bom que o façam de uma maneira mais enquadrada.
De seguida o Senhor Presidente colocou à votação a seguinte proposta
apresentada pelos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista:
“Proposta
Subsídio à Natalidade
Considerando que a problemática do despovoamento do interior não tem tido as
necessárias preocupações dos nossos governantes;
Considerando que não têm existido políticas viradas para as regiões de baixa
densidade populacional, colocando ênfase num verdadeiro ordenamento do
território nacional;
Considerando que os municípios são o primeiro patamar da Administração Local
a sentir os efeitos da desertificação do interior do país;
Considerando que o actual Governo decretou algumas medidas de apoio ao
investimento do interior, que quanto a nós, não tiveram os efeitos desejados;
Considerando que os Municípios em nosso entendimento, porque estão mais
próximos das pessoas, podem canalizar recursos financeiros e apoio social às
famílias no sentido de as fixar no interior;
Considerando que apoiar a natalidade, que tem vindo a diminuir drasticamente no
nosso concelho, é uma das vias na ajuda aos casais de Gouveia.”
Propomos a implementação de um subsídio à natalidade no valor de 1000€
(mil euros) por cada criança que venha a nascer, filha de pais residentes no
concelho de Gouveia.
O subsídio, será atribuído faseadamente, em cheques compra, no comércio do
nosso concelho a considerar em regulamento a aprovar na Câmara e Assembleia
Municipal.
Os Vereadores do Partido Socialista”
Feita a votação, foi a mesma reprovada, com três votos a favor por parte dos
Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com quatro votos contra
dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata.
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- - - - 5.2) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA APRESENTADA PELOS
SENHORES VEREADORES ELEITOS PELO PARTIDO SOCIALISTA
“PROPOSTA DE REALIZAÇÃO DE UM ESTUDO NO SENTIDO DE DAR
RESPOSTA ÀS NOVAS NECESSIDADES DE TRANSPORTES ESCOLARES
IMPOSTAS PELA REORGANIZAÇÃO ESCOLAR CONCELHIA”:- Usou da
palavra o Senhor Vereador Armando Almeida, dizendo ser seu entendimento de
que, devido à reorganização escolar, à junção das unidades de gestão, vêm aí
horários mais difíceis de concretizar, mais problemas, apontando a legislação
para a manutenção de transportes próprios, modalidades de aluguer ou carreiras
públicas na deslocação dos alunos.
Entendem que deviam, de uma vez por todas, resolver este problema dos
transportes escolares. No caso da Escola Secundária e, não fazendo de “Juíz em
causa própria”, reconhece que os transportes escolares não funcionam bem, pois
há muitos alunos que chegam muito cedo à escola, tendo que esperar cerca de
30 a 40 minutos e no regresso a casa acontece o mesmo.
A falha dos transportes no circuito, à hora de almoço, causa problemas às turmas
do 12.º ano. Ainda recentemente, houve uma inspecção na Escola, por causa
deste assunto e para o ano vai ter que haver alguma mudança. A Lei exige que os
alunos não tenham furos e para isso é preciso ter os correspondentes transportes
escolares a tempo e horas.
Daí que esta proposta venha no sentido dos serviços competentes da Câmara,
ligados a esta área, em conjunto com os Directores da Escola ou quem os
substitua, façam uma análise dos transportes escolares, para ver se é possível a
Câmara efectuar alguns circuitos próprios e definir, em termos de futuro, uma
rede de transportes escolares em condições e para responder, eficazmente, aos
problemas das escolas.
Prevê-se que para o próximo ano, os alunos do concelho, do 2.º, 3.º ciclo e do
secundário, venham a entrar todos à mesma hora, por isso, há que estudar o
assunto, ver quantas carreiras são necessárias e quantos desdobramentos são
precisos.
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Claro que tal circunstância, trará implicações financeiras, mas pensam que o
Ministério da Educação dará o correspondente envelope financeiro e os serviços
municipais só têm que dizer, se for preciso mais dinheiro e, exigir se for esse o
caso. Como até ao momento, no ensino secundário, os alunos não pagam nada e
por Lei, a partir do 8.º ano também nada pagam, porque entram no programa de
ensino obrigatório, se for uma medida da Câmara podíam retirar a verba
necessária do envelope financeiro do Estado.
Por outro lado, existe o caso do Instituto de Gouveia que é uma escola
profissional, que não deve ter direito a transportes, pois recebe dos dois lados, se
tem direito aos transportes escolares através do Município, não pode fazer
candidatura ao QREN e obter apoio financeiro.
A proposta dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista baseia-se
numa equipa de trabalho, para resolver o problema para o próximo ano escolar,
tendo em vista o que vai acontecer em termos futuros e que vai ser consagrado,
certamente, na revisão da carta educativa.
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, cada um, assume as suas
responsabilidades. O Município de Gouveia sempre assumiu as suas em matéria
de transportes escolares. Concerteza que tem cometido erros, mas sempre teve a
preocupação de articular o assunto com as escolas. Deixaram, proventura, de o
fazer pois, segundo informação, essa análise passou a ser feita no âmbito do
Conselho Municipal de Educação.
Em relação a este ano lectivo, cuja responsabilidade é do Ministério da Educação,
não é da Autarquia, na medida em que define um novo sistema, enquanto o outro
ainda estava em vigor e com aplicação prática. Quanto aos transportes escolares
nada está decidido, rigorosamente nada. Não houve evolução nenhuma e se
alguma vez tiverem que assinar alguma coisa, fazem questão que conste este
assunto dos transportes escolares, tal como foi dito pelo Senhor Secretário de
Estado, no protocolo que vai ser assinado com a ANMP. O Município irá fazer
contas e irá exigir, podendo até reclamar autocarros novos. Só que, infelizmente,
não é assim tão simples.
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Assim, a Autarquia vai assumir a sua responsabilidade, fazendo o necessário
estudo, confiando, como sempre, nos Vereadores com o pelouro da educação,
em articulação, naturalmente, com as escolas, nos órgãos próprios. De maneira
que o Senhor Presidente não concorda que tenham que fazer um trabalho em que
se está a misturar responsabilidades. O Município tem que assumir as suas
responsabilidades e vai propor medidas ao Ministério da Educação através dos
seus representantes, para que também assumam a responsabilidades deles.
Acredita que quer o Ministério da Educação, quer as Escolas, quer a Câmara de
Gouveia, irão pretender que haja a melhor consonância, como tem sido sempre
em matéria de transportes escolares. Através dessa inter-ajuda, espera-se, que
venha a contribuir para que os alunos façam o menor sacrifício possível, face às
circunstâncias que existem.
Em relação a isso, não pode deixar de dizer que os serviços competentes da
Câmara fazem o estudo, sem necessidade de se estar a nomear qualquer
Comissão de Trabalho. “O amanhã a Deus pertence”, pois o que era ontem, em
matéria de educação, já não é hoje, alteram-se os modelos, mudaram-se as
competências.
Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço, referindo que aquilo que
os Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista estão a propor, já é prática
comum. São realizadas várias reuniões preparatórias para, de seguida, ser
apresentado no Conselho Municipal de Educação, a proposta dos transportes
escolares renegociadas com as escolas. Se este ano existe algum atraso, os
Senhores Vereadores sabem a razão, a rede escolar ainda está por defenir,
existem uma nova realidade em termos de horários, dado que os do próximo ano
ainda não estão acertados, está tudo atrasado. Mas, de resto, a proposta dos
Senhores Vereadores é aquilo que tem sido o circuito normal da organização dos
transportes escolares.
Em relação ao envelope financeiro do Ministério da Educação, o mesmo não
chega a 20%, em relação ao valor real dos transportes. Foi um valor negociado
nos anos 80, para o Fundo Social Municipal, mas é, apenas, um valor residual.
16
Mas – interveio o Senhor Presidente – o Senhor Vereador Armando Almeida, tem
razão numa coisa, espera que no âmbito da assinatura desse protocolo com a
ANMP, seja feita essa exigência.
Concluiu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço, dizendo que era mais apologista
deste tipo de apoios sociais, aos alunos, ao longo do seu percurso escolar, do
que, propriamente, na atribuição de um subsídio de natalidade aos jovens casais.
Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que será
impossível justificar que o envelope financeiro do Estado aos transportes
escolares seja maior, quando se atribui aos alunos do ensino secundário
gratuitidade quando deveriam deviam pagar e quando se oferece também os
transportes a uma empresa privada.
Questionou o Senhor Presidente sobre a quem se estava a referir ao dizer
“empresa privada”.
Respondeu o Senhor Vereador dizendo que se estava a referir ao Instituto de
Gouveia, o qual está a ser apoiado duas vezes.
Retomou a palavra o Senhor Presidente dizendo que a medida do transporte
escolar, gratuita, é responsabilidade do Município e continua a ser uma medida
que ele próprio tomou. Vamos ver o que vai acontecer.
Usou ainda da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço, referindo que existe
um despacho para o apoio aos transportes do ensino secundário e, por isso é que
não se podia pagar os transportes para Seia, para a escola profissional, porque
nesse despacho a própria escola deveria atribuir um subsídio ao aluno em função
da candidatura.
Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota entendendo que a
proposta anterior tenha sido recusada por parte do restante Executivo, porque
tinha uma componente financeira, agora já não compreende que seja fechada a
possibilidade de alargar a discussão dos transportes escolares, para o próximo
ano, dada a reorganização escolar que, de facto, vamos ter.
Interrompeu o Senhor Presidente dizendo que não votaram contra a proposta
anterior devido à questão financeira.
“De oportunidade”, corrigiu o Senhor Vereador.
17
“A oportunidade de uma coisa séria, os Senhores Vereadores não entendem é a
oportunidade. Trata-se de uma coisa surrealista, pois os Senhores também
acham que deveria ser no Orçamento de 2011. Os Senhores Vereadores sabem
que estamos a trabalhar nesses Regulamentos e, com toda a humildade, pode
ser possível enriquecê-los com as vossas sugestões. Os Senhores Vereadores,
“às pinguinhas”, não têm a maleabilidade política de dizer que temos razão e
retirar a proposta, ficando à mesma com o mérito de terem proposto uma medida
que é boa ou que é má, pois é isso que está em causa.
Quanto à questão da presente proposta, também não se trata de uma questão
financeira. Não queremos afastar ou coartar a possibilidade das escolas
colaborarem com o Município, nem que nós definamos a rede de transportes para
o ano lectivo 2010/2011 sozinhos. Como é evidente, vamos querer que, este
processo, seja muito participativo, por isso não recusamos esta proposta porque
queremos coartar a ajuda de quem quer que seja. Recusamos a proposta, porque
é desnecessária.” – Referiu o Senhor Presidente.
Usou novamente da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que,
antigamente, existia o Conselho Consultivo dos Transportes Escolares que, no
mês de Fevereiro, deveria fazer a preparação.
De seguida o Senhor Presidente colocou à votação a seguinte proposta
apresentada pelos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista:
“Proposta
Transportes Escolares
Considerando que compete ao Município a organização dos transportes escolares
aos alunos do ensino básico e secundário, cuja distância da sua residência seja
superior a 3 ou 4 quilómetros, respectivamente, sem ou com refeitório;
Considerando que interessa garantir a todos os alunos o acesso á educação,
independentemente do local onde habitam, assegurando o transporte para a
escola e da escola para a sua residência em condições de qualidade, segurança
e acompanhamento nas viaturas, respeitando o estabelecido na lei;
Considerando que compete ao Município garantir o cumprimento de horários de
transporte ajustados às necessidades das escolas e adaptados às mudanças,
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curriculares, pedagógicas e educativas que o Ministério da Educação vem a
implementar nas escolas;
Os vereadores eleitos pelo Partido Socialista na Câmara Municipal de Gouveia
propõem com carácter urgente a realização de um estudo, envolvendo os
serviços técnicos da Câmara, em conjunto com as Direcções das Escolas do
Concelho, no sentido de se dar resposta às novas necessidades de transportes
escolares impostas pela reorganização escolar concelhia.”
Feita a votação, foi a mesma reprovada, com três votos a favor por parte dos
Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com quatro votos contra
dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata.
- - - - Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida informando que,
naquele momento, tinha necessidade de se retirar da reunião de Câmara, pelo
que solicitou ao Senhor Presidente que o Ponto 5.11) Qualificação de Espaço
Público na Antiga Fábrica Bellino” da ordem de trabalhos fosse retirado e
agendado para a próxima reunião de Câmara, uma vez que os Vereadores eleitos
pelo Partido Socialista, não estavam preparados para a sua discussão, visto que
apenas tiveram conhecimento dos dossiers naquele dia, para além de que
pretendiam ter acesso a outro tipo de documentos, nomeadamente, às
candidaturas feitas.
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, para a próxima reunião de
Câmara, é impossível porque as candidaturas têm que entrar até ao dia 6 de
Julho. Em relação à candidatura que falou a mesma já está aprovada há um ano
e, não têm que ter conhecimento da mesma, para aprovar um projecto, mas
entregá-la-á. Contudo, não vê porque um processo de candidatura se torna
imprescindível para se aprovar um projecto ou abrir um concurso para uma
determinada obra.
“Temos que ver o projecto como um todo” – continuou o Senhor Vereador
Armando Almeida – “entendemos que devemos ter outros documentos que faltam
aqui e tem que compreender e entender que, antes da reunião, não houve a
menor possibilidade de analisar três dossiers. Em relação à candidatura se não a
quizer trazer agora, não faz diferença, mas tem que a dar a conhecer, mais tarde.”
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Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que há um
projecto integrado para a zona dos Bellinos e, parece-lhe, que o que se irá agora
aprovar é apenas uma fracção. Assim, pretende, sendo esta uma fase, qual será
a próxima. Quer ainda saber quais os outros projectos que estão em vias de
serem apresentados, daí isto ser um todo. Assim, propunha também, o seu
adiamento para que tenham tempo suficiente para analisar o processo.
Deste modo, face às dúvidas apresentadas pelos Senhores Veradores eleitos
pelo Partido Socialista, o Senhor Presidente procedeu à marcação de uma
reunião de Câmara, extraordinária, que se realizará no dia 30 de Junho, às 16
horas e 30 minutos, solicitando aos serviços que deligenciassem os respectivos
procedimentos administrativos.
- - - - Neste momento o Senhor Vereador Armando Almeida ausentou-se da Sala
de Reuniões.
- - - - 5.3) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE REGULAMENTO DA
BIBLIOTECA MUNICIPAL VERGÍLIO FERREIRA:- Considerando que a
Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira é um dos mais importantes equipamentos
culturais, que a Câmara Municipal de Gouveia coloca ao dispor de toda a
população do concelho;
Considerando como principal objectivo deste Regulamento salvaguardar o
interesse comum de todos os utentes e permitir que a Biblioteca Municipal
Vergílio Ferreira execute as suas funções de forma eficiente e eficaz;
Considerando que desta forma se pretende assegurar melhores serviços aos
utentes, nomeadamente, a partilha correcta e equitativa dos recursos existentes,
designadamente bibliográficos, audiovisuais, multimédia ou outros.
Delibera a Câmara, por unanimidade, proceder à aprovação do “Regulamento da
Biblioteca Municipal Vergílio Ferreira”, de acordo com o documento que se
encontra anexo à presente acta e dela fica a fazer parte integrante, bem como
submetê-lo à apreciação e aprovação do Órgão Deliberativo, nos termos da
alínea a) do n.º 2 do art.º 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a
alteração introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.
20
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de
acordo com o n.º 3 do artigo 92º. do citado diploma legal.
- - - - 5.4) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE MINUTA DE
CONTRATO DE COMODATO A CELEBRAR ENTRE O MUNÍCIPIO DE
GOUVEIA E A ASSOCIAÇÃO DE CAÇA E PESCA DE VILA CORTÊS DA
SERRA E FREIXO DA SERRA:- Deliberou a Câmara, por unanimidade e em
minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º
da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a alteração introduzida pela Lei n.º 5-
A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à aprovação da minuta do contrato de
comodato a celebrar entre o Município de Gouveia e a Associação de Caça e
Pesca de Vila Cortês da Serra e Freixo da Serra, para a cedência um prédio
urbano (Edifício de um piso), sito na Freguesia de Vila Cortês da Serra, Concelho
de Gouveia, inscrito na matriz predial respectiva sob o artigo 348º, e não descrito
na Conservatória do Registo Predial de Gouveia, pelo prazo de trinta anos, nos
termos do disposto no documento que se encontra anexo à presente acta e dela
fica a fazer parte integrante.
- - - - 5.5) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE EMISSÃO DE
DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA AO TERRENO PARA CONSTRUÇÃO
DO QUARTEL DE BOMBEIROS DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE MELO:- Foi presente à Câmara um ofício
registado no Serviço de Atendimento ao Público, da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Melo, dando conta das interferências do terreno
destinado à construção do novo Quartel com as condicionantes impostas pelo
Regulamento do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Serra da Estrela e
Reserva Agrícola Nacional, pelo que, tendo em vista o eventual licenciamento,
vêm solicitar a emissão de Declaração de Interesse Público.
Analisado o pedido, deliberou a Câmara o seguinte:
“As Associações Humanitárias que enquadram os corpos de bombeiros são
instituições sem fins lucrativos, cujos valores estatutários perseguem,
invariavelmente, o apoio às populações, seja em missões de socorro e urgência,
seja no domínio da saúde ou ainda em acções humanitárias directas.
21
As funções destas associações, onde se incluem os Bombeiros Voluntarios de
Melo, complementam ou substituem (mesmo) as obrigações do Estado, no
domínio da protecção civil, acção social e no apoio ao serviço de saúde público,
sendo absolutamente incontornável que desenvolvem acções inegavelmente
revestidas de interesse público.
É do conhecimento geral que as actuais instalações dos Bombeiros Voluntários
de Melo funcionam num edifício ultrapassado, desajustado das condições
mínimas exigíveis às funções actuais, limitado no espaço, sem possibilidade de
garantirem uma correcta beneficiação/modernização, estando afastada a
possibilidade da sua ampliação. Em paralelo, a sua localização em pleno centro
histórico da povoação, para além da dissonância estética da edificação,
condiciona gravosamente uma boa e célere acessibilidade às viaturas de incêndio
e/ou emergência, condição operacional de elevada importância.
Foi neste contexto que os dirigentes da referida Associação desenvolveram
esforços para iniciarem um processo de construção de novas instalações, em
local com boas características operacionais, que garantam um serviço de
qualidade e permitam a construção de um edifício digno, moderno, adaptado às
actuais exigências e com capacidade para expansão faseada. O terreno
entretanto adquirido, para o efeito, localiza-se numa situação geograficamente
central às povoações de Melo e Nabainhos, contiguamente à estrada Municipal
Nº555. Apesar das evidentes vantagens de centralidade e acessibilidade, tem
como “senão” o facto de se localizar exteriormente ao perímetro urbano das duas
povoações, integrando-se na circunscrição do Parque Natural da Serra da Estrela,
o que impede a sua edificabilidade, de acordo com a regulamentação em
vigor.Questionado o ICN/PNSE sobre a possibilidade de atender ao pedido de
construção para aquele equipamento foi recebida resposta que aponta para o
indeferimento do pedido por “não existirem critérios de apreciação para este tipo
de obra”. Não obstante, foi admitida a reavaliação e viabilização do pedido desde
que a sua reapreciação recaia sobre o processo, intruído com declaração de
interesse público, emitida pelo Município de Gouveia.
22
Neste contexto e atendendo às considerações e fundamentos explanados, o
presente parecer aponta para que seja concedido este valor à pretenção. Assim,
delibera a Câmara, por unanimidade, proceder à emissão da respectiva
Declaração de Interesse Público explicitamente reportada à futura construção
das Instalações da referida Associação e respectivo quartel de Bombeiros.”
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de
acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a
alteração introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.
- - - - Relativamente aos pontos 5.6), 5.7), 5.8) e 5.9) da Ordem de Trabalhos o
Senhor Presidente referiu que quer os subsídios a atribuir aos Clubes de Caça
quer os subsídios a atribuir às Associações de Bombeiros que estão em
propostas separadas, em relação às outras, se constata que houve uma
diminuição de 10%.
Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota, para fazer a seguinte
chamada de atenção: Não sendo seu propósito referir-se a nenhuma Associação
em particular, contudo colocam-se-lhe algumas dúvidas sobre a atribuição de
subsídios a determinadas colectividades, nomeadamente, sobre a legitimidade
dessa atribuição, porquanto as mesmas são geradoras de rendimentos, para além
de serem auto-suficientes.
Considera que, pelo facto de se tratarem de Associações, não quer dizer que
tenham que ser contempladas com um subsídio. É contra essa situação, ao
contrário de outras, que se não lhe for dado esse apoio, não funcionam, porque
não têm meios.
Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que, nesse caso, até poderia ser
um bom critério, pelo que para o próximo ano, deveriam entregar os documentos
de prestação de contas, para além do plano de actividades. Assim, se existirem
associações que tenham receitas maiores do que as despesas, não vê razão para
que venham a receber subsídios do Município.
- - - - 5.6) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE
SUBSÍDIOS ORDINÁRIOS ÀS ASSOCIAÇÕES E CLUBES DE CAÇA E PESCA
DO CONCELHO DE GOUVEIA PARA O ANO DE 2010:- “Considerando que:
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As associações e clubes de caça e pesca contribuem para o equilíbrio do
ecossistema através do controlo das espécies cinegéticas;
As associações e clubes de caça e pesca promovem o ordenamento cinegético
dentro da área territorial da sua competência;
As associações e clubes de caça e pesca promovem o controlo sanitário das
espécies;
A caça e pesca podem constituir um nicho económico a explorar, com fortes
tradições desportivas e sociais;
Delibera a Câmara, por unanimidade, aprovar a atribuição de um subsídio
ordinário no valor de 375,00 Euros (trezentos e setenta e cinco euros), às
Associações e Clubes de Caça e Pesca legalmente constituídas na área do
Concelho de Gouveia, de acordo com a seguinte listagem:
Clube de Caça e Pesca de Vila Cortes da Serra Vila Cortez da Serra
Clube de Caça e Pesca de Folgosinho Folgosinho
Clube de Caça e Pesca de Vila Franca da Serra Vila Franca da Serra
Clube de Caça e Pesca de S. Paio S. Paio
Clube de Caça e Pesca de Vila Nova de Tazem Vila Nova Tazem
Clube de Caça e Pesca de Cativelos Cativelos
Clube de Caça e Pesca Arte do Mondego Arcozelo da Serra
Associação de Caça e Pesca da Encosta da Estrela Moimenta da Serra
Clube de Caça de Lagarinhos Lagarinhos
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de
acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a
alteração introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.
- - - - 5.7) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE
SUBSÍDIOS ORDINÁRIOS ÀS ASSOCIAÇÕES HUMANITÁRIAS DE
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DO CONCELHO DE GOUVEIA PARA O ANO DE
2010:- “Considerando que as Associações Humanitárias dos Bombeiros
Voluntários:
Assumem um papel relevante interesse público;
Promovem acções de prevenção e segurança de pessoas e bens:
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Asseguram um serviço de socorro e saúde;
Não se enquadram nos critérios de apoio associativo aprovados pelo Executivo
Municipal;
Delibera a Câmara, por unanimidade, aprovar a atribuição dos subsídios
ordinários para o ano de 2010, às quatro Associações Humanitárias dos
Bombeiros Voluntários do Concelho, abrigo da alínea b) do nº 4 do art.º 64 da
Lei n.º 169/99 de 18 de Setembro, na sua actual redacção, do seguinte modo:
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de
Gouveia € 10.000,00
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila
Nova de Tazem € 7.000,00
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Melo € 5.000,00
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de
Folgosinho € 5.000,00
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de
acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a
alteração introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.
- - - - 5.8) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE
SUBSÍDIOS ORDINÁRIOS ÀS ASSOCIAÇÕES E CLUBES DESPORTIVOS DO
CONCELHO DE GOUVEIA PARA O ANO DE 2010:- “Considerando que:
As associações desportivas estimulam a educação para o desporto nas faixas
etárias mais jovens, apresentando uma oferta desportiva que contempla cada vez
mais população;
As associações desportivas contribuem para a ocupação dos tempos livres,
contribuindo para uma formação harmoniosa e saudável;
O desporto é uma área de grande mobilização, enquanto fenómeno social,
contribuindo para os tempos de lazer e de vivência das populações;
Os critérios aprovados para a atribuição de subsídios ordinários às associações e
clubes desportivos, em reunião da Câmara Municipal a 26/04/2010;
A inscrição das colectividades desportivas nos diversos quadros competitivos;
25
Delibera a Câmara, por unanimidade, aprovar os subsídios ordinários para o ano
de 2010, a atribuir às Associações e Clubes Desportivos do Concelho de
Gouveia, de acordo com a tabela que se encontra anexa à presente acta e dela
fica a fazer parte integrante, com base nos critérios aprovados em reunião da
Câmara Municipal a 26/04/2010 e ao abrigo da alínea b) do nº 4 do art.º 64 da Lei
169/99 de 18 de Setembro.”
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de
acordo com o n.º 3 do artigo 92.º do citado diploma legal.
- - - - 5.9) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE
SUBSÍDIOS ORDINÁRIOS ÀS ASSOCIAÇÕES CULTURAIS, RECREATIVAS E
DE LAZER DO CONCELHO DE GOUVEIA PARA O ANO DE 2010:- Usou da
palavra o Senhor Vereador José Santos Mota pretendendo ser esclarecido porque
é que Associações como a ADRUSPA e o Orfeon de Nespereira, não foram
contemplados. Por outro lado, não entende porque é que a Associação Mário
Gomes Figueira, tem um valor inferior à Associação de Estudantes.
Usou da palavra o Senhor Presidente não sabendo informar, de momento, a
razão desta diferença de valores, entre estas duas Associações, pois é suposto
que se tenha aplicado o critério, previamente definido.
Em relação ao Orfeon de Nespereira tem a ver com o facto de ter entregue o
plano de actividades fora de prazo. Quanto à ADRUSPA, a mesma não tem
enquadramento, nos critérios definidos, dado que é uma Associação de
Desenvolvimento, tal como a Associação de Desenvolvimento de Gouveia.
Segundo informação que tinha, a ADRUSPA nunca recebeu por esta via, mas
sim, extraordinariamente, no âmbito de um protocolo estabelecido para
financiamento de obras.
Interveio a Senhora Vereadora Glória Lourenço dizendo que, segundo os
documentos que possui, em 2008, foi-lhe atribuído um subsídio ordinário, para
além desse extraordinário que o Senhor Presidente referiu. No ano de 2009, não
tiveram subsídio ordinário, porque não tiveram conhecimento das candidaturas e,
por conseguinte, não apresentaram o Plano de Actividades.
26
Por outro lado, constata que a Associação de São Julião também pode ser
considerada com uma Associação de Desenvolvimento e está contemplada com
um subsídio.
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que se teve apoio em 2008, então
é preciso analisar a situação da ADRUSPA, que é válido para qualquer outra
colectividade que esteja em idêntica posição, pois se o critério que a levou a ter
subsídio há dois anos e o Regulamento é praticamente o mesmo, apenas teve
duas pequenas alterações que não implicaram neste âmbito, porque há dois anos
também não foi, a mesma deverá ser incluída de modo a serem coerentes com o
princípio.
Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço referindo que, há dois
anos, existiam dois pressupostos para a atribuição de subsídios: a actividade
desenvolvida, até ao máximo de cinco actividades, por ano e o financiamento à
sua actividade permanente. No caso das actividades, o Município apoiava uma,
duas ou três, distribuindo-se o subsídio de umas para as outras, porque no
conjunto de actividades há algumas que devem ser apoiadas, outras que se
entende que fazem parte da actividade permanente da colectividade e, portanto,
não são subsidiadas. Aí é que se faz a diferença entre as colectividades,
admitindo que há dois anos a ADRUSPA tenha apresentado, no seu plano de
actividades, uma ou duas actividades que entenderam que, culturalmente,
deveriam ser consideradas. De resto, em termos de actividade permanente, a
ADRUSPA não tem nenhuma neste momento.
Respondeu a Senhora Vereadora Glória Lourenço dizendo que não tem
actividade permanente, mas tem que ter instalações abertas e embora a
ADRUSPA faça outras candidaturas, esse dinheiro não chega para pagar as
obras que se fazem. Neste momento aquelas que faltavam foram concluídas e a
ADRUSPA tem que arranjar o resto da verba que não é financiada. Futuramente,
esse espaço, estará aberto e pode ser utilizado por toda a comunidade.
Nesse caso, também teriam que ser apoiados outros, como o Clube de Vinhó que
está aberto, o Clube do Arcozelo, o Clube das Aldeias, o Clube de Mangualde da
27
Serra, que também têm o espaço físico aberto, mas não desenvolvem actividade,
referiu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço.
“Mas, apresentámos um plano com actividades concretas que desenvolvemos
com o objectivo de enriquecer culturalmente e preservarmos as tradições de
S.Paio” - respondeu a Senhora Vereadora Glória Lourenço.
Há um conjunto de colectividades que não tendo actividade permanente, há uma
parte do subsídio que não é atribuída, mas pode haver um conjunto de
actividades que se podem enquadrar e ser apoiadas, referiu o Senhor Vereador
Joaquim Lourenço.
Após consulta aos serviços de contabilidade verificou-se que, efectivamente, a
ADRUSPA foi contemplada nos subsídios ordinários de 2008 e verificado que a
alteração ao Regulamento não priva que se venha a ser contemplada, o Senhor
Presidente autorizou a sua inclusão nos subsídios ordinários de 2010.
Usou novamente da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota pretendendo
saber quais os critérios utilizados para que a Associação Mário Gomes Figueira
tenha apenas o dobro em relação à Associação da Escola Apostólica de Cristo
Rei, que é uma Associação que apenas se reúne uma vez por ano, para organizar
um almoço, enquanto que a Associação Mário Gomes Figueira desenvolve uma
actividade no âmbito cientifico e cultural e tem um valor tão reduzido. Também
não entende que esta Associação tenha menos que a AssociaSão Julião que,
segundo conhece, apenas tem uma actividade ligada ao Festival dos Tapiscos.
Não vê, consequentemente, qual foi o critério que distinguiu, por exemplo, a
Associação Mário Gomes Figueira com a AssociaSão Julião.
Usou da palavra a Senhora Vereadora Laura Costa referindo que a Associação
Mário Gomes Figueira, na maior parte das suas actividades, é financiada pelo
projecto Ciência Viva.
“Mas nunca são financiadas a 100%” - Respondeu o Senhor Vereador José
Santos Mota.
“São actividades” – continuou a Senhora Vereadora Laura Costa – “financiadas
pelo projecto Ciência Viva e além disso desenvolve actividades em que, na maior
parte das vezes, é cobrado dinheiro para as poder fazer, por exemplo, uma
28
sessão de astromonia que é financiada por aquele projecto também cobra um
valor à entidade que solicita a sua realização. Considera, portanto, que existe um
certo número de Associações que não têm onde ir buscar financiamento e isso
deverá ser um dos critérios a utilizar.”
Distinguir duas Associações, porque uma tem capacidade para se movimentar em
candidaturas e a outra não tem essa capacidade, o Senhor Vereador José Santos
Mota, disse não concordar com essa diferenciação.
Concluiu o Senhor Presidente dizendo que todo este processo de atribuição de
subsídios, obedece a um Regulamento que tem critérios, garantindo e não
aceitando em nenhuma circunstância que isto tenha que ver com “a cor dos
olhos”, pois isto leva a interrogações legítimas como aquelas que os Senhores
Vereadores colocaram e visto de fora leva, muitas vezes, a colocar essas dúvidas
e depois têm estas explicações.
Posto isto e considerando que:
“As associações recreativas, culturais e de lazer contribuem de forma decisiva
para manter e divulgar o património cultural e as tradições locais, preservando e
divulgando a identidade cultural do Concelho de Gouveia;
As associações recreativas, culturais e de lazer estimulam a educação para a
cultura e cidadania activa com superior qualidade, dirigindo-se a diferentes faixas
etárias, numa perspectiva de futuro;
As associações recreativas, culturais e de lazer contribuem para a diversificação
da oferta cultural, tornando-a atractiva, ao alcance de todos e contribuindo para a
criação de condições de qualidade de vida e bem-estar das populações;
Os critérios aprovados para a atribuição de subsídios ordinários às associações
culturais, recreativas e de lazer do Concelho de Gouveia aprovados em reunião
de Câmara Municipal a 26/04/2010;
Os planos de actividades apresentados.
Delibera a Câmara, por unanimidade, proceder à aprovação dos subsídios
ordinários para o ano de 2010, a atribuir às Associações Culturais, Recreativas
e de Lazer do Concelho de Gouveia, de acordo com as tabelas que se
encontram anexas à presente Acta e dela fica a fazer parte integrante, com base
29
nos critérios aprovados em reunião da Câmara Municipal a 26/04/2010 e ao
abrigo da alínea b) do nº 4 do art.º 64 da Lei 169/99 de 18 de Setembro.”
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de
acordo com o n.º 3 do artigo 92.º do citado diploma legal.
A Senhora Vereadora Glória Lourenço não participou na votação nos termos do
n.º 6 do art.º 90.º do citado diploma legal.
- - - - 5.10) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE
SUBSÍDIO ORDINÁRIO À FUNDAÇÃO D.LAURA DOS SANTOS PELA
ORGANIZAÇÃO DA 7.ª EDIÇÃO DO GOUVEIA CUP 2010:- “Tendo por base os
critérios aprovados para atribuição de subsídios às colectividades desportivas
para o ano de 2010, considera-se que:
A Fundação D. Laura dos Santos para além das suas atribuições enquanto IPSS,
desenvolve actividades de cariz desportivo e cultural de referência para o
Concelho de Gouveia;
A Fundação D. Laura dos Santos mantém uma actividade competitiva
permanente no futebol feminino;
A Fundação D. Laura dos Santos organizou, em Junho de 2010, a 7ª Edição do
Gouveia Cup;
O Gouveia Cup, para além da competição e do lazer, é um evento de promoção
turística, desportiva e cultural do concelho de Gouveia;
Neste sentido e tendo por base os critérios de atribuição de subsídios às
colectividades desportivas, nomeadamente a promoção e organização de eventos
desportivos de âmbito internacional, delibera a Câmara por unanimidade e em
minuta de modo a produzir efeitos imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º
da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a alteração introduzida pela Lei n.º 5-
A/2002, de 11 de Janeiro, proceder à atribuição de um subsídio de 2.000,00
Euros (dois mil euros) à Fundação D. Laura dos Santos.”
- - - - 5.11) APROVAÇÃO DO PROJECTO “QUALIFICAÇÃO DE ESPAÇO
PÚBLICO NA ZONA DA ANTIGA FÁBRICA BELLINO”, INCLUINDO O
CADERNO DE ENCARGOS, PROGRAMA DE CONCURSO E AUTORIZAÇÃO
DE ABERTURA DO RESPECTIVO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PARA
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O LANÇAMENTO DA EMPREITADA ATRAVÉS DE CONCURSO LIMITADO
POR PRÉVIA QUALIFICAÇÃO, DE ACORDO COM O ART.º 162 E SEGUINTES
DO CCP, BEM COMO PROCEDER À NOMEAÇÃO DO RESPECTIVO JURI:-
Este Ponto da Ordem de Trabalhos foi adiado para a reunião extraordinária a
realizar no dia 30 de Junho, pelas 16 horas e 30 minutos.
- - - - Antes de dar por terminado o “Período da Ordem do Dia”, o Senhor
Presidente solicitou aos Senhores Vereadores, a inclusão na presente ordem de
trabalhos da seguinte proposta, tendo sido aceite pelo restante Executivo:
- - - - 5.12) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE
DESENVOLVIMENTO DE ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO
CURRICULAR PARA O ANO LECTIVO 2010/2011:- “Considerando as
competências dos Municípios ao nível da Educação, previstas no Decreto-Lei n.º
144/2008, de 28 de Julho, e o Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de Setembro, que
atribui aos mesmos competências especificas em matéria de actividades de
enriquecimento curricular;
Considerando que as actividades de enriquecimento curricular proporcionam às
crianças do 1º ciclo um leque de experiências e oportunidades educativas que
complementam as actividades curriculares, contribuindo assim para uma melhoria
nos vários aspectos do seu desenvolvimento e no sucesso educativo alcançado;
Considerando que a experiência e o sucesso conseguidos nos anos lectivos
anteriores sustentam a continuidade do Programa;
Considerando igualmente que o Município de Gouveia deve garantir uma
candidatura ao Programa criado pelo Ministério da Educação, por forma a que a
oferta abranja todos os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico;
Considerando, por último, que a candidatura ao apoio financeiro exige uma
parceria obrigatória com os Agrupamentos de Escolas, Associações de Pais ou
IPSS’s;
Delibera a Câmara, por unanimidade, aprovar a celebração de um Acordo entre o
Município de Gouveia e o Agrupamento de Escolas de Gouveia e o Agrupamento
de Escolas de Vila Nova de Tazem, nas condições referidas no documento que se
encontra anexo à presente acta e dela fica a fazer parte integrante.”
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6. OBRAS
- - - - 6.1) INFORMAÇÃO SOBRE OS PROJECTOS APRECIADOS NA
SEMANA DE 2010/06/09 A 2010/06/23:
ARQUITECTURA:- De Alberto Ramos, de São Pedro, para Construção de
Habitação; De Luís António Carrilho da Cunha, de São Pedro, para Reconstrução
e Alteração de Edifício destinado a Garagem e Arrumos; De Luís Miguel Saúde
Martinho, de São Paio, para Reconstrução de Habitação. - Deferidos de acordo
com a informação dos Serviços Técnicos.
ESPECIALIDADES:- De João Guilhermino Aguiar de Seixas, de Arcozelo da
Serra, para Reconstrução de Moradia.- Deferido de acordo com a informação
dos Serviços Técnicos.
APROVAÇÃO GLOBAL:- De Alberto Dias Ferreira, de Moimenta da Serra, para
Ampliação de Pavilhão Agrícola.- Deferido de acordo com a informação dos
Serviços Técnicos.
7. RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA
- - - - Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria número 120, referente ao dia
vinte e cinco de Junho, pelo qual se verifica a existência dos seguintes saldos:
Em Operações Orçamentais – Setecentos e setenta e cinco mil, quinhentos e
setenta e oito euros e noventa e dois cêntimos (€775.578,92); Em Documentos –
Sessenta e cinco mil, seiscentos e doze euros e trinta e seis cêntimos
(€65.612,36).
- - - - Nos termos da legislação em vigor, ratificou a Câmara a realização de
despesas a que se referem as requisições números 597 a 654, bem como os
pagamentos no montante de seiscentos e sessenta e oito mil, quinhentos e
sessenta e sete euros e vinte e sete cêntimos (€668.567,27) a que se referem as
Ordens de Pagamento números, 1082, 1532, 1544, 1558, 1559, 1569, 1591,
1592, 1629, 1673, 1753, 1756, 1759, 1785, 1788, 1795, 1798, 1815, 1821, 1842,
1858, 1880, 1903 a 1909, 1914, 1916 a 1929, 1931 a 1971, 1974 a 1978, 1980,
1981, 1983 a 1995, 1997, 2006 a 2008, 2090, 2091, 2093 a 2111, 2113/1 a
2113/8, 2114/1 a 2114/5, 2115/1 a 2115/7, 2116/1 a 2116/5, 2117/1 a 2117/6,
2118/1 a 2118/3, 2119/1 a 2119/3, 2120/1 a 2120/9, 2121/1 a 2121/6, 2122/1 a
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2122/6, 2123/1 a 2123/5, 2124/1 a 2124/7, 2125/1 a 2125/5, 2126/1 a 2126/3,
2127/1 a 2127/3, 2128/1 e 2128/2.
8. PRESENÇA DE PÚBLICO
- - - - Não se verificou a presença de público na presente reunião.
- - - - E não havendo mais assunto a tratar, pelo Senhor Presidente foi declarada
encerrada a reunião, pelas dezassete horas, da qual para constar se lavrou a
presente acta, nos termos do n.º 1 do Art.º 92.º, da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de
Janeiro, a qual será submetida à aprovação do Órgão Executivo, nos termos do
n.º 2 do mesmo artigo.
A Chefe de Divisão
A Câmara Municipal