projecto de acta n.º 4/2010 - cm-gouveia.pt de 2010... · ----- procedeu-se à chamada dos membros...

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1 PROJECTO DE ACTA N.º 4/2010 ------- Aos trinta dias do mês de Setembro do ano de dois mil e dez, nesta cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Salão Nobre, pelas vinte horas, reuniu em 4.ª Sessão Ordinária a Assembleia Municipal de Gouveia, com o objectivo de dar cumprimento à respectiva Ordem de Trabalhos. ----------------------------------------------------------------------------- ------- Nos termos do art.º 44.º, conjugado com o n.º 1 do art.º 79.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal empossou nas suas funções de membro deste Órgão, a cidadã Raquel Santos e Silva (PS). --------------------------------------------------------- I – PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA” a) Apreciação e votação da Acta da 3.ª Reunião da Assembleia Municipal de 30 de Junto de 2010. b) Informações e leitura resumida do Expediente. c) Inscrição de membros da Assembleia que pretendam intervir. d) Direito de resposta do Presidente da Câmara ou de quem o substitua. II – PERÍODO DE “ORDEM DO DIA” Ponto 1 - Discussão e votação da Proposta da 1.ª Revisão ao PPI, ao Orçamento e às Actividades Mais Relevantes para 2010; Ponto 2 - Discussão e votação da Proposta de Lançamento de Derrama para 2011; Ponto 3 - Discussão e votação da Proposta de Fixação da Taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis para 2011; Ponto 4 - Informações das Actividades do Senhor Presidente e Situação Financeira a 15/06/2010; Ponto 5 - Informação do Auditor Externo sobre a Situação Económica e Financeira do Município relativa ao 1.º Semestre de 2010. III - PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ------- Procedeu-se à chamada dos Membros da Assembleia Municipal, tendo-se verificado as seguintes presenças: Rogério Marques de Figueiredo (PPD/PSD), Luís Filipe Almeida Gonçalves (PPD/PSD), Raquel Santos e Silva (PS), Ângela Maria Abreu Mendes da Silva (PPD/PSD), Álvaro Cabral Prata Belo (PPD/PSD), Joana Mota da Silva (PS), Arminda Isabel Carvalho do Nascimento Rebelo (PPD/PSD), António José Ferreira Machado (PPD/PSD), Pedro Nuno Dias da Costa Simões (PS), Fernando António Brito Gonçalves (PPD/PSD), José António Rodrigues Manta (PS), Anabela Machado Marcelino Almeida (PPD/PSD), Joana Catarina Garrido

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PROJECTO DE ACTA N.º 4/2010 ------- Aos trinta dias do mês de Setembro do ano de dois mil e dez, nesta cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Salão Nobre, pelas vinte horas, reuniu em 4.ª Sessão Ordinária a Assembleia Municipal de Gouveia, com o objectivo de dar cumprimento à respectiva Ordem de Trabalhos. ----------------------------------------------------------------------------- ------- Nos termos do art.º 44.º, conjugado com o n.º 1 do art.º 79.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal empossou nas suas funções de membro deste Órgão, a cidadã Raquel Santos e Silva (PS). ---------------------------------------------------------

I – PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA” a) Apreciação e votação da Acta da 3.ª Reunião da Assembleia Municipal de 30 de Junto de 2010.

b) Informações e leitura resumida do Expediente. c) Inscrição de membros da Assembleia que pretendam intervir. d) Direito de resposta do Presidente da Câmara ou de quem o substitua.

II – PERÍODO DE “ORDEM DO DIA” Ponto 1 - Discussão e votação da Proposta da 1.ª Revisão ao PPI, ao

Orçamento e às Actividades Mais Relevantes para 2010;

Ponto 2 - Discussão e votação da Proposta de Lançamento de Derrama para 2011;

Ponto 3 - Discussão e votação da Proposta de Fixação da Taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis para 2011;

Ponto 4 - Informações das Actividades do Senhor Presidente e Situação Financeira a 15/06/2010;

Ponto 5 - Informação do Auditor Externo sobre a Situação Económica e Financeira do Município relativa ao 1.º Semestre de 2010.

III - PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ------- Procedeu-se à chamada dos Membros da Assembleia Municipal, tendo-se verificado as seguintes presenças: Rogério Marques de Figueiredo (PPD/PSD), Luís Filipe Almeida Gonçalves (PPD/PSD), Raquel Santos e Silva (PS), Ângela Maria Abreu Mendes da Silva (PPD/PSD), Álvaro Cabral Prata Belo (PPD/PSD), Joana Mota da Silva (PS), Arminda Isabel Carvalho do Nascimento Rebelo (PPD/PSD), António José Ferreira Machado (PPD/PSD), Pedro Nuno Dias da Costa Simões (PS), Fernando António Brito Gonçalves (PPD/PSD), José António Rodrigues Manta (PS), Anabela Machado Marcelino Almeida (PPD/PSD), Joana Catarina Garrido

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Ferreira (PS), João Tiago Tenreiro Costa Ferrão (PPD/PSD), Fernanda Maria Silva Bernardo (CDU), Jorge Abrantes Cardoso Ferreira (PPD/PSD), Pedro José Maltez Amaral (PS), Armindo Correia Bezerra (PS), Ana Isabel Oliveira Martins Cardoso (PPD/PSD), Ana Cristina Dias Oliveira (PS) e os Senhores Presidentes das Freguesias de Aldeias, Arcozelo da Serra, Cativelos, Figueiró da Serra, Folgosinho, Freixo da Serra, Lagarinhos, Mangualde da Serra, Melo, Moimenta da Serra, Nespereira, Paços da Serra, Ribamondego, Rio Torto, São Julião, São Paio, São Pedro, Vila Cortês da Serra, Vila Franca da Serra, Vila Nova de Tazem e Vinhó. -------------------- ------- Registam-se, assim, as faltas dos membros da Assembleia, Isabel Maria Ribeiro Saraiva Valente (PS), Pedro Jorge Cardoso de Carvalho (PS), que justificou antecipadamente a sua falta e Ana Raquel Pereira Salvador (PPD/PSD), Regista-se, ainda, a falta do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Nabais. ------------------------------------------------------ ------- Solicitaram os membros da Assembleia Ricardo Humberto Cruz de Jesus Correia (PPD/PSD) e Rúben Lopes Figueiredo (PS), ao abrigo do n.º 1 do artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, as respectivas substituições, cabendo as mesmas, a Luís Filipe Almeida Gonçalves (PPD/PSD) e Pedro Nuno Dias da Costa Simões (PS). -------------------------

I – PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA” ------- Considerando que a Assembleia reunia o número legal suficiente para deliberar, o Senhor Presidente da Mesa declarou aberta a sessão.

a) Apreciação e votação da Acta da 3.ª Reunião da Assembleia Municipal de 30 de Junho de 2010

------- O Senhor Presidente da Mesa colocou à votação a Acta n.º 3/2010 de 30 de Junho, tendo sido a mesma aprovada, por maioria, com as abstenções dos membros da Assembleia, Raquel Santos e Silva (PS), Fernando António Brito Gonçalves (PPD/PSD), Anabela Machado Marcelino Almeida (PPD/PSD), Pedro Nuno Dias da Costa Simões (PS) e dos Senhores Presidentes das Juntas de Freguesia de Mangualde da Serra e São Paio por não terem estado presentes na respectiva reunião. ---------------

c) Informações e leitura resumida do Expediente ------- O 1.º Secretário da Mesa, Anabela Machado Marcelino Almeida (PPD/PSD), deu conta da correspondência recebida, desde a efectivação da última reunião da Assembleia Municipal e que a seguir se discrimina: ------ i) Dr. Eduardo Mota:- Apresenta o pedido de renuncia ao mandato da Assembleia Municipal;

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ii) Presidente da Junta de Freguesia de São Paio:- Justificação de Falta;

iii) Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português:- Envio, para conhecimento, de pergunta feita por este Grupo Parlamentar ao Governo relativa à “Falta de pagamento às Autarquias em relação aos transportes escolares”;

iv) Fernando Brito:- Justificação de Falta; v) Pedro Carvalho:- Justificação de falta e envio de considerações genéricas sobre os Pontos 3 e 4 da Ordem de Trabalhos da última sessão da Assembleia Municipal;

vi) Presidente da Câmara Municipal de Gouveia:- Envio de convocatória para a reunião do Conselho Municipal de Educação que se realizou no passado dia 26 de Julho;

vii) Presidente da Junta de Freguesia de Mangualde da Serra:- Justificação de Falta;

viii) Associação Nacional de Municípios Portugueses:- Envio de Boletim da ANMP n.º 192;

ix) Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo:- Envio, para conhecimento, de cópia da Moção aprovada pela Assembleia Intermunicipal relativa à introdução de portagens na A23 – Auto Estrada da Beira Interior;

x) ATAM:- Envio de ficha de apresentação e boletim de inscrição para o XXX Colóquio Nacional da ATAM, que se realiza nos próximos dias 26 a 29 de Setembro em Grândola;

xi) Presidente da Câmara Municipal de Gouveia:- Envio da Ordem de Trabalhos para a reunião do Conselho Municipal de Educação que se realizou no passado dia 26 de Julho;

xii) Presidência do Conselho de Ministros/Gabinete do Primeiro Ministro:- Acusa a recepção do N/Ofício n.º 26, de 06/07/2010, a enviar a Moção aprovada por esta Assembleia Municipal sobre a criação de mega-aprupamentos;

xiii) Nuno Miguel da Costa Rodrigues:- Comunica a sua indisponibilidade para aceitar o cargo de membro da Assembleia Municipal de Gouveia;

xiv) Assembleia Municipal de Tomar:- Envio, para conhecimento, de cópia da Moção aprovada por aquele Órgão relativa à introdução de portagens na A23;

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xv) Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português:- Envio, para conhecimento, do requerimento dirigido ao Governo a respeito dos Aumentos das Portagens acima do valor do IVA;

xvi) Raquel Santos e Silva:- Comunica a sua disponibilidade para aceitar o cargo de membro da Assembleia Municipal de Gouveia;

xvii) Rancho Folclórico de Gouveia:- Envio de convite para estar presente no XXXV Festival Internacional de Folclore de Gouveia;

xviii) Casa Civil do Senhor Presidente da República:- Vem agradecer o envio da Moção aprovada por esta Assembleia Municipal sobre a criação de mega-aprupamentos;

xix) Governo Civil do Distrito da Guarda:- Envio de convite para estar presente no evento “Raia de Oportunidades/O Orgulho de ser Raiano” que decorreu nos dias 19 e 20 de Agosto;

xx) Associação Nacional de Municípios Portugueses:- Envio do Boletim da ANMP n.º 193;

xxi) Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão:- Comunica que este Órgão deliberou, por unanimidade, subscrever o teor da Moção enviada pela Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, sobre a introdução de Portagens na A23;

xxii) Associação de Socorros Mútuos dos Artistas e Operários de Gouveia:- Envio de convite ao Senhor Presidente da Assembleia Municipal para fazer parte da mesa da Sessão Solene, a ter lugar no dia 2 de Outubro, para a apresentação de dois opúsculos da autoria do Dr. Alípio de Melo no âmbito do Centenário da Implantação da República;

xxiii) Associação Nacional de Municípios Portugueses:- Divulgação da realização do “V Forum Ibero-Americano de Governos Locais” que se realiza em Mar del Plata, Argentina, de 14 a 16 de Outubro;

xxiv) António Carvalho Nunes da Mota:- Vem em nome da empresa Ricardo Mota Sucrs & C.ª Lda. Agradecer a atribuição da Medalha de Mérito Municipal;

xxv) Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género:- Vem propor a realização de sessão da Assembleia Municipal no âmbito do Programa PROGRESS “Abordar as Discriminações Localmente para alcançar a igualdade a nível global”;

xxvi) Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português:- Envio, para conhecimento, de cópia da pergunta feita ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, sobre a imposição do

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Governo do uso de dispositivos electrónicos de matrícula aos utentes das auto-estradas;

xxvii) Omnisinal:- Envio de convite para participar no Seminário Internacional “Como Elaborar o Discurso e a Arte de Comunicá-lo”, de 14 a 15 de Outubro de 2010, em Coimbra;

xxviii) Club Camões:- Envio de convite para estar presente no Jantar-Convívio comemorativo do 120.º Aniversário deste Clube, no dia 25 de Setembro, pelas 19 horas;

xxix) Sociedade Musical Gouveense Pedro Amaral Botto Machado:- Envio de convite para estar presente na cerimónia do 99.º Aniversário daquele colectividade, no dia 5 de Outubro;

xxx) Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português:- Envio de resposta do Governo à Pergunta “Dívidas da Administração Central às Autarquias”, para conhecimento e fins tidos por convenientes;

xxxi) Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português:- Envio de resposta do Governo à Pergunta “Falta de Pagamento às Autarquias em relação aos transportes escolares”, para conhecimento e fins tidos por convenientes;

xxxii) Raquel Santos e Silva:- Envio de documentos para a tomada de posse;

xxxiii) Ruben Lopes Figueiredo:- Envio de justificação de falta e pedido de substituição;

xxxiv) Ricardo Humberto Cruz de Jesus Correia:- Envio de justificação de falta e pedido de substituição;

xxxv) Presidente da Câmara Municipal de Gouveia:- Apresenta as propostas para a ordem de trabalhos da próxima sessão da Assembleia Municipal.

------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal que, antes de dar início ao período de antes da ordem do dia, proferiu a seguinte declaração de pesar pelo falecimento do Digníssimo Senhor Alberto Alexandre Vicente, ex-Presidente da Assembleia Municipal de Gouveia: “A Assembleia Municipal expressa o mais profundo pesar pelo desaparecimento de um grande e bom Homem, o Insigne Gouveense Alberto Vicente. ---------------------------------------------------------------------- Alberto Vicente soube sempre ser e estar, soube grangear o respeito e admiração quer pelo seu sentido humanista e solidário quer pela forma do seu exercicio nos cargos que ocupou. ---------------------------------------------

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Enaltece-se o seu sentido cívico e amor por Gouveia.------------------------- Gouveia o reconhecerá sempre como um dos seus ilustres e queridos filhos."----------------------------------------------------------------------------------

d) Inscrição de membros da Assembleia que pretendam intervir ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Nespereira começando por abordar o problema que tem afectado aquela Freguesia, durante o período de Verão, referindo-se, concretamente, às fossas do Bairro de Santo António. Durante aquela época era quase impossível aos habitantes daquele Bairro ali viverem, porquanto o cheiro era nauseabundo e quase insuportável. -------------------------------------------- Perante este problema, a Junta de Freguesia de Nespereira comunicou o sucedido à empresa Águas do Zêzere e Côa, tendo-se dirigido ao local, no passado mês de Julho, dois técnicos da referida empresa, que lhe comunicaram que as fossas do Bairro de Santo António não estavam incluídas na nova ETAR. Contudo, iriam verificar o que eventualmente poderiam fazer em relação ao problema. Para o efeito traziam já um plano por onde iriam passar as canalizações das fossas e transmitiram que dentro em breve alguém se deslocaria àquela freguesia a fim de entrar em contacto com os proprietários dos terrenos em causa. ------------------------------------- Porém, decorrido este período de tempo nada ainda foi feito, apesar da Junta de Freguesia continuar a pressionar aquela empresa “porque o Zêzere e Côa não é só para nos dar água de má qualidade, como nos deu durante este último mês, em que as pessoas não podiam tomar banho porque a água cheirava mal, pois após tomarem banho ficavam a cheirar a fumo. Se pagamos a água tão cara temos direito a água de qualidade.” – Referiu o Senhor Presidente de Junta. --------------------------------------------------------- Não é sua intenção criticar a Câmara Municipal, contudo, é de opinião que deveria ter sido colocado um aviso a alertar sobre a questão da qualidade da água. Houve inclusive pessoas que se dirigiram à Câmara Municipal a reclamar sobre aquele facto e foram encaminhadas para a Junta de Freguesia. ------------------------------------------------------------------------------ “Os munícipes pagam a água cada vez mais cara, a cada dia que passa os descontos são maiores e apenas 65% da Freguesia de Nespereira utiliza as fossas do Bairro de Santo António, não compreendo porque ficam de fora do sistema.” – Referiu o Senhor Presidente de Junta. --------------------------- Não concordando com essa decisão, deve a Câmara Municipal continuar a fazer pressão junto daquela empresa, uma vez que a Junta de Freguesia continuará a insistir, pois consideram que têm o direito a que o problema seja resolvido. Se se constrói uma ETAR como aquela que se construiu na

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Zona Industrial de Gouveia, que poderia comportar duas ou três Freguesias, deve-se dar condições às pessoas para viverem, ficando até admirado pelo facto dos habitantes não protestarem, pois ao deslocar-se ao local pode constatar que o cheiro era insuportável. ------------------------------------------- Por isso é de opinião que se deve continuar a reclamar, porque de facto poderá eventualmente algum dia aconetcer que as fossas deixem de funcionar, descarregando directamente para a ribeira e isso não está correcto, pois está-se a contaminar o ambiente, entre outras coisas.----------- De seguida, o Senhor Presidente de Junta colocou uma questão sobre uma situação que tem vindo a acontecer há já alguns anos e que se prende com o facto da electricidade gasta no Jardim de Infância de Nespereira ser paga pela Junta de Freguesia. Acontece que, neste último inverno, para além do aquecimento a lenha, foram utilizados também aquecedores eléctricos, de modo a dar às crianças uma certa qualidade no ambiente, pelo que, pagou a Junta de Freguesia facturas de cerca de 70, 80 e 100 euros. Não é muito, mas para uma Junta de Freguesia é bastante. ------------------------------------- Por último, o Senhor Presidente de Junta teve conhecimento que a Autarquia havia procedido à atribuição de subsídios a vários Jardins de Infância do Concelho destinados à compra de material desgastante. Porém, constatou que o Jardim de Infância de Nespereira não fora contemplado, pelo que questionou se o referido jardim de Infância não pertence a este concelho.“Considero que, se a Autarquia paga para uns, também deve pagar para outros, não sabendo porque é que Nespereira é a única freguesia que fica de fora deste tipo de apoios.” – Concluiu o Senhor Presidente de Junta. ------------------------------------------------------------------ ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Julião referindo que se deslocaram àquela Junta de Freguesia alguns munícipes que utilizam frequentemente os caminhos rurais, que pertencem à área de São Julião, que lhe transmitiram que eram mais bem servidos quando era a Junta de Freguesia a realizar a limpeza. É este o sentimento que se asculta da população de São Julião. --------------------------------------- Deste modo, apelou ao Senhor Presidente da Câmara que tivesse em consideração esta auscultação da população e que incluisse no Orçamento de 2011, a celebração de protocolo relativamente à delegação de competências na área da limpeza e conservação de bermas, caminhos e valetas com a Junta de Freguesia de São Julião. --------------------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro começando por corroborar das palavras do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Julião, no que diz respeito à limpeza de

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caminhos e áreas sub-urbanas da freguesia de São Pedro. Durante este período, tem sido notório o número de chamadas de atenção que têm tido da parte de moradores e utentes de algumas vias que anteriormente estavam abrangidas pelo protocolo de delegação de competências. Perante este facto, a Junta de Freguesia apenas se tem limitado a comunicar à Câmara Municipal o estado dessas vias, bermas e valetas, para que a Autarquia, sendo competência sua, não a tendo delegado, possa prestar um melhor serviço.--------------------------------------------------------------------------------- Reafirmou ainda o Senhor Presidente de Junta que a limpeza de caminhos sub-urbanos e rurais que lhes estavam acometidos até aqui, não necessitam apenas de uma limpeza esporádica, uma ou duas vezes por ano, porque na Freguesia de São Pedro, com uma área tão grande, quando se começa a realizar a limpeza num caminho situado, por exemplo, junto ao Curral do Negro e se termina na Portela, ou junto à ETAR, decorre algum tempo que é preciso iniciar novamente onde se começou. A limpeza dos caminhos rurais é um trabalho que se deve realizar todos os dias e considera que as Juntas de Freguesia prestariam um melhor serviço nesse âmbito. ------------- Há portanto que analisar e avaliar o que foi feito em termos desse trabalho e estudar a viabilidade de poderem vir a subscrever novamente esse acordo de delegação de competências. ----------------------------------------------------- Referiu, ainda, que há cerca de um mês esteve presente numa reunião com o Senhor Vice-Presidente, Dr. Luís Tadeu e com o Senhor Chefe de Divisão, Eng.º António Mendes, com o objectivo de lhe darem conhecimento do projecto de beneficiação da Rua de Danbury. Considera que é deste modo que os assuntos devem ser tratados, dando conhecimento prévio daquilo que se pretende fazer, auscultando as Freguesias, pedindo a sua opinião, pois desse modo será muito mais fácil chegarem a consensos. Decorrida esta fase de apresentação de projecto, pretendia o Senhor Presidente de Junta ser informado acerca do ponto de situação do mesmo, se a obra já se encontra a concurso, quando é que se prevê o seu lançamento e para quando se prevê a sua conclusão. ---------------------------- Brevemente celebra-se no dia 5 de Outubro, uma data bastante importante da história de Portugal – a Implantação da República. É o Centenário do novo regime e com ele de alguma forma o início de uma vivência democrática, de uma vivência embuida dos ideiais da República, da solidariedade, da fraternidade e da igualdade. ------------------------------------ Gouveia – continuou o Senhor Presidente de Junta - enquanto terra com fortes tradições republicanas, recordando Pedro Amaral Botto Machado e

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Fernão Botto Machado, como seus principais expoentes, não poderia ficar indeferente à celebração desta efeméride com a qual todos se congratulam. Concomitantemente e sendo até uma emanação da própria República, o Senhor Presidente de Junta deixou exarada em Acta uma Saudação à Sociedade Musical Gouveense Botto Machado que, no próximo ano, comemorará os seus 100 anos. Esta colectividade surgiu precisamente com o advento da República, impulsionada por um dos seus principais expoentes em Gouveia que foi Pedro Amaral Botto Machado. ---------------- Para finalizar o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, em nome da bancada municipal do Partido Socialista, procedeu à leitura de um Voto de Pesar pelo falecimento do Senhor Alberto Vicente: ------------------

“ALBERTO VICENTE GOUVEIA PERDEU UM HOMEM BOM, UM CIDADÃO ENORME

VOTO DE PESAR No passado dia 21 de Agosto, Gouveia perdeu um Homem Bom.------------- Alberto Alexandre Vicente era um nome incontornável da nossa Cidade e do nosso Concelho, um modelo de cidadania, de educação, de altruísmo e de dedicação à sua terra e aos seus conterrâneos. ------------------------------ No Sindicato dos Trabalhadores dos Têxteis e Laníficios ou, mais tarde, nos serviços administrativos do Posto Médico e do antigo Hospital, numa longa carreira na função pública, Alberto Vicente, mais do que um funcionário exemplar era o amparo verdadeiro dos mais fracos e dos mais necessitados. -------------------------------------------------------------------------- O sentimento da bondade, da tolerância e da cortesia eram as suas imagens de marca. ------------------------------------------------------------------- Não há colectividade ou associação, em Gouveia que, em qualquer circunstância, não tivesse sempre contado com a sua participação generosa ou com o seu apoio franco. --------------------------------------------- Não haverá, ninguém, a quem o nome de Alberto Vicente não seja indiferente pelos melhores motivos. ----------------------------------------------- Foi sempre um irrepreensível democrata e um lutador da Liberdade, em tempos de tirania e opressão, facto que o levou a integrar a 1.ª Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Gouveia, logo a seguir ao 25 de Abril de 1974. ------------------------------------------------------------------------- A sua incursão na política, e na vida autárquica em particular, entendeu-a sempre como uma missão de serviço público que desempenhou sempre com abnegação e humildade. ------------------------------------------------------------- Foi Presidente desta Assembleia Municipal, Vice-Presidente da Câmara Municipal e Deputado na Assembleia da República. ---------------------------

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Gouveia perdeu um dos melhores dos seus valores. ---------------------------- Independentemente da memória que guardamos de Alberto Vicente, temos a certeza que foi alguém que amou Gouveia e respeitou os Gouveenses. ---- Saibamos ser credores do seu legado e honrar a sua memória. --------------- Gouveia, 30 de Setembro de 2010-------------------------------------------------- O Grupo Municipal do Partido Socialista”--------------------------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo da Serra tecendo os seguintes comentários: --------------------------- “Como é do conhecimento de todos, a Freguesia de Arcozelo da Serra foi recentemente fustigada por três grandes incêndios florestais, que deixaram no terreno um rasto de destruição sem paralelo nos últimos anos. ----------- Arderam mais de 650 hectares de mato, florestas e áreas agrícolas, com destaque para as pastagens, semeadas expontâneas, que serviam de suporte à actividade pecuária de, pelo menos, cinco pastores que no conjunto detêm mais de 350 animais. --------------------------------------------- Foram, efectivamente, momentos muito dramáticos que aquelas pessoas viveram e sentiram nos dias 11 e 14 de Agosto último, mergulhados na tristeza ao verem bens e averes destruídos pelo fogo. -------------------------- Na verdade, V.Ex.ª pode constatar de perto esta realidade assim como o Senhor Vereador Dr. Luís Tadeu. Gostaria aqui pois de realçar a forma empenhada como acompanhou os trabalhos de combate ao fogo e os meios mecânicos que colocou à sua disposição, nomeadamente, as máquinas rectroescavadoras que através dos respectivos operadores conseguiram evitar a progressão do mesmo. ----------------------------------------------------- Passada a intempérie, o que realmente me preocupa é a grande vulnerabilidade da nossa freguesia face aos incêndios, uma vez que, apresenta uma área geográfica extensa constituída por mato e floresta e uma rede de caminhos muito deficitária, preocupa-me também a resignação e a desacreditação das pessoas na floresta e em tudo aquilo que ela pode comportar para as suas explorações, bem como as grandes dificuldades processuais impostas pelo programa PRODER que, em vez de incentivar, ajuda a criar um autêntico caminho para a desmotivação. A inexistência, neste programa, de medidas específicas para a manutenção dos caminhos que não seja acompanhada de acções de arborização e de limpeza e, por último, a fraca adesão dos propretários florestais às acções que podem ser promovidas no âmbito da zona de intervenção florestal do Aljão Mondego.----------------------------------------------------------------------- É, pois, nosso propósito inverter esta situação e para que possamos ser eficazes e obter resultados evidentes, achamos importante envolver todas

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as entidades com responsabilidades nesta área, designadamente a Administração Florestal, a Associação Florestal URZE, o Município de Gouveia, a ZIF e os Bombeiros. ----------------------------------------------- Apelamos por isso a V.Ex.ª que em sintonia com o Órgão de Gestão da ZIF Aljão Mondego, nos faculte toda a colaboração necessária através do Gabinete Florestal, no levantamento da rede de caminhos que serve a área florestal da nossa freguesia e no planeamento de acções de manutenção dessa mesma rede de caminhos materializada, objectivamente, na cedência da máquina rectroescavadora.------------------------------------------------------ Assim o esperamos e assim o desejamos.”---------------------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia José António Manta (PS) solicitando esclarecimentos relativamente ao ponto de situação em que se encontra a revisão da Carta Educativa. -------------------------------------------- De seguida chamou a atenção para o estado que qualificou de “vergonhoso” em que se encontra o pequeno jardim junto ao parque de estacionamento das Piscinas Municipais Cobertas. ----------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia António Machado (PPD/PSD) iniciando a sua intervenção com um discurso sobre o Centenário da Implantação da República: ----------------------------------------

“Centenário da Implantação da República A República é um acontecimento que marcou a história do nosso País e do nosso Concelho ao longo do século XX, por isso não nos pode ser indiferente mesmo quando o País vive momentos muito conturbados. ------- Ao longo de 100 anos a República atravessou períodos difíceis, múltiplas vicissitudes e significativos desvios e, no entanto, sobreviveu. ---------------- Nem Salazar a eliminou no passado e também hoje não será eliminada com PEC’s e mais PEC’s. ---------------------------------------------------------- Mas assinalar o 5 de Outubro porque nesta data se proclamou a República, a forma de Governo em que vivemos há um século, é muito pouco, temos que ir mais além. ---------------------------------------------------- É-nos pedida uma mudança de atitude, é-nos pedida uma mudança de mentalidade face à causa pública, tendo presente que a República é regra de vida, sentido de dever e modelo de comportamentos. ----------------------- Mas para isso é preciso - como dizia Fernão Botto Machado - recomeçar a revolução dos espíritos pela instrução e pela educação. ----------------------- Assim, vamos celebrar a República mobilizando-nos para as questões da cidadania num tempo em que as democracias - e a nossa não foge à regra - se debatem com um problema de representatividade, os cidadãos sentem-se

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pouco representados pelos políticos e afastam-se da actividade cívica e política. -------------------------------------------------------------------------------- Vamos celebrar para mostrar aos nossos governantes com a nossa prática de cidadania que é urgente uma República renovada onde esteja presente uma cultura do diálogo, da proximidade, qualificação, exigência e justiça. Finalmente, congratulo-me com todas as iniciativas de âmbito cultural, desportivo e ambiental já realizadas e a realizar no âmbito das comemorações do Centenário da República.”----------------------------------- De seguida, o membro da Assembleia António Machado, no seguimento da intervenção do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo da Serra, fez a seguinte reflexão sobre os incêndios florestais: ------------------- “Mais uma vez neste Verão, as televisões portuguesas, mostraram o desastre de amplas proporções que foram os incêndios florestais. ----------- Muitos dos nossos conterrâneos viveram este drama quase dentro de casa como já aqui foi referido.------------------------------------------------------------ Foi imenso e abnegado o trabalho dos nossos bombeiros, por isso o meu elogio e reconhecimento, assim como ao Executivo Camarário e aos seus técnicos, pela atitude de proximidade que levaram à prática num momento de tanto sofrimento para as nossas populações.--------------------------------- Mas só hoje acabou a época mais crítica de incêndios com quase 120 mil hectares de floresta ardida, mais 58% do que no mesmo período do ano passado, o distrito da Guarda contabiliza a maior área ardida – 23.345 hectares - e o nosso concelho com uma área aproximada de 3.015 hectares.-------------------------------------------------------------------------------- É um problema nacional que requer conquistar a população para uma causa que é de todos e são necessárias medidas urgentes integradas numa verdadeira política de gestão do nosso território. É verdade que a falta de limpeza das matas é uma das causas dos incêndios florestais, as matas não são limpas porque os proprietários não vêm compensação para esse trabalho que não é barato.---------------------------------------------------------- No passado, a necessidade de recolher material combustível para aquecimento levava as populações a limpar as matas, mas hoje com a desertificação do interior e o acesso a outras formas de aquecimento no inverno a tarefa caiu em desuso.---------------------------------------------------- Ora uma forma de levar os donos das matas a limpá-las seria usar os resíduos florestais para biomassa pagando razoavelmente a sua recolha. A biomassa é uma fonte renovável de energia e é imperativo num país tão dependente do petróleo, como é o nosso, desenvolver outras fontes energéticas. ---------------------------------------------------------------------------

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Mas a biomassa tem sido a parente pobre das renováveis em contraste com o esaltamento em subsidiar as centrais eólicas, parece que o Governo vai subir a tarifa a pagar pela electricidade produzida a partir da biomassa, será um passo no sentido certo mas outros deveriam ser dados “com uma cajadada matar-se-iam dois coelhos” produzir energia e diminuir os incêndios.------------------------------------------------------------------------------ Senhor Presidente, sei que a gestão florestal do nosso concelho também é uma das suas preocupações, por isso acredito que levará esta inquietação à Associação Nacional de Municípios e às respectivas tutelas ministeriais.”-------------------------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) pretendendo ser clarificado em relação a um assunto que considera pertinente no momento económico em que se vive e que se relaciona com o IRS. As taxas que vêm sendo aplicadas são desde 2007 as mesmas em termos de descontos, pelo que pretendia saber se o Senhor Presidente pretende alterar esse valor no Orçamento de 2011. Considera este assunto pertinente porque há municipes de outros Municípios e, provavelmente no Município de Gouveia, que estão a mudar a morada fiscal no sentido de economizarem alguns euros que nos dias que correm são extremamente importantes para qualquer cidadão. ------------------------------------------------ Deu conta que existem municipes que interpelam os membros da Assembleia Municipal com o intuito de apresentarem certos problemas, alegando que se dirigem à Câmara Municipal e não são recebidos. É intenção do Senhor Armindo Bezerra tomar nota dos mesmos e expô-los neste Órgão. --------------------------------------------------------------------------- Assim, na sequência de uma dessas interpelações, alguns municipes se têm queixado que, na Rua Dr. Mário Gomes Figueira, existe muita erva, silvas e muito lixo acumulado. Infelizmente, constatou que não é apenas naquela artéria, pois verifica-se situações destas um pouco por todo o concelho. Sendo o Município de Gouveia, um Município certificado ao nível da qualidade, devia existir alguma atenção em relação aos aspectos ligados à salubridade, entre outros. ------------------------------------------------------------ Também foi abordado em relação aos “pinocos” que se encontram entre a Rotunda da Urbanização Mira Serra até à Rotunda do Pastor, tendo o membro da Assembleia Armindo Bezerra lhes comunicado que já havia feito essa chamada de atenção na Assembleia e, segundo informações prestadas pelo Senhor Presidente da Câmara esse facto se deve a acidentes e aos atrasos nos pagamentos por parte das respectivas seguradoras. “Senhor Presidente, são pinocos a mais para acidentes a menos dado o

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número de pinocos que já faltam naquela zona. Levantei essa questão já alguns meses e nada foi feito.” - Referiu o membro da Assembleia Armindo Bezerra, o mesmo se aplica em relação aos “pinocos” que faltam junto ao Posto de Turismo, um local estratégico de quem nos visita e procura e verifica que efectivamente se encontram em falta alguns, porque “fazem-se festas tiram-se os pinocos acabam as festas e não se repõem”. – Disse.----------------------------------------------------------------------------------- Chamou também a atenção para o estado em que se encontram algumas ruas e estradas do concelho, em particular, a artéria que atravessa a Freguesia de Nespereira, mais propriamente, desde o Cruzamento de Vinhó até ao Cruzamento de Arcozelo da Serra. Foram efectivamente realizadas algumas obras, como sendo alguns cortes na via, o que provocou estragos ao nível do pavimento, sendo que a marcação central praticamente não existe. Caso ocorram acidentes pode originar problemas na sua resolução. Deste modo solicitou ao Senhor Presidente da Câmara que dentro das disponibilidades dos Serviços fosse reposta a marcação central nessa via. De seguida abordou um problema relacionado com o Centro de Saúde de Gouveia que se prende com o não funcionamento do elevador. O Centro de Saúde de Gouveia serve os municipes do concelho de Gouveia, bem como outras pessoas que se deslocam de fora e que também têm necessidade de usar aquele Serviços. ----------------------------------------------------------------- “Eu sou de opinião que o Senhor Presidente da Câmara notifique, intervenha ou chame a atenção, pois o Senhor Presidente é uma pessoa activa, preocupada e por isso preocupe-se com este problema do elevador. Aproxima-se o inverno e não façamos as pessoas a terem que se deslocar pelo exterior do Centro de Saúde para fazerem uma radiografia. O Senhor Presidente tem a obrigação de defender os munícipes e ali trata-se de defender o bem estar dos mesmos.” – Referiu o membro da Assembleia Armindo Bezerra.--------------------------------------------------------------------- Relativamente à limpeza que o membro da Assembleia Armindo Bezerra tomou a iniciativa de realizar no espaço envolvente ao Centro de Saúde de Gouveia, recebeu na sua “caixa de correio” o contrato programa assinado entre o Município de Gouveia e a Administração Regional de Saúde do Centro, relativo à cedência do terreno para a construção daquela estrutura. Assim, existem dois aspectos no referido contrato-programa que preocupam o membro da Assembleia Armindo Bezerra. Em primeiro lugar, na 2.ª Cláusula que estipula as obrigações do 1.º Outorgante, uma dessas obrigações é ceder ao 2.º outorgante o edifício do antigo Posto Médico de Gouveia. Já passaram alguns anos e aquele edifício continua encerrado.

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Quando o mesmo for entregue, provavelmente a Autarquia irá ter que investir vários milhares de euros para o recuperar. Se já estivesse na posse da Câmara Municipal possivelmente não estaria tão degradado e já lá estaria instalado algum tipo de serviço ou alguma associação do concelho que carece de espaço para funcionar.----------------------------------------------- Em segundo lugar, a 6.º Cláusula - propriedade dos prédios, diz “o edifício bem como o terreno necessário à construção do Centro de Saúde ficarão propriedade da Administração Regional de Saúde do Centro, o terreno não necessário à construção do novo Centro de Saúde, bem como o edifício onde actualmente funciona o Centro de Saúde ficarão propriedade da Câmara Municipal de Gouveia.”--------------------------------------------------- “Senhor Presidente, eu aqui mudei completamente de opinião, de pensamento e de preocupação em relação ao exterior, à parte ajardinada, pois, na realidade, o novo Centro de Saúde, quando foi feita a venda do espaço que não se destinada a Centro de Saúde, dos 24620 metros quadrados, quando foi feito o levantamento topográfico foram ocupados 25597 metros quadrados. Acontece que, a parte onde está construído o edifício é a parte que vai ser cedida através de escritura ao Ministério da Saúde ou ARS Centro, o que significa que o resto do terreno à volta desse edifício é propriedade da Câmara Municipal. Se é propriedade da Câmara Municipal no futuro, já o é hoje e, quando nós compramos qualquer coisa, é nossa obrigação e nosso dever preservar esses espaços. As dúvidas que tive em intervenções anteriores sobre de quem efectivamente era esse espaço exterior do Centro de Saúde, hoje concluo que ele é do Município, caso contrário como é que coloca uma placa a atribuir o nome de uma Rua numa propriedade privada? Eu não permitiria.” – Referiu o membro da Assembleia Armindo Bezerra.------------------------------------------------------ Terminou a sua intervenção chamando ainda a atenção para o facto da Rua Dr.Mário Gomes Figueira, na entrada pela EN 232, necessitar de uma limpeza urgente. ---------------------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Cristina Oliveira (PS) iniciando a sua intervenção com uma congratulação pela realização do evento VINAL 2010, na freguesia de Vila Nova de Tazem. Há muito que os vilanovenses reclamavam este projecto, ideia que surgiu de muita gente e já alguns anos, segundo informações que teve. Finalmente, este ano, a Câmara Municipal promoveu e realizou - e muito bem do seu ponto de vista - este evento, pelo que, defendem a realização não apenas de iniciativas avulsas, mas planos muito concretos e consensuais, alargando a sua oferta para que cative quem nos visite e possa atingir mais públicos

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alvos, promovendo assim uma maior sustentabilidade na exploração agro-turistica, gastronómica e cultural da nossa região. Algo que a todos vai beneficiar desde as colectividades, as associações, os produtores e o público em geral. --------------------------------------------------------------------- Mais uma vez a bancada municipal do Partido Socialista reitera que o melhor investimento acaba por ser aquele que nos identifica nas nossas origens, nas nossas tradições, que são genuínas de cada região e que devem ser exploradas e preservadas ao seu máximo.------------------------------------- Na sequência da intervenção do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo da Serra, o membro da Assembleia Cristina Oliveira questionou o Senhor Presidente da Câmara se, perante a catástrofe que o concelho foi fustigado no passado mês de Agosto, pondera a implementação, no próximo ano, de um Plano de Emergência. --------------------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernando Brito (PPD/PSD) referindo o seguinte:--------------------------------------------------- “O País vive numa crise que não há memória e vão ser de novo pedidos sacrifícios a todos os portugueses. Implantado um conjunto de medidas penosas, disse o Primeiro-Ministro que destas fazem parte a redução séria nas despesas, em particular, através da redução dos salários da função pública, através do aumento de impostos, ao aumento do IVA para 23% e da diminuição de deduções fiscais. E disse também o próprio que foram tomadas agora, porque este foi o momento de reconhecimento difícil da situação das contas públicas. Agora e não em Maio passado como todos se lembrarão. ----------------------------------------------------------------------------- Se recuarmos um ano e voltarmos às eleições legislativas, facilmente nos lembramos de tantos debates televisivos, da campanha com aquele ar optimista de quem de facto iria vencer as eleições, mas vencia as eleições escondendo a realidade ao País. --------------------------------------------------- A seguir a todo esse processo todos conhecemos o PEC 1, PEC 2 e agora o PEC 3 e quantos PEC’s ainda iremos conhecer.--------------------------------- Mais um ano, mais um orçamento, mais um aperto, mais uma contenção. Tem havido uma tática, uma espécie de ziguezage que em nada tem credibilizado a política e nada tem credibilizado acima de tudo a governação.---------------------------------------------------------------------------- Recordo aqui uma palavra que terá toda a lógica recordá-la, que em tempos terá sido proferida pela Dra. Manuela Ferreira Leite “vamos falar verdade aos portugueses”. Ela tentou falar verdade aos portugueses, mas ninguém a quis ouvir e certamente que, de todos os portugueses, aquela

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que hoje se sente de consciência tranquila será certamente a Dra. Manuela Ferreira Leite.------------------------------------------------------------------------- Mas era capaz e cada vez mais necessário falar verdade, para isso nada melhor que o Governo ter apresentado, já que não o fez até aqui, a real situação do País e o porquê, por exemplo, deste último PEC depois de um acordo entre PS e PSD ter falhado. ----------------------------------------------- E de facto depois de explicar, reconhecer que falharam e é bonito reconhecermos que as medidas foram insuficientes e que não foram necessárias e foram duras e prometem ainda ser mais duras. ----------------- O Governo ainda assim teve uma boa táctica, aliás quem conhece o Primeiro-Ministro e todos nós o conhecemos, teve uma boa táctica, ora toca a trazer a OCDE - que por sinal até tem a mesma orientação política do partido que está no Governo – “” vocês vêm cá explicar primeiro e nós a seguir vamos implementar todo este conjunto de medidas””. Assim o fizeram e depois amanhã logo se verá. Considero que esta não será a forma de se credibilizar perante os portugueses e tudo isto é o preço que todos nós vamos pagar por esta bandeira que tanto agitou e agitou fortemente quando disse que se iria embora. É sem dúvida o momento de apelo à responsabilidade política, mas é também o momento para lembrar-mos quem são os verdadeiros responsáveis por esta situação. ---------------- Numa altura - continuou o membro da Assembleia Fernando Brito - em que se houve falar na crise, nas medidas de austeridade, também ouvimos falar nessas reformas da saúde, das novas tecnologias, das energias renováveis, da reforma do território, da Constituição, era fundamental também repensar a organização de todo o sistema político português. ------ Considero que o mesmo está obsoleto, descontextualizado e cada vez mais longe das pessoas, é o caso concreto das Assembleias Municipais. Muito mais que ser o Órgão que delibera, devia ter um papel construtivo de debate e confronto de ideias, de problemas. Entretanto, face ao modelo actual em que se regem as Assembleias e o modo como estas estão estruturadas afastam esta possibilidade. Uma ordem de trabalhos dividida em dois pontos, no período de antes da ordem do dia em que as bancadas ficam condicionadas ao tempo, à pergunta/resposta, ao regozijo, às críticas, às sugestões e de facto debatem-se problemas mas não há possibilidade de os poderem aprofundar. ---------------------------------------- No período da ordem do dia, o condicionamento é por demais evidente, uma vez que estão estabelecidos os pontos da ordem de trabalhos, o que há para deliberar está muitas vezes pré-deliberado, o que há para reprovar estará chumbado se uma bancada tiver a maioria. Se calhar no final de

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cada sessão ficamos todos com a sensação que muitas vezes discutimos pontos finais, vírgulas, nomeações de Senhores Deputados e Senhores Presidentes de Junta para este e para aquele órgão, quando deveríamos debater os problemas reais do concelho, comuns aos demais concelhos, é uma verdade, como o emprego, desertificação, saúde, entre outros, e se calhar problemas estes que deviam ser de amplo debate aqui, de uma forma construtiva e que pudessemos juntamente com o executivo apresentar as nossas ideias. Estou certo que a utilidade deste Órgão seria certamente mais relevante.” – Referiu o membro da Assembleia Fernando Brito.------------------------------------------------------------------------------------ Relativamente ao assunto das Festas do Senhor do Calvário, quando tomou conhecimento que era intenção do Município reduzi-las em dois dias, o membro da Assembleia Fernando Brito foi, desde o primeiro momento, uma voz discordante e teve a oportunidade de o transmitir, apesar de perceber os motivos invocados e se outro motivo não houvesse, a razão estaria do lado do Executivo, como tão bem no dia anterior fora sublinhado pelo Senhor Primeiro-Ministro e Senhor Ministro das Finanças pelo quadro negro do País, pelas medidas de austeridade e o corte, mais um, que as Autarquias vão sofrer em 2011.----------------------------------------------------- A verdade é que não foi pelas Festas terem diminuído no número de dias, que se perdeu a qualidade, pois mantiveram o mesmo padrão, gostando uns mais, outros menos e na realidade foram novamente vividas com alegria e intencidade. Sendo assim, até que haja um quadro económico mais favorável, nenhum gouveense, de boa fé, não deixará de entender esta medida. -------------------------------------------------------------------------------- Ainda relativamente às Festas do Senhor do Calvário, não sabendo se o Senhor Presidente ainda o fará no seu mandato, contudo trata-se de um tema que tem sido debatido em sessões anteriores e em relação ao qual o membro da Assembleia Fernando Brito é um defensor comum de que as festas devem ser de facto a pagar. Gouveia será dos poucos municípios da Região onde as festas são gratuitas. E não só as festas da cidade, referindo-se também à Feira do Campo e da Caça, à VINAL, uma boa iniciativa da parte do Município. São feiras e festas que devem ser pagas, nem que seja por um valor simbólico, bom exemplo disso, é o Festival dos Tapiscos, em que os visitantes pagam um euro para terem acesso ao local durante o fim-de-semana e seria um bom exemplo para os demais.---------------------------- Como é do conhecimento de todos, este Verão ficou marcado pela negativa no que a incêndios diz respeito. Um panorama desolador que pintou de negro parte deste concelho. Se para alguns o cenário foi surpreendente,

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para outros, onde o membro da Assembleia Fernando Brito se inclui, não se surpreendeu que uma situação deste género pudesse vir a acontecer. Quem aprecia os passeios 4x4, seja de jipe ou seja de mota e percorre os trilhos deste concelho, pode constatar o estado de abandono a que muitos desses terrenos se encontram, bem como os acessos difíceis aos mesmos, com caminhos agrícolas degradados ou já inexistentes e a notória falta de sensibilidade dos proprietários quanto à sua limpeza.--------------------------- Tudo isto - prosseguiu - contribuiu para que a área ardida deste concelho fosse enorme, assim como os prejuízos causados. Aliado a tudo isto, verificou-se, em alguns momentos, a falta de meios e a coordenação dos mesmos, o desconhecimento dos acessos que deixaram em algumas ocasiões as pessoas entregues a si mesmo.---------------------------------------- Em momentos como este dirigiu uma palavra de apreço aos Sapadores, aos Bombeiros, ao Município que, em boa hora, também disponibilizou homens e máquinas.------------------------------------------------------------------ Ainda sobre o flagelo dos incêndios, é hábito em ocasiões como estas, deslocarem-se aos locais membros do Governo. No caso particular do concelho de Gouveia foi visitado pelo Senhor Ministro da Agricultura que veio prometer ajudas aos agricultores e aos proprietários dos terrenos. A verdade é que há uns dias atrás e numa conversa informal que teve com o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Cativelos, o membro da Assembleia Fernando Brito pode constatar que de facto existe uma enorme burocracia, porquanto as pessoas ainda não foram contempladas com os apoios e os agricultores não dispõem de verba restante para retomarem a sua actividade, o que de facto se transforma num problema, visto que, apesar de até serem comparticipados muitos deles não vão ter essa componente financeira para continuar a sua actividade e vão acabar por abandonar os terrenos. Porém tem conhecimento que o Senhor Presidente está a acompanhar esta situação e certamente irá intervir junto dos órgãos de soberania para evitar que outras situações idênticas venham a acontecer e tão rápido quanto possível essa ajuda possa chegar aos proprietários. De seguida questionou o Senhor Presidente se existe algum plano de reflorestação das áreas ardidas e se o Município vai disponibilizar alguma verba ou assinar qualquer tipo de protocolo com alguma entidade, sendo de opinião que as Escolas do concelho poderiam ter um papel importante na sensibilização e na plantação de árvores.------------------------------------------ Para finalizar dirigiu uma palavra a dois jovens gouveenses, à Vanda Ribeiro, pela sua consagração como campeã europeia dos 2000 metros, na

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classe veteranos e ao Pedro Santos por se ter consagrado campeão nacional de natação nos 1500 metros. -------------------------------------------------------- Por último, associou-se aos votos de pesar pelo falecimento do Senhor Alberto Vicente. ---------------------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Pedro Maltez (PS) começando por destacar a organização e o sucesso do evento VINAL 2010. A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Vila Nova de Tazem, bem como as diferentes instituições locais, estão de parabéns pelo empenho e organização. É sem dúvida deste tipo de iniciativas que o concelho de Gouveia precisa para que se mantenha activo e dinâmico, para conservar e revitalizar os hábitos, costumes e tradições, promover os nossos produtos endógenos e assim preservar a nossa identidade cultural. Espera que esta seja sem dúvida uma de muitas iniciativas não só em Vila Nova de Tazem, mas em todo o concelho. ------------------------------------------------------------ Teve conhecimento que vários Municípios lançaram o programa relativo às comemorações do Centenário da República. No caso concreto do Município de Gouveia, existe uma Comissão de organização para as mesmas comemorações. Deste modo pretendia ser informado quando é que a Autarquia pretende dar conhecimento do referido programa, bem como dos custos associados ao mesmo. -------------------------------------------------- Foi também tornado público que o Município de Seia apresentou o Plano Estratégico para o desenvolvimento do concelho para os próximos dez anos. O mesmo contempla cinco projectos âncora que vão servir de alavanca para trinta e seis acções estratégicas de médio prazo. Assim, pretendia saber se o Município de Gouveia pensa apresentar também o seu Plano Estratégico ou se tem outro tipo de acção e em caso afirmativo qual é. ---------------------------------------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU) começando por abordar o assunto da constituição do Mega-Agrupamento de Escolas de Gouveia. Sobre este tema reforçou a ideia de que esta reorganização da rede escolar, proposta pelo Governo do Partido Socialista tem por base razões meramente economicistas, sendo o seu principal objectivo a diminuição da despesa, nomeadamente, ao nível dos recursos humanos, prevendo-se a redução do número de assistentes operacionais de educação e do número de docentes, bem como a degradação da situação profissional destes.--------------------------------------- Esta decisão para além de contribuir para o aumento do desemprego e da desertificação das freguesias do concelho no médio prazo, ainda se apresenta ausente de quaisquer preocupações pedagógicas, pois pretende

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colocar os alunos de todos os ciclos educativos no mesmo espaço. Isto é, desde o 1.º ano até ao 12.º ano, o que provocará uma diminuição clara da qualidade do ensino ministrado às crianças. -------------------------------------- Contudo, na última reunião da Assembleia Municipal do mês de Junho, foi aprovada com o apoio da bancada municipal da CDU, uma Moção que condenava firmemente a constituição do mega-agrupamento de Escolas de Gouveia. Nessa mesma reunião, ouviram o Senhor Presidente do Município a opinar no sentido da não concretização daquela mega-estrutura.------------ No entanto, constatou que a constituição do mega-agrupamento está a avançar e por isso perguntou o que pensam fazer os membros desta Assembleia que votaram favoravelmente a referida Moção, para concretizar o objectivo da mesma, isto é, inverter o processo da constituição do Mega-Agrupamento, bem como saber que acções concretas o Senhor Presidente já desenvolveu ou pensa vir a desenvolver para travar o avanço desta situação. Entende a bancada municipal da CDU que este é o momento certo para tomar decisões que se impõe sobre este assunto.--------------------------- De seguida o membro da Assembleia Fernanda Bernardo abordou o assunto relativo ao processo de privatização do abastecimento público de água, reafirmando a urgência de se inverter todo este processo em curso, transformando a empresa multimunicipal Águas do Zêzere e Côa numa empresa pública de cariz intermunicipal, no qual as Câmaras detêm a maioria do capital da empresa. Caso contrário, se o processo de privatização deste bem que é de todos, não for travado, mais tarde ou mais cedo, os gouveenses serão chamados a pagar a factura que não será mais do que o preço a pagar pela privatização da mesma e que é de todos.------------ Ainda sobre o tema da água - continuou o membro da Assembleia Fernanda Bernardo - referiu que já não é só a propriedade e o custo da mesma que estão em causa, também a sua qualidade tem deixado muito a desejar nos últimos tempos, pois tem observado que a água que muitos recebem em casa tem chegado com uma cor acastanhada e com alguma terra à mistura, sendo que, muito recentemente, a água chegou a apresentar uma cor preta e um odor intenso a terra queimada, fruto da Barragem da Senhora do Desterro estar cheia de cinzas que resultaram dos incêndios deste Verão. Considera que se está perante uma situação de saúde pública que exige uma resposta urgente e eficaz por parte do Município, pois ao que julgam saber não foi afixado nenhuma informação oficial da Câmara Municipal de Gouveia a alertar a população para o mau estado da água de consumo doméstico. -----------------------------------------------------------------

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De seguida procedeu à leitura de uma saudação às comemorações do Centenário da Implantação da República:----------------------------------------- “A Implantação da República em 1910, é um importante marco da história e da luta do povo português que importa assinalar.----------------------------- A 1.ª República foi proclamada a 5 de Outubro de 1910 por cidadãos, agrupamentos e organizações progressistas e vanguardistas dentro do espectro político-social português, com o apoio incondicional e fundamental das camadas populares da cidade de Lisboa.--------------------- O povo e as suas estruturas foram a alavanca do sucesso da Revolução. Não podemos esquecer a componente militar do movimento republicano triunfante em Outubro de 1910, composta por elementos do exército e da armada da Classe de Oficiais, Sargentos e Praças. Aliás, este amplo movimento contou com a acção de centenas de revolucionários civis o que permitiu derrotar uma monarquia “claudicante” aos interesses de uma minora e em clara desagregação incapaz de dar resposta aos desafios do início do Século XX.------------------------------------------------------------------ Os contributos dos revolucionários civis nas principais cidades e vilas portuguesas embuidos da lembrança do acontecimento revolucionário republicano protogonizado no Porto a 31 de Janeiro de 1891, contribuiu para a defesa e consolidação da república sendo por isso mesmo um facto inegável da história de Portugal.--------------------------------------------------- Todos os que honraram o ideal republicano e por ele lutaram e morreram, bebendo as máximas da Revolução Francesa de 1789, merecem o nosso respeito e memória.------------------------------------------------------------------- Na Constituição de 1911, foram finalmente abolidos todos os previlégios decorrentes do nascimento e criadas condições para que o mérito pessoal promoveçe o acesso à educação e ao emprego, contribuindo para diminuir as assimetrias entre ricos e pobres. A separação da Igreja do Estado foi concretizada. O registo civil foi tornado obrigatório, os problemas de habitação nas principais cidades foram enfrentados. Na educação deram-se avanços significativos erigiram-se novas escolas e dignificou-se a classe dos professores. ---------------------------------------------------------------------- A proclamação da República portuguesa foi sem dúvida o primeiro grande marco da causa da liberdade no Portugal do Século XX. Apesar dos limites e das incapacidades no cumprimento dos mais puros ideias republicanos que se verificou nos anos seguintes. ----------------------------------------------- Os ideias republicanos aprizionados durante a ditadura facista de 1926-1974, permaneceram vivos na memória do povo português como marco de libertação e a comemoração do 5 de Outubro tornou-se e transformou-se

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em jornada de luta, inserida na torrente que abriu caminho à Revolução de Abril e que finalmente cumpriu objectivos libertadores que a Revolução Republicana não soube ou não pode cumprir.------------------------------------ Não poderia terminar sem fazer referência a dois ilustres republicanos naturais do concelho de Gouveia, Botto Machado e Casimiro de Andrade que como tantos outros gouveenses lutaram pelos ideais republicanos.”---- Para finalizar a sua intervenção, em nome da bancada municipal da CDU, associou-se aos votos de pesar pelo falecimento do Senhor Alberto Vicente. ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal fazendo uma saudação pela comemoração dos 120 anos do Club Camões e chamar a atenção do Executivo Municipal pelo não cumprimento do Regulamento das Medalhas de Honra, o qual refere que todas as colectividades com 100 anos de existência, deve ser atribuída a Medalha de Honra e portanto pensa que não deve ser uma inicitiva da Assembleia Municipal, mas sim partir da Câmara Municipal, pelo que deixou esta sugestão. ------------------------------------------------------------------------------- b) Direito de resposta do Senhor Presidente da Câmara ou de quem o

substitua ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal autorizando o Senhor Presidente da Câmara a exercer o seu direito de resposta. ------------------------------------------------------------------------------- ------- No uso da palavra o Senhor Presidente da Câmara associou-se ao voto de pesar da Assembleia Municipal de Gouveia pelo falecimento do Senhor Alberto Vicente, em relação ao qual, também o Executivo Camarário, tomou essa posição em total e absoluto consenso, porquanto quando se perde um conterrâneo, independentemente das divergências e do modo de pensar que possa existir, que enriquece a democracia, é sempre um motivo de pesar. ----------------------------------------------------------------- ------- De seguida o Senhor Presidente começou por responder ao Senhor Presidente da Assembleia Municipal, dizendo desconhecer com rigor o Regulamento de Atribuição de Medalhas de Mérito e de Honra, mas se de facto, o Clube Camões, há vinte anos atrás, já celebrou os 100 anos de existência, não compreende porque é que nessa altura não lhe foi concedida a Medalha de Honra. ----------------------------------------------------------------- Mas, naturalmente que, volvidos vinte anos, enquanto Presidente de Câmara, não deixará de aceitar a sugestão do Senhor Presidente da Assembleia, no sentido de propôr em reunião de Câmara a atribuição da Medalha de Honra ao Clube Camões e a sua subsequente aprovação por parte do Órgão Deliberativo. -------------------------------------------------------

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------- Em resposta ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Nespereira, o Senhor Presidente referiu que durante os anos em que foi honrosamente membro desta Assembleia Municipal, muitas vezes ouvia o então Presidente da Câmara, em resposta às questões que lhe eram formuladas pelos Senhores Presidentes de Junta - não pretendendo com isto criticar ninguém estando apenas a constatar um facto – do seguinte modo: “trata-mos disso amanhã”. Também lhe poderia responder dessa forma tal é a especificidade do assunto, no entanto, não é essa a sua intenção. --------- Porém, considera que existem questões particulares relacionadas com as freguesias que, independentemente, de todos poderem e deverem colocá-las neste Órgão, algumas delas são tão concretas que seria importante serem previamente colocadas, até porque seria uma maneira da Câmara Municipal ser julgada. ---------------------------------------------------------------------------- Por outro lado, também não pode deixar passar o facto de se colocarem questões com uma atitude prévia, embora compreenda dado este ser um órgão político por excelência, o mais importante do concelho, segundo a Lei eleitoral vigente.----------------------------------------------------------------- Perante a questão colocada pelo Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Nespereira, o Senhor Presidente da Câmara teve o cuidade de questionar o Senhor Vice-Presidente se alguma vez o Senhor Presidente de Junta se tinha dirigido, pessoalmente ou por escrito, à Câmara Municipal, dando conta da gravidade da situação que é sentida no Bairro de Santo António. A resposta que obteve foi que nunca fez essa deligência, mas isso não lhe retira a possibilidade, a necessidade e a vantagem também política de hoje a ter colocado nesta sessão da Assembleia Municipal. E, naturalmente, que é só a partir desta data é que o Senhor Presidente da Câmara teve conhecimento directo e oficial através do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Nespereira em relação a um problema que é vivido e que é sentido pela população de Nespereira e com o qual está solidário e por isso tudo fará no sentido de pressionar a Empresa Águas do Zêzerere e Côa para a resolução do problema. ------------------------------------------------------------ Sobre este mesmo assunto, o Senhor Presidente aproveitou para informar que, no dia anterior, esteve presente numa reunião com o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Cativelos e com o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca da Serra, por outras razões, na qual aquele lhe manifestou a sua preocupação em relação ao problema do saneamento em algumas zonas da Freguesia de Cativelos e o Senhor Presidente da Câmara teve a oportunidade de lhe falar acerca do esforço brutal que a Câmara tem feito em relação a esse problema e que provavelmente terminará este

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mandato com um crédito muito grande em relação ao volume de investimento que está feito no concelho de Gouveia em matéria de água e saneamento.---------------------------------------------------------------------------- Informou ainda que através de um estudo que a Autarquia se encontra a realizar, no sentido de obter financiamento para a construção de um sistema de tratamento de águas residuais, ficaram a saber que, em termos comunitários, de acordo com uma directiva transposta para o Direito Português, o Concelho de Gouveia não possui um metro quadrado de incumprimento em matéria de saneamento, ou seja, de acordo com aquela directiva comunitária não existe incumprimento em agregados populacionais inferiores a 2000 habitantes, justificativos para efeitos de atribuição de apoios em relação a obras de saneamento. Perante esta constatação, o Senhor Presidente diria que isto é quase trágico não haver incumprimento seja ao nível das fossas, seja ao nível das ETAR’s, inclusive, teve a oportunidade de convidar um representante do Estado Português a deslocar-se ao local a fim de verificar se existe ou não incumprimento. ----------------------------------------------------------------------- Embora discorde com o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Nespereira quando diz que “o Zêzere e Côa só existe para nos dar água suja e para nos dar água cara”, porém é o primeiro a reconhecer que o Município de Gouveia deveria ter procedido à colocação de um edital avisando a população acerca da boa qualidade da água. A única alteração verificou-se ao nível do cheiro e cor motivadas pelos trágicos incêndios que assolaram este concelho, sendo que, como já referiu, em termos de qualidade da água estava assegurada, não podendo aquela empresa ser responsabilizada por este facto motivado por razões que não lhes estavam directamente afectas. ----------------------------------------------------------------- Relativamente à questão das fossas do Bairro de Santo António, o Senhor Presidente informou que o Senhor Vice-Presidente tem dialogado com a Empresa Águas do Zêzere e Côa, no sentido daquelas fossas poderem vir a ser ligadas ao sistema, ou então, de poderem ser eventualmente substituídas. Não sendo propriamente um especialista nesta matéria, contudo o Senhor Presidente não pode deixar de ser solidário com a população de Nespereira e com o Senhor Presidente de Junta e, naturalmente, reconhecer que a situação actual não está bem. ----------------- Embora compreenda que existe um sentimento da parte do Senhor Presidente da Junta e que o Senhor Presidente da Câmara subscreve, respeita e compreende face a outras situações que se vivem em zonas pontuais do espaço de cada freguesia, mas de facto não fará nenhum

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sentido que na freguesia de Nespereira esteja a ser construída uma ETAR, esteja a ser feito um investimento e que uma boa parte da população não seja servida por essa infraestrutura. ------------------------------------------------ Acrescentou ainda que é vontade da Empresa Águas do Zêzere e Côa a resolução do problema e por isso é intenção do Senhor Presidente continuar a insistir junto da mesma, contudo, muitas vezes, seja quem for que esteja à frente da empresa, seja qual for o Presidente de Câmara ou de Junta de Freguesia, seguramente que nem sempre se resolve no tempo e nas horas aquilo que cada munícipe ou cada cidadão deseja. ------------------------------Para responder à questão relativa à atribuição de apoio por parte do Município a alguns jardins-de-infância do concelho, usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço informando que o Jardim de Infância de Nespereira não foi contemplado com o apoio em causa, porquanto se trata de um estabelecimento de ensino que não tem a componente de apoio à família. ------------------------------------------------------------------------------- Retomou a palavra o Senhor Presidente da Câmara dizendo que face à explicação dada pelo Senhor Vereador Joaquim Lourenço, o assunto iria ser analisado. Caso exista algum erro, naturalmente, que o mesmo será corrigido, caso contrário lhe será explicada a razão pela qual o Jardim de Infância de Nespereira não tem esse tipo de apoio, bem como o motivo da Junta de Freguesia de Nespereira ter que assegurar o pagamento da electricidade daquele mesmo espaço. --------------------------------------------- ------- Respondendo ao Senhor Presidente da Junta de São Julião no que diz respeito ao assunto da limpeza dos caminhos rurais, também subscrito pelo Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, o Senhor Presidente respondeu que se trata de um assunto que será analisado aquando a elaboração do Orçamento para 2011, pois nessa altura terá a oportunidade de explicar se se mantêm a delegação de competências do modo com está estipulada ou se não vai haver transferências para nenhuma das Juntas de Freguesia. De momento não tem capacidade para informar, pois toda a sua estratégia como Presidente da Câmara encontra-se balizada por aquilo que vai acontecer, no limite, até final do mês de Outubro, formalmente, até meados de Novembro, aquando a aprovação do Orçamento de Estado para 2011.------------------------------------------------------------------------------------ “Quero por isso” - continuou o Senhor Presidente – “dizer a todos com meridiana clareza e não é pelo que se ouviu nas últimas notícias e em particular aquilo que o membro da Assembleia Fernando Brito referiu anteriormente, mas não consigo entender como é que em Maio com o PEC2, não se consegue saber, não se consegue aferir, o que me incomoda

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verdadeiramente é que estejamos a chegar a um ponto em que nenhum de nós sabe qual foi o efeito da crise até agora. Alguém sabe o efeito do PEC 1? E do PEC2?Quanto é que poupámos? Não consigo entender como é que na redução das despesas do Estado, não se tem a coragem de dizer que se vai reduzir nas despesas do Estado, seja o Governo A ou o Governo B. Porque é que não se admite já que se vão encerrar em 2011 determinados Institutos? Porque isso levará a que saiam muitas pessoas dos lugares para os quais foram nomeadas.” – Referiu o Senhor Presidente. ------------- Retomando o assunto relacionado com a limpeza dos caminhos rurais, o Senhor Presidente referiu que fruto da monitorização que têm vindo a realizar em relação a estes trabalhos, teve a oportunidade de questionar o Senhor Vice-Presidente acerca de algumas solicitações que têm sido feitas. Decidiu a Autarquia, por várias razões que na altura teve a oportunidade de explicar, não fazer esta tranferência de competências emr elação às freguesias da sede de concelho, porém a Câmara estaria disponível e, humildemente, dizer, no final do ano “limpámos este, não limpámos aquele, tivemos capacidade ou não tivemos capacidade.”--------------------- Neste momento não tem ainda essa percepção da decisão que vai tomar em relação ao assunto da delegação de competências, contudo registou a preocupação do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Julião e, naturalmente, do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro. A seu tempo explicará o que pode ou não vir a fazer, porque se encontra muito dependente do que vier a ocorrer em termos de Orçamento de Estado, que ao que julga saber não será muito favorável, bem como dependente daquilo que a Autarquia possa eventualmente fazer em termos do aumento de receitas próprias, adiantando que ao nível da taxa do IRS é sua intenção manter a mesma taxa do ano anterior, a menos que o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) lhe demonstre quantas pessoas mudaram o seu domicílio fiscal, para Gouveia, no ano em que o Município procedeu ao desconto de 2%. Na monitorização que a Autarquia fez conseguiu apurar que o valor não cobrado foi de 150 mil euros, considerando que a grande maioria dos contribuintes nem tão pouco se apercebeu desse benefício, também porque o Senhor Presidente nem política soube fazer com essa medida. Claramente poderia ter escrito aos contribuintes que verificassem na nota de cobrança relativa ao IRS que estavam a pagar menos 2%. --------------------------------------------------------- ------- Em resposta ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia de São Pedro sobre a questão da Rua Cidade de Danbury, o Senhor Presidente informou que, neste momento, o QREN já não financia a requalificação de

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estradas. Contudo, a Câmara Municipal, no âmbito da Contratualização através da Comunidade Intermunicipal da Serra da Estrela, está a tentar enquadrar um conjunto de seis estradas, demonstrando que as mesmas são muito importantes para fechar uma rede. E, nesse sentido, poderá haver alguma possibilidade na requalificação da Rua Cidade de Danbury através desta candidatura. Os projectos estão feitos, algumas obras já estão a concurso e vai chegar o momento em que, pelas razões que expôs, é preciso decidir se se avança ou não com as obras, não precisando de invocar nenhuns princípios da boa gestão pública em função daquilo que todos conhecem. Se de facto os Municípios tiverem esse corte, naturalmente, que a contrapartida para o financiamento das obras será mais difícil. ------------- Assim, é intenção da Câmara Municipal proceder à abertura de concurso para esse conjunto de obras - onde também está incluída, entre outras, a estrada Nespereira/S.Paio - com um custo estimado no valor de 800 mil euros, porquanto, individualmente, não são passíveis de serem candidatas, nem foi possível incluir todas as que necessitam de requalificação dado que existe um limite financeiro. --------------------------------------------------------- Porém, o facto da Autarquia proceder à abertura do concurso não significa que vá realizar todas as obras, dado que a “abertura de concurso” é uma peça fundamental no processo da candidatura, a qual tem que ser apresentada até ao dia 29 de Outubro, de modo a ser aprovada pela Autoridade de Gestão até ao final do ano. Caso a candidatura não seja aprovada, naturalmente, que o concurso será anulado. A estratégia do Município assenta nisso, por um lado, de não perder tempo, de ser preciso arriscar e a sua intenção, neste momento, se outras más notícias não ocorrerem, é de poder abrir o concurso para este pacote de obras, que caso a candidatura não seja aprovada, consequentemente não serão executadas, porque naturalmente a Autarquia não tem capacidade de realizar com recursos próprios. -------------------------------------------------------------------- Quanto às comemorações dos 100 anos da Implantação da República, o Senhor Presidente aproveitou para dizer que de facto o programa já deveria ter sido apresentado, mas a verdade é que ainda se encontram a acertar pormenores relacionados com o mesmo, sendo que, a preocupação da Autarquia era mais em relação ao dia 5 de Outubro, em relação ao qual chegaram a ponderar um ou outro modelo. Todavia, nesse dia, o Senhor Presidente espera poder contar com a presença de todos os membros desta Assembleia, considerando que a Câmara Municipal vai invocar com grande dignidade o Centenário da Implantação da República, independentemente de outras acções que possam existir. ----------------------------------------------

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------- Sobre a intervenção do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo da Serra relacionada com o assunto dos incêndios florestais, também abordado por outros membros da Assembleia, foi de facto um flagelo que assolou o concelho no passado mês de Agosto, em relação ao qual a Câmara Municipal mais não fez do que o cumprimento de um dever, não podendo deixar de registar em acta a notável disponibilidade por parte dos Técnicos, dos Operadores, da concertação de verdadeiros homens que associados ao notável trabalho voluntário dos bombeiros se conseguiu evitar males maiores. ---------------------------------------------------------------- “Não consigo perceber” – continuou o Senhor Presidente – “disse-o então perante a comunicação social e volto a repetir, nunca tinha sentido isto tão de perto e por isso se dúvidas tinha, com muito mais dúvidas fiquei, pois não consigo compreender a lógica de coordenação de todos estes meios em termos distritais. Não consigo perceber como é que se coordena algo que tem um papel de um autêntico terrorista como é o fogo, a ler as estatísticas e a enviar mail’s para a página da protecção civil. Isso não consigo compreender, mas será seguramente incapacidade minha, mas lhes garanto que vou tentar perceber melhor.”---------------------------------------- Informou ainda que teve a oportunidade de transmitir ao Senhor Ministro da Agricultura que estas situações são sempre“um pau de dois gumes”, pois os governantes, dado tratar-se de um gesto bonito e solidário, têm sempre a tendência de se deslocarem aos locais da tragédia - registando com agrado a disponibilidade do Senhor Ministro da Agricultura ao ter-se deslocado ao concelho, como registou também algumas outras considerações que teve a oportunidade de ter com o Senhor Ministro da Administração Interna – agora, é preciso ter em atenção que o Despacho entretando publicado que veio autorizar os pagamentos dos prejuízos aos proprietários afectados, cria uma natural expectativa junto das populações, pois teve a oportunidade de ouvir gouveenses que junto do Senhor Ministro da Agricultura lhe suplicaram pela desburocratização dos apoios concedidos. E sem querer estar a defender o Estado ou o Governo, mas o Senhor Presidente da Câmara, bem como o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo da Serra, pela sua actividade profissional, têm conhecimento das dificuldades que existem em se flexibilizar determinados tipos de apoio. Porém o Senhor Presidente de Junta focou um ponto muito importante, nomeadamente, o PRODER, que é um programa que se pode e deve flexibilizar para determinados tipos de apoio. ----------------------------- Informou ainda que a Câmara Municipal tem o levantamento feito em relação à áera afectada num total de 3015 hectares ardidos, correspondendo

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a uma área agrícola de 170 hectares, uma área florestal de 323 hectares, uma área de incultos de 2522 hectares, com um prejuízo estimado da área ardida, acrescida da estabelização e recuperação dos solos em cerca de um milhão de euros.----------------------------------------------------------------------- Relativamente ao Plano de Emergência, o Senhor Presidente referiu que não existem planos de emergência, pois as emergências evitam-se. O que é preciso é analisar que tipo de medidas de apoio existem em relação às pessoas que ficaram sem muitos dos seus bens ou ficaram sem os seus meios de produção, sem a terra agrícola ou com a terra agrícola devastada. É preciso ainda saber quais são os mecanismos de apoio que o Estado dispõe, se não a obrigação, pelo menos, o dever de os colocar à disposição. A Autarquia naturalmente que tudo fará para ajudar as populações, mas nada mais pode fazer do que isso. -------------------------------------------------- Quanto à colaboração naturalmente que dela dispõe desde que solicitada e do modo que a Autarquia a possa fazer. ------------------------------------------ ------- Em resposta à intervenção do membro da Assembleia José António Manta (PS) que abordou o assunto da Carta Educativa, o Senhor Presidente informou que a mesma está em processo final de revisão, não se fixando muito em relação a datas, porquanto não depende apenas da Câmara Municipal. Inicialmente, tinha previsto que, em finais de Setembro, já se poderia estar em condições de discutir no Executivo esse documento, já foram feitas algumas reuniões junto da Equipa Técnica que está a realizar esse trabalho, esperando, contudo, que até ao final do ano se possa ter naturalmente a possibilidade de discutir a nova Carta Educativa. ------------- Quanto ao mau estado em que se encontra o jardim das piscinas municipais cobertas, o Senhor Presidente agradeceu o seu alerta, indo concerteza dar instruções de modo a evitar que o mesmo esteja nesse estado.----------------- ------- Em resposta ao membro da Assembleia António Machado (PPD/PSD) que abordou na sua intervenção um aspecto muito importante relacionado com os fogos florestais, o Senhor Presidente aproveitou para informar que foi lançado pelo Governo, há cerca de quatro anos, um concurso para a construção de Centrais de Biomassa, que como todos sabem, uma que é candidata para se localizar em Gouveia. Porém decorrido este tempo, o Senhor Presidente não consegue compreender a razão porque é que o Governo ainda não aprovou nenhuma, quando uma das suas apostas estratégicas é no domínio das energias renováveis. As Centrais de Biomassa são importantes, porquanto criam postos de trabalho directos, postos de trabalho indirectos pela limpeza das florestas, pagam impostos

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onde as mesmas estão localizadas e por isso também se tem interrogado porque não avança este projecto.--------------------------------------------------- ------- Em resposta à intervenção do membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) o Senhor Presidente respondeu que, independentemente, de tomar em consideração as queixas dos munícipes - pois é esse o papel dos eleitos - e de as transportar para este Órgão, e muito bem, não pode concordar com a afirmação de que na Câmara ninguém as recebe. Isso não corresponde à verdade, pois não existe nenhum cidadão que possa dizer que não foi recebido nesta Câmara, na medida em, que há cerca de quatro anos, tendo constatado que existia uma ou outra reclamação até mais ao nível da componente técnica do que propriamente relacionado com os políticos, o Senhor Presidente tomou uma decisão, da qual discorda em termos de estratégia, para evitar essas situações e por isso determinou que às Terças-Feiras à tarde e às Quintas-Feiras de manhã os Técnicos da Autarquia estão disponíveis para o atendimento ao público. Em relação aos políticos não estão estipulados dias específicos, estão disponíveis para receber quer o Presidente da Câmara, quer os Vereadores ou os colaboradores destes que transportam essa informação. Porém reconhece que não existem sistemas perfeitos. ------------------------------------------------ Relativamente à taxa do IRS, tal como referiu anteriormente, a mesma vai-se manter. ------------------------------------------------------------------------------ Em relação à Rua Dr. Mário Gomes Figueira, de acordo com a informação do Senhor Vice-Presidente, a mesma já terá sido alvo de limpeza, contudo agradeceu o seu registo. ------------------------------------------------------------- Quanto à questão dos “pinocos” o Senhor Presidente não sabe informar das razões que lavam à sua destruição, porém não pode deixar de concordar com o membro da Assembleia Armindo Bezerra em relação a esse facto, considerando que devem ser repostos, ou então, caso seja mais económico, retirar os restantes.-------------------------------------------------------------------- Sobre a necessidade de marcação da Estrada Vinhó/Nespereira, o Senhor Presidente informou que os serviços não têm capacidade técnica, nem meios para realizar esses trabalhos, pelo que vai ser necessário contratar esse serviço. --------------------------------------------------------------------------- Relativamente ao problema do elevador do Centro de Saúde de Gouveia em relação ao qual o membro da Assembleia Armindo Bezerra citou que “(…) o Senhor Presidente é uma pessoa activa (…) preocupe-se com este problema do elevador (…) o Senhor Presidente tem a obrigação de defender os munícipes (…)”, o Senhor Presidente respondeu dizendo “já não posso mais e não sou de desisitir logo à primeira, ou à segunda, agora

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de facto acho miserável, estou de acordo consigo. Presumo que o Senhor tenha reuniões do partido e por isso lhe peço que dê lá um “murro” na sede do partido onde agora está e diga que acha inadmissível que a Ministra da Saúde tenha vindo inaugurar um belo Centro de Saúde e o elevador nunca funcionou.----------------------------------------------------------- Em nome dos municipes de Gouveia, o Presidente da Câmara, pede, humildemente, porque eu mais já não posso. Seria preferível retirar o elevador é de facto uma vergonha.------------------------------------------------- Assim como em relação ao edifício do antigo Posto Médico de Gouveia, é uma vergonha, concordo consigo. Mas peço-lhe que na sede do partido dê “três murros na mesa”, porque é uma vergonha o que o Governo da República está a fazer. E digo isto seja quem for que estiver á frente do Governo, é uma inqualificável vergonha e pelo que ouvi há dias por um responsável do Estado a vergonha pode ainda tornar-se maior. Mas a seu tempo.----------------------------------------------------------------------------------- Em relação a este edifício, na verdade, já falei com todos, com o Senhor Secretário de Estado da Administração Local, com o Senhor Secretário de Estado da Saúde, com o Senhor Secretário de Estado da Segurança Social. Mas não desisto e lá iremos até conseguir.--------------------------------------- Mas já agora dê “outro murro” em relação ao edifício da Zona Florestal, peço-lhe que também fale sobre esse espaço, porque qualquer dia cai tudo. Pensando melhor, dê “quatro murros”, em relação às Casas dos Juízes que se encontram abandonadas, desabitadas e provavelmente se o Ministério da Justiça as colocasse à venda alguém as poderia comprar. --- É uma vergonha do Estado Português, só que a cada passo é responsável quem administra o Estado Português, que é o Governo do Partido que o Senhor apoia.”------------------------------------------------------------------------ Quanto à questão que o membro da Assembleia Armindo Bezerra colocou relativamente à cedência do terreno do Centro de Saúde de Gouveia, o Senhor Presidente referiu que muito provavelmente deveria haver algum tipo de confusão, porquanto quando foi cedido o terreno para a construção do Centro de Saúde, naturalmente, que a Autarquia cedeu o terreno para o edifício e toda a área circundante. Não é apenas responsabilidade do Ministério da Saúde o edifício, não tendo nenhum sentido, por exemplo, que a parte do estacionamento fosse propriedade da Câmara e começasse a proibir a paragem dos carros, por isso presumo que tenho razão. Neste contexto o Senhor Presidente aproveitou para informar que existe uma parte do edíficio do Centro de Saúde que se encontra desabitado e que não é utilizado e que a Autarquia terá solicitado para a instalação de um

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serviço e o Ministério da Saúde terá recusado a sua cedência, alegando que precisava desse espaço.“ É uma vergonha. Uma vergonha das vergonhas.”- Disse o Senhor Presidente. ----------------------------------------- ------- Em resposta ao membro da Assembleia Cristina Oliveira (PS) que relativamente ao evento da VINAL referiu que “há muito que os vilanovenses reclamavam este projecto”, o Senhor Presidente respondeu que se encontra neste cargo há nove anos e nunca teve conhecimento de nenhuma justa reivindicação dos vilanovenses para a realização deste evento. --------------------------------------------------------------------------------- Em relação ao mesmo, considera que se tratou de facto de uma grande iniciativa quando, em jeito de promoção e de homenagem, cogitaram fazer algo não apenas pela questão do vinho, embora reconhecendo que o vinho do concelho é de boa qualidade, mas a grande feira do vinho já é realizada na cidade de Nelas há muitos anos, mas com o objectivo de associar o vinho à gastronomia. É esse o nicho de mercado que o Município procura com a realização deste evento.------------------------------------------------------Salientou ainda o empenho da Senhora Veradora Laura Costa na organização deste evento, da Junta de Freguesia de Vila Nova de Tazem pela sua total disponibilidade e as entidades do mundo associativo, em particular as sediadas naquela freguesia, que se associaram nessa parceria. ------- Em resposta à intervenção do membro da Assembleia Fernando Brito (PPD/PSD) relativamente à questão das festas, o Senhor Presidente não soube informar se no próximo ano se realizará a Feira do Campo ou da Caça, mas admitiu perfeitamente que, caso se realizem, poderão eventualmente ser a pagar. No caso concreto das Festas do Senhor do Calvário, no actual contexto, considera ser uma medida difícil de implementar, mas caso o membro da Assembleia Fernando Brito consiga concretizar a montagem de um sistema eficaz, cujo custo seja inferior à receita gerada pelas respectivas cobranças, o Senhor Presidente admitiu relectir sobre isso. -------------------------------------------------------------------- Em relação ao sistema eleitoral, o Senhor Presidente referiu que concorda em parte com aquilo que o membro da Assembleia Fernando Brito referiu. Há uns anos atrás os dois maiores partidos políticos assinaram um acordo pela alteração da Lei Eleitoral Autárquica que acabou por não avançar, considerando que no actual quadro de uma relativa instabilidade política seja pouco provável que isso venha a acontecer. -------------------------------- Nesse quadro eleitoral, que o Senhor Presidente defendia, o papel das Assembleias Municipais seria outro, na medida em que aumentava

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substancialmente os poderes de fiscalização deste Órgão, porque os Executivos, por um voto a mais, obter-se-ía a maioria absoluta.--------------- Mas, mesmo no quadro actual, considera que as Assembleias Municipais nunca estão proibidas de discutir questões importantes e relevantes para o concelho, não considerando que este Órgão seja propriamente apenas para se votar isto ou chumbar aquilo. --------------------------------------------------- ------- Em resposta ao membro da Assembleia Pedro Amaral (PS) que abordou o assunto do Plano Estratégico adoptado pelo Município de Seia para o desenvolvimento do concelho, nos próximos dez anos, o qual contempla a realização de cinco projectos âncora, o Senhor Presidente apenas desejou que a Câmara Municipal de Seia, nos próximos 50 anos, consiga desenvolver metade das acções a que se propõe. ---------------------- Quanto ao Plano Estratégico do concelho de Gouveia, o Senhor Presidente referiu que “o nosso programa definiu objectivos estratégicos e claros e há oito anos que estão a segui-los em função do quadro financeiro que estabelecemos e prefiro isso a pagar para definir planos e programas. Também já o fiz em tempos. O que vale a pena é que, em cada ano, se possa definir aquilo que orçamentalmente se pode fazer no quadro da estratégia que definimos. E a estratégia que definimos, é uma estratégia que, por força das circunstâncias, tem que ser deslizante. Queremos apoiar a economia produtiva e para isso dissemos que era preciso construir uma nova zona industrial e vai ser feita. ----------------------------------------------- Definimos que, fruto das circunstâncias, tínhamos que ter uma política de apoio ao sector educativo e ao sector social. E é o que fazemos, ano após ano, circunscrito às condições que temos. Definimos o que queríamos para Gouveia e estamos a tentar fazê-lo. Agora, daí a poder fazer um dossier muito bonito, com quadros aprazíveis, não o tem feito, podendo até adiantar que no âmbito do PDM se encontram descritas algumas das situações em que isso se desenvolve.”--------------------------------------------- ------- Sobre a intervenção do membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU) quanto à questão da criação do Mega-Agrupamento de Escolas de Gouveia, o Senhor Presidente informou que não é sua intenção fazer mais nada para além das medidas que já tomou. Nada mais poderá fazer. Foi aprovado um parecer em reunião de Câmara, do qual deram público conhecimento, tornou também pública a sua posição, porém o Ministério da Educação não quis saber e acabou por seguir em frente com a sua decisão criando assim aquele Mega-Agrupamento. ----------------------------- Referiu ainda que mais grave é o facto do Município de Gouveia não ter tido da parte da Direcção Regional de Educação e do Senhor Secretário de

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Estado da Educação, a quem escreveu há mais de um mês, qualquer tipo de resposta relativamente ao assunto do acordo de colaboração em matéria de transportes escolares. “A Câmara Municipal de Gouveia” - continuou o Senhor Presidente - “ainda não assinou qualquer tipo de acordo o que significa que 31 crianças deste concelho, tantas quantas frequantavam as sete escolas que foram encerradas, se eu quizesse não eram transportadas para as escolas de acolhimento. É absolutamente lamentável. E os responsáveis sabem que os autarcas, seja de que partido for, são de um modo geral pessoas responsáveis que, no caso concreto de Gouveia, mesmo não tendo nada assinado, sabem que o Presidente da Câmara Municipal de Gouveia seja quem for, não iria deixar as crianças em casa porque os pais iriam reclamar, não junto do Ministério da Educação, mas sim junto da Câmara Municipal de Gouveia. É de crianças que estamos a falar, é do sistema educativo, não é admissível que não respondam.”-------- Informou ainda que há cerca de quinze dias voltou a falar no assunto à Senhora Directora Regional de Educação, que lhe transmitiu que o mesmo extravaza as suas competências, sem embargo de colocar a questão uma vez mais ao Senhor Secretário de Estado da Educação. ------------------------ De seguida o Senhor Presidente procedeu à leitura da carta remetida em 27 de Agosto de 2010 ao Senhor Secretário de Estado da Educação:------------- “Dentro de algumas semanas inicia-se um novo ano lectivo que se deseja tranquilo, apesar de tudo quanto ocorreu nestes últimos tempos (…).-------- Como sempre afirmei, tal decisão jamais poderia ser aplicada em Gouveia. E não foi.------------------------------------------------------------------------------- O resultado final é nesse capítulo positivo e por isso merece ser realçado no contexto das negociações (…).-------------------------------------------------- Mas, Senhor Secretário de Estado, como é do conhecimento de V.Ex.ª, tais negociações tiveram por base a questão do pagamento dos transportes relativos à deslocalização das crianças para outras escolas de acolhimento. O documento 1, em anexo, por nós remetido em 27 de Junho, indica 600 Euros e sobre ele não tivemos qualquer resposta.”---------------- “Deste modo” - prosseguiu o Senhor Presidente - “considero lamentável e inadmissível que não respondam. Mas mais lamentável ainda é o Estado saber que o Presidente da Câmara Municipal de Gouveia não deixaria 31 crianças em casa.”------------------------------------------------------------------- Relativamente à afirmação que o membro da Assembleia Fernanda Bernardo fez de que “a privatização da água está em curso”, o Senhor Presidente não pode concordar com a mesma, pois não corresponde à

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verdade que a privatização do sistema multimunicipal de águas ou as Águas de Portugal esteja a ser feita. ----------------------------------------------- A bancada municipal da CDU tem defendido a saída do sistema multimunicipal e a constituição de uma empresa ou uma associação inter-municipal. Mas para que isso seja possível é preciso ter associados, pois as alternativas existentes àquele sistema são ao nível do mercado privado, por isso o Senhor Presidente é de opinião que a adesão ao sistema multimunicipal Águas do Zêzere e Côa foi uma boa decisão. Como já teve a oportunidade de dizer em outras intervenções, considera que o sistema multimunicipal das Águas do Zêzere e Côa foi bem concebido pelo então Secretário de Estado do Ambiente, Eng.º José Sócrates, mas mal implementado ao longo destes dez anos. Foi uma boa opção estratégica. Porém este, ou outro Governo, terão que ter coragem para alterar esta situação. ------------------------------------------------------------------------------- Tal como foi anunciado na comunicação social, os Municípios devem ao sistema multimunicipal Águas do Zêzere e Côa cerca de dez milhões de euros e a Câmara Municipal de Gouveia não é alheia a isso, pois também já começou a dever sentindo um certo desconfortado com essa situação, pois só uma das Câmaras que pertence a este sistema deve quase metade daquele valor. ------------------------------------------------------------------------- “Fiz um apelo aos restantes Presidentes de Câmara de que devemos reivindicar, porque a Senhora Ministra do Ambiente - honra lhe seja feita - tem manifestado toda a preocupação para resolver este assunto relacionado com o fundo de estabilização, mas eu não acredito que o Governo tenha coragem política para o adoptar, pois iria permitir que os gouveenses paguem metade do valor da água que pagam e os lisboetas paguem o dobro do que pagam. Pois como todos devem saber, em Gouveia, pagamos quase o dobro da água que se paga em Lisboa. Isto é imoral. E é esse fundo de estabilização que a Senhora Ministra do Ambiente já disse que estava de acordo que se adoptasse, mais a indemnização de 30 milhões que deve ao Sistema Multimunicipal Águas do Zêzere e Côa.-------------------------------------------------------------------------- Se a Senhora Fernanda Bernardo mesmo assim amanhã disser “saia do sistema porque estamos a ficar com o garrote em relação ao sistema tarifário”, mas tudo na vida ou tem opção A ou opção B, as Câmaras estão a ficar com o garrote porque o sistema tarifário é brutal, é injusto, é insuportável, quer da água, quer do saneamento. Mas isso não retira em nada que a opção que tomámos foi a mais correcta, pois estamos muito a crédito face ao volume de investimentos, que nunca se fariam em Gouveia

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e estamos todos de acordo independendentemnte de ainda não resolverem a questão A ou a questão B.” – Referiu o Senhor Presidente. ----------------- Para finalizar este assunto, o Senhor Presidente referiu que o Estado, as Águas de Portugal não estão a ser privatizadas, porém o Governo tem que resolver esta situação e, particularmente, as duas situações mais graves em relação às Águas do Zêzerere e Côa e às Águas de Trás-os-Montes, que são naturalmente as terras das zonas do Interior onde o sistema tarifário é um “garrote”.------------------------------------------------------------------------------ “Mas qual a solução a tomar? Não pagar? Ir para tribunal? Seguem-se depois injunções fiscais. Sair amanhã do sistema multimunicipal do Zêzere e Côa? E para onde vamos? Pois se sairmos a solução é privatizarmos o nosso sistema de abastecimento, como fez o Município de Trancoso em que todo o sistema de “alta” e “baixa” está privatizado e com bons resultados. Também o Município do Fundão pensa fazê-lo. Nós também podemos equacionar essa hipótese, fazer entre nós. Se me garantirem que os munícipes de Gouveia pagam muito menos admito perfeitamente essa hipótese. De maneira que, não há alternativa, eu não me posso associar quando não tenho ninguém para me associar.” – Concluiu o Senhor Presidente da Câmara. --------------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal referindo que, excepcionalmente, iria conceder a palavra aos membros da Assembleia Municipal que a solicitaram. ----------------------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) referindo o seguinte:------------------------------------------------------------------ “Senhor Presidente, não se substime perante a minha pessoa, porque o Senhor consegue fazer muito mais do que eu. Para já, em relação ao “dar murros” não sou pessoa de os dar em situação nenhuma, nem à boa portuguesa, nem à de qualquer outro povo. -------------------------------------- Em situações de conflitos ou de discussões em que estejamos em desacordo, eu sou pelo diálogo, não é necessário elevar a voz para impor a razão quando não a temos.---------------------------------------------------------- Em relação ao edifício do Centro de Saúde, aqui ao lado, o mesmo ainda não está na posse da Câmara Municipal de Gouveia, porque esta Autarquia ainda não fez a escritura perante o Ministério da Saúde do terreno onde está situado o novo Centro de Saúde.”---------------------------- Referiu ainda no que diz respeito à realização da limpeza na Rua Dr.Mário Gomes Figueira, que não corresponderia à verdade, convidando o Senhor Presidente a deslocar-se ao local. --------------------------------------------------

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No que diz respeito à fixação da taxa do IRS, considera que a redução da mesma tem um efeito tal como tem o cheque-nascimento ou os apoios à fixação de jovens e tem uma vantagem “já que não conseguimos ter políticas para fixar os jovens, podemos fixar as pessoas mais idosas ou reformadas.” – Concluiu o membro da Assembleia Armindo Bezerra. ------ ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Nespereira começando por dizer ao Senhor Presidente da Câmara que, como é do seu conhecimento, em muitas situações, pelos interesses daquela Freguesia, adoptou posições diferentes das tomadas pela bancada do Partido Socialista.--------------------------------------------------------------------- Em relação ao facto do Senhor Presidente da Câmara dizer que era a primeira vez que estava a ouvir falar no assunto das fossas do Bairro de Santo António, o Senhor Presidente de Junta informou que se tinham deslocado àquela ETAR responsáveis desta Câmara juntamente com os técnicos da empresa Águas do Zêzere, a pedido do Senhor Presidente da Câmara, tendo-lhes sido dito que o Senhor Presidente tem feito pressão junto daquela empresa para a resolução do problema. Também o Senhor Vice-Presidente tinha conhecimento pois quando lhe falou do problema, logo no dia a seguir solicitou que fosse feita uma limpeza no local. Para além disso por diversas vezes abordou este problema em sessão da Assembleia Municipal conforme consta das Actas deste Órgão. -------------- Em relação ao pagamento da electricidade do Jardim de Infância de Nespereira, pela Junta de Freguesia, não consegue compreeender porque não é paga pela Câmara Municipal. ----------------------------------------------- Para finalizar, o Senhor Presidente de Junta referiu ainda que quando aborda os problemas nesta Assembleia, não é por uma questão de política, mas para que no futuro, ao se lerem as actas, todos saibam que o Presidente da Junta de Nespereira não descurava os asuntos e por isso considera que os mesmos devem ser resolvidos. -------------------------------------------------- ------- De seguida usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara dizendo ao Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Nespereira que compreendia a sua posição, é uma pessoa que se preocupa com as situações e que pretende que isso fique registado em acta, para que, no futuro, todos saibam que teve essa preocupação, não sendo intenção do Senhor Presidente da Câmara insinuar que estaria política, mas até compreendia, uma vez que este é o Órgão político por excelência, compreendo que, como Presidente da Junta, o faz para defender os interesses da sua freguesia. ------------------- Agora, considera que isso não os desobriga, perante questões de tamanha sensibilidade como é o caso da ETAR, de as colocar previamente. Aquilo

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que o Senhor Presidente referiu era que desconhecia se a resolução do problema já foi concretizada. ------------------------------------------------------- Quanto ao Jardim de Infância de Nespereira o Senhor Presidente não lhe sabe informar se se tratou de relativa injustiça do passado ou do presente, mas teve a humildade de dizer que pretendia averiguar, mas de momento não estava em condições de explicar uma questão do foro técnico. ----------- Sobre a intervenção do membro da Assembleia Armindo Bezerra (PS) o Senhor Presidente respondeu do seguinte modo: -------------------------------- “O Senhor Armindo Bezerrea disse na sua anterior intervenção ““(…) Senhor Presidente não se substime perante a minha pessoa, porque o Senhor consegue fazer muito mais do que eu.””--------------------------------- Quero-lhe dizer que faço mais e melhor, mas disso não tenha dúvidas. ----- O Senhor pode entender que é muita presunção da minha parte, não é. É um sentimento profundo, faço mais e melhor. Não tenha dúvidas para que conste. ---------------------------------------------------------------------------------- Agora o Senhor pode dar as voltas que é pelo diálogo, mas mais pacífico do que eu, não é. E quando falo na linguagem dos “murros”, se o Senhor não é de dar murros na mesa eu sou, razão porque faço mais e melhor. Se outras razões não houver é porque como autarca ao dar murros na mesa faço mais e melhor. ------------------------------------------------------------------O Senhor pode dizer o que quiser, mas como eu já cá não ando desde ontem, logo depreendi que haviam certas coisas subjacentes à sua intervenção, mas o Senhor cá veio e por isso lhe respondo: ------------------- A escritura do terreno do Centro de Saúde só se fará quando o julgamento em tribunal se der. Percebeu? É ser respeitador da justiça.-------------------- Se o dono do terreno pôs a Câmara em Tribunal, o que quer que eu faça? O dono do terreno pôs a Câmara em Tribunal, fomos notificados, estamos em tribunal, nessa altura responderemos.” – Terminou o Senhor Presidente. ----------------------------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidnete da Assembleia Municipal dando por concluído o período de antes da ordem do dia. ----------------------

I – PERÍODO DE “ORDEM DO DIA” Ponto 1. Discussão e votação da Proposta da 1.ª Revisão ao PPI, ao

Orçamento e às Actividades Mais Relevantes para 2010 ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal concedendo a palavra ao Senhor Presidente da Câmara. ----------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara referindo que para além das justificações que se encontram descritas na presente proposta, decorre de uma obrigação da Lei, elaborar, nesta altura do ano, uma 1.ª

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Revisão Orçamental, a fim de se proceder à inscrição do saldo da gerência do ano anterior. Por outro lado e sempre que isso ocorra aproveita-se esse ensejo para se inscrever algumas dotações que servem, em alguns casos, para fundamentar aquilo que referiu em relação a algumas obras. ------------ ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarando abertas as inscrições para os membros que pretendessem intervir. -------------------------------------------------------------------------------- ------- Não se verificando nenhuma intervenção por parte dos Membros da Assembleia Municipal, o Senhor Presidente da Mesa colocou à votação a “Proposta da 1.ª Revisão ao PPI, Orçamento e Actividades mais

Relevantes para 2010”, tendo sido a mesma aprovada, por maioria, com uma abstenção por parte do Membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU). --------------------------------------------------------------------------------- Ponto 2. Discussão e votação da Proposta de Lançamento de Derrama

para 2011 ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal concedendo a palavra ao Senhor Presidente da Câmara. ----------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara referindo que tal como se encontra exposto no documento e por isso nada mais havia a acrescentar, a Câmara Municipal decidiu manter a taxa do ano anterior, esperando que todos compreendam, discordando ou não, que numa altura em que existe este desconhecimento do que vai acontecer em relação ao futuro, desta instabilidade, se tomou a decisão correcta, ainda mais quando no dia anterior se tomou conhecimento de novas medidas de contenção anunciadas pelo Governo. ----------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarando abertas as inscrições para os membros que pretendessem intervir. -------------------------------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU) referindo que a posição da bancada municipal da CDU em relação à proposta de Lançamento de Derrama para 2011, será idêntica à posição adoptada no ano anterior. ----------------------------------------------------------- Poderiam votar favoravelmente se de facto a derrama não estivesse colada aos tectos máximos de 1,5%, pois dada a situação económica, vem justamente penalizar, uma vez mais, o tecido emrpesarial do concelho. ----- Considera que é uma penalização injusta, que não incentiva e não convida a que se estabeleçam novos investimentos no concelho, pelo que, a sugestão da bancada municipal da CDU era que a derrama fosse de 1% no caso do

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regime geral e no regime para os comerciantes com um volume de negócios inferior a € 150.000,00, proponham uma taxa inferior a 1%. ------- Como não será aceite, visto que a mesma já foi aprovada em Executivo, por maioria, a posição da CDU já é conhecida do ano anterior. -------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara respeitando naturalmente a posição do membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU), porém a questão da derrama é um problema do qual gostaria de sair, mas a Câmara Municipal não possui elementos em relação às empresas do concelho que pagam este imposto, pois a Direcção Geral de Finanças nunca os forneceu. Caso isso acontecesse, poderiam analisar as empresas de Gouveia que geram emprego, que têm rendimentos e pagam derrama e a partir daí poder reconsiderar. ---------------------------------------- Mas ao que julga saber e, infelizmente para o concelho, não existe um conjunto de médias ou grandes empresas, de Gouveia, que cheguem a pagar derrama. ------------------------------------------------------------------------------- Após as explicações do Senhor Presidente da Câmara e a intervenção do membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU), o Senhor Presidente da Assembleia Municipal colocou à votação a “Proposta de Lançamento de Derrama para 2011”, que a seguir se reproduz, tendo sido a mesma aprovada, por maioria, com vinte e cinco (25) votos a favor e doze (12) votos contra: --------------------------------------------------------------------------

“PROPOSTA

LANÇAMENTO DE DERRAMA PARA O ANO DE 2011

Nos termos do nº 1 do artigo 14º da Lei nº 2/2007, de 15 de Janeiro (Lei das Finanças Locais), “Os municípios podem deliberar lançar anualmente uma derrama, até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC), que corresponda à proporção do rendimento gerado na sua área geográfica por sujeitos passivos residentes em território português que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e não residentes com estabelecimento estável nesse território.” O n.º4 da Lei citada diz que “A assembleia municipal pode, por proposta da câmara municipal deliberar lançar uma taxa reduzida de derrama para os sujeitos passivos com um volume de negócios no ano anterior que não ultrapasse € 150.000,00.” Nos termos da alínea f) do nº 2 do artigo 53º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, coma nova redacção dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, compete à Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara

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Municipal “…(…) autorizar o lançamento de derramas para reforço da capacidade financeira (…), de acordo com a lei.” Considerando que, actualmente, se justifica a cobrança da derrama com objectivo de contribuir para o financiamento dos elevados investimentos com a construção de diversas obras que estão a decorrer no concelho. Proponho que: 1- Nos termos do n.º 1 do art.º 14 da Lei das Finanças Locais, para o ano de 2011, seja lançada a derrama sobre a colecta do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas e que a taxa seja de 1,5%; 2- Que nos termos do n.º4 do artigo 14º. da Lei citada, a Assembleia Municipal delibere lançar uma taxa reduzida de 1% para os sujeitos passivos com um volume de negócios no ano anterior que não ultrapasse € 150.000,00. 3- Que o presente assunto seja presente à Assembleia Municipal, na sua sessão de Setembro.” ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU) para em nome da bancada da CDU proceder à leitura da seguinte declaração de voto:-------------------------------------------------------------------

“Declaração de Voto

Proposta de Lançamento de Derrama para 2011

Relativamente à definição da Derrama, que incide sobre os lucros tributáveis das empresas do concelho, a CDU, votou contra a proposta apresentada pelo Executivo Municipal de aplicar a Taxa Máxima permitida por lei, isto é, 1,5%. Porque entendemos, que o valor a aplicar deverá ser o mais baixo possível, como forma de não sobrecarregar a já difícil situação económica das empresas do concelho, com especial destaque para o pequeno comércio. De referir ainda, que sugerimos, aquando da discussão, uma descriminação positiva dos micro e pequenos empresários do nosso cocnelho, entre os quais os pequenos comerciantes, cujo volume de negócios anual é seguramente inferior a 150.000 Euros, com a fixação de uma taxa de Derrama inferior a 1%. Em relação à Taxa de Derrama Geral, propusemos que a mesma fosse de apenas 1%.” ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Pedro Maltez (PS) para em nome da bancada do Partido Socialista proceder à leitura da seguinte declaração de voto:-------------------------------------------------------------------

“Proposta de Lançamento da Derrama para 2011

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Relativamente à proposta de lançamento da derrama para 2011, votámos contra por considerarmos que è uma medida que em nada vai beneficiar o nosso concelho. Muito pelo contrário. Precisamos sim, é de medidas que atraiam investidores e a consequente criação de emprego. Para contrariar o desinteresse em investir no nosso concelho e a fuga dos poucos investidores existentes. A prova disso é a receita que diminuiu nos últimos dois anos de 44 mil euros em 2008 para 29 mil euros em 2009." Ponto 3. Discussão e votação da Proposta de Fixação da Taxa do

Imposto Municipal sobre Imóveis para 2011 ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal concedendo a palavra ao Senhor Presidente.-------------------------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara referindo que, para além daquilo que expôs na proposta do IMI para 2011, pouco mais teria a acrescentar em relação a um imposto cujo trajecto também desconhece. Como todos devem ter conhecimento uma das sujestões do representante da OCDE, que recentemente se deslocou a Portugal, era no sentido do Governo aumentar as taxas do IMI. Certamente que desconhece a Lei, porquanto se trata de uma receita das Câmara Municipais, a menos que o Estado proceda à alteração da Lei vigente. --------------------------------------- Por outro lado, tal como referiu em relação à taxa do IRS, cuja experiência a Autarquia acabou por fazer, ao contrário do que se ouviu, considera que não houve aquele grande ganho que se pensava ter com esse impulso. ------ Também neste imposto gostaria de fazer alguns ajustamentos, no entanto, face ao modo de gerir as receitas municipais, face à estratégia que se encontra mais ou menos planeada e que pretende desenvolver em relação ao aproveitamento dos fundos comunitários, que se trata de uma oportunidade soberana que não pode desperdiçar, não é possível fazer um decréscimo das receitas que estão ao dispôr do Município. -------------------- E esta é a razão fundamental em função da qual mantem as mesmas taxas de IMI para o ano de 2011. --------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarando abertas as inscrições para os membros que pretendessem intervir. -------------------------------------------------------------------------------- ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU) procedendo à leitura da seguinte declaração de voto:-------------------

“Declaração de Voto

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Proposta de Fixação de Taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis – IMI

a aplicar em 2011

No que diz respeito à definição do Imposto Municipal sobre Imóveis – IMI, que se aplica às famílias que possuem casa própria, não estamos de acordo com a proposta apresentada pela Câmara Municipal, porque, à semelhança de anos anteriores, a mesma volta a incluir os valores máximos definidos por lei, isto é, 0,7% para os prédios urbanos contemplados na alínea b) do n.º 1 do art.º 112.º do Código do IMI e 0,4% para os prédios urbanos contemplados na alínea c) do n.º 1 do art.º 112.º do mesmo código. O nosso voto contra tem como justificação, o facto das famílias gouveenses viverem tempos de grandes dificuldades económicas, fruto do desemprego que atinge o concelho e do aumento do custo de vida. Por isso entendemos, que continuar a sobrecarregar essas famílias com a aplicação de um imposto pelo seu valor máximo revela, em primeiro lugar, uma grande insensibilidade para com a sua precária situação e, em segundo lugar, um sinal de desincentivo à fixação de mais agregados familiares no concelho. Como tal, sugerimos a reformulação da proposta apresentada, visando a diminuição dos valores de taxa apresentados nas alíneas a) e b) para 2011, em cerca de 10% e também, como forma de fomentar a fixação de jovens, a isenção de IMI para casais jovens, até aos 35 anos.” ------- Após as explicações do Senhor Presidente da Câmara e a intervenção do membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU), o Senhor Presidente da Assembleia Municipal colocou à votação a “Proposta de Fixação da Taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis para 2011”, que a seguir se reproduz, tendo sido a mesma aprovada, por maioria, com vinte e cinco (25) votos a favor e doze (12) votos contra:---------------------------------------

“PROPOSTA

IMI - Imposto Municipal sobre Imóveis

> Considerando que de acordo com o artigo 1º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, aprovado pelo Decreto-Lei nº 287/2003, de 12 de Novembro, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) incide sobre o valor tributável dos prédios rústicos e urbanos situados no território português, constituindo receita dos municípios onde os mesmos se encontram; > Considerando que cabe aos municípios, de acordo com o estabelecido nos nºs 5 a 8 do artigo 112º do referido código, definir anualmente a taxa aplicável aos prédios urbanos, para vigorarem no ano seguinte, entre os limites constantes nas líneas b) e c) do nº1 do supra mencionado artigo

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(0,4% a 0,7% e 0,2% a 0,4%, respectivamente) bem como estabelecer coeficientes de majoração ou minoração em situações particulares, e comunicar a decisão da Assembleia Municipal á Direcção-Geral de Impostos até 30 Novembro; > Considerando que tem sido política dos Órgãos do Município de Gouveia fixar as taxas tendo em atenção as reais possibilidades da autarquia; > Considerando que, no corrente ano, as transferências do Orçamento de Estado para o Município de Gouveia, sofreram uma redução significativa, relativamente ao inicialmente aprovado e publicado e prevendo-se que para 2011 a mesma situação, tal impossibilita qualquer hipótese de abrandamento nas taxas do IMI, em particular se atendermos ao nível do investimento em curso. Proponho que:

A Câmara Municipal de Gouveia delibere submeter à aprovação da Assembleia Municipal de Gouveia, ao abrigo do disposto na alínea a), do n.º 6, do art. 64º e das alíneas e), f) e h), do n.º 2 do art. 53º da Lei n.º 169/99, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro: 1 - Nos termos do n.º 5 do art. 112º do Código do Imposto Municipal aprovado pelo D.L. n.º287/2003, de 12 de Novembro, a fixação das seguintes taxas sobre imóveis: a) 0,7% para os prédios urbanos contemplados na alínea b) do nº1 do

artº 112º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis;

b) 0,4% para os prédios urbanos contemplados na alínea c) do nº1 do

artº 112º do mesmo Código.

2 - Nos termos e para os efeitos dos nºs 6 a 8 e 12 do artº 112º do mesmo diploma fixar: a) Majoração de 30% sobre a taxa aplicável a prédios urbanos degradados, que tenham pendentes notificações municipais de intimação ao abrigo do nº2 do artº 89º do Decreto-Lei nº 555/99 de 16 de Dezembro para a realização de obras, de modo a colmatar más condições de segurança e salubridade, enquanto durar a situação ou não forem executadas as obras intimadas. 3. Nos termos do nº3 do artº 112º do Código do Imposto Municipal sobre os Imóveis, alterado pelo artº 7º da Lei nº 6/2006 de 27 de Fevereiro, elevar para o dobro as taxas previstas nas alíneas b) e c) nos casos de prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de um ano, considerando-se devolutos os prédios como tal definidos no Decreto-Lei nº 159/2006, de 8 Agosto.

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4. Os serviços elaborarão listagens das situações previstas em 2 e 3 para que se torne possível efectuar a liquidação do imposto em tempo oportuno.” ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Cristina Oliveira (PS) para em nome da bancada do Partido Socialista proceder à leitura da seguinte declaração de voto:--------------------------------------------------------- “Proposta de Fixação da Taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis para

2011

Relativamente à proposta de Fixação da Taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis para 2011, votámos contra por considerarmos ser uma réplica da proposta apresentada em 2009. Ou seja, os valores máximos permitidos por lei. Alimentar esta receita à custa do Orçamento das famílias. Sendo Gouveia um dos concelhos economicamente mais carenciados do país, revela uma enorme insensibilidade social por parte de quem governa e gere o nosso município. Independentemente do aumento da taxa pelo governo central é o poder local é que define e aplica a mesma.” ------- Usou da palavra o membro da Assembleia Fernanda Bernardo (CDU) para em nome da bancada da CDU proceder novamente à leitura da declaração de voto que se encontra reproduzida em epígrafe. ----------------- Ponto 4 - Informações das Actividades do Senhor Presidente e Situação

Financeira a 15/09/2010 ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia autorizando o Senhor Presidente da Câmara a apresentar este ponto da Ordem do Dia. ---- ------- O Senhor Presidente da Câmara usou da palavra referindo não ter mais nada a acrescentar para além do que constava da documentação. ------ ------- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarou abertas as inscrições para os Membros da Assembleia que pretendessem intervir, não se verificando nenhuma inscrição. ------------------------------------------------- Ponto 5 - Informação do Auditor Externo sobre a Situação Económica

e Financeira do Município relativa ao 1.º Semestre de 2010 ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia autorizando o Senhor Presidente da Câmara a apresentar este ponto da Ordem do Dia.----- ------- O Senhor Presidente da Câmara prescindiu do uso da palavra dado não ter nada a referir acerca do documento. -------------------------------------- ------- O Senhor Presidente da Assembleia Municipal declarou abertas as inscrições para os Membros da Assembleia Municipal que pretendessem intervir, não se verificando nenhuma inscrição. ----------------------------------

III - INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

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------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Assembleia Municipal concedendo o uso da palavra ao público presente que pretendia intervir. ---- ------- Usou da palavra o Senhor Miguel Pinto referindo relativamente ao assunto do Imposto Municipal sobre Imóveis que quando o Senhor Presidente da Câmara tomou posse, entendeu proceder à redução das taxas relativas a este imposto, com a justificação de que viviam numa zona do interior. Decorridos alguns anos, verificou que o Senhor Presidente mudou de opinião.----------------------------------------------------------------------------- Deste modo questionou o Senhor Presidente da Câmara se as taxas do IMI em vez de serem iguais em todo o concelho, não podiam ser diferenciadas pelas várias freguesias de modo a beneficiar as que se encontram mais afastadas da sede do concelho.------------------------------------------------------ ------- Usou da palavra o Senhor Presidente da Câmara respondendo que, infelizmente, assiste no país a muitas mudanças de opinião. A saber: no PEC 1 havia uma opinião, no PEC 2 havia outra opinião, no PEC 3 outra opinião. O Governo da República é que muda de opinião, não é o Presidente da Câmara. --------------------------------------------------------------- Quando entendeu reduzir as taxas do IMI, fê-lo invocando as razões apontadas na altura. Assim como referiu com meridiana clareza no ano passado que as circunstâncias e a estratrégia que pretende desenvolver para a sua terra, o obrigam a manter estas taxas, pois é seu objectivo continuar a desenvolver uma política de investimento que seja minimamente sustentável. ---------------------------------------------------------------------------- ------- Nos termos do n.º 3 do art.º 57.º do Regimento da Assembleia Municipal, conjugado com o n.º 3 do art.º 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta as deliberações referentes aos Pontos 1, 2 e 3 da presente “Ordem do Dia”, de modo a produzirem efeitos imediatos. ----------------------------------------- ------- Nada mais havendo a tratar, pelo Senhor Presidente da Mesa foi declarada encerrada a reunião pelas vinte e três horas, da qual e para constar se lavrou a presente acta que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente da Mesa e pelo seu 1.º Secretário. ----------

O Presidente da Assembleia Municipal

(Dr. Rogério Marques de Figueiredo)

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O 1.º Secretário da Assembleia Municipal

(Dra. Anabela Machado Marcelino Almeida)