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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo Sede: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 CEP 05459900 São Paulo SPTel.: (0xx11) 31333000, Fax: (0xx11) 3133 3402 - C.N.P.J. n.° 43.776.491/0001 70 Insc. Est. n.° 109.091.375-118 Insc. Munic. n.° 8.030.313-7 - Site.: www.cetesb.sp.gov.br RELATÓRIO DE VIAGEM INTERESSADOS (A): Flávio de Miranda Ribeiro INSTITUIÇÃO / ÁREA: CETESB Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Vice-Presidência) DESTINO/LAL: Índia (Cidade de Delhi) PERÍODO: 09 a 15 de maio de 2016 (incluídos os dias de viagem) MOTIVO DA VIAGEM: Representação institucional no International Workshop on Extended Producer Responsibility in India. 1. Objetivo da viagem A viagem teve como principal objetivo representar o Governo do Estado de São Paulo, e mais objetivamente a CETESB no International Workshop on Extended Producer Responsibility (EPR) in India: Opportunities, Challenges and Lessons from International Experience, co-organizado pelas seguintes instituições: Ministério Indiano de Ambiente, Florestas e Mudanças Climáticas (MoEFCC); Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD); Comitê Central de Controle da Poluição Indiano (CPCB); e Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). O evento teve como objetivos avaliar as oportunidades e desafios na implementação do EPR na Índia; compartilhar a experiência da OECD e dos países participantes no desenho e na implementação das políticas de EPR; e desenvolver recomendações de políticas por meio de um processo consultivo entre os atores. 2. Atividades desenvolvidas As atividades da viagem foram realizadas conforme o seguinte cronograma: Segunda-Feira, 09 de maio 01h25) Embarque em São Paulo (Aeroporto Guarulhos); 22h55) Chegada ao aeroporto de Dubai; Terça-Feira, 10 de maio 04h35) Embarque em Dubai; 09h25) Chegada a Delhi;

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Sede: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – CEP 05459–900 – São Paulo – SP– Tel.: (0xx11) 3133– 3000, Fax: (0xx11) 3133 – 3402 - C.N.P.J. n.° 43.776.491/0001 – 70 – Insc. Est. n.° 109.091.375-118 – Insc. Munic. n.° 8.030.313-7 - Site.: www.cetesb.sp.gov.br

RELATÓRIO DE VIAGEM

INTERESSADOS (A): Flávio de Miranda Ribeiro

INSTITUIÇÃO / ÁREA: CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Vice-Presidência)

DESTINO/LAL: Índia (Cidade de Delhi)

PERÍODO: 09 a 15 de maio de 2016 (incluídos os dias de viagem)

MOTIVO DA VIAGEM: Representação institucional no International Workshop on Extended Producer Responsibility in India.

1. Objetivo da viagem

A viagem teve como principal objetivo representar o Governo do Estado de São Paulo, e mais

objetivamente a CETESB no “International Workshop on Extended Producer Responsibility (EPR) in India:

Opportunities, Challenges and Lessons from International Experience”, co-organizado pelas seguintes

instituições: Ministério Indiano de Ambiente, Florestas e Mudanças Climáticas (MoEFCC); Organização

para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD); Comitê Central de Controle da Poluição

Indiano (CPCB); e Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). O evento teve como objetivos

avaliar as oportunidades e desafios na implementação do EPR na Índia; compartilhar a experiência da

OECD e dos países participantes no desenho e na implementação das políticas de EPR; e desenvolver

recomendações de políticas por meio de um processo consultivo entre os atores.

2. Atividades desenvolvidas

As atividades da viagem foram realizadas conforme o seguinte cronograma:

Segunda-Feira, 09 de maio

01h25) Embarque em São Paulo (Aeroporto Guarulhos);

22h55) Chegada ao aeroporto de Dubai;

Terça-Feira, 10 de maio

04h35) Embarque em Dubai;

09h25) Chegada a Delhi;

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Quarta-feira, 11 de maio

09h00) Reunião prévia com a equipe da OECD

A primeira atividade da viagem consistiu em reunir-se com a equipe da OECD (Sr. Peter Börkey e Sr.

Shunta Yamaguchi), instituição que apoia a realização do evento e que realizou o convite. A reunião teve

lugar no próprio hotel, e discutiu-se a pauta a ser tratada ao longo do dia.

10h30) Reunião no Ministério Indiano de Ambiente, Florestas e Mudanças Climáticas (MoEF&CC)

Realizou-se então uma reunião entre a OECD, a GIZ, o CPCB e o MoEFCC, com o intuito de fazer as

apresentações entre os participantes e discutir aspetos técnicos e operacionais do Workshop. A Figura 01

abaixo apresenta a fachada do edifício.

Figura 01: Sede do Ministério de Meio Ambiente, Florestas e Mudanças Climáticas da Índia (MoEFCC)

O representante do MoEFCC iniciou a reunião apresentando a situação do tema na Índia, e descreveu

brevemente a implantação da EPR na Índia. Comentou que em 2000 foi publicada a nova regra geral de

resíduos, seguida de diversas regras para resíduos específicos – no caso da EPR existem duas: plásticos

(embalagens) e eletroeletrônicos, que são o objeto de discussão do Workshop. Para apoiar o processo,

esperam que durante o evento se apresentem práticas bem-sucedidas na “vida real”, que sirvam de

exemplo sem serem receitas demasiadamente prescritivas.

Comentou-se que a EPR já é norma vigente, mas que ainda não está sendo atendida. Um ponto

importante para o MoEFFCC seria entender como se dá a distribuição das responsabilidades dentre os

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níveis de governo, uma vez que a legislação é federal mas existem responsabilidades que são locais,

principalmente dos municípios, como a criação de infraestrutura.

Outro ponto discutido foi a cooperação com a OECD referentes a outros temas, como Economia Circular,

Avaliação de Impacto Ambiental, dentre outras. Esta irá seguir, conforme afirmaram os representantes da

entidade, o que foi bem recebido pelos indianos uma vez que estão revisando outras políticas ambientais,

inclusive para incluir exigências de reuso/ reciclagem de resíduos – antecipando possíveis políticas

ambientais de produto a serem um dia implementadas.

Retomando o assunto do evento, o representante da OECD questionou quais os próximos passos da

EPR. Em resposta afirmou-se que irão publicar regras e diretrizes de “segunda ordem” (para municípios),

e discutir possibilidades de financiamento, aplicando o princípio do poluidor-pagador. Outra preocupação

é manter o diálogo aberto com a indústria, pois acreditam que se as empresas multinacionais forem

convencidas a atuar, o processo estará garantido.

Outro ponto levantado foi a participação do consumidor, considerada fundamental. Os indianos

reforçaram que, ao contrário de muitos países (europeus e mesmo asiáticos, como o Japão), na Índia os

instrumentos financeiros não têm grande chance de sucesso, e talvez a estratégia tenha de focar em

grupos de consumidores chave, formadores de opinião e escolas. Os representantes da GIZ

argumentaram que as pessoas precisam pagar para terem seu lixo retirado, mas a ideia não foi bem

recebida, sendo argumentado que “pagar não é uma opção” no caso indiano. Os representantes da

OECD então sugeriram que a mão-de-obra barata pode facilitar a adoção de iniciativas de recuperação

intensivas neste fator de produção, fomentando ações de eficiência de recursos.

Por fim, passou-se à discussão da parte operacional do evento, sendo repassado o programa, o

cerimonial e demais detalhes administrativos para os dias seguintes.

14h00) Reunião e apresentação em evento fechado na GIZ

Aproveitando a presença de alguns convidados internacionais, a GIZ decidiu organizar uma breve reunião

seguida de uma apresentação aberta a convidados e um debate.

A reunião foi bastante rápida, sendo coordenada pelo responsável do programa de resíduos da entidade,

Uwe Becker, e tratou de discutir genericamente as dificuldades deles em atuar no país. Comentou-se do

manual que a entidade elaborou, de forma a buscar auxiliar na implementação da regra geral de resíduos,

de 2000, mas que qualquer iniciativa esbarra em problemas já esperados: ausência (muitas vezes total)

de infraestrutura urbana, e especialmente de gerenciamento de resíduos; falta de instrumentos para

financiamento do gerenciamento de resíduos (maioria da população sequer paga IPTU); e dificuldades

culturais nos burocráticos órgãos públicos. Foi também comentada a experiência prévia da CETESB com

a GIZ, comentando-se que eventualmente poderíamos colaborar a alguma iniciativa na Índia.

Em seguida passou-se à realização de um pequeno evento fechado a convidados da GIZ, com a

audiência basicamente composta de participantes indianos dos projetos da entidade e funcionários da

própria agência.

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A abertura do evento foi realizada por Uwe Becker, que é também responsável pelo projeto de “resource

efficiency”, e tratou brevemente de descrever a iniciativa. A mesma teve como focos iniciais a logística

reversa de veículos e o gerenciamento dos resíduos de construção e demolição. Foram desenvolvidos

estudos de fluxo (“flow analysis”) para estabelecimento de baseline, seguidos da criação de “painéis

nacionais” de especialistas, com encontros regulares para estabelecimento das estratégias e planos de

ação, com a realização de pilotos ao final.

Em seguida procedeu-se à minha apresentação (slides no Anexo 03), e à apresentação de Marco Buletti,

Chefe da Divisão de Resíduos do Escritório Federal de Ambiente da Suíça (FOEN).

Marco relacionou a legislação existente, com foco em apenas dois documentos centrais (“laws”), muitos

“ordinances” e muitíssimos “guidelines”. Apresentou também a evolução histórica do tema, relatando que

a situação na década de 1950 era bastante complicada, e após 30 anos de esforços conseguiram

melhorá-la. Quanto à responsabilidade estendida do produtor (EPR), comentou que é apenas um

instrumento, sendo necessário que exista um sistema ao redor que garanta sua eficácia e aplicabilidade.

Para tanto, ressaltou, a cooperação entre os atores é fundamental – o que faz com que antes de legislar

sempre busquem aprofundar o diálogo.

Sobre o sistema suíço, ressaltou que a coleta porta-a-porta é feita em três frações: papel, “verdes” e

resíduos, e os recicláveis precisam ser levados até um ponto de coleta centralizado. Uma parte

importante é executada pelo setor informal, que no caso é composto pelas próprias pessoas, lembrando

que ele quando criança ganhava trocados levando jornais velhos.

Um marco regulatório importante diz respeito à proibição de aterrar o que pode ser reciclado, mas ainda

assim cerca de 50% do plástico que é separado ainda é aterrado. Todas as plantas de incineração são

municipais. Afirmou que a reciclagem só aumentou quando introduziram a taxa de lixo, e criticou o

sistema alemã, que usa sacos coloridos, por ser o mais caro da Europa – mas que foi criado em um

momento de inovação do conceito. Disse haver também uma categoria de “outros resíduos sob controle”,

onde entram os eletroeletrônicos (geram cerca de 16 kg/ hab.ano) e outros resíduos especiais. Para

muitos destes o consumidor paga uma “advanced fee”, e por conta disso cobra os resultados de coleta e

gestão. Comentou que no caso dele a somatória das taxas gira em torno de 8 francos suíços ao ano, o

equivalente a dois cafés, e que muito mais cara é a remediação de uma área contaminada (mais de um

bilhão de dólares em alguns casos). Lembrou que mesmo na Suíça o sistema de gerenciamento de

resíduos é alvo de fraudes, e para coibi-las contam com apoio de outras áreas do governo, especializadas

em investigações deste tipo. Por fim, destacou que não se deve ter meta para aquilo que não se

consegue controlar – e mesmo sem metas conseguem coletar algo entre 80 e 90%.

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Quinta-feira, 12 de maio

OBS: as apresentações marcadas com “*” constam do CD no Anexo V

O Workshop foi realizado nas dependências do Indian Hbitat Centre, apresentado na Figura 01 abaixo.

Figura 02: Indian Habitat Centre

10h00) Abertura do Workshop

Com algum atraso o Workshop foi aberto pelas autoridades presentes. O primeiro a falar foi Peter Börkey

(OECD), que lembrou os objetivos do encontro e convidou os demais a comporem a mesa. Destacou

ainda que o formato seria apresentar, para cada módulo, uma palestra (20 minutos) e alguns

“debatedores” (10 minutos cada).

Deu-se então a cerimônia de abertura, com as seguintes falas:

· M.M. Kutty (MoEFFCC): fez os agradecimentos e destacou o conceito de EPR, usando a

concepção da própria OECD. Afirmou que a Índia está ajustando suas políticas de resíduos em

conjunto com a busca de outros objetivos de política pública, tais como a erradicação da pobreza,

a proteção à saúde, dentre outros. Destacou que o MoEFCC publicou as novas regras em 2000,

e mais recentemente as diretrizes de EPR, que considera uma parte fundamental da política –

elaborada tendo como base as recomendações da OECD. Em seguida da fala de abertura foi

acendida uma vela ritual de sete chamas, dando o workshop como oficialmente aberto;

· Shardul Agrawala (OECD): tendo atuado desde 1994 com o tema da EPR, começou se referindo

ao trabalho da OECD publicado em 2011 e usado por muitos como marco referencial da EPR.

Destacou que o mesmo está em etapa final de revisão, a partir de uma demanda criada durante

uma conferência em Tóquio realizada em 2014. A necessidade de atualização se dá por terem

registrado atualmente mais de 400 programas de EPR no mundo, muitos em países em

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desenvolvimento com forte presença do setor informal. Ressaltou que as empresas

multinacionais são chave no sucesso da implantação dos sistemas nestes casos, e que a OECD

está também a disposição para ações de cooperação;

· Cesare Onestini (Comissão Européia): Agradeceu os organizadores e afirmou que o guideline da

OECD é também uma referência para os negócios, que devem se preparar e atender a legislação

de diversos locais. Comentou também que atualmente a Comissão Europeia está focada em

publicar o “Circular Economy Pack”, que deve em breve ir para o Parlamento, buscando acelerar

a transição para modelos mais circulares da economia como parte dos esforços da região na

busca de objetivos de desenvolvimento sustentável. Quanto à EPR, acredita que traz obrigações

operacionais e financeiras às empresas, desde o projeto do produto até os estágios de disposição

dos resíduos. Por fim, lembrou que a Índia tem longa tradição na sustentabilidade, sendo

inclusive um dos compromissos que o atual primeiro ministro assumiu recentemente em Bruxelas;

· Frank Samol (GIZ): responsável pelo escritório da GIZ na Índia, falou encorajando futuras

cooperações, elogiando o compromisso do país em aprimorar sua legislação de resíduos. Afirmou

que a EPR pode apoiar a transição para o uso mais sustentável dos recursos naturais,

principalmente pois ainda há grandes desafios para a redução da geração. Por fim, destacou que

apoiaram a criação do “Indian Resource Pannel”, que irá fazer agora a análise da política de

resíduos;

· A. N. Jah (MoEFCC): agradeceu aos organizadores e destacou a relação da EPR com a

sustentabilidade, ressaltando que a falta de educação ambiental e a ausência de infraestrutura

são enormes barreiras a serem superadas;

· Bishwanath Sinha (MoEFCC): começou dizendo eu era muito cedo para agradecer, e preferia

dizer isso no encerramento. Reforçou a necessidade de se criar meios e controlar os fluxos de

materiais, usando a abordagem do “resource management”, e que a EPR seria um instrumento

para assegurar o retorno dos materiais ao sistema, sendo que o grande desafio estaria no setor

informal, que precisaria ser integrado.

A Figura 03 a seguir apresenta a cerimônia de abertura do Workshop.

Figura 03: Cerimônia de abertura do Workshop

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11h00) Sessão 1: EPR – Setting the Scene

· Palestra Shruti Raj Bhardwaj* (MoEFCC): Apresentou alguns conceitos introdutórios ao tema e os

principais pontos da EPR na Índia, começando com as definições da lei, e algumas estatísticas de

geração de resíduos do país. Focou então nos resíduos de equipamentos eletroeletrônicos

(REEE), cujas regras de EPR foram publicadas em 2011, e sua regulamentação (em discussão

durante 2016). Nestas, lembrou, existe uma exceção para as pequenas e médias empresas, o

que ajuda bastante. Os desafios, porém, ainda são muitos, principalmente: integrar os diversos

órgãos estaduais; assegurar o financiamento dos sistemas; as vezes pequenas empresas (fora

da linha de corte) exercem grandes impactos; operacionalizar o licenciamento ambiental dos

centros de coleta/ concentração; definição de regras para vários stakeholders; falta de ação

coercitiva contra os ilegais; e a ausência de campanhas de divulgação junto à população. Em

2016 fizeram uma revisão da lei, prevendo novos instrumentos, como: abordagem voltada a

metas, dando flexibilidade em como atingi-las; unificar as autorizações pelo país; permitir diversos

tipos de operação (com gerenciadora, via depósito reembolsável, bolsa de resíduos, etc), dentre

outros. Nas questões foi perguntado como ficariam os REEE dos órgãos públicos, ao que foi

respondido que estão incluindo a coleta e destinação a entidades autorizadas já na licitação;

· Palestra Peter Börkey* (OECD): comentou o projeto de revisão do guia de EPR publicado em

2011, cujas novidades são basicamente na ampliação dos estudos de caso (40 sistemas), na

revisão de algumas recomendações, e na inclusão de um capítulo sobre economias em

desenvolvimento. Comentou que hoje mapeiam mais de 400 programas pelo mundo, que em

geral obtiveram sucesso em reduzir o aterramento, aumentar a reciclagem, reduzir gastos

públicos e criar oportunidades de negócios, mas que infelizmente até o momento não foram

capazes de influenciar o projeto dos produtos e embalagens, em sua maioria. Destacou que

quanto à governança o modelo com gerenciadora única pode ser o melhor no começo, facilitando

a negociação e o acompanhamento, mas que o modelo com múltiplas gerenciadoras é mais

barato para quem paga. Por outro lado, mencionou que em sistemas operados por governos,

como é o caso na China e em alguns locais dos USA, ocorre uma perda de capacidade

organizadora da parte das empresas, que são meramente taxadas pelo poder público.

Independente do formato, defendeu, sempre há forte necessidade de participação dos governos,

principalmente no enforcement contra os free-riders. Por fim, disse que o setor informal não pode

ser ignorado, e deve-se sempre buscar o registro de catadores, para que estes possam ser

formalizados como parte do sistema, capacitados e ter seu trabalho profissionalizado;

· Palestra Thimbault Devanlay (EU in Índia): defendeu que a EPR é importante como parte de algo

maior, no caso da EU o pacote de Economia Circular. Sugeriu, porém, cuidado ao desenhar as

políticas para evitar gastos desnecessários, conforme sugere um estudo encomendado pela EU

em 2014. Atualmente estão propondo novas diretrizes para o tema, alavancando a negociação a

partir da experiência aprendida. Os principais pontos são: começar por uma boa definição das

responsabilidades a partir do diálogo; informar e envolver os consumidores; criar critérios

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mínimos de transparência para as gerenciadoras; incluir todos os custos e receitas (como a

venda de materiais da reciclagem) nos balanços financeiros do sistema; estabelecer para taxas

de contribuição aos sistemas que reflitam o custo de fim de vida; e harmonizar os requisitos de

relatório e de fiscalização/ penalidades;

· Palestra Ellen Gunsilius* (GIZ): apresentou uma visão sobre o desafio da EPR para países em

desenvolvimento, principalmente: falta de um sistema de financiamento estável para a gestão de

RSU, bem como um sistema de taxas/ tarifas de EPR; ausência ou insuficiência de infraestrutura

e de capacidade técnica e administrativa no poder público local; forte presença do setor informal,

muitas vezes ilegal; preferência dos governos por taxas e criação de fundos; definição dúbia de

quem é o “produtor”; e baixa capacidade operacional dos recicladores licenciados. Apresentou

então os principais pontos da cooperação alemã, como foco nas ações de EPR nos países onde

têm atuado, a saber: implementação de um sistema de taxas (Tunísia e Argélia); revisão de

legislação (Chile); proposição de um sistema de financiamento (Gana e Colômbia); e apoio para

estruturação de propostas de EPR (Egito). Finalizou se colocando à disposição para discutir

novas oportunidades dentro do projeto global da entidade;

· Palestra Anwar Shirpurwala (MAIT – Associação dos Fabricantes de Tecnologia da Informação):

destacou que a Índia é um grande importador de equipamentos eletroeletrônicos, com a gestão

dos resíduos atualmente nas mãos do setor informal. Dentre os obstáculos para se

operacionalizar um sistema de EPR citou: a dificuldade em prever quando o produto vira resíduo;

a falta de reastreabilidade dos mesmos; a falta de definição sobre a propriedade dos produtos/

resíduos, dificultando a coleta; a incerteza sobre a disposição do consumidor em devolver, dentre

outras. Mencionou que estão trabalhando em um critério para take-back a ser inserido nas

compras públicas, e sugeriu que a indústria deve criar sua gerenciadora;

· Palestra Ravi Agarwal* (Toxic Link, ONG ligada à gestão de substâncias tóxicas): usando um tom

bastante enfático, defendeu que a EPR é imperativa, devendo ser uma estratégia de negócio, e

não uma ação de “responsabilidade social corporativa”. Por se tratar de uma política ambiental de

produto, a EPR traz novos desafios, mas também benefícios – como o apoio para formalizar o

setor informal de resíduos, que compõe a maioria das empresas do setor na Índia. Segundo ele

as questões chave estão: na mudança dos projetos de produto, na adequação das práticas

ambientais, e na gestão das responsabilidades de cada ator, seja esta financeira, física ou

informacional. Como determinantes principais do processo foram destacados: o estabelecimento

de metas, a definição clara das responsabilidades, os mecanismos de monitoramento e auditoria,

o gerenciamento financeiro, e a aceitabilidade do consumidor e produtores (estes últimos ainda

relutantes, sic). Lembrou que na Índia a EPR já existe para baterias automotivas (desde 2000),

plásticos (desde 2011), REEE (desde 2011), lâmpadas (2011) e agora (2016) para embalagens.

Porém ainda são falhos os sistemas, principalmente por: ausência de um processo completo e

organizado de implementação da política pública, pela divisão entre coleta e reciclagem, e

crescente setor informal com práticas inadequadas. Destacou ainda que já fizeram dois estudos

sobre REEE, com péssimos resultados – os programas existentes são poucos e pontuais. Por fim

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ressaltou o papel imperativo do setor informal, e afirmou que o sucesso da EPR é inversamente

proporcional ao tamanho do setor informal;

13h00) Almoço

14h00) Sessão 2 (parte 1): EPR for better e-waste management

· Abertura: Peter Börkey (OECD) e Ajay Tyagi (ex-MoEFCC) abriram a sessão apresentando a

situação da EPR dos REEE na Índia, e mencionando que mais do que se limitar a este assunto

seria uma oportunidade de se discutir a inclusão do setor informal nas estratégias, para o que

contavam principalmente com a presença do representante brasileiro - cuja situação se aproxima

da indiana mais do que nos casos europeus;

· Palestra Sandip Chatterjee* (Departamento de eletrônicos e Tecnologia da Informação, Gov.

Índia): informou que atualmente 90-95% da EPR de REEE na Índia está nas mãos do setor

informal, que quase exclusivamente trabalha de forma inadequada. Além dos problemas

ambientais estas práticas levam a índices muito baixos de recuperação dos materiais (de 10 a

20% no máximo), o que também significa um enorme desperdício econômico. Mencionou que

atualmente existem basicamente duas rotas de recuperação: moagem (shreading) e fusão

(smelting), apontando algumas características de cada opção. Descreveu algumas iniciativas

existentes, como o desenvolvimento de uma planta piloto com diferentes tecnologias em teste, e

um programa de aumento da conscientização de diferentes stakeholders. Ressaltou então a

importância do setor informal, apontando seus “pontos fortes”, tais como a enorme quantidade de

pessoas envolvidas, sua dispersão e diversidade de canais de coleta; mas relacionou em seguida

os obstáculos, tais como: as práticas inadequadas, os potenciais impactos ambientais e à saúde

e à segurança, a dificuldade de integração como setor formal, o uso de trabalho infantil, dentre

outros. Lembrou que a política ambiental indiana (de 2006) exige a integração do setor informal, e

como proposta sugeriu a negociação de pactos para inclusão do setor informal nas cadeias de

reciclagem formais existentes e a serem criadas, de forma a que estes sejam oficializados como

rota principal de coleta dos REEE – fornecendo treinamento e equipamentos adequados, bem

como estabelecendo regras de remuneração e modelos de aquisição do material;

· Palestra Flávio Ribeiro* (CETESB): após apresentar um panorama da política nacional e estadual

de resíduos, descreve-se o que é considerado como “catadores” no contexto brasileiro –

separados em atividades como catadores de fato (em lixões), carrinheiros (na rua), e separadores

(nas cooperativas). Foram apresentadas informações gerais de quantidades e atividades

desenvolvidas pelos catadores e sua importância na gestão de resíduos urbanos, bem como sua

inclusão nas negociações do acordo setorial de embalagens em geral. Apresentou-se então dois

casos do Estado de São Paulo, referentes ao Programa Dê a Mão para o Futuro (acompanhado

pela CETESB por meio de Termo de Compromisso), e ao município de Ourinhos (que contrata

catadores pela autarquia municipal). Passou-se então ao tema dos REEE, comentando que a

CETESB exige licenciamento ambiental dos desmontadores, e apresentando o caso da

COOPERMITI, cooperativa de catadores especializada em REEE. Ao final foram relacionadas

algumas lições aprendidas, principalmente sobre: a importância do setor informal (que deve ser

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formalizado); o financiamento da EPR (que não pode vir só da venda do material); e a

necessidade de preparar as cooperativas que eventualmente queiram atuar com REEE. A Figura

04 abaixo ilustra a apresentação da CETESB durante o Workshop.

Figura 04: Apresentação da CETESB no Workshop.

· Comentário dos debatedores:

o Rachna Arora (GIZ): apresentou um conjunto de cinco estudos de caso em cidades indianas,

onde a GIZ atuou encontrando diferentes realidades. Comentou brevemente cada uma,

comentando a importância do apoio das organizações (em geral ONGs) aos membros do setor

informal, e que estes têm sempre um papel muito importante também em orientar a população;

o Shunta Yamaguchi (OECD): fez uma rápida fala sobre a inclusão do setor informal na revisão

do guideline de EPR da OECD. Um primeiro ponto percebido foi a necessidade de estabelecer

quem é exatamente este informal, uma vez que o termo pode referir-se a um amplo conjunto

de situações – mais ou menos irregulares. De qualquer forma, uma primeira recomendação é

que estes devem seguir práticas operacionais adequadas, principalmente do ponto de vista de

saúde, segurança e meio ambiente. Como estudos de caso, mencionou que acompanharam

experiências na Indonésia e na Colômbia, que sempre iniciaram com pilotos locais, partindo

em seguida para a ampliação a escopos maiores. Por fim, reiterou a importância das ONGs,

que em geral são as primeiras instituições a chegar e apoiar a organização destas iniciativas;

o Radhika Kalia (Associação dos Fabricantes de Equipamentos Eletrônicos): questionou as

formas propostas de estruturação dos sistemas de EPR, principalmente sobre a forma de

coleta – se seria um sistema de take-in (recolhendo o resíduo na residência) ou drop-off (no

qual se levaria o resíduo a um ponto de coleta). Em seguida questionou, de forma retórica,

como seria o estabelecimento dos custos, e como estes seriam cobertos, bem como qual seria

a participação do consumidor – se este realmente se proporia a devolver os REEE, e

principalmente como seria possível estabelecer metas sem qualquer garantia desta devolução.

Ao final, destacou a dificuldade de aplicação de regras de forma homogênea, dada a

informalidade no mercado de venda dos produtos também, afirmando que seria muito difícil

assegurar uma competição justa no mercado;

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o Vinod Babu (CPCB): destacou que a EPR tem sido um novo desafio para a agência ambiental,

que tem tido seu papel aumentado de forma crescente nos últimos anos. Sobre o setor de

REEE lembrou que no país existem 23 plantas de reciclagem, mas sua distribuição não é

homogênea, dificultando a estruturação e sistemas de logística em algumas regiões manos

desenvolvidas. Mencionou que atualmente estimam uma capacidade de coleta de 500 mil

t/ano de REEE, com forte competição entre as empresas formais e o setor informal, muito

disperso. Sobre a periculosidade dos REEE destacou que cerca de 90% em peso de um

computador é de materiais totalmente seguros, e apenas 10%, no máximo, traria alguma

periculosidade. Quanto às metas, defendeu uma definição cuidadosa, não apenas para metas

de coleta, mas principalmente para as metas de recuperação, de modo a assegurar que a

valorização dos resíduos seja não apenas a maior, mas a melhor possível – evitando o

emprego de tecnologias ultrapassadas de baixo índice de recuperação e grande desperdício.

Concluiu dizendo que estão por finalizar um guideline para EPR de REEE, no qual constará a

necessidade de elaboração de um “plano de logística reversa” para os produtos.

16h) Café

16h45) Sessão 2 (parte 2): Target setting and financing in the context of EPR

· Yasuhiko Hotta* (IGES- Inst. Global Env. Strategies): Apresentou os resultados de um estudo

realizado em 12 países asiáticos, incluindo Índia, sobre a situação da EPR. No geral, o Japão e a

Coréia do Sul lideram a implementação da EPR na região, com outros países em estágio

intermediário (China, Malásia e Indonésia, p.e.), e outros ainda nem começaram (Bangladesh e

Camboja, p.e.). Dentre os principais desafios da região, listou: a interpretação do conceito em si,

a dificuldade de definir que é o produtor, a dificuldade de criar sistemas de take-back pelas

distâncias entre países, a competição com o setor informal, a ausência de infraestrutura em

muitos locais e aumento da oferta de recicláveis (levando à exportação). Apresentou em seguida

dados do sistema japonês de EPR de REEE, que tem como base o pagamento pelo consumidor

no ato da entrega do equipamento ao ponto de coleta, destacando uma série de lições em

relação à: identificação e colaboração dos partícipes (papel primordial das associações de

fabricantes, p.e.); otimização do take-back (uso de frete de retorno, p.e.); desenvolvimento de

infraestrutura (financiamento e fomento a recicladores em polos- Ecotowns, p.e.); e combate ao

comércio ilegal. Ao final comparou brevemente os sistemas do Japão, Coréia do Sul, Taiwan e

China, reforçando que em geral os países mais desenvolvidos introduzem a EPR como forma de

melhoria dos fluxos financeiros (trocar financiamento dos municípios por financiamento pelas

empresas), enquanto os países em desenvolvimento usualmente aplicam a EPR para assegurar

o correto descarte e destinação dos resíduos;

· Ashish Chaturvedi* (Adelphi, consultoria): afirmou que cada etapa da logística reversa necessita

de financiamento, que pode vir das receitas do próprio sistema (venda o material), ou pode

precisar e algum instrumento econômico – como a EPR. Defendeu que o uso de instrumentos

econômicos junto à regulação direta amplia a efetividade dessa, principalmente em questões

como os resíduos pós-consumo onde há necessidade de influenciar comportamentos. Os

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investimentos, porém, necessitam de enforcement para serem assegurados – dentro de um

arcabouço de metas bem definido, de forma a verificar onde os produtores estão investindo

menos do que deveriam. A experiência indiana até o momento, relatou, fortalece este argumento,

pois sem metas os investimentos não ocorreram como esperado. Neste caso específico,

argumentou, a melhor opção seria um sistema de depósitos reembolsáveis (DRS), no qual existe

um claro incentivo econômico para o consumidor (ou mesmo o sistema informal) devolver os

resíduos ao setor formal estabelecido pelos produtores. Deu exemplos de valores obtidos pelo

setor informal muito superiores aqueles do setor formal, lembrando que se há opções de reparo/

reuso mais baratas que o valor do depósito isso significa que ainda há espaço para revalorizar

antes de reciclar e, portanto, o sistema de EPR nem precisaria operar neste momento. Mas,

esgotadas as possibilidades neste ínterim, o sistema poderia canalizar a coleta por meio de locais

que pagariam ligeiramente a mais do que o valor do material em um sucateiro. Como conclusão,

destacou pontos fundamentais a serem observados em qualquer sistema de financiamento, tais

como: atender requisitos de cobertura dos custos, e não maximização dos lucros; visibilidade dos

valores, tanto para produtores como para o consumidor; transparência, submetendo as contas a

auditorias e publicidade das informações; e governança multi-stakeholder, na qual todos os

envolvidos pudessem estar representados. Ao final da apresentação, Shardul Agrawala (OECD)

comentou que um dos problemas com a implementação da EPR em muitos locais é que se tenta

resolver múltiplos problemas com um único instrumento;

· Comentário dos debatedores:

o Anand Kumar (CPCB): fez uma breve intervenção sobre o desafio de definir quando se dá o

final da vida útil de um produto, o que deve ser parte das regras que estão preparando para o

guideline. Outro comentário importante foi em referência à verificação das informações, que

deverão ser aportadas em um sistema eletrônico auto-declaratório auditado pelo CPCB, que

irá cruzar informações dos produtores com informações dos recicladores;

o Pranshu Singhal (ICA – Indian Cellular Assoc.): defendeu que o ponto mais importante da

discussão é o mecanismo de enforcement, que deve ser rigoroso para tornar o sistema efetivo.

Levantou o problema que sempre se cobram as mesmas empresas, que são aquelas que

fazem alguma coisa e se apresentam aos órgãos ambientais, enquanto aqueles que nada

fazem estariam “ocultos” e seriam beneficiados pela falta de fiscalização (free-riders).

Questionou o que se fará uma vez que a lei é para todos, mas só alguns cumprem, o que

estaria relacionado à limitada capacidade do órgão ambiental em fiscalizar e punir, mas

também em processar as solicitações de autorização das empresas. Outro ponto levantado diz

respeito ao atendimento das metas impostas pelo governo, que em muitos casos não

conseguem ser atingidas pois o setor informal desvia parte significativa dos resíduos – como

responsabilizar produtores se ao irem coletar o resíduo não está mais lá?

o Priti Mahesh (Toxic Link, ONG): dirigiu suas colocações à ineficiência da fiscalização pelo

órgão ambiental, argumentando que todos sabem quem cumpre a lei ou não, e nada é feito.

Corrigir esta distorção seria o primeiro passo para elevar o nível das discussões. Outro ponto

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diria respeito à capacidade da EPR influenciar o comportamento das empresas no projeto dos

produtos (ecodesign), eliminando substâncias tóxicas de seus produtos, estimulando o reuso e

a reparação, e criando meios de estimular estas estratégias. Ao final, mencionou também a

necessidade de ampliação da densidade de pontos de coleta, aumentando a cobertura

geográfica dos sistemas já existentes. Comentou-se ao final da apresentação que também

poderiam ser criadas “listas de adimplentes”, que seriam empresas elegíveis em licitações de

compras públicas, como forma adicional de estimular o cumprimento legal;

18h30) Encerramento do dia: Peter Börkey fez o fechamento do dia por meio de uma lista de tópicos

abordados durante as discussões, principalmente:

· Não se pode ignorar o setor informal, mas este precisa ser oficializado e regularizado. Uma

alternativa para isso seria a realização de pilotos para testar os modelos, mas com os desafios de

posteriormente difundir e ampliar a escala da iniciativa;

· Uma alternativa bastante poderosa neste sentido seria a condução de experiências regionais, em

locais (estado, p.e.) onde as condições sejam mais favoráveis, para posteriormente replicar a

experiência em outros locais, mais desafiadores;

· Dificilmente se conseguirá atender a múltiplos objetivos com apenas um instrumento (como

inclusão social e baixo custo do sistema, p.e.). Deve-se combinar a EPR com outras estratégias

para que objetivos sociais, ambientais e econômicos possam ser perseguidos conjuntamente;

· Um alto nível de enforcement pelos órgãos ambientais é chave no sucesso da EPR;

· O combate aos free-riders é outro ponto fundamental, pois estes prejudicam a credibilidade e a

sustentação financeira de qualquer sistema ou modelo;

· O consumidor sempre pagará pela gestão os resíduos pós-consumo, seja como taxa, tarifa, preço

ou depósito. A escolha por cada uma destas alternativas depende do contexto e tem diferentes

implicações e consequências; e

· As metas a serem definidas precisam ser factíveis, possíveis de serem fiscalizadas (enforceables)

e visíveis a todos os atores. Podem ser graduais e dinâmicas, inclusive evoluindo com as

mudanças tecnológicas e de mercado.

18h40) Encerramento do dia 01 e confraternização

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Sexta-feira, 13 de maio

10h) Sessão 3: EPR for packaging: opportunities and challenges

· Abertura: Peter Börkey (OECD) e Mr. Kutty (MoEFCC) fizeram considerações iniciais sobre os

objetivos e o programa do dia;

· Palestra Prodipto Gosh (TERI – The Energy and Resources Institute): com uma visão bastante

acadêmica de gestão os resíduos, apresentou uma perspectiva estequiométrica da questão. Por

outro lado, argumentou que os arranjos que hoje operam no país são ilegais em grande maioria,

principalmente por operarem de forma informal e com práticas inadequadas, mas estão postos

faz 30 anos. Defendeu a necessidade de formalizá-los e integrá-los à cadeia formais, e

paralelamente adaptar os sistemas às regras internacionais;

· Palestra Marco Bulletti* (FOEN – Federal Office for the Environment, Suíça): apresentou a mesma

palestra que havia realizado na reunião da GIZ, com ênfase nas condições de contorno para

sucesso da EPR. Dentre estas, destacou o fato de checar se há mercado antes de reciclar, além

de aspectos relacionados à predisposição política, ambiente legal (padrões, taxas de aterro e lixo,

distribuição de responsabilidades), e implementação (monitoramento e controle). Relacionou

também algumas sugestões, tais como: não sobrecarregar os regulados com solicitações de

informação que não serão usadas, simplificando os requisitos de reporting; criar sistemas de

cobrança pelo que se joga fora, para auxiliar a negociação de outros instrumentos como a EPR;

ser exaustivo na comunicação junto à população; buscar diferentes formas de se checar a um

mesmo resultado, e testar qual mais efetiva; começar com sistemas voluntários, evoluir para

mandatários, e projetar financiamento em cada situação; focar em dar às pessoas acesso fácil e

informações sobre o sistema, facilitando a cobrança de taxas. Relatou que na Suíça o comércio

sempre hesitou em manter pontos de coleta, mas depois de serem obrigados perceberam que era

uma ótima estratégia comercial, e hoje todos os colocaram dentro de suas lojas (e não mais nos

estacionamentos como era antes). Mencionou que mesmo na Alemanha há contaminação das

lixeiras de reciclado, e que cerca de metade do que é coletado na coleta seletiva é encaminhado

à incineração. Já a Suíça se separam os resíduos em várias frações, muitas das quais não são

coletadas – cada cidadão deve levar a um ecoponto. Concluiu lembrando que é sempre o

consumidor que paga no final, mesmo em casos como o suíço onde os produtores pagam o

sistema, pois isso se reflete nos preços dos produtos;

· Palestra Monika Romenska* (EXPRA – Extended Producer Responsibility Alliance): Começou

relatando a evolução das políticas de EPR na Europa, mencionando a meta de recolher e reciclar

55% das embalagens. Descreveu conceitualmente o funcionamento dos sistemas e quais seriam

os principais stakeholders. Destacou: a importância do enforcement, o papel fundamental das

gerenciadoras (PROs) serem sem fins lucrativos, e a relevância chave de campanhas de

comunicação, de transparência e rastreabilidade dos materiais, e do envolvimento o quanto antes

do setor informal. Mostrou diferentes arranjos existentes hoje no mundo, defendendo que a

escolha do melhor em cada caso é função da situação local, principalmente do grau de

envolvimento dos stakeholders, e em especial das prefeituras. Citou problemas esperados em

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todos os casos, como os free-riders, a definição de preços e valores de contratos e a falta de

interesse em cooperar. Ao final, comentou sobre o caso da Bulgária, onde obteve-se sucesso por

meio de projetos com os municípios;

· Palestra Wilma Rodrigues* (SAAHAS, ONG de apoio a catadores): fez uma apresentação sucinta

sobre o trabalho de sua instituição, criada em 2001 logo em seguida à promulgação das regras de

resíduos em 2000, e que evoluiu para a categoria de “empresa social” em 2013. Relatou que

atualmente processas 20 t/dia de resíduos, convertendo 90% disso em recursos, e que tem a

meta de chega a 331 t/dia em 2020. Mostrou alguns de seus centros de recuperação de resíduos,

onde trabalham com 15 a 18 tipos de materiais, na maior parte das vezes em parceria com

grandes empresas, mas também com coleta municipal. Defendeu que toda a coleta precisa ser

adaptada à lei, no que a EPR pode ajudar;

11h30) Café

12h00) Continuação da sessão 3

· Palestra de Indrani Chandrasekharan* (Univers. Amity): Em uma apresentação rápida e sucinta

argumentou que a EPR é fundamental como parte das estratégias para que as empresas de bens

de consumo mitiguem em parte seus impactos ambientais, na perspectiva de retornar os

materiais ao mercado na forma de novos produtos. Neste contexto apresentou diversas propostas

de aplicação dos materiais reciclável em desenvolvimento na universidade, tais como têxteis

feitos de PET, madeiras plásticas elaboradas com restos de embalagens, uso de restos de

plástico para pavimentação, dentre outras possibilidades;

· Comentários dos debatedores:

o Jeff Fielkow (Tetrapack): descreveu a estratégia da empresa, com foco no ciclo de vida dos

produtos, e que têm colocado muito esforço em aperfeiçoar as possibilidades de recuperação

das embalagens após o final da vida útil dos produtos. Alguns fatores chave que percebe

seriam: a experiência de outros países com o tema; a garantia de infraestrutura; a definição

clara das responsabilidades; garantir o enforcement da lei; e ter a coleta seletiva

implementada. Para isso, defendeu que: as prefeituras precisam garantir a coleta; deve-se

fazer com que todas as embalagens estejam previstas em lei para a logística reversa; e que é

necessário assegurar que a EPR seja compartilhada pelos atores, fazendo pilotos antes de

partir a iniciativas mais amplas;

o Sanjib Bezbaroa (EHS): defendeu a necessidade de criar a separação na fonte na Índia, por

meio da coleta seletiva das prefeituras, de forma a dar viabilidade financeira para a separação

mecânica, que depende de escala;

o N. Muthusezhiyan (CII – Confederation of Indian Industries): foi extremamente sucinto,

referindo-se apenas a um projeto piloto que estão conduzindo com apoio do governo da Suíça,

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com objetivo de criar diretrizes para o gerenciamento de embalagens de plástico, reforçando

que seria muito importante que se criassem obrigações aos municípios, assegurando

infraestrutura para posteriormente implementar a EPR;

o Mani Vajipey (Banyan Nation Recycling): na visão dos recicladores o problema atualmente não

estaria na coleta nem no transporte dos resíduos, mas principalmente nas condições de

marcado dos materiais reciclados – tai como o preço, a dificuldade de entrar em certos nichos

de mercado muito fechados e a baixa qualidade do material encontrado. Segundo o mesmo

não é possível competir com o mercado informal, e estes acabam sendo uma das principais

fontes – mas reconhece que deveriam buscar ou criar outras que fizessem uma segregação

melhor e garantissem materiais de melhor qualidade, o que permitiria aumentar o valor dos

produtos. Disse que para melhoria do sistema é fundamental que as grandes empresas

assumam a condução da EPR, fazendo desta política uma realidade;

13h00) Almoço

14h20) Sessão 4: Opportunities for expanding EPR: End-of-life vehicles

· Palestra Herman Huisman* (Min. Meio Ambiente da Holanda): Descreveu o sistema de EPR de

veículos da Holanda, que substituiu um sistema “semi-ilegal” que operava com mais de 2.500

recicladores informais. Cerca de 200 destes conseguiram se regularizar e hoje operam

oficialmente um sistema que recupera 96% em peso do material (24,1% para reuso; 62,0% para

reciclagem; 9,9% para recuperação energética), de cada um dos 85% dos veículos que são

coletados. Uma gerenciadora (ARN) mantém contratos com 247 desmontadores no país, além de

ter uma recicladora própria, e assim organiza a coleta, a desmontagem, a reciclagem e o

tratamento final dos resíduos. O sistema é financiado por uma taxa (atualmente de €45/ carro),

pago na aquisição do veículo, e como a maioria dos países europeus a Holanda exporta carros

usados em uma taxa 1:3 – ou seja, a taxa é coletada para todos, e financia só a destinação de

um terço, por isso o valor é baixo. Defendeu também que a EPR é apenas um instrumento, que

precisa ser combinado a outros para ser efetivo, tais como taxas de aterro, planos de

gerenciamento e banimentos de aterro. Na Europa, a cobertura de custos dos sistemas pelas

taxas varia, com a tendência de se buscar a cobertura completa. Concluiu afirmando que as

gerenciadoras são fundamentais, e que começaram na Europa apenas com a missão de coletar o

dinheiro das empresas, mas hoje possuem um papel bem mais amplo, no qual se incluem a

comunicação, consolidação de relatórios e auditorias dos contratos;

· Palestra Mita Sharma (CPCB): citou que o primeiro objetivo da Índia em estabelecer um requisito

de EPR para veículos é reduzir as emissões – por isso estão banindo veículos diesel com mais

de 10 anos, segundo estudo feito com apoio da GIZ. Além disso, há um problema crescente de

veículos abandonados em rodovias e terrenos baldios, além da necessidade de liberar espaço em

pátios de apreensão da polícia. Um os desafios que enfrentam é o re-registro dos veículos, e já

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estão caminhando na regulamentação, com guideline setorial e norma técnica do setor

automotivo, de forma a regular o que hoje é realizado basicamente pelo setor informal;

· Palestra Mohan Ram* (SIAM recycling group): defendeu de forma veemente a existência de uma

estrutura forte e ampla de recicladores formais, par ao que faria falta o envolvimento do governo,

principalmente no enforcement da lei. Segundo seu relato na Índia toda só haveria um único

reciclador autorizado e operando devidamente, o que demandaria um esforço inicial de

adequação da estrutura informal existente. Esta adaptação poderia ser apoiada pelo governo com

financiamentos facilitados, além da publicação de padrões e regras claras a serem seguidas. Ao

final, defendeu que não se pode deixar tudo nas mãos dos fabricantes, sendo necessário controle

e comando por parte do governo;

Em seguida às palestras o debate foi conduzido de forma bastante confusa, tendo como

debatedores principais Suneel Pandey (TERI), Praveen Kumar (NATRIP- National Automotive

Testing Project) e Uwe Becker (GIZ). Aparentemente o tema suscita grande debate e opiniões

acaloradas foram expressas, inclusive com acusações de ambas partes (governo e recicladores)

sobre responsabilidades de pendências sobre compromissos assumidos anteriormente. Ao final,

contemporizando, o representante da GIZ apresentou um fechamento da sessão destacando a

importância de formalizar o setor, com base em reconhecer a reciclagem como uma fonte

importante de recursos, e tendo em vista a necessidade de não apenas reduzir a contaminação,

mas também aumentar a eficiência de recuperação dos materiais;

16h30) Sessão de Encerramento

Foi conduzida por M.M. Kutty (MoEFCC), Frank Samol (GIZ) e Shardul Agrawala (OECD), sendo

proferidas mensagens de agradecimento e congratulações pelas discussões realizadas.

Sábado, 14 de maio

· Dia livre;

18h00) saída do Hotel para o aeroporto de Delhi;

21h50) Partida do aeroporto de Delhi;

23h59) Chegada ao aeroporto de Dubai;

Domingo, 15 de maio

08h35) Embarque do aeroporto de Dubai;

16h30) Chegada ao aeroporto de Guarulhos;

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Sede: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – CEP 05459–900 – São Paulo – SP– Tel.: (0xx11) 3133– 3000, Fax: (0xx11) 3133 – 3402 - C.N.P.J. n.° 43.776.491/0001 – 70 – Insc. Est. n.° 109.091.375-118 – Insc. Munic. n.° 8.030.313-7 - Site.: www.cetesb.sp.gov.br

3. Benefícios para a instituição e experiências adquiridas

A implementação da logística reversa tem sido uma das principais iniciativas ambientais do Governo do

Estado nos últimos anos. Muitas ações foram realizadas e diversos resultados já foram alcançados neste

ínterim, com notada evolução em relação às iniciativas semelhantes do governo federal, inclusive.

A oportunidade de conhecer outra realidade de um país em desenvolvimento que passa por situação

similar permitiu em primeiro lugar perceber que os desafios são bastante semelhantes, embora a Índia

tenha uma situação de falta de infraestrutura muito distinta do Estado de São Paulo. Grande parte dos

debates tratou de problemas e questões que usualmente surgem nas reuniões da CETESB com

interlocutores privados sobre o assunto da EPR.

Adicionalmente, é de se reconhecer que a Índia já obteve algum progresso adicional em relação à

regulamentação de determinados aspectos da EPR. Conhecer e avaliar de perto estas experiências

certamente irá colaborar com a melhoria de nossas estratégias e marcos legais, o que pode inclusive ser

aprofundado com base nos contatos realizados durante a viagem.

Por fim, cabe mencionar a importância de representar São Paulo em um fórum de alto nível- ao lado das

experiências da Holanda, Alemanha e Suíça, divulgando o trabalho da equipe da CETESB na

implementação desta importante política pública. Mais do que isso, espera-se que nosso caso, relatado

durante o fórum, sirva para inspirar outras experiências na Índia, em um contexto de cooperação

internacional entre dois países em desenvolvimento, com tantas diferenças, mas com muitos desafios em

comum.

4. Anexos

Estão anexados a este relatório os seguintes documentos:

· Anexo 1: Cópia dos cartões de visita dos contatos realizados durante a visita;

· Anexo 2: Programa Geral do Workshop;

· Anexo 3: Apresentação da CETESB feita na reunião da GIZ;

· Anexo 4: Apresentação da CETESB feita no Workshop; e

· Anexo 5: CD-ROM com cópia das apresentações do Workshop;

São Paulo, 10 de junho de 2016.

Engº. Flávio de Miranda Ribeiro

Assistente Executivo da Vice-Presidência Registro 6534-8

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Sede: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – CEP 05459–900 – São Paulo – SP– Tel.: (0xx11) 3133– 3000, Fax: (0xx11) 3133 – 3402 - C.N.P.J. n.° 43.776.491/0001 – 70 – Insc. Est. n.° 109.091.375-118 – Insc. Munic. n.° 8.030.313-7 - Site.: www.cetesb.sp.gov.br

Anexo 1

Cópia dos cartões de visita dos contatos realizados durante a visita

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Sede: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – CEP 05459–900 – São Paulo – SP– Tel.: (0xx11) 3133– 3000, Fax: (0xx11) 3133 – 3402 - C.N.P.J. n.° 43.776.491/0001 – 70 – Insc. Est. n.° 109.091.375-118 – Insc. Munic. n.° 8.030.313-7 - Site.: www.cetesb.sp.gov.br

Anexo 2

Programa Geral do Workshop

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DRAFT AGENDA

MINISTRY OF ENVIRONMENT, FOREST AND CLIMATE CHANGE – OECD – GIZ

INTERNATIONAL WORKSHOP ON EXTENDED PRODUCER RESPONSIBILITY IN INDIA:

OPPORTUNITIES, CHALLENGES AND LESSONS FROM INTERNATIONAL EXPERIENCE

12th

- 13th

May, 2016

India Habitat Centre, New Delhi, India

Background

OECD currently works on analysing the effectiveness and efficiency of economic instruments that can support

a transition towards sustainable materials management. A focus is on Extended Producer Responsibility

(EPR), an environmental policy that extends the responsibility of producers to the post-consumer stage of

products. In 2001, OECD published a Guidance Manual for Governments on EPR. EPRs are now widely used

and virtually all OECD countries plus a number of emerging market economies apply them to foster material

recovery from waste, including for e-waste, packaging, tyres and end-of-life vehicles.

In 2014-16, OECD is supplementing its Guidance Manual with insights from more recent experience, as well

as a discussion of issues that are specific to developing countries. A Global Forum on EPR was held in June

2014 in Tokyo to share best practices among OECD and non-OECD countries. Further efforts include specific

assistance in the form of a workshop to a few emerging market economies.

India, is currently revising its waste management legislations that sets the framework for extended producer

responsibility of e-waste and is at the same time considering to extend EPR policies to other waste streams

such as packaging and end-of-life vehicles. The Ministry of Environment, Forest and Climate Change

(MoEF&CC) is interested in the experience that other countries, in particular those of the OECD, have gained

through 25 years of using EPR. GIZ, the German international cooperation agency is actively supporting the

Indian Government in its efforts to strengthen waste management policies through the introduction of

extended producer responsibility. These two organisations would be co-organisers of the workshop.

Objectives

The objectives of the workshop are:

· To assess the opportunities and challenges for implementation of EPR in India;

· To share OECD experience on the design and implementation of such schemes in developed and

developing countries with policy makers and stakeholders in India; and

· To develop policy recommendations through a consultative process with the stakeholders.

Co-Organizers

This workshop is co-organised by the Ministry of Environment, Forest and Climate Change (MoEF&CC),

Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), Deutsche Gesellschaft für Internationale

Zusammenarbeit (GIZ) with financial support from the European Union.

Participants

The workshop will be a multi-stakeholder event that brings together experts in the field of extended producer

responsibility from governments (ministries and local governments), NGOs, international organisations, and

the private sector, both from OECD and other countries.

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2

DRAFT AGENDA

MINISTRY OF ENVIRONMENT, FOREST AND CLIMATE CHANGE – OECD – GIZ

WORKSHOP ON EXTENDED PRODUCER RESPONSIBILITY IN INDIA: OPPORTUNITIES,

CHALLENGES AND LESSONS FROM INTERNATIONAL EXPERIENCE

12th

- 13th

May, 2016, India Habitat Centre (New Dehli, India)

Day 1 Thursday 12th

May 2016

9:30 REGISTRATION

10:00

OPENING SESSION

Speakers:

· Shri P. Javadekar, Minister for Environment, Forest and Climate Change,

MoEF&CC (tbc)

· Shri Ashok Lavasa, Secretary for Environment, Forest and Climate Change,

MoEF&CC (tbc)

· Dr. Shardul Agrawala, Head of Environment and Economy Integration Division,

OECD

· Mr. Tomasz Kozlowski, Head of the EU Delegation in India, EU Commission

(tbc)

· Dr. Wolfgang Hannig, Country Director, GIZ India (tbc)

· Mr. Chandrajit Banerjee, Director General, CII (tbc)

10:30

Session 1: EXTENDED PRODUCER RESPONSIBILITY – SETTING THE SCENE

Chair: Shri Shashi Shekhar, Secretary, Ministry of Water Resources, River Development

and Ganga Rejuvenation, MoWRRDGR (Former Special Secretary, MoEF&CC) (tbc)

Objective

The purpose of this session is to provide an overview of key issues that surround the topic

of EPR. The session will identify the need for EPR systems, as well as highlighting some

of the opportunities and challenges of EPR policies, building on experience from across the

globe and from India more specifically. The session will also provide insights from

different stakeholder perspectives, including government, the private sector and civil society.

Speakers (10 min each):

· Extended producer responsibility in India: opportunities, challenges

Dr. Shruti Rai Bhardwaj, Joint Director, MoEF&CC, India

· OECD’s work on EPR - Updated Guidance

Mr. Peter Börkey, OECD

· Extended Producer Responsibility and the Circular Economy in the EU

Mr. Tomasz Kozlowski, Head of the EU Delegation in India, EU Commission

(tbc)

· EPR and development cooperation

Ms. Ellen Gunsilius, GIZ Head Quarters

· EPR from the industry perspective

Mr. Sanjib Bezbaroa, ITC Limited (tbc)

· EPR and the civil society

Dr. Ravi Agarwal, Toxic Link (tbc)

Discussion

Key Issues

· How is EPR used in different policy contexts?

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3

· What key opportunities and challenges countries face when designing and

implementing EPR policies?

11:30 COFFEE

12:00

Session 1 continued

Discussion

13:00 LUNCH

14:00

Session 2: EPR FOR BETTER E-WASTE MANAGEMENT

Chair: Shri Ajay Tyagi, Additional Secretary, Department of Economic Affairs, Ministry

of Finance (tbc)

Part 1: Collection and recycling capacity and the role of the informal sector

Objective

This session will aim to shed light on key issues and lessons in applying EPR schemes in

emerging economies with a particular focus on the informal sector. In many countries there is

a large and sometimes well organised informal sector that provides waste collection and

treatment services. The introduction of an EPR can affect the livelihoods of informal

operators, who in turn can negatively affect the functioning of EPR, but they also present

opportunities, e.g. through the provision of low cost services.

Key note speakers (15 min each):

· International experience on EPR and the informal sector

Dr. Flavio De Miranda Ribeiro, São Paulo State Environmental Agency

(CETESB), Brazil (tbc)

· Dr. Sandip Chatterjee, Director & Scientist 'F', Department of Electronics &

Information Technology (tbc)

Stakeholder roundtable (3- 5 min each):

· Inter-Governmental: Experiences of integration of the informal sector in 5 Indian

Cities, Dr. Rachna Arora GIZ (tbc),

· EPR and the informal sector, Mr. Shunta Yamaguchi, OECD

· State level initiatives on e-waste, Mr. Hardik Shah, Member Secretary, GPCB

· City level insights for better e-waste management and the informal sector

Malati Gadgil, SWaCH – Pune (NGO)

· Producer: Micorsoft/ Lenevo/ HP/ HCL/ WIPRO – any one representatives in

India, Wipro Limited (tbd)

Discussion

Key Issues

· What kind of positive / negative impacts can the informal sector have on EPRs?

· Which roles can the informal sector play in EPR systems?

· How can the informal sector be recognised and fomalised in EPR systems?

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4

Part 2: Target setting and financing in the context of EPRs

Chair: Shri Bishwanath Sinha, Joint Secretary, MoEF&CC (tbc)

Objective

This session will focus on some key aspects of policy design and implementation of EPR

for e-waste. It will provide insights into the effective setting of collection and recovery

targets, as well as into the mechanisms that allow to generate the revenue that is required to

operate EPRs. Producer fees can cover different sets of expenses (e.g. collection, sorting,

treatment, littering, consumer information) and they may or may not cover the full costs of

these cost items or be shared with government. A level playing field and effective

participation of industry is crucial for successful implementation. The importance of

providing the necessary compliance and enforcement measures will also be discussed.

Key note speakers (15 min each):

· International experience to better finace EPR systems

Dr. Yasuhiko Hotta, IGES

· Industry perspective on financing EPR systems

XXX, Digital Europe (tbc)

Stakeholder roundtable (3- 5 min each):

· Government: MoEF&CC, Anand Kumar, Additional Director, Hazardous Waste

Management Division, Central Pollution Control Board (CPCB) (tbc)

· Producer: Micorsoft/ Lenevo/ HP/ HCL/ WIPRO – any one representatives in

India, Wipro Limited (tbd)

· Recycler: Attero Recycling/ E-Parisara (tbc)

· NGO –Ms. Priti Mahesh, Senior Programme Coordinator, Toxics Link

Discussion

Key Issues

· How can EPR systems be better financed?

· What kind of best practices are available from international and local experiences?

· What can be done for active and holistic participation?

· What are the roles of targets and the processes of target setting for effective

implementation of EPRs?

15:30 COFFEE

16:00-

17:30

Session 2 continued

Discussion

17:30-

18:00 KEY THEMES from Day 1

OECD Secretariat

18:30-

20:00 WELCOME RECEPTION

END OF DAY 1

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5

Day 2 Friday, 13th

May 2016

10:00

Session 3: EPR FOR PACKAGING: OPPORTUNITIES AND CHALLENGES

Chair: Dr. M.M. Kutty, Additional Secretary, MoEF&CC or International Speaker (TBD)

Objective

This session will focus on the opportunities and challenges for the implementation of EPR

policies for packaging in India. It will first focus on the currently proposed EPR system on

plastics. It will then draw on international and domestic insights to provide suggestions on

how India could strengthen the currently proposed system.

Key note speakers (10 min each):

· Opportunities and challenges for EPR and packaging in India

Dr. Prodipto Ghosh (Former Secretary, Environment) (tbc)

· International experience for EPR and packaging

Dr. Marco Buletti, Federal Office for the Environment (FOEN), Switzerland

· EPR and packaging, insights from private sector experience

Ms. Monika Romenska, EXPRA

· Domestic efforts in treating packaging waste

Ms. Wilma Rodriguez, SAAHAS (Bangalore)

Stakeholder roundtable (3- 5 min each):

· Government: Shri. E. Thirunavukkarasu, Joint Director & Scientist ‘D’,

MoEF&CC (tbc)

· Producer: packaging – Tetrapak India, Coca cola, CII – SRI project, Uflex India

Limited (tbd)

· Recycler: packaging – Tetrapak India limited, Ganesha Ecosphere (tbd)

Discussion

Key Issues

· What are the key factors for successful design and implementation of EPR?

· What could be done to better design and streamline EPR implementation?

11:30 COFFEE

12:00 Session 3 continued

Discussion

13:00 LUNCH

14:00

Session 4: OPPORTUNITIES FOR EXPANDING EPR: END-OF-LIFE VEHICLES

Chair: Mr. A.K. Mehta, Joint Secretary, MoEF&CC, Chairman, CPCB (tbc)

Objective

This session will discuss the opportunities and challenges of expanding EPR systems to cover

additional waste streams. It will particularly focus on the potential benefits that an EPR

system could bring to the management of end-of-life vehicles in India, drawing on relevant

international and domestic experience.

Key note speakers:

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6

· International experience for expanding EPRs

Mr. Herman Huisman, Ministry of Environment, the Netherlands

· Opportunities and challenges in expanding EPRs in India

Dr. A.B. Akolkar, Member Secretary, CPCB (tbc)

· Roadmap for ELV legislative framework (GIZ India)

GIZ (tbc)

Stakeholder roundtable (3- 5 min each):

· Producer: SIAM, Tata Motors Limited (tbd)

· Recycler: NATRIP, Chennai ELV (tbd)

· NGO: TERI (tbd)

Discussion

Key Issues

· What are the opportunities for expanding EPRs to ELVs?

· What are the key challenges envisaged in expanding to other product groups?

15:30 COFFEE

16:00 Session 4 continued

Discussion

17:00 Closing Session

OECD Secretariat

17:30 End of Workshop

END OF DAY 2

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Sede: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – CEP 05459–900 – São Paulo – SP– Tel.: (0xx11) 3133– 3000, Fax: (0xx11) 3133 – 3402 - C.N.P.J. n.° 43.776.491/0001 – 70 – Insc. Est. n.° 109.091.375-118 – Insc. Munic. n.° 8.030.313-7 - Site.: www.cetesb.sp.gov.br

Anexo 3

Apresentação realizada no evento fechado da GIZ

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10/06/2016

1

Flávio de Miranda RibeiroTechnical Advisor, Vice Presidency

CETESB - Sao Paulo State Environmental Agency

INTERNATIONAL WORKSHOP ON EXTENDED PRODUCER RESPONSIBILITY IN INDIA: OPPORTUNITIES, CHALLENGES AND LESSONS FROM INTERNATIONAL EXPERIENCE

12th - 13th May, 2016 ; India Habitat Centre, New Delhi, India

Sub-national EPR implementation:Sao Paulo State, Brazil, experience

(presentation for GIZ pre-meeting)

Who we are – Sao Paulo State compared to Brazil

• 3% of the area (250,000 km2 - similar to UK)

• 22% of the population (42 million hab.) - 95% urban

• 34% of GDP (~US$ 350 billion/year)

• 42% of industry / 34% of services / 49% agribusiness prod.

• +50% of scientific research (86% of national R&D investment)

622 km of beaches18% native veg. / 13% protected

9 cities over 500,000 hab.36 State Parks - ~7,800 km2

Fleet of 15 MM vehicles

Who we are – São Paulo State Environmental Agency

• Founded in 1968

• Headquarter + 46 regional offices + 7 laboratories

• ~2,500 employees (2,000 with university degree)

• Budget: ~ US$ 100 MM/year

• Operational statistics (2015):

• ~250,000 licensed activities (~420 landfills)

• ~30,000 licenses/ year

• ~12,000 sampling campaigns and 400 thousand analysis/ year

• ~50,000 inspections/ year

• Very successful GIZ partnership on contaminated sites management

• 15-year Project (1993-2008), first effort on the theme in Latin America

• Many products delivered (procedure, equipment, capacity, regional network)

• Diffusion inspired regulations at Brazilian states and Latin American countries

Landfill113,975 t/day

Improper disposal81,258 t/day

São Paulo x Brazilian Municipal Solid Waste (MSW) Management

Generation215,297 ton/day(1.062 kg/ inhab.day)

Collection195,233 ton/ day

“not collected”20,064 ton/ day

41.6% of waste~60% of

municipalities

Landfill36,810 t/day

Improper disposal790 t/day

Collection37,600 ton/ day

“not collected”767 ton/ day

2,1% of waste17 landfills

(of 420)

Generation38,367 ton/day(1.1 kg/ inhab.day)

1,962 municipalities (35.2%) does not

have any separe-te collection programe

154 municipalities (24%) does not

have any separe-te collection programe

BRAZIL

SÃO PAULO STATE

Some additional Brazilian MSW management data

• Federal Constitution (1988):

“it is up to municipalities organize and provide for, directly or by means of concession or

permission, the public services of local interest”- including MSW

• No MSW WtE plants in the country

• 51% of MSW are organic

• Challenges to increase recycling rates:

• Low landfilling cost (~US$ 15 to 20/t)

• No landfill tax, few cases of “waste tax”

• ~US$ 34/hab.year for MSW management

(Mexico US$180/hab.year; Tokyo: US$300/hab.year)

• Waste Pickers are key to separate collection

• part of 51% of the existent initiatives

• most works informally

• impressive rates for some materials

(aluminum cans 98.3%; PET bottles 58.9%)

National Solid Waste Policy (PNRS)

•Enacted in 2010, after more than 30 years of discussion

•First national effort: banish open-air dumping sites

•Establish new principles, roles and responsibilities – including EPR:

• Responsibility is shared (not “producer extended”)

• Legal obligation for many products and packaging

(up to 2010 EPR only for tires, lubricant oil, agrochemical packaging and bateries)

• Implemented through Sectorial Agreement (Federal), Terms of Commitment or regulation

• Federal government started a broad participatory process with stakeholders

(call for proposals; discussion groups; technical and economical feasibility studies; etc)

• Since PNRS enactment, great challenges to implement

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10/06/2016

2

São Paulo State Solid Waste Policy (PERS)

• Enacted in 2006 (inspiration to PNRS)

• Pressure from Attorney General (public prossecutors), NGOs and society in general

• More advanced MSW management compared to other States

• Open-air dumping sites are already banished

• Actual challenge: reduce the need of landfilling (increase recovery)

• 2010: decision to start a sub-national strategy (parallel to federal action)

• Two-tiered EPR strategy:

• Phase 1 (2011-2014): Pilot projects implementation

• Phase 2 (2015- ongoing): Regulation from the Phase 1 experience

EPR at Sao Paulo Solid Waste Policy (PERS)

• Learn from Phase 1 experience to gradually advance regulation

• Re-definition of products and packaging subjected to EPR requirement

•• Requirere EPREPR atat environmentaltal permits

• Specific rules to be defined by CETESB (targets, reporting needs, etc)

• Include retailers at the systems

• Improve other permitting rules to allow/ facilitate EPR implementation

• Phase 1: Resolution SMA n° 38/2011

• New dialog playing field: meetings/ public hearings/ webpage, etc

• Definition of products and packaging subjected to EPR requirement

• Focus on manufacturers

• Ask for proposals to establish Terms of Commitment (one per product/ packaging)

• Results:

• 189 system proposals received (representing ~3,000 industries)

• 13 Terms of Commitment signed (~10 thousand enterprises)

• November 2014: Evaluation – common requests from participants!

• 2015: 2015: ~13,000 collection ion points & ~s & ~350,000 00 tons/year

• Phase 2: Resolution SMA n° 45/2015

EPR at Sao Paulo Solid Waste Policy (PERS)

General challenge: How to enforce a “product” regulation in a sub-national level?

• Use State experience to inspire federal commitments

• Create different financing schemes (visible fee, tax, etc?)

• Define criteria to require EPR at environmental permits

• Cutting criteria, deadlines, forms, penalties dosimetry, etc

• Create new agency procedures to enforce non-participants

(mainly inspecting and sanctioning of free-riders - including importers)

• Develop a TI system to managem information

• Regulate other stakeholders participation (as municipalities and retailers)

• Increase recycling capacities for some products (ex: fluorescent bulbs)

• Reviewing tax and fiscal policies;

• Promote communication, though education and awareness campaigns.

• Actual challenges

Flávio RibeiroTechnical Advisor

CETESB – Sao Paulo State Environmental Agency

[email protected]

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Sede: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – CEP 05459–900 – São Paulo – SP– Tel.: (0xx11) 3133– 3000, Fax: (0xx11) 3133 – 3402 - C.N.P.J. n.° 43.776.491/0001 – 70 – Insc. Est. n.° 109.091.375-118 – Insc. Munic. n.° 8.030.313-7 - Site.: www.cetesb.sp.gov.br

Anexo 4

Apresentação realizada no Workshop

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10/06/2016

1

From informal to providers:

a São Paulo State perspective for

waste pickers at Brazilian Solid Waste Policy

Flávio de Miranda RibeiroTechnical Advisor, Vice Presidency

CETESB - Sao Paulo State Environmental Agency

INTERNATIONAL WORKSHOP ON EXTENDED PRODUCER RESPONSIBILITY IN INDIA: OPPORTUNITIES, CHALLENGES AND LESSONS FROM INTERNATIONAL EXPERIENCE

12th - 13th May, 2016 ; India Habitat Centre, New Delhi, India Brazilian and Sao Paulo Solid Waste Policy

• National Solid Waste Policy (PNRS): enacted in 2010

• Establish new principles, roles and responsibilities – including EPR;

• Responsibility is shared within importers, producers, distributor and retailers;

• Legal obligation for many products and packaging;

• Implemented through Sectorial Agreement (Federal), Terms of Commitment or regulation;

• Since PNRS enactment, great challenges to implement;

• São Paulo State Solid Waste Policy (PERS): enacted in 2006

• 2011: Decision to accelarate EPR implementation - 2 Phases strategy;

• Phase 1 (August 2011- December 2014): Dialog with industry/ “Pilot Projects”

• Results (2015):~13,000 Collection Points / ~350,000 tons/year collected

• Phase 2 (January 2015 – ongoing): EPR as environmental permitting requirement;

Waste Pickers: who they are, what they do

• Waste Picker definition:

“low income person which dedicates to activities of recyclable material collection, sorting, processing, transformation and commercialization”

• Refers to different situations:

People picking things at

open-air dumping sites

People pushing cars collecting

recyclables at street

People working at

recyclables sorting plantPeople picking things at

Should be

banished !

Should be

replaced by vehicles

Should be

formalized

• Work predominantly in urban areas, collecting and sorting material;

• Other possibilities of collection: great generators, retailers, events, etc;

Waste Pickers: who they are, what they do

• There is a labor division within the cooperatives:

COLLECTORS (or pickers) OFFICE ASSOCIATESWith or without fixed collection points

OPERATIONAL WORKERS

SEPARATORS

OPERATIONAL WORKERS

Waste Pickers at Solid Waste Policy

• Estimation of 400 to 500 thousand waste pickers in Brazil;

• Majority works informally – from 1989, organized in cooperatives (1,175 in 2008);

• Very important role at waste economy:

• Responsible for 90% of Brazilian MSW recycling;

• 2013: US$5.5 billion saving in recycling;

• Brazil: the first country to create a policy that is inclusive for waste picker

• PNRS require their inclusion- they are expected to be key elements for packaging EPR;

• Municipalities should promote waste pickers inclusion at their waste plans;

• Private EPR system (specifically packaging) should include waste pickers;

• Nov. 2015: Federal Agreement on Packaging EPR was signed

• Phase 1: 24 months durations – 12 cities;

• support to cooperatives infra-structure and training; collection point at retailers;

• Target to sort and recycle 3,815 t/ day of packaging (20% recovery), until 2018;

• Phase 2: extend the system to other cities, to be defined;

• São Paulo State: negotiating more ambitious models and targets;

Case Study 1: Cooperatives structuring

Dê a Mão pra o Futuro Project

• Iniciative from cosmetic, healthcare and cleaning products industry;

• Model alligned with the Federal EPR Agreement for Packaging;

• Supply equipment, software, trainning, etc;

• Results in Sao Paulo (2012-2015):

– Support to 40 cooperatives in 35 cities;

– Inclusion of 1,400 waste pickers;

– Sorting of ~3,500 t/month (Jan./ 2015);

• Sorting amounts over time:

Iniciative from cosmetic, healthcare and cleaning products industry;

Model alligned with the Federal EPR Agreement for Packaging;

• Supply equipment, software, trainning, etc;

Results in Sao Paulo (2012-2015):

– Support to 40 cooperatives in 35 cities;

– Inclusion of 1,400 waste pickers;

– Sorting of ~3,500 t/month (Jan./ 2015);

Sorting amounts over time:

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10/06/2016

2

• Alternative model – tendency already adopted in some regions

• Municipality hires cooperatives, through a one year service contract, including:

• Waste pickers: door-to-door collection of recyclables, transportation and sorting

• Tracking through a municipal register of waste pickers

• City Council provides infra-structure and support (vehicles, equipment, electricity, etc)

• Payment of US$ 157,15/ t (maximum of 155 t/month)

Ourinhos City (cooperatives contracts with municipalities)

• Results (2015):

• Cooperative (85 person- 74 women) “operated” before at the open-air dumping site

• Improvement of revenue value after pre-treatment- ex: paper, from 0.05 to 0.14 US$/kg

• Average income for waste pickers: US$ 500/ month

Case Study 2: Cooperatives contract WEEE management in Brazil

• Brazil: 5th market for EEE – estimation of 600,000 t/ year of WEEE;

– 30% of new EEE are illegal;

– Culture of “reuse”/ donation- no dedicated structure to collect WEEE;

– High level of informal sector, inadequate environmental practices;

– Some voluntary programs operating;

• Some waste pickers cooperatives started to deal with WEEE:

– As collecting points, sorting WEEE; and conducting pre-treatment (dismantling), eventually.

• CETESB: decided that WEEE dismantling needs environmental permits;

• But most cooperatives are not prepared to deal with WEEE;

– High level of informal sector, inadequate environmental practices;

– Some voluntary programs operating;

• Some waste pickers cooperatives started to deal with WEEE:

– As collecting points, sorting WEEE; and conducting pre-treatment (dismantling), eventually.

COOPERMITI

• Waste picker cooperative dedicated to WEEE management

– “business like” operation;

• Founded in 2008 – contract with SP City Council in 2010;

• Contract with many enterprises (banks, TI companies, retailers, etc);

• Capacity: 100 t/month – operating at 30%;

• Average income of waste pickers: ~US$ 430/ month (2014);

OBS: they do not like to be called “waste pickers” (stigma of “dirty job”)

Case Study 3: WEEE management by Cooperatives Conclusions: lessons and challenges

• Waste pickers are a fundamental actor at Brazilian recycling scheme

– But most works informally - municipality should be a key actor, within a regional framework

(State level regulation can help EPR implementation)

– Need to:

• Assume social inclusion as an Public Policy objective

• Promote an effort to organization and regularization/ register in cooperatives

• The intrinsic value of material are not enough to promote social inclusion

– Social inclusion is a separate objective than increase recycling (but they can cooperate)

– Need to:

• Discuss and implement EPR financing

• Facilitate the direct sales to industry, avoiding intermediaries

(scrap yards, generally illegal, actually buys 54% of recycled material)

• Most cooperatives does not have sufficient conditions to deal with WEEE

– Environmental permit is indispensable for dismantling (and afterwards);

– Need to:

• Training, equipment, technical support, etc;

• Care with price volatility! (shortly shredding will be more profitable than dismantling);

Waste pickers need to be part of the systems, but officially and supported

Flávio RibeiroTechnical Advisor

CETESB – Sao Paulo State Environmental Agency

[email protected]

Brazilian Municipal Solid Waste (MSW) Management

• Federal Constitution (1988): “it is up to municipalities organize and provide for, directly or

by means of concession or permission, the public services of local interest”- including MSW;

Generation215,297 ton/day(1.062 kg/ inhab.day)

Collection195,233 ton/ day

“not collected”20,064 ton/ day- ~20%

Landfill113,975 t/day (58.4%)

Improper disposal81,258 t/day (41.6%)~60% of municipalities

• Low MSW recycling rates:

•1,962 municipalities (35.2%) does not have any programe;

• But impressive rates for some materials (aluminum cans 98.3%; PET bottles 58.9%);

• Up to 2010 EPR only for tires, lubricant oil, agrochemical packaging and bateries;

•Waste Pickers take part of 51% of the existent municipal initiatives;

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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Sede: Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 – CEP 05459–900 – São Paulo – SP– Tel.: (0xx11) 3133– 3000, Fax: (0xx11) 3133 – 3402 - C.N.P.J. n.° 43.776.491/0001 – 70 – Insc. Est. n.° 109.091.375-118 – Insc. Munic. n.° 8.030.313-7 - Site.: www.cetesb.sp.gov.br

Anexo 5

CD-ROM com cópia das apresentações do Workshop