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20 PLANO DIRETOR E DIRETRIZES DE PROJETO PARA O PARQUE TIZO 4. HISTÓRIA DO PARQUE

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20 PLANO DIRETOR E DIRETRIZES DE PROJETO PARA O PARQUE TIZO

4. HISTÓRIA DO PARQUE

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4. HISTÓRIA DO PARQUE

4.1 TRANSFORMAÇÕES DA ÁREA

À ESQUERDA, FOTO DE 1962, COM OS LIMITES DA GLEBA ORIGI-NAL DA FAZENDA TIZO

LAGOA FORMADA A PARTIRDAS CAVAS DAS OLARIASSERVIA AO GADO E AO LAZERDOS MORADORES DA VILA.FONTE: MEDEIROS D.M. 1995

(COSTA, 2006)

Este tópico apresenta breve história da área do Parque Tizo,nome originado pela abreviação de Terrenos Institucionaisda Zona Oeste. A sigla foi criada para denominar os terrenosadquiridos em 2001 pela Companhia de DesenvolvimentoHabitacional Urbano – CDHU com vistas à implantação deentreposto atacadista para substituir os atuais da VilaLeopoldina e região central de São Paulo.

A paisagem da região oeste da grande São Paulo, onde estáinserido o Parque Tizo reflete a descontinuidade de ocupa-ção das áreas naturais. O início da supressão e fragmenta-ção das áreas verdes foi anterior à urbanização,relacionando-se com as atividades econômicas. A partir de1940 a expansão da cidade de São Paulo cruzou o Rio Pi-nheiros, avançou para a região do Butantã, principalmentecom atividades agrícolas. Na década de 1950, entre os km10 e 12 da Rod. Raposo Tavares foram implantados os pri-meiros conjuntos habitacionais do Instituto de Previdênciado Estado de São Paulo – IPESP para atender aos funcioná-rios públicos estaduais1.

O crescimento industrial e urbano da RMGSP, a partir de1950 provocou outras alterações, com a implantação deolarias ao longo das Rodovias Raposo Tavares e RégisBittencourt2. Antigos moradores da região relatam que naFazenda Tizo funcionavam sete fornos de olarias e na áreade extração de material para as olarias foi formada uma la-goa, utilizada pelo gado e também para o lazer3.

Na década de 1960 a paisagem ainda era rural e dez famíli-as moravam nas terras do Parque Tizo, desenvolvendo ativi-dades de olaria e agricultura de subsistência. Moravam emcasas cedidas pelo proprietário das terras e ali continuarammesmo quando a olaria foi desativada4.

1 COSTA, 20062 CARLOS, 19863 COSTA, 20064 IDEM

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FOTO DE 1962: ÁREA DOPARQUE, AONDE O DESTAQUEVAI PARA A CONTINUIDADE DOSMACIÇOS FLORESTAIS E APRESSÃO DAS ATIVIDADESRELACIONADAS COM A EXPAN-SÃO URBANA

FOTO DE 1972: AINDA PERMA-NECE SEMELHANTE À FOTO DE10 ANOS ATRÁS, COM A DIFE-RENÇA DO INÍCIO DE IMPLANTA-ÇÃO DE UM SISTEMA VIÁRIO ECONSEQÜENTE URBANIZAÇÃO NAPORÇÃO SUDESTE (CANTOINFERIOR DIREITO DA FOTO)

EM VERMELHO, OS LIMITESORIGINAIS DA GLEBA DA FAZEN-DA TIZO

19621962196219621962

19721972197219721972FOTO DE 1987: MOSTRA A VIA QUE CORTA O TERRENO EM DOIS, COM INÍCIO DO CORTE DA VEGETA-ÇÃO DA VILA NOVA ESPERANÇA E TAMBÉM UM SISTEMA VIÁRIO INTERNO QUE LIGA A VIA RECÉM-ABERTA COM A VIA DE TERRA DO ESPIGÃO, AV. ENGº. HEITOR ANTONIO EIRAS GARCIA.

19871987198719871987

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4. HISTÓRIA DO PARQUE

FOTO DE 1994: MOSTRA DEFORMA PRECISA A PRESSÃO DOCRESCIMENTO URBANO QUE RECAISOBRE O LOCAL, COM A CONSOLI-DAÇÃO DAS VIAS DO JARDIMGRAMADO À ESQUERDA, E OJARDIM AMARALINA E VILAOLÍMPICA À DIREITA. AINDA NÃOEXISTE O RODOANEL.

19941994199419941994

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ATERRO JUNTO À AVENIDA UM

ATERRO ANACONDA

Em meados da década de 1970 ocorre um maioradensamento da ocupação entre os km 15 e 19 da Rod. Ra-poso Tavares. Apesar da desaceleração do crescimentodemográfico, a crise econômica da década de 1980 ampliao número de invasões e ocupações organizadas, especial-mente na periferia das grandes cidades. Aumenta o númerode casas da atual Vila Nova Esperança com a ocupação dotopo do divisor de águas das bacias hidrográficas doscórregos Pirajussara e Itaim, na divisa entre São Paulo eTaboão da Serra, à altura dos números 9000 e 9500 da Ave-nida Engº. Heitor Antônio Eiras Garcia.

Posteriormente, no início da década de 1990, a Vila NovaEsperança avança em direção ao sul, sobre aterro de resídu-os da construção civil, em área pertencente à Caixa Benefi-cente da Polícia Militar do Estado de São Paulo, já nomunicípio de Taboão da Serra.

A partir de 1989 aumenta o número de conjuntoshabitacionais financiados por órgãos públicos para a popu-lação de menor renda e de condomínios de alto padrão, parasegmentos de maior renda, implantados por empresas pri-vadas.

O maior adensamento populacional aumentou a deteriora-ção ambiental com a implantação de empreendimentos nãoautorizados, desmatamentos em Áreas de Preservação Per-manente – APP às margens dos rios da região, situação agra-vada pelo lançamento de esgotos in natura inclusive na linhade drenagem natural do córrego Itaim em área do Parque1.

ATERROS

Desde o final da década de 1980 os aterros, legais ou ile-gais, em áreas de propriedade pública ou privada, têm ame-açado a integridade da região oeste, inclusive no ParqueTizo, estendendo-se sobre remanescentes de Mata Atlânti-ca e afetando nascentes e ribeirões, locais protegidos pelalegislação.

No começo dos anos 1990, quando a área ainda era de pro-priedade da Caixa Econômica Federal, as lagoas próximas

ao trecho atualmente cortado pelo Rodoanel, foram as pri-meiras áreas a receberem resíduos2.

No outro extremo, no final da Avenida Um, o traçado docórrego Itaim foi alterado por aterro em terreno da Sub-Prefeitura do Butantã e do Parque. No local os moradoresda vizinhança realizaram em 2005 plantio de árvores, queserão mantidas na Praça do Encontro prevista para o local.

Mais dois aterros invadiram a gleba pertencente à CDHU,um a sudoeste foi usado como depósito de resíduos de cons-trução e está localizado fora da área do Parque, tendo sido

impetrada pela CDHU ação para reintegração de posse. Ou-tro aterro, no município de Osasco, inicialmente ocupavapropriedade da entidade religiosa Seicho-No-Ie e era ope-rado pela Anaconda Ambiental ou EMPATI - Empresa deAterros Inertes Ltda. Está na porção noroeste e segundo le-vantamentos topográficos realizados teria invadido cercade 30 mil m² da área do Parque.

1 COSTA, 2006

2 IDEM

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4. HISTÓRIA DO PARQUE

2002/ 2003: MOSTRA A CON-SOLIDAÇÃO DA VILA NOVAESPERANÇA, BEM COMO OAVANÇO DO ATERRO ANACONDASOBRE A ÁREA, INTERFERINDONA NASCENTE MOSTRADA NACARTA DA EMPLASA ANTES DOINÍCIO DO ATERRO

HISTÓRIA MAIS RECENTE DA ÁREA

Em 2002 ocorreu uma invasão e a conseqüente mobilizaçãoda população, conforme descrito no próximo item.

Além das invasões é relevante a informação que, em outu-bro de 2002, a Secretaria de Agricultura e Abastecimentosolicitou na Secretaria do Meio Ambiente o licenciamentoambiental, instruído por Relatório Ambiental Preliminar –RAP, para implantar conjunto de entrepostos destinado amodernizar o abastecimento da RMGSP. O empreendimen-to foi considerado potencialmente gerador de impactosambientais, foi solicitada a apresentação de Estudo de Im-

pacto Ambiental e o processo foi arquivado em dezembrode 2003, sem que fosse apresentado o plano de trabalho.

Entre 2002 e 2005, a Dersa retirou terra de três platôs antescobertos por eucaliptos e, com a implantação do Rodoanel,cortou a gleba em duas porções, mantendo uma passagemsob a pista.

O Parque foi criado pelo Decreto Estadual 50.597 de 27 demarço de 2006. A área destinada ao Parque possui 130 hec-tares, não tendo sido incluídas as áreas invadidas e a faixade domínio da Dersa/Rodoanel.

ATERROANACONDA

VILA NOVA ESPERANÇA

PARQUE TIZO

RODOVIA RAPOSO TAVARES

RODO

ANEL

JARDIM JOÃO XXIII

PARQUE IPÊ

JARDIM AMARALINA

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4.2 BREVE HISTÓRICO DA MOBILIZAÇÃO DACOMUNIDADE PELA PRESERVAÇÃO DA FAZENDA TIZO

Em 2002 a Fazenda Tizo esteve seriamente ameaçada. Emum processo de ocupação iniciado em maio e intensificadono segundo semestre, cerca de 2.000 famílias alojaram-sede forma irregular no interior da área. Este fato deflagrou amobilização da comunidade, liderada pelas SociedadesAmigos do Parque Ipê e do Jardim Amaralina, que se vale-ram da divulgação pelos meios de comunicação (jornais etelevisão) e dos instrumentos de pressão ao seu alcance paraassegurar a proteção da área.

A reintegração de posse da área invadida foi concedida pelajustiça e efetivada pela CDHU em dezembro de 2002. Asatenções da comunidade voltaram-se, então, para um pro-jeto proposto pelo Governo do Estado em 2002: a constru-ção de um terminal de abastecimento, o Centro Integradode Abastecimento de São Paulo - CIASP. O pedido delicenciamento ambiental para o CIASP foi protocolado naSecretaria do Meio Ambiente em outubro de 2002 e arqui-vado em dezembro de 2003, sem que tivessem sido atendi-das as solicitações de estudos de impacto ambiental para aanálise da viabilidade do empreendimento.

Desde 2002 foram organizados abaixo assinados e realiza-dos diversos atos públicos, encontros e reuniões em prol dapreservação da mata da Fazenda Tizo. O Ministério Público,autoridades, órgãos da Administração Estadual e prefeitu-ras foram acionados. A luta da comunidade pela preserva-ção da área tem merecido ampla divulgação pela mídia, comoconsta nas várias matérias publicadas pela imprensa local,regional e de grande circulação e por emissoras de televi-são.

Em 2003 a direção, coordenação, professores e alunos daEMEF Teófilo Benedito Ottoni, localizada no Parque Ipê,atenderam um convite da Sociedade Amigos do Bairro eengajaram-se fortemente na luta pela preservação da mata.A comunidade escolar passou a freqüentar a área, realizan-do trilhas e desenvolvendo diversos projetos pedagógicosrelacionados às questões ambientais. Como reconhecimentoda importância da mobilização da comunidade escolar, tan-

to para a criação do Parque, como para a formação da cida-dania dos jovens, foi prevista, por sugestão de um estudante,a participação de um aluno da EMEF Teófilo Ottoni no Con-selho de Orientação do Parque.

Em outubro de 2003 foram coletadas assinaturas e em no-vembro do mesmo ano a Sociedade Amigos do Parque Ipêprotocolou uma representação na Promotoria de Meio Am-biente da Capital com o objetivo de garantir a preservaçãoda vegetação existente na Fazenda Tizo. Em dezembro de2003 foi proposta Ação Civil Pública, que resultou em umasentença proferida em setembro de 2004, determinando aadoção de medidas para a preservação da vegetação e dosmananciais e a recuperação das áreas degradadas e impe-dindo o parcelamento da área.

Foram realizados três encontros regionais para a discussãodo tema Fragmentos da Mata Atlântica da Região Oeste daGrande São Paulo, nos quais a Fazenda Tizo mereceu espe-cial atenção. O 1º Encontro foi realizado em 21 de maio de2005 no Centro de Educação Ambiental - CEA do ParquePrevidência em São Paulo, o 2º Encontro em 10 de setembrode 2005 em Taboão da Serra e o 3º Encontro em 10 de junhode 2006 em Osasco.

Em 25 de outubro de 2005 foi realizada uma audiência pú-blica na Assembléia Legislativa. Em 1º de novembro o entãoGovernador do Estado assumiu, junto a representantes dacomunidade, o compromisso de criar o Parque Tizo, o queocorreu com a edição do Decreto Estadual 50.597, de 27 demarço de 2006, que criou o Parque Urbano de ConservaçãoAmbiental e Lazer na Fazenda Tizo. A mobilização da co-munidade vem sendo mantida, possibilitando, inclusive suaparticipação efetiva na elaboração do Plano Diretor para oParque.

O Conselho de Orientação, uma vez instalado, deverá cons-tituir um canal permanente para assegurar a participaçãoda sociedade na gestão da área, valorizando o grandeenvolvimento da comunidade.

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4. HISTÓRIA DO PARQUE

OS ALUNOS DA EMEF TEÓFILO BENEDITO OTTONI PARTICIPA-RAM DE REUNIÕES E ENVIARAM MENSAGENS ELETRÔNICASPARA AUTORIDADES, COLETARAM ASSINATURAS, MOBILIZA-RAM MORADORES DO BAIRRO, PARTICIPARAM DE ATOSPÚBLICOS E DE REPORTAGENS E APRESENTARAM O ASSUNTOEM CONFERÊNCIA INFANTO-JUVENIL, ALÉM DE TEREMPROMOVIDO UM GRANDE MUTIRÃO PARA O PLANTIO DEÁRVORES EM OUTUBRO DE 2003

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A mobilização dos moradores do entorno e a existência deuma rede de comunicação bem articulada entre os diversossetores contribui para o processo participativo. Uma das eta-pas importantes deste processo foi a realização de umaoficina para participação de uma parcela maior da comuni-dade. O objetivo principal foi conhecer os anseios dapopulação envolvida com a implantação do Parque, bemcomo identificar os potenciais e conflitos da região.

Com o apoio e em conjunto com representantes da comu-nidade foi realizada uma oficina no Educandário Dom Duarteno dia 17 de Maio de 2006. Estiveram presentes cerca decem pessoas que foram divididas em 11 subgrupos. A equi-pe de facilitadores contou com técnicos da SMA, dasprefeituras dos municípios de Taboão da Serra, Cotia, Osascoe São Paulo, voluntários arquitetos, engenheiros, biólogosdentre outros profissionais liberais que fazem parte do gru-po responsável pela elaboração do Plano Diretor e Diretrizesde Projeto do Parque.

Consciente da importância da participação da sociedade aSMA tem promovido diversas ações em prol do processoparticipativo na elaboração deste Plano Diretor, confiandoque esta é a melhor forma de conhecer os desejos dos po-tenciais usuários e evitar ou minimizar conflitos futuros.Dentro deste processo foram realizadas visitas a campo, con-sultas e reuniões com representantes da comunidade, dasprefeituras dos cinco municípios (Cotia, Embu, Osasco, SãoPaulo e Taboão da Serra), de outras Secretarias de Estado(Habitação e Juventude, Esportes, Lazer e Turismo), de em-presas que de alguma forma estão envolvidas com a im-plantação e funcionamento do Parque Tizo (CDHU, Sabesp,Eletropaulo, Dersa/Rodoanel) e também com alunos da pós-graduação da POLI-USP. A participação de diversos setoresda sociedade, com a incorporação de informações e dife-rentes experiências, fazem com que o processo de elabora-ção do Plano Diretor seja tão importante quanto o produtodele resultante.

4.3 PROJETO PARTICIPATIVO

REUNIÃO DIA 17 DE MAIO DE2006 NO EDUCANDÁRIO DOMDUARTE, PARA CONSULTA EPARTICIPAÇÃO POPULAR

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4. HISTÓRIA DO PARQUE

Foi apresentada a proposta de trabalho com aplicação dequestionários, empregando imagem de satélites e mapa darede viária da região para que, com apoio da equipe técnica,os participantes identificassem, através da colocação deadesivos coloridos, seus locais de moradia, as rotas de acessoao futuro parque, fornecessem informações relevantes so-bre aspectos negativos e/ou positivos, bem como ospotenciais da área do Parque e da região onde está inserido.

Com a compilação e análise dos resultados da oficina, foipossível traçar o perfil dos usuários e incorporar sugestõespara a elaboração do programa do Parque. A maioria dosparticipantes da oficina definiu como os maiores atrativosdo Parque Tizo a floresta e a possibilidade de aprender so-bre meio ambiente / natureza. As atividades e equipamentosconsiderados fundamentais foram: trilhas na mata, viveirocom exposição e produção de espécies da Mata Atlântica eCentro de Educação Ambiental. A SMA apresentou na noitede 1º de junho de 2006, ainda no Educandário, os dadoscoletados na oficina e também os resultados da aplicaçãodo mesmo questionário, por professoras e alunos, da escolaOsvaldo Válber. Os resultados obtidos foram incorporadosao estudo.

As propostas para o Plano Diretor foram apresentadas à co-munidade em duas oportunidades: em reunião comlideranças comunitárias realizada no CEA do Parque Previ-dência em 21 de agosto e em reunião com a comunidadeescolar (professores, pais e alunos) realizada na EMEF TeófiloOtoni, no Parque Ipê, em 9 de outubro. As sugestões recebi-das foram avaliadas e incorporadas ao Plano Diretor.

Entende-se que a participação efetiva da comunidade naelaboração do Plano Diretor será um fator fundamental paraque o Parque Tizo atinja seus objetivos. Afinal, a possibili-dade de apropriação do espaço público por parte dos prin-cipais interessados e a consciência coletiva das melhoriassolicitadas, induzirão a população a participar ativamentedas propostas de gestão e manutenção da área e dos equi-pamentos propostos.

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A POPULAÇÃO APONTOUSOBRE A FOTO AÉREA DAREGIÃO, OS ESPAÇOS OUEQUIPAMENTOS QUE CONSI-DERA SIGNIFICATIVOS.AQUELES QUE APREENDIDOSCOMO POSITIVOS FORAMMARCADOS EM VERDE, OSQUE NECESSITAM DEMELHORIA EM AMARELO EAQUELES SOBRE OS QUAISTÊM IMPRESSÕES NEGATIVASEM VERMELHO

AO LADO, UM DOS QUESTIO-NÁRIOS RESPONDIDOS

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4. HISTÓRIA DO PARQUE

4.4 PERSPECTIVAS PARA O ENTORNO IMEDIATO DO PARQUE

PLANTIO DE ÁRVORE

Quanto ao entorno do Parque Tizo, a SMA tem realizadoesforços para que:

• A gleba atualmente cedida para uso da Caixa Beneficen-te da Polícia Militar do Estado de São Paulo, quase total-mente coberta por vegetação de Mata Atlântica protegidapor lei, seja anexada ao Parque. Com o acréscimo de 560mil m² de mata em bom estado, a conservação do frag-mento florestal será beneficiada pela redução do efeitode borda e pela própria ampliação da área protegida. Alémdisto, melhora-se a condição de corredor ecológico de-vido à proximidade com o Parque das Nascentes mais aosul e viabiliza-se a manutenção deste remanescente flo-restal, que consta no Plano Diretor de Taboão como fu-turo parque;

• A Vila Nova Esperança seja reurbanizada com padrões demenor impacto ambiental, mais adequado à situação deestar entre fragmentos de mata protegida. Ainda que nãosendo parte do Parque Tizo, a Vila representa impactonegativo para os remanescentes florestais, para a quali-dade de água das nascentes e para a segurança dos mo-radores;

• A Avenida Um, interligação do Parque à Rod.RaposoTavares, seja implantada como parte do Parque Linearprevisto para o córrego Itaim, com pavimento de blocosintertravados de concreto, área para estacionamento deveículos a 45º, ciclovia, canteiro central e calçadasarborizadas, configurando uma ligação agradável com aVila Olímpica Mário Covas;

• O talude do platô da Vila Olímpica seja arborizado comespécies nativas e arbustos;

• Os taludes do Rodoanel sejam arborizados com espéciesnativas e os alambrados executados em padrão compa-tível com o Parque, colaborando para a formação de umcorredor ecológico com o Parque das Nascentes no mu-nicípio de Cotia;

• O aterro Anaconda a noroeste, receba arborização pararecomposição da paisagem;

• A Rua Sapucaia, na divisa entre Cotia e Osasco recebacomplementação de pavimento com blocos intertravadose arborização adequada à sua proximidade com o ribei-rão Carapicuíba, configurando mais um parque linear;

• Nas vias do entorno, quintais e áreas livres, seja incenti-vado o plantio de espécies arbóreas nativas como formade ampliar os corredores ecológicos entre remanescen-tes florestais.