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LEI N 679 DE 25 DE SETEMBRO DE 2001 Dispe sobre o Estatuto dos Servidores Pblicos do Municpio de Primavera do Leste, Estado de Mato Grosso e de suas Autarquias e Fundaes e d outras Providncias. A CMARA MUNICIPAL DE PRIMAVERA DO LESTE, ESTADO DE MATO GROSSO, APROVOU, E EU PREFEITO MUNICIPAL, SANCIONO A SEGUINTE LEI:

DAS DISPOSIES PRELIMINARES Artigo 1o - Esta Lei institui o ESTATUTO DOS SERVIDORES PBLICOS DO MUNICPIO DE PRIMAVERA DO LESTE, ESTADO DE MATO GROSSO, de ambos os seus poderes e de suas Autarquias e Fundaes Pblicas, que no estejam sujeitas a outro regime jurdico na forma da lei. Pargrafo nico - Integram o regime jurdico, a que se refere este Estatuto o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos e as Leis sobre pessoal. Artigo 2o - Para os efeitos desta lei, servidor a pessoa legalmente investida em cargo pblico. Artigo 3 - Cargo Pblico o conjunto de atribuies e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Pargrafo nico - Os cargos pblicos, devem ser acessveis a todos os brasileiros, e so criados por lei, com denominao prpria e vencimento pago pelos cofres pblicos, para provimento em carter efetivo ou em comisso. Artigo 4o - proibida a prestao de servios gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

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TTULO I DO PROVIMENTO, VACNCIA, REMOO E SUBSTITUIO CAPTULO I DO PROVIMENTO SEO I DISPOSIES GERAIS Artigo 5o - O servidor ser admitido ao servio pblico municipal: I - em carter permanente, para o cargo de provimento efetivo, sujeito ao concurso pblico; II - em carter de confiana, para o cargo de provimento em comisso, de livre nomeao e exonerao, pelo critrio de confiana da autoridade competente; III - em carter temporrio, por tempo determinado, para atender a necessidade de excepcional interesse pblico, nos termos da lei. Artigo 6o - O ingresso no servio pblico municipal assegurado a todos que preencham os requisitos legais e especialmente: I - a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos polticos; III - a quitao com as obrigaes militares e eleitorais; IV - o nvel de escolaridade exigido para o exerccio do cargo; V - a boa sade fsica e mental; VI - idade mnima de 18 (dezoito) anos. 1o - As atribuies dos cargos podem justificar a exigncia de outros requisitos estabelecidos em lei. 2o - s pessoas portadoras de deficincia assegurado o direito de se inscrever em concurso pblico para provimento de cargos cujas atribuies sejam compatveis com a deficincia de que so portadoras; para tais pessoas sero reservadas at 5% (cinco por cento) das vagas oferecidas no concurso. Artigo 7o - O provimento dos cargos pblicos far-se- mediante ato da autoridade competente de cada Poder. Artigo 8o - A investidura em cargo pblico ocorrer com a posse. Artigo 9o - So formas de provimento de cargo pblico: I - nomeao;

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II - readaptao; III - reverso; IV - aproveitamento; V - reenquadramento; VI - reconduo; VII - reintegrao; VIII - promoo. SEO II DA NOMEAO Artigo 10 - A nomeao far-se-: I - em carter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II - em comisso, inclusive na condio de interino, para cargos de confiana vagos; III - em funo gratificada quando se tratar de cargos em comisso que devero ser ocupados por servidor efetivo, a ser estabelecido em lei. Pargrafo nico - O servidor ocupante de cargo em comisso ou de natureza especial poder ser nomeado para ter exerccio, interinamente em outro cargo de confiana, sem prejuzo das atribuies do que atualmente ocupa, hiptese em que dever optar pela remunerao de um deles durante o perodo da interinidade. Artigo 11 - A nomeao para cargo efetivo depende de prvia habilitao em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, obedecidas a ordem de classificao e o prazo de sua validade. SEO III DA READAPTAO Artigo 12 - Readaptao a investidura do servidor em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental verificada em inspeo mdica oficial. Artigo 13 - A readaptao ser efetivada em cargo de atribuies afins, respeitada a habilitao exigida e no implicar em aumento ou diminuio de vencimentos.

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SEO IV DA REVERSO Artigo 14 - Reverso o retorno atividade do servidor aposentado por invalidez quando, por junta mdica oficial, forem declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria. Artigo 15 - A reverso far-se- no mesmo cargo, ou cargo resultante de sua transformao. Pargrafo nico - Encontrando-se provido este cargo, o servidor exercer suas atribuies como excedente, at a ocorrncia de vaga. Artigo 16 - No poder reverter, o aposentado que j tiver completado 70 (setenta) anos de idade. SEO V DO APROVEITAMENTO Artigo 17 - O aproveitamento o retorno a cargo pblico, de servidor colocado em disponibilidade. Artigo 18 - O aproveitamento o direito do servidor em disponibilidade e dever da administrao, que o conduzir quando houver vaga, em cargo de atribuies e vencimentos compatveis com o anteriormente ocupado. Artigo 19 - Ser tornado sem efeito o aproveitamento, e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada por junta mdica oficial. SEO VI DO REENQUADRAMENTO Artigo 20 - O Reenquadramento mudana do servidor de quadro em extino para quadro novo, na forma do Plano de cargos, carreira e Vencimentos. SEO VII DA RECONDUO

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Artigo 21 - Reconduo o retorno do servidor estvel ao cargo anteriormente ocupado e decorrer de: I - inabilitao em estgio probatrio relativo a outro cargo; II - reintegrao do anterior ocupante. Pargrafo nico - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor ser aproveitado em outro, observado a correlao de cargos. SEO VIII DA REINTEGRAO Artigo 22 - Reintegrao a reinvestidura do servidor estvel no cargo anteriormente ocupado ou em cargo resultante de sua transformao, quando invalidada a sua demisso por deciso administrativa ou judicial. 1o - Na hiptese do cargo ter sido extinto, o servidor ficar em disponibilidade, observado o disposto nos arts 55 e 56. 2o - Encontrando-se provido o cargo, seu eventual ocupante ser reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao ou aproveitado em outro ou posto ou em disponibilidade. 3o - O servidor reintegrado ser ressarcido de todas as remuneraes a que tiver direito, contando-se o tempo de servio, em que esteve afastado por demisso invalidada como se em exerccio estivesse. SEO IX DA PROMOO Artigo 23 - A promoo relaciona-se com o desenvolvimento funcional do servidor e tm seu regime previsto no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, podendo ocorrer somente dentro de uma mesma classe. CAPTULO II DA VACNCIA Artigo 24 - A vacncia do cargo pblico decorrer de: I - exonerao; II - demisso; III - readaptao;

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IV - aposentadoria; V - posse em outro cargo inacumulvel; VI - falecimento. SEO I DA EXONERAO Artigo 25 - A exonerao de oficio dar-se- mediante processo administrativo, assegurada ampla defesa, quando: I - no satisfeitas as condies do estgio probatrio; II - tendo tomado posse, o servidor no entrar em exerccio no prazo legal. Artigo 26 - A exonerao de cargo em comisso e a dispensa de funo de confiana dar-se-o: I - a juzo da autoridade competente; II - a pedido do prprio servidor. Artigo 27 - O afastamento do servidor de funo de direo, chefia e assessoramento dar-se-: I - a pedido; II - mediante dispensa nos casos de: a) Cumprimento de prazo exigido para rotatividade na funo. b) Por falta de exao no exerccio de suas atribuies, segundo o resultado do processo de avaliao, conforme estabelecido em lei e regulamento, por ato do Prefeito Municipal. c) Afastamento para mandato eletivo. Artigo 28 - A vaga ocorre na data: I - do falecimento; II - da publicao. a) Da lei que cria o cargo. b) Do ato que exonera, demite ou aposenta. III - da posse, nos casos de provimento derivado. SEO II DA DEMISSO Artigo 29 - A demisso tem carter punitivo e precedida de processo administrativo.

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CAPTULO III DA MOVIMENTAO SEO I DA REMOO Artigo 30 - Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede. Pargrafo nico - Dar-se- remoo, a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da administrao, para acompanhar cnjuge ou companheiro, tambm servidor, deslocado no interesse da administrao, ou por motivo de sade do servidor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva as suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada comprovao por junta mdica. SEO II DA SUBSTITUIO Artigo 31 - Os servidores em cargos ou funo de direo ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial tero substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omisso, previamente designados pelo dirigente mximo do rgo ou entidade. 1o - O substituto assumir automtica e cumulativamente, sem prejuzo do cargo que ocupa, o exerccio de cargo ou funo de direo ou chefia nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular. 2o - O substituto far jus a retribuio pelo exerccio do cargo ou funo de direo ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a 30 (trinta dias) consecutivos, paga na proporo dos dias de efetiva substituio, que excederem o referido perodo. SEO III DA REDISTRIBUIO Artigo 32 - Redistribuio o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no mbito do quadro geral de pessoal, para outro rgo ou entidade do mesmo Poder, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administrao;

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II - equivalncia de vencimentos; III - manuteno da essncia das atribuies do cargo; IV - vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - mesmo nvel de escolaridade, especialidade ou habilitao profissional; VI - compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade. 1 - A redistribuio ocorrer de oficio para ajustamento de lotao e da fora de trabalho s necessidade dos servios, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade. 2 - A redistribuio de cargos efetivos vagos, de uma entidade para outra, se dar mediante ato conjunto dos dirigentes das entidades envolvidas. 3 - Nos casos de reorganizao ou extino de rgo ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no rgo ou entidade, o servidor estvel que no for redistribudo ser colocado em disponibilidade, at seu aproveitamento na forma dos arts. 55 e 56. 4 - O servidor que no for redistribudo ou colocado em disponibilidade poder ter exerccio provisrio, em outro rgo ou entidade, at seu adequado aproveitamento. TTULO II DO CONCURSO PBLICO, DA POSSE E DO EXERCCIO CAPTULO NICO SEO I DO CONCURSO PBLICO Artigo 33 - O concurso pblico ser de provas ou de provas e ttulos, condicionada a inscrio do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensvel ao seu custeio, ressalvadas as hipteses de iseno nele previstas. 1o - As provas destinam a aferir conhecimentos e habilidades do candidato, quando necessrio, devendo os contedos dos exames ser compatveis com as necessidades da Administrao Municipal e com as atribuies do cargo a ser provido.

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2o - Os ttulos sero exigidos e examinados com vistas a apurar a experincia e o valor profissional do candidato. 3o - O edital de concurso dever especificar os ttulos admitidos e fixar critrios objetivos para sua valorizao, atribuindo-lhes pontos, que no podero exceder a 20% (vinte por cento) do total de pontos distribudos. 4o - No so considerados ttulos os requisitos j exigidos para o provimento. 5o - A prova de ttulos tem finalidade exclusivamente classificatria, devendo ser realizada juntamente com o concurso de provas, em procedimento nico. Artigo 34 - O edital do concurso fixar as regras para sua realizao, no podendo estabelecer, requisitos no previstos em Lei, nem exigncias que comprometam o carter competitivo do concurso ou em desconformidade com a Constituio Federal. 1o - O resumo do edital ser publicado em jornal de grande circulao no Municpio de Primavera do Leste, pelo menos uma vez, com antecedncia mnima de 30 (trinta) dias da realizao do concurso. 2o - O edital, em inteiro teor, ser afixado em local destinado publicao dos atos oficiais do Municpio. Artigo 35 - A realizao do concurso pode ser feita em etapas, segundo critrios fixados no edital. Artigo 36 - As provas e a documentao relacionadas com os concursos pblicos sero guardadas e conservadas pelo perodo mnimo de 05 (cinco) anos, a contar da homologao do concurso. Artigo 37 - admitida a reviso de prova, desde que requerida at 05 (cinco) dias aps divulgao do respectivo resultado, a ser definida no edital do respectivo concurso. Pargrafo nico - A deciso sobre o pedido de reviso proferida no prazo de 20 (vinte) dias, a contar do trmino qinqdio previsto neste artigo, sendo definitiva na instncia administrativa. Artigo 38 - Realizados todos os procedimentos estabelecidos no edital do concurso, o resultado final ser homologado pelo Chefe do Poder Executivo ou a quem delegado, em 30 (trinta) dias, contados da divulgao da

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relao de candidatos classificados, em ordem decrescente, salvo se ocorrer pedido de reviso. Pargrafo nico - Havendo pedido de reviso, o prazo deste artigo iniciar-se- aps a deciso contida no caput do art. 37. Artigo 39 - O concurso ter sua validade fixada no edital e no poder exceder a 02 (dois) anos, prorrogvel uma nica vez pelo mesmo perodo, a juzo da autoridade competente. Artigo 40 - No poder ser aberto novo concurso pblico, para o mesmo cargo, enquanto houver candidato em condies de ser nomeado e de tomar posse, aprovado em concurso anterior com prazo de validade no expirado. Artigo 41 - Ser exigido do candidato, para inscrio e participao no concurso, apenas documento de identidade e prova do pagamento do preo estabelecido no edital. 1o - Os requisitos para provimento do cargo so comprovados pelo candidato, na forma estabelecida no edital do concurso, at a data designada para sua posse. 2o - No comprovados os requisitos para provimento do cargo, o ato de nomeao ser revogado pelo Chefe do Poder Executivo ou a quem delegado, convocando-se para nomeao o candidato subseqentemente aprovado, pela ordem de classificao. Artigo 42 - O candidato aprovado em concurso pblico e classificado at o nmero de vagas oferecidas no tem direito nomeao, ficando esta adstrita possibilidade e convenincia administrativa. Pargrafo nico - As vagas supervenientes, ocorridas aps a publicao do edital do concurso, podem ser providas com candidatos aprovados no mesmo concurso, chamados pela ordem de aprovao, desde que no prazo de validade do concurso. Artigo 43 - A nomeao dos candidatos feita na ordem de classificao no concurso. SEO II DA POSSE

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Artigo 44 - A posse a aceitao expressa das atribuies, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo pblico, com o compromisso de bem servir, formalizado com assinatura do termo pela autoridade competente e pelo empossado e haver posse, nos casos de nomeao e readmisso. Artigo 45 - A posse dever verificar-se no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da publicao do edital de convocao ou ato de readmisso. 1o - Antes de esgotado o prazo de que trata este artigo, o interessado poder requerer sua prorrogao por mais 15 (quinze) dias. 2o - No ato da posse, o servidor apresentar declarao de bens e valores que constituem o seu patrimnio e declarao quanto ao exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica. 3o - A posse em cargo pblico depender de prvia inspeo mdica oficial, a ser regulamentada por ato do Prefeito Municipal. 4o - S poder ser empossado aquele que for julgado apto fsica e mentalmente, para o exerccio do cargo. 5o - Se por omisso do interessado a posse no se der no prazo estabelecido no caput deste artigo e seu 1, o ato de provimento ficar automaticamente sem efeito, decaindo o concursado do direito a nova nomeao. Artigo 46 - A posse depender do cumprimento, pelo interessado, das exigncias legais e regulamentadas para investidura no cargo. Artigo 47 - So competentes para dar posse, o Prefeito Municipal e o Coordenador de Recursos Humanos. Artigo 48 - Em se tratando de servidor que esteja na data da publicao do ato de provimento, em licena prevista nos incisos I, II, e V e IX do art. 92, ou afastado nas hipteses do incisos I, IV, VI, alneas a, b, d, e, f, do art. 141, o prazo ser contado do trmino do impedimento. SEO III DO EXERCCIO Artigo 49 - Exerccio o efetivo desempenho das atribuies do cargo e completa o procedimento de investidura.

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1 - de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor empossado em cargo pblico entrar em exerccio, contados da data da posse. 2 - O servidor ser exonerado do cargo se no entrar em exerccio no prazo previsto no pargrafo anterior. 3 - Ao Prefeito ou ao Coordenador de Recursos Humanos compete dar exerccio ao servidor nomeado. Artigo 50 - O incio, a suspenso, a interrupo e o reinicio do exerccio sero registrados no assentamento individual do servidor. SEO IV DA JORNADA Artigo 51 - Os servidores cumpriro jornada de trabalho fixada em razo das atribuies pertinentes aos respectivos cargos, conforme for estabelecido em Decreto do Executivo respeitada a durao mxima do trabalho semanal de 40 (quarenta) horas e observados os limites mnimos e mximos de 6 (seis) horas e 8 (oito) horas dirias, respectivamente. 1o - O ocupante de cargo em comisso ou funo de confiana submetido ao regime de integral dedicao ao servio, podendo ser convocado sempre que houver interesse da administrao. 2o - O disposto neste artigo no se aplica durao de trabalho estabelecida em leis especiais. 3o - O disposto neste artigo no se aplica aos servidores do quadro do magistrio e legislativo municipal, que ser definido nos respectivos Planos de Cargos, Carreira e Vencimentos do Magistrio Municipal e do Legislativo Municipal. SEO V DO ESTGIO PROBATRIO Artigo 52 - Ao entrar em exerccio, o servidor nomeado em virtude de concurso pblico fica sujeito a estgio probatrio, pelo perodo de 36 (trinta e seis) meses, durante os quais lhe sero apurados e avaliados os seguintes requisitos: I - assiduidade;

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II - pontualidade; III - produtividade; IV - senso de disciplina; V - capacidade de iniciativa e cooperao; VI - capacidade de aprendizado e desenvolvimento; VII - aspectos observveis de seu grau de responsabilidade e probidade. 1o - A avaliao de desempenho ser, obrigatoriamente, feita no intervalo mximo de 06 (seis) meses, ficando submetida a homologao da autoridade competente. 2o - A confirmao no cargo ser automtica, caso o servidor em estgio probatrio seja aprovado na avaliao de desempenho, prevista neste artigo, sendo desnecessrio qualquer ato administrativo a respeito. 3o - O servidor no confirmando no estgio probatrio, estvel em outro cargo, ser reconduzido ao mesmo, observado o disposto nos arts 49 e 50. 4o - O servidor em estgio poder exercer quaisquer cargos de provimento em comisso ou funes de direo, chefia ou assessoramento no rgo ou entidade de lotao, e somente poder ser cedido a outro rgo ou entidade para ocupar cargos de natureza especial, cargos de provimento em comisso, de nveis equivalentes. 5o - Ao servidor em estgio probatrio somente podero ser concedidas as licenas previstas no art. 92, incisos I a IV. 6o - O estgio probatrio ficar suspenso durante as licenas previstas no art. 92, incisos I, II, IX, bem assim na hiptese de participao em curso de formao e ser retomado a partir do trmino do impedimento. 7o - Para finalidade de avaliao mencionada no 1 deste artigo, a chefia imediata do servidor dever comunicar, mensalmente ou de imediato, conforme o caso requerer, ao setor de pessoal, qualquer procedimento que no atender aos requisitos enumerados no caput deste artigo. 8o - O laudo de avaliao final ser homologado no prazo mximo de 30 (trinta) dias, pelo Chefe do Executivo Municipal. 9o - Contra a deciso que considerar o servidor inabilitado no estgio probatrio, caber recurso ao Chefe do Poder Executivo, no prazo de 15 (quinze) dias. 10 - A deciso final sobre o recurso d-se no prazo improrrogvel de 15 (quinze) dias.

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11 - O servidor que no for aprovado em estgio probatrio ser exonerado, aps processo administrativo em que se lhe assegure ampla defesa. TTULO III DA ESTABILIDADE E DA DISPONIBILIDADE CAPTULO I DA ESTABILIDADE Artigo 53 - O servidor habilitado em concurso pblico e empossado em cargo de provimento efetivo adquirir estabilidade no servio pblico ao completar 3 (trs) anos de efetivo exerccio. Artigo 54 - O servidor estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado, de processo administrativo disciplinar no qual seja assegurada ampla defesa, mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. CAPTULO II DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO Artigo 55 - Nos casos de reorganizao ou extino de rgo ou entidade, extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade no rgo ou entidade, o servidor estvel que no for redistribudo ser colocado em disponibilidade, at o seu aproveitamento na forma do artigo 32. 1 - O servidor que no for colocado em disponibilidade poder ser mantido sob responsabilidade do Departamento de Administrao, ou ter exerccio provisrio, em outro rgo ou entidade, at sua redistribuio. 2o - A Secretaria Municipal de Administrao determinar a imediata redistribuio de servidor em disponibilidade, em vaga que vier a ocorrer nos rgos ou entidades da administrao pblica municipal. 3o - O Presidente da Cmara Municipal determinar a redistribuio que vier a ocorrer no mbito do Poder Legislativo. 4o - Se julgado apto, o servidor assumir o exerccio do cargo no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicao do ato de redistribuio.

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5o - Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em disponibilidade ser aposentado, obedecendo a proporcionalidade quanto ao vencimento. 6o - O servidor em disponibilidade poder se aposentar, desde que preencha os requisitos aplicados aposentadoria, ou ser colocado disposio de outro rgo pblico, a seu pedido. Artigo 56 - Ser tornado sem efeito a redistribuio e cassada a disponibilidade se o servidor no entrar em exerccio no prazo legal, salvo doena comprovada atravs de junta mdica oficial. TTULO IV DOS DIREITOS E VANTAGENS DO SERVIDOR CAPTULO I DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO Artigo 57 - Vencimento retribuio pecuniria pelo exerccio de cargo pblico, com valor fixado em lei. Pargrafo nico - Nenhum servidor receber, a ttulo de vencimento, importncia inferior ao salrio mnimo vigente. Artigo 58 - Remunerao o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecunirias permanentes, estabelecidas em lei. Pargrafo nico - O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de carter permanente, irredutvel. Artigo 59 - Nenhum servidor poder receber, mensalmente, a ttulo de remunerao, importncia superior soma dos valores percebidos como remunerao, em espcie, a qualquer ttulo, pelo Prefeito Municipal. Pargrafo nico - Excluem-se do teto de remunerao as vantagens previstas nos incisos II a VIII do art. 78. Artigo 60 - O servidor perder: I - a remunerao dos dias que faltar ao servio, sem motivo justificado; II - a parcela de remunerao diria, proporcional aos atrasos, ausncias no justificadas, sadas antecipadas, salvo na hiptese de compensao de horrio, at o ms subseqente ao da ocorrncia, a ser estabelecida pela chefia imediata.

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Pargrafo nico - As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou fora maior podero ser compensadas a critrio da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exerccio. Artigo 61 - Salvo por imposio legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidir sobre a remunerao ou provento. Pargrafo nico - Mediante autorizao do servidor, poder haver consignao em folha de pagamento a favor de terceiros, a critrio da administrao e com reposio de custos, na forma definida em regulamento, por ato do Prefeito Municipal. Artigo 62 - As reposies e indenizaes ao errio sero previamente comunicadas ao servidor e descontadas em parcelas mensais e atualizados com ndices praticados a espcie. 1o - A indenizao ser feita em parcelas cujo valor no exceda 10% (dez por cento) da remunerao ou provento. 2o - A reposio ser feita em parcelas cujo valor no exceda 25% (vinte e cinco por cento) da remunerao ou provento. 3o - A reposio ser feita em uma nica parcela quando constatado pagamento indevido no ms anterior ao do processamento da folha. Artigo 63 - O servidor em dbito com o errio, que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, ou ainda aquele cuja dvida relativa reposio seja superior a 5 (cinco) vezes o valor da sua remunerao ter o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o dbito. Pargrafo nico - A no quitao do dbito no prazo previsto implicar sua inscrio em dvida ativa. Artigo 64 - O vencimento, a remunerao e o provento no sero objeto de arresto, seqestro ou penhora, exceto nos casos de prestao de alimentos resultantes de deciso judicial. Artigo 65 - O servidor pblico enquadrado em cargo de provimento efetivo que vier ocupar um cargo de provimento em comisso, poder escolher pelo maior vencimento entre os cargos. Pargrafo nico - Exonerado este, do cargo em comisso, retornar ao cargo e vencimento de provimento efetivo, salva a hiptese de incorporao prevista no art. 88.

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CAPTULO II DAS VANTAGENS SEO I DAS DISPOSIES GERAIS Artigo 66 - Alm do vencimento, podero ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: I - indenizaes; II - gratificaes; III - adicionais; IV - auxlios. 1o - As indenizaes e auxlios no se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. 2o - As gratificaes e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condies indicados por lei. Artigo 67 - As vantagens previstas no inciso I e IV do artigo anterior no sero computadas nem acumuladas para efeito de concesso de quaisquer outros acrscimos pecunirios ulteriores sob o mesmo ttulo ou idntico fundamento. SEO II DAS INDENIZAES Artigo 68 - Constituem indenizaes ao servidor: I - ajuda de custo; II - dirias; III - transporte. Artigo 69 - Os valores das indenizaes, assim como as condies para a sua concesso, sero estabelecidas em regulamento, por ato do Prefeito Municipal. SUBSEO I DA AJUDA DE CUSTO

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Artigo 70 - A ajuda de custo destina-se compensao das despesas de instalao do servidor que, no interesse de servio, passa a ter exerccio em nova sede, com mudana de domiclio em carter permanente, vedado o duplo pagamento de indenizao, a qualquer tempo, no caso de o cnjuge ou companheiro que detenha tambm a condio de servidor vier a ter exerccio na mesma sede. Artigo 71 - Correm por conta da administrao as despesas de transporte de servidor e de sua famlia, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. Pargrafo nico - A famlia do servidor que falecer na nova sede so asseguradas ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do bito. Artigo 72 - A ajuda de custo calculada sobre a remunerao do servidor, conforme se dispuser em regulamento, por ato do Prefeito Municipal, no podendo exceder a importncia correspondente a 3 (trs) meses. Artigo 73 - No ser concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo em virtude de mandato eletivo. SUBSEO II DAS DIRIAS Artigo 74 - O servidor que, a servio, afastar-se da sede em carter eventual ou transitrio, para outro ponto do territrio nacional ou para o exterior, far jus a passagens e dirias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinrias com pousada, alimentao e locomoo urbana, conforme dispuser em regulamento. 1o - A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento no exigir pernoite fora da sede, ou quando o Municpio custear, por meio diverso, as despesas extraordinrias cobertas por dirias. 2o - Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigncia permanente do cargo, o servidor no far jus a dirias. Artigo 75 - O servidor que receber dirias e no se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias.

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Pargrafo nico - Na hiptese de o servidor retornar sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput, deste artigo. Artigo 76 - Constitui infrao disciplinar grave, punvel na forma de lei, conceder ou receber diria indevidamente. SEO III DA INDENIZAO DE TRANSPORTE Artigo 77 - Conceder-se- indenizao de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilizao de meio prprio de locomoo para a execuo de servios externos, por fora das atribuies prprias do cargo conforme se dispuser em regulamento, por ato do Prefeito Municipal. Pargrafo nico - Independentemente do disposto no caput, o servidor far jus ao vale transporte conforme for disposto em regulamento, por ato do Prefeito Municipal. SEO IV DAS GRATIFICAES E ADICIONAIS Artigo 78 - Alm do vencimento e das vantagens previstas nesta lei, sero deferidos aos servidores as seguintes retribuies, gratificaes e adicionais: I - retribuio pelo exerccio de funo de direo, chefia e assessoramento; II - gratificao natalina; III - adicional por tempo de servio; IV - adicional pelo exerccio de atividades insalubres, perigosas ou penosas; V - adicional pela prestao de servio extraordinrio; VI - adicional noturno; VII - abono famlia; VIII - adicional de frias; IX - outros, relativos ao local ou natureza de trabalho. SUBSEO I DA GRATIFICAO NATALINA

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Artigo 79 - A gratificao natalina correspondente a 1/12 (um doze avos) da remunerao a que o servidor fizer jus no ms de dezembro, por ms de exerccio no respectivo ano. Pargrafo nico - A frao igual ou superior a 15 (quinze) dias ser considerada como ms integral. Artigo 80 - A gratificao ser paga at o dia 20 (vinte) do ms de dezembro de cada ano, ou no ms de aniversrio do servidor, a critrio da administrao pblica. 1o - O servidor exonerado perceber sua gratificao natalina, proporcionalmente aos meses de exerccio, calculada sobre a remunerao do ms de exonerao. 2o - A gratificao natalina ser estendida aos pensionistas e inativos, com base nos proventos que perceberem na data do respectivo pagamento. 3o - A gratificao natalina no ser considerada para clculo de qualquer vantagem pecuniria. 4 - No clculo da remunerao da gratificao natalina, incluirse- a mdia anual da remunerao por horas extraordinria trabalhadas habitualmente. SUBSEO II ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIO Artigo 81 - O adicional devido a razo de 5% (cinco por cento) a cada 5 (cinco) anos de servio pblico efetivo prestado ao municpio, autarquias e fundaes pblicas municipais, observado o limite mximo de 35%, incidente sobre o vencimento bsico do cargo efetivo. Pargrafo nico - O servidor far jus ao adicional a partir do ms em que completar o qinqnio, assegurada a percepo, a partir da vigncia da presente lei, pelos qinqnios j completados desde a admisso ao servio pblico municipal. SUBSEO III ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE

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Artigo 82 - Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substncias txicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. 1o - O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade dever optar por um deles. 2o - O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa a sua concesso. Artigo 83 - Haver permanente controle da atividade de servidor em operaes ou locais considerados insalubres, perigosos ou penosos. Pargrafo nico - A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao ou lactao, das operaes e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em servio no perigoso e no penoso, sua jornada de trabalho. Artigo 84 - Na concesso dos adicionais de atividades penosas, de insalubridade e de periculosidade sero observadas as situaes estabelecidas em legislao especfica, regulamentada, por ato do Prefeito Municipal. Pargrafo nico - Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios-X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao especfica. SUBSEO IV DO ADICIONAL POR SERVIO EXTRAORDINRIO Artigo 85 - O servio extraordinrio ser remunerado com acrscimo de 50% (cinqenta por cento) em relao hora normal de trabalho e com acrscimo de 100% (cem por cento), se executado em domingos e feriados. Pargrafo nico - Somente ser permitido servio extraordinrio para atender as situaes excepcionais e temporrias, devidamente justificadas pela Chefia Imediata, respeitando o limite mximo de 2 (duas) horas por jornada. SUBSEO V

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DO ADICIONAL NOTURNO Artigo 86 - O servio noturno, prestado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, ter seu valor/hora acrescido de 20% (vinte por cento), computando-se cada hora como 52(cinqenta e dois) minutos e 30(trinta) segundos. Pargrafo nico - Em se tratando de servio extraordinrio, o acrscimo de que trata este artigo incidir sobre o valor da hora extraordinria. SUBSEO VI DO SALRIO FAMLIA Artigo 87 - devido salrio famlia ao servidor ativo ou inativo por dependente econmico, cujo valor e definio de dependentes obedecem as normas do sistema previdencirio municipal. Pargrafo nico - Nenhum desconto incidir sobre o salriofamlia, nem este servir de base a qualquer contribuio, ainda que para fins de previdncia social. SUBSEO VII DA GRATIFICAO DE FUNO Artigo 88 - Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em funo de direo, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comisso ou de natureza especial devida retribuio pelo seu exerccio. 1o - A retribuio que trata o caput deste artigo, ou parcela da mesma, incorpora-se, conforme disposto em lei, remunerao do servidor ocupante de cargo efetivo e integra o provento de aposentadoria. 2o - A incorporao devida na proporo de 1/10 (um dcimo) da retribuio ou parcela da mesma, por ano completo de exerccio consecutivo ou no, nas funes e cargos de confiana, at o limite de 10/10 (dez dcimos), sendo exigidos 5 (cinco) anos de exerccio para a concesso da primeira frao e as subseqentes a cada ano em que se completar o respectivo interstcio.

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3o - Quando mais de uma funo ou cargo houver sido desempenhado no perodo de 1 (um) ano, a importncia a ser incorporada ter como base de clculo a funo ou cargo exercido por maior tempo. 4o - Ocorrendo o exerccio de funo ou cargo de nvel mais elevado, por perodo de 12 (doze) meses, aps a incorporao da frao de 10/10 (dez dcimos), poder haver a atualizao progressiva das parcelas j incorporadas, observado o disposto no pargrafo anterior. 5o - Ser admitida a converso dos dcimos j incorporados, por parcelas equivalentes quando ocorrer transformao do cargo ou funo que tenha originado a incorporao. Artigo 89 - A Lei Municipal estabelecer o valor da remunerao dos cargos em comisso e das gratificaes previstas no artigo anterior. Artigo 90 - O exerccio de funo gratificada ou de cargo em comisso s assegurar direitos ao servidor durante o perodo em que ele estiver no cargo ou na funo. Pargrafo nico - Afastando-se do cargo em comisso ou da funo gratificada o servidor perder o direito gratificao correspondente. SUBSEO VIII DO ADICIONAL DE FRIAS Artigo 91 - Independentemente de solicitao, ser pago ao servidor, por ocasio das frias, um adicional correspondente a 1/3 da remunerao do perodo das frias. Pargrafo nico - No caso de o servidor exercer funo de direo, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de que trata este artigo. CAPTULO III DAS LICENAS SEO I DAS DISPOSIES GERAIS Artigo 92 - Conceder-se- ao servidor licena:

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I - para tratamento de sade; II - para gestante, adotante e paternidade; III - por motivo de afastamento do cnjuge ou companheiro; IV - para servio militar; V - para atividade poltica; VI - para capacitao; VII - para tratar de interesses particulares; VIII - para desempenho de mandato classista; IX - por acidente em servio; X - por motivo de doena em pessoas da famlia; XI - prmio por assiduidade. 1o - A licena prevista no inciso X est precedida de exame por mdico ou junta mdica oficial. 2o - O servidor no poder permanecer em licena da mesma espcie por perodo superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos III, IV, V e VIII. 3o - vedado o exerccio de atividade remunerada durante o gozo da licena prevista no inciso X deste artigo. Artigo 93 - A licena concedida dentro de 60 (sessenta) dias do trmino de outra da mesma espcie ser considerada como prorrogao. SEO II DA LICENA PARA TRATAMENTO DE SADE Artigo 94 - Ser concedida ao servidor licena para tratamento de sade, a pedido ou de ofcio, com base em percia mdica por servio credenciado ou indicado pela Prefeitura Municipal, sem prejuzo da remunerao que o servidor fizer jus. Artigo 95 - Para licena de at 30 (trinta) dias, a inspeo ser feita por um mdico da Prefeitura e, se por prazo superior, por junta mdica oficial. 1o - Sempre que necessria a inspeo mdica ser realizada na residncia do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde estiver internado. 2o - Inexistindo mdico no rgo ou entidade no local onde se encontre ou tenha exerccio em carter permanente o servidor, ser aceito atestado passado por mdico particular.

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3 - No caso do pargrafo anterior, o atestado somente produzir efeitos depois de homologado pelo setor mdico do respectivo rgo ou entidade.O

4o - O servidor que durante o mesmo exerccio atingir o limite de 30 (trinta) dias de licena para tratamento de sade, consecutivos ou no, para concesso de nova licena, independentemente do prazo de sua durao, ser submetido a inspeo por junta mdica oficial. Artigo 96 - Findo o prazo da licena o servidor ser submetido a nova inspeo mdica que concluir pela sua volta ao servio, pela prorrogao da licena ou pela aposentadoria. Artigo 97 - O atestado e o laudo da junta mdica no se referiro ao nome da doena, entretanto, dever constar o CID (Cadastro de Informao de Doenas), salvo quando se tratar de leses produzidas por acidentes em servio ou doena profissional. Artigo 98 - O servidor que apresentar indcios de leses orgnicas ou funcionais, ser submetido inspeo mdica. SEO III DA LICENA PARA GESTANTE, ADOTANTE E PATERNIDADE Artigo 99 - Ser concedida licena servidora gestante, por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuzo de sua remunerao. 1o - A licena poder ter incio no 1o (primeiro) dia do 9o ms de gestao, salvo antecipao por prescrio mdica. 2o - No caso de nascimento prematuro, a licena ter incio a partir do parto. 3o - No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora ser submetida a exame mdico, e se julgada apta, reassumir o exerccio. 4o - No caso de aborto, atestado por mdico oficial, a servidora ter direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. Artigo 100 - Pelo nascimento ou adoo do filho, o servidor ter direito licena paternidade de 05 (cinco) dias consecutivos.

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Artigo 101 - Para amamentar o prprio filho, at a idade de 06 (seis) meses, a servidora lactante ter direito, durante a jornada de trabalho, a 0l (uma) hora de descanso, que poder ser parcelada em perodos de (meia) hora. Artigo 102 - servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial de criana at 01 (um) ano de idade, sero concedidas 90 (noventa) dias de licena remunerada. Pargrafo nico - No caso de adoo ou guarda judicial de criana com mais de 01 (um) ano de idade, a licena de que trata este artigo ser de 30(trinta) dias. SEO IV DA LICENA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CNJUGE OU COMPANHEIRO Artigo 103 - Poder ser concedida licena, sem remunerao, ao servidor para acompanhar cnjuge ou companheiro, servidor pblico civil ou militar, que for designado para prestar servio fora do Municpio, ou empossado em cargo eletivo estadual ou federal. Pargrafo nico - A licena ser concedida mediante pedido devidamente instrudo e vigorar pelo tempo que durar a designao do cnjuge ou companheiro. SEO V DA LICENA PARA SERVIO MILITAR Artigo 104 - Ao servidor convocado para o servio militar ser concedida licena, na forma e condies previstas na legislao especfica. 1o - Do vencimento do servidor ser descontado a importncia percebida na qualidade de incorporado, salvo se tiver havido opo pelas vantagens do servio militar. 2o - Ao servidor desincorporado ser concedido um prazo de 07 (sete) dias para reassumir o exerccio de suas funes, sem perda de vencimento. SEO VI DA LICENA PARA ATIVIDADE POLTICA

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Artigo 105 - O servidor ter direito a licena, sem remunerao, durante o perodo que mediar entre a sua escolha, em conveno partidria, como candidato a cargo eletivo, e a vspera do registro de sua candidatura perante a justia eleitoral. 1o - O servidor candidato a cargo pblico na localidade onde desempenha suas funes e que exera cargo de direo, chefia, assessoramento, arrecadao, dele ser afastado, a partir do dia imediatamente posterior ao do registro de sua candidatura perante a Justia Eleitoral, at o 10o (dcimo) dia seguinte ao do pleito. 2o - A partir do registro de sua candidatura e at 10 o (dcimo) dia seguinte ao da eleio o servidor far jus a licena, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo perodo de 3 (trs) meses. SEO VII DA LICENA PARA CAPACITAO Artigo 106 - Aps cada qinqnio de efetivo exerccio, o servidor poder, no interesse da administrao, afastar-se do exerccio do cargo efetivo, com a respectiva remunerao, por at 3 (trs) meses, para participar de curso de capacitao profissional. Pargrafo nico - Os perodos de licena de que trata o caput no so acumulveis. SEO VIII DA LICENA-PRMIO POR ASSIDUIDADE Artigo 107 - Aps cada qinqnio ininterrupto de exerccio, o servidor efetivo far jus a 3 (trs) meses de licena, a ttulo de prmio por assiduidade, com a remunerao do cargo efetivo. Artigo 108 - No se conceder licena-prmio ao servidor que, no respectivo perodo aquisitivo: I - sofrer penalidade disciplinar de suspenso; II - tiver 10 (dez) faltas, devidamente no justificadas; III - afastar-se do cargo em virtude de: a) Licena por motivo de doena em pessoa da famlia sem remunerao.

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b) Licena para tratar de assuntos e interesses particulares. c) Condenao a pena privativa de liberdade em virtude de sentena definitiva. d) Afastamento para acompanhar cnjuge ou companheiro. 1 - Os perodos de licena-prmio no so acumulveis, decaindo do direito de usufru-la o servidor que a no tiver requerido at um ano antes do trmino do perodo aquisitivo subseqente. 2 - A concesso da licena-prmio se dar mediante requerimento do servidor, dirigido ao rgo de pessoal, e ser deferido aps a verificao do cumprimento dos requisitos legais, iniciando-se o perodo de fruio em data que melhor atenda aos interesses da Administrao, a juzo da chefia imediata, mas dentro do perodo aquisitivo subseqente. 3 - vedada a converso de licena-prmio em espcie, salvo em caso de resciso contratual. Artigo 109 - O nmero de servidores em licena-prmio no poder ser superior a (um quarto) da lotao da respectiva unidade administrativa do rgo ou entidade. SEO IX DA LICENA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES Artigo 110 - A critrio da administrao, poder ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que no esteja em estgio probatrio, licena para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de at 02 (dois) anos consecutivos, sem remunerao, prorrogvel uma nica vez, por perodo no superior a esse limite. Pargrafo nico - A licena poder ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do servio. SEO X DA LICENA PARA DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA Artigo 111 - assegurado ao servidor o direito licena sem remunerao do cargo efetivo para desempenho de mandato em confederao, federao, associao de classe, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profisso.

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1o - Somente podero ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direo ou representao nas referidas entidades, limitada a licena a um servidor por entidade de classe. 2o - A licena ter durao idntica do mandato, podendo ser prorrogada no caso de reeleio e por uma nica vez. 3o - O servidor ocupante de cargo em comisso ou funo gratificada dever desencompatibilizar-se do cargo ou funo quando empossar-se no mandato de que trata este artigo. SEO XI DA LICENA POR ACIDENTE DE SERVIO Artigo 112 - Ser licenciado com remunerao integral, o servidor acidentado em servio. Artigo 113 - Configura acidente em servio o dano fsico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione mediata ou imediatamente, com as atribuies do cargo exercido. Pargrafo nico - Equipara-se ao acidente em servio o dano: I - decorrente de agresso sofrida e no provocada pelo servidor no exerccio de seu cargo; II - sofrido no percurso de sua residncia para o trabalho ou viceversa. Artigo 114 - O servidor acidentado em servio que necessite de tratamento especializado poder faz-lo em instituio privada, conta dos recursos pblicos. Pargrafo nico - O tratamento recomendado por junta mdica oficial constitui medida de exceo e somente ser admissvel quando inexistirem meios e recursos adequados em instituies pblicas. Artigo 115 - A prova do acidente ser feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogvel quando as circunstncias o exigirem ou a qualquer poca quando se tratar de doena profissional comprovada por percia mdica realizada por junta mdica oficial. SEO XII

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DA LICENA POR MOTIVO DE DOENA EM PESSOAS DA FAMLIA Artigo 116 - Poder ser concedida licena ao servidor por motivo de doena do cnjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovao por junta mdica oficial. 1 - A licena somente ser deferida se a assistncia direta do servidor for indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo, ou mediante compensao de horrio na forma do inciso II, do art. 60. 2 - A licena ser concedida, sem prejuzo da remunerao do cargo efetivo, at 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por at 30 (trinta) dias, mediante parecer de junta mdica oficial e, excedendo estes prazos, sem remunerao, por at 90 (noventa) dias. SEO XIII DA LICENA PARA EXERCCIO DE MANDATO ELETIVO Artigo 117 - Ao servidor investido em mandato eletivo aplica-se as seguintes disposies: I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficar afastado do cargo; II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao; III - investido no mandato de vereador: a) Havendo compatibilidade de horrio, perceber as vantagens de seu cargo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo. b) No havendo compatibilidade de horrio, ser afastado do cargo, sendo-lhe facultativo optar pela sua remunerao. CAPTULO IV DAS FRIAS E ADICIONAL SEO I DAS FRIAS Artigo 118 - O servidor far jus a 30 (trinta) dias consecutivos de frias, que podem ser acumuladas, at o mximo de 2 (dois) perodos, no caso de

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necessidade do servio, ressalvadas as hipteses em que haja legislao especfica. 1o - Para cada perodo aquisitivo de frias sero exigidos 12 (doze) meses de exerccio. 2o - vedado levar a conta de frias qualquer falta ao servio. 3 - No clculo da remunerao das frias incluir-se- a media anual da remunerao por horas extraordinria trabalhadas habitualmente. Artigo 119 - O pagamento da remunerao das frias ser efetuado at 2 (dois) dias antes do incio do respectivo perodo, observando-se o disposto no 1o, do art. 118. Pargrafo nico - facultado ao servidor converter 1/3 (um tero) das frias em abono pecunirio, desde que o requeira com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedncia. Artigo 120 - O servidor exonerado do cargo efetivo, perceber indenizao relativa ao perodo das frias a que tiver direito e ao incompleto, na proporo de 1/12 (um doze avos) por ms de efetivo exerccio, ou frao igual ou superior a 15 (quinze) dias. Pargrafo nico - A indenizao ser calculada com base na remunerao do ms em que for publicado o ato de exonerao. Artigo 121 - O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substncias radioativas gozar 20 (vinte) dias consecutivos de frias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hiptese a acumulao. Artigo 122 - As frias somente podero ser interrompidas por motivo de calamidade pblica, comoo interna, convocao para jri, servio militar ou eleitoral, ou por necessidade de servio, declarada pela autoridade mxima do rgo ou entidade. Pargrafo nico - O restante do perodo interrompido ser gozado em uma s vez, observado o disposto no artigo 118. Artigo 123 - O servidor em regime de acumulao lcita, perceber o adicional calculado sobre a remunerao dos cargos, cujo perodo aquisitivo lhe garanta o gozo das frias.

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CAPTULO V DO AFASTAMENTO PARA ESTUDO NO EXTERIOR Artigo 124 - O servidor no poder ausentar-se do Pas para estudo, sem autorizao do Prefeito Municipal ou tratando-se de servidor do Poder Legislativo, do Presidente da Cmara Municipal. 1o - A ausncia no exceder de 4 (quatro) anos e, findo o estudo, somente decorrido igual perodo, ser permitida nova ausncia. 2o - Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo, cuja despesa for custeada pelo Tesouro Municipal, no ser concedida exonerao ou licena para tratar de interesse particular, antes de decorrido o perodo igual ao afastamento, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa efetuada com seu afastamento. Artigo 125 - O afastamento para estudo no exterior obedecer ao disposto em regulamento, por ato do Prefeito Municipal. CAPTULO VI DAS CONCESSES Artigo 126 - Sem qualquer prejuzo, poder o servidor ausentar-se do servio: I - por 01(um) dia, para doao de sangue; II - por 02 (dois) dias, para se alistar como eleitor; III - por 08 (oito) dias consecutivos em razo de: a) Casamento. b) Falecimento do cnjuge, companheiro, pais, madrasta e padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmos. SEO I DO HORRIO ESPECIAL PARA ESTUDANTE Artigo 127 - Ser concedido horrio especial ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horrio escolar e o da repartio, sem prejuzo do exerccio do cargo.

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1o - Para efeito do disposto neste artigo, ser exigida a compensao de horrio no rgo ou entidade que tiver exerccio, respeitada a durao semanal do trabalho. 2o - Tambm ser concedido horrio especial ao servidor portador de deficincia, quando comprovada a necessidade por junta mdica oficial, independentemente de compensao de horrio. CAPTULO VII DO SISTEMA PREVIDENCIRIO Artigo 128 - O Municpio manter planos de custeio e de benefcios previdencirios para o servidor e seus dependentes, mediante sistema previdencirio prprio, institudo atravs de Lei Complementar. Pargrafo nico - O Municpio contratar Plano de Sade mdico-odontolgico em benefcio de seus servidores conforme dispuser em regulamento, por ato do Prefeito Municipal. CAPTULO VIII DO DIREITO DE PETIO Artigo 129 - assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Pblicos, em defesa de direito ou de interesses legtimos. Artigo 130 - O requerimento ser dirigido ao Secretrio Municipal de Administrao, e encaminhado por intermdio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Artigo 131 - Cabe pedido de reconsiderao autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira deciso, no podendo ser renovado. Pargrafo nico - O requerimento e o pedido de reconsiderao de que tratam o art. 132 e o caput deste artigo, devero ser despachados no prazo mximo de 05 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. Artigo 132 - Caber recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsiderao; II - das decises sobre os recursos sucessivamente interpostos.

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1o - O recurso ser dirigido autoridade imediatamente superior a que estiver expedido o ato ou proferido a deciso, e, sucessivamente, em escala ascendente, s demais autoridades. 2o - O recurso ser encaminhado por intermdio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. Artigo 133 - O prazo para interposio de pedido de reconsiderao ou de recurso de 30 (trinta) dias, a contar da publicao ou da cincia, pelo interessado, da deciso recorrida. Artigo 134 - O recurso poder ser recebido com efeito suspensivo, a juzo da autoridade competente. Pargrafo nico - Em caso de provimento do pedido de reconsiderao ou do recurso, os efeitos da deciso retroagiro data do ato impugnado. Artigo 135 - O direito de requerer prescreve: I - em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e disponibilidade ou que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalhos. II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. Pargrafo nico - O prazo de prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da data da cincia, pelo interessado quando o ato no for publicado. Artigo 136 - O pedido de reconsiderao e o recurso quando cabveis, interrompem a prescrio. Pargrafo nico - Interrompida a prescrio, o prazo comear a correr, novamente, por inteiro, no dia em que cessar a interrupo. Artigo 137 - Para o exerccio do direito de petio, assegurada vista do processo ou documento, na repartio, ao servidor ou a procurador por ele constitudo. Artigo 138 - A Administrao dever rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. Artigo 139 - A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela administrao.

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CAPTULO IX DO TEMPO DE SERVIO Artigo 140 - A apurao do tempo de servio ser feita em dias, que sero convertidos em anos, considerado o ano como 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias. Artigo 141 - Alm das ausncias do servidor previstas no art. 126, so considerados como de efetivo exerccio os afastamentos em virtude de: I - frias; II - exerccio de cargo em comisso ou equivalente, em rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, Municpios e Distrito Federal; III - exerccio de cargo ou funo de governo ou administrao, em qualquer parte do municpio, por nomeao do Prefeito Municipal; IV - participao em programa de treinamento regularmente institudo, conforme dispuser em regulamento, por ato do Prefeito Municipal; V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal; VI - licena: a) gestante, adotante e paternidade b) Para tratamento da prpria sade, at o limite de 24 (vinte e quatro) meses cumulativos ao longo do tempo de servio pblico prestado ao Municpio, em cargo de provimento efetivo. c) Para desempenho de mandato classista, exceto para efeito de promoo por merecimento. d) Por motivo de acidente em servio ou doena profissional. e) Para capacitao conforme dispuser o regulamento, por ato do Prefeito Municipal. f) Por convocao para o servio militar. VII - deslocamento para a nova sede; VIII - participao em competio esportiva ou convocao para integrar representao desportiva municipal, estadual e nacional, no pas ou no exterior, conforme disposto em lei especfica; IX - disponibilidade. Pargrafo nico - Aprovado, o candidato no programa de formao, o tempo destinado ao seu cumprimento ser computado, para todos os efeitos, como de efetivo exerccio no cargo pblico em que venha a ser investido. Artigo 142 - Contar-se- para efeito de disponibilidade, somente o tempo de servio prestado ao Municpio de Primavera do Leste. Artigo 143 - Contar-se- apenas para efeito de aposentadoria:

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I - o tempo de servio pblico prestado Unio, aos Estados, Municpios e ao Distrito Federal; II - a licena para tratamento de sade de pessoa da famlia do servidor, com remunerao; III - a licena para atividade poltica, com remunerao, na hiptese prevista no art. 105, 2; IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, vinculado a previdncia social; V - o tempo de servio em atividade privada, vinculada previdncia social; VI - o tempo de servio relativo a tiro de guerra; 1o - O tempo de servio em que o servidor esteve aposentado ser contado apenas para nova aposentadoria. 2o - vedado a contagem cumulativa de tempo de servio prestado concomitantemente em mais de um cargo ou funo de rgo ou entidade dos Poderes da Unio, Estados, Distrito Federal e Municpio, autarquia fundao pblica, sociedade de economia mista e empresa pblica. TTULO V DO REGIME DISCIPLINAR CAPTULO I DOS DEVERES Artigo 144 - So deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicao as atribuies do cargo; II - ser leal s instituies a que servir; III - observar as normas legais e regulamentos; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) Ao pblico em geral, prestando as informaes requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) expedio de certides requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situaes de interesse pessoal. c) s requisies para a defesa da Fazenda Pblica. VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo; VII - zelar pela economia do material e a conservao do patrimnio pblico;

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VIII - guardar sigilo sobre assuntos da repartio; IX - manter conduta compatvel com a moralidade administrativa; X - ser assduo e pontual ao servio; XI - tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de poder; Pargrafo nico - A representao de que trata o inciso XII ser encaminhada pela via hierrquica e apreciada pela autoridade superior quela contra a qual formulada, assegurando-se ao representado o direito de ampla defesa. CAPTULO II DAS PROIBIES Artigo 145 - Ao servidor pblico proibido: I - ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato; II - retirar, sem prvia anuncia da autoridade, qualquer documento ou objeto da repartio; III - recusar f a documentos pblicos; IV - opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo ou execuo de servio; V - promover manifestao de apreo ou desapreo no recinto da repartio; VI - cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuies que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se ou desfiliarem-se a associao profissional ou sindical, ou a partido poltico; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo de confiana, cnjuge, companheiro ou parente at o segundo grau civil; IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo pblica; X - participar de gerncia ou administrao de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer o comrcio, exceto na qualidade de acionista, quotista ou comanditrio; XI - atuar, como procurador intermedirio, junto a reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes at o segundo grau, e de cnjuge ou companheiro; XII - receber propina, comisso, presente ou vantagem de qualquer espcie, em razo de suas atribuies; XIII - proceder de forma desidiosa;

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XIV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio em servios ou atividades particulares; XV - cometer a outro servidor atribuies estranhas s do cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias; XVI - exercer quaisquer atividades que sejam incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho; XVII - recusar-se de atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. CAPTULO III DA ACUMULAO Artigo 146 - Ressalvados os casos previstos na Constituio da Repblica, vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos. 1o - A proibio de acumular estende-se a cargos, empregos e funes em autarquias, fundaes pblicas, empresas pblicas, sociedades de economia mista da Unio, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municpios. 2o - A acumulao de cargos, ainda que lcita, fica condicionada comprovao da compatibilidade de horrios. Artigo 147 - O servidor no poder exercer mais de um cargo em comisso, exceto nos casos previsto no pargrafo nico do art. 10, nem ser remunerado pela participao em rgo de deliberao coletiva. 1o - O servidor vinculado ao regime desta lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargos de provimento em comisso, ficar afastado de ambos os cargos efetivos recebendo sua remunerao do cargo em exerccio. 2o - O afastamento previsto neste artigo ocorrer apenas em relao a um dos cargos, se houver compatibilidade de horrio e local. CAPTULO IV DAS RESPONSABILIDADES Artigo 148 - O servidor responde civil, administrativamente pelo exerccio irregular de suas atribuies. penal e

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Artigo 149 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuzo ao errio ou a terceiros. 1o - A indenizao de prejuzo dolosamente causado ao errio somente ser liquidada na forma prevista no art. 63, na falta de outros bens que assegurar a execuo do dbito pela via judicial. 2o - Tratando-se de dano causado a terceiros, responder o servidor perante a Fazenda Pblica, em ao regressiva. 3o - A obrigao de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles ser executada, at o limite do valor da herana recebida. Artigo 150 - A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputados ao servidor, nessa qualidade. Artigo 151 - A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou funo. Artigo 152 - As sanes civis, penais e administrativas podero cumular-se, sendo independentes entre si. Artigo 153 - A responsabilidade administrativa do servidor ser afastada no caso de absolvio criminal que negue a existncia do fato ou a sua autoria. CAPTULO V DAS PENALIDADES Artigo 154 - So penalidades disciplinares: I - advertncia; II - suspenso; III - demisso; IV - cassao de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituio de cargo em comisso; VI - destituio de funo comissionada. Artigo 155 - Na aplicao das penalidades sero consideradas a natureza e a gravidade da infrao cometida, os danos que dela provierem para o servio pblico, as circunstncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.

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Pargrafo nico - O ato de imposio da penalidade mencionar sempre o fundamento legal e a causa da sano disciplinar. Artigo 156 - A advertncia ser aplicada por escrito, nos casos de violao de proibio constante do art. 145, incisos I a VIII e XVII e de inobservncia de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, que no justifique imposio de penalidade mais grave. Artigo 157 - A suspenso ser aplicada em caso de reincidncia das faltas punidas com advertncia e de violao das demais proibies que no tipifiquem infrao sujeita a penalidade de demisso, no podendo exceder de 90 (noventa) dias. 1o - Ser punido com suspenso de at 15 (quinze) dias o servidor que injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeo mdica determinada pela autoridade, cessando os efeitos de penalidade uma vez cumprida a determinao. 2o - Quando houver convenincia para o servio, a penalidade de suspenso poder ser convertida em multa, na base de 50% (cinqenta por cento) do dia de vencimento ou remunerao, ficando o servidor obrigado a permanecer em servio. Artigo 158 - As penalidades de advertncia e de suspenso tero seus registros cancelados aps o decurso de 3 (trs) e 5 (cinco) anos de efetivo exerccio, respectivamente, se o servidor no houver, nesse perodo, praticado nova infrao disciplinar. Pargrafo nico - O cancelamento da penalidade no surtir efeitos retroativos Artigo 159 - A demisso ser aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administrao pblica; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - Improbidade administrativa; V - incontinncia pblica e conduta escandalosa, na repartio; VI - insubordinao grave em servio; VII - ofensa fsica, em servio, a servidor ou a particular, salvo em legtima defesa prpria ou de outrem; VIII - aplicao irregular de dinheiro pblico; IX - revelao de segredo apropriado em razo de cargo; X - leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio municipal; XI - corrupo;

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XII - acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas; XIII - transgresso do art. 145, incisos IX a XV. Artigo 160 - Detectada a qualquer tempo a acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes pblicas, a autoridade competente, notificar o servidor, por intermdio de sua chefia imediata, para apresentar opo no prazo improrrogvel de 10 (dez) dias, contados da data da cincia e, na hiptese de omisso, adotar procedimento sumrio para sua apurao e regularizao imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolver nas seguintes fases: I - instaurao, com a publicao do ato que constituir a comisso, a ser composta por dois servidores estveis, e simultaneamente indicar a autoria e materialidade da transgresso objeto da apurao; II - instruo sumria, que compreende indiciao, defesa e relatrio; III - julgamento; 1o - A indiciao da autoria de que trata o inciso I, deste artigo, dar-se- pelo nome e matrcula do servidor, e a materialidade pela descrio dos cargos, empregos ou funes pblicas em situao de acumulao ilegal, dos rgos ou entidades de vinculao, das datas de ingresso, do horrio de trabalho e do correspondente regime jurdico. 2o - A comisso lavrar, at 3 (trs) dias aps a publicao do ato que a constituiu, termo de indiciao em que sero transcritas as informaes de que trata o pargrafo anterior, bem como promover a citao pessoal do servidor indiciado, ou por intermdio de sua chefia imediata, para no prazo de 05 (cinco) dias, apresentar defesa, assegurando-lhe vista do processo na repartio, observado os dispostos nos arts 163 e 164. 3o - Apresentada a defesa, a comisso elaborar relatrio conclusivo quanto inocncia ou responsabilidade do servidor, em que resumir as peas principais dos autos, opinar sobre a licitude da acumulao em exame, indicar o respectivo dispositivo legal e remeter o processo autoridade instaladora para o julgamento. 4o - No prazo de 05 (cinco) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferir a sua deciso, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no pargrafo nico do art. 165. 5o - A opo pelo servidor at o ltimo dia do prazo para defesa configurar sua boa-f hiptese em que se converter-se- automaticamente em pedido de exonerao do outro cargo.

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6o - Caracterizada a acumulao ilegal e provada a m-f, aplicar-se- a pena de demisso, destituio ou cassao de aposentadoria ou disponibilidade em relao aos cargos ou funes pblicas em regime de acumulao ilegal, hiptese em que os rgos ou entidades de vinculao sero comunicados. 7o - O prazo para a concluso do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumrio no exceder 30 (trinta) dias, contados da data de publicao do ato que constituir a comisso, admitida a sua prorrogao por at 15 (quinze) dias, quando as circunstncias o exigirem. 8o - O procedimento sumrio rege-se pelas disposies deste artigo, observando-se no que lhe for aplicvel, subsidiariamente, as disposies do ttulo VI desta lei. Artigo 161 - As penalidades disciplinares sero aplicadas: I - pelo Prefeito, pelo Presidente da Cmara e pelo dirigente superior de Autarquia ou Fundao, quando se tratar de demisso e cassao de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo poder ou entidade; II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior quelas mencionadas no inciso I, quando se tratar de suspenso, superior a 30 (trinta) dias; III - pelo chefe da repartio e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos, nos casos de advertncia ou de suspenso de at 30 (trinta) dias; IV - pela autoridade que houver feito a nomeao, quando se tratar de destituio de cargo em comisso. Artigo 162 - A ao disciplinar prescrever: I - em 05 (cinco) anos, quanto s infraes punveis com demisso, cassao de aposentadoria e destituio de cargo de comisso; II - em 02 (dois) anos quanto suspenso; III - em 180 (cento e oitenta) dias quanto advertncia; 1o - O prazo de prescrio comea a correr da data em que o fato se tornou conhecido. 2o - Os prazos de prescrio previstos na lei penal aplicam-se s infraes disciplinares capituladas tambm com crime. 3o - A abertura de sindicncia ou a instaurao de processo disciplinar interrompe a prescrio, at a deciso final proferida por autoridade competente.

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4o - Interrompido o curso da prescrio, o prazo comear a correr novamente a partir do dia em que cessar a interrupo. TTULO VI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E DISCIPLINAR CAPTULO I DISPOSIES GERAIS Artigo 163 - A autoridade que tiver cincia de irregularidade no servio pblico obrigada a promover a sua apurao imediata, mediante sindicncia ou processo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. Artigo 164 - As denncias sobre irregularidades sero objeto de sindicncia, desde que contenham a identificao e o endereo do denunciante, e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade. Pargrafo nico - Quando o fato narrado no configurar evidente infrao disciplinar ou ilcito penal, a denncia ser arquivada por falta de objeto. Artigo 165 - Da sindicncia poder resultar: I - arquivamento do processo; II - instaurao de processo disciplinar. Artigo 166 - Sempre que o ilcito praticado pelo servidor ensejar a imposio de qualquer penalidade, ser obrigatria a instaurao de processo disciplinar. CAPTULO II DO AFASTAMENTO PREVENTIVO Artigo 167 - Como medida cautelar e a fim de que o servidor no venha a influir na apurao da irregularidade, a autoridade instaladora do processo disciplinar poder determinar o seu afastamento do exerccio do cargo, pelo prazo de at 60 (sessenta) dias, sem prejuzo da remunerao. Pargrafo nico - O afastamento poder ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cessaro os seus efeitos, ainda que no concludo o processo. CAPTULO III

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DO PROCESSO DISCIPLINAR Artigo 168 - O processo disciplinar o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infrao praticada no exerccio de suas atribuies, ou que tenha relao com as atribuies do cargo em que se encontre investido. Artigo 169 - O processo disciplinar ser conduzido por comisso, composta de 03 (trs) servidores estveis, designados pela autoridade competente que indicar dentre eles, o seu presidente, que dever ser ocupante de cargo efetivo superior ou do mesmo nvel, ou ter nvel de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 1o - A comisso ter como secretrio servidor designado pelo seu presidente, podendo a designao recair em um dos seus membros. 2o - No poder participar de comisso de sindicncia ou inqurito, cnjuge, companheiro ou parente do acusado, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at terceiro grau. Artigo 170 - A comisso exercer suas atividades com independncia e imparcialidade, assegurado o sigilo necessrio elucidao do fato ou exigido pelo interesse da administrao. Pargrafo nico - As reunies e as audincias das comisses tero carter reservado. Artigo 171 - O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I - instaurao, com a publicao do ato que constituir a comisso; II - inqurito administrativo, que compreende instruo, defesa e relatrio; III - julgamento. Artigo 172 - O prazo para concluso do processo disciplinar no exceder 60 (sessenta) dias, contados da data de publicao do ato que constituir a comisso, admitida a sua prorrogao por igual prazo, quando as circunstncias o exigirem. 1o - Sempre que necessrio, a comisso dedicar tempo integral, aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, at a entrega do relatrio final.

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2o - As reunies da comisso sero registradas em atas que devero detalhar as deliberaes adotadas. SEO I DO INQURITO Artigo 173 - O inqurito administrativo obedecer ao princpio do contraditrio, assegurada ao acusado ampla defesa, com a utilizao dos meios e recursos admitidos em direito. Artigo 174 - Os autos da sindicncia integraro o processo disciplinar como pea informativa da instruo. Pargrafo nico - Na hiptese do relatrio da sindicncia concluir que a infrao est capitulada como ilcito penal, a autoridade competente encaminhar cpia dos autos ao Ministrio Pblico, independente da imediata instaurao do processo disciplinar. Artigo 175 - Na fase do inqurito, a comisso promover a tomada de depoimentos, acareaes, investigaes e diligncias cabveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo, quando necessrio, a tcnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidao dos fatos. Artigo 176 - assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermdio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contra provas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. 1o - O presidente da Comisso poder denegar pedidos considerados impertinentes, meramente protelatrios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. 2o - Ser indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovao do fato independer de conhecimento especial de perito. Artigo 177 - As testemunhas sero intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente da Comisso, devendo a segunda via, com ciente do interessado, ser anexada aos autos. Pargrafo nico - Se a testemunha for servidor pblico, a expedio do mandado ser imediatamente comunicada ao chefe da repartio onde serve, com indicao do dia e hora marcados para a inquirio.

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Artigo 178 - O depoimento ser prestado oralmente e reduzido a termo, no sendo lcito testemunha traz-lo escrito. 1o - As testemunhas sero inquiridas separadamente. 2o - Na hiptese de depoimentos contraditrios, proceder-se- acareao entre os depoentes. Artigo 179 - Concluda a inquirio das testemunhas a comisso promover o interrogatrio do acusado, observados os procedimentos previstos nos artigos 177 e 178. 1o - No caso de mais de um acusado, cada um deles ser ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declaraes sobre os fatos ou circunstncias, ser promovida a acareao entre eles. 2o - O procurador do acusado poder assistir ao interrogatrio, bem como a inquirio das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultando-lhe, porm, reinquir-las, por intermdio do Presidente da Comisso. Artigo 180 - Quando houver dvidas sobre a sanidade mental do acusado, a comisso propor a autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta mdica oficial, da qual participe pelo menos um mdico psiquiatra. Pargrafo nico - O incidente de sanidade mental ser processado em auto apartado e apenso ao processo principal, aps a expedio do laudo pericial. Artigo 181 - Tipificada a infrao disciplinar, ser formulada a indiciao do servidor, com a especificao dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. 1o - O indiciado ser citado por mandado expedido pelo Presidente da Comisso para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartio. 2o - Havendo dois ou mais indiciados, o prazo comum ser de 20 (vinte) dias. 3o - O prazo de defesa poder ser prorrogado pelo dobro, para diligncias reputadas indispensveis.

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4o - No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cpia da citao, o prazo para defesa contar-se- da data declarada em termo prprio, pelo membro da comisso que fez a citao, com a assinatura de 02 (duas) testemunhas. Artigo 182 - O indiciado que mudar de residncia fica obrigado a comunicar o lugar onde poder ser encontrado. Artigo 183 - Achando-se o indiciado em lugar incerto e no sabido, ser citado por Edital, publicado no Dirio Oficial e/ou em jornal de grande circulao no Municpio de Primavera do Leste, para apresentar defesa, ou ainda por afixao na Prefeitura e Cmara Municipal. Pargrafo nico - Na hiptese deste artigo, o prazo para defesa ser de 15 (quinze) dias a partir da publicao do Edital. Artigo 184 - Considerar-se- revel o indiciado que, regularmente citado, no apresentar defesa no prazo legal. 1o - A revelia ser declarada, por termo, nos autos do processo e devolver o prazo para a defesa. 2o - Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designar um servidor como defensor dativo, que dever ser ocupante de cargo efetivo superior ou de um mesmo nvel, ou ter nvel de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Artigo 185 - Apreciada a defesa, a comisso elaborar relatrio minucioso, onde resumir as peas principais dos autos e mencionar as provas em que se baseou para formar a sua convico. 1o - O relatrio ser sempre conclusivo quanto inocncia ou responsabilidade do servidor. 2o - Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comisso indicar o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como circunstncias agravantes ou atenuantes. Artigo 186 - O processo disciplinar, com o relatrio da comisso, ser remetido autoridade que determinou a sua instaurao, para julgamento. SEO II DO JULGAMENTO

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Artigo 187 - No prazo de 20 (vinte) dias contados do recebimento do processo a autoridade julgadora proferir a sua deciso. 1o - Se a penalidade a ser aplicada exceder a alada da autoridade instauradora do processo, este ser encaminhado autoridade competente, que decidir em igual prazo. 2o - Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanes, o julgamento caber autoridade competente para a imposio de pena mais grave. 3o - Se a penalidade prevista for demisso ou cassao de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento final caber s autoridades de que trata o inciso I do art. 161. 4o - Reconhecida pela comisso a inocncia do servidor, a autoridade instaladora do processo determinar o seu arquivamento, salvo se flagrantemente contrria prova dos autos. Artigo 188 - O julgamento acatar o relatrio da comisso, salvo quando contrrio s provas dos autos. Pargrafo nico - Quando o relatrio da comisso contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poder, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrand-la ou isentar o servidor de responsabilidade. Artigo 189 - Verificada a existncia de vcio insanvel, a autoridade que determinou a instaurao do processo ou outra de hierarquia superior, declarar a nulidade, total ou parcial, e ordenar a constituio de outra comisso para a instaurao de novo processo. 1o - O julgamento fora do prazo legal no implica nulidade do processo. 2o - A autoridade julgadora que der causa a prescrio de que trata o 1o artigo 162, ser responsabilizada na forma do captulo IV do ttulo V. Artigo 190 - Extinta a punibilidade pela prescrio a autoridade julgadora determinar o registro do fato nos assentamentos individuais do servidor. Artigo 191 - Quando a infrao estiver capitulada como crime, o processo disciplinar ser remetido ao Ministrio Pblico para instaurao da ao penal, ficando traslado na repartio.

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Artigo 192 - O servidor que responde a processo disciplinar s poder ser exonerado, a pedido, ou aposentado voluntariamente, aps a concluso do processo e o cumprimento da penalidade, caso aplicada. SEO III DA REVISO DO PROCESSO Artigo 193 - O processo disciplinar poder ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofcio, quando se aduzirem fatos novos ou circunstncias suscetveis de justificar a inocncia do punido ou a inadequao de penalidade aplicada. 1o - Em caso de falecimento, ausncia ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da famlia poder requerer a reviso do processo. 2o - No caso de incapacidade mental do servidor, a reviso ser requerida pelo respectivo curador. Artigo 194 - No processo revisional, o nus da prova cabe ao requerente. Artigo 195 - A simples alegao de injustia da penalidade no constitui fundamento para a reviso, que requer elementos novos, ainda no apreciados no processo originrio. Artigo 196 - O requerimento de reviso do processo ser dirigido ao Prefeito Municipal que, se autorizar a reviso, encaminhar o pedido ao dirigente do rgo ou entidade onde se originou o processo disciplinar. Pargrafo nico - Deferida a petio, a autoridade competente providenciar a constituio de comisso, na forma prevista no art. 169 desta lei. Artigo 197 - A reviso correr em apenso ao processo originrio. Pargrafo nico - Na petio inicial, o requerente pedir dia e hora para a produo de provas e inquirio das testemunhas que arrolar. Artigo 198 - A Comisso revisora ter at 60 (sessenta) dias para concluso dos trabalhos, prorrogvel por igual prazo, quando as circunstncias o exigirem.

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Artigo 199 - Aplicam-se aos trabalhos da comisso revisora, no que couber, as normas e procedimentos prprios da comisso do processo disciplinar. Artigo 200 - O julgamento caber autoridade que aplicou a penalidade nos termos do art. 161 desta lei. Pargrafo nico - O prazo para julgamento ser de at 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poder determinar diligncias. Artigo 201 - Julgada procedente a reviso, ser declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relao destituio de cargo em comisso, que ser convertida em exonerao. Pargrafo nico - Da reviso do processo no poder resultar agravamento de penalidade. TTULO VII DAS DISPOSIES GERAIS, FINAIS E TRANSITRIAS Artigo 202 - Ficam submetidos ao regime jurdico institudo por esta lei, na qualidade de servidores pblicos, os servidores de ambos os Poderes do Municpio, das autarquias e fundaes municipais, regidos pela Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n. 5452, de 1 de maio de 1.943, exceto os contratados por prazo determinado, que ficaram sujeitos a regime especial a ser disciplinado em Lei especfica. Pargrafo nico - Os empregos ocupados pelos servidores includos no regime institudo por esta lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicao. Artigo 203 - O dia do servidor pblico ser comemorado a 28 (vinte e oito) de outubro. Artigo 204 - Podero ser institudos, no mbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio, os seguintes incentivos funcionais, alm daqueles j previstos nos respectivos planos de carreira: I - prmios pela apresentao de idias, inventos ou trabalhos que favoream o aumento de produtividade e a reduo dos custos operacionais; II - concesso de medalhas, diplomas de honra ao mrito, condecorao e elogio.

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Artigo 205 - Os prazos previstos nesta lei sero contados em dias corridos, excluindo-se o dia do comeo e incluindo-se o vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia til seguinte, o prazo vencido em dia que no haja expediente. Artigo 206 - Por motivo de crena religiosa ou convico filosfica ou poltica, nenhum servidor poder ser privado de quaisquer de seus direitos, sofrer discriminao em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres. Artigo 207 - So assegurados ao servidor pblico os direitos de associao profissional, sindical e o de greve. Pargrafo nico - O direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em Lei Federal. Artigo 208 - Ao servidor estudante que mudar de sede, dentro do Municpio, no interesse da Administrao, assegurada na localidade da nova residncia ou na mais prxima, matrcula em instituio de ensino congnere, em qualquer poca, independente de vaga. Pargrafo nico - O disposto neste artigo estende-se ao cnjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorizao judicial. Artigo 209 - O servidor pblico municipal, de ambos os Poderes, de suas autarquias e fundaes, vincula-se, obrigatoriamente, ao sistema previdencirio municipal ou convnio. Artigo 210 - Nos casos omissos neste Estatuto sero aplicados subsidiariamente, as disposies da Lei Orgnica Municipal, Plano de Cargos e Vencimentos e da Constituio Federal. Artigo 211 - Para custeio das despesas decorrentes desta lei, sero utilizados os recursos oramentrios prprios, com a suplementao necessria ou mediante crdito especial, na forma da lei. Artigo 212 - A licena prmio a que se refere o artigo 107, referente ao tempo de servio decorrido antes da vigncia da presente lei, desde a data de admisso do servidor, ser concedida parceladamente, a requerimento do interessado, na oportunidade que melhor atenda aos interesses do servio pblico, a juzo da chefia imediata do servidor.

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Pargrafo nico - No aplica-se o 1 do artigo 108, para os perodos previstos no Caput deste artigo. Artigo 213 - Esta lei entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio.

GABINETE DO PREFEITO Em 25 de setembro de 2.001

RICO PINTO PIANA PEREIRA PREFEITO MUNICIPAL

MMD.

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NDICE Disposies Preliminares Ttulo I Captulo I Seo I Seo II Seo III Seo IV Seo V Seo VI Seo VII Seo VIII Seo IX Captulo II Seo I Seo II Captulo III Seo I Seo II Ttulo II Captulo nico Seo I Seo II Seo III Seo IV Seo V Ttulo III Captulo I Captulo II Ttulo IV Captulo I Captulo II Seo I Seo II Subseo I Subseo II Seo III Seo IV Subseo I Subseo II Subseo III Do Provimento, Vacncia, Remoo e Substituio Do Provimento Disposies Gerais Da Nomeao Da Readaptao Da Reverso Do Aproveitamento Do Reenquadramento Da Reconduo Da Reintegrao Da Promoo Da Vacncia Da Exonerao Da Demisso Da Movimentao Da Remoo Da Substituio Do Concurso Pblico, da Posse e do Exerccio Do Concurso Pblico Da Posse Do Exerccio Da Jornada Do Estgio Probatrio Da Estabilidade e da Disponibilidade Da Estabilidade Da Disponibilidade e do Aproveitamento Dos Direitos e Vantagens do Servidor Do Vencimento e da Remunerao Das Vantagens Das Disposies Gerais Das Indenizaes Da Ajuda de Custo Das Dirias Da Indenizao de Transporte Das Gratificaes e Adicionais Da Gratificao Natalina Adicional por Tempo de Servio Adicional de Insalubridade e Periculosidade

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Subseo IV Subseo V Subseo VI Subseo VII Subseo VIII Captulo III Seo I Seo II Seo III Seo IV Seo V Seo VI Seo VII Seo VIII Seo IX Seo X Seo XI Seo XII Seo XIII Captulo IV Seo I Captulo V Captulo VI Seo I Captulo VII Captulo VIII Captulo IX Ttulo V Captulo I Captulo II Captulo III Captulo IV Captulo V Ttulo VI Captulo I Captulo II Captulo III Seo I Seo II Seo III Ttulo VII

Do Adicional por Servio Extraordinrio Do Adicional Noturno Do Salrio Famlia Da Gratificao de Funo Do Adicional de Frias Das Licenas Das Disposies Gerais Da Licena para Tratamento de Sade Da Licena para Gestante, Adotante e Paternidade Da Licena por Motivo de Afastamento do Cnjuge ou Companheiro Da Licena para Servio Militar Da Licena para Atividade Poltica Da Licena para Capacitao Da Licena-prmio por Assiduidade Da Licena para Tratar de Assuntos Particulares Da Licena para Desempenho de Mandato Classista Da Licena por Acidente de Servio Da Licena por Motivo de Doena em Pessoas da Famlia Da Licena para Exerccio de Mandato Eletivo Das Frias e Adicional Das Frias Do Afastamento para Estudo no Exterior Das Concesses Do Horrio Especial para Estudante Do Sistema Previdencirio Do Direito de Petio Do Tempo de Servio Do Regime Disciplinar Dos Deveres Das Proibies Da Acumulao Das Responsabilidades Das Penalidades Do Processo Administrativo e Disciplinar Disposies Gerais Do Afastamento Preventivo Do Processo Disciplinar Do Inqurito Do Julgamento Da Reviso do Processo Das Disposies Gerais, Finais e Transitrias