aconselhamento, consolo e conforto a pessoas enfermas e seus familiares!

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  • 7/28/2019 Aconselhamento, Consolo e Conforto a Pessoas Enfermas e Seus Familiares!

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    EDEMAR KRAUSE

    ACONSELHAMENTO, CONSOLO E CONFORTO A PESSOAS

    ENFERMAS E SEUS FAMILIARES!

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    Londrina, 2008

    DEDICATRIA

    A querida Clarice,

    Esposa e mulher que com sua sensibilidade e percepo

    Ensinou-me a amar e a ser mais sensvel

    Para com os que sofrem.

    Ao querido filho Elizer Cristiano que com sua inocncia, mas sinceridade,

    Ensinou-me grandes lies da vida.

    A Igreja Congregacional de Cascavel que deu apoio,Soube valorizar juntamente comigo este perodo de curso.

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    AGRADECIMENTOS

    Quero agradecer de corao primeiramente a Deus pela vida e privilgio concedido

    por Ele para poder fazer este curso. Agradecer tambm a esposa Clarice e o filho Elizer pelo

    apoio e fora para no desistir, mas sim continuar at ao fim com propsito e determinao.

    Agradeo tambm a Faculdade Teolgica Sul Americana, direo, equipe de professores e

    todos que contriburam para que pudesse chegar ao fim deste curso to proveitoso.

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    RESUMO

    O objetivo deste trabalho de concluso de curso fazer uma anlise geral da situao

    da humanidade de forma geral, quando se trata de enfermidades, a grande maioria fica a

    merc de atendimentos seja por parte do governo como da prpria igreja.

    Tenho visto as pessoas com seus muitos dilemas nos corredores dos hospitais, sem um

    atendimento adequado, em muitos casos chegando a bito, por falta de atendimento, que

    tambm s vezes reflete na falta de estrutura. Mas em meio a este dilema todo que pude

    detectar tambm a omisso generalizada e isso nos inclui tambm como igrejas e conselheiros

    cristos, porque grande parte destas pessoas que a esto, necessitam de atendimento espiritual

    e este os mdicos no do.

    Este estudo tambm nos d uma panormica sobre o ser humano em seus aspectos

    fsico, emocional, psicolgico e espiritual, e, nos faz compreender um pouco melhor algumas

    questes por ele (ser humano) apresentado.

    Mas acima de tudo procuro mostrar alguns desafios e aes prticas para ajudar

    melhor estas pessoas que tanto sofrem, dor, abandono, falta de apoio ou pelo menos umapalavra amiga. atravs destas aes prticas com o envolvimento da comunidade ou igreja

    local que esta realidade pode comear a mudar, pelo menos neste local onde estamos e com o

    desejo grande de fazer algo concreto.

    Creio firmemente que com a aplicao destes princpios no mudar somente a

    realidade dos enfermos e seus familiares, mas tambm da prpria comunidade locar e sua

    liderana.

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    SUMRIO

    INTRODUO ...................................................................................................................... 06

    I. A REALIDADE HUMANA E SEUS DILEMAS ............................................................... 07

    1. A realidade .......................................................................................................................... 07

    2. Omisso ............................................................................................................................... 09

    II. FUNDAMENTAO HISTRICA-TERICA ............................................................... 13

    1. A imagem do homem .......................................................................................................... 13

    1.1. O homem fsico ................................................................................................................ 14

    1.2. O homem emocional ........................................................................................................ 15

    1.3. O homem espiritual .......................................................................................................... 16

    III. DESAFIOS E PROPOSTAS PARA UM ACONSELHAMENTO CRISTOCNTRICO E

    EFICAZ. .................................................................................................................................. 18

    1. Desafios ............................................................................................................................... 18

    1.1. No se negar ao corpo de Cristo ...................................................................................... 18

    1.2. No ocupar todos os espaos ........................................................................................... 19

    1.3. No isolar os irmos ......................................................................................................... 20

    1.4. No permitir as divises ................................................................................................... 212. Propostas ............................................................................................................................. 25

    2.1. Fase 1 ............................................................................................................................... 27

    2.2. Fase 2 ............................................................................................................................... 27

    2.3. Fase 3 ............................................................................................................................... 28

    CONCLUSO ........................................................................................................................ 30

    Bibliografia e outras fontes de investigao ........................................................................... 31

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    1. Introduo

    Diante de um quadro crescente de tantos que sofrem na sociedade, se faz urgentemente

    necessrio alcanar, consolar, atender aos enfermos, bem como os seus familiares.

    Mesmo diante de recursos da medicina moderna que prolonga a vida mediante terapias

    preventivas, o ser humano continua sofrendo, envelhecendo e morrendo (sem), porm, se

    faz necessrio proporcionarconsolo ao homem que sofre no corpo e na alma. Em funo

    desta necessidade permanente, propem-se atender os pacientes terminais, os enlutados por

    perdas de entes queridos e os que vm envelhecendo e enfrentado enfermidades, solido e

    dor. O que se prope de forma geral oferecercompreenso, ateno, esperana, segurana,

    amor e consolo em seus piores momentos por meio da f em Jesus Cristo, nosso Senhor e

    Mestre Consolador, independente de sua religiosidade, o que se mantm livre, ou seja,

    no se far proselitismo, a denominao de cada um ser respeitada e o atendimento

    acontecer de igual forma a todos.

    H uma carncia muito acentuada de um atendimento aos enfermos, pacientes em

    hospitais, em sua espiritualidade e no em sua religiosidade. Pois, enquanto paciente, ele

    necessita de um atendimento holstico e com a participao interdisciplinar. A enfermidadevem demonstrar um estado de desequilbrio do organismo por causas internas ou externas e na

    quase totalidade, vem de sofrimento na rea psicossomtica e pneumtica, o ser humano em

    funo disto tem tido problemas de comportamento e ajustamento, h, portanto, uma carncia

    afetiva hoje que jamais houve por parte desses pacientes.

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    I A REALIDADE HUMANA E SEUS DILEMAS.

    1. A realidade.

    Os hospitais pblicos so caracterizados por pessoas de todos os nveis scio-

    econmico e cultural e a maioria no possui acesso aos servios de sade de modo holstico,

    devido precariedade das instituies pblicas, filas enormes, mau atendimento devido

    principalmente da falta de condies de trabalho, excesso de necessitados e profissionais sem

    a devida reciclagem e mal remunerados. Esse o retrato do quadro real dos que sofrem em

    todos os hospitais da rede pblica de todo o pas A mdia anuncia isso todos os dias!

    H um crescente nmero de famlias disfuncionais, podendo observar um alto ndice

    de doenas de origem psicopneumtica (cerebral e espiritual), pessoas que sofrem no corpo,

    crebro, esprito, tendo temores com relao dor, a morte, a velhice e at mesmo pacientes

    terminais que sofrem solitrios e no dispe principalmente neste momento de um

    aconselhamento eficaz.

    1.1. Talvez a histria de J possa nos ajudar um pouco na compreenso destes fatos e

    tirar de sua histria alento para os problemas atuais que como descrito anteriormente afligem

    tantas pessoas. J homem temente a Deus estava arrasado. Primeiro, perdera todos os seusbens materiais: seu rebanho de ovelhas queimado, os bois, os camelos e os jumentos

    roubados. Depois, perdeu quase todos seus servos, a quem tratava com dignidade e amor. A

    seguir, como se j no bastasse tanta desgraa, um de seus servos a que sobrevivera veio lhe

    dar a mais triste notcia: todos os seus filhos estavam reunidos na casa do irmo mais velho,

    provavelmente compartilhando da amizade, do carinho, uns com os outros, quando um vento

    muito forte derrubou a casa sobre eles e todos morreram. A saudade, juntando-se a tristeza,

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    veio trazer a sua mente lembranas de imagens passadas, de momentos alegres. J se

    lembrava de cada um de seus filhos com carinho, com saudade. Ainda no podia crer na

    notcia. A realidade era difcil demais de aceitar. Num piscar de olhos, acabaram-se o barulho

    de vozes, risos, o canto, as discusses, tudo se aquietara, todos se foram. De sua famlia to

    grande, s restou esposa, que, nas circunstancias, no o socorreu como era de se esperar. Na

    verdade o que ocorre todos os dias em nossa volta, pessoas so esquecidas e abandonadas nos

    momentos mais difceis, mais problemticos, confusos e porque no dizer mais

    desesperadores. O governo com o sistema de sade num caos, os mdicos mais preocupados

    consigo mesmos, as igrejas por vezes, preocupadas com as tecnologias e assim o indivduo

    fica a merc de sua prpria capacidade de ao, mas esta por vezes tambm tem seu limite e

    se esgota. Quantas pessoas abandonados pela prpria famlia, outras no recebem o consolo e

    apoio dos familiares, pois estes no esto preparados para enfrentar tamanha dor e desespero.

    J em meio a tanta dor e sofrimento da perda fica doente. No um simples resfriado ou

    doena qualquer que se resolve com a ingesto de chs. Aparecem manchas em sua pele, que

    se transformam em tumores que por sua vez causam dores ininterruptas. Esta doena atacou o

    corpo inteiro: (Bblia Online SBB mdulo bsico expandido 3.0)A Satans saiu da presena

    do SENHOR e fez com que o corpo de J ficasse coberto de feridas horrveis, desde as solas

    dos ps at o alto da cabea. J 2:7; O mau hlito e o cheiro forte de seu corpo tornavam-no

    repugnante: (Bblia Online SBB)A minha mulher no tolera o mau cheiro da minha boca; osmeus irmos tm nojo de mim. J 19:17.

    J estava sofrendo, em meio a muitas dores do corpo e da alma. Estava passando por

    uma poca de crise e diante desta, tinha que escolher: ou fazer uma opo pela vida,

    superando a crise e amadurecendo, e tendo vitria sobre a morte que se instalou em sua vida,

    ou ento permitir que os sinais da morte se incorporassem cada vez mais nele, deixando-a

    dominar sua vida. necessrio ter amigos que possam ajudar, trabalhando criativamente

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    sobre os sentimentos que acompanham a perda, optando pela vida lutando contra a morte,

    exercendo o ministrio de consolao, transmitindo vida. Amigo no s aquele que fala

    muito ou d muitos conselhos, mas tambm aquele que senta ao lado e ouve atentamente as

    decepes, tristezas e argumentos do outro, estamos em uma poca que necessita mais do que

    nunca de pessoas assim.

    1.2. A maioria dos hospitais e muitas igrejas no contam com um atendimento na rea

    de aconselhamento espiritual, apesar do grande nmero de pacientes e enfermos que sofrem

    na solido, na ansiedade e seus temores e entre outras necessidades psico-social-pneumtico.

    (presso em vrios nveis). Acredito que um dos grandes problemas enfrentados pelas igrejas

    hoje seja exatamente essa falta de apoio aos que necessitam, principalmente de orientao

    para a vida no s espiritual, mas tambm, conjugal, financeira, profissional, familiar, enfim

    em todas as reas. Veja com tristeza o despreparo da igreja brasileira neste sentido. Portanto a

    partir deste curso e deste, espero oferecer atendimento espiritual aos pacientes, enfermos,

    familiares, ministrando conforto, amor, f, segurana e compreenso para que estes enfrentem

    as enfermidades e seus sofrimentos com serenidade.

    2. Omisso.

    A omisso acontece em vrios aspectos como: por parte do governo, dos mdicos, das

    igrejas, dos conselheiros e de todos ns que poderamos de alguma forma contribuir para

    aliviar o sofrimento a dor de tantos que sofrem abandonados, sozinhos, desamparados,desconsolados e tristes.

    2.1. O governo gasta milhes de reais em propagandas eleitorais, desvia verbas para

    seus prprios interesses e muitas vezes no disponibiliza de recursos para auxiliar aqueles que

    mais precisam que esto muitas vezes abandonados pelos corredores dos hospitais, por no

    haver vagas ou leitos disponveis, outros por meses e at anos esto nas filas de espera para

    um atendimento, ou seja, no h um esforo por parte do governo para que esta dor possa ser

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    amenizada, pelo contrrio, aumenta ainda mais, pois a angstia da espera trs ainda mais

    sofrimento e no poucas vezes, a prpria morte daqueles que esto nas longas filas de espera.

    Assim nem os enfermos recebem atendimento e muito menos os seus familiares,

    acompanhantes.

    2.2. Os mdicos que muitas vezes esto desmotivados em sua profisso por no terem

    apoio do governo, assim eles mesmos necessitam de atendimento psicolgico, tambm no

    fazem um acompanhamento necessrio aos pacientes deixando-os a merc dos seus

    sofrimentos, sem lhes dar apoio ou ao menos confort-los em sua dor.

    2.3. As igrejas tambm tm deixado, em sua maioria, de exercerem seu verdadeiro

    papel, que de acolher as pessoas em todas as suas dimenses ou aspectos, seja na riqueza ou

    pobreza, na alegria ou tristeza, na sade ou doena. Talvez a maior preocupao hoje seja em

    ter templos esplendorosos cheios de pessoas, mas vazio de vida, vida com o Senhor. Quando

    olhamos para a forma como nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo recebeu, atendeu, consolou

    as pessoas em sua poca, percebemos que h muito a melhorar em nossos sistemas

    governamentais dentro das igrejas.

    2.4. Os conselheiros e todas as pessoas em geral tm falhado muito no seu

    aconselhamento, talvez a agenda cheia seja a razo principal para isso, os compromissos

    particulares, a famlia, o emprego e tantas outras ocupaes tm feito ou transformado nossas

    vidas em mquinas das quais se exige resultados grandes, produtividade e assim as coisasbsicas como oferecer um ombro amigo para que aquele que chora possa reclinar-se e ter um

    pouco de conforto tem ficado fora dos nossos planos e assim cada um resolve os seus

    problemas sozinhos, quando isso possvel, caso contrrio ficar sem um apoio real e

    verdadeiro.

    Tiago em sua carta nos ensina uma lio muito importante sobre a omisso: (Bblia

    Online SBB) Pensem nisto, pois: quem sabe que deve fazer o bem e no o faz, comete

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    pecado. Tg. 4:17. Provavelmente temos cometido muitos pecados nesse sentido, porque nos

    omitimos. Temos oferecido uma ajuda muito superficial e distante, s para cumprirmos o

    nosso dever de cristo.

    O bem que deixamos de fazer ser o grande tema no Juzo Final, ao contrrio do

    moralismo que imaginamos que Ele nos reprovar pelas faltas que cometemos, Jesus nos

    lembra que seremos julgados pelas boas aes que deixamos de fazer conforme descrito em

    Mateus 25:31-46 (Bblia Online SBB )

    Quando vier o Filho do homem na sua glria, e todos

    os anjos com ele, ento se assentar no trono de sua glria.Todas as naes sero reunidas diante dele, e separar uns dosoutros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; por asovelhas sua direita, mas os cabritos esquerda. Ento dir o

    Rei aos que estiverem sua direita: Vinde, benditos de meu Pai,possu como herana o reino que vos est destinado desde afundao do mundo. Pois tive fome, e destes-me de comer; tivesede, e destes-me de beber; era forasteiro, e recolhestes-me;estava nu, e vestistes-me; enfermo, e visitastes-me; preso, eviestes ver-me. Ento perguntaro os justos: Senhor, quando tevimos faminto, e te demos de comer; ou com sede, e te demos debeber? Quando te vimos forasteiro, e te recolhemos; ou nu, e tevestimos? Quando te vimos enfermo, ou preso, e fomos visitar-te? O Rei responder: Em verdade vos digo que quantas vezes o

    fizestes a um destes meus irmos mais pequeninos, a mim ofizestes. Dir tambm aos que estiverem sua esquerda:Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, destinado aoDiabo e seus anjos. Pois tive fome, e no me destes de comer;tive sede e no me destes de beber; era forasteiro, e no merecolhestes; estava nu, e no me vestistes; enfermo e preso, eno me visitastes. Tambm eles perguntaro: Senhor, quando

    te vimos faminto, com sede, forasteiro, nu, enfermo, ou preso, eno te servimos? Ento lhes responder: Em verdade vos digoque quantas vezes o deixastes de fazer a um destes mais

    pequeninos, a mim o deixastes de fazer. Iro estes para osuplcio eterno, porm os justos para a vida eterna.

    Jesus desenhou um mapa muito bem detalhado para que todos os seus seguidores

    pudessem entender sua funo e principalmente ajudar uns aos outros.

    Eleny Vasso (Consolo, So Paulo 1990) cita o pargrafo do Dr. Paul Tornier, em seu

    livro Culpa e Graa dizendo:

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    A culpa da omisso nos ocorre constantemente nanossa atividade profissional. Ser que damos as pessoas queesto de algum modo ligadas a ns tudo o Deus quer que nslhes demos? Ser que ns no nos contentamos, muito

    freqentemente, com um trabalho superficial? Ser que ns,mdicos, no sentimos s vezes, que o medicamento queprescrevemos no seno um paliativo bem insuficiente? Noseria necessrio ir mais fundo, abordar os problemas de vidaque entrevemos atrs da angstia de nosso prximo? Mas talvezisso seja longo e difcil, no saberemos o que dizer diante de

    problemas delicados. Isto pode nos levar a um terreno poucofamiliar, mesmo a questes morais e religiosas sobre as quaisno nos sentimos seguros. Ento, uma receita farmcia, umconselho de higiene, uma boa palavra de encorajamento ou de

    simpatia profunda, j alguma coisa. Ns tentamos nos

    justificar dizendo a ns mesmos que fizemos o nosso dever demedico. Um padre, um pastor ou um amigo poder fazer orestante melhor do que ns. Ser que o paciente no esperavamais de ns?

    fcil sermos tcnicos, deixando o atendimento psicolgico para o psiclogo e o

    espiritual para o pastor, padre, conselheiro, capelo. Mas Jesus disse aos seus discpulos:

    (Bblia Online SBB )Dai-lhes vs mesmos de comer. (Mateus 14:16). Partindo assim desse

    pressuposto entendemos que h a necessidade de um atendimento integral ao indivduo

    principalmente quando se trata de algum enfermo ou familiar deste. No podemos incorrer

    no mesmo erro das autoridades deste pas e jogar o indivduo de um lado para outro como se

    fosse objeto sem, no entanto dar-lhe o atendimento necessrio.

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    II FUNDAMENTAO HISTRICA-TERICA.

    1) A imagem do homem.

    O escritor grego Demosthenes Savramis escreveu em seu livro Jesus berlebt seine

    Mrder, Mnchen, 1973. pg. 12-212.

    Transcorreram dois mil anos desde que Jesus foicrucificado por uma sociedade completamente corrupta, porqueousara proclamar a sua corrupo e porque pregava uma boa

    nova que pode por em perigo existncia de toda forma desociedade que viva da desumanizao do homem. Com receiodo novo homem, que o prprio Jesus personificava, a sociedade

    judaica levou Jesus a morte, porque compreendia que o homemnovo pode fazer explodir, como uma dinamite, toda forma de

    sociedade que represente um obstculo para a humanizao dohomem.Assim nosso dever, acrescenta Savramis, fazer com que ahumanizao do homem, encetada por Jesus, progrida. Jesusquer, hoje como sempre, tirar da angstia da prpria condiotanto os indivduos como a prpria sociedade.

    A humanizao do homem , tambm, o fim a que se prope a psicoterapia analtica,

    quando visa fazer daqueles que esto angustiados por distrbios psquicos, por recordaes

    neurticas, pessoas, tanto quanto possvel, plenamente vlidas e normais. Se quisermos

    legitimar esses processos de humanizao, tm sempre novos ensinamentos a extrair do

    conceito de homem que Jesus tem, afirma Hanna Wolff em seu livro Jesus Psicoterapeuta,

    Edies Paulinas, So Paulo, 1990.

    (Hanna Wolff) diz:

    Falar em humanizao do homem pode parecer umparadoxo ou tautologia, porquanto os dois termos parecemrepetir o mesmo conceito. Mas as coisas no so assim. Trata-

    se de uma frmula que tem por objetivo chamar, por si mesma,a ateno. O fato que o conceito de homem, que geralmentetemos em mente, e que aceitamos e utilizamos como sendo

    bvio, nem sempre humano. Pelo contrrio, muitas vezes caiabaixo do nvel condizente com o homem, isto , assume umcarter infra-humano. Nem mesmo a Igreja ou a Teologia, com

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    excees pouco expressivas, contribuem, como deveriam, faze-lo, para a humanizao do homem. Mesmo quando querem

    falar de homem, voltam logo a falar de Deus, porque afirmamde forma aparentemente plausvel, somente partindo de Deus

    que o homem poderia entender-se verdadeiramente comohomem. De modo que, ouve-se falar muita coisa sobre ahumanidade de Deus, mas na verdade, bem pouco sobre ohomem.

    Certo dia Jesus exclamou indignado: (Bblia Online SBB) gerao incrdula e

    perversa, at quando estarei convosco? At quando vos suportarei? Jesus no fala somente

    de uma gerao que viveu em sua poca, mas retrata a realidade de hoje muito bem, de hoje e

    de sempre.

    O ser humano deve ser tratado, entendido, como um todo com uma viso holstica,

    pois, o homem composto dos elementos: Fsico, emocional, mental e espiritual. Quando o

    ser humano no entendido como um ser tambm espiritual, o entendimento, compreenso

    deste ser humano fica prejudicado, profundamente. de suma importncia tambm fazer as

    pessoas entenderem e assim ajuda-las nesse aspecto, que o ser humano composto das partes j

    mencionadas, tem seu surgimento desde o momento em que o vulo se une ao espermatozide

    a partir da que se desenvolve o ser humano, com sentimentos, emoes, caractersticas dos

    familiares, entre outras mais.

    Vejamos mais especificamente cada aspecto deste corpo:

    1.1. O homem fsico Todos ns temos a percepo do mundo material atravs do

    corpo. a parte que mais investimos grande soma de dinheiro durante nossa vida. Na verdade

    a parte menos importante, porque se outras partes da nossa natureza no funcionarem

    adequadamente, nosso corpo de igual forma no o far. No entanto, hoje so gastos milhes

    de reais em cirurgias reparadoras e restauradoras deste corpo, porque de alguma forma a

    sociedade dita as normas como esse corpo deve estar. A justamente est o grande problema, o

    corpo fsico no tem aquelas medidas necessrias, impostas pela sociedade, comea ento

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    uma grande tortura psicolgica e emocional e porque no dizer tambm espiritual, ou seja,

    todo o ser humano sofre as conseqncias de um detalhe, em sua maioria, bem pequeno. O

    grande problema nem sempre est na pessoa, mas na sociedade como um todo.

    1.2. O homem emocional Todas as pessoas so sensveis ao dio e o amor. Ouvimos

    falar muito no corao como centro emocional, porm hoje sabemos que todas as emoes

    positivas ou negativas provm de nossas tmporas, um pouco atrs da testa, que o local do

    centro emocional do homem. Antes de qualquer movimento corporal acontecer preciso o

    comando do centro emocional do ser humano. Logo, se o paciente est em paz seu corpo

    funcionar normalmente, se est angustiado, perturbado, ele sentir os efeitos em todo o seu

    corpo. Alguns mdicos acreditam que 70% a 85% de todas as doenas fsicas tm a sua

    origem no desequilbrio emocional. Segundo o Dr. S. I. Mcmillan uma situao inesperada

    como ter que falar em pblico sem treinamento prvio, gera preocupaes. A nossa mente

    logo de imediato produzir padres de pensamentos e de auto conscientizao que produzem

    pavor e medo, que consequentemente produzir uma mudana fisiolgica em nosso corpo,

    como secura na boca, fraqueza nas pernas, tremor, alterao na voz e taquicardia. Logo, todo

    corpo atingido por causa das emoes negativas, conforme as escrituras em Filipenses 4:8

    nos recomendam a pensarmos em coisas boas: (Bblia On-line SBB) Tudo o que

    verdadeiro, tudo o que respeitvel, tudo o que justo, tudo o que puro, tudo o que

    amvel, tudo o que de boa fama, se alguma virtude h e se algum louvor existe, seja isso oque ocupe o vosso pensamento. Se emoes negativas permanecem prolongadamente,

    podem ocasionar esgotamento fsico ou doenas diversas como: Presso alta, lcera,

    problemas cardacos, asma e algumas formas de artrite, provem de tenso emocional.

    1.3. O homem mental Dizem os cientistas que somente poucas pessoas usam mais de

    10% de seu potencial mental e a capacidade da memria humana quase incrvel. Fortes

    indcios de que a mente inconsciente guarda todos os pensamentos, todas as coisas, vistas,

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    sentidas e ouvidas. A mente compe-se do consciente e do subconsciente, segundo o Dr. Tim

    Lahaye, embora o subconsciente no possa ser controlado ele reage muito bem sugesto

    visual. Voc aquilo que pensa, o pensamento incita nossos sentimentos, logo tudo que

    projetamos em nossa mente causa reaes em nosso centro emocional, que por sua vez ativa

    uma reao fsica. Tudo que colocarmos dentro nas tmporas, que por sua vez estimula as

    emoes no corpo.

    1.4. O homem espiritual A maioria dos pacientes nos hospitais ou fora deles, possui

    um vcuo espiritual em suas vidas. Pascal, o grande filsofo francs, disse certa vez: H um

    vcuo em forma de Deus no corao da cada homem e somente Deus o pode preencher.

    (Esta frase foi mencionada num projeto de capelania apresentado pelo Pr. Gilson Fontes da

    Cruz ao conselho municipal de sade). Esse vazio espiritual que ausncia do criador na

    criatura e que o leva a uma busca incessante de identidade e paz e por so entender como

    preencher o vazio, ento permanece no redemoinho de atividades. impossvel alcanar

    felicidade duradoura atravs somente da mente, das emoes e do corpo sem o equilbrio

    espiritual. Na mesma maneira que o homem experimenta necessidades fsicas da fome e da

    sede e necessidades emocionais como o amor, e necessidade mental como curiosidade, da

    mesma forma possui necessidades espirituais profundas, que se manifestam em sua busca de

    Deus, o que revela que o homem a nica criatura que possui instinto religioso inato e

    conscincia universal de culpa, segundo o Dr. Tim Lahaye.Creio que esta ilustrao poder nos ajudar na compreenso deste ser chamado

    homem. Um homem, que tinha muita dificuldade para desenvolver as funes do sentimento

    relatou o seguinte sonho: Tinha um po de forma quadrada, feito de camadas. Retirou dele a

    primeira camada e a comeu, fazendo o mesmo com a segunda. No conseguiu, porm, fazer o

    mesmo com a terceira camada. Ento, enquanto procurava uma faca, ouviu uma voz que lhe

    disse: Pacincia, no precisa ter tanta pressa. Pacincia, espere, as camadas se separaro

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    sozinhas! A forma quadrada um smbolo de totalidade e, aqui, significa junto com as

    quatro camadas, o conjunto das funes psquicas.

    Muitas vezes a cura de alguma enfermidade, est diretamente ligada a uma cura

    interior, ou seja, do nosso esprito vindo do Esprito Santo. Para isso precisamos convidar o

    Esprito Santo a fluir de nosso esprito para nossa alma e da para o nosso corpo e de nosso

    corpo para o mundo que nos cerca, assim quando a nossa vontade est pronta a permitir que o

    Esprito flua para a alma pode acontecer cura, a restaurao, o restabelecimento, o prprio

    consolo e conforto. O Esprito Santo deseja domar o mal incontido dentro de ns, (Tiago 3).

    Ele deseja mostrar-nos como usar nossas habilidades interiores para cura da alma e do corpo

    tambm.

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    III - DESAFIOS E PROPOSTAS PARA UM ACONSELHAMENTO

    CRISTOCNTRICO E EFICAZ.

    1. Desafios.

    Os desafios so grandes e muitos segundo nos ensina o pastor Naam Mendes em seu

    livro (Igreja lugar de vida, Editora Betnia, Venda Nova, MG 1992) a Igreja precisa ser esse

    lugar agradvel de vida, convvio com os outros irmos e irms na f. O apstolo Paulo em

    suas cartas nos deixa um farto material de ensino e aprendizado, principalmente na 1 carta

    aos Corntios no captulo 12 ele descreve como uma Igreja pode e deve funcionar de modo

    prtico. Paulo aponta como poderamos atuar na igreja apesar das diferentes personalidades,

    sem provocar reaes to negativas como acontece costumeiramente. Neste texto, h pelo

    menos quatro princpios claros.

    1.1. No se negar ao corpo de Cristo. (1Co 12:14-16)Porque tambm o corpo no

    um s membro, mas muitos. Se disser o p: Porque no sou mo, no sou do corpo; nem

    por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: Porque no sou olho, no sou do corpo;

    nem por isso deixa de o ser. (Bblia On-line SBB)

    Este primeiro princpio refere-se aos que se negam a participar da vida da igreja como

    um corpo de relacionamento mtuo. As razes desta negao so mltiplas:

    a) A supervalorizao do que realmente so. Tais pessoas olham a igreja de forma

    impiedosa, geralmente so perfeccionistas, detalhistas, e tornam-se cidas para com os irmose irms e para com toda a comunidade.

    b) O excesso de timidez. Impede muitos cristos de participar ativamente da vida da

    igreja. Talvez por temor de expor seus defeitos, doenas, angstias e pecados pessoais ficam

    quietos, retrados e tornam-se meros freqentadores de igreja.

    c)A carncia de um ministrio. Muitos sonham alto demais e se frustram quando no

    ocupam o cargo que almejam ou aspiram.

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    O princpio bblico claro: no corpo, todos so necessrios. Nenhuma parte tem o

    direito de negar-se. No corpo humano, quando uma clula deixa de funcionar, as demais

    clulas dobram o servio para suprir a falta daquela. No corpo de Cristo, negar-se exigir que

    os demais irmos trabalhem, corram, lutem, batalhem... tudo em dobro, tornar-se um peso.

    No corpo de Cristo, todos devem funcionar servir, orar, louvar, ministrar, aliviar, falar,

    aconselhar, consolar, confortar...

    A nfase de Cristo na parbola dos talentos aponta exatamente para estes que enterram

    talentos. Ali Jesus mostra que cinco podem ser dez, que dois podem ser quatro, mas um

    talento enterrado nada (Mt 25:14-30). Muita gente boa, talentosa e inteligente, por medo,

    enterra o talento, negando-se ao corpo, como o servo intil da parbola. Jesus severo de

    diz: E o servo intil lanai-o para fora, nas trevas. Ali haver choro e ranger de dentes.

    (Mt 25:30).( Bblia On-line SBB)

    1.2. No ocupar todos os espaos. (1Co 12:17). Se todo o corpo fosse olho, ondeestaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde, o olfato?(Bblia On-line SBB)

    Precisamos aprender a viver a vida da igreja, sem ocupar todos os espaos. Saber at

    onde podemos ir. Ter sensibilidade para perceber que os outros tambm precisam de

    oportunidades.

    Para o corpo funcionar, necessrio que todos participem, especialmente os mais

    introvertidos, mas tambm necessrio que os extrovertidos saibam at onde podem ir.Existem crentes, principalmente lderes, que no conseguem ser assim, ocupam os

    espaos de tal maneira que sufocam qualquer expresso de espiritualidade dos irmos tmidos,

    mais novos, etc. Se esto no culto gritam, cantam mais alto que os outros, se na reunio de

    orao, so os primeiros a orar, se no estudo bblico, sabem tudo, tem sempre a palavra final,

    se nas reunies administrativas, so os todo-poderosos e no admitem ser contrariados. Por

    estas e outras razoes torna-se extremamente importante reconhecer nossos limites, preciso

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    fazer jus ao ditado popular: minha liberdade termina onde comea a do outro. No entanto,

    existe um modelo totalmente humano a ser seguido por todos os cristos: Jesus! Esta

    personalidade deve se espalhar expandir, influenciar, impressionar os membros do corpo e

    no eu e voc. Afinal o corpo de Cristo, e no pertence a determinadas pessoas ou grupos

    isolados.

    1.3. No isolar os irmos. (1Co 12:21-22). No podem os olhos dizer mo: No

    precisamos de ti; nem ainda a cabea, aos ps: No preciso de vs. Pelo contrrio, os

    membros do corpo que parecem ser mais fracos so necessrios; (Bblia On-line SBB).

    Talvez o aparelho domstico mais usado na igreja seja a geladeira. Temos uma forte

    tendncia para isolar as pessoas. As razoes deste isolamento podem ser muitas: preconceitos

    econmicos, sociais, morais, m formao da liderana, incapacidade de amar, falta de viso

    do que corpo de Cristo, legalismo, ortodoxismo, inveja, etc. a lista interminvel.

    Se algum fracassar ou passar por uma debilidade qualquer, j h motivo suficiente

    para o isolamento do indivduo na igreja.

    Creio que os pecados os erros, vem tona para que sejam manifestas as obras de Deus.

    Eles servem para curar a igreja e nos curar pessoalmente, mas o que acontece muitas vezes e

    quando os pecados, as enfermidades e os defeitos borbulham na igreja, o mximo que

    fazemos achar os culpados e exclu-los. Esta soluo muito simplista e por isto muito rasa

    tambm.Percebemos na Bblia (Salmo 146) uma preocupao firme e profunda de Deus para

    com os frgeis e pobres, pois estes so preciosos aos seus olhos. Se for assim para Deus,

    assim deve ser para a igreja tambm. Devemos orar para que Deus nos impea de depreciar,

    diminuir, desonrar, ou excluir os irmos ou irms da nossa comunidade, afinal ela deve servir

    como ambiente teraputico para as pessoas.

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    No corpo de Cristo no existe ningum que possa ser desprezado. Todos, sem exceo,

    so importantes, teis. Ningum pode ser esfriado, gelado, colocado no freezer. Afinal,

    quando Cristo se apresenta a cada um de ns, ele vem como corpo. Este corpo traz a igreja

    que se manifesta atravs de pessoas com caractersticas diferentes das nossas, tais como a

    educao, personalidade, interesse, deficincias que jamais imaginaramos existir. Mesmo

    assim, temos de conviver com eles, como cristos. Por esta razo, temos de ter coragem para

    ser diferentes e aceitar os que so diferentes de ns.

    1.4. No permitir as divises. (1 Co 12:25). Para que no haja diviso no corpo;

    pelo contrrio, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. (Bblia

    On-line SBB).

    Uma igreja para existir como corpo de Cristo precisa brigar pela unidade. Brigar no

    sentido de luta, busca, desejo, sonho e ao, que consiga um resultado concreto que seja a no

    diviso da igreja. Neste sentido, consideremos as seguintes atitudes:

    a) Considerar o antigo numa nova perspectiva. muito comum ocorrerem divises

    pelo conflito entre o novo e o antigo. As tradies, os costumes, os hbitos litrgicos, as

    doutrinas, demoram anos e sculos para serem estabelecidos, por esta razo, ao chegar o

    novo, necessrio sensibilidade para se implantar o que chega se desconsiderar o que j est

    estabelecido.Pedro ao fazer seu discurso (At. 2:14-36), inicia tentando superar o conflito entre os

    judeus de Jerusalm e os judeus que estavam fora de Jerusalm, inicia dando uma perspectiva

    nova para um problema antigo, integrando os dois segmentos.

    Em um segundo momento, Pedro recorre palavra dos profetas, aos salmos, que neste

    caso, representam o antigo, para explicar o novo o pentecostes. Foi desta maneira que o

    novo (a igreja que surgia) foi recebido pelo povo judaico.

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    b)Receber o novo sem fobias. A insegurana pessoal e doutrinria, a incapacidade de

    ver a vida e os fatos com ferramentas adequadas, o despreparo acadmico, a imaturidade

    emocional e espiritual provocam pavor em muitos lderes e igrejas. Por isso, surge a maior

    parte das divises e conflitos nas igrejas e denominaes. As igrejas precisam lidar com o

    novo sem as fobias costumeiras, para que haja renovao, circulao de idias e fatos novos.

    c) Conservar a unidade do Esprito. O texto de Efsios 4:4 nos mostra que a luta pela

    unidade se d em nvel do Esprito, pelo vinculo da paz.

    d) No permitir diviso por doutrinas perifricas. (1Co 12:25). A maior parte das

    divises ocorridas na igreja nasce pela vaidade de homens que se radicalizam ou enfatizam

    demasiadamente certos aspectos doutrinrios absolutamente irrelevantes. No entanto,

    devemos viver num s Esprito, apesar das nossas diferenas doutrinrias, emocionais, fsicas,

    raciais, culturais, litrgicas e as demais que se interponham na nossa caminhada como igreja

    de Cristo.

    e) No desistir de demonstrar amor. (1Co 1:25; Rm 12:10). Vivemos o sculo da

    impessoalidade, sabemos que a maior carncia do ser humano o amor e ns os cristos,

    somos os detentores do amor como o sinal, a marca do nosso viver, entretanto, temos muita

    dificuldade em concretiz-lo e express-lo. Essa dificuldade se prende a vrias razes: o

    egosmo, o medo de repartir, o temor de no ser compreendido, a fobia do compromisso, a

    falta de educao bblica e crist, a falta de viso do corpo de Cristo, etc. Essa demonstraodo amor na igreja passa, pelo menos, por trs direes:

    1) A demonstrao do amor passa pela verbalizao. Sem dvida, pessoas

    demonstram amor atravs das palavras. Assim como Jesus tambm demonstrava seu amor

    atravs das palavras: Como o Pai me amou, tambm eu vos amei. (Jo 15:9). (Bblia On-line

    SBB). O apstolo Paulo faz isto atravs das cartas, nelas manifesta o seu amor por vrias

    pessoas, tais como: Timteo chama de verdadeiro filho (1 Tm 1:2), Filemom, de amado

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    colaborador (Fm 1:1). Dos filipenses ele diz: Vos trago no corao e mais: ...minha

    testemunha Deus, da saudade que tenho de todos vs... (Fp 1:7-8). (Bblia On-line SBB).

    Paulo enfim, diz que devemos ter carinho uns pelos outros e alm de ouvir demonstraes

    verbais de amor, precisamos tambm demonstrar isso aos outros.

    Certamente nas nossas igrejas existem pessoas, jovens, crianas, senhoras, mes,

    homens que nunca ouviram a frase Eu te amo. Essa demonstrao verbal de amor quebra

    barreiras, restaura relacionamentos, cria um ambiente leve, facilita a transparncia, cura as

    emoes, exercita o perdo, gera vida na comunidade.

    2) A demonstrao do amor passa pelo toque. Precisamos aprender a valorizar a

    importncia do tocar e deixar-se tocar pelas pessoas. Jesus conhecendo a grande importncia

    desta forma de demonstrao de amor em muitos dos seus milagres tocava nas pessoas,

    geralmente nos rgos afetados pela doena como, por exemplo: a cura do surdo e gago (Mc

    7:33), na cura do cego de Betsaida (Mc 8:22-23). Mandava que trouxessem as pessoas

    desestruturadas pelos demnios junto a si e tomava essas pessoas pela mo (Mc 9:27). Jesus

    abraou, abenoou, imps as mos sobre as crianas, lavou os ps dos discpulos, tudo isso

    numa demonstrao de humildade e amor.

    Se de um lado Jesus tocava as pessoas que o cercavam, de outro ele se deixava tocar.

    Isto ocorre em muitos momentos de sua vida. Tudo isso me leva a concluir que Jesus

    valorizava o toque como forma de manifestao de vida e amor para a construo derelacionamentos saudveis.

    Fico pensando (nas igrejas de forma geral) quanta gente pobre, sofrida, quantos rfos,

    vivas, vivos, rapazes, moas, homens, mulheres, avs e avs, solitrios, que freqentam as

    igrejas sem nunca receberem a imposio de mos para a cura de enfermidade, um aperto de

    mo sincero, um abrao, um beijo para demonstrao do amor fraternal que a Bblia prope.

    Por outro lado, fico tambm a pensar nos pastores encastelados nos plpitos, togas, ternos,

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    aventais, escritrios. Pastores que nunca se deixam tocar pelos frgeis, humildes, miserveis,

    marginalizados. Penso os cristos engomados, ensimesmados no alto de sua imponncia e

    exibicionismo, no se deixando tocar pelos irmos mais simples, impedindo a circulao da

    vida de Cristo na igreja.

    Certamente existe uma forma em nossos padres culturais, dos nossos costumes, de

    demonstrar o afeto uns aos outros. Quer seja o beijo, o abrao ou o aperto de mo. Torna-se

    extremamente importante demonstrarmos atravs do toque o carinho para os nossos irmos.

    3) A demonstrao de amor passa pela atitude concreta de vida. Se ficssemos nos

    dois primeiros itens citados, a demonstrao de amor no estaria na perspectiva correta. Essa

    demonstrao de amor passa por atitudes mais concretas, isso significa as atitudes efetivas

    que tomamos em favor do outro.

    Evidentemente que no se constri uma igreja, apenas com palavras e abraos.

    preciso mais, preciso dar a vida. Jesus disse: Ningum tem maior amor do que este: de dar

    algum a prpria vida em favor dos seus amigos. (Jo 15:13). (Bblia On-line SBB).

    Precisamos oferecer a vida para ser gasta na construo da igreja e promoo do reino de

    Deus. Isto implica enfrentar situaes desfavorveis. Implica em se posicionar ao lado dos

    mais frgeis. Implica dar a vida pelas ovelhas, ou seja, enfrentar os perigos e os lobos, por

    mais poderosos que sejam. Implica repartir o po e dividir nossa pobreza com o outro.

    Se no aprendermos a dar a vida uns pelos outros, no seremos a comunidadeexemplo. A vida de Cristo no circular neste corpo inerte e indiferente. Os nossos irmos

    sofrero, morrero e a comunidade se enfraquecer. A igreja estar mais prxima de uma

    caricatura do que do lindo quadro que Deus projetou para ela, seu prprio corpo.

    Sem dvida nenhuma este desafio talvez seja o maior possvel para a igreja atual, mas

    sem esta mudana e absoro destas idias desafiadoras pela igreja, no ser possvel efetivar

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    um aconselhamento, consolo ou cuidado para os enfermos, seus familiares e membros das

    igrejas de forma geral.

    2. Propostas.

    Diante do quadro encontrado e detectado na Igreja local, sobre a grande falta e

    deficincia de um acompanhamento aos pacientes enfermos tanto nos hospitais como em suas

    residncias e at mesmo na prpria igreja, percebo a grande necessidade de uma interveno

    mais prtica. O objetivo maior alcanar e atender aos que sofrem, ministrar e confortar com

    a Palavra de Deus e oferecer conforto, consolo e esperana aos pacientes e seus familiares.

    A f por natureza teraputica. prprio de a f produzir cura, ela tambm

    salugnica.

    Proponho que a f, como instrumento teraputico, deva ser devidamente cultivada na

    comunidade e entre os que sofrem. Defendo a tese de que a f um fenmeno psicolgico,

    sem, contudo ser anulada a sua transcendentalidade e que por isso a razo. A pessoa cr no

    porque quer, mas sim por impulsos inconscientes, que a conduzem a confiar no ser superior

    no qual depe sua f.

    A f est intimamente relacionada com a esperana. No possvel conceber a f sem

    a esperana, que cr espera. Tambm no possvel ter esperana sem f. A esperana osentimento animador de que o que se espera pode acontecer, tal como a f que a convico

    de que o ser supremo responder com certeza ao desejo do crente, sem, contudo, ser a certeza

    de que a resposta seja o atendimento ao desejado, isto , a entidade superior responder, mas

    sempre de acordo com sua sabedoria que poder ser at contrria ao desejo do crente. Erich

    Fromm (1968), referindo-se a f, afirma que quando a esperana desaparece, a vida termina,

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    na realidade ou potencialmente, pois, a esperana est intimamente ligada a outro elemento da

    estrutura da vida: a f.

    Assim ao estudar a f como instrumento teraputico o fazemos na compreenso de que

    ela se constitui num fenmeno essencialmente religioso. Mas a religio que manifesta na

    religiosidade atravs de smbolos oriunda de substratos mais profundos do inconsciente e

    que por isso mesmo deve ser entendida como fenmeno psicolgico.

    Algumas propostas mais especficas so:

    Desenvolver atividades de aconselhamento cristo as pessoas portadoras de enfermidades

    fsicas, emocionais, psico-espirituais, bem como a seus familiares.

    Ouvir o enfermo para que possa expressar os seus temores, ansiedades, angstias e outras

    necessidades psico-social-espiritual.

    2.3. Trabalhar a sua espiritualidade de modo que encontre foras para enfrentar as

    enfermidades e seus sofrimentos com a devida serenidade.

    2.4. Instruir e orientar aos familiares quanto s fases da doena de tal forma, que

    estes saibam acolher ao paciente, oferecendo-lhe o apoio que este necessita.

    2.5. Levar o conforto da Palavra de Deus, ouvindo, orando, ministrando consolo e

    se mostrando ao lado deles no momento em que eles mais precisam.

    2.6. Treinar vrios grupos de voluntrios das igrejas para que estes participem do

    aconselhamento e visita eficaz aos enfermos e seus respectivos familiares.Partindo assim do pressuposto de que a igreja local precisa de lderes bem treinados e

    que a igreja local precisa formar seus prprios lderes, colaboradores, conselheiros segundo

    suas caractersticas e contexto, pretendo propor algumas alternativas que possam ajudar os

    lderes, colaboradores e conselheiros a cumprir suas tarefas. Neste sentido, pretendo seguir o

    seguinte projeto:

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    2.1. Fase 1:

    Na fase 1, pretendo convocar toda a igreja local, apresentar toda a realidade em que se

    encontram as pessoas enfermas da prpria igreja, bem como outras pessoas ligadas a elas por

    vias de parentesco, vizinhana, contatos de trabalho e outros. Tendo feito isso, selecionar

    ento pessoas que se mostrarem interessadas em colaborar com o trabalho voluntrio de

    aconselhamento, acompanhamento das pessoas enfermas.

    2.2. Fase 2:

    Na fase 2, reunir as pessoas que se dispuseram e comear a treinar visitadores,

    conselheiros, ouvidores e pessoas dispostas a ceder seu ombro para que o outro possa chorar

    nele. Ensinar princpios bblicos, pois Cristo o Conselheiro Maior e como tal nos deu o Seu

    Esprito Santo, este ir capacitar os conselheiros, lderes, a receber bem o treinamento e serem

    bem sucedidos depois na prtica. Para esta tarefa tambm pretendo contar com outros lderes

    ou educadores para conceder um melhor preparo nesta tarefa de aconselhar.

    Quando estes conselheiros, lderes, visitadores tiverem uma boa bagagem terica sedar incio ao treinamento prtico, as equipes sero acompanhadas pelo instrutor o qual

    demonstrar o que fazer diante de um leito de enfermidade. muito importante tambm

    salientar que somente o treinamento terico e prtico sem a presena de Deus no d certo.

    Jesus disse certa vez aos discpulos: Sem mim nada podeis fazer.

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    2.3. Fase 3:

    Na fase 3 o trabalho estar em funcionamento, isso pode levar de dois a trs anos, as

    equipes vo procurar pr em prtica principalmente alguns itens:

    - Vida devocional das equipes em dia, como a leitura bblica, vida de orao e

    principalmente o amor aos que sofrem;

    - Alcanar os enfermos que agonizam diariamente nos hospitais;

    - Ouvir com muita ateno o enfermo nas suas questes pessoais e tambm familiares;

    ouvir s vezes mais importante do que falar.

    - Respeitar as idias religiosas diferentes das suas, levar consolo, f, esperana e no

    partidarismo religioso;

    - Procurar sempre no dar palpites nos diagnsticos mdicos, trabalhar com uma viso

    interdisciplinar;

    - Sempre ouvir e consolar, nunca demonstrar curiosidade sobre a gravidade da doena,

    custos financeiros, compartilhar um caso mais grave ocorrido com outro paciente, etc;

    - Levar somente o alimento espiritual, transmitindo consolo, f, encorajamento,

    esperana e o socorro de Deus.

    Nesta fase se inclui tambm a parte de avaliao que dever acontecer trimestralmente,

    oportunidade esta de renovao do compromisso individual de cada conselheiro para com otrabalho junto aos necessitados. Estes encontros das equipes a cada trs meses serviro

    tambm para um aperfeioamento das mesmas, com o compartilhar de experincias, bem

    como, de reforo terico.

    Na minha viso todo este treinamento deve acontecer dentro da igreja local e a partir

    dali chegar at onde as pessoas esto, porque a igreja foi planejada por Deus para ser uma

    comunidade teraputica, onde a vida de Cristo flusse para os irmos e entre eles, atingindo

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    tambm o incrdulo e comunicando perdo, amor, aceitao, libertao, cura fsica e interior,

    enfim, uma restaurao de todo o ser da pessoa. Entendo ainda que a igreja uma

    comunidade de cura e que as vrias congregaes so grupos de ao teraputica,

    promovendo a sade interna e externamente. uma enferma/enfermeira em ao constante

    que, reconhecendo sua prpria enfermidade, busca e encontra a cura tanto de seus males como

    dos outros que esto fora de seus prprios arraiais. Pela f, os cristos buscam o Deus no qual

    confiam que age por meio da comunidade, processando a terapia por meio de sua divina

    graa.

    Assim, pois, importante que a comunidade esteja consciente de sua funo

    teraputica e que , na comunho constante com o seu Senhor, que o poder propulsor da

    ao da igreja, que ela estar realizando a sublime misso de curar as enfermidades.

    Como a igreja o Cristo presente, encarnado, a comunidade crist a prpria terapia

    tambm encarnada, a rigor, ela no est para curar, mas est para viver abundantemente e o

    seu viver a cura vivenciada, apesar da doena. bom lembrar que Deus no quer pessoas

    sofrendo, antes Ele as quer felizes e saudveis, e a comunidade crist deve ser promotora da

    sade e da felicidade.

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    CONCLUSO.

    Quando analisamos mais profundamente os problemas dos enfermos, tanto nos

    hospitais, nas suas residncias, nas igrejas e na sociedade de forma geral, chegamos

    concluso de que eles no so apenas de natureza fsica, mas psquico-pneumtico (cerebral e

    espiritual) e eles precisam ser tratados como tal.

    A capel do Hospital das Clnicas de So Paulo, Eleny Vasso afirma: Em cada

    doena existe um componente emocional, causado por um problema espiritual. Cada

    paciente uma pessoa integral (biopsico-social-espiritual) e todas essas facetas esto

    intimamente interligadas: quando uma afetada a outra tambm o . Como afirma Eleny

    Vasso, eles sempre cobiam ter uma dor na alma que nenhum medicamento pode aliviar ou

    curar. Sofrem de complexo de culpa, dio, desejo de vingana, solido e muitos outros

    problemas emocionais e espirituais que causam sua doena, ou que esto ajudando a

    complic-las. E esses problemas precisam ser encarados e tratados como problemas

    espirituais.

    Somente Jesus Cristo pode salvar a alma, somente Ele pode dar paz, mesmo em meio

    ao sofrimento, enchendo um corao amargurado e sem esperana com seu amor genuno e

    lhe dando esperana de vida eterna.Espera-se que esta realidade possa mobilizar mais pessoas a se prepararem e levarem

    palavras consoladoras, bem como conselhos agradveis e com resultados eternos. E que as

    ferramentas utilizadas na seleo e preparo das equipes possam ser eficazes.

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  • 7/28/2019 Aconselhamento, Consolo e Conforto a Pessoas Enfermas e Seus Familiares!

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