ações inovadoras na construção em...

Catia Mac Cord Simões [email protected]

S E M I N Á R I O

Inovação na Construção Civil Brasileira

Ações Inovadoras na Construção em Aço

Inovação na Construção Civil Brasileira

Ações Inovadoras na Construção em Aço

Seminário Inovação na Construção Civil Brasileira | 31 . 03 . 2005

Principal função do Instituto UNIEMP é

realizar parcerias entre as

universidades, empresas e setor

público, com o objetivo de promover a

inovação.

CBCA | Centro Brasileiro da Construção em Aço


O Instituto considerou a Indústria da Construção Civil uma área estratégica para explorar suas possibilidades

de trabalho.O setor da construção civil, apesar de seus números

gigantescos (16% do PIB), ainda carece de transformações organizacionais e tecnológicas para

responder aos novos padrões de qualidade e eficiência exigidos pelo mercado.



Reliance Building, Chicago (1894)

A construção metálica, com o uso do ferro em escala industrial, ganhou impulso em meados do século XIX, associada ao processo de industrialização dos países envolvidos na Revolução Industrial, como Inglaterra e França.Ao mesmo tempo, as ferrovias disseminavam as estruturas metálicas. Desenvolveram-se as teorias de cálculo estrutural, pesquisas de materiais, ensaios, detalhes de ligações, técnicas de montagem.



Em 1872, a primeira fábrica antecipou elementos estruturais da moderna construção com esqueleto de aço: as laterais do edifício apoiadas em vigas em balanço e, principalmente, a estabilidade lateral do prédio garantida por rede de diagonais, sistema idêntico ao decontraventamento de modernos arranha-céus.Avanços tecnológicos como o elevador permitiram a existência de edifícios de andares múltiplos.



No Brasil, as perspectivas criadas pelo desenvolvimento dos meios de transportes, com a introdução das ferrovias e do transporte fluvial, proporcionaram o uso das estruturas pré-fabricadas importadas.Tratados político-comerciais com a Inglaterra ocasionaram o aparecimentos dos primeiros edifícios e pontes em estrutura metálica.Essa importação se justificou:

• pelo alto grau de desenvolvimento técnico dos fabricantes, que asseguravam aos compradores produtos funcionais, racionais e duráveis,

• pelo atraso da siderurgia brasileira.

Estação da Luz, São Paulo (1911)



A 1a Guerra Mundial produziu profundas alterações no panorama da construção em geral refletindo-se no país pela dificuldade de se conseguir material importado.

A produção interna de aço era pequena e só tomou impulso na década de 40 com a criação da CSN. Na década de 50, a siderurgia brasileira teve novos estímulos.

Nessa época, marcada por elevadas taxas de industrialização e também pela política de substituição de importações de bens de consumo duráveis e de bens de capital, várias siderúrgicas foraminstaladas no país.

Nesse cenário:

• O aço foi prioritariamente desenvolvido e comercializado para a indústria de transformação -sem opções de uso de materiais alternativos;

• A construção civil no País privilegiou o concreto e a alvenaria.



AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E A DINÂMICA DAS MUDANÇAS TECNOLÓGICAS

Entre os grandes desafios da humanidade para o século XXI, o tema mudanças climáticas é um dos mais urgentes.

Para o ano 2015, os 191 países-membros das Nações Unidas comprometeram-se a cumprir oito objetivos, estabelecidos pela Cúpula do Milênio -realizada na Assembléia Geral das Nações Unidas em 8 de setembro de 2000, entre os quais:

GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL:• Incorporar os princípios de desenvolvimento sustentável nas políticas públicas e programas nacionais; • Inverter a perda de recursos ambientais. • Reduzir à metade o percentual de pessoas sem acesso à água potável. • Melhorar consideravelmente a vida de pelo menos 100 milhões de habitantes que vivem em áreas degradadas até o ano 2020.



Recentemente, José Armando de Figueiredo Campos, como presidentedo IBS e do CEBDS – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, divulgou documento “Fatos e Tendências para 2050” da entidade congênere mundial, WBCDS – World Business Council forSustainable Development”, e ressaltou:

“que todos tomem as decisões certas. Não há outro futuro a não ser o futuro sustentável.”

Recentemente, também, o professor Alfeu Trancoso afirmou:“A forma civilizatória atual, baseada em paradigmas ainda da Revolução Industrial do século XIX , se revelaantiecológica e incompátivel com um desenvolvimentoautosustentável”.

O homem não pode negligenciar o fato de que, como espécie dominante, vive também num ecossistema integral (atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera) e que ele é apenas um elo dessa imensa cadeia.



COMO SITUAR O AÇO NESTE CONTEXTO? E A CONTRUÇÃO EM AÇO ?

Para que uma economia sustente o progresso, deverá satisfazer osprincípios básicos da ecologia. Uma economia é sustentável ou não é.

A economia global atual foi formada por forças de mercado e não porprincípios de ecologia. Uma economia sustentável respeita os ecossistemas dos quais depende.A conversão da economia atual em eco-economia será tarefa gigantesca.

Uma economia em sincronia com os ecossistemas contrastará profundamente com a economia de hoje, baseada no descarte, no combustível fóssil e centrada no automóvel.



As mudanças mais profundas ocorrerão nos setores econômicos chaves: energia e materiais.

É difícil imaginar uma reestruturação setorial mais fundamental do que a do setor energético, saindo do petróleo, carvão e gás natural para a energia eólica, solar e geotérmica.

Quanto aos materiais, a mudança não será tanto no tipo de materiais utilizados.

Se dará no modelo de produção, saindo do modelo econômico linear -em que os materiais vão da mina ou floresta para os lixões para o modelo da reutilização/reciclagem.

Nesse sistema de ciclo fechado, as indústrias de reciclagem substituirão, em grande parte, as indústrias extrativas.

O ciclo dos materiais se fechará, sem desperdício ou resíduos para os aterros.



Em escala, a Revolução Ambiental é comparável às Revoluções Agrícola e Industrial, que a precederam.O desafio é replanejar os materiais, para que sejam compatíveis com o ecossistema.

A extração e processamento de matérias-primas são responsáveis pela maioria das emissões de poluentes assim como pela devastação da paisagem.

Na reciclagem, os três materiais para enfoque são o aço, o cobre e o alumínio.

Em termos de potencial de reciclagem, o aço - com produção mundial superior a um bilhão de toneladas ano - lidera a lista dos materiais recicláveis.



O uso do aço é, há muito, uma medida de industrialização.O aço é consumido, principalmente, pelas indústrias automotiva, de bens de capital, de eletrodomésticos, de embalagens e também da construção.

Nos Estados Unidos, entre os vários produtos que utilizam aço, a maior taxa de reciclagem é a do automóvel. Os veículos são simplesmente valiosos demais para serem abandonados como sucata em ferro-velhos. A taxa de reciclagem dos eletrodomésticos está estimada em 77%. No setor de construção em aço, a reciclagem de vigas e chapas é ainda maior, cerca de 95%.

Embora pouca atenção tenha sido dada à indústria de construção, ela é uma das grandes usuárias de materiais, incluindo aço e cimento.

Medidas simples de gestão desde a fase de concepção da obra até a sua demolição - análise de ciclo de vida - poderão reduzir em muito o uso dos materiais empregados hoje e, consequentemente, reduzir a energiaconsumida na fabricação desses materiais.



AÇO: INOVANDO E CONTRUINDO UM FUTURO SUSTENTÁVEL.

Estima-se que a metade dos aços usados hoje não existia até o início dos anos 90. Essa tendência permanecerá.Novos aços continuarão a atender as necessidades do mercado.

O uso do aço agrega valor quando une a plasticidade às possibilidades estruturais.

Chapas, cabos, barras, perfis laminados, perfis soldados e perfis formados a frio em diferentes seções, como no formato de "I", "U", “H”, "L", "T", assim como tubos de seção circular ou quadrada atendem a propostas bem variadas.Os revestimentos metálicos e os produtos pré e pós-pintados são alternativas para coberturas e acabamentos.



No mesmo ambiente, novos sistemas construtivos estão sendo implementados. Concorrem hoje, por exemplo:

•a estrutura moldada in loco,

•a estrutura metálica,

•a estrutura pré-moldada em concreto,

•a estrutura metálica com pilar misto,

•a estrutura metálica com pilar pré-moldado,

•light steel framing.



Características de sistema inovador:

Sistema Misto Aço-Concreto é aquele no qual um perfil de aço (laminado, dobrado ou soldado) trabalha em conjunto com o concreto (geralmente armado), formando um pilar misto, uma viga mista, uma laje mista ou uma ligação mista.

A utilização de sistemas mistos amplia consideravelmente a gama de soluções em concreto armado e em aço.

Conforme Gilson Queiroz, “além da variedade de opções disponíveis, possibilitando a obtenção de benefícios arquitetônicos e econômicos, os sistemas mistos apresentam vantagens como a possibilidade de dispensa de fôrmas e escoramentos, redução do peso próprio e do volume da estrutura.



Características de sistema inovador:

Sistema Industrializado “Steel Framing” utiliza como base a estrutura de perfis leves de aço zincado conformado a frio, unidos principalmente por parafusos autobrocantes e pinos especiais.

Neste sistema os elementos estruturais estão interligados entre si desde o nível de piso até a estrutura do telhado e perfeitamentealinhados, formando um conjunto monolítico leve e resistente.



CONCLUSÃO

A sociedade está diante do concorrido e vasto mercado de materiais para construção.

Sua comparação abrange desde a disponibilidade dos produtos às características dos materiais, garantias, preço, assim como amplo conhecimento de novas técnicas.

A normalização, também importante, deve regulamentar a padronização e o dimensionamento com o apoio da mesma sociedade que demanda qualidade e inovação.



A solução estrutural deve ser escolhida em função dos benefícios dando ênfase não apenas a uma única análise comparativa como custo, peso ou tempo de uma construção.

Há outros fatores que devem ser avaliados por seu valor agregado, custos econômicos, produtividade esustentabilidade.

A opção entre os materiais e os novos sistemas só pode ser assim decidida de forma racional após a análise conjunta de todos os fatores que influenciam os interesses do cliente e a organização dos espaços, o ecossistema.



O equilíbrio racional preconizado pelo desenvolvimento sustentável deve, portanto, substituir o modelo de visão que prevaleceu até hoje e que, historicamente, pôs em campos opostos progresso sócio-econômico e conservação ambiental.



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AÇOAÇOCONSTRUINDO UM

FUTURO SUSTENTÁVEL

Centro Empresarial do Aço São Paulo

www.cbca-ibs.org.brCBCA | Centro Brasileiro da Construção em Aço

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