acao reintegracao posse imovel herdeiros

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Page 1: Acao Reintegracao Posse Imovel Herdeiros

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE ........ DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP. O Espólio de ........., neste ato, representada por sua inventariante, ............, brasileira, viúva, comerciante, portadora da carteira de identidade RG nº. ... e inscrita no CPF/MF sob o nº. ........, residente e domiciliada na Rua ...., na Cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo, ..........., brasileira, solteira, administradora, portadora da carteira de identidade RG nº. ............ e inscrita no CPF/MF sob o nº. ..........., residente e domiciliada na Rua ............., na Cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo, ..........., brasileiro, solteiro, empresário, portador da carteira de identidade RG nº. ............ e inscrito no CPF/MF sob o nº. ....., residente e domiciliado na Rua .............., na Cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo e .............., brasileira solteira, maior emancipada, estudante, portadora da carteira de identidade RG nº. ............, inscrita no CPF/MF sob o nº. ............, residente e domiciliada na Rua .........., na Cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo, por se advogado que esta subscreve (doc. 01), vêm, respeitosamente, perante V. Exa., propor

AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE em face de ............., menor impúbere e ..............., brasileira, solteira, estudante, portadora da carteira de identidade RG nº. ........... e inscrita no CPF/MF sob o nº. ........., residente e domiciliada na Rua .........., CEP ........, na Cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo, consoante as seguintes razões de fato e de direito que passam a expor.

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I – DOS FATOS E FUNDAMENTOS DE DIREITO Da posse e propriedade do imóvel O imóvel objeto da reintegração de posse foi e ainda consta como de propriedade da empresa ........... porque os antigos sócios dessa empresa quando alienaram suas quotas para os sócios atuais, não providenciaram a transferência da propriedade para seus respectivos nomes, razão pela qual ainda permanece na titularidade dessa empresa. Resumindo, a origem da posse e propriedade do imóvel consistem dos seguintes fatos: 1) O imóvel era de propriedade da ..........., cujos sócios eram ........... e

sua mulher ..........; 2) As quotas da ............ foram alienadas para............; 3) ............ continuaram na posse, uso e gozo do imóvel, porém sem

providenciar a transferência da propriedade junto ao Cartório de Registro de Imóveis;

4) Posteriormente, ............ transmitiram a posse do imóvel a............,

também, sem levar a registro tal transmissão. 5) Por sua vez, ............ faleceu passando a posse do referido imóvel as

suas herdeiras............. 6) Por último, ............, transmitiram a ....., a posse do imóvel,

mediante Instrumento Particular de Compromisso de Venda e Compra e Cessão de Direitos Sobre Bem Imóvel, firmado em ........ (doc. 02).

Em suma, apesar do imóvel ainda estar em nome da empresa, mas, na verdade, a posse é exercida, de forma mansa, pacífica e a justo título, desde 2002, isto é, há sete (7) anos, por............, um dos sócios da empresa, até seu falecimento.

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Todavia, ............ veio a falecer em............, cujo processo de inventário corre perante a r. ..ª Vara da Família e das Sucessões do Foro Regional de ...., processo nº ............, pelo qual é feito a partilha dos direitos de aquisição do imóvel (doc. 04).

APEL. N°: 961.573-8 COMARCA: SÃO JOSÉ DO RIO PRETO APTE. :VILMA GONÇALVES TOLEDO APDO,: SILAS SAMPAIO (ESPÓLIO P/S/INVTE.) Reintegração de posse - Ação proposta pelo espólio representado por sua inventariante -Legitimidade - Inteligência dos arts. 12, V, e 991 do CPC. Reintegração de posse - Demonstrados e preenchidos os requisitos do art. 927 do CPC -Requerida que não fez qualquer prova de suas alegações - Eventual participação na aquisição do bem que deve ser buscada nas vias próprias -Recurso improvido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de APELAÇÃO N° 961.573-8, da Comarca de São José do Rio Preto, em que é apelante VILMA GONÇALVES TOLEDO e apelado SILAS SAMPAIO (ESPÓLIO): ACORDAM, em Décima Quarta Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO, V.U.", de conformidade com o relatório e voto da Relatora, que integram este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores SEBASTIÃO THIAGO DE SIQUEIRA (Presidente, sem voto), PEDRO ALEXANDRINO ABLAS e VIRGÍLIO DE OLIVEIRA JÚNIOR. São Paulo, 21 de setembro de 2005.

------------------ x ----------------- Órgão: QUINTA TURMA CÍVEL Classe: APC - APELAÇÃO CÍVEL Nº. Processo: 2006.04.1.005683-4 Apelante: ÁLVARO ANASTÁCIO SILVA Apelado: IRENE BERTO DA SILVA Relator Des.: ESDRAS NEVES ALMEIDA Ementa: AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE PROPOSTA POR UM DOS HERDEIROS DO DE CUJUS. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. CESSÃO DE DIREITOS. RECURSO IMPROVIDO. 1 – O imóvel objeto da Ação de Reintegração de Posse é de propriedade do espólio. 2 – O artigo 12, inciso V, do Código de Processo Civil prescreve que será representado em juízo, ativa e passivamente, o espólio, pelo inventariante. 3 – Assim sendo, um herdeiro, isoladamente, não tem legitimidade para propor a ação de reintegração. 4 - Recurso conhecido e improvido. Acordam os Desembargadores da Quinta Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, ESDRAS NEVES

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ALMEIDA - Relator, JOÃO EGMONT e ROMEU GONZAGA NEIVA – Vogais, sob a presidência da Desembargadora HAYDEVALDA SAMPAIO, em CONHECER. NEGAR PROVIMENTO. UNÂNIME, de acordo com a ata do julgamento e notas taquigráficas.

Das Razões da Reintegração na Posse ............, em meados de 2003, permitiu à Requerida ............ se instalar no imóvel, juntamente com outras mulheres, onde patrocinava festas com amigos e colegas. Todavia, ............ veio a dar a luz, tendo convencido ............ a registrá-la como seu pai biológico. Na verdade, ............ esteve envolvida em problemas pessoais, inclusive permanecida reclusa na ..., e, para que seu filho não fosse entregue a entidades assistenciais, convenceu ............ em registrá-lo como seu filho de modo que permanecesse na residência cedida por............ , onde residiam outras mulheres. Realmente, vale esclarecer, num primeiro momento, a família até acreditou que ............ era filho de............ , tanto assim que se tentou estabelecer um acordo, na partilha dos bens deixados por este, acordo este que posteriormente a Requerida houve por bem desistir (doc. 03). Nesse acordo, ficou consignado que o imóvel objeto da reintegração seria transferido para............, isto é, a Requerida poderia continuar ocupando imóvel, pois é mãe e mantém a guarda da criança. Além desse imóvel, outro lhe seria transferido, além do pagamento de determinada quantia em dinheiro. No entanto, a Requerida desistiu do acordo (cessão), segundo informado a outras pessoas, pois havia sido orientada por seu advogado, para num primeiro momento concordar e depois desistir, assim teria uma prova de que a família também reconhecia ............ como filho e herdeiro de ............ (doc. 04).

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Sendo assim, a posse e ocupação do imóvel, de forma gratuita e sem ônus, passou a ser ilegítima, pois está usufruindo, em caráter individual, um imóvel que pertence a universalidade de bens do espólio. Noutros termos, passou a praticar esbulho possessório, a partir da desistência, isto é, ............. No entanto, a Requerida insiste em permanecer no imóvel, com absurdas alegações, dentre as quais, porque seu filho ............ seria também filho de ............. Também, a partir da desistência do acordo, quando passou a proferir afirmações, principalmente com relação a ter “enganado” e ludibriado ............ e toda a sua família, com relação à paternidade de ............, aqueles indícios fortes de que ............ não era pai de............, tornaram-se reais, razão pela qual os demais herdeiros do falecido pretendem questionar judicialmente a paternidade atribuída ao de cujus, até porque há fortes indícios a confirmar que realmente ............ não é pai de ............. Para tanto, ingressaram com ação judicial buscando a declaração de inexistência de filiação, cumulada com cancelamento e/ou reforma do registro de nascimento de............. Em que tudo isso pese o fato incontestável é que os Requeridos não podem mais permanecer no imóvel, pena de responder por perdas e danos e lucros cessantes. Por primeiro, porque ............ não é herdeira e tampouco manteve qualquer tipo de união com ............. Por segundo, o espólio, até pela falta de recursos financeiros, necessita e pretende dar destinação ao imóvel, sobretudo locando-o a terceiros de modo a gerar rendas e receitas em prol de todos os herdeiros. Por terceiro, ainda que se admita, ............ ser filho de ............ com a Requerida, tal circunstância por si só não justifica que ambos (mãe e filho) sejam mantidos no imóvel, às custas do espólio, porque estará contrariando o art. 1.791 do Código Civil.

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Afinal, “A herança forma um todo indivisível e enseja a formação de condomínio pro indiviso entre os herdeiros (CC 1791 par. ún.). Todos têm tudo da herança, de modo que nenhum deles pode exercer atos possessórios que excluam direitos dos demais. Todos exercem posse sobre toda a herança (composse). Cabe a defesa da indivisibilidade pelo herdeiro prejudicado, exercitável contra o herdeiro que quiser inverter o título da posse, em detrimento do direito dos demais co-herdeiros e compossuidores”i. Resumindo: - A partir do momento em que a Requerida passou a admitir que ............ não é filho de............, não tem direito de possuir e ocupar o imóvel do espólio, salvo se na condição de locatários e pagando aluguel. Do contrário, sua posse é ilegítima e não pacífica, ante a discordância do espólio e dos demais herdeiros; - A partir do momento em que desistiu do acordo, renunciou, em nome de ............ , à posse e propriedade do imóvel que ocupam; ou seja, passou a praticar esbulho possessório sobre imóvel do espólio. Enfim, sob qualquer ângulo, os Requeridos devem devolver a posse do imóvel ao espólio, ou, noutras palavras, a reintegração da posse, a favor do espólio. II – DO PEDIDO Ante o exposto, com fundamento no art. 928 do Código de Processo Civil, requerem os Autores seja deferida liminar de reintegração de posse, a favor do Espólio de ............ , para que os Requeridos ............ desocupem o imóvel sito a Rua............ , nesta Cidade e Capital do Estado de São Paulo, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, sob pena de liberação coercitiva, mediante uso de força policial. Requerem, ainda, para o caso de não cumprimento da ordem judicial, a fixação de multa diária, no valor de R$ 1.000,00 (um mil reais), por dia em que os Requeridos deixarem de restituir a posse do imóvel ao Espólio de .............

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Para tanto, requerem a expedição de mandado de reintegração de posse, inclusive seja o Sr. Oficial de Justiça autorizado a recorrer à força policial para cumprimento da decisão. Requerem, ainda, a citação dos Requeridos, no endereço indicado, para querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia. Esperam, pois, o julgamento de total procedência da presente ação, com a condenação da Requerida em custas e despesas processuais e honorários advocatícios, estes fixados na base de 20% (vinte por cento) da condenação, acrescidos dos juros legais nos termos do art. 406 do Código Civil e atualizados a partir da citação. Outrossim, nas citações por Oficial de Justiça, sejam deferidos os benefícios do art. 172 do Código de Processo Civil, nas diligências, se necessárias. Dá-se ao valor da causam a importância de R$ 1.000,00 (um mil reais).

Nestes termos, Pede e espera deferimento.

São Paulo, 17 de julho de 2009.

JOÃO BATISTA CHIACHIO OAB/SP 35.082

i Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade Nery – Código Civil Anotado e Legislação Extravagante; Revista dos Tribunais; 2ª edição.