reintegracao cosmica trilogia completa

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  • Reintegrao Csmica Jan Val Ellam

    TRILOGIA

    QUEDA E ASSENO ESPIRITUAL

    Livro I

    REINTEGRAO CSMICA .

    (INTEGRAL DOS TRS LIVROS JUNTOS )

    Os Anjos Decaidos.

    JAN VAL ELLAM.

    .

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  • Reintegrao Csmica Jan Val Ellam

    Reintegrao Csmica

    Longe no tempo, na noite dos milnios planetrios, este Planeta Azul de um pequeno sistema localizado numa das bordas da galxia, teve como destinao csmica servir confraternizao de diversas raas planetrias. Ao mesmo tempo, nele seria construdo um Portal csmico de comunicao da nossa com outras galxias.

    Porm uma dramtica ocorrncia truncou a destinao do Planeta Azul e de outros mundos irmos. Resultado: uma quarentena sideral, significando o isolamento da Terra da integrao fraterna na comunidade galtica, e o retardo evolutivo de incontvel nmero de individualidades.

    Os detalhes deste relato, oculto no alvorecer da histria planetria, e seu desenrolar at o momento presente em que se prepara, com a Transio Planetria, o momento da reintegrao do Planeta Azul na comunidade dos mundos constituem a saga sideral que a presente obra, ditada do Plano Espiritual, veio revelar.

    Uma narrativa de dimenses csmicas, que ir transladar a conscincia do leitor para as rotas estelares em que operam os Grandes Seres que executam o Planejamento Sideral. E desvela os mistrios de nossa origem csmica, do exlio planetrio de uma considervel poro da humanidade terrestre, e de sua luta para retornar s estrelas de que so filhos.

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  • Reintegrao Csmica Jan Val Ellam

    Reintegrao Csmica

    A reintegrao de um indivduo sociedade, aps o cumprimento de longa pena em crcere isolado da vida social, requer cuidados no campo da psicologia e nos esclarecimentos que lhe sero prestados quanto ao que o espera no retorno convivncia com o mundo, impedida por fora da lei.

    Assim tambm, a reintegrao de uma coletividade de indivduos sociedade csmica, aps o cumprimento de uma longussima e dolorosa penalidade - excludos que fomos da convivncia com as outras coletividades do cosmos igualmente requer cuidados e conhecimentos novos no campo da nossa pobre e frgil psicologia humana, bem como de esclarecimentos que precisam ser prestados quanto ao que a espera no retorno convivncia csmica, desde h muitssimo tempo impedida, por fora de uma lei maior.

    No orbe em que vivemos, congregados por fora dos erros do passado espiritual, recebemos apenas mensagens e informaes que no podemos entender plenamente em face de nosso frgil estado evolutivo, tanto tecnolgica como espiritualmente.

    Apenas a f em algo maior, a convico de que o todo no pode se resumir ao que observado na ilha csmica, leva as mentes de vanguarda a pagar, s vezes com a prpria vida, por insistirem na busca da verdade, no se submetendo aos vcios mentais de suas pocas.

    Prisioneiros das conseqncias das leis de causa e efeito, ns, habitantes reunidos h tanto tempo neste bero planetrio to querido - ilhados por nosso orgulho e postura de desamor e intolerncia - precisamos preparamos para voltar a conviver com as populaes dos mundos que nos cercam, as quais aguardam amorosamente o instante em que nosso mundo seja liberto.

    Vamos, pois, empunhar os lenos brancos de paz e concrdia e acenar para o Mestre Jesus, pedindo para que a Terra seja, mais uma vez, integrada a essa convivncia.

    Para o mister de esclarecimento e reforo psicolgico a todos ns, que seremos em breve reintegrados convivncia csmica, que este livro -como outros a serem lanados- foi produzido.

    Jan Val Ellam

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  • Reintegrao Csmica Jan Val Ellam

    As informaes existentes neste livro foram ditadas, na realidade, por diversos irmos espirituais muito queridos ao nosso corao e que, sob os auspcios do Mestre Jesus, trabalharam na sua confeco, solicitando, entretanto, que seus nomes permanecessem no anonimato, porquanto tambm trabalhadores de outros campos de esclarecimento fraterno da seara do Cristo.

    Jan Val Ellam

    TRILOGIA QUEDA E ASSENO ESPIRITUAL Livro I - Reintegrao Csmica Livro II - Caminhos Espirituais Livro III - Carma e Compromisso

    Jan Val Ellan

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  • Reintegrao Csmica Jan Val Ellam

    Reintegrao Csmica

    Trilogia: Queda e Ascenso Espiritual

    Livro I Reintegrao Csmica Livro II Caminhos Espirituais Livro III Carma e Compromisso

    H lendas e histrias. O que no ficou registrado na histria, no pode, como tal, ser percebido. Se dela no faz parte, no pode, a ela, pertencer.

    Pouco sabemos da nossa histria, enquanto comunidade planetria. Entretanto, teimamos por procurar no passado apenas o que o padro atual da percepo moderna pode, como tal, perceber.

    De duas, uma: ou o passado o que imaginamos ou, simplesmente, ele no existe.

    Triste e pobre padro esse, atravs do qual o pensamento moderno tenta entender o passado. Este somente existir se, luz do que se pensa hoje, for inferior, em termos de evoluo, s conquistas atuais. Se assim no se enquadrar, no poder ser considerado.

    Imaginemos, porm, que houve pocas no passado remoto que, por no poderem ser percebidas atravs de certos tipos de registros - como tais os que julgam os padres de anlise do presente - passaram, ao longo do tempo terrestre, a ttulo de lendas. Mesmo tendo sido verdade, tais fatos perderam-se na noite dos tempos e deles somente teremos notcias msticas at que os seus registros encontrem guarida nas concepes atuais dos padres cientficos.

    Tentar perceber o passado atravs de paradigmas construdos no presente o mesmo que impedir a ocorrncia do futuro devido incapacidade de se imagin-lo agora. No entanto, o futuro ocorrer de qualquer maneira, possamos imagin-la ou no. Da mesma forma, o passado. Ele existiu - em certas pocas - em nveis bem mais complexos que os atingidos pelo pensamento cientfico moderno, possamos perceb-la ou no.

    Desse passado, devido s mudanas profundas da geologia planetria, somente teremos notcias concretas assim aceitas pelos padres atuais - em futuro breve, quando atingirmos nveis tecnolgicos de pesquisa ainda mais complexos. Por enquanto, dele somente poderemos ter notcias msticas. Segundo a Espiritualidade Maior, no h outra forma de nos prepararmos para as grandes revelaes que ocorrero.

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    O que vemos de um iceberg pouco representa da sua totalidade. Assim o passado terrestre: dele somente percebemos o que, pela nossa viso, no presente, pode ser alcanado.

    Os livros que compem a presente trilogia a saber: Reintegrao Csmica, Caminhos Espirituais e Carma e Compreenso so como recados amorosos que podero ser tidos, para muitos, conta de notcias msticas do passado. Que assim seja.

    O importante que exercitemos o nosso esprito na postura humilde de reconhecermos que pouco sabemos. Se o que ser informado nestes livros for tomado por lendas ou histrias, pouco nos afeta e importa. O tempo se encarregar de melhor classificar.

    Dissertar a respeito da histria da civilizao terrestre referir-se a um certo contexto csmico de queda existencial de certas comunidades planetrias que em passado remoto foram trazidas para a Terra. Mas, como falar a esse respeito no presente momento das conquistas tecnolgicas, se sequer sabemos ao certo se existe vida fora do nosso planeta?

    Explicar as diversas etapas que compem um perodo histrico bem mais longo e complexo das conquistas e problemas da humanidade terrena comentar acertos e desacertos milenares das individualidades que foram congregadas na Terra.

    Entender o presente com base nesse passado perceb-la como etapa final de todo um processo coletivo existencial que permite, agora, a ascenso dos que um dia quedaram seus espritos em um brutal e equivocado estacionamento evolutivo.

    Reintegrar-se a uma situao existencial antes vivida o que est prestes a ocorrer com boa parcela da populao terrestre. Um pouco mais e o "passado perdido" se potencializar diante dos olhos do presente.

    De nossa parte, obrigamo-nos a considerar as informaes aqui presentes como comentrios despretensiosos de "notcias do cu sobre as coisas da Terra". Despretensiosos porque recebidos e retransmitidos por um homem do mundo com seus limites e fragilidades, mas que, ainda assim, consegue perceber, de forma precisa e inconteste, a real procedncia dessas informaes.

    Aos irmos e irms em curso de evoluo na Terra, oferecemos estas informaes com carinho.

    Que o Mestre dos Mestres nos abenoe o esforo redentor.

    Jan Val Ellam

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    ndiceIntroduo 8Esclarecimento 10Para reflexo do leitor 11

    1. Isolamento Csmico 121. Convivncia Interplanetria 122. A Rebelio do Orgulho 163. Deciso do Mestre 204. Isolamento Terrestre 23

    2. Acompanhamento Csmico 261. Exlios Interplanetrios 26 2. Desvio de Rota 303. Ajuda Fraterna 334. Orgulho Espiritual 515. Novos Dbitos 536. Persiste o Isolamento 57

    3. Reintegrao Csmica 591. Esforo e Aprendizado 59 2. Preparao Necessria 623. Preldio da Unidade Planetria 684. Fim da Quarentena Csmica 705. Contexto Csmico 72

    Passado e Presente 76Cronologia dos eventos 79Esclarecimento Estratgico 81Contexto Filosfico Espiritualista 81Contexto Csmico 82Contexto Terrestre 82Contextos Elucidativos 82Contextos Doutrinrios 82Contexto Histrico 83Contexto Religioso 84

    Projeto Orbum 85

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  • Reintegrao Csmica Jan Val Ellam

    Introduo

    A reintegrao de um indivduo sociedade, aps o cumprimento de uma longa pena em crcere isolado e distante da vida social, requer e necessita de cuidados no campo da psicologia e nos esclarecimentos que lhe sero prestados, quanto ao que o espera no retorno convivncia com o mundo, desde h muito impedida, por fora da lei. Da priso em que se encontrava, cercado pelo mundo externo sua realidade aparente, dele apenas recebia mensagens e informaes que as mais das vezes sequer podiam ser entendidas, devido s limitaes impostas pelas fronteiras da priso.

    Uma espcie de sonho o levava a se preparar interiormente, atravs de um sentimento de f, longamente sustentado, para que um dia, aps o cumprimento da pena, pudesse voltar convivncia com os irmos que, livres de problemas com o passado, evoluam em seus agrupamentos sociais .

    A reintegrao de uma coletividade de indivduos sociedade csmica, aps o cumprimento de uma longussima e dolorosa penalidade - excludos que fomos da convivncia com as outras coletividades do cosmos igualmente requer cuidados e conhecimentos novos no campo da nossa pobre e frgil psicologia humana, bem como de esclarecimentos que precisam ser prestados quanto ao que nos espera no retorno convivncia csmica, desde h muitssimo tempo impedida, por fora de uma lei maior. No orbe em que vivemos, congregados por fora dos erros do passado espiritual, a nossa ilha csmica recebia apenas mensagens e informaes que, no podendo ser entendidas e verificadas devido a nosso frgil estado evolutivo, tanto no plano tecnolgico como no espiritual, levava-nos a sonhar com um futuro planetrio que somente na f encontrava guarida.

    Muitos que, de dentro da priso planetria, sonhavam com esse mundo externo, tinham sua sensibilidade sufocada pelos estreitos e limitados padres disponveis do conhecimento das pocas terrenas e restrito s fronteiras da priso. Assim, tantos foram queimados nas fogueiras da ignorncia dos valores transitrios que dominaram certos perodos da histria terrestre.

    Apenas a f em algo maior, a profunda e inabalvel convico de que o todo no podia se resumir apenas no que pudesse ser observado na ilha csmica, levaram as mentes de vanguarda a pagar, s vezes com a prpria vida, por insistirem na interminvel busca da verdade, no se submetendo aos conceitos e caprichos menores e aos vcios mentais de suas pocas.

    Prisioneiros das conseqncias das leis de causa e efeito, ns, habitantes reunidos h tanto tempo neste bero planetrio to querido - ilhados por nosso prprio orgulho e teimosia em assumirmos a postura do desamor e da intolerncia - precisamos preparar-nos para voltarmos a conviver com as populaes dos mundos que nos cercam.

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  • Reintegrao Csmica Jan Val Ellam

    Para esse mister de esclarecimento e reforo psicolgico a todos ns, que seremos reintegrados convivncia csmica, que muitas obras desse e de outros gneros esto sendo produzidas por muitos trabalhadores da seara do Mestre, a fim de facilitar o entendimento do que j est ocorrendo com o nosso orbe.

    Diversas civilizaes planetrias aguardam amorosamente o instante em que nosso mundo, livre dos grilhes do passado e da quarentena csmica que lhe foi imposta para que os eflvios nocivos que nele habitam no influenciassem outros mundos, esteja liberto e aberto convivncia fraterna com todos os que constituem a sociedade do cosmos.

    Vamos, pois, empunhar os nossos lenos brancos de paz e concrdia e acenar para o Mestre Jesus, pedindo para que a Terra seja, mais uma vez, integrada convivncia csmica, tornando, ento, realidade sonhos to longamente acalentados.

    Que o Mestre nos ilumine e inspire a todos na busca do ideal fraterno, e que possamos dar as boas vindas aos irmos de outros orbes, os quais, em nome da Fraternidade Csmica, aqui vm cooperar com seus irmos terrqueos.

    Jan Val Ellam

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  • Reintegrao Csmica Jan Val Ellam

    Esclarecimento

    O que aqui vai ser lido o que nos foi informado. No nossa opinio pessoal. Esta muito pequena frente grandiosidade dos fatos que sero expostos. Nem sequer porta-vozes somos. No temos estatura espiritual para tanto. Somos simples mensageiro de um recado amoroso de irmos mais velhos e experientes para seus irmos em curso de evoluo na Terra.

    As informaes existentes neste livro foram ditadas, na realidade, por diversos irmos espirituais muito queridos ao nosso corao e que, sob os auspcios do amor do Mestre Jesus, trabalharam na sua confeco, solicitando, entretanto, que seus nomes permanecessem no anonimato, porquanto tambm trabalhadores de outros campos de esclarecimento fraterno da seara do Cristo.

    Do nosso lado, ou seja, dos encarnados, muitas mos e crebros se congregaram em torno deste trabalho. A todos, o nosso reconhecimento.

    A bem da verdade, o nosso nome aparece como autor apenas porque assim o exigem as responsabilidades do mundo em que vivemos, o que, a rigor, infelizmente, pode descaracterizar a essncia e o significado das presentes linhas.

    Finalizando, a nossa admirao e homenagem a todos os que trabalharam na edificao do presente trabalho, como tambm em todo um conjunto de obras a ser publicado, referente a um processo que ainda est por vir e que no tarda.

    Atlan, 21 de setembro de 1991.

    Jan Val Ellam

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    Para Reflexo do Leitor

    O Esprito age onde h boa vontade.

    O amor pode existir em coraes catlicos, protestantes, espritas, budistas, islamitas, no-religiosos, desde que haja sentimento fraterno.

    A sabedoria se faz mais presente onde menor a influncia das fronteiras das limitaes do entendimento humano e de: suas divises filosficas e religiosas.

    O assunto aqui tratado, se observado atravs de algum fator limitante, sob esta ou aquela tica doutrinria em particular, seguramente ser percebido apenas com a angulao, as cores e o carter que lhe atribuir o senso do observador.

    Ao contrrio, se o conhecimento se der livremente, a percepo voar alto, to alto quanto permitam as asas da sensibilidade espiritual de quem desejar, realmente, ultrapassar seus preconceitos e limitaes. Ultrapassar, enfim, seus prprios limites.

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    1. Isolamento Csmico

    1. Convivncia Interplanetria

    De h muito j estava determinado pelos Conselhos Siderais que o mundo azul de um pequeno sistema planetrio, localizado em uma das bordas da galxia, iria ser novamente palco de mais uma pea da vida csmica, aps solucionados diversos problemas l ocorridos em tempos imemoriais.

    Provenientes de mundos afins, muitas individualidades espirituais, na posse de seus corpos fsico-materiais, iriam ser conduzidas para o planeta azul, onde haveria a grande confraternizao, atravs do trabalho realizador, de diversas raas planetrias evoludas. Tal era uma das principais destinaes csmicas daquele mundo.

    No tempo devido, novos humanides, especialmente preparados para esse mister, iriam ser trazidos para a Terra, a fim de que fossem realizados outros testes de adaptao, servindo, ao mesmo tempo, como forma de povoao inicial e preparao de mais uma etapa para o futuro planetrio.

    Alguns dos sistemas de mundos comandados pelo Mestre dos Mestres iriam contribuir para o enriquecimento da experincia existencial que estava sendo promovida sob Sua coordenao amorosa.

    Alguns mundos dos sistemas de Antares e Tao Ceti, que tinham afinidade vibratria com a situao energtica do mundo azul, preparavam-se para enviar grandes levas de seus filhos planetrios para o planeta longnquo no canto da galxia.

    Seres j bastante experientes e desenvolvidos iriam contribuir para uma nova etapa na edificao da vida fsico-material pensante, em mais um planeta dos sistemas guardados e coordenados pelo amor do Mestre.

    Planos, metas, esforos, sonhos e disposio para o trabalho edificante eram a tnica de todos os seres que estavam envolvidos, direta ou indiretamente, com o projeto planeta azul.

    Representantes das altas hierarquias celestes que administram, juntamente com o Mestre, os sistemas que Lhe cabem na organizao universal, orientavam os mentores dos mundos envolvidos no planejamento, execuo, coordenao e controle de todo esse processo de edificao planetria.

    Seres de diversos nveis dos muitos escales espirituais doavam amorosamente todos os seus esforos e habilidades para que tudo sasse a contento.

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    Mirades de trabalhadores espirituais j se encontravam instaladas nos ambientes espirituais circundantes ao planeta azul, coordenando todo o longo trabalho da geologia planetria para que novamente brotassem as condies de vida necessrias aclimatao do tipo de humanide que, por sua vez, estava sendo desenvolvido em outras paragens siderais e que seria conduzido, no momento adequado, para o incio do povoamento planetrio.

    O esforo conjugado de milhares de entidades que trabalharam apenas em mais uma fase de estudo e preparao daquele mundo para a edificao da vida pensante estava, por fim, rendendo os primeiros frutos.

    Idias, planejamentos, ajustes, testes e o quanto mais necessrio ao implemento da vida humana naquele mundo, sendo coordenado pelos muito altos e dignssimos representantes do Mestre, os quais, incessante e amorosamente, a tudo observavam e ajustavam, dentro do que fora determinado e orientado pelo Mestre Maior dos Mundos, o qual, por seu turno, supervisionava tais atividades.

    Grande era o intercmbio entre todas as reas administrativas ligadas ao processo.Viagens interplanetrias e intersistmicas; conselhos de mundos reunidos aqui e ali

    para anlise e providncias; estudos e experincias de vibraes energticas para o ajuste necessrio ao padro dos seres que iriam habitar o novo mundo; adequao das condies ambientais deste ao referido patamar vibracional dos que para l iriam ser deslocados; comunicaes e intercmbio de dados e informaes de toda ordem para a consecuo da grande tarefa; enfim, trabalho por todos os lados.

    Tudo estava preparado para o incio do processo de integrao csmica de mais um mundo ao grande concerto da vida universal no padro vibratrio fsico-material.

    Mais uma casa planetria iria ser ligada grande rede universal da convivncia fraterna. Mais um mundo iria fazer parte do contexto da coexistncia csmica. Tudo estava pronto para a chegada dos primeiros humanides que, equivocadamente, alguns segmentos da cultura cientfica da atualidade vem como sendo descendentes de certo ramo animal da Terra.

    Por no terem certeza absoluta quanto ao tipo de humanide que melhor se adaptaria s condies planetrias, os Arquitetos Universais criaram vrios grupos distintos no que se referia ao porte e certos detalhes de sua condio biolgica.

    H cerca de aproximadamente trs milhes de anos terrestres aportaram as primeiras levas de seres que serviriam para os testes e ajustes iniciais de mais uma etapa existencial a ser desenvolvida na Terra.

    Com o passar do tempo e aps muitas tentativas ocorridas ao longo dos milnios, com suas mltiplas pocas e perodos geolgicos, h cerca de um milho de anos, quatro grupos distintos, j bastante melhorados porquanto resultantes das mltiplas experincias anteriores, foram trazidos para a Terra a fim de se adaptarem s condies climticas e, em especial, questo gravitacional, que muito influa nas pesquisas de ento. Ao final do

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    perodo de testes e ajustes, seria decidido se um, alguns ou todos os grupos permaneceriam no planeta. O que desse processo resultasse, seria, em verdade, a base de humanides que - juntamente com seres mais evoludos que viriam em um segundo momento - formaria a humanidade futura.

    Cerca de quarenta mil humanides se dividiam entre os quatro grupos, cujos portes variavam entre sessenta centmetros a dois metros de altura, possuindo todos pele estranham ente acinzentada. Foram transportados em verdadeiros comboios siderais e aportaram na Terra h uns novecentos e cinqenta mil anos.

    As eras foram se sucedendo, sob o acompanhamento dos mentores e mestres que, de bases de apoio estrategicamente distribudas pelo planeta - para receber as visitaes peridicas de naves de servio e transporte de ou nas equipes - a tudo observavam. Os humanides que estavam espalhados pela Terra, com a adaptao s condies de alimentao, clima e esforo fsico cotidiano, foram adequando a sua condio muscular gravidade terrestre, havendo, tambm, modificaes acentuadas na pigmentao da pele, aumento de plos em alguns grupos especficos, bem como outras modificaes biolgicas que no futuro devem ser melhor explicadas.

    A essa altura, espritos simples e ignorantes - em termos de experincias existenciais racionais e de responsabilidade crmica - criados pelo Pai Amantssimo para iniciarem a longa jornada evolutiva da ascenso espiritual na Terra, estavam aptos a comear a encarnar nos corpos resultantes dos cruzamentos desses humanides. Aqueles seres que aportaram na Terra ainda sem a luz a divina a iluminar-lhes a fronte, mas j preparados para receberem a grande herana existencial do amor do Pai - a capacidade de pensar e de sentir e a conseqente responsabilidade energtica decorrente de tais potencialidades - comeavam a ter, entre seus rebentos, geraes e mais geraes que se melhoravam a cada ciclo.

    E as encarnaes de tais espritos simples e ignorantes nos humanides da Terra comearam, garantindo-lhes, ao mesmo tempo, o apangio da razo e a obrigao de responder por seus atos - tudo isso, evidentemente, em termos compatveis com seu estado ainda primitivo, mas j potencialmente capaz de se desdobrar num amplo livre-arbtrio responsvel luz das leis crmicas que presidem os destinos da criao.

    Todo o processo de ascenso dos humanides terrenos era acompanhado pelos Conselhos Celestes e, quando se firmou a certeza de que o processo de semeadura levado a efeito na Terra j garantia a colheita dos frutos programados e esperados, foi dado o sinal verde para a chegada de equipes de seres mais evoludos para conviverem diretamente com os j existentes. Assim, h cerca de oitocentos mil anos, comearam a chegar diversos grupos de seres de outros planetas, com suas naves e equipamentos, estabelecendo aqui colnias comunitrias. Entes de diversas origens planetrias, com suas caractersticas corporais especficas, passaram a povoar o planeta.

    Esses irmos, adrede preparados tanto em seus corpos materiais como em seu condicionamento energtico-vibratrio, atendendo solicitao dos Grandes Arquitetos Universais, mas sempre por deciso pessoal, aqui vinham com o objetivo maior de ligar a

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    Terra grande rede da convivncia csmica. Os cidados csmicos que para c imigraram estavam aptos a realizar, em algumas dezenas de milnios, a edificao, no planeta, de uma das grandes bases de sada da nossa galxia rumo ao espao exterior, para contato com outras civilizaes mais distantes.

    Esse portal csmico, que na Terra estava para ser edificado, tinha como grande objetivo justamente congregar no nosso mundo equipes de trabalho de diferentes origens planetrias para conviverem e trabalharem neste planeta-plataforma para vos siderais. Utilizando um processo de alavancagem resultante da interao dos campos magnticos do Sol e de Jpiter, conjugados com outros provenientes de algumas estrelas e planetas da Constelao do Centauro, tudo isso trabalhado por uma tecnologia ainda por ser alcanada pela mente humana da atualidade, as naves que da Terra sassem em direo ao espao exterior nossa galxia, em algum ponto do trajeto encontrariam, provavelmente, o que nos dia de hoje a atual fsica relativista e a fsica quntica de vanguarda chamam de buracos de verme, espcies de microtneis entre dimenses paralelas espalhadas pelo cosmos, que serviriam de atalho para outras estrelas, outras galxias e mesmo para outros universos, se possvel falar assim.

    Por essa poca, ou seja, o momento da chegada das diversas levas de equipes e naves de seres mais evoludos, os humanides, j dotados de raciocnio, encontravam-se distribudos em diversas pequenas comunidades que, embora ainda muito atrasadas, alcanariam rpido progresso, graas convivncia fraterna com irmos de bagagem existencial to adiantada.

    Esse era o grande e magnfico plano das altas hierarquias celestes para o mundo azul que se situava em uma das extremidades da galxia.

    Incontveis espaos de tempo na escala csmica foram levados a efeito no estudo, planejamento, preparao e incio de execuo de to grandioso projeto.

    Milhes de individualidades envolvidas de forma direta e indireta com o projeto Terra muito trabalharam e se esforaram dando contribuies valiosas para que tudo corresse a contento.

    A ateno de muitos sistemas de mundos, incluindo alguns de outros sistemas crsticos, ou seja, outros sistemas de mundos governados por seres de posio hierrquica semelhante ao Mestre dos Mestres, estava voltada para. aquele minsculo planeta, o qual, devido a sua condio espacial, iria servir de porra de sada e entrada naquela parte da galxia, para a convivncia com outros sistemas galcticos.

    Esse portal magntico que serviria a uma quantidade inimaginvel - para ns, terrqueos - de sistemas de mundos de parte da nossa galxia, h muito sonhado por toda a comunidade da Via Lctea, iria, finalmente, ser concludo, esperando-se o iminente incio de suas atividades como trampolim para os deslocamentos extragalcticos.

    Tudo era festa e homenagens ao Grande Mestre, que a todos coordenava com Seu inigualvel senso de sabedoria e amor.

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    2. A Rebelio do Orgulho

    As diversas classes de seres que assessoravam o Mestre distribuam-se, por sua vez, em muitos outros nveis hierrquicos que relacionavam agrupamentos afins, seja por nvel espiritual e/ou pela caracterstica de trabalhos especficos a serem realizados dentro dos muitos campos da atividade csmica.

    Dentre essas classes havia uma na qual estavam congregados muitos seres de nvel adiantadssimo e, por conseguinte, detentores de grandes responsabilidades frente s altas hierarquias do cosmos.

    Nesta classe a que nos referimos, havia uma entidade detentora de evoluidssimo nvel de conhecimento que, mesmo muito amando quele que na Terra viria a ser conhecido como Jesus, seu comandante e Senhor, e que, embora sabendo de sua condio hierrquica e espiritual inferior do Mestre, no decurso dos ltimos tempos da escala csmica, vinha, em algumas oportunidades, contrapondo-se ao Mestre e Sua equipe de auxiliares diretos, em relao a alguns aspectos administrativos e outros referentes vida csmica.

    Com pacincia e fraternidade, o Mestre e Seus assessores mais graduados concitavam ao maravilhoso porm inquieto ser que se chamava Lcifer, reflexo e humildade no campo do que se pensa conhecer e saber. Lcifer cada vez mais se inquietava e passou a no mais observar o limite de sua vasta e portentosa bagagem existencial, pensando tudo saber e tudo poder.

    Comeou a congregar em torno de si prprio um ambiente energtico-vibratrio de tal porre que todos os que dele se acercavam, eram envolvidos por posturas e influenciaes psicolgicas que iam da inquietao rebeldia.

    O Mestre Jesus que, como preposto maior do Pai naquela rea do universo, podia simplesmente isolar o irmo rebelde ou mesmo intern-lo em alguma manso csmica de repouso e reflexo, ao perceber que muitos outros seres de porre elevado em termos de graduao espiritual-mental tambm comungavam das posies algo perturbadoras de Lcifer, passou a permitir e dar livre curso s inquietaes de todos, para que de forma fraterna e transparente, todos pudessem ser esclarecidos sem que com isso o livre-arbtrio daqueles seres inquietos fosse atingido ou contrariado de alguma forma.

    Por orgulho do que pensava saber, Lcifer ultrapassou o nvel de convivncia hierrquica e fraterna existente entre os componentes dos diversos nveis de assessoramento do Mestre.

    Influenciada e fortificada pela aceitao e disseminao de sua inconseqncia junto aos mais desavisados, a liderana de Lcifer cada vez mais crescia junto queles que,

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  • Reintegrao Csmica Jan Val Ellam

    invigilantes nas suas posturas mentais, esqueciam e/ou distorciam tudo o que j haviam apreendido nas suas experincias existenciais e passavam a seguir o equivocado esprito de Lcifer que, a essa altura dos acontecimentos, j afrontava abertamente o Mestre e toda Sua equipe de auxiliares diretos.

    Cada vez mais adubado pelo prprio orgulho e incentivado pelo estmulo inconseqente dos que o rodeavam, Lcifer resolve ter a si prprio como lder de um movimento que passou a pedir contas ao Mestre Jesus de uma srie de aspectos da administrao celeste.

    Em linguagem simples diramos que, em especial, Lcifer questionava e cobrava do Mestre explicaes quanto figura do Pai. Por que ele, Lcifer, no conseguia conceb-Lo? Se Deus no era a Sua prpria obra, onde estava Ele? Por que o Mestre Jesus havia sido escolhido pelo Pai para ser o Seu preposto? Como esse decreto divino podia ser provado e comprovado? Onde e como conferir a assinatura de Deus nessa concesso de governana de parte do Universo ao Mestre Jesus?

    Por que confiar simplesmente nos altos mandatrios do Pai que, de tempos em tempos csmicos vinham at os mundos-sedes dos sistemas governados pelo Mestre atestando e confirmando a excelsa origem e nvel espiritual mpares do Mestre Jesus?

    A autoridade moral e espiritual nos mundos superiores e nas esferas espirituais sentida de modo irresistvel. Lcifer e todos os que ao redor dos seus postulados se congregavam sentiam no ntimo de seus espritos, de forma irresistvel, a autoridade amorosa do Mestre Jesus. Mas motivados pelo orgulho da distoro do que pensavam saber, atropelaram o que no ntimo lhes estava to claro, e que era uma conquista de seus espritos no plano do desenvolvimento moral-espiritual, e passaram a exigir no plano do desenvolvimento mental que todas as suas indagaes e questionamentos fossem plenamente atendidos, justificados e explicados.

    Como demonstrar fatos, planos, mundos e individualidades de um padro vibratrio mais evoludo a um ser que somente atingiu o condicionamento energtico de perceb-los at um nvel mais baixo de componentes dimensionais? Esta questo era colocada pela equipe do Mestre aos aflitos e inquietos seres que se agrupavam em torno de Lcifer.

    Como propiciar ao inseto a condio necessria para entender a inteligncia do homem? Como colocar em um simples copo toda a gua do oceano? Como fazer com que aqueles seres perturbados entendessem que o Pai pode ser sentido, at mesmo percebido, jamais deduzido, concebido ou equacionado?

    No podendo contraporem-se ao bvio da argumentao por parte dos representantes da Deidade, os revoltosos simplesmente postulavam que, se Deus tudo podia e se Ele existisse realmente, poderia facilmente tudo esclarecer.

    No sabiam todos aqueles espritos inquietos que o desenvolvimento da individualidade se d em dois grandes campos da jornada evolutiva do ser csmico, a saber, o campo moral-espiritUal e o campo mental-intelectual. E que cada um desses

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    campos sensrio-vibratrios, compostos de diversos aspectos e mltiplos nveis de aprendizado e conquista pessoal, e em no havendo como derrogar a inviolabilidade das Leis Csmicas, no seria possvel ao menor em evoluo, entender, equacionar e conter na sua pobre e ainda incompleta condio perceptiva, o Todo da essncia do Pai?

    O Universo com seus mltiplos nveis existenciais e a Deidade no se modificam para que os percebamos. Ns que temos de modificar a ns prprios atravs do renascimento interior, da renovao ntima, para, ento, melhorados na nossa condio vibratria e perceptiva, passarmos a perceber mais e mais o que nos rodeia e o que est dentro do nosso prprio Esprito.

    Entretanto, diante do postulado radical e do posicionamento inflexvel de Lcifer e seus seguidores, os representantes da Deidade e do Mestre Jesus nada mais podiam fazer luz do esclarecimento fraterno.

    Os seguidores de Lcifer passaram a visitar diversos mundos levando a todos quantos pudessem alcanar a competente propaganda e a conseqente propagao da sua inquietao.

    Ainda assim, o Mestre permitiu que Lcifer e seus seguidores propagassem livremente os seus postulados para que o livre-arbtrio de todos pudesse ser potencializado luz do entendimento e discernimento pessoal de cada individualidade.

    Por no terem sido atendidas as reivindicaes apresentadas equipe do Mestre, Lcifer e os que o seguiam passaram a propagar que Deus no existia e que simplesmente tal mito fora criado para que em Seu nome alguns pudessem exercer a governadoria celeste.

    A partir daquele momento o grupo rebelde no mais via no Mestre Jesus - apesar de no ntimo perceberem a Sua superioridade mpar - o governador celeste nem muito menos o preposto do Pai, porque, simplesmente, para eles o Pai no existia.

    Estava decretada a rebelio de Lcifer, com conseqncias extremamente danosas para muitos mundos e, em especial, para o nosso planeta.

    Muito j serviram de reflexo ao autor terreno destes escritos as informaes at aqui abordadas. No incio, no foi sem dificuldade que aceitamos o fato de, mesmo um anjo ou espcie de anjo ser to cego em relao existncia ou no de Deus, tanto quanto ns, espritos reencarnados e fortemente limitados nas nossas noes e percepes.

    como se a distncia de nvel existencial e de percepo entre um quase nada a uma simples clula, desta a um inseto, deste ao homem, do homem a um anjo, deste a um Ser Crstico, do Ser Crstico a um quase-Deus e de um quase-Deus ao Pai Amantssimo, fosse inconcebvel e efetivamente impossvel de sequer ser sonhada ou imaginada pela pobre mente humana. E assim o , nos dizem os nossos bons e pacientes amigos espirituais, pois h incontveis nveis e subnveis existenciais na hierarquia celeste.

    No temos a menor condio de imaginar a dificuldade de percepo que um ser anglico tem em relao distncia que o separa do Pai em termos de nveis existenciais, e

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    nisso reside a nossa tentao em achar algo primrio e simplista o fato de um anjo no perceber a existncia de Deus de forma segura e objetiva. Entretanto, o que nos informam os mentores deste trabalho: somente com o passar dos tempos csmicos, a humanidade terrestre perceber a sutileza de certos aspectos da longa jornada de evoluo espiritual das individualidades csmicas.

    No propsito desta obra informar e analisar as diversas componentes e os mltiplos aspectos que caracterizaram a rebelio de Lcifer. Isto, a seu tempo vir.

    Temos, portanto, a conscincia de que apresentamos de forma reduzida e simples o problema luciferiano, que nem novidade , porquanto j explorado por outros autores. Cremos, entretanto, que para o propsito do presente trabalho, o pouco que foi abordado suficiente.

    Cumpre-nos ainda informar que, ao ser decretada a rebelio luciferiana, os outros sistemas de mundos que eram e ainda so administrados por outros seres do nvel Crstico, de comum acordo com o Mestre Jesus, cortaram e/ou interromperam os circuitos de convivncia e deslocamentos siderais com o objetivo de que a loucura de Lcifer no ultrapassasse o limite de atuao dos mundos rebelados.

    Quando da iminente ecloso da rebelio, muitos observadores de outros sistemas planetrios vizinhos aos sistemas comandados pelo Mestre vieram para o sistema de Capela a ttulo de observao e estudo, at porque, segundo os autores espirituais desta obra, a rebelio de Lcifer no foi a primeira neste gnero a ocorrer. Afirmam eles que outros problemas semelhantes j ocorreram em outros sistemas comandados por seres de porte espiritual semelhante ao do Mestre Jesus.

    Se mal podemos ainda entender a questo luciferiana, supomos no ser conveniente nem de boa estratgia nos referirmos a esses outros problemas. No devido tempo, nem que seja para outras geraes, tais informaes devero ser veiculadas. At l, procuremos entender Lcifer e seus equvocos, que terminaram por ser motivos de queda para todos ns, que um dia o seguimos.

    Grande foi a inquietao daqueles dias. Se pudssemos imaginar naquele tempo as pesadas e dolorosas conseqncias da equivocada opo de seguir a Lcifer, outra teria sido a histria da Terra, a dos seus habitantes e de muitas outras comunidades planetrias.

    O Mestre Jesus, imperturbvel na Sua postura fraterna e amorosa, convidava a todos mansuetude, reflexo e observncia das leis existenciais.

    Cegos e surdos, os seguidores de Lcifer enxergavam e escutavam apenas o que lhes fosse conveniente ao posicionamento rebelde.

    Tudo o que era possvel ser feito dentro das leis do amor ao prximo foi feito pelo Mestre e Sua assessoria. Mas o esprito luciferiano, na sua inconseqente propagao, manchara e perturbara inapelavelmente parte da criao universal. Algo precisava ser feito!

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    3. Deciso do Mestre

    Tudo fora tentado no campo do esclarecimento fraterno junto s individualidades revoltadas. Nada, entretanto, surtia efeito.

    Respeitando o livre-arbtrio de todos, o Mestre propiciou todas as condies necessrias para que o processo decisrio de cada ser fosse o mais transparente possvel e que todos tivessem a devida noo da responsabilidade daquela opo.

    Aps consumada a rebelio, o Mestre Jesus, em concordncia com as altas hierarquias celestes, resolve reunir nos mundos rebelados todos os que se apresentavam irremediavelmente perturbados pela postura luciferiana.

    E assim foi feito. Todos os espritos rebelados foram agrupados naqueles mundos que tiveram a maior parte de suas populaes atingidas pela idia doentia de Lcifer.

    Quando todos os mundos rebelados j tinham congregado em torno de suas esferas existenciais (fsico espirituais-astrais) todos aqueles espritos infelizes na sua postura inflexvel e orgulhosa, tiveram os seus circuitos desligados da convivncia csmica.

    Cada conjunto de seres rebelados havia sido agrupado conforme a afinidade vibratria dos seus corpos em relao situao energtica dos mundos planetrios que deram guarida ao sentimento luciferiano.

    A fim de que a loucura do orgulho de Lcifer no perturbasse a paz de esprito daqueles que nos mundos que permaneceram ao lado do Mestre e que desejavam viver em paz, foi decretada uma espcie de quarentena que isolava pelo tempo que fosse necessrio os mundos rebeldes do intercmbio csmico.

    A partir de ento, o conjunto dos mundos rebelados passou a ser uma espcie de ilha csmica entregue s prprias condies de capacidade tecnolgico-cientfica e nvel moral dos seres ali congregados por fora da rebelio.

    As condies existenciais nesses mundos sofreram, a princpio, profunda estagnao em nvel de desenvolvimento, tanto no campo da evoluo moral-espiritual quanto nos aspectos referentes ao progresso mental nas reas da tecnologia e cincias em geral.

    Seus habitantes comearam a perder a noo de padro evolutivo da vida csmica devido ao isolamento que lhes foi imposto, o que os tornou ainda mais revoltados.

    Mergulhando cada vez mais em ambientes energticos densos e de vibrao pesada, aqueles seres, acostumados vivncia em ambientes magnticos de altssimo nvel, comum

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    aos mundos que freqentemente habitavam, perturbavam-se mais e mais na convivncia com apetites e necessidades grosseiras que passaram a caracterizar o triste cotidiano reencarnatrio nos mundos rebelados.

    Alguns desses mundos perderam at a condio de se comunicar uns com os outros, dentro da ilha csmica a que estavam inapelavelmente confinados.

    A decadncia desses mundos, com o passar dos tempos csmicos, verificava-se de forma avassaladora. O Mestre Jesus contemplava tudo isso com um misto de tristeza e esperana no futuro.

    O mundo terrestre, que estava destinado a ser importante centro estratgico para muitos sistemas de mundos, por ter a maioria de seus habitantes, poca da rebelio, aderido idia luciferiana, passou a ser um dos mundos decadentes desse triste processo de estagnao espiritual.

    Por ser um dos mais atrasados e por somente h pouco tempo csmico possuir populao prpria nos seus nveis fsico-material, astral e espiritual, o mundo terrestre passou a ser uma espcie de ltimo dos ltimos do grupo dos mundos rebelados.

    Decorrido certo tempo da escala csmica, de vez em quando, um ou outro agrupamento de seres, nesse ou naquele mundo rebelado, conclua pelo equvoco da opo luciferiana. Tais posturas, ao serem detectadas pela vigilncia amorosa do Mestre e de Seus prepostos, eram prontamente cercadas de todo estmulo possvel atravs da chegada de emissrios do amor do Mestre, seja atravs de reencarnaes ou mesmo atravs de misses disfaradas entre os habitantes dos mundos rebelados.

    Com o passar do tempo, pouco a pouco, quando mais da metade da populao de um ou outro mundo rebelde percebia conscientemente o erro cometido e apresentava ao Mestre a renovao do reconhecimento e respeito a Sua postura amorosa, esses mundos arrependidos passavam por processo semelhante ao que a Terra est passando nestes ltimos tempos do segundo milnio terrestre ps-Cristo, ou seja, por uma reciclagem energtica de todos os seus habitantes.

    Dizemos semelhante, mas, em verdade, o processo de exlio das minorias empedernidas daqueles mundos, que se renovavam na rota evolutiva, em nada se parecia com o caso terrestre.

    Conforme as caractersticas de cada mundo e o nvel dos habitantes que ali se congregavam, o exlio daqueles que ainda insistiam na postura luciferiana para os outros mundos ainda rebelados e que ainda no apresentavam condies de regenerao processou-se de diversas formas em nvel de tecnologia e ocorrncias diversas.

    De fato, muitos mundos, que a princpio se rebelaram contra os representantes da Fraternidade Csmica, passaram a se reintegrar convivncia csmica. medida que tal processo se sucedia, as minorias empedernidas na teimosia e no orgulho passavam a ser reagrupadas em mundos ainda rebelados cada vez mais atrasados.

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    A boa luta do esclarecimento fraterno, entre as foras csmicas que representavam o amor do Mestre Jesus e as hostes luciferianas, cada vez mais se concentrava nos mundos rebeldes mais atrasados.

    Lcifer, tal como general em plena batalha, vendo-se acuado pelo avano da luz do esclarecimento, no podendo avanar, cada vez mais concentrava todo seu esforo e resistncia nos mundos de vibrao mais pesada para dificultar a penetrao das mensagens de luz e renovao espiritual.

    E no iremos longe no abuso da pacincia da capacidade dedutiva dos irmos e irms, leitores destes escritos, para dizer que a Terra foi, ou melhor, est sendo o ltimo mundo a passar pelo processo de reciclagem espiritual para que possa ser reintegrada vida csmica.

    Os seres que ainda nos dias atuais insistirem na postura do desamor, do dio e da violncia sob todas as formas, no mais pela influncia luciferiana, mas por efeito de suas prprias inclinaes e tendncias, sero exilados para mundos inferiores em rota evolutiva para, ali, aprenderem a observar o valor da postura fraterna, propiciando ao planeta terrestre, as condies necessrias ao progresso espiritual de seus habitantes.

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    4. Isolamento Terrestre

    Nosso modesto relato atinge, a esta altura dos acontecimentos, a marca de 100.000 a.C.. Durante os ltimos setecentos mil anos do calendrio terrestre antes desta marca que ocorreram todos os fatos narrados nos captulos anteriores e muitos outros que provavelmente devero ser informados no futuro. Imaginemos, apenas, se a histria que a humanidade atualmente conhece, de alguns poucos milnios, j to rica e ilustrativa nas suas muitas verses, o quanto no deve ter ocorrido em muitas centenas de milnios e que ainda est por ser informado e esclarecido comunidade terrquea.

    Mas, voltando marca do tempo terrestre por volta de 100.000 a.C., tudo o que restava da rebelio de Lcifer estava congregado e concentrado no orbe terrestre.

    H somente alguns poucos milhares de anos do calendrio terrestre, antes da marca anteriormente citada, os dois ltimos orbes rebelados alm da prpria Terra, acabavam de ser reintegrados ao circuito csmico da convivncia fraterna, restando apenas ao mundo terrestre a triste e equivocada caracterstica de ainda ostentar a bandeira da infelicidade e do orgulho luciferianos.

    Por determinao do Alto e por ser a Terra o ltimo mundo rebelde, a partir aproximadamente da marca dos cem mil anos antes de Cristo, as individualidades que ao longo do tempo terrestre cumprissem com os seus programas reencarnatrios atingindo os objetivos traados com o devido mrito espiritual, poderiam, se assim o quisessem, deixar o ambiente terreno e retornar aos seus orbes de origem, conforme as condies energtico-vibratrias de cada um.

    No precisariam, portanto, aguardar o final do ciclo existencial terrestre de purgao, onde haveria - como j est ocorrendo - o processo de reciclagem espiritual com o conseqente exlio daqueles espritos que no lograram sucesso aps to longo e desgastante ciclo reencarnatrio.

    Muitos espritos e grupos de espritos, ao longo da histria terrestre, cumpriam com mritos o que deles era esperado e retornavam com suas conscincias limpas e regeneradas a mundos mais evoludos, espalhados pelo cosmos.

    Durante toda a histria atlante, no final do apogeu do perodo egpcio, no tempo dos personagens descritos nos Vedas, entre os gregos e em muitos outros agrupamentos da histria humana no planeta, encontramos esses espritos maravilhosos que aps purgarem as suas faltas pretritas e darem a sua edificante e regeneradora contribuio ao mundo terrestre, retornaram s suas origens planetrias.

    Mas, a Terra continuava isolada do circuito csmico-universal e em acelerado processo de decadncia de suas condies existenciais.

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    A ajuda que vinha de fora potencializava-se na vida planetria de maneira bastante discreta.

    De vez em quando um ou outro agrupamento de espritos, mesmo j libertos dos compromissos que os prendiam Terra, decidia aqui permanecer para ajudar o desenvolvimento planetrio.

    Muitos seres de outros orbes solicitavam ao Mestre Jesus a oportunidade de reencarnarem na Terra para ajudar os seus afins- companheiros e afetos do passado - que ainda estavam presos ao orbe rebelde.

    Tudo estava sendo feito para que, no menor espao de tempo possvel, a ajuda e o esclarecimento necessrios chegassem at a Terra dentro das possibilidades planetrias.

    Foram programados vrios estgios de possibilidades propulsoras de progresso atravs do surgimento de vrias civilizaes ao longo da histria terrestre. Muitas dessas sequer chegaram ao conhecimento moderno. Outras, chegaram at os dias atuais, como lendas.

    Atravs de inmeras reencarnaes de espritos com extensa bagagem e experincia em alavancagens de progresso planetrio, comeavam a surgir em diferentes pontos do ambiente terrestre, diversos lderes que, quando lhes permitiam as condies de poca, lugar e mentalidade reinante, promoviam grandes surtos de desenvolvimento.

    Porm, devido ao isolamento csmico pelo qual passava a Terra, muitas vezes as sementes plantadas pelos espritos missionrios morriam logo aps a semeadura pois no eram adubadas pelo esforo das comunidades espalhadas pelo planeta devido ao desconcertante atraso mental e moral-espiritual que caracterizava a populao terrquea.

    Novos e graves dbitos espirituais eram contrados a todo momento. Grande era o peso do passado criminoso para todos aqueles espritos que estavam congregados na Terra.

    Com o passar dos dias e a renovao das pocas, novas civilizaes surgiam em diferentes regies planetrias, j que era essencial - conforme o planejamento da Espiritualidade Maior - preparar diferentes focos de possibilidades de desenvolvimento com vistas ao futuro da humanidade terrestre.

    Civilizaes sequer sonhadas e/ou imaginadas pelo conhecimento moderno surgiam e desapareciam ao longo dos sculos e milnios terrestres, formando as pginas de uma histria planetria ainda por ser contada.

    Atingimos agora, nestes despretensiosos comentrios narrativos, a marca de aproximadamente 40.000 anos terrestres a.C.

    A Terra no estava entregue sua prpria sorte, pois grande era o acompanhamento e o esforo de todas as hostes do Mestre Jesus na ajuda constante a todos os congregados no orbe.

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    Entretanto, e tal fato sempre de carter inexorvel em todo tempo e lugar devido s leis csmicas, o mundo terrestre estava, em realidade, entregue sua baixa e pobre capacidade de discernimento coletivo decorrente do livre-arbtrio planetrio.

    Assim sendo, todas as tentativas da Espiritualidade Maior esbarravam sempre nas posturas viciadas e tendenciosas do meio terrestre, com o conseqente sacrifcio dos emissrios do Alto como, tambm, com os desvios de rota e distores do que fora anteriormente planejado pelos mentores terrestres frente aos objetivos desejados e propostos para as misses renovadoras.

    Resumindo, o mundo terreno no estava conseguindo alavancar.

    Presos ao passado criminoso e s tendncias e inclinaes conseqentes ao mesmo, os espritos congregados no orbe no estavam conseguindo sair do ciclo vicioso que as condies do astral coletivo do planeta impunham ao ambiente terrqueo.

    A Terra estava em uma espcie de impasse energtico jamais observado pelas hostes da Deidade.

    No propiciava condies vibratrias para receber ajuda direta de irmos mais adiantados de outros orbes e, ao mesmo tempo, sem essa ajuda, a evoluo terrquea permaneceria estagnada durante centenas de milhares de anos, dentro da penosa e interminvel relao de causa e efeito das vibraes pesadas dos mundos inferiores.

    Em outras palavras, no poderia prescindir da ajuda direta vinda de fora, mas, ao mesmo tempo, no criava condies para que tal ajuda pudesse vir.

    Mas, o que devemos entender por ajuda direta?

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    2. Acompanhamento Csmico

    1. Exlios Interplanetrios

    Denominamos ajuda direta o processo de aterrissagem de espao naves com o conseqente contato com suas tripulaes. Esses tipos de contato propiciam condies mpares de ajuda ao desenvolvimento e progresso dos mundos e so ocorrncia comum entre os mundos tendentes fraternidade csmica.

    Os irmos que chegam de fora em suas naves de inimaginada sofisticao e potencialidade tm condies de esclarecer, ensinar, informar, estimular, acompanhar e trocar experincias para o engrandecimento de todas as partes envolvidas no concurso csmico.

    Ocorre, entretanto, de forma sutil e discreta, no que se refere capacidade de discernimento e percepo dos mundos inferiores, o que chamamos de ajuda indireta. Esse processo desenvolvido atravs de reencarnaes de espritos missionrios, de inspiraes profticas etc., que permitem o esclarecimento e o estmulo evoluo moral.

    Esse processo de ajuda e acompanhamento caracterstica comum dos mundos inferiores com baixas e pesadas vibraes, que no permitem a chegada direta e objetiva diante dos sentidos do homem e da mulher terrestres, dos irmos csmicos que, se assim chegassem, teriam concentradas em si prprios toda a carga negativa dos aspectos mentais e emocionais da coletividade terrena, o que seria fatal para muitos deles e muitos de ns porquanto a interao enrgetico-psquica da decorrente seria tal qual tormenta magntica a penetrar e destruir as defesas espirituais que possui cada ser. Esse era o grande problema da Terra h cerca de aproximadamente quarenta e dois mil anos atrs.

    A essa altura, alguns outros mundos de sistemas planetrios irmos, a saber, Capela, Antares, Epsilon Eridani, Vega e Tao Ceti estavam expurgando os ltimos remanescentes de processos retardados ainda provenientes da rebelio de Lcifer, como, tambm, de reciclagens vibratrias com vistas a outros objetivos evolutivos que sempre ocorrem em todos os orbes em evoluo.

    O produto desse processo de reciclagem espiritual - cerca de meia dezena de bilhes de individualidades - que eram, em verdade, seres de extensa bagagem existencial e com grandes progressos no campo mental, mas pouco evoludos no campo moral-espiritual, deveriam ser levados a mundos inferiores em rota evolutiva.

    As hostes do Mestre Jesus renem-se nas manses celestes e resolvem numa s medida corretiva os dois problemas cruciais constantes na pauta daquela reunio: alocar os seres exilados em mundos compatveis com suas vibraes perturbadas e ao mesmo tempo

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    promover oportunidades de surto desenvolvimentista aos mundos que iriam receber aqueles seres.

    Dessa forma, mundos com outra sorte de problemas, mas j libertos da questo luciferiana receberam parte dos seres a serem exilados.

    A Terra, dada a sua condio especial de ltimo mundo rebelde e estagnado nas foras evolutivas, foi escolhida para receber a maior parte desses seres infelizes que viriam juntar-se aos quase vinte bilhes de individualidades planetrias que aqui j estavam congregadas.

    Em reencarnaes rapidssimas no tempo terrestre - que sero descritas em trabalhos futuros - esses seres tiveram que passar por um longo perodo de equalizao energtica no planeta, reencarnando nos agrupamentos terrestres mais primitivos poca dos fatos, at que seus corpos espirituais estivessem adaptados vida planetria.

    Mas nem todos foram transportados em esprito para os ambientes astrais-espirituais da Terra. Muitos aqui vieram em suas prprias naves pois talo era objetivo da Espiritualidade Maior. J que no era possvel diante das leis csmicas promover a visita de seres evoludos que Terra pudessem vir em suas naves para o contato e ajuda direta com o ser terrqueo, foi permitido que esses seres rebeldes e inquietos nas suas posturas morais, porm detentores de alto nvel de conhecimento tecnolgico, viessem nas suas prprias naves para promover o que fosse possvel em termos de alavancagem planetria.

    Durante o tempo de vida que restasse a esses seres, aps a chegada superfcie e atmosfera terrestres, e normalmente esse perodo era muito mais longo do que o normal terreno, no s pela organizao fisiolgica mais complexa que eles possuam como tambm devido s adaptaes sofridas, eles deveriam promover e propiciar muitos ensinamentos e fornecer um novo padro de alavancagem tecnolgica aos principais e mais desenvolvidos ncleos terrenos, quela poca, quase todos situados na Atlntida.

    Estava a histria da Terra, por esse tempo, registrando o incio da segunda tentativa atlante - a mais recente que realmente chegou a atingir nveis de desenvolvimento impensveis para o terrqueo do sculo XX.

    Os seres que aqui chegaram conseguiram promover na segunda grande civilizao atlante, um surto desenvolvimentista que muito superou certos campos das conquistas sociais da atualidade e ultrapassou em nveis extraordinrios o que hoje conhecemos por progresso tecnolgico.

    As naves atlantes desta poca conseguiam sair do ambiente terrestre e alcanar alguns pontos do sistema solar. Era o mximo que conseguiam fazer.

    A tentativa de sair e viajar alm dos limites do sistema solar estava em pleno desenvolvimento quando ocorreu a grande e ltima catstrofe da histria atlante. Mas isso assunto para outros trabalhos.

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    O que de fato ocorreu na poca que, apesar dos muitos progressos alcanados por aquelas comunidades, as tendncias e inclinaes belicosas e de dominao daqueles espritos traram as suas foras mais ntimas, e toda a experincia atlante sucumbiu ante a renovao necessria que sempre sucede s experincias criminosas e inconseqentes que dominam de forma aparentemente irreversvel o destino planetrio, impedindo o progresso rumo fraternidade csmica.

    Do mesmo modo como extirpamos as clulas cancerosas de um organismo doente para salv-lo, a experincia e a irreversibilidade da postura exclusivista, inconseqente e orgulhosa do povo atlante precisava ser extinta para que o planeta pudesse sonhar com algum futuro mais nobilitante e estimulador.

    A no comunho com os demais povos terrestres e a alta discrepncia entre a potencialidade atlante e o resto da humanidade terrena foram fatores altamente decisivos na reprogramao evolutiva planetria por parte das hostes do Mestre.

    Mais uma vez, o orgulho do que se pensa saber colocara tudo a perder.

    Inserido no jogo das leis de causa e efeito que a tudo rege, a experincia atlante que poderia e deveria a tudo renovar, terminou por complicar mais ainda a situao terrestre devido inclinao criminosa e tendncia dominadora que caracterizam os espritos participantes de tal empreitada.

    Com o desaparecimento da civilizao atlante, a Terra voltava estagnao tecnolgica e moral.

    Para melhor entendimento, h cerca de doze mil anos a populao do orbe estava distribuda em trs grandes grupos ou falanges que assim se ajuntavam, conforme as leis de afinidade vibratria, que, de certa forma, disputavam o domnio do orbe terrestre:

    - a falange de Lcifer e dos que com ele se congregavam de forma consciente e ainda com recordaes precisas a respeito dos postulados que deram origem rebelio, ainda bastante organizados, que tentava desesperadamente manter o controle sobre a Terra porquanto era o ltimo refgio e espcie de quartel general do combate contra as foras da Deidade;

    - a falange de individualidades profundamente presas s prprias tendncias primitivas no campo da violncia, das necessidades mate rias e das posturas pouco dignas que pem por terra a fraternidade e a solidariedade que deveriam nortear a coexistncia pacfica entre os seres pensantes, tudo isso decorrente da prpria experincia terrestre extremamente infeliz nas suas expresses de energia psicosexual e de exploses psquicas violentas e animalescas.

    Esses seres, longe de terem qualquer tipo de ideal, equivocado ou no, simplesmente estavam presos s paixes tresloucadas do cotidiano nos diversos campos da existncia humana terrena, contraindo mais dbitos a cada passagem pelo palco planetrio. Eram circunstancialmente utilizados pela falange de Lcifer, a seu bel prazer e convenincia, porquanto ligados vibratoriamente desarmonia e ao desamor.

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    Formavam o grupo que detinha o maior nmero de individualidades congregadas sendo que estas no apresentavam o menor grau de conscincia do processo em que estavam envolvidos. Atuavam, portanto, de forma desorganizada, contribuindo energtica e inconscientemente, com a falange luciferiana.

    - a falange dos seguidores do Mestre, cujos membros, inseridos e mergulhados nos diversos nveis existenciais terrestres, procuravam sensibilizar e esclarecer, recrutando aqui e acol, novos adeptos para a causa da boa luta contra as trevas da ignorncia e do orgulho.

    Duas falanges negativas no necessariamente organizadas e harmnicas entre si, digladiavam-se contra os representantes da corrente fraterna sustentada pelo testemunho e sacrifcios constantes dos seguidores do Mestre.

    Bilhes de individualidades distriburam-se por estas trs correntes vibratrias que, presentes nos ambientes fsico, astrais e espirituais do orbe, 1 testemunhavam a grande inconseqncia do orgulho e a infelicidade dos que para a Terra foram exilados e da influncia destes sobre o elemento nativo terrestre.

    1 - Planeta = ambiente fsico-material.Orbe = ambientes fsico-material + astrais + espirituais, ou seja, todos os nveis

    existenciais que envolvem o planeta.Desaparecia da superfcie terrestre o que restava do grande continente da Atlntida, mas a

    experincia daqueles seres iria ser a base de um outro grande projeto de espiritualizao planetria.

    Grande era - como ainda - o peso da responsabilidade moral de todos os que para aqui vieram como produto dos processos de exlios de outros orbes planetrios.

    * * *Com a derrocada da civilizao atlante, o que dela sobrou, ou seja, os seres que

    estavam em viagens nos outros continentes ou mesmo em misses pelo espao e que conseguiram escapar grande tragdia, iriam necessariamente se espalhar por toda a Terra levando, dessa forma, um pouco de conhecimento e desenvolvimento aos diversos recantos planetrios.

    O que fora negado ao resto do planeta pelo orgulho exclusivista dos atlantes, que no queriam se misturar com os outros povos terrestres era, agora, propiciado a todos pela desdita da experincia atlante e pela prpria necessidade de sobrevivncia dos que escaparam ao grande desastre.

    Aproveitando essa oportunidade, a Espiritualidade Superior decide iniciar mais um ciclo de experincia e aprendizagem para toda a comunidade de espritos congregados no orbe terrestre.

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    2. Desvio de Rota

    As diversas origens planetrias dos exilados, os mltiplos acasalamentos ocorridos e as experincias genticas dos atlantes, contriburam para que na Terra, altura de nossa narrativa, existissem vrios grupos de aparncia racial distintas.

    Com o fim da experincia atlante, outros focos de desenvolvimento foram se formando ao longo do tempo terrestre e estes ncleos distintos resultantes da histria da Terra at ento, passaram a servir de beros para as novas investidas da Espiritualidade Maior.

    Grandes emissrios reencarnavam nos principais ncleos terrestres, trazendo consigo as mensagens e ensinamentos possveis ao entendimento da poca.

    Entre os egpcios, hindus, chineses, gregos, celtas, hebreus, sumrios e outros povos mesopotmicos, e em outros agrupamentos, em especial no oriente, as sementes do amor do Pai e da vigilncia e acompanhamento fraternos do Mestre eram plantados no seio da comunidade planetria.

    O que restara do poderio tecnolgico da grande civilizao atlante estava agora sucateado entre as civilizaes nascentes na ndia e no Egito em maior grau, e nos agrupamentos gregos em menor escala de importncia e potencialidade.

    As hostes luciferianas haviam distribudo estrategicamente os seus soldados por todos os agrupamentos terrestres. Lcifer sabia que, devido s condies energticas planetrias, o verdadeiro campo de luta onde ocorreria o confronto com os seguidores do Mestre, era no ambiente dos encarnados e no nos nveis astral e espiritual. Por isso mesmo, a ttulo de estratgia pessoal, ele jamais teve uma encarnao sequer na Terra, permanecendo sempre nos nveis astrais mais prximos ao ambiente fsico terreno de onde pretendia dominar todo o processo sem correr maiores riscos de desgaste. Com esse procedimento tencionava preservar e proteger a si mesmo.

    Explicando melhor, diramos que a luta entre a luz e a ignorncia, era travada em especial no ambiente fsico planetrio entre os espritos reencarnados, mesmo que inconscientes quanto ao processo devido ao esquecimento temporrio que a encarnao provoca na memria espiritual da individualidade, como tambm nos ambientes astrais e espirituais do planeta entre os espritos desencarnados e outros seres que, com total ou parcial conscincia dos fatos, desenvolviam seus esforos a servio do Mestre ou a servio de Lcifer.

    A situao astral-espiritual de um orbe primariamente evoludo decorre sempre decorre dos atos e atitudes praticados pelos espritos nele encarnados. Em mundos inferiores ou em estgios de evoluo ainda primitivos, a vida fsica em corpos densos e pesados representa os fatores causais da situao vibratria do orbe.

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    As situaes nos ambientes astrais e espirituais mais imediatos vida encarnada so sempre conseqncia do que l ocorre. Diante dessa tica de anlise, os espritos encarnados vivem no mundo das causas e os desencarnados, no dos efeitos. Por isso, o verdadeiro palco do confronto era no mundo dos encarnados.

    Cientes das leis vibratrias do processo reencarnacionista terrestre, o quartel general de Lcifer comandava do ambiente astral planetrio as reencarnaes dos seus pares nos ncleos dos povos da Terra observando as antigas e remotas atividades do passado interplanetrio.

    Entretanto, os seguidores de Lcifer, ao mergulharem na matria densa e pesada dos corpos carnais atravs de reencarnaes, por estarem inapelavelmente inclinados negatividade, mas pareciam componentes da falange formada pelos representantes das tendncias viciadas da existncia carnal planetria, do que propriamente seguidores dos ideais luciferianos. De toda forma, atravs de posturas tresloucadas, contribuam mais e mais para a desorganizao do mundo terreno, como tambm para a estagnao vibratria que tanto interessava a Lcifer.

    Esse aspecto, com o decorrer dos tempos, foi descaracterizando a postura luciferiana, que passou a ser vista muito mais como uma tendncia comportamental violenta e animalesca do que como uma postura mental de orgulho e rebeldia.

    O prprio quartel general de Lcifer passou a perder-se nas incurses pelas leis reencarnatrias do planeta.

    Uma louca e desordenada mistura entre as duas grandes correntes que se afinavam com as trevas e a ignorncia compunha agora o quadro existencial planetrio. A contrapor-lhes, apenas o esforo herico dos emissrios e seguidores do Mestre.

    A aparente lucidez luciferiana estava sucumbindo ao caos provocado pelo desamor, pela intolerncia, pela luxria, pelo dio, enfim, por todos os aspectos animalescos da vivncia corporal sem a devida base de sustentao espiritual.

    O que fora apenas uma postura equivocada a nvel mental e moral de um grande esprito estava reduzido, altura do ano 3.000 a.C., a um simples e monstruoso amontoado de dbitos e crimes espirituais de um grupo infeliz de seres que seguiam Lcifer.

    Devido s condies energticas reinantes, decorrentes do desvario do livre-arbtrio da coletividade planetria, estava definitivamente afastada a possibilidade de ajuda direta atravs da chegada do Mestre e de sua comitiva em naves que para a Terra deveriam vir, se tudo tivesse corrido a contento.

    O grande plano sonhado pelos mentores espirituais para aquela altura do tempo terrestre era a religao do planeta ao circuito da convivncia csmica. Mas tudo deu errado, e mesmo as sementes das possibilidades dessa reintegrao to desejada, no fecundaram entre os povos terrestres que quela poca estavam sendo preparados para a convivncia fraterna com os nossos irmos de outros orbes. Alguns passos, inclusive,

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    haviam sido dados neste sentido, mas tudo voltou estaca zero pois no havia condies vibratrias para tal.

    Grande era o peso dos registros crmicos dos crimes cometidos pela experincia existencial no astral planetrio, e tais condies agravantes da situao energtica do orbe impediam os irmos que outros mundos penetrassem com seus corpos materiais especialssimos, bem mais sutis e sofisticados que o terrestre, nos ambientes existenciais da Terra.

    O Mestre e sua comitiva no mais viriam Terra com seus corpos eternos e suas naves maravilhosas para, atravs de um processo de ajuda direta, abraar, esclarecer e estimular a todos aqueles espritos infelizes e equivocados.

    Outra seria a soluo encontrada pelo pastor amoroso, que jamais descuida do seu rebanho.

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    3. Ajuda Fraterna

    Com a encarnao do grande esprito missionrio que na terra ficou conhecido como Abrao, comeava a ser desenvolvida nova possibilidade de redeno terrestre. Muito mais do que pai de uma prole bem mais numerosa do que aquela descrita na Bblia, Abrao era e , em verdade, uma espcie de padrinho espiritual dessa gerao de espritos que desde aproximadamente 2.000 a.C. at o presente momento formam a populao do orbe Terra, incluindo as duas grandes parcelas que a formam, ou seja, os espritos encarnados e desencarnados.

    Um novo planejamento atualizado e adequado s condies reinantes da poca estava agora sendo levado a efeito no seio de um pequeno agrupamento que havia sido escolhido para servir de base nova tentativa do Mestre.

    Ele tomara a inabalvel e inarredvel deciso de vir at a Terra, que era o ltimo planeta rebelado quela altura, no mais pela luta consciente em torno dos princpios e preceitos da causa luciferiana, mas sim pela prpria atitude inconseqente do livre-arbtrio da coletividade planetria e disso aproveitava-se estrategicamente Lcifer para manter o aparente domnio daquilo que considerava ser a sua ltima trincheira.

    Se no mais era possvel a ajuda direta por parte do Mestre e Suas hastes, Ele prprio se submeteria ao processo indireto da ajuda fraterna aos mundos inferiores para esclarecer e remover no ntimo de todos, as lembranas e a certeza do amor do Pai e da existncia eterna do esprito. Ele, que tudo era, e ser sempre porquanto UNO com o Pai, liberou-se por livre e espontnea vontade de todos os atrib4tos e potencialidades inerentes e pertinentes a Sua excelsa condio espiritual e como um ser exilado terrqueo qualquer, preparou-se para mergulhar no nvel fsico-material mais pesado e atrasado dentre todos os mundos daquela poca.

    Por absoluta deciso pessoal - e essa histria um dia ser contada -, esse Esprito Maravilhoso fez questo de passar por todos os processos de encarnao como qualquer uma de suas ovelhas, enfrentando e sofrendo na prpria carne a ignorncia do seu prprio rebanho.

    Tomada, entretanto, a inabalvel deciso, tudo que a Espiritualidade 2 e os Mentores Csmicos - assessores do Mestre - podiam fazer era tomarem as providncias necessrias para a encarnao de to alto esprito. Comeavam, a, os problemas.

    2 - Espiritualidade = conjunto de espritos trabalhadores da hoste do Mestre Jesus.Espiritualidade = ambientes espirituais.

    Segundo a Espiritualidade, quando um esprito vai encarnar, ou seja, assumir um corpo fsico, logo aps a fecundao do vulo materno pelo espermatozide mais forte, vencedor da majestosa corrida da vida, espermatozide este empurrado magntica e estrategicamente para a frente e selecionado pelos mentores espirituais, para fazer face s

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    condies crmicas e magnticas do esprito encarnante, torna-se necessrio que haja afinidade vibratria magntica total entre o conjunto celular resultante da fecundao e o esprito que ir encarnar, a fim de que possa haver a necessria imantao deste matria. , assim, dizem-nos os bons amigos espirituais, que se processa a encarnao.

    * * *No caso em foco, havia, efetivamente, entre as bilhes de individualidades

    espirituais congregadas no orbe terreno, um esprito em condies magnticas e vibratrias de receber to nobre esprito no seu corao, fornecendo um vulo materno, pois grande era o desenvolvimento espiritual e mritos daquele Esprito-me to amado por todos ns. Havia, enfim, uma mulher em condies energticas de receber em seu interior to augusto filho. Entretanto, no havia entre os demais, nenhum capacitado energeticamente para fornecer a componente masculina, ou seja, no havia entre os vares daquele tempo, apesar do grande desenvolvimento espiritual do j to nobre esprito que desposaria Maria, nenhum homem em condies magnticas de fornecer um espermatozide que propiciasse condies vibratrias de, junto com o vulo materno, permitir a imantao necessria encarnao de to elevado esprito.

    Frente ao impasse, os mestres siderais acharam por bem, com o consentimento do prprio Mestre, proceder a uma espcie de "inseminao artificial csmica" para que assim fosse cumprida Sua prpria vontade e deciso pessoal. E assim foi feito.

    Nascia Jesus, filho de Maria e Jos, espritos profundamente comprometidos e treinados para a misso maior de propiciarem condies para que E Jesus derramasse Seu Esprito amoroso por toda a Terra; espritos aos quais tanto amamos e somos eternamente gratos. Mas como explicar isso ao entendimento do mundo de ento?

    Apesar de a esse processo chamarmos didaticamente de indireto, a bem da verdade nesses casos que ocorrem os verdadeiros sofrimentos para os altos espritos que mergulham em ambientes inferiores e queles se submetem completamente. No custa ressaltar que, nos casos de ajuda direta, o ser desloca-se em seu meio de transporte - nave -, se fazendo presente onde bem lhe aprouver, com toda sua condio energtica-pessoal, e nada pode lhe acontecer de negativo porquanto muito superior em relao ao padro do ambiente em que se potencializa. Nos casos indiretos, o ser se despoja dos seus atributos e conquistas csmicas e diminui a si mesmo para poder encarnar em corpos menos sofisticados, submetendo-se completamente ao ambiente e s condies que o rodeiam. Esse ltimo aspecto era o que mais inquietava as altas hierarquias celestes ao perceberem a deciso do Mestre de assim proceder.

    Para viabilizar a Sua deciso, todo um processo de preparao para a vinda do Mestre teve incio com o esforo de Abrao cuja histria e origem ainda esto por ser contadas.

    No decurso do tempo e ao longo da histria do povo hebreu, muitos avisos profticos foram veiculados pelos profetas do antigo testamento que muito tempo antes da chegada do Mestre, j avisavam a todos da iminente e eminente visita.

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    Todo o processo preparatrio da chegada do Mestre foi entregue ao comando de um ser mpar que do astral planetrio a tudo coordenava, sendo muitas vezes confundido com o prprio Deus. Referimo-nos ao veguiano Jeov, cuja histria tambm est ainda por ser contada.

    Aqui, basta deixar registrado que o trabalho iniciado por Jeov com Abrao foi fundamental para a formao de um grupo humano fundamentalmente comprometido com uma religio monotesta, apoiada em valores morais bastante positivos para a poca e avessa s manifestaes mais baixas de idolatria, e outras desse tipo, to comuns ento.

    Mas, sem a possibilidade, como vimos, da ajuda direta a toda coletividade terrquea, os contatos de Jeov e sua equipe ficaram restritos a alguns encarnados de melhor nvel vibratrio, escolhidos a dedo. Esses encontros privados se deram, ora fisicamente, como com Moiss (a sara ardente, a entrega dos Mandamentos no Monte Sinai, etc.), Ezequiel (a viso das naves, a famosa descrio da roda grande entrando dentro da menor), Elias (o carro de fogo), o prprio Jac (o sonho da escada e da luta com o anjo, em verdade, a lembrana onrica de sua abduo) e outros, ora por meio de projees, sonhos, e intuies, consoante aconteceu com boa parte dos chamados Profetas, ora ainda pela ativao, nos crebros ou corpos desses terrenos, de algumas habilidades que quase todos possuem potencialmente, mas que o atraso planetrio no deixa desenvolver (assim a estupenda fora de Sanso, a lrica habilidade de Davi, insuspeitada num guerreiro inculto, a prodigiosa capacidade intelectual de Salomo, etc.).

    No entanto, malgrado isso tudo, a histria dos hebreus - e mesmo a vida de quase todos os grandes nomes como os acima citados - foi permeada, entre atos de herosmo e de valor espiritual magnficos, de outros tantos erros, inerentes ao atraso da Terra, e conseqentemente, dos povos e dos seres aqui viventes. Os textos, hoje considerados sagrados, sobre o assunto, mesmo com tantos disvirtuamentos e tradues, no podem esconder esses fatos. A Bblia relata das hesitaes de Moiss luxria criminosa de Davi, com as respectivas conseqncias. Mostra o carter materialista de uma sociedade sempre em busca dos bezerros de ouro, prenhe da hipocrisia farisaica, e que, no obstante seu orgulho nacional, chegou, em alguns pontos de sua histria, venal subservincia aos que a dominaram.

    O que importa que o terreno, embora agreste, foi semeado, e a idia do Deus nico vingou em seu aspecto essencial, embora cheia de defeitos em suas face tas acidentais, como a constituio de um corpo sacerdotal eminentemente preocupado com o poder e a conservao do status quo, a mercancia da f, os sacrifcios sangrentos, ainda que de animais, as supersties ditas religiosas, o formalismo e a valorizao do templo como edifcio acima do ato de orao nele praticvel. a marca do fator humano no trato com as verdades celestes.

    E, mesmo sem aprofundar no tema, necessrio dizer que o nvel cultural do povo hebreu desse tempo e suas condicionantes histricas, geogrficas e culturais, no s provocaram interferncias nas mensagens, que j eram passadas, com alguma distoro aos chamados Profetas, como - e a muito mais - deturpavam francamente a divulgao delas

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    ou das notcias dos encontros diretos j referidos. Ou seja, modulavam todos os fatos importantes ao propag-las, com os intentos mais mundanos possveis.

    No foram outros os motivos de o registro dessas notcias e dos outros grandes acontecimentos ocorridos nessa fase da vida terrestre ter sido marcado, entre os hebreus, por duas idias-mestras absolutamente divorciadas da verdade transmitida pelos Mentores Celestes: primeiro, a de que eram o povo eleito, tese que findou por estigmatiz-los, sculos afora pelo amargar do racismo e da intolerncia; depois, principalmente a partir de quando perderam sua independncia poltica para outros povos, como os babilnicos e os romanos, a de que o Esprito Elevado que se esperava era um Messias, capaz de recuperar a hegemonia hebraica dos ureos tempos da Casa de Davi.

    Em tudo isso, claro, alm do natural primitivismo planetrio, andava a mo obscura das foras luciferinas e dos que a serviam, conscientemente ou pela entrega s baixezas quase que irresistveis da carne.

    Mas esses equvocos todos tinham sido j previstos pela Espiritualidade, e quanto aos dois ltimos, ambos especialmente o derradeiro - eram mesmo essenciais consumao da misso crstica entre ns.

    Realmente, desde que a atuao de Jeov principiara, vendo ser fecundado um dado meio poltico, social' e religioso com a idia do Deus nico, de incio, e depois com os avisos da chegada de algum muito especial para reunir a todos sob uma nica bandeira, o que restava no plano astral, da parcela consciente das tropas de Lcifer concluiu que ali certamente estava prxima a encarnao de uma entidade muito prxima do Mestre, j que sabia no ser possvel Sua visita para ajuda direta, no havendo, de outra parte, sequer cogitado que Ele prprio resolvera encarnar, submetendo-se s agruras da condio terrena.

    Foi, portanto, graas acurada capacidade de observao estratgica de Lcifer e seus assessores, identificado, por volta de 2.000 a.C., o ncleo hebreu como aquele, dentro da humanidade encarnada, que estava sendo preparado para uma nova investida das foras crsticas. E isso levou o exrcito da Rebelio a buscar de todos os modos extinguir o povo hebreu, inviabilizar a estratgia do Bem, ou ao menos perturb-la de tal modo que a tornasse invivel.

    Diga-se de passagem que Lcifer chegou at a imaginar que fosse Jeov que encarnaria entre o povo que estava preparando. E de tal modo bombardeou esse alvo, que chegou mesmo a abal-lo, tendo necessitado esse Preciosssimo Irmo de energia extraordinria para superar o ataque, fornecida em altssima voltagem pelos Conselhos Celestes, o que o revestiu de uma como que couraa magntica e armas to caractersticas, de aspecto exterior, fsico ou espiritualmente perceptvel, to forte, que chegou mesmo a atemorizar os encarnados que com ele tiveram contato direto ou indireto, fazendo-os pensarem tratar com o prprio Deus.

    No outra a razo que provocou narrativas como aquelas chegadas ao Antigo Testamento, as quais, supondo em Jeov a Divindade, o chamaram de Senhor dos Exrcito, falaram de sua clera implacvel, da fora do seu brao, etc.

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    Esse envolvimento no combate direto com Lcifer foi tal que fez o prprio Jeov, em algum momento, extrapolar um pouco, no calor da luta, afinal no se pode pelejar s com o escudo, mas tambm com a espada. Isso o desgastou enormemente, ao ponto de for-lo, depois a afastar-se do contexto terrestre, porque saiu espiritualmente maculado, at ele, dos embates que travou.

    Algum exagero, porm, que tenha cometido, j estava plenamente perdoado pelo muito que fez: abaixo de Jesus, talvez a nenhum esprito, como a Jeov, deva tanta gratido nosso planeta Terra. E o papel que desempenhou, de certo modo at antiptico e severo, inconcebvel para um ser do seu porte, mas necessrio naquele momento, foi o sacrifcio que o guindou s Elevadas Alturas onde hoje se acha, j plenamente recuperado.

    Da se imagine a fora de Lcifer, embora acuado em seu ltimo bastio - a Terra. A Jeov aplicvel, como a ningum, a parfrase de um conhecido bordo guerreiro: nunca tantos deveram a um s...

    Enquanto Lcifer combatia pessoalmente a Jeov, seus generais levavam a cabo os projetos por ele traados para resistir nova investida da Luz Verdadeira, que embora sem compreender em detalhes, sabiam estar sendo desenvolvida junto aos hebreus. Desencadearam um processo de encarnao de espritos ligados a Lcifer em diversas comunidades judaicas especialmente escolhidas objetivando, de todas as formas ao seu alcance, perturbar e/ou inviabilizar o desenvolvimento e a estabilidade do povo hebreu para tentar impedir ou atrapalhar o que estava planejado pelo Mestre e Sua equipe, e que iria ser posto em prtica dentro em breve.

    Esses espritos, mesmo perdendo a lucidez, a lembrana e a cincia dos objetivos luciferianos, porquanto nascidos em novos corpos fsicos, mantinham a afinidade vibratria equvoca que permitia a seus mentores influenci-los para provocarem toda sorte de intrigas, perseguies, traies e guerras, se possvel at para varrer da Terra o povo hebreu.

    Assim, conforme os verdadeiros autores destas linhas, todo o pano de fundo da histria de sofrimentos e dificuldades dos judeus comeou no interesse das tropas de Lcifer em tentar obstar, a qualquer preo, o que ele julgava ser o plano de Mestre. Alm das antigas guerras, desavenas polticas, exlios, sujeies de toda sorte a que foi submetida a comunidade hebraica, valeram-se os rebeldes das mais negras paixes e fraquezas humanas para se contrapor ao planejamento que a equipe de Jesus desenvolvia naquele momento.

    Grandes guerreiros do passado, intrigas polticas, casos de amor que terminavam por envolver comunidades em verdadeiros conflitos sangrentos, enfim, todas as fraquezas e paixes humanas serviam como campo de ao da influncia luciferiana.

    Tanto se valiam de aliados que faziam encarnar no seio do povo hebreu, conforme antes foi dito, como do fomento de todas as formas de conduta negativa, entre os que, embora indiferentes disputa entre a falsa e a Verdadeira Luz, mantinham baixos nveis vibratrios, decorrentes de suas tendncias materiais pesadas, da lascvia animalesca

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    violncia bestial, da concupiscncia tresloucada avareza, vaidade, ao egosmo e fonte de dinheiro e poder terreno.

    Entre sectrios e inocentes teis, portanto, colhiam as foras da Rebelio a negatividade que as alimentava na renitncia, no dio, e na cegueira Verdade, pouco se importando se jogavam com o destino de milhes de espritos, encarnados ou no, principalmente os ligados esfera hebraica de ento, que foram arrastados nesse turbilho luciferino, contraindo dbitos que at hoje no foram completamente saldados.

    Lcifer fez, ainda, encarnar seus pares entre os outros povos que disputavam o domnio geopoltico com os hebreus, para tambm dos ambientes astrais e espirituais, influenci-los ao bel prazer dos seus interesses estratgicos. No demais dizer que, mesmo aps a chegada do Mestre e dos desdobramentos que a ela se seguiram, o povo judeu seguiu purgando seus erros, porque, envolvido nesse conjunto de causas negativas, foi obrigado a sofrer seus efeitos posteriores, eis que essa a lei universal. Da a Dispora, as perseguies religiosas e a Inquisio medievais, o preconceito, o holocausto da Segunda Guerra, e a falta de sossego em que at hoje vivem os filhos de Israel.

    Ressalte-se, por necessrio que a Lei Divina no poderia ser mais injusta que a humana: se nesta, a pena no pode passar da pessoa do delinqente, claro que os judeus, como povo, no iriam pagar, atravs da histria, pelo erro de alguns indivduos - embora muitos - que encarnaram em seu seio, em uma dada poca, principalmente se at esses erros tinham seu lugar no Plano Maior que o Mestre Jesus preparara para este orbe.

    O que de fato ocorreu que um grande grupo de espritos que, na poca que descrevemos, serviram conscientemente Rebelio, e se arrependeram, tornou a reencarnar. Ao voltar, trouxeram, alm do carma a cumprir, compromissos, que adquiriram na espiritualidade, por livre e espontneo arbtrio pessoal, de retornar como judeus.

    Por isso, reencarnaram para sofrer novamente no seio desse povo, e o fizeram vrias vezes, muitos o fazendo ainda hoje, o que explica parcialmente porque se concentrou nessa Nao - que numericamente no expressiva no cmputo da populao terrestre - tanto flagelo e tanta dor.

    O nmero de judeus no tanto, mas dentre eles mui