a proto sintese cosmica

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Yamunisiddha Arhapiagha Mestre-Raiz da Escola de Síntese OBRA MEDIÚNICA ILUSTRADA CONTENDO MAPAS, TABELAS E ILUSTRAÇÕES Edição Revista e Atualizada Copyright © 2002 F. Rivas Neto (Arhapiagha). Ilustrações de William José Fuspini. 1a edição 1989. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou usada de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópias, gravações ou sistemas de armazenamento em banco de dados, sem permissão por escrito, exceto nos casos de trechos curtos citados em resenhas críticas ou artigos de revistas. O primeiro número à esquerda indica a edição, ou reedição, desta obra. A primeira dezena à direita indica o ano em que esta edição, ou reedição, foi publicada. Edição An 1-2-3-4-5-6-7-8-9-10-11 02-03-04-05-06-07-08 Direitos reservados EDITORA PENSAMENTO-CULTRIX LTDA. Rua Dr. Mário Vicente, 368 — 04270-000 — São Paulo, SP Fone: 2724399 — Fax: 272-4770 E-mail: [email protected] http://www.pensamento-cultrix.com.br Impresso em nossas oficinas gráficas. "In Memoriam" A Woodrow Wilson da Matta e Silva, Mestre Yapacany (1917- 1988), Meu Pai, Meu Mestre, Meu Amigo, que com sua sabedoria milenar me alçou aos últimos degraus da Filosofia do Oculto - A Proto-Síntese Cósmica. Meu Mestre... A Ti dedico mais este livro, na certeza de que me inspiras e me susténs na jornada do hoje e do porvir... Mestre, Tuas bênçãos! Com todo o respeito, permite-me desejar-te que os ARÁSHAS te abençoem sempre. Haverão de abençoar-te, eternamente! F. Rivas Neto Aos Meus Pais Minha eterna gratidão, pela bênção do recomeço. 1

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Yamunisiddha ArhapiaghaMestre-Raiz da Escola de SínteseOBRA MEDIÚNICA ILUSTRADACONTENDO MAPAS, TABELAS E ILUSTRAÇÕESEdição Revista e AtualizadaCopyright © 2002 F. Rivas Neto (Arhapiagha).Ilustrações de William José Fuspini.1a edição 1989.Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou usada de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópias, gravações ou sistemas de armazenamento em banco de dados, sem permissão por escrito, exceto nos casos de trechos curtos citados em resenhas críticas ou artigos de revistas.O primeiro número à esquerda indica a edição, ou reedição, desta obra. A primeira dezena à direita indica o ano em que esta edição, ou reedição, foi publicada.Edição An1-2-3-4-5-6-7-8-9-10-11 02-03-04-05-06-07-08Direitos reservadosEDITORA PENSAMENTO-CULTRIX LTDA.Rua Dr. Mário Vicente, 368 — 04270-000 — São Paulo, SPFone: 2724399 — Fax: 272-4770E-mail: [email protected]://www.pensamento-cultrix.com.brImpresso em nossas oficinas gráficas."In Memoriam"A Woodrow Wilson da Matta e Silva, Mestre Yapacany (1917-1988), Meu Pai, Meu Mestre, Meu Amigo, que com sua sabedoria milenar me alçou aos últimos degraus da Filosofia do Oculto - A Proto-Síntese Cósmica.Meu Mestre...A Ti dedico mais este livro, na certeza de que me inspiras e me susténs na jornada do hoje e do porvir...Mestre, Tuas bênçãos! Com todo o respeito, permite-me desejar-te que os ARÁSHAS te abençoem sempre.Haverão de abençoar-te, eternamente!F. Rivas NetoAos Meus PaisMinha eterna gratidão, pela bênção do recomeço.Aos Irmãos Wilson, Regina e Iara.A Sacerdotisa YamaracyêEsposa, companheira e mãe, por sua tolerância, amor e sabedoria milenares.Aos meus 6 FilhosDomingo, Marcelo, Márcio, Thales, Athus e Thetis, meus agradecimentos sinceros, pela compreensão das horas que não pudemos estar juntos. Que Arashala –Senhor Luminar - de todos os Iluminados os abençoe sempre.À Terezinha Irmã Espiritual e Amiga milenar, meu fraternal agradecimento.Aos Irmãos Espirituais de Todos os Sistemas Filorreligiosos.

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Estamos à busca da Proto-Síntese Cósmica, da Tradição de Síntese, que reformulará idéias, conceitos, derrubando dogmatismos estéreis, unindo-nos nos Princípios da Convergência Universal, onde acima de Sistemas Filosóficos, Científicos, Artísticose Religiosos, prevalecerá a Síntese Cósmica firmada na Triunidade Amor /Sabedoria / Atividade Cósmicos.Assim, congratulo-me com todos os Irmãos Planetários que, como nós, estãovivenciando os tempos chegados da UNIDADE, da PROTO-SÍNTESE CÓSMICA.Aos Meus Discípulos Templários.Membros integrantes da O.I.C.D., nos graus de Mestres Espirituais, Mestres deIniciação, Iniciados Superiores, Guardiões do Templo, Artesões do Templo, Neófitos em provas e Neófitos, meus agradecimentos pela dedicação e amor à vivência templária e à minha pessoa.Que os ARÁSHAS os abençoem com o Poder da Verdade e esta traga Paz e Alegria eternas! OM... ARANAUAM... RÁ-ANGÁ... EUÁ... ARÁSHA... HUM!Aos "Irmãos Espirituais"Que como eu, tiveram a alvissareira oportunidade de conviver e vivenciar, como discípulos, o Mestre Yapacany em sua última e iluminada missão planetária.

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ÍNDICECapa - Orelha - ContracapaIn Memoriam.......................................................................................................... 5Prefaciando WW da matta e SilvaYapacany)............................................... 18Caboclo Pede Agô.......................................................................................... 19Cap. I — A Divindade Suprema — Postulado sobre a Divindade — Conceito sobre Consciência-Una — Noções sobre Hierarquia Divina — Atributos da Divindade — A Coroa Divina......................... 21Cap. II — Os Seres Espirituais — Seres Espirituais no Cosmo Espiritual — Seres Espirituais no Universo Astral — Individualidade — Atributos do Ser Espiritual................................................... 27Cap. III — Os Planos de Evolução do Ser Espiritual — Necessidade de Evoluir — A Queda do Cosmo Espiritual — Afinidades Virginais — O Enigma Causal — O Desequilíbrio do Par Espiritual — Universo Astral ............................................................................................................. 33Cap. IV — A Lei das Conseqüências Naturais — Lei Kármica — Ação e Reação — Karma Causal— Karma Constituído — Causas das Dores, Doenças e Sofrimentos ............................................... 39Cap. V — O Ciclo da Vida — Evolução — Nascimento e Morte — Origem do Planeta Terra: sua Constituição Astral e Física — Surgimento da Vida no Planeta Terra; Evolução Filogenética —Surgimento do Homem — A Pura Raça Vermelha — Filhos Oriundos da "Terra" — "Estrangeiros" Cósmicos — Formação dos Veículos ou Corpos do Ser Espiritual — Os Primeiros Habitantesdo Planeta — As Raças e Sub-Raças — Reencarnação: Tipos — Desencarne ................................. 45Cap. VI — O Brasil, Pátria da Luz — A Tradição Esotérica sobre o Brasil — Baratzil, o Solo mais Velho do Planeta — Surgimentos da 1a Humanidade — Missão do Brasil — O Brasil do 3º Milênio —Ressurgimento da Luz Cósmica — Predestinação do Brasil ............................................................. 83Cap. VII — Surgimento da Umbanda ou Aumbandan — A Proto-Síntese Cósmica — A Tradição da Raça Vermelha — Conhecimento UNO — Proto-Síntese Relígio-Científica — Os 4 Pilares do Conhecimento UNO: a Religião, a Filosofia, a Ciência e a Arte .................................................. 917 Cap. VIII — A Umbanda nos 4 Cantos do Planeta — Deturpações — Cisão do Tronco Tupy — Desaparecimento da Tradição do Saber — Confusões — Aparecimento da Tradição Hermética ou Ciências Esotéricas ....................................................................................................................... 103Cap. IX — Surgimento da Mediunidade — Necessidades — Os 7 Sentidos — A Tela Atômica ou Etérica — Os Núcleos Vibratórios ou Chacras — A Verdadeira Cabala — As Primeiras Manifestações Mediúnicas — Manifestações dos Magos da Raça Vermelha na Raça Atlante — O que são os Médiuns — O Verdadeiro Mediunismo — O Mediunismo como Via Evolutiva ........... 117Cap. X — O Movimento Umbandista — Ressurgimento do Vocábulo Umbanda no Solo Brasileiro — Movimento Astral — Os Tupy-nambá e seu Reencontro Kármico com os Tupy-guarany —Os Tubaguaçus — O Egito — A Índia.............................................................................................. 141

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Cap. XI — Umbanda e suas 7 Linhas ou Vibrações Originais — Conceito sobre Orisha — Horário Vibratório dos Orishas: Conceito — Atividade Kármica — Atuação Mediúnica — Banhos de Ervas — Defumações — Lei de Pemba ............................................................................................. 157Cap. XII — Umbanda e sua Hierarquia — Hierarquia Divina — Hierarquia no Cosmo Espiritual — Hierarquia no Reino Natural — Hierarquia Galática — Hierarquia Solar — Numerologia Sagrada — Os Números: Aspectos Geométricos e Qualitativos........................................................ 233Cap. XIII — Umbanda e suas Ramificações Atuais — Culto de Nação Africana, Aspectos Milenares e Atuais — Candomblé de Caboclo I — Candomblé de Caboclo II — Catimbó — Xambá —Toré — Kimbanda — Aspectos Kármicos e Deturpações ................................................................. 249Cap. XIV — Umbanda e sua Rito-Liturgia — Vivência Ritualística na Umbanda Popular —Sincretismo — Tipos de Rituais — Modelos de Templos — Teoria e Prática dos Processos de Imantação, Cruzamento e Assentamento — Umbanda Esotérica — Rituais Secretos e Seletos Cap. XV — Umbanda e a Magia — Artes Teúrgicas — O Médium-Magista — As Leis da Magia —Magia do Som (Mantras, Pontos Cantados de Raiz) — Grafia dos Orishas — Alfabeto do Astral — Magia Talismânica — Como Preparar o Verdadeiro Talismã — Magia das Oferendas ................. 287Cap. XVI — Umbanda Iniciática ou Esotérica — As Escolas Iniciáticas do Astral Superior — Revelação sobre o Vocábulo Aruanda — A Iniciação nos Templos Sagrados Ontem e Hoje — O Iniciado na Umbanda — Rituais Iniciáticos — O Mestre de Iniciação — As Artes Mágicas Reveladas — Quiromancia — Erindilogum (Jogo de Búzios) — Opele Ifá e Oponifá .................... 313Cap. XVII — Umbanda e os Agentes da Disciplina Kármica — Origem Científica e Real do Vocábulo Exu — Exu Cósmico — A Coroa da Encruzilhada — Os Exus e sua Hierarquia — Os Exus das Almas ou Manipuladores das Energias Livres — Os Agentes do Mal — Magos-Negros — A Kimbanda — O Submundo Astral — Zonas Abismais e Subabismais — Exu e seu Trabalho deCombate aos Emissários das Trevas — Magia dos Exus — A Oferenda Ritualística — Lei de Pemba — Triângulos Fluídicos e a Verdadeira Lei de Pemba ou Sinais Riscados dos Exus............ 341Cap. XVIII — Movimento Umbandista e suas 7 Fases — Evolução Planetária — Funções das Fases — Missão do Movimento Umbandista — Considerações Finais...................................................... 361

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IntroduçãoEntregamos ao público leitor a nova edição, revista e atualizada, de Umbanda — A Proto-Síntese Cósmica,escrita e editada pela primeira vez em 1989, exatos cem anos após a Proclamação da República e a abolição da escravatura. Para a coletividade umbandista, esta obra, bem como Umbanda de Todos Nós, escrita em 1956 por W. W. da Matta e Silva (Mestre Yapacany), foi responsável por grandes mudanças no panorama do Movimento Umbandista, mostrando uma organização estrutural, filosófica e doutrinária até então inexistentes.Temos nas palavras de Mestre Orishivara (Sr. Sete Espadas) a pedra basilar sobre a qual edificamos nosso santuário que se transmite ao mundo através dos livros que escrevemos subseqüentemente. Acreditamos que tudo evolui e que os conceitos aqui apresentados correspondem aos necessários para o momento. Muitas pessoas podem ter avançado além dos ensinamentos entregues a nós por Mestre Orishivara; outros ainda não atingiram a compreensão mesmo de assuntos mais básicos. Compreendemos então que o momento a que este livro é dedicado está no interior de cada pessoa, não no calendário temporal, mas no das vivências espirituais.Assim, esperamos contribuir com todos os irmãos planetários, não importando em que etapa da jornada espiritual se encontrem.Bênçãos de Paz e Luz dos Arashas a todos!AranauamYamunisiddha ArhapiaghaMestre Tântrico Curador

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ESCLARECIMENTOS PRELIMINARESHISTÓRIA DO MOVIMENTO UMBANDISTAO Movimento Umbandista surgiu no final do século XIX, utilizando-se como cenário os cultos miscigenados de negros, índios e brancos, conhecidos como macumbas, candomblés, catimbós, torés, xambás, babassuês, xangôs,etc. Nesse contexto, começaram a se manifestar entidades espirituais, através da incorporação, nas formas de índios (Caboclos) e de Pais-Velhos trazendo as mensagens dos espíritos ancestrais desses povos. O processo do sincretismo facilitou a inclusão da cultura católica pela assimilação dos santos com as divindades do panteão africano e ameríndio. Logo apareceriam também as entidades que se apresentavam como Crianças, completando o ternário de manifestação mediúnica que serviria de base para a sustentação da doutrina umbandista.Essas três formas de apresentação, Crianças, Caboclos e Pais-Velhos, correspondem a arquétipos do inconsciente coletivo com seus valores intrínsecos — o enigma da esfinge desvendado. Assim, a forma "infantil"representa o início do ciclo e também a Pureza; a forma adulta, de "caboclo", carrega o valor da Fortaleza e da Simplicidade; e a forma senil, de "pai-velho", identifica-se com a Sabedoria e a Humildade. Pureza, Simplicidadee Sabedoria Humilde seriam as virtudes a serem cultivadas por todos os umbandistas, bem como regeriam a ética desse setor filorreligioso.No início do século XX, com o médium Zélio Fernandino de Moraes, a Umbanda recebeu sua primeira roupagem, com organização à parte dos cultos afro-ameríndios. Nessa época também surgiu o vocábulo Umbanda para designar aquela forma ritualística monoteísta, que cultuava os Orishas como representantes da Divindade e que tinha as entidades espirituais, que se manifestavam pela mediunidade dos adeptos, como ancestrais ilustresenviados pelos Orishas. A característica mais marcante do culto, nesse tempo, era o fato de ser simples, objetivo,aberto a todos os segmentos sociais, econômicos, religiosos ou étnicos. Desde o início, a abertura universal eraestigma da Umbanda.Com o passar do tempo, várias formas de culto surgiram, cada uma com proporções diferenciadas de influências africanas, ameríndias, européias e mesmo orientais, facilitando a adaptação e assimilação da doutrina por recém-egressos de outros cultos. Essa fase caracterizou-se por uma rápida propagação e expansão da Umbanda, especialmente pela abundância de manifestações espiríticas concretas, fenômenos físicos, curas espirituais e movimentação das forças sutis da natureza pela magia manipuladas pelos orishas, guias e protetore sque "baixavam" nos vários terreiros, cabanas, choupanas, tendas de Umbanda de todo Brasil. Apesar de todas as manifestações impressionantes, o tônus do movimento umbandista nessa época era dado pelo pragmatismo epelo empirismo doutrinário, não havendo um sistema consistente filosófico acessível aos praticantes.A partir de 1956, com o lançamento do livro Umbanda de Todos Nós, novo alento foi dado à Umbanda por Mestre Yapacany (W. W. da Matta e Silva) que viria mostrar o aspecto oculto do conhecimento trazido pelas entidades militantes nesse movimento. Em mais oito obras, Mestre Yapacany desenvolveu as bases da escrita sagrada da Lei de Pemba, a hierografia umbandista, apresentou os

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fundamentos da metafísica da Umbanda e revelou a conexão com o sistema cosmogônico ligado à cabala ário-egípcia, descrito em 1911 por Saint-Yvesd'Alveydre em seu L'Archéomètre.Apesar de toda a contribuição filosófica e científica dada à Umbanda por Mestre Yapacany, na denominada Umbanda Esotérica, as mudanças práticas no sistema ritualístico foram modestas, considerando-se que a profundidade da doutrina era alcançada por poucos e raros iniciados, não havendo um método sistemático de transmissão de conhecimento, nem uma organização templária capaz de conduzir os neófitos aos patamares superiores da iniciação, a não ser que uma predisposição inata se fizesse sentir de maneira muito evidente.Chegamos então à fase representada pela Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, fundada por nós em 1970,honrando o compromisso que temos com nossos mentores e com Mestre Yapacany, do qual fomos discípulo e recebemos a incumbência de continuar a tarefa.Dois anos se passaram do desencarne de nosso Mestre quando lançamos nossa primeira obra, esta Umbanda— A Proto-Síntese Cósmica, agora com sua quarta edição nas mãos do leitor.

ESCLARECIMENTOS PRELIMINARESMuitos fatores fizeram de Umbanda — A Proto-Síntese Cósmica um novo marco para o Movimento Umbandista, a começar pelo fato de ter sido a primeira obra a ser escrita diretamente por uma entidade de Umbanda, o Caboclo Sete Espadas (Mestre Orishivara)que deixou o linguajar de terreiro, o jargão umbandista,para transmitir os conceitos próprios de um sábio doAstral Superior.Nesta obra, o Sr. Sete Espadas apresentava, já no início, uma controvertida teoria antropológica que, se ainda não confirmada, ao menos encontra nos estudos recentes do sítio arqueológico da Pedra Furada no Piauí respaldo para o benefício da dúvida. Se esperarmos que aconteça como na profecia concretizada em relação ao vigésimo primeiro aminoácido ou nas questões que trata de matéria e antimatéria, basta o tempo para que o rigor científico venha ratificar esses escritos.A heterodoxia de Umbanda — A Proto-SínteseCósmica avança ainda na demonstração geométrica e aritmética do número correto dos Arcanos Maiores e Menores e ainda explica o motivo do conceito vigente. Discorre sobre magia etérico-física em minúcias conceituais e aprofunda-se nos métodos oraculares restituindo seus valores adormecidos. Um capítulo especial é dedicado à organização do processo iniciático, em suas várias fases, ilustradocomo acontecia nos tempos antigos dos grandes Colégios Divinos da tradição hermética.Finalizando, Mestre Orishivara levanta os véus da universalidade da Umbanda, antecipando as mudanças sociais esperadas para o Movimento Umbandista no Brasil e para a coletividade planetária como um todo.Constituindo-se como tratado de filosofia hermética, magia, doutrina espiritual e prática mediunímica, Umbanda — A Proto-Síntese Cósmica foi elevada à condição de texto sagrado basilar para boa parte dos templos umbandistas de todo o país e se tornou o paradigma da fase iniciática da Umbanda, por ela inaugurada. Tudo isso contribuiu para uma transformação da Umbanda e do que se pensava da mesma.

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Vivemos, atualmente, uma fase prolífica no setor umbandista que deixou de ter um caráter regional e passou a se relacionar naturalmente com outros setores filorreligiosos. A Umbanda participa ativamente das discussões das necessidades sociais e espirituais brasileiras e planetárias, propondo um método de abordagem da Realidade que se direciona para o universalismo expresso na meta de Convergência com vistas à Paz Mundial.Temos sido testemunha das mudanças na Umbanda. Atuamos no meio umbandista desde a década de 1960, quando ainda aos doze anos de idade tivemos os primeiros contatos mediúnicos. Já aos dezoito anos assumíamos a direção de um templo e em 1969 tivemos a honra de conhecer Mestre Yapacany, do qual nos tornamos discípulo.Em 1970, fundamos a Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino que, desde então, representa uma referência para os adeptos umbandistas, contando com vários templos em todo o Brasil e discípulos por todo o mundo. Em função da atividade espiritual, sentimo-nos inclinado ao estudo aprofundado das mazelashumanas, inclusive do ponto de vista físico, o que nos levou à graduação em Medicina e especialização em Cardiologia.Desde que iniciamos nossa produção literária, temos sentido o peso da oposição, mesmo dentro do próprio Movimento Umbandista. Acreditamos quetudo evolui, tudo precisa transformar-se e por que não a Umbanda? Afinal, o universo todo progride, caminha... E justo que nossa compreensão da Realidade também o faça. Preferimos ser heterodoxo (ter opinião diferente), especialmente em relação àqueles que se acomodaram no misoneísmo e fizeram de suas verdades os dogmas que lhes garantiram o conforto material.Longe, muito longe estamos da Realidade Absoluta, que é uma e não duas. O mínimo que podemos esperar daqueles que buscam a evolução espiritual é uma atitude aberta, não sectária, disposta a modificar-se em função do aprendizado.Empenhado nessa atitude de evolução constante, iniciamos a tarefa de escritor em 1989 com Umbanda — A Proto-Síntese Cósmica. A cada novo lançamento,em obediência ao Astral, temos revisado conceitos, aprofundado conhecimentos, ampliado nossos horizontes. Esperamos assim colaborar para o ressurgimento da Tradição-Una, que é patrimônio de toda humanidade e se encontra eclipsada pela visão fragmentária e parcial que temos da Realidade.Nossa segunda obra, Umbanda - O Elo Perdido, também psicografada por Mestre Orishivara (Caboclo Sr. Sete Espadas), lançou nova luz sobre os delicados mecanismos hiperfísicos da mediunidade, esclarecendo as várias formas de intermediação dimensional, como a incorporação nas fases inconsciente e semiconsciente, a irradiação intuitiva, a clarividência, a clariaudiência, a psicografia, a psico-hierografia e a dimensão-mediunidade. Discorre Mestre Orishivara ainda sobre os distúrbios da mediunidade classificados em animismo vicioso, ficção anímica, atuação espirítica patológica e obsessões. A fisiologia astral é detalhada em O Elo Perdido na seção que fala sobre prana, kundalini e chacras.Sempre temos nos posicionado como aprendizes do Astral Superior, que nos incumbiu de transmitir alguns poucos ensinamentos aos nossos irmãos planetários. A repercussão de nossa obra no Movimento Umbandista deve ser creditada aos Mestres Astralizados e nosso próprio mestrado se faz em obediência a eles.

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Lições Básicas de Umbanda, nossa terceira obra, firmou-se como manual prático seguido por muitos umbandistas para a formação de várias coletividades e terreiros, com orientações no tocante à rito-liturgia da Umbanda, bem como a movimentações magísticas básicas necessárias ao funcionamento dessas casas espirituais.Umbanda - O Arcano dos Sete Orixás, nova obra escrita por Mestre Orishivara, foi determinante para a mudança de concepção dos praticantes umbandistas acerca dos Orishas, nossos Genitores Divinos e suas hierarquias. Através das correlações vibratórias que atribuem a cada Orisha número, cor, som, letras sagradas, dias propícios, horários vibratórios, ervas sagradas, essências voláteis específicos, estabeleceu as bases para o que seria conhecido, mais tarde, como yoga umbandista.Exu - O Grande Arcano abalou a coletividade umbandista desde sua base até suas "instituições coordenadoras". Ditado pelo Exu Sr..., esse livro descerrou os véus do arcano e separou a real manifestação de Exu da mitologia que anima o inconsciente de muitos que dizem estar por ele mediunizados. Separado o joio do trigo, revelou-se Exu como o Agente Executor da Magia e da Justiça Kármica, entidade responsável e conhecedora da movimentação de forças magísticas nos processos de agregação de forças positivas e desagregação de forças negativas no "eró" da encruzilhada de Exu (a cruz dos quatro elementos).Em 1996, escrevemos a obra Fundamentos Herméticos de Umbanda onde consta a exposição inicial da Doutrina do Tríplice Caminho. Apoiada nas Doutrinas Tântrica (Luz), Mântrica (Som) e Yântrica (Movimento) representadas pelos Mestres da Sabedoria (Pais-Velhos), do Amor e da Pureza (Crianças) e da Atividade (Caboclo), a Doutrina do Tríplice Caminho é a base dialética da iniciação dentro da Umbanda. Compromissado com a qualidade e não com a quantidade, voltamo-nos para o interior do Templo e nos dedicamos à prática dos ensinamentos recebidos do Astral Superior. Acreditamos que teoria e prática devem caminhar pari passu e, por isso, estabelecemos a Escola de Síntese que deu origem a um Centro de Meditação Umbandista e à Faculdade de Teologia Umbandista.A ESCOLA DE SÍNTESENo Movimento Umbandista, em decorrência da variedade de ritos, de formas de se compreender a Umbanda e de cultuar o Sagrado, várias tendências oucorrentes doutrinárias surgiram. Naturalmente, essas tendências agruparam-se por afinidade e favoreceram a eclosão do conceito de escolas de pensamentofilosófico dentro da Umbanda. Assim, no universo que engloba todos os umbandistas, há escolas mais voltadas à tradição africana, à ameríndia, comotambém outras que privilegiam os conhecimentos do dito esoterismo, além das denominações conhecidas como Umbanda Omolocô, Traçada, Oriental, etc.Consonante com a visão universalista preconizada pelos Mestres Astralizados responsáveis pela Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, formalizamos nossaabordagem da Umbanda através da Escola de Síntese,que coincide com o pensamento filosófico de conciliar todos os segmentos umbandistas e, ao mesmo tempo,conectar-se com os demais setores filorreligiosos existentes no globo terrestre em busca da Convergência para a Paz Mundial.A base discursiva para essa escola compreende aidéia de que as Religiões são visões particulares e parciais do Sagrado, que é a Realidade-Una, portanto,Absoluta. Em que pesem os variados graus de percepção da realidade

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espiritual, cada religião e, analogamente,cada setor do movimento umbandista correspondem auma visão mais ou menos abrangente dessa Realidade.Partindo-se do pressuposto de que ninguém detém o conhecimento integral da Verdade, chegamos à conclusão de que todos devem ser respeitados por conterem parte da Verdade. Por outro lado, evidencias e a necessidade de evolução para toda a humanidade,o que implica o desapego gradual dos vários rótulos e partir em busca da Essência que deve ser comum a todos. Aí está delineado o processo de Convergência que a Escola de Síntese propaga.Na prática, o que se verifica na Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino são seis ritos diferentes, seis níveis de interpretação do Sagrado, partindo da apreensão pela Forma e caminhando, dialeticamente, até a percepção da Essência. Por conseguinte, nos ritos de primeiro nível prevalecem as raízes étnicas e folclóricas da Umbanda; logo a seguir, observam-se os valores sincréticos, místicos, no segundo nível; o aspecto de Exu, no terceiro nível; a chamada escola esotérica, no quarto nível; os fundamentos básicos do Tríplice Caminho, no quinto nível; e, por fim, os fundamentosESCLARECIMENTOS PRELIMINAREScósmicos do Tríplice Caminho, no sexto nível. Nesse último rito, a O.I.C.D. irmana-se com representantes de outros setores filorreligiosos falando uma linguagem comum a todos.Finalizando, cabe ressaltar que a Escola de Síntese,em virtude de sua consistência doutrinária expressa em Epistemologia, Ética e Método próprios da Umbanda,tem ampliado sua atuação na sociedade planetária,contribuindo para a formação de uma consciência de cidadania planetária através da Fundação Arhapiaghapara a Paz Mundial. Essa fundação promove ações educativas, difundindo a necessidade da mudança de valores sociais, contrapondo-se ao convencionalismo e ao condicionamento de pensamento que precisam ceder para que surja uma nova humanidade, na qual espírito e matéria não sejam conflitantes, mas partes integrantes de uma só Realidade.

A DOUTRINA DO TRÍPLICE CAMINHOO Movimento Umbandista, surgido no Brasil,apresenta duas perspectivas ou ângulos de visão a serem considerados: a dos seres encarnados que integram a coletividade de adeptos e a dos mestres astralizados, as entidades que se manifestam através do mediunismo dos umbandistas.Do ponto de vista dos seres encarnados, é evidente que o movimento umbandista surgiu como amalgamação de ritos oriundos de povos culturalmente diferentes. Tal integração cultural permitiu amenizar os conflitos ou choques de culturas.Esse meio-termo, representado pela Umbanda,conseguiu congregar uma variedade de influências étnicas que passaram a conviver harmoniosamente. E interessante notar que o Brasil pode ser considerado um miniplaneta, pois aqui temos representantes de todos os continentes e tradições convivendo pacificamente, sem os atritos provenientes do fundamentalismo de um ou outro setor. O mesmo não acontece em outros pontos do planeta, onde os conflitos baseados na "fé" têm lugar, deixando marcas de dor e violência em todos os povos.Qual seria a causa do congraçamento entre tradições tão diferentes no Brasil? Não fosse o bastante, podemos ainda dizer que isso acontece com maior intensidade na Umbanda, onde não apenas tradições diferentes intercambiam valores, mas também todos os extratos sociais e econômicos encontram um campo de trégua,

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favorecendo o convívio em termos de igualdade perante o Astral. Esta é uma "magia" que a Umbanda faz e que poucos percebem. Por trás da aparência de colcha de retalhos, existe um princípio inteligente que coordena as diferenças e promove a união pelas semelhanças.Em outras palavras, na Umbanda não há o rico e o pobre, o douto e o analfabeto, essa ou aquela etnia. Todos sentem-se iguais e o mérito parece ser o principal fator determinante na hierarquia social.Quer dizer: o que tem mais a oferecer assume o posto de maior doador. Exercer uma função sacerdotal ou semelhante corresponde a uma responsabilidade maior, uma dedicação e doação maiores, e não privilégios eclesiásticos ou políticos.É claro que nos referimos aos umbandistas de fato e de direito, e não aos aproveitadores e mercadores do templo de todas as eras, que mancham nosso meio com suas atitudes farisaicas. Preferimos ser tachados de heterodoxos ou revolucionários a nos submetermos à fé institucionalizada que sempre contribuiu para a manutenção de um status quo onde prevalecem as diferenças e a concentração de poder tão a gosto do submundo astral e de seus feudos.Lutamos pela Umbanda de todos, sem a primazia de Pai Fulano ou Babalaô Sicrano, muito menos daqueles que se utilizam dos nomes das entidades para escudar suas empreitadas materiais.Pedimos escusas ao leitor por esse desabafo, mas acreditamos em uma Umbanda ampla, que atende a todos com igual respeito. Muito fomos criticados ao instituirmos em nosso templo seis níveis diferentes de rito, cada um representando um segmento da Umbanda.Queriam que fôssemos sectários, elitistas, dizendo: isso é certo, aquilo é errado. Nossa posição é a de Síntese; respeitamos a todos e entendemos que as diferenças de graus conscienciais são um fenômeno transitório. No decorrer do tempo e do espaço encontraremos cada vez mais pontos de união e caminharemos todos para uma mesma Realidade, à qual almejamos mas que ainda se encontra distante de todos nós.Assim posto, voltemos às considerações sobre o movimento umbandista em seu lado humano. Observamos um sistema aberto, que permite tantas variações quanto as necessárias para atender a multitude de graus conscienciais que encontram na Umbanda sua identidade espiritual.É claro que não podemos esperar um consenso universal entre os umbandistas. Se isso acontecesse agora, seria por força de imposição, contrariando o princípio de liberdade espiritual que deve beneficiar a todos. Contudo, não podemos negar que o amadurecimento deve conduzir a uma visão mais abrangente da Realidade, aparando as arestas e fazendo ressaltar a Essência até então velada pela pluralidade da Forma.Com isso, somos remetidos ao aspecto espiritual da Umbanda, à perspectiva das entidades atuantes nesse movimento. Penetremos agora nos bastidores do rito, na força motriz que impulsiona essa Umbanda ao resgate da Tradição-Una. Com a chegada de imigrantes de todos os continentes e os antecedentes espirituais de nossa terra (como poderá o leitor ver no Capítulo V),estabeleceu-se aqui o local ideal para se dar início à reintegração da Humanidade. Com esse compromisso, representantes de todas as culturas aqui se encontraram através de migrações físicas ou reencarnatórias em obediência aos desígnios traçados por nossos Ancestres Ilustres, na expectativa de construir uma nova sociedade.

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É claro que nossos Ancestres Ilustres — os Mestres Astralizados — necessitavam de um ponto de entrada para atuar entre os encarnados e incutir as novas diretrizes. Para isso, utilizaram-se dos cultos miscigenados de índios, negros e brancos, marcados ainda pelo fetichismo e crendices várias.De par em par, entidades de alto escola espiritual usaram das formas de Caboclos, Pais-Velhos, Crianças e outras para trazer nova luz à nascente identidade brasileira. Por essa perspectiva, podemos observar que o Movimento Umbandista não apenas surgiu para minimizar os choques étnicos, religiosos, econômicos e sociais brasileiros, mas também serviu como porta de entrada para um movimento que visa atingir todos os cidadãos planetários, aqui representados pela população de várias nacionalidades.Fica evidente que somente entidades espirituais elevadas, já destituídas de qualquer atavismo espiritual e conhecedoras da sistemática evolutiva planetáriapoderiam atuar nesse movimento. Mas, para serem mais bem aceitos, esses Mestres planetários necessitavam adaptar suas formas de apresentação para melhor entendimento da coletividade-alvo. Todos sabemos que espíritos superiores estão livres de atributos como idade, raça, língua ou religião. Contudo, escolheram as formas de Crianças, Caboclos, Pais-Velhos e sucedâneos para atuar entre a massa de adeptos.Qual o motivo de escolherem essas formas? Por que se travestir com essas roupagens fluídicas?Primeiro, escolheram estas variações regionais para facilitar o contato com aqueles que ainda traziam fortes traços culturais. Assim, os brasileiros de origem ameríndia facilmente se identificaram com os "Caboclos"; os brasileiros de origem africana se identificaram com os "Pais-Velhos"; os de origem européia se identificaram com as "Crianças", e assim por diante.Um segundo aspecto é que Crianças, Caboclos e Pais-Velhos representam as três etapas da vida humana: infância, maturidade e senilidade, aspectos esses presentes em todas as raças.O terceiro aspecto são os valores inconscientes ou arquetípicos que essas roupagens traduzem. Assim, a Criança é símbolo de Amor e Pureza; o Caboclo é símbolo da Fortaleza e da Atividade; o Pai-Velho é símbolo da Sabedoria e da Humildade. Novos horizontes se descortinam. O que antes parecia um fenômeno folclórico, fruto do animismo fetichista como quiseram fazer crer, agora passa a ser observado como movimento coordenado com intenções universalistas. Esse é o ponto de vista espiritual.Então a Umbanda não é uma religião brasileira?Não. Apenas surgiu no Brasil, mas destina-se a toda humanidade. Isso não significa que veremos Pais-Velhos "baixando" na China ou Caboclos incorporados na Rússia. Isso tudo faz parte do aspecto regional do movimento umbandista, das adaptações necessárias ao povo brasileiro, incluindo as formas de baianos, boiadeiros, marinheiros e outros, que têm funções ainda mais particulares e menos universais.Por outro lado, deve haver formas que simbolizam a Pureza, a Fortaleza e a Sabedoria em outros povos.Podemos ter, talvez, um Guerreiro europeu simbolizando a Fortaleza para aquele povo, ou um Velho Mestre oriental simbolizando a Sabedoria entre os chineses. Os arquétipos e seus valores são os mesmos para todos; mudam

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apenas as formas de simbolizá-los ou representá-los. Os arquétipos são universais e estão no inconsciente de todos os seres.Entendemos agora que, na verdade, os espíritos que se apresentam na forma de Crianças são Mestres do Amor e da Pureza que usam essa vestimenta paratransmitir sua valência espiritual. Igualmente, os Mestres da Fortaleza e da Atividade se manifestam como Caboclos, e os Mestres da Sabedoria e da Humildade se apresentam como Pais-Velhos.Mas isso não é tudo. O objetivo da Umbanda é resgatar para o Homem sua cidadania espiritual, sua consciência eternal, perdida nas brumas do egoísmo, da vaidade e do orgulho. A perda da consciência espiritual levou-nos à fragmentação de nosso psiquismo e, conseqüentemente, a uma visão fragmentária do mundo.Para restituir a sanidade espiritual do Homem, os Mestres Astralizados apresentam-se como Mestres da Sabedoria, atuando diretamente no campo mental dos adeptos; os Mestres do Amor e da Pureza promovem a cura dos sentimentos; e, completando o ternário de forças, temos os Mestres da Fortaleza e da Atividade, atuando nas energias físicas dos consulentes.Nós, seres encarnados, expressamos nossa personalidade através de Pensamentos, Sentimentos e Ações. Os pensamentos têm sua sede no Organismo Mental, os sentimentos no Organismo Astral e as ações estão situadas no Organismo Etérico-físico. Por conseguinte, os "Pais-Velhos" atuam no Organismo Mental, as "Crianças" atuam no Organismo Astral e os "Caboclos" atuam no Organismo Etérico-físico.É precisamente isso o que se verifica nos templos de Umbanda. Sem que os consulentes percebam, os "Pais-Velhos" orientam as mentes através de seus conselhos e experiência; as "Crianças" infundem alegria, bom ânimo e felicidade; os "Caboclos" trazem energias positivas dos sítios sagrados da Natureza, para dar saúde, impulso e movimento aos filhos de fé. Resumindo, a tríplice manifestação dos Mestres Astralizados na Umbanda visa trazer Equilíbrio na Mente, Estabilidade no Sentimento e Harmonia nas Ações.Neste ponto, podemos dizer que já temos uma visão muito mais abrangente do que seja o Movimento Umbandista e uma leve noção do que seja a Tradição Cósmica, Aumbandan ou, simplesmente, Umbanda, que o Movimento Umbandista pretende resgatar.Compreendemos que a Umbanda tem caráter universalista e que o Movimento Umbandista tem o objetivo de adaptar as verdades universais ao entendimento de cada povo, enquanto a adaptação for necessária.Podemos ainda ir além e verificar que tudo no Universo é interligado e que o macrocosmo se reflete no microcosmo. O princípio ternário que faz o homem expressar sua personalidade em Organismos Mental, Astral e Físico é o mesmo que ordena a tríplice manifestação dos Mestres Astralizados e foi o mesmo que ordenou o caos e presidiu a gênese do Universo.No momento da cosmogênese, conhecido como big-bang, três fenômenos concretizaram a Criação: a Luz, o Som e o Movimento. A interação da Essência Espiritual com a Substância Etérica amorfa produziu a Existência consubstanciada em Luz, Som e Movimento. Por isso, tudo na Natureza se apresenta de forma ternária, pela interação entre o ativo e o passivo que dá origem ao neutro ou gerado.Por isso dizemos que a Umbanda tem fundamentos cósmicos, porque remontam à cosmogênese. A Doutrina do Tríplice Caminho contém

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Epistemologia, Ética e Método para conduzir o Homem à união com o Sagrado, através da Triunidade.Na Doutrina do Tríplice Caminho temos três doutrinas convergentes denominadas: DoutrinaTântrica, Doutrina Mântrica e Doutrina Yântrica. A Tântrica corresponde à Luz, a Mântrica ao Som e a Yântrica ao Movimento. Embora Tantra, Mantra e Yantra sejam termos conhecidos de outras línguas, como o sânscrito, seus valores são cósmicos e, cabalisticamente, seus significados diferem um pouco do que atualmente é conhecido na Ásia.A Doutrina Tântrica é o caminho para a purificação e sublimação do Organismo Mental no homem, e os Mestres Tântricos são os Mestres da Sabedoria e da Humildade. A Doutrina Mântrica é o caminho para a purificação e sublimação do Organismo Astral, e os Mestres Mântricos são os Mestres do Amor e da Pureza. A Doutrina Yântrica é o caminho para a purificação do Organismo Etéricofísico, e os Mestres Yântricos são os Mestres da Ação e da Fortaleza.Podemos agora observar o quadro sinóptico abaixo e fazer a síntese:O que varia entre os vários templos de Umbanda é o quanto esses fenômenos são expressos ou velados. Nos locais em que a vivência espiritual ainda é restrita, as entidades fazem tudo de forma menos aparente. Nos locais onde já há um certo amadurecimento espiritual, esses fundamentos são mais abertos e os adeptos buscam conscientemente se reajustarem nesses três aspectos.Em nosso humilde templo, em consonância com a vontade de Mestre Orishivara, recebemos pessoas de todos os graus conscienciais. Por isso temos seis níveis de rito, cada um direcionado a um grupo da nossa comunidade. Todos são igualmente importantes para nós, pois constituem etapas de um caminho que todos percorrem. Se alguns se encontram mais adiantados é porque começaram mais cedo. Os que iniciam agora também chegarão aos patamares superiores, de acordo com o tempo e sua vontade.

Homem Organismo Sincretismo Arquétipo Doutrina Cosmo

Pensamento Mental Pai-Velho Sabedoria Tântrica LuzSentimento Astral Criança Amor Mântrica SomAção Físico CabocloAtividade Yântrica Movimento

Com esse espírito constituímos a primeira Faculdade de Teologia de Umbanda, onde podemos ensinar as bases de todos os segmentos umbandistas,seja o da Umbanda Omolocô, da Umbanda Traçada,da Kimbanda, da Umbanda Esotérica ou da Doutrinado Tríplice Caminho, em aspectos básicos ou avançados. Podemos falar disso porque realizamos todos esses ritos quinzenalmente; temos a teoria e a prática.Procuramos fazer um esboço geral de nossas atividades nesta introdução à nova edição de Umbanda - a Proto-Síntese Cósmica, na intenção demonstrar que tudo evolui e que continuamos trabalhando em busca do aperfeiçoamento. Estamos convencidos de que o Terceiro Milênio reserva grandes mudanças e surpresas para toda a humanidade.Haveremos de viver em um mundo mais espiritualizado, derrubaremos o tabu da morte física e experimentaremos a fraternidade e a igualdade da família planetária a que pertencemos. Esperamos

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contribuir para a evolução nossa e de todos, para extirpar de vez a dor, a miséria, a doença e a fome da face da Terra.Desejamos a todos os irmãos planetários votos de Luz na Mente e Paz no Coração concretizados em uma Vida Longa plena de realizações positivas, neutralizadoras do karma negativo. Temos certeza de que a Paz do indivíduo reflete-se na Paz do Mundo ede que somos todos interdependentes.Pedimos, humildemente, aos Augustos Arashas, Supremos Curadores do Mundo, que nos auxiliem a todos a neutralizarmos o Egoísmo, a Vaidade e o Orgulho, e que estejamos todos em sintonia com o Soberano e Misericordioso Arashala - o Sr. Jesus, que nos abençoa a todos desde sempre.Aranauam... Rá-anga...Eua... Arasha...Hum...YAMUNISIDDHA ARHAPIAGHA"A Escola da Síntese preconiza a Universalidade e a Unidade de todas as coisas que nos remete à Paz Mundial que se consolida na Convergência."Yamunisiddha Arhapiagha

PREFACIANDOSim, Caboclo pede licença aos poderes das divindades, ou seja, aos Orishas Superiores, para expressar para a coletividade umbandista as verdades, ou melhor, levantar um pouco do véu dos arcanos, para reafirmar ou mesmo revelar muitas coisas que fazem o mistério da vida deste mundo e do outro.Esses ensinamentos que o leitor vai encontrar nesta obra foram transmitidos por intermédio dos canais mediúnicos de E Rivas Neto, filho do meu "Santé", ou seja, coroado em nosso Santuário de Itacuruçá. Ele é um Mestre de Iniciação de 72 grau, no grau de mago, e com a outorga do Astral Superior de promover a Iniciação de seus médiuns.Assim, desejamos que o leitor se conscientize de que esse "Caboclo" (Entidade Espiritual que usa a roupagem fluídica de índio), que pede agô (licença) para transmitir o que vai transmitir, traz ensinamentos da doutrina esotérica da Umbanda.Quando qualificamos de Umbanda Esotérica, queremos que fique bem claro que ela não tem nada em comum com o "Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento".É só o leitor abrir um dicionário e verificar o que significam os termos esotérico e esotérico, que são as coisas internas e externas, respectivamente.Assim é que, como Umbanda em seus aspectos externos, entendemos os rituais que são produzidos pelos atabaques ou palmas, quer seja nos terreiros, praias, cachoeiras, etc, alimentados por crenças, crendices e superstições, sem querermos apontar diretamente para o animismo vicioso que pode se manifestar nesses setores ditos dos cultos afro-brasileiros.Então, "Caboclo" vem através de seu médium autenticar os ensinamentos mais límpidos, que são eternais ou de todas as escolas esotéricas ou filosóficas de conceito da antigüidade. Assim é que ele fala primeiro da Divindade Suprema sem que com isso queira defini-la, e rasga os véus de certos mistérios que eventualmente foram ditos muito por alto em obras de outros autores conceituados. Assim é que fala do Além, isto é, "do outro lado da vida", das vivências grosseiras que existem e aguardam os Seres Espirituais imprevidentes que se mancharam de vícios, egoísmos, ódios, ambições, luxúria, e que são imediatamente atraídos para campos de teor vibratório de energias degradantes e morbosas após o desencarne.

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Eles são reconhecidos devido ao aura de seus corpos astrais, ou seja, pela cor vibratória que modela suas características psicoastrais.Esta obra é de certa forma um pouco contundente, porque revela conceitos que podemos chamar até de inéditos.Em Umbanda — A Proto-Síntese Cósmica o leitor vai verificar como essa entidade fala das 7 fases da Umbanda no Brasil, como tem um ensinamento muito preciso sobre os Exus, como aborda a questão do desencarne, etc.Caboclo 7 Espadas, que é como se identifica essa Entidade, fala com muita propriedade da ancestralidade da Umbanda, vindo até a comprovar a sua origem no seio da Raça Vermelha, em pleno solo brasileiro. Faz o mesmo com a origem do termo Exu, coordenação precisa de termos que sofreram ligeiras alterações semânticas mas que no fundo são a mesma coisa.Inumeráveis leitores de nossas obras vão encontrar semelhanças no que escrevemos e no que está nesta obra.Evidentemente, a verdade não são duas, é uma só. Uns alcançam-na até certo ponto e outros ainda vão além, dentro de sua relatividade.Finalizando este prefácio, queremos dizer aos nossos leitores que nos sentimos até certo ponto envaidecido com o que Umbanda — A Proto-Síntese Cósmica ensina.Portanto, leia-o leitor, atentamente, porque vai ficar plenamente satisfeito.MESTRE YAPACANY WOODROW WILSON DAMATTA E SILVAItacuruçá, 18 de dezembro de 1987.

No Limiar de uma Nova EraEscrever um livro talvez não seja tarefa das mais fáceis, mormente em se tratando de assunto tão pouco aceito pela maioria das humanas criaturas, mesmo aquelas que se dizem umbandistas.Acreditamos que seja esta uma das raras oportunidades em que a Cúpula da Corrente Astral da Umbanda se predispõe a informar seus prosélitos e Filhos de Fé através de uma forma não-habitual que chamaremos dimensão-mediunidade.Propositadamente, deixaremos aqui o linguajar tão comum nos terreiros que atendem a grande massa de seres que, por motivos vários, se situam na faixa kármica afim à Sagrada Corrente Astral de Umbanda.Mas urge que esclareçamos que essa é apenas uma das formas de comunicação entre nós, "Guias" de Umbanda,e os inumeráveis Filhos de Fé que peregrinam por esses "terreiros".Assim, Filho de Fé, entregamos a ti, agora, um pequeno volume que outra pretensão não tem a não ser a demonstrar que Umbanda se agita e se expressa de mil formas e que, neste clarear de uma Nova Era, queremos tornar mais esclarecida e espiritualizada a nossa grande família umbandista.Claro que de inédito esta obra não terá nada. Outros já com louvor escreveram os reais fundamentos de nossa Doutrina, que ainda infelizmente custa a ser assimilada pelos melhores e mais entendidos Filhos de Fé.Nossa gratidão a todos aqueles que já escreveram, pela obra benemérita, pelo compromisso e pela missão.De nossa parte, queremos transmitir notícias-ensino de caráter bem abrangente, que possam preencher a lacuna de todos

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aqueles que esbarram logo de início nas lições mais simples desta nossa tão sagrada Umbanda.Assim, este pequeno volume visa ser informativo, buscar novos enfoques. Como dissemos, a Doutrina em seu bojo já foi descrita e esmiuçada por Filhos de Fé que ainda se demoram no plano físico em missão de esclarecimento e auxílio a essa grande coletividade universal, que hoje é denominada adepta dos cultos afrobrasileiros.Filho de Fé, que a Suprema Luz do Senhor Jesus inunde todo o teu ser em Paz, Amor e Harmonia, e que estas notas possam despertar-te para as coisas maiores da vida e de nossa Doutrina.Que este pequeno volume fale por si mesmo. Que suas letras, frases e capítulos sejam o rumo para uma vida de umbandista mais aberta, mais consciente e mais ligada aos nossos verdadeiros fundamentos.Nesta obra não estamos interessados, como dissemos, em grandes revelações, mas deixamos a critério do"Caboclo" que escreve o livro se aprofundar naquilo que achar necessário, e que o mesmo possa, como velhoparticipante ativo desse Movimento, estender sobre todos seu entendimento e atenção. A esse nosso "mano" de Corrente, nosso sincero saravá e agradecimento.Assim Urubatão da Guia agradece a atenção de todos os que lerem esta obra. Queiram receber desse humilde Caboclo votos de assistência e paz de Oxalá em seus caminhos.Creiam que o Caboclo guardará no coração todos que, ao lerem este livro, fizerem-no por amor às coisas da Umbanda, ou mesmo por mera curiosidade.Assim, que o SENHOR JESUS te cubra com Seu manto de Luz, Paz e Amor. E vamos às palavras de Caboclo, que já pediu agô...Anauan... Savatara... Samany...URUBATÃO DA GUIA*(ARASHAMANAN)São Paulo, 28 de setembro de 1987.* Nota do Médium — Urubatão da Guia é o mentor superior da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, entidade que nos assiste desde a infância, quando, aos 12 anos, iniciamos nossa jornada mediúnica.

Caboclo Pede AgôO inabitual sempre traz espanto e quase sempre descrença! Por mais bem-intencionada que seja a maioria dos Filhos de Fé que se agrupam nos mais variados terreiros, raros deles podem crer que Caboclo deixe o terreiro, o charuto, a vela, e troque a pemba de giz pela pemba de lápis ou caneta. De fato não trocamos, apenas usamos,também, quando temos oportunidade, o lápis, em algum recinto do terreiro ou em qualquer local em que o"cavalo" (médium) sentir-se bem à vontade — vibratoriamente falando.Assim, sabemos que muitos de nossos "Filhos de Terreiro" não estão habituados a observar um Caboclo de Umbanda fazer uso do lápis. De fato, não nos é comum expressarmo-nos nesta modalidade mediúnica, que é a dimensão-mediunidade, que também pode ser traduzida como psicografia dimensional e sensibilidade psicoastral.A grande maioria dos Filhos de Fé, bem como a grande massa de crentes, está acostumada a ver Caboclos"montarem" em seus "cavalos" através da mecânica de incorporação.

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Não raras vezes, falamos de maneira que nem sempre quem nos ouve nos entende, precisando da ajuda imprescindível do cambono. Muitas vezes usamos este artifício visando nos tornar bem próximos do consulente, bem como permitir que o cambono aprenda e observe as mazelas humanas, e saiba como encará-las de frente,segundo nossas próprias atitudes perante cada consulente.Outros, menos ligados aos fenômenos da Ciência do Espírito, não conseguem entender como um Caboclo(Entidade Espiritual que usa a vestimenta fluídica de um Ser Espiritual da Raça Vermelha) pode escrever atravésde seu "cavalo" ou dizer coisas que só o homem civilizado conhece. Como pode um Caboclo escrever? No tempoem que ele vivia na Terra era analfabeto, nem sabia que tinha escrita, muito menos ciência, filosofia, etc. E,muitos Filhos ainda pensam assim! Pura falta de informação sobre as leis da reencarnação e sobre a lei dos ciclose dos ritmos.Caboclo acredita que realmente à primeira vista, isto pode suscitar dúvida e descrença, tanto sobre oCaboclo como sobre o intermediário entre os dois planos — o médium ou cavalo. A grande maioria tem em mente que o Caboclo não fala português, é bugre da mata virgem; como, de repente, já vem ele ditando normalmente o português, ou, o que é mais estranho, escrevendo?Realmente muitos pensarão: Ou o cavalo é mistificador, ou essa Entidade que diz ser um Caboclo não o é.Pode até acontecer que algum cavalo seja mistificador e que algum Caboclo não seja Caboclo, mas palavra de Caboclo que o Caboclo que aqui escreve é o mesmo que baixa no terreiro, e que o cavalo é o mesmo que nos"recebe" nas sessões semanais, tanto no "desenvolvimento" mediúnico como nas sessões de caridade, onde atendemos grande número de consulentes, por meio da mecânica de incorporação. Os mecanismos são diferentes, mas as finalidades não, pois ambas visam direcionar os Filhos de Fé, dirimindo as suas dúvidas.Imaginem, como simples exemplo, se de repente, em todas as "giras", o Caboclo se apresentasse não na incorporação, mas completamente materializado, isto é, se todos os Filhos de Fé, sem precisarem fazer uso damediunidade que lhes dilatasse os poderes de alcance visual, nos vissem em corpo astral densificado?!Provavelmente, de início, ficaríamos com pouquíssimos ou nenhum Filho de Fé no terreiro! Uns sairiam correndo apavorados e tresloucados. Outros ficariam extáticos, em profunda hipnose, tal o choque psíquico.Outros mais, pelo estresse, teriam fortes descargas de adrenalina, podendo ter crises de arritmias graves e até espasmos coronarianos, distúrbios que poderiam levá-los ao desencarne.Com isso, afirmamos que tudo que foge do habitual traz espanto, traz dúvidas. Isso é naturalíssimo! Mas um dia teríamos que começar a nos manifestar sob outras formas não-habituais. E de há muito já começamos! Esta é mais uma dessas formas. Mas, com o decorrer do tempo, tudo tornar-se-á comum. Esperemos! Os tempos são chegados! Para muito breve, veremos que muitos dos Filhos de Fé se acostumarão a ver seu próprio Caboclo também ditando um livro, uma mensagem. Chegará o tempo em que as mensagens ditadas serão tão habituais como a importantíssima mecânica de incorporação em nosso ritual.Filhos de Fé! Entendam que o Caboclo que ora escreve é um desses mesmos Caboclos que "baixam no terreiro" e atendem aos Filhos de Fé, nas tão costumeiras consultas, conselhos, passes, etc. Este Caboclo é o

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mesmo 7 Espadas de Ogum, que "baixa" nas sessões de nossa humilde tenda, e que agora, nestas pequenas lições,vez por outra usará termos tão comuns em nossas"giras de terreiro". Os Filhos de Fé de nossa humilde choupana de trabalhos já estão acostumados com as variações da mediunidade e entendem que o ser espiritual pode usar a vestimenta astral que melhor lhe aprouver, tudo visando ser melhor compreendido quando se dirigir aos filhos da Terra, ainda presos acertos conceitos arraigados sobre Caboclos, Pretos-Velhos, etc. Devemos entender também que a mediunidade é fruto do perfeito entrelaçamento vibratório entre o cavalo (médium) e a entidade atuante, através de sutis laços fluídico-magnéticos, e principalmente através da sintonia e dos ascendentes morais-espirituais.Quando queremos ditar, escrever ou levar o cavalo a certos transes mediúnicos (dimensão-mediunidade),emitimos certa ordem de fluidos que se casam com os do cavalo, tanto em seu mental como em seu emocional (corpo astral), fazendo com que ele sinta nossa presença, em forma de "um quê" que o emociona até as fibras mais íntimas de seu ser, e "um quê" que o deixa levemente ansioso, devido a vibrarmos com alguma intensidade em certas regiões de seu sistema nervoso central e nos centros superiores da mente, principalmente nos lobos frontais e temporais e em todo o complexo celular neuronal moto-sensitivo. Por processos astrais técnicos que regem o mecanismo mediúnico, e mesmo etérico físicos,que deixaremos de explicar por fugir da singeleza destas lições, o cavalo conscientemente sente-nos a presença e, como servidor leal, aquiesce de boa vontade à tarefa que irá desempenhar em comunhão conosco. Não raras vezes, nos vê através da clarividência, e a maior parte das vezes pela sensibilidade psicoastral. Pronto! Entidade e cavalo agora formam um complexo em perfeita simbiose espiritual, todo favorável aos trabalhos que irão ser desenvolvidos. Ativamos certas zonas em seu corpo mental e em todo o sistema nervoso periférico, para que não haja excessos de desgaste energético em sua economia orgânica. Desde a epífise, a glândula da vida espiritual, passando por complicada rede hipotalâmica,chegamos a promover esta ou aquela ativação ouinibição hormonal.Tudo é criterioso; não podemos lesar nem sobrecarregar tão abnegado cavalo que montamos e dirigimos. Em rápidas palavras, apresentamos resumidamente os cuidados e as técnicas para a execução deste livro. Foi dessa forma que surgiu este pequeno volume que agora está em suas mãos. Nele,procuramos um enfoque simplificado dos tópicos mais complicados, em que muitos Filhos de Fé desanimam em progredir em seus estudos e conclusões.Esperamos alcançar o objetivo.Já é alta madrugada, Caboclo falou demais... O dia já vai clarear e o galo vai cantar, anunciando um novo dia de bênçãos renovadas que vai chegar.Povo d'Aruanda, lá no Humaitá (plano do astral em que vibram as entidades de Ogum), já está me chamando...Antes de Caboclo "subir", ir a "oló", quer deixar fixado no papel as vibrações de amizade e simpatia por todos os Filhos de Fé. Que Oxalá os abençoe sempre.— Filho de Fé — Caboclo fala sussurrando para não te assustar. — Acorda, é novo dia. Os clarins estão tocando e a todos chamando. Abre os olhos. Abre osouvidos. E muito principalmente o coração. Caminha trabalhando e aprendendo sempre. Um novo dia está surgindo. Vamos, desperta! Testemunha com trabalho o raiar da Nova Era...

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Filho de Fé, saravá... Estarei sempre contigo. Fica sempre comigo. Que TUPÃ nos abençoe a tarefa que temos de cumprir. Iremos cumpri-la.Vamos às lições de Caboclo, que espero serão bem assimiladas por todos, umbandistas ou não. Assim, Umbanda — Caboclo Pede Agô...Saravá Oxalá — Senhor do planeta TerraSaravá OgumYama Uttara... Ogum... E... Ê... E...OGUM...Caboclo 7 ESPADAS (ORISHIVARA)São Paulo, 28 de setembro de 1987.

A Divindade Suprema — Postulado sobre a Divindade —Conceito Sobre Consciência-Una — Noções sobreHierarquia Divina — Atributos da Divindade —A Coroa Divina á uma realidade que é universalmente aceita em todos os planos do Espírito: a eterna existência do Supremo Espírito — Deus.Na Umbanda, cremo-Lo como de Perfeição Absoluta, a Suprema Consciência-Una. Também afirmamos que o Supremo Espírito domina e dirige TUDO. Como TUDO entendemos todos os Seres Espirituais, a substância etérica (matéria, energia), o Espaço Cósmico e a Eternidade. Também ensinamos que o Supremo Espírito é o Único Conhecedor em Causas do Arcano Divino, sendo pois o Único que pode saber do "ser ou não-ser", da origem-causa de tudo que temos como Realidades incriadas e criadas.Entendemos que o Supremo Espírito estende Seu Poder sobre as várias Consciências Espirituais, criando Hierarquias Galácticas, Solares e Planetárias.Ensinamos também que o Supremo Espírito é o Divino Manipulador da Substância Etérica, "criando", com seus Arquitetos Divinos, todo o Universo. Que fique claro ao filho de Fé que como criar entendemos transformar.A Cúpula da Corrente Astral de Umbanda tem como ponto fechado da Doutrina, principalmente ensinada aos Filhos de Fé mais adiantados, que existem 3 Realidades extrínsecas, co eternas e coexistentes, aquém doPoder Divino; essas 3 Realidades são os Seres Espirituais, o Espaço Cósmico e a Substância Etérica. Ao afirmarmos que são realidades eternas, somente a Divindade, como o "Único Senhor das Realidades", é quem sabe das origens delas.O que podemos dizer é que essas 3 Realidades são extrínsecas entre si, isto é, nenhuma foi "gerada" da outra. Tampouco são partes da Divindade, como se a Divindade Suprema pudesse ser dividida.Muitos afirmam que Deus criou os Espíritos. No próprio Gênesis de Moisés é citado: "E Deus criou o homem à sua imagem e semelhança"...A Umbanda entende que, através de Sua Suprema Vontade e de Seu Supremo Poder Operante Idealizador,Deus plasmou o protótipo das formas para todos os Seres Espirituais que desceram ao outro lado da Casa do Pai, isto é, desceram de seus planos virginais onde habitavam sem nenhum veículo que expressasse suas afinidades individuais virginais. Frisemos que desceram do Cosmo Espiritual, onde "habitavam", e só eles"habitavam" (não há interpenetração da Substância Etérica), para as regiões onde tem domínio a Substância Etérica.Como dissemos, foi através do Poder Idealizador Operante do Supremo Espírito que se deu a formação dos mundos, bem como dos veículos de

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expressão dos Seres Espirituais1 neste Universo Astral, para os mesmos que desceram às regiões onde já havia a interpenetração da Substância Etérica, ou seja, o outro lado da Casa do Pai.Desceram, pois, provenientes do Cosmo Espiritual, penetraram no Universo Astral. No mais, foram as Hierarquias Cósmicas da Deidade que transformaram essa Substância Etérica em seus átomos primeiros,1. Quando citarmos Ser Espiritual, entendamos como Ser Espiritual astralizado, aquele Ser Espiritual que já desceu ao Universo Astral.na energia ou energia-massa, em seus diversos níveis de densidade, gerando todos os sistema galácticos,solares com seus planetas, etc...Assim, entendemos o porquê do Universo Astral:a Infinita Misericórdia ajustou a substância Etérica,dando formação aos vários sítios vibratórios universais, para dar condições aos Seres Espirituais que, fazendo uso de seu livre-arbítrio, descessem às regiões do então formado Universo Astral (onde esses Seres desconheciam as propriedades e qualidades da Substância Etérica, transformada em energia-matéria), o qual possibilitaria às mais variadas Consciências Espirituais tornarem concretas suas afinidades virginais, isto é, a percepção,consciência, desejos, inteligência, etc. A par desse Universo Astral, criou formas, veículos ou corpos por meio dos quais esses Seres Espirituais seexpressariam no Universo Astral.Nessa descida do Cosmo Espiritual para oUniverso Astral, cada coletividade de Seres Espirituais foi direcionada a uma determinada galáxia e, dentro dessa, a um determinado sistema solar.Dentro do sistema solar, foram também direcionadas, obedecendo a uma Lei, para os planetas afins. Essa afinidade era de caráter espiritual, ou seja,relativa aos Ascendentes Espirituais de cada coletividade. Cada uma dessas coletividades planetárias ficou sob o beneplácito da Misericórdia da Divindade Solar.Assim, os Seres Espirituais, segundo suas qualidades evolutivas virginais, desceram, como dissemos, às várias galáxias e dentro dessas a vários sistemas solares obedientes às Leis pré determinadas pelo Poder Operante do Supremo Espírito e das Hierarquias Virginais.Afirmamos com isso que o Supremo Espírito também foi quem criou todo o sistema de Leis que regem os Espíritos no Cosmo Espiritual ou Reino Virginal. Chamemos essa Lei de karma causal, que,como seu próprio nome afirma, implica as Origens,as Causas, e é de conhecimento único da Deidade.Também as Leis que regem a 2a Via Evolutiva, o Reino Natural ou Universo Astral foram criadas pela Divindade. É o que denominamos de karma constituído, o qual é supervisionado pelos Senhores do Universo Astral, com suas Hierarquias Constituídas.Assim, vimos que, com o rompimento do karma causal, no Cosmo Espiritual, e com a conseqüente queda do Espírito às regiões do Universo Astral, foi criado o karma constituído, como 1- Via Evolutiva de Leis Regulativas aos Seres Espirituais.A Umbanda e seus emissários têm com ponto fechado de nossa singela Doutrina que o Supremo Espírito, tendo Seu Primeiro Nome Sagrado em TUPÃ, é Eterno, Indivisível, nunca tendo recebido sobre Si qualquer agregação ou sopro-vibração de nenhum outro Ser ou Realidade. Entendemo-Lo como Onisciente, Onipotente e Onipresente.Ressalvamos que, como Onipresente, entendemos não como se Ele, em Espírito, estivesse presente em tudo e em todos, mas sim por meio das Hierarquias por Ele constituídas. Entendemos

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também que o Supremo Espírito FOI, É e SERÁ no sempre ATEMPORAL — ETERNO.Como dizem outros: É o Divino Ferreiro que malha incessantemente na Bigorna Cósmica,plasmando através da Sua Vontade tudo aquilo que existe, o que é, e tudo aquilo que não existe, mas é. ÉO SENHOR DE TUDO. É O SENHOR DO NADA.É O SENHOR DE TODAS AS REALIDADES.Não podemos progredir em nossos humildes estudos sem citarmos as diversas Hierarquias que nos regem os destinos. Queremos que os Filhos de Fé entendam o que é a SUPREMA CONSCIÊNCIAUNA. Preste bem atenção, Filho de Fé, para que suavemente não perca o fio da meada que a liga ao verdadeiro entendimento. Vamos lá!Já explicamos que é no Cosmo Espiritual que há a1a Via de Evolução para todos os Seres Espirituais.Se o Ser Espiritual pode evoluir nesse Cosmo Espiritual, é óbvio que há posicionamento hierárquico, há hierarquia. É como se o PAI, o Supremo espírito, estivesse por fora desse Cosmo Espiritual, mas atuante através de sua Onisciência,irradiada em forma de Onipresença, naquilo que denominamos de Hierarquia Constituída Virginal.Esses Seres de Máximo Poder Evolutivo nesse Cosmo Espiritual vibram em Consciência, como um colegiado, com o Supremo Espírito, como seus Emissários Primeiros. E como se fossem (perdoem nossa analogia pálida) "médiuns divinos" ou Emissários diretos do Supremo Espírito, Primeiro Elo entre Ele e as Hierarquias subseqüentes. São os constituintes daquilo que chamamos de COROA DIVINA. É bom que entendamos que essa Coroa Divina vibra de formaUNA com a CONSCIÊNCIA DIVINA.No Universo Astral, a 2a Via de Evolução, já que os Seres Espirituais usando do livre-arbítrio,desceram às "regiões da energia". Terão eles, por meio da experimentação, dores e sofrimentos vários,inclusive o das sucessivas reencarnações, regidos pelo karma constituído desde o Instante-Eternidade em que desceram ao Universo Astral, que ascender até alcançarem o Cosmo Espiritual e evoluir segundo o karma causal. Nesse instante, terão anulado todo o karma constituído.Mas de volta onde nos posicionamos hoje, no Universo Astral, enquanto aqui estivermos teremos a supervisão da Hierarquia Galáctica — ou Divindade Galáctica —, a qual está em Sintonia Espiritual Pura com a Consciência do Supremo Espírito, através da Coroa Divina. Essa Divindade Galáctica ou Colegiado Galáctico estende Suas poderosas vibrações a outros Seres Espirituais de Altíssima relevância, os quais dão formação à Hierarquia Constituída Galáctica.Filho de Fé, mais atenção, vamos continuar nos planos e sub planos de toda Hierarquia Divina!Voltando ao assunto central, dizíamos que as galáxias têm uma Divindade Galáctica, e essa Divindade estende Suas Vibrações a vários Seres Espirituais, os quais formam a Hierarquia Constituída Galáctica.Essa dita Hierarquia Constituída Galáctica, por sua vez, supervisiona as Hierarquias Solares ou dos sistemas planetários como um TODO.No sistema solar, tomado isoladamente, temos a DIVINDADE SOLAR ou o Verbo Divino, o qual promove Hierarquias afins nos sistemas solares de uma galáxia.Dentro do sistema solar, temos os planetas, nos quais encontraremos o "DEUS PLANETÁRIO", o qual já promove a Hierarquia Planetária Superior e Inferior. A Hierarquia Planetária Superior é compostas de todos os Seres Espirituais ligados diretamente, em vibrações, com a DIVINDADEPLANETÁRIA. São Seres Espirituais distintos da coletividade

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planetária. São esses Seres Espirituais que "mediunizaram" no espaço-tempo, os Grandes Condutores de Raça, os Profetas ou Grandes Iniciados. Raros deles já desceram até a crosta planetária. São Seres Espirituais de outros planetas mais elevados que, por Amor e Misericórdia, se dignaram a vir ajudar seus irmãos menos evoluídos, que se demoram no turbilhão do erro e da consciência culpada. Enfim,são grandes Seres Espirituais, que entendem que grande é a FAMÍLIA CÓSMICA UNIVERSAL.A Hierarquia Planetária Inferior é formada por Seres Espirituais que se encontram em planos superiores do planeta, mas fizeram parte desta coletividade planetária. E o que podemos chamar de Confraria dos Espíritos Ancestrais, os quais foram grandes Tubaguaçus, como se expressa no NHEENGATU, os Grandes Condutores de Raça em todas as épocas ou eras do planeta.Assim, esperamos que, de forma bem simples como tentamos expor, possam os Filhos de Fé ter noções básicas sobre as Hierarquias que compõem ou fazem parte dos vários compartimentos da "Casa do Pai". Outrossim, nossos Filhos de Fé devem ter percebido que, desde a Hierarquia do Cosmo Espiritual até a Planetária, já no Universo Astral,todas essas Hierarquias, através de seus Dirigentes Maiores, se encontram em sintonia vibratória com a Hierarquia imediatamente superior, até alcançarem a Hierarquia Divina. É o que entendemos por Consciência Una, isto é, as várias Potências Espirituais que em seus planos afins vibram em sintonia com o Divino Espírito.Ao citarmos HIERARQUIA PLANETÁRIA,entraremos aqui diretamente nos conceitos relativos ao nosso planeta Terra.Essa Hierarquia Planetária, relativa ao nosso planeta, 3º de nosso sistema solar, que caminha no espaço entre as órbitas de Vênus e Marte, tem também promovido de há muito sua função em conjunto com a Divindade Planetária.A Divindade Máxima de nosso planeta é o CRISTO JESUS, o OXALÁ de nossa Umbanda. De fato, Ele é, por misericórdia, o Tutor, o responsável kármico pelo nosso planeta, quer seja da 1a à 7a esfera do Astral Superior como da 1a à 7a esfera do Astral Inferior, dirigindo-se às regiões subcrostais. OCRISTO JESUS é o "SENHOR DO PLANETATERRA", promovendo HIERARQUIAS, SUBHIERARQUIAS,COMANDOS, SUBCOMANDOS, etc.Lembrando o que já explicamos em relação àHierarquia Planetária, queremos ressaltar que aHierarquia Planetária Superior do planeta Terra é oque chamamos de "Hierarquia Crística", a qual éresponsável, em nível muitíssimo elevado, pelasupervisão do planeta.Em capítulos futuros, relacionaremos essasHierarquias com os ditos ORISHAS ou SenhoresRefletores da Luz Divina.Após nossa exposição, queremos deixarpatenteado que de forma alguma o pensamentointerno da Corrente Astral de Umbanda é politeísta,ou seja, fragmenta a Divindade em Divindadesmenores. Somos totalmente monoteístas, mas nosentido que aqui empregamos, no sentido de SupremaConsciência Una. Já nos fica difícil entender asHierarquias relativas ao nosso planeta, que diremosentão das Hierarquias de outros planetas em nosso

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próprio sistema solar, ou mesmo de outro sistemasolar, e daí até as várias galáxias? Começa a ficarimpossível para nosso mental tornar inteligível ouacessível. Por isso cremos em um Deus Planetário,que em nosso caso é o CRISTO JESUS, e em todasua Hierarquia, a qual, de forma simples, vai dandoao homem comum, herdeiro da Coroa Divina, odireito de ir, de forma bem lenta, se imbuindo de umPoder Supremo, proveniente de um Ser Supremo, oqual denominamos DEUS, TUPÃ, ZAMBY, etc.Mais uma vez queremos afirmar que cremos numsó Deus Indivisível, o qual chamamos SUPREMACONSCIÊNCIA UNA, que estende, através do seuPoder Volitivo, Suas Vibrações Divinas às diversasHierarquias nos vários locus do Universo, formandoa organização do Governo Cósmico.Num pequeno e despretensioso livrinho quepretende ser elucidativo, não devemos nosaprofundar em considerações sobre o GovernoCósmico Sideral. Deixaremos esses arcanos para umfuturo livro. Esperemos a assimilação dessaspequenas lições pelos vários Filhos de Fé, poismuitos desses nossos Filhosde Fé ainda não têm um conceito bem-formado sobrea Divindade, o que é até natural nas condições atuaisdo planeta.Mas, visando incrementar a evolução de váriosFilhos terrenos, ressurgiu no Brasil (há mais de 100anos) a Umbanda.Visamos, nessa 1a fase de reimplantação de nossaLEI DIVINA, aplicada às várias consciências a nósligadas através dos laços de afinidade milenar,abarcar a todos, através de um culto simples e quegradativamente vá lançando as sementes da realespiritualidade superior. Assim, nessa 1a fase, quechamamos de OGUM, visamos atrair o maior númerode pessoas dentro do menor espaço de tempopossível, pois os Novos Tempos são chegados e nãodesejamos que muitos Filhos sejam relegados a umplaneta inferior, pois é certo que neste 32 milênioteremos várias transformações em nosso planeta, eaqueles que não se enquadrarem a esta Nova Era, de1.000 anos, terão que deixar o orbe kármico doplaneta Terra, indo cumprir pena coletiva em zonassubcrostais do próprio planeta Terra ou em planetasinferiores, para depois poderem voltar, nãoperturbando assim a evolução à qual a Terra édestinada.Com isto, afirmamos que a Umbanda vem, comos clarins de OGUM, despertar algumas consciências

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que dormem em sono profundo, para que no amanhãnão distante não venham a permanecer em hodiendospesadelos. Acordemos, pois! O galo já cantou,anunciando o clarear de Novos Tempos...E se muitos estão sendo chamados, queremos quetodos os chamados sejam escolhidos. Trabalhemosem nosso auto-aperfeiçoamento. Acendamos a LuzInterior, centelha dos planos mais elevados doUniverso, que dormita em cada um de nós.Procuremos a senda da recuperação. Deixemos delado os perniciosos processos da ilusão. Caminhemoscom OXALÁ. Umbanda com OXALÁ é o caminhoseguro para uma Nova Realidade de Amor, Sabedoriae Progresso. Vamos com OXALÁ.26Os Seres Espirituais — Seres Espirituais no CosmoEspiritual — Seres Espirituais no Universo Astral —Individualidade — Atributos do Ser Espiritual27

uando falamos Seres Espirituais, queremos nos referir não apenas aos Espíritos tanto encarnados comodesencarnados no Reino Natural ou Universo Astral; também são Seres Espirituais aqueles que nãodesceram das infinitas regiões do Cosmo Espiritual ou Reino Virginal onde evoluem, como vimos,isentos de qualquer veículo composto de Substância Etérica.Tanto os Seres Espirituais PUROS, isto é, isentos de qualquer veículo, no Reino Virginal, como os SeresEspirituais que já estão com veículos de exteriorização de sua consciência, percepção, desejos, etc, através daSubstância Etérica, são de uma natureza diferente, quer seja do Espaço Cósmico, quer seja da SubstânciaEtérica ou da energia condensada a vários níveis. É também importante salientar que, ao contrário da matéria,os Seres Espirituais não se desintegram, não estão sujeitos aos processos associativos ou dissociativos tãocomuns na matéria.Com isso, afirmamos que os Seres Espirituais são Eternos, Incriados e Indestrutíveis, sendo pois suaNatureza Vibratória distinta da Setessência da matéria, ou seja, os Espíritos não são nada daquilo que sejainerente à matéria, mormente em seus processos de transformação, tais como as transformações da matériadensa para as mais sutis, como por exemplo no fenômeno da morte física ou desencarne.Os Seres Espirituais ou Espíritos, tal como cada um de nós, pois também somos Seres Espirituais, sãoETERNOS. Somos Eternos, pois a origem de nossa natureza Vibratória Espiritual Pura é do conhecimento

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único da Deidade, sendo, pois, Arcano Divino. Somos, pois, coeternos com a Divindade Suprema. SomosINCRIADOS, pois somos da mesma Natureza Vibratória da Divindade, sem sermos a própria Divindade, emuito menos centelha ou fagulha Dela. Somos, sim, Espíritos e a Divindade Suprema é o TODOPODEROSO— o SUPREMO e IMACULADO ESPÍRITO. Somos Incriados, pois não fomos Criados.Há quem diga que nós, os Seres Espirituais, fomos criados simples e ignorantes para, após períodos deelevação, na Lei de Causa e Efeito, alcançarmos a relativa perfectibilidade. Esta é uma assertiva que, emborarespeitemos, não aceitamos em nossa Corrente Astral de Umbanda, pois se a aceitássemos estaríamosnegando os atributos do Supremo Espírito — Deus. Como um Ser Supremo, infinitamente JUSTO,infinitamente BOM e SÁBIO, criaria de Si mesmo seres imperfeitos, tal qual cada um de nós?E mesmo que nos criasse distintos de sua Natureza Vibratória Divina, simples e ignorantes, como dizemalguns, onde estaria Sua Suprema Sabedoria?Para que criar Seres Espirituais ignorantes que iriam desejar o Universo Astral, ou seja, a descida doCosmo Espiritual ao Universo Astral, fazendo-se necessária, como foi, a manipulação da Substância Etéricacaótica, transformando-a em Substância organizada, para dar formação ao Universo Astral onde a energia temdomínio?Que Deus caprichoso é esse? Que Pai Sublime é esse, que gostaria de ver Seus Filhos passarem pelasmais difíceis situações, só para que eles aprendessem a dar valor à Sua Superioridade e Perfeição?Claro que nosso bom senso rechaça veementemente essas afirmações. Assim, a Corrente Astral deUmbanda entende que os Seres Espirituais são incriados. Não foram criados por Deus, como se o SupremoSer pudesse criar algo imperfeito. Embora todos sejamos sujeitos ao aperfeiçoamento, não foi Deus que nos29QUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicacriou imperfeitos, mas sim, ajustou Leis, para queessas nos regulassem e fizessem com quealcançássemos a perfectibilidade, ou através doCosmo Espiritual, ou do Universo Astral.Esperamos pois ter deixado bem claro que nós,Seres Espirituais, não fomos criados pelo PaiSupremo, como também não somos originários daprópria Natureza Divina.Se todos fôssemos de origem divina, por que não

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seríamos todos iguais? E mesmo que a Divindade nostivesse criado simples e ignorantes, por que nãoseríamos todos iguais? Ou será que houveprivilégios?Como vêem, Filhos de Fé, se quisermos crer queDeus nos criou, chegaremos às raias do absurdo,como o acima citado, de que o Supremo Espírito "fez"seres privilegiados.Assim, a Corrente Astral de Umbanda, em seusFundamentos, tem como ponto-chave que todos osSeres Espirituais são Individualidades, e que comoIndividualidades têm suas Vibrações Individualizadaspróprias, de maneira que a tônica espiritual que lhesseja própria possa se revelar, isso tanto no CosmoEspiritual como no Universo Astral, obedecendo aosditames do livre-arbítrio, prerrogativa do PaiSupremo estendida a todos os Seres Espirituais, paraque cada um se revele e evolua segundo sua própriavontade.As Afinidades Virginais, tais como percepção,inteligência, desejos, vontades, são pois inerentes acada Ser Espiritual, sendo que cada um, segundoessas mesmas Afinidades Virginais, se expressa destaou daquela forma.Muitos, nessa hora, já devem estar com umapergunta de há muito na cabeça:— Como, se não somos criados por Deus, aEntidade que escreve o livro O chama de DEUSPAI?Muito inteligente sua pergunta, Filho de Féestudioso. Atente pois para a resposta!Cremos na PATERNIDADE MORAL daDivindade, pois temo-Lo como o Supremo Espírito,Inacessível, mas INFINITAMENTEMISERICORDIOSO E SÁBIO.Assim, aceitamos a Paternidade Suprema de Deus,no aspecto de ter Ele permitido, através de SuaOnisciência e Onipotência, meios para queevoluíssemos, criando Leis Regulativas para que noseducássemos espiritualmente.Para finalizarmos este pequeno capítulo relativoà nossa Realidade Eternal, como Seres Espirituais ouEspíritos, queremos que fique bem claro aos Filhosde Fé o seguinte:1. Todos os Espíritos são IMATERIAIS — Somosisentos de matéria, de energia ou qualquerprocesso agregativo sobre nós. Não somoscompostos atômicos, eletrônicos, fotônicos,quarks, antimatéria, etc. Somos apenas Espíritos,com nossa própria Natureza Vibratória Espiritual.2. Todos os Seres Espirituais são INCRIADOS —

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Somos incriados, pois nossa origem se perde naEternidade. Somente a Deidade, Detentora eConhecedora da Eternidade, é quem sabe nossaorigem. Afirmamos também que o SupremoEspírito não nos criou. Quando dizemos que nossaESSÊNCIA ESPIRITUAL é originada da mesmado PAI, não estamos dizendo que é a própria doPAI.3. Todos os Seres Espirituais são PERFECTÍVEIS —Todos nós, indistintamente, caminhamos para oaperfeiçoamento.4. Não fomos criados por Deus simples e ignorantes —DEUS não criaria ninguém simples e ignorante,esperando que cada um evoluísse e alcançasse aevolução através de duríssimas e penosas provas.A Corrente Astral de Umbanda crê num Deusinfinitamente Bom e Justo, e não num DEUSsádico e cruel.5. Cremos inabalavelmente na Suprema ConsciênciaUna, que estende sobre nós, IndividualidadesEspirituais, o Seu beneplácito espiritual.6. Todos os Seres espirituais podem evoluir em 2regiões distintas:a) COSMO ESPIRITUAL — É o que já definimoscomo as infinitas regiões do espaço cósmicoonde jamais houve, por menor que fosse,interpenetração da matéria ou energia. Nessecampo espiritual ou reino virginal, o Espíritopode evoluir, segundo um karma causal. Éóbvio que, nesse lado da "Casa do Pai", osSeres Espirituais estão isentos de "veículos" ouCorpos. Não têm a mínima agregação sobre Side elementos da matéria ou antimatéria.b) UNIVERSO ASTRAL — É o que também jádefinimos como uma região do espaço cósmicoque já foi interpenetrada pela substância etéricaou matéria-energia.30CAPÍTULO IINesse Universo Astral é que há os milhões degaláxias, com seus sistemas solares, e esses complanetas, satélites, etc.E nesse Universo Astral que o Espírito podeevoluir segundo um karma constituído. Nesselado da "Casa do Pai" é que o Ser Espiritualconstitui seus 7 Corpos ou Veículos deExpressão de sua consciência, percepção,inteligência, sentimentos, etc, através dosArquitetos Siderais. Esses 7 Corpos ou"veículos" do Espírito-Consciência são de

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Energia-Massa em vários níveis, obedecendo aSetessência da Matéria.Que não se faça confusão entre CosmoEspiritual e Universo Astral. Como dissemos,no Universo Astral há os vários níveisenergéticos, e o Ser Espiritual, dependendo deseu grau evolutivo, em sua jornada evolutiva,ora estará num dado plano — que lhecaracterizará a necessidade de reajuste noCorpo do plano afim imediatamente superior —, ora no plano imediatamente inferior, gerando,como exemplo aqui na Terra, o fenômeno doNASCIMENTO e MORTE, que veremosdetalhadamente nos capítulos que se seguem.31

Os Planos de Evolução do Ser Espiritual — Necessidade deEvoluir — A Queda do Cosmo Espiritual — AfinidadesVirginais — O Enigma Causal — O Desequilíbrio do ParEspiritual — Universo Astral33

Espírito sopra onde quer. Assim como outros, também nós afirmamos esse axioma. Interessante notarque, desde o Instante-Eternidade em que conscientemente tivemos Consciência e Inteligência, tivemostambém a percepção do "Si mesmo", consubstanciada no "EU SOU". Sempre soubemos, no CosmoEspiritual, o que era o "EU", como algo intrínseco a nós, em suma, nós mesmos em Natureza VibratóriaEspiritual. Diferenciávamos muito bem o que era similar à nossa Natureza, ou seja, os outros SeresEspirituais, mas também sabíamos que eles não eram "EU". Com essas afirmativas do que é "EU" em relaçãoao "NÃO EU" surgiu a percepção consciente da Individualidade.Também distinguíamos o meio em que "habitávamos" como o "NÃO EU", e também distinguíamos quesua Natureza Vibratória era diferente da nossa.Claro está que o Cosmo Espiritual, essa outra Realidade onde "habitávamos", era e é o Espaço Cósmico,o Vazio-Neutro.Como Seres Espirituais, diferenciávamos a nossa Individualidade, essa que também, em sentido maisgenérico, pertencia a uma das "duas qualidades inerentes" à nossa Pura Vibratória Espiritual.Essas duas "qualidades inerentes" à nossa Vibratória faziam com que todos os Seres Espirituais seagrupassem em duas faixas de PURA VIBRATÓRIA ESPIRITUAL, diferentes entre si. Sabíamos então que

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a nossa Realidade Espiritual se particularizava em dois pólos. Chamamos esses pólos de "AfinidadesVirginais Positivas" e "Afinidades Virginais Negativas". Assim, de forma bem inteligível, demos nomes aessas duas "qualidades inerentes" a todos os Seres Espirituais.Essas "Afinidades Virginais", tanto Positivas como Negativas, faziam com que os seres Espirituaispercebessem que suas propriedades individuais vibravam em sintonia com os de sua polaridade afim, na forma depercepção, desejos, inteligência, etc. Para que fique bem claro, aquilo que denominamos como POSITIVO eNEGATIVO, também poderíamos chamar de ATIVO e PASSIVO. Reforçando nossos conceitos,reafirmamos que os Seres Espirituais são de um Princípio Dualista em suas vibrações. Assim, os SeresEspirituais também perceberam que se agrupavam em Pares Vibratórios, e que, se desejassem exteriorizar deforma concreta suas Afinidades Virginais, fariam-no através do Universo Astral, ou seja, um dos lados da"Casa do Pai", onde a matéria ou energia-massa já havia interpenetrado, e, é claro, tudo ficando à mercê desuas propriedades e qualidades. O Ser Espiritual, portanto, de forma concreta, impregnaria na matéria suasAfinidades Virginais, surgindo assim a consciência do "ETERNO MASCULINO" ou do "ETERNOFEMININO".Que fique bem claro ao Filho de Fé que, somente quando o Ser Espiritual, fazendo uso de seu livrearbítrio,desceu do Cosmo Espiritual ou Reino Virginal, ao Universo Astral ou Reino Natural, identificouconscientemente aquilo que denominamos de Eterno Masculino ou Eterno Feminino, surgindo assim adiferenciação dos Seres Espirituais, naquilo que a posteriori veio ser denominado SEXO.** É por isso que, em sentido cosmogônico, fala-se de andrógino. Seria, pois, o véu que encobre o "Par Vibratório". No espaço-tempo surge ohermafrodita, isto é, o Ser Espiritual com seu "par" no Universo Astral. Somente depois é que surge a separação dos sexos, significando a perda ouquebra do Par Vibratório. É devido a esse Par Vibratório, que confundiam, que ao invés de 7 Orishas e Exu surgiram os 16 Orishas. Exemplo:Obatalá—Odudua; Ogum—Obá, etc.35OUMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaQuando afirmamos "eterno masculino" ou "eternofeminino", queremos dizer que os Seres Espirituaisque, por exemplo, são da linha do eterno masculino,sempre (exceto casos anormalíssimos, quedeixaremos para abordar detalhadamente em outrolivro) foram e serão MASCULINOS, não importando

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se encarnarem e reencarnarem centenas de vezes, omesmo acontecendo com os seres do eterno feminino.Este Universo Astral, como vimos, é uma 2a ViaEvolutiva do Ser Espiritual, mas como veremos, omesmo Ser Espiritual pode evoluir na 1a Via, ou a doCosmo Espiritual.Assim, fica óbvio que no Cosmo Espiritual ouReino Virginal os Seres Espirituais também podiamevoluir, naquilo que chamamos de Karma Causal.Dentro desse Karma Causal, os Seres Espirituais,segundo suas próprias Afinidades Virginais, seposicionam em determinados graus hierárquicos.Muitos desses Seres Espirituais sentiram que, paraavançar nesse sistema evolutivo (o do ReinoVirginal), necessitariam "melhor se conhecerem" ouse "auto-experimentarem". Nesse determinadoinstante da Eternidade Espiritual desse Ser, sentia elea necessidade de ser envolvido em "veículos" de suaConsciência, que consubstanciariam suas vontades.Tinha necessidade de experimentar a si mesmo e aoseu "par kármico causal" ou par vibratório espiritual.2Sentiriam suas Afinidades Virginais agregar sobre sia matéria, com suas qualidades e propriedades e,através dela, definiriam certos Enigmas-Chave de suaNatureza Vibratória Espiritual que obstavam aevolução na 1a Via (Reino Virginal ou CosmoEspiritual). Esse "Enigma Virginal" era a necessidadede completar-se, de envolver sua Individualidade,ativa ou passiva, na de seu oposto e sentir-se pleno.Essa necessidade de romper esse "Enigma Virginal"não é inerente a todos os Seres Espirituais, poismuitos daqueles que não o romperam descendo, porsuas próprias qualidades individuais "quaseperfeitas", subiram ainda mais, rompendo-o por cima,se é que assim posso me expressar. No Instante-Luzda Eternidadeem que o romperam por cima, ficaramconhecendo e sendo Senhores desse "Enigma" porbaixo. Conhecer e ter domínio do Universo Astral,eis a conseqüência de ter vencido o "Enigma" porcima. Não necessitaram experimentar objetivamente,mas conhecem-no e, como "Divinos Guardiães",abrem ou fecham os portais aos Seres Espirituais quedesejam e necessitam romper o "Enigma Virginal"pela 2ª Via, a do Universo Astral.A primeira impressão, poderá parecer que o livrearbítrioou vontade de cada Ser foi cerceada, poiscitei "portais" que se abrem e se fecham. Em todos osplanos da "Casa do Pai Supremo" há LeisRegulativas, que obedecem a "momentos-instantes"

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mais favoráveis, e em obediência a essa lei é quetodos os Seres Espirituais que desejaram descer,desceram, mas como afirmei, no "momento-instante"exato.Esses "Seres Espirituais Superiores", também pormeio de sua "quase infinita capacidade operante",informam, através de formas-mensagens de PuraVibração Espiritual de Espírito para Espírito, a essesSeres que quiserem romper o "Enigma Virginal" porbaixo, que, se tiverem para consigo e seu oposto o"Equilíbrio Virginal" necessário, alcançarão em umdeterminado "Instante-Eternidade" a evolução pelopróprio hábitat virginal, que é o Cosmo Espiritual.Dependendo do Ser Espiritual e seu oposto, oumelhor, do "Par Vibratório", "aguardam" eles até oInstante-Luz bendito em que, rompendo o "EnigmaVirginal" ou Causal, conseguem "equilibrar" suasAfinidades Virginais que estavam desajustadas eevoluem nessa 1- Via de evolução ou ascensão peloKarma Causal do Cosmo Espiritual.Em verdade, o que mais acontece é que há umdesequilíbrio importante em todo o Par VibratórioEspiritual. Suas Puras Vibrações Espirituais, nosentido de serem unicamente de Realidade Espiritual,começam a ser abaladas, fazendo com que os SeresEspirituais percam a noção de sua própriaindividualidade. Nessa e só nessa condição é que oSer Espiritual recebe "passe livre" para a descida aoReino Natural, onde tem domínio a SubstânciaEtérica ou2. É o Par Espiritual, ativo e passivo, que se completa. São Seres de polaridades diferentes que se tornam unos. É também denominado ou vagamenteconhecido como almas gêmeas.36CAPÍTULO IIIenergia-massa, através de um processo extremamentevertiginoso e inexprimível em linguagem humana.Filho de Fé, sabemos que estamos rasgandoalguns véus difíceis de serem rasgados. Assim,concentre sua atenção um pouco mais e verá oentendimento, como Luz Bendita, iluminando todo oseu Ser. Continuemos.Quando citamos o Par Vibratório, é claro que nosreferimos a Seres de polaridades opostas e situadas emmesmo nível evolutivo, desde O Instante-Eternidade,por nós desconhecido, onde os quais, por AfinidadesVirginais, se reúnem para a jornada evolutiva daperfectibilidade.Quando falamos do desequilíbrio do Par

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Vibratório Espiritual, estamos nos referindo ao desejoardente de um dos Seres Espirituais componentes doPar expressar-se no mundo da energia-massa. Só odesejo de um dos componentes do Par desequilibra osistema, fazendo com que haja, no componente quedesejou, uma espécie de perda da Individualidade.Nesta altura, só a descida ao Reino Natural é oremédio. Perguntará o Filho de Fé: — E o outrocomponente do Par, como fica? Respondemos: —Embora pertença ao "Par Vibratório", estando sujeitoaos Choques Virginais do mesmo, continua com suaIndividualidade. Assim, pode acontecer de ter sentidoas mesmas necessidades, mas conseguido sobrepujálas,continuando temporariamente sua evolução noCosmo Espiritual. Temporariamente, pois, numdeterminado instante, não conseguirá mais evoluir,pois sentirá a necessidade de complementação, quesó é conseguida com seu PAR. Nessa condição, masjá em condições muito superiores que a de seu "ParVibratório", desce às regiões do Universo Astral para,ao longo dos milênios, "procurar" seu Par, através da"queima" do Karma Constituído, logicamente já noUniverso Astral. Após essa "queima", retornam aoReino Virginal, no ponto ou plano em que estavamquando desceram, seguindo doravante o KarmaCausal.Neste momento de nosso capítulo, devemoslevantar mais um dos véus que cobrem certosconceitos, ainda tabus, mas que de forma bemsimples tentaremos quebrar.Imaginemos que o "Par Vibratório" consiga, comofalamos em linhas anteriores, romper o "EnigmaVirginal ou Causal" por cima, se gabaritando a ser"SENHOR e GUARDIÃO" dos portais que limitamas duas "regiões", isto é, a do Reino Virginal e a doReino Natural. Num determinado momento-instante,um dos elementos do Par sente-se profundamentedesajustado, e, num ato de insubmissão e revolta,desce do Cosmo Espiritual ao Reino Natural. Esse"Plano Virginal Superior" em que vibrava foialterado, gerando em outros pares o desequilíbrio,que se consubstanciou na insubmissão e revolta. Eesse Instante-Eternidade primeiro que as FilosofiasReligiosas chamam de "Queda dos Anjos", que gerouos conceitos do Bem e do Mal. Em verdade, aosprimeiros Seres que desceram através da revolta einsubmissão, achando-se melhores e ludibriandoatravés do orgulho as Leis Virginais, é que foi dado ocomando das Zonas Condenadas de todas as regiõesdo Reino Natural, ou seja, das galáxias, daí aos

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sistemas solares e desses aos planetas.Entendemos que a revolta, a insubmissão às LeisDivinas, fez desses Seres Espirituais verdadeirosopositores da Divindade e Sua Corte Suprema. Mas aSuprema Misericórdia permite que o próprio Malsane-se através de si próprio, estendendo-lhedomínios e reinos provisórios, onde as Almasinsubmissas aprenderão de per si, após liberarem-sedo orgulho, da vaidade e da insubmissão, que só oBem é ETERNO, que só a COROA DIVINA é aSENHORA DE TUDO E DE TODOS. Até lá, serãoAlmas decaídas, mas não esquecidas pela DivinaProvidência. O tempo será medicamento para todosesse Seres Espirituais insubmissos e revoltados detodos os tempos.Não pararemos aqui. Mas, neste capítulo,tentamos, além de citar os planos de evolução do SerEspiritual, mostrar como e por que surgiram essesplanos, e, nesses planos, breves comentários sobre asLeis Regulativas que os regem.Claro está que doravante nos ateremos aos planosdo Reino Natural ou Universo Astral. Dentro desseUniverso Astral, localizaremos nossa abençoadaTerra, componente de um dos sistemas da ViaLáctea.Nos capítulos que se seguem, voltaremos aosplanos do Ser Espiritual, só que associando, paramais fácil assimilação, com outros temas, tais comoKarma, Ciclo da Vida e outros.37UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaFilho de Fé, não desanime. Persevere mais umpouco. O verdadeiro aprendizado requerauto-esforço. Não creia em aprendizado sem esforço.O verdadeiro aprendizado é obra do tempo e acimade tudo da verdadeira vontade de interpenetrar, com aAlmae o Coração, o que deve ser aprendido. Tenha certezade que assim o aprendizado jamais será esquecido,pois sempre será vivido no âmago da Alma.E assim, vamos à Lei das Conseqüências ouDestinação Natural.38A Lei das Conseqüências Naturais — Lei Kármica — Açãoe Reação — Karma Causal — Karma Constituído —Causas das Dores, Doenças e Sofrimentos39

ilho de Fé, sigamos avante em nossos estudos. No capítulo anterior, embora seu título anunciasse os

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"Planos de Evolução do Ser Espiritual", entramos propositadamente, e quase que o capítulo todo, no temaque cita as causas e efeitos do rompimento do Karma Causal. Como dizíamos no capítulo anterior, não fomostabular, e também entendemos como Planos de Evolução não somente os "locais de habitação" de nossaRealidade no tempo-espaço. Citamos que o Ser Espiritual pode evoluir numa via independente deenergia-massa, naquilo que já definimos como Reino Virginal ou Cosmo Espiritual. Também, fazendo uso deseu livre-arbítrio, pode evoluir nas imensas regiões onde a matéria ou energia-massa, em seus diversos grausde densidade, já interpenetrou, naquilo que também já definimos como Universo Astral ou Reino Natural.Neste presente capítulo, ao falarmos da Lei das Conseqüências ou Destinação Natural, também os Filhossentirão que haverá profundo encadeamento com o tema "Planos de Evolução do Ser Espiritual". Assim,deixemos bem claro ao Filho de Fé, ao leitor estudioso, que em nossos capítulos temos a liberdade de entrarem vários temas que estão encadeados, não ficando estanques em prejuízo ao raciocínio básico central.Outrossim, a cronologia, ou tempo de apresentação dos temas, como vimos, nem sempre é seguida, tudovisando a um melhor entendimento e assimilação destes estudos pelos diversos Filhos de Fé. Esperamos terdeixado claro que não queremos solução de continuidade em nossos estudos, sendo portanto comum nãoficarmos estáticos em nossos capítulos. Afinal, o livro é um TODO, e somente para facilidade de manuseio eestudo é que resolvemos dividi-lo em capítulos, os quais mais uma vez afirmamos não serem estanques.As noções de Justiça, em toda a sua grandiosidade e plenitude, são os pontos fundamentais da Lei Divina.Essa Lei Divina se expressa sob a forma de LEIS REGULATIVAS, visando educar e aprimorar os SeresEspirituais, fazendo-os ascender aos planos mais elevados da vida espiritual.Essa Lei é chamada de Lei das Conseqüências ou da Destinação Natural. Muitos Filhos de Fé, aindaligados à vestimenta física, citam-na como LEI KÁRMICA. A palavra karma tem sua origem, praticamente, naprimeira língua falada pelos Seres Humanos, o Abanheenga. No Abanheenga, tínhamos o vocábulo Kaarama.O fonema kaa, em sentido hierático, significa Vida; rama, também em sentido hierático, significa fluxo erefluxo ou ação. Assim, temos, na íntegra, a tradução como: VIDA EM AÇÃO ou AÇÃO DA VIDA. É claroque essas "ações na vida" geram suas reações, e entramos no ciclo incessante dos fluxos e refluxos da Lei

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para nós mesmos, criado em virtude de termos Leis que viessem fiscalizar e orientar nossas ações, emqualquer plano de manifestação do Ser Espiritual.Mais recentemente, por corruptela do termo, vamos encontrá-lo nas margens do Ganges, através dosbrâmanes e sua língua sagrada, o sânscrito, como karma, onde também lhe emprestam o significado de ação.No capítulo anterior, vimos que, quando o Ser Espiritual se encontra PURO em suas Vibrações Virginais,isto é, isento de qualquer veículo que expresse no mundo da energia suas Afinidades Virginais, ele está naprimeira Via Evolutiva ou Virginal, a qual é regida por Leis consubstanciadas no Karma Causal. Chama-seCausal, pois está envolto em suas origens, sendo de acesso exclusivo da Deidade e Seu Colegiado Divino, osquais, como Senhores do "Tempo Eternidade", sabem o porquê de assim o ser. Também entendemos, no41FUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicacapítulo anterior, que no Cosmo Espiritual ou ReinoVirginal, onde o Ser Espiritual evoluía segundo oKarma Causal, a não aceitação dessa via, ourompimento desse Karma, fez com que as HierarquiasVirginais adaptassem LEIS E DIRETRIZESREGULATIVAS para essa nova situação, que era ado Reino Natural, surgindo assim o KarmaConstituído. Repisemos: quando o Ser Espiritualdesceu às diversas regiões do Universo Astral ondedominava a Substância Etérica ou energia em váriosníveis de condensação, com o objetivo de regular essadescida e mesmo as ações nesse "outro modo deevoluir", foi criado um conjunto de Leis Regulativasinerentes ao Universo Astral ou Reino Natural, o qualfoi chamado de Karma Constituído. Constituído, poisa partir do rompimento do Karma Causal,objetivamente, o Ser Espiritual começou a imantarsobre si certos fenômenos, gerando ou constituindoações, as quais precisariam ser reguladas; e o foramatravés do Karma Constituído, gerando assim todo oséquito de reações conseqüentes às ditas ações. É apropalada DESTINAÇÃO NATURAL ou KARMA.Para que venhamos a entender muito bem oKarma Constituído, teremos que voltar ao ReinoVirginal e estudar certas particularidades que vieramse consubstanciar no Karma Constituído.Quando do rompimento do Karma Causal pordiversos Seres Espirituais, nem todos estavam em ummesmo plano evolutivo. Os Seres Espirituais que,provenientes de planos evolutivos diferentes,

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desceram ao Universo Astral, fazendo uso de seulivre-arbítrio, foram direcionados a planos afins à suaevolução no Reino Virginal. Com isso, afirmamosque certos Seres Espirituais foram enviados para umadeterminada galáxia, outros Seres para outras, edentro delas, para os sistemas solares afins.Em nosso caso, confinados no sistema solar emque gravita nosso planeta, cumprimos, segundo asnecessidades de cada um, nosso Karma Constituído.Em verdade, devemos entender a "Lei de Ação eReação" ou das Conseqüências como se fosse uma"contabilidade" aplicada pelos SENHORES DOKARMA a cada um de nós, vistos comoIndividualidades, no Karma Constituído Individual,ou quando formos colocados em um determinadogrupo ou coletividade, no Karma ConstituídoColetivo.A contabilidade pressupõe "créditos e débitos", eé exatamente assim que a Lei Kármica contabilizanossos acertos (créditos) e erros (débitos) na tãofalada BALANÇA KÁRMICA, a qual penderá paraum dos lados até o instante em que, resgatandonossas dívidas, teremos os braços na horizontal,mostrando o equilíbrio entre nossos débitos ecréditos.Assim, como em uma instituição lucrativaterrena, se nossos débitos forem intensos, nãoteremos mais créditos e seremos levados à falência,situação essa dificílima perante os Tribunais Kármicos,pois, se estamos na falência, isso se deve aos nossospróprios desatinos, às "aquisições catastróficas" quefizemos, principalmente relativas a nós mesmos, pois,quando a alguém ferimos, o primeiro a se ressentirdessa violência somos nós mesmos.Assim, nossos gastos em ações deletérias ou másaumentam nossos débitos, e a Balança Kármicapenderá para o pagamento deles.Tal qual a balança comercial que contabiliza osdébitos e créditos, a Balança Kármica, com seu fiel,contabiliza nossos acertos e nosso erros. Os débitosdeverão ser sanados ou eliminados através do resgateou da corrente de créditos. Muitas vezes, assim comona Terra, para saldarmos determinados débitos,fazemos uso do empréstimo de verbas, as quaistambém são contabilizadas em nosso passivo, paraserem resgatadas após determinado tempo. Seriacomo uma pausa para que, com nossa balançapraticamente equilibrada, conseguíssemos retornar àlinha justa e acumular créditos, ou seja, acertos, e nosdesvincular do erro, do mal.

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Normalmente, quando recebemos empréstimos,os mesmos são superiores aos nossos débitos,sobrando — nos algo. Após o pagamento de nossopassivo, se soubermos espalhar bênçãos com essasobra de nossos empréstimos, teremos "rendimentode juros". Se soubermos guardar esses juros, naforma de bem-estar a nós e a todos que nos cercam,teremos condições de, na época aprazada, pagar ousaldar os empréstimos a nós conferidos pelaMISERICÓRDIA DIVINA e Sua Corte deEmissários do Bem.Em boa hora é necessário frisar que nossosbenfeitores, aqueles que nos fizeram o empréstimo,se tornam nossos credores. Somos devedores pois,mas de amigos, e não de Seres rigorosos, inflexíveis e42CAPÍTULO IVimplacáveis, quando não intensamente cruéis. Emelhor "dever" a um amigo do que a um estranhoinflexível.Mas se, por nossa vez, tivermos o beneplácito deficar devendo a um amigo, isso não nos dá o direitode não saldarmos nosso débito para com ele.Provavelmente, aqueles que nos emprestaram nãonecessitam de nossos créditos. Mas não é da Lei quenão se pague o que se deve.Assim, no decorrer do tempo, sentiremosnecessidade de ressarcir o empréstimo. E necessárioque fiquemos quites com nossa consciência.E a nossa vez de saldarmos o empréstimorealizado pelos nossos "nobres credores", os quais,mesmo não querendo ou não sentindo-se maiscredores, têm outros "amigos" que estão em débito enecessitam de empréstimos. É a "grande famíliaespiritual", que, mesmo enleada ainda no mal, nopróprio mal encontra oportunidades benditas de ir deencontro ao infinito Bem, que a todos,indistintamente, mais cedo ou mais tarde, aguardaserenamente.É, Filho de Fé, todos estão, bem ou mal,cumprindo seu Karma, ou melhor, cada um é hoje oque quis ser, e será amanhã o que quiser ser. Quemmuito deve, muito terá de trabalhar, em situações atéprecárias, para saldar seus débitos. Abençoadaoportunidade estendida a todos os devedores, osquais não foram condenados à falência insolvente.Todos podem equilibrar a sua "balança", no decorrerdo tempo-espaço. Ninguém é deserdado. Os erros,faltas e culpas, com seus séquitos de arrependimentoe remorso, são os esquemas de que se serve a Lei

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Divina para fazer com que seus Filhos saldem seusdébitos uns com os outros e fortaleçam, por meio dasqualidades nobilitantes do Espírito, seus créditos.Antes de terminarmos este despretensiosocapítulo, não poderíamos deixar de citar osTRIBUNAIS KÁRMICOS.Os TRIBUNAIS, no Reino Natural, iniciam-sepelos TRIBUNAIS KÁRMICOS GALÁCTICOS, osquais supervisionam os TRIBUNAIS SOLARES (decada sistema solar).Cumpre salientar que os Tribunais Galácticos sãoregidos pelo Supremo Tribunal Kármico, sob a égidedo Glorioso ARCANJO MIKAEL, o qual é o RegenteKármico de TODO o sistema de Leis que regulam osSeres Espirituais em evolução no Reino Natural ouUniverso Astral. No astral do planeta Terra, quem orepresenta são as Santas Almas Guardiãs do CruzeiroDivino, as quais têm Ordens e Direitos de Ação eExecução sobre nossa humanidade terrena.Como dizíamos, os Tribunais Galácticosestendem sua jurisdição sobre os Tribunais Solares;esses Tribunais Solares, por sua vez, estendem suapoderosa vibração aos Tribunais KármicosPlanetários, e esses aos Tribunais KármicosSuperiores e Inferiores.Por ora, não nos ateremos a esse assunto, vistoque, quando entrarmos no porquê da "roda sucessivadas reencarnações", no próximo capítulo, voltaremosao tema, que, como vimos, Caboclo não pretendeu enem pretende esgotar. Assim, serenamente, vamos aofim deste capítulo, que em seu ocaso anuncia outroque lhe segue.Retomemos fôlego, e partamos para o CICLO DAVIDA...43

O Ciclo da Vida — Evolução — Nascimento e Morte —Origem do Planeta Terra: sua Constituição Astral e Física— Surgimento da Vida no Planeta Terra; EvoluçãoFilogenética — Surgimento do Homem —A Pura Raça Vermelha — Filhos Oriundos da "Terra" —"Estrangeiros" Cósmicos — Formação dos Veículos ouCorpos do Ser Espiritual — Os Primeiros Habitantes doPlaneta — As Raças e Sub-Raças — Reencarnação:Tipos — Desencarne45

ilho de Fé, ao retomarmos fôlego, logo de início haveremos de entender que nossa "casa planetária" teve

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um dia seu início. E claro que a gênese do planeta Terra teve uma causa inteligente, pois sabiam oscomponentes da Hierarquia Crística, que é a responsável por todo o planeta, que a Terra, como planeta novo,serviria para albergar Filhos desgarrados de outros planetas mais velhos e evoluídos, além de sua própriahumanidade.Sabe-se que o planeta Terra é um fragmento que se desprendeu do próprio Sol, estrela que alberga aHierarquia Crística, e, obedecendo as leis imutáveis da Mecânica Celeste, iniciou naquele instante suaperegrinação, ou seja, sua jornada em plena galáxia que lhe serve de suporte.Podemos dizer que um fragmento solar é uma pira em movimento, um bólido ígneo que gravita adeterminada distância, dependendo inclusive sua massa do próprio Sol.Através de longos e longos períodos de tempo, devido a vários processos, inclusive o da evaporação damassa líquido-pastosa do planeta, foi-se formando, gradativamente, uma atmosfera. É óbvio que o Filho de Féjá deve estar imaginando o "processo estufa" que era a nossa abençoada Terra.De fato, a Terra era extremamente quente, e sua atmosfera já saturava-se de elementos que deveriamretornar à superfície plenos de forças propulsoras imantadas pelo poder vibratório da Hierarquia Crística.Uma pequena alteração da massa gasosa e em sua inércia foi condição suficiente para que uma pioneirafaísca desencadeasse alterações eletrostáticas e eletrodinâmicas que culminaram com a precipitação deabundantes "dilúvios".Quando afirmamos faíscas, é claro que entenderemos descargas elétricas que a priori eram de poucaintensidade, até alcançarem intensidades jamais observadas a posteriori.O planeta, que em verdade incandescia como um gigantesco cadinho, foi abençoado pelo seu DivinoTutor e Sua Hierarquia com a bênção do "BATISMO CÓSMICO", e choveu vários e vários milênios.As águas precipitadas estavam imantadas de verdadeiras cargas "Luz e Vida", imantadas que foram peloscomponentes da Hierarquia do Senhor Jesus (Ysho ou Oshy, como veremos mais tarde).Com as chuvas caindo em verdadeira fornalha, na qual se encontrava a mal delimitada superfície terrestre,certos elementos químicos necessários à futura organização das formas densas no planeta foram surgindo,através de vários fenômenos físico-químicos, e também, muito especialmente, através do Poder Operante dosPoderosíssimos Seres Espirituais da Hierarquia Crística.Essas chuvas, em contato com a massa telúrica, moldaram para o nosso abençoado planeta um novo

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relevo, embora ainda parcial e imperfeito. A Terra, ao destacar-se do núcleo central do Sol, como vimos,precisou manter-se em equilíbrio, obedecendo a complexos fenômenos, os quais submeteram-na a leismatemáticas obedientes à Mecânica Celeste, que por sua vez obedece aos influxos de Generosos eSapientíssimos Emissários de Jesus.Estava, é bom que se frise, distanciada do Sol em 150 milhões de quilômetros e deslocando-se no espaço,em movimento de translação em torno do mesmo, com uma velocidade aproximada de 2,5 milhões dequilômetros/dia.Nesses fenômenos cósmicos que presidiram a gênese e formação de nosso planeta, acharam por bem osSeres Espirituais da Hierarquia Crística promover a formação de um satélite, que chamamos Lua, o qual47FUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaequilibraria toda a massa da Terra em seu movimentode translação em torno do Sol, trazendo e conferindotambém estabilidade vibratória ao planeta, a essaaltura quase já formado. Em seus váriosposicionamentos, o satélite que orbita em torno daTerra serviria como transdutor de luz polarizada emagnetismo, os quais seriam necessários à formação ereprodução dos vários seres vivos que futuramenteiriam habitar essa "nova casa cósmica".Mas, voltando às chuvas milenares, com elasiniciou-se o processo de resfriamento das camadasexternas do planeta, as quais se tornaram densas.Nesse momento da formação de nosso planeta,iniciou-se a diferenciação da matéria, surgindo a priorio hidrogênio e a condensação dos metais, quepermitiu a configuração densa de nossa superfície.As zonas internas, sobre as quais nos ateremosparcialmente ainda neste capítulo, tiveram e têmregiões vazias ou cavernas, com rios incandescentes,materiais pastosos e sistemas coloidais. Em sua zonacentral, os processos ígneos, que dão impulsovibratório para parte dos movimentos que a Terraexecuta, são hoje também responsáveis por certasqueimas, já de ordem etérica, de massas mentaiscompletamente desorganizadas, que por processosatrativos são direcionadas para essas zonas do "fogocentral" da Terra, sendo elas, atualmente, verdadeiraszonas de "arquivo dos experimentos planetários".Ainda devassando as zonas muitos e muitosquilômetros abaixo da superfície, além da zona ígneaencontraremos regiões de densidade ou consistência

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semelhante ao estado sólido da água, comcaracterísticas "enregelantes".3 No decorrer de nossosestudos, entenderemos melhor essas zonas.Neste momento, ao fazermos uma pequena pausaem nossa apagada descrição dos fenômenos quederam origem à formação do nosso planeta,queremos chamar um pouco mais a atenção de nossosdiletos Filhos de Fé.Filho de Fé, neste instante você deve entenderque não é interesse deste Caboclo entrar em polêmicasobre a gênese planetária, tão nobremente defendidapela nossa humanidade atual através de seus maisexpressivos expoentes na área das Ciências.Acreditamos que, no momento dos "temposchegados", nossos Filhos ainda presos aos grilhõesabençoados do Corpo Físico entenderão melhor todosesses processos, e verão que acima das leis queregem os fenômenos físicos, foram eles presididospor "Mentes Excelsas", as quais deram seqüência àsimutáveis Leis Divinas.Aguardemos aqueles que semeiam; a eles, na horacerta, caberá a primazia da colheita.Augurando assistência aos abnegados cientistasterrenos, voltemos onde havíamos parado.Retomou o fôlego, Filho de Fé? Então sigamosavante.Sim, após longos e vários dilúvios, tiveraminício, embora a superfície da crosta terrena estivessetotalmente submersa, novos processos de evaporação,sendo que desse fenômeno emergiu pela primeira vez,após os dilúvios, a primeira zona de terra firme quepermitiria, no futuro, os processos biológicos ou davida. Essa primeira zona que emergiu das águas foiaquela que hoje conhecemos como BRASIL, em seuPlanalto Central.Após a emersão de terras sólidas, que seconsolidou no decorrer dos tempos, ocorreram novaschuvas, as quais já não mais inundaram essa região.Após essa região, é claro que, no decorrer do tempo,outras foram emergindo.Formaram-se rios em várias regiões, os quais eramveículos de elementos rochosos que, sem darmos ospormenores, foram dando às águas em que estavamsubmersas outras porções de terra uma composiçãodiferente da dos rios e das chuvas. Essas águas comelementos oriundos da erosão das rochas eram decaracterísticas mais concentradas, e sua composição,já salina, daria no futuro condições para o surgimentoda vida vegetal e animal, naquilo que definiremoscomo PROTOVIDA (material gelatinoso que depois

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banhou as terras firmes, sendo o precursor da vida físicadensa propriamente dita).Assim, esperamos que fique bem claro ao Filhode Fé que o mar foi formado e deve sua composiçãoàs chuvas, que foram carreadas juntamente comcertos elementos erosivos da superfície rochosa pelosrios, os quais emprestaram ao mar suas qualidades3. Estas zonas enregelantes não são no plano físico denso e sim nos planos etérico-astrais.48CAPÍTULO Vbiofísico-químicas especiais. É o mar, pois, o próprio"SANGUE PLANETÁRIO".Antes de voltarmos ao planeta, cujo cenárioencantador e belo aguardava o pulsar maravilhoso davida, voltemos a falar sobre a Lua.Como dissemos após longas noites açoitadoras,de profundos e extensos fenômenos aquosos eeletromagnéticos, acharam por bem os "responsáveisespirituais" pelos destinos do planeta Terra fazersurgir a Lua.Da mesma forma que a Terra se desprendeu dofulcro solar, nossa fonte de Luz e Vida, surge o nossosatélite que se desprende da Terra, tudo, claro, comoafirmamos, sob o beneplácito das Hierarquias doCristo.Assim, o surgimento da Lua, que a priori era maispróxima, deu ao planeta a necessária estabilidademecânica. Sua cinética celeste foi alterada, dandonova configuração à sua trajetória, em relação ao seumovimento de translação. Seu magnetismo e sua luzpolarizada favoreciam os processos da vida, comotambém os fluxos e refluxos dessa mesma vida quesurgiria no planeta.Relembrando ainda um pouco mais, após esseperíodo houve novos fenômenos nas massas líquidas,com conseqüentes resfriamentos e solidificações deoutras zonas do planeta.As águas do mar eram excessivamente quentes, eos vapores formados desencadearam novas e milenaresprecipitações atmosféricas. Após esses fenômenos,estabiliza-se a paisagem terrena, aclaram-se as regiõese o Divino Disco Solar começa a enviar sua "Luz-Vida"a esse novo cenário de vida e evolução.Tudo pronto, pois, para receber as vidas noplaneta. Nesse instante, queremos frisar queresumimos ao extremo esse grandioso e arrojadoprojeto dos "Arquitetos Crísticos", pois nestecapítulo nossa finalidade é o estudo do "Ciclo daVida" e da necessidade do NASCIMENTO e da

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MORTE, que, como veremos, nada mais são do queprocessos de transformação, os quais atendem aprogramas sábios e justos da evolução.Em relação à explicação resumida da gênese eformação do planeta, achamo-la plausível em virtudede ser este abençoado planeta o palco do nossonascimento, sendo então berço e veículo deaprendizado e evolução no decorrer de umaexistência, além de ser o palco de nossatransformação em direção a novos planos edimensões da vida, através da tão mal compreendidamorte.Antes de prosseguir informamos que, em obrafutura, se possível, descreveremos a gênese doUniverso, nos atendo por ora à gênese do planeta quenos serve de mãe-berço e evolução.Retornando ao assunto, tentemos descrever aorigem ou gênese da vida nesse cenário de evoluçãochamado planeta Terra. Sob a orientação deDigníssimos Prepostos da Hierarquia Crística, iniciamos "Arquitetos e Engenheiros da Forma-Vida" oarcabouço básico onde se desenvolveria a vida.Edificam assim o mundo das células, sendo essasprecursoras das formas organizadas e inteligentes queviriam a se consubstanciar no futuro como "vidacomplexa" propriamente dita, até chegar na"idealização e realização" mais trabalhosa das Formas-Vida — o HOMEM.Antes de chegarmos na complexidade da formahumana, deveremos entender que vidas inferiorestiveram necessidade de aprimoramento, em que"Divinos Modeladores da Forma" tiveram queexperimentar exaustivamente até alcançarem formasestáveis e adequadas à futura humanidade quesurgiria.Ao iniciar-se a "grande gestação da vida" noplaneta, Emissários das Cortes de Jesus (Ysho)aproveitaram-se da matéria colóide-albuminóide parasemear as primeiras sementes da vida. Essa matériacolóide-albuminóide se estendia das profundezas domar até os mais disformes sítios do até então irregularrelevo terrestre. Iniciou-se no mar, através da matériaalbuminóide, a odisséia da vida no planeta Terra.Edificaram-se as unidades básicas da vida, osunicelulares.Vários desses unicelulares surgiram e sediferenciaram, mas, de maneira geral, chamá-losemosde seres amebóides. Esses seres só tinham osentido do tato, e gradativamente foramdesenvolvendo funções especiais, as quais seriam

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importantíssimas nos seres superiores, pois, comosabemos, cada célula tem uma função específica. Masvoltemos aos unicelulares, que aos poucos seagruparam formando colônias celulares, que seriam abase evolutiva dos seres unicelulares aospluricelulares.49UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaNesse período da "gestação da vida", surgiramseres que captavam a energia solar através de sua luz,e através de várias outras transformações expeliamoxigênio, o qual até hoje é indispensável à vida noplaneta. Longos períodos, milênios foram gastos paraos Prepostos de Jesus* ajustarem essas formas que, aoabsorverem a luz, expeliam oxigênio. Vencida essatranscendental barreira, a qual era de vitalimportância para a manutenção e prosseguimento davida no planeta, novos objetivos são buscados e,graças ao Sapientíssimo e Misericordioso Mestre eSenhor Jesus, os experimentos são coroados de êxito.Assim é que, na superfície terrestre ainda pântanosa,começam a surgir os vegetais simples, os quaisevoluíram para formas mais superiores, as quais, alémde embelezar o "novo jardim do Mestre", tambémtransdutavam elementos vitais necessários àmanutenção do equilíbrio da Forma-Vida planetária,muito em especial da forma humana, a qualencontraria nos vegetais uma fonte energética contraelementos físicos e etéricos deletérios para o CorpoFísico e todo o seu hioeletromagnetismo. Adiante,quando citarmos o Corpo Astral, entenderemosmelhor as ações dos vegetais...Mas voltemos às cadeias de vida, que, como vimos,iniciaram-se no mar. Os complexos celulares no mar, aProtovida, ao se amalgamarem, formaram complexoscelulares vegetoanimais. Sem entrarmos em digressões,diremos que esses complexos evoluíram em doisramos. O primeiro ramo pertenceria ao mar e deletiveram origem a atual flora e fauna marinha. Mais tarde,a fauna marinha originaria toda a fauna terrestre, e aflora marinha originaria, através das algas, a maiorparte do reino vegetal terrestre. O segundo ramo deuorigem a outra parte do reino vegetal terrestre, amicroflora (bactérias), além dos vírus. Neste instanteperguntará o Filho de Fé atento e estudioso:— Como esse primeiro ramo, ainda no mar, dariaorigem às formas terrestres?Através das correntes marítimas, esses"complexos celulares vegetoanimais" gradativamentealcançariam, como em verdade alcançaram, a terra

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firme. No clima ainda tépido do planeta, em terrenosalagadiços e pantanosos, erguer-se-ia a vida.Alcançando terra firme, as algas, que ainda hoje sãoresponsáveis, a partir do mar, pela maiorporcentagem de produção do oxigênio atmosférico,deram origem às grandes vegetações terrestres, queperduraram por vários períodos geológicos,permanecendo algumas até nossos dias atuais. Com oaparecimento das espécies vegetais, tornou-sepropícia a atmosfera terrestre para o surgimento davida animal complexa.No mar, muitos animais, agrupados hoje em diapela Ciência em Filos, já tinham surgido e estavamem pleno processo evolutivo, quando os primeiroscrustáceos (artrópodes) começaram a experimentar ohábitat terrestre. A seguir, surgiram os anfíbios, quegradativamente foram trocando as águas salgadas domar pelas regiões alagadiças, até alcançarem a terrafirme.No cenário terrestre ainda havia uma certainstabilidade telúrica, modificando o relevo epromovendo a evolução do reino mineral. O reinovegetal era provido de exuberante e interessantíssimaflora, a qual sofreria transformações, sendo quetemos resquícios de sua passagem pelo planetaatravés das minas carboníferas. A fauna terrestre,como dizíamos, recebera os anfíbios, os quais foramse adaptando através de um processo de seleçãonatural, a qual é básica em todo sistema evolucionistada forma. Obedecendo esses mesmos influxosevolutivos, surgem os répteis, tal qual os conhecemosna atualidade.Logo após os répteis, surgem no cenário terrestremonstruosas criaturas animais, formas assombrosas edescomunais, gigantescas, desprovidas de estética.São marcadas por sua forma desmesurada edesarmônica. Foram más-formações da Natureza.Embora perdurassem por longos períodos, essasformas teratológicas desapareceram para sempre doplaneta; apenas os museus são depositários de suasformas atormentadas. Assim, mais uma vez vimosque os "Arquitetos da Forma", ao experimentarem asformas biológicas anômalas, após longos períodosconseguiram debelar e banir para sempre dasuperfície terrestre aqueles ditos espécimes préhistóricos.Na atualidade, os mesmos, ou suas formasdegeneradas, fazem parte do "arquivo vivo" dasexperiências* Nota do médium: Prepostos de Jesus — "Orishas".50

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CAPÍTULO Vplanetárias, em zonas internas do planeta, na suaregião subcrostal profunda, invisível ao humanocomum, mas não desconhecida daqueles possuidoresda faculdade mediúnica. Essas regiões sãoverdadeiras zonas do submundo astral inferior, dasquais ainda voltaremos a falar.Filho de Fé, para que não percamos o fio dameada, resumamos o que até aqui expusemos:Dos seres unicelulares animais, que sãochamados de protozoários, e dentre os pluricelularesou metazoários, até chegarmos nos mamíferos,passamos pelos poríferos, celenterados, ctenóforos,platelmintos, asquelmintos, anelídios, moluscos,artrópodes (insetos, crustáceos), equinodermos ecordados. É bom lembrar que nos cordados estãoinclusos os peixes, tanto cartilaginosos como ósseos,os anfíbios, répteis, aves e mamíferos.Pela explanação que demos, lembrarão os Filhosde Fé que, após o surgimento dos répteis, parachegarmos às formas mais evoluídas, tivemos umasérie de experimentações, as quais, comoexperimento não-aceito, foram relegadas aos"arquivos vivos" do planeta.Chamaremos esse período de pausa biológicanormal, a qual estabilizou definitivamente as formaspré-monstruosas e delineou com clareza o que eraanfíbio, o que era réptil e assim sucessivamente.Então, tendo chegado até os répteis, vejamos pois osprocessos evolutivos que se fizeram necessários parachegarmos ao reino hominal.Vencidas grandes barreiras biogenéticas e docorpo de matéria sutil (corpo astral), caminham maisceleremente os Arquitetos da Forma para fazereclodir sua grande obra, a FORMA HUMANA.Como vimos, no cenário terrestre, já tinham seestabilizado o reino mineral, o vegetal e o animal,embora ainda não tivessem os Arquitetos da Formasuperado in totum as dificuldades do surgimento doreino hominal.Nos primórdios da Era Terciária do Cenozóico,vamos encontrar os primeiros antepassados da formahumana, naquilo que chamaremos deANTROPÓIDES. Desses antropóides "surgiria" ohomem atual. Interessante que muitos dessesantropóides foram os antecedentes dos símios. Nesteinstante da descrição, daremos a entender o porquêdoparentesco sorológico do chimpanzé com o homematual. Nos processos evolutivos, houve um ponto

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comum a ambos, que chamamos deCONVERGÊNCIA. Essa convergência aconteceunum determinado tempo-espaço. Após esse tempoespaço,um "evoluiu para cima" se é que assim possome expressar, originando o homem, e outro para asescalas superiores do animal, originando os símios.Então, cai por terra a tese de que o homem descendedos símios; o que houve foi uma convergênciaevolutiva entre determinados antropóides. Com isso,também refutamos que o homem adaptou-se atravésda seleção e "desceu das árvores". Para que fiquebem claro, afirmamos que os antropóides deram, emseu processo evolutivo, uns o homem, outros ossímios.Neste período em que foi superada aconvergência, pelos processos naturais e pelosPrepostos de Jesus, eles mesmos aguardaram a formahumana evoluir, a priori, de braços longos e pernascurtas, excessivamente peludos, para formas maisaperfeiçoadas, mais próximas da forma humanaatual.Muitos milênios se passaram, e entre umaencarnação e outra, que é nosso tema central, foramos Arquitetos da Forma aperfeiçoando os patrimôniosdo corpo astral, em zonas pré-hominais, e mesmoatravés de estágios em sítios elementares da própriaNatureza terrena. Nessas condições, surgemverdadeiramente os primeiros HOMENS, emboraselvagens, com fenótipos melhorados quase idênticosaos de hoje. Assim surgiram condições para aFORMA HUMANA, tanto para os Filhos oriundosda própria Terra como para "Seres de outras PátriasEspirituais".Ao aqui chegarmos, é necessário que entendamosquem seriam os Seres Espirituais que formariam aentão futura humanidade. Neste momento, devemosentender que tanto o planeta como as "Formas-Vida"que surgiram, até chegarmos em nossa humanidade,tiveram uma causa inteligente e acima de tudomisericordiosa, pois o Mestre e Senhor Jesus, atravésde Seus Emissários, reuniria nesse novo cenário devida e trabalho, e portanto repleto de esperanças emrealizações futuras, os Filhos errantes de outrospáramos do Cosmo. Assim, através de sua InfinitaSapiência e Bondade, permitiu que vários Filhoserrantes de várias regiões cósmicas, as quais51UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicajá tinham se elevado a níveis inimagináveis para nossahumanidade atual, tivessem condições de

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regenerar-se e, após estágio depurador, retornar àssuas "Pátrias afins".Seriam como "estrangeiros" em terras longínquas,e, através de suas próprias ações, iriam readquirircondições para retornar às suas "Pátrias" sem asmanchas e impenitências que os fizeram emigrar parao planeta Terra.Como estrangeiros, iriam ter que conviver com osSeres oriundos da própria Terra, ou seja, suahumanidade afim, a qual iniciara seus primeirospassos rumo ao progresso e reascensão aos "planossuperiores da vida espiritual". Estariam se redimindoperante a Lei Divina, e concomitantementeajudariam, pois eram mais experientes e evoluídos,seus irmãos menos dotados a galgar novos rumos ealcançar a evolução a eles destinada.Caboclo os vê (os estrangeiros) como se fossemprofessores de uma Universidade que de repenteforam compulsoriamente obrigados, por nãoacompanharem o ritmo, a largá-la, sendo enviados aministrarem suas aulas em escola primária.Exerceriam nessa condição a humildade, odesprendimento, a tolerância e o Amor Fraterno, poissairiam de seus planos-mundos muito evoluídos, indopara um planeta em fase inicial de evolução.Acreditamos que não raras vezes muitos deles (osestrangeiros) quiseram renunciar devido ao tédio eaos vazios imprescindíveis, além da nostalgia da"Pátria" distante, que então se afigurava aos seusolhos como um verdadeiro paraíso, que estava agoramuito distante. Restava-lhes trabalhar e erguerem-semoralmente, através da força do trabalho renovador, eajudar nos primeiros passos seus inexperientesirmãos, livrando-se daquilo que lhes parecia o próprio"inferno". Muitos, após determinado tempo detrabalho, após várias reencarnações, retornaram àssuas "Pátrias Cósmicas de Origem". Outros tambémpoderiam ter retornado, mas sentiram-se tão gratos aoCristo Jesus (Oxalá) e ao próprio planeta e suahumanidade, que permaneceram e se demoraramainda por aqui, na expectativa de ajudar a evoluçãode seus "irmãos menos experientes". Queriamparticipar, como realmente participaram e participam,da obra de regeneração e elevação de todos os filhosterrenos.Com isso, fica claro entender que nosso planetaTerra, em sua "população terráquea", era constituídopor seus PRÓPRIOS FILHOS e porESTRANGEIROS.Os Estrangeiros vieram de diversas "Pátrias

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Siderais", alguns de outras galáxias muito distantes emuitíssimo evoluídas, outros até de planetas de nossaprópria galáxia. Sabemos que cada coletividade tinhaseu grau de ajuste perante as "Leis Divinas".Nos parágrafos que se seguem, tentaremosexplicar como tudo isso aconteceu e acontece, comotambém clarear ainda mais o entendimento de todosos estudiosos das Leis Cósmicas, e incliná-los para asenda justa do aprimoramento e evolução, que é Leimaterem todos os planos do Universo. Aoprosseguirmos, queremos ressaltar que, ao citarmosos antropóides, em linhas anteriores, não estávamosafirmando que o homem descende dos símios, ou quehá elo de ligação entre ambos. A forma intermediáriaentre o homem e os símios é de competência dos"arquivos astrais", e não no plano físico denso.Debalde procurar-se-á o "elo perdido", tãovulgarizado em nossos tempos, mesmo que o esforçoe estudo de nobres antropólogos e arqueólogos digamo contrário. Chegará o tempo em que a Ciênciaentenderá melhor que o ascendente dos símios, aindanão achado pela Ciência oficial até o presentemomento, não é o ascendente do homem. Comoexplicamos em outras linhas, num determinadotempo-espaço da evolução houve convergências entreas raízes dos símios e dos homens; após divergirem éque apareceria o ascendente dos símios e oascendente primeiro do homem. O ascendente dossímios continuou a evoluir chegando ao máximo daescala animal, nos símios. O ascendente do homem,para evoluir até o homem como conhecemosatualmente, passou por vários processos de ajuste emseu corpo astral, já não mais aqui no plano denso,mas sim no plano astral, no intervalo entre seudesencarne e próximo nascimento, obra essa decomplexidade ímpar executada pelos ArquitetosSiderais da Forma. Afirmamos com isso também queé extemporâneo o aparecimento, aqui no plano físicodenso, do homem e dos símios.Após essa ligeira mas necessária elucidação,tentemos resumidamente explicar como surgiu aprimeira humanidade no planeta Terra.52CAPÍTULO VJá dissemos que nossa humanidade eraconstituída de "Filhos da própria Terra" e quetambém albergaria os "estrangeiros" ou "Filhoserrantes" de outras Pátrias siderais.Entendamos como oriundos da própria Terra todoSer Espiritual que, ao descer do Cosmo Espiritual para

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as infindáveis regiões do Universo Astral, onde aSubstância Etérica já havia interpenetrado, tenha sidodirecionado para o planeta Terra.E óbvio que, antes de surgirem no solo terreno,passaram pelo campo astral terrestre, onde osArquitetos e Engenheiros da Forma, como já vimos,estruturavam para eles um Corpo Astral que serviriade molde para seus Corpos Físicos densos. Assim,houve vários experimentos de ordem genética eastral. O Ser Espiritual teve que imantar e haurirsobre si os processos coesivos, sensitivos, instintivose de memória (arquivo vivo). Assim, experimentou oREINO DOS ELEMENTARES.4 Por queElementares? Pois aquilo que seria básico teve queser vivenciado, ou melhor, teve que ser haurido. Apassagem pelo reino mineral foi importante, poisforam hauridos os processos coesivos e estruturais,inclusive da rede atômica. As células futuras seriammodeladas obedecendo a complexidade arquitetônicados diversos minerais. Neste instante, o Filho de Fédeve saber que, por apenas diferente disposiçãoestrutural do elemento químico carbono, o qual émuito importante, tem-se o grafite ou o diamante, umcompletamente diferente do outro, inclusive naspropriedades elétricas e dinâmicas. Após o reinomineral, experimentou o reino vegetal, onde hauriu asensibilidade e os primórdios de funçõesimportantíssimas para a futura organização físicadensa. Logo a seguir, experimentou o reino animal,ou seja, hauriu, bebeu vivências do reino animal.Funções instintivas, automáticas e mecânicas foramadquiridas. Experimentou desde os unicelulares,passando por todos os processos evolutivos da escalaanimal, ou seja, até a fixação dos elementos básicosda inteligência e sua expressão. Frisemos que, deforma simplista, fomos passando de um reino aoutro, fases essas que demoraram às vezes milêniosdentro de um só reinoapenas, e que, de reino para reino, tinha-se umperíodo considerado de complexas operações nosCorpos do Ser Espiritual que futuramente encarnariapela primeira vez, ou seja, nos Corpos de ordemMental e Astral, em seus diversos aspectos, inclusiveem relação ao adestramento de seus NúcleosVibratórios ou Chacras, como tentam explicar outrasEscolas Filosóficas do passado e do presente.Todos esses processos experimentais primeiros,até o estabelecimento definitivo da via para o SerEspiritual que iria encarnar no planeta Terraconstituindo a sua primeira humanidade, ficaram

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patenteados na então chamada RAÇA PRÉ-ADÂMICA. Então, nessa Raça Pré-Adâmica, temosos mais diversos experimentos, tendo a face terrenaobservado verdadeiro "laboratório genético",inclusive com formas descomunais e commorfologias aberrantes, com suas desproporçõesestaturo-ponderais. Tivemos nessa época verdadeirosgigantes, tão bem retratados na mitologia, já que todomito, no fundo, vela uma verdade. A forma seestabeleceu mais ajustada na Raça que sucedeu a Pré-Adâmica, isto é, na RAÇA ADÂMICA. Com a formamais aperfeiçoada, na Raça Adâmica, começaram,juntamente com os Filhos da Terra, a encarnar osprimeiros estrangeiros, a priori de planetas maisevoluídos que o nosso de nossa própria galáxia.Alguns vieram de Marte, já que Marte era paragemobrigatória de todos os Seres Espirituais desgarradosde nossa galáxia quando impulsionados a encarnar noplaneta Terra. Era como uma "passagem vibratóriaobrigatória", e após esse reajuste vibratórioencarnavam no planeta Terra. Eram todos de pelevermelha, provavelmente estando aí o porquê dedizer-se que o homem foi feito de barro, o qual temessa cor. Os próprios Filhos da Terra, com suastribos, eram de cor vermelha, e os estrangeirosvieram a encarnar nessas tribos primitivas, mesmofazendo uso de vestimentas físicas ainda nãototalmente aperfeiçoadas. Não importando a formafísica, logo foram lançando seus ensinamentos e,como só poderia ser, tornaram-se condutores tribais,sendo seus líderes ou CHEFES. Eram seus PaisMaiores, eram seus Condutores. Ensinaram-lhes aLÍNGUA4. "Reino dos Elementares": Sítios vibratórios da Natureza onde os Seres Espirituais imantam, haurem elementos e propriedades dos minerais,vegetais e animais, tudo visando à constituição e organização de seus veículos de exteriorização no "mundo das Formas".53UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaBOA, polissilábica e eufônica, a qual tinha relaçãocom certos fenômenos da própria Natureza e suasLeis Regulativas. Essa primeira língua polifonética epolieufônica, obedecendo a um metro sonoro divino esendo chamada de ABANHEENGA — aba (homem),nheenga (língua sagrada) —, foi a base para todas asdemais línguas que seriam faladas na Terra. Essefenômeno da primeira "língua raiz" teve início noBrasil, através do Tronco Tupy, sendo seusCondutores chamados de tabaguaçus, em verdade tubabá guaçu — (nosso Pai-Condutor — nosso

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Patriarca).Assim foi a Raça Adâmica. Agora, ao fazermosum parênteses, gostaríamos de estender um conceitosobre o porquê dessa Raça chamar-se Adâmica.Partamos do mais externo, explicado pelasreligiões do culto exterior (que têm um porquê deainda existirem), de que a humanidade terrestreprovém de um casal mítico ADÃO-EVA, do qual,temos certeza, todo Filho de Fé conhece a história, deque Adão foi feito de barro, etc... Preste atenção,Filho de Fé, que agora entraremos direto com oconceito vigente nos arquivos das Escolas Iniciáticasdo Astral Superior.Adão e Eva têm uma alta significância oculta eforte tradição esotérica, que agora deixará de seroculta.Nas línguas futuras e mesmo no Abanheenga esua primeira derivada, o Nheengatu, portanto LínguasAdâmicas, os vocábulos Adão e Eva significavam,como veremos a seguir, de acordo com a grafia ecom o som dos termos, o seguinte:Então, Adão significa o Princípio Absoluto; Eva,o Princípio Natural. Podemos também expressar queAdão é o Princípio Espiritual e Eva é a Geradora daForma. É como se Adão, o Princípio Espiritual,tivesse fecundado Eva, o Princípio Natural, e dessativesse surgido ou nascido a HUMANIDADE — OMUNDO DA FORMA propriamente dito (Filhos). OPrincípio Espiritual interpenetrou a Natureza, ondetem domínio a energia-massa, gerando a FORMA.Entendeu, Filho de Fé? Resumamos:ADÃO — PAI — PRINCÍPIO ESPIRITUALEVA — MÃE — PRINCÍPIO NATURALADAMA — FILHO — A HUMANIDADE — A FORMANeste momento, perguntará o Filho deFé arguto e atento:— CAIM e ABEL, dentro desse conceito, comoseriam interpretados?— Boa a sua pergunta, Filho de Fé!Raciocinemos, e a Luz do entendimento nosguiará para a resposta. Quando o Princípio Espiritual(Adão) desceu do Reino Virginal, interpenetrando oPrincípio Natural (Eva), expressou ou concretizousuas Afinidades Virginais na Forma (Filho). Assim éque devem ser entendidos Caim e Abel.Podemos também lembrar que Caim matou Abel.CAIM seria o PRINCÍPIO DO MAL, enquantoABEL seria o PRINCÍPIO DO BEM, os quais seriamexpressos na FORMA, ou seja, as AfinidadesVirginais teriam seus aspectos negativos, os quais se

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expressariam através do egoísmo, inveja, domínio,poder e agressividade.Os aspectos positivos dessas Afinidades Virginaisseriam a fraternidade, cooperativismo, união emansidão, todas essas virtudes associadas ao Amor.Do ponto de vista moral, podemos afirmar quetodos os Seres Espirituais, no Reino Natural, têmCaim e Abel consigo mesmos. Nossa tarefa é fazer ooposto do que Caim fez a Abel. Sufoquemos em nóso Caim e façamos força para que o Abel sobrevivaem todos nós para sempre.Assim, nem de leve esgotamos o assunto. Empoucas linhas, tentamos mostrar a visão da Umbandasobre ADAM-EVA — CAIM-ABEL. Falta-nos di-54— ADAM —Princípio Espiritual; Princípio Masculino; O PAI— EVA —Princípio Natural; Princípio Feminino; A MÃECAPÍTULO Vzer que o casal mítico teve um 3º filho, poucolembrado, o qual é denominado SETH. Para que nãofique perdido, diremos que Seth seria o VERBO, que,após Caim e Abel, faria o homem reascender aosplanos mais elevados do Universo, onde se agita avida das Almas já enobrecidas pelo Amor eSabedoria.Após termos explicado o porquê do termoAdâmico, repisemos que, na Raça Adâmica, a nossahumanidade já tinha recebido os Estrangeiros, a prioride planetas mais evoluídos de nossa própria galáxia.Mais uma pergunta deve estar na mente do Filho deFé: — Como esses Seres Espirituais vieram ao nossoplaneta e por quê? Vamos à resposta:— Vieram ainda pelos processos naturaisvigentes no Homo brasiliensis, que em futuro seriachamado por outros setores de Homo hominis.Somente a passagem pelos reinos naturais era muitomais rápida, mesmo porque já tinham estagiado numplaneta que praticamente estava bem próximo dospadrões terráqueos, mas que já estava terminando suajornada evolutiva, que era o planeta Marte. Nãoestamos, com isso, dizendo que o planeta Marte é omais evoluído de nossa galáxia. Não, mas dentro desua evolução, ou seja, naquilo que havia sidodeterminado, sua coletividade havia obtido sucesso,indo habitar outros sítios do Universo. Vieramcoletividades decaídas de Vênus, Júpiter, Saturno eoutros. Entendam como "decaídos" Seres Espirituaisretardatários5, para os quais a única maneira de serem

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impulsionados na senda evolutiva seria virem comodegredados para planetas inferiores ou que estavamno início de sua jornada. Assim, aconteceu amigração desses Seres Espirituais para o planetaTerra. Nesse período da Raça Adâmica, o relevoterrestre era completamente diverso do queconhecemos na atualidade, e muitos continentes queconhecemos e hoje estão separados pelas águas,naquelas épocas, não o eram.Dissemos que no Brasil a humanidade surgiu, masnão foi somente aí que ela ficou. Com o decorrer dostempos, ocorreram migrações para outras plagas, apriori para as Américas, e depois para a Ásia e aÁfrica também. Esse processo migratório, além defísico, pois o relevo permitia, também foiimpulsionado pelas migrações espirituais. Atravésdelas, muitos Seres Espirituais deixavam de encarnarem uma sub-raça de uma Raça-Raiz para irem animarnovas correntes reencarnatórias, as quais, em outroslocais, iriam formar a nova sub-raça que estavasurgindo.Em geral, da 4a sub-raça até o início da 5a subraçaé que tínhamos o apogeu máximo da Raça-Raiz,para depois termos sua decadência ou perigeu, indoos mais adiantados constituir a 1a sub-raça da Raçasubseqüente. Neste momento, devemos conceituarque cada Raça-Raiz faz 7 sub-raças; 7 Raças-Raizfazem 1 Período Mundial; 7 Períodos fazem 1 RondaKármica, e assim por diante, até esgotar-se oesquema evolutivo do planeta Terra.Estávamos na 2a Raça-Raiz, a Raça Adâmica,lembrando que a 1a foi a Pré-Adâmica. Após 7 subraças,a Raça Adâmica cede vez a outra Raça, a 3aRaça-Raiz, a RAÇA LEMURIANA.Essa Raça se caracteriza pelo início dosprocessos de conscientização e aplicação das LEISDIVINAS, que desde aqueles tempos longínquoschamava-se AUM-BAN-DAN. Estamos já no meioda 4a sub-raça Lemuriana, com quase todo o planetaocupado pela humanidade, quando surgiram noplaneta estrangeiros de outra galáxia, os quais, emtempos passados, tinham orientado outros planetas denossa galáxia, muito principalmente os maisevoluídos, tais como Saturno, Júpiter, etc.Assim, num dos mundos de uma galáxia distante,sua coletividade afim tinha alcançado níveisevolutivos inimagináveis, tinham banido o "Caim"definitivamente de seus egos. Quando digo quetinham banido, digo a grande maioria, pois umaminoria retardatária ainda não o havia feito. Haviam

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tido as mesmas oportunidades que os outros, asmesmas condições, mas não tinham conseguido onível dos demais.Como a evolução não cessa, aqueles queevoluíram continuavam a evoluir, não sendo dodireito e da justiça que esperassem até umaequiparação integral de todos. Entendamos como seestivéssemos em uma imensa sala de aula, onde agrande maioria passou para níveis superiores,enquanto outros não. Nessa "escola", só temos umasala de aula, e como aqueles retardatários teriamtambém que evoluir,5. São os estrangeiros... esses Seres Espirituais...55UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaforam enviados a outra escola, e quando nelaobtivessem o aproveitamento devido, retornariam àssuas escolas afins originais, pois seus locais estariama esperá-los. Assim, desceram para o planeta Terra.Entendamos que os estrangeiros dessas Pátriasdistantes já estavam presentes na Raça Adâmica, e naLemuriana apenas vieram em maior número, e devárias galáxias.Assim, esses Seres Espirituais, em plena RaçaLemuriana, ficariam em contato com os simples, pois,perto deles, a humanidade terrestre, em sua grandemaioria, era bem simples. Digo em sua grandemaioria, pois os Filhos da Terra sempre foram emmaior número em termos de contingentes de SeresEspirituais. Muitos daqueles Seres elevados, quehavíamos chamado de Tubabaguaçus, já de há muitonão reencarnavam no planeta Terra; uns já tinhamvoltado a seus planetas de nossa própria galáxia,outros aos seus "mundos distantes" em galáxias quenão a nossa. Alguns tinham ficado no campo astraldo planeta Terra e, em conjunto com a HierarquiaCrística, ajudavam na evolução do planeta, oumelhor, de sua humanidade.Neste exato momento, queremos reafirmar quetodo o orbe terreno já estava com sua população,algumas ainda bem primitivas. Foi aqui mesmo noBARATZIL (Brasil) que surgiu o Homo brasiliensis,embora muitos pesquisadores ainda procurem naÁfrica, em especial em terras etíopes, os fósseis da 1ahumanidade. Em verdade, essas terras foram asprimeiras a serem habitadas após a América,juntamente com os atuais Egito e Sudão, além deoutras plagas africanas. Todo esse processo, comovimos, obedeceu sábios planos etnoespirituais dosPrepostosde Jesus. Ao falarmos em Prepostos de

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Jesus, lembramo-nos da Hierarquia Crística e doCristo Jesus, o Qual havia, como TUTORESPIRITUAL, se responsabilizado pelo planetaTerra. A Misericórdia do Senhor Jesus albergou emSeu seio todos os Filhos errantes (estrangeiros) doUniverso que estariam vibratoriamente afins aoplaneta Terra.Assim, entendemos que muitas arestas tinhamsido aparadas na Raça Lemuriana, e que é no finaldessa Raça que surgem os grandes MAGOS, queeram conhecedores profundos das Leis que regem amecânica do Micro e do Macrocosmo, e sobre elespodiam interagir. Mantinham contato direto com seussuperiores. Eles mesmos tinham poderes que, emrelação aos demais, eram supranormais. Assim,extinguia-se a Raça Lemuriana, abrindo passagempara a RAÇA ATLANTE, a qual seria poderosa porsua sabedoria e grandes feitos cósmicos. Mas, pormotivos vários, dentre os quais citaremos ainterferência de Seres Espirituais de baixa estirpe,foram os atlantes se perdendo em mesquinhos ecomezinhos desejos, os quais logo começaram aexaltar a vaidade, o egoísmo, a inveja, oautoritarismo e muito principalmente o magismocomo Força Negra para atacar e subjugar seus iguaisem condições de menor poder. Houve verdadeirasGUERRAS NEGRAS, em que o ódio e o sanguevarriam templos que possuíam um passado glorioso esagrado. As reações não se fizeram demorar, sob aforma de grandes catástrofes, hecatombes sem fim.Era a própria Terra que, como força de reação,tentava expulsar seus "marginais", já que eles haviamtrazido um clima de ódio e vingança, e ativado"marginais cósmicos" de todas as partes. Tinhamtambém manipulado de forma agressiva e inferior osvários reinos da Natureza, e com eles os SeresEspirituais que estagiavam nos sítios da Natureza,acarretando-lhes um karma pesado e negro, fazendoosencarnar já com pesados débitos, devido a grandesdelitos em que foram veículos de seusmanipuladores. Nesta altura, o Filho de Fé deve estarentendendo como deve ter ficado nosso planeta emnível de matéria astral e mesmo mental. Saturou-sede elementos perigosíssimos, que trouxeramgravíssimos danos ao Organismo Astral, e daí asgrandes moléstias, algumas perseverando até hoje emnossa humanidade.Assim, o planeta viu cair por terra a portentosaRaça Atlante, a qual não soube manter-se acima dosdesejos inferiores e belicosos de outros seres que

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faziam parte também de nossa humanidade. Foi umaEra onde o egoísmo e o personalismo substituíram acooperação e a fraternidade. Claro que isso aconteceucom a maioria, mas uma minoria ainda guardava as"Tradições dos Tempos de Ouro", e foram esses quevelaram a TRADIÇÃO OCULTA. Foi nessa épocaque as Ciências foram ocultadas, a Tradiçãodeturpada e que as cisões se iniciaram. E realmente oBabelismo, a verdadeira TORRE DE BABEL.56CAPÍTULO VHouve muita confusão, iniciando-se uma inversãodos valores morais-espirituais, mágicos, kabalísticos,etc.Mas uma minoria ainda guardava e velava aTradição, consubstanciada na Raça Vermelha, naRaça Negra e na Raça Amarela. Velariam pelosprocessos da Síntese Religiosa, Científica,Filosófica, Artística, etc. Velariam pela própria LeiDivina. Velariam por AUMBANDAN — o conjuntodas LEIS DIVINAS.Nesses convulsionamentos, a Hierarquia Crísticasempre enviava seus Emissários, na expectativa debanir a ignorância e o ódio, incrementando a Luz daSabedoria e do Amor.No ocaso da Raça Atlante, arrasada pelospróprios atos desmesurados, surge a RAÇA ARIANA,como a possível restauradora da Tradição Oculta quese esvaíra. E grande no Astral a expectativa por essa5ª Raça Raiz, a expectativa de reaver à humanidade adignidade perdida. Surgem as raças de epidermeclara. Temos nessa época os vermelhos em menosnúmero, os negros em decadência quase completa eos amarelos, que seriam o equilíbrio, parecendoamedrontados, reagindo sempre agressivamente.Mas no Egito, na Índia, na própria Europa e naAmérica surgem os Grandes Patriarcas; não nosesqueçamos que Prepostos de Jesus fixaram seusFundamentos, como RAMA, como KRISHNA, comoPITÁGORAS, como JETRO, como MOISÉS, comoDANIEL, todos eles preparando, como realmenteprepararam, o advento do próprio MESTRE JESUS, oQual, com Seu sangue, viria redimir essahumanidade ingrata.Em capítulos futuros nos ateremos maisdevidamente ao que ora falamos apenassuperficialmente, mas como o Filho de Fé podeperceber, aí está o motivo para tantos desencontros,tantas guerras e sofrimentos em nossa humanidadeatual.

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Mas o tempo já passou, é hora de reconstruir, evamos reconstruir. Peguemos a obra com Amor eSabedoria que reconstruiremos ceitil por ceitil, comojá nos dissera o Cristo Jesus.Após quase 2 milênios do Advento Cristão, aindase demora o homem em guerras fratricidas, emegoísmo destruidor. Fala-se em Estado, emfronteiras, mas qual o Estado que não pertence àTerra? Quais serão as fronteiras da intransigênciahumana?Não bastou a queda de impérios portentosos? Parecenosque a memória não é o forte de nossahumanidade. Ligamo-nos e sintonizamo-nos comSeres inferiores, degredados de nosso próprioplaneta, que se encontram em regiões subcrostais emverdadeiras cavernas ígneas, no que há de nefando nosubmundo astral inferior. Explicaremos em outrocapítulo esse difícil e estarrecedor quadro, em quefiguras patibulares, alienadas e desviadas das Hostesda Luz se encontram, e como estão em perfeitasimbiose com Seres iguais que se encontram aqui noplano físico denso em plena crosta e suas camadaspróximas.EVOLUÇÃO NO PLANETA TERRAFilho de Fé, antes de prosseguir raciocineserenamente no que você já leu neste capítulo.Analisou? Interpenetrou nossas palavras com a mentee o coração? Se a resposta for sim, vamos avante; sefor não, releia com calma, que seu entendimento seiluminará e dissipará suas dúvidas.Nosso planeta, esse abençoado palco de mais de 5bilhões de anos, tem presenciado um sem-número detransformações em sua morfologia e função.Lembremo-nos da PANGÉIA: nela, temos a Terra deGondwana, ou seja, a LEMÚRIA que compreendia aAmérica do Sul, a África e a Oceania, e dentro dessaa própria Terra de Mu ou ATLÂNTIDA.Por vários motivos esses continentes, que eramunos, separaram-se, dando a configuração atual daTerra. Mas é importante entendermos que nemsempre foi assim. Para entendermos melhor osmecanismos evolutivos em nosso planeta,entendamos que ele é um geóide em sua forma, istoé, arredondado e achatado nos pólos. Nossa Terrapode ser dividida em camadas, que são:a) Atmosfera — a camada gasosa que nos envolveb) Hidrosfera — a camada líquidac) Litosfera — a camada rochosad) Biosfera — os seres vivos em nosso planeta.Interesse especial para nós terá a atmosfera e a

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litosfera. Sabemos que a atmosfera corresponde aaproximadamente uma camada de mil quilômetros,subdividida em faixas. A faixa mais próxima daTerra, a57UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaTROPOSFERA, começa com a superfície terrestre evai até uma distância de 12 km; a seguir temos aESTRATOSFERA, que compreende uma faixa quevai de 12 a 80 km; depois, temos a IONOSFERA,acima de 80 km.Sabemos que os principais elementos queconstituem nossa atmosfera são o nitrogênio e ooxigênio, numa proporção aproximada de 4:1,respectivamente, embora tenhamos também outroselementos mais raros. Atente, Filho de Fé, pois isso éessencial para o prosseguimento de nossos estudos.Assim, vimos a Terra e as camadas acima de suasuperfície. Vejamos agora as camadas que compõemnossa superfície e seu interior.A litosfera ou crosta terrestre compreende acamada externa, com a espessura aproximada de 50km. Há uma divisão, que também aceitamos, em 2subcamadas: SIAL e SIMA.SIAL — parte superior da litosfera —corresponde ao solo e subsolo — é compostade rochas graníticas e sedimentares e dosminerais sílica e alumínio, e eis o porquê dosial (silício e alumínio) — a espessuraaproximada de 15 a 25 km.SIMA — é a porção inferior da litosfera,predominando nela as rochas basálticas e osminerais silício e magnésio. Eis o porquê dosima (silício e magnésio) — temos umaespessura aproximada de 30 a 35 km.Logo abaixo da litosfera temos o magma pastoso,e no centro da Terra temos o NIFE ou Barisfera, aqual é composta de níquel e ferro, materiais que dãoimportantes efeitos eletromagnéticos para o nossoplaneta, tanto nos processos físicos como noshiperfísicos, de que a Ciência oficial por ora nemdesconfia. É interessante frisar que o raio da Terra,nas proximidades do Equador, é de aproximadamente6.300 km. Nossa Ciência terrestre, merecedora denossa mais alta estima e respeito por suas aplicaçõese mesmo deduções, afirma que a cada 30 ou 40 m deprofundidade a temperatura sobe na razão de 1°C.Em outras palavras, a 50.000 m teríamos umatemperatura de aproximadamente 1.700 a 2.000°C.Na verdade isso é válido apenas para determinadas

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profundidades, pois há lugares na subcrosta em que atemperatura é baixíssima, fenômeno esse que,porfugir completamente de nossa tarefa, não odescreveremos, mas não deixaremos de transmitir aomédium (cavalo), para que ele, dentro de sua própriaIniciação, a qual é infinita, possa entender melhorcertos fenômenos naturais, que alguns querem ligaràs "bruxarias". Não que o "cavalo" que usamos sejaprivilegiado, e só a ele daríamos a explicação do queacima expusemos; deixaremos a ele mesmo aoportunidade de revelar a quem achar de direito,dentro dos aspectos Iniciáticos, algo que nãopoderíamos escrever num livro de alcance geral.Pelo que expusemos, o Filho de Fé deve entenderque queremos nos aprofundar mais nos aspectos denossa Terra, e é claro, nos aspectos ocultos ouhiperfísicos, mas não deixaríamos de fazer aintegração entre o que é denso e o que é sutil.Nosso sistema de estudo é um geóide, ondesubiremos de 500 a 1.000 km da superfície, comotambém desceremos 6.300 km abaixo da superfíciepara melhor entendê-lo.Para facilidade de estudo, consideramos a Terracomo uma esfera onde, a partir de sua superfície,faremos 7 círculos concêntricos em sentido externo,como também faremos 7 círculos concêntricos dasuperfície para o interior da Terra. E claro que isso ébem didático, para melhor entendimento dos Filhosde Fé.Cada círculo ou esfera corresponderá a um planoonde se agitam várias Consciências — gloriosas evitoriosas, ou culpadas e derrotadas. Se por um lado aglória do Bem e da Vitória traz a humildade, a purezae a sabedoria, a culpa ou remorso dos encarceradosno Mal os encaminha para a própria falência ouderrota, embora jamais queiram admiti-las, pois paraessas Consciências das Trevas eles são os certos, eerrados são os outros.Para breve, o Filho de Fé entenderá melhor o queestamos dizendo. Voltemos aos planos da Terra.Dissemos que são concêntricos, mas na realidadepodem até coexistir numa determinada região. Eles seentrelaçam, as diferenças e fronteiras são apenasvibratórias. São e estão em freqüências dimensionaisdiferentes, mas, para fácil assimilação, entenderemoscomo regiões.Veja o gráfico explicativo na página ao lado.58CAPÍTULO VASTRAL SUPERIOR

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7a CAMADA6a CAMADA5a CAMADA4a CAMADA3a CAMADA2a CAMADA1a CAMADASUPERFÍCIEASTRAL INFERIOR7a CAMADA6a CAMADA5a CAMADA4a CAMADA3a CAMADA2a CAMADA1a CAMADAZONAS LUMINOSASSeres iluminados, isentos dasreencarnações.Cumprem missão no planetaZONA DE TRANSIÇÃOEspíritos elevados, que colaboram com a evolução deseus irmãos menores. Há também verdadeiros mundosde regeneração e transição.ZONAS FRACAMENTE ILUMINADASA maior parte dos homens que desencarnam noneta. Estão em reparação e aprendizagem paravas encarnações.Homens encarnadosZONA SUBCROSTAL SUPERIORZONA DE TRANSIÇÃOEntre Sombras e Trevas Zona dos seresrevoltadose dementados.ZONA SUBCROSTAL INFERIORZona das TrevasZona dos seres insubmissos e renitentes ostensivosà Lei Divina.Essa divisão das zonas ou camadas, fizemo-la paraque houvesse um relacionamento entre as camadasda esfera física com as da esfera hiper-física. Todosesses planos, com suas camadas, são de umadensidade peculiar da matéria. Partindo da superfícieterrestre, em que a matéria se agrega emsólidos, gasosos e etéricos, subindo paraplanos superiores, teremos a matéria maisrarefeita em densidade, surgindo assim amatéria astral e a matéria mental.Interessante que, em todos os planos ouzonas, possuímos as 2 matérias, ou seja, astral e

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mental. Somente no plano físico denso é quepossuímos as 3, ou seja, física, astral e mental. É claroque essa matéria se subdivide em 7, diminuindosua densidade e aumentando sua freqüência quandopassamos da matéria física para a astral e dessa para amental.Essas 3 qualidades de matéria-energia é quebasicamente formam ou interpenetramrespectivamente o plano físico, o plano astral e oplano mental.59UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaAssim temos:PLANO FÍSICOPLANO ASTRALPLANO MENTALNos planos-limite entre o Universo Astral e oCosmo Espiritual, temos um plano de matéria acimada mental, constituído de matéria simples, ou seja, olº aspecto da ordenação da SubstânciaEtérica, que antes do poder volitivo dasHierarquias Divinas era indiferenciada.Esse é o primeiro aspecto, pois o segundoé o da anti-matéria. É justamente nessazona limite que estão impressas, em umveículo apropriado, as primeirasimpressões que o Ser Espiritual, segundosua própria tônica eternal individual,imprimiu na descida do Reino Virginalpara o Reino Natural. É a sua fichakármica original. É o retrato espiritual doSer. Desde o primeiro instante, ela járegistrou as qualidades e debilidades doSer Espiritual que desceu, e é essaimpressão nesse "Corpo", que foichamado de Psicossomático-karmânico— nome que por ora não alteraremos,embora achemos o termo impróprio —,que qualifica qual a zona cósmica afimaos processos evolutivos de cada Ser. Emúltima análise, é o "raio X do SerEspiritual". É o exteriorizador econcretizador de que o Ser Espiritualevolui e de onde se situa perante seupróprio karma causal. Aliás, é devido aesse próprio karma causal que, comodisse, foi concretizada a sua tônica nesseveículo em forma de tendências,qualidades, consciencial, habilidades, etc.Esse veículo é como se fosse o passaporte

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que o Ser Espiritual tem para "entrar" emdeterminada zona cósmica e lá seguir a escalaevolutiva que lhe for afim. É também o modelador dosveículos subseqüentes do Ser Espiritual, os "corposou veículos" que serão imantados segundo a "cartacódigo"desse corpo psicossomático-kármico. Com omapa kármico em mãos, iniciam-se os processos deformação do lº corpo de expressão real do SerEspiritual, o "corpo ou alma do espírito". É oplasmador das Afinidades Virginais, ainda compostode substância una com certo arranjo em sua estrutura,a qual chamaremos de matéria mental. É uma espéciede "invólucro" da Individualidade. É aindividualidade plasmada. É oMATÉRIA FÍSICA DENSAMATÉRIA ETÉRICAMATÉRIA ASTRAL GROSSEIRAMATÉRIA ASTRAL SUTILMATÉRIA MENTAL GROSSEIRAMATÉRIA MENTAL SUTILCAPÍTULO Vtransdutor ou decodíficador do Psicossomáticokarmânicopara os demais corpos; tem consigo asinformações para a estrutura e constituição dosdemais veículos, sendo pois, com muita propriedade,também chamado de "Corpo Causal". O veículosubseqüente é o Corpo Mental propriamente dito, jáconstituído de matéria mental organizada, isto é,totalmente diferenciada. E a sede eletiva dapercepção-consciência e inteligência do SerEspiritual. É de ação e execução no mundo dasformas. Após citarmos esses últimos veículos,digamos que eles formam o ORGANISMOMENTAL. Após formado o organismo mental, seprepara o Ser Espiritual, com a intercessão deArquitetos do Astral, para imantar sobre si outrosveículos de suma importância para sua evolução,quer seja no plano astral, quer seja no plano físico.Vejamos pois como adquire ou imanta sobre si essesveículos. O próximo veículo é o Corpo AstralSuperior ou Puro. Esse veículo é essencialmenteplástico, dando origem à morfologia ou Formasegundo os ascendentes do organismo mental. Oprimeiro corpo astral adquirido, que irá servir dearquétipo para os futuros, chamaremos de MatrizAstral. Ele é muito ideoplastizado, ou seja, assume suaforma segundo as idéias geradas pelo organismomental. É o chamado "perispírito" por outrascorrentes evolucionistas no planeta. Constitui a sededos desejos, das emoções e da afetividade. Mais uma

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vez afirmamos que o mesmo reflete o ESTADOCONSCIENCIAL DO INDIVÍDUO. E rudimentarou sublime, segundo o estado evolutivo do SerEspiritual. O estado evolutivo do Ser Espiritual quefaz uso de um corpo astral pode determinaraparências angelicais ou bestiais nesse veículo deMATÉRIA UNA já diferenciada em matériasubatômica ou subiônica.Atua no Corpo Físico através do sistema nervosocentral e daí ao periférico ou parassimpático ousimpático. Seu posicionamento em relação ao corpofísico é o de circundá-lo, em sentido horário ou antihorário.Segundo o Ser Espiritual seja masculino oufeminino, respectivamente. Sua posição fundamentalé à esquerda do corpo físico, ligeiramente inclinado,obedecendo em geral o eixo inclinado de 23,5°. Estáinclinado ao corpo físico, só desligando-se totalmenteno fenômeno da chamada morte, em vários pontoschave,sendo 3 de vital importância.O mais superior se liga através de um CORDÃOVIBRATÓRIO (campo) que emerge do CorpoAstral, inserindo-se no encéfalo e lá se repartindo emtodos os centros nervosos, tais como os sistemaslímbico, hipotalâmico, cortical, cerebelar,bulbopontino e medular. E de cor dourado-azulada. O2º cordão vibratório se engasta no precórdio, no plexocardíaco, sendo um dos responsáveis peloautomatismo do coração, independentemente dainervação parassimpática (inibidora) e simpática(ativadora). É um automatismo próprio, que provémdas freqüências do corpo astral. Em outro livro,gostaríamos de dar maiores detalhes sobre essecordão vibratório e o porquê das tão famigeradas etemidas, pela Medicina terrena, arritmias cardíacas. Eclaro que também há as arritmias do lº cordãovibratório, sendo essas chamadas de arritmiascerebrais.6 Sua cor vibratória é prateado-amarelada. O3º cordão vibratório proveniente do corpo astral seengasta no corpo físico na região do plexo sacral,onde se dicotomiza várias vezes, sendo responsávelpelos processos inferiores dos fenômenos vegetativosno indivíduo. E coordenado pelos 2 cordões jácitados, que lhes são superiores. Sua coloração évermelha com laivos amarelos. Entendemos pois queesse veículo de matéria astral tem seus tecidos desustentação e de constituição formados por unidadesmorfofisiológicas vitais; as células físicas lhes seriamcópias grosseiras. Determinados compostos deunidades vitais formam os NÚCLEOSVIBRATÓRIOS, que em outras Escolas são

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chamados de CHACRAS ou RODAS. O vocábulo éde origem nheengatu — sha caá aara — (força queilumina a natureza ou poder de absorver ou emitirenergias naturais). Temos 7 mais importantes. O lº éo Coronal, que se assenta, no corpo astral, no alto dacabeça, em sua região póstero-superior, apresentandouma proeminência iluminada para mais ou paramenos, segundo o grau evolutivo do Ser Espiritual.Sua cor é branco-azulada com laivos dourados. O 2ºnúcleo vibratório é o Frontal, que se localiza naregião frontal interorbital; sua cor é amarelo-prateada.O 3º núcleo é o Cervical, que se as-6. São as tão famigeradas epilepsias ou devido a algum processo expansivo (tumor).61UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicasenta na região que intermedeia o tórax e a cabeça. Éde cor vermelho puro com laivos dourados se bemdesenvolvido, esverdeado-escuros quando se encontracom bloqueios. O 4º núcleo é o Cardíaco,assentando-se na região intermamária, ou seja, nomeio da região torácica, se fosse no corpo físico. Suacor é o verde puro, tendo laivos amarelo-dourados seestiver em atividade superior. Caso contrário, sua coré verde-escura com laivos escarlates. O 5º núcleovibratório é o Gástrico ou Solear, que se assenta naregião abdominal superior. Sua coloração é alaranjadapura, bem brilhante. Se estiver em atividade superior,é alaranjado com laivos verde-musgo; caso contrário,é alaranjado-afogueado com raios verde-escuros. O6° núcleo vibratório é o Esplênico, que se assentapróximo da região umbilical (se fosse no corpofísico). Sua coloração, em atividade superior, é azulclaracom laivos anil-brilhantes; caso contrário, éazul-escura com laivos roxos. O 7º núcleo vibratório éo Genésico, que se assenta na região hipogástrica. Suacoloração é o violeta-claro. Sua atividade superiorgera a coloração violeta com laivos dourados; casocontrário, é roxo-escuro-avermelhado com laivosacinzentados.Queremos ressaltar que cada núcleo vibratórioprincipal divide-se em 7 núcleos secundários, e essesem terciários, etc.Filho de Fé, estamos nos aprofundando em nossaconstituição astral; tenha serenidade e mantenha suaatenção, pois vamos prosseguir.Tendo constituído o corpo astral, o qualdescrevemos parcialmente, o Ser Espiritual imantasobre si outro veículo. Esse 5º veículo é deobjetivação maior para o mundo das formas densas,

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envolvendo o corpo astral puro como um recipientecristalino. Dá à Forma certa consistência. Impede quea matéria astral, que é muito plástica, soframodificação substancial em sua forma. Não permiteque a forma do corpo astral puro seja alterada.Regula suas energias básicas e metaboliza suassubstâncias, as quais exsudam sobre si dando origemao Condensador Etérico. Esse veículo é o CorpoAstral Inferior, um invólucro do corpo astralsuperior, sendo altamenteenergético, em virtude de manter o arranjo e aarquitetura do corpo astral puro. Dele parte umarranjo atômico propriamente dito, o qual constitui oCondensador Etérico ou Corpo Etérico; esse 6ºveículo é a sede transmutada de todos os processosenergéticos dos veículos superiores ao veículo físico,do qual ele faz parte integrante. É nesse CorpoEtérico que acontecem os fenômenos da absorção dePRANA7 ou metabolização intermediária do pranaastral para o prana físico. Esse corpo é umintermediário entre o físico denso e o corpo astral.Está para o corpo físico assim como o corpo astralinferior está para o corpo astral superior. Estáintimamente ligado ao corpo físico denso, sendodecomposto com ele no fenômeno da chamadamorte. O corpo etérico é composto de 7 camadas. As3 camadas mais sutis são agregadas ao corpo astralinferior, e as 4 camadas mais densas interpenetram ocorpo físico denso, estando aí o porquê de dizermosque está intimamente ligado a ele. E também umaprojeção astral e física de transformaçõesimportantes, sendo um dos principais constituintes doaura humano.8 E através dele que há umaconcretização das linhas de campo ou linhas de força,que virão a formar ou condensar a matéria astral emmatéria física propriamente dita. Os núcleosvibratórios do corpo astral puro (chacras) enviam,através dos campos vibratórios, as forças sutis daNatureza, as quais, por equivalência no corpo físicodenso, formam todo o sistema neuroendócrino.Assim, no corpo físico denso temos plexos eglândulas como órgãos equivalentes aos núcleosvibratórios do corpo astral puro. Falávamos do corpoetérico, o qual se apresenta, como realmente é, uminvólucro superior do corpo físico denso. Suacoloração, em geral, é azul-acinzentada. Estáengastado no corpo físico denso, e a partir de suasuperfície tem uma espessura de 7 a 14 cm,dependendo da vitalidade do Ser encarnado. Etambém um dos componentes do AURA TOTAL.

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Aura total é a emanação fluídico-magnética luminosaque representa a atividade e vitalidade do psicossomado Ser encarnado. Ao encerrarmos o corpo etérico,lembremos que tudo está7. Prana: Energia vital proveniente do Sol e absorvida pelos seres vivos.8. O aura humano é formado de uma parte energética externa e uma parte energética interna. A parte externa faz a conexão entre os processosenergéticos do corpo etérico e físico denso (4 camadas). A parte interna faz a conexão entre os processos energéticos do corpo etérico e o corpo astralinferior. Assim, podemos dizer aura externo e aura interno.62CAPÍTULO Vpronto para o surgimento do corpo físico denso. O 7°veículo do Ser Espiritual é o Corpo Físico Densopropriamente dito, o qual é constituído de átomosque, em combinações, formam moléculas sólidas,líquidas e gasosas. E constituído de unidadesmorfológicas e funcionais fundamentais, chamadascélulas. Essas, diferenciando-se, geram os váriostecidos, e esses geram os órgãos, os quais formarãoos vários sistemas, que em conjunto formam oorganismo físico. Nesta altura, cumpre ressaltar quenão expusemos como o Ser Espiritual imantou sobresi todos os veículos, nem como se processaram naintimidade do Ser todos esses fenômenos. Quandoem outro capítulo citarmos os elementares,explicaremos detalhadamente todos os processos dapassagem do Ser Espiritual pelos reinos mineral,vegetal e animal, embora já tenhamos faladosuperficialmente sobre isso em outros tópicos destelivro.O Ser Espiritual, com seus veículos de expressãojá constituídos, está apto para o início da jornada nomundo das formas, através do nascimento.Antecedendo o nascimento, vejamos os processospelos quais passa o Ser Espiritual que recebeu opasse do reencarne. Haveremos de entender quenenhum caso é igual ao outro. Existem semelhanças,mas igualdades nunca, nem mesmo nos gêmeosidênticos. Com isso, afirmamos que não se tem umparadigma do fenômeno do nascimento, como para amorte também não. Não há bom ou mau nascimento,nem boa ou má morte; existem simplesmente o nascere o morrer, os quais obedecem a elevados planos dejustiça da Lei Divina.Após essas considerações, é importante que oumbandista consciente tenha um razoávelconhecimento e compreensão dos porquês e dosmecanismos de ordem moral-espiritual relativos aosfenômenos do nascimento (reencarne) e da morte

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(desencarne).Tenhamos em mente que o nível consciencial dosdiversos Seres Espirituais encarnados é polivariável,e isso explica-se pelo fato de que nem todos os SeresEspirituais vieram de um mesmo locus kármico(outros planetas, galáxias, etc). Mesmo aqueles quedesceram do Reino Virginal, não vieram na mesmaépoca, podendo alguns, até, ter encarnado milharesde anos antes. É claro, pois, que tenham maioresfacilidades de aprendizado, como tenham tambémconquistado maiores riquezas espirituais, tais comosentimentos elevados e apurada sensibilidade deordem astral-espirítica. E o mesmo que observamos,por exemplo, nos bancos escolares terrenos, onde emuma sala de aulas temos alguns Seres Espirituais queaprendem facilmente as lições, enquanto outros, pormais que se esforcem, não conseguem bons níveis deaproveitamento no aprendizado.Claro está que aquele que tem maioresfacilidades seguramente, em uma ou váriasencarnações, já esteve ligado ao que atualmenteestuda, ou, em verdade, hoje apenas revê. Nãoestamos com isso tendo uma visão conformista;achamos que, se não temos as facilidades de queoutros usufruem, é porque, além de começarem antes,se auto-esforçaram e conquistaram-nas. Por isso,devemos respeitá-los e jamais invejá-los, emboradevamos seguir seus exemplos. O importante é quecomecemos, que a hora seja agora, o melhormomento é este, pois se deixarmos o momentopassar, sabe Deus quando teremos novasoportunidades?!Esperamos deixar bem claro daqui para a frenteque reencarnação é sinônimo de evolução. Nãovenhamos confundir a reencarnação, que é o Espíritoou Ser Espiritual retornar após a morte em um corpofísico novo e diferente do precedente, para seguiravante em seu processo evolutivo, com aressurreição, que pretende ser ou fazer um corpoinerte, com todas as suas células já mortas, algumasaté decompostas, voltar à vida, o que qualquer Filhode Fé que se diga umbandista sabe ser incoerente enão lógico.Após essa ligeira elucidação, o Caboclo que oraconversa com você, Filho de Fé, entende que muitose muitos Seres Espirituais que se internaram nareencarnação, através dos ditamos superiores da Lei,nem sempre fazem dela a escola, o hospital, oremédio ou mesmo a sala de estudos ou oficina detrabalho que ela deveria ser. Aí está o motivo das

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decepções, das angústias, dos dramas internos,culminando nos deslizes e retorno aos velhos hábitose erros do passado. Certo está o axioma de queninguém regride na senda evolutiva, mas seusveículos de expressão sofrem, como açãocontundente em seus tecidos, todos os desmandoscometidos, alterando-lhes a constituição edesestruturando a forma de núcleos importantes nocorpo astral, os quais só voltarão à63UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicanormalidade após o Ser Espiritual reinternar-se nascorrentes da reencarnação.Antes de reencarnar, pois esse é, em últimaanálise, o caminho evolutivo para o Ser que faliu oudelinqüiu, necessitará ele estagiar algum tempo nasregiões ou zonas do Astral que lhe sejam afins, e como auxílio e apelo de seus superiores ou responsáveispelo seu reencarne, estruturar detalhadamente afutura reencarnação. Serão rigorosamente observadosos fatores morais que fizeram o Ser Espiritual falirem sucessivas reencarnações, incorrendo nos mesmoserros. Será observado, além do karma individual doSer Espiritual, o seu karma grupai. Às vezes, paraque uma reencarnação possa ter as maiorespossibilidades de sucesso (sim, pois mesmo com tudoajustado, o Espírito, fazendo uso de seu livre-arbítriorelativo, pode vir a falhar), são observadas nãosomente a última e a penúltima reencarnação, massim várias, além dos Seres Espirituais envolvidos nodrama kármico do indivíduo reencarnante.A finalidade para quem reencarna é a reparação, oaprendizado, a aquisição de novas experiências quevenham enriquecer as faculdades nobres do SerEspiritual. Visa a reencarnação acabar com velhas erenhidas inimizades, reajustar e reparar velhosenganos, ignominiosos crimes e delitos que às vezesfirmaram no tempo escabrosas histórias de sangue esofrimento. Necessário que vítimas e algozes sereencontrem e se ajustem, olvidando-se as ofensas,destruindo-se as mágoas e o ódio e construindo-separa todo o sempre o bem maior, a afinidade, o puro everdadeiro Amor das Almas. Escrever para os Filhosde Fé é simples e fácil; agora, o Ser Espiritual colocarem prática o que apregoamos em linhas anteriores, étarefa hercúlea, dele exigindo uma grande dose dehumildade, vontade e fortaleza moral, algo que desobejo sabemos ser muito difícil, inclusive nas mais"boas criaturas" encarnadas no planeta Terra. Masnão desanime, somos herdeiros da Luz da Coroa

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Divina, trabalhemos para nos elevarmos. Iremostrabalhar; eis uma das grandes tarefas da SagradaCorrente Astral de Umbanda. Dizíamos que para oreencarne ser coroado de êxitos, claro que segundo ograu de merecimento e o grau evolutivo do Ser quevai reencarnar, os mínimos detalhes são projetados,estudados e supervisionados, sendo quena maior parte das vezes essa supervisão se estendede "Astral a Astral", ou seja, antes do reencarne,durante a reencarnação e após o desencarne. Nessaprojeção da futura reencarnação, além de uma sériede ajustes nos tecidos sutis do corpo astral, o futurocorpo físico é demoradamente estruturado segundo asnecessidades do Ser Espiritual reencarnante.Anatomia e fisiologia são exaustivamente estudadasem conjunto com o Espírito reencarnante. Suaconstituição física, a estética, o magnetismo pessoal,tudo é minuciosamente projetado para que areencarnação tenha o máximo de proveito e sucesso.Dizíamos que a beleza do Ser Espiritual, com todo oseu patrimônio magnético, na maior parte das vezesconstitui-lhe pesado fardo, mas às vezes essa beleza éaté necessária dependendo do meio em que o SerEspiritual for atuar. Servir-lhe-á de provas, comotambém, através de seu magnetismo, direcionarávários outros Seres Espirituais que de alguma formaestão a ele ligados no encadeamento do tempoespaço.Assim, também os grandes missionáriosreencarnados poderão vir ou não com umaconstituição de rara beleza. Eles, devido aos seusgrandes créditos, é que escolherão; é prerrogativadeles. O Ser Espiritual reencarnante que se encontraem evolução, sem grandes créditos, mas sem grandesdébitos perante a Lei, após ser estudado por"Técnicos Siderais da Forma", recebe a sugestãodesta ou daquela conformação física, desta oudaquela debilidade, tudo visando, é claro, equilibráloperante a Lei. Logicamente, o "mapareencarnatório", uma espécie de gráfico com dadosbásicos para o futuro Corpo Físico, de posse dosSenhores dos Tribunais Kármicos afins, terá que serseguido, pois, como já informamos, desregramentose deslizes de ordem mental, astral ou física do SerEspiritual encarnado podem, após o desencarne,trazer desequilíbrios de grande monta ao corpomental e muito principalmente ao corpo astral, o qualpoderá conter as maiores aberrações, com formasatormentadas e completamente degradadas, ou atéanimalizadas, como ainda veremos neste capítulo. Areencarnação ou várias reencarnações, dependendo

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do Ser Espiritual, é o único remédio para reequilibraros núcleos vibratórios do corpo astral, fazendo comque sua forma se refaça. Assim, o corpo físico densoservirá de "filtro kármico". Muitas doen-64CAPÍTULO Vças da face terrena têm essa explicação, e por maisque se aprimorem os abnegados cientistas daMedicina terrena, ainda não suspeitaram que estãotratando apenas de efeitos, já que a etiopatogenia éde ordem astral. É difícil entender que o própriodesequilíbrio organocelular é remédio salutar aocorpo astral, que em verdade é o que está doente.Antes de darmos seguimento aos nossos informes,deveremos entender os tipos de reencarnação. AoFilho de Fé já dissemos que nenhuma reencarnação éigual a outra, mas, para facilitarmos o entendimento,e sem afastarmo-nos da realidade, dividiremos oreencarne em:A. REENCARNAÇÃO DO SER ESPIRITUALCOM O CORPO ASTRAL ANÔMALOa. 1 — Reencarnação compulsória ou inconsciente;a. 2 — Reencarnação semi-inconsciente;a. 3 — Reencarnação consciente.B. REENCARNAÇÃO DO SER ESPIRITUALCOM O CORPO ASTRAL NECESSITANDO DE EQUILÍBRIOb. 1 — Reencarnação probatória;b. 2 — Reencarnação evolutiva.C. REENCARNAÇÃO DO SER ESPIRITUALCOM O CORPO ASTRAL SEM ANORMALIDADEc. 1 — Reencarnação voluntária;c. 2 — Reencarnação missionária.D. REENCARNAÇÃO DO SER ESPIRITUALQUE HABITA A 7a ZONA DO ASTRAL SUPERIORd. 1 — Reencarnação sacrificial.Após essa ligeira e apagada, embora real divisão,explicaremos cada uma delas.A. REENCARNAÇÃO DO SERESPIRITUAL COM O CORPOASTRAL ANÔMALOA. 1. Reencarnação compulsóriaou inconscienteConsideramos mui respeitosamente esses SeresEspirituais como se fossem doentes inconscientes queprecisam de tratamento urgente; estandoinconscientes não podem opinar se querem fazer ounão o tratamento. Nem o local em que farão o

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tratamento poderão escolher. Esses são SeresEspirituais que se encontram com a vestimenta astralcompletamente degradada, nas mais diversas formas.Foram Seres Espirituais endurecidos, que seencarceraram no mal, nunca cogitando de melhorar.Devido à insensibilidade, usaram e abusaram da Lei;uns foram até grandes pensadores, grandes cientistasou sacerdotes do culto exterior. Usurparam a muitos.Os parricidas, os genocidas, os suicidas se enquadramnessa classe. Muitos deles demoram-se no "baixomundo astral", arraigados às falanges dos "filhos dastrevas", sendo subjugados pelos mesmos. Outros sãoos próprios "filhos ou gênios das trevas", que às vezesdemoram-se milênios e milênios para saírem dainsubmissão e insubordinação às Leis Divinas,alcançando a bênção da reencarnação. E claro queninguém está condenado a penas eternas, poissomente o Bem é eterno, mas terão que galgargradativamente e subir dos abismos que criaram paraas zonas mais elevadas, por meio do sofrimento eexperimentações várias, onde em um dia gloriosoretornarão à razão e entenderão que só o Bem érealmente duradouro. Até lá, muitos e atrozespadecimentos os aguardam. Quem semeou ventos, sópoderá colher tempestades. Reencarnação em corposatormentados por doenças congênitas, tanto noâmbito das debilidades neuromentais (mongolismo,autismo e outras) como das doenças cardiovasculares(atresias, comunicações intercâmaras, transposições,etc). Deformações físicas, paralisias, cegueira, alémde muitas outras alterações os aguardam. Váriasencarnações serão necessárias para despertá-los,encarnações em que abnegados Seres Espirituais lhesemprestarão por amor a bênção da maternidade epaternidade, visando despertar-lhes a consciência.65UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaAssim, Filhos de Fé, muita atenção quando sedepararem com esses Seres Espirituais encarnados,pois às vezes seu mediunismo poderá sentir algunsabalos, devido ao grande cortejo de Seres Espirituaiscompletamente dementados ou sem corpo astral, oschamados ovóides do astral, que se ligamprofundamente, como parasitas, ao Ser Espiritualreencarnado. São também pontes para o assédio deSeres perversos das zonas abismais, isto é,subcrostais, e que ferem profundamente, de formacontundente, o aura do médium ou sensitivo, o qualdeverá munir-se de equilíbrio e suporte fluídicomagnético,através de cinturões de defesa

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vegetomagnética, com defumações ou banhos deervas purificadores e regeneradores, bem como porelevados pensamentos e conduta exemplar.Esperamos ter sido claro em expressar nossopensamento. Filhos de Fé, caminhemos avante emnossos apontamentos, sempre aprendendo ecolocando em prática o aprendizado.A.2. Reencarnação semi-inconscienteA reencarnação semi-inconsciente, segundo nossadivisão, é aquela em que o Ser Espiritual necessita serinternado não em ritmo de urgência, como o doinconsciente, mas requer às vezes os mesmoscuidados, pois se há os períodos de lucidez, há osperíodos de inconsciência, verdadeiros pesadelos parao Ser Espiritual nessa situação. Na maior parte dasvezes, já não mais se encontram em zonas ou regiõesdo submundo astral, mas sim em entrepostosavançados dos "Emissários da Luz" em plenassombras. Essas zonas são como se fossem um "Forte"para o qual muitos Seres semi-inconscientes sãolevados, recebendo socorros necessários, mas nãopodendo dispensar o ambiente vibratório do local,pois se assim fosse feito suas constituições astraissofreriam impactos terríveis, podendo agravar jádebilitadas condições. Muitas vezes estacionam, oumelhor, estagiam nesses "sítios intermediários" porvários anos. Raros conseguem, a par da dedicaçãodos mentores do sítio, melhorar rapidamente. Sepudéssemos qualificá-los através da patologiaconhecida na superfície terrena, diríamos que muitosdeles se deterioraram em sua personalidade,confundem o hoje com fatosde ontem mais ou menos distante, dependendo éclaro do grau de endurecimento do Ser Espiritual.Com isso afirmamos que os alienados em todos osseus matizes, por imprevidentes que foram, sofremsobre si mesmos os desatinos que fizeram aos outros,e é claro que acabam por ficar alheados, dementados.Há as neuroses, as psicoses, com todo seudesencadear de fatos e atos. Se no plano físico densoé doloroso observarmos. um Ser Espiritual alienado,os Filhos de Fé haverão de entender quanto é pior aoSer Espiritual que já perdeu seu corpo físico densoatravés da morte encontrar no outro lado da vidaverdadeiros martírios, verdadeira loucura.Mas não queiramos culpar a Lei, pois é ela amesma que permite hoje o sofrimento ou a dor comoum agente retificador. Com isso, poderiam os Filhosda Fé perguntar:— Mas isso nos fere a sensibilidade, temos os

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nossos corações doídos diante de tanta miséria espiritual, e ninguém os ajuda? Onde estão seus tutoresespirituais?Caboclo responde:— Filhos de Fé, todos os Seres Espirituais tutoresnão são insensíveis, e até conseguem certos créditospara seus pupilos; mas daí a intervir na própria Leivai uma distância meridiana, mesmo porque sabemos que o único remédio para suas mentes semi-adormecidas são os entrechoques do sofrimento, os quais,tenham certeza, despertarão o Ser para uma realidade maior. A Lei é justa mas nunca verduga, e simmuito misericordiosa.Passados os primeiros tempos, já melhorados emsuas constituições mentoastrais, muitos delestrabalham como auxiliares dos Guardiães Vibratóriosda zona que os acolheu. Querem fortalecer-se mais emais, e, como não poderia deixar de ser, no trabalhoem favor dos outros. Trabalharão para si mesmos,tornando-se portadores de alguns créditos, os quaislhes facilitarão o ingresso ou a internação na carne,para "início do tratamento". Se tiverem, além do male da discórdia, semeado, por mínimo que seja,simpatia e amizade, essas lhes servirão comopassaporte para o mundo das formas ou reencarne.Há casos em que esses Seres Espirituais têm acobertura direta de um grande Missionário, o qualajusta por cima e por baixo (familiares e futuros pais)o momento exato66CAPÍTULO Vdo reencarne do Ser Espiritual que sem dúvida estaráno reto caminho do soerguimento moral. Óbvio quenão deverá esperar uma reencarnação de concessõesou facilidades. Haverá de ter momentos duríssimos; adificuldade será a tônica central de sua reencarnação.Às vezes a doença insidiosa, os complexos, asmanias, a inafetividade alheia, e mesmo aincompreensão no seio familiar, são pesados fardosque terá de levar sem esmorecer. Mas, se estiverproposto a evoluir, as luzes d'Aruanda (Plano AstralSuperior), através de seus expoentes afins, lhesenviarão forças em forma de intuição, bom ânimo ealegria interior que não saberá o Ser Espiritualexplicar sua origem mas sente-as, e assim consegueevoluir, e nessa encarnação melhorará muito,melhorando outros possíveis desafetos e desventurasdo tempo ido. Assim, retorna ao plano afim de ondeveio como vitorioso. Disse que retorna ao plano deonde veio, pois não lhe bastou ficar na Terra para

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desvencilhar-se de uma série de erros e culpas; énecessário que volte às suas últimas "origens", ondeesteve e está engastado, magneticamente falando.O vitorioso, perguntará o Filho da Fé, quantotempo ainda terá de ficar nessa zona? Já vaireencarnar de novo?A pergunta é pertinente, assim, atente: Chamamo-lode vitorioso, pois conseguiu parcialmente sanar seuserros, mas não esqueçamos que isso ocorre no âmbitopessoal. Quando na carne, em sua última encarnação,se reencontrou com vários Seres Espirituais, amaioria antipáticos e inflexíveis cobradores, aosquais terá agora que ressarcir, pois ele foi um doscausadores das antipatias sobre si mesmo. Passarãoalguns anos — 10, 20, 50, 100 — até que sejapossível reestruturar, com o maior número possívelde seus credores, formas e meios para que, numafutura reencarnação, sejam quebradas para todo osempre as cadeias do ódio, da vingança e da mágoa,e possam ser estruturadas, através de lágrimas e suor,as cadeias do Bem, da harmonia e dos laçosindestrutíveis do Amor. Assim deverá seguir o cursoevolutivo daqueles que se reerguerão. Aqueles quecontinuam no erro encontrar-se-ão mais culpados, eacumpliciam-se cada vez mais perante a Lei, sendoque, se não se esforçarem para evoluir, cairão cadavez mais na inconsciência, podendo chegar nadeterioração total do corpo astral. Com o corpomental desajustado, desestruturam-se e perdem opoder coesivo as células do corpo astral, o qual sedesfaz, se transforma. É como se fosse uma "morteastral". O Ser fica em planos iguais, se é que assimposso me expressar, a Seres indiferenciados; é comose perdesse a Individualidade, em zonas jásubcrostais. Já que não puderam evoluir nasuperfície, terão que se remediar no subsolo, agrandes profundezas, distância essa maior ou menorsegundo maiores ou menores forem os desatinos doSer Espiritual. São zonas subcrostais que se formamem verdadeiras cavernas, onde muitos dormitam nasprofundezas da Terra, como vermes, outros comoofídios, batráquios, etc. Não queremos dizer com issoque são animais. Não. Degradaram tanto asconsciências que seus corpos astrais doentes, os queainda os têm, se AMOLDARAM à forma mineral,vegetal ou animal. Eis o porquê de termos nos atido aosprocessos evolucionistas da vida no planeta Terra.Quando falamos da função de alguns ExusGuardiães, explicaremos melhor essas zonassubcrostais e os Seres Espirituais a elas imantados.

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A. 3. Reencarnação conscienteA reencarnação consciente se processa quando oSer Espiritual com o corpo astral doente estáperfeitamente lúcido e consciente de sua doença edas causas dessa mesma doença, como também domedicamento-remédio para curar-se.São Seres Espirituais que, embora tenham débitosperante a Lei, são menos debilitados, e já procurammeios para melhorar, cogitando os seus enganos eilusões, como também sobre atos menos felizes quetenham praticado. A lucidez desses Seres Espirituaisfacilita-lhes o uso da memória, e com a orientação deseus "superiores", que manipulam em seus núcleosvibratórios certas zonas da memória ou arquivo vivo,podem eles ter ciência de seus erros não só na vidaprecedente mas também nas vidas passadas, sendoque esse aprofundamento no passado é feito deacordo com o grau de alcance e entendimento do SerEspiritual que passa pelos processos de regressão.Essa regressão, que alguns estudiosos terrenos jáestão investigando, é algo profundamente grave e67UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicade danos incalculáveis quando em mãos poucohabituadas nos misteres de perscrutar a Alma.Devassar a Alma não é obra para aventureiros emuito menos para satisfazer a curiosidadeconvencional terrena. Entende-se que a "regressão damemória-vida" é algo teoricamente fácil, mas isso nosplanos especializados do astral superior, e mesmoassim não são todos os Seres Espirituais que passampelo processo. É necessário que se tenha equilíbriopara melhor se conhecer, o que nesse caso é aplicadosensu lato. Nem todos podem se relembrar de tudosem enlouquecer ou entrar em correntes de profundoremorso destruidor. Tudo tem sua hora e seumomento certo, como aliás diz o ponto cantado deterreiro: "Canta, canta, minha galo, que a folha dajurema ainda não caiu"...Assim, aconselhamos aqueles que querem ajudarseus irmãos encarnados que o façam de outra maneiraque não seja a "regressão", a não ser sob a supervisãoastral direta de um "Centro de Recuperação do AstralSuperior" ou de um Mestre Astral que tenha dadoesse beneplácito ou lhes assista quando vierem afazer o processo da regressão, e mesmo assimaconselhamos total e real prudência.Mas voltando à questão central, os SeresEspirituais chamados por nós conscientes terãodeterminadas prerrogativas no "passe da

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reencarnação", bem como poderão ter acesso aoslocais onde irão se internar através dos laçosconsangüíneos terrenos. Têm a facilidade, porcréditos, de reencarnar no mesmo grupo familiar econtinuar a tarefa de resgate e regeneração. Assimvão gradativamente evoluindo e, após determinadonúmero de reencamações, que varia para cada SerEspiritual, superarão as deficiências em seu corpoastral e alcançarão novos patamares da Consciência,em planos ou zonas mais elevadas. Essa é a Lei: nemcastigo, nem prêmio, simplesmente aplicação daJustiça em sua mais alta expressão.Para finalizarmos, encontramos na correntehumana de umbanda muitos — a maior parte — dosFilhos de Fé pertencendo a esta classe. Felizmente,muitos deles estão procurando a melhora a passoslargos, e para tanto ligaram-se ao MovimentoUmbandista, onde resgatam, em expiações salutaresatravés da mediunidade, os débitos contraídos no9. Senhores da Luz: Orishas.ontem. Que Oxalá os abençoe na tarefa de libertaçãoe autoconhecimento.B. REENCARNAÇÃO DO SERESPIRITUAL COM O CORPOASTRAL NECESSITANDO DEEQUILÍBRIOB. 1. Reencarnação probatóriaAs vidas sucessivas engastadas em vários corposfísicos, no fenômeno sábio e justo da reencarnação,atendem, como vimos, a esquemas evolutivosnecessários ao Ser Espiritual.Dentro das reencamações, encontramos aquelasem que o Ser espiritual necessita redimir-se e aparararestas definitivas em seu consciencial,aperfeiçoando seus veículos de expressão, emespecial os núcleos vibratórios de seu corpo astral,que presidem a forma e a função do "Corpo dosDesejos". Para isso se processar, ainda no planoastral, o Ser Espiritual demora-se em longosaprendizados, em longas perquirições sobre as açõesdo passado, sempre orientado por sapientíssimos eexperientes Emissários dos Senhores da Luz,9 quevisam equilibrar-lhes emoções, sensações esentimentos, ajustando assim suas vestimentas dematéria astral (corpo astral). Antes de reencarnarem,são estruturadas atitudes, encontros com outros SeresEspirituais, visando a reparação e a redenção; aaparência física, doenças ou debilidades físicas epsíquicas; esta ou aquela dificuldade de ordemmaterial; acréscimos vibratórios, pois todos os que

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estão debaixo da reencarnação de provas, além detodos esses fatores previamente estruturados,recebem como acréscimo o assessoramento direto deum dos mentores do plano afim, o qual irá acobertálo,orientá-lo e, dentro do possível, responsabilizar-sepela cobertura e pelos meios para que a reencarnaçãode seu pupilo alcance o sucesso desejado. Mais umavez frisamos que citar ou comentar os meios para seobter sucesso na reencarnação é uma coisa e colocarem execução o planejado é outra. E necessário queentendamos que não há um determinismo, ou seja,nem tudo se processa como68CAPÍTULO Vfoi programado, como se o Ser Espiritual fosse umautômato ou robô. Óbvio está que o determinismopode até existir, em forma de efeitos, comodecorrência natural das ações. Também o uso total dolivre-arbítrio ou livre escolha é aquisição de SeresEspirituais enobrecidos que alcançaram planoselevados na Hierarquia Cósmica. Quanto maiselevado em relação à Hierarquia, maior será olivre-arbítrio do Ser Espiritual, sendo a recíprocaverdadeira. Com isso, afirmamos que quanto mais seautoconhece o Ser Espiritual, maior será a suavontade e, sendo senhor de sua vontade, poderádecidir o que lhe seja melhor. Mas, como vimos, issoé fruto de um profundo amadurecimento espiritual.Voltando à reencarnação de provas, a maior partedesses Seres Espirituais, quando encarnam naCorrente Humana de Umbanda, vêm como médiuns,na dita mediunidade probatória, onde lhes custaencontrar o equilíbrio, bem como também osPrincípios mais elevados da Sagrada Corrente Astralda Umbanda. Embora sejam merecedores de nossaprofunda admiração, são os que nos dão maiorestarefas no âmbito da vigilância, pois, estando emreencarnação de provas, precisarão provar para simesmos e para os Tribunais do Astral competentesque estão se regenerando e evoluindo e nem sempreconsegue-se o sucesso almejado e desejado. Mesmonão tendo anormalidades no corpo astral, necessitamde um equilíbrio em sua constituição mais sutil, quedeverá vir através das linhas de forçamentoespirituais, as quais são imantadas naconstituição astral do Ser espiritual através de suacorrente de pensamentos, a qual deverá ser a melhore mais pura possível, o que, convenhamos, não étarefa fácil para o Ser Espiritual nessas condições.Mas terá, como vimos, o suporte vibratório-moral de

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seu "protetor espiritual", no caso de ser ele médiumda Corrente Astral da Umbanda. Muitos dessescavalos, quando reencarnados aqui na Terra,esquecem os compromissos assumidos e ajustados láem cima, no plano astral, antes de encarnarem.Alguns, enleados no materialismo convencional,desviam-se completamente do proposto e até passamlonge de alguma instituição terrena tipo cabana,tenda ou terreiro de Umbanda. Conseguem isso poralgum tempo. Depois, cansados e desiludidos, seencaminham aos terreiros na ânsia de alcançaremlenitivos para suas Consciências sôfregas edesequilibradas. Em raras vezes, conseguem alinharsecom as diretrizes previamente traçadas e, na maiorparte das vezes, adiam seus compromissos para umapossível futura reencarnação. É muito tristeobservarmos a posição desses Filhos de Fé, mas...Outros, desde a tenra idade, são levados aoterreiro, ao fenômeno mediúnico, mas empolgam-see podem pôr a perder muitas Consciências. Algunsinfelizmente até conseguem, além de colocarem aspróprias Consciências como joguetes, que seprojetam ora para aqui, ora para lá. Alguns sãolevados a isso pelos entrechoques; esses, nós osescoramos, e se quiserem descambar, não osdeixamos, visto imputarmo-lhes até doenças, queapós curadas fazem-nos caminhar na linha justa domediunismo, aplicando a caridade ao próximo e a simesmo.Em nossas habituais sessões, onde "montamos ocavalo" que usamos para escrever este livreto,afirmamos que em outro local também incorporamosem outro cavalo, o qual não gostava muito dotrabalho honesto e tinha o péssimo hábito do furto.Hoje, nossa falange praticamente fica incorporadanele quase 12 horas por dia, não tendo ele tempo,depois, para qualquer outra atividade que não seja osono, o descanso. Perguntarão os Filhos de Fé: —Mas ele não trabalha? Resposta: — Trabalha sim,além das quase doze horas de trabalho espiritualdiárias, onde permitimos que receba algumas quireras(e nada mais). É o mesmo zelador do prédio ondevive; zelam pelo local sua esposa e seus filhos,enquanto ele, através de seu mediunismo, atraitambém "zeladores espirituais" (Exus de Lei),impedindo o assédio de desocupados e marginais doAstral em seu "prédio" (mediunismo). Para nós, já éuma razoável vitória. Ontem ele furtava; hoje até dáseu suor em favor dos necessitados, em sua grandemaioria credores do mesmo, de vidas passadas.

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Ah! Filhos de Fé, os bastidores do Astral de"terreiro" têm seus dramas, cenários e ajustes. Umdia, quem sabe, retornaremos mais acuradamente aoassunto...Para encerrar, afirmamos que para nossoregozijo, muitos dos Filhos de Fé, esses mesmos queestão em reencarnação probatória após várias69UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicareencarnações — pois não é em apenas uma ou duasque se consegue sair das correntes reencarnatóriasprobatórias — alcançam novos níveis conscienciais,que os habilitam a entrar em correntesreencarnatórias evolutivas. Logo que demonstremessa condição, é dado, com o aval do Tribunal doAstral de Instância Superior, o passe para a entradaem reencarnações evolutivas.B.2. Reencarnação evolutivaA reencarnação evolutiva já é uma conquista dosvários Seres Espirituais que nela se enquadram.Conquistaram-na a duras provas, pois provavelmentedevem ter passado pelas reencarnações probatórias edentro delas obtiveram o respectivo passereencarnatório.O passe reencarnatório é a autorização do Astral,ou melhor, dos Tribunais competentes, ao SerEspiritual que se encontra no plano astral e necessitadescer ou se internar no plano físico denso. Essaautorização sempre obedece a um estudo prévio doTribunal competente, o qual veta ou viabiliza opedido do passe reencarnatório, às vezes vetando porachar melhor outro momento, ou viabilizando porachar mais proveitoso o momento atual. Enfim, é decompetência de Seres Espirituais legisladores doAstral.Obtido o passe reencarnatório, são projetadas asminúcias do que concerne ao corpo mental, astral efísico.O corpo mental é acrescido em suas células deelementos ativadores, fazendo com que haja umaemissão, em freqüências altas, de linhas de forçasuperiores mentopsíquicas, as quais, no corpo astral,darão potente resistência e ativação a certos núcleosvibratórios que se consubstanciarão no corpo físicocomo um organismo salutar e magneticamente bemdotado.No corpo astral, as células de matéria astral,através de seu metabolismo ativo, formamsubstâncias de resistência aos entrechoques possíveisque esse Ser Espiritual poderá sofrer. Lembrando queseus méritos já estão neutralizando seus deméritos,

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estará ele sujeito a muitas ações contundentes, sejaele ligado ou não a qualquer corrente filorreligiosa.Sim, pois não reencarnam somente como membrosda Corrente Astral de Umbanda, muitos delesreencarnam em outras correntes que mais lhes foremafins, mas sempre se sobressairão dos demais emvirtude de seus conhecimentos e experiênciasanteriores, como também pelos laços espiríticos queos ligam com os planos ou Escolas Iniciáticas doAstral afim, através de seus Mestres ou Instrutores.Dissemos dos conhecimentos, sim, pois dentro doprocesso evolutivo desses Seres Espirituais,conhecimento e experiência se confundem. Osconhecimentos adquiridos de forma consciente sãofreqüentes e com o passar do tempo vão ficando emoutro compartimento mental, na forma inconsciente,naquilo que se firma como experiência. Todo essemecanismo faz com que esses Seres Espirituaisavancem na evolução espiritual, conseqüentementelhes advindo o progresso consciencial-moral eintelectual. Amor e Sabedoria é a Iniciação que elesse propõem a trilhar, e nisso são ajudados por seusMestres do Astral. Quando esses Seres Espirituaisencarnam, em geral vêm com uma sólida culturamoral-intelectual, fruto de experiências vividas,sentidas e bem aproveitadas. São Espíritos na fase da"maturidade espiritual". São em geral "condutores"em suas coletividades afins. A maior parte dessesSeres Espirituais tem reencarnado como cientistas,filósofos sérios, artistas de mensagens sólidas ereligiosos não de fachada, mas de coração, alma everdade.Alguns deles se encontram na Umbanda daatualidade. No Movimento Umbandista, são elesveículos de seus próprios Instrutores Astrais, osquais lhes conferem certos conhecimentos e poderespara que possam desempenhar a contento suas tarefas,as quais visam incrementar a evolução dacomunidade umbandista. São médiuns simples,honestos, cônscios de seus deveres e muito voltadosàs coisas do espiritual, em forma de evolução emudanças de conceitos simples. São veículos, dentroda Hierarquia da Corrente Astral de Umbanda, deuma Entidade Espiritual no grau de Guia ou Chefede agrupamentos ou falanges menores. Procuramevoluir o meio umbandista, e para isso criam meios,como aulas para seus médiuns, estudo das Leis queregem os fenômenos mágicos, sendo os últimos emespecial de forma bem superficial, embora seusGuias afins, em geral,

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70CAPÍTULO Vsejam profundos conhecedores da Magia, comoMagos Brancos do Astral que são.Assim, esses Seres Espirituais, os dareencarnação evolutiva, vão se credenciando a galgarnovos degraus de escala evolutiva cósmica. Ajustamseseus corpos mais sutis, suas Consciências libertasestão das paixões e das ilusões, e após 2 a 3reencarnações, já no karma evolutivo, se credenciam,após um estágio razoavelmente longo nos planosmais elevados das zonas gravitacionais karmáticasdo planeta Terra, em geral 3 a 5 séculos, areencarnarem em reencarnações missionárias ouvoluntárias dentro do seio coletivo ou comunitárioem que atuaram. Continuam no mesmo meio, nãocomo atavismo espirítico, mas querendo ajudar osretardatários de suas coletividades afins. Muitosdeles, segundo arquivos do Astral Superior, foram daRaça Atlante, reencarnando há milhares de anos,sendo que somente agora é que estão se libertando.São Seres Espirituais dignos representantes do bomânimo e da luta no auto-aperfeiçoamento, exemploque deveria ser seguido por todos, algo que nós daUmbanda necessitamos sempre em maior número,mormente nesta fase da reimplantação da Umbanda,em que OGUM tem soado seus clarins procurandodespertar e chamar todos os Seres Espirituais para sereintegrarem perante a Lei, pois para breves tempos oplaneta Terra passará por uma reavaliação. Assim, nomomento, é-nos interessante um culto simples e queatenda ao maior número de pessoas num menorespaço de tempo possível, visando prepará-los para anova mentalidade que deverá reinar no planeta Terraapós a citada reavaliação. E por tudo isso que mais emais, de 40 anos para cá, num crescente, encarnarammuitos Seres Espirituais com karma evolutivo naCorrente Humana da Umbanda. Que Oxalá os cubrade forças e poderes para, com paciência e fé,cumprirem, junto de nós, seus Guias, a tarefa quelhes foi designada.C. REENCARNAÇÃO DO SERESPIRITUAL COM O CORPOASTRAL SEM ANORMALIDADEC. 1. Reencarnação voluntáriaApós vários períodos de aprimoramento, o SerEspiritual que venceu as barreiras de si mesmo,vencendo as correntes reencarnatórias evolutivas, jáse habilita a habitar as esferas kármicas do planetaTerra em suas mais altas expressões. Está prestes a

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vencer a força gravitacional karmática do planetaTerra, ou seja, a força-necessidade que sempre oimpulsiona ao reencarne, através da qual está ligado,por fortes laços de "energia de ligação", com oplaneta Terra. Essa energia de ligação deverá servencida quando o Ser Espiritual se libertar de certos eúltimos débitos para com a lei kármica. Quando selibertar, deixando para trás seus débitos, enfraquecesea energia de ligação com os planos evolutivos doplaneta Terra, ou seja, o mesmo consegue,karmicamente falando, libertar-se; assim, poderáestagiar nas últimas camadas do plano astral superior,podendo também estagiar em outros planetas maiselevados, acrescentando-lhe experiências eaprendizados, bem como sustentáculo para futurasincursões em outros locus da Casa do Pai, seguindoassim sua jornada evolutiva em outra casa planetáriaainda de nosso sistema planetário. Alguns até podemestagiar em outro locus do Universo Astral, emsistemas diferentes do nosso.Esses Seres Espirituais, na verdade, de há muitojá são "senhores de si mesmos"; são veneráveis SeresEspirituais, batalhadores incessantes das Hostes doBem. Têm sua organização astral completamenteplástica, podendo amoldá-la segundo seus fortespensamentos, que vêm pelas linhas de força mentosuperiores.Assim, muitos deles preferem guardar a"forma-astral" em que mais evoluíram, ou, pornecessidade, ideoplastizam a forma-astral segundolhes seja mais interessante e proveitoso para a tarefaque vão desempenhar.Esses Seres Espirituais são vitoriosos de simesmos, não tendo necessidade de reencarne, a nãoser que seja a pedido da Confraria dos EspíritosAncestrais, nobre e digna Confraria ligada àsHierarquias Crísticas de nosso planeta.71UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaMesmo não tendo necessidade do reencarne,muitos deles sentem-se com laços afetivos muitofortes no orbe planetário. Entes a eles ligados desde opretérito longínquo às vezes se demoram em zonasdas sombras ou trevas, e nem por sonhos de láprocuram sair. Ao invés de evoluírem para novossítios do universo, os Seres Espirituaisvoluntariamente são internados na reencarnaçãoterrestre, visando à melhora do grupo familiar a quepertenceram. Em geral, encarnam em lares comprofundas discórdias e desequilíbrios vários, os quaisse tornam perigosíssimas pontes avançadas para

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outros parentes desencarnados, que se encontram emzonas trevosas, escravos de outros mais endurecidosnas lides do mal, ou sendo eles mesmos os Gêniosdas Trevas, que seguramente não cogitam demelhorar.Assim, quando em um lar terreno em desarmoniae desequilíbrio total reencarna um desses SeresEspirituais cuja reencarnação é voluntária, logo deinício, desde a primeira infância, começará a havermudanças radicais no seio familiar. A "criança" quereencarnou traz para si toda a atenção e uma correntede simpatia começa a se formar no próprio lar atéentão em desequilíbrio. Essa corrente de simpatiacomeça gradativamente a neutralizar as correntes deantipatia e aversão. É o Bem trabalhando sereno econfiante...Esses laços de simpatia sobre a criança recémreencarnada,na verdade, brotam da própria criançareencarnada que, através de seu poder volitivo edesprendimento, está conseguindo unir e equilibraruma família que estava à beira da falência moral, e oque é mais grave, ligando-se com Seres altamenteacumpliciados com a Lei. Com a casa-lar estandofeliz e retornando a harmonia cabe ao Ser Espiritualreencarnado (a criança reencarnada) fazer asprimeiras tentativas de ajuste para libertardefinitivamente o lar terreno da investida de SeresEspirituais filhos das sombras. Para isso, conseguereuniões de esclarecimentos, através de um contatodireto entre o Espírito das sombras e os seus entãofamiliares. Isso, é claro, é feito durante o sono. Fazcom que haja o desdobramento inconsciente dosfamiliares e na própria casa terrena traz o agente dassombras para uma queima mais direta. Apósacusações, agressões, lamentações, o Espíritoreencarnado, com o auxíliode muitos Seres Espirituais desencarnados, conseguemostrar a todos que o passado já passou e se alguémerrou, esse já pagou, que não seria justo aquele quepagou por meio de padecimentos, dores atrozes,infortúnios vários, ainda ser acusado disto ou daquiloe que perante as Leis Divinas nós todos não estamosna condição de sermos juizes de ninguém, mesmodaqueles que nos tenham ultrajado e ofendidoprofunda e violentamente. Assim, após váriosreencontros durante o sono, algo que muitos Filhosterrenos nem cogitam da existência, consegue-se osucesso desejado. Esse sucesso pode levar váriosanos, uma encarnação inteira, mas o sucesso pode seraguardado, pois só o mesmo é que vence. Aliás,

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todos vencem: o lar e o filho das sombras. Nesteinstante devemos salientar que, em geral, os filhos dasombra, inimigos até então, são aceitos pelosfamiliares que eles atacavam. Assim serão desfeitosódios, vinganças, agressões, etc, e serão construídos,com paciência e abnegação, os laços indestrutíveis daamizade e do Amor.Claro que exemplificamos apenas uma faceta,pois existem infinitas facetas, vários dramas em que,como vimos, são dirimidos grandes pesadelos dopassado, entrando-se na realidade de um sonho bom.Para terminarmos essa modalidade reencarnatória,frisemos que o Ser Espiritual que reencarnou atravésda reencarnação voluntária, além de ajudar osoerguimento moral dos familiares, resgatou um entequerido ao seu coração e conseguiu que a própriafamília recebesse o antigo algoz, transformado agoraem filho e irmão. Dá o que pensar, não é, Filho deFé? Assim, não te lastimes se no lar ou no trabalho teencontras com pessoas avessas ou mesmo que teagridam; tem a certeza de que há Espíritos que velampara o reajuste, principalmente sobre ti, que és"cavalo de terreiro". Tolera e pondera, não vásimplesmente retribuindo os ataques com a mesmamoeda. Às vezes o reajuste está em aparentementesofrer a ação da agressão e não revidar. O revidesempre é um ataque e seguramente irá desencadearuma "guerra". Afasta-se dessas idéias infelizes einferiores, pois nós, Mentores da Sagrada CorrenteAstral de Umbanda, não ensinamos o ataque ou orevide a quem quer que seja. Temos, sim, profundozelo por nossos cavalos, mas não compartilhamoscom eles nos desmandos mágicos.72CAPÍTULO VA defesa sempre é aconselhável e o médium quenão souber se defender deve perguntar ao seu Mentor,que ele lhe ensinará, dentro da Luz como encontrarmeios de defesa portentosos. Aos que sabem,aconselhamos escudos mágicos e nunca armas deação contundente, o que virá complicar o karma doFilho da Fé. Em futuro, falaremos sobre isso comminúcias.Bem, Filho da Fé, esperamos ter deixado claroque o Ser Espiritual que desce no reencarnevoluntário é um Ser já muito equilibrado e comgrandes créditos planetários, só faltava dizer que,quando atuam na Corrente Astral de Umbanda comomédiuns, são médiuns de excelentes dons, promovemgrandes doses de PRANA, com o qual vitalizam a

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todos. São médiuns que se utilizam não só damecânica da incorporação, mas muito mais daclarividência, clariaudiência e até da escrita, devido aformarem conosco perfeito complexo simbióticoastroespirítico. São profundos conhecedores dascausas e efeitos que regem cada fenômeno natural.Conhecem a fundo e de há muito o MovimentoUmbandista. São auxiliares diretos dos médiunsmissionários, com os quais já se ligam no decorrerdos milênios. Hoje em dia é muito raro encontrarmosem um mesmo Templo Umbandista médiunsevolutivos com médiuns cujo reencarne tenha sidovoluntário. Mais raro é o médium missionário com oseu auxiliar reencarnado voluntariamente. Quandoocorre, o Templo Umbandista se tornaautomaticamente o carro-chefe de todo o MovimentoUmbandista, com grandes e inadiáveisresponsabilidades. Esses nossos Filhos de Fé sãoguardados em sua cobertura por verdadeiras falanges,pois o assédio é constante e intenso. Na retaguarda háos poderosos Guardiães de Lei ou Exus Coroados,que comandam verdadeiros exércitos de Exus menosgraduados, mas a serviço da Umbanda, os quaiscombatem as investidas dos filhos das sombras eagentes das trevas em renhidas batalhas. Mas se hojeainda assim o é, amanhã será diferente. Façamos hojeo amanhã...C.2. Reencarnação missionáriaComo o próprio nome está dizendo, o SerEspiritual que reencarna nessa condição o fazdebaixo de uma séria missão, missão essa de âmbitogrupai e coletivo diante da coletividade kármica afim.Diante de sua coletividade sempre está muitoavançado em conhecimentos e sentimentos, por isso éo líder natural, embora a maioria deles assim não sequalifique, achando-se na verdade igual aos demaisdo grupo ao qual pertença. Esses Seres Espirituaissão possuidores de uma excelsa modéstia, aliás nemcogitam da soberba; agem de forma natural, seus atosnão são forçados nem estereotipados. Isso odiferencia dos demais, as suas ações são sempremuito naturais e verdadeiras. Seus ideais visam obem comum, não estão interessados na projeçãopessoal. Ao contrário, esquivam-se polidamente dequalquer movimento nesse setor. Assim como paramuitos fere o desdém alheio, para eles fere o elogioou a gratidão. Não estamos afirmando com isso quesão Seres Espirituais perfeitos. Não, não o são, masestão próximos da perfectibilidade relativa aos seusplanos afins. Quando encarnados, estão sempre em

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posição de comando vibratório e isso não é imposto.Ao contrário, os outros é que os aclamamnaturalmente e se assim não fazem, pelo menosrespeitam-nos, na certeza de estarem ouvindo a vozde um grande instrutor, embora eles, mais uma vezfrisamos, se julguem apenas iguais. A sua condutanão difere dos demais. Às vezes poderia até serdiferente, mas para evitar o "endeusamento" e afigura extrema e prejudicial do mito, agem igual aosdemais. Têm os mesmos desejos, têm os mesmosanseios, os mesmos obstáculos, as doenças às vezesos incomodam, têm dissabores, como também seuspróprios desencontros afetivos e emotivos. Mas aí éque está o valor desses missionários, pois mesmosendo iguais a todos, até nos problemas do dia-a-dia,conseguem ser instrutores dos demais. Todos sãopossuidores de um penetrante intelecto, o qual estáatenuado a fim de não ferir outros seus irmãos nãotão aquinhoados neste plano. Têm profundosconhecimentos filosóficos, os quais procuram colocarem prática. São, é claro, Seres Espirituaisexperientes, mormente nos Conceitos e Princípios daLei Divina. Com isso, afirmamos que o verdadeiromissionário não diz que o é. Falam mais alto seusexemplos do que suas palavras. Embora sejam SeresEspirituais em reencarnação missionária, com toda aassistência astral e espiritual que merecem, não estãoisentos dos entrechoques vibratórios73UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicapor correntes de pensamentos inferiores emitidas porSeres Espirituais, quer encarnados ou desencarnados,despeitados e contrariados por aquela reencarnaçãomissionária. Assim, muitos deles às vezes padecemde patologias insidiosas, muito principalmente no seusistema cardiovascular, através dos sucessivoschoquês vibratórios em seu aura e dos choquesemocionais devidos a contrariarem profundamente asações negativas que se atiram sobre eles.E claro que os mesmos têm potentíssimos meiosde se autodefender, e até de emitir certas classes deformas-pensamento coágulo-elementais, os quaisformam verdadeiro cinturão magnético de defesa eataque se necessário, numa espécie de dardovibratório magnético que contunde o atingido naforma de praticamente paralisar sua vontade e suaação. Esse artifício é muito usado pelo Ser Espiritualsuperior, quer seja ele na Umbanda um OrishaIntermediário (vide Capítulo XI) ou Guia, o qual,quando desce em compromisso ou missão às regiões

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do submundo astral, às vezes se vê obrigado a utilizaresse artifício mágico. E uso da magia astromental, aqual é movimentada pela vontade, projetando-se noalvo através da matéria astral. Alguns ExusGuardiães, Emissários da Luz para as Sombras,também usam esse artifício e outros maiscontundentes. Mas voltando ao ser Espiritual cujareencarnação é a missionária, é o mesmo detentor degrandes créditos e somente está encarnado em virtudede seus altos sentimentos de fraternidade espiritualpelos seus irmãos menos esclarecidos.Muitos deles trouxeram grandes contribuiçõespara as Ciências, visando melhorar o nível de vida doSer Humano e de sua saúde; outros mudaram atravésde sua forma de pensar a atitude de muitos, isso nocampo da filosofia; outros surgiram na política e nasciências sociais, visando a um equilíbrio maior entreos segmentos e as classes sociais; outros nas artes enos esportes, todos visando atrair as massas e comelas caminhar para novos padrões conscienciais;em suma, que a grande massa avance na senda daevolução.Em todos os setores religiosos eles têm surgido,na ânsia de incrementar o progresso e a evolução deseus confrades. Não poderia, no MovimentoUmbandista, ser diferente. Na atualidade, temos rarosdesses médiuns que chamamos de "médiuns de karmamissionário". Os conceitos que expressam em seushumildes "terreiros", "tendas" ou "cabanas", estãomuito à frente da grande massa umbandista. Seusterreiros não são em geral locais de grandes massas,atingem as massas populares através da literaturaconsciente e que tem o verdadeiro aval da Cúpula daCorrente Astral da Umbanda. Além de suas obrasserem esclarecedoras e orientadas, se pautam nosprofundos conhecimentos do mediunismo, daDoutrina Secreta de nossa Corrente, do magismo emsua mais pura essência. O médium de karmamissionário é também, dentro de seu grau, ummédium-magista, o qual sem dúvida tem a assistênciadireta de um Orisha Intermediário ou vários. Suamediunidade se prende mais aos aspectos mais sutis,tais como sensibilidade psicoastral, psicometriaastrofísica e clarividência, além de ser versado nasartes divinatórias, ou seja, ter conhecimentospositivos sobre a astrologia esotérica, quiromancia esobre a arte de movimentos, através de um sistemafixo e outro móvel, aquilo que ficou vulgarizadocomo manipular magicamente os búzios ou o maisprofundo em suas raízes, as quais veremos mais

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adiante, o OPONIFÁ — com os coquinhos dedendê.10 Na verdade, esse sacerdote, com todos osconhecimentos conquistados através de profundamaturação espiritual em várias encarnações, é querealmente recebe a outorga do Astral, nas Ordens eDireitos de Trabalho. Em outras palavras, os direitosno magismo e mediunismo foram adquiridos atravésde várias experimentações, sendo pois um direitoconquistado. As Ordens ou a Ordenação vêm naépoca certa, através de seu próprio "Guia Superior",que é um MAGO filiado à10. O OPONIFÁ é um instrumento oracular originário do Planalto Central Brasileiro, do seio da Raça Tupy, que depois substituiu o instrumentooracular e os "coquinhos" (que não eram de dendê) pelas itapossangas, tembetás e itaobymbaés colocados dentro de uma cabaça, no chamadoMbaracá. Em terras etíopes e egípcias, e depois persas, é que surgiu o dendê, e de lá veio para o Brasil. Hoje, no Brasil onde nasceu, sabemos quealguns raríssimos Filhos de Umbanda manipulam o verdadeiro oponifá com os 21 dendês em um tabuleiro especial, pois na África o mesmo já nãoexiste mais; o que restou foram alguns Sacerdotes, que conhecem uma porção de historietas, os Itanifá, mas que, em verdade, só acertam mesmo pelaintuição...74CAPÍTULO VCONFRARIA DOS MAGOS BRANCOS, o qual seresponsabiliza pelo seu adepto, que por ora seencontra encarnado. Após o desencarne, essesmédiuns retornam, após períodos variáveis, às suasEscolas de Iniciação do Astral Superior. É por tudoisso que, no passado distante e glorioso, em plenoseio da Raça Vermelha, depois estendido para aÁfrica (no Egito) e Ásia (na Índia), o Sacerdote quepossuía esse Grau de Iniciação era chamado deBABALAWO. O vocábulo baba'awô, que poralterações fonéticas e semânticas é vocalizado comobabalawo, significa PAI DO MISTÉRIO ouSACERDOTE DO MISTÉRIO. Em outro capítulo,deixaremos clara a semântica desses termos, queinfelizmente hoje perderam sua verdadeira função.Ao terminarmos, precisamos informar que essesmédiuns missionários são raríssimos. Dentre aquelesque passaram pelo planeta, citaremos o cavalo doCaboclo 7 Encruzilhadas — o Filho ZÉLIOFERNANDINO DE MORAES, o qual astralmente,não materialmente, preparou para a Umbanda deRAIZ, para a verdadeira Umbanda, o advento do PAIGUINÉ DE ANGOLA, mano de Corrente que,através de seu médium, WOODROW WILSON DAMATTA E SILVA, deu nova fisionomia para oMovimento Umbandista, levantando véus

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importantíssimos para o porvir. Suas obras levarãode 30 a 40 anos para serem totalmente assimiladaspela grande massa umbandista. Mas é inegável que,de 32 anos até hoje, os conceitos expressos peloFilho Matta e Silva fizeram e fazem Escola, sendo nomomento da literatura umbandista o que a CorrenteAstral de Umbanda recomenda para aqueles quequerem conhecer uma Umbanda sem mitos e semfantasias. De forma alguma estamos menosprezandooutros autores encarnados; a todos eles nosso carinhoe compreensão, mas no que tange ao MovimentoUmbandista, dentro de sua real pureza, o que maisalcançou, não há dúvidas, foi o Filho Matta e Silva, esó.D. REENCARNAÇÃO DO SERESPIRITUAL QUE HABITA A7a ZONA DO PLANO ASTRALSUPERIORD. 1. Reencarnação sacrificialO Corolário do Sacrifício foi o do Mestre Jesus, onosso OXALÁ da Umbanda. Quando digo o nossoOxalá, quero dizer e reafirmar que a Umbanda, emseu movimento interno e mesmo externo, é Cristã, ouseja, crê e aceita OXALÁ — OSHY — como oVERBO DIVINO, o pai de nossa humanidade, oDeus do planeta Terra, pois é o Mesmo e Sua AugustaConfraria "Tutor" de nossa casa planetária. Sobre oSENHOR JESUS ou OXALÁ e Sua Hierarquia jános ativemos, bem como em capítulos futuros Ocitaremos, mas fique bem claro que em todos osnossos humildes capítulos haverá o laurel do SenhorJesus como marco de Misericórdia e Amor, e que nósda Umbanda O amamos e O veneramos, pois jamaisolvidaremos o Seu Santo Sacrifício no Calvário comosímbolo de Redenção e de Iniciação pela VIDA plenae espiritual e como exemplo aos Filhos da Terra e aosestrangeiros, pois viram eles o próprio Deus noplaneta descer e exemplificar o trabalho, o Amor, acompreensão, o entendimento, a renúncia, ahumildade e o perdão.No tempo-espaço, vários emissários Seus, emreencarnações sacrificiais, estiveram nos 4 cantos doplaneta Terra, todos preparando o advento doCRISTO JESUS, nosso OXALÁ.O mistério solar simbolizado no Cristo Cósmiconão é privilégio dos modernos, pois surgiu naportentosa RAÇA TUPY, como conta o Tuiabaé-Cuaá — A Sabedoria Integral, que fala sobre osfeitos de YURUPARY (Ser Espiritual integrante daHierarquia Crística).

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Antecederam-no outros, tais como Arapitã eSuman ou Samany. O Cristo Cósmico tem similaresem toda a América, na África, na Ásia e na Europa.Frisemos que o mito sobre os atos e fatos do Cristoestá para ser desvelado. O que queremos deixarfirmado é que a religião de Jesus é a própria Proto-Síntese Relígio-Científica, pois seus Evangelhos nosdizem: Não vim destruir a Lei nem os profetas, mas simcumpri-los. Com isso, Ele afirma que sua doutrina não75UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicatinha nada de novo, era a mesma preconizada pelosprofetas de todos os tempos. O Cristianismo de hoje,açambarcado por alguns Filhos terrenos aindaenvoltos no poder temporal, é muito diferente doprofessado por Oxalá, o Cristo Jesus, que era omesmo de Rama, de Krishna, de Sidarta Gautama —o Buda (Iluminado), de Fo-Hi, de Pitágoras, Sócrates,Moisés e outros.Todos Eles, os Missionários de Oxalá, tiveramuma reencarnação sacrificial no planeta Terra, pois éóbvio que esses Poderosos Prepostos Diretos de Jesussomente vieram por Amor ao Mestre o Qual nosenvolve até hoje com Seu Amor Messiânico.Reencarnaram muitos Prepostos, que foram emverdade pioneiros no planeta Terra, alguns desses atéde outros sítios planetários, ou mesmo de outrossistemas solares, sujeitando-se às intempéries atuaisem que vive o planeta.A todos esses grandes Seres Espirituais devemoso progresso alcançado, pois sem Eles não teria o CristoJesus encontrado condições para Sua encarnação.Muitos desses Espíritos altamente relacionadosna Hierarquia Crística atuam em nossa CorrenteAstral de Umbanda, através do Poderoso ArcanjoGabriel, na Vibração de Orixalá; muitos tambématuam na corrente das Santas Almas do CruzeiroDivino, sob a égide de Jesus e das PoderosasVibrações do Glorioso Arcanjo Mikael. Não vamosconfundir as Santas Almas Guardiãs do CruzeiroDivino (da Doutrina do Verbo Divino) com o sentidovulgar que se emprega como "Linha das Almas". Emverdade, algumas Entidades Espirituais atuantes na"Corrente Astral de Umbanda" receberam a outorgadas "Santas Almas do Cruzeiro Divino", ou seja,receberam a outorga da ORDEM DE MIKAEL, e setornaram, através de seus próprios méritos,Poderosíssimos Emissários da Luz, da Lei e daJustiça. A Entidade Espiritual que tem a "Coroa" dasSantas Almas do Cruzeiro Divino é uma Entidade de

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Ação e Execução sobre o planeta Terra e suacoletividade afim.Com isso, esperamos ter deixado bem claro queexiste a reencarnação sacrificial, mas que a mesma éraríssima e, quando acontece, os Seres Espirituaisreencarnantes são diretamente ligados à "ConfrariaCrística" e a uma subdivisão dessa, que é a"Confraria dos Espíritos Ancestrais".Bom, Filho de Fé, após nos estendermos umpouco neste capítulo, esperamos que tenha entendidoos mecanismos e a excelsa faculdade do renascer, doreencarnar. Deve ter visto que, dependendo do SerEspiritual, terá ele um número maior ou menor dereencarnes, nesta ou naquela modalidade, segundoseu grau evolutivo. Daremos agora, em poucas linhas,como se processa para o Ser Espiritual que estádesencarnado no plano astral a tramitação e osfenômenos que antecedem o seu reencarne ounascimento na Terra. Para que fique mais claro aoFilho de Fé, entendemos que uma reencarnaçãotermina com o fenômeno da chamada morte oudesencarne, mas a personalidade do Ser Espiritualreencarnante só termina, ou melhor, só se transforma,no ato de outro reencarne e não no fenômeno damorte. Assim, atente para o esquema:Eis um ciclo da personalidade em dois planos dedensidades diferentes. Se o morrer é transformar-separa planos de matéria menos densa, renascer éincorporar elementos para planos de matéria maisdensa.Esquematizando, para facilitar:Nascimento — Faz-se com ganho de energia. Aenergia precisa ser condensada da matéria maissutil para a matéria mais densa.Morte — Faz-se com desprendimento de energia.A matéria densa se rarefaz libertando energia,que se incorpora na matéria menos densa docorpo astral.Obs. — A perda de energia é proporcionada pela perda do corpoenergético ou corpo etérico.Após esses conceitos essenciais, partamos paraum reencarne. Exemplifiquemos mui respeitosamenteum reencarne de um Ser Espiritual com karmaevolutivo.Após períodos variáveis de trabalho e estudo noplano astral correspondente, sente o Ser Espiritual anecessidade de voltar à carne. Sente-se fortalecidopara a grande viagem, da qual espera retornar com76CAPÍTULO V

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grandes bagagens, usando essas para outros vôos nasenda da evolução.É sabedor de que o "mundo das formas densas"constitui uma difícil tarefa que terá de enfrentar. Ésabedor também de que muitos vão com grandesplanos e lá por baixo, infelizmente, esquecem-se delese voltam para o plano astral derrotados oucomplicados.A priori vem a imensa vontade de recomeçar,mesmo porque se acha experiente; reviu erros dopassado e acha que, com a experiência adquirida,conseguirá amanhã o que não superou ontem.O tempo de estudo e trabalhos nobres no planoastral lhe deu muita confiança em si, pois ajudou amuitos; desceu muitas vezes ao plano terreno aindacomo Espírito; desceu mais, às regiões das sombras,viu o sofrimento, a angústia e o ódio. Observoudramas e mais dramas kármicos; discutiu com outrosiguais a sua situação em vidas passadas, seus erros,seus acertos, seus pontos vulneráveis, seus pontosfortes, suas tendências, e o porquê de todas asfacilidades ou dificuldades. Ouviu impressões eopiniões até de seus superiores no plano astral afim.Afinal, pensa ele: — Já é hora de pôr em prática oaprendido por aqui. Sinto-me fortalecido e preparadopara esse "exame" através da reencarnação.Assim, vai procurar os tutores responsáveis e pedelhespermissão para o retorno à sombra da carne. Apósalguns dias, recebe o aval do "passe reencarnatório".Imediatamente começarão os preparativos para ofuturo reencarne. Após longos dias de estudosbásicos sobre as melhores condições para o desejado,recebe o pleiteante o "mapa reencarnatório" (jácitado). Tudo pronto. Reúne-se com seus superiores,que o estimulam e o animam na certeza do sucesso.Faltando dias para o início do processo, inicia-se umaespécie de pânico no Ser Espiritual pleiteante aoreencarne. Sente-se sozinho, há o receio do fracasso,da contração de novos débitos; isso o aflige, oangustia. Seu campo mental divide-se em imagensora animadoras, ora desanimadoras. Estás prestes arenunciar e, na verdade, muitos adiam o pedido, poisquerem achar-se mais fortalecidos. Querem, oumelhor, sentem necessidade de maiores créditos emsuas fichas kármicas. Mas o do nosso caso não tevedúvida, seguiu avante, encorajado pelo seu instrutordireto e vários amigos, que aceleraram o processo.Com o crédito que possui, necessitaria encarnarnuma família em que seu maior credor já estavaencarnado há alguns anos; era o único filho de um

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casal, o qual necessitaria, por sua vez, acertar osponteiros como o nosso amigo reencarnante.Numa das noites, foram, em corpo astral, na casado casal que receberia o nosso amigo como filho.Mentores espirituais gabaritados acompanham edirigem a conversa de redenção e Amor. Os futurospais aquiescem de pronto e se comprometem a tudofazer pelo nosso amigo, bem como favorecer-lhe oreajuste com o outro filho.Neste momento de aceitação, de anuência entrepais e futuro filho, já inicia-se o processo de ligação eimantação, através das Linhas de Força de ambos ospais e do filho. Esta ligação é feita do campo mentaldos pais para o campo mental do filho. É uma ligaçãode Linhas de Força mentoastrais, as quais já dão osprimeiros impactos no corpo astral do futuroreencarnante. Nesse instante, inicia-se o processo detransformação do corpo astral e a ligação entre a mãee o futuro filho. Seus corpos mentais já estão ligadospor laços vibratórios sutilíssimos. Inicia-se assimuma metamorfose interessante no Ser que vaireencarnar: é levado para uma espécie de câmara emque há uma ligeira queda de temperatura, se é queassim posso me expressar para me tornar maisfacilmente compreensível, e aos olhos de técnicos noassunto começa a condensação do corpo astral,através de miniaturização. Essa miniaturização não éfeita para que se fique do tamanho das célulasgerminativas. É uma miniaturização para aquilo queseria como se fosse um embrião-feto. Logo após osprocessos de fecundação, em que o óvulo recebe oespermatozóide afim ao patrimônio genéticoestipulado, forma-se o ovo ou zigoto. O patrimôniogenético é previamente selecionado segundo asnecessidades do Ser reencarnante e o espermatozóidevencedor é aquele que recebeu o maior acréscimomagnético, só penetrou no óvulo em virtude desseprocesso ser como "chave—fechadura", ou seja,naquela fechadura (óvulo) só entraria mesmo a chavecerta (espermatozóide), estando aí o porquê dosoutros milhões não conseguirem vencer a barreira.Neste momento, queremos referendar o que se segue.No instante da união dos gametas masculino e77UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicafeminino, é óbvio que isso ocorre num determinadodia, ano, mês, hora, minuto e segundo, de acordo como referencial do planeta Terra. É claro que tudo issonão foi por acaso, pois nesse momento em quefalávamos, tudo no Universo se movia como sempre,

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mas a configuração planetária era uma em especial, aqual imprimiu em tudo suas qualidades oudebilidades, através das Linhas de Força, sendo que aque presidia o processo será muito importante, poisela foi um dos canais kármicos impressores no clichêdo futuro reencarnante de tudo aquilo que lhe seráafim, quer seja de positivo, quer seja de negativo. Aonascer, nascerá debaixo da mesma Linha de Força doato da fecundação, bem como seu desencarne se darádebaixo da mesma Linha de Força.Assim, vemos que ilustres e estudiosos astrólogosterrenos não conseguem palavras definitivas sobre omapa astral ou carta natal do Ser Espiritual,justamente por faltar-lhes os detalhes do mês, dia ehora da fecundação, como também não sabem qual aLinha de Força que tudo presidia. Não queremos queos Filhos de Fé venham a supervalorizar os vaticíniosastrológicos convencionais, mas entendam que tudono Universo age e interage num TODO. De total esuma importância é saber em que fase da Lua o SerEspiritual encarnado nasceu, bem como os já citadosdetalhes sobre a fecundação.Dizíamos acima que quando o zigoto prepara-separa a nidação, o Ser Espiritual já está ligado, emcorpo astral, com a mãe. Lembremos só que no ato daanuência dos pais ele já estava ligado à mentematerna. Para futuro, ou seja, nas primeiras semanasdo embrião, as Linhas de Força do corpo astral do SerEspiritual reencarnante se aprofundam na intimidadedo tubo neural e começam a presidir a ontogênese atéa fase pós-parto. Durante os nove meses que seseguem, haverá uma série de modificações noembrião-feto, as quais culminarão com o nascimento.Inicia-se para o Ser Espiritual o recomeço, a novaoportunidade, a bênção renovada. Talvez seja por issoque o Ser Espiritual reencarnante chora...A bênção do corpo físico denso, como vimos,inicia-se apenas com 2 células germinativas, isto é,células que têm, cada uma, a metade de cromossomosdo total de células somáticas. Quando unidas,formam o zigoto. As células germinativas, que eramhaplóides (metade do número de cromossomos),quando do ato da fecundação formam o zigoto, umacélula diplóide. No caso do homem, o zigoto tem 46cromossomos. Esse número é constante para aespécie, só havendo alterações nas ditas patologiascromossômicas (47, 45, 49, etc). A disposições doscromossomos, bem como seu tamanho e número,formam o CARIÓTIPO, o qual "personaliza" aespécie.

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Mas o que queremos expressar e os Filhos de Fétambém já devem ter pensado é o seguinte: comopodem apenas 2 células diferentes dar origem atrilhões de células, sendo muitos milhões delasdiferentes em forma e função umas das outras?E, caro Filho de Fé, neste capítulo, que é o maislongo, quando falamos da evolução dos Seres vivos,passamos por todas as fases do desenvolvimento, oqual é chamado filogênese. Em verdade, a ontogêneseimita a filogênese. A passagem do Ser Espiritualpelos reinos mineral, vegetal e animal, faculta-lheessa memória mentoastral que preside a formação docorpo físico denso.Com isso, afirmamos que dentro do zigoto temostodas as informações em código para o surgimentodo organismo como um todo.O sexo do Ser Espiritual no corpo físico densoquem determina é o homem, pois é ele que enviacromossomos X ou cromossomos Y. Envia um ououtro. Expliquemos:A mulher, em seu óvulo, só tem cromossomos Xe o homem tem cromossomos X ou Y.*— Se o homem enviar X, teremos o zigoto XX— Ser feminino (mulher).— Se o homem enviar Y, zigoto XY — Sermasculino (homem).Não ficaremos nos atendo em detalhes sobre asdemais funções do zigoto. Só afirmamos que omesmo é totipotente, isto é, tem informações para sedesenvolver até chegar no organismo adulto.Temos algo que gostaríamos de chamar a atençãodos Filhos de Fé que estão acompanhando nossoraciocínio: o zigoto tem 46 cromossomos, e cada* Os cromossomos determinam o sexo do indivíduo reencarnante, obedecendo, é claro, o sexo do ascendente de origem espiritual.78CAPÍTULO Vcromossomo tem milhares de genes, os quais,sintetizando proteínas, dão formação e coloração àpele, à cor dos olhos, ao tipo físico, enfim, a tudo.Mas a proteína é composta, em sua molécula, deunidades, que chamaremos aminoácidos. Osaminoácidos, para formar as proteínas, são carreadospor genes específicos (os nucleotídeos seriam asunidades básicas do código, sendo que com eles seconstrói tudo o que é vivo).Com isso, afirmamos que há um "código" ou"Alfabeto da Vida". Até nossos dias, os eminentescientistas da Biologia Molecular não conseguiramencontrar mais do que 20 aminoácidos, com os quais

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escrevem todo o misterioso processo da vida.O "Alfabeto da Vida" em verdade é composto de21 aminoácidos, sendo que o 21a , por ser muitoinstável devido a processos de isomeriadesconhecidos da Ciência oficial atual, ainda não foiidentificado. São as 21 "letras da vida". E comoletras, não podem ser alteradas em suas posições.Exemplo para o Filho de Fé: a palavra ATOR,mudando as posições de suas letras, colocando-as aocontrário, dará o vocábulo ROTA. Ou seja, asmesmas letras em posição diferentes, dão vocábulosdiferentes. O mesmo se dá com o alfabeto da vida,em que os 21 aminoácidos terão que estar numaseqüência adequada para formar certa proteína. Porexemplo: 10 aminoácidos poderão formar váriasproteínas, pois além deles dependerá a posição decada um deles. E um alfabeto qualitativo equantitativo. O alfabeto dos 21 aminoácidos, semdúvida alguma, escreve a formação da vida noplaneta Terra.Interessante notar que o Alfabeto Sagrado ouVatânico tem 21 sinais, embora queiram-lheemprestar 22.O mesmo acontece com os Princípios Filosóficosque foram velados no Tarô, o qual é composto de 78arcanos, sendo 21 os maiores e 57 os menores,embora também façam-no como 22 maiores e 56menores, fatos esses que provaremos cientificamenteem futuros capítulos.Bom, Filho de Fé, esperamos que lhe tenha sidoútil nossa dissertação sobre a reencarnação,responsabilidade, mecanismos, etc. Só faltou falaralgo sobre o reencarne frustrado. Tentemos pois.Muitos Seres Espirituais em situação moralprecária são internados na carne de formacompulsória,sem todo aquele aparato técnico que descrevemos.Não escolhem nada, muitos não querem, outrosdesejam ardentemente, e pelas suas ações nefastas emesmo pelo tônus mental, se afinizam com Seresencarnados inferiores, sem escrúpulos, infantis eirresponsáveis. Imaginem, por exemplo, umprostíbulo e nele um casal tendo apenas contatosexual. No orgasmo, é lançado na roda dareencarnação por CARCEREIROS DO ASTRAL oSer Espiritual de que estamos falando. Tão logo amulher sabe que está grávida, arruma meios deabortar, e aborta mesmo, infelizmente para oreencarnante não merecedor de maiores cuidados einfelizmente também para a pobre infeliz que faz de

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seu corpo um instrumento de trabalho. Nós, daUmbanda, acreditamos que cada um tem o direito deagir como bem quiser, mas aconselhamos que jamaisvenham a praticar o aborto. Primeiro por ferir osentimento fraterno e cristão. Segundo, por ser crimetão doloso quanto outro homicídio qualquer.Filhos de Fé que estejam nessa situação,ponderem bem. Por Amor a Oxalá, não exterminem aplanta minada e doente, mas dêem-lhe o adubo dacompreensão e da oportunidade do reencarne.Deixem as demais decorrências sob a supervisão doastral. Que Zamby de Preto Velho, Senhor daSabedoria, os abençoe. Pois bem, após o nascimentoou reencarne, há o período de vida terrena, com seusseqüenciais de acontecimentos e fatos que atendem okarma individual de cada Ser Espiritual. Assim,temos a infância, a juventude, a maturidade, a velhicee fatalmente o desencarne. Não são para todos essasfases, uns desencarnam logo no início da infância,enquanto outros somente na senilidade. Seja comocrianças, jovens ou velhos, todos desencarnam.Então, vejamos alguns detalhes do desencarne:embora nem todos desencarnem por motivo dedoenças, todos sem exceção desencarnam quandolesam estruturas nobres do organismo, podendo-sedar o ocorrido repentinamente ou de forma lenta,como é o caso das doenças crônicas. Nobrespatologistas terrenos em vão procurarão explicar amorte de forma a preencher as lacunas do coração eda mente. Não se sabe ainda as causas de muitasdoenças e muito menos o tratamento eficaz quecombata definitivamente essas causas.79UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaVimos ainda neste capítulo que a insubordinaçãoe a revolta do Ser Espiritual foram as causasgeradoras das doenças físicas, codificadas pelasLinhas de Força no ato generativo. Não estamosdizendo com isso que toda doença é kármica, mastodas provêm dos desequilíbrios da mente e docoração. Os desequilíbrios da mente e do coração, osdesvarios da Alma, refletem-se vibratoriamente nocorpo físico denso, desarmonizando as unidades davida. Essas, por sua vez, alteram suas vibraçõespeculiares, alterando suas funções específicas,levando à desarmonia o órgão, o sistema e, porúltimo, o organismo todo. Mas voltemos às alteraçõesvibratórias celulares, as quais alteram suas funçõesdiferenciadas, em vários graus, podendo culminarcom a total indiferenciação. Em verdade, a célula

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perde sua identidade e controle, torna-se alienada,proliferando-se desordenadamente, levando aeconomia física ao caos total; é o chamado câncer, asneoplasias malignas tão bem conhecidas pelospatologistas.Muitos Filhos de Fé, mesmo sem serem versadosnas Ciências Médicas, devem estar lembrando dostumores não malignos. Qual a explicação que osmesmos teriam, não é?Pois bem, este Caboclo tentará responder semprecisar entrar em detalhes anátomo-fisiológicoscomplexos. Atente pois:Se o câncer é o resultado da total alteração,autoritarismo e egoísmo celular, que na verdadereflete as condições psíquicas do Ser Espiritualencarnado, nos tumores benignos as células podemestar até alienadas, se tornando egoístas e já nãosolidárias, mas não invadem outros compartimentosque não são seus afins. Ou seja, numa neoplasiamaligna, o câncer, ou as células cancerosas, setornam ditadoras de todas as províncias orgânicas.Subjugam os "governos provinciários" e, poracharem-se melhores que os demais, querem realizara função para a qual não estavam habilitadas e paraisso se reproduzem de forma ostensiva e abusiva, masmesmo assim não conseguem cumprir as funções queas originais cumpriam. Não satisfeitas, comvoracidade atacam outros domínios. Mas tudo emvão, pois em verdade já não se prestam nem maispara a função que primitivamente desempenhavam,quanto mais para outras funções que não estavam enão estão habilitadas.Nessa situação, as células ficam como que"deprimidas", e nessas depressões se "suicidam"(autólise ou autofagia) em massa, levando consigo aeconomia orgânica à falência completa, advindo amorte em total alienação. Nas neoplasias benignas, ascélulas dão conta de seus desvarios, e após algumperíodo retornam à linha justa.Bom, Filho de Fé, demos o exemplo de um casoextremo em que a Medicina terrena, não obstante suaincansável e indômita luta, ainda não conseguiudebelar o câncer, sendo esse, em todas as formas, umgrande flagelo para a humanidade.O câncer em verdade reflete a desarmonia docorpo mental que desestrutura a forma do corpoastral. Quando o Ser Espiritual reencarna, trazconsigo essas alterações no corpo astral, as quais sãodepuradas pelo filtro do corpo físico denso. Nemsempre isso acontece. Pode acontecer que, pela

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própria conduta, serenidade e harmonia interior, oSer Espiritual consiga reestruturar o corpo astral semprecisar sofrer os impactos desse ajuste no corpofísico em forma de doença.Não somos o mais versado para tratar da etiologiadas doenças com vinculação na Alma e, mesmo queo quiséssemos, o momento pede outros caminhos eenfoques. Quem sabe em outra ocasião, em outrostempos...Mas para terminarmos as doenças, as quaisinvariavelmente culminam com o desencarne do SerEspiritual, lembre-se que:O corpo mental doente pode trazer sériosdistúrbios ao corpo físico denso, principalmente aosistema nervoso central e glândulas endócrinas e,dentre elas, em especial à hipófise.O corpo astral doente pode acarretar profundasalterações patológicas no sistema nervoso periférico(simpático e parassimpático), bem como em todo osistema cardiovascular.E claro que todas essas doenças refletir-se-ão nocorpo físico denso, bem como outras doenças, as quaistambém têm explicações. Acreditamos já terlevantado alguns véus; o amanhã está aí, chegará.Esperemos, mas trabalhemos por nossa melhora...Bem, falemos do desencarne propriamente dito,o qual ainda agride entendimentos e sentimentos namaior parte dos Seres encarnados no planeta Terra.80CAPÍTULO VNascer e morrer são fenômenos biológicos e comotal devem se processar. Do ponto de vista evolutivo,nascer é a oportunidade do recomeço, reajustando-see reajustando outros. Morrer é renovar-se para outrosplanos da Consciência e da Vida. Em verdade nadamorre, tudo se transforma. E, Filho de Fé, nadamorre. A morte é uma ilusão e nunca a totalaniquilação. Morrer é muito simples, é ato simplíssimocomo fenômeno natural, é o post-mortem que devechamar atenção. Sabemos que a morte chocaconsciências, traumatiza e torna-se dramática. E omáximo de carga emotiva que uma pessoa podesuportar, quando vê um ente querido seu em umaurna; parece ser o fim. Aí o engano, é um granderecomeço. Embora muitos Filhos de Fé aceitem amorte, dela têm medo. Mas por que medo?Sabes, Filho de Fé, quantas vezes já nasceste emorreste e quantas ainda haverás de fazê-lo? Nãoimporta, o medo em geral é devido às outras"mortes" e aos choques que enfrentaste: temes hoje

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por não saberes o que enfrentarás amanhã.Bom, não tenhamos medo de nós mesmos, poisem verdade, após a morte, estaremos frente a frentecom nossa Consciência, seremos juizes de nósmesmos. Encontraremos amigos ou inimigos,segundo nossos gostos pessoais quando estivemosencarnados. Encontraremos um ambiente fraterno ouhostil, segundo nossa própria escolha quando aindanos demorávamos na carne. Planos superiores são omérito para os Seres Espirituais vitoriosos; planosinferiores, o local afim aos Seres Espirituais que nãocriaram condições de méritos e só destruíram,criando para si zonas de sofrimento, sombras,tristezas e revoltas. Tenham certeza que de vocêsdependerá a melhor ou pior situação no "mundo dosmortos", digo, dos "mais vivos".O Ser Espiritual encarnado, ao desencarnar, sofresobre si uma série de fenômenos, dependendo é clarodo seu grau evolutivo. Aqueles que são merecedoresde uma assessoria, logo após o desencarnepermanecem num certo entorpecimento, sendo quealguns, após minutos ou horas, já se encontramcompletamente lúcidos e presenciam as últimastécnicas de desligamento do corpo astral do corpofísico.O primeiro cordão vibratório a ser rompido é oque se engasta no precórdio, fazendo com que ocorpo etérico se desprenda parcialmente do corpofísico denso, retirando alguma energia, a qual étransformada, por processos muito sutis, em energiaastral.Após aproximadamente 8 horas, o segundocordão, ou seja, o que se engasta na região do plexosacral, é rompido. Com este rompimento, começam aesvair-se as energias mantenedoras das célulasviscerais, as quais permaneciam ainda vivas.Por volta de 16 a 20 horas após o desencarne,com o corpo astral não necessitamos estar presentesno local onde se encontra o corpo físico denso, érompido o terceiro e último cordão vibratório, o qualestava ligado ao cérebro, encerrando definitivamentea odisséia do Ser Espiritual no corpo físico que lheserviu de veículo evolutivo. Parte do Corpo Etérico,apenas o córtex ou "casca", ficou aderido ao corpoastral, o qual se desprenderá após 72 horas,retornando ao local onde encontra o corpo físicodenso, já em fases iniciais de decomposição doselementos sólidos, líquidos, gasosos, etc. (Vide pág.82.)Demos com isso um pequeno exemplo de um

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desencarne, o mesmo assistido pelo astral, pois o Serdesencarnado era merecedor dessa assistência. Nãocreia que tudo se processa assim; as variações sãoinfinitas, atendendo à individualidade de cada SerEspiritual.E errônea a idéia que muitos têm, emborarespeitemo-la, de que o Espírito fica "vagando noespaço". Em verdade ninguém fica "vagando" nosentido de não fazer nada. Algo de bom ou de ruimestará fazendo, sempre é claro norteado por suasafinidades vibratórias, as quais caracterizam seu grauevolutivo.Assim é que todo Ser Espiritual desencarnado,independentemente de seu grau evolutivo, antes deser encaminhado para sua zona astral afim,permanece naquilo que chamaremos TÚNEL DETRIAGEM VIBRATÓRIA. É uma zona astral, umadimensão diferente, mas bem próxima da superfícieterrestre. Zona vastíssima, que é delimitada porfronteiras vibratórias, tal qual os países da Terra.Nada mais justo para aqueles que voltaram ao "outrolado da vida" não estando acostumados com osplanos do astral afim. Essa região é penumbrosa, masdentro dela há verdadeiros entrepostos do plano astralsuperior; fora desses entrepostos é que existe todotipo81UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicade Entidade. Cada Ser Espiritual tem um aura, comocaracterística individual psicoastral e, assimidentificado, é logo atraído para seu entreposto afimainda nesse Túnel de Triagem Vibratória.Imaginemos que o Ser Espiritual vibrasse em seuaura a coloração amarelo-clara; é óbvio que seriaatraído para o entreposto dos que têm a coloração doaura amarelo. Lá chegando, os técnicos em exame deaura observamque o aura está impregna' do.Haverá necessidade de umadesimpregnação antes de ser enviadoao seu plano afim no astral superior. Otempo que ficará dependerá daimpregnação do Ser Espiritual eenquanto lá ficar trabalhará segundosuas afinidades e habilidades na "casa"que lhe serve de moradia, de refúgiodas intempéries externas e de hospital,o qual sanará suas impregnações.Nesse Túnel de TriagemVibratória há verdadeiros "postos" e

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"guardiães" que encaminham muitosSeres Espirituais imprevidentes,viciados, egoístas, grandesmalfeitores, facínoras, para as zonasmais densas e mais pesadas em plenoastral inferior, com suas cavernas eabismos.Descreveremos o Túnel deTriagem Vibratória em detalhes nocapítulo que trata do Exu Guardião,Senhor dessa zona e Guardião dosplanos condenados, onde há asvivências grosseiras dos Seres que sechafurdaram na imprudência, nosvícios, na luxúria, no ódio e noutrastantas aberrações conscienciais.Bom, Filho de Fé, poderíamoscontinuar o nosso diálogo, masdeixaremos a você o mérito daassimilação dos conceitos aquiexpostos, na expectativa de que osmesmos possam lhe trazer uma visãoclara e mais real da necessidade doCiclo da Vida, da Evolução, do Nascimento e daMorte.Descanse, Filho de Fé, estarei ao seu lado, bomânimo sempre. Estamos acertando a rota, renove avontade e o entendimento que Caboclo vai fazer"soar o clarim" e desse soará em ritmo bemaltissonante — BARATZIL — a Terra das Estrelas.Vamos a ele...82O Brasil, Pátria da Luz — A Tradição Esotérica sobre oBrasil — Baratzil, o Solo mais Velho do Planeta —Surgimento da 1a Humanidade — Missão do Brasil —O Brasil do 3° Milênio — Ressurgimento da Luz Cósmica— Predestinação do Brasil83

á aproximadamente 5 bilhões de anos, um fragmento se desprende das camadas ou porções externas denosso Sol. Esse fragmento ou bólido entra em determinada órbita em obediência à Mecânica Celeste,iniciando, assim, o mais novo planeta da família solar, a sua peregrinação cósmica. Nascia assim o planetaTerra.Após longos períodos, inicia-se no planeta Terra a moldagem e estruturação de sua forma. Sem citarmosas fases intermediárias, que se encontram esmiuçadas no capítulo V, sabemos que após longos períodos de

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abundantes precipitações cósmicas e atmosféricas, verdadeiros dilúvios, toda a crosta terrestre fica imersa,sob as águas. Após período relativamente longo, ou seja, após os dilúvios, tem início, muito lentamente, aemersão das primeiras porções de terra firme. Essa primeira porção de terra firme a emergir das águasoceânicas foi aquela onde hoje está o Planalto Central Brasileiro, sob o véu vibrado do Cruzeiro Divino.*Penetremos naqueles recuados tempos em que se iniciaria a eclosão da vida humana no planeta Terra;como só poderia ser, as primeiras raças humanas propriamente ditas surgiram em terras brasileiras, vibradascomo vimos, desde aqueles tempos, pelo símbolo cosmogônico do Cristo Jesus. Como as terras brasileirastinham sido as primeiras porções de terra firme a emergir, deveriam pois ser as primeiras a presenciar osurgimento do homem, o que de fato aconteceu. Frisemos que dissemos o surgimento das primeiras raçashumanas propriamente ditas, pois os experimentos necessários às raças pré-humanas aconteceram em outrasplagas. Na atual América do Norte, tivemos Seres que se aproximavam muito da primeira raça humana, comcaracterísticas que podem ser observadas ainda hoje em sua constituição morfológica.Após esses necessários esclarecimentos, devemos deixar claro que aqui em terras brasileiras tivemos osurgimento da augusta RAÇA VERMELHA. Muitos povos, como os egípcios, caldeus, persas e hindus,tiveram ciência desse acontecimento cósmico. A própria Sagrada Escritura hebraica, a denominada Bíblia,livro apontado de autoria de Moisés (Pentateuco), afirmava que o primeiro homem, ou seja, a primeirahumanidade planetária, havia sido "feita de barro", o qual é, como todos sabem, de cor vermelha. LivrosSagrados de todos os povos, inclusive o Popol Vuh — Livro Sagrado dos povos de língua Quiché ou Quíchua,ou mesmo do Chilam Balam — atestam a Tradição da primeira humanidade terrestre ter sido da pura RaçaVermelha. Quando afirmamos "pura" Raça Vermelha, queremos dizer que não havia amalgamação oumiscigenação com nenhuma outra raça.Assim, foi aqui no Brasil ou Baratzil que se iniciou o processo evolutivo da Raça Vermelha, cujasprimeiras sub-raças eram, em sua grande maioria, originárias do campo gravitacional kármico terrestre, ouseja, eram Seres Espirituais que, no Reino Natural, iniciaram seu processo evolutivo no planeta Terra; aquiiniciaram e aqui teriam que terminá-lo, antes de alcançar outros planos ou casas planetárias mais evoluídos.

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São esses os verdadeiros filhos terrestres. Após as primeiras sub-raças, na 4ª sub-raça propriamente dita, umaminoria que depois foi crescendo incorporou-se ao seio da Raça Vermelha. Eram Seres Espirituais degredadosde outras "Pátrias Siderais", os quais, como já vimos, tinham sido albergados e arrebanhados pela HierarquiaCrística ou pelo Governo Oculto do Planeta Terra.* Cruzeiro do Sul.85HUMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaNesse processo de degredo sideral,acompanharam os "degredados" Seres Espirituais damesma origem sideral, mas que não possuíamnenhum débito perante as Leis Superiores vigentesem suas Pátrias Siderais. Vieram para ajudá-los asuperar-se e vencer as primeiras dificuldades,principalmente no que se referia ao inóspito ambientenatural, já que tinham de há muito, em suas "PátriasSiderais" de origem, superado as intempéries dessaespécie.Assim, ao encarnar no seio da então RaçaVermelha, de pronto começaram a incrementar aevolução de seus irmãos desgarrados ou degredados,ao mesmo tempo que impulsionavam ao progressoevolutivo seus irmãos do próprio campo vibratório doplaneta Terra, os quais eram, em relação a eles, muitoinexperientes.Tudo isso, bom Filho de Fé, ocorrendo aqui naTerra do Cruzeiro, no já então futuro CoraçãoEspiritual do Mundo — o BARATZIL.No início, não foi fácil aos Seres Espirituais maiselevados encontrarem meios de fazer evoluir seusirmãos mais atrasados e inexperientes. Houve nessetempo sérios obstáculos e arestas a serem vencidas,mas no coração do Ser Espiritual "estrangeiro"vibravam os conceitos de Luz, Amor, Verdade eTradição da Lei Divina, que um dia tinham aprendidoa respeitar e amar.Foi assim que, nestas terras, foi revelado pelaprimeira vez ao homem vermelho o conceito da LeiDivina e da Divindade Suprema, os quais foram bemaceitos. O vermelho, tanto filho da Terra comoestrangeiro, vive aqui na Terra do Cruzeiro emperfeita harmonia e fiel às Leis Divinas. Foi aprimeira manifestação do RELIGARE ou retorno àsCoisas Divinas, consubstanciado a posteriori naRELIGIÃO. Foi também aqui que, desde aquelestempos, se forjou a Terra Sideral, pois SeresEspirituais de diversas procedências siderais aqui se

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entendiam e viviam em harmonia. Adiantando-nos notempo, parece-nos que hoje, também como ontem,muitos povos do próprio planeta Terra aqui no Brasilvencem diferenças e fronteiras e vivem em harmonia.Esta terra, desde seu início, parece-nos possuída evibrada de poderoso e misterioso magnetismo, queem verdade são as poderosas e magnânimas vibraçõesdo CRUZEIRO DIVINO, o qual canaliza ouconcretiza asPuras Vibrações do "Tutor Maior" do GovernoOculto de nosso planeta, o CRISTO JESUS, oVERBO DIVINO e Suas augustas Hierarquias.Após ligeira elucubração, façamos alusão aosentido místico-religioso e cosmogônico da RaçaVermelha aqui no Baratzil.Os Seres da Raça Vermelha, ajudados eorientados por nobres Seres Espirituais encarnadosem seu meio, tornavam-se possuidores de umaTradição Religiosa retratada muito principalmenteem sua Cosmogonia, a qual apontava constantementepara os "céus", já que o mesmo era meio de retornopara alguns e de subida para novos e melhores rumospara a grande maioria.Sem nos aprofundarmos, algo que faremos nocapítulo subseqüente, dizemos que o alto misticismodos Seres da Raça Vermelha era voltado aos poderesda Natureza, vistos como atributos visíveis econcretos da Divindade. Tinham um culto aos mortose ancestrais, veneravam-nos, pois tinham a idéia, queera real, de que muitos deles (os que tinhamdesencarnado) tinham retornado às suas "PátriasSiderais". Assim, organizaram o CULTO AOSANCESTRAIS, na esperança de obterem intercessõespara que, quando desencarnassem, alcançassem a"Pátria perdida". Assim surgiu o culto dos mortos, oqual se generalizou dentre vários povos, mas surgiucom a Raça Vermelha. Esperamos, em reduzidaspalavras, ter expressado o conceito de evolução ou"retorno" através do culto aos ancestrais, algo que,como já dissemos, voltaremos a falar no capítuloulterior.Assim, no âmago da Raça Vermelha, já muitopoderosa em conhecimentos e cultura religiosa, nãoraras vezes observava-se muitos deles, após suasatividades, cultuarem horas e horas os céus, numaabstração visual tão intensa que entravam em fortestranses anímicos enquanto observavam os fenômenoscelestes, aos quais emprestavam caracteres divinos.Nesse período, no planeta, observava-se, sem grandesdificuldades, muitos fenômenos físicos luminosos

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vistos ainda hoje, os quais eram comuníssimosnaqueles idos e gloriosos tempos. Não raras vezes, a"estrela cadente", ou seja, um meteoro, em seumovimento, produzia um som que foi traduzido, poronomatopéia, como TZIL. E como eram freqüentesesses fenômenos visuais e sonoros aqui na Terra doCruzeiro Divino!86CAPÍTULO VIDissemos que o som era Tzil e para representá-loou perpetuá-lo na memória, grafaram-no. A imagempictográfica ou mesmo mnemônica era a de umaCRUZ, que por assimilação era Estrela, Luz,Divindade, etc. Além desses Seres da Raça Vermelhaobservarem os fenômenos cósmicos emeteorológicos, tinham os estrangeiros, sólidosconhecimentos e uma poderosa Cosmogonia, a quallogo foi aplicada aos demais irmãos planetários,ainda dentro da própria Raça Vermelha. Assim, alémde revelarem a religião, ou seja, a aplicação das LeisDivinas, tornaram visíveis a todos, através dessamesma religião, formas e meios de se ligarem àDivindade e Seus Prepostos. Também ensinaram umidioma, uma língua polissilábica, a qual foidenominada, fazendo inclusive parte do acervo dosarquivos e das tradições do mundo astral, comoAbanheenga — A LÍNGUA DO HOMEM — APRIMEIRA LÍNGUA DO HOMEM — de ondetodos os demais idiomas de alguma forma derivaramou sofreram fortes influências. Em sentido hierático,temo-la como LÍNGUA SAGRADA DAS ALMAS.Dissemos polissilábica, profundamente melodiosa eeufônica. Confundia-se a sua harmonia com aharmonia que se desejasse das coisas. Era, emverdade, a própria VOZ de todas as coisas, animadasou inanimadas. Era grande o poder da palavra noAbanheenga; em verdade era o VERBO VIVO, oVERBO PURO SEM TEMPEROS, o VERBOMANIPULADOR, atributo extrínseco da Divindadeao homem, era o som sagrado, a primeira parte dacomunicação entre os sentimentos e desejos dasAlmas; era a concretização da abstrata Idéia. Desseidioma que depois e até hoje é velado, se derivou oNheengatu, a Língua Sagrada, a Língua Boa, nosentido de ainda conservar em seus fonemas ou sonsprincipais e elementares as características doAbanheenga. Em bom momento afirmamos que aprimeira Escrita, ou seja, a representação gráfica deidéias, fenômenos naturais, sons onomatopáicos, oumesmo o desenho (pictografia), são representações

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dos sons provenientes da língua Abanheenga e depoisNheengatu. É nesses idiomas polissilábicos queencontraremos o significado exato do vocábuloBARATZIL, grafado posteriormente como BRASIL.No sentido profano do termo, temo-lo significandoTerra das Estrelas; no sentido hierático, Terra da Luz;Guardiã da Cruz; Guardiã do Mistério da Cruz, ouTerra do Cruzeiro Divino. Analisando a composição,temos:BARA — Terra; Guardiã; Alma Sagrada ouIluminada.TZIL — Luz; Cruz; Cruzeiro Divino; Divindade.Adiante, veremos que do onomatopáico tzilsurgiram os termos TUPÃ, TEMBETÁ, TAO, etc.Assim, os demais termos que surgiram expressam ossignificados de ordem mnemônica, ideográfica eteogônica.Com o que em linhas anteriores afirmamos,observamos que o nome Baratzil não foi escolhido aoacaso, ou simplesmente por ser esta terra farta emfenômenos luminosos. Obedece sim a uma forteTradição Esotérica, já calcada nos mistérios do VerboSolar, no mistério da Cruz e no Santo Sacrifício doSenhor Jesus, o YESHUA, YSHO ou YSHVARA. Porisso tudo é que chamaram esta abençoada terra deBaratzil, justamente por observarem os céusbrasileiros e, com isso, o CRUZEIRO DIVINO.*Filho de Fé, vá guardando não só na memóriamas no entendimento esses conhecimentos e verdadesde um passado glorioso, em que se venerava a terraque tinha e tem o Símbolo ou o Signo Cosmogônicodo Redentor e Libertador de Consciência — o CristoCósmico.Até o momento falamos em Raça Vermelha, queera também o portentoso TRONCO TUPY. Assim,são sinônimos para nós os dois termos. Interessanteque o próprio vocábulo Tupy, o qual era pronunciadoligeiramente diferente, sem a apócope, hieraticamentesignifica PAI DA TERRA DAS ÁGUAS, ou seja, aRAÇA RAIZ DA VIDA NO PLANETA. Essepoderoso Tronco dividiu-se em dois povosevoluidíssimos. Os Tupy-Nambá e os Tupy-Guarany. Os Tupy-Nambá se radicaram no solo eAstral brasileiros, mantendo-se fiéis às Tradições doVerbo Divino, enquanto os Tupy-Guarany migrarampara outras plagas, inclusive pelo processo da"migração das almas", indo participar ou incorporarse* Baratzil: Terra da Luz, no sentido de Verdade Universal.87UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica

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a novos grupos reencarnatórios em outras partes daAmérica, Ásia, etc. Em capítulos futuros, veremoscomo e por que houve a cisão do Tronco Tupy, e comoa Umbanda participou e participa da reunião, noastral superior, dos Condutores dos dois grupos.E bom que fique guardado na mente do Filho deFé esse fato, pois entenderá melhor quando citarmosdeturpações, cismas e outras cisões na tormentosahistória da humanidade. Então, fica claro que foi aquino Brasil, com a Raça Vermelha, que se iniciou oprimeiro cisma, que como veremos não foi a prioritotalmente divergente e nem o mais significativo.Interessante é o fato de ter sido aqui no Brasil oinício das deturpações e da divergência doConhecimento Total, daquilo que seria futuramentechamado de Proto-Síntese Relígio-Científica. Aquipois terá de ser restaurado esse Conhecimento Total.E bom o Filho de Fé entender e guardar esse conceitoque, como vimos, expressa os altos desígnios daJustiça Cósmica. Mas voltemos àqueles áureostempos, no seio da Raça Vermelha, aqui em plenoBaratzil. Já vimos como tinham surgido os SeresEspirituais degredados de outras Pátrias Siderais,bem como os Seres Espirituais ligados ao campogravitacional kármico do planeta Terra. Sóprecisamos citar o fato importantíssimo que a maioriados Filhos da Raça Vermelha que vieram degredadosde outros locais cósmicos não eram "os maisendividados". Ao contrário, tinham maiores créditosque as futuras raças que surgiriam no planeta. Assim,eles conseguiram evoluir e fizeram com que muitosFilhos da Raça Vermelha ligados ao sistemaevolutivo do planeta Terra também evoluíssemmuito. Alcançaram naqueles tempos, evoluçãoinimaginável e inatingível nos dias atuais. Assim,vejamos o que aqui no solo e astral brasileiroaconteceu com eles.Aqui por baixo, em pleno solo brasileiro, essesdois segmentos da Raça Vermelha se uniram e foram,é claro, os Condutores intelectuais de toda a raça.No aspecto relígio-moral, tiveram na contribuiçãodos nossos nobres Seres Espirituais não degredados,mas também originários de outras Pátrias Siderais, ocorolário para as suas atuações no seio da CivilizaçãoVermelha. No astral, esses Seres Espirituaisprepararam o advento de outras raças, mesmo as decútis vermelha, tanto na Lemúria como na Atlântida,e depois da raça subseqüente, ou seja, a Ariana.Assim, o GOVERNO OCULTO DO PLANETATERRA estava já formando a CONFRARIA DOS

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ESPÍRITOS ANCESTRAIS, composta essa AugustaConfraria por Grandes Condutores da RaçaVermelha, que mantêm até hoje o comandovibratório, como também emissários representantesde todas as raças do planeta. Essa Confraria, se é queposso assim me expressar, habita a 1- Esfera doastral superior inerente ao planeta Terra.Do exposto, esperamos ter deixado claro quemuitos Seres Espirituais da Raça Vermelha voltaramàs suas Pátrias Siderais de origem, sendo que alguns,por renúncia, até hoje permanecem como membrosde comando na Confraria dos Espíritos Ancestrais.Os outros Seres Espirituais da Raça Vermelha, cujaevolução estava condicionada ao sistema vibratóriodo planeta Terra e que também tinham alcançadoinimaginável evolução através da roda dasreencarnações, também compõem a AugustaConfraria dos Espíritos Ancestrais, e muitos deles jáestão em planetas distanciados de há muito, no setorevolutivo, do planeta Terra. Mesmo assim, a par desuas jornadas em outros planetas, ainda atendem ahumanidade terrestre nos dias atuais.Os demais contingentes da Raça Vermelha quenão conseguiram evoluir naqueles áureos temposforam reencarnando em mistura com outras raças,onde também desempenharam papel importantíssimona evolução delas.Nos capítulos futuros veremos essas atuações dosSeres da Raça Vermelha em todos os demaismovimentos étnicos planetários. Com isso, realmenteafirmamos que, pela sua evolução e pelo graualcançado diante da Hierarquia Cósmica, são osSeres Espirituais da portentosa Raça Vermelha osregentes de toda a humanidade. Justamente por isso éque praticamente não têm encarnado no planetaTerra, pois os mesmos se encontram no plano astralsuperior, dirigindo ou orientando os destinos denossa humanidade, ontem e hoje.Com isso, queremos que fique claro ao Filho de Féque o Brasil (Baratzil) tem, no cenário astral emoral-espiritual, responsabilidade de altíssima88CAPÍTULO VIrelevância, a qual é reimplantar em todo o planeta asLeis Divinas e a aplicação dessa Lei em forma deAmor e Fraternidade. Dentro desse esquemaevolutivo teremos a RESTAURAÇÃO DAUMBANDA, que aqui ressurge como MOVIMENTOUMBANDISTA desde a época do redescobrimento doBrasil. Sim, a Proto-Síntese Relígio-Científica há de

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ressurgir, e será aqui, onde um dia nasceu.Aguardemos o sábio tempo com seu cicloincessante, mas até lá contribuamos com trabalho emais trabalho.Antes de encerrarmos o capítulo referente àPátria de Todos, o Miniuniverso, o Brasil, nãopoderíamos deixar de citar a época em que o mesmofoi intencionalmente redescoberto, com ainterferência da poderosa Raça Tupy no astral. Claroestá que os fenícios, antes dos espanhóis eportugueses, aqui estiveram. Mas nas Leis que regemos ciclos e os ritmos, os portugueses e espanhóis queaqui aportaram eram reencarnações de gruposfenícios, os quais vieram trazer à Pátria do Cruzeirosua contribuição. Ao aqui chegarem, encontraramvermelhos, negros e brancos vivendo em perfeita paze harmonia. E por isso que foram muito bemrecebidos. Somente muito tempo depois é que houveos desmandos, que infelizmente culminaram comatos extravagantes e insólitos, de total desequilíbrio,calcados na vaidade e no egoísmo destruidor.Nessa época é que foi mudado o nome, que atéentão era Terra de Santa Cruz, para Brasil. Quiseramos Emissários da Hierarquia Crística velar o nomeTerra de Santa Cruz, em virtude de uma ordemreligiosa ter o nome "Cordeiro Divino" e, sendo elaligada, na época, às "classes dominantes", estarcometendo ferozes atrocidades. Assim, mudando onome, não correria perigo esta Santa Terra de receberos "Filhos do Dragão" vestidos de Cordeiro, e queaqui poderiam se instalar. Foi um estratagema dosAltos Mentores do plano astral superior a mudançado nome. Em verdade, não trocaram, apenascolocaram um sinônimo, um nome vibrado e sagrado,mas que para os profanos ficou sendo devido àabundância da madeira chamada pau-brasil. É óbvioque o sinônimo era, é e será BARATZIL — a TERRADA SANTA CRUZ, a TERRA DO CRUZEIRODIVINO, etc...Assim, Filho de Fé, vai você começando aentender melhor o alto senso de Justiça das LeisCósmicas, bem como os desígnios da Terra doCruzeiro, orientados diretamente pelos mensageirosde Oxalá, o Cristo Jesus.Não obstante, prosseguindo em nossos estudos, oBrasil venceu várias fases, muitas das quais eramverdadeiros assédios das "Forças Negras em ação",dos magos negros de todos os tempos e de todos oslocais do cosmo. Tivemos a escravatura negra, omassacre dos mesmos e mesmo dos indígenas, e o

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detrimento de muitos outros direitos.Prosseguindo na história, ou melhor, empequenos fatos históricos, lembramos os embaraçossociopolíticos pelos quais passou e passa o povobrasileiro; em verdade, isso tudo é passageiro, a noitehá de passar, um novo dia vai raiar, e com ele umnovo BARATZIL vai surgir — a verdadeira TERRADAS ESTRELAS. Estamos trabalhando para isso ecomo falo a todos os Filhos de nossa humildeCabana, nenhum de nós veio à Terra para perder,viemos para vencer e vamos vencer. Venceremosmesmo!Muitas raças, muitos povos já passaram peloplaneta, alguns até com grandes oportunidades dereunir e remir toda a família terrena; perderam-nas,mas nós não iremos perdê-las.Somos sabedores dos grandes mananciaiseconômicos e da riqueza da Terra do Cruzeiro. Massua soberania será sem vassalos! Haverá de ser oceleiro do Universo em RIQUEZAS ESPIRITUAIS.O Baratzil será a grande potência do terceiro milênio.O milênio do clarear da NOVA ERA chegará e comele novos conceitos aflorarão no Ser humano. Nãoestá longe de termos completas inversões dos valores.Não está distante o dia em que a Ciência terrestreredescobrirá o Espírito e redescobrirá também que avida não termina com a morte. Essa será a granderevelação do terceiro milênio; o homem vencerá amorte e vencendo a morte vencerá a ilusão, evitandograndes transtornos e decepções para si mesmo nooutro lado da vida. Essa revelação, ou melhor,comprovação, ocorrerá aqui no Brasil. Então, omundo todo voltar-se-á para o Brasil e nessa "terrados simples, puros e humildes", renascerá umaNOVA HUMANIDADE, a qual lembrará e viverá osgrandes feitos da Raça Vermelha. E o Baratzilpujante,89UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicasua pujança de atividades espirituais; são chegados ostempos e o relógio universal aponta a hora doBaratzil. Abram os corações — o Brasil vai passar enele todos vão ficar. Fiquemos com o Brasil — Luzdo Mundo — Pátria de AUMBANDAN —MACAUAM — A LEI DIVINA EM AÇÃO.Sarava Oxalá — Senhor do planeta Terra.Saravá os Tubaguaçus — Senhores do Brasil.Saravá a UMBANDA* — Senhora de toda aBANDA.

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* O vocábulo sagrado AUM-BHAN-DAN (pronuncia-se OMBHANDHUM), foi grafado pelo "Caboclo 7 Espadas", para fácilassimilação, como: UMBANDA ou AUMBANDAN.90Surgimento da Umbanda ou Aumbandan — A Proto-Síntese Cósmica — A Tradição da Raça Vermelha —Conhecimento Uno — Proto-Síntese Relígio-Científica —Os 4 Pilares do Conhecimento Uno: a Religião, a Filosofia,a Ciência e a Arte91

superioridade moral-espiritual da augusta Raça Vermelha foi por nós reiteradas vezes citada. Citamo-lade forma velada, deixando nas entrelinhas... no entanto, agora iremos falar sobre ela sem véus e semalegorias...Para que fique bem firmado na mente e no coração dos Filhos de Fé, continuamos a afirmar que a Ia raçahumana propriamente dita (vide capítulo VI) surgiu aqui no BARATZIL, em seu Planalto Central. Hámilhares de anos, quando a Raça Vermelha surgiu, ela recebeu, em seu início, os Seres Espirituais ligados aocampo gravitacional do planeta Terra. A par desses Seres Espirituais, outros mais atrasados encarnaram, masem outras regiões de terra firme (após aproximadamente 1.000 anos das primeiras encarnações no Baratzil).Isso aconteceu em terras da própria América, em suas regiões Central e Norte. Bem, para que estamos dandoessas informações? É para que o Filho de Fé, na hora precisa de nossa exposição, possa entender como surgiuo AUMBANDAN e como ocorreram as deturpações que acabaram culminando com o desaparecimento dessaPROTO-SÍNTESE CÓSMICA.Quando falamos sobre a superioridade moral da pura Raça Vermelha, devemos lembrar que ficou elaainda mais fortalecida quando do encarne de Seres Espirituais de Pátrias Siderais adiantadíssimas em relaçãoao nosso esquema evolutivo.Foram os Seres Espirituais de Pátrias Siderais distantes que incrementaram, para a então Raça Vermelha,os conhecimentos plenos e puros da Lei Divina.Antes do advento desses excelsos Seres Espirituais na Raça Vermelha, a mesma já possuía uma sólidaconcepção sobre as Coisas Divinas.Alguns Seres Espirituais elevados, de grande escol, tinham já lançado algumas sementes, tanto é que eles,os da Raça Vermelha daquela época, conheciam os MISTÉRIOS SOLARES e o MESSIAS — o CRISTOCÓSMICO.

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Toda a futura TEOGONIA, bem como a pureza de suas concepções sobre as Coisas Divinas, era calcadanum inflexível MONOTEÍSMO. Para eles, desde aquela época, a Divindade Suprema era TUPÃ.Mas, em verdade, como surgiu a religião no seio da Raça Vermelha ou Tronco Tupy?Logo que os primeiros missionários começaram a encarnar em seu seio, fizeram sentir que, para religaremsecom as verdades imutáveis, com as Coisas Divinas, necessitariam entender que havia um SER SUPREMOe que o Mesmo possuía Emissários. Deveriam também entender que um de seus mais iluminados eexpressivos expoentes-emissários tinha se responsabilizado pela TUTELA ESPIRITUAL deste "novo cenáriode Vida", onde deveria ser lançada a semente da Luz Espiritual que redimiria e libertaria todos os Filhos daRaça Vermelha e outros que futuramente encarnariam neste solo de elevação e recuperação.Futuramente, muitos fariam a emigração para planos mais elevados da Vida Cósmica. Assim surgiram suaTeogonia, sua Mística de rara beleza e suas concepções sobre a Natureza física e hiperfísica. O religare, aligação do homem da Raça Vermelha com as Coisas Divinas, chamou-se AUMBANDAN. Esse vocábulotrino e Sagrado, que mais tarde se tornaria litúrgico, mágico e vibrado, foi, é e será bandeira do Amor eSabedoria Cósmica. Mas, repisando, como era a crença dos Seres Espirituais da Raça Vermelha, dos Tupy?Era uma crença calcada nos fundamentos mais puros da realidade cósmica. Até deixava de ser crença,pois era tão transparente a ligação com os Seres Espirituais do plano astral superior que todos na época,93AUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaexceto raríssimas exceções, tinham não apenas os 5sentidos hoje por nós conhecidos, como também mais2 superiores, perfazendo um total de 7 SENTIDOS.Esses 2 sentidos superiores facultavam a eles aVISÃO e a INTUIÇÃO CÓSMICAS, semnecessidade de terem adestrado ou magnetizado seuscorpos astrais. Não havia essa necessidade, pois erauma condição natural. Assim, conheciamnaturalmente outras dimensões, além das 3 que hojeconhecemos.Eram eles voltados às Coisas Divinas e às suasLeis, sendo fiéis às mesmas. Enfim, foram osprimeiros a cultuar em espírito, coração e verdade aRELIGIO VERA, a PROTO-REL1GIÃO —AUMBANDAN — que pronunciavam de forma

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explosiva, não agressiva. (OMBHANDHUM)Além de cultuar, foram os primeiros a beber desuas águas cristalinas, tanto que, em suas futurasreencarnações em outros locais do planeta, no meiodos povos semibárbaros, tinham que fazer, comofizeram, ADAPTAÇÕES, já que esses "novos" SeresEspirituais, de outros locus siderais, não tinham omesmo cabedal moral e nem eram tão creditados. Aocontrário, eram muito debilitados perante a LeiDivina.Mesmo no Baratzil, Terra do Cruzeiro Divino,embora mantivessem o máximo possível a pureza dasconcepções sobre as Coisas Divinas, os outros SeresEspirituais que vieram a posteriori não souberammanter as Tradições.Quando se deu a quebra das Tradições Cósmicasfirmadas pela Raça Vermelha? Deu-se após o planetaestar com praticamente todas as suas regiões de terrafirme já tomadas por vários povos.Os continentes e as águas oceânicas, como jávimos, não tinham as mesmas conformações que têmhoje. Naquela época já tinham florescido a RaçaLemuriana e, com o término dela, a 4a Raça Raiz, aAtlante. Interessante notar que quando nos referimosao Tronco Racial Tupy, a pura Raça Vermelha, nãoestamos nos referindo a esses Seres Espirituais quevieram a ser conhecidos como índios.Após milhares de anos, quase 1 milhão, é quesurgiram aqueles que poderíamos chamar de índios eque não eram, é claro, esses últimos remanescentesque perduram até nossos dias em várias plagas doplaneta.Aqueles que surgiram há milhares de anosguardaram alguns reais e verdadeiros conceitos deseus ancestrais, os Seres Espirituais da pura RaçaVermelha. Os que permanecem até hoje, tidos comovermelhos, são degenerações da Raça, degeneraçõesno sentido astroespirítico. Não que estejamosqualificando-os como inferiores. Ao contrário,achamo-los tão iguais quanto os demais Seresplanetários da atualidade. Esperamos ter deixadoclaro que os Seres do Tronco Tupy, daqueles áureostempos da Raça Vermelha, não tinham nem ofenótipo e nem a condição dos que habitavam oBaratzil mais ou menos 500 anos atrás. Eram sim osPUROS TUPY, um povo evoluidíssimo, cuja MísticaSagrada, a sua Religio Vera, como veremos emcapítulo posterior, se espraiou pelos 4 cantos doplaneta. Após longos períodos, que distam milêniosdaquelas épocas, surgiram as deturpações,

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interpolações, inversões de valores, cisões,desaparecimento de Tradições, etc.Importante também é que sua língua, oAbanheenga, foi modelo para praticamente todas aslínguas ainda hoje faladas em nosso planeta.Também o alfabeto que se convencionou chamar deADÂMICO ou DEVANAGÁRICO já é modificaçãodo Alfabeto Sagrado dos Tupy daqueles tempos.Trouxeram-nos esses veneráveis e abnegadosSeres Espirituais da Raça Vermelha, além da religião,a filosofia, a ciência e as artes — enfim, oAUMBANDAN.Assim, AUMBANDAN é a síntese ou reuniãoentrelaçada de todo conhecimento ou gnose humana. Enão é só desses 4 pilares do conhecimento humanoque o Aumbandan é Síntese. Ele, em verdade, estáalém dessa Síntese. Ele é a SÍNTESE DASSÍNTESES. Assim, vejamos:Se Aumbandan não é apenas a Revelação dasLeis Divinas e dos Conceitos Integrais da VerdadeiraNatureza Espiritual do Homem, o que é Ele então?Ele é o próprio elo de ligação vivo entre o que éespiritual e o que é do reino natural, ou seja, emsentido bem abrangente, é a porta, é o veículo deretomo ao cosmo espiritual e ao encontro de nossokarma causal.Mas, para Ele ser tudo isso, tem que ser SÍNTESE.Terá de ser mais do que SÍNTESE. E Ele é. Ele éa Proto-Síntese Cósmica.94CAPÍTULO VIINeste exato instante, queremos que os Filhos deFé entendam que nos referimos até o momento aoAumbandan e, é claro, que não estamos falando doMovimento Umbandista da atualidade. Falamos simdaqueles áureos tempos, dos quais temosapagadíssimas impressões, no final da já entãodecadente Raça Lemuriana e de algunsremanescentes da 4ª Raça Raiz, a Atlante. Entre osremanescentes dos atlantes, poderemos citar os povosindígenas das Américas, os egípcios, hindus, persas,mongóis e outros. Os próprios Tupy daquelas épocasjá não eram os mesmos, mas guardaram resquícios dafabulosa civilização vermelha. Retornando, porém,queremos que fique bem claro que naqueles tempossagrados, na aplicação dos Conhecimentos, não haviaMovimento Umbandista como se conhece hoje.Havia sim AUMBANDAN — O CONJUNTOSAGRADO DAS LEIS OU O CONJUNTO DASLEIS DIVINAS.

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O Movimento Umbandista é coisa da atualidade.Nada, em verdade, tem a ver com o verdadeiroAumbandan, mas pretende restaurar o verdadeiroAumbandan, ou seja, a Verdadeira Proto-SínteseCósmica. Com isso, não ficará difícil entender comoos Seres Espirituais da pura Raça Vermelha, os quaiscomandam todo o astral superior, já estão seinterpenetrando nesse Movimento Umbandista que,como vimos, visa restaurar o AUMBANDAN ouUMBANDA.Portanto, Filho de Fé, em verdade você faz partenão do AUMBANDAN, mas do MovimentoUmbandista e daquilo que ele propõe, ou seja, deseus ousados planos. Você deverá se conscientizar daresponsabilidade que o aguarda, se é que você aindanão percebeu o peso em seus ombros. Assim,esperamos que os Filhos de Fé mais interessados, emesmo os não Filhos de Fé, tenham percebido quãoousada e difícil é a tarefa do Movimento Umbandista.É bom que todos percebam que é de novo aqui noBaratzil que o Movimento Umbandista nasceu e éaqui mesmo que, das brumas do passado, doesquecimento e do obscurecimento, ressurgirá aSENHORA DOS 7 VÉUS. É, minha Mãe Sagrada eVelada, ajude-nos com Tua Bendita Luz arespeitosamente Te desvelarmos; e ao Te desvelar,que Tua Luz inunde a tudo e a todos. Dá-nos apaciência para que, aoTe desvelarmos, a potência Divina de Tua Luz nãovenha nos ofuscar ou cegar. Assim, UMBANDA,minha Mãe Sagrada, mais uma vez eu Te peço agô...Umbanda, Caboclo pede agô...Voltemos àqueles tempos gloriosos, onde nem amorte era temida, pois entendia-se que era ela umatransformação necessária para se alcançar novosrumos, novos degraus em nossa escala evolutiva.Tanto que, naqueles tempos, os processos atuaisda hoje chamada MEDIUNIDADE eramcompletamente desconhecidos, pois era algo natural,como natural era também o diálogo com os SeresEspirituais de outros planos, os planos hiperfísicos.No seio da civilização vermelha, havia SeresEspirituais que tinham uma maior aberturaconsciencial, que os fazia enxergar com maiorfacilidade as coisas mais além... De qualquer forma,todos enxergavam, e muito bem, os fenômenosextraterrestres. E por isso que, para eles, onascimento e a morte eram fenômenos naturalíssimose necessários à própria evolução do Ser Espiritualencarnado. Eram portas que os faziam alcançar novos

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planos do universo. Se estivessem em planos doastral e necessitassem evoluir, sabiam que a porta donascimento preencheria essa condição. Assim, onascimento e a morte para eles eram sagrados e,como tal, revestidos dos mais belos e puros rituais, aocontrário de hoje em dia, em que principalmente ofenômeno da morte, salvo raríssimas e honrosasexceções, é encarado como extermínio, aniquilaçãototal, sendo revestido de paixões, de choques e deprofunda dramaticidade. Claro que respeitamos a dordaquele que perde um ente querido, mas gostaríamosque após o choque, após o impacto, se entendesse quenão se perdeu nada. Quando muito, perdemostemporariamente o convívio físico, e só.Assim, quanto mais nos distanciamos da Proto-Síntese Cósmica, mais o desencarne é chocante econstrangedor, atingindo os últimos limites daresistência emocional do Ser, que se sente privado ousubtraído. Em verdade, na atualidade, a morte chocaquem morre, pois o mesmo chega ao astral que lheseja afim completamente em desequilíbrio. A mortechoca profundamente quem fica, se não houver odevido preparo para essas situações inevitáveis.Importante que mantenhamos a paz, tanto para95UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicanós como para quem deixou sua indumentária física.Acreditamos que, para o futuro, fará parte dos bonscostumes ou da educação ser bem comportado paracom o fenômeno da chamada morte.A preparação fará com que cada filho deixe dever a morte como sendo constrangedora, nãotrazendo então para si próprio sentimentos deangústia e aflição, os quais afloram à mente e aocoração quando vem a lembrança de que fatalmente,um dia, será sua vez. E por esses e outros motivosque o mediunismo teve de surgir, mas não em todos,pois os contatos que antes eram diretos já o tinhamdeixado de ser há milênios. Não houve outraalternativa, tiveram que surgir os médiuns, comoporta-vozes e veículos de Seres Espirituais. Em geralsão os médiuns aqueles que naquelas épocas remotascolaboraram para que o contato natural deixasse deexistir. Assim, estão eles, hoje, como porta abertaentre o plano astral e o plano físico. Como dissemos,não são todos os médiuns que têm essa história, masuma grande maioria a tem.Surgiram os médiuns como veículos de Espíritos,os quais procuram gradativamente e sem ostentaçãodizer a todos que a vida continua, que a morte não

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existe, que o que existe mesmo é só a vida.E se assim o fazem, é porque sabem que não estámuito distante o dia em que o próprio Ser terrenodescobrirá que a morte não existe. A própria Ciênciaoficial chegará a essa conclusão. Já pensaram se nãohouver nenhuma preparação nesse sentido? Aí estáum dos motivos pelos quais nós, do plano astral, nãotemos até agora dado provas contundentes e finaissobre a imortalidade da Alma. Os Seres terrenos nãoteriam a tranqüilidade necessária, e...Após essa nota, voltemos onde havíamos parado.Não era assim naqueles tempos gloriosos em quea portentosa Raça Vermelha, com todos seuConhecimento, era pura e tranqüila. Já dissemos que,em meio a todos, havia os que eram possuidores dosmaiores poderes, e os mesmos não eram invejadoscomo aqueles que hoje possuem uma faculdadesuperior às dos demais. Ao contrário, naquelestempos, eram eles respeitadíssimos e, sem afetação,também respeitavam seus iguais. Eram sempreaclamados por todos como CONDUTORES, comoSACERDOTES, os quais naqueles tempos eramchamadosTUBABARASHA ou BABARASHA. Eles e só elestinham condições, devido à sua própria natureza, deentrar em contato, de forma mais natural possível,com seus Mestres Espirituais do astral superior.Esses Mestres do astral superior recebiam adenominação ARASHA.Assustado, Filho de Fé? Você está pensando queCaboclo trocou ORISHA por ARASHA. Não, Filhode Fé, preste atenção que você entenderáperfeitamente nosso raciocínio.Como dissemos antes, os primeiros vocábulos doplaneta são de origem Abanheenga ou de suaprimeira ramificação, o Nheengatu. Ora, nada maisjusto pois que busquemos nos fonemas, nas sílabaseufônicas e onomatopáicas desses idiomas, ovocábulo desejado em sua mais pura raiz. É claro queo vocábulo sagrado Arasha foi anterior a Orisha. Otermo Orisha é corruptela de 3a ou 4a geração dotermo Arasha.Foram também anteriores ao termo Orisha amaioria de todos os termos litúrgicos e sagradosusados para denominar as Potências Superiores.Assim, à guisa de exemplo, o mesmo aconteceucom os vocábulos YAMANYA (YEMANJÁ), XINGU(XANGÔ) e AXALÁ ou OSHILA (OXALÁ).Resumidamente, sem entrarmos em complexasdiscussões fonossemânticas ou filológicas, vejamos as

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traduções de:ARASHAARA — LUZSHA — SENHORORISHAORI — CABEÇA, LUZSHA — SENHORVimos, pois, que o vocábulo sagrado ARASHAtem a mesma significação que Orisha — Senhor daLuz. Como o Abanheenga foi a primeira língua raiz,é justo que se diga que arasha é milhares de anosanterior ao vocábulo Orisha.Vejamos também os seguintes vocábulos sagrados:YAMANYAMÃE DAS MÃES DO MAR — MÃE DASÁGUAS — MÃE NATUREZA, etc.96CAPÍTULO VIIYE OMO EJAMÃE DOS FILHOS PEIXES — MÃE DOSFILHOS DA ÁGUA, etc.Assim, entendemos as similitudes do vocábulo.Ainda nos reportando ao vocábulo YEMANJÁ,temos:No Abanheenga — YAMANYAYA — Mãe ou NaturezaMAN — Mar, ÁguaYA — Mãe ou NaturezaHieraticamente: Mãe das Águas ou Senhora daNatureza.No Yoruba (Nagô) — YE OMO EJÁYE — Forma antiga de MãeOMO — FilhoEJÁ — PeixeHieraticamente: Mãe das Águas ou Senhora daNatureza.O mesmo acontece com o vocábulo sagradoXINGU:XINGU ou XINGÓ (Abanheenga)SENHOR DAS ALMAS — SENHOR DOFOGO ETÉRICOXANGÔ (Yoruba)SENHOR DAS ALMAS — SENHOR DOFOGO ETÉRICOPara robustecer o que falamos, queremos citarque, no idioma Quiché ou Quíchua, a Divindade querepresentava o SENHOR DA LUZ era denominadaAH RAXA. Esse termo é encontrado nos livros dacomunidade, o chamado POPOL VUH. Comovimos, a SEMELHANÇA é incrível!!!

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Tentemos agora, de forma bem simplista e comtotal transparência, explicar como surgiu o termoTUBA entre os índios atuais e BABA entre osafricanos e hindus.Em verdade, no Abanheenga ou Nheengatu, ovocábulo era TUBABA, cuja significação era MeuPai Sagrado e, posteriormente, Meu Pai. Com opassar dos tempos, houve uma apócope da sílabarepetida (simplificação do vocábulo), ficandosomente TUBA, que continua significando Pai.Em terras africanas aconteceu algo muito similarao ocorrido aqui em terras brasileiras. Por processosde facilidade de adaptação fonética, suprimiram o TUdo vocábulo TUBABA. Assim, ficaram com o termoBABA, que continua significando PAI. Em Tupy ,MÃE é YA ou CY. Em Yoruba, MÃE também é YA.Interessante, não é, Filho de Fé? Será apenascoincidência? Claro que não, isso é o que tentamosprovar nas linhas anteriores.Na África, o termo baba é de origem Yoruba, masem Angola e Congo, ou seja, no idioma Kibundo,TATA também significa PAI. Esse, por sua vez, écorruptela de BABA dos Yorubas. Aindacompletando, também na Índia, quando querem sereferir ao PAI, usam o vocábulo BABA. O diminutivopara eles é BABAJI (Paizinho).Dentre muitos vocábulos que ainda vamosmostrar, queremos salientar o termo BABARASHA— SACERDOTE DOS SENHORES DA LUZ. Emverdade, os Babarashas eram verossímeis Sacerdotesda Luz, pois comunicavam-se, como vimos,diretamente com Eles, seus Arashas (no seio da RaçaVermelha Pura).Ao contrário, BABALORISHA — BABAORISHA — é o Sacerdote que é possuído peloorisha, isto já em Yoruba (africano).Vejamos o vocábulo ASHALÁ ou OSHALÁ:No Abanheenga — ASHALÁ ou OSHILÁ —houve uma apócope no termo ARASHALA, quesignifica A LUZ DO SENHOR DEUS.No Yoruba — OXALÁ — O SENHOR DOALÁ, ou do PANO BRANCO, que hieraticamentetem a significação de: A Luz do Senhor Deus.Poderíamos citar centenas de termos equivalentese analisar sua sonância, e veríamos que no fundosignificariam a mesma coisa. Quisemos dar ovocábulo original pois é o mesmofonocronometricamente ideal, até no movimento decertas vibrações, naquilo que os Filhos da Terrachamam de MANTRA.

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De forma alguma há intenção de menosprezar oudesvalorizar os Filhos da Terra ligados aos Cultos deNações Africanas, nem muito menos nossos irmãosda Raça Negra que se encontram no astral; a elesMOJUBÁ, pois eles, como nós, sabem dos arquivosexistentes no astral superior, em que consta que osprimeiros vocábulos místicos sagrados de97UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicatodos os povos derivaram ou foram revelados na puraRaça Vermelha, a qual, sem prepotência, é "Senhorados Céus (Planos) Brasileiros e do Planeta".Se alguns vocábulos se encontram de posseexclusiva da Raça Negra, é porque:lº) Houve sérias inversões fonométricas, alterando ounão o verdadeiro sentido;2º) Foram perdidos pelas raças indígenas atuais, masé claro que devem se encontrar nos arquivos doastral da Raça Vermelha.Bem, estávamos falando dos Tubabaraxá ouBabaraxá, que como dissemos eram Sacerdotes.Hierarquicamente eram subordinados, pois eles assimqueriam, aos Tubaguaçus, os quais eram profundosconhecedores das Leis Cósmicas. Também buscavamformas e meios para conduzir a Raça Vermelha amelhores dias.A ordem sociopolítica era perfeita, não haviadespeitos, nem orgulho, nem vaidade, muito menos ainveja ou o egoísmo. Havia sim perfeitocooperativismo entre todos sem exceção. Cada umcumpria sua função, segundo seu grau de habilidadenaquilo necessário à tribo. As funções realmenteeram ocupadas pelos melhores, pois visava-se à tribocomo um todo. Se um queria a função, mas o outroera melhor, esse fraternalmente abraçava o primeiro,desejando-lhe sucesso, e pedia-lhe para ajudá-lo, noque o outro aquiescia de pronto. Não bastasse isso,tudo fazia para que seu auxiliar se tornasse igual oumelhor que ele mesmo. Vimos pois que não existiammelindres, tão comuns nos Filhos de Fé infelizmenteatrasados para consigo mesmos. Pois, se há osmelhores, que esses cumpram suas funções. Nãopermitir isso é egoísmo, é tola vaidade. Paciência,amanhã a vida lhes ensinará segura e serenamente...Retornando ao que falávamos, Aumbandan,naqueles tempos, era a Proto-Síntese Cósmica, ouseja, continha em seu bojo a Religião, a Filosofia, aCiência e a Arte. Naquela época, o conhecimentoainda não havia sido fragmentado. Quem eraconhecedor da Religião entendia a Filosofia, aplicava

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a Ciência e executava a Arte. Era, enfim, umpolignóstico, isto é, tinha vários conhecimentos quese entrelaçavam. Usamos o termo polignóstico, oqual nada tem em comum com determinada Ordemespiritualista, a qual deve ser por todos respeitada emseu trabalho,assim como outra Ordem qualquer. Usamo-lo devidoà teoria do conhecimento, que estuda a natureza doconhecimento em geral, ser chamada gnosiologia(ramo da Filosofia).Assim, no seio da portentosa Raça Vermelha, areligião realmente foi revelada. Tinham sidorevelados ao homem conceitos integrais de suarealidade espiritual. Se a Religião, primeiro pilar doconhecimento humano, foi revelada, o segundo pilarnasceu da observação e dedução. Assim, a Filosofianasceu da observação constante das coisas,fenômenos naturais, anseios, desejos, expectativa devida, ou mesmo no sentido de tentar explicar certasrealidades. Naquela época, o Ser Espiritualencarnado buscava um conhecimento especulativo ouanalítico sobre a REALIDADE.Uma dessas REALIDADES poderia ser:a) Autoconhecimento — conhecer profundamente asi mesmo;b) Conhecimento relativo à sua própria espécie —conhecer os outros;c) Conhecimento da Natureza Universal e suas Leis.Falando tecnicamente, a Filosofia é a disciplinaque estuda o entendimento, bem como as relaçõesentre o Ser, o conhecimento e o objeto.Na Filosofia, o Ser Espiritual raciocinou,analisou-se, analisou o meio, deu explicaçõesespeculativas e analíticas sobre a Realidade, masclaro que na visão dele. Quando o Ser Espiritualtentou explicar a Realidade em Princípios e Causas,fê-lo através de modelos; assim iniciou-se o processodas Ciências — o terceiro pilar.A epistemologia ou o método científico, semdúvida, surgiu para o Ser Espiritual encarnado nessetempo auspicioso. No mais foram apenas induções,deduções, observações, etc.Após a Ciência, surgiria o quarto pilar: o pilar daArte, que como diz outro, dizemos nós:"Só a Arte conhece a Eternidade; tudo passou noEgito, salvo a grandeza dos seus colossos erguidos daareia; tudo passou na Grécia, salvo o conhecimento;embora tudo tenha passado, parece-nos que a Arteficou..."Para nós também. E a Arte é a disciplina que

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estuda o valor dos símbolos. São esses símbolosexpressões do sentimento. E também a Arte o98CAPÍTULO VIIsentimento ou o "Espírito Vivo" expressando um ato,um momento, uma emoção, uma época. Enfim, é osentimento expresso.Assim, caro Filho de Fé, observe que aquelesSeres Espirituais da pura Raça Vermelha não ficarama dever nada aos mais gabaritados cientistas, artistasou filósofos da época atual. Ao contrário, essesconhecimentos atuais eles haviam superado de hámuito, ou seja, ainda estamos muito distantesdaqueles conhecimentos. Esses eram trazidos deLOCAIS CÓSMICOS muito mais adiantados que onosso atual. Gradativamente, os Seres provenientesdesses locais foram instruindo seus irmãos menosexperientes, e sem dúvida lhes ensinaram, poispoucos deles não subiram a planos de evoluçãocompletamente inimagináveis ao atual estado deevolução em que se encontra o planeta Terra.Um dia, sem dúvida, chegaremos lá, mas comosempre muitíssimo trabalho nos aguarda. Emverdade, trouxeram uma enorme bagagem deconhecimentos, incríveis para a época. Conheciamprofundamente os meios do RELIGARE, na sua maispura e real expressão religiosa. Tinham fortesconquistas filosóficas sobre todas as coisas, semnenhuma dúvida ainda hoje não alcançadas noplaneta. Do poderio de suas Ciências temosresquícios através das pirâmides e processos demumificação ensinados aos egípcios e aos povos das3 Américas. As ARTES MÉDICAS eram inclusasem conjunto com a Filosofia, Religião, Ciência eArte, pois para curar através da administração demedicamentos, o médico-mago ou payé devia tersólidos conhecimentos de Física, Química, Botânica,Zoologia, Fisiologia, Anatomia oculta, Filosofia eArtes. É óbvio que essas disciplinas deviam teroutras denominações, e realmente tinham, pois oconhecimento deles era de SÍNTESE. O importante éque eles eram conhecedores de todos essesARCANOS CULTURAIS, os quais eram a base detodo o CONHECIMENTO.Ao Filho de Fé e mesmo ao livre-pensador,pedimos especial atenção. Falamos até o momentodos 4 PILARES DO CONHECIMENTOHUMANO, estando eles dispersos, rompidos emsuas interligações. Assim, em verdade, nós nãopodemos citar Proto-Síntese Relígio-Científica. Só

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poderemos citar Proto-Síntese Relígio-Científicaquando houver uma interrelação entre esses 4pilares, ou seja, quando tivermos umCONHECIMENTO UNO.Talvez, através da forma geométrica, consigamosesse intento. Vejamos:Parece-nos que essa figura geométrica une ospilares, embora essa união seja de formacompletamente estática, pois não há dinamismo, nãohá ponto em comum entre os 4 pilares doconhecimento. Tentando colocar os 4 pilares doconhecimento humano em um ponto único,podemos obter uma PIRÂMIDE de basequadrilátero.Parece-nos que essa pirâmide de base quadradaatende nossas necessidades. Senão, vejamos: Os 4pilares, sejam eles quais forem, ao dirigirem-se aovértice para formar a pirâmide, estão formando aSÍNTESE, ou seja, os 4 conhecimentos reunidos emúnico ponto. A intersecção dos 4 pilares convergiuem um único ponto, o qual foi chamado de SÍNTESE.Agora, já temos a Síntese dos 4 pilares — aReligião, a Filosofia, a Arte e a Ciência.Se observarmos bem, chegamos a 5 pontos.Acreditamos que até poderíamos iniciar, agora, umapequena analogia iniciática com todos os Filhos deFé. Tentaremos aqui chegar nos 7 pontos.Relacionaremos os ORISHAS SUPERIOREScom esses conhecimentos.99UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaVejamos:CIÊNCIA XANGÔ FOGOFILOSOFIA OXOSSI ARRELIGIÃO YORIMÁ TERRAARTE OGUM ÁGUANa geometria plana, o círculo representa a Proto-Síntese Cósmica. A Proto-Síntese Cósmica estáencerrada no círculo, que representa a própria Lei, eessa Lei, através do Amor e da Sabedoria, rege aProto-Síntese Relígio-Científica.Assim, com os 7 pontos revelados, temos:Se relacionarmos de forma cabalísticaesses Orishas com a gnose humana, veremosque faltam 3 Orishas. Aliás, são os 3ARQUETIPAIS, se é que assim podemosdefini-los.A geometria ou forma que melhor expressaessa Proto-Síntese Relígio-Científica é:Após encontrarmos a Síntese, falta-nos a Proto-

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Síntese Cósmica.AMOR — Relacionaremos com a vibratóriade YEMANJÁ e com a EnergiaMentalSABEDORIA — Relacionaremos com a vibratóriade ORIXALÁ e com a EnergiaEspirítica.A Proto-Síntese Cósmica encerra, em seuCírculo Uno, a hei, e essa, por sua vez, exteriorizaseatravés da sabedoria e do amor, quemovimentam a síntese inferior ou a Proto-SínteseRelígio-Científica, a qual equilibra, de formaharmoniosa, a Religião, a Ciência, a Filosofia e aArte.Busquemos na PIRÂMIDE a explicação, pois amesma ainda nos permite algumas alusões.Os povos que foram herdeiros dessa tradiçãoguardaram os mistérios a 7 chaves, e, como veremosem outros capítulos, em 78 (57 +21) placas de ouro,que se encontravam no topo de uma pirâmide egípcia.Há também pirâmides no solo brasileiro, algumasperdidas, outras achadas e não declaradas e outrasmais completamente destruídas, como há tambémem outros locais das Américas.Basta lembrarmo-nos das pirâmides mexicanas eperuanas, como a Pirâmide do Povo do Sol, etc.Preste bem atenção, Filho de Fé!100CAPITULO VIITodas essas pirâmides tinham uma característicaespecial: suas faces estavam voltadas para os 4pontos cardeais. Nos importantes Centros Iniciáticosna América e da África, como os egípcios, nas 4faces havia portas. Cada porta representava umadisciplina. Entrava-se pela porta que correspondia àdisciplina mais afim ao discípulo. Cada entrada davanuma espécie de saguão, o qual tinha um lance deescadas, e após esse, outro saguão, e assimsucessivamente até o topo da pirâmide.Como dissemos, dependendo do aprendizado,ia-se gradativamente subindo seus degraus internos.Vimos que cada porta, em cada cardeal,representava uma disciplina. Podia-se entrar porqualquer porta e permanecer naquela face por 7 dias.Caso não quisesse prosseguir, poderia sair e entrarpor outra porta. Mas após ter completado os 7 dias,não poderia mais sair. Se o Iniciado não sedesesperasse, conseguiria encontrar "portas" que olevariam ao local que desejasse. Mas, no fim de tudo,ficava sabendo que o que desejava era TUDO, e

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então subia, até que chegava no topo da pirâmide.Era então considerado INICIADO NOS PEQUENOSMISTÉRIOS, era conhecedor da Proto-SínteseRelígio-Científica.Em outros capítulos, veremos melhor essesaspectos importantes da INICIAÇÃO CÓSMICA.Ao terminarmos, é bom que entendamos que tudoisso iniciou-se aqui no Baratzil. Foi aqui que aportentosa Raça Vermelha surgiu e alcançou seuapogeu, bem como foi aqui que a Proto-SínteseCósmica foi revelada. Assim, o MovimentoUmbandistada atualidade visa restaurar todos esses processos doAumbandan.Deve o Filho de Fé ou o leitor atento estar seperguntando: Não é por tudo isso que se processa noscéus ou astral brasileiro, sob o Cruzeiro Divino, esseportentoso movimento vibratório? Todos osmovimentos espirituais sérios parecem apontar para oBrasil!A resposta é: Sem dúvida que sim!Assim, não fica difícil entender como será oBrasil no 3º milênio.BRASILCORAÇÃO DO MUNDOPÁTRIA UNIVERSAL DO 3º MILÊNIOÉ por tudo isso que a CORRENTE ASTRAL DEUMBANDA trabalha, pois nestas terras iluminadaspelo Cruzeiro do Sul ressurgirá o AUMBANDAN —a verdadeira PROTO-SÍNTESE CÓSMICA.Com tudo isso, esperamos que tenha ficado claroque a PROTO-SÍNTESE RELÍGIO-CIENTÍFICA seexpressa como um TODO, como um conhecimentointegrado e não desassociado, como infelizmenteobservamos em nossos tempos. É dessa associaçãoque cogita, embora de forma velada, o MovimentoUmbandista da atualidade.Pecamos a TUPÃ que nos dê forças paratrabalhar. O tempo rápido há de passar, paracolocarmos no lugar certo o que ontem colocamosem lugares completamente errados.E vamos, sem perda de tempo, ao outro capítulo.101

A Umbanda nos 4 Cantos do Planeta — Deturpações —Cisão do Tronco Tupy — Desaparecimento da Tradição doSaber — Confusões — Aparecimento da TradiçãoHermética ou Ciências Esotéricas103

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o capítulo anterior, explicamos de forma simples e objetiva o surgimento do Aumbandan ou Umbanda.Quisemos que todos entendessem que, quando falávamos Umbanda ou Aumbandan, estávamos nosreferindo a um bloco uno do conhecimento. Desse CONHECIMENTO UNO faziam parte: a Religião, aFilosofia, a Ciência e a Arte. Vimos também que tínhamos o conhecimento em dois níveis, ambos unos.A Proto-Síntese Relígio-Científica era um conjunto de conhecimentos que compreendia 4 pilares doconhecimento unificados. Essa Proto-Síntese Relígio-Científica compreendia o primeiro nível deconhecimento, sendo representada graficamente por uma PIRÂMIDE, cujo vértice expressava esseconhecimento integrado, uno.A Proto-Síntese Cósmica era um conjunto de conhecimentos unificados que compreendia, em essência, oAMOR CÓSMICO e a SABEDORIA INTEGRAL ou CÓSMICA.Essa Proto-Síntese Cósmica compreendia o segundo nível de conhecimento. Era representadagraficamente, geometricamente, pelo CÍRCULO, sendo ele limitado pela linha curva, chamadacircunferência, tendo ela infinitos pontos, expressando pois o CICLO, o RITMO, ou seja, Sabedoria e AmorCósmico, os quais fazem parte de toda a Lei Cósmica.No diagrama que demonstraremos a seguir, a Proto-Síntese Relígio-Científica está contida na Proto-Síntese Cósmica, ou, de modo inverso, a Proto-Síntese Cósmica contém em si a Proto-Síntese Relígio-Científica, sendo que a última não contém a primeira. Aí, pois, dividiremos o conhecimento em dois níveis.Atentemos para o gráfico:N105UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaIniciaticamente, diríamos que o Iniciando teriadois níveis a serem superados, o primeiro sendopreparatório e o segundo sendo superior. AINICIAÇÃO CÓSMICA preconiza que o primeironível é o da Proto-Síntese Relígio-Científica, sendoele dividido em 5 graus. Os primeiros 4 graus oupilares, distintos a priori, são estudados e sentidos deforma individual. Com o passar do tempo, vaihavendo uma integração entre os mesmos, atéculminar com a interligação e integração total. Temosaí o 5º grau.Após esse primeiro nível composto de 5 graus,em que o Iniciando foi, num longo período,amadurecendo todo seu senso iniciático, surge o nívelsuperior, composto do 6º e 7º graus. O 6º grau seria o

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AMOR CÓSMICO, e o 7º grau a SABEDORIATOTAL ou CÓSMICA.Deixemos claro que nem todo Iniciando dopassado alcançava a Iniciação, nem a relativa ao lºnível, e muito menos à do 2º nível.Os que alcançavam o lº nível, vencendo os 5graus, eram considerados INICIADOS NOSPEQUENOS MISTÉRIOS, e aí poderiam parar suaIniciação. Se prosseguissem, rasgando os véus do 2ºnível, vencendo os 2 graus, o 6º e o 7º, teriamalcançado a Iniciação Total, eram INICIADOS NOSGRANDES MISTÉRIOS.Eram conhecedores, por cima, da Proto-SínteseCósmica e, por baixo, da Proto-Síntese Relígio-Científica. Acreditamos assim ter deixado bemexplicado esse importantíssimo tema.Eram os Iniciados nos Grandes Mistérios quecompunham o corpo de condutores morais-espirituaisda pura Raça Vermelha. É por isso que, na época, apura Raça Vermelha conseguiu evoluir em todos ossetores, isto é, evoluíam em bloco, com umCONHECIMENTO UNO. Evoluíram tanto que osconhecimentos mais avançados da atualidade ealguns que estão próximos de serem descobertos jáfaziam parte, naquela época, de seus registros emseus livros de arquivo, já superados há milênios.É essa poderosa e pura Raça Vermelha, cultuadorada Religião como caminho para o Alto, da Filosofiacomo caminho para uma Realidade sempre maisdefinida, da Ciência como veículo que os levaria anovos planos de conhecimento, de Arte como meioque lhes facultaria a capacidade de simbolizar,expressare deixar com marcas indeléveis seus sentimentospuros e fraternos, que iremos citar. É por tudo issoque a Raça Vermelha conseguiu os mais altospatamares evolutivos em nossa CASAPLANETÁRIA.Cumpriram suas tarefas em nossa casa planetária,pois, como degredados que foram de Pátrias Sideraisdistantes, tinham se redimido e impulsionado muitosde seus irmãos terrestres a novos planos do universo.Evoluíram fazendo outros evoluírem, essa é a liçãoda Raça Vermelha que jamais será esquecida.No âmago da Raça Vermelha daqueles tempos,sabiam seus mais altos expoentes que muitosestavam prestes a retornar às suas Pátrias Siderais,não mais voltando a reencarnar no planeta Terra. Nãoque com isso toda a Raça Vermelha iria retornar. Nemtodos, mas algum dia todos retornariam...

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Os grandes condutores espirituais da pura RaçaVermelha mantinham toda a tradição sob a guarda deverdadeiros GUARDIÃES DO SABER, os quais,quando consultados, expressavam ao seu povo, semfazer mistérios, tudo aquilo que era perguntado, noâmbito da Proto-Síntese Relígio-Científica. Elesrespondiam e explicavam, às vezes durante muitas emuitas horas. No concernente à Proto-SínteseCósmica, eram eles os ouvintes de seus condutoresespírituais. Essa tradição não era somente oral; eragrafada com caracteres que correspondiam aoalfabeto da língua Abanheenga.Como dizíamos, os Altos Condutores estavamretornando às suas Pátrias Siderais e não maisencarnariam aqui, embora tivesse sido assim queincrementaram, de forma lúcida e coerente, oconhecimento da Proto-Síntese Relígio-Científica atodos os Seres Espirituais que constituíram a RaçaVermelha. Embora não encarnassem mais, a maiorparte deles permaneceu como "Pais de Raça" noAstral Superior e, sempre que possível, faziamressurgir os conhecimentos que porventura pudessemestar sendo esquecidos ou postergados. Assim é queesses abnegados Senhores ficaram, como sabemos,sendo integrantes da Confraria dos EspíritosAncestrais e da Confraria dos Magos do CruzeiroDivino, agremiações que se integrariam na Correntedos Magos Brancos do Astral. Com isso, naquelaépoca, assumiram a paternidade moral da RaçaVermelha, tendo também assumido a paternidadeastral de106CAPÍTULO VIIItodas as demais raças que passaram pelo planeta. Éclaro que as demais raças tiveram seus grandescondutores, mas todos eles reconhecem a supremaciamoral da pura Raça Vermelha, a qual, por Amor eSabedoria, também os albergou no Governo Ocultodo Astral, sob a égide viva do AMOR-SÁBIO deOSHY, o Cristo Jesus. Com isso queremos afirmarque, em relação aos altos comandos do astralsuperior, os ex-componentes da pura Raça Vermelhasão os nossos dirigentes superiores, tanto é que nãotemos praticamente nenhum componente da RaçaVermelha encarnado. Quando dissemos praticamentenenhum, não quisemos dizer que não haja vários. Hávários sim, insignificantes porém em número, emrelação à população mundial. Não os confundamoscom os aborígines das várias partes do globo que,embora sejam nossos irmãos mais novos e menos

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experientes, não são nem retardatários dosVermelhos, são seres retardatários miscigenados. Euma das metas da Raça Vermelha pura incrementarlhesa evolução desejável, o mesmo acontecendo acertos povos da Ásia, África e Oceania. Ospouquíssimos Seres Espirituais da pura RaçaVermelha que estão encarnados no planeta Terracumprem sérios compromissos missionários emvários setores do mundo moderno, ajudando ohomem de hoje a ser o portentoso homem deamanhã. Estão na Ciência, na Arte, na Filosofia, naReligião, enfim, em todo o conhecimento humano.Alguns deles têm encarnado na CORRENTEHUMANA DE UMBANDA. Têm sido de valiaímpar no esclarecimento aos seus irmãos de todas asraças, que se encontram em busca de uma bússolanorteadora para poderem começar a galgar o caminhoa novos patamares da Consciência, isso tudo dentrodo Movimento Umbandista da atualidade. São oscavalos silenciosos, que amam o que fazem, sendoaté reconhecidos devido a suas fisionomiasdiferentes. Poderiam alcançar, aqui por baixo,altíssimos postos nas Artes, Ciências, Filosofia, etc,mas não se misturam. Têm função definida, a par dasconstantes incompreensões de que são vítimas, o quepara eles não significa nada. Aliás, significaaprimoramento.Mas voltemos à temática central, ou seja, de queos grandes condutores não reencarnariam mais. Poraqui, deixariam sólidos conceitos espirituais,filosóficos, científicos, artísticos e vestígios da maispura e bela de todas as Ciências — a Ciências dasCiências, a Síntese das Sínteses — a PROTOSÍNTESECÓSMICA — AUMBANDAN, que tevecomo sinonímia, para os mais adiantados da RaçaTupy — os Tupy-nambá e os Tupy-guarany — ovocábulo sagrado MACAUAM. Era uma maneira denão pronunciar o Aumbandan, embora expressasse amesma Proto-Síntese Cósmica. Foi a primeira formade velar o termo sagrado.Esse próprio vocábulo, Macauam, através de umapequena alteração fonética, gerou Anauam, que éuma 3a forma de expressar a Proto-Síntese Cósmica.E por que os Tubaguaçu ou Pais de Raçaresolveram, já naqueles tempos, velar oConhecimento? Em verdade, não ocultaram ouvelaram nada, apenas preservaram as TradiçõesCósmicas, que infelizmente poderiam ser, como aposteriori foram, sabotadas. Assim é que, prevendoas deturpações que viriam através de fortes cisões,

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começaram a compilar e guardar todo oConhecimento em seus Centros Iniciáticos, até entãoabertos a todos. Embora continuassem abertos, oConhecimento foi compilado e velado, ou melhor,guardado pelos 12 mais Velhos, ou os 12 AnciãosGuardiães de Toda a Síntese.Assim, foram preparadas 78 placas de nefritaverde, onde foi cunhada (inscrita) toda a TRADIÇÃODO CONHECIMENTO HUMANO. Essas 78 placasconstituíam as 2 Sínteses. As primeiras 21 placasestavam relacionadas com a Proto-Síntese Cósmica,seriam os Ensinamentos Superiores (futuramenteseriam chamados ARCANOS MAIORES). As 57restantes constituíam as placas que estavamrelacionadas com a Proto-Síntese Relígio-Científica,seriam os Ensinamentos Menores ou preparatórios(futuramente seriam denominados ARCANOSMENORES) . Repetimos que foram os 12 Anciãosque guardaram a 7 chaves a TRADIÇÃO UNA DOCONHECIMENTO, que até então não era oculta.Estava Apenas Sendo Guardada. Entre eles, a Proto-Síntese Cósmica, que englobava a Proto-SínteseRelígio-Científica, ficou conhecida como Tuyabaé-Cuaá — a Tradição dos Velhos, ou a Sabedoria dosVelhos Payés (eram os 12 Anciãos que citamosacima).107UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaEsmiucemos um pouco mais as placas e seuconteúdo. As mesmas, como dissemos, foramgrafadas a priori no Abanheenga, isto é, no alfabetocorrespondente a esse lº idioma universal, em frente everso. Esse grafismo foi escrito de tal forma quequem fosse lê-lo poderia interpretá-lo sob ângulosdiferentes, sendo que só quem conhecia as chavescorretas poderia interpretá-lo adequadamente. Casocontrário, como de fato aconteceu, a interpretaçãoseria completamente dissonante da realidade. Seuspróprios números, aliás, um avanço ímpar naquelestempos, tinham várias interpretações, pois além deexpressar quantidades, expressavam tambémqualidades. O mesmo se dava com as 21 letras doalfabeto vermelho. Por aí, os Filhos de Fé poderãoperceber que muitos decifradores, e mesmodecodificadores usurpadores, podem ter trocadonúmero por letra e vice-versa, pois um número podiasignificar uma letra, bem como uma letra poderiasignificar um número. Em ambos os casos, poderiamestar dizendo respeito não à qualidade, e sim àquantidade, e vice-versa. Agora, perguntamos nós:

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Aqueles que usurparam esse Conhecimentotinham ciência de como decodificá-lo? Claro que não,pois se tivessem não teriam confundido ou invertidotanto o sentido das coisas. Aliás, ocorreu umacompleta inversão dos valores morais, culturais eespirituais, como veremos mais avante.Havíamos dito, porém, que as 78 placas de nefritaverde tinham sido escritas em 3 ângulos diferentes. Epor quê?Porque sabiam os condutores da Raça Vermelhaque os cismas aconteceriam. Dar-se-ia a inversão dosvalores morais, científicos, místicos e esotéricos, emfavor do egoísmo, autoritarismo, poder temporal, etc.De fato, os cismas, desde aquela época até os de hoje,vêm atravancando a evolução, embaraçando osentendimentos em todos os níveis. Em verdade,houve uma onda de reação perversa através deMARGINAIS CÓSMICOS de todos os tempos.Como chegaram aqui esses marginais do cosmos?Lembremo-nos de que o planeta Terra era umplaneta novo, propício a se desenvolver, fazendo comque vários "filhos desgarrados do universo" aquiencontrassem a regeneração e evoluíssem. Além dos"filhos desgarrados do universo", havia também osrenitentes marginais do cosmos, os quais, comopiratas siderais, invadiam sempre que podiam váriospáramos do universo. Nem sempre conseguiam ointento, em virtude das condições morais das "casascósmicas" em que tentavam suas incursões, pois eramelas possuidoras de plêiades e plêiades de poderososGuardiães.No caso do planeta Terra, o Cristo Jesus albergouem seu seio todos os desgarrados e não colocouempecilhos para os de boa vontade e os sedentos dejustiça e reconciliação aqui encontrarem refúgio eescola. O que aconteceu, a par da portentosainterferência da pura Raça Vermelha, é que devido àsua reduzida dinâmica reencarnatória nessa época,por mais que se tentasse manter viva e acesa aTradição da Sabedoria e do Amor, nem sempre todosconseguiam imunizar-se contra as daninhas ervas doegoísmo, do ciúmes, da inveja e da intriga, própriados Seres mais atrasados, os quais um dia teriam deevoluir, mas até lá muitas desavenças para si e paraoutros teriam arrumado. Foi por esses SeresEspirituais retrógrados que os marginais cósmicosencontraram brechas para penetrar em suas mentes jádoentes, deixando-as completamente alienadas.Iniciou-se assim o PROCESSO PONTE, ou seja, umSer encarnado, usando de sua vontade, toma atitudes

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completamente opostas ao Bem; obviamente alguémhá de sintonizar-lhe. Isso feito, é o caminho, é aponte entre os dois mundos, entre os dois conceitos— o Bem e o Mal. Assim, o Mal encontravaavançados porta-vozes através desses SeresEspirituais atrasados que estavam caminhando apassos largos para a marginalidade, pois já estavamcom as portas abertas, claro que por sua única einteira responsabilidade. Assim na verdade é queocorreu o processo pelo qual se embaralharam osReais e Verdadeiros Fundamentos Cósmicos. Foitambém aí o início, em nosso planeta, da organizaçãodas hostes inferiores, naquilo que se consubstanciariana oposição declarada aos Princípios da Lei, aosPrincípios da Proto-Síntese Cósmica e de sua Proto-Síntese Relígio-Científica. Haveria desestruturação eoposição ferrenha a esses princípios, comembaralhamento da Tradição Cósmica, oAumbandan, que foi combatido à socapa ediretamente também, naquilo que positivamente seconsubstanciou numa reação contra todos os seus108CAPÍTULO VIIIFundamentos, na chamada KIMBANDAN ouKIMBANDA, que nada mais é que o Oposto da Lei.Errado está, pois, o sentido que alguns queremempregar, como sendo a Kimbanda apenas agente daMagia Negra, e como sendo coisa recente aqui noBaratzil ou no mundo. Mas vejamos como ocorre ouocorreu tudo isso aqui no Baratzil.Dissemos que, pelo processo de Ponte Vibratória,os marginais do cosmos se comunicavam com osSeres Espirituais atrasados encarnados aqui noplaneta Terra. Essa Ponte Vibratória foi o caminhopara muitos desses marginais cósmicos entrarem, oumelhor, receberem o passe do reencarne. Marginaisagora encarnados, juntamente com os que lhespropiciaram o reencarne, teriam que sanar seusdébitos para com o planeta, entrando na linha justado Bem. Era o que se esperava e desejava. Muitosaté que conseguiram, mas a maioria... A maioriadelinqüiu, deturpou e confundiu a muitos.Infelizmente, esse fato permanece até os dias atuais.Ê claro que esses fatos ocorreram no final ou noperigeu da Raça Vermelha, já que, como vimos, suadinâmica reencarnatória estava próxima do zero.Antes de prosseguir e entrar no âmago dasdeturpações e cisões, culminando com odesaparecimento do Aumbandan, resumamos osacontecimentos:

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A primeva Raça Vermelha, no solo do Baratzil,recebeu muitos e portentosos Seres Espirituais deevoluidíssimas Pátrias Siderais, os quais deramdiretrizes e aumentaram ainda mais o poderio daRaça Vermelha. Quando esses últimos SeresEspirituais desceram, foi REVELADA a Proto-Síntese Cósmica — o Aumbandan a toda RaçaVermelha. Ao terminar a 3a Raça Raiz, a Lemuriana,pois foi nela que foi revelado o AUMBANDAN,muitos Seres Espirituais da Raça Vermelha estavamem seu comando condutor moral. Assim é que noperigeu da 3a Raça Raiz, a Lemuriana, e nosurgimento da 4a Raça Raiz, a Atlante, tiveram osVermelhos participação ativa. Participaram nãosomente os Vermelhos atlantes, mas os Negrosatlantes e Amarelos atlantes. Quando dizemosparticiparam, queremos nos referir aos reencarnes demuitos dos Seres primitivos da Raça Vermelha. Issoé muito importante, pois quando falarmos de certosconhecimentos da Raça Negra, saberemos que osmesmos foram revelados ou mesmo"bebidos" nos tempos da Atlântida e nãorecentemente, como Filhos de Fé encarnados, apenaspor paixão, assim querem. Beberam essesconhecimentos dos puros Vermelhos, ou melhor, dosVermelhos atlantes que, embora possuidores de umaforte Tradição, já não era ela a mesma dos tempos dapura Raça Vermelha, no período adâmico elemuriano. É bom que frisemos que a Raça Negrateve um suntuoso conhecimento, oriundo da RaçaVermelha. É o mesmo que ocorreu em outros locais;muitos Seres da pura Raça Vermelha encarnaram noseio da Raça Negra, a qual conheceu a Síntese, aProto-Síntese Relígio-Científica. Nas suasconstruções ciclópicas temos ainda vestígios de seupoderio religioso (que foi o dos Vermelhos),filosófico, científico e artístico. Pena que, de hámuito, na Raça Negra deixaram de encarnar, isso hámilhares de anos. Por isso que seus remanescentes seligam a sistemas filorreligiosos que jamais secorrespondem ao poderio filorreligioso que um dia,no passado, teve a Raça Negra. Como veremos, tudoisso é conseqüência de deturpações, cisões, etc.Continuando, antes da catástrofe atlante, muito antesdos fatores morais, espirituais, mesológicos, telúricose hecatombes que dizimaram o continente atlante, osVermelhos, representados por seus mais altosexpoentes, já não encarnavam de há muito. Éinteressante observar que todas as vezes que a RaçaVermelha em sua grande maioria deixava de encarnar

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em uma raça, essa fatalmente entrava em decadência.Isso aconteceu com a Lemuriana e muitoprincipalmente com a Raça Atlante. Entre osremanescentes atlantes, vamos encontrar os últimosgrupos dos Tupy-nambá e dos Tupy-guarani, osnegros asiáticos (que depois incursionaram para aÁfrica), os povos do Himalaia, chineses, mongóis,índios da América do Norte, etc. Assim, essesremanescentes da Raça Vermelha, principalmente osdo Tronco Tupy, estiveram presentes em todas as fasesevolutivas do planeta. Mais uma vez frisamos que osTupy-nambá não correspondem, à pura RaçaVermelha. Surgiram, sim, após as primeiras cisões doTronco Tupy (pura Raça Vermelha), sendo portantoseus remanescentes.Antes da estaticidade reencarnatória da RaçaVermelha pura, no seio dos Tupy, vejamos comoestavam eles na época.109UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaComo dissemos, os Tupy-nambá e os Tupyguaranyfaziam parte, ou melhor, eram o TRONCOTUPY. Foram remanescentes da pura RaçaVermelha, recebendo influências últimas dosVermelhos atlantes, grupos do qual fizeram parte.Os Tupy-nambá (os mais fiéis à Tradição, atravésde seus Payés) e os Tupy-guarany (os que menosguardavam a Tradição) se separaram no tempo e noespaço e até tiveram doutrinas antagônicas em algunspontos vitais.Os Tupy-nambá não saíram das terras do Baratzil,permanecendo em sua região central, sul e sudeste.Assim, velariam a Tradição dos Velhos, dos Anciãos.Velariam as terras abençoadas e iluminadas peloCruzeiro Divino, Signo Cosmogônico da HierarquiaSolar. Eram eles, os Tupy-nambá, profundamenteligados ao Mito Solar, ao Verbo Divino. Foramtambém Guardiões da 78 placas de nefrita, as quais,como vimos, sintetizavam o Aumbandan —Macauam — o Tuyabaé — a Tradição dos 12Anciãos.Os Tupy-guarany, por sua vez, migraram por todoo Baratzil e muito especialmente para outros locais daAmérica do Sul. Muitos se instalaram nas regiões doPrata e do Paraguai, como também incursionarampara a América Central, do Norte e Ásia. Nessaépoca, ainda não tinham deturpado in totum oConhecimento que tinham aprendido. No seio dosTupy-guarany, cresciam porém as disputas pelopoder, a par de grandes líderes pacificadores tentarem

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impedir que tal fato viesse a ocorrer. Infelizmenteaconteceu. E por que aconteceu? Todos eles eramdescendentes diretos dos Vermelhos puros, sendo quealguns Condutores estavam reencarnados nos 2Troncos. Mas, por tendências nômades econquistadoras associadas ao belicismo, os Tupyguaranynão concordavam com as atitudes de seusirmãos Tupy-nambá, que não eram nômades, nãoeram conquistadores e abominavam as armasagressivas. Nessas condições, se separaram em paz, ébom que se diga, de seus irmãos, os Tupy-nambá.Fecharam completamente os ouvidos e os coraçõesaos Condutores da Raça Vermelha do AstralSuperior. Queriam, pois, caminhar sozinhos, pelospróprios poderes. Acontece que, não fazendo uso dasfaculdades superiores, foram-nas deteriorando atéexterminá-las por completo, exceto em raríssimosIniciados, mas que nãoeram mais ouvidos pelo Conselho Tribal. Mesmo semserem ouvidos, esses Iniciados-Magos conseguiramvelar a Tradição e sempre que podiam relembravamnaaos mais jovens. Mas, enfim, os Tupy-guaranysepararam-se dos Tupy-nambá, depois de terempermanecido juntos milênios e milênios, pois faziamparte de um mesmo Tronco, o poderoso Tronco Tupy.Ainda neste capítulo veremos como o astral os uniu,para júbilo dos Senhores da Pura Raça Vermelha.Antes de prosseguir, mostremos como era acrença dos Tupy, ou seja, dos Tupy-nambá e Tupyguarany.As concepções do Tronco Tupy, sua Teogonia esua Mística Sagrada eram exponenciais. Eramessencialmente monoteístas, pois acreditavam numaúnica Divindade Suprema, à qual chamavam deTUPÃ. Era o Supremo Espírito, o Divino Ferreiro, oSUPREMO PODER CRIADOR. Tinham-No comoPAI de TUDO, como PAI do NADA. Emprestavamlheessa paternidade pois sabiam que O mesmo era oSUPREMO ESPÍRITO e abaixo Dele havia asHierarquias. Foram essas HIERARQUIASCÓSMICAS, segundo eles, que teriam trazido oTuyabaé-Cuaá — a Tradição dos 12 Anciãos.Representavam ou velavam e cultuavam essaTradição através de GUARACY e YACY. Guaracy eYacy representavam para eles, respectivamente, o Sole a Lua. A Proto-Síntese Cósmica representavamcomo sendo a Sabedoria e o Amor. Futuramente,milênios a posteriori em franca decadência,consideravam Guaracy como o Pai da Humanidade, oPoder Ígneo da Natureza, que tudo vitalizava, o queem verdade é correto. Discordamos apenas da

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profundidade da concepção, que já havia sidoperdida.O mesmo aconteceu com Yaci — a Lua — quetraduziram como a Mãe Natureza, que comoafirmamos acima não é incorreto.Na mesma época surgiu um terceiro termo, otermo RUDÁ, como sendo o Amor, no quediscordamos.Rudá foi o aparecimento do terceiro elemento, otrinitarismo substituindo o binário. Teria sido o filhode Guaracy com Yacy, ou seja, em sentido positivo,teria sido a Humanidade, o Homem. Em sentidohierático, seria a Proto-Síntese Relígio-Científica. Aquestão fica bem clara quando dizemos que a Proto-Síntese Cósmica era composta da Sabedoria e do110CAPÍTULO VIIIAmor, do masculino e do feminino, e que eleencerrava a Proto-Síntese Relígio-Científica.Ligada intimamente ao culto de Guaracy, que naverdade era uma Ordem essencialmente espiritual,sendo seus Sacerdotes exclusivamente masculinos(somente o Sacerdócio, nessa Ordem era vedado àmulher), tínhamos a ORDEM DO TEMBETÁ, comosendo o elo de ligação entre os homens daquela épocae o Poder Espiritual da Corrente de Jesus ou Oshy.Em verdade, desde aquelas idas épocas,esboçava-se no astral uma poderosa corrente ligada àConfraria dos Espíritos Ancestrais, que ficariaconhecida como CORRENTE DAS SANTASALMAS, ou CORRENTES DO TEMBETÁ,diretamente ligada às Cortes de Jesus, sendo de açãoe execução aqui no planeta Terra através domediador cósmico e kármico Mikael.Na decadência da Raça ou do Tronco Tupy,confundiu-se tudo. Colocou-se o Tembetá, que querdizer cruz de pedra, no lábio inferior do Sermasculino ou Abá.Também havia um culto ligado à Yacy ou àsCoisas da Natureza Cósmica. Esse culto era o doMUYRAKITAN, que em verdade não era vedado aohomem; podíamos ter até homens Sacerdotes, mas àmulher (cunhã) também era dado esse direito.Em verdade, no início, o culto de Guaracy e Yacyera um só. Somente após as cisões é que foramseparados, cada um representando respectivamente oCulto do Espiritual Puro e o Culto das Forças daNatureza ou Movimento dessas Forças.Em verdade, Macauam ou Aumbandan eratraduzido por Tuyabaé-Cuaá, o qual representava o

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poder de Tembetá e do Muyrakitan juntos, UNOS.Futuramente é que houve a cisão, surgindo a Ordemdo Tembetá e a Ordem do Muyrakitan.A Ordem do Tembetá (que se ligava às CoisasDivinas — Teurgia) deu origem à Ordem de Osírisno Egito, que também era solar, consubstanciandosemais tarde na Ordem Dórica.A Ordem de Muyrakitan (que se ligava aosPrincípios e Causas Naturais, tendo como básico amatéria) deu origem à Ordem de Ísis, cultoessencialmente lunar que se ligava aos Princípios daMagia Etéreo-Física, na movimentação das forçasocultas da Natureza, degradando-se na OrdemYônica.Em verdade, os dois cultos, tanto o do Tembetá(solar) como o do Muyrakitan (lunar) em suma,representavam a Lei Divina, as Sínteses Cósmica ePlanetária.Como o Filho de Fé deve estar percebendo, oTronco Tupy, em sua pureza, muito pouco tem emcomum com o que sobre ele se escreve ou fala. Emverdade, deturparam todos os reais e verdadeirosconceitos.Após o conceito do Culto Solar e Lunar,voltemos à Proto-Síntese Cósmica — o Tuyabaé-Cuaá — a Tradição dos 12 Anciãos — que mais tardefoi ocultada, ficando chamada apenas de a Sabedoriados Velhos Payés.Lembremos que o Tuyabaé-Cuaá, como vimos,consistia nas 78 placas de nefrita em que estavamsintetizados todos os conhecimentos humanos e deseus ancestrais, que já faziam parte da "População doAstral Terreno", aliás, da primeira população doastral terreno, e isso no astral correspondente aoBaratzil. Mas, como dizíamos, segundo reza atradição, o Tuyabaé-Cuaá foi conservado e velado deMago a Mago, ou de Payé a Payé. Mas, nadecadência, esqueceram-se por completo das 78placas de nefrita, guardando apenas uma pequenatradição oral, que consistia em alguns conhecimentosmágicos. Sabiam manipular o magnetismo,conheciam os medicamentos e a Medicina Oculta, noculto do CAÁ-YARY (a Natureza como Mãe, nosentido de dentro dela mesma encontrar-se o remédio;CAÁ — Mata, Vida, Natureza; YARY — Potênciaque reina); interpretavam certos fenômenos naturais;aplicavam o mediunismo. Mas no Tuyabaé-Cuaá sóficou mesmo como fator importante o Mito Solar, oua Lei do Verbo Divino, em que eles guardaram atradição de YUPITÃ, SUMAN e YURUPARY.

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Interessante notar que, no período que antecedeuas deturpações, cisões, etc, nas placas, em algumasdelas ficou bem expresso que o Messias ou oRedentor, ou seja, aquele que viria relembrar a Leipostergada, chamar-se-ia YURUPARY, o filho deChiucy — a virgem — e que antes dele viriamARAPITÃ ou YURUPITÃ e SUMAN. Nãopercamos o fio da meada e penetremos no âmagodessa questão.111UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaOra, o próprio vocábulo Arapitã é deverassignificativo, traduzindo-se por Menino da Luz,Criança Iluminada.Reza o Tuyabaé-Cuaá que, antes do Messias vir,viriam dois outros preparar-lhe o caminho. Então,fica claro que Arapitã, embora possa ter existido, paranós tem maior significado como sendo arepresentação da primeira época ou da primeira faseda Raça Vermelha, ou seja, sua infância. Infância essaque recebeu em seu seio, realmente, o nascimento deYupitã, a Criança Dourada, em sentido deprosperidade, evolução, novos conhecimentos quenaqueles tempos nasceram vindos da LUZ (ARACY),ou seja, dos planos mais elevados do Cosmo.Atestam ainda que milênio e mais milênio apósArapitã, surge no seio deles um velho que se chamaSamany ou Suman.Nesse caso, nos parece estar mais do que claroque a pura Raça Vermelha tinha chegado àMATURIDADE, tanto que dizem que foi Sumanquem lhe ensinou o Tuyabaé-Cuaá. Como dissemospara Yupitã, Samany e sua Ordem podem ter existido,mas o que prevalece é que estávamos no apogeu daRaça Vermelha. O próprio vocábulo assim seexpressa — Samany — Enviado que Traz oPensamento Divino — ou seja, o precursor, aqueleque prepara o advento de Yurupary, isto é claro já nofinal dos tempos da pura Raça Vermelha.Finalmente, Yurupary — o Agonizante, oSacrificado.Analisemos mais detidamente essa história doMito Solar. Na teogonia ameríndia era Ele filho deChiucy — a Mãe Dolorosa. Repisemos: Ele, oMessias, o Agonizante, Filho da Mater Dolorosa. Semdúvida um dos Emissários da Confraria Crística, oPrimeiro Cristo, desceu no seio da Raça Tupy,visando restaurar uma raça já em decadência. E o quenos expressa o que expusemos acima, pois oAgonizante, o Sacrificado, cremos que seja a cisão e

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a decadência da grande civilização Vermelha, emplena Atlântida, e que Chiucy, a Mãe Dolorosa, é aProto-Síntese que se esvai de uma raça, ou melhor, dealguns membros ou componentes, pois em verdade agrande maioria já há milênios não mais reencarnavano seio da então decadente Raça Vermelha. Aliás,não era a Raça Vermelha, e sim remanescentes dessamesma raça. Também aí está o porquê de na mente eno coração dos últimos Vermelhos ter ficado bemclara a lembrança da CRUZ, à qual chamavam deCURUÇÁ. O que é a Cruz senão os 4 Pilares doConhecimento Humano, a Síntese Dispersa? Somenteum Messias colocado ou pregado nela é que poderiarestabelecer a Proto-Síntese Relígio-Científica, e issoseria feito através da Proto-Síntese Cósmica — Amore Sabedoria. Então, para eles como para nós, ACRUZ É SÍMBOLO DA SÍNTESE DADIVINDADE, DA LUZ, DO AMOR UNIDO ÀSABEDORIA. Em suma, foi isso que o Cristo veioresgatar ao homem, a sua Proto-Síntese Relígio-Científica, a sua Proto-Síntese Cósmica — a ReligioVera — Aumbandan.Filho de Fé, esperamos que tenha assimiladonossas deduções e descrições, pois muitas vezesouvimos diretamente de ilustres Condutores da RaçaVermelha esses conceitos, já que os mesmos seencontram nos arquivos kármicos da Raça Vermelhano astral superior, no topo da pirâmide astral.ANAUAN — RA-ANGÁ — Salve a LEI DOSSENHORES DA LUZ. Era assim que falavam osSeres Espirituais da Raça Vermelha ao veneraremsuas Potestades Espirituais. Para isso, faziam umritual muito superior e puro, ao qual chamavam deGuayú, que visava evocar os Ra-Angá. O prefixo RA,mais tarde, transformar-se-ia, em pleno Egito, nosufixo do termo AMON-RA. E bom que os Filhos deFé e o leitor paciente vão percebendo desde cedo asanalogias entre os Tupy e os egípcios. Veremos, emfuturo, que uns e outros são os mesmos, emdiferentes épocas.Queremos patentear o conceito de que Yurupary,para os Tupy-Nambá, era o Messias, ao contrário doque muitos queriam que fosse, ou seja, o Satã, odiabo da mitologia greco-romana. De fato, quemconsagrou Yurupary como o demônio foram ospróprios Tupy-guarany. E aqui que se iniciam osgrandes cismas ou cisões, e mesmo as deturpações,interpolações, extrapolações, interpretações pessoais,etc. Esse ponto é fundamental, pois, como vimos, aProto-Síntese Cósmica já havia sido postergada e,

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pela falta de guarida, as disciplinas que sustentavamos 4 pilares do Conhecimento começaram a ruir. ACiência se opôs à Religião, a Filosofia se opôs àCiência, essa se opôs112CAPÍTULO VIIIà Arte; enfim, tivemos a TORRE DE BABEL — ADISSOLUÇÃO DAS SÍNTESES, o término dounicismo do Conhecimento, confusões em cima deconfusões, distorções, dissensões, e as tão famigeradascisões ou cismas, que até hoje confundem todo oconhecimento humano. Vejamos como essas cisõesem todos os âmbitos (religioso, social e político)aconteceram com os Tupy. Entendendo o queaconteceu com eles, entenderemos os demais, queinfelizmente ainda permanecem até nossos dias.Os Tupy-nambá, como dissemos, predominavamno Planalto Central Brasileiro e nas regiões sudeste esul do Brasil, permanecendo, como também jádissemos, em solo e astral brasileiros, comodetentores da Tradição Oculta — o Tuyabaé-Cuaá —o Aumbandan da Raça Vermelha.Os Tupy-guarany, por sua vez, perderam grandeparte dos segredos que compunham a dita Tradição,e passaram a predominar nas regiões nordeste e nortedo Brasil, depois incursionando para a América doSul, na região do Prata.E importante que não nos esqueçamos que, paraos Tupy-guarany, Yurupary significava o diabo,demonstrando a inversão de Conhecimentos quecaracterizava esse grupo. Com o passar do tempo,através dos processos migratórios (de natureza físicae espiritual de grupos reencarnatórios), os Tupyguaranyoriginaram outras civilizações na Américado Sul e Central, principalmente os Maias eQuíchuas.Quando dissemos que originaram, quisemos dizerque eles, através das migrações espirituais,encarnaram no seio dessas tribos, como é o caso dosMaias, Incas, Quíchuas e Astecas. Nessa época, osGrandes Condutores das Raças, os Tubaguaçus, já nãomais encarnavam, aliás de há muito não encarnavam.Partindo dos Quíchuas e Maias, vamos encontrar osprimeiros índios habitantes da América do Norte, nasregiões do atual México do sul dos Estados Unidosos Navajos, que posteriormente originariam umgrupo muito maior, os Sioux, cujo verdadeiro nomepronunciava-se Ciuá (originário de Quíchua). Com opassar do tempo, esses grupos acabaram por chegaraté as regiões do atual Canadá, originando as várias

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nações indígenas da América do Norte. Mais umavez, através de processos migratórios, tanto denatureza física (as incursões vencendo distâncias)como espiritual (reencarnações), os remanescentesdos Tupy-guarany chegaram ao Oriente. Antes deprosseguir, queremos informar que a todas essasplagas, onde no seio das respectivas civilizações osTupy-guarany encarnavam, levavam eles a evolução.Mas a Tradição Oculta já estava totalmentedeturpada. Tanto é verdade que muitos cultos comsacrifícios humanos já estavam fazendo parte doritual de alguns povos. Os Tupy-guarany não tinhamesses costumes, que existiam onde eles incursionaramou encarnaram. Como os Tupy-guarany estavam emcompleta decadência, não tiveram forças morais paraimpedir tais atrocidades. Após essas incursões,chegaram ao Oriente.No Oriente, a civilização que lá florescia teve suaevolução dinamizada pelas reencarnações dessesremanescentes, que chegaram até a influenciar a RaçaNegra, como vimos, originária da Ásia. Quando nosreferimos ao Oriente, estamos nos referindo à Índia,Nepal (nome originado do vocábulo Tupy Nepalâ),Tibete (originário de Tembetâ), China, Mongólia eManchúria. O próprio nome Himalaia, de origemTupy, significa casa das neves. Simbolicamente, essasneves irão funcionar como Refletoras da Luz, ou seja,A Luz Veio do Ocidente, Iluminou o Oriente e Retornaao Ocidente. Assim funciona o Himalaia, como"Refletor da Luz", ou seja, dos Conhecimentos e daTradição, que nessa época encontravam-se nos livrosSagrados da Índia, de RAMA, KRISHNA, BUDA(Sidarta Gautama), no Rig Veda e nos Upanishades.Aí no Oriente, especialmente na Índia, 6 milêniosantes do advento do Cristo, IRSHU fez um grandecisma. Nessa época as Grandes Verdades já haviamsido levadas a outras regiões do globo. Aí mesmo naÍndia, Nepal e Tibete, tinham eles recebido de Altossacerdotes egípcios (os quais eram reencarnações dosverdadeiros Sacerdotes da pura Raça Vermelha) aincumbência de serem os Guardiães da TradiçãoOculta, que estava agora em seu poder. Lembra-sedas 78 placas de nefrita, Filho de Fé, reveladas aquino Baratzil, que sintetizavam toda a Lei ou a Proto-Síntese Cósmica? Visando o Conhecimento Total aoutros locus do planeta, os Tupy-nambáreencarnaram no seio do "povo do Nilo", e látornaram-se poderosos SACERDOTES113UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica

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de OSÍRIS e de ÍSIS, velando toda a TradiçãoOculta, ou seja, o Aumbandan, o Macauam, oTuyabaé-Cuaá. Velaram, como Guardiães da LeiUniversal que são, pois no solo brasileiro aindapermanece a original Lei Divina em 78 placas denefrita.Está enterrada em pleno Planalto CentralBrasileiro, e lá está como um forte talismã, já que"egregoricamente" vibra lá toda a pura mística daRaça Vermelha. Bem, antes de voltarmos ao Egito,passemos pela Mesopotâmia.Como havíamos dito, os Tupy-guarany, lá noHimalaia, reencontraram-se com a Lei, através deseus sábios condutores que agora, novamente, emborade forma lenta, retomavam o comando e construíamum povo dócil, evoluído e mantenedor das Tradiçõesda Lei. Muito lutaram por cima, no plano astralsuperior, os ancestrais da pura Raça Vermelha, paraque os Tupy-guarany reencontrassem seu verdadeirocaminho. Desta feita vale o adágio de se "escrevercerto por linhas tortas", pois o povo Tupy-guaranymuito penou, muito perambulou antes de alcançarnovamente a linha justa. Já que eles mesmosprocuraram as dissensões, então teriam queresponsabilizar-se pelos choques ocasionados, pois naverdade até nossos dias temos seus reflexos. Assim,até hoje lutam desassombradamente, sem tréguas, naesperança de verem restaurada a Proto-SínteseCósmica — o Aumbandan.Como falávamos em linhas anteriores, voltemos àMesopotâmia. Então, a partir da Índia, a Tradiçãodifunde-se pela Mesopotâmia, na Assíria e na Caldéia(caracterizada por evoluídos conhecimentos na áreada Astronomia), atingindo finalmente o Egito.Façamos aqui um lembrete ao leitor amigo. OsTubaguaçus, originários dos Tupy-nambá, já haviamencarnado no Egito, como também na Índia, velandopelos Mistérios Maiores da Proto-Ssíntese. Pelaimigração, os Tupy-guarany chegam também aoEgito, chegam recuperados, e de novo se juntam aseus irmãos Tupy-nambá. É a Lei Kármica em ação.Repetindo: no Egito, encarnam não só os antigosTubaguaçus originários dos Tupy-nambá, mastambém os originários dos Tupy-guarany, além dosoutros Seres originários, que até lá chegaram peloprocesso de imigração espiritual (correntesreencarnatórias), ocorrendo aí a fusão dos doisgrupos desdehá muito separados pelas citadas cisões de ordemreligiosa, social e política.

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Nessa época, a Tradição Oculta é sintetizadapelas Ordens de Yo: Yoshi (conhecida comoORDEM DE ÍSIS) e Yoshirá (conhecida comoORDEM DE OSÍRIS), cujos Templos situavam-seem três cidades principais: Mênfis, Tebas e Almarak.Devemos frisar a importante atuação, nessasOrdens, de Grandes Sacerdotes originários doprimitivo Tronco Tupy. No Egito, grande parte daTradição permaneceu oculta e acabou por se perder.Mesmo assim, o Egito influenciou de formasignificativa toda a África, principalmente o povoBantu (Congo, Angola, Cassange) que mais tarderetornaria ao Brasil através do processo escravagista,que trouxe muitos africanos ao solo brasileiro. Comessa nossa pequena viagem aos 4 cantos do mundo,através do espaço-tempo, fica claro que, com oressurgimento do Movimento Umbandista no Brasil,a Tradição até então oculta estará retornando à suaverdadeira origem.Em solo brasileiro, sob a Luz do Cruzeiro Divino,a Tradição do Saber e do Conhecimento Humano sefará presente, como há muito tempo, tempo em que aRaça Vermelha vivia no apogeu.Bom, Filho de Fé, após longas passagens, ondeinterpenetramos os 4 cantos do Universo,observamos que a Lei, de todas as formas, tentava sefazer presente, mesmo com os vários obstáculos.Vimos também que a Proto-Síntese sempreesteve presente, de forma velada, com todos ospovos. Em virtude dos marginais cósmicos é que aProto-Síntese precisou ser ocultada, surgindo assim asCIÊNCIAS OCULTAS ou TRADIÇÕESHERMÉTICAS. Foi então, desde essa época, que oConhecimento foi fragmentado e disperso.A Corrente Astral de Umbanda, através doMovimento Umbandista, o qual será motivo deestudo em outros capítulos, visa estabelecer a Sínteseperdida. Até lá a Tradição estará oculta. Logo após arestauração da Umbanda, a Tradição deixará de seroculta: nada que está velado deixará de ser revelado,depende apenas do momento certo de sê-lo.Sabemos que o Conhecimento está todoembaraçado, todo adulterado. Até a própria Tradição,a Proto-Síntese Cósmica, o Tuyabaé-Cuaá, teve seusfundamentos mais simples invertidos, começandopela sua Numerologia Sagrada.114CAPÍTULO VIIIAssim é que, através do povo egípcio, umSacerdote Iniciado em seus Templos Sagrados, que

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mais tarde iria reunir as 12 tribos judias, formulou aopovo hebreu ou judeu a Proto-Síntese, chamando-a deCabala, que para eles significava "A Potência dos 22".Em sentido hierático, Cabala significa: "Aquela queAcoberta", "A Guardiã da Lei Divina". Assim é queASSARSSIF, seu nome de Iniciação nos Templosegípcios, velou ao seu povo a VERDADEIRATRADIÇÃO, pois além de chamar a Tradição deCabala, dividiu-se em Arcanos. Chamou os Arcanosde Maiores (22) e Menores (56) e guardou na ArcaSagrada da qual se falam maravilhas, mas que emverdade era uma pilha de grandes proporções e, comoé óbvio, provocava, quando aberta, pois fechava entãoum pequeno circuito elétrico, a eclosão de faíscaselétricas, com verdadeiras descargas.Como vimos, caro Filho de Fé, as deturpações eas confusões foram muitas e todas vieram embaralharcada vez mais todos os entendimentos.A dita Escritura Sagrada, ou Bíblia, veioocidentalizar-se totalmente adulterada, compostasegundo o desejo de uns e outros, à revelia dosverdadeiros e reais Princípios.Muito já foi adulterado, e daqui para a frentemuito terá de ser mudado.Em outros capítulos, entraremos maisdetidamente em tópicos em que aqui só passamos poralto.Ao terminar este capítulo, vamos nos prepararpara o outro, que fala do mediunismo, que aliássomente surgiu para restaurar a VERDADE, aPROTO-SÍNTESE CÓSMICA.Assim, sem demora, falemos do mediunismo.CISÃO E REUNIÃO DO TRONCO TUPY115

Surgimento da Mediunidade — Necessidades — Os 7Sentidos — A Tela Atômica ou Etérica — Os NúcleosVibratórios ou Chacras — A Verdadeira Cabala — AsPrimeiras Manifestações Mediúnicas — Manifestações dosMagos da Raça Vermelha na Raça Atlante — O que São osMédiuns — O Verdadeiro Mediunismo — O Mediunismocomo Via Evolutiva117

ilho de Fé, após viajarmos pelos 4 cantos do planeta, observamos que, no decorrer do espaço-tempo, aProto-Síntese Cósmica, e com ela a Proto-Síntese Relígio-Científica, foram sendo deturpadas,confundidas, interpoladas e completamente invertidas em seus mais profundos e puros valores e, por fim,

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completa e totalmente esquecidas pela grande maioria das humanas criaturas. Assim, antes de adentrarmos nosurgimento da mediunidade, é necessário que nos aprofundemos até as raízes das deturpações e, quando láchegarmos, entenderemos o mecanismo real, sem os véus do mito, do porquê da mediunidade.Como dizíamos, a Lei vinha sendo postergada, quando alguns raríssimos Iniciados, Guardiães da Tradiçãodo Conhecimento ou Proto-Síntese Cósmica, guardaram-na, trancafiaram-na no interior das Ordens, Templos,Colégios Divinos, Academias Sagradas, etc. E, por que assim o fizeram? Assim o fizeram porque foramcombatidos e perseguidos cruel e ferozmente por todos aqueles interessados em inverter e encobrir asVerdades, isso para que eles pudessem se sobressair e para que seus instintos e desejos ligados ao mundo dassombras pudessem ter caminho livre às ações nefastas e deletérias. Guardaram-na muito principalmente dosolhares e das mãos dos hipócritas de todos os tempos, pois o Conhecimento em suas mãos seria, seguramente,muito perigoso e danoso para toda a humanidade.Nesse período houve uma retração, um ocultamento das Tradições do Conhecimento Uno, surgindoassim, como vimos, as Ciências Esotéricas ou Tradições Herméticas, as quais eram transmitidas apenas nointerior dos Templos. Com o ocultamento da Tradição do Conhecimento Uno, ficamos pois com doisConhecimentos. Primeiramente, o do interior de raríssimos Templos, que eram os Guardiães da Tradição doConhecimento Uno, que passa a ser chamada de Tradição Oculta ou das Ciências Herméticas, que em verdadevelavam e resguardavam o Conhecimento Integral, o Conhecimento Total.O outro conhecimento era o profano, aberto, público, que ficou ou permanece até os dias atuais, que foidenominado como oficial, sendo transmitido a todos. Esse conhecimento é o das nossas Ciências oficiais, oudos bancos acadêmicos.Foi então, nessa época, que as Ciências foram ocultadas, passando a chamar-se Ciências Ocultas. Aocontrário do que muitos dizem, as Ciências Ocultas não são empíricas, pois contêm a Tradição doConhecimento Integral. Dias chegarão em que haverá o reconhecimento dessa Tradição; até lá aguardemos,cumprindo a nossa parte. Mas se falamos que essas Verdades eram guardadas nos Templos, que Temploseram esses?Para responder, precisamos nos aprofundar na história das deturpações nos 4 cantos do planeta, o que jáesboçamos no capítulo anterior.

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Então, relembremos: todo o Conhecimento surgiu da pura Raça Vermelha, em pleno solo brasileiro, eficou velado em Templos que foram e permanecem soterrados em pleno Planalto Central Brasileiro. Velamas 78 placas de nefrita, que se compõem de 21 placas numeradas e grafadas que se correspondem com aProto-Síntese Cósmica e 57 placas numeradas e grafadas que se correspondem com a Proto-Síntese Relígio-Científica, isto é, o Conhecimento UNO de que fazem parte a Religião, a Filosofia, a Ciência e a Arte. Tambémjá vimos que, através do processo migratório tanto físico como espiritual, a Tradição do Conhecimento Uno119FUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaou do Saber Total alcançaria todos os cantos doplaneta. Tudo se iniciou na América, no Baratzil, e édaqui que a Luz-Tradição irradiar-se-ia para todo oplaneta. Vimos que o primeiro nome dessa Proto-Síntese Cósmica foi Aumbandan. Surgiu umsinônimo, ainda no seio da Raça Vermelha —Macauan —, que em verdade significa a mesmaProto-Síntese Cósmica. Os condutores da pura RaçaVermelha assim fizeram em virtude das possíveisdeturpações e cisões que poderiam surgir, como emverdade surgiram. Assim, o segundo nome foiMacauam. Lembremo-nos de que, quando a Proto-Síntese Cósmica foi ocultada, no seio da RaçaVermelha, foram seus Guardiães Sagrados os 12Anciãos. Aí teremos o terceiro nome da Proto-SínteseCósmica — TUYABAÉ-CUAÁ — A SABEDORIADOS ANCIÃOS — A TRADIÇÃO VELADAPELOS 12 ANCIÃOS. Repetimos esses fatos paraque os Filhos de Fé possam entender, logo mais,nossos estudos relativos às primeiras manifestaçõesmediúnicas.Bem, após revelar a Tradição do ConhecimentoUno ou Integrado, o povo da Raça Vermelha, atravésdo Tronco Tupy, pela nação Tupy-guarany, levou oConhecimento deturpado desde a América Centralaté a América do Norte, atingindo depois o Oriente,principalmente Índia, Nepal, Manchúria, Mongólia,China e arredores.Os brâmanes, sacerdotes hindus, velaram pelaTradição que tinham recebido diretamente dosegípcios, por meio de seus grandes sacerdotes, queeram reencarnações dos próprios Tupy-nambá quehaviam ficado no Baratzil, reencarnando apenas noEgito e Índia, para em verdade refazer a união comseus irmãos errantes, os Tupy-guarany. Assim,

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levaram ao povo do Nilo os ensinamentos relativosao Tuyabaé-Cuaá.Transmitiram-lhes, em solene e singela cerimôniaastral do planeta, as 78 placas de nefrita que, noentanto, para serem decifradas ou decodificadas,precisariam de mais uma chave. Realmente foi umaCERIMÔNIA PLANETÁRIA. Houve, no Egito, amaterialização das 78 placas, que, após serem copiadasem 78 placas de ouro, foram desmaterializadas erematerializaram-se quando voltaram ao seu localoriginal, no Planalto Central Brasileiro. E claro que,nosArquivos Iniciáticos do Astral, existe a cópiaoriginal, a qual, como veremos no fim de nossopequeno livro, está nas mãos da pura Raça Vermelhae de sua representante — a Umbanda. Nesse soloafricano, a Raça Vermelha, através dos egípcios,transmitiu seus ensinamentos aos negros docontinente, principalmente os etíopes. Muitossacerdotes egípcios (a pura Raça Vermelha —reencamações dos primitivos e poderosos Tupynambá)reencarnaram na Índia, no intuito derestaurar o Conhecimento que já estava deturpado,pois lá chegou já esfarrapado com os Tupy-guarany.Então, na Índia, os dois povos, ou melhor, as duasnações que formavam o Tronco Tupy, sereencontraram e juntas começaram a reconstrução dopoderoso Tronco Tupy, isso em nível kármico-astral.Muito lutaram para isso os Tupy-nambá, que desde oinício foram fiéis às Leis Cósmicas.Antes de prosseguir com a Índia, relembremosque a China também recebeu deturpados osConhecimentos relativos à Proto-Síntese Cósmica.Muito mais tarde é que, através do FO-HI, LAO-TSÉe outros, tentaram, sem conseguir restaurar oConhecimento. Rudimentos ou resquícios da Proto-Síntese Cósmica são encontrados no I KING que,como outros, tornou-se um mero jogo especulativo,para divertir e acalmar a curiosidade leiga. É bomque se diga que já há uma forte Corrente Astralrestabelecendo a Verdade no seio dessa prósperanação amarela.Mas, voltando às terras banhadas pelo Ganges, aÍndia fica parcialmente depositária da Tradição, poisatravés de Rama, em seu Livro Circular ou Estreladoem futuro teria também as chaves certas para abrir einterpretar os mistérios da Proto-Síntese Cósmica —o Aumbandan. Com tudo isso, os Filhos de Fé devemter percebido que o vocábulo Sagrado — oAumbandan — já estava perdido e adulterado.

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Raríssimos sacerdotes egípcios e hindus (herdeirosdos Tupy-nambá e Tupy-guarany) é que opronunciavam no âmago do Templo e mesmo assimsomente diante da mais alta Cúpula Sacerdotal. Apartir dessa época, os Fundamentos da Proto-SínteseCósmica seriam velados pelos egípcios e estariampois liberados os hindus, os quais ficariam naretaguarda, como fortes guardiães das VerdadesUniversais. Assim é que, no Egito, os sacerdotesresolveram (a Raça120CAPÍTULO IXVermelha decidiu) velar mais uma vez o nome daProto-Síntese Cósmica. Lembremo-nos de que oterceiro nome foi Tuyabaé-Cuaá, a Tradição mantidapelos 12 Anciãos ou a Sabedoria dos Velhos. O quartonome, então, seria ITARAÔ. Decifremos o vocábuloItaraô: ita — pedra ou I — potência, ta — fogo,portanto, Divindade; raô: ra — reinar, aô — mistério,véu. Assim, podemos traduzi-lo como A PEDRA DOREINO DA LUZ ou o MISTÉRIO DA LEI DIVINA— a própria LEI DIVINA — a SÍNTESE TOTAL.Mais tarde foi chamado Itarô, para finalmente tomara denominação de Tarô, o qual tem o mesmosignificado de Itaraô, podendo também serdecodificado como o Mistério da Vida, vida nosentido de Amor e Sabedoria. Assim, nos Templosde Mênfis e Tebas (nos Templos de Yokabed), o Tarôfoi guardado e velado a 7 chaves. O Tarô foi divididoem forma de ARCANOS. Dividiu-se em 21 ArcanosMaiores e 57 Arcanos Menores. Muito depois dessaépoca é que o Arcano foi definido como mistério,segredo, mas a priori eram as REVELAÇÕESDIVINAS, e com elas certa ordem de fatores moraisespirituais.Só nos falta relembrar ao Filho de Fé e ao amigoleitor que foi no Egito que os dois Troncos sereuniram de fato, para de lá poderem retornar aoBaratzil com toda a Tradição restaurada.*Assim, retorna adulterada a Tradição e com asdeturpações ocorre todo o séquito de cisões queinvadiu o Baratzil até nossos dias. Mas a Proto-Síntese há de ser restaurada, e está sendo através doMOVIMENTO UMBANDISTA, que justamentesurgiu com essa missão.Após as cisões tradicionais, temos as maisrecentes, como aquela em que a Ordem Dórica (deMelquesedeque) foi substituída e totalmentevilipendiada pela Ordem Yônica. Na própria Índia,há 6.000 anos aproximadamente, tivemos o Cisma deIrshu, com destruição quase que total da Tradição

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que já era oculta. Aí está um dos motivos pelos quaisos mistérios da Proto-Síntese não foram lá velados,tanto que os sacerdotes egípcios seresponsabilizaram por sua guarda. Assim é que atéhoje, na Índia, permanece uma série infindável deFilosofias e Religiões, sem que nelas se encontre osubstrato da Proto-Síntese Cósmica. Claro que umaou outra Escola Iniciática hindu tem Fundamentos, osquais, assim como quaisquer outros, devem serrespeitados. Mas daí a se dizer que contenham aProto-Síntese Cósmica vai uma diferença meridiana.O Movimento Umbandista da atualidade não se utilizade Conceitos Teosóficos ou mesmo do OcultismoIndiano, por não representarem eles os anseios darestauração do AUMBANDAN. Muitos dirão que, naprópria Índia, no Budismo Esotérico, em sua místicasagrada, encontraremos o termo Kumbandas. Claroque isto é real, mas não com significação de Proto-Síntese Cósmica. Como dissemos, as deturpações einterpolações existiram e existem, mas acreditamosque o budista convicto merece nosso sincero respeitoe que o Budismo deve atender a muitas almas ainda aele ligadas por injunções kármicas diversas, sendoele um dos caminhos ao Religare, assim como outrose quaisquer sistemas religiosos. Mas é bom que seentenda que nós não somos a favor ou contra ossistemas religiosos, pois acreditamos que elesexistam com finalidades justas. No entanto, estamossendo apologistas não de uma religião, pois a nossareligião é aquela que nos une em Espírito com anossa Essência, ou seja, a nossa ConsciênciaCósmica, que não é Deus (vide Capítulo 1).Como dizíamos, somos apologistas da Proto-Síntese Cósmica e, dentro dela, da Proto-SínteseRelígio-Científica. Assim, o verdadeiro umbandista éuniversalista, não no sentido de fazer uma "grandemistura", mas no sentido de entender as misturas e osvários entendimentos que se encontram dentro delas.Assim, quanto mais dissermos que somos religiosos,menos nos encontraremos próximos da verdade, esim cada vez mais distantes dela.O verdadeiro Umbandista não é só religioso, éligado às Filosofias, às Ciências e às Artes. Separa ojoio do trigo e, mesmo assim, com critérios.Mas voltemos ao Cisma de Irshu, na Índia. Emrelação a ele, devemos dizer que não foi o único, poiso povo hebreu, através de seus condutores, em* Obs. — Dissemos de fato pois na Índia também houve o encontro, mas através da reencarnação dos Tupy-nambá, os quais carrearamo Tronco para as plagas africanas, lá se reunindo e voltando juntos ao Baratzil.

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121UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaespecial Moisés, inverteu edeturpou a dita Proto-SínteseCósmica, que eles começarama chamar de Cabala (5º nome),também com seus Arcanos, sóque dividimos em 56 ArcanosMenores e 22 Maiores,somente porque seu alfabeto,o hebraico, tinha 22 letras.Assim, embaralhou-se econfundiu-se ainda mais todo o entendimento, noOriente e no Ocidente. Até hoje, infelizmente, atécerto ponto, muitas Escolas Iniciáticas guardam eensinam a seus prosélitos, até iniciando-os, essaTradição completamente adulterada e deturpada, rota,arrumada e ajeitada ao entendimento de um e outro eao bel-prazer de seus dirigentes. Enfim, usurparam eusurpam a Verdade, mas enfim... Sim, Moisésajeitou, ajustou ao seu povo, fez uma nova chave deinterpretação, pois em verdade ele, Moisés, sabia quea Proto-Síntese Cósmica era composta de 57 ArcanosMenores e 21 Arcanos Maiores.Em outros capítulos, provaremos geométrica ematematicamente que 57 e 21 são os Arcanosmenores e maiores, respectivamente. Tambémtentaremos provar como Moisés chegou nos 22 e 56,velando através de uma chave simples toda ainterpretação.Por ora, só queremos que o Filho de Fé percebaque existe uma forte Tradição Esotérica nas figurasgeométricas, em especial no triângulo, o qual serámotivo de estudo mais avante em nossos humildesapontamentos, bem como na estrela triangulada ouhexagrama, que é o mesmo CÍRCULOESTRELADO DE RAMA (Emissário da RaçaVermelha, enviado da Confraria de Oxalá), que não édiferente do Livro Circular citado por João em seuApocalipse. Disso os hebreus tiraram proveito, tantoque seu símbolo máximo é o HEXAGRAMASAGRADO. Neste exato momento, pedimos ao Filhode Fé que redobre a atenção, pois de forma bemsimples provaremos agora o que também faremos, deforma mais profunda, em capítulo ulterior.O dito Tarô é composto de 78 placas. Essasplacas são os chamados Arcanos. Dividiram osArcanosem: 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores(Cabala Hebraica).

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Analisemos pois geometricamente earitmeticamente os dois sistemas: o hebraico e oegípcio (o da antiga Tradição, não o atual).Como vemos, o Triângulo e o Hexagrama, quedeveriam fazer parte do sistema (entre os menores emaiores) como manifestações da própria Lei, nãoapareceram. Surgiu a linha singela como símbolo de2 (—), e o quadrado como símbolo de 4 (□). Ohexagrama apareceu no 78, mas o que é o hexagramasenão triângulos entrecruzados em seus centros, comos vértices invertidos? Assim, para surgir umhexagrama, são necessários triângulos, o que nãoaconteceu.Muitos Filhos de Fé não devem ter entendidocomo, do número 56, chegamos ao 2. É fácil, Filhode Fé. Observe acima. Do número 56, somamos seusalgarismos (5 + 6), temos o nº 11 como resultado; donúmero 11, somamos seus algarismos (1 + 1 = 2).Assim chegamos ao 2. Em verdade, o que fizemos étirar aquilo que se aprende em matemática ouaritmética como sendo a "prova dos noves". Observe:56-9 = 47; 47-9 = 38; 38-9 = 29; 29-9 = 20; 20-9 =11; 11-9 = 2,como queríamos provar. Na verdade, no sistema pornós aqui mostrado, o 2 é excedente. Todo sistema denumerologia obedece esse esquema, claro que para osistema cuja base seja 10.Observamos aqui a coerência, pois tanto osArcanos Maiores como os Arcanos Menores, naNumerologia Sagrada e mesmo na GeometriaSagrada, representam a própria LEI, na forma deESTRELA TRIANGULADA ou HEXAGRAMAMÓVEL122CABALA HEBRAICA — TARÔCAPÍTULO IXDO LIVRO CIRCULAR (O Livro Cósmico deixadopor Rama). Assim:A Síntese, o 78, é representado por um triângulocom um vértice apontado para baixo — LeisRegulativas ao nosso Sistema Kármico, ou seja, aoplaneta Terra — e por outro triângulo com umvértice apontado para cima, correspondendo à Proto-Síntese Cósmica, isto é, às Leis Regulativas doUniverso Astral. Os Triângulos entrelaçados dão oHexagrama ou a Estrela Triangulada, que é o próprionúmero 78.Assim, mostramos esses fatos só para que o Filhode Fé estudioso possa ir sentindo e entendendo comoaconteceram as deturpações, o que na verdade é uma

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constante em nossos dias. Outrossim, ao citarmos oITARAÔ, não podemos deixar de relacioná-lo com oIfá, que em verdade era Itafaraó, para depois serchamado Ifaraó. Observemos que aqui houvedivergência.A primeira foi que o Sacerdote-Rei, do Egito, erao Faraó.Houve a perda do I, que no alfabeto sagrado querdizer Potência; Senhor.123A segunda foi a perda deRAO, originando Ifá. PerdeuseRAO — o Poder ou o FogoPoderoso. A sílaba FAsignifica Vozes Harmoniosas eI, Potência. Enfim, IFÁsignifica Potência da Voz ouO que Fala.Ao citarmos Ifá, nãopoderíamos deixar de grafarum sinal que se relaciona diretamente com oTuyabaé-Cuaá e com aquilo que ficou vulgarizadocomo Oponifá. Este sinal é tão velho, que somenteantigos sacerdotes de Ifá, no próprio Egito, é queeram conhecedores de seu significado oculto.Bem, Filho de Fé, assim nos expressamos paraque você possa entender bem quando citarmos oOponifá, que, como veremos, nasceu no seio da puraRaça Vermelha, transmitindo-se depois aos Tupynambáe, através desses, aos egípcios, que o passaramaos hindus. Esses, por sua vez transmitiram esseConhecimento velado aos povos arianos, isso já muitopróximo de nossos tempos. Os árabes e persaspassaram-no ao povo africano, em especial aosSudaneses.Em alguns povos, hoje nações africanas delínguas Yoruba (moderna), os Fon, o vocábulo Ifá échamado Fá (perdeu-se o I inicial e o Raó final).Mas voltemos ao nosso tema central. Omediunismo surgiu justamente para sanar asdeturpações que, como vimos, foram uma constantena história de nossa humanidade. Vejamos pois comoera o relacionamento astro-matéria antes, ou seja, nasfasesCABALA EGÍPCIA (Antiqüíssima) — TARÔUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaimediatamente anteriores ao aparecimento domediunismo.Na pura Raça Vermelha, possuíam os Seresencarnados 7 sentidos naturais, intrínsecos aos seus

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corpos físicos. Em outras palavras, os sentidos deordem astral eram inerentes ao psicossoma dos SeresEspirituais daquela época. Expliquemos maisminuciosamente: entre o corpo físico e o corpo astralnão havia nenhum delimitador vibratório oudimensional, ou seja, os meios de comunicação com oplano astral eram naturais. Não eram necessáriaspontes, ou seja, portas vibratórias que se abrem oufecham. Já dissemos que alguns Seres Espirituaistinham como próprias de suas constituições físicasmaiores facilidades de "penetração", tal comoqualquer Ser humano normal que possua um ou outrosentido mais desenvolvido. No caso desses SeresEspirituais terem "maior poder de penetração" isso seexplica por serem os mesmos Condutores Morais dapura Raça Vermelha, tendo pois um contato maisdireto com seus comandos ancestrais. Naquelesáureos tempos, tinha-se plena convicção dos porquêsda reencarnação e do desencarne. Tinha-se enfim umaGrande Família Cósmica, composta de SeresEspirituais encarnados e desencarnados, em outrasdimensões da matéria. É por isso, por causa desseconhecimento, que muitos aborígines dos temposatuais dizem que vão retirar-se para as montanhas e láirão esperar a morte, fazendo isso de maneira natural,tal qual naqueles idos e gloriosos tempos em que onascer, o viver e o morrer eram consideradoscondições naturais e necessárias, não causandonenhum trauma. Não havia mortes bruscas, pois nãohavia contundência em seus corpos. Com isso,afirmamos que humano não matava humano ehumano não matar va animal para alimentar-se. Aalimentação era totalmente composta por elementosvegetomarinhos. Muito mais TARDE é que houve ainversão da alimentação da humanidade e com ela oterrível fluido de um semelhante destruir a vida deseus semelhantes. Aí acabou o PARAÍSOTERRESTRE, que era uma casa planetária derecuperação e higienização.Por esses fatores, o Filho de Fé atento deve estarentendendo o porquê de ter surgido o mediunismo,pois os fenômenos sensoriais ou os sentidos,principalmente os superiores, foram se deteriorandoem cada nova fase reencarnatória.No período em que eram naturais,conscientemente inerentes aos sentidos físicos, arelação entre os Seres Espirituais encarnados e seusancestrais no plano astral era, como dissemos,natural. Não possuía o Ser encarnado aquilo queerroneamente chamam de tela atômica, a qual teria

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sido rompida com o aparecimento do mediunismo.Com todo respeito aos Filhos de Fé terrenos queassim pensam, o que aconteceu foi justamente ooposto. Vamos primeiro entender o que é essa telaatômica. Essa tela atômica, de forma bem simples,seria uma espécie de resistência altíssima, queimpede que a vida astral se manifeste na vida físicadensa.Na verdade, quando essa tela atômica surgiu,todas as portas de comunicação entre os planos físicoe astral foram fechadas. Com esse fechamento ouproibição vibratória, não era mais possível haver acomunicação natural com o astral. Também amemória de outras vidas foi bloqueada, numcomplexo mecanismo exercido sobre o corpo mentalem seus núcleos vibratórios intrínsecos e até oscentros de forças superiores do corpo astral e seusequivalentes no corpo etérico, que passou a ter"consistência" e fazer parte da resistência vibratóriaque acima falamos. No corpo físico denso, amemória, que antes tinha dimensões ilimitadas,limitou-se e ficou, no que concerne ao passado,impressa em regiões medulares, na denominadapaleopsique e nas regiões do encéfalo correspondentesàs regiões corticais occipitais, algo que veremos maisadiante. Importantíssimo que citemos que asfontanelas cranianas, na época da comunicaçãonatural, eram abertas, fato esse que tambémfacilitava, magneticamente falando, os processosvisuais e auditivos. Aliás, os sentidos superiores seriamos que hoje denominamos de Vidência astral ouclarividência e intuição, sendo essa uma espécie deantena captadora das mensagens dos ancestrais. Eram,enfim, a 4a e 5a dimensões, ou seja, o espaço-tempoilimitados. Resumamos o que até aqui expusemos,para depois prosseguir rumo ao mediunismo.Então havíamos dito que na pura Raça Vermelhaera natural a comunicação entre os Seres Espirituaisdo plano físico com os do plano astral. Vejamoscomo era o processo:124CAPÍTULO IX1. Os 7 sentidos ou órgãos dos sentidos eram muitomais sensibilizados. Dissemos 7 pois, naquelestempos, além dos 5 órgãos conhecidos, tínhamosmais 2, ditos superiores. Os 2 sentidos superioresrelacionavam-se com a visão astral e a intuiçãopremonitora (devido a centros da memóriaabertos). Eram a 4a e 5a dimensões (espaço-tempoilimitados).

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2. O corpo mental tinha acesso livre ao corpo físico,através de fracos laços de impedância do corpoastral, facilitando assim a plena consciência do meio.3. O corpo astral tinha seus núcleos vibratórios emperfeita harmonia; freqüências as mais altaspossíveis dominavam seu tônus; havia muitafacilidade em ter-se normalmente aquilo que hoje échamado desdobramento da consciência oudesdobramento astropsíquico (nas ditas viagens aoastral, transes, etc).4. O corpo etérico, na época, era apenas um anteparovibratório armazenador de ENERGIAS LIVRES,as quais podiam, por exemplo, ser usadas no atodo desdobramento da consciência. Não tinha afunção que desempenha hoje.5. Não havia a tela atômica, que é uma guarniçãoprotetora aderida às últimas camadas do corpoetérico, filtrando ou impedindo imagens, sensaçõese vivências de outra dimensão que não esses 3 aque os Seres Espirituais encarnados aqui na Terraestão habituados em seus sentidos e conscienciais.E verdadeiramente uma tela protetora, inibidora dasimagens do plano astral no plano físico,bloqueando inclusive certos planos da memória (ado passado). Em verdade, naquela época, essa telaatômica não existia. Portanto, não foi dorompimento da tela atômica que decorreu omediunismo, ou seja, não foi uma condição sinequa non para o mediunismo. Ela surgiu paraimpedir a comunicação natural com as outrasdimensões. Quando ela surgiu, essa comunicaçãonatural desapareceu. Não faziam mais parte daconstituição física os outros órgãos superiores dosentido. Com isso, fica patente que os órgãos seatrofiaram com o surgimento da tela atômica. Masinsistimos que, naquela época de comunicaçãonatural, não havia a tela atômica. Ela surgiujustamente para impedir essa comunicação naturalentre o plano astral e o plano físico.6. Como a relação entre os Seres Espirituais no corpofísico denso e os de corpo astral era natural,conheciam os do corpo físico denso meios dealimentação que os preservavam de sacrificarqualquer animal. Não conheciam o que era o sanguevermelho. A alimentação era basicamente constituídade algas e vegetais. Aproveitavam o máximo aenergia solar e respiravam com sabedoria,absorvendo ele mentos vitais para sua organização.Quando citamos a alimentação, os Filhos de Fédevem ter imaginado que os corpos físicos eram

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fragilíssimos. Puro engano, caro Filho de Fé! Aocontrário, eram corpos muito mais hígidos erobustos, sem precisarem, é claro, ficar distróficosdevido aos excessos alimentares e aos hábitosmenos refinados de alimentação. Assim, aalimentação era essencialmente natural. Nada dedoces (glicídios), nada de sais (cloreto de sódio) emuito menos as hoje tão propaladas dietas dessa oudaquela forma. A alimentação era sagrada e comotal os alimentos. Não se alimentavam por prazer,mas por necessidade de manter seus corpos físicose astrais hígidos para desempenhar as funções queos ajudassem a se elevar espiritualmente. Fala-semuito, hoje em dia, da Macrobiose. Acreditamosque seja ela uma tentativa empírica de se conseguirum balanço energético no organismo já intoxicadoe impregnado de carnes e mais carnes sangrentas.Por ter ela essa finalidade, achamos uma valiosatentativa. Visa dar uma pausa e, quem sabe,restaurar as funções naturais dos órgãos.Acreditamos que mesmo essa alimentação deve sercriteriosamente analisada e, por preconizarsomente o arroz, ou como base o arroz, carece demaiores estudos por parte das humanas criaturas,que naturalmente têm um tendência a seremradicais. Ainda neste livro, preconizaremos umaalimentação que visa energizar sem ferir asorganizações etérico-físicas. Vimos pois que aalimentação era algo que facilitava, e muito, acomunicação natural entre os 2 planos.7. A conduta dos Seres Espirituais da pura RaçaVermelha era essencialmente responsável efraterna. Não tinham sentimentos menos dignos,tão comuns nos melhores Filhos da Terra emnossos dias.125UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaAssim não conheciam ações contundentes sobre seuscorpos — físico, astral e mental. Pelas própriasações benéficas, as reações eram as melhorespossíveis, e mesmo a Natureza nunca os agredia,pois eles viviam em perfeita harmonia com amesma. Também não conheciam os reveses naturais enem as ditas fatalidades. Ninguém morria por morteviolenta, quer fosse por acidente quer fosse provocada.Não havia o fratricídio e nenhuma forma de violênciacontra a vida. Claro está que o suicídio eracompletamente ignorado. Não havia desvios deconduta sexual. O sexo era ato divino, era ato de"despertar Consciências" e de unir mais

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profundamente as Almas. Era a concretização doAmor das Almas e não era considerado coisapecaminosa ou contrária aos bons costumes.Após esse pequeno resumo, devem os Filhos deFé estar pensando como seria bom termos umahumanidade com esses elevados e dignos padrõesconscienciais e vivenciais. Filho de Fé, o caminho élongo, a jornada íngreme, mas caminhemos paraaqueles gloriosos tempos. Essa é a finalidade da Proto-Síntese Cósmica. A via é a Tradição rediviva e é porisso que existe a Corrente Astral de Umbanda e amediunidade como meio para se alcançar esses novostempos. Não paremos, já perdemos muito tempo.Teremos de trabalhar, trabalhos árduos nosaguardam. Mas valerá a pena, pois iremosreconstruir. Aliás, já começamos e só pararemosquando retornarmos àqueles tempos de Amor eSabedoria.Bem, o Filho de Fé deve estar pensando quandoaconteceu esse obscurecimento da humanidade, comofoi o rompimento desse mecanismo natural decomunicação entre os planos astral e físico.A resposta não é tão simples, não foi apenas umfato isolado em si, mas sim a contaminação edeterioração da mente e da conduta da humanidadeque levaram ao rompimento dessa porta aberta entreos planos.Isso aconteceu na 4a Raça Raiz, a Raça Atlante.Aconteceu porque a pura Raça Vermelha foideixando de reencarnar e iniciaram seus processosevolutivos, através da encarnação terrena, outrosSeres Espirituais desgarrados do Universo. Quandodissemos que deixaram de reencarnar, não queremosdizer que "todos" deixaram de reencarnar. Os grandesCondutores haviam preparado outros Condutores, eesses, outros e mais outros. Os primeiros Condutoresda Raça Vermelha não estavam reencarnando,estavam participando da Confraria dos EspíritosAncestrais e aceitaram receber SERESESPIRITUAIS MARGINAIS DO UNIVERSO, queencarnaram em conjunto com os seus remanescentesretardatários. Isso aconteceu na Atlântida, em um deseus locais, e não na Atlântida toda. Nesse local,onde encarnaram em massa os marginais do universo,eram eles a população dominante. Infiltraram-se, muisutilmente e sabiamente, através das migraçõesreencarnatórias, entre muitos Vermelhos da própriaAtlântida, os quais mantinham vivos em seusconscienciais os mecanismos naturais dacomunicação com o plano astral. Começaram então a

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incrementar a evolução dos até então marginais douniverso. Muitos deles conseguiram evoluir,desataram os laços do crime em que tinham seenvolvido e logo passaram a ajudar seus irmãos aindaenvoltos e caídos nos fulcros do crime. E claro que osMarginais do Universo não possuíam os mecanismosnaturais da comunicação astral, pois já possuíam atela atômica em seus organismos astrofísicos. Assim,tinham que evoluir e redimir-se e muitos até queconseguiram, mas a maioria voltou aos velhoscostumes e hábitos onde predominavam o orgulho, oegoísmo, a vaidade, o autoritarismo, o militarismo,etc. Tinham recebido a chance de se remodelarem,buscando a senda da reabilitação, mas em verdade serevoltaram, foram insubmissos e formaramverdadeiras rebeliões, as quais se estenderam sobretoda a Atlântida. Se insurgiram contra os Condutoresque lhes mostravam o caminho da libertação e darecuperação. Movimentaram várias formas deopressão contra seus tutores beneméritos. Usaram daagressividade, do militarismo e do autoritarismo paracoagir, para coibir idéias e ideais, usando violênciafísica e astral. Iniciam-se então os morticínios,criando um karma passivo muito negro aos seusexecutores intelectuais. A par desse morticínio,desenrolaram-se verdadeiras GUERRAS MÁGICAS.A Magia, a Sagrada Arte, passa a ser usada comoarma portentosa para agredir, contundir, ferir ematar. E um confronto entre a Magia Branca, oaspecto126CAPÍTULO IXpuro da Magia, e a Magia Negra, o aspecto deturpado,agressivo e ostensivo. Assim, é dessa época negra, emque se fizeram vários rios de sangue, com homemmatando homem, que surgiram as várias doenças,como reação às ações nefandas criadas e geradas.Surgiram as doenças de todos os matizes, pois jáhaviam alterado profundamente o corpo astral,através de atos espúrios, os quais resultaram nasmais terríveis moléstias e no aparecimento de umamicroflora patogênica agressiva, além da BASE DAREVOLTA NATURAL — os vírus patogênicos, ouseja, os que produzem doenças.Tanto os vírus como a microflora (bactérias) sãodegenerações da Natureza, devido ao acúmulo depensamentos inferiores e animalizados. As energiasda mente degeneraram, agrediram a Natureza, quepor sua vez reagiu promovendo sua microflora e osvírus como meios de equilibrar e sanar através da

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doença e da morte as mentes revoltadas, insubmissase desequilibradas. E também nessa época quesurgem as mortes violentas, os crimes, osinfortúnios. Enfim, surge a morte antinatural, queseja ela como for, vem contundir quem a recebe, bemcomo a todos que de alguma forma se ligam àqueleque morre. Surge a morte como aniquilação. E aconseqüência dos desatinos do próprio homem. Eleterá de remir a si mesmo!Assim, algo que era natural passa a sercontundente, chocante e até dramático, dependendodas condições em que a morte acontece.Mas é preciso que se entenda que a dor, o medo eo trauma da morte é o remédio, embora amargo, paradoentes renitentes e que várias vezes fizeram suasmoléstias recrudescerem.Assim, a morte é a reação justa e sábia queenfrenta e dirime as ações que se precipitam,cobrando a renovação. Neste instante é necessárioque falemos ou esbocemos algo sobre os agentes dadisciplina kármica, que surgiram desde essas épocas.Dissemos antes que muitos daqueles que vieram aoplaneta Terra como marginais do universo tinhamconseguido se regenerar perante a Justiça Cósmica, ese reergueram, entrando na linha justa do Bem.Justamente esses Seres são chamados a seremmensageiros, como executores da justiça kármica, emsuas paralelas ativas ou de cobrança sobre toda acoletividadeque haviam delinqüido. Seriam também Guardiãesdas zonas vibratórias no plano astral do planeta Terra.Seriam Guardiães das Zonas da Luz para asSombras, como também Guardiães das Zonas detransição entre as Sombras e as Trevas, no plano astralinferior, como veremos minuciosamente quando docapítulo referente a EXU. Então esses agentes,veículos da Justiça Kármica em todas as suasexpressões, seriam os Exus. Não estamos com issoafirmando que o conceito que se tinha naquela épocasobre o Guardião da Lei seja o mesmo vigente emnossos dias. O conceito atual está deformado edeturpado, e quem tenta esclarecer isso é oMovimento Umbandista, através dos chamadosTerreiros, Cabanas ou Tendas, que já entendem afunção desse agente da justiça cósmica, em especialno planeta Terra e de sua Justiça Planetária. Opróprio termo Exu, num primeiro nível simples deinterpretação, significa aquele que saiu, ou seja, aqueleque venceu os costumes e imperfeições de seu povo.Assim, nada mais justo para aqueles que um dia

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foram marginais do universo, hoje, recuperados,sejam os Agentes da Justiça e Guardiães de Zonas doAstral, pois eles sabem bem como pensam e agem,em seus "comandos das Trevas", os ditos marginaisdo universo.Revisando, vimos como terminaram osfenômenos naturais de ligação entre o plano físico e oplano astral e como surgiram no planeta Terra amarginalidade e a animalidade, as doenças e a mortecomo sendo a aniquilação total. Vimos também osurgimento das guerras mágicas, e o aparecimento,como um acréscimo da Lei, do agente da justiçacósmica, o Exu. Sua função também se atrelava à devigia, sendo Guardião das Zonas das Sombras e dasTrevas, as quais tinham sua população de marginaisdo astral (desencarnados), sendo os mesmosarrebanhados pelos agentes da insubordinação e darebelião, como vimos no capítulo referente à quedado Ser Espiritual. Assim, as Zonas de Arquivo doplaneta começaram a funcionar em todos os seusplanos e subplanos e, dividindo essas ZonasCondenadas (até o momento em que todosentenderem que só o Bem é eterno) das ZonasSuperiores, estavam e estão os Agentes da Justiça —os EXUS GUARDIÃES. Esses também estendemseus comandos e subcomandos até as zonas trevosasou dos127UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaabismos, onde habitam os mais endurecidosmarginais cósmicos de todos os tempos, os piores queestagiam no planeta Terra. São verdadeiros agentesdo crime, agentes do Mal, gênios das Trevas,verdadeiros Magos-Negros, que se dizem emissáriosda Serpente ou do Dragão e que querem se opor àsHOSTES MAGNÂNIMAS DO CORDEIRO.Embora os respeitemos, pois queiram ou não estãocumprindo a Lei, são Espíritos que desceram até osúltimos degraus e agora terão de subir degrau pordegrau, isso somente quando entenderem e sentiremessa necessidade. Ninguém os coagirá para assimagirem. Acreditamos que a dor, a miséria moral, oMal de que eles são "senhores", um dia os cansará eentão, de insubmissos que são, serão submissos à LEIDO CORDEIRO. A Lei Cósmica, que os abraçarácomo Filhos pródigos, gradativamente os reerguerá àsenda da reabilitação. Neste instante em queescrevemos através do cavalo que nos empresta aferramenta física, pedimos à Entidade de sua guarda,Caboclo Urubatão da Guia, que lhe dê cobertura e

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proteção, pois já se faz presente o "ranger de dentes"desses Magos-Negros de todos os tempos, que não seencontram satisfeitos com essa nossa humildecontribuição ao entendimento dos vários Filhos de Féou aos livres-pensadores. De nossa parte, estamosvigilantes sobre o valente cavalo, impedindo que omesmo receba de forma contundente as projeçõesnegativas de ordem astral e mental provenientes deemissários das Trevas, tanto encarnados comodesencarnados. Nossos maiores cuidados se devem àmanutenção de sua paz e de sua saúde física e astral,bem como para que o mesmo não seja contaminado,ativando suas reminiscências de um passadolongínquo, onde atuou como Mago das Sombras. QueOxalá lhe faça a guarda e que os Exus Guardiães oguardem e o livrem dessas ações contundentes.Caro Filho de Fé, que está atentamente seguindonosso raciocínio, já deve você ter entendido como epor que houve a necessidade do mediunismo comoforça ou caminho redentor para reerguer ahumanidade decaída e corroída pelos seus própriosdesatinos.Assim, os integrantes da Confraria dos EspíritosAncestrais, supervisionados diretamente pelo CristoPlanetário, acharam por bem incrementar a evoluçãoda massa humana decaída e iriam fazê-lo através domediunismo, da mediunidade. Mas o que seria amediunidade, o mediunismo? Como surgiria? Quaissuas finalidades e propósitos?Não esqueçamos que tudo isso acontecia no finalou no perigeu da 4a Raça Raiz, a Raça Atlante.Lembremos também que as deturpações haviamtentado se instalar desde o final da 3a Raça, aLemuriana, mas não conseguindo, só conseguindo ointento no final da Raça Atlante, que também haviatido seu período de glória e elevação. Assim é que,mesmo entre eles, os atlantes mantinham contato oucomunicação, por meio dos 7 sentidos aguçadíssimos,com os Seres Espirituais da dimensão astral. Acomunicação ou o intercâmbio era naturalíssimo, nãomediúnico, ou seja, não havia intermediários para essascomunicações. O atlante que se comunicava com oastral fazia-o de forma lúcida, tinha plenaconsciência de seu ato e da situação, a qual lhe eranaturalíssima. Essa comunicação natural entre asdimensões diferentes só foi fechada quando dasdeturpações causadas pelos marginais do universo.Esses já não possuíam os órgãos dos sentidossuperiores e os 5 restantes estavam inibidos. Tinham,em contrapartida, recebido ou acrescido sobre sua

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constituição astroetérica uma tela atômica ou etérica,a qual impedia que as sensações da vida astral setornassem sensíveis na vida física. Fechavam-seassim as portas entre os planos ou dimensões, ouseja, entre o plano físico e o plano astral.Em plena catástrofe atlante, que vitimou edizimou milhares de pessoas, deveria surgir omediunismo, como ponto de apoio e rumos segurospara uma humanidade completamente vencida e semrumos. Assim, os Integrantes da Confraria dosEspíritos Ancestrais incrementaram o mediunismo, apriori por meio de Seres Espirituais encarnadoscomo instrutores da massa humana ignorante edecaída. Eram os GRANDES MISSIONÁRIOS detodos os povos em todos os tempos. Viriam parareerguer, dar novo dinamismo aos seus irmãosmenos esclarecidos e, assim, iniciar a grande obra doreerguimento moral de toda a humanidade. Osmédiuns, como primeiros veículos dos SeresEspirituais do plano astral, iniciaram de formaoportuna o intercâmbio das Verdades Universaisesquecidas pela grande massa humana. A priori, esseintercâmbio fez-se na forma de128CAPÍTULO IXprofecias, previsões, vaticínios, que de algumamaneira atraíram a atenção de muitos. Restabelece-seassim a existência do TEMPLO, que havia sidodestruído. A par do Templo, ensinamentos de ordemgeral pública, também são ministrados. Havia-se, éclaro, perdido as facilidades de comunicação com oplano astral, a qual só poderia ser feita através domediunismo dos médiuns. Com isso, teve início umareforma do pensamento humano vigente na época.Vários fatores sociais, políticos e mesmo de ordemmoral, foram mudados, visando atender aos novostempos e nisso os médiuns tiveram um papel desuma importância. O médium foi o sacerdote queprecisou ir ao encontro das massas aflitas edesesperadas, que muitas vezes necessitava defenômenos espetaculares para acalmar-se e encontrarforças para evoluir. Durante muito tempo, osmédiuns precisaram também ser os instrutores damassa humana sem rumo, que aos poucos, graças aomediunismo de uns e outros, foi encontrando forçaspara caminhar em direção a novos rumos.Assim, a pura Raça Vermelha havia conseguidosanar o desvio que os marginais do universo haviamlevado à população terrena. Sanaram os desviosatravés do mediunismo, que seria a ESTRELAGUIA

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da massa humana em especial dos marginaisdo universo, os quais, como Seres Espirituais, teriamoportunidades benditas de reencontrar o rumo um diaperdido. De início, a Raça Vermelha trouxe SeresEspirituais para serem veículos de suas palavras. Eramos seus próprios integrantes reencarnados. Com opassar dos tempos, foi havendo uma seleção entreaqueles que faziam parte da população terrena paraatuarem como médiuns, que iriam ajudar a si e àcoletividade afim. E assim foi feito.Esses médiuns, antes de encarnarem, passarampor uma preparação toda especial, tanto no que eraconcernente aos aspectos morais como aos aspectosespeciais sobre suas constituições astrofísicas. Ostécnicos do astral ajustaram-lhes os Núcleos deForça, ou Núcleos Vibratórios, fazendo-os vibrar deacordo com as freqüências dos Seres que iriam, pormeio deles, se comunicar com a grande massahumana. Ao mesmo tempo, energizaram todo osistema astral dos futuros médiuns e envolveram-noem verdadeiro escudo magnético, pois enfrentariamgrandes obstáculos, tanto de ordem moral, comoastral e mesmo o constante assédio de Seresencarnados, que poderiam exaurir suas energias etornar o médium inútil à função que se haviaproposto. Assim, tudo era minuciosamente ajustado.Muito importante o que dissemos a respeito dasfreqüências vibratórias em determinados núcleosvibratórios do corpo astral, as quais se assimilariam comos de seu mestre astral, que atuaria através domecanismo mediúnico.No início do mediunismo, houve essanecessidade de ajuste vibratório, pois só um"instrutor" é que se comunicava com seu médium. Epor que isso? Em virtude do plano físico ser muitovulnerável às influências do submundo astral, quecomo vimos enviava grandes contingentes demarginais, visando atuar na massa humana entãodecaída. Assim, eles, os médiuns, ficariam isentos deser veículos das Sombras e das Trevas e assim foi pormuito tempo aqui no planeta Terra. Mais uma chancehavia sido dada à grande massa humana. Mais umavez havia ela sido preservada contra o verdadeiroassalto das Sombras, mas a invigilância e aimprudência não demoraram, e...Mas queremos que fique claro aos Filhos de Féque, naquela época, como hoje também, nem todoseram veículos das mensagens do astral, ou seja,médiuns. A MEDIUNIDADE ERA UMACONDIÇÃO ESPECIAL, dada ao Ser Espiritual que

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encarnava com o compromisso de ser o porta-vozvivo do astral superior para os Seres encarnados.Sendo assim, suas constituições ou veículos eramdiferentes. O corpo mental, o astral e o físico tinhamrecebido acréscimos em seus centros vitais, que osfaziam vibrar e sentir as coisas diferentemente deoutros Seres Espirituais não médiuns. Erampossuidores da tela atômica, a qual não era rompida,como muitos podem pensar. Essa tela atômica eracomo que afrouxada, para que houvesse o processode ligação fluídica ou casamento vibratório entre omédium (Ser encarnado) e o seu instrutor astral(Entidade Espiritual). Esse ajuste era feito em 3Núcleos Vibratórios, ou seja, a tela atômica eraafrouxada, ou suas malhas eram dilatadas e nãorompidas, em 3 regiões do complexo etéreo-físico domédium. Obviamente comandados pelo comandocentral do corpo mental, que enviava impulsos emforma de mensagens, veiculadas pelas129UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaLinhas de Força (condutores vibratórios) ao corpoastral e esse, através dos Núcleos Vibratóriosprincipais, vibrava em consonância com os NúcleosVibratórios de ordem etérica, que no corpo físicodenso equivalem aos plexos nervosos (conjunto denervos) ou glândulas endócrinas (que produzem ouarmazenam hormônios, os quais são indispensáveisao funcionamento de todo o organismo). Vejamos seconseguiremos simplificar ao Filho de Fé os circuitosdos Núcleos Vibratórios do corpo astral ou de ordemastral, os Núcleos Vibratórios do corpo etérico ou deordem etérica e os plexos, glândulas e nervos nocorpo físico denso propriamente dito.Ao começar, é bom lembrarmos que o SerEspiritual possui 7 veículos que expressam suaConsciência, ou seja, são veículos da ConsciênciaEspiritual. Para facilitarmos, já que citamos os 7veículos em outro capítulo, falaremos sobre os trêsorganismos de que se utiliza o Ser Espiritualencarnado, pois, como já ficou claro, quando eledesencarna perde um organismo, o organismo físico.Bem, esses 3 organismos são: o organismomental, o organismo astral e o organismo físico.Expliquemos suas formações:O organismo mental, através do NúcleoVibratório Propulsor Intrínseco (1a concretização daConsciência em percepção, vontade, inteligência,noção de existência) do Ser Espiritual, envia certosimpulsos-mensagens através das Linhas de Força, que

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veiculam a matéria mental, e fazem-na transforma-seem matéria astral, ou seja, as Linhas de Forçaconcentram a matéria mental e essa se consolida nosCentros de Força ou Núcleos Vibratórios do corpoastral. Assim, queremos que fique claro que osNÚCLEOS VIBRATÓRIOS ou CHACRAS seformam pela condensação da matéria mental em certasregiões do organismo astral; é como se no organismoastral, nesses locais, estivesse o próprio corpo mental.Entendido o processo de formação dos NúcleosVibratórios de ordem astral, veremos que oorganismo astral projeta e condensa seus NúcleosVibratórios através de um processo de transformaçãode energia, fazendo com que fiquem assentados,através de um circuito oscilatório eletromagnético, nocorpo etérico, que faz parte, como vimos, doorganismo físico. Do corpo etérico, as Linhas deForça que dãocondições à formação do organismo físico densopenetram em todo o seu processo embriogênico epresidem, como equivalentes astrais e etéricos, toda aformação das glândulas endócrinas, sistema nervosocentral (encéfalo — medula) e sistema nervosoperiférico, com seus plexos e feixes nervosos.Esperamos ter sido claro e objetivo num assunto emque a maioria dos Filhos terrenos ainda não estámuito habituada ou desconhece completamente.Assim, de forma esquemática, teremos umafiguração como a que se vê na página seguinte.Já que citamos os 3 organismos da ConsciênciaEspiritual e seus órgãos nobres, os NúcleosVibratórios, dissertemos e mostremos aos Filhos deFé como são esses órgãos nobres do organismo astrale etérico.Já estudamos que tudo parte do corpo mental, atéconcretizar-se no corpo físico denso.E como se tivéssemos idéias (corpo mental),essas gerassem os desejos (corpo astral) e essesgerassem a ação (corpo físico). Para que fique maisclaro nosso objetivo, falemos, não de formadefinitiva (nada é definitivo), sobre os órgãos dosentido ou sensoriais, como transdutores daspercepções externas e como transdutoresentenderemos um "conversor de energia". Comexemplo, alguns cientistas terrenos já falam deestímulos que excitam os órgãos dos sentidos e dãonomes a esses estímulos. Assim, temos os FÓTONSque incidem sobre o orgão da visão dando a sensaçãode luz, os FÓNONS, que estimulam a audição, osÓSMONS, que estimulam o olfato, os GÊNSONS,

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que afetam ou estimulam o paladar e os ÁFENONS,que afetam ou estimulam o tato.Todas essas sensações são eletricamentetransdutadas em nosso complexo bionervoso atravésde complicadíssimo conjunto de circuitosbioelétricos e cibernéticos, nos quais, por fugircompletamente desta singela demonstração, não nosaprofundaremos, embora queiramos dar a idéia deque todos os fenômenos de recepção (exteroceptivos)como de interação (interoceptivos) são complexos deordem mental, astral e física, e que têm aparticipação ativa dos órgãos nobres, como vimos,dos organismos mental, astral e físico (etérico edenso).130CAPÍTULO IXDIAGRAMA VERTICALORGANISMO MENTALOs Núcleos Propulsores CHACRASSUPERIORESEnvia Linhas de Força aoORGANISMO ASTRALDando formação aos NúcleosVibratórios de ordem astralE n v i a L i n h a s de Força aoORGANISMO FÍSICO — CORPOETÉRICOFormando os NúcleosVibratórios de ordem etéricaORGANISMO FÍSICOCORPO FÍSICO DENSOFormando os plexos nervosos,glândulas endócrinas, sangue, linfaetc.DIAGRAMA HORIZONTALNÚCLEOVIBRATÓRIOASTRALENCÉFALO, MEDULA,GLÂNDULASENDÓCRINAS,PLEXOS NERVOSOS,SANGUE, LINFA131As Linhas de Força se solidificam noNÚCLEOVIBRATÓRIOETÉRICOUMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaCORPO ASTRAL

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Assim, no próprio organismofísico temos o sistema nervoso central eperiférico como coordenadores totais daeconomia orgânica. E de onde recebemeles as informações superiores? Claro quedo organismo mental e astral.Então, o sistema nervoso centralrepresentaria no corpo físico denso opróprio ORGANISMO MENTAL,enquanto o sistema nervoso periférico e asglândulas endócrinas representariam oORGANISMO ASTRAL, sendo que osangue e a linfa representariam asolidificação das energias conduzidas pelasLinhas de Força. Sabemos, pela biologiahumana, que todos os impulsos doorganismo são de ordem elétrica, claro queem voltagens mínimas, na unidade demilivolts (milivoltagem). As energiasbioelétricas que mantêm o ritmo e o cicloneural, bem* Neurônio: célula nobre do sistema nervoso, no corpo físico denso.como o ciclo cardíaco e as funções viscerais, provêmde "comandos superiores" assentados, em ordemcrescente, no corpo astral e corpo mental, sendo osNúcleos Vibratórios importantes núcleos receptores eemissores de energias várias ao organismo do SerEspiritual, além de captarem energias primárias(eletricidade, prana e kundalini) que vitalizam e sãoimportantíssimas aos processos da VIDA e àmanutenção da mesma, bem como do equilíbrioastropsíquico do Ser Espiritual. Captam tambémoutras energias sutilíssimas que são alimentos para aprópria Alma.Os Núcleos Vibratórios ou Chacras (RodasVibratórias) morfologicamente são constituídos de 2elementos: o elemento central captador e a haste queconduz as energias captadas. Temos uma pálida idéiado mesmo, na morfologia do neurônio.*O corpo do neurônio, com seus dendritos, seria oelemento central ou "corpo" do Núcleo Vibratório e oaxônio do neurônio seria a haste condutora e defixação do Núcleo Vibratório. (Vide figura a seguir.)A figura mostra a analogia entre o NúcleoVibratório e o neurônio. Vemos pois que o neurônioé um equivalente do Núcleo Vibratório no organismoNEURÔNIO (CÉLULA NERVOSA)132CAPÍTULO IXNÚCLEO VIBRATÓRIO (em corte lateral)

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físico, no corpo denso. Foi, como dissemos, pelacondensação das projeções dos Núcleos Vibratóriosdo organismo astral ao corpo etérico que esses (osneurônios) se consubstanciaram no corpo físicodenso, sendo a unidade fundamental do sistemanervoso.Assim, podemos associar certas funçõesneuronais, algumas extremamente complexas, com ofuncionamento dos Núcleos Vibratórios.No organismo astral há 57 Núcleos Vibratóriosfundamentais, sendo 8 considerados principais, de IaOrdem ou Magnos. Em verdade 1 + 7, pois o lº é detransição entre o organismo mental e o astral. Nocorpo etérico também temos Núcleos Vibratóriosprincipais ou magnos, além dos secundários, terciários,etc. Os 7 principais se localizam no organismo astrale, no organismo físico, no duplo etérico ou corpoetérico, segundo a ilustração da página 134.Além desses Núcleos Vibratórios principais há ossecundários, terciários, etc. Interessante e digno denota é que entre os Núcleos Vibratórios há umaprofusa rede de ligação e comunicação, idêntica àque existe no sistema nervoso do corpo físico denso.A rede que liga os diversos Núcleos Vibratóriosnão guarda analogia anatômica com sua equivalenteno corpo físico denso, mas existe uma redevibratória no corpo físico denso, que corresponde aoschamados MERIDIANOS DA ACUPUNTURA.Aliás, essa era a arte de manter a energia vital sempreem tônus próprio, em pleno seio da Raça Vermelha,que a revelou à Raça Amarela, isto já bemrecentemente, há poucos milênios.Se dissemos que existem os principais, ossecundários se encontram em várias regiões e suasequivalências físicas também. Temos uma importanteequivalência física de Núcleos Vibratórios nas mãos.Como vamos ficar sabendo em futuros capítulos,as mãos representam AÇÃO, e seus componentesdigitais se equivalem a vários núcleos superiores doencéfalo, principalmente de suas regiões corticais:zonas talâmicas, epitalâmicas e hipotalâmicas. (VideFiguras 1 e 2 nas págs 135 e 136.)133UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaSobre os Núcleos Vibratórios, para o momento denossa exposição, já é suficiente. Voltaremos a elesquando falarmos sobre a Iniciação.Filho de Fé, você deve estar ainda lembrado, apósnossa longa dissertação, que falávamos sobre médiunse mediunidade e para sabermos como ela se

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processava é que nos aprofundamos nos 3Organismos e dentro deles, nos órgãos que lhesdizem respeito. Dissemos também que o futuromédium, antes de encarnar, recebia no astralcompetente uma série de acréscimos em suaconstituição mentoastral, a par de uma certa ordem devivências e conhecimentomoral e que, sem essas duas condiçõessatisfeitas, o Ser Espiritual não poderiaser veículo de outra ConsciênciaEspiritual que não a sua mesma. Aí estáo porquê de nem toda criatura sermédium, pois isso implica num ajustesério sobre os Núcleos Vibratórios e,como já sabemos, numa precipitaçãovibratório-magnética de ordem fluídicaque altera todos os processosbioelétricos energéticos do sistemanervoso, tanto central como periférico.O médium foi adaptado em seusNúcleos Vibratórios para ativar certoselementos no sistema nervoso, além deter sido dotado de condições fluídicaspara amortecer outros processos que nãoseriam suportados se não houvesse esseprocesso inibitório ou frenador. Eis porque receber influências astrais sem estarpreparado para esse mister trazdesequilíbrios vários. Tanto é verdade queas pessoas que se sentem atacadas poratuações espiríticas, sem seremmédiuns, ou seja, sem terem a duplacondição, acabam em farraposhumanos, estouram seus CentrosVibratórios, desarticulando toda aeugenia do sistema nervoso central eperiférico, chegando aos distúrbios deconduta e à completa falência daeconomia orgânica, podendo essequadro se prolongar muitas das vezes àvida pós-morte, carregando o Ser essedesequilíbrio até para outra reencarnação. É coisaseriíssima imputar a um Ser Espiritual uma funçãosutilíssima e especializada se o mesmo não temajustada sobre sua organização e capacidade paradesenvolver a dita função. Fazer um Ser Espiritualcriatura humana (encarnado) ficar debaixo devibrações espiríticas sem estar ele habilitado para tal écriar condições para que haja rompimento de sua telaetérica ou atômica, com gastos excessivos de energia

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nervosa e uma abertura forçada em todo o seupsiquismo não preparado para o convívio harmoniosocom as duas vidas, a física e a astral.134CAPÍTULO IXA, B e C — REGIÕES CORTICAISNeste instante, aproveitamos o ensejo para dizerque não são só condições espirituais que rompem atela atômica. Os desvios dos costumes, os vícios e aconstante vibração mental em pensamentos pesadostambém podem trazer transtornos ao Ser Espiritualencarnado. Traumas, como aprofundamentoanestésico levando a coma irreversível, são tambémcausa de rompimento brusco da tela atômica. Oálcool é um dos maiores causadores do rompimentoda tela atômica, atraindo um séquito indesejável deseres vampiros de zonas abismais, exterminando ouminando completamente o Ser encarnado. Pioressituações acontecem com os tóxicos, alucinógenos eoutros tantos com atuação e dependência fisiopsíquica.Alguns Filhos de Fé poderão estarpensando que nem todo toxicômano que use um ououtro alucinógeno ou equivalente fica alienado.Realmente a priori não, dependendo da dosagem, háapenas um afrouxamento da tela atômica e umahipertrofia acentuada de suas malhas, a par disso, sejustapõe uma substância gelatinosa nos nós da malhaque vai impedindo sua mobilidade, fazendo com queela, ao se hipertrofiar, se rompa parcial outotalmente.Mas o que realmente acontece quando a tela serompe?Em verdade, a tela se rompe por haver umasobrecarga vibratória, uma verdadeira sobrecargaelétrica. Essa sobrecarga elétrica forma verdadeiroscurtos-circuitos, originando correntes de fuga eaquecendo todo o sistema de malhas da tela atômica.Essas correntes de fuga, além de provocaremfenômenos eletrotérmicos, provocam camposeletromagnéticos que vão repulsar, ou melhor, quebrara coesão que existe na tela etérica ou atômica,fazendo com que a mesma se rompa. Ao romper-se,como é uma estrutura a nível etérico, estandoengastada na intimidade do duplo etérico (corpoetérico), traz correntes de coagulação ao mesmo, comgraves transtornos para todas as funções doorganismo e suas energias vitais, que podem levar oindivíduo à morte física.Os transtornos da esfera astropsíquica seexplicam pela ausência de comportas entre o

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vivencial passado e o presente, podendo levar o Seraté os complicados processos do mundo elementar,isto é, onde estagiam nos sítios da Natureza SeresElementares que ainda não encarnaram uma só vez.Estão os mesmos ainda sendo ajustados em seusorganismos astrais e mentais, e suas formas, é claro,estão passando pelo processo de aperfeiçoamento eburilamento. É também por isso que muitas pessoascom a tela atômica rompida parcialmente vêemverdadeiros "bichos", além de uma série deinfindáveis transtornos, qualificados pela nossaPsiquiatria da atualidade como alucinações, ecaminham para a desestruturação da personalidade,nas tão bem relatadas psicoses e esquizofrenias,chegando à desestruturação total, na forma dedemência. Bem, teríamos muito a falar, mas...Terminando sobre os fenômenos da tela atômica,antes de adentrarmos nos processos mediúnicos quese iniciaram na Atlântida, queremos dar algunsconceitos sobre o corpo astral que achamosfundamentais para os Filhos de Fé entenderem bem omediunismo de ontem e de hoje.Mas, para entendermos o funcionamento docorpo astral, é necessário que entendamos o modeloatômico, o qual exemplifica bem o funcionamento ouposicionamento do corpo astral em relação ao CorpoFísico.Um átomo físico é composto fundamentalmentede duas partes: uma que chamamos de núcleo, que135UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaOs íons positivos (+) sãochamados cátions — formam-sequando o átomo perde elétrons.Os íons negativos (-) sãochamados ânions — formam-sequando o átomo ganha elétrons.Para melhor entendermos oposicionamento do corpo astral, bastaque expliquemos o pequeno conceitode ORBITAL. Define-se orbital comoo local de máxima probabilidade de seencontrar um elétron em relação aoseu núcleo. Com isso, afirmamos quenão é possível estabelecer, ao mesmotempo, a velocidade e a posição doelétron. Sem conhecer os dois valoresnão há previsão do movimento; é porisso que se usa um modelo de orbital.No entanto, sabemos que ele, na

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maior parte do tempo, ficará próximoao núcleo.Após esses conceitos, daremos umresumo sobre o posicionamento docorpo astral, aproveitando um resumoque demos ao cavalo há muito tempo,ao qual agora pediremos que o transcorrespondeao componente que dá massa ao átomo ea outra que é a eletrosfera, essa que dá o volume doátomo. (Vide a figura à direita.)No núcleo atômico encontramos cargas elétricaspositivas e neutras. As positivas sob a forma deprótons e as neutras sob a forma de nêutrons. Naeletrosfera encontramos os elétrons, com cargaelétrica negativa.O átomo é um sistema eletricamente neutro, istoé, o número de prótons (cargas positivas) é igual aonúmero de elétrons (cargas negativas).Continuando, para não entrarmos em complexosconceitos que não nos interessam agora, diremos queo número de prótons é constante e seu número defineo Elemento Químico. Assim, cada Elemento Químicoé caracterizado pelo número de prótons que há emseu núcleo. O átomo deixa de ser neutro quandoperde ou ganha elétrons, sendo nessa condiçãodenominado ÍON (princípio de coesão da matéria ebiológico do planeta Terra).MODELO DE UM ÁTOMO(Segundo a Ciência Oficial)136CAPÍTULO IXcreva para que todos possam entender melhor osfenômenos do Corpo Astral.Para melhor entender, vamos antecedê-lo comalguns conceitos importantes e simples da ciênciaoficial:FREQÜÊNCIA — é a quantidade de vezes que algoé executado num determinado período de tempo.VELOCIDADE — é a relação entre um espaço e otempo gasto para percorrê-lo.INÉRCIA — é a tendência que um corpo tem de nãoalterar por si só seu estado de movimento numdado momento (se está em repouso, tende acontinuar em repouso; se está em movimento,tende a continuar em movimento). Assim,dizemos que:1. O corpo mental comanda o corpo astral emtodas as suas manifestações sobre o corpo físico.2. O local de maior probabilidade de se encontrar ocorpo astral é ao redor do corpo físico (no estado

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de vigília, e em alguns casos durante o sonotambém).3. O corpo astral poder "girar" em torno do corpofísico, não sendo obrigatório que esteja girando.4. Quando o corpo astral "girar" em torno do corpofísico, fará isso mediante uma velocidade quedeterminará uma freqüência e essa dependerádas diferentes situações.5. O corpo astral de um Ser masculino tem rotaçãono sentido horário, enquanto que o de um Serfeminino, no sentido anti-horário.6. O sistema de freqüências do corpo astral teráíntima relação com o momento do nascimento,em que determinados planetas, com seus ciclos,influenciaram mais diretamente e, através dessainformação trazida pelas Linhas de Força,imprimiram ciclos particulares ao indivíduo.7. O corpo astral pode ficar parado, obedecendo ainfluxos do corpo mental, visando menor gastoenergético e propiciando uma maior transfusãoentre elementos astrais e etéricos.8. Através da modulação de pensamentos(concentração, vontade, etc.) se consegue alterara freqüência do corpo astral ao redor do corpofísico.9. Uma freqüência diferente da habitual ao Serencarnado indica problemas.10. O médium que atua na Corrente Humana deUmbanda tem seu corpo mental e astral ajustadose energizados para uma maior facilidade ehabilidade de alteração e ajustamento dafreqüência de seu corpo astral.11. É através da sintonia e equilíbrio da freqüênciado corpo astral do médium com o da EntidadeAstral que em princípio se processam osfenômenos mediúnicos.12. A MECÂNICA DA INCORPORAÇÃO, em suafase semi-inconsciente, se processa quando aEntidade Astral influencia parte do campomental do médium.13. A mediunidade na fase de inconsciência seprocessa através da atuação direta da EntidadeAstral na totalidade do campo mental domédium, dirigindo assim toda a rotação de seucorpo astral.14. Devido à especial energização do campo mentale astral do médium umbandista, feita mesmoantes do mesmo encarnar (sempre), tem omédium maior facilidade e domínio sobre omovimento de seu corpo astral, suportando com

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mais resistência a necessidade de variações domesmo em decorrência do meio a que estaráexposto, tendo em vista as verdadeiras descargaselétricas, choques e abalos em seu campo mentale astral a que estará ele sujeito.15. Uma Entidade Astral pode usar a maiorfacilidade de movimentação do corpo astral domédium umbandista para escudá-lo, no caso deuma consulta carregada de larvas e pensamentosobsessivos. Um dos recursos usados é avolatização do ambiente ao redor do médium,através da defumação, cachimbo, charuto oumesmo um líquido aromático volátil. O escudoestá em aumentar a velocidade de rotação,agindo em conjunto com as voláteis, produzindopotentes escudos e dardos contra as larvas, prébactériase vírus de várias ordens.16. Quando o corpo astral estiver necessitando deum impulso vibratório para retomada defreqüência e rotação, a Entidade Astral faz usode certos fatores, tais como: estalar os dedos deencontro ao Monte de Vênus ou Monte daSensibilidade, cantar pontos que vibrem na137UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicafreqüência desejada, assovios (sons musicais),certas posições e certas palavras de Força(Mantras).17. Através do FOGO PURIFICADOR direcionadopelos sinais riscados dentro da grafia dosOrishas, consegue-se também oimpulsionamento do corpo astral debilitado ousobre carregado de cargas pesadas e negativas,forçando-o a se movimentar em uma freqüênciamaior ou menor (dependendo dos sinais serem defixação ou desagregação). É importante notarque, sendo a freqüência alterada, não há sintoniacom as cargas, que por falta de ressonância setransformam ou são descarregadas no"escoadouro universal". Mas, para usar-se o"fogo em expansão", não basta apenas ver ummédium-magista fazê-lo e depois querer repetir ofato, ou apenas teoricamente tentar reproduzir ofenômeno. Muitos que assim fizeram trouxerampara si grandes transtornos e se ainda nãotrouxeram, as reações devem estar seprecipitando e quando chegarem...18. Desequilíbrios psíquicos influenciam a rotação efreqüência do corpo astral. Um exemplo típico éo caso dos Seres Espirituais encarnados com

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tendências bissexuais, os quais impulsionam oseu corpo astral no sentido contrário do natural.Ele pode girar ora para um lado, ora para outro,isso até que encontre a linha justa do equilíbrio.19. Os Núcleos Vibratórios, como o próprio termoqualifica, têm grande importância em todos osorganismos dos Seres Espirituais. É através delesque se nutrem os corpos, com elementos vitais ebásicos. Pois bem, se de alguma maneira foremesses Centros impregnados, causam diretamenteinfluências nos corpos mental, astral e físico.Assim, é necessário que se tenha cuidado quandose usam por aí, sem medir conseqüências, certosmateriais, oferendas e rituais, os quais saturamcertos centros vitais de elementos que interferemdiretamente no campo mental do Ser Espiritualencarnado e, conseqüentemente, na rotação efreqüência do corpo astral. Muitas vezesapoiados em crendices e impulsos de arquétipos,tornam-se homossexuais, e infelizmente seassociam com verdadeiros marginais-vampirosdo submundo astral.Bem, Filho de Fé, permitimos que nosso cavalotranscrevesse em nossos apontamentos algo que lhefoi revelado há algum tempo e que nóscorroboramos plenamente. Esperamos que após aleitura desses itens possam os Filhos de Fé terentendido bem o mecanismo do posicionamento docorpo astral em várias situações, bem como suasfreqüências, algo de que ainda falaremos no decorrerde nossa conversa, neste livro.Após termos citado o corpo astralexaustivamente, falemos agora das PRIMEIRASMANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS, já que todos osFilhos de Fé que até agora estão nos acompanhandodevem estar ansiosos para saber como foram essasprimeiras manifestações.Bem, o corpo astral dos médiuns daquela épocatinha três pontos vulneráveis em suas telas atômicas.O 1º ponto era na região cervical, relacionando como VERBO, com a expressão, o elo da comunicação.O 2º ponto afrouxado era na região tóracoabdominal,correspondente aos processos básicos dosentimento e da ação. O 3º ponto afrouxado era o daregião sacral, que unia todos os elos, sendo as "vozesdos maiores aos menores".Assim, os primeiros médiuns eram divididos emtrês categorias:1ª CATEGORIA — os que eram mediunizadospor GRANDES INICIADOS DA PURA RAÇA

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VERMELHA, que atuavam no plexo laríngeo,produzindo "vozes infantis". Eram transmissores denovos conhecimentos e traziam uma nova fórmulapara se buscar a reabilitação. Mediunizavam osaparelhos ou médiuns que eram na verdade Seres daRaça Vermelha reencarnados.2ª CATEGORIA — mediunizavam os médiunsna região tóraco-abdominal. Eram GRANDESMAGOS-CONDUTORES DA RAÇAVERMELHA, que falavam de forma inflamante,conduzindo-os para a ascensão. Associam nosmédiuns posições eretas e uma certa ofegânciarespiratória, em virtude de atuarem na região tóracoabdominal.3ª CATEGORIA — é a dos médiuns que erammediunizados por MAGOS VELHOS DA RAÇA138CAPÍTULO IXVERMELHA, que tinham tido também experiênciasem outras Raças, sendo nas outras Raças grandesCondutores. No início de sua manifestaçãomediúnica, faziam-na através do plexo genésico,fazendo com que os reflexos medulares curvassemrazoavelmente o veículo mediúnico. Ensinavam opeso da experiência através de suas vozes tranqüilas ecalmas.Assim se processava a mediunidade naquelesprimeiros tempos, que foram de grande importânciapara a restauração da Proto-Síntese Cósmicadeturpada, usurpada e esquecida. Só para deixarmosclaro, quando dissemos que os médiuns dividiam-seem três categorias, não dissemos que haviasupremacia de uma em relação à outra. Realmentenão havia, era algo uno, uma tentativa de reiniciar,como realmente foi, a restauração da Proto-SínteseCósmica.Após essas 3 formas de apresentação, os Filhosde Fé já devem estar entendendo por que, noMovimento Umbandista da atualidade, há oTRIÂNGULO DAS FORMAS DEAPRESENTAÇÃO — CRIANÇAS, CABOCLOS EPRETOS-VELHOS. No entanto, isso será motivo deuma análise mais apurada quando, no capítulopróximo, citarmos o Ressurgimento do vocábuloAumbandan e o surgimento do MovimentoUmbandista. Assim, antes de encerrarmos estecapítulo, pois durante os capítulos que se seguempraticamente falaremos de mediunismo e médiunsem todos eles, queremos citar e reiterar que aMEDIUNIDADE e o MEDIUNISMO, bem como osMÉDIUNS, SURGIRAM HÁ MILHARES DE

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ANOS E NÃO COMOQUEREM ALGUNS, SOMENTE HA ALGUNSANOS OU SÉCULOS. Com todo o respeito a quemassim afirma, de nossa vez afirmamos, mostrando,que o mediunismo, a partir da Raça Atlante até osnossos dias, não foi monopólio de um movimentoisolado. Esse movimento surgiu na Atlântida e apósvários milênios foi trazido ao mundo todo porGRANDES MISSIONÁRIOS. Assim, os GRANDESMISSIONÁRIOS, através de suas mediunidades,trouxeram a todos mensagens de novos rumos, que sebem entendidas nos farão retornar à Proto-SínteseCósmica, continuando nossa evolução.Assim, mediunismo, mediunidade, não éprivilégio de qualquer sistema filorreligioso, é bênçãoa toda humanidade. Todas as filosofias religiosas quepregam o mediunismo estão pregando a VIDAIMORTAL, e revelando que cada um é o que querser, que cada um tem o que construir. Assim, oAUMBANDAN, hoje representado pelo MovimentoUmbandista, vem reafirmar que a morte não existe, eque não existe o privilégio, pois no astral caminhamem evolução paralela, ou melhor, UNA, todas asRaças, pois todas são da mesma essência, isto é,todos são Seres Espirituais. Entendamos queVermelhos, Negros, Amarelos e Brancos, como 4rios volumosos, antes de chegarem ao MAR DAETERNIDADE, se misturam num grande rio. Esse éo rio do Ser Espiritual imortal, herdeiro da CoroaDivina.E assim, Filho de Fé, tome fôlego que vamosentender como, através do mediunismo de uns e deoutros, a Proto-Síntese Cósmica ressurgirá. Vamos aEla, sem perda de tempo.139

O Movimento Umbandista — Ressurgimento do VocábuloUmbanda no Solo Brasileiro — Movimento Astral —Os Tupy-nambá e seu Reencontro Kármicocom os Tupy-guarany — Os Tubaguaçus —O Egito — A Índia141

VOCÁBULO TRINO-SAGRADO AUM-BAN-DAN, que foi revelado à portentosa Raça Vermelhaatravés de seus Condutores Kármicos (Pais da Raça, tubaguaçus), designava a Proto-Síntese Cósmica,na qual está implícita a Proto-Síntese Relígio-Científica. Claro está que, naqueles idos tempos, tínhamos o

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Conhecimento Uno, indivisível, que abrangia o que hoje conhecemos como RELIGIÃO, FILOSOFIA,CIÊNCIA e ARTE. Como também já explicamos, o AUMBANDAN foi sendo revelado gradativamente,para, na 3a Raça Raiz, a Raça Lemuriana, alcançar seu apogeu, isto é, ser o CONHECIMENTO TOTAL,integral, que abrangia conhecimentos do Reino Natural e conhecimentos das Coisas Divinas num únicobloco. Não se poderia entender a physis (assim fonetizaram muito mais tarde, milhares de anos depois, osgregos), isto é, a Natureza e tudo que dela fazia parte, sem se entender a Divindade e seus atributos; tudo issoera pois o Aumbandan — a 1a SÍNTESE ou a Síntese das Sínteses, a Proto-Síntese Cósmica. Infelizmente,em virtude de várias cisões, iniciadas na 4a Raça Raiz (na metade de sua passagem pelo planeta), a RaçaAtlante, houve degenerações, interpolações e inversões de valores, fazendo com que o Aumbandan fosse seapagando e finalmente acabasse esquecido pela grande maioria da humanidade. Mesmo as disciplinas queconstituem o atual conhecimento, já fragmentado, desassociado, segundo os métodos cartesianos,desconhecem por completo a forte TRADIÇÃO DO SABER que representava o AUMBANDAN, emboranão raras vezes reencarnem no meio científico abnegados emissários da Confraria dos Espíritos Ancestraisque de todos os meios tentam incrementar e direcionar as Ciências para rumos mais justos e seguros. Algunsresultados, ainda imperceptíveis, já foram conseguidos. Aguardemos... Mas dizíamos que o Aumbandan,pelos motivos já expostos, foi sendo esquecido pela maior parte, ou melhor, por quase toda a humanidade, sósendo relembrado, onde aliás nunca foi esquecido, no interior de raríssimos Santuários ou AcademiasDivinas, os quais tinham velado e fechado a 7 chaves ao olhar de profanos e aproveitadores vários, todo oconhecimento integral — o Aumbandan. Esses Magos da Luz, os Sacerdotes dos Santuários que velaram oAUMBANDAN, como já visto em outro capítulo, deram-lhe vários sinônimos que se adaptavam à sonânciasagrada dos vários locais do planeta, adaptando-se aos processos lingüísticos de cada povo, mas que em umaanálise quantitativa e qualitativa, através de pequenas chaves de interpretação, retornavam ao excelso, trino,vibrado e Sagrado vocábulo — AUMBANDAN. Assim, todas as Escolas Iniciáticas de Tradição no passadoguardaram seus ensinamentos que, como dissemos, já haviam sido adulterados no seio da grande massahumana, para depois também sofrer severas e cruéis perseguições, traições etc, no interior dos Templos ou

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Ordens Iniciáticas. Dessa forma iniciou-se a dissolução do PRINCÍPIO ESPIRITUAL, a queda do TEMPLODA RELIGIÃO CÓSMICA e com ele seus Sacerdotes e seus Conhecimentos consubstanciados naProto-Síntese Relígio-Científica. Salvo raríssimas exceções, a Proto-Síntese Cósmica foi cultuada e velada,mesmo já disfarçada e modificada, adaptando-se através do MITO, ao conhecimento ainda fragmentado demuitos tidos e havidos como Iniciados. Bem, Filho de Fé, sucintamente avivamos sua memória. Fizemo-lodesde as sub-raças atlantes, faltando citar os tempos mais modernos, isto é, de 60 a 100 séculos até os diasatuais.Antes de recuarmos perto de 8.000 anos em nossa viagem que respeitosamente devassa o tempo, nãopodemos deixar de reavivar a memória do leitor amigo sobre o surgimento do Aumbandan, em pleno solo143OUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicado Planalto Central Brasileiro, nas terras do Baratzil,no seio da valorosa Raça Vermelha, desde a 2a RaçaRaiz, a Adâmica, alcançando o apogeu na 3a RaçaRaiz, a Lemuriana, indo se extinguir, por motivos jáaludidos, no final da 4a Raça, a Raça Atlante. Claroestá que mesmo após a 4a Raça, a sua sucessora, a 5aRaça, a atual Raça Ariana, guardou resquícios daGrande Síntese, do Aumbandan, o qual, desde o seuesquecimento, tende a ser relembrado através deEmissários da Luz ou Guardiães da Tradição, que aoencarnar deixam fortes mensagens e vislumbres àgrande massa humana que ainda anda perambulandosem rumos certos e seguros. Vejamos pois comoiniciou-se seu RESSURGIMENTO. Digo iniciou-se,pois ainda estamos em fases iniciais do processo. Masalgo é certo: se tínhamos descido até os últimosdegraus na queda que tivemos, hoje, lentamente,estamos subindo degrau por degrau e comdeterminação no Bem e na Luz conseguiremosretornar ao PARAÍSO PERDIDO — a TERRA DASESTRELAS ou da LUZ; o BARATZIL-MUNDO; oBARATZIL-PLANETA. Caminhemos semesmorecer.Antes de citarmos e vivermos as fases doressurgimento do vocábulo Aumbandan, vejamoscomo estava a humanidade há 8.000 anos e como seentrosavam as deturpações e cisões da sombra com oesclarecimento e a reunião do conhecimento da Luz-Por volta de oito a dez milênios atrás, segundo osarquivos do astral superior, na Babilônia, tentava-se

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reunir as várias Sínteses, as concepções filorreligiosasde todos os povos. Na realidade, o Conhecimento,que já estava adulterado, adulterou-se ainda mais, emvirtude de nenhuma das partes integrantes ter cabedaltradicional-moral para tomar a dianteira e sanear eseparar o joio do trigo. Viu-se pois umembaralhamento ainda maior do ConhecimentoIntegral. Esse movimento, o da Torre de Babel, naverdade foi uma investida muito séria das hostes dosubmundo, tanto encarnado como desencarnado, pois,como devemos nos lembrar, nesta época omediunismo já era vigente e os médiuns eram pontesvivas entre o plano astral e o plano físico. Se erampontes vivas, segundo suas afinidades e evoluçãoconseguidas, ligavam-se através da sintonia vibratóriae moral à Luz ou às Sombras. Muitos deles erampontes vivas entre o plano físico e o plano astralinferior,quando não das zonas abismais, com seus ataquesvorazes através de seus magos-negros que de todas asformas não queriam, como não querem, areconstrução da Síntese, pois com Ela não haverámais ignorância, ódio, competição, poder, que são osalimentos indispensáveis aos magos da face negra.Então, como dizíamos, Babel, é claro, não foi umatorre que ligaria a Terra aos Céus, no sentido de "tersido construída uma torre". Visava sim ligar o planoinferior ao superior, mas por motivos já aludidosfracassou fragorosamente. Assim, desde aquelasépocas, ficou Babel como sinônimo de anarquia,deturpação, confusão, militarismo, poder, etc. Era adesorganização total. Assim se arrastava naquelestempos, a humanidade, embora no interior dosTemplos Sagrados, orientados por portentosoenviados da Confraria dos Espíritos Ancestrais, aTRADIÇÃO era velada e cultuada.Neste momento pode perguntar o Filho de Fé ouo leitor amigo: Mas para que deixar-se umCONHECIMENTO INTEGRAL no interior dosTemplos, se a humanidade está se digladiando etriturando? Afinal, a Lei Divina é para uma pequenaminoria elitizada ou é para todos? Ou nesta LeiDivina há os privilegiados?Bem, Filho de Fé, raciocine conosco serenamente.Você mesmo, Filho de Fé, já disse que ahumanidade estava se arrastando e se enlameandocada vez mais nos seus próprios erros, que vinhamdesde as grandes cisões e desde o surgimento dasreencarnações dos marginais do universo de todos ostempos. Mais uma vez pedimos que redobre sua

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atenção, Filho de Fé.Ao permitir que descessem (encarnassem noplaneta Terra) muitos Seres Espirituais delinqüentes,as CORTES DE OXALÁ visavam novos prenúnciosa vários Seres Espirituais encarnantes, os quais,através de seus próprios erros, teriam que sesoerguer. Para que isso não ficasse tão difícil ouimpossível, gerando um círculo vicioso em quenovos débitos sempre seriam contraídos,impulsionando-os para maiores cobranças, é que noseio deles surgiram sempre e de maneira muitooportuna os vários Enviados das Cortes de Oxalá, osquais procuravam, segundo o alcance médio deentendimento das humanas criaturas, lançar oesclarecimento, a evolução e a Luz144CAPÍTULO Xpara níveis de entendimentos mais refinados, dandolhescondições para subir novos degraus. Mas sealguns quiseram subir os degraus do entendimentoque os libertou, outros, por sua vez, se enlearamainda mais nos desmandos e desatinos que suasmentes e concepções estreitas ainda pediam,tornando-se joguetes de forças inferiores com asquais se afinizavam e se prendiam em verdadeirasalgemas cativas. Enfim, eram escravos de si mesmos,pois a quem vamos culpar por nossos próprios erros?Mas dizíamos dos Emissários ou Enviados dasCortes de Jesus ou Oxalá que eram, por sua vez, amaior parte deles, originários da pura RaçaVermelha, estando radicados na Confraria dosEspíritos Ancestrais. Quando encarnados, embora seligassem aos Templos Iniciáticos, velando aTradição, também saíam para pregar e ensinar agrande massa humana e é claro que seus ensinamentosnão poderiam ser de pronto sobre a Proto-SínteseCómica, sobre o Conhecimento Total. O povo, agrande massa, estava faminta e sedenta de Luzes,mas não se poderia dar a Luz sem os véus, pois amesma poderia cegá-la ou enlouquecê-la. E assimforam feitas adaptações e mais adaptações, visandoincrementar a evolução das grandes massaspopulares nos 4 cantos do orbe terreno. O terráqueose ergueria, como se erguerá, mas de forma bemsuave, que não venha ferir seu consciencial, o quesem dúvida traria graves conseqüências aos seusorganismos mais sutis. Vimos, pois, os Iniciadossaírem do Templo; aliás, só tinham entrado parapreservar a própria humanidade e não a Tradição,pois a mesma existe em toda a sua pureza e

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originalidade nos planos mais elevados do universoastral, bem distante do ataque ou saque das ForçasNegras ou dos Magos-Negros de todos os tempos elocais. Em verdade, os Templos Iniciáticos guardam,velam a Tradição e não a escondem para si comomonopólio divino ou intelectual, e sim para que nãoseja adulterada, como já foi quando eram seusfundamentos abertos a todos. As ORDENSINICIATICAS ou os TEMPLOS INICIÁTICOS,portanto, são fiéis depositários da Lei Cósmica ouProto-Síntese Cósmica, até o momento em que ahumanidade, como um todo, esteja preparada equeira evoluir mediante esta. Voltando, dizíamos quemuitos Iniciados* saíram do Templo Sagrado e oensinamento que deveriam transmitir à grande massapopular carente em todos os setores deveria ser omais próximo do real, sendo inteligível a todos osgraus de Consciência, tomando-se por base a médiade maior ou menor aprofundamento nosensinamentos. Quando se depararam com SeresEspirituais que entendiam bem o que ministravam eque perguntavam se não havia algo mais profundoatrás daquelas Verdades, eles, os Iniciados,encaminhavam esses Seres Espirituais ao TemploIniciático, onde poderiam ser Iniciados dentro de seusgraus afins e tornarem-se, no futuro, novos pontasde-lança das VERDADES IMUTÁVEIS para agrande massa popular. Realmente assim era feito,através de um rigoroso selecionamento. O Iniciandoera aceito no Templo e dava curso a sua Iniciação.Observaremos que a finalidade primeira dos TemplosIniciáticos ou Ordens Iniciáticas era e é preparar,através da Iniciação, numa primeira instância,Iniciados que levem à grande massa popular a Luz doesclarecimento, a Luz do Entendimento. Esseensinamento só pode ser de caráter moral,impulsionando-os ao domínio das torpes paixões evis sentimentos, que aliás são os responsáveis diretospelos desatinos e desequilíbrios em que se arrasta anossa humanidade.Após a catástrofe da Raça Atlante, os Senhoresda Confraria dos Espíritos Ancestrais incrementarama evolução através de seus membros integrantes agoraencarnados no planeta como verdadeiraCONSTELAÇÃO DA LUZ a iluminar e abrandar afúria das Sombras, a aplacar a ignorância queinfelizmente assola a humanidade.Ao aprenderem os aspectos morais que devem seralcançados, eles se livram das garras dos Seres dasSombras, cortam-se ou anulam-se os efeitos-pontes

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pela falta de sintonia moral e mentovibratória, pelamudança de atitudes e pensamentos. Como os Filhosde Fé podem ver, tudo era feito através de uma* Entendemos como Iniciado aquele que, dentro de seu grau, é conhecedor não apenas da Proto-Síntese Cósmica, como também do compromisso queo mesmo tem de torná-la acessível a outros Seres Espirituais completamente distanciados do Conhecimento Integral, fazendo isso de forma oportuna,quando os Seres Espirituais não Iniciados assim o desejarem. Sempre que possível, o Iniciado exemplificará através de seus atos aquilo que professa eprega.145UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaprofunda ação psicológica e muito mais cosmológica.Sim, pois visamos à melhora moral do planeta Terra,nosso cosmo momentâneo. Visa-se acabar com ointercâmbio clandestino das Sombras que se utilizamde Seres Espirituais carentes e que infelizmente seencontram ignorantes diante desses fatos. Essa açãoda Luz nas Sombras não acontece apenas aqui noplano físico, mas muito mais no plano astral, ondeajustam-se e inclinam-se mentes deturpadas para oreequilíbrio e reajuste. Conseguindo-se isto, areencarnação é o próximo passo, que seguramenteserá dado.Então, Filho de Fé, entendeu como a Lei Divinaajusta seus filhos caídos? Percebeu que não háprivilégios e nem privilegiados? Existem sim a justiçae a misericórdia, aplicadas nas suas mais purasessências.Assim, caro Filho de Fé, é que desde os temposlongínquos existem as Ordens Iniciáticas, osTemplos, as Academias de Deus, os Santuários, todosvisando incrementar a Lei perdida e de há muitoesquecida. Entendemos agora o porquê doensinamento velado no interior do Templo, oensinamento hermético ou esotérico e o ensinamentomítico ou popular, que como vimos visa atingir asgrandes massas, o povo, preparando-o para o futuronão distante em que as realidades se reapresentarão etodos precisarão estar preparados. E do preparo e dascondições desse preparo que se preocupam osCondutores Raciais ou kármicos da atualhumanidade. Para isso, de todas as formas, a Lei temsido levada às grandes massas populares, tal qual oMovimento Umbandista da atualidade.Vejamos como desde os mais remotos tempos temsido tentada e executada a reimplantação da Proto-Síntese Cósmica no seio das massas populares e quaisos entraves de vários matizes que surgiram e surgempara que esse processo encontre pleno êxito.

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Após a catástrofe da Raça Atlante, os Senhoresda Confraria dos Espíritos Ancestrais incrementam aevolução através de seus membros integrantes agoraencarnados no planeta como verdadeira Constelaçãode Luz a iluminar e abrandar a fúria das Sombras, aaplacar a ignorância que infelizmente assola ahumanidade.Vamos ver nos 4 cantos do planeta, como estrelascintilantes, os Emissários da Confraria dos EspíritosAncestrais tentando iluminar os entendimentosrudimentares e embaralhados da humanidade jácorrompida e corroída pelas paixões e bárbaroscostumes, os quais cada vez mais faziam com que oplaneta abrisse brechas enormes e incontroláveis aoataque das Trevas. Nesse ciclo vicioso, víamos nossacasa planetária transformada em casa planetáriadegenerada, pois as finalidades, às quais sepropunha, as de albergar todos os filhos desgarradosdo Universo, já não mais estava se prestando, emvirtude da grande saturação fluídico-mental queocasionaria, como ocasionou, verdadeirashecatombes e mortes em massa. Era o desatino dohomem pagando seu tributo segundo a Lei, queembora seja misericordiosa é limpidamente justa.Foi diante dessas convulsões que vários povos, nãomais os Vermelhos, se sucederam no domínio doplaneta sempre assaltado pelo terror ediscriminações várias, que culminavam sempre eminjustas sanções. Entre dominadores e dominados éque veremos surgir GRANDES CONDUTORES,PATRIARCAS TAUMATURGOS, enfim,GRANDES REFORMADORES, como RAMA,KRISHNA, SIDARTA GAUTAMA (O BUDA),JETRO, ZOROASTRO, LAO-TSÉ, FO-HI,MOISÉS e tantos outros, que vieram preparar adescida de OXALÁ — o CRISTO JESUS. E o queensinavam todos eles? Ensinavam o bem comoúnico caminho para a humanidade sofrida ecorrompida. E como conseguir este bem1. Com o amor.E como conseguir o amor? Com a educação sobre ascoisas divinas, com a certeza da existência dadivindade que precisou ser travestida de váriasformas para ser aceita pelos diversos grausconscienciais que ainda hoje em verdade seencontram em nosso planeta.Nessas fases evolutivas de nossa humanidade, jáhavia florescido o povo de cútis branca na Europa,bem como todo o Oriente já se saturava de cisões edeturpações várias, o mesmo acontecendo nocontinente africano.

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No continente africano, tínhamos os egípcios,povo remanescente dos atlantes, os quaisiluminavam com sua cultura todo o Oriente, para nãodizermos todo o mundo. Tinham também, por suavez, recebido grandes acréscimos dos caldeus,embora esses não tivessem o alto padrão moral quepredominava nos egípcios. Os egípcios tinham noseio de seu146CAPÍTULO Xpovo, como Seres Espirituais encarnados, os Tupynambáda pura Raça Vermelha, os quais tinham-lhestransmitido a Proto-Síntese Cósmica. Os Sacerdotesde Osíris e mesmo os de Ísis, com seus Templosfamosos, velavam e transmitiam a Tradição ocultadaque, como vimos, para eles foi chamada de ITARAÔou TARÔ. Foi no seio da civilização egípcia que umde seus Iniciados, cujo nome era Assarsif, reuniuvárias tribos cativas para formar o povo hebreu. Equais eram os ensinamentos de Moisés? Os mesmosde Rama, já que Rama tinha deixado seusfundamentos no Egito, nos Templos de Ísis ou Yoshie nos de Osíris ou Yoshirá. Venerava-se o VERBODIVINO através do CARNEIRO (AMON-RÁ).Assim, a Tradição no Egito havia sido implantadapelos Tupy-nambá reencarnados, os quais também játinham reencarnado na Índia e na Europa. O próprioRama era um enviado da pura Raça Vermelha, hajavista que sua pregação foi toda calcada nas Síntesesou na Proto-Síntese Relígio-Científica, por meio deseu Livro Estrelado, que velava o Aumbandan, queentre os egípcios era o dito Tarô.Nesse instante, queremos que os Filhos de Fé vãoentendendo como aconteceu o RESSURGIMENTODO AUMBANDAN. Assim, resumamos esseimportante fato.Na África, encontraremos os egípcios com todo oseu acervo relígio-científico calcado na transmissãode seus altos sacerdotes que eram reencarnações dosTupy-nambá (no seio da civilização egípcia). Nopróprio Egito encontraremos um alto sacerdote queaparentemente tinha sido revolucionário, pois reuniuvárias tribos e retirou-se para o deserto. Claro queestamos falando de Assarsif, Moisés, o qualimplantaria a Lei Divina a esses povos que maistarde se espalhariam por toda a Europa, tambémlevando a PALAVRA DIVINA, a LEI — OTORAH.Anteriormente, na Ásia, Rama já havia firmadouma sólida Tradição que se fundamentaria nas Leis

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Divinas. Tínhamos pois um movimento que visavaao restabelecimento do Aumbandan, ainda velado.Os ensinamentos de Rama eram os mesmos dosegípcios, os quais foram levados à Ásia e também atoda a África. Somos sabedores que a Tradição doConhecimento — via Tupy-guarany — haviachegado à Índia e às plagas tibetanas e lá, atravésdas migrações espirituais, refletir-se-ia para oOcidente, onde na verdade havia surgido. Ensina-seque o povo himalaio refletiu essa Síntese doConhecimento, isso em sentido figurado, em virtudeda "cor branca" do LAR DAS NEVES (HIMALAIA)ser refletora da Luz, o que de fato aconteceu atravésdas migrações espirituais para o Egito. Perguntará oleitor atento: — Mas o Egito já não era Guardião daLei Divina, do AUMBANDAN? Respondemos:Sim. Toda a TRADIÇÃO DO SABER, doCONHECIMENTO TOTAL, estava velada, comovimos, nas 78 Lâminas Sagradas que compunham oTARÔ e esse Conhecimento era de curso único eexclusivo aos Iniciados mais graduados ou magos.Rama, por sua vez, além de conhecer em sua pureza aTradição do Saber, também velou-a através de seuLivro Estrelado, de um ensinamento exotérico,público, que atendesse ao entendimento das massaspopulares. Assim, divulgou um Conhecimentocalcado na mais forte e pura Tradição do Saber, quejá conjugava as Ciências, Artes, Filosofia e Religiões.Divulgou esse Conhecimento a raríssimos Iniciados,nas ditas Academias do Cordeiro ou Carneiro. Assim,tínhamos os lamas ou ramas como Sacerdotes doCordeiro, precursores do advento do Cristo Jesus e darestauração da Proto-Síntese Cósmica, através deseus discípulos nos mais variados locais do Universo.Além desse Conhecimento que ficou concentrado nosColégios de Deus (Ordens Iniciáticas), tivemos umapopularização desses mesmos Conhecimentos atravésde KRISHNA, o qual transmitiu as grandes verdadesde forma alegórica, para que atingissem mais ocoração e os atos das massas populares. A par disso,tivemos grandes variedades de cultos com seuspanteões de deuses e deusas, tão bem retratados nasdiversas mitologias.As Ordens Sagradas seriam as formadoras dosacerdócio organizado e fonte de conhecimento emque a humanidade beberia, segundo as épocas e osdiversos graus de entendimento ou conscienciais.Nessas épocas, as filiações templárias eram asguardiãs do Saber, principalmente na ORDEM DEMELQUISEDEQUE, a qual era também denominada

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a ORDEM DE RAMA, e seus sucessores e adeptos.Dizemos das filiações, pois muitos filiadosIniciados dessa Ordem é que foram os vanguardeiros147UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicadessa Tradição do Saber nos 4 cantos do Universo.Era a Ordem de Melquisedeque que reunia as váriasSínteses que havia no Oriente, na África, etc. NaEuropa, ficaria conhecida como Ordem Dórica, aOrdem do Princípio Uno — da Unidade doConhecimento — do Espírito de todas as coisas. Porisso chamam-na de Ordem do Princípio Espiritual,Solar, Direito, Masculino, Sinárquico, da Nãoviolência,etc, ao contrário da Ordem Yônica, quecombateu a ferro e a fogo a Ordem Dórica, muitoprincipalmente através do Cisma de Irshu, na Índia,há 60 séculos mais ou menos. Combateu eaparentemente destruiu a Ordem de Melquisedequeou Ordem Dórica. A Ordem Yônica pregava ocontrário da Ordem Dórica, isto é, seu princípio era onatural ou do conhecimento fragmentado, daheterogeneidade e destruição do conhecimento. Por issofoi chamada de Ordem que venerava a Natureza erepudiava o Espiritual. Necessário que fique bemclaro que, a princípio, eles repudiavam oConhecimento Integral, a Síntese do Conhecimento,sendo que posteriormente começaram a repudiar oPrincípio Espiritual. Temos assim que a OrdemYônica de Yoná (pomba — representação da naturezafeminina) — pregava o princípio da natureza comoprincípio de tudo. Era pois Lunar, Feminina,Esquerda, Anárquica e Militarista. Fica claro que aOrdem preconizada por Rama era a Dórica, ou seja, amesma da pura Raça Vermelha, da qual encontramosvestígios nas construções arquitetônicas do Baratzil ede outros locais em que a Raça Vermelha tambémfirmou seu conhecimento, tal como os quíchuas,maias e mesmo no Egito. Era uma Ordemessencialmente teocrática, ao contrário da Yônica,que era essencialmente "naturocrática". Rama e suaOrdem, firmada em toda a sua pureza no Egito, eraessencialmente monoteísta, como era monista aSíntese de seu Conhecimento. A Ordem Yônica erapoliteísta, panteísta e já não mais monista, pregando adiversidade e separação do Saber. Bem, acreditamosque o caminho que traçamos até agora nos levaráaonde queremos chegar. Queremos chegar aoRESSURGIMENTO DO VOCÁBULOAUMBANDAN e ao SURGIMENTO DOMOVIMENTO QUE VISA A RESTAURAÇÃO, em

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sua totalidade, da Proto-Síntese Cósmica — aTradição do Saber Integral — a Religio Vera. Paradelinearmos atrajetória final de nosso caminho, precisamosremontar a Moisés e dele partir com clareza aoencontro do Movimento Umbandista.Dizíamos que Rama havia velado no Templo aProto-Síntese Cósmica, enquanto Krishna tambémvelava a Proto-Síntese, mas dava um ensinamentopopular através do mito e do véu deliberadamentecolocado sobre certos pontos-chave. Moisés tambémfê-lo da mesma forma, só que popularizou certosaspectos da Proto-Síntese Cósmica, transmitindo-aatravés de um inflexível Monoteísmo. A DivindadeSuprema em verdade não era pronunciada, somentemuito tarde é que denominaram-lhe de YEOVAH ouJEOVAH. Em verdade, o que Moisés velava no seuYeovah (babilônico) ou Yahuah (sânscritobramânico) eram os quatro pilares em que se apoiavao conhecimento humano; era o seu TetragramaSagrado EVE-I, que também podia ser representadopelo X algébrico, ou segundo o alfabeto vatânico oudevanagárico (alfabeto originado do Abanheenga,que como vimos grafava a fonetização dos objetos eseus fenômenos, ou seus sons, através daonomatopéia) pelo K (qualitativo e quantitativo — oque acoberta, o que vela — o numerai 20).Assim, o EVE-I de Moisés era a Proto-SínteseRelígio-Científica, era o monismo do conhecimento, odito depois monoteísmo. EVE-I era e é a Ciência, aFilosofia, a Arte e a Religião. Moisés preparou umanova fase para o planeta. Preparou, sem dúvida, oadvento do mago dos magos, do rei dos reis — oSENHOR E AUGUSTO OXALÁ — O CRISTOJESUS.A vinda de JESUS, sem dúvida, foi um grandemarco evolutivo para o planeta Terra. A Sua vindafoi preparada durante milênios. Assim como outrosda Hierarquia Crística, sua descida foi marcada porgrandes convulsões mesológicas, além das de carátermoral e essencialmente espiritual. Já dissemos que oCristo Cósmico é o Verbo Divino em qualquer plano oucasa cósmica no reino natural ou Universo Astral. EsseCristo Cósmico, através de sua Hierarquia, enviou-noso Cristo Jesus como Senhor do Planeta Terra, comotutor máximo de nossa casa planetária, a qual guardanos céus o símbolo cosmogônico de sua missão ecompromisso redentor sobre o planeta e suahumanidade cósmica. Assim, o Cristo Jesus nasceuno seio do

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148CAPÍTULO Xpovo hebreu, pois havia sido o único a levar emcaráter popular o monoteísmo, um grande avançopara uma humanidade que vivia se arrastando esubjugando se a deuses sanguinários e inimigos dohomem, bem como de outros seus iguais — (outrosdeuses). Deveu-se também o nascimento de CristoJesus — Yoshi (Yeshua) ou Yoshila — no seio dopovo hebreu pois o mesmo cumpria forte Tradição,começando pelo seu nome, que era diferente dopreconizado pelos sucessores de Moisés (Emanuel),os quais já também achavam-se o povo escolhido deJeovah ou da Divindade Suprema, sendo possuidoresde feroz orgulho, vaidade e egoísmo destruidor, queinfelizmente até hoje se estendem no seio dessesamados Filhos de Fé tidos hoje como judeussemíticos.Judeus sim, mas semíticos é inverídico,pois o povo que saiu com Moisés do Egito eradescendente dos celtas. Em boa hora é bom quefrisemos que quando Moisés esteve no Monte Sinai,na verdade transcreveu a Tradição em placas, empetróglifos, de forma a ocultá-la.Mais tarde, conforme consta de forma alegóricanas ditas Sagradas Escrituras, essas placas foramdestruídas e Moisés transmitiu às massas populares oensinamento de caráter externo, exotérico, na formados chamados 10 MANDAMENTOS. Claro está queo que era guardado na ARCA eram as 78 placas jáescritas em Aramaico. Tanto é verdade que a ditaArca era cercada por verdadeiros elementos naturaisque produziam elementos ígneos, os quaiscontundiam os usurpadores com curiosos encantos —o fenômeno era o da eletricidade estato-dinâmica quepor Moisés era conhecida. Após citarmos o GrandeReformador e Condutor do Povo Hebraico,retornemos ao apostolado do Senhor Jesus, nossoOxalá, o qual não mediu esforços para que a ReligioVera fosse reimplantada, pois o Augusto Senhor disseem voz lirial e humilde — Eu não vim destuir a lei enem os profetas, mas sim cumpri-los. Com issoafirmava-nos o Mestre Jesus, Pai Oxalá, que desde hámuito Seus Enviados já tinham preconizado a LeiDivina, e Ele só vinha cumpri-la, já que a mesma, naépoca, havia sido postergada em seus valores moraisespirituais,ficando ao bel-prazer dos sacerdotespolitiqueiros e interessados em projeções pessoais ena ganância do vil metal. Já haviam sido e aindaseriam pontes vivas dos mais baixos e torpes desejos,tão comuns aos Seres

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Espirituais ligados ao submundo astral ou zonascondenadas abismais, os quais, através da cristalizaçãono mal, não reconhecem o Cordeiro Divino como oVerbo Sagrado e sim o dragão como seu Mestre. Portudo isso é que o Mestre Jesus, Pai Oxalá, o VerboDivino simbolizado pelo Sol, veio resgatar asdeturpações, cisões e amalgamações que já estavamcristalizadas no planeta Terra. Com a passagemvibratória de Oxalá pelo planeta Terra, inclusive emsuas Zonas Subcrostais, há mais ou menos 2.000anos, deu-se forte influxo para a mudança damentalidade do homem futuro. A PAZ, o AMOR, aJUSTIÇA, a VERDADE, o PERDÃO, aFRATERNIDADE e a IGUALDADE, são osportentosos VOCÁBULOS-LUZ que iluminariam eiluminarão a humanidade. Bem poucos de seusensinamentos foram aprendidos e, infelizmente,quase todos esquecidos. Passaram-se os tempos e osmesmos desvios de sempre, o orgulho, a vaidade e oegoísmo continuaram fazendo do homem um serprimitivo, distanciado da Coroa Divina. Impérios emais Impérios surgiram e surgem. Os romanos, antesde Cristo e após, tiveram tudo para unificar o mundo,mas perderam a oportunidade, calcados que estavamno orgulho e egoísmo destruidor que lhes trouxe amorte e a destruição de sua civilização. Nopensamento helênico tivemos grandes Almas, masque não encontraram eco num povo que estava maisinteressado nas guerras fratricidas entre espartanos eatenienses e na sua pseudocultura. A Ásiadesarticulada desde o Cisma de Irshu não foidiferente dos povos latinos e gregos, encolhendo-sena sua dor e passando a viver de per si. Os africanos,completamente dominados, encontravam-se já emplena e total decadência, mormente os povos de pelenegra, cuja origem sem dúvida é a Ásia.Incursionaram para a África, onde foram poderososem suas civilizações, adiantadíssimos em plena Erada Raça Vermelha. Pregaram a Proto-SínteseCósmica que haviam recebido dos povos de pelevermelha, através dos egípcios. Quando receberamesses Conhecimentos, muitos de seus sacerdotesvelaram e guardaram a Tradição e para os queentravam em processos iniciáticos era Ela proferidaoralmente. Com o decorrer do tempo foi corrompida,deturpada e completamente esquecida. Para que fiqueclaro, mais avante em nossos apontamentos149UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicadiremos que os bantos atuais foram os que tiveram

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contato com os egípcios, sendo que os Yorubanos ouSudaneses tiveram contatos também, mas muito maiscom povos iranianos — e já Muçulmanos.Sua Teogonia não é original, é um totemismocalcado em mitos milenares dos egípcios, caldeus,hindus e outros povos. Não vejamos aqui algo deinferior ou retaliações. Podemos entender como umatentativa de reencontrar a Síntese perdida, o que éverdade, pois os grandes condutores da Raça Negrade há muito vêm lutando para incrementar em seupovo um sentimento de unidade e reconstrução doConhecimento, que por ora está no culto do Orisha,no culto dos Ancestrais (Eguns) e na ilusão deligarem-se à Essência do Orisha, nas ditas "feituras decabeça", com seus rituais ainda que simples, masperigosos por se aproveitarem de entidades inferioresdo astral que ficam como que vampirizando o dito"Filho de Santo" ou "Yaô" que passou pelo ritual deum simples ogbory ou bory, ou seja, a FEITURATOTAL DA CABEÇA, termo inapropriado pelomenos para os rituais que se fazem na atualidade.Sobre isso falaremos pormenorizadamente nocapítulo Umbanda e suas ramificações atuais. Aliás,fazem parte do abarcamento que o MovimentoUmbandista irá processar. Bem, após citarmos muitopor alto o povo africano, citemos o povo amarelo, oqual tem fortes Tradições filoespirituais, mas queatendem ao estreitismo racial que lhes é pecualiar.Não olvidamos a Sabedoria de um Fo-Hi, de um Lao-Tsé, a pureza nirvânica de Sidarta Gautama — oBuda — e nem também o Vedantismo, oBramanismo e as fontes yogues. Todas, sem nenhumaexceção, são merecedoras de nossa mais alta estima ecompreensão e muito estamos fazendo nós, SeresEspirituais astralizados, para que o povo amareloreencontre a Síntese e reencontrará, pois seuscondutores no Astral já se filiaram às Ordens dasSantas Almas do Cruzeiro Divino, onde renasceu omagnífico Verbo-Luz, a Proto-Síntese Cósmica — oAumbandan. Aguardemos e vibremos por todos. ARaça Branca, dita CRISTÃ, ainda se arrasta noconvencionalismo do culto exterior, em desacordo comos ensinamentos de Oxalá, o Cristo Jesus. Osdesregramentos iniciaram-se quando houve aseparação judeu-cristã. Ainda hoje vemos várioscultos, alguns não conscientes deseus compromissos para com seus fiéis, dizerem-secristãos e atacarem-se uns aos outros. Ficamos apensar se o Cristo Jesus, nosso Oxalá, trariarealmente a espada e a dissensão, pois é isso que

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exemplificam a todos esses pobres Filhos de Fé. Umdia eles amadurecerão, a morte tirar-lhes-á os véus.Sabe Deus quantas mortes despertadoras precisarão?Sabe quantos nascimentos necessitarão para acordar?Que a misericórdia do Senhor Jesus, Oxalá, abençoeose nos dê forças para guiá-los na linha justa doverdadeiro cristão.Se a Igreja Católica Apostólica Romana sepropuser a ser Católica ou Universal, que o seja,lidere e pastoreie seu rebanho, que infelizmente está"doente". No entanto, infelizmente, seus pastorestambém foram infectados pelas doenças, tornando-seos mais necessitados de auxílio e medicaçãoespiritual. Assim, o grande rebanho católico estáacéfalo, em virtude da contaminação de seus pastorescom as doenças de seus rebanhos. Ergamos ocatólico, é nosso Filho de Fé, é irmão em Oxalá.Vibremos por novos dias mais límpidos e brilhantespara o clero romano e seus rebanhos.Se citamos o católico romano, que é merecedorde nossa simpatia e afeto, não poderíamos deixar decitar as "religiões de cultos reformados", oProtestantismo, em toda a gama de cultos que ocompõem. O grande Lutero, assim como Calvino,foram espíritos abnegados, que de forma contundentedissociaram e cindiram a Igreja Católica, sendofundadores de cultos cristãos melhorados, emboradistantes, da real pureza do primitivo cristianismo.Todas as demais derivadas cristãs, ligadas ao ensinoda Bíblia, tanto do Velho como do Novo Testamento,não cogitam e até discutem sério quando lhes falamde reencarnação e de outros fenômenos que paramuito breve serão explicados pela Ciência oficial. Noséculo XIX, sem dúvida, tivemos uma granderevolução nos cultos ou seitas tidas como cristãs.Veio-nos da Europa, da França, a Codificação daDoutrina dos Espíritos", através das irmãs Crookes,por Allan Kardec. Interessante que, segundo nossahumilde contribuição à coletividade umbandista daatualidade, já expusemos que o poderio da RaçaVermelha tinha se estendido à Índia através dasmigrações espirituais dos Tupy-guarany, o que dá apensar do porquê do150CAPÍTULO Xpseudônimo "Allan Kardec", que é de origem hindu.Claro que Allan Kardec, assim como disse Jesus, "nãoveio destruir a Lei e nem os profetas, mas simcumpri-los". E foi o que fez, através de um trabalhode compilação e de caráter externo, visando ao

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soerguimento moral da grande massa que se arrastavapresa a conceitos estáticos sobre nascimento e morte,reencarnação, mediunismo, planos de evolução e LeiKármica (por ele chamada de causa e efeito). Ocorpo astral foi identificado para esses cristãos novose outros que se diziam cristãos. Chamam o corpoastral de perispírito. A Lei das Conseqüências, a Leidas vidas sucessivas para evoluirmos, a negação dacondenação eterna, a infinita misericórdia dosPrepostos de Jesus e a aplicação correta dosEvangelhos de Jesus formam a base de todo essesistema filorreligioso-científíco chamado kardecismo.No Governo do Mundo surgiu o Kardecismo, nãocomo uma nova revelação, mas sim como umacompilação popular, para a grande massa, dos conceitosque acima expusemos.Faz parte dele, assim como outros, pregar comveemência e cristalinamente que a MORTE NÃOEXISTE. Viver, nascer e morrer são fenômenos tãonecessários quanto salutares ao Espírito, quenecessita evoluir, caminhar para novos rumos.Claro que os Senhores D'aruanda não iriam abrirespaço vibratório para mais um inócuo e improfícuosistema filorreligioso. Esse sistema, na verdade,vislumbrou de forma ainda empírica a necessidade daproto-síntese relígio-científica, veio preparar oadvento do Aumbandan na Terra da Luz — oBaratzil. Assim, vimos que o Kardecismo veiodespertar a Alma indolente para as realidades da vidaque a aguarda, relembrando-lhe que a vida é eterna eque cada um colhe o que semeia. Iniciou-se oReligare Verdadeiro. Esse movimento teve e tem ocontrole direto da "Corrente das Santas Almas doCruzeiro Divino". Bem, Filho de Fé, estamos bem noâmago de nosso caminho, através do qualchegaremos frente a frente com a SAGRADACORRENTE ASTRAL DE UMBANDA, através deseu Movimento e do ressurgimento do vocábulosagrado AUMBANDAN.Estamos no final do século XV e no limiar doséculo XVI. A majestosa Europa da época eradominada por dois grandes povos da penínsulaibérica — Portugal e Espanha.Na época, tanto os lusitanos como os espanhóisdisputavam a hegemonia nas grandes conquistas,fazendo-se exímios comerciantes, tal qual eram emtempos idos os fenícios, os quais estavamreencarnados no seio das nações portuguesa eespanhola. Visando a uma expansão marítima, claroque orientada por digníssimos e elevados mentores da

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Confraria dos Espíritos Ancestrais, os portuguesesalcançaram em 1500 as costas brasileiras. Deu-senesse instante um verdadeiro "balanço cósmico", emque se reuniram novamente os povos. O Baratzil seriaum miniuniverso, albergaria brancos, negros,vermelhos e amarelos, e assim aconteceu. Nãodemorou quase nada para que muitos cativos em suaspróprias Pátrias fossem trazidos até nós, como osafricanos — negros escravos. O branco tinha domíniosobre o negro e sobre o índio degenerado, e atravésde algemas pesadíssimas, do ponto de vista astral,negros e vermelhos se reuniram, visando oporresistência ao agressor, ao algoz, ao povo da RaçaBranca. Em favor da monocultura do café, da canade-açúcar, nos ditos engenhos, o branco sacrifica eanimaliza seus irmãos de pele negra, passando a vêlose a tratá-los como subumanos. Momentos terríveisviveu a Terra da Cruz. Dores atrozes, sentimentosdestruídos, sangue derramado, ódio consubstanciadona agressão de todas as formas.O ressurgimento do vocábulo AUMBANDANestava prestes a eclodir. Antes, vejamos como foiprecipitado esse momento em sua acepção externa.Na tormentosa escravatura, em pleno século XVI,neste Baratzil, Terra da Cruz, os africanos aportadosaqui, em comunhão com o indígena nativo(degenerações dos Tupy-nambá e Tupy-guarany),firmaram na luta pela liberdade os seus sentimentos edesejos, através de seus ritos religiosos-mágicosdegenerados.Dessa fusão surgiram e permanecem até os nossosdias os mais variados ritos, os quais refletem ossentimentos e ideais de seus "fundadores" na época.Nem todos com ideais e sentimentos nobres. Muitosdeles com sentimentos de ódio e vingança, que seconsubstanciaram em rituais pesados, com umbaixíssimo sistema de oferendas (solidificação deelementos vibratórios para que seja movimentada amagia).151UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaEsse sistemático conflito racial, que perdurou aténo astral, fez com que os TRIBUNAISPLANETÁRIOS resolvessem incrementar sobre essacoletividade em litígio um Conjunto de LeisRegulativas que viriam disciplinar os rituais nefandose retrógrados que eram vigentes na época. Empoucas palavras, assim surgiu o MovimentoUmbandista.Neste momento, queremos frisar que o

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escravagismo, bem como o massacre dos indígenas,não foi somente praticado no Brasil. Interessanteressaltar que nos EUA, Cuba, Haiti e outros, tambémtivemos a escravatura, e por essas plagas o vocábuloUmbanda não surgiu. Como se explica esse fato? É oque tentamos explicar até agora em nosso humildetrabalho. Isso se deveu à supremacia da RaçaVermelha, a qual tinha se radicado no astralbrasileiro, onde teve início o processo reencarnatóriono planeta Terra. Como o vocábulo Aumbandan, ouseja, a Proto-Síntese Cósmica, aqui tinha sidorevelado, aqui mesmo ressurgiria, e ao ressurgir teriade vir como sendo bandeira, a priori, de ummovimento que atingisse as grandes massas popularesque aqui no Brasil, por motivos vários, seencontravam em litígio. A oportunidade erainadiável. Aproveitar-se-ia para lançar no seio dagrande massa o vocábulo Aumbandan, que serviria deescopo para a formação de um sentimento inter-racialuno, acabando com os conflitos entre SeresEspirituais irmãos, independentemente da vestimentacutânea que usassem. Outrossim, o Baratzil, comovimos, é a Terra predestinada a ser o celeiro espiritualdo mundo, a Pátria Universal, a Pátria Una, ondetodos os povos se reuniriam. Também seria o localonde a Proto-Síntese Cósmica ressurgiria,aproveitando-se da ocasião de discórdias raciais tantono plano físico, como no plano astral inferior. Assimsomos forçados, desde já, a entender que o que sepratica hoje, generalizado como Umbanda(Aumbandan — nem se cogita do termo, a não serraríssimos Filhos de Fé Iniciados), seria melhordenominado Movimento Umbandista, o qual visa fazerressurgir ou restaurar o Aumbandan. Mas, para que issoseja conseguido, tem e terá de fazer a união racial emnossa terra, a qual é predestinada a ser o CORAÇÃOESPIRITUAL DO MUNDO.Estamos muito longe do Aumbandan reveladoaos Seres terrenos pelos Condutores da pura RaçaVermelha, a qual ainda hoje, no astral, detém essedireito que através do Movimento Umbandista éexercido de fato, em participação com SeresEspirituais que se radicaram nas Raças Negra,Amarela e Branca. E a Corrente Astral de Umbandauma confraria que reúne os ancestrais do planeta Terra,Seres Espirituais que, em primitivas eras, foram osgrandes Condutores das raças que por aqui passaram, emespecial da Raça Vermelha e dos troncos raciais delaoriginados. Tal é o estágio evolutivo em que seencontram, que hoje muitos desses Seres Espirituais

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formam uma Corrente diretamente ligada àsCorrentes de Oxalá, o Cristo Jesus, constituindo oGoverno Oculto do Planeta Terra. Ela própria, aUmbanda, encerra a Verdade Universal sintetizadana Proto-Síntese Cósmica. Muitos de seus mais altosexpoentes e militantes são ligados à Corrente dasSantas Almas, a qual é de ação e execução das LeisDivinas no planeta Terra. A própria palavraUmbanda, como ficou conhecido o Aumbandan,pode ser traduzida como CONJUNTO DAS LEIS DEDEUS. Portanto, em sentido oculto, a Umbanda não éapenas um sistema religioso, mas sim a própria LeiDivina, origem de todos os sistemas religiosos,filosóficos, científicos e artísticos de todos os tempos,motivo pelo qual, como já dissemos e repetimos, é aProto-Síntese Cósmica, que encerra em si a Proto-Síntese Relígio-Científica.Reavivando a memória dos Filhos de Fé e dosleitores amigos, resumamos: Em primitivas eras, osconhecimentos e concepções que direcionavam avida e a evolução da humanidade eram plenamenteintegrados entre si e consoantes à Lei Divina,constituindo a dita Proto-Síntese Relígio-Científica.No entanto, através dos tempos, esses conceitosforam fragmentados, deturpados e perdidos,permanecendo vivos apenas no seio das ConfrariasEspirituais do mundo astral, ou seja, no seio daprópria Corrente Astral de Umbanda e também emraríssimos Templos ou Ordens. Eis o porquê dedizermos que essa Corrente é a Guardiã dosMistérios que encerram a VERDADE UNIVERSAL.Como dissemos, a Corrente Astral de Umbandaconstitui o Governo Oculto do planeta Terra. Dessaforma, ela achou por bem lançar mão de umMovimento que viesse restaurar gradativamenteesses conceitos, fazendo a humanidade retomar umcaminho evolutivo o mais reto e152CAPÍTULO Xseguro possível. Assim, tivemos o ressurgimento dovocábulo AUMBANDAN, adaptado comoUMBANDA e o surgimento do MovimentoUmbandista, ocorrendo o mesmo no Brasil.O surgimento da Umbanda ou MovimentoUmbandista em terras brasileiras certamente não sedeve ao acaso. Vimos que o Brasil é o berço daprimitiva Síntese. Logo, nada mais natural que seuressurgimento ocorra no local de sua origem,principalmente porque aqui se encontram plasmadasas condições astrais mais propícias para tal. Assim, as

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Entidades integrantes da Corrente Astral deUmbanda foram, aqui e ali, através de seus veículosmediúnicos (médiuns), lançando as bases doMovimento Umbandista, que numa primeira fase visaabarcar o maior número de pessoas no menor espaço detempo possível. Devido ao rápido crescimento doMovimento, o que realmente era esperado, o mesmose deu de forma aparentemente desordenada,originando certas confusões que devem serconsideradas até certo ponto naturais e mesmonecessárias, devido à necessidade de adaptação aosdiferentes graus de entendimento que o MovimentoUmbandista pretende abarcar. Outros fatores tambémcolaboram para que ocorra essa desorganização,sendo alguns deles bastante perniciosos, origináriosda atuação das correntes do baixo mundo astral que,como vimos, pretende criar uma forte oposição aoressurgimento da Umbanda.Após essas ligeiras elucidações, queremos citarcomo na realidade humana aconteceu o MovimentoUmbandista, já que de ordem astral já explicamos.Aqui nas terras brasileiras, tínhamos já observado amiscigenação de cultos que atendiam aos anseiosraciais afins. Já vimos como e por que tivemos aunião de cultos e ritos e, nessa mistura, emboraaparentemente deturpada, estávamos nosaproximando do surgimento do MovimentoUmbandista. A par da miscigenação entre vermelhose negros, ou melhor, de seus resquícios religiosos emísticos, tivemos a influência do branco através docatolicismo e logo a seguir do kardecismo.Note, Filho de Fé e leitor estudioso, que amiscigenação de cultos propiciou uma miscigenaçãocultural e até racial, também prenunciando a RAÇAUNIVERSAL FUTURA. Essa é uma das funçõesprimeiras da Corrente Astral de Umbanda, atravésde seu Movimento atual, o qual abarca a todosindependentemente da cor, credo ou raça. Com asraças já delineadas, dentro do MovimentoUmbandista, não podemos nos esquecer de nossosFilhos de Fé ligados aos cultos de nação africana,vulgarmente chamados de candomblecistas, ou seja,adeptos dos Candomblés. Todos esses Filhos de Fésão merecedores de nossas mais altas expressões decarinho e respeito, mas devem procurar suasverdadeiras raízes, pois tanto falam em manter aTradição e a cultura negra, que se fizerem umapesquisa aberta e honesta, com toda isenção deânimo, verão que de há muito seus fundamentos jáestão deturpados, sendo que os mesmos, em sua total

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pureza, já eram do conhecimento de caldeus, egípciose hindus, esses principalmente no que se refere aomito e fetichismo que ficou arraigado nesses Filhosde Fé ligados aos cultos de nação africana. Isso paranão irmos mais longe, pois em verdade beberam umdia as Verdades Universais reveladas pela RaçaVermelha, para depois, assim como outras raças,deturparem completamente os fundamentosverdadeiros da Proto-Síntese Relígio-Científica.Assim, precisamos muito lentamente orientaresses Filhos para alcançarem novos patamares daevolução e afastá-los do atavismo espirítico que ospersegue há milênios.No capítulo Umbanda e suas ramificações atuaismostraremos como podem esses Filhos de Fé - quemais uma vez afirmamos não estamos criticando, esim buscando ajudá-los —, erguerem-se cada vezmais. Faremos no capítulo dito acima um completoapanhado de um culto que se adapta muitopositivamente aos filhos ligados aos cultos de naçãoafricana em suas várias nações. Assim, o MovimentoUmbandista da atualidade se preocupa com todos osfilhos terrenos e, muito especialmente, com os Filhosde Fé ditos como adeptos dos cultos afro-brasileiros.Em uma fase futura do Movimento Umbandista,buscaremos novos objetivos que, não obstante, hojejá são supervisionados por Seres da Corrente Astralde Umbanda.Dando seqüência a nossa conversa, falaremoscomo realmente surgiu o Movimento Umbandista.Por ordens das Cortes de Jesus, por meio de SeusPrepostos, o mediunismo já invadira os cultos153UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicadeturpados e miscigenados entre os indígenas eescravos africanos, quando por volta de 1889,aproveitando-se de uma forma de governo mais justaque iniciava sua peregrinação no Brasil, o vocábuloUmbanda foi lançado em vários pontos do país.Foram pontos luminosos que, nas sombras em queestavam, logo chamaram a atenção e sem perda detempo iniciaram a árdua tarefa.A princípio, usamos médiuns que foram nossosdiscípulos em longínquos tempos, ainda aqui noBrasil, fato que hoje, embora raríssimo, ainda ocorre.Assim, iniciamos com o poderoso vocábuloUmbanda, que hoje serve de Movimento abarcador amilhares de Consciências. Amanhã o MovimentoUmbandista há de restaurar o Aumbandan — a Proto-Síntese Cósmica, que sem dúvida trará à toda

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humanidade terrena a Evolução Cósmica semelhantea outras casas planetárias felizes e luminosas.Continuando nossa conversa, dizíamos que váriospontas-de-lança do astral e mesmo encarnadoslançaram o vocábulo Umbanda por volta de 1889 evale ressaltar que esse vocábulo foi lançado, emgeral, em locais pouco freqüentados. Quando não,diziam as Entidades atuantes que Umbanda era umMovimento novo que iria se espalhar por todo oBrasil, trazendo esperança, secando lágrimas,espargindo compreensão e amor, acendendo a Fé,centelha divina que de há muito se apagara em muitasinfelizes criaturas humanas. Aí iniciou-se oMovimento silencioso mas contínuo da Luz contra asSombras, dos magos da face branca contra os magosda face negra. O Mal já tinha encontrado o Bem, ecom o mesmo disputava a supremacia das Almas.Ontem como hoje vem perdendo terreno; a Luzchegando, obviamente, dissipa as Sombras e asTrevas.Foi assim que, desde 1889, Falanges e maisFalanges de integrantes da Corrente Astral deUmbanda começaram a tarefa saneadora. Comoveremos no próximo capítulo, quando citarmos as 7VIBRAÇÕES ou LINHAS DE FORÇASESPIRITUAIS que compõem a Umbanda, valorosose indômitos guerreiros cósmicos em favor da Paz jáhaviam soado seus clarins, anunciando a todos suachegada, bem como convidando a todos para a grandetarefa regeneradora que se faria no planeta Terra,iniciando-se pelo miniuniverso, o Baratzil. Estamosfalando da lª Vibração Espiritual a descer do Astralem seus cavalos (médiuns), a Vibração de OGUM,que trazia em seu termo de identificação, que évibrado e sagrado, no sufixo, o fonema UM, deUmbanda. Assim as Vibrações harmoniosas de Ogume sua corrente contagiosa de fé, pelos novosconceitos vieram derramar-se sobre toda acoletividade afim dos cultos ditos e havidos comoafro-brasileiros. Citando-se Ogum, não poderíamosdeixar de citar um grande enviado de Ogum, aEntidade Caboclo Curuguçu, que preparou vários evários anos o advento primeiro do Caboclo 7Encruzilhadas, também da Vibratória de Ogum, queatuaria nas grandes massas populares visando tornarpopular o termo Umbanda e o culto apregoado poresse portentoso enviado de Ogum. Também oCaboclo 7 Encruzilhadas veio trazer aos humildes docorpo e da alma um ritual de fácil assimilação, quede alguma forma os fizesse ascender aos degraus

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evolutivos. Muito lutou com seu cavalo exemplarãofilho Zélio Fernandino de Morais, para implantar jánaquela época, 1908, a Umbanda sem as deturpaçõesdos Filhos de Fé arraigados a níveis vibratóriosinferiores que estavam ligados ao hábito infeliz dosacrifício de animais de duas ou quatro patas, parahomenagear ou mesmo ritualisticamente saudar seusOrishas. O Caboclo 7 Encruzilhadas lançou asemente, ajudado por Orisha-Malé, outro portentosoemissário da Luz para as sombras da Faixa Vibratóriade Ogum, já no plano mais terra-a-terra. Nãopoderíamos esquecer do poderosíssimo e sumamentesábio, mas não menos humilde, Pai Antônio. Nãoqueremos citar outros nomes, pois não seria justoesquecermos uma plêiade de colaboradores, tanto denosso lado como do lado dos Filhos de Féencarnados. Nosso sincero e profundo respeito aoCaboclo Curuguçu e sua portentosa CorrenteCósmica. Nosso saravá à falange do Caboclo 7Encruzilhadas, que preparou por cima vários médiunsque seriam vanguardeiros das Verdades Imutáveis queseriam trazidas como chaves de doutrina e manancialfilosófico, científico, religioso e artístico, onde aUmbanda, em sua parte Iniciática, beberia de seusFundamentos, transmitindo-os futuramente a outros.Dizemos assim que Caboclo 7 Encruzilhadaspreparou por cima, no astral, o advento do PaiGuiné, sapientíssimo e poderoso mago da luz, quejunto com154CAPÍTULO Xseu aparelho mediúnico, o filho W. W. da Matta eSilva, remodelaram os conceitos sobre o MovimentoUmbandista, bem como lançaram sementesriquíssimas em sua essência, a qual visa aoressurgimento do Aumbandan — a Proto-SínteseRelígio-Científica. Nas obras escritas pelo PaiGuiné, encontraremos não somente o lado popular daUmbanda; nelas, encontraremos também o ladoesotérico, iniciático, selecionado, que sem dúvida háde preparar sacerdotes conscientes, bem comodirigentes de verdadeiras Casas de Umbanda. MuitosFilhos de Fé perguntarão: Há alguém que ainda sigaos ensinamentos do Caboclo 7 Encruzilhadas?Responderemos que, na sua pureza, não. Issoporque nada na Umbanda, ou melhor, noMovimento Umbandista, é definitivo. Sempre hánovos véus a serem desvelados. Assim, diremos que,se o Caboclo 7 Encruzilhadas baixasse hoje em algummédium,

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daria como Fundamentos os mesmos dados pelo PaiGuiné e só.Ao término de nossa conversa com você, Filho deFé e leitor amigo, queremos que fique registrado emsua Alma nossa vibração de PAZ e AMIZADEETERNA.É, Filho de Fé e leitor amigo, a amizade é umabênção que Caboclo gosta sempre de cultivar esomente pela amizade sincera, Filho de Fé, você terápara sempre seu mentor espiritual. Mediunidadetalvez seja aquilo que costumamos falar com nossocavalo: DIMENSÃO-AMIZADE!Bem, ao fecharmos este capítulo, que esperamoster sido entendido pelos leitores, Filhos de Fé ou não,abramos o próximo capítulo, que sem dúvida nos farásentir mais de perto o âmago da Corrente Astral deUmbanda. Vamos a ele...155

Umbanda e suas 7 Linhas ou Vibrações Originais —Conceito sobre Orisha — Horário Vibratório dos Orishas:Conceito — Atividade Kármica — Atuação Mediúnica —Banhos de Ervas — Defumações — Lei de Pemba157

pós o surgimento do Movimento Umbandista em quase todo o território brasileiro, surgiu, através deseus Emissários, representados inicialmente pelas Entidades da faixa vibratória espiritual quedenominamos Ogum, o conceito de Linha Espiritual, o qual começou a tomar corpo e fazer parte doconhecimento, na época, dos praticantes do Movimento Umbandista. Após o início do Movimento, quando seapresentaram as Entidades da faixa vibratória de Ogum, vieram os Oxossi, os Xangô, os Yorimá, os Yori, osYemanjá. Isso aconteceu de forma muito oportuna, lançados que foram através de mediunidade de uns eoutros reais e verdadeiros veículos da Corrente Astral de Umbanda. No início do surgimento do MovimentoUmbandista, foi primordial e prioritário firmar e plantar o nome vibrado-sagrado Aumbandan, que foiadaptado para o vocábulo Umbanda. Assim, esse multimilenar vocábulo, através de sua sonância envolvidaem irresistível magia atrativa, atraiu vários Seres Espirituais. No início, os aflitos e desesperados de todos osmatizes; a seguir, a classe menos favorecida, a que foi e continua sendo o maior contingente de adeptos doMovimento Umbandista. Mais tarde, todas as classes sociais sentiram-se atraídas, aparentemente pela

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curiosidade, na ânsia de saber o que realmente era esse Movimento Umbandista, que todos chamam deUmbanda. A princípio iam disfarçadamente como curiosos e depois foram em busca de soluções para seusproblemas de várias ordens, quais sejam os sentimentais ou afetivos, de saúde e até de situação sócioeconômica,além de perturbações várias, que logo dizem ser mediunidade, e que precisam trabalhar, senãonunca melhorarão e seus caminhos continuarão fechados. Alguns até chegam aos terreiros dizendo-se vítimasde inveja, ciúmes, quebrantos, quando não de "trabalhos feitos", magia-negra, etc.Bem, só os bastidores de terreiro, após vários anos, darão ao Filho de Fé noções gerais sobre os consulentes,suas necessidades e carências.Assim, vemos que a maior parte das humanas criaturas que procuram os milhares de terreiros fazem-noem busca de soluções imediatistas e que atendam seus desejos, não importando a qualidade deles e nemmesmo se são ou não justos ou se são ou não prejudiciais a algum semelhante.Como vêem, devemos entender que o terreiro é um AMBULATÓRIO DA ALMA e a maior parte dosconsulentes são doentes da fé, sendo alguns aqueles que nunca a tiveram. Procuramos sintetizar aqui, empoucas linhas, como é a média do entendimento consciencial encontrado nos terreiros da atualidade. É óbvioque há os mais evoluídos em vários graus, como há os menos evoluídos, isso do ponto de vista humano.Salvo raríssimas exceções, todos, segundo a Lei de Afinidades, se encontram nos lugares que lhes dizemrespeito e lá ficam até quando perdem a sintonia moral-vibratória. Isso não acontece só nos terreiros menosevoluídos, pois temos observado esse fato até nos mais evoluídos, em virtude de aqueles que saem nãoconseguirem acompanhar o tônus-evolução, que para eles já não significa absolutamente mais nada.Alcançaram determinados níveis vibratórios máximos para a atual encarnação, não sendo de direito quedeixemos estourar o campo mental, emocional e moral de certos Filhos de Fé arraigados aos seus própriosinteresses, aos quais falta uma maior compreensão do mundo, do karma e do destino individual de cada Ser.E comum esses Filhos de Fé, por suas condições de imaturidade, saírem do terreiro completamente chocadose criticando o mesmo e aqueles que ficaram.Enfim, dizemos:159AUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica

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— A cada um segundo suas obras. Aguardemos,eles são muito jovens, amadurecerão e assimentenderão. Até lá...O Filho de Fé deve estar percebendo que, antesde adentrarmos nas 7 Linhas da Umbanda, fizemosum apanhado geral sobre a coletividade que acorreaos terreiros, pois além de atendê-la, é nela quesurgem os verdadeiros médiuns de nossa Corrente, osquais também serão preparados para sereminstrutores, através de suas Entidades Espirituais, nosambulatórios da alma. Sendo muito heterogênea acoletividade dita umbandista, já deve estarimaginando o Filho de Fé e o amigo leitor o porquêde, invariavelmente, um terreiro não ser igual aooutro. Ora, nesta primeira fase pretendemos, nummenor espaço de tempo, chamar o maior número depessoas possível. Assim foi feito e assim ainda estamosfazendo. Claro está que não poderíamos centralizar,monopolizar ou impor um tipo de ritual ou um padrãodoutrinário a todos, algo que, além de ser impossível,é totalmente absurdo, ilógico e desumano, sendo quequem assim pensa não está imbuído do sentido decoletividade e muito menos da caridade efraternidade.Com essas citações, entende-se como deve serdifícil escrever sobre as 7 Linhas ou 7 VibraçõesOriginais, pois elas são encaradas pelos Filhos de Fésegundo o alcance de cada um. É como se os Filhosde Fé "construíssem-nas" de acordo com o grau deentendimento e alcance moral, intelectual eprincipalmente espiritual que lhes é próprio. Noentanto, escreveremos sobre as 7 Vibrações Originaisde acordo com o conceito aceito e ensinado pelasEscolas Iniciáticas do astral superior. Nesta hora,poderá perguntar o Filho de Fé e o leitor amigo: —Seas 7 Vibrações existem em seu conceito puro everdadeiro, por que não ensiná-las e por que todos osMentores da Umbanda não ensinam as mesmas 7Linhas a seus Filhos de Fé em todos os terreiros?A pergunta não é perfunctória, é profunda erequer uma resposta bem explícita. Dissemos que ograu de heterogeneidade mental é máximo na "correntehumana" do Movimento Umbandista da atualidade, oque de forma alguma seria verdadeiro no que serefere à Corrente Astral de Umbanda. O grau devariedade de entendimento das humanas criaturas feze faz com que as várias Entidades Espirituaismilitantes na Corrente Astral de Umbanda adaptem160conceitos segundo o alcance de seus Filhos de Fé e

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sempre que podem lançam um conceito superior aodado anteriormente, mas tudo de forma bem sutil enuma profunda e criteriosa ação psicológica. Issoacontece quando encontramos dentro do próprioterreiro um ou outro que seja cavalo de fato e dedireito, muito sutilmente vamos lançando, segundo oalcance da coletividade-terreiro, os conceitos maispróximos do real. Nem sempre a tarefa é fácil, poisalém das humanas criaturas com seus arraigamentosespiríticos vários, temos também suas contrapartesde ordem astral, do astral inferior, as quais, porafinidade vibratória e mesmo moral, se ligam a esseslocais e praticamente dão as ordens a todos e emtudo o que lá se faz. Aí sim, nesses locais, cometemseverdadeiras barbaridades, frutos dos mais vis ebaixos sentimentos, os quais passam longe daverdadeira caridade. Aí, o que manda é a luxúria, adiscórdia, o ódio, a vingança, a violência, amarginalidade. Dão-nos esses locais muito trabalho,através de nossos Prepostos da Luz para as Sombrase na maior parte das vezes deixamo-los à própriasorte, já que assim o quiseram e, mesmo assim,somente depois de muitas tentativas de melhorá-los.Não é da Lei que se agrida ninguém e muito menosgraus de entendimento daqueles que deliberadamentese comprazem em viver no "lodo astral". Amanhã,cansados e doentes, pois viveram no lodo astral,conseqüentemente se contaminando, procurarão umverdadeiro terreiro e encontrarão médiuns bons,limpos, decentes e verdadeiros, que os orientarão edebelarão suas chagas e doenças. Quem sabepoderão eles, ainda nesta vida, ingressar nas fileirasdos abnegados ao próximo, através da SagradaCorrente Astral de Umbanda. Após essa ligeiraconversa com o Filho de Fé, voltemos às 7 Linhas.Como dissemos, descreveremos primeiro aquelasque são aceitas e ensinadas nas Escolas Iniciáticas doAstral e a alguns Filhos de Fé, hoje já milhares, emagrupamentos ou templos bem orientados por seusdirigentes materiais.Partindo do setenário, condensamos oucentralizamos em 1a ordem no ternário, para aposteriori centralizarmos em 2a ordem no unitário ouunidade; essa explicação torna bem clara a definiçãohierática dada sobre a Umbanda.Ensinamos aos nossos Filhos de Fé que ovocábulo Aumbandan, autologicamente, faz surgirasCAPÍTULO XI7 Vibrações Originais ou as 7 Linhas. Assim, a

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Umbanda reconhece 7 Potências Cósmicas. Vejamospois como surgiram ou como realmente são as 7Vibrações Originais. Partamos do vocábuloAumbandan.Antes, porém, teremos que mostrar os sinais ouletras do alfabeto adâmico ou devanagárico, que emverdade é originário do Alfabeto Sagrado da RaçaVermelha (da língua Abanheenga).No início dos processos gráficos da línguaAbanheenga, foram os mesmos formados por 5 sinaisgeométricos básicos:Assim, temos o PONTO, que é a unidade emgeometria, sendo associado ao número 1.A LINHA, para ser delimitada,necessita de 2 pontos; assim, à linhafoi associado o número 2.O ÂNGULO surgiu da mesmaforma: 3 pontos não co-lineares, istoé, que não estão na mesma linha,relacionando-se com o número 3. OQUADRADO também surgiu pelaunião de 2 ângulos ou 4 pontos, 2 a 2não co-lineares, isto é, 2 linhas nãocoincidentes mas paralelas,relacionando-se com o número 4.Neste instante, observamos que os4 sinais estavam e estão intimamenteligados ao sistema numerai e àgeometria, importantíssimos fatoresnecessários para entendermos melhoros vocábulos litúrgicos ou sagradosdas 7 Linhas ou 7 VibraçõesOriginais. Está faltando o 5a sinalletra.Vejamos como surgiu:Os valores numéricos dos 4primeiros sinais são os que secorrespondem com os 4 pilares doconhecimento humano, com os 4elementos radicais da Natureza, comos 4 sinais sagrados que milhares deanos depois deram origem aoTetragrama Sagrado de Moisés —EVE-I. Então, somam-se osquatro numerais, formando uma síntese de:1 + 2 + 3 + 4 = 10. Como resultado, obteve-se omáximo da década, o próprio número 10. Qual seria afigura geométrica que traduziria a Síntese dos 4?Outra não é senão o CÍRCULO, o qual encerra oTODO, infinitos pontos. Bem, vejamos, de formaresumida, o que expusemos:

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Fazemos a ligação do sinal geométrico com seuvalor numérico e seu som. Temos pois a forma, o some o número, trilogia básica para a formação de termoslitúrgicos sagrados, antológicos, ou seja, que surgemnaturalmente.161UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaEstando de posse desse conhecimento, não nosfica difícil entender como do próprio vocábuloAumbandan surgem os vocábulos que vão denominaras 7 Potências Sagradas ou Vibrações Originais.Assim, o que pretendemos é mostrar como deAumbandan surgem: Orixalá, Ogum, Oxossi, Xangô,Yorimá, Yori e Yemanjá, que são as 7 Linhas doAumbandan.Assim, podemos traduzir Aumbandan como —Conjunto das Leis Divinas — as Leis Regulativas doUniverso Astral, na atualidade aplicadas, emespecial, sobre os adeptos do MovimentoUmbandista.Bem, Filho de Fé, vejamos agora como esses 3conjuntos de sinais se entrosam em outros sinaiscondensados geometricamente, para então chegarmosnos 7 Termos Sagrados que denominam as 7Vibrações Originais ou as 7 Linhas.Bem, chegamos no O X Y — ou Y X O (o VerboDivino) — o qual tem totipotência para nos fornecerautologicamente os 7 Termos Sagrados,mantrâmicos, das 7 Vibrações Originais ou 7 Linhas.Vamos a eles:Após essa demonstração, a qual foi feita pela 1avez através das obras de Pai Guiné e seu veículomediúnico, o Filho W. W. da Matta e Silva (no livroUmbanda de Todos Nós, 1a edição, 1956), esperamoster deixado claro que dos 3 conjuntos geométricos(O X Y) surgiram autologicamente os 7 TermosLitúrgicos das 7 Potências Espirituais ou das 7Linhas. Queremos frisar que na antiga e possantecivilização da Raça Vermelha, a 1a letra era a querepresentava o vocábulo sagrado, era o seuprincípio, o início; portanto, era a chave articuladorapara o som do termo total. Por isso é que fizemos ademonstração do surgimento dos 7 TermosSagrados através das letras iniciais.Após essa demonstração, podemos citar as 7Potências representativas da Sagrada Aumbandan ouUmbanda:ORIXALÁ, OGUM, OXOSSI, XANGÔ,YORIMÁ, YORI, YEMANJÁ.Note-se que, das 7 Vibrações Originais, as três

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primeiras se relacionam como a letra O, a do centrocom a letra X e as 3 últimas com a letra Y Agora,façamos mais uma centralização do vocábuloAumbandan, Umbanda da atualidade:Chegamos assim ao conjunto Uno, Unitário, oqual também geometricamente e numerologicamenterepresenta e traduz o vocábulo Aumbandan, sendoportanto seus sinais ou conjunto geométrico umvalioso talismã, após ser devidamente imantado, éclaro. Em outros capítulos, explicaremospormenorizadamente sobre guias, talismãs etc.Após essa demonstração, enunciemos a frasemater que define hieraticamente, hermeticamente, oAumbandan ou Umbanda.UMBANDA É A LEI; ESTA É O CÍRCULO OUA UNIDADE QUE ENCERRA O TRIÂNGULO,162CAPÍTULO XIQUE EM VIBRAÇÕES DE EXPANSÃO GERA ATOTALIDADE OU O SETENÁRIO,CENTRALIZADO NO PRINCÍPIO DO CÍRCULOCRUZADO OUOXY = OOOXYYY. Expliquemos:A Umbanda é a Lei, esta é o Círculo ou a Unidade.Dispensa explicações, pois nitidamente diz que:A LEI é o CÍRCULO"que encerra o TRIÂNGULO""que em vibrações de expansão""gera a TOTALIDADE ou o SETENÁRIO""centralizado no PRINCÍPIO DOCÍRCULO CRUZADO"Assim, temos a expansão e a centralização, tãocomuns nas Escolas Iniciáticas de Tradição dopassado, onde se condensava ou se expandia umtermo, uma vibração ou uma LEI REGULATIVA,como é o caso da UMBANDA. Vejamos acentralização:Partindo do setenário, condensamos oucentralizamos em 1a ordem no ternário, para, aposteriori, centralizarmos em 2a ordem nounitário ou unidade; essa explicação torna bemclara a definição hierática sobre a Umbanda.Para completarmos nossos estudos, lembremos aoFilho de Fé que em outro capítulo já expressamos queno início do mediunismo, já na Raça Atlante, osmensageiros do astral se manifestavam na mecânicade incorporação de 3 formas diferentes, aparentandoformas distintas na apresentação. Dissemos que o lªaspecto é o que produzia vozes infantis, devido àvibração no chacra laríngeo, o 2º aspecto é o queproduzia no médium a posição ereta e a voz

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inflamante, devido à vibração no corpo astral ser noschacras da região tóraco-abdominal, o 3º aspecto é oque, através do chacra genésico, fazia com que osreflexos medulares, no corpo físico denso, curvassemrazoavelmente o veículo mediúnico. Após essapequena revisão, começará o Filho a entender que as7 Vibrações Originais ou as 7 Linhas da Umbanda seentrosam com suas Entidades em 3 formas deexpressão ou apresentação, ou seja, 3 "roupagensfluídicas" diferentes:A primeira, que vibra no chacra laríngeoproduzindo vozes infantis, foi no MovimentoUmbandista da atualidade associada aos Espíritosque usam a vestimenta fluídica de crianças.A segunda, que vibra nos chacras da regiãotóraco-abdominal,* produzindo porte ereto e vozvibrante, foi associada, no Movimento Umbandistada atualidade, às Entidades que usam aroupagem fluídica de caboclos.A terceira, que vibra no chacra genésico,fazendo com que o médium se curve e seexpresse com voz calma, foi associada àsEntidades que se utilizam da vestimentafluídica de pais velhos, que mais tardepassaram a ser chamados de pretos-velhos;embora achemos essa denominação errada,pois muitos Seres Espirituais da RaçaVermelha, que mantêm sua matrizperispirítica como sendo da Raça Vermelha,"baixam" como pais velhos na vibração deYorimá. Somente para fins de* Veremos, em outros capítulos, que Orixalá e Yemanjá atuam em níveis mentais ou cerebrais.163UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaadaptação aceitaram e aceitam que lhes chamem depai preto, preto-velho, etc.Após expressarmos esse conceito, vamosentender que no Movimento Umbandista daatualidade, nas 7 Vibrações Originais, temos oscaboclos, pretos-velhos e crianças, assimdistribuídos:Quando citamos Raça Vermelha, devemoslembrar que essa possante raça animou vários gruposreencarnatórios, inclusive nas Raças Negra, Amarelae Branca. Assim, achamos justo dar as origens, osprocessos originais e não os subseqüentes. No casodos Pais Velhos, os chamados Pretos-Velhos, asEntidades no grau de Orishas Menores são da puraRaça Vermelha (estrangeiros), os Guias são das Raças

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Vermelha e Negra, ou seja, que compactuaramexperiências nas 2 raças (terrenas). Os Protetores sãoda Raça Negra, que não tiveram influências da RaçaVermelha direitamente falando. Neste mesmo plano,encontramos Entidades da Raça Amarela, tambémvelhos Condutores ou Sacerdotes, mas que pelo seuSaber e Evolução foram chamados a trabalho noprocesso de restauração da Umbanda.O importante é que, quando baixam, fazem-no deforma homogênea, como Pretos-Velhos, velando suasvestimentas iniciáticas do passado. Muitos insistemem querer ligá-los aos escravos que estiveram aquino Brasil ou em outras plagas. Embora muitos dessesSeres Espirituais tenham evoluído na escalaespiritual através da renúncia e do esquecimento dasatrocidades contra eles cometidas pelos brancoscolonizadores, a maioria deles assim não fez e atéhoje engrossam as colunas do submundo astral, ondeainda guardam em si o sentimento de ódio evingança racial. Esses Seres, os antigos escravos sãona verdade utilizados pelosverdadeiros Magos-Negros, quesabem evocá-los e aproveitar ossentimentos de vingança e ódio queos deixam cegos, usando-os para asmais baixas tarefas, todas é claro noprejuízo moral, físico e espiritualdaqueles que eles desejam atingir.Muitos desses ditos escravos, apar de tudo isso, se redimiram, seregeneraram e atuam na causa dasfalanges dos Pretos-Velhos comointermediários entre os Guardiães daLuz para as sombras e das sombraspara as trevas. São, quando nessafunção, extremamente eficientes,formando verdadeiras blitzen contra osubmundo astral encarnado edesencarnado. Além disso, muito ajudam o EXUGUARDIÃO a desempenhar suas funções, mesmo ade manter higienizado o campo astral do médiumrealmente atuante e que cumpre funções sériasdentro do Movimento Umbandista.Entre vários, um deles, que comanda verdadeiroexército, é o que é conhecido como BEIÇOLA.Esperamos ter deixado claro o porquê doTRIÂNGULO DAS FORMAS DEAPRESENTAÇÃO em sua parte oculta, sendo que aexterna visa atrair Seres da Raça Negra, através dosPretos-Velhos, bem como através dos Índios ou

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Caboclos, aqueles que por motivos vários estãoligados a eles e seus movimentos espirituais desdehá milênios. As Crianças atraem para o sistemavibratório da Umbanda os Seres ligados aos doissistemas antes citados e mais os da Raça Amarela eda Raça Branca, isso de maneira bem geral. Há casosparticularíssimos que, por fugir de nossos propósitos,não citaremos.Assim, Filho de Fé, o Triângulo das Formas deApresentação é que representa o Caboclo, o164CAPÍTULO XIPreto-Velho e a Criança, que se entrosam, comovimos, nas 7 Vibrações Originais ou 7 Linhas. Nãopodemos nos esquecer da mensagem moral dessaforma de apresentação.Após o Triângulo das Formas de Apresentaçãodos Espíritos militantes na Sagrada Corrente Astralde Umbanda, necessário se faz que definamos o quea Corrente Astral de Umbanda entende por vibraçãooriginal.VIBRAÇÃO ORIGINAL: São as faixasvibratórias espirituais em que se agrupam, porAfinidades Virginais, diversos Seres Espirituais. Étambém a Potência Espiritual que é cabeça de todauma faixa vibratória espiritual, promovendo legiões,falanges, subfalanges, formando as linhas.Então, LINHAS são Espíritos, carnados oudesencarnados, que compõem as legiões, falanges,subfalanges e grupamentos que se movimentam sobbeneplácito, proteção e ordenação das vibraçõesespirituais dos ORISHAS, dentro de sua faixaespiritual afim.Pela primeira vez em nossas conversas com oFilho de Fé e leitor amigo citamos o vocábuloOrisha*Obs.: Forças sutis.como sendo SENHOR ou CABEÇA deuma Vibração Original. Já tínhamos citadoo vocábulo Arasha, o original de Orisha,como também citaremos ORISHI, quetambém é anterior a Orisha, mas todossignificando Senhores da Luz ou Cabeçasda Luz, o que é a mesma coisa. Não nosimportam as alterações semânticas, queocorrem devido à diferença de povo parapovo, desde que não tenham sido alteradosseus valores científicos, filosóficos,metafísicos, mágicos, etc.Após termos explicado o que são as 7

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Vibrações Originais (por serem asprimeiras, de pura energia espiritual, poishá outras), passaremos a estudá-las eentendê-las tanto em seu aspecto herméticocomo em seu aspecto popular.Iniciemos lembrando que a Proto-Síntese Cósmica era a expressão doAumbandan, que por sua vez, nos aspectosdo Universo Astral, compreendia também a Proto-Síntese Relígio-Científica — o Conhecimento Uno.Essa Proto-Síntese Relígio-Científica podia serrepresentada pela pirâmide, sendo que cada uma desuas faces estava relacionada com uma VibraçãoOriginal, a saber: Norte — Yorimá; Sul — Xangô;Oeste — Ogum; Leste — Oxossi. O vértice dapirâmide relacionava-se com Yori. Importantelembrarmos que cada ponto cardeal também estavaassociado a um elemento vibrátil energético daNatureza, quais sejam o Fogo, a Água, o Ar e a Terra.Esses são as LINHAS DE FORÇA,* que são asexpressões concretas das vibrações espirituais dosOrishas que, ao imprimirem suas vibrações noUniverso Astral, fizeram-no na energia, a qual foiadaptada a um ciclo e um ritmo que se concretiza naLinha de Força ou Linhas de Força daquele Orisha.Então, os ciclos e ritmos vibratórios próprios daconcretização do Orisha no mundo das energias é quefazem surgir as Linhas de Força.Assim, façamos um esquema que resuma nossaasserção:165CABOCLO — REFLETE A SIMPLICIDADE E A FORTALEZA MORALPRETO-VELHO— REFLETE A HUMILDADE E A SABEDORIACRIANÇA — REFLETE A PUREZA E ALEGRIA DO AMORUMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaAs posiçõesvibratórias, dentrodoeletromagnetismodas Correntes ouLinhas de Forçamanipuladas pelosOrishas, sãorelacionadas comos pontos cardeais da maneiramostrada no esquema ao lado.Com esse despretensioso esquema,demonstramos as Linhas de Força*(forças sutis da Natureza, veiculadorasde impressões energéticas e

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componentes desde o Micro até oMacrocosmo), que podem sermovimentadas pelos Senhores dosElementos, os 7 Orishas Maiores, ouas 7 Vibrações Originais. Expliquemosagora, mais detalhadamente, aquiloque fizemos só de forma esquemática.Já dissemos que os 7 Orishas Maiores ou as 7 VibraçõesOriginais são coordenados e comandados por um SerEspiritual, o qual denominamosOrisha Maior. Também já vimos queo Orisha é o Senhor Vibratório deuma Faixa Espiritual sob a qual seposicionam vários Seres Espirituais,tanto desencarnados, no plano astral,como encarnados no plano físico. Étambém o Orisha Maior Senhor de um ou várioselementos cósmicos, os quais se afinizam com osmovimentos vibratórios dessesYORIMÁ — NORTE — SENHOR PRIMAZ DA FORÇA TELÚRICAXANGÔ — SUL — SENHOR PRIMAZ DA FORÇA ÍGNEAOXOSSI — LESTE — SENHOR PRIMAZ DA FORÇA EÓLICAOGUM — OESTE — SENHOR PRIMAZ DA FORÇA HÍDRICAYORI — CENTRO — SENHOR PRIMAZ DA ENERGIA ETÉRICAYEMANJÁ — SUDOESTE — SENHORA PRIMAZ DA ENERGIA MENTALORIXALÁ — SUDESTE — SENHOR PRIMAZ DA ENERGIA ESPIRITUAL* São as manifestações do poder volitivo dessas Potestades — (ORISHA).166DIAGRAMA DA ENTRADA ESAÍDA DA FORÇA SUTILCAPÍTULO XISeres Espirituais e todos os demais que estão debaixode sua faixa espiritual. Assim, quando dizemos queuma Entidade Espiritual é, por exemplo, da faixavibratória de Xangô, estamos dizendo que esse SerEspiritual está debaixo do comando vibratório doOrisha Maior Xangô, e, dentro de seu grau, temcaracterísticas semelhantes ao seu "Dono Vibratório",tem vibrações que se harmonizam com as desseOrisha Maior, sendo por isso que diz ser de Xangô.Se dissemos que todos os Seres Espirituais estãodebaixo de uma Vibração Espiritual Original, é claroque os encarnados também estão debaixo de umaVibração Original, sendo comum dizer-se aos SeresEspirituais encarnados o seguinte: você é daVibratória Original de Xangô, Ogum, Oxossi, etc. Setodos os Seres Espirituais estão debaixo de umaVibratória Original, eles se agrupam segundo suasafinidades em 7 Vibrações Originais diferentes.O Ser Espiritual encarnado pode, numa

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encarnação, estar debaixo da cobertura de uma faixaespiritual e numa outra reencarnação estar numafaixa espiritual diferente da anterior. Isso se explicaem virtude dos ajustes necessários a serem feitos nocaráter, nas vibrações, na personalidade e nosatributos dos Filhos de Fé. Isso acontecerá até queseja encontrado o equilíbrio vibratório necessário,sendo que a partir desse momento entra o Ser emconsonância com sua faixa afim, sintonizando-secom as vibrações de seu Orisha Original. Neste exatomomento de nossa explanação, poderiam perguntaros Filhos de Fé: Como saber se estamos em nossaVibratória Original primeira?O importante, Filho de Fé, é ter conhecimento deque se está debaixo de uma faixa vibratória e Caboclopode garantir que pouquíssimos são os que estão emsua faixa vibratória afim, pois a maioria dos SeresEspirituais necessita de várias experiências para seautoconhecer e evoluir sem obstáculos interiores, pois nãobasta estar "zerado" com os semelhantes, é necessárioque se esteja "zerado" consigo mesmo, e isso só éconseguido com várias passagens ou militâncias nas 7Vibrações Originais, que em verdade não sãoseparadas,são unidas através dos entrecruzamentos vibratóriosque, como veremos, põem em funcionamento todo osistema vibratório, tornando as 7 Vibrações uníssonassem perderem elas suas características e finalidadesindividuais, isso tudo de forma essencialmentedinâmica e não estanque. Ressalvamos que o médiumou cavalo, dentro da Corrente Astral de Umbanda,pode ser de uma Vibração Original e sua EntidadeEspiritual ser de outra, algo às vezes até necessáriopara que o trabalho do binômio médium-Entidade, nosetor vibratório, se complete e cumpram ambos suasfunções, na maior parte das vezes de alta relevância.Pode acontecer de a Entidade Espiritual ter a VibraçãoOriginal idêntica à de seu cavalo, o que pode ser bomem se tratando de precipitação fluídico-vibratória,facilitando um melhor ajuste moral e energéticomuito necessário, por exemplo, aos médiuns que estãodebaixo de um karma probatório, os quais precisam seafirmar em seus equilíbrios astrofísicos, o que nessacondição é mais facilmente conseguido.Outrossim, pode acontecer que o médium estejadebaixo de um Vibratória Espiritual e seu mentor emoutra, mas a VERDADEIRA Vibração Original domédium, a primitiva, ser igual à de seu mentorespiritual. Nesse caso, para se descobrir se é isso oque ocorre, necessita-se de um profundo

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levantamento, que deve ser realizado por quem tenhaoutorga para tal, ou seja, tenha ORDENS EDIREITO DE TRABALHO concedidos pelo AstralSuperior.Como em outros tópicos, aqui também afirmamosque há variações infinitas. Mas, se falamos emVibrações Originais, acreditamos que os Filhos de Fégostariam de saber como poderiam identificarpositivamente suas Vibrações Espirituais,independentemente de serem ou não veículos deEspíritos, ou seja, cavalos (médiuns). Sem perda detempo, vamos fazer essa identificação.Todos nascem num determinado ano, mês, dia,hora, dia da semana, local, etc. E óbvio que, como jávimos, existem influências sutis e determinadas sobrea constituição mental, emocional, física, fisionômicae até sobre o biótipo do indivíduo* que se* Obs. — Igualmente importante é o dito nome de batismo, com o qual, após certas operações dentro do alfabeto vatânico, consegue-se levantar o ditonome Astral e Esotérico, mas isto é de caráter essencialmente Iniciático...167UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaencontram na dependência do signo de seunascimento, o signo regente. É também muito claroque ninguém nasce num determinado signo poracaso, o mesmo acontecendo com o dia, hora, linhade força atuante, etc.Se considerarmos um círculo de 360°, cada faixade 30° corresponderá a um mês, e cada grau a umdia. Vejamos:É o chamado ascendente do indivíduo. O dia dasemana também é importante, pois há de produzirreforços ou debilidades, conjunções ou oposições deforças, tudo na dependência dos compromissos doindivíduo e da Lei Kármica afeta a ele.Para iniciarmos a identificação, devemos lembrarque a Terra tem seu satélite, a Lua, que lhe dáequilíbrio vibratório e, dependendo de sua fase,O mês do nascimento (faixa de 30°) dirá qual osigno que regerá o indivíduo. Nos 30° da faixa de seusigno também teremos influências co-participantesque também influenciarão decisivamente a vida doindivíduo. Esses 30° são divididos por 3, noschamados decanatos (teoricamente 10 dias). A horado nascimento é muito importante, pois dá ascaracterísticas astro-emotivas do indivíduo, tais comoemotividade, proteções supranormais, sensibilidade,mediunismo e características de vitalidade, ou seja,características de seu corpo astral, etérico e aura. Essehorário do nascimento também qualifica o Orisha,

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como veremos, que dará essa cobertura.vitalidade a todas as coisas vivas. Não se podeignorar esse fato, pois as fases da Lua, desde a novaaté a minguante, têm funções diferentes e necessáriasa toda a "gestação planetária", haja vista que amulher é diretamente influenciada por essas fases,tanto em sua menstruação como em sua gestação,bem como em seu humor. A Natureza também éinfluenciada diretamente pelo processo de luzpolarizada da Lua, sendo que, como veremos nocapítulo sobre a Iniciação, é ela importantíssima parairmos ao encontro do "PAI DE CABEÇA", ou, comose diz vulgarmente na gíria de terreiro, na "feitura decabeça". Bem, de posse dessas informações, vamosao encontro da168360o — UM ANO30o — UM MÊS1° — UM DIAVibração Original, válida, é claro, para areencarnação atual do Filho de Fé interessado.1. Os signos do Zodíaco são 12: Áries, Touro,Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião,Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Não nosaprofundaremos na origem desses 12 signos, masdiremos que tem ela muita ligação com os 12Anciãos do Templo, com as 12 Tribos Mosaicas,as quais fizeram surgir as 12 Letras Sagradas, os12 Fonemas Combinados, e daí os 12 Signos doZodíaco.2. Esses signos se dividem, segundo as 4 ForçasCósmicas Básicas, em:Signos do FOGO ÁRIES, LEÃO e SAGITÁRIOSignos do AR GÊMEOS, LIBRA e AQUÁRIOSignos de ÁGUA CÂNCER, ESCORPIÃO e PEIXESSignos da TERRA TOURO, VIRGEM e CAPRICÓRNIOFOGO e AR são considerados signos positivosÁGUA e TERRA são considerados signos negativosOs termos positivo e negativo dizem respeito àquestão de polaridade para que haja fluxo decorrentes, e não que o signo seja benéfico oumaléfico. Os 4 Elementos, ditos Elementais ouForças Vibratórias Naturais, são:Após essa chave, vejamos os Senhores Vibratóriosdos signos, ou seja, os Planetas e Luminares.Os astros ou planetas chamados Regentes ouGovernantes são:TABELA IISIGNO HIERÓGLIFODO SIGNO PLANETA HIEROGRAMA

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DO ASTROFOGO elemento RADIANTEAR elemento EXPANSIVOÁGUA elemento FLUENTETERRA elemento COESIVOApós terem sido dadas essas pequenas chaves,identifiquemos as datas dos signos.TABELA IÁRIES 21 de março a 20 de abrilTOURO 21 de abril a 20 de maioGÊMEOS 21 de maio a 20 de junhoCÂNCER 21 de junho a 21 de julhoLEÃO 22 de julho a 22 de agostoVIRGEM 23 de agosto a 22 de setembroLIBRA 23 de setembro a 22 de outubroESCORPIÃO 23 de outubro a 21 de novembroSAGITÁRIO 22 de novembro a 21 de dezembroCAPRICÓRNIO 22 de dezembro a 20 de janeiroAQUÁRIO 21 de janeiro a 19 de fevereiroPEIXES 20 de fevereiro a 20 de marçoAs regências que demos são as consideradas"antigas" pela Astrologia moderna, pois atualmenteconsideram outros planetas como regentes em algunssignos. Por exemplo: Netuno rege o signo de Peixes,Urano rege Aquário, Plutão rege Escorpião. Nãodiscutiremos essas modificações, pois achamos quehá influências reais mas insignificantes em relaçãoaos considerados "regentes velhos" e vamos ficandopor aqui mesmo.Após essa explicação, relacionemos os signos comas 7 Vibrações Originais, os dias da semana, as corescorrespondentes, os elementos vibratórios e ospontos cardeais por onde vem a corrente das Linhasde Força.169UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaTABELA IIIVIBRAÇÃOORIGINAL SIGNO DIA DASEMANACORVIBRATÓRIA ELEMENTAL PONTOCARDEALORIXALÁ LEÃO DOMINGO BRANCO FOGO SULÁRIES FOGO SULOGUMESCORPIÃO3ª-FEIRA ALARANJADOÁGUA OESTETOURO TERRA NORTE

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OXOSSILIBRA6ª-FEIRA AZULAR LESTESAGITÁRIO FOGO SULXANGÔPEIXES5ª-FEIRA VERDEÁGUA OESTECAPRICÓRNIO TERRA NORTEYORIMÁAQUÁRIOSÁBADO LILÁSAR LESTEGÊMEOS AR LESTEYORIVIRGEM4a-FEIRA VERMELHOTERRA NORTEYEMANJÁ CÂNCER 2a-FEIRA AMARELO ÁGUA OESTEORISHA ENERGIA VIBRÁTIL ELEMENTOEQUIVALENTEOrixalá Senhor Primaz da Energia Espiritual Energia MentalMasculinaOgumSenhor Primaz da Força Sutil HídricaSenhor Secundário da Força Sutil ÍgneaSenhor Terciário da Força Sutil TelúricaSenhor Quaternário da Força Sutil AéreaÁgua — HidrogênioFogo — OxigênioTerra — CarbonoAr — NitrogênioOxossiSenhor Primaz da Força Sutil Aérea SenhorSecundário da Força Sutil Telúrica SenhorTerciário da Força Sutil Ígnea SenhorQuaternário da Força Sutil HídricaAr — NitrogênioTerra — CarbonoFogo — OxigênioÁgua — HidrogênioXangôSenhor Primaz da Força Sutil Ígnea SenhorSecundário da Força Sutil Hídrica SenhorTerciário da Força Sutil Aérea SenhorQuaternário da Força Sutil TelúricaFogo — OxigênioÁgua — HidrogênioAr — Nitrogênio

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Terra — CarbonoYorimáSenhor Primaz da Força Sutil TelúricaSenhor Secundário da Força Sutil AéreaSenhor Terciário da Força Sutil HídricaSenhor Quaternário da Força Sutil ÍgneaTerra — CarbonoAr — NitrogênioÁgua — HidrogênioFogo — OxigênioYori Senhor Primaz das Energias Vitais (Éteres) ÉteresYemanjá Senhora Primaz da Energia Natural Energia MentalFemininaObs: O ponto (condensador) foi incluso nas formas geométricas em virtude de imantar inercialmente o elemento afim. Atrai energias,solidifica, consolida, fixa e imanta. Como também já vimos, no alfabeto vatânico tínhamos:Estas 4 formas geométricas deram origem às representações dos 4 elementos ou forças sutis.170CAPÍTULO XIDe posse dessa chave, já fica o leitor amigo e oFilho de Fé sabendo como levantar sua VibraçãoOriginal, bem como os elementos da mesma, corvibratória, dia da semana, etc.Que o Filho de Fé e leitor amigo não vejacontradição nos Elementos ou Forças Cósmicas quedemos em páginas anteriores com essa divisão dasVibrações dos 4 Elementos Básicos Cósmicos.Para facilidade de entendimento, colocamos osOrishas como Senhores primazes, secundários,terciários e quaternários, pois em verdade nunca sepode movimentar um só elemento; o que há é umapredominância do ELEMENTO BÁSICO DOORISHA, mas os demais, em maior ou menor escala,também são movimentados.Falta-nos ainda dar os Orishas regentes dosdecanatos, o que faremos agora.TABELA VORISHA SIGNO 1º DEC. 2º DEC. 3a DEC.Orixalá Leão Orixalá Xangô OgumOgum ÁriesEscorpiãoOgumOgumOrixaláXangôXangôYemanjáOxossi Touro

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LibraOxossiOxossiYoriYorimáYorimáYoriXangô SagitárioPeixesXangôXangôOgumYemanjáOrixaláOgumYorimá Capricórnio AquárioYorimáYorimáOxossiYoriYoriOxossiYori GêmeosVirgemYoriYoriOxossiYorimáYorimáOxossiYemanjá Câncer Yemanjá Ogum XangôApós tabelas e mais tabelas, daremos apenas maisuma, que corresponde ao horário vibratórioeletromagnético em que os Orishas comandam certasLi-TABELA VIHORÁRIO VIBRATÓRIO DOS ORISHAS03:00 —06:00 ....................... ............... OGUM06:00 —09:00 ....................... ............... OXOSSI09:00 — 12:00 ...................... ................ORIXALÁ12:00 — 15:00....................... ................YORI15:00 —18:00 ....................... ................XANGÔ18:00 —21:00 ....................... ................YEMANJÁ21:00 —24:00 ....................... ............... YORIMÁ24:00 — 03:00 ...................... ............... EXUnhas de Força, como também correntes de força deentrada e saída do planeta.Para simplificar o que até aqui falamos, daremosum exemplo, o qual fará o Filho de Fé entender sem

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muitas dificuldades, possibilitando o levantamento dasua própria Vibração Original.Exemplo: Indivíduo nascido no dia 7 de maio, às17 horas, uma 2a-feira de Lua nova.1º) Qual o signo do indivíduo?Nascido no dia 7 de maio, indo-se à tabela I,encontraremos o signo de TOURO.2º) Qual o astro regente?Nascido no signo de Touro, indo-se à tabelaII, encontraremos o planeta VÊNUS.3º) Qual a Vibração Original?Nascido no signo de Touro, cuja regência édada pelo planeta Vênus, indo à tabela IIIencontraremos a Vibração Original deOXOSSI.4º) Qual o decanato em que nasceu o indivíduo equais as influências secundárias? O indivíduonasceu no 2º decanato do signo de Touro.Indo-se à tabela V, veremos que no 2ºdecanato há influência da Vibração Originalde YORI.5º) Qual o Orisha que estava dominando na horado nascimento do indivíduo? Se o indivíduonasceu às 17 horas, indo-se à tabela VI,encontraremos o Orisha ou Vibração Originalde XANGÔ.6º) Segundo o dia da semana, quais as influênciassobre o indivíduo? Sendo esse um aspectoque exigiria explicações mais minuciosas,diremos apenas que o indivíduo tem umacobertura importante da Vibração Original deYEMANJÁ.7º) Se o indivíduo nasceu na Lua Nova, quais asinfluências desse fato?Não poderemos nos aprofundar nesse item, emvirtude de ser o mesmo de caráter iniciático,reservando-se esse conhecimento aos Iniciados.Diremos apenas que o indivíduo tem razoável energiavital que vem pela corrente dos elementos171UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicamovimentados principalmente por Ogum. O fator daLua é muito importante para que o médium dirigente,ao fazer o levantamento da Vibração Original doFilho de Fé, possa elucidar corretamente proteções,faculdades mediúnicas, poderes supranormais epersonalidade do médium, com suas deficiências oudebilidades, suas tendências tanto positivas comonegativas. O médium dirigente Iniciado tambémsaberá, através das combinações do levantamento

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feito, orientar e adestrar o médium iniciante a levaravante seu mediunismo, como também o alertarásobre os percalços do caminho, sobre as ciladas quepoderão surgir. Poderá também dizer se o médiumestá em reencarnação probatória, evolutiva oumissionária, quais os rituais que fará para que eleconsolide suas faculdades medianímicas e até se omédium, por meio de suas conquistas no passado, nohoje alcançou o grau de ser um Médium Iniciado, umMestre de Iniciação ou mesmo Médium Magista. Oseu Iniciador levantará os rituais seletos corretos, atéo exato momento do ritual final da Iniciação, onde omédium, já Mestre de Iniciação, encontrará oORISHA INTERIOR, encontrará sua verdadeiraVibração Original, que é na realidade o seu Pai deCabeça. Como se diz na linguagem de terreiro, issose faz através do ritual de "fazer a cabeça". É óbvioque não estamos nos referindo à forma vulgarizadaou deturpada como se vem fazendo atualmente. Mas,enfim, a Natureza não dá saltos, aguardemos. Otempo é mestre e ensina a todos... Antes de continuar,devemos frisar que essas fases são raríssimas naUmbanda da atualidade, ou seja, os verdadeirosMestres de Iniciação ou BABALAWÔS (os Pais dosSegredos Cósmicos ou Senhores dos Mistérios) estãono interior do Templo Umbandista, caracterizados demédiuns normais e não ostentam nunca o título deBabalawô, podendo até levar o de Mestre deIniciação. Assim, todo Babalawô é Mestre deIniciação, mas nem todo Mestre de Iniciação éBabalawô. Aliás, quase não existem mais Mestres deIniciação, quanto mais Babalawôs, embora um ououtro possa existir. Mas, o que nos importa é mantê-losativos, imunizados e longe do assédio das correntesinferiores, pois pelos seus poderes conquistados nas lidesdo Mediunismo, da Magia, da Clarividênciaapuradíssima e da manipulação do OponifáVerdadeiro e da Lei de Pemba, são vítimas constantes depertinazes e ferozes ataques das sombras, além de todasorte de traições, invejas, ciúmes, ciladas e armadilhasque vêm pelas humanas criaturas. Em vez depreservarem o Mestre de Iniciação, muitos Filhos de Fécomeçam a querer sabotá-lo, criticá-lo, invejá-lo e énessas condições que fazemos prevalecer aqueles que emverdade podem errar, tombar, mas são verdadeirosmédiuns, enquanto outros, que os criticam ou invejam,não têm a capacidade que os mesmos têm. Nãoconseguindo alcançá-los e muito menos igualá-los, seretiram blasfemando e até dizendo que nuncaconheceram uma Casa de Iniciação Umbandista. Pobres

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almas... a vida se encarregará, pois um dia elesprecisarão amadurecer, e sem dúvida amadurecerão;que Pai Oxalá os abençoe sempre e permita que elesnunca se aproximem dos verdadeiros Babalawôs, algo queos atormenta, por não conseguirem entender como oBabalawô conhece e consegue se livrar de tantasdemandas, perseguições, invejas, etc. Nós lhesrespondemos que eles, os verdadeiros Babalawôs, têm anossa cobertura. Sempre que possível mantemo-los de pée de cabeça erguida, por meio da cobertura espiritual quefazemos descer sobre eles, e mesmo por meio das escorasque lhes são dadas pela força de demanda, porintermédio do verdadeiro Exu Guardião Cabeça deLegião, o vulgarmente chamado CABEÇAGRANDE.Após termos firmado o conceito de que aCorrente Astral de Umbanda reconhece 7 PotênciasEspirituais, que todos os Seres Espirituais seencontram, segundo suas afinidades, debaixo de umadelas, e após termos também dado os nomessagrados vibrados e litúrgicos que foram reveladosna Raça Lemuriana, a 3a Raça Raiz, pela AugustaRaça Vermelha, vejamos agora uma a uma as 7Vibrações Originais e no final de nosso capítulofaçamos os entrelaçamentos coordenados entre elas,pois mais uma vez afirmamos que nossoconhecimento é de Síntese.Assim, as 7 Vibrações Originais são: Orixalá,Ogum, Oxossi, Xangô, Yorimá e Yemanjá. Essesnomes sagrados, vibrados e litúrgicos deverão serpronunciados de forma especial e, quando emconjunto, na seqüência dada em linhas anteriores. Emcapítulos futuros entender-se-á melhor o porquêdessa seqüência, que obedece a leis quantitativas equalitativas.172CAPÍTULO XIVIBRAÇÃO ORIGINAL DE ORIXALÁ1. CONCEITOO termo sagrado ORIXALÁ primitivamente eraAraxalá. Muito mais tarde foi fonetizado como Oshilaou Yshola. Mais recentemente, outros povos,inclusive os africanos ocidentais, fonetizaram essetermo sagrado como OBATALÁ ou OXALÁ.Traduzindo esses termos ou vocábulos segundo aCoroa da Palavra ou a Ciência do Verbo, através doAlfabeto Adâmico, Vatânico ou Devanagárico(originado do primitivo alfabeto da Raça Vermelha),teríamos:ORIXALÁ portanto traduz: A LUZ DO

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SENHOR DEUS.2. ATIVIDADE ESPIRITUAL KÁRMICAA Vibração de Orixalá reflete o PrincípioIncriado; o puro Princípio Espiritual; o Verbo Solare sua Ciência (através de Ysho — 9J 4^ ).Traduzamos em palavras mais simples essasassertivas. A Vibração de Orixalá é diretamentesupervisionada pela Hierarquia Crística. Não quecom isso afirmaremos que o comandante vibratóriodessa Faixa Espiritual seja Oxalá — O Cristo Jesus.Dizemos sim que o Mesmo supervisiona-a através detoda a Confraria dos Espíritos Ancestrais. A Vibraçãode Orixalá é a detentora da Luz Espiritual queilumina toda a Corrente Astral de Umbanda. Foi aresponsável pela vinda de Seres Espirituais"errantes" de todo o Universo para o planeta Terra.Atualmente, sua função ou atividade espiritualprende-se em refletir a toda coletividade doMovimento Umbandista a Luz da Divindade, pormeio de suas Entidades atuantes, que nas raras vezesem que se apresentam por meio damediunidade trazem mensagens edificantes eelevadas, visando elevar os Filhos de Fé doMovimento Umbandista. Fazem isso por meio dapalavra ou das "preces cantadas", que traduzemfortes imagens de ordem moral, espiritual, etc.Em caráter hierático, Orixalá trabalha no sentidoda reascensão da humanidade, primeiramente nouniverso astral, e daí para as suas origens no CosmoEspiritual. Assim, Orixalá reflete o PrincípioEspiritual.Em se tratando da Magia Etérico-Física, atuadissipando as correntes deletérias que se formam noplaneta Terra; manipula as energias solares embenefício da manutenção da vida física no planeta,como atua neutralizando, por meio das suas purasvibrações, as energias contrárias ou originárias dosMagos-Negros, que sempre tentam desequilibrarvibratoriamente o planeta Terra, não conseguindoêxito em virtude da Possante Vibratória de Orixalá,por meio da atuação de seus Orishas, Protetores eEnviados da Luz para as Sombras ou dessas para asTrevas (os EXUS GUARDIÃES de Orixalá).3. GRAFIA SAGRADA OU LEI DE PEMBADentro do grafismo ou escrita sagrada, o alfabetoque traduz os equivalentes vibratórios de ordemastral (clichês astrais que, quando ativados, produ-173LEI DE PEMBA(de baixo para cima)

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CENTRALIZAÇÃOUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicazem ações várias) é o dito adâmico, vatânico oudevanagárico.O termo sagrado ORIXALÁ, que assim seexpressa nesse alfabeto original, tem equivalênciasvibratórias na Magia Astro Etérico-Física.Além dos sinais sagrados, daremos também seusvalores numéricos, que além da quantidadeexpressam qualidades, através da unidade letra-som.4. OS 7 ORISHAS MENORES — OS GUIAS — OSPROTETORESSem entrarmos em pormenores, coisas quefaremos no próximo capítulo, diremos que aHierarquia Sagrada da Corrente Astral de Umbandaobedece 3 planos, subdivididos em 7 graus.No lº plano temos as Entidades quedenominamos ORISHAS MENORES (Orishas— Senhores da Luz).No 2º plano temos as Entidades que denominamosGUIAS (Refletores da Luz). No 3º plano temos asEntidades que denominamos PROTETORES(Executores da Luz). Assim, hierarquicamentetemos:Os 7 ORISHAS MENORES são os querepresentam, aqui no planeta Terra, em seu planofísico e astral, o ORISHA ANCESTRAL.Os 7 ORISHAS MENORES da Vibração deOrixalá são:1. CABOCLO URUBATÃO DA GUIA2. CABOCLO GUARACY3. CABOCLO GUARANY4. CABOCLO AYMORÉ5. CABOCLO TUPY6. CABOCLO UBIRATAN7. CABOCLO UBIRAJARAAbaixo dessas Entidades, temos os GUIAS.São Guias da Vibratória de Orixalá:CABOCLO ÁGUIA BRANCA, CABOCLOITINGUÇU, CABOCLO GIRASSOL, CABOCLONUVEM BRANCA, CABOCLO GUARANTAN,etc.Logo abaixo, dentro da Hierarquia sagrada,temos os PROTETORES. Dentre eles, citaremos:CABOCLO GUARANÁ, CABOCLO MALEMBÁ,CABOCLO ÁGUA BRANCA, CABOCLO DASÁGUAS CLARAS, CABOCLO JACUTINGA,CABOCLO LÍRIO BRANCO, CABOCLO DAFOLHA BRANCA, CABOCLO IBITAN, etc*5. ATUAÇÃO DESSAS

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ENTIDADESOs Orishas Menores dessa Faixa Vibratória, viade regra, não "baixam", podendo fazê-lo muitoraramente e de permanência curtíssima no "reino"(incorporados) . Fazem-no dando mensagens decaráter geral.Os Guias também não "baixam" a toda hora.Primeiro, em virtude de raramente assumirem achefia mediúnica (a "cabeça do médium"). Quando ofazem, não é na incorporação, é fazendo com queoutra Entidade de outra faixa espiritual assuma afunção mediúnica na incorporação. Utilizam-semuito de outras faculdades mediúnicas, tais como:clarividência, clariaudiência, sensibilidadepsicoastral, psicografia, irradiação intuitiva, etc.* Que os Filhos de Fé entendam, que independentemente do grau, todas as Entidades Espirituais trabalham. Esperamos que os Filhos deFé também trabalhem...174CAPÍTULO XIOs Protetores, quando atuam, fazem-no de modomuito particular, em geral não se dizendo dessaVibração, só se identificando, quando assim acharemnecessário, por meio da Lei de Pemba, o que agrande maioria dos Filhos de Fé desconhece porcompleto. Não dão consultas, só vibram suaspossantes energias quando há necessidade prementedisso no Templo em que os evocam, sendoutilíssimos na higienização mento-vibratória doterreiro.Todas essas Entidades trabalham por cima, noastral superior, em funções delicadíssimas e de sumaresponsabilidade perante o Governo Oculto doPlaneta Terra. Assim, os Filhos de Féprecisam saber que não devem evocálosapós as 21 horas, devido a suasatividades espirituais, como também àsvibrações da hora não lhes seremfavoráveis.Essas Entidades são, via de regra,auxiliares "por cima" de outrasEntidades que trabalham "aqui porbaixo".6. MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICASEssas Entidades atuam no corpoastral do médium na região do chacracoronal (em sânscrito, chacrasahasrara), que tem sua equivalência nocorpo físico denso na glândula epífise(a glândula da vida espiritual), que se

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localiza no diencéfalo (3º ventrículo),produzindo na fenomênica mediúnicaligeiras alterações fisionômicas (suavese belas), psíquicas, vocais, etc.A ligação fluídico-magnética dessasEntidades com o médium começa peloalto da cabeça, em sua região posterior,fazendo descer uma suave sensação defriagem pelo pescoço até os ombros,que se propaga muito rápido pelo tórax,acelerando suavemente a respiração(maior necessidade energética) e afreqüência cardíaca (energia para todoo organismo), e do tórax ao abdome, naregião do plexo solar, onde se ligam emtodo o sistemanervoso visceral do médium, dando uma leve rotaçãoharmônica de todo o corpo, levantando ligeiramentea cabeça do médium e controlando o psiquismo, osensório e a motricidade do aparelho mediúnico. Suasincorporações são suaves, mas "pegam bem" oaparelho mediúnico (cavalo). Falam pausadamente,calmamente, levantando e abaixando a cabeça domédium (recepção e doação energética para o própriomédium — é como se fosse uma "respiraçãomental"). Suas mensagens são sempre fortes, deprofundo misticismo e grande riqueza moral, o que sóé conseguido por quem já alcançou altos patamares,com grande domínio sobre si mesmo.175UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaEssas Entidades são da pura Raça Vermelha.Como já falamos, todas elas compõem, no grau deOrishas e Guias, a Corrente das Santas Almas doCruzeiro Divino. Veremos que outras Entidades deoutras faixas espirituais podem receber essa outorga,mas não são todas, e quando recebem, dizemos "nalinguagem de terreiro" que são "coroadas" (emverdade receberam a outorga) pelas Santas Almas doCruzeiro Divino.Falamos das mensagens, que via de regra sãoentoadas harmonicamente por meio de verdadeirospontos cantados, sem ruídos estranhos (atabaques eoutros). Essas verdadeiras "preces cantadas"predispõem o corpo mediúnico e todos os que estãodebaixo dessa Vibratória a níveisconscienciais de alegria e felicidade,trazendo bom ânimo interior e umaautoconfiança inquebrantável. É a Magiado Som, que manipula, através de suas

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vibrações sutilíssimas, energias positivasem todo o psiquismo, revigorando-o ereenergizando-o.Seus sinais riscados se entrosam em 3planos: o dos Orishas, o dos Guias e o dosProtetores e em todos os planos dão aflecha, a chave e a raiz. Seus pontos, emgeral, são curvos, verdadeiros yantras(sinais harmônicos que movimentamenergias), como também efetivos clichêsastrais dentro da Magia Astroetéreo-Física.Seus sinais são profundos e o conjunto doponto riscado é de profunda beleza eharmonia.Essas Entidades Espirituais, na atualfase do Movimento Umbandista,raramente "baixam", quando o fazem é porqueencontram médiuns higienizados moral ementalmente. Raramente dão consultas, e quando dãonão usam o veículo dissipador ígneo-aéreo, atravésdo charuto ou fumaça (só usam em condiçõesespecialíssimas...).Essas Entidades Espirituais preferem outrasformas mediúnicas que não a mecânica deincorporação, tais como a irradiação intuitiva, apsicografia intuitiva, a clarividência e a mais perfeitade todas, a sensibilidade psicoastral.Essas Entidades Espirituais serão chamadas emfuturo para atuar mais diretamente no mediunismodos Filhos de Fé, isso daqui a muitos e muitos anos,quando a coletividade do Movimento Umbandista jáestiver em condições de reencontrar o verdadeiroAumbandan — A Proto-Síntese Cósmica.7. RELAÇÕES DA VIBRATÓRIA DEORIXALÁComo todas as demais Linhas Espirituais, aLinha Espiritual ou Vibração Original de Orixalá serelaciona com particulares vibrações, que são:8. MAGIA VEGETOASTROMAGNÉTICAA Magia sempre foi definida como a arte sagrada,a sabedoria integral, a arte das artes, a movimentaçãosutil das "energias subatômicas", quer sejam elas deordem mental, astral e/ou física. Com isso, queremosdeixar claro que a Magia, para ser realizada, necessitade elementos de ordem mental, astral e física, comoveremos mais avante em nossos humildes apontamentos.176A) Cor Vibratória Branco ou Amarelo OuroB) Mantra TanaC) Geometria Sagrada Ponto geométrico

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D) Número Sagrado 1E) Signo Zodiacal LeãoF) Astro Regente SolG) Dia Propício DomingoH) Força Sutil ÍgneaI) Elemento — Energia Fogo — Energia EspiritualJ) Ponto Cardeal Sul; SudesteL) Metal OuroM) Mineral Cristais brancos, brilhanteN) Neuma (ÂÂME)O) Horário Vibratório Das 9 às 12P) Letra Sagrada associada ao signo Zodiacal TQ) Letra Sagrada associada ao Astro Regente NR) Vogal Sagrada IS) Essência Volátil Líquida SândaloT) Flor Sagrada Maracujá, girassolU) Erva Sagrada OliveiraV) Erva de Exu Folhas de guinéX) Arcanjo Tutor GabaraelY) Chefe de Legião Urubatão da GuiaZ) Exu Guardião Indiferenciado Exu 7 EncruzilhadasCAPÍTULO XIInteressa-nos neste tópico específico a MagiaVegetoastromagnética, na qual encontraremos osbanhos de ervas, as defumações e as essências sagradas.A) Banhos de ErvasPara melhor entendermos as finalidades dosbanhos de ervas, é necessário explicarmos que aservas, os vegetais de maneira geral, sãocondensadores das energias solares e cósmicas. Háervas que captam várias energias, mas especialmentedeterminada energia que vem através das Linhas deForça ou correntes eletromagnéticas dedeterminados astros ou planetas, sendo portantoervas afins àquela vibração planetária. Em nossosestudos, vemos também que cada Vibração Originalcomanda ou vibra em consonância com determinadoastro ou planeta. Isso se deve às afinidadesvibratórias do "Dono Espiritual", da dita LinhaEspiritual ou Vibração Original.As ervas mais afins à Vibração Original deOrixalá são aquelas que recebem mais diretamenteas influências SOLARES, absorvendo suas energiasespecíficas (o chamado eletromagnetismo; o prana— energia vital — e o kundalini — despertadorvibratório de níveis conscienciais).As ervas solares são:ARRUDA ERVA-CIDREIRA ALECRIMLEVANTE MARACUJÁ GIRASSOLGUINÉ HORTELÃ JASMIM

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Poderíamos também citar muitas outras, que sãofacilmente reconhecidas pelo seu odor ou perfumeagradável e característico.Essas ervas podem ser usadas em banhos, os quaissão:A-1) Banhos de Elevação ou LitúrgicosSão banhos utilizados por médiuns já iniciados,aqueles que são considerados "prontos" ou prestes asê-lo. O porquê de assim ser é em virtude destebanho movimentar certas energias de ordempsíquica, podendo trazer sérios distúrbios se omédium que for usá-lo não estiver nas condiçõesacima citadas. Estebanho liga o médium com o seu interior fazendo-oelevar-se a níveis superiores da Consciência, sendopor isso elo de ligação com os mentores do ditomédium.O preparo deste banho é o seguinte:Escolher 3, 5 ou 7 qualidades dentre as ervasindicadas, colhendo-as verdes, na Lua nova oucrescente, na hora planetária do Sol (vide adendo nofinal do capítulo), logo colocando-as em uma vasilhade louça branca ou ágata. Após lavá-las bem, dentroainda da hora planetária solar, adicionar na vasilhaque contém as ervas, água de mina ou de cachoeira,ou seja, uma água pura. Após a colocação da água navasilha, acende-se uma luz de lamparina* sobre umamesa (a lamparina dentro de um pentagrama — r),em louvor à Vibração de Orixalá. Assim feito, iniciasea trituração das ervas, sendo a mesma com asmãos bem limpas (limpas em álcool) e com acorrente mental ou de pensamentos mais purapossível, que se prenda às finalidades do banho. Aoassim fazer, as vibrações serão melhor catalisadas naágua, tornando o banho um eficaz agente de elevaçãovibratória.Após a trituração, coa-se, retirando o resto dasfolhas, estando o sumo pronto para ser usado, sepossível dentro ainda da hora favorável do Sol.Para se usar o banho de elevação, toma-seprimeiro o banho de higienização física; logo a seguir,toma-se esse banho passando-o pela cabeça, fatoprimordial, sendo que, se possível for, deve-se ficarvoltado para o cardeal oeste ou leste** (absorção deforças, energias), respirando-se lenta eprofundamente. Não se enxugue por um período de 3minutos, para que possa haver plena transfusão eprecipitação de elementos de ordem mental, astral efísica. Repetir esse banho sempre que sentir essanecessidade ou quando for para a sua sessão. Caso

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fique difícil ao Filho de Fé, mesmo depois dasexplicações que daremos no final do capítulo arespeito das horas planetárias, toma-se o banho deelevação dentro do horário vibratório de Orixalá, queé das 9 às 12 horas, podendo-se tomar também nodomingo, que é o dia vibratório de Orixalá.* Lamparina com azeite de oliveira ou de amêndoas-doces.** Ficar de costas para os cardeais oeste ou leste. Assim, fica-se de frente para o núcleo emissor e receptor central, nascedouro emorredouro das forças sutis.177UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaA-2) Banho de Desimpregnação ou DescargaA finalidade precípua deste banho é deslocar oueliminar as cargas negativas que ficam agregadas noaura do corpo etérico do indivíduo. Várias são ascausas de cargas negativas em um indivíduo. Dentreoutras, citamos a emissão de cargas mentais negativasatravés de pessoas pessimistas ou que nutramsentimentos de ódio, vingança, inveja, ciúmes,despeito ou estejam debaixo de correntes de atrito,além de pessoas essencialmente nervosas, isso tudovindo pelas humanas criaturas. Há também o aspectoastral, ou seja, devido à atuação negativa de SeresEspirituais desencarnados que se encontrem com seuscorpos astrais "pesados". Nesse caso, somente suasemanações fluídico-magnéticas já chocamfrontalmente o indivíduo visado, podendo até lhecausar doenças infecto-contagiosas, em virtudedessas cargas deprimirem certos elementossangüíneos responsáveis pela guarda do organismo, oqual de fato entra em depressão, acarretando noindivíduo essas doenças. Há uma sobrecarga fluídicovibratóriaque satura os níveis defensivos, até mesmoos de ordem etérica, ocasionando desequilíbrioorgânico, que também pode vir pelo sistema nervosocentral ou periférico, desorganizando completamenteo emocional do indivíduo.Vamos então, após essas explicações, mostrarcomo se eliminam esses efeitos deletérios, através dobanho de desimpregnação ou descarga.O banho de desimpregnação com as ervas solaresé muito útil no combate a todas as mazelas, masmuito especialmente para os males que afetam aorganização astroetérica, repercutindo no sistemanervoso, com grande comprometimento daorganização psicoemotiva do Ser.Assim, o banho de descarga deve ser preparado paraminimizar ou mesmo eliminar completamente essasmazelas. Escolhem-se as ervas, que deverão ser

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colhidas verdes, na Lua crescente principalmente,nunca as colhendo na Lua cheia ou minguante, naquantidade de 1, 3, 5 ou 7 ervas, que devem ser depreferência colhidas, lavadas e preparadas na horafavorável do SOL no horário vibratório de Orixalá (9às 12 horas).Após lavarmos as ervas, são elas colocadas navasilha de louça branca, sobre uma mesa, onde seacende uma vela dentro de um pentagrama (r), issotudo preparado com orações, debaixo de umacorrente de pensamentos que se harmonize com aocasião. Acrescenta-se na vasilha, onde já estãocontidas as ervas, água fervente. Espera-se o temposuficiente para que haja as transmutações vibratórias epara que a água se resfrie até a temperatura que dêpara ser usada sem lesar ou trazer queimaduras à pele.Estando em condições de ser usado, após o banho dehigienização do corpo físico, o indivíduo volta-se para oponto cardeal sul* e toma o banho de ervas, deixandoo mesmo, junto com as ervas, passar pelo corpo todo,isto é, do pescoço para baixo. É bom o indivíduo quefor tomar o banho de descarga colocar sob os péspequenos pedaços de carvão, os quais devido aoelemento carbono, fixarão as cargas que as ervasdeslocarem. O mecanismo básico deste banho é o deque a água, junto com as ervas, desloca as cargas ouformas-pensamento que se tenham agregado ao corpoastral ou corpo etérico do indivíduo. Ao deslocarcargas, desestruturam formas condensadas e deletérias,liberando o organismo físico de tensões, bloqueios edoenças e também limpando o corpo astral, fazendocom que as correntes provenientes do corpo mentalfluam mais livremente, sem bloquear a emoção e a açãodo indivíduo. Com o aura limpo, o indivíduo torna-semenos suscetível de contrair doenças incipientes oumesmo mais graves. É normal indivíduos com essestipos de sobrecargas terem muitos resinados, estadosgripais e infecções mais sérias, tais como: pneumonias,meningites, hepatites e outras tantas doençasproduzidas por bactérias, fungos e vírus.**Mas voltando ao banho de descarga: após omesmo ser tomado, os detritos das ervas devem serretirados do corpo, 1 a 2 minutos depois e colocadosem algum recipiente de vidro (isolante), juntamentecom o carvão, devendo ambos ser "despachados" emágua corrente, sem o vidro, é claro.Assim fazendo, os Filhos de Fé sentirão quanto úteissão esses banhos para a manutenção da saúde e até domediunismo, o qual deve ser sempre cercado demáximos cuidados para não desequilibrar o organismo

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do médium. Eis pois um desses cuidados.* Ao ficar de frente para o cardeal sul, a corrente ígnea levará todas as cargas negativas, onde serão neutralizadas no "centro indiferenciado".** Devido à depressão imunológica, sendo que os linfócitos, T, macrófagos, histiócitos e plasmócitos, estão qualitativa e quantitativamentealterados devido às cargas negativas.178CAPÍTULO XIA-3) Banho de Fixação ou RitualísticoEste banho é de caráter essencialmentemediúnico, visando precipitar em maior abundânciafluidos etéricos-físicos do médium, os quaisfacilitarão a ligação fluídico-vibratória entre omédium e seu mentor espiritual.É também uma espécie de catalisador oufacilitador da assimilação fluídica entre o complexoastropsíquico médium-Entidade atuante, isto é, alémdos fluidos próprios da tônica vibratória do médium,há uma produção de fluidos da própria tônicavibratória da Entidade. Como acontece isso?Simplesmente há uma transformação dos fluidos domédium nos da Entidade atuante, através decomplexos processos, mas que são facilitados eativados com ervas que vibrem na mesma sintonia domentor atuante. Assim, os banhos ritualísticos ou defixação levam em sua composição ervas da VibraçãoOriginai do Médium e da Vibração Original daEntidade Atuante, no caso dessa ser diferente da domédium. Se forem iguais, as ervas serão somente daVibração de Orixalá, sendo o banho preparado comose fosse o banho de elevação. Caso as VibraçõesOriginais sejam diferentes, o banho ritualístico éassim preparado:Ervas da Vibração Original do médium,misturadas com as da Vibração Original da Entidadeatuante, na proporção de 2:1. O banho é preparadona mesma vasilha de louça branca. Como nestenosso caso a Vibração Original do médium éOrixalá, as ervas, tanto as do médium como asrelativas à Entidade, serão colhidas em uma horafavorável do Sol, e na quinzena positiva ou branca,isto é, no período compreendido entre o início daLUA nova e o final da Lua crescente. Após seremcolhidas e lavadas, as ervas são colocadas na vasilhade louça branca, onde acrescenta-se água quente ouágua de cachoeira, rio, mar, etc. Se for água quente,coloca-se na vasilha e espera-se que esfrie,retirando-se então as folhas, as quais podem serdepositadas em uma pequena mata ou mesmo rio. Sefor água das diversas procedências, trituram-se as

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ervas e, antes de banhar-se, retiram-se os restos,coando o sumo. Os restos das ervas podem serencaminhados a um rio ou pequena mata.Não nos esqueçamos que na preparação dobanho, sobre a mesa, deve ficar acesa uma velabrancadentro de um hexagrama, o qual é fixador fluídicomagnéticode várias energias que o banho de fixaçãoveicula (hexagrama — e ).Vale a pena lembrar que o banho deve sertomado com o indivíduo voltando-se de costas para ocardeal oeste ou leste. Voltamos a insistir que aservas não devem passar pelo corpo, bem como obanho somente deve ser efetuado do pescoço parabaixo, nunca passando-se o mesmo pela cabeça.Bem, Filho de Fé, este banho, o de fixação outambém revitalização, é importantíssimo para vocêque está numa corrente de desenvolvimentomediúnico, ou mesmo que você já seja"desenvolvido". È sempre bom obter meios paramanter ativo e em bom estado seu mediunismo.B) DefumaçõesAs defumações, ou a queima ritualística de certaservas, obedecem a uma série de critérios que deverãoser levados em conta pelo indivíduo que quiserbeneficiar alguém ou a si mesmo. Em primeiro lugar,as ervas que serão queimadas devem ter sido colhidasna Lua nova ou crescente, numa hora favorável doSol e ter sido deixadas para secar à sombra, ficandoclaro que só se queimam ervas secas. Devem serqueimadas no braseiro de barro e somente nele, nãose podendo usar o de metal, que além de não "casar"vibratoriamente com as ervas, emite certas cargas queinibem ou anulam o efeito das defumações. Asdefumações podem ser feitas em qualquer Lua ouhorário, desde que a colheita tenha obedecido oscritérios citados.Para eliminar cargas morbosas e pesadas com oelemento ígneo-aéreo das defumações, deve ointeressado voltar-se para o cardeal Sul e tomar adefumação de frente e pelas costas, mentalizandotanto quanto possível a cor vermelha se quiser afastarum mal físico, a cor amarela se quiser afastar um malde ordem astral ou a cor azul se quiser afastar um malde ordem mental.As ervas a serem usadas na quantidade de 1,3,5ou 7 devem, neste caso, ser misturadas com cascaseca de limão.Esta defumação serve também para descarregaruma "gira de terreiro", o ambiente doméstico ou

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179UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaqualquer local onde se queira desimpregnar,principalmente, formas-pensamento ou egrégorasinferiores. No caso do indivíduo querer revitalizar-se,deverá o mesmo queimar essas ervas numa horafavorável do sol, no horário diurno de preferência,voltando-se para o ponto cardeal oeste ou leste,recebendo a fumaça pela frente e pelas costas.Quando citamos "receber a fumaça", não queremosdizer que precisamos enfumaçar profusamente oambiente. Ao contrário, o que vale não é aquantidade, mas sim a qualidade. Pode ser tambémusada para revitalizar o organismo físico, astral emental nas luzes vermelha, amarela e azulrespectivamente e, é claro, debaixo de orações ecorrentes de pensamentos condizentes com o ato.Antes de encerrarmos, não poderíamos deixar de citaros portentosos efeitos de determinadas ervas solares,principalmente no esgotamento nervoso oudebilidade emocional causados por choquesespiríticos.* Referimo-nos ao girassol e ao maracujá,duas portentosas ervas solares diretamente ligadas aocorpo mental e seus fluxos contínuos e alternados decorrentes elétricas, gerando campos eletromagnéticosque se propagam para o corpo astral e daí para osistema neurendócrino do organismo físico. Essaservas devem ser queimadas sozinhas ou emcombinação, na hora favorável do Sol, 7 diasseguidos, que sem dúvida trarão os benefícios pornós expostos. Outro conjunto que citamos também époderoso para retirar certas correntes de bloqueio decaráter físico, principalmente relacionadas com o usoindiscriminado e abusivo da energia vibratóriasexual, a qual faz com que as pessoas encontremdificuldades várias no campo afetivo, psíquico e atéespiritual. Assim é que aconselhamos a queima de:Para homens — erva-doce + cravo Para mulheres —erva-doce + canela. A tríade erva-doce, canela ecravo, em conjunto, é muito boa para desimpregnarpensamentos pesados, sexualizados ou animalizados,sendo muitorecomendado para o terreiro, onde acorrem váriaspessoas, sendo que muitas delas com uma fortesobrecarga por uso indevido de energias sexuaisnegativas, as quais atraem toda sorte de Entidadesviciadas e grosseiras, como também uma série deElementares, isto é, "Espíritos" que não encarnaramainda uma só vez e que estagiam nos sítiosvibratórios da Natureza mas que não completaram

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seu ciclo, sendo presas muito fáceis dos Magos-Negros, os quais os manipulam com destreza efrieza, sempre em detrimento de alguém. EssesEspíritos, os Elementares, são sedentos por sangue,esperma e toda sorte de pensamentos sexualizadosou de baixa condição, que vêm pelas humanascriaturas.** Esses Elementares se fixam no aura dapessoa e vampirizam-na até suas últimas energias,sendo esse um processo muito sério. Assim,levantaremos muito sutilmente o véu que cobre essemistério quando tratarmos da Magia Etérico-Física.Então, essas 3 ervas (erva-doce, canela e cravo)devem ser misturadas com casca de limão e casca dealho, defumando o "Congá" ou o ambiente caseiro,dos fundos para a frente, deixando na porta umacumbuca de barro com 7 cruzes feitas na pembabranca (4 por fora e 3 por dentro) e 7 dentes de alhodentro. Repetir a operação 3 dias, nos 3 primeirosdias de Lua cheia ou especialmente na Luaminguante, à noite, próximo da meia-noite, já queessa é uma Lua neutralizadora, dissipadora,vampirizante, a qual sugará essas correntes eafastará definitivamente esses intrusos, que de hámuito e não sem razão são empiricamente chamadosde súcubos e íncubos.É, Filho de Fé, Umbanda não é simplesmentesuperstição como querem alguns. È Ciência, oumelhor, aplicação das Ciências na sua mais puraexpressão. O tempo se encarregará de mostrar atodos essas verdades. Até lá, aguardemostrabalhando...* As essências que, quando queimadas, atuam no complexo mento-mediúnico são: sândalo, incenso e alfazema, misturadas emproporções iguais.** Eis o motivo de orientarmos as Filhas de Fé para não comparecerem à sessão ou à "gira" ou mesmo a qualquer "corrente" quandoestiverem menstruadas.180CAPÍTULO XIC) Essências SagradasEssências são perfumes ou voláteis odoríficos queharmonizam as vibrações do indivíduo.Sabe-se que nada no Universo está parado equando não se está parado se está em movimento,tendo oscilação, freqüência, ou seja, "ondas". Todaonda se propaga, e propagando-se entra em sintoniacom outras ondas. Assim, pois, temos o princípio desintonia e afinidades vibratórias. Se todo o Universo,o qual chamamos de Macrocosmo, vibra, o homemtambém vibra, e deve vibrar em harmonia com o

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Macrocosmo, isto é, o Microcosmo, o homem, devevibrar em sintonia vibratória com o Macrocosmo. Éclaro que vários fatores influem nessa sintonia, masaqui no mundo das formas os perfumes, tais como asessências queimadas, harmonizam e estabilizam asvibrações do indivíduo encarnado, predispondo-o asintonia cada vez mais elevada, principalmente pelarenovação do corpo mental, que começa a gerar novaclasse de pensamentos, isto é, mais claros,raciocinados e mais puros, fazendo com que o SerEspiritual se harmonize com os planos elevados afinsno campo astral.Os perfumes ou essências sagradas têm essavirtude, a de harmonizar o indivíduo consigomesmo, com seu grupo vibratório afim ou mesmopredispô-lo a níveis conscienciais mais elevados.*Esses banhos deverão ser usados em qualquer faseda Lua e em qualquer horário e devemobrigatoriamente passar pela cabeça. As essênciasque mais se harmonizam com a Vibração de Orixalásão: sândalo, flor de laranjeira e heliotrópio.Faz-se o banho colocando-se 3 gotas de umadessas 3 essências em 1 litro de água, em vasilhameescuro, para que não haja precipitação fluídica, o queaconteceria em recipiente claro, através da passagemtotal de luz. Após o banho de higienização, toma-se obanho de essência ou purificação mentalizando a coramarelo-ouro e respirando muito suavemente.Espera-se 3 minutos e enxuga-se normalmente. Podesetambém estar, sempre que possível, de posse deum lenço embebido na essência da Vibratória, algoque trará somente bem-estar e harmonia interior,como também aumentará as correntes domagnetismo pessoal.Ao terminarmos nosso estudos sobre a MagiaVegetoastromagnética, queremos especial atenção doFilho de Fé para o uso de banhos de ervas,defumações e essências, pois há de se entender quetudo em nossa Corrente é criteriosamente escolhido,não se podendo vacilar nessa escolha, poispoderemos incorrer em graves erros que causarãodanos inestimáveis para a organização astro-física doindivíduo. Assim, caro Filho de Fé e leitor amigo,analise criteriosamente quando lhe mandarem tomareste ou aquele banho, esta ou aquela defumação, poisos mesmos podem não ser tão inofensivos assim,entendeu?9. LEI DE PEMBA — IDENTIFICAÇÃOJá dissemos que as Entidades atuantes naCorrente Astral de Umbanda, nas 7 Vibrações

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Originais, dividem-se em 3 planos. O primeiro planoé o dos Orishas, o segundo plano é o dos Guias e oterceiro é o dos Protetores. Dentro da Lei de Pemba,a qual explicaremos pormenorizadamente em seusfundamentos em capítulos futuros, as Entidadespodem se identificar num desses 3 planos. Ater-nosemosagora aos sinais gráficos relativos à Vibração deOrixalá.a) A Banda ou Vibração-Forma é a de Caboclos,sendo que o que a identifica é o que chamamos deflecha, a qual é curva (Caboclos).CONCENTRA E DIRECIONA CORRENTESIMPULSIONAPODE SER SAÍDA OU ENTRADAFINALIDADE:A — BLOQUEIOS VIBRATÓRIOSB — REFLEXÕES VIBRATÓRIASC — CONDUZIR OU SER EMISSIVAE REMISSIVA DE CORRENTESD — CONDENSAR, CONDUZINDOCORRENTES* Nota do autor: Auxilia o indivíduo a ter uma renovação da corrente de pensamentos, a qual é responsável por superiores níveisconscienciais. Os perfumes inspirados chegam ao rinencéfalo, onde há verdadeiras decodificações de tensões e emoções...181UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicac) A Raiz — identifica o plano da Entidade, asOrdens e Direitos, tipos de trabalho, movimentos,etc.Esquematicamente, dividimos um PONTO em5 setores.O setor A — Refere-se ao sinal que identifica aEntidade Espiritual, o plano e o grauda mesma. (Raiz)O setor B — As Ordens e Direitos que essa Entidadetraz.O setor C — As atividades que ela ordena ou éordenada, comanda ou é comandada.O setor D — Os elementos fixadores ou dissipadores.O setor E — O movimento executado — o tipo detrabalho (este sinal é afeto somente aosOrishas e Guias).Aqui temos um ponto riscado completo. Somentenão o identificaremos por fugir das finalidades destelivro, mesmo porque esses ensinamentos são dadosatravés da Iniciação, para quem de fato trouxe aoutorga de ser veículo de Caboclo, Preto-Velho eCriança, e que tenha alcançado a maturidadesuficiente para que lhe transmitamos ou revelemos

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alguns sinais dentro da sagrada Lei de Pemba ouGrafia Celeste.Ainda dentro da Lei de Pemba, temos queregistrar que demos a grafia de 1º grau, pois existe ade 2º grau e a de 3º grau.ORIXALÁ — LEI DE PEMBA10. EXU GUARDIÃO DAVIBRATÓRIA DE ORIXALÁComo vimos, temos 7 Orishas Menores, os quaistêm seus Guardiães, ou seja, seus Emissários da Luzpara as Sombras. No penúltimo capítulo deste livro,escreveremos sobre o Senhor dos EntrecruzamentosVibratórios — EXU GUARDIÃO ou CABEÇA DELEGIÃO.Essas Entidades, os Exus Guardiães, sãoserventias e elementos de ligação com os Orishas.Assim temos:CABOCLO URUBATÃO DA GUIA EXU 7 ENCRUZILHADASCABOCLO GUARACY EXU 7 POEIRASCABOCLO GUARANY EXU 7 CAPASCABOCLO AIMORÉ EXU 7 CHAVESCABOCLO TUPY EXU 7 CHAVESCABOCLO UBIRATAN EXU 7 PEMBASCABOCLO UBIRAJARA EXU 7 VENTANIASDemos somente os Exus Guardiães que sãoserventias dos Orishas, sendo praticamenteimpossível citar o nome de todos os Exus Guardiãesdos Guias e Protetores.* OBS.: A "chave" pode identificar a Vibração Original (Entidade não incorporante), o Plano e o grau da Entidade Astral.182b) * A Chave — identifica a Vibração Original.CAPÍTULO XIVIBRAÇÃO ORIGINAL DE OGUM1. CONCEITOO termo sagrado OGUM teve primitivamenteoutros nomes, principalmente Igom, que mais tardefoi fonetizado como Agaum e Agni. Os africanos,muito mais tarde, fonetizaram GUN, para depoisfonetizarem OGUM. Traduzindo esses termos ouvocábulos segundo a Coroa da Palavra ou a Ciênciado Verbo, através do Alfabeto Adâmico, Vatânico ouDevanagárico (originado do primitivo alfabeto daRaça Vermelha), teríamos:2. ATIVIDADE ESPIRITUAL KÁRMICAA Vibração de Ogum reflete a Luta Sagrada, aInovação da Fé; o Guerreiro Cósmico, o Pacificador,aquele que conclama a todos com seus clarins. Ogumdirecionou todos os "filhos errantes do Universo", os"estrangeiros", para o planeta Terra, onde

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alcançariam a evolução para retornarem às suasPátrias Siderais. Muitos de seus militantes estãoligados à Confraria dos Espíritos Ancestrais.A vibração de Ogum é a manipuladora doselementos aquosos. Ogum é o Senhor Primaz daÁgua, dos elementos fluentes, fazendo fluir suasenergias, que são canalizadas na dissipação dascorrentes das Trevas e do submundo astral. Étambém "digestor", selecionando vibrações.Ogum, como Guerreiro de Umbanda, é otrabalhador, o vencedor de demandas, vencedor dasdemandas da fé, das incongruências do sentimento. Éaquele que neutraliza, através de seu poder, asiniqüidades e os conflitos kármicos.Em caráter hierático, Ogum lembra-nos osGrandes Condutores no início de suas tarefas. É ocondutor do grande exército de Almas, as quais sesubmetem ao seu poder para poderem ascender aosplanos mais elevados da Vida. Essa é a funçãohierática ou kármica de Ogum.Em se tratando da Magia Etérico-Física, atuacombatendo os marginais do astral e seus prepostos.Manipulam com sabedoria as energias do planetaMarte, as quais são utilizadas para neutralizar ascorrentes oriundas do submundo astral. Ogumtambém, como Guerreiro Cósmico, comanda no"Terra a Terra", ou no mundo das energias, os"Senhores dos Entrecruzamentos Vibratórios", osExus Guardiães, os quais servem a Ogum comobatedores cósmicos, abrindo e desobstruindo oscaminhos por onde Ogum e seus exércitos de Almashaverão de passar. Assim é que se processa aatividade espiritual kármica da Vibração Original deOgum, a qual desempenha sérias funções no planetaterra e, dentro desse, no Movimento Umbandista daatualidade.3. GRAFIA SAGRADA OU LEIDE PEMBADentro do grafismo ou escrita sagrada, o alfabetoque traduz os equivalentes vibratórios de ordemastral (clichês astrais) é o dito Adâmico, Vatânico ouDevanagárico. O termo sagrado OGUM assim seexpressa nesse alfabeto original, que temequivalências vibratórias na Magia Etéreo-Física.Além dos sinais sagrados, daremos também seusvalores numéricos, que além da quantidadeexpressam qualidades, através da unidade letra-som.183UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica4. OS 7 OR1SHAS MENORES — OS

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GUIAS — OS PROTETORESOs 7 Orishas Menores são os querepresentam aqui no planeta Terra, emseu plano físico e astral, o OrishaAncestral.Os Sete Orishas Menores da Vibraçãode ogum são:1. CABOCLO OGUM DELÊ2. CABOCLO OGUM ROMPE-MATO3. CABOCLO OGUM BEIRA-MAR4. CABOCLO OGUM DE MALÊ5. CABOCLO OGUM MEGÊ6. CABOCLO OGUM YARA7. CABOCLO OGUM MATINATA5. ATUAÇÃO DESSAS ENTIDADESOs Orishas Menores dessa Vibratória, via deregra, não "baixam", podendo fazê-lo muitoraramente. Quando o fazem, dão mensagens fortes,que impulsionam os Filhos de Fé para uma vida maisativa e ligada às coisas da fé, tirando-os da inérciafísica e moral.As Entidades no grau de Guias em geral"baixam", sendo no Movimento Umbandista,juntamente com os Protetores que comandam, omaior número de Entidades que atuam na CorrenteAstral de Umbanda através da incorporação.1184LEI DE PEMBA no sentido vertical, de baixoCENTRALIZAÇÃOAbaixo dessas Entidades temos osGUIAS. As seguintes Entidades sãoexemplos de Guias da Vibratória deOgum:CABOCLO TIRA-TEIMA,CABOCLO HUMAITÁ, CABOCLO 7ONDAS, CABOCLO 7 LANÇAS,CABOCLO ICARAÍ e outros.Logo abaixo dentro da Hierarquiasagrada, temos os PROTETORES.Dentre eles citaremos:CABOCLO ESPADA DOURADA,CABOCLO DO ESCUDO DOURADO,CABOCLO ORAI, CABOCLOANGARÊ, CABOCLO KARATAN eoutros.CAPÍTULO XITambém se utilizam de outras modalidadesmediúnicas, mas sendo a principal a mecânica daincorporação.

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Os Protetores, quando atuam na mecânica daincorporação, fazem-no neutralizando as correntesdeletérias que assolam o planeta, como tambémvários indivíduos que às vezes chegam ao"terreiro" debaixo de vibraçõesperigosíssimas para suas vidas, sórealmente mantendo a vida física emvirtude de terem sido desimpregnadospelos Protetores da faixa de Ogum. Assim,livram de vários Filhos de Fé energiaspesadíssimas, que os ligam com os Gêniosdas Sombras, os quais também sãoafastados através da possante forçavibratória dos Protetores da faixaespiritual de Ogum.Assim trabalha a Vibratória de Ogum,incrementando a fé e livrando os Filhos deFé do "dragão" interior e externo.6. MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICASEssas Entidades atuam no corpo astraldo médium, principalmente na região dochacra solar (em sânscrito — chacrasvâdisthana), que tem sua equivalência no CorpoFísico Denso na região do plexo solar (estômago eanexos) e também no plexo frontal e cardíaco,produzindo na fenomênica mediúnica alterações(fortes e belas) psíquicas, vocais, etc.A ligação fluídico-magnética dessas Entidadescom o médium começa pela cabeça, fixando seusfluidos pelas costas e precipitando a respiração,tornando-a arfante, vibrando forte no corpo astral doaparelho mediúnico (cavalo). Dão uma espécie demeio giro com o tronco, levantam os braços e tomamo controle do físico. Quando bem incorporados dãouma espécie de brado, que se ouve bem: Ê... Ê... Ê...OG-UM. Quando incorporados, costumam andar deum lado para o outro, e sempre se expressam deforma vibrante, inteligente e vivaz.Suas preces cantadas ou pontos traduzemverdadeiras invocações para a luta da fé, demandas,etc.7. RELAÇÕES DA VIBRATÓRIA DE OGUMComo todas as demais Linhas Espirituais, aLinha Espiritual ou Vibração Original de Ogum serelaciona com particulares vibrações, que são:8. MAGIA VEGETOASTROMAGNÉTICAComo já dissemos, Magia é a arte sagrada, asabedoria integral, a arte das artes, amovimentação sutil das "energias subatômicas", quersejam elas de ordem mental e/ou física. Neste tópico

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específico da Magia Vegetoastromagnética,encontramos os banhos de ervas, as defumações e asessências sagradas.A) Banhos de ErvasComo também já dissemos, cada VibraçãoOriginal comanda ou vibra em consonância comdeterminado astro ou planeta, isso devendo-se àsafinidades vibratórias do Dono Espiritual da ditaLinha Espiritual ou Vibração Original.As ervas mais afins à Vibração Original de Ogumsão aquelas que recebem mais diretamente asinfluências que vêm pela corrente de energias ouLinhas de185A) Cor Vibratória AlaranjadoB) Mantra EamakaC) Geometria Sagrada Heptágono ou heptagramaD) Número Sagrado 7E) Signo Zodiacal Áries; EscorpiãoF) Astro Regente MarteG) Dia Propício 3a feiraH) Força Sutil Ígnea e HídricaI) Elemento — Energia Fogo e ÁguaJ) Ponto Cardeal Sul e OesteL) Metal FerroM) Mineral Rubi; água marinhaN) Neuma HÂÂNAÊÊO) Horário Vibratório Das 3 às 6 horasP) Letra Sagrada associada ao Signo Zodiacal E; MQ) Letra Sagrada associada ao Astro Regente CR) Vogal Sagrada OS) Essência Volátil Líquida Cravo; tuberosaT) Flor Sagrada Cravo vermelhoU) Erva Sagrada JurubebaV) Erva de Exu Espada-de-OgumX) Arcanjo Tutor SamuelY) Chefe de Legião Ogum de LêZ) Exu Guardião Indiferenciado Exu Tranca-RuasUMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaForças, relativa ao planeta Marte, condensando suaspropriedades. As ervas de Marte são:JURUBEBA ESPADA DE OGUM LOSNASAMAMBAIA- FLECHA OU TULIPADO-MATO LANÇA DE OGUMROMÃ CINCO-FOLHAS RUBI ou MACAÉTemos também muitas outras, as quais serãoconhecidas pela cor um pouco avermelhada.Essas ervas podem ser usadas em banhos daseguinte maneira:A-1) Banhos de Elevação ou Litúrgicos

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Essas ervas, as de Marte, não devem ser usadasneste tipo específico de banho. Os Filhos de Fé queestiverem debaixo da Vibratória de Ogum enecessitarem do banho de elevação, podem fazê-loobedecendo os mesmos critérios expostos aos Filhosde Fé que se encontram debaixo da Vibratória deOrixalá (v. pág. 177), pois somente as ervas solares emuito excepcionalmente as ervas lunares, poderão serusadas no banho litúrgico.A-2) Banhos de Desimpregnaçãoou DescargaRepetindo o que já dissemos quando falamossobre o banho de descarga da Vibratória de Orixalá, afinalidade precípua deste banho é deslocar oueliminar as cargas negativas que ficam agregadas noaura ou corpo etérico do indivíduo.O banho de desimpregnação com as ervas deMarte é muito útil no combate às larvas pesadas quevêm se chocar no psicossomatismo do indivíduo,oriundas de várias causas, mas muito especialmentepelas disputas, ódios, brigas e mil outras mazelashumanas. As demandas, ou cargas negativas oriundasda contusão mágico-vibratória, também sãoneutralizadas com as ervas de Ogum, desde queusadas de maneira correta. É importante frisar quelivram os Filhos de Fé atingidos pelas cargas oumazelas que expusemos dos sintomas de opressão naregião frontal e peso na região frontal e peso naregião torácico-dorsal, além da tão desagradávelqueimação (pirose)que se manifesta do esôfago até a boca do estômago(epigástrio), devido à atuação das larvas ou choquescontundentes no nervo vago (10º par craniano). Essaqueimação pode ser tão severa que ulcera a regiãoatingida, nela formando feridas que podem atésangrar. Neste momento é bom darmos um alerta,pois não raras vezes, muitas pessoas sensíveis esuscetíveis são atingidas por verdadeira falange negra,oriunda de movimentação mágica inferior, a qualpromove tantas descargas eletromagnéticas noindivíduo atingido que o mesmo pode ter, comoexplicamos acima, hemorragias digestivas de difícilcontrole médico. Se não for neutralizada a falangenegra e seus movimentos deletérios, o indivíduorealmente encontrará o extermínio de seu corpofísico, nesse caso geralmente devido à anemiasubseqüente. Muitos Filhos de Fé terrenos não seconformam e às vezes não acreditam que algo assimtão cruel possa acontecer, logo vindo à mente aseguinte indagação: — Como os Poderes Divinos e

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sua Lei, bem como os Emissários da Luz, permitemque os Filhos das Trevas vençam e, o que é pior,destruam a vida física de um indivíduo? Entendemossua indagação, Filho de Fé, mas atente:— Quantas pessoas aqui no planeta Terramorrem por dia através do homicídio, seja ele de queforma for? Dirá o Filho de Fé: — Milhares depessoas. É, Filho de Fé, estamos ainda num planetade contrastes, que carrega um karma duríssimo,efeito, é claro, das demandas de ontem que serefletem hoje. Assim, se há mortes por açãocontundente direta do corpo físico, através de objetosperfurocortantes e mesmo perfurocontusos epenetrantes, porque não haverá contusão mágica queatinja primeiro a organização astral para depoisatingir violentamente o corpo físico denso? Essamazela nos acompanha desde a catástrofe atlante,onde, através de guerras mágicas (uso da MagiaNegra, como já vimos), iniciou-se o morticínio, istoé, homem destruindo homem por orgulho, poder evaidade. Triste ilusão, que até hoje persevera nas tãoabsurdas guerras fratricidas. Como sempreafirmamos, aguardemos trabalhando pelahumanidade corroída e iludida. Esperemos! O tempoé mestre e ensinará que o orgulho e a vaidade nãoconquistam e sim escravizam. Aguardemos...Mas sem perdermos o fio da meada, dizíamos queas ervas de Marte (de Ogum) neutralizam vários186CAPÍTULO XIdesses efeitos deletérios se usadas de maneiracorreta. Vejamos pois como é essa maneira correta.O banho de descarga deverá ser preparado paraminimizar ou mesmo eliminar completamente asmazelas por nós citadas. Escolhem-se as ervas, quedeverão ser colhidas verdes, no pé, na Lua Nova oucrescente, nunca as colhendo na Lua cheia ouminguante, na quantidade de 1, 3, 5 ou 7 ervas, quedevem ser de preferência colhidas, lavadas epreparadas na hora favorável de Marte, ou no horáriovibratório de Ogum (3 às 6 horas). Após lavarmos aservas, são elas colocadas na vasilha de louça branca,sobre uma mesa, onde se acende uma vela brancadentro de um pentagrama (r), tudo isso preparadocom orações, debaixo de uma corrente depensamentos que se harmonize com a ocasião.Acrescenta-se na vasilha, onde já estão contidas aservas, água fervente. Espera-se o tempo suficientepara que haja as transmutações vibratórias e para quea água se resfrie até a temperatura que dê para ser

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usada sem lesar ou trazer queimaduras à pele.Estando em condições de ser usado, após o banho dehigienização do corpo físico, o indivíduo volta-separa o ponto cardeal sul e toma banho de ervasdeixando o mesmo, junto com as ervas, passar pelocorpo todo, isto é, do pescoço para baixo. É bom oindivíduo que for tomar o banho de descarga colocarsob os dois pés folhas de comigo-ninguém-pode,juntamente com dois pequenos pedaços de carvão, osquais, devido ao elemento carbono, fixarão as cargasque as ervas deslocarem. O mecanismo básico destebanho é o de que a água, junto com as ervas,deslocam cargas ou formas-pensamento que tenhamse agregado ao corpo astral ou corpo etérico doindivíduo. Ao deslocar cargas, desestruturam "formascondensadas e deletérias", liberando o organismofísico de tensões, bloqueios e doenças e tambémlimpando o corpo astral, fazendo com que ascorrentes provenientes do corpo mental fluam maislivremente, sem bloquear a emoção e a ação doindivíduo.Com o aura limpo, o indivíduo torna-se menossusceptível a contrair doenças, principalmente as dotipo hemorrágico e as digestivas, como já vimos emoutras linhas e mesmo outro tipo qualquer.Mas voltando ao banho de descarga, após omesmo ser tomado, os detritos das ervas devem serretirados do corpo após 1 a 3 minutos, devendo sercolocados em algum recipiente de vidro (isolante),juntamente com as folhas de comigo-ninguém-pode eo carvão, que deverão ser "despachados" em águacorrente, sem o vidro é claro. Assim fazendo, osFilhos de Fé sentirão quanto úteis são esses banhospara a manutenção da saúde até do mediunismo, oqual deve ser sempre cercado de máximos cuidadospara não desequilibrar o organismo do médium.A-3) Banho de Fixação ou RitualísticoComo já dissemos quando falamos sobre o banhode fixação da Vibratória de Orixalá, este banho é decaráter essencialmente mediúnico, visando precipitarem maior abundância fluidos etérico-físicos domédium, os quais facilitarão a ligação fluídicovibratóriaentre o médium e seu mentor espiritual.Leva em sua composição ervas da Vibração Originaldo médium e da Vibração Original da Entidadeatuante, no caso dessa ser diferente da do médium.Se forem iguais, as ervas serão somente daVibração de Ogum, sendo o banho preparado comose fosse banho de elevação. Caso as VibraçõesOriginais sejam diferentes, o banho ritualístico terá

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ervas de Vibração Original do médium misturadascom a da Vibração da Entidade atuante, na proporçãode 2:1, sendo preparado na mesma vasilha de louçabranca. Como neste nosso caso a Vibração Originaldo médium é Ogum, as ervas, tanto as do médiumcomo as relativas à Entidade, serão colhidas em umahora favorável de Marte, na quinzena positiva oubranca, isto é, no período compreendido entre o inícioda Lua nova e o final da Lua crescente. Após seremcolhidas e lavadas, as ervas são colocadas na vasilhade louça branca, onde acrescenta-se água quente ouágua de cachoeira, rio, mar, etc. Se for água quente,coloca-se a água na vasilha e espera-se que esfrie,retirando-se então as folhas, as quais podem serdepositadas em uma pequena mata ou mesmo rio. Sefor água das diversas procedências, trituram-se aservas e, antes de banhar-se, retiram-se os restos,coando o sumo. Os restos das ervas podem serencaminhados a um rio ou pequena mata.Não nos esqueçamos que na preparação dobanho deve ficar sobre a mesa uma vela branca acesa187UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicadentro de um hexagrama, o qual é fixador fluídicomagnéticode várias energias que o banho de fixaçãoveicula (hexagrama — e ). Vale a pena lembrar queo banho deve ser tomado com o indivíduo voltandosede costas para o cardeal oeste ou leste. Voltamos ainsistir que as ervas não devem passar pelo corpo como banho, que somente deve ser efetuado do pescoçopara baixo, nunca passando-se o mesmo pela cabeça.Bem, Filho de Fé, este banho, o de fixação outambém revitalização, é importantíssimo para vocêque está numa corrente de desenvolvimentomediúnico, ou mesmo para você que já seja"desenvolvido". E sempre bom obter meios paramanter sempre ativo e em bom estado seumediunismo.B) Defumações*Lembrando o que já dissemos quando falamossobre as defumações relativas à Vibratória de Orixalá,as ervas que serão queimadas devem ter sido colhidasna Lua nova ou crescente, numa hora favorável deMarte e terem sido deixadas para secar à sombra,ficando claro que só se queimam ervas secas embraseiro de barro e somente nele, em qualquer Lua ouhorário, desde que a colheita tenha obedecido oscritérios citados.Para eliminar cargas morbosas e pesadas com oelemento ígneo-aéreo das defumações, deve o

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interessado voltar-se para o cardeal SUL e tomar adefumação de frente e pelas costas, mentalizandotanto quanto possível a cor vermelha se quiser afastarum mal físico, a cor amarela se quiser afastar um malde ordem astral ou a azul se quiser afastar um mal deordem mental.As ervas a serem usadas na quantidade de 1, 3, 5ou 7, devem neste caso ser misturadas com cascassecas de limão. Esta defumação serve também paradescarregar uma "gira de terreiro", o ambientedoméstico ou qualquer local onde se queiradesimpregnar principalmente formas-pensamento ouegrégoras inferiores.No caso do indivíduo querer revitalizar-se,deverá o mesmo queimar essas ervas numa horafavorável de Marte, de preferência no horáriodiurno, voltando-se de costas para o cardeal Oesteou Leste, recebendo a fumaça pela frente e pelascostas. Pode ser também usada para revitalizar oorganismo físico, astral e mental, juntamente com asluzes vermelha, amarela e azul respectivamente, e, éclaro, debaixo de orações e correntes depensamentos condizentes com o ato.C) Essências SagradasEsse tipo de banho deverá ser usado em qualquerfase da Lua e em qualquer horário e deve,obrigatoriamente, passar pela cabeça. As essências**que mais se harmonizam com a Vibratória de Ogumsão: tuberosa, ciclame e aloés, além de outras. Opreparo e uso do banho segue as mesmas instruçõesdadas à pág. 181 (Vibração de Orixalá), mudando-seapenas a cor da mentalização, que deverá ser oalaranjado bem vivo.9. LEI DE PEMBA — IDENTIFICAÇÃOJá dissemos e repetimos que as Entidadesatuantes na Corrente Astral de Umbanda, nas 7Vibrações Originais, dividem-se em 3 planos. Oprimeiro plano é o dos Orishas, o segundo é o dosGuias e o terceiro é o dos Protetores. Dentro da Leide Pemba, a qual explicaremospormenorizadamente*** em seus fundamentos emcapítulos futuros, as Entidades podem se identificarnum desses 3 planos. Ater-nos-emos agora nos sinaisgráficos relativos à Vibração de Ogum.a) A Banda ou Vibração-Forma é a de Caboclos,sendo que o que a identifica é a chamada flecha, aqual é curva (caboclos).* As defumações relativas ao corpo mental são: para os nativos de Áries: sândalo, incenso, mirra; para os nativos de Escorpião: mirra,benjoim, alfazema.

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** O Caboclo Sr. 7 Espadas deu 3 essências ideais, mas também podemos utilizar para os nativos de Áries: essência de cravo; para osnativos de Escorpião: essência de tuberosa.*** Exemplificaremos e explicaremos dentro do possível, pois, seus fundamentos, em essência, transcendem a singeleza desta obra. Todaa grafia, ou sinais riscados dentro da Lei de Pemba, obedece a lógica magística.188CAPÍTULO XIc) A Raiz — identifica o plano da entidade, asOrdens e Direitos, tipos de trabalho, movimentos etc.Aqui temos um ponto riscado completo:OGUM — LEI DE PEMBA10. EXU GUARDIÃO DA VIBRATÓRIA DEOGUMComo vimos, temos os 7 Orishas Menores, osquais têm seus Guardiães, ou seja, seus Emissáriosda Luz para as Sombras. No penúltimo capítulo destelivro, escreveremos sobre o Senhor dosEntrecruzamentos Vibratórios — o EXUGUARDIÃO ou CABEÇA DE LEGIÃO.Essas Entidades, os Exus Guardiães, sãoserventias e elemento de ligação com os Orishas.Assim, temos:CABOCLO OGUM DELÊ EXU TRANCA-RUASCABOCLO OGUM ROMPE-MATO EXU VELUDOCABOCLO OGUM BEIRA-MAR EXU TIRA-TOCOCABOCLO OGUM DE MALÊ EXU PORTEIRACABOCLO OGUM MEGÊ EXU LIMPA-TUDOCABOCLO OGUM YARA EXU TRANCA-GIRACABOCLO OGUM MATINATA EXU TIRA-TEIMASDemos somente os Exus Guardiães que sãoserventias dos Orishas, sendo praticamenteimpossível citar o nome de todos os Exus Guardiãesdos Guias e Protetores.VIBRAÇÃO ORIGINAL DE OXOSSI1. CONCEITOO termo sagrado OXOSSI primitivamente eraAraxassi, sendo muito mais tarde fonetizado comoOxassi. Mais recentemente outros povos, inclusive osafricanos ocidentais, fonetizaram esse termo sagradocomo OXOSSI. Traduzindo esses termos ouvocábulos segundo a Coroa da Palavra ou a Ciênciado Verbo, através do alfabeto Adâmico, Vatânico ouDevanagárico (originado do primitivo alfabeto daRaça Vermelha) teríamos:ARAXASSI→SENHOR QUE ILUMINA OSSERES VIVENTESOXASSI→POTÊNCIA ENVOLVENTEPELA DOUTRINA

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OSHOSSI→MAGO DOS VIVENTESTERRENOSOXOSSI→AÇÃO ENVOLVENTE SOBRE OSVIVENTES TERRENOSTraduzindo silabicamente, ou por fonemas,teremos:OX→AÇÃO OU MOVIMENTOO→CÍRCULOSSI→VIVENTES DA TERRAOXOSSI→O SENHOR DA AÇÃO ENVOLVENTEA POTÊNCIA QUE DOUTRINA OCATEQUISADOR DE ALMAS2. ATIVIDADE ESPIRITUAL KÁRMICAA vibração de Oxossi reflete o PrincípioEnvolvente em Ação e suas reflexivas — as Reações.È o Catequisador das Almas, a Doutrina em Ação,que pretende envolver a todos para o entendimentoda Lei Divina.189Vide explicações pág. 181b) A Chave — identifica a Vibração Original.UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaMuitas das Entidades militantes nessa faixa estãoligadas à Confraria dos Espíritos Ancestrais.A vibração de Oxossi é manipuladora doselementos aéreos. Oxossi é o Senhor Primaz do Ar,ou dos elementos expansivos, o qual é responsávelpor suas vibrações envolventes.Oxossi é o Caçador das Almas da Umbanda ecomo caçador procura arrebanhar Almas desgarradaspara futuramente formar um só rebanho. É o Senhorda Doutrina, aquele que atinge o coração e ainteligência das Almas envoltas em suas vibrações.Em caráter hierático, Oxossi lembra-nos oMÉDICO, o DOUTRINADOR e PASTOR DASALMAS. Cura as chagas, ensinando a substituição doódio pelo amor, da luta pela trégua, da insubmissãopela submissão às Leis Divinas. É o CAÇADOR DASALMAS, o orientador, aquele que mostra o caminhoa ser seguido pela humanidade. Modificandointeligências e consciências, atuando na mente e nocoração. Essa é a função hierática ou kármica deOxossi.Em se tratando da Magia Etéreo-Física, atuacombatendo e neutralizando os projéteis astromentaisoriundos do submundo astral, como também as açõesde verdadeiros Filhos da Revolta, através de suadoutrina e amor libertadores. Ensina sem ferir,corrige amando. Atua muito decididamente namanipulação mágica da Natureza, favorecendo e

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mantendo as condições vitais do planeta. Neutralizacorrentes mentais pesadas, através dos elementosaéreos e pelas linhas de força que vêm peloeletromagnetismo vibratório do planeta Vênus.Em conjunto com Ogum, desempenha tarefa desuma importância no Movimento Umbandista daatualidade.3. GRAFIA SAGRADA OU LEI DE PEMBADentro do grafismo ou escrita sagrada, o alfabetoque traduz os equivalentes vibratórios de ordemastral (clichês astrais, que quando ativados produzemações várias) é o dito Adâmico, Vatânico ouDevanagárico.O termo sagrado OXOSSI assim se expressa nessealfabeto original, que tem equivalências vibratóriasna Magia Astroetérico-Física.Além dos sinais sagrados, daremos também seusvalores numéricos, que além da quantidadeexpressam qualidades, através da unidade letra-som.4. OS 7 ORISHAS MENORES — OS GUIAS — OSPROTETORESOs 7 Orishas Menores são os que representam,aqui no planeta Terra, em seu plano físico e astral, oOrisha Ancestral.Os 7 Orishas Menores da Vibração de Oxossi são:1. CABOCLO ARRANCA-TOCO2. CABOCLO COBRA-CORAL3. CABOCLO TUPYNAMBÁ*4. CABOCLA JUREMA5. CABOCLO PENA BRANCA6, CABOCLO ARRUDA7. CABOCLO ARARIBÓIAAbaixo dessas Entidades, temos os GUIAS. Asseguintes Entidades são exemplos de Guias daVibratória de Oxossi:CABOCLO TUPIARA, CABOCLO 7 FOLHAS,CABOCLO FOLHA VERDE, CABOCLAJUSSARA e outros.* Pai Guiné cita o Caboclo Guiné. Este nome de algum tempo foi substituído por Caboclo Tupynambá; a Entidade Espiritual é a mesma.Deixemos claro que nosso cavalo não é médium do portentoso Caboclo Tupynambá, como alguns, a priori, podiam pensar...190LEI DE PEMBA em sentido vertical, de baixo para cima:CENTRALIZAÇÃOCAPÍTULO XILogo abaixo, dentro da Hierarquia sagrada,temos os PROTETORES. Dentre eles citaremos:CABOCLO JUPURÁ, CABOCLO MATAVERDE, CABOCLO ARATAN, CABOCLA 3

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PENAS e outros.5. ATUAÇÃO DESSAS ENTIDADESOs Orishas Menores dessa Vibratória, via deregra, não "baixam", podendo fazê-lo muitoraramente. Quando o fazem, dão mensagensenvolvidas de um possante magnetismo atraente elições inolvidáveis para quem as ouve, parecendoque, embora suaves, penetram no âmago do Ser.As Entidades no grau de Guias emgeral "baixam", sendo no MovimentoUmbandista, juntamente com osProtetores que comandam, o segundomaior número de Entidades que atuamna Corrente Astral de Umbanda atravésda incorporação.Além da mecânica da incorporação,também se utilizam de outrasmodalidades mediúnicas, mas sendo aprincipal a mecânica da incorporação.Os Protetores atuam quase semprena mecânica da incorporação e o fazemneutralizando as correntes deletérias queassolam o planeta, como também váriosindivíduos. Atuam manipulando aservas sagradas, liberando as mazelasque se assestam no corpo astral emesmo as que se assestam no corpofísico, através das doenças. Liberam asenergias mentais pesadas e grosseiras,ativando o intelecto de muitos Filhos deFé. São mestres na Arte da MagiaVegetoastromagné-tica, manipulandoquantitativa e qualitativamente o pranaacumulado nas ervas, quer sejam elasadministradas em chás, banhos oudefumações.Assim trabalha a Vibratória deOxossi, incrementando o bem-estarastral e físico, livrando muitos Filhos deFé do desânimo e da doença.6. MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICASEssas Entidades atuam no corpo astral domédium, principalmente na região do chacraesplênico (em sânscrito — chacra manipura), que temequivalência no Corpo Físico Denso na região dobaço e do fígado e mesmo pancreática (o pâncreas éuma glândula de secreção interna e externa). Atuatambém no plexo frontal, cervical e genésico,produzindo na mecânica da incorporação alteraçõesfisionômicas (suaves e serenas), psíquicas e vocais. A

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ligação fluídico-magnética dessas Entidades com omédium começará ao lançarem seus fluidos pelas pe1191nas, com ligeiros tremores que se comunicam aosbraços, que são movimentados suavemente. Giramsuavemente a cabeça, dobram o corpo todo domédium tomando-o por completo. São Entidadessuaves que falam calmamente, sendo seus passes etrabalhos na mesma tônica. Suas preces cantadas sãoinvocações às forças da espiritualidade superior e àsforças da Natureza, sendo seus acordes de profundaharmonia, predispondo o Ser encarnado ouastralizado à elevação espiritual.Seus sinais riscados são verdadeiros yantras, orafechados, ora abertos, todos envolventes em suasações e reações.7. RELAÇÕES DA VIBRATÓRIA DE OXOSSIComo todas as demais Linhas Espirituais, aLinha Espiritual ou Vibração Original de Oxossi serelaciona com particulares vibrações, que são:8. MAGIA VEGETOASTROMAGNÉTICAComo já dissemos, a magiavegetoastromagnética, compreende os banhos deervas, as defumações e as essências sagradas.A) Banhos de ErvasRepetimos: cada Vibração Original comanda ouvibra em consonância com determinado astro ouplaneta, isso devendo-se às afinidades vibratórias doDono Espiritual da dita Linha Espiritual ouVibração Original.As ervas mais afins à Vibração de Oxossi sãoaquelas que recebem mais diretamente as influênciasde Vênus. As ervas de Vênus são:SABUGUEIRO MALVAÍSCO FOLHAS DEJUREMAERVA-DOCE MALVA-CHEIROSA PARREIRA-DOMATOGERVÃO DRACENA FIGO-DO-MATOTemos também muitas outras que nem sempresão facilmente reconhecidas pelo seu odor.Essas ervas podem ser usadas em banhos, quaissejam:A-1) Banhos de Elevação ouLitúrgicosEssas ervas, as de Vênus, não devemser usadas neste tipo específico de banho.Os Filhos de Fé que estiverem debaixo daVibratória de Oxossi e necessitarem dobanho de elevação devem fazê-loobedecendo aos mesmos critérios

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expostos aos Filhos de Fé que seencontram debaixo da Vibratória deOrixalá (v. pág. 177), pois somente aservas solares, e muito excepcionalmenteas ervas lunares, poderão ser usadas nobanho litúrgico.A-2) Banho de Desimpregnação ouDescargaComo já dissemos, a finalidadeprecípua desse banho é deslocar ou eliminar ascargas negativas que ficam agregadas no aura oucorpo etérico do indivíduo.Os banhos de desimpregnação com as ervas devênus são muito úteis no combate a todas as maze-192A) Cor Vibratória AzulB) Mantra ValagaC) Geometria Sagrada Hexágono ou hexagramaD) Número Sagrado 6E) Signo Zodiacal Touro; LibraF) Astro Regente VênusG) Dia Propício 6ª feiraH) Força Sutil Telúrica e AéreaI) Elemento — Energia Terra e ArJ) Ponto Cardeal Norte e LesteL) Metal CobreM) Mineral Lápis-lazúli e turmalinaN) Neuma HAASIÊÊ0) Horário Vibratório Das 6 às 9 horasP) Letra Sagrada associada ao Signo Zodiacal V; LQ) Letra Sagrada associada ao Astro Regente GR) Vogal Sagrada HS) Essência Volátil Líquida Violeta; jasmimT) Flor Sagrada PalmasU) Erva Sagrada Erva-doceV) Erva de Exu SabugueiroX) Arcanjo Tutor IsmaelY) Chefe de Legião Arranca-TocoZ) Exu Guardião Indiferenciado Exu MarabôCAPÍTULO XIlas, mas muito especialmente para os males deordem astral e física, principalmente os que atuamproduzindo doenças digestivas ou musculares demembros superiores e inferiores, devido a processosvasculares e sanguíneos. Podem também esses malester como causa choques de ordem astral, oriundosdas humanas criaturas ou de Seres Espirituaisdesencarnados de baixa estirpe espiritual, os quaissão muito utilizados pelos Magos-Negros.Para o banho de descarga escolhe-se as ervas,

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que deverão ser colhidas verdes, na Lua crescenteprincipalmente, e nunca cheia ou minguante, naquantidade de 1, 3, 5 ou 7 ervas, de preferênciacolhidas, lavadas e preparadas na hora favorável deVênus ou no horário vibratório de Oxossi (6 às 9horas).Após serem lavadas, as ervas são colocadas navasilha de louça branca, sobre uma mesa, onde seacende uma vela branca dentro de um pentagrama(r), tudo isso preparado com orações, debaixo deuma corrente de pensamentos que se harmonize coma ocasião. Acrescenta-se água fervente, espera-seesfriar e, após o banho de higienização, o indivíduovolta-se para o sul e toma o banho de ervas deixandoo mesmo, junto com as ervas, passar pelo corpotodo, isto é, do pescoço para baixo. É bom ter sob osdois pés pequenos pedaços de carvão, que fixarão ascargas que as ervas deslocarem. O bagaço das ervase os carvões são depois "despachados" em águacorrente.A-3) Banho de Fixação ou RitualísticoMais uma vez afirmamos que este banho é decaráter essencialmente mediúnico, visando precipitarem maior abundância fluidos etérico-físicos domédium, os quais facilitarão a ligação fluídicovibratóriaentre o médium e seu mentor espiritual.Sua composição consiste de ervas da VibraçãoOriginal do médium e da Vibração Original daEntidade atuante, no caso dessa ser diferente da domédium. Se forem iguais, as ervas serão somente daVibratória de Oxossi, sendo o banho preparado comose fosse o banho de elevação. Caso as VibraçõesOriginais sejam diferentes, o banho ritualístico teráervas da Vibração Original do médium misturadascom as da Vibração Original da entidade atuante, naproporção de 2:1, sendo preparado na mesma vasilhade louça branca. Como neste caso a Vibração domédium é Oxossi, as ervas, tanto as do médium comoas da Entidade, serão colhidas em uma hora favorávelde Vênus, na quinzena positiva ou branca, isto é, noperíodo compreendido entre o início da Lua nova e ofinal da Lua crescente. Após colhidas e lavadas, aservas são colocadas na vasilha de louça branca, ondeacrescenta-se água quente ou água de cachoeira, rio,mar, etc. Se for água quente, coloca-se a água navasilha e espera-se que esfrie, retirando-se então asfolhas, as quais podem ser depositadas em umapequena mata ou mesmo rio. Se for fazer com águadas diversas procedências, trituram-se as ervas e,antes de banhar-se, retiram-se os restos, coando o

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sumo. Os restos das ervas podem ser encaminhados aum rio ou pequena mata.Na preparação do banho deve ficar sobre a mesauma vela branca acesa dentro de um hexagrama (e).Vale a pena lembrar que o banho deve ser tomadocom o indivíduo voltando-se de costas para o cardealoeste ou leste. As ervas não passam pelo corpo e obanho não passa pela cabeça.B) Defumações*Como já dissemos, as ervas para defumações nalinha de Oxossi devem ter sido colhidas na Lua novaou crescente, numa hora favorável de Vênus, e postaspara secar à sombra, ficando claro que só sequeimam ervas secas e em braseiro de barro. Asdefumações podem ser feitas em qualquer Lua ouhorário, desde que a colheita tenha obedecido oscritérios citados.Para eliminar cargas morbosas e pesadas com oelemento ígneo-aéreo das defumações, deve ointeressado voltar-se para o cardeal sul e tomar adefumação de frente e pelas costas, mentalizandotanto* As defumações relativas ao corpo mental são: para os nativos de Libra — alfazema, incenso, benjoim; para os nativos de Touro —mirra, benjoim, alfazema.193UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaquanto possível a cor vermelha se quiser afastar ummal físico, a cor amarela se quiser afastar um mal deordem astral ou a azul se quiser afastar um mal deordem mental.As ervas a serem usadas na quantidade de 1,3,5ou 7, devem neste caso ser misturadas com cascaseca de limão. Esta defumação serve também paradescarregar uma "gira de terreiro", o ambientedoméstico ou qualquer local de onde se queiradesimpregnar principalmente formas-pensamento ouegrégoras inferiores.No caso do indivíduo querer revitalizar-se,deverá o mesmo queimar essas ervas numa horafavorável de Vênus, de preferência no horário diurno,voltando-se para o ponto cardeal oeste ou leste,recebendo a fumaça pela frente e pelas costas. Podeser também usada para revitalizar os organismosfísico, astral e mental, juntamente com as luzesvermelha, amarela e azul, respectivamente, e, claro,debaixo de orações e correntes de pensamentoscondizentes com o ato.C) Essências SagradasEsses banhos poderão ser usados em qualquer fase

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da Lua e em qualquer horário e devem,obrigatoriamente, passar pela cabeça. As essências*que mais se harmonizam com a Vibratória de Oxossisão violeta, orquídea e narciso, embora existamoutras. O preparo e uso do banho segue os critériosdados à pág. 181, mentalizando a cor azul.9. LEI DE PEMBA — IDENTIFICAÇÃOJá dissemos que as Entidades atuantes naCorrente Astral de Umbanda, nas 7 VibraçõesOriginais, dividem-se em 3 planos; o dos Orishas, odos Guias e o dos Protetores. Na Lei de Pemba, asEntidades podem se identificar num desses 3 planos.Vejamos agora os sinais relativos à Vibração deOxossi.a) A Banda ou a Vibração-Forma é a de caboclos, esua flecha é curva.Vide explicações pág. 181b) A Chave — identifica a Vibração Original.c) A Raiz — identifica o plano da Entidade, asOrdens e Direitos, tipos de trabalho, movimentos,etc.A seguir temos um ponto riscado completo:OXOSSI — LEI DE PEMBA10. EXU GUARDIÃO DA VIBRATÓRIA DEOXOSSIOs 7 Orishas Menores têm seus Emissários da Luzpara as Sombras, os Exus guardiães, serventias eelemento de ligação com cada um deles. Assim,temos:** O Caboclo Sr. 7 Espadas deu 3 essências ideais, mas também podemos utilizar: para os nativos de Libra: essência de alfazema; para osnativos de Touro: essência de violeta.194CAPÍTULO XICABOCLO ARRANCA-TOCO EXU MARABÔCABOCLO COBRA-CORAL EXU CAPA PRETACABOCLO TUPYNAMBÁ EXU LONANCABOCLA JUREMA EXU BAURUCABOCLO PENA BRANCA EXU DAS MATASCABOCLO ARRUDA EXU CAMPINACABOCLO ARARIBÓIA EXU PEMBADemos somente os Exus Guardiães que sãoserventias dos Orishas, sendo praticamenteimpossível citar o nome de todos os Exus Guardiãesdos Guias e Protetores.VIBRAÇÃO ORIGINAL DE XANGÔ1. CONCEITOO termo sagrado XANGÔ primitivamente eraXingu, o qual depois pronunciou-se Xingo. Muitomais tarde foi fonetizado como Xanagá. Mais

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recentemente, outros povos, inclusive, os africanosocidentais, fonetizaram esse termo sagrado comoXANGÔ. Traduzindo esses termos ou vocábulossegundo a Coroa da Palavra, através do alfabetoAdâmico, teríamos:XINGU→SENHOR DO FOGO OCULTOXINGO→SENHOR DAS ENERGIAS OCULTASXANAGÁ→SENHOR DO FOGO SAGRADOXANGÔ→SENHOR DO RAIO, DA JUSTIÇATraduzindo silabicamente, teremos:XA→SENHOR; DIRIGENTEANGÔ→RAIO; FOGO; ALMAXANGÔ→O SENHOR DIRIGENTE DAS ALMAS2. ATIVIDADE ESPIRITUAL KÁRMICAA Vibração Original de Xangô reflete a JustiçaDivina. Xangô é o Senhor que afere em sua Balançada Justiça todas as Almas; é o Senhor Primaz dacorrente elemental Fogo. A Vibratória de Xangô étambém uma das componentes diretas da Correntedas Almas do Cruzeiro Divino, que é comandadapeloMediador do Orisha Ancestral Xangô, o GloriosoMikael, o qual é Senhor da Balança da Lei e dosDestinos. Sua função prende-se aos conceitos maispuros e elevados sobre a Justiça Cósmica,promovendo assim a aferição kármica dos que estãodebaixo de seu julgamento, ou seja, os Filhos de Fé.Atualmente, sua função ou atividade espiritualprende-se em fazer cumprir a lei de ação e reação, ouseja, a Lei Kármica, como também ser o selecionador,o examinador, aquele que como Dirigente das Almas,com seu Fogo Divino, iluminar-lhes-á o caminho aser seguido e ajudá-los-á a libertarem-se dos grilhõesmilenares dos enganos que escravizaram eescravizam a consciência.Essa atividade vem através do mediunismo, ondesempre que podem manifestam suas atividadesespirituais, quer seja através das preces cantadas, quesão coroadas de imagens fortes que sempre lembrama pedra como obstáculo, o machado como aquele quecorta os males, o corisco como o Poder da Luz dasAlmas ou o Poder da Justiça Cósmica, etc.Em caráter hierático, Xangô trabalha no sentidode APLICAR A LEI, esgotando o karma passivo dosFilhos de Fé, incrementando-lhes a evolução econcomitantemente o karma ativo que os fará livresdo corpo e da alma. É o Senhor Primaz dosmovimentos radiantes, ou seja, do Fogo Sagrado quetudo ilumina e tudo corrige através de seu poderradiante.

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Em se tratando de Magia Etéreos-Física, atuadissipando as correntes pesadas que vêm pelas Almasinsubmissas e aflitas, através de seu Fogo Sagrado.Atua também com Tribunais no submundo astral,onde, através de seus Subtribunais, corrige o erro e ocrime.Atua neutralizando verdadeiros marginais dosubmundo astral, através de seus Tribunais,encaminhando-os às escolas corretivas ou mesmo àsprisões ativas, isto é, aquelas em que o Ser ficaligado a um compromisso de resgate e mesmo devigia nas zonas condenadas do submundo astral ou naszonas abismais.Neutralizam também correntes afetivasconturbadas e desajustadas das humanas criaturas,além de amparar aqueles que por algum motivoforam atingidos por Seres do astral inferior. Atuamcombatendo assim a Magia Negra, usando asenergias ígneas, que tudo destroem e purificam.195UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica3. GRAFIA SAGRADA OU LEI DE PEMBADentro do grafismo ou escrita sagrada, o alfabetoque traduz os equivalentes vibratórios de ordemastral (clichês astrais que quando ativados produzemações várias) é o dito Adâmico.O termo sagrado XANGÔ, que assim se expressanesse alfabeto original, tem equivalência vibratória naMagia Astroetéreo-Física.Além dos sinais sagrados, daremos também seusvalores numéricos, que além da quantidadeexpressam qualidades, através da unidade letra-som.4. OS 7 ORISHAS MENORES — OS GUIAS — OSPROTETORESOs 7 Orishas Menores são os que representam,aqui no planeta Terra, em seu plano físico e astral, oOrisha Ancestral.Os 7 Orishas Menores da Vibração de Xangô são:1. CABOCLO XANGÔ KAÔ2. CABOCLO XANGÔ PEDRA-PRETA3. CABOCLO XANGÔ 7 CACHOEIRAS4. CABOCLO XANGÔ 7 PEDREIRAS5. CABOCLO XANGÔ PEDRA-BRANCA6. CABOCLO XANGÔ 7 MONTANHAS7. CABOCLO XANGÔ AGODÔAbaixo dessas entidades, temos os GUIAS.São Guias da Vibratória de Xangô:CABOCLO DO SOL E DA LUA, CABOCLOPEDRA-ROXA, CABOCLO CACHOEIRA,CABOCLO VENTANIA, CABOCLO ROMPEFOGO,

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etc.Logo abaixo, dentro da Hierarquia Sagrada,temos os PROTETORES. Dentre eles citaremos:CABOCLO QUEBRA-PEDRA, CABOCLOITAPIRANGA, CABOCLO SUMARÉ, CABOCLODO RAIO, CABOCLO PEDRA-VERDE, etc.5. ATUAÇÃO DESSAS ENTIDADESOs Orishas Menores dessa Vibratória, via deregra, não "baixam", podendo fazê-lo raramente eem geral somente em "giras mediúnicas" ou para darcertas mensagens ou consultas ligeiras, emboraprofundas, quando haja necessidade premente daatuação da Vibratória de Xangô. Essa premênciadeve-se a casos kármicos tormentosos quenecessitam de uma alternativa ou esclarecimentosdiretos por quem é de direito, no caso dos Orishas deXangô. Só "baixam" se o médium estiver emperfeita sintonia com os mesmos e no grau próprio, éclaro.Os Guias "baixam" mais constantemente, masdevido à grande atuação no campo emotivo domédium, exigem que o mesmo não esteja debaixo deemoções obsessivas e outras que fujam por completoda atividade mediúnica. São Entidades que levamseus cavalos dentro de determinados conceitos, nãoadmitindo erros sobre erros. São pacientes etolerantes, mas no tocante à disciplina moral emediúnica do médium, são rígidos, embora nãoinflexíveis e, se o médium não estiver dentro dospadrões morais-vibratórios adequados, enviam,através do entrecruzamento vibratório, Emissários nograu de Protetores de outra Vibratória, em geralOgum ou Oxossi. Quando encontram bons cavalos(médiuns), além da mecânica da incorporaçãoutilizam-se de outras formas mediúnicas, tais como:clarividência, clariaudiência, irradiação intuitiva eoutras.Os Protetores já atuam mais constantemente nodia-a-dia dos terreiros, usando de suas qualidadespara neutralizar o ambiente emocional negativo doterreiro, como também direcionam Entidadesnegativas e mesmo desorientadas que acompanhamas196CENTRALIZAÇÃOLEI DE PEMBA em sentido vertical, de baixo para cima:CAPÍTULO XIhumanas criaturas nas tão propaladas sessões decaridade ou de atendimento público. Quando"baixam", atuam dando consultas profundas, mas

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que sempre atendem o equilíbrio emocional, mentale físico. São também portentosos no combate, emsuas causas, das correntes de Magia inferior,desmantelando verdadeiras falanges do crime, comseus Magos-Negros sumamente frios e cruéis. Comodissemos, as entidades de Xangô estão diretamenteligadas à Corrente das Santas Almas do CruzeiroDivino, a qual é de ação e execução sobre o planetaTerra.Embora raros na atualidade do MovimentoUmbandista, são Entidades indispensáveis napreparação dos Novos Tempos que,quando chegados, terão em Xangô eseus Prepostos importantes condutoresdo Movimento Umbandista. Chegará ahora de Xangô, com toda a sua justiçasagrada, a qual norteará os destinos denossa casa planetária.Não obstante, já há em raros templosterreiros a presença de Xangô —entidades no grau de Orishas, Guias eProtetores.6. MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICASEssas Entidades atuam no corpoastral do médium principalmente naregião do chacra cardíaco (em sânscrito,chacra anâhata), que tem suaequivalência no corpo físico denso noplexo cardíaco, no coração, atuandotambém no dito nó sinusal (marca-passocardíaco, o qual marca o ritmo e afreqüência cardíaca, e astralmente oritmo vibratório de absorção energética,o qual, quando bem ajustado, é síncronocom o ritmo Cósmico). Atuam tambémna respiração, no mental e na regiãocervical, produzindo na fenomênicamediúnica ligeiras alteraçõesfisionômicas (marcantes, mas suaves),psíquicas, vocais, etc.A ligação fluídico-magnética dessasEntidades com o médium começa comuma ligeira sensação que vem peloalto da cabeça e depois atinge o pescoço, fazendo-orodar levemente, ora para a direita, ora para aesquerda. Os fluidos de contato descem rapidamente,tornando a respiração ofegante e aumentando afreqüência e a força de contração cardíaca. Assim seentrosam no corpo astral, reproduzindo no corpofísico denso certos "arrancos", quando então "pegam"

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rapidamente o psiquismo, o sensório e a motricidadedo médium. Sua chegada é caracterizada por umbrado que se ouve bem como KA-Ô, parecendo umtrovejar surdo, o qual, na Magia do Som, harmonizaa mistura fluídico-vibratória médium-Entidade. Suasincorporações são fortes, mas sem nenhuma forma1197UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicade exibição. Falam pouco e de maneira bem audível.Dão consultas rápidas e profundas. Usam comsabedoria certos movimentos do elemento ígneo,trabalhando em geral com vela acesa e água decachoeira, onde dissipam e fixam vibrações. Fazemtambém uso da fumaça dos charutos, potenteliberador de energias morbosas, fazendo atravésdesses elementos aéreos certas densificações no corpoetérico do médium, através de complexa mutação deelementos.Quando incorporados, falam de maneira atrativapara quem os ouve. Suas preces cantadas ou pontostraduzem fortes imagens, que em geral são cantadasde forma grave e traduzem ou alertam sobre a LeiDivina e sobre o Karma, embora metaforizadas comopedras, cachoeiras, maleme, etc.Seus sinais riscados ou grafia dos orishas são deextrema beleza, formando conjuntos harmônicos edemonstrando em todos os detalhes profundoequilíbrio. Dão a flecha, a chave e a raiz, pontosriscados de alto cabalismo que movimentam muitasenergias e Seres Espirituais afins.Assim atuam os Prepostos de Xangô, verdadeirosEmissários Superiores da Ordem e da Justiça Cósmica.7. RELAÇÕES DA VIBRATÓRIA DE XANGÔComo todas as demais Linhas, a Linha Espiritualou Vibração Original de Xangô se relaciona comparticulares vibrações, que são:8. MAGIA VEGETOASTROMAGNÉTICANesta categoria enquadramos o uso de banhos deervas, defumações e as essências sagradas.A) Banhos de ErvasCada Vibração Original comanda ou vibra emconsonância com determinado astro ou planeta, issodevendo-se às finalidades vibratórias do DonoEspiritual da dita Linha Espiritual ou VibraçãoOriginal.As ervas mais afins à Vibração Original de Xangôsão aquelas que recebem mais diretamente asinfluências de Júpiter. São elas:LÍRIO-DE-CACHOEIRA FEDEGOSO ABACATE

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ALECRIM-DO-MATO MANGA GOIABAERVA-TOSTÃO PARREIRA LIMÃOTemos também muitas outras, que são facilmentereconhecidas pelo seu odor ou perfume agradável ecaracterístico.Essas ervas podem ser usadas em banhos, os quaispodem ser:A-1) Banhos de Elevação ou LitúrgicosEssas ervas, as de Júpiter, não devem ser usadasneste tipo específico de banho. Os Filhosde Fé que estiverem debaixo da Vibratóriade Xangô e necessitarem do banho deelevação devem fazê-lo obedecendo osmesmos critérios expostos aos Filhos deFé que se encontram debaixo daVibratória de Orixalá (pág. 177), poissomente as ervas solares, ou muitoexcepcionalmente as ervas lunares,poderão ser usadas neste banho litúrgico.A-2) Banho de Desimpregnação ouDescargaA finalidade precípua deste banho édeslocar ou eliminar as cargas negativasque ficam agregadas no aura ou corpoetérico do indivíduo, que, nesse caso,198A) Cor Vibratória VerdeB) Mantra UaradaC) Geometria Sagrada QuadradoD) Número Sagrado 4E) Signo Zodiacal Peixes; SagitárioF) Astro Regente JúpiterG) Dia Propício 5a feiraH) Força Sutil Hídrica e ÍgneaI) Elemento — Energia Água e FogoJ) Ponto Cardeal Oeste e SulL) Metal EstanhoM) Mineral Ametista e topázioN) Neuma HAARAAÊÊ0) Horário Vibratório Das 15 às 18 horasP) Letra Sagrada associada ao Signo Zodiacal R; OQ) Letra Sagrada associada ao Astro Regente DR) Vogal Sagrada YS) Essência Volátil Líquida Mirra; heliotrópioT) Flor Sagrada Lírio brancoU) Erva Sagrada LouroV) Erva de Exu MangueiraX) Arcanjo Tutor MikaelY) Chefe de Legião Xangô KaôZ) Exu Guardião Indiferenciado Exu Gira-Mundo

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CAPÍTULO XIpodem até lhe causar várias doenças, como porexemplo distúrbios cardiovasculares (oscilações dapressão arterial, espasmos coronarianos, distúrbios doritmo cardíaco, em geral extra-sístoles de ordemsupraventricular). Quando o indivíduo é muitoatingido, as perigosíssimas extra-sístolesventriculares e os bloqueios vários da conduçãointra-cardíaca podem levar o indivíduo aodesencarne. Vamos, então, após estas explicações,mostrar como se eliminam esses efeitos deletériosatravés do banho de desimpregnação ou descarga.Os banhos de desimpregnação com as ervas deJúpiter são muito úteis no combate a todas asmazelas, mas especialmente para os males queafetam a organização astroetérica influindo na partepsicoemotiva do Ser, podendo acarretar gravesdistúrbios cardiocirculatórios.Escolhem-se as ervas, que deverão ser colhidasverdes, na Lua crescente principalmente, nunca naLua cheia ou minguante, na quantidade de 1, 3, 5, ou7 ervas, de preferência colhidas, lavadas epreparadas na hora favorável de Júpiter ou nohorário vibratório de Xangô (15 às 18 horas).Após lavarmos as ervas, são elas colocadas navasilha de louça branca, sobre uma mesa, onde seacende uma vela branca dentro de um pentagrama("&), tudo isso preparado com orações, debaixo deuma corrente de pensamentos que se harmonize coma ocasião. Acrescenta-se água fervente e espera-seque a água esfrie. Após o banho de higienização, oindivíduo volta-se para o sul e toma o banho de ervasdeixando o mesmo, junto com as ervas, passar pelocorpo todo, isto é, do pescoço para baixo. É bomcolocar, sob os pés, pequenos pedaços de carvão, quefixarão as cargas que as ervas deslocarem.Com o aura limpo, o indivíduo torna-se menossuscetível de contrair distúrbios passageiros oumesmo mais graves. É normal indivíduos com essestipos de sobrecargas terem muitas oscilações napressão arterial e na freqüência cardíaca, além demoléstias mais graves, como distúrbios vasculares ecerebrais (acidentes vasculares cerebrais, infartos,acidentes hemorrágicos, etc).Após o banho, os detritos das ervas devem ser"despachados" em água corrente, junto com oscarvões.A-3) Banho de Fixação ou RitualísticoEste banho é de caráter essencialmentemediúnico, visando precipitar em maior abundância

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fluidos etéreo-físicos do médium, os quais facilitarãoa ligação fluídico-vibratória entre o médium e seumentor espiritual. Leva em sua composição ervas daVibração Original do médium e da Vibração Originalda Entidade atuante, no caso de serem diferentes.Se forem iguais, as ervas serão somente daVibração de Xangô, sendo o banho preparado comose fosse banho de elevação. Caso as VibraçõesOriginais sejam diferentes, o banho ritualístico teráervas da Vibração Original do médium misturadascom as da Vibração Original da Entidade atuante, naproporção de 2:1, sendo preparado na mesma vasilhade louça branca. Como neste nosso caso a VibraçãoOriginal do médium é Xangô, as ervas, tanto as domédium como as relativas à Entidade, serão colhidasem uma hora favorável de Júpiter, na quinzenapositiva ou branca, isto é, no período compreendidoentre o início da Lua nova e o final da Lua crescente.Após colhidas e lavadas, as ervas são colocadas navasilha, onde acrescenta-se água quente ou água decachoeira, rio, mar, etc. Se for água quente, coloca-sea água na vasilha e espera-se que esfrie, retirando-seentão as folhas, as quais podem ser depositadas emuma pequena mata ou mesmo rio. Se for água dasdiversas procedências, trituram-se as ervas e, antes debanhar-se, retiram-se os restos, coando o sumo. Osrestos das ervas podem ser encaminhados a um rio oupequena mata.Não nos esqueçamos que na preparação do banhodeve ficar sobre a mesa uma vela branca acesa dentrodo hexagrama (e). O banho deve ser tomado com oindivíduo voltando-se de costas para o cardeal oesteou leste. As ervas não passam pelo corpo e o banhonão passa pela cabeça.B) Defumações*Aqui, as ervas que serão queimadas devem tersido colhidas na Lua nova ou crescente, numa horafavorável de Júpiter e postas para secar à sombra,* As defumações relativas ao corpo mental são: para os nativos de Peixes: mirra, benjoim, alfazema; para os nativos de Sagitário: sândalo,incenso, mirra.199UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaficando claro que só se queimam ervas secas e nobraseiro de barro. As defumações podem ser feitasem qualquer Lua ou horário, desde que a colheitatenha obedecido aos critérios citados.Para eliminar cargas morbosas e pesadas com oelemento ígneo-aéreo das defumações, deve ointeressado voltar-se para o cardeal sul e tomar a

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defumação de frente e pelas costas, mentalizando tantoquanto possível a cor vermelha se quiser afastar ummal físico, a cor amarela se quiser afastar um mal deordem astral e a azul se quiser afastar um mal deordem mental.As ervas serão usadas na quantidade de 1, 3, 5 ou7, devendo neste caso ser misturadas com casca delimão. Esta defumação serve também paradescarregar uma "gira de terreiro", o ambientedoméstico ou qualquer local que se queiradesimpregnar principalmente formas-pensamento ouegrégoras inferiores.No caso do indivíduo querer revitalizar-se,deverá o mesmo queimar essas ervas numa horafavorável de Júpiter, de preferência no horáriodiurno, voltando-se para o ponto cardeal oeste ouleste, recebendo a fumaça pela frente e pelas costas.Pode ser também usada para revitalizar oorganismo físico, astral e mental, juntamente com aluz de velas vermelha, amarela e azul,respectivamente, e, é claro, debaixo de orações ecorrentes de pensamentos condizentes com o ato.C) Essências Sagradas*Esses banhos deverão ser usados em qualquer faseda Lua e em qualquer horário e devemobrigatoriamente passar pela cabeça. As essênciasque mais se harmonizam com a Vibração de Xangôsão: mirra, bálsamo e alecrim. Preparo e uso dobanho conforme instruções à pág. 181 (Vibratória deOrixalá), mentalizando a cor verde pura.9. LEI DE PEMBA — IDENTIFICAÇÃOJá dissemos que as Entidades atuantes naCorrente Astral de Umbanda, nas 7 VibraçõesOriginais,dividem-se em 3 planos: o dos Orishas, o dos Guiase o dos Protetores.Dentro da LEI DE PEMBA as Entidades podemse identificar num desses 3 planos. Vejamos agora ossinais de Xangô:a) A Banda ou Vibração-Forma é a de Caboclos, cujaflecha é curva.V i d e explicações pág. 181b) A Chave — identifica a Vibração Original.c) A Raiz — identifica o plano da Entidade, asOrdens e Direitos, tipos de trabalho, movimentos,etc.Resumamos:XANGÔ — LEI DE PEMBA* O Caboclo Sr. 7 Espadas deu 3 essências ideais, mas também podemos utilizar: para os nativos de Peixes — mirra; para os nativos de

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Sagitário — heliotrópio.200CAPÍTULO XI10. EXU GUARDIÃO DA VIBRATÓRIA DEXANGÔOs 7 Orishas Menores têm seus Emissários daLuz para as Sombras, ou Exus Guardiães, que sãcserventias e elemento de ligação com cada um delesAssim, temos:CABOCLO XANGÔ KAÔ EXU GIRA-MUNDOCABOCLO XANGÔ PEDRA-PRETA EXU MEIA-NOITECABOCLO XANGÔ 7 CACHOEIRAS EXU QUEBRA-PEDRACABOCLO XANGÔ 7 PEDREIRAS EXU VENTANIACABOCLO XANGÔ PEDRA-BRANCA EXU MANGUEIRACABOCLO XANGÔ 7 MONTANHAS EXU CORCUNDACABOCLO XANGÔ AGODÔ EXU DAS PEDREIRASDemos somente os Exus Guardiães que sãoserventias dos Orishas, sendo praticamenteimpossível citar o nome de todos os Exus Guardiãesdos Guias e Protetores.VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YORIMÁ1. CONCEITOO termo YORIMÁ foi um dos raros termossagrados que se manteve sem nenhuma alteração. Oque aconteceu é que esse termo foi completamenteesquecido e postergado. Mesmo os vários povos queforam conhecedores da Proto-Síntese Relígio-Científica, dentre eles os africanos, não guardaram otermo YORIMÁ, o qual representa umaPOTESTADE CÓSMICA ou Orisha Ancestral. Essetermo sagrado foi realmente revelado, ourelembrado, através do Movimento Umbandista emsua mais alta pureza e expressão. Traduzindo essevocábulo segundo a Coroa da Palavra, através doalfabeto Adâmico, teríamos:YORIMÁ: POTÊNCIA DO VERBO ILUMINADOPOTÊNCIA DA LEI SAGRADA ORDEMILUMINADA DA LEITraduzindo silabicamente, teremos:YO→POTÊNCIA; ORDEM; PRINCÍPIORI→REINAR; ILUMINADOMA→LEI; REGRAYORIMA portanto traduz: Princípio ou PotênciaReal da Lei.2. ATIVIDADE ESPIRITUAL KÁRMICAYORIMÁ é o Orisha Primaz do elemental terra,cuja corrente cósmica vem pelo cardeal norte.Manipula os éteres, e, dentre eles, o Éter Químico eRefletor.A Vibração de Yorimá é composta por diversas

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Entidades que alcançaram a maturidade espiritual,através de experiências mil, sendo pois SENHORESDAS EXPERIÊNCIAS.Cristalizaram essa experiência em forma deevolução, orientando muito principalmente SeresEspirituais ainda inexperientes e vulneráveis aosentre-choques individuais e coletivos que atendemsuas próprias necessidades kármicas individuais oucoletivas. Essas Entidades, seus Orishas e Guias,contribuíram muito decisivamente na formação físicade nosso planeta, em seus mínimos detalhes, sendoportanto Senhores de Nossa Casa Planetária.Ajudaram na antropogênese, muito contribuindo comseus conceitos adquiridos no velho — e não menosmajestoso em evolução — Planeta Saturno.Atualmente, sua função se prende em orientar osFilhos de Fé no caminho da Fé e da evolução,alcançadas através da humildade e sabedoria.Mostram que o peso das experiências torna leve aconsciência, direcionando-a a níveis superiores, aosplanos mais altos da vida. Disso tratam suasmensagens quando mediunizam os Filhos de Fé, tudofeito de forma oportuna, transparente e que nãotraumatizem os Filhos de Fé. Adaptam seusensinamentos aos mais diversos níveis deentendimento das humanas criaturas, sempre deforma paciente e tolerante. São exemplos dehumildade, paciência e tolerância, pois alcançarampatamares espirituais de elevadíssimo escol masdirigem-se aos simples, humildes e desgarrados,fazendo-o com amor só alcançado por quem járenunciou ao ilusório e a si mesmo.Em se tratando da Magia Etérico-Física, atuamneutralizando as baixas correntes ou cargas pesadasoriundas da baixa magia ou Magia Negra. Sãomestres nesse mister e, por sua experiência profunda,não raras vezes, se misturam com as falanges negrasvisando combatê-las, sabotando assim as açõesdeletérias dos Gênios das Trevas. Ajustam eideoplastizam seus corpos astrais para se infiltraremno submundo201UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaastral, visando minar o poder ou mesmo esclarecer,de maneira muito inteligente e sutil, as Almas aflitasque se encontram presas nas garras de verdadeirosmarginais daquele plano. São mestres na Magia,desfazendo os efeitos etéreo-físicos dospopularmente chamados "trabalhos de Magia Negra"e por isso são chamados de MANDINGUEIROS DE

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LUZ. Não podemos confundi-los, é claro, com"feiticeiros", como muitos os chamam. Esperamos terdeixado clara a distinção.Enquanto os Prepostos de Yorimá ativamentedesfazem os bozós (feitiços, correntes de bruxaria,vodus, etc.) os ditos quimbandeiros, com suas hordas,são os que fazem esses trabalhos inferiores egrosseiros que visam contundir este ou aqueleindivíduo. Nesse trabalho incessante de atuaçãodireta tanto na Luz quanto na Sombra, incrementandoa evolução, é que atuam os Orishas e Guias,orientando os Protetores e seus subplanos naexecução direta dessa difícil tarefa, qual seja depreservar a integridade mágico-vibratória do planetae de seus habitantes. Essa é a função mais direta dosditos PAIS-VELHOS ou PRETOS-VELHOS naCorrente Astral de Umbanda da atualidade.3. GRAFIA SAGRADA OU LEI DE PEMBADentro do grafismo ou escrita sagrada, o alfabetoque traduz os equivalentes vibratórios de ordemastral (clichês astrais que quando ativados produzemações várias) é o dito Adâmico.O termo sagrado YORIMÁ, que assim seexpressa nesse alfabeto original, tem equivalênciasvibratórias na Magia Astroetérico-Física.Além dos sinais sagrados, daremos também seusvalores numéricos que além da quantidade expressamqualidades, através da unidade letra-som.4. OS 7 ORISHAS MENORES — OS GUIAS —OS PROTETORESOs 7 Orishas Menores são os que representam,aqui no Planeta Terra, em seu plano físico e astral, oOrisha Ancestral.Os 7 Orishas Menores da Vibração de Yorimásão:1. PAI GUINÉ2. PAI CONGO DE ARUANDA3. PAI ARRUDA4. PAI TOMÉ5. PAI BENEDITO6. PAI JOAQUIM7. VOVÓ MARIA CONGAAbaixo dessas Entidades, temos os GUIAS. SãoGuias da Vibratória de Yorimá:PAI CHICO DAS ALMAS, VOVÓ ANGOLÁ,PAI JOÃO D'ANGOLA, PAI CONGO DO MAR,VOVÓ CAMBINDA DE GUINÉ, etc.Logo abaixo, dentro da Hierarquia Sagrada,temos os PROTETORES. Dentre eles, citaremos:PAI TIBÚRCIO, PAI CELESTINO DO

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CONGO, PAI CIPRIANO, PAI JOÃO DACARIDADE, PAI CHICO CARREIRO, VOVÓBARBINA etc.202LEI DE PEMBA em sentido vertical, de baixo para cima:CENTRALIZAÇÃOCAPÍTULO XI5. ATUAÇÃO DESSAS ENTIDADESNesta Faixa Vibratória, não raramente, quandoencontram médiuns positivos e limpos moralespiritualmente,os Orishas Menores "baixam". Dãosuas consultas, que são profundas e esclarecedoras,como também dão mensagens de caráter geral,visando incrementar a Fé e a humildade no coração ena ação de vários de seus Filhos de Fé.Gostam também de atuar em outras modalidadesmediúnicas, muito principalmente por meio davidência ou da sensibilidade psicoastral.Os Guias de Yorimá também são comuns nosterreiros. Quase todas as noites ouvem e apascentamvários Filhos de Fé. São em verdadeprofundos conhecedores da mente e docomportamento humano, como tambémde suas mazelas. Também atuam emtodas as outras modalidadesmediúnicas.Os Protetores de Yorimá,juntamente com os Guias, utilizammuito as rezas e os benzimentos(energização), além de daremmedicamentos, principalmente da flora,para combater os males físicos e astraisdos vários Filhos de Fé.Ao pitarem seus cachimbos,veiculam com a fumaça portentosasvibrações que limpam o aura,desagregando até certas larvascondensadas (pelo pensamentocristalizado) que, se não o fossem,poderiam trazer sérios prejuízos àconstituição astrofísica do indivíduo. Afumaça não é, como muitos pensam,deletéria. É deletéria, sim, aos Filhos daTerra que fumam aspirando nicotina,alcatrão, alcalóides vários e gasesnocivos.Quando um Preto-Velho ou mesmoCaboclo manipula magicamente afumaça, sabe como fazê-lo, utilizandodeterminados elementos nocivos para

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destruir ou desestruturar bactérias, víruse outros microrganismos até de ordemastral que se encontram noambiente, neutralizando completamente os efeitosdeletérios da fumaça nos Filhos de Fé. São osSENHORES DA MAGIA, profundos conhecedoresda alquimia astral, a qual manipulam com destreza esabedoria.Assim atuam esses Pais-Velhos, grandes Magosda Sagrada Corrente Astral de Umbanda. Aoterminar, queremos salientar que muitos deles foramda pura Raça Vermelha, vindos de outras galáxias eestagiando no planeta Saturno. Aliás, até hoje muitasEntidades oriundas de Saturno, Júpiter e Vênus estãoatuando e estagiando em nossa Corrente. È aGRANDE FAMÍLIA CÓSMICA, é o início do:203UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaNo universo astral haverá um só rebanho, que seráconduzido às suas origens — ao Cosmo Espiritual.6. MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICASEssas Entidades atuam no corpo astral do médiumna região do chacra genésico (em sânscrito, chacramuladhara), que tem sua equivalência no corpo físicodenso nas glândulas germinativas e anexos.No homem: testículos, próstata e vesículas seminais.Na mulher: ovários, útero e trompas.Atuam também no plexo frontal ecervical, produzindo na fenomênicamediúnica profundas alteraçõesfisionômicas (marcantes mas sem perder aestética; formas bonitas ou sugestivas),psíquicas, vocais, posturais, etc.A ligação fluídico-magnética dessasEntidades com o médium começa pelafronte, em forma de uma certa "friagem"que se prolonga até a laringe (garganta).Rapidamente a "friagem" desce pela colunavertebral e, como um choque em todo oorganismo físico, começam suas vibraçõesfluídicas de chegada, dando um "sacolejogeral", muito principalmente na cabeça eombros, arcando gradativamente o tórax eas pernas. Assim "pegam bem" osaparelhos, emitindo um mantra surdo einteriorizado que mais parece um sombásico. Quando no "reino", incorporados,gostam de trabalhar sentados, pitando seuscachimbos, falando muito calmamente e comsabedoria. Como outras Entidades, adaptam seu

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linguajar ao entendimento dos consulentes e, quandonecessário, pronunciam o idioma sem modismos. Sãoos GRANDES MAGOS, são em verdade o Mestradoda Magia, Senhores da Lei de Pemba, profundosconhecedores, em suas causas e aplicações, da LeiKármica.Suas mensagens, através das preces cantadas, sãofortes imagens que predispõem o mental às coisas doespiritual e, por meio de seu ritmo suave e dolente,ativam os centros superiores do indivíduo, bem comosuas faculdades nobres, às vezes ainda adormecidasem muitos Filhos de Fé.Também riscam com mestria os verdadeirossinais de pemba, e dão logo a flecha, a chave e a raizem perfeita harmonia com as vibrações deGeometria Cósmica.7. RELAÇÕES DA VIBRATÓRIA DE YORIMÁComo todas as demais Linhas, a Linha Espiritualou Vibração Original de Yorimá se relaciona comparticulares vibrações que são:8. MAGIA VEGETOASTROMAGNÉTICANeste tópico específico da MagiaVegetoastromagnética encontraremos os banhos deervas, as defumações e as essências sagradas.A) Banhos de ErvasAs ervas mais afins à Vibração Original de Yorimásão aquelas que recebem mais diretamente asinfluências de Saturno, absorvendo suas energiasespecíficas.204A) Cor Vibratória VioletaB) Mantra PakashaC) Geometria Sagrada Pentágono ou pentagramaD) Número Sagrado 5E) Signo Zodiacal Capricórnio; AquárioF) Astro Regente SaturnoG) Dia Propício SábadoH) Força Sutil Telúrica e AéreaI) Elemento — Energia Terra e ArJ) Ponto Cardeal Norte e LesteL) Metal ChumboM) Mineral Hematita; turquesaN) Neuma HÂÂRIÊÊ0) Horário Vibratório Das 21 à zero horaP) Letra Sagrada associada ao Signo Zodiacal P; KQ) Letra Sagrada associada ao Astro Regente XR) Vogal Sagrada OS) Essência Volátil Líquida Eucalipto; erva-cidreiraT) Flor Sagrada Dálias escurasU) Erva Sagrada Eucalipto

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V) Erva de Exu Vassoura-pretaX) Arcanjo Tutor YramaelY) Chefe de Legião Pai GuinéZ) Exu Guardião Indiferenciado Exu Pinga-FogoCAPÍTULO XIAs ervas de Saturno são:EUCALIPTO TROMBETA BANANEIRATAMARINDO ALFAVACA SETE-SANGRIASGUINÉ-PIPIU CAMARÁ VASSOURA-PRETA OUBRANCATemos também muitas outras, que são facilmentereconhecidas pelo seu odor ou perfume agradável ecaracterístico.Essas ervas podem ser usadas em banhos, quaissejam:A-1) Banhos de Elevação ou LitúrgicosEssas ervas, as de Saturno, não devem ser usadasneste tipo específico de banho. Os Filhos de Fé queestiverem debaixo da Vibratória de Yorimá enecessitarem do banho de elevação devem fazê-loobedecendo os mesmos critérios expostos aos Filhosde Fé que se encontram debaixo da Vibratória deOrixalá (pág. 177), pois somente as ervas solares, emuito excepcionalmente as ervas lunares, poderãoser usadas neste banho litúrgico.A-2) Banho de Desimpregnação ouDescargaA finalidade precípua deste banho é deslocar oueliminar as cargas negativas que ficam agregadas nocorpo etérico do indivíduo, podendo até lhe causardoenças relativas ao sistema geniturinário (infecções,distúrbios fisiológicos, impotência, frigidez ou ocontrário, e tumores, etc).Os banhos de desimpregnação com as ervas deSaturno são muito úteis no combate a todas asmazelas, especialmente para os males que afetam aorganização astroetérica influindo na atividadepsicossexual.Para prepará-los, escolhem-se as ervas, quedeverão ser colhidas verdes, na Lua crescenteprincipalmente, nunca devendo-se colher na Luacheia ou minguante, na quantidade 1, 3, 5 ou 7 ervas,de preferência colhidas, lavadas e preparadas na horafavorável de Saturno ou no horário vibratório deYorimá (21 horas à meia-noite).Após lavarmos as ervas, elas são colocadas navasilha, tendo ao lado uma vela branca dentro de umpentagrama (r), tudo isso preparado comorações, debaixo de uma corrente de pensamentosque se harmonize com a ocasião. Acrescenta-se água

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fervente e espera-se esfriar. Após o banho dehigienização, o indivíduo volta-se para o pontocardeal sul e toma o banho de ervas deixando omesmo, junto com as ervas, passar pelo corpo todo,isto é, do pescoço para baixo. É bom ter sob os péspequenos pedaços de carvão, que fixarão as cargasque as ervas deslocarem.Com o aura limpo, o indivíduo torna-se menossuscetível de contrair distúrbios agudos, leves emesmo os mais graves. É normal indivíduos comesses tipos de sobrecargas terem alterações em seuhumor e na libido. Os detritos das ervas, juntamentecom o carvão, devem ser "despachados" em águacorrente.A-3) Banho de Fixação ou RitualísticoEste banho é de caráter essencialmentemediúnico, visando precipitar em maior abundânciafluidos etéreo-físicos do médium, e seu mentorespiritual. Levam ervas da Vibração Original domédium e da Vibração Original da Entidade atuante,no caso de serem diferentes.Se forem iguais, as ervas serão somente daVibração de Yorimá, sendo o banho preparado comose fosse de elevação. Caso as Vibrações Originaissejam diferentes, o banho ritualístico terá ervas daVibração Original do médium misturadas com as daVibração Original da Entidade atuante, na proporçãode 2:1, sendo preparado na mesma vasilha de louçabranca. Como neste nosso caso a Vibração Originaldo médium é Yorimá, as ervas serão todas colhidasem uma hora favorável de Saturno, na quinzenapositiva ou branca. Após colhidas e lavadas, as ervassão colocadas na vasilha, onde acrescenta-se águaquente ou água da cachoeira, rio, mar, etc. Se forágua quente, coloca-se a água e espera-se que esfrie,retirando-se então as folhas para despachar. Se fordespachar com água das diversas procedências,trituram-se as ervas e, antes de banhar-se, retiram-seos restos, coando o sumo. Na preparação do banhodeve ficar sobre a mesa uma vela branca acesa dentrodo hexagrama (e). Ao tomá-lo, o indivíduo volta-sede costas para o ponto cardeal oeste ou leste. Aservas não devem passar pelo corpo e o banho nãopassa pela cabeça.205UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaB) Defumações*Aqui, as ervas devem ser colhidas na Lua novaou crescente, numa hora favorável de Saturno epostas para secar à sombra, ficando claro que só se

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queimam ervas secas em braseiro de barro. Asdefumações podem ser feitas em qualquer Lua ouhorário, desde que a colheita tenha obedecido aoscritérios citados.Para eliminar cargas morbosas e pesadas com oelemento ígneo-aéreo das defumações, deve ointeressado voltar-se para o ponto cardeal sul e tomara defumação de frente e pelas costas, mentalizandotanto quanto possível a cor vermelha se quiser afastarum mal físico, a cor amarela se for um mal de ordemastral e a azul se for um mal de ordem mental.As ervas a serem usadas na quantidade de 1, 3, 5ou 7, devem neste caso ser misturadas com cascaseca de limão. Esta defumação serve também paradescarregar uma "gira de terreiro", o ambientedoméstico, etc.No caso do indivíduo querer revitalizar-se,deverá o mesmo queimar essas ervas numa horafavorável de Saturno, de preferência no horáriodiurno, voltando-se para o ponto cardeal Oeste ouLeste, recebendo a fumaça pela frente e pelas costas.Pode ser também usada para revitalizar o organismofísico, astral e mental, juntamente com as luzesvermelha, amarela e azul respectivamente, e, é claro,debaixo de orações e correntes de pensamentoscondizentes com o ato.C) Essências Sagradas**Esses banhos deverão ser usados em qualquer faseda Lua e em qualquer horário, e devemobrigatoriamente passar pela cabeça. As essênciasque mais se harmonizam com a Vibração de Yorimásão: junquilho, eucalipto, alfazema, etc. O preparo euso do banho seguem os critérios da pág. 181, commentalização na cor lilás-claro.9. LEI DE PEMBA — IDENTIFICAÇÃOAs Entidades atuantes na Corrente Astral deUmbanda, nas 7 Vibrações Originais, dividem-se em3 planos: o dos Orishas, o dos Guias e o dosProtetores. Na Lei de Pemba as Entidades podem seidentificar num desses 3 planos. Vejamos os sinaisde Yorimá:a) A Banda ou Vibração-Forma é a de Pretos-Velhos,cuja flecha é reta.INDUTORDIRECIONAIMPULSIONACONDUTOR BLOQUEADORb) A Chave — identifica aVibração Original.c) A Raiz — identifica o plano da Entidade as

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Ordens e Direitos, tipos de trabalho, movimentos,* As defumações relativas ao corpo mental são: para os nativos de Capricórnio: benjoim, mirra, alfazema; para os nativos de Aquário:alfazema, incenso, benjoim.** O Caboclo Sr. 7 Espadas deu 3 essências ideais mas também podemos utilizar para os nativos de Capricórnio: narciso; para os nativosde Aquário: eucalipto.206Resumamos:YORIMÁ — LEI DE PEMBACAPÍTULO XI10. EXU GUARDIÃO DA VIBRATÓRIA DEYORIMÁOs 7 Orishas Menores têm seus Emissários daLuz para as Sombras, os Exus Guardiães, que sãoserventias e elemento de ligação com cada um deles.Assim, temos:PAI GUINÉ EXU PINGA-FOGOPAI CONGO DE ARUANDA EXU LODOPAI ARRUDA EXU BRASAPAI TOMÉ EXU COME-FOGOPAI BENEDITO EXU ALEBÁPAI JOAQUIM EXU BARAVOVÓ MARIA CONGA EXU CAVEIRADemos somente os Exus Guardiães que sãoserventias dos Orishas, sendo praticamenteimpossível citar o nome de todos os Exus Guardiãesdos Guias e Protetores.VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YORI1. CONCEITOO termo sagrado YORI foi um dos raros termossagrados que se manteve sem nenhuma alteração. Oque aconteceu é que esse termo foi completamenteesquecido e postergado. Mesmo os vários povos queforam conhecedores da Proto-Síntese Relígio-Científica, dentre eles os africanos, não guardaram otermo Yori, o qual representa uma PotestadeCósmica ou Orisha Ancestral.Esse termo sagrado, assim como Yorimá, era depleno conhecimento da pura Raça Vermelha, só seapagando do mental do Ser humano após a catástrofeda Atlântida. Ele ressurgiu através' do MovimentoUmbandista, em sua mais alta pureza e expressão.Traduzindo-o segundo a Coroa da Palavra, atravésdo alfabeto Adâmico, teríamos:YORI A POTÊNCIA EM AÇÃO PELO VERBOA POTÊNCIA ESPLENDOROSA OPUROO REINADO DA PUREZA APOTÊNCIA DOS PUROS

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Traduzido silabicamente, ou por fonemas,teremos:YO ou Y→A POTÊNCIA DIVINAMANIFESTANDO-SE; PRINCÍPIORI→SER REI; REINAR; ILUMINADOORI→LUZ; ESPLENDOR; PODEROSOYORI portanto traduz: A Potência DivinaManifestando-se; a Potência dos Puros.2. ATIVIDADE ESPIRITUAL KÁRMICAA Vibração de Yori reflete o 3º Princípio, ou seja, oPrincípio Espiritual Manifesto no Princípio Natural,isto é, o Princípio Manifestado na Forma. É oPrincípio Criado, ou a Forma, sendo Princípio emAção na Humanidade. A maioria das entidades que seapresentam na Umbanda usando a roupagem fluídicade Crianças são Seres Espirituais mestres nosconceitos do Bem e do Puro, oriundos de distantesPátrias Siderais, embora alguns tenham encarnado noinício dos tempos no planeta Terra, no seio dapoderosíssima Raça Vermelha. Quando dissemosalguns, é porque os outros ficaram no plano astralrelativo ao planeta Terra, orientando por cima aquelesque tinham descido através do encarne. Muitos delesse foram para suas Pátrias originais ou evoluem empáramos cósmicos inacessíveis à própria imaginaçãoterrena. Em verdade, esses Espíritos muitocontribuem através de sua pureza espiritual para aelevação moral do terráqueo e na Umbanda ensinamaos Filhos de Fé que a única forma de se levarvantagem é sendo puro, como é a criança. São Seresem que "de há muito morreram os processos dailusão", estando como crianças em outros mundos,isto é, saíram do estágio de nossa galáxia, nascendoem outra, sendo por isso que se apresentam comosábias crianças. São verdadeiros Magos da Pureza,conquista de milhares de anos em vários locus doUniverso. Assim, Filho de Fé, procure um médium deverdade, que esteja mediunizado com uma criança eentenderá, embora de forma pura e singela, asprofundas e sábias mensagens desses verdadeirosSÁBIOS — SENHORES DA PUREZA CÓSMICA.Assim, vimos que em caráter hierático cósmicoYori lembra-nos o Iniciado no mundo das formas,aquele que sobrepujou a ilusão, nascendo e voltandosepara a pureza espiritual virginal. Ensina-nos ocaminho a percorrer, refletindo toda a Luz-Evolução207UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaem forma de Pureza, que sem dúvida trará a tãobuscada paz interior.

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E também aquele que se conheceu, vencendo-see nascendo para a coletividade, hoje, do MovimentoUmbandista.Em se tratando da Magia Etérico-Física, atuacomo SENHOR PRIMAZ DOSENTRECRUZAMENTOS ENERGÉTICOS (água,fogo, terra e ar) ou energias etéricas. Suas energiassão as de Síntese, neutralizando assim qualquerenergia deletéria, seja ela qual for. Assim, o velhoaforismo de terreiro é válido, quando se diz:—"O que os Filhos das Trevas fazem, qualquercriança desfaz. O que a criança faz (no sentido doBem, é claro) ninguém desfaz ou interfere."São pois portentosos Magos, que manipulam comsabedoria as forças mais sutis da Natureza, semprevisando neutralizar os efeitos deletérios causadospelos Magos-Negros. Essas Entidades Espirituaisinfelizmente são pouco conhecidas pela maior partedos Filhos de Fé, que só querem vê-las como criançasperaltas ou insubmissas...Esperemos; logo após a noite, virá o dia, comcerteza. Aguardemos o clarear dos entendimentos,mas trabalhemos enquanto esperamos.Não obstante não serem evocados e nem suasenergias serem usadas pelos melhores Filhos de Fé, otrabalho dessas Entidades é incansável, tendoenergias inesgotáveis como uma criança e sabedoriacomo a de um ancião, atuando por cima no AstralSuperior, descendo vez por outra, quando encontramressonância vibratória ambiental ou mediúnica.Assim atua na atualidade a possante "Corrente dasCrianças"...3. GRAFIA SAGRADA OU LEI DE PEMBADentro do grafismo ou escrita sagrada, o alfabetoque traduz os equivalentes vibratórios de ordemastral (clichês astrais que quando ativados produzemações várias), é o dito Adâmico.O termo sagrado YORI assim se expressa nessealfabeto original, que tem equivalências vibratóriasna Magia Astroetéreo-Física.Além dos sinais sagrados, daremos também seusvalores numéricos, que além da quantidadeexpressam qualidades, através da unidade letra-som.4. OS ORISHAS MENORES — OS GUIAS — OSPROTETORESOs 7 Orishas Menores são os que representam,aqui no planeta Terra, em seu plano físico e astral, oOrisha Ancestral.Os 7 Orishas Menores da Vibração de Yori são:1. TUPANZINHO

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2. YARIRI3, ORI4.YARI5. DAMIÃO6. DOUM7. COSMEAbaixo dessas Entidades, temos os GUIAS.São Guias da Vibratória de Yori:MARIAZINHA, CHIQUINHO, PAULINHO,ANINHA, RICARDINHO, CRISPIM e outros.Logo abaixo, dentro da Hierarquia Sagrada,temos os PROTETORES. Dentre eles, citaremos:ESTRELINHA D'ANGOLA, DOMINGUINHO,DOUNZINHO, JUREMINHA, JOÃOZINHO DAPRAIA e outros.208LEI DE PEMBA em sentido vertical, de baixo para cima:CENTRALIZAÇÃOCAPÍTULO XI5. ATUAÇÃO DESSAS ENTIDADESEmbora sendo uma Vibratória de profundosvínculos com o Governo Oculto do Cosmos,desempenhando seriíssimas e nobres funções, osOrishas Menores, quando encontram Filhos de Fé deboa vontade e limpos de Alma, "baixam" nosterreiros do Movimento Umbandista da atualidade.Quando "baixam", transmitem mensagensconfortadoras e esperançosas para todos os Filhos deFé, que ficam possuídos de uma misteriosa alegriainterior. É a magia dos puros, agindo suave mascerteiramente.As Entidades no grau de Guias "baixam" eprocuram logo incrementar ahigienização mentopsíquica dosmédiuns e de todos que se encontramdebaixo de suas vibrações; falam demaneira descontraída, aparentementeinfantil, mas numa profunda açãopsicológica, só conseguida por quemseja uma criança milenar. Dessa formase fazem entender, e o seu trabalho deespiritualização, qual seja a pureza deintenções e ideais, de forma muitooportuna, é lançado aos Filhos de Fé.Além dessa ação psicológica sobre agrande massa de crentes umbandistas,quando têm oportunidades, emborausando a fonação de tom infantil,transmitem profundas lições de Síntesede Proto-Síntese Relígio-Científica.

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Aliás, é Yori quem representa essaSíntese.As Entidades no grau de Protetoresatuam até sacrificialmente, embora ofaçam espontaneamente e por amor àgrande massa de crentes umbandistas,de forma a parecerem verdadeirascrianças, embora bem-comportadas enão, como muitos querem transformá-las,em crianças-problema, ou quando não,crianças "debilóides".Embora respeitemos os vários níveisde alcance mediúnico, urge queesclareçamos aqueles que, usando eabusando do dom "consciente",querem colocar a "criança traquinas interior" parafora, impedindo e bloqueando a atuação, mesmo queparcial, das verdadeiras crianças do astral.Assim, os Protetores se misturam com os Filhosde Fé, e os apreciam enquanto eles comem doces,balas, tomam refrigerantes, etc, na expectativa de queamanhã eles amadureçam e "ajam como adultos"quando evocarem as Crianças.No aspecto positivo, essas Entidades no grau deProtetores manipulam com destreza e mestria asforças da mente e do coração de muitos Filhos de Fé,como também neutralizam verdadeiras demandasprovenientes do submundo astral e repulsam com209UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaveemência certas Entidades viciadas, provenientesdas Zonas Subcrostais, as quais querem vampirizar erobotizar, por meio da cruel subjugação, muitosFilhos de Fé.As Crianças também atuam coordenando aatividade dos Exus Guardiães ou Exus de Lei nocombate incessante contra os Magos-Negros dasregiões interiores do planeta. Vez por outra, descem aessas regiões em busca de resgates para o reencarnede certas criaturas decaídas e orgulhosas, mas jávencidas, as quais são internadas nas reencarnações.Se descem, também sobem. É como aquele que descepara depois subir mais. Assim trabalham também noreencarne, em seus aspectos teórico-morais.Portanto, Salve YORI — ANAUAM YO-RI... ORI-XÁ... DA PUREZA CÓSMICA.6. MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICASEssas Entidades atuam no corpo astral domédium principalmente na região do chacra laríngeo(em sânscrito, chacra visuddha), que tem sua

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equivalência no corpo denso físico, no plexolaríngeo, plexo cervical (superior, médio e inferior),etc. Atuam diretamente na fonação, sendo portantoEmissários Diretos do Verbo Divino e, como tal, sãopor excelência Sábios da Ciência do Verbo. Atuamtambém na região dos lóbulos frontais e sistemalímbico, núcleos do porvir do indivíduo, suasatividades superiores. Atuam também no plexocardíaco. As emoções são muitocontroladas por essa Vibratória, no afãde trazer-lhe equilíbrio astrofísico. Suaincorporação ou mesmo presençavitaliza todo o complexo astroetéricofísicodo indivíduo que esteja debaixode sua atuação. Equilibra também asfunções endócrinas, através do eixohipófise-hipotálamo-tireóide-gônadas etimo, os quais são equilibradosmantendo a homeostasia astrofísicadurante a incorporação ou outra formade atuação mediúnica. Atuando dessamaneira complexa na teoria, mas queessas Entidades realizam com mestria naprática, produzem na mecânica daincorporação alterações fisionômicas (suaves ealegres), psíquicas e vocais, essas bempronunciadas. A ligação fluídico-magnética dessasEntidades com o médium começa ao emitirem seusfluidos na região do plexo braquial ou estrelado,movimentando de forma harmônica os braços e aspernas do indivíduo. Então, tomam rapidamente oveículo mediúnico pelo mental, pela motricidade epelo sensório. Alguns deles, no grau de Protetores,visando serem mais bem aceitos (como vimos),sentam-se no chão e sutilmente dão suas mensagens,embora no meio de bolos, doces e outras guloseimas.Os Guias e Orishas Menores "baixam" maisraramente, mas quando "baixam" fazem-no de pé,embora também adaptem sua linguagem e atitude,que nunca são bizarras, ao grau de entendimento dequem os ouve.Suas preces cantadas e mesmo seus mantras sãoverdadeiros conclames às coisas do amor, do belo edo puro, em ritmos alegres mas suaves, de profundaharmonia musical. O mesmo acontece com seussinais riscados, curvos, curtos e harmoniosos, dandoa flecha, a chave e a raiz.7. RELAÇÕES DA VIBRATÓRIA DEYORIComo todas as demais Linhas Espirituais, a

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Linha Espiritual ou Vibração Original de Yori serelaciona com particulares vibrações, que são:210A) Cor Vibratória VermelhoB) Mantra ZaiatsaC) Geometria Sagrada TriânguloD) Número Sagrado 3E) Signo Zodiacal Gêmeos; VirgemF) Astro Regente MercúrioG) Dia Propício 4a feiraH) Força Sutil Aérea e TelúricaI) Elemento — Energia Ar, Terra, Energia EtéricaJ) Ponto Cardeal Leste/Norte/Nordeste/CentroL) Metal MercúrioM) Mineral Esmeralda e granadaN) Neuma + KAAÊÊ0) Horário Vibratório Das 12 às 15 horasP) Letra Sagrada associada ao Signo Zodiacal Z; YQ) Letra Sagrada associada ao Astro Regente TsR) Vogal Sagrada ES) Essência Volátil Líquida Alfazema; benjoimT) Flor Sagrada Crisântemo brancoU) Erva Sagrada ManjericãoV) Erva de Exu PitangaX) Arcanjo Tutor YorielY) Chefe de Legião TupanzinhoZ) Exu Guardião Indiferenciado Exu TiririCAPÍTULO XI8. MAGIA VEGETOASTROMAGNÉTICAInteressa-nos neste tópico específico os banhosde ervas, as defumações e as essências sagradas.A) Banhos de ErvasAs ervas mais afins à Vibração Original de Yorisão aquelas que recebem mais diretamente asinfluências de Mercúrio, absorvendo suas energiasespecíficas. Por exemplo:MANJERICÃO MARAVILHA PITANGACRISÂNTEMO MORANGO MELÃO-DE-SÃO(Folhas/Flores) (Folhas) CAETANO(Folhas)VERBENA AMOREIRA CAPIM-LIMÃO(Folhas)Temos também muitas outras, mas que não sãofacilmente conhecidas pelo seu odor ou aspecto.Essas ervas podem ser usadas em banhos, quaissejam:A-1) Banhos de Elevação ou LitúrgicosEssas ervas, de Mercúrio, não devem ser usadasneste tipo específico de banho. Os Filhos de Fé queestiverem debaixo da Vibratória de Yori e

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necessitarem do banho de elevação deverão fazê-loobedecendo os mesmos critérios expostos aos Filhosde Fé que se encontram debaixo da Vibratória deOrixalá (pág. 177), pois somente as ervas solares, oumuito excepcionalmente as ervas lunares, poderãoser usadas neste banho litúrgico.A-2) Banho de Desimpregnaçãoou DescargaA finalidade precípua deste banho é deslocar oueliminar as cargas negativas que ficam na aura ouCorpo Etérico do indivíduo, podendo até lhe causardoenças infecto-contagiosas, em virtude dessascargas deprimirem certos elementos sanguíneosresponsáveis pela guarda do organismo, o qual defato entra em depressão.O banho de desimpregnação com as ervas deMercúrio é muito útil no combate a todas as mazelas,mas especialmente para os males que afetam aorganização astropsíquica repercutindo no sistemanervoso, com grande comprometimento daorganização psicoemotiva. É importante frisar quelivram dos Filhos de Fé atingidos pelas cargas, asmazelas de qualquer procedência, mas muitoprincipalmente os distúrbios endócrinos da tireóide,os da fonação e os do timo (imunidade).Para este banho, escolhe-se as ervas, que deverãoser colhidas verdes, na Lua crescente principalmente,nunca na Lua cheia ou minguante, na quantidade de1, 3, 5 ou 7 ervas, de preferência colhidas, lavadas epreparadas na hora favorável de Mercúrio ou nohorário vibratório de Yori (12 às 15 horas).Após lavarmos as ervas, colocamo-las na vasilhaao lado de uma vela branca dentro de um pentagrama("&), tudo isso preparado com orações, debaixo deuma corrente de pensamentos que se harmonize coma ocasião. Acrescenta-se água fervente e espera-seesfriar. Após o banho de higienização, o indivíduovolta-se para o ponto cardeal sul e toma o banho deervas deixando o mesmo, junto com as ervas, passarpelo corpo todo, isto é, do pescoço para baixo. E bomcolocar sobre os pés pequenos pedaços de carvão,que fixarão as cargas que as ervas deslocarem. Apóso banho, os detritos das ervas devem ser"despachados" em água corrente, junto com oscarvões.A-3) Banho de Fixação ou RitualísticoEste banho é de caráter essencialmentemediúnico, visando precipitar em maior abundânciafluidos etéreo-físicos do médium. Levam em suacomposição ervas de Vibração Original do médium e

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da Vibração Original da Entidade atuante, no casodessa ser diferente da do médium.Se forem iguais, as ervas serão somente daVibração de Yori, sendo o banho preparado como sefosse o banho de elevação. Caso as VibraçõesOriginais sejam diferentes, o banho ritualístico teráervas da Vibração Original do médium misturadascom as da Vibração Original da Entidade atuante, naproporção de 2:1, sendo preparado na mesma vasilhacitada.Como neste caso a Vibração Original do Médiumé Yori, as ervas serão todas colhidas em uma horafavorável de Mercúrio, na quinzena positiva ou211UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicabranca. Após colhidas e lavadas, são colocadas navasilha de louça branca, onde acrescenta-se águaquente ou água de cachoeira, rio, mar, etc. Se forágua quente, coloca-se a água e espera-se que esfrie,retirando-se então as folhas para "despachar" emmata ou rio. Se for água das diversas procedências,trituram-se as ervas e, antes de banhar-se, retiram-seos restos para despachar, coando o sumo.Na preparação do banho deve-se acender umavela branca dentro do hexagrama (e). Ao tomá-lo, oindivíduo volta-se de costas para o cardeal oeste ouleste. As ervas não passam pelo corpo e o banho nãopassa pela cabeça.B) Defumações*As ervas que serão queimadas devem ter sidocolhidas na Lua nova ou crescente, numa horafavorável de Mercúrio e postas para secar à sombra,ficando claro que só se queimam ervas secas nobraseiro de barro. As defumações podem ser feitasem qualquer Lua ou horário, desde que a colheitatenha obedecido aos critérios citados. As ervasusadas, na quantidade de 1, 3, 5 ou 7, devem nestecaso ser misturadas com casca seca de limão. Estadefumação serve também para descarregar uma "girade terreiro", o ambiente doméstico, etc.No caso do indivíduo querer revitalizar-se,deverá queimá-las numa hora favorável de Mercúrio,de preferência no horário diurno, voltando-se para oponto cardeal oeste ou leste, recebendo a fumaça pelafrente e pelas costas. Poderá também usá-las pararevitalizar o organismo físico, astral e mental,juntamente com as luzes de velas vermelha, amarela eazul respectivamente e, é claro, debaixo de orações ecorrentes de pensamentos condizentes com o ato.C) Essências Sagradas

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Esses banhos deverão ser usados em qualquer faseda Lua, em qualquer horário e devemobrigatoriamente passar pela cabeça. Para seu preparoe uso, consultar a pág. 181, com mentalização na corvermelhapura. As essências** que mais se harmonizam com aVibração de Yori são: benjoim, alfazema, jasmim.9. LEI DE PEMBA — IDENTIFICAÇÃOAs Entidades atuantes na Corrente Astral deUmbanda, nas 7 Vibrações Originais, dividem-se em3 planos: o dos Orishas, o dos Guias e o dosProtetores. Na Lei de Pemba as Entidades podem seidentificar num desses 3 planos. Vejamos os sinais deYori.a) A Banda ou Vibração-Forma é a de Crianças, cujaflecha é sinuosa.DIREÇÃOIMPULSOc) A Raiz — identifica o plano da Entidade, asOrdens e Direitos, tipos de trabalho, movimentos,etc.* As defumações relativas ao corpo mental são: para os nativos de Gêmeos: alfazema, incenso, benjoim; para os nativos de Virgem:benjoim, mirra, alfazema.** O Caboclo Sr. 7 Espadas deu 3 essências ideais que deverão ser utilizadas assim: para os nativos de Gêmeos: jasmim; para os nativosde Virgem: benjoim.212BLOQUEIO ECONDUÇÃO LENTAb) A Chave — identifica a Vibração Original.YORI — LEI DE PEMBACAPÍTULO XI10. EXU GUARDIÃO DA VIBRATÓRIA DEYORIOs 7 Orishas Menores têm seus Emissários daLuz para as Sombras, os Exus Guardiães, que sãoserventias e elemento de ligação com cada um deles.Assim, temos:TUPANZINHO EXU TIRIRIYARIRI EXU MIRIMORI EXU TOQUINHOYARI EXU GANGADAMIÃO EXU MANGUINHODOUM EXU LALUCOSME EXU VELUDINHO DA MEIA-NOITEDemos somente os Exus Guardiães que sãoserventias dos Orishas, sendo praticamenteimpossível citar o nome de todos os Exus Guardiãesdos Guias e Protetores.

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VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YEMANJÁ1. CONCEITOO termos sagrado YEMANJÁ primitivamente eraYemanyarth. Muito mais tarde foi fonetizado comoYemanjá. Mais recentemente outros povos, inclusiveos africanos ocidentais, fonetizaram esse termosagrado como YEOMOEJÁ. Traduzindo esses termosou vocábulos segundo a Coroa da Palavra, através doalfabeto Adâmico, teríamos:POTÊNCIA GERADORA DASALMASYE — MÃE; OMO — FILHO;EJÁ — PEIXE."MÃE CUJOS FILHOS SÃOPEIXES" — A HUMANIDADESURGINDO DAS ÁGUASOCEÂNICAS — PEIXE NOSENTIDO DE FERTILIDADE— SENHORA DA NATUREZAOU FERTILIDADE — ADIVINA MÃE DO COSMO.O PRINCÍPIO DAS ÁGUAS("ÁGUAS" COMO FONTE DAVIDA FÍSICA).O ETERNO FEMININOO PRINCÍPIO NATURAL (QUEATUA NA NATUREZA).Traduzindo silabicamente, ou por fonemas, teremos:YE→MÃE; PRINCÍPIO GERANTEMAN→O MAR; A ÁGUA; LEI DAS ALMASYA→MATRIZ; MATERNIDADE; POTÊNCIACRIADORA.YEMANJÁ portanto traduz:A Senhora da VidaO Princípio Duplo GeranteO Princípio Passivo IncriadoA Maternidade Cósmica (no sentido detransformar a Substância Etérica).2. ATIVIDADE ESPIRITUAL KÁRMICAA Vibração de Yemanjá reflete o 2º PRINCÍPIO,ou seja, o Princípio Passivo Gerante (Duplo Gerante),atuando na humanidade e também na Natureza.Em conjunto com Orixalá, é a SENHORAPRIMAZ DA ENERGIA MENTALCONDENSADORA que atua na humanidade. Étambém Senhora do Elemento Água, ou seja, doselementos fluentes, com seus fluxos e refluxos. Amaioria das Entidades que se apresentam naUmbanda como sendo da Vibratória de Yemanjáusam a roupagem fluídica de Caboclas. No entanto,

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há também Entidades masculinas, que se encontramnos Entrecruzamentos Vibratórios Coordenados das 7Vibrações Originais, como veremos adiante.Assim como as Entidades das VibraçõesOriginais de Orixalá e Yori, são Seres Espirituaisoriundos de Pátrias Siderais distantes, embora muitoselementos da Vibratória de Yemanjá tenhamencarnado no início do planeta Terra, já no seio daentão poderosíssima Raça Vermelha. Quandodissemos muitos e não todos os elementos, é porqueos demais ficaram no plano astral relativo ao planetaTerra, orientando por cima aqueles que tinhamdescido através do encarne em um corpo físico, éclaro. Muitos deles se foram para suas Pátriasoriginais ou evoluem em páramos cósmicosinatingíveis à própria imaginação terrena. Emverdade, esses Seres Espirituais, embora para efeitosterrenos trabalhem com a luz polarizada e correnteseletromagnéticas refletidas da Lua, são de outrasgaláxias, estando em missão no planeta Terra. Foramessas Entidades que promoveram com os Arquitetosou Prepostos de JESUS a213YEMANYARTHYEMOEJÁYEMANJÁUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicagênese planetária, como muitos contribuíram para aantropogênese e a formação de toda a physis. Sãopois a MATERNIDADE CÓSMICA, o PrincípioEspiritual atuando na energia ou Substância Etérica.Em caráter hierático, correspondem ao AmorCósmico, que em comunhão com a SabedoriaCósmica formam a Proto-Síntese Cósmica ou oAumbandan. São Entidades capacitadas na geraçãode novos recursos e novas formas para ahumanidade, e em especial para a coletividade doMovimento Umbandista da atualidade. São fontes deluz e amor superior para os Filhos de Fé terráqueos.São veneráveis e augustos representantes doGOVERNO OCULTO DO COSMO.Em se tratando de Magia Etéreo-Física, atuammuito diretamente no campo mental e no plano astral,fazendo fluir suas energias num constante ciclo eritmo, tudo visando à manutenção vibratória doplaneta Terra, usando para isso os influxos domagnetismo lunar e também os grandesdeslocamentos de massas líquidas através dosoceanos. Equilibram o eixo magnético terrestre,fornecendo um equilíbrio planetário, tanto

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fisicamente como etericamente. Equilibram eneutralizam certas forças hidrotelúricasmovimentadas por Entidades comandantes dasTrevas que, embora encarceradas no Mal e noenrijecimento espiritual, contribuem para que sejacumprida a Lei Divina. São sumamente portentosasas Entidades de Yemanjá no combate à Magia Negra,pelos motivos já expostos. Embora trabalhando muitomais em nível de plano astral e mental, essasEntidades são sumamente importantes em seustrabalhos em prol do Movimento Umbandista.3. GRAFIA SAGRADA OU LEI DE PEMBADentro do grafismo ou escrita sagrada, o alfabetoque traduz os equivalentes vibratórios de ordemastral (clichês astrais que quando ativados produzemações várias), é o dito Adâmico.O termo sagrado YEMANJÁ assim se expressanesse alfabeto original, que tem equivalênciasvibratórias na Magia Astroetéreo-Física.Além dos sinais sagrados, daremos também seusvalores numéricos, que além da quantidadeexpressam qualidade, através da unidade letra-som.4. OS 7 ORISHAS — OS GUIAS —OS PROTETORESOs 7 Orishas Menores são o que representamaqui, no planeta Terra, em seu plano físico e astral, oOrisha Ancestral.Os 7 ORISHAS MENORES da Vibração deYemanjá são:1. CABOCLA YARA2. CABOCLA ESTRELA DO MAR3. CABOCLA DO MAR4. CABOCLA INDAYÁ5. CABOCLA INHASSÃ6. CABOCLA NANÃ-BURUCUN7. CABOCLA OXUMAbaixo dessas Entidades, temos os GUIAS. SãoGuias da Vibratória de Yemanjá:CABOCLO DO MAR; CABOCLA CINDA;CABOCLA 7 LUAS; CABOCLA JUÇANÃ;CABOCLA JANDIRA e outros.Logo abaixo, dentro da Hierarquia Sagrada,temos os PROTETORES. Dentre eles, citaremos:214LEI DE PEMBA em sentido vertical, de baixo para cima:CENTRALIZAÇÃOCAPÍTULO XICABOCLA LUA-NOVA; CABOCLA ROSABRANCA;CABOCLO DA PRAIA; CABOCLAJACY; CABOCLA DA CONCHA DOURADA;

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CABOCLO 7 CONCHAS e outros.5. ATUAÇÃO DESSAS ENTIDADESEssas Entidades, tais quais as de Orixalá, no graude Orishas Menores, não "baixam", podendo fazê-lomuito raramente e quando encontram médiuns comacentuada elevação moral-mediúnica. Quando"baixam no reino" (descem em seus médiuns),fazem-nodando mensagens quase sempre de caráter geral.Excepcionalmente dão consultas.As Entidades no grau de Guias já "baixam" maisconstantemente, mas em caráter geral são raras asaparições dessas Entidades nos terreiros daatualidade. Gostam de mediunizar seus aparelhos emoutras modalidades mediúnicas, tais como:clarividência, clariaudiência, psicografia intuitiva,irradiação intuitiva e sensibilidade psicoastral.Muitas dessas Entidades, os Guias de Yemanjá,"baixam" na Faixa Vibratória de Oxossi, claro quedentro dos Entrecruzamentos Coordenados da Lei.As Entidades no grau de Protetorestambém não estão presentesconstantemente, mas já são maisatuantes que os Orishas e os Guias. Dãoconsultas, trabalham educando e são"mestres" nos desmanchos de trabalhosoriundos da manipulação da baixamagia. Suas correntes eletromagnéticasvêm pela água do mar, carreando fortesinfluxos lunares, sendo por causa dissoque gostam de trabalhar com água domar, flores ou mesmo água comum. Sãotambém importantíssimos os trabalhosdos mensageiros de Yemanjá, os quaishigienizam completamente o campomental dos médiuns e do terreiro, bemcomo neutralizam as correntesvampirizantes que se projetam sobre osmédiuns ou sobre o ambienteastroetérico do terreiro.Como as Entidades da faixa deOrixalá, os da faixa vibratória deYemanjá são auxiliares "por cima" deoutras Entidades que trabalham aqui"por baixo".6. MANIFESTAÇÕESMEDIÚNICASEssas Entidades atuam no corpoastral do médium na região do chacrafrontal (em sânscrito, chacra ajnâ), que

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tem sua equivalência no corpo denso naglândula hipófise e região215UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicahipotalâmica, produzindo na fenomênica mediúnicaligeiras alterações fisionômicas (belas, serenas esuaves) , psíquicas, vocais etc. Atuam também naregião cervical e na região precordial, no plexocardíaco do corpo físico denso. Seus fluidos decontato vêm pela cabeça, braços e joelhos. Dão umbalanço geral em todo o corpo do médium,levantando os braços em sentido horizontal etremulando as mãos, arfando um pouco o tórax pelaelevação respiratória e balançando a cabeça. Tomamentão o controle do médium, emitindo um sommantrânico que, sendo de rara beleza e harmonia,predispõe os seres a todas as correntes espirituaissuperiores.Suas preces cantadas também são de rara beleza,pausadas ou em stacatto, sempre exaltando as forçasda Natureza. Seus pontos riscados são de contornoslongos e abertos, verdadeiros yantras* de aberturasno campo mental e verdadeiros clichês de ordemastral; dão logo a flecha, a chave e a raiz.7. RELAÇÕES DA VIBRATÓRIA DEYEMANJÁComo todas as demais Linhas, a Linha Espiritualou Vibração Original de Yemanjá se relaciona comparticulares vibrações, que são:8. MAGIA VEGETOASTROMAGNÉTICAInteressa-nos neste tópico específico os banhosde ervas, as defumações e as essências sagradas.A) Banhos de ErvasAs ervas mais afins à Vibração Original de Yemanjásão aquelas que recebem mais diretamente asinfluências lunares, absorvendo suas energiasespecíficas:PARIPAROBA — FOLHAS E FLORES DE ROSA — FOLHAS DEAVENCA — PANACÉIA — FOLHAS E FLORES DE VIOLETA —PICÃO-DO-MATO — ARRUDA-FÊMEA (COLHIDA À NOITE) —MANACÁ — QUITOCOTemos também muitas outras, que sãofacilmente reconhecidas pelo seu odor ou perfumedesagradável ou sem cheiro.Estas ervas podem ser usadas em banhos, quaissejam:A-1) Banhos de Elevação ou LitúrgicosSão banhos utilizados por médiuns já Iniciados,aqueles que são considerados prontos ouprestes a sê-lo. O porquê de assim ser é em

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virtude deste banho movimentar certasenergias de ordem psíquica, podendo trazersérios distúrbios se o médium que for usá-lonão estiver nas condições acima citadas.Este banho liga o médium com o seu EuInterior, fazendo-o elevar-se a níveissuperiores de consciência, sendo por issoelo de ligação com os mentores do ditomédium. O preparo deste banho é oseguinte: Escolher 3, 5 ou 7 qualidadesdentre as ervas indicadas, colhendo-asverdes, na Lua nova ou crescente, na horaplanetária da lua (vide adendo no final docapítulo), logo colocando-as em umavasilha de louça branca ou ágata.Após lavá-las bem, dentro ainda da horaplanetária lunar, adicionar na* O Caboclo Sr. 7 Espadas referiu-se a yantra como uma "Dança Cósmica", a movimentação das Linhas de Forças, as quais estãoexpressas no Ponto Riscado, na Lei de Pemba.216A) Cor Vibratória AmareloB) Mantra HabaC) Geometria Sagrada RetaD) Número Sagrado 2E) Signo Zodiacal CâncerF) Astro Regente LuaG) Dia Propício 2a FeiraH) Força Sutil HídricaI) Elemento — Energia Água; Energia MentalJ) Ponto Cardeal Oeste; SudoesteL) Metal PrataM) Mineral Ágata; cristais leitososN) Neuma Q MUUÊÁÁ0) Horário Vibratório Das 18 às 21 horasP) Letra Sagrada associada ao Signo Zodiacal HQ) Letra Sagrada associada ao Astro Regente BR) Vogal Sagrada AS) Essência Volátil Líquida VerbenaT) Flor Sagrada Rosas brancasU) Erva Sagrada PanacéiaV) Erva de Exu BananeiraX) Arcanjo Tutor RafaelY) Chefe de Legião Cabocla YaraZ) Exu Guardião Indiferenciado Exu Pomba GiraCAPÍTULO XIvasilha água do mar ou de mina, enfim, água pura.Após a colocação da água na vasilha, acende-se umaluz de lamparina sobre uma mesa (a lamparina dentrode um pentagrama — r) em louvor à Vibração de

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Yemanjá. Inicia-se então a trituração das ervas, sendoessa feita com as mãos bem limpas (limpas comálcool) e com a corrente de pensamentos o mais puropossível.Após a trituração, coa-se, retirando o resto dasfolhas, estando o sumo pronto para ser usado, sepossível dentro ainda da hora favorável da Lua.Para se usar o banho de elevação, toma-seprimeiro o banho de higienização física. Logo aseguir, toma-se esse banho passando pela cabeça,fato esse primordial. Deve-se, se possível for, ficarde costas para o cardeal oeste ou leste (absorção deforças, energias), respirando-se lenta eprofundamente. Não se enxugue por um período de 3minutos, para que possa haver plena transfusão eprecipitação de elementos de ordem mental, astral efísica. Repetir esse banho sempre que sentir essanecessidade, ou quando for para a sua "sessão". Casofique difícil ao Filho de Fé, mesmo depois dasexplicações que daremos no final do capítulo arespeito das horas planetárias, tome-se o banho deelevação dentro do horário vibratório de Yemanjá,que é das 18 às 21 horas, podendo-se tomar tambémna segunda-feira, que é o dia da Vibratória deYemanjá.A-2) Banho de Desimpregnação ouDescargaA finalidade precípua deste banho é deslocar oueliminar as cargas negativas que ficam agregadas noaura ou corpo etérico do indivíduo, combatendomormente os males que afetam a sua organizaçãoastroetérica influindo na parte psicoemotiva do Ser epodendo acarretar graves distúrbioscardiocirculatórios e as chamadas doençaspsicossomáticas.A colheita e preparação das ervas segue osmoldes do litúrgico. Uma vez lavadas, colocamos aservas na vasilha de louça branca, com a vela e opentagrama. Acrescenta-se água fervente e espera-seesfriar. Após o banho de higienização, o indivíduovolta-se para o ponto cardeal sul e toma o banho deervas do pescoço para baixo, colocando sob os péspequenos pedaços de carvão, que fixarão as cargasque as ervas deslocarem.Com o Aura limpo, o indivíduo torna-se menossuscetível a contrair doenças de origem psicogênica(asma, dermatoses, problemas articulares,enxaquecas, verrugas e até certas disritmias cerebrais,as quais são tachadas de "pequeno mal") ou mesmoas mais graves. É até normal indivíduos com esses

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tipos de sobrecargas terem muitos problemashormonais tais como: obesidade, diabetes,transtornos do metabolismo lipoprotéico e atégonadal e outras tantas doenças de difícil diagnósticoe terapêutica pela Medicina oficial ou acadêmica.Mas voltando ao banho de descarga, após omesmo ser tomado, os detritos das ervas devem serretirados do corpo após 1 a 3 minutos, devendo sercolocados em algum recipiente de vidro (isolante),juntamente com o carvão, devendo ambos ser"despachados" em água corrente, sem o vidro, éclaro.A-3) Banho de Fixação ou RitualísticoEste banho é de caráter essencialmentemediúnico, visando precipitar em maior abundânciafluidos etéreo-físicos do médium. Leva em suacomposição ervas de Vibração Original do médium eda Vibração Original da Entidade atuante, no casodessa ser diferente da do médium.Se forem iguais, as ervas serão somente daVibração de Yemanjá, sendo o banho preparadocomo se fosse de elevação. Caso as VibraçõesOriginais sejam diferentes, o banho ritualístico teráervas da Vibração Original do médium misturadascom as da Vibração Original da Entidade atuante, naproporção de 2:1, sendo preparado na mesma vasilhade louça branca. Como neste caso a VibraçãoOriginal do médium é Yemanjá, as ervas serão todascolhidas em uma hora favorável da Lua, na quinzenapositiva ou branca.Na preparação do banho deve ficar sobre a mesauma vela branca acesa dentro do hexagrama (e). Aotomá-lo, do pescoço para baixo e sem que as ervaspassem pelo corpo, o indivíduo volta-se de costaspara o cardeal oeste ou leste.217UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaB) Defumações*Nas defumações, as ervas que serão queimadasdevem ter sido colhidas na Lua nova ou crescente,numa hora favorável da lua, e postas para secar àsombra, ficando claro que só se queimam ervas secasno braseiro de barro. As defumações podem ser feitasem qualquer Lua ou horário, desde que a colheitatenha obedecido ao critérios citados.As ervas a serem usadas na quantidade de 1, 3, 5ou 7, devem neste caso ser misturadas com casca delimão. Esta defumação serve também paradescarregar uma "gira de terreiro", o ambientedoméstico, etc.

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No caso do indivíduo querer revitalizar-se,deverá queimá-las numa hora favorável da Lua, depreferência no horário diurno, voltando-se para oponto cardeal oeste ou leste, recebendo a fumaça pelafrente e pelas costas, também usando as luzes develas vermelha, amarela e azul para revitalizarrespectivamente os organismos físico, astral emental, tudo debaixo de orações e correntes depensamentos condizentes com o ato.C) Essências Sagradas*Esses banhos deverão ser usados em qualquer faseda Lua e em qualquer horário, passandoobrigatoriamente pela cabeça. Seu preparo e usoobedece os critérios da pág. 181, com mentalizaçãoda cor amarelo-pálido.As essências que mais se harmonizam com aVibração de Yemanjá são: verbena, açucena, rosa,etc.9. LEI DE PEMBA — IDENTIFICAÇÃOAs Entidades atuantes na Corrente Astral deUmbanda dividem-se em 3 planos: o dos Orishas, odos Guias, o dos Protetores. Na Lei de Pemba asEntidades podem se identificar num desses 3 planos.Vejamos os sinais de Yemanjá.a) A Banda ou Vibração-Forma é a de Caboclos, cujaflecha é curva.Vide explicações pág. 181b) A Chave — identifica a Vibração Original.c) A Raiz — identifica o plano da Entidade, asOrdens e Direitos, tipos de trabalho, movimentos,etc.Resumamos:YEMANJÁ — LEI DE PEMBA* As defumações relativas ao corpo mental são: para os nativos de Câncer: benjoim, mirra e verbena. As essências que aconselhamospara os Filhos de Yemanjá, principalmente: para mulheres — essência de rosas; para os homens — essência de verbena.218CAPÍTULO XI10. EXU GUARDIÃO DA VIBRATÓRIA DEYEMANJÁOs 7 Orishas Menores têm seus Emissários daLuz para as Sombras, os Exus Guardiães, que sãoserventias e elemento de ligação com cada um deles.Assim, temos:CABOCLA YARA EXU POMBA-GIRACABOCLA ESTRELA DO MAR EXU CARANGOLACABOCLA DO MAR EXU MÁ-CANGIRACABOCLA INDAIÁ EXU NANGUÊCABOCLA INHASSÃ EXU MARÉ

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CABOCLA NANÃ-BURUCUM EXU GERERÊCABOCLA OXUM EXU DO MARDemos somente os Exus Guardiães que sãoserventias dos Orishas, sendo praticamenteimpossível citar o nome de todos os Exus Guardiãesdos Guias e Protetores.Bem, paciente e tolerante Filho de Fé e amigoleitor, expusemos de maneira simples, e aindausando a vestimenta (embora leve) das adaptaçõesnecessárias ao Movimento Umbandista daatualidade, os conceitos relativos, em sua parteesotérica, sobre as 7 LINHAS DA UMBANDA ouas 7 VIBRAÇÕES ORIGINAIS, que são a mesmacoisa. Após esses conceitos, precisamos fazerentender ao Filhode Fé que as 7 Vibrações Originais ou as 7 Linhasnão são independentes umas das outras, e sim queexistem profundos entrelaçamentos vibratórios entreelas, sabiamente coordenados pelas Leis do AstralSuperior.Esses entrelaçamentos vibratórios nos dão aentender que as 7 Linhas da Corrente Astral deUmbanda funcionam como um complexo veículo daLei Divina e que o movimento desse veículo é feito embloco, e não isoladamente, como a priori pode parecer.Assim, as 7 Vibrações Originais têm pontos emcomum umas com as outras, naquilo que chamamosde intermediação vibratória coordenada. Essaintermediação vibratória coordenada coloca o sistematodo em movimento; é como se as 7 VibraçõesOriginais fossem ligadas umas às outras por elos, sendoesses elos os intermediários de uma Vibração para aoutra, e vice-versa.O Filho de Fé pesquisador e perquiridor já deveestar entendendo quanto são grandes, em movimentosde forças espirituais, os entrelaçamentos coordenados,razão de ser da Proto-Síntese Relígio-Científica.Vejamos pois, de maneira bem objetiva, comofuncionam esses entrecruzamentos ou entrelaçamentosvibratórios entre os Orishas Menores, Guias eProtetores das 7 VIBRATÓRIAS ou 7 LINHAS DAUMBANDA DA ATUALIDADE.219UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaVibração Original de Orixalá e suas Intermediações ou EntrelaçamentosVibratórios Coordenados220CAPÍTULO XIVibração Original de Ogum e suas Intermediações ou EntrelaçamentosVibratórios Coordenados

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221UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaVibração Original de Oxossi e suas Intermediações ou EntrelaçamentosVibratórios Coordenados222CAPÍTULO XIVibração Original de Xangô e suas Intermediações ou EntrelaçamentosVibratórios Coordenados223UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaVibração Original de Yorimá e suas Intermediações ou EntrelaçamentosVibratórios Coordenados224CAPÍTULO XIVibração Original de Yori e suas Intermediações ou EntrelaçamentosVibratórios Coordenados225UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaVibração Original de Yemanjá e suas Intermediações ou EntrelaçamentosVibratórios Coordenados226CAPÍTULO XINeste instante, o Filho de Fé adrede preparado, omesmo acontecendo com o leitor amigo, deve terpercebido o quanto são sábias e benevolentes as LeisSuperiores, pois nos Entrelaçamentos Vibratóriosobservamos que na Corrente Astral de Umbanda setrabalha em conjunto, mesmo sabendo-se que cadaLinha ou Vibração Original tem uma tarefa especial,mas que pelas intermediações ficam quaisquerVibrações aptas a desempenhar quaisquer funções.Esses Entrelaçamentos, em primeiro plano, sãoos do Karma. São Entrelaçamentos Propulsores deAções e Reações, tudo visando à evolução e, é claro,ao progresso de todos. Com o ressaltado, fica claroque a Umbanda não é esta ou aquela Linha emseparado, mas sim o conjunto harmônico de suaspuras vibrações que a todos envolvem.Bem, o que nos tínhamos proposto a mostrar,mostramos, faltando somente algumas pequenasinformações para, sem perda de tempo, entrarmos noconceito de Linhas aceito pela maioria dos Filhos deFé encarnados no atual momento do MovimentoUmbandista, e em seguida mostrarmos comofunciona o horário vibratório dos Orishas, dandonesse momento alguns conceitos sobre o que sejamos ORISHAS.Dentro dessas 7 Faixas ou Vibrações Espirituais,além dos Orishas Menores, temos os Guias eProtetores, os quais obedecem o Entrelaçamento

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Vibratório do Orisha Menor. Exemplo:O Caboclo Xangô Pedra Preta é XANGÔ, sendointermediário para a Vibração Original de YORIMÁ.Assim, todas as Entidades Espirituais que estãodebaixo do comando vibratório de Xangô PedraPreta serão intermediárias de XANGÔ paraYORIMÁ, assim acontecendo em qualquerVibratória com os 42 Orishas Menores.Até o presente momento, expusemos aos Filhosde Fé o conceito sobre as 7 Linhas ou as 7 VibraçõesOriginais segundo os arquivos das Escolas Iniciáticasdo Astral Superior num Templo-Sede que no linguajarde "terreiro" denomina-se Aruanda — ou TemploCósmico.Deixemos agora esses conceitos buscados em suafonte original para sentirmos como as grandesmassas populares que acorrem aos terreirosentendem as 7 Linhas, que por lá chamam de os 7Orishas ou 7Linhas mesmo, não conhecendo o termo VibraçãoOriginal nem como sinônimo de linha.Assim é que, na Augusta Confraria do Astral,achou-se por bem permitir que os vários Filhos de Féque chegaram e continuam chegando aos terreirosnão tivessem muitas arestas a aparar naquilo quetinham como concepção religiosa. Na verdade, agrande maioria não tinha arraigamento religiosonenhum, visto, via de regra, nunca se interessarem. Éclaro que há as exceções, como aquelas condiçõesespecialíssimas, tais como compromissos sociaisinadiáveis ou mesmo para fins de acompanhamentode segmento social, ou seja: se para a sociedade ébom ser... então serei... Mas num determinadoinstante da vida terrena, vêm as dores, as provas, osduros embates interiores, e é neste exato momentoque se sente que precisamos de religiosidade antes dereligião. Mas como fazer? É aí que muitos e muitosFilhos inexperientes correm em vários terreiros naânsia de buscar a melhora, o conforto e o remédio.Tudo o que no terreiro buscam, vão encontrar elentamente, muito lentamente, não nos importandoque demore algumas encarnações, vamos esgotando aimaturidade de muitos Filhos de Fé, mas que já seencontram sob nosso controle. Assim, muitos deleschegam à Umbanda e lá ficam, não cogitando se oque fazem é o melhor ou se poderiam evoluir mais.Não. Estacionam, já acham que está bom. É comomuitos dizem: para que saber mais? Quem procurasaber muito fica só pensando nisso e acaba louco! É,Filho de Fé consciente e estudioso, há muitos Filhos

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nossos que ainda pensam assim! Aguardemos otempo, ele é Mestre! Mas já nesses meiosconseguimos grandes vitórias e muitas outras estãoprestes a serem conseguidas. Aliás, todas as lutas daCorrente Astral de Umbanda se prendemfundamentalmente a esses Filhos de Fé e suasconcepções sobre as Coisas Divinas ou do espiritual.Nosso alvo são eles; queremos elevá-los a níveisconscienciais mais condizentes com o 32 milênio, queestá nos calcanhares de todos nós. Hoje somosinfinitamente melhores do que fomos ontem, eamanhã, se trabalharmos duro (e vamos trabalhar),seremos infinitamente melhores que ontem e hoje.Grandes arestas de ordem humana e do astral inferiorestão sendo aparadas; não queremos ferirconsciências, mas sim curá-las — as que estãodoentes, é claro.227UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaAssim é que, a esses locais, os ditos terreiros semnenhum direcionamento doutrinário, é que acorremos indecisos ou os não posicionados em questãoconsciencial religio-filosófica. Não entendendo a simesmo, fica muito difícil entender o que se processa,se é que se processa alguma coisa num dessesterreiros: uma coisa eles sabem: falam de Deus, têmuma imagem de Jesus (que logo chamam de Oxalá),que dizem ser Deus (confusão devido ao catolicismopregar a Santíssima Trindade, sendo Jesus, uma das 3pessoas que compõem o Deus-Pai), além de muitosoutros santos e santas católicos, misturados comimagens de supostos Pretos-Velhos, Caboclos,Crianças e outras mil formas. Muitos Filhosperguntarão:— Isso não é para fazê-los mais próximos de seusantigos cultos religiosos? Mas, por outro lado, essasituação não causa grandes traumas ou confusões?— Essa é uma parte da verdade; é uma formasimples, aparentemente ingênua, de atraí-los para ocaminho espiritual. Disse aparentemente, pois hásutilíssimos mecanismos psicológicos e anímicosatravés desta forma de abarcamento. A outra parte daverdade é que muitos dos que vão a esses terreiros, agrande maioria, não conhecia praticamente nada decultos e de doutrina nas religiões de que vieram. Têmvagas recordações e encontram no terreiro o 1ºmomento 'Vontade, algo importantíssimo para o seuespiritual, de Conhecer e de ter fé. Isso nasce nointerior do Ser e muitas vezes demora para tornar-seconsciente, ficando para o subconsciente. Mas já é

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um grande passo dado à frente e ao alto. O que nãoconseguiram fazê-lo nos seus cultos de origem,tentam fazer nos terreiros, mesmo porque até separecem, pois têm santos, santas, cruzes, incensos e oque é melhor, se antes era difícil falar com o sacerdote,agora, no terreiro, existe a assistência direta do Paide-Santo, que é para esses Filhos uma espécie desalvador, o sacerdote que eles precisam! Quandodisse sacerdote, não importa o grau cultural oumesmo espiritual desse Pai-de-Santo. É por seuintermédio que as pessoas tentam adquirir fé ebuscam achar-se em suas vidas e em seus espirituais.Perguntará o Filho de Fé: — Mas há os Pais-de-Santoaproveitadores dessas situações. E então...?Há sim, pois, dentro de um movimento queabarca milhões de pessoas, deverão surgir osaproveitadores. Mas no decorrer do tempo elesdesaparecerão. Aliás, já estão desaparecendo. Nãovamos, por causa de mil, dizer que milhões sãoaproveitadores. Os que são, grandes tormentas osaguardam neste e no outro lado da vida. É da Lei,meu Filho, que "quem deve paga, quem merece éporque nada deve".Mas, voltando ao terreiro e deixando de lado osaspectos sombrios das humanas criaturas, que aliásexistem em todos os setores, não só no MovimentoUmbandista, encontramos o terreiro como um órgãoadaptador de consciências. Assim é que, seperguntarem a um querido Filho de Fé que freqüenteesses terreiros quais são as Linhas de Umbanda, amaioria deles não vai saber dizer; vão dizendo osnomes, mas em verdade não conhecem significados,funções, quem trabalha nelas, o porquê de assim ser.O que sabem é que vão às sessões e recebem oCaboclo, o Preto-Velho, a Criança e Exus (estamosexemplificando a vivência popular do atualMovimento Umbandista). Sabem que existe a Linhados Caboclos, dos Pretos-Velhos, das Crianças, dosOgum, dos Xangô, Oxum, Inhassã, Nanã, Oxalá,Obaluaê (assim eles falam), Yemanjá, a Senhora doMar, e outros. Enfim, misturam roupagens fluídicascom as 7 vibrações. Por exemplo: quando dizemCaboclos, estão especialmente falando de Oxossi,pois para eles Oxossi é o Rei das Matas, é o Caçador.Então Ele, Oxossi, é Caboclo, e é São Sebastião. —Como? — deve estar perguntando o Filho de Fé nãoacostumado com o sincretismo.Sim, nessas cabanas, as Entidades do astralsuperior usam de alimentos psíquicos, por meio deanalogias simples, para que no futuro esses Filhos de

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Fé estejam já fortalecidos em seus conceitos maispuros e mais sutis. Tudo deve ser cautelosamenteanalisado e estruturado, visando elevar cada vezmais o espiritual desses Filhos de Fé ainda muitodistanciados das Leis mais simples do universo.Assim é que fazemos adaptações, visandointerpenetrar o mental e o coração dos vários Filhosde Fé, isso de maneira suave e serena, semagredirmos ou coagirmos o indivíduo. No capítuloem que falarmos sobre a Umbanda e suasramificações, explicaremos detalhadamente o queaqui falamos superficialmente. Mas vamos então às 7Linhas que as massas populares mais aceitam e,portanto, mais estão particularizadas aos terreiros deUmbanda onde228CAPÍTULO XIainda não chegou a doutrina do astral superior, queseguramente logo estará chegando, pois as Entidadesafins a essas casas já estão começando, da maneiraque podem e segundo os graus de consciências dashumanas criaturas que acorrem aos seus terreiros, alançar seus verdadeiros conceitos.As 7 Linhas da Umbanda, para a grande massa deFilhos de Fé umbandistas, são:1. OXALÁ sincretizado com JESUSCRISTO, que eles chamam deNosso Pai Oxalá.2. YEMANJÁ sincretizado com NOSSASENHORA, que eles chamam de ARainha do Mar.3. OGUM sincretizado com SÃO JORGE,que eles dizem ser GuerreirosRomanos.4. OXOSSI sincretizado com SÃOSEBASTIÃO, que eles dizem serO Povo da Mata.5. XANGÔ sincretizado com SÃOJERÔNIMO, que eles dizem ser OPovo da Cachoeira.6. LINHAS (alguns falam, como os africanos,DAS IBEJIS ou ERÊS)CRIANÇAS sincretizado a SÃO COSME eDAMIÃO, que chamam LINHADAS CRIANÇAS, ou dosCandengos.7. LINHA que sincretizam com SÃODOS CIPRIANO, dizendo ser a LinhaAFRICANOS dos Pretos-Velhos Escravos, quemuito evoluíram quando de sua

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passagem através da escravidão.Falam também de alguns outros Orishas, mas semmuito conhecimento de causa, citando OXUM,IANSÃ, NANÃ, OBALUAÊ e outros, mas que nãodizem ser Linhas; citam também: baianos, boiadeiros,marinheiros, povo do Oriente, etc.Resumamos esquematicamente:LINHA COR DE LINHA SINCRETISMO ENTIDADES1.Linha deOxaláBranco ou Roxo Jesus Santos e santas — EspíritoSanto2.Linha deYemanjáAzul/branco ou só Azul-claro N. Senhora daConceiçãoSereias, Caboclos,Marinheiros, etc.3.Linha deOgumVermelho/Branco ousó Vermelho São JorgeGuerreiros romanos,gauleses, japoneses,mongóis, etc.4.Linha deOxossiVerde/Branco ou só Verde São Sebastião Índios5.Linha deXangôMarrom/Branco ou só Marrom São Jerônimo Alguns são índios, outrossão de várias procedências6.Linha dasCrianças(Ibejis)Azul/Rosa, Amarelo ou sóRosaSão Cosmee DamiãoCrianças desencarnadasquevêm "no reino" para brincare ajudar as pessoas7.

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Linha dosAfricanosPreto/Branco ou contas deLágrimas-de-nossa-senhoraSão Ciprianoou SãoLázaroPretos e pretas-velhas,escravos, mandingueiros ealguns até feiticeiros229UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaNesse resumo demos o básico, ficando para oCapítulo XIII o aprofundamento que já citamos.Quando citamos sincretismo, os Filhos de Fé verãoque demos o mais aceito, embora haja diferenças deregião para região. Mas, na Umbanda que atende asgrandes massas populares, em geral mantêm-se osnomes que demos. Mudam quando há misturas, taiscomo o Candomblé, Catimbó, Toré, Xambá,Babassuê, Toque de Mina, Canjerê, Quimbanda, etc.Nós estamos falando aqui, sobre essas Linhas devivência na Umbanda, em suas 2 faces: a Iniciática ea destinada às grandes massas, que no momento, semdúvida, é a de maior utilidade, claro que se apararmosalgumas de suas arestas. Para isso, é necessário contarcom o socorro da Umbanda Iniciática, na qual naverdade, entre outras de suas funções, está a de servirde alimento doutrinário para a Umbanda do futuro.O mais importante é que tudo no momento éMovimento Umbandista, o qual visa restaurar overdadeiro Aumbandan, a Proto-Síntese Cósmica.Após rápidas palavras sobre o conceito populardas 7 Linhas ou 7 Vibrações Originais, falemos eentendamos muito humildemente o conceito sobreORISHA.Já vimos que o vocábulo ORISHA é umatransformação do vocábulo primeiro Araxá, que era adenominação dada aos Senhores da Luz, aos Senhoresde uma Faixa Vibratória Espiritual, em que diversosSeres Espirituais, por afinidade vibratória, ficamdebaixo de seu beneplácito.Aqui, para o presente momento, vamos dizer queos Orishas Originais ou Virginais são os detentoresda Coroa Divina, ou seja, os 7 Espíritos de Deus, eisso no Universo ou Cosmo Espiritual.Sem darmos as outras seqüências da Hierarquia,diremos que aqui no planeta Terra e em nossosistema, esses Orishas Virginais são representadospelos Orishas Intermediários, e esses por sua vez

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pelos Orishas Ancestrais.ORISHAS VIRGINAISda Luz. Bem, para terminarmos nossa longaconversa sobre as 7 Linhas, falta-nos explicar ohorário vibratório dos Orishas, deixando a cargo domédium de que nos servimos a explicação do cálculodo horário planetário, no fim deste capítulo.No decorrer deste capítulo, já demos noçõessobre o horário vibratório dos Orishas, faltandosomente as explicações finais sobre o conceito.Vimos aqui o círculo vibratório, o qual foidividido de 45° em 45°. O nosso 0o inicia-se noponto da meia-noite. De 45° em 45° corresponde umperíodo de tempo de 3 horas; cada conjunto de 3horas está diretamente particularizado esupervisionado por uma das 7 Vibrações Originais.Dentro de cada vibração original, ou seja, do períodode supervisão dessa vibratória, fazemos uma divisãoem 7 períodos, correspondendo cada período aoOrisha Menor correspondente.Como cada faixa vibratória, no círculo, tem 3horas ou 45°, cada Orisha Menor não intermediárioocupa um período de 30 minutos, tendo os demaisum período de 25 minutos cada um. Assim, vejamos:230Horário Vibratório dos OrishasORISHAS ANCESTRAISORISHAS INTERMEDIÁRIOSNa atualidade, o Orisha é o Senhor da Luz, oGuia é o Refletor da Luz e o Protetor é o ExecutorCAPÍTULO XIOGUM 45° a 90° 3:00 às 6:003:00 — 3:30 — CABOCLO OGUM DE LEI3:30 — 3:55 — CABOCLO OGUM ROMPE-MATO3:55 — 4:20 — CABOCLO OGUM BEIRA-MAR4:20 — 4:45 — CABOCLO OGUM DE MALÊ4:45 — 5:10 — CABOCLO OGUM MEGÊ5:10 — 5:35 — CABOCLO OGUM YARA5:35 — 6:00 — CABOCLO OGUM MATINATAEXU 0° a 30° 00:00 às 3:000:00 — 0:30 — EXU 7 ENCRUZILHADAS0:30 — 0:55 — EXU TRANCA-RUAS0:55 — 1:20 — EXU MARABÔ1:20 — 1:45 — EXU GIRA-MUNDO1:45 — 2:10 — EXU PINGA-FOGO2:10 — 2:35 — EXU TIRIRI2:35 — 3:00 — EXU POMBA-GIRAOXOSSI 90° a 135° 6:00 às 9:006:00 — 6:30 — CABOCLO ARRANCA-TOCO6:30 — 6:55 — CABOCLO COBRA CORAL

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6:55 — 7:20 — CABOCLO TUPYNAMBÁ7:20 — 7:45 — CABOCLA JUREMA7:45 — 8:10 — CABOCLO PENA BRANCA8:10 — 8:35 — CABOCLO ARRUDA8:35 — 9:00 — CABOCLO ARARIBÓIAORIXALÁ 135° a 180° 9:00 às 12:0009:00 — 09:30 — CABOCLO URUBATÃO DA GUIA09:30 — 09:55 — CABOCLO GUARACY09:55 — 10:20 — CABOCLO GUARANY10:20 — 10:45 — CABOCLO AYMORÉ10:45 — 11:10 — CABOCLO TUPY11:10 —11:35 —CABOCLO UBIRATAN11:35 — 12:00 — CABOCLO UBIRAJARAYORI 180° a 225° 12:00 às 15:0012:00 — 12:30 — TUPANZINHO12:30 — 12:55 —YARIRI12:55 —13:20 — ORI13:20 — 13:45 — YARI13:45 — 14:10 — DAMIÃO14:10 —14:35 — DOUM14:35 —15:00 — COSMEXANGÔ 225° a 270° 15:00 às 18:0015:00 — 15:30 — CABOCLO XANGÔ KAÔ15:30 — 15:55 — CABOCLO XANGÔ PEDRA-PRETA15:55 — 16:20 — CABOCLO XANGÔ 7 CACHOEIRAS16:20 — 16:45 — CABOCLO XANGÔ 7 PEDREIRAS16:45 — 17:10 — CABOCLO XANGÔ PEDRA-BRANCA17:10 — 17:35 — CABOCLO XANGÔ 7 MONTANHAS17:35 — 18:00 — CABOCLO XANGÔ AGODÔYEMANJÁ 270° a 315° 18:00 às 21:0018:00 — 18:30 — CABOCLA YARA18:30 — 18:55 — CABOCLA ESTRELA DO MAR18:55 — 19:20 — CABOCLA DO MAR19:20 — 19:45 — CABOCLA INDAYÁ19:45 — 20:10 — CABOCLA INHASSÃ20:10 — 20:35 — CABOCLA NANA BURUCUM20:35 — 21:00 — CABOCLA OXUMYORIMÁ 315° a 360° 21:00 à 00:0021:00 — 21:30 — PAI GUINE21:30 — 21:55 — PAI CONGO D'ARUANDA21:55 — 22:20 — PAI ARRUDA22:20 — 22:45 — PAI TOME22:45 — 23:10 — PAI BENEDITO23:10 — 23:35 — PAI JOAQUIM23:35 — 00:00 — VOVÓ MARIA CONGAAo encerrarmos o horário vibratório ou o círculomágico vibratório, é necessário que se diga que omesmo é utilíssimo para o médium-chefe responsávelque melhor queira favorecer um de seus Filhos de Fépor meio de um profundo levantamento, pois nesse

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horário encontrará subsídios importantíssimos.Também é útil quando necessitamos preceituarritualisticamente a Natureza, nas ditas oferendasritualísticas. Nós, Seres Espirituais presos ainda àsnoções do tempo e espaço, encontramos nessehorário vibratório excelente bússola norteadora paraque nossos empreendimentos sejam vitoriosos.Os Iniciados devem estar estranhando nós termosdado o horário de Exu da meia-noite às 3 horas, masfrisemos que esse horário obedece somente os sinaisde pemba corretos, ordens do Orisha ao Exu que sequeira dentro de sua hora afim — quando o galocantar, como se diz na gíria de terreiro.Assim, esse horário dos Exus está dentro doperíodo da desimpregnação vibratória do planeta,pois da zero às 3 horas o planeta está em expiação,expurgando tudo, principalmente para as zonassubcrostais. Portanto, querer usar o horário dessesExus para fins negativos ou em detrimento dealguém é atirar-se de encontro ao MUNDO dastrevas, em zonas subabismais. Portanto, não faças oque não sabes! Tanto isso é real, que o período deExu é precedido pelo Senhor da Palavra da Lei,Yorimá, e sucedido por Ogum, o Senhor das Lutas edas Demandas. Como já disse, existe um horárioparticularizado para os Exus que não esse que demos,mas como é ele de uso exclusivo dos médiunsmagistas,deixaremos para eles, com sua Iniciação,no interior do Templo. È só.Assim, Filho de Fé, após as 7 VibraçõesOriginais, vamos sem perda de tempo à Hierarquiada Umbanda e sua Numerologia Sagrada.231UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaTRIPLICIDADESCHAVES DE COMANDO232Umbanda e sua Hierarquia — Hierarquia Divina —Hierarquia no Cosmo Espiritual — Hierarquia no ReinoNatural — Hierarquia Galática — Hierarquia Solar —Numerologia Sagrada — Os Números: AspectosGeométricos e Qualitativos233

ilho de Fé, após nossos apontamentos ligeiros sobre as 7 Linhas ou Vibrações Originais, abordemos agoraa HIERARQUIA dentro da Corrente Astral de Umbanda, iniciando nossos estudos pela Hierarquia doCosmo Espiritual, até chegarmos ao nosso planeta.

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No capítulo em que tratávamos da Deidade ou Divindade Suprema, dissemos que no Cosmo Espiritualexistia, como realidade única, o Ser Espiritual em consciência, percepção, inteligência, etc. Nesse mesmoCosmo Espiritual havia uma realidade acima de todos os Seres Espirituais, sendo essa a realidade absoluta, oSupremo Espírito, o Qual denominamos, sem defini-lo ou limitá-lo, como Deus. Assim, nesse CosmoEspiritual, a Suprema Luz Espiritual estende suas Vibrações Espirituais aos primeiros 7 Puros Espíritos, nachamada Coroa Divina, ou seja, aquelas Potestades de Sublime Luz que estendem suas Vibrações a todos osSeres do Cosmo Espiritual. São os 7 Espíritos Virginais por nós denominados ORISHAS VIRGINAIS.Ainda no Cosmo Espiritual ou Reino Virginal, esses 7 Orishas Virginais estendem suas Vibrações àquelesque seriam Senhores e Reguladores do Karma Causal e toda sua sistemática evolutiva, inimaginável para nós;Arcano Divino de domínio único da Deidade. Seriam pois os Senhores das Causas do Karma Causal, sendodenominados ORISHAS CAUSAIS. Eram e são reguladores daqueles que tinham superado o Enigma Causalpor cima, fazendo-os ascender na escala evolutiva dentro do karma causal, a qual é infinita.Descendo na Hierarquia do Cosmo Espiritual, encontramos os Orishas Refletores. São Refletores da LuzEspiritual, dos Orishas do Karma Causal. São esses Orishas Refletores que preparam a via, condições e locuscósmicos para os Seres Espirituais que no Reino Virginal ou Cosmo Espiritual não conseguem superar oEnigma Causal, necessitando uma 2a Via de Evolução, naquilo que já explicamos como reino natural ouuniverso astral. Esses Orishas Refletores enviam suas Vibrações particulares aos chamados Orishas Originais,que são os Senhores do Karma Constituído, isso já no universo astral, sendo pois Senhores de todos os SeresEspirituais que desceram ao universo astral. Com esses ORISHAS ORIGINAIS inicia-se a HierarquiaCósmica ou do Universo Astral, sendo Eles, pois, os SENHORES DO UNIVERSO ASTRAL, os 7 EspíritosRepresentantes dos Orishas Refletores. Com esses 7 Orishas Originais inicia-se também a Lei que regula asrelações dos Seres Espirituais, agora astralizados, no Reino Natural, na energia diferenciada em seus 7estados. Esses mesmos Orishas Originais são os responsáveis não só pela aferição da descida, mas também dasubida ou ascensão, onde o Ser Espiritual desvincula-se de seus 7 veículos de manifestação do mundo dasenergias condensadas em vários níveis, ou de massa positiva, aniquilando-a pela passagem no mundo da

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energia de massa negativa ou antimatéria.Descendo ainda na Escala Hierárquica, teremos os ORISHAS SUPERVISORES. São esses 7 Espíritos que sãoos Senhores das Galáxias, coordenando toda a sistemática evolutiva dentro das mesmas. São as POTESTADESMÁXIMAS DAS GALÁXIAS, supervisionando as Leis Universais, as quais são aplicadas aos diversos sistemassolares através dos Orishas Intermediários, que são os Senhores dos Tribunais Solares, como são também osrepresentantes diretos do Verbo Divino, através dos Orishas Ancestrais, Senhores Detentores de toda aHierarquia Planetária. São as Potestades Máximas do Planeta. São os 7 Espíritos Planetários, difusores doVerbo Divino, sendo supervisionados pela Hierarquia Crística. Não nos esqueçamos que o CRISTO JESUS,da Hierarquia Crística Cósmica, é o Tutor Máximo de nosso planeta e, com toda a sua Hierarquia, supervisionaos 7 Orishas Ancestrais e todas as humanas criaturas que estão debaixo de suas Faixas Espirituais ou VibraçõesOriginais.235FUMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaOs 7 ORISHAS ANCESTRAIS (todos SeresEspirituais da pura Raça Vermelha), são aqueles queconhecemos em nossa Corrente Astral de Umbandacomo ORIXALÁ, OGUM, OXOSSI, XANGÔ,YORIMÁ, YORI e YEMANJÁ.Vimos anteriormente que os 7 OrishasAncestrais são também chamados de Senhores das 7Vibrações Originais, pois na verdade Elesrepresentam os Orishas Originais, aqui em nossacasa planetária.Resumindo e esquematizando o que explicamos,teremos:A DIVINDADE SUPREMA E A HIERARQUIA CONSTITUÍDAApós a representação esquemática de toda aHierarquia Divina, desde o Cosmo Espiritual até umplaneta do universo astral, entremos sem maisdelongas na Hierarquia da Umbanda, no MovimentoUmbandista da atualidade.Já vimos que os 7 Orishas ou Vibrações Originaisque conhecemos como Orixalá, Ogum, Oxossi,Xangô, Yorimá, Yori e Yemanjá são denominadosOrishas Ancestrais. Esses Donos Vibratórios de cadaLinha ou Vibração Original também promovem suasHierarquias dentro do planeta Terra e, em especial,no nosso caso, na Corrente Astral e Humana deUmbanda. Assim é que, dentro da Faixa VibratóriaEspiritual do Orisha Ancestral, temos 3 Planos que se

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subdividem em 7 Graus ou Vibrações descendentes.Desse modo, o Orisha Ancestral promove aHierarquia de lº Plano. Chamemos essas Entidades deOrishas, pois são Senhores da Luz, Luz comoEvolução, Sabedoria, Amor e Conhecimento,relativos ao nosso sistema planetário. Esses Orishas,Entidades de lº Plano dentro da Faixa Vibratória doOrisha Ancestral, subdividem-se em 3 Graus. OOrisha de236CAPÍTULO XII7º Grau é o chamado chefe de legião. O Orisha de6º Grau é o chamado chefe de falange. O Orisha de5º Grau é o chamado chefe de subfalange. EssasEntidades são pois as Detentoras da Luz. No2º Plano, que só tem um Grau, o 4º Grau, chamamosas Entidades de Guias, os quais são os Refletores daLuz dos Orishas. É o chamado chefe de grupamento.No 3º Plano, que como o 1º Plano subdivide-se em3 Graus, 3º, 2º e 1º Graus, chamamos as Entidadesatuantes de Protetores, que são os Executores da Luz,os chamados integrantes de grupamentos. Assimtemos:Dentro de uma Faixa Vibratória, ou da Faixa doOrisha Ancestral, temos assim posicionados os 3Planos e os 7 Graus.Como veremos ainda neste capítulo, esses 3Plano se associam também com o grau mediúnicodas humanas criaturas, veículos de EntidadesEspirituais que militam na Corrente Astral deUmbanda. Médiuns de karma missionário ou iniciadossuperiores têm como Entidades Espirituais dirigentesde seu mediunismo as Entidades de lº Plano ouOrishas, quer no 7º, 6º ou 5º Grau, dependendo doevolutivo alcançado pelo médium Iniciado. Esses,quando recebem a assistência de Entidades no Planoou Orisha de lº Grau, positivamente podem serchamados de Médiuns-Magistas Superiores ouBabalawô (Babá — Pai; Awô — vem de Raô, assim,o termo correto seria Babaraô, termo que já vimosquando falamos sobre os Ifaraô, Awô — Mistério,Segredo, Luz, portanto Mago). São tambémchamados de Mestres deIniciação, pois são os únicos que podem iniciar,ordenar e consagrar, estendendo a cobertura astralsobre um Filho de Fé, dando-lhe condições paraseguir sua tarefa, seja ela qual for, desde a maissimples até a mais completa, ou seja, a de ser umMestre de Iniciação de 7º Grau de 3º Ciclo eMédium-Magista ou Mago.

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Médiuns de karma evolutivo têm comoEntidade dirigentes de seu mediunismo as Entidadesde 2º Piano ou no 4º Grau, que é dos Guias. Sãotambém Iniciados, mas não são magos; podem sermagistas, isto é, receberam de seus Iniciadores aoutorga da manipulação leve de certosângulos da magia etérico-física.Aprenderam com seus Mestres deIniciação encarnados, ao contrário domago, que interpenetra as regiões doastral e os seus próprios arquivos vivos de váriasreencarnações, além de terem filiação direta com aConfraria dos Magos Brancos, Augusta Confrariasediada no 7º Plano do Astral Superior. Essesmédiuns poderiam na verdade ser chamados deBabarishi (baba — Pai; rishi —Sábio), nome que atualmentevulgarizou-se no termoBabalorisha, todos usando essegrau sacerdotal sem terem aqualificação e a cobertura precisa,que vem pelo astral superior pormeio de uma Entidade deprofundos conhecimentos. Como dissemos, essetermo hoje vulgarizou-se, sendo que muitos, bastandoabrir um terreiro, já se autodenominam deBabalorisha, quando não o fazem com o título deBabalawô. Neste exato momento, faz-se necessárioque esclareçamos que de maneira alguma essestermos são originários do solo ou astral africano. Já odissemos em capítulos anteriores, mas reafirmamosagora, que esses vocábulos são de origemAbanheenga, isto é, da pura Raça Vermelha. Tantoisso é verdade que aqui em terras do Baratzilpronunciava-se Tubabaraô. Perdeu-se o fonema tu,sendo pronunciado na Índia baba e na África, muito aposteriori, também babá (significando pai). Assim, comtodo o respeito que nos merecem os adeptos dosCultos de Nação Africana, que também dão aos seus237UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicasacerdotes o nome de Babalorisha ou Babalaxé e,raramente, Babalawô (não existem mais, nospraticantes dos Cultos de Nação, nem aqui no Brasile muito menos na África), achamos justo que se dê aorigem real desses termos, que como vimos são daRaça Vermelha, a qual surgiu primeiramente aqui noBaratzil. Veremos no capítulo que trata da iniciaçãoque o verdadeiro Mago, Babalawô ou Mestre deIniciação é conhecedor do verdadeiro Oponifá e da

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Lei de Pemba e esses raríssimos Babalawôs de altonível estão na Corrente Humana de Umbanda. Porora é só.No 3º Plano estão os médiuns de karmaprobatório, aqueles que são veículos das Entidadesno plano de Protetores, em seus diversos graus ousubgraus. Esses médiuns podem, quando têm em suacobertura astral um Protetor Superior, ser iniciado nospequenos mistérios e ter o comando vibratório de umtemplo em que basicamente são movimentados osaspectos da pura mediunidade e aspectos leves demagia, movimentados pelo Protetor Superior, nuncapelo médium sem aval. E óbvio que nesses terreirosos demais médiuns estão também debaixo de umkarma probatório e seus Mentores são auxiliares doProtetor Superior dirigente do terreiro. Não obstanteo plano em que se encontram os aparelhosmediúnicos (cavalos), todos podem passar pelosprocessos iniciáticos, mas de acordo com o grau deentendimento e segundo o alcance vibratóriomediúnicode cada um, o qual deverá ser seguido àrisca, para que não se danifiquem as estruturasmentoastrais do médium, o que sem dúvida traráprejuízos incalculáveis sobre sua constituiçãomentoastrofísica, podendo prolongar-se os danos poruma ou mais reencarnações. Colocar sobre as costasde alguém um peso para o qual o mesmo não veiopreparado a suportar é querer vê-lo afundarfragorosamente. Isso seria desumano e desleal;portanto, o critério, a caridade e o bom senso devemnortear os dirigentes na orientação e no preparoadequado daqueles que de fato sejam médiuns daCorrente Astral de Umbanda. Prepará-loscorretamente quer dizer dar condições a eles para quepossam exercer seu mediunismo em paz eserenamente, dentro de seu grau exclusivamente.Bem, esperamos ter deixado claro esses aspectos, queem futura obra particulardesdobraremos, embora voltemos a citar essesfatores quando falarmos sobre a Iniciação na SagradaCorrente de Umbanda, ainda nesta obra, em capítulofuturo.Relembrando então o que tentamos expor sobre amediunidade e sua hierarquia, esquematizaremospara melhor entendimento dos Filhos de Fé e doleitor amigo. Assim o fazemos para clarear oentendimento dos Filhos de Fé que peregrinam pelosmilhares de terreiros e cabanas, muito principalmenteaqueles que têm o comando vibratório, ou mesmoaquele que não tenha mas queira se inteirar das

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minúcias da hierarquia da Umbanda, adquirindoconhecimentos para melhor servir, pois Iniciação nãoé disputa, não é status e nem muito menos meio oufim para extravasar orgulho, vaidade ou egoísmo.Quem assim pensa e age seguramente está muitodistante da Iniciação e mais longe de ser umverdadeiro Iniciado. Iniciar-se deve ser o anseiodaquele que tem no Espírito o querer servirdesinteressadamente, pois tem respeito e amor peloseu semelhante. O Iniciado na verdade entende queseu conhecimento não é para ser ostentado, nemmuito menos para sobrepujar quem quer que seja,mas sim para servir e orientar seus irmãos aindadistanciados não só das grandes Verdades Universaismas das Verdades Elementares, que custam a serassimiladas pela grande massa popular. O verdadeiroIniciado é simples, humilde, nunca é soberbo e muitomenos vaidoso. Sempre acha que nada sabe e sealguma coisa sabe é por obra da Misericórdia Divinae sua Hierarquia. Quanto mais se é Iniciado, maisinteresse existe pelos simples e ignorantes. Busca oIniciado meios sinceros e verdadeiros de elevá-los aníveis superiores de consciência, fazendo isso demaneira simples e sem afetação. E, Filho de Fé,relembremos Oxalá, que como MAGO DOS MAGOS,não deixou de pregar para as grandes massaspopulares as Verdades Universais, como tambémfalava a seus discípulos mais diretos em linguageminiciática, visando preparar a continuação de suatarefa-missão. Após esses lembretes aos Filhos de Fé,façamos o esquema que dissemos que faríamos:• MÉDIUNS MISSIONÁRIOS — KARMAMISSIONÁRIO — assistidos pelos ORISHAS —São raros na atualidade do Movimento Umbandista238CAPÍTULO XII— São os chamados Mestres de Iniciação que têm aoutorga de manipular a magia etérico-física ou a altamagia, a teurgia, através de seus seletos e secretosrituais. Manipulam o Oponifá e Lei de Pemba ouGrafia dos Orishas, sendo portanto sacerdotes que podem ser denominados babalawôs — raríssimo — 1ou 2 na atualidade do Movimento Umbandista (o 2°está no ápice de sua Iniciação).* Além da incorporação, utilizamos suas outras faculdades, principalmente a sensibilidade psicoastral ou a clarividênciaapurada. São veículos de nossas instruções à coletividade umbandista. Não obstante nossa cobertura,são os mais visados pelas correntes das trevas e suashostes satanizadas, em virtude de se oporem às suas

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ações e trabalhos nefastos. São os verdadeiros médiuns-magistas, que quando no 7° Grau são denominados magos ou babalawôs.• MÉDIUNS EVOLUTIVOS — KARMAEVOLUTIVO — assistidos pelas Entidades no Graude GUIAS — Embora se encontrem em maiornúmero do que os médiuns de karma missionário,mesmo assim são raros, considerando-se o grandenúmero de médiuns na faixa umbandista e mesmo deoutros setores filomediúnicos. São também Iniciadosdentro de seus graus — são os sacerdotes de iniciação,que também poderiam ser chamados de verdadeirosbabalorishas (como dissemos, termo hoje em dia tãovulgarizado e adulterado em seu sentido real everdadeiro). Podem atuar em movimentos leves damagia astrofísica, sendo auxiliares diretos dos Mestresde Iniciação — Magos. Seus Templos são simples,sem ostentação. Usam do mediunismo real de quesão possuidores para incrementar a fé e a confiançanas humanas criaturas que acorrem aos seus terreiros.Seus trabalhos são positivos, pois os fazem comconhecimento de causa e invariavelmente dão certo,atraindo um número maior de crentes— que, a par de melhorar vão adquirindo conceitos mais puros e verdadeiros sobre a Corrente Astralde Umbanda.Há nesses terreiros doutrina para o corpomediúnico, com aulas, palestras, tudo visandoincrementar a evolução das humanas criaturasmédiuns, dando-lhes também condições de evoluir emelhorservir seu próximo através do aprimoramentomediúnico. Seus trabalhos e movimentos são levesmas eficientes. Há verdadeiros magos do astralassistindo-os. Muitos desses médiuns, pelos seuspróprios méritos, conseguem a outorga do astralsuperior para movimentar o magismo, credenciandosea receber a cobertura maior que vem pelo OrishaChefe da subfalange que ordena o Guia do tal ditomédium. Como dissemos, infelizmente ainda sãoraros no Movimento Umbandista da atualidade.Esperemos tranqüilamente, mas trabalhando, que elesaumentem em número, o que sem dúvida será umnovo marco de progresso e evolução para a nossacoletividade.Entendemos que de quarenta anos passados até osnossos dias atuais, muito progresso já foi conseguido,muitas arestas foram aparadas, muitos reforços deordem humana desceram através do reencarne.Vieram Seres Espirituais com tarefas determinadas,

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misturando-se no meio da massa umbandista e forameles que logo que puderam começaram a lançarconceitos que começaram a mudar a mentalidadeentão vigente. O processo é lento, mas contínuo, éuma tremenda luta da luz do entendimento contra astrevas da ignorância que ainda campeiam por essesterreiros afora. Mas como dissemos no início, emnossa primeira fase, a fase de Ogum, chamaríamos atodos e num futuro selecionaríamos. Estamos aindana fase do chamamento, mas já estamos lançando adoutrina através de uns e outros médiuns cujo karmaos qualifica como Missionários ou Evolutivos.• MÉDIUNS PROBATÓRIOS — KARMAPROBATÓRIO — assistidos pelas Entidades noGrau de PROTETORES — São o maior número decontingentes no Movimento Umbandista daatualidade. São auxiliares importantíssimos dosmédiuns evolutivos. Em geral, estão como auxiliaresnos terreiros, não obstante poderem também ter seustemplos. Quando têm seus templos, os mesmos aindanecessitam ter uma pequena amalgamação, ou seja, osincretismo ainda é vigente, mas sem desmandos.Seus médiuns sabem que as imagens que representamos Orishas servem para os crentes fixarem suas* Todos estão no Movimento Umbandista há mais de 20 anos.239UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicacorrentes mentais, pois ainda muitos deles nãoconseguem abstrair, precisando de imagens e estátuasque concretizem ou predisponham seus conscienciaisàs coisas do espiritual no terreiro. Usam a vestimentabranca e são muito simples em tudo que fazem. Seusmédiuns podem até usar guias sugestivas, mas nadade excessos. Não há atabaques nem palmas. Nunca háa tão famigerada e deletéria matança de animais, sejade 2 ou 4 patas, nem para o desmancho de trabalhos emuito menos para louvar seus Orishas ou Entidadesafins. Não confundi-los com os subplanos dessesterreiros, que em verdade são a grande maioria, a qualmistura muitos ritos ameríndios com os de origemafricana, atraindo muitos Seres do submundo astral,mas que mesmo assim, no futuro, alcançarão oentendimento de que só o Bem é definitivo e todos,direta ou indiretamente, encaminham-se para ele.Assim, o terreiro com comando vibratório de umProtetor, com seu médium em karma probatório é, emgeral, positivíssimo nos primeiros passos para todosaqueles que querem adentrar no conhecimento daCiência do Espírito. São transformaçõesimportantíssimas. São planos de transição mental,

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que seguramente vão mudar a postura da sociedadebrasileira; é só aguardarmos. Assim, damos muitaassistência e valor a esses terreiros, verdadeirasUnidades-Luz que iluminarão as consciênciasatormentadas e desorientadas, que amanhã serão osorientadores do futuro. Que Oxalá os abençoe atodos. Nosso saravá sincero pelo devotamento eabnegação, aos manos Protetores em seu trabalhoredentor. Que suas forças cubram seus Filhos de Fé.Oxalá já os acobertou e os abençoou de há muito.Bem, Filho de Fé, em linhassingelas vimos a Hierarquia daCorrente Humana afeita aoMovimento Umbandista daatualidade. Vejamos também, de forma bem simples,a Hierarquia relacionada com a NUMEROLOGIASAGRADA, referente à Corrente Astral deUmbanda. Como já mostramos, o número relacionasecom as próprias leis, sendo expressões delas. Tudoneste Universo obedece às qualidades e quantidades.Assim, vejamos os nú-* Apenas 6 Orishas são de intermediação dentro de uma tinha.meros da Corrente Astral de Umbanda, na certeza deque começaremos a entender suas sábias e imutáveisLeis.Iniciemos pelo Orisha Ancestral ou VibraçãoOriginal, que se expande em Planos e Graus.Exemplifiquemos uma Vibração Original eentenderemos as seis demais.* Em cada linha, como já vimos, temos 7 Orishasditos de Intermediação ou Menores.Exemplificaremos um deles, dentro de uma linha, eentenderemos os demais.1° PLANO — ORISHA MENOR7° Grau — Chefe de Legião................................ 16° Grau — Chefe de Falange ............................. 1 x 7 = 75° Grau — Chefe de Subfalange ....................... 7 x 7 = 49total ............ 572° PLANO — GUIA4° grau — Chefe de Grupamento 49 x 7 = 343total............... 3433° PLANO — PROTETOR3° Grau — ChefeIntegrante de Grupamento...............343 x 7 = 2.0412° Grau — SubchefeIntegrante de Grupamento..........2.041 x 7 = 16.8071º GrauIntegrante de Grupamento.... 16.807 X 7 = 117.649Total...........136.857Que o Filho de re entenda que expressamos

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apenas 1 Orisha de Intermediação (Orisha Menor) deuma Vibração Original.Vejamos pois o que encontraremos naNumerologia Sagrada do Orisha.Assim, temos no 1° Plano o número 3 — os 3graus em que se entrosam os ditos Orishas deIntermediação. É o Ternário Superior.No 2a Plano o número 1 — o único grau queexpressa a Vibração do Guia. Somado ao TernárioSuperior dá o Quaternário (3 + 1).2401º PLANO — ORISHA MENOR — 57: 5 + 7 = 12 = 1+2 = 32° PLANO — GUIAS — 343: 3 + 4 + 3 = 10 = 1+0 =13º PLANO — PROTETORES — 136.857:1 + 3 + 6 + 8 + 5 + 7 = 30 = 3 + 0 = 3CAPÍTULO XIINo 3° Plano temos também o número 3 — os 3graus em que se entrosam os Protetores. É o TernárioInferior. Se somado ao número 1 do Guia, voltamosao Quaternário, isto é, o Guia é o Intermediário entreas ordens de cima e as execuções por baixo.Se somarmos simplesmente o número querepresenta os Orishas com o número que representaos Guias e o número que representa os Protetores,teremos:3 + 1 + 3 = 7 gerou o Setenário ou as 7 Vibraçõesou Graus Descendentes desse Orisha.Nós vimos apenas um Orisha de Intermediaçãoou Menor de uma Vibração Original do OrishaAncestral. Se multiplicarmos por 7, teremos o totalde Entidades dentro de uma faixa vibratória.Vejamos pois essa expansão.Em cada linha temos:1º PLANO — ORISHA MENOR7° Grau — Chefes de Legiões .......................... 1 x 7 = 76° Grau — Chefes de Falanges.......................... 7 x 7 = 495° Grau — Chefes de Subfalanges ............... 49 x 7 = 3433992° PLANO — GUIAS4° Grau — Chefes de Grupamentos............. 343 x 7 = 2.4012.4013o PLANO — PROTETORES3o GrauChefes Integrantes deGrupamentos ............................................. 2.401 x 7 = 16.8072o GrauSubchefes Integrantes deGrupamentos .......................................... 16.807 x 7 = 117.6491o GrauIntegrantes de Grupamentos ............. 117.649 x 7 = 823.543957.999

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Vejamos primeiro o total deEntidades que estão debaixo de umOrisha de Intermediação. Citemoscomo exemplo o Caboclo Urubatãoda Guia da Vibratória de Orixalá.57 + 343 + 136.857 = 137.257137.257 = 1+3 + 7 + 2 + 5 + 7 = 25 = 2 + 5 = 7Somando-se ou centralizando-se segundo aNumerologia Sagrada, chegamos no Setenário,número sagrado que representa a Lei, ou seja, esseOrisha Menor, assim como os demais, representa oué detentor da Lei Universal. Também significa os 7Graus ou 7 Vibrações Descendentes desse Orisha.Continuemos e vejamos a Numerologia Sagradadentro da Vibração de Orixalá no total:Entidade debaixo da Vibratória de Orixalá:399 + 2.401 + 957.999 = 960.799960.799 = 9 + 6 + 0 + 7 + 9 + 9 = 40 = 4 + 0 = 4Dentro da Vibração de Orixalá, como das demais6, encontraremos o 4, o quaternário; são os 4 pilaresdo Conhecimento Uno, da Proto-Síntese Relígio-Científica, ou seja, cada Orisha Ancestral é Senhordos Elementos.*Bem, Filho de Fé, vamos mais avante. Iniciamospor um Orisha Menor de 1 linha, depois vimos alinha toda, falta-nos ver agora o conjunto das 7Linhas da Umbanda.1º PLANO — ORISHAS MENORESSe em cada linha temos 399 Orishas, nas 7 linhasteremos 399 x 7 = 2.793.2º PLANO — GUIASSe em cada linha temos 2.401 Guias, nas 7 linhasteremos 2.401 x 7 = 16.807.3º PLANO — PROTETORESSe em cada linha temos 957.999 Protetores, nas 7linhas teremos 957.999 x 7 = 6.705.993.Vejamos Plano a Plano como se entrosam essesnúmeros que expressam quantidades e qualidades.* Linhas de Forças ou Forças Sutis, ditas também como tatwas, palavra esta de origem Abanheenga: tatauy ou tatuay = Flecha de Fogo,Energia Cósmica, Relâmpago, etc.2411a PLANO — ORISHAS — 2.793 = 2 + 7 + 9 + 3 = 21 = 2 + 1 = 32º PLANO — GUIAS — 16.807 = 1 + 6 + 8 + 0 + 7 = 22 = 2 + 2 = 43º PLANO — PROTETORES — 6.705.993 = 6 + 7 + 0 + 5 + 9 + 9 + 3 = 39 =3 + 9 = 12 = 1 + 2 = 3Assim, observamos que quantitativamente, no lºPlano, encontramos o 3, que qualitativamenteUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicarepresenta-nos o Ternário superior (os 3 Graus

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Descendentes dos Orishas). Em expansão, o Ternáriodetermina o Quaternário, ou seja, os Guias. Somandoos algarismos dos 2 Planos, temos ou chegamos noSetenário, esse composto do Ternário Superior maiso Quaternário.Partindo do Quaternário compreendido noproduto 16.807, vamos encontrar, por expansão em 7,três vezes o produto 6.705.993, que determina osProtetores, produto esse que somado em si revela oTernário Inferior, como já foi visto.Vejamos o produto dos três Planos novamentesomados:2.793 = TERNÁRIO SUPERIOR — 316.807 = QUATERNÁRIO — 46.705.993 = TERNÁRIO INFERIOR — 36.725.593 106 + 7 + 2 + 5 + 5 + 9 + 3 = 37 = 3+7 = 10 = 1Somando-se os algarismos chegamos na Unidadeou Lei. Eis, pois, de forma simplista, a NumerologiaSagrada ou a Lei Sagrada — o Aumbandan.Antes de encerrarmos, temos algo importante adizer, mas comecemos pela Numerologia Decimal, evejamos seus significados e sua relação com os 7Orishas Ancestrais ou as 7 Vibrações Originais.*NÚMERO 1 (ORIXALÁ)— associadoà unidade geométrica, que o ponto é aUnidade — o Princípio, podendo serLei; condensação.NÚMERO 2 (YEMANJÁ) —associado à expansão do ponto, oudiversidade; opondo-se, equilibrandose;geometricamente é a Linha Singela.É também a representação do PrincípioFeminino.NÚMERO 3 (YORI) — associado ao 32elemento — o ponto, saindo da linhasimples, formando o plano.Geometricamente é o Triângulo,símbolo dos 3 reinos, símbolo doperfeito; o Princípio dos PlanosManifestos.NÚMERO 4 (XANGÔ) — associadoaos 4 elementos da Natureza, aoequilíbrio vibratório, ao equilíbriokármico, pois temos a união de 2princípios em expansão (2 retas).Geometricamente é o Quadrado. Étambém a base dos 4 pilares doConhecimento Uno — da Proto-Síntese Relígio-Científica — a

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Religião, a Ciência, a Filosofia e aArte. É também símbolo de coesão.NÚMERO 5 (YORIMÁ) — associadoaos elementos dinâmicos. Dá a idéiade dinamismo, movimento básico. Éum símbolo sintético. É a síntese damovimentação mágica. É o símboloplano da Proto-Síntese. O homemdominando os elementos.Geometricamente associa-se aoPentagrama ou Pentágono.NÚMERO 6 (OXOSSI) — associadoaos elementos estáticos. Dá a idéiade fixação. Fixação das forças sutisda Natureza. È o antagonismoequilibrado. É um símbolofortíssimo, ligado às correntesmágicas. Geometricamente associaseao Hexágono ou Hexagrama.NÚMERO 7 (OGUM) — é o númeroda expansão da Lei, é o ternáriodominando o Quaternário. É onúmero da magia em ação.Geometricamente associa-se aoHeptágono ou Heptagrama.NÚMERO 8 (EXU) — é o duploequilibrador, é o oposto que dominaos elementos. É também símbolo daexecução e da justiça, em seusaspectos passivos ou de cobranças.È uma força composta de 7 + 1 — aunidade movimentando a magia.Geometricamente associa-se aoOctógono ou Octograma.* Os significados qualitativos dos números e de sua geometria são simbólicos e não relativos à Lei de Pemba.242CAPÍTULO XIINÚMERO 9 (TRIPLO TERNÁRIO) — éo movimento do ternário nos 3 Planosmental, astral e físico. E o símbolo doperfeito. Os triângulos entrelaçados. È onúmero da movimentação mágica superiordos Espíritos Ancestrais.Geometricamente associa-se ao Eneágonoou Eneagrama.NÚMERO 10 (A LEI) — é o máximo dadécada, sendo o símbolo da lei, comoinfinitos são os pontos que o compõem. Ètambém o número da realização, sendo

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associado aos mistérios superiores.Geometricamente associa-se aoCírculo.Após essa ligeira explicação sobre a numerologia,sim, ligeira, pois a parte esotérica preferimos deixá-lapara o interior do templo, dentro da Iniciação,mostremos como os números foram adulterados,como sofreram deturpações, haja vista que nopróprio Tarô inverteram as associações numéricasqualitativas, isto é, seus valores filosóficos, artísticos,científicos, místicos e metafísicos. Isso deveu-se aosvários CISMAS, mas muito principalmente ao Cismade Irshu, oriundo da Índia há mais de 5.500 anos. Naépoca, como já explicamos, reinava a Ordem Dórica,que sustentava o princípio espiritualista, o qual nãoera autoritário nem despótico, sendo essencialmentesinárquico, isto é, governado por todos, de formaharmônica, dando-se valor às ciências do Espírito, àsciências das distribuições de valores e às ciências dasatividades da terra. Essa Ordem Dórica foi combatidaferozmente pela Ordem Yônica, onde imperava oprincípio feminista naturalista, sendo um sistemaessencialmente autoritário, militarista, despótico eanárquico. Esse sistema é um dos responsáveis pelaatual desigualdade entre as nações e dentro dessaspelas diferenças gritantes de vários segmentos sociais,religiosos, políticos, etc.As diferenças devem existir, pois nem todos têmas mesmas experiências ou as mesmas qualidades oudebilidades, mas isso não seria motivo para tantasdesigualdades e arbitrariedades como estãoocorrendo nesses nossos tempos. Assim, comofalávamos, a Ordem Yônica combateu ferozmente aOrdem Dônica e suas academias, suas ordens ousantuários, além de seus sacerdotes, só escapando océlebre Melquisedeque, último patriarca da Ordem deRama.Vejamos como Moysés, que era da Ordem deRama, velou a Tradição Oculta no Tarô, alterandolheo sentido real de 57 Arcanos Menores e 21Maiores para 56 e 22. Preste atenção, Filho de Fé eleitor amigo estudioso, mesmo você que lê e é adeptodas ditas ciências ocultas ou magistas ou da Cabala,pois o que vamos mostrar a você é realmente umarevelação. O astral superior liberou esse ensinamento,que embora simples, vem modificar muitosconceitos. Provaremos matemática egeometricamente que os Arcanos Menores sempreforam 57 (o número revelado pela numerologia daUmbanda por meio de seus expoentes militantes no

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grau de Orisha) e os Maiores sempre foram 21, aocontrário do que se diz e é de ensino geral, comosendo 56 e 22, respectivamente.Vamos humildemente desvelar esses Arcanos,esses Mistérios, que como afirmamos, não foramrevelados até o presente momento, desde seuocultamento, a nenhuma outra Ordem Iniciática, emnenhum dos 4 cantos do orbe terreno. Esseensinamento é dado nas escolas do astral superior eiremos torná-lo público agora.Bem, Filho de Fé, como você sabe, os ArcanosMaiores e Menores somados dão 78. Iniciemos arevelação:lª CHAVE — Separemos os números primos* de1 a 22, pois segundo os cabalistas os ArcanosMaiores são 22. Observação: números primos sãodivisíveis apenas pela unidade (número 1) e por simesmo. Vamos lá.Os números primos de 1 a 22 são: 1, 2, 3, 5, 7,11, 13, 17, 19. Somemos esses números: 1 + 2 + 3 +5 + 7 + 11 + 13 + 17 + 19 = 78. Interessante, não é,Filho de Fé?Com os números primos somados entre si,chegamos ao 78, que é a síntese dos Arcanos. É acentralização dos 78 Arcanos tidos como de 1a, 2a e3a ordem.* Números primos, rigorosamente, seriam os divisíveis por si mesmos e a unidade, sendo discutível colocarmos o numerai 1 como primo, mas...243UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica2a CHAVE — Continuemos separando osnúmeros primos de 22 a 78. Ei-los: 23, 29, 31, 37, 41,43, 47, 53, 59, 61, 67, 71 e 73. Observaremos aquique encontramos 13 números primos, que somadoscom 9 já anteriormente encontrados nos dão onúmero 22, que em verdade são os ArcanosPrincipais e não Maiores, pois Maiores são 21, comoveremos logo em nossa explanação. Antes, façamosum esquema do que expusemos, para maiorfacilidade visual e de entendimento.NUMEROLOGIA E GEOMETRIAQUALITATIVA RELATIVA AOS ARCANOS —CENTRALIZADOS DOS 78 ARCANOSMaiores (Geradores-Unidades) — Os 9 númerosprimos encontrados entre 1 e 22 (1a chave).EQUILÍBRIO PARCIAL —INSTÁVEL — MATERIAL9 + 13 = 22 — Eis oporquê do leigo ou mesmoalguns pesquisadores

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considerarem a Cabala comotendo duas ordens deArcanos, os Maiores como 22e os Menores como 56.Como vimos, velarampropositalmente, em umachave de interpretação, achave que mostramos aosFilhos de Fé. Os 22 Arcanossão os principais e não osmaiores. Os 9 Maiores, sesomados, dão 78. Sãoportanto os 9 a síntese detoda a tradição; eis o2442a ORDEM (soma = 23) Sentido divinatório Princípio - VibraçãoArcano 5 O PODER OCULTO YORIMÁO SUMO SACERDOTE ESPIRITUALArcano 7 O MOVIMENTO- OXOSSIO CARRO CHAVEArcano 11 A FORÇA OGUMA FORÇA ESPIRITUAL3a ORDEM (soma = 49) Sentido divinatório Princípio — VibraçãoArcano 13A MORTETRANSFORMAÇÃO XANGÔArcano 17 AESTRELAESPIRITUALIDADE YORIArcano 19O SOLESPLENDORUNIVERSALORIXALÁSomando, temos: 6 +23+ 49 = 78 7 + 8 = 15 1+5 = 6EQUILÍBRIO ESTÁVEL ASTRALMenores (Gerado/Gerante) — Os 13 números primosencontrados entre 22 e 78 (2a chave).Arcano 23 — VITÓRIA NAS LUTASArcano 29 — DESTRUIÇÃO, DEMANDASArcano 31 — LUTAS PELA VIDAArcano 37 — PROTEÇÃO ASTRALArcano 41 — DESEQUILÍBRIO MENTALArcano 43 — FELICIDADE AMOROSA — AFETIVAArcano 47 — AMOR ESPIRITUALArcano 53 — FORÇAS OCULTAS PARA TRIUNFARArcano 47 — HARMONIA MATERIALArcano 61 — TRABALHO MATERIAL / MANUTENÇÃOEXISTENCIALArcano 67 — SUCESSO NO ASTRAL

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Arcano 71 — MAGIA NEGRA — DEMANDA-DESTRUIÇÃOArcano 73 — ALCANCE MENTAL ESPIRITUALSoma = 635 6+3+5 = 14 = 1+4 = 5Significado1a ORDEM (soma = 6) Sentido divinatório Princípio — VibraçãoArcano 1 ESPIRITUALIDADE, PRINCÍPIOO MAGO SABEDORIA MASCULINOArcano 2 A NATUREZA PRINCÍPIOA GRÃ-SACERDOTISA OCULTA FEMININOArcano 3 O PODER YEMANJÁA IMPERATRIZ PASSIVOCAPÍTULO XIIporquê de dizermos que o número 9 é a chave damagia, é o símbolo do perfeito.Daremos agora a Chave definitiva que provaráque os Arcanos Maiores são 21 e os Menores são 57.Provemos numérica e geometricamente.3a CHAVE — Coloquemos os 12 primeirosnúmeros naturais em seqüência.1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12.Após essa seqüência, faremos a seguinteoperação: iniciemos pelo número 1, somando com osubseqüente, e assim sucessivamente, até o número12.Na verdade, esse conjunto de 12 números deuorigem aos 12 signos, às 12 letras sagradas do Verbo,pois surgiram dos 12 anciãos do templo que velaram oTuyabaé-cuaá — a Proto-Síntese Cósmica, que aposteriori foi também velada e chamada de Tarô.Preste atenção, e provaremos geometricamenteque 21 são os Arcanos Maiores e 57 os Menores.Como o Filho de Fé sabe, o mesmo acontecendocom o leitor amigo, a circunferência tem 360°.Dividimo-la em 12, e cada setor terá 30°. Se de 0o a180° temos 21 (semicírculo) e de 180° a 360° temos78, chegamos à conclusão que, se o total é 78 e ametade do círculo é 21, subtraímos de 78 o 21 echegamos ao 57, como queríamos provar. Assim, osArcanos Maiores são 21 e os Menores 57, como jácitamos em outro capítulo.01 03 06 10 15 2128 36 45 55 66 78Assim surgiu o hexagrama, que é formado por 2triângulos entrecruzados em seus centros com osvértices invertidos. Esperamos ter deixado claro parao Filho de Fé esses aspectos herméticos de nossadoutrina, que só revelamos por ordem dos mais altosmentores de nossa Corrente Astral de Umbanda.Ao terminarmos, queremos também dar aosFilhos de Fé, principalmente àqueles que leram

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alguns conceitos das então denominadas ciênciasocultas, pois dizem ser arcanos dos mais profundos eque não tem solução a prova da quadratura docírculo, a qual demonstraremos agora. Aguce suaatenção, Filho de Fé e leitor amigo; desvelaremosmais um Arcano.245UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaO círculo tem como perímetro, ou seja, suamedida ou comprimento, dado pela fórmula: C — 2TE R, onde C é o comprimento e R o raio dacircunferência. Vejamos graficamente ougeometricamente a quadratura do círculo.O C, o comprimento, é a própria circunferência;portanto C = (circunferência). O raio R é igual àlinha, pois o raio é o segmento da reta que vai docentro até a periferia da circunferência. Dar-lheemos,como é uma reta, o valor numérico 2 (como jáfoi visto); assim temos:é a LEI, é a própriaQUADRATURA DOCÍRCULO.Como vimos, o círculo era a Proto-SínteseCósmica, os 4 pilares representados pelo quadradoeram a Proto-Síntese Relígio-Científica.O próprio π é o círculo e o quadrado. Comovimos, o círculo é a Proto-Síntese Cósmica, sendo oquadrado os 4 Pilares da Proto-Síntese Relígio-Científica, ou seja, a Lei.mo, onde poderemos permanecer juntos mais umavez. Vamos juntos, Filho de Fé e leitor amigo.Depois de profunda reflexão, vamos conhecer asRamificações Atuais da Umbanda do Brasil, suavivência místico-religiosa, suas crendices, seus mitose seus vários ritos. Interpenetremos pois o ÂmagoMístico dos vários cultos, ramos atuais de nossaUmbanda.ADENDO*Para mais fácil assimilação e entendimento,daremos na página ao lado o Alfabeto Adâmico ouDevanagárico, que como já dissemos foi umatransformação do primeiro alfabeto fonético, queproveio da língua Abanheenga, falada pela sublimeRaça Vermelha. Os Sacerdotes do Alto Nilo e muitoprincipalmente os brâmanes na Índia, guardaram suasmorfologias-som que expressam quantidades equalidades, sendo um alfabeto que produzautologicamente termos universais; é a Coroa doVerbo, é a própria Ciência do Verbo Vivo. Vejamos,pois, suas letras-som, relacionando-as com seus

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valores numéricos, astros e signos, e com oscorrespondentes Orishas.Observar a analogia entre C e E, sendo que o Coriginou o E. Esses sinais, tanto em C como em E,são derivados da primeira escrita (Abanheenga), aqual constitui-se nos sinais riscados na chamada Leide Pemba, de posse e conhecimento exclusivo doastral superior e de raros Iniciados.Do Alfabeto Devanagárico deduz-se:como queríamos mostrar.1. As 3 letras arquetipais A S ThO π é a própriaLei. Assim, Filho de Fé, ao término de mais umcapítulo, pedimos a toda hierarquia constituída queaqui foi mencionada que lhe cubra com bênçãosrenovadas de paz e entendimento. Que o silêncio dasabedoria possa interpenetrar seu eu, estamostrabalhando para isso. Ao encerrarmos este capítulo,já nos preparamos para o início do próxi-2. As 7 letras planetárias B G D Cou evolutivas N Ts Sh3. As 12 letras sagradas ou involutivas(relacionam-se com os signos astrológicos)E V Z H T Y L M W P K R* O Alfabeto Vatânico, através de sutis modificações, constitui a base para o "Alfabeto da Pemba". Os Guardiães da Lei de Pemba nosensinam que o mesmo foi originário da Raça Vermelha.246CAPÍTULO XIIValorNuméricoLetrasLatinasAlfabetoAdâmicoAstros,Planetas,SignosOrishasElem.Geomét.Identific.AlfabetoSânscrito247UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaBem, após essa demonstração, veja o Filho de Féque chegamos a 22 letras, pois temos 3 que são

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arquetipais. Isso já é uma deturpação, ou melhor,deve-se ao surgimento do TRINITARISMO no lugardo BINÁRIO. Graficamente, é possível demonstrarao Filho de Fé nossa assertiva. Assim, atente eanalise bem:As 3 letras arquetipais são A, S, Th. Vejamos nagrafia DEVANAGÁRICA sua expressão:Olhe bem para esse conjunto, Filho de Fé,observe que a linha já contém os 2 pontos, nãonecessitando pois repetir sua representação. Assimteríamos as 21 letras sagradas; ao invés de 3arquetipais, teríamos 2 (representando o PRINCÍPIOBINÁRIO de todas as coisas).Mais uma vez perceba que quando a linha cortao círculo desdobrado passa pelo seu centro, tendoportanto os pontos básicos (intrínsecos) de formaçãodo círculo (o centro da circunferência). Assim ofizemos para elucidarmos e lustrarmos a quadraturado círculo.Lei Universal PROTO- Os 4 Pilares doSÍNTESE ConhecimentoCÓSMICA (Proto-Síntese-Relígio-Científica)Após esse adendo, esperamos sinceramente terelucidado ainda mais ao Filho de Fé e leitor amigo.Desvelamos respeitosamente Arcanos sublimes, osquais estão arquivados nas escolas Iniciáticas doastral superior, e entregamos a ti, Filho de FéIniciado.248Umbanda e suas Ramificações Atuais — Culto de NaçãoAfricana, Aspectos Milenares e Atuais — Candomblé deCaboclo I — Candomblé de Caboclo II — Catimbó —Xambá — Toré — Kimbanda — Aspectos Kármicose Deturpações249

ilho de Fé e leitor amigo, saravá! Salve a Luz do Entendimento que agora virá clarear o raciocínio, poisiremos adentrar no solo fecundo das concepções, mitos, ritos, superstições e crendices dos ditos CultosAfro-Brasileiros. Antes de relatarmos o que acontece e o porquê desses acontecimentos por dentro dos CultosAfro-Brasileiros, é necessário que situemos dois grupos raciais já decadentes e que se entrechocavam desde ofinal da Raça Atlante. Claro que estamos nos referindo aos grupos étnicos representados pelos negros e pelosbrancos. Sabemos que os negros, em priscas eras, foram depositários da Proto-Síntese Relígio-Científica.

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Desde a Atlântida até a Raça Ariana, foram eles, os negros, deturpando e perdendo a ligação com as CoisasDivinas e suas Leis, tanto que o último patriarca negro, Jetro, o qual era sogro de Moysés, muito lutou paramanter a unidade de seu povo, mas em vão. Grandes dissensões no seio da Raça Negra se sucederam, comotambém grandes desmandos de ordem moral, tal como usurpação de poderes, autoritarismo, despotismo emilitarismo como forma de opressão e repressão aos demais povos, que a levaram à falência completa. Dentroda Lei dos Ciclos e dos Ritmos, um sombrio destino estava reservado à Raça Negra, como de fato, regido pelaLei das Conseqüências, assim aconteceu. Não citaremos os desmandos das Raças Negra e Branca emminúcias; só diremos que a grande massa popular que encarnou no Planeta Terra como negros e brancos eramSeres errantes do Universo, profundamente comprometidos e endividados com as Leis Cósmicas.No início, grandes líderes da Raça Vermelha encarnaram no seio das Raças Negra e Branca, visandoaumentar-lhes o tônus moral cósmico, mas à medida que deixavam de reencarnar no seio da grande massa,essa se desgovernava e deturpava completamente os ensinamentos cósmicos dados por esses grandesmissionários. Perguntará o Filho da Fé: por que eles não continuaram a reencarnar no seio dessas duas raças?Na verdade, Filho de Fé, eles não as deixaram por completo, senão a coisa seria muito pior. Diminuíram suas"descidas", mas sempre foram professores abnegados, mas que não podiam fazer os exames finais por seusalunos. Assim, toda vez que a Lei Divina era completamente esquecida e postergada, eles desciam eincrementavam de todas as formas os conceitos perdidos, sendo que muitos deles foram sacrificados,justamente por pregarem as grandes Verdades Universais, tais como fraternidade, amor, igualdade, etc. Deve,pois, o Filho de Fé e leitor amigo estar percebendo que esses grupos raciais semearam maus ventos; nãopodiam então esperar outra coisa senão grandes temporais e vendavais que varreriam seu egoísmo, vaidade epseudo-soberania.Após esse triste relato do que infelizmente aconteceu, a par de todos os meios para impedi-lo, deve jáestar percebendo o leitor atento o porquê de tantos dissabores e desencontros que permanecem ou perseveramaté os nossos dias nos dois grupos raciais e mesmo os confrontos entre ambos, que como vimos têm raízesmilenares. Ambos eram Seres errantes do Universo e aqui no planeta Terra encontrariam chances de se

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reabilitar. No entanto, assim, não o fizeram e quando encarnaram em meio aos filhos do próprio planeta,impulsionaram-nos para violentas ações que, é óbvio, trariam, como trouxeram, violentas reações.Vejamos pois como os Emissários maiores das Cortes de Jesus tentam resolver esse impasse kármicoracial, principalmente aqui no Brasil — verdadeira Terra da Luz e da Fraternidade Universal. Comovínhamos relatando, as reações sobre os 2 povos se precipitaram de tal forma que os conceitos moraisreligiosos,251FUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicamísticos e metafísicos, quando não completamenteesquecidos, foram totalmente deturpados einvertidos. Dentre os dois povos, o que mais inverteuesse conhecimento foi o povo da Raça Branca, tantoque a grande maioria ainda não tem conceitosfirmados sobre a vida após a morte e o que é pior,nem ao menos cogita desse conhecimento, o quedemonstra suas frágeis concepções sobre as CoisasDivinas (claro que não todos, mas a grande maioria).A Raça Negra, por sua vez, a par de ter deturpadoquase que na íntegra o conhecimento das CoisasDivinas, mesmo assim ainda preservou certa tradição,muito mais consistente do que a Raça Branca,embora completamente adulterada, deturpada. Mas jáera um começo...Assim é que, em pleno século XV de nossaépoca, os negros na África, incitados pelos brancosencarnados e pelas hostes satânicas do astral inferior,iniciaram a triste e infeliz Era da Escravatura.Queremos que fique claro aos Filhos de Fé que aescravidão negra não tem como responsáveisintelectuais somente os brancos, mas também ospróprios negros. Sim, pois os chefes tribais trocavamnospor quaisquer coisas.Assim é que vieram em pleno século XVI aoBrasil, provenientes de várias regiões africanas(Daomé, atual República de Bênin, Nigéria, Uganda,Angola, Moçambique, Costa da Guiné e outras), osditos escravos, completamente abatidos, arrasados ehumilhados, os quais, de certa forma muitocontribuíram com seu suor, lágrimas e sangue, para aconstrução de nossa terra. No seio dos escravos haviamuitos Seres Espirituais abnegados que, compaciência e persistência, transmitiam bom ânimo aosseus iguais, incentivando-lhes a resignação e atolerância. Mas a verdade é que nem todos aceitavamesses valores. Assim é que usaram de todas as armas

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que possuíam para atacar e se livrarem do cativeiro.Muitos, como dissemos, pregavam a resignação etinham se conformado com o peso das algemas, quelhes prendiam não só o corpo, mas muito maisprofundamente a alma.A grande maioria jamais se conformou com o pesodas algemas e reagiu com ódio, sangue e violência,como também utilizaram-se de suas práticasreligiosas, que já estavam deturpadas há milênios,degenerando-as ainda mais para a prática aberta damagia como agressão, violência, sangue e morte.Assim é que evocavam tudo que havia de maisescuso no submundo astral (kiumbas), como tambémnas zonas abismais, através de um baixo sistemamágico-vibratório, nas tão propaladas oferendasritualísticas. Assim, a vingança se organizava deforma física e astral, perseverando o conflito racialnos dois planos da vida.Disso se aproveitaram os magos-negros de todosos tempos para insuflar nos dois lados a discórdia, oódio e as reações violentas, tanto físicas como astrais.Nesse conflito racial houve muito derramamento desangue, com perda de muitas vidas, indo esses, aodesencarnarem, reforçar a falange maldita dadiscórdia e do ódio, aumentando assim ainda mais odesajuste sociorracial e astral em pleno Brasil.Neste exato momento, deve o Filho de Fé estar seperguntando: Onde estão os remanescentesencarnados da Raça Vermelha, representados peloTronco Tupy, embora decadentes? Responderemos avocê, Filho de Fé, exatamente o que aconteceu: OTronco Tupy, representado por algumas naçõesindígenas completamente deturpadas, também tinhasido levado ao cativeiro, mas em vão, pois se nãofugiam, também não serviam para o trabalho escravo.Assim, muitas nações indígenas foram dizimadas emassacradas pelo povo da Raça Branca, tal qualmuitos negros-escravos.Os povos indígenas, portanto, também tinhamsido oprimidos pelos brancos, mas reagiram de formaidêntica aos seus irmãos negros. Assim é que o negroafricano aportado no Brasil, em comunhão com asnações indígenas completamente degeneradas em suacultura, inclusive no setor religioso, firmaram seusprotestos na luta pela liberdade, nos seus sentimentose desejos, através de seus ritos religiosos. Dessafusão surgiram e permaneceram praticamente até osdias atuais os mais variados ritos, os quais refletemos sentimentos e ideais de seus fundadores na época,nem todos com idéias e sentimentos nobres. A

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maioria desses ritos já amalgamados e sincretizadostinham como base sentimentos de ódio e vingança,que se consubstanciariam nas práticas mais baixas damagia, na própria magia negra em ação, alimentadacom um baixíssimo e agressivo sistema de oferendas.252CAPÍTULO XIIIEsse sistemático conflito racial, que perdurou aténo astral, fez com que os tribunais afinsincrementassem sobre essa coletividade em litígio umconjunto de Leis Regulativas que viessem disciplinaros rituais nefandos e retrógrados, os quais eramvigentes na época. Guarde bem isso, Filho de Fé eleitor amigo, pois entenderá como o astral superior,através dos Tribunais Planetários, aproveitou odesajuste racial para, no momento exato, no seiodesses cultos, lançar o vocábulo saneador chamadoUMBANDA que viria, como na verdade veio e vemdisciplinar esses cultos e as consciências retrógradas,para aqui no solo brasileiro ressurgir futuramente, emtoda sua plenitude e potência, a Proto-SínteseCósmica — o Aumbandan. Deixemos mais para afrente esse ângulo e voltemos logo aonde tínhamosiniciado o relato da tragédia inter-racial.Assim, devemos lembrar que os vários grupos ounações africanas que aportaram aqui no Brasil,a priori, tinham sérias rivalidades. Fala-se em doisgrandes grupos — os Sudaneses e os Bantos, os quaisalém de terem línguas diferentes (e dentro de cadagrupo lingüístico vários dialetos), tinham tambémculturas diferentes e, é claro, concepções místicoreligiosascompletamente antagônicas. O própriogrupo sudanês, que tinha seus integrantes tidos comoos mais evoluídos, também possuía dentro de simesmo profundas desavenças, que na própria Áfricaterminaram em luta fratricida. Os fons abominavamos ditos nagôs, tidos por eles como inferiores. Omesmo acontecia entre os Bantos, onde angolanos econguenses também se defrontavam, embora deforma muito amenizada em relação aos povosSudaneses. E bom não nos esquecermos de que ospovos do grupo Banto tinham tido alguns contatoscom os egípcios e com os povos da Mesopotâmia,tendo deles conservado alguma tradição. Digoalguma tradição, em virtude de, como já dissemos, osgrandes patriarcas negros terem deixado a tradiçãosomente de forma oral e, como tal, foi se apagando degeração em geração, até esquecerem quasecompletamente ou guardarem-na de formacompletamente adulterada, de acordo com os níveis

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conscienciais das diversas gerações, que já estavamem completa decadência. Mesmo assim, foram osBantos que de forma completamente anômala edescaracterizada tinham guardado o vocábuloUmbanda ou resquício do mesmo, na forma doradical Mbanda. Dissemos que os desencontros entreos negros africanos aconteceram aqui no Brasil noinício de sua permanência, pois gradativamenteforam se miscigenando e a própria necessidade deluta libertacionista ou manutenção da própria vida fezcom que se unissem, pois se tinham suas desavenças,agora estavam num mesmo solo, cativos ehumilhados e precisavam unir-se surgindo assim oprimeiro sincretismo por dentro dos Cultos Afro-Brasileiros. Antes de prosseguirmos, queremosdefinir sincretismo como o fenômeno místicoreligiosoque visa tomar inteligível um culto quepossa ser praticado por vários povos ou gruposétnicos, que até o momento tinham rituais econcepções diferentes. E um mal necessário, pois seformos analisar profundamente o sincretismo ouanalogia de cultos ou partes de um culto, vamos verque ele faz com que vários cultos se identifiquem emum só. Sem dúvida, embora de forma primitiva, éuma tentativa de síntese. Em análise etnocultural, éuma adaptação para os vários níveis conscienciaisdas humanas criaturas, como também uma forma deuni-las e elevá-las a outros patamares da evolução. E,como veremos adiante, o que acontece na Umbandadita de vivência popular.Após falarmos sobre o primeiro sincretismo pordentro dos ditos Cultos Afro-Brasileiros, vejamos deforma didática as subdivisões desses cultos,entendendo que a Umbanda é uma das metas a seratingida pelos demais cultos. Com isso, queremosafirmar que, conforme formos descendo em nossasubdivisão, há uma interpenetação da correnteameríndia, mostrando a nítida influência da Umbandaou da Raça Vermelha que no astral brasileiro tornouseresponsável pela elevação moral dessacoletividade, procurando de todas as formas e meiosfazer ressurgir, em todos os ditos cultos, oMovimento Umbandista, que em análise oculta ouesotérica, tem por finalidade abarcar, numa 1a fase, osadeptos dos Cultos Afro-Brasileiros, sendo portanto oMovimento Umbandista um movimento saneador ereestruturador e ao mesmo tempo direcionador dessacoletividade.Vejamos a subdivisão:253

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UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaRITUAL DE NAÇÃO AFRICANAO Culto de Nação Africana, em sua pureza, hámilênios já não existe nem na própria África, ondealiás se deturpou completamente, haja vista que osditos Cultos de Nação Africana encontram aqui noBrasil muita versatilidade e até originalidaderitualística, trazendo-lhe características não tãofetichistas e totêmicas como os praticados em terrasafricanas.Com isso, já estamos dando a entender quegradativamente os Cultos de Nação Africana seabrasileiraram, sob o influxo poderoso da CorrenteAstral da Pura Raça Vermelha que já lhes envia, deforma velada, poderosos Emissários, que em missãoestão encarnando no seio da Raça Negra aqui noBrasil, trazendo-lhe novos rumos e nova visão emrelação às concepções da tradição do ORISHA. Jánão são poucos os pesquisadores brasileiros, não osestrangeiros, que não se interessam somente pelo quevêem, como muitos que, sem se preocupar com ofundo das coisas, tornaram-se meros registradores dedeturpações uma após outra, as quais deram aentender que eram fundamentos de Cultos de NaçãoAfricana. Como dizíamos, os pesquisadoresbrasileiros, alguns, é claro, já observaram o Culto deNação Africana por outro prisma, não somente emsua feição mítica ou totêmica, mas procuraram osaspectos esotéricos que, na verdade, quando bemanalisados, guardam profunda identidade com cultosantiquíssimos da própria Atlântida e maisrecentemente com os remanescentes desses atlantesna própria África, o povo egípcio. Sem nenhumadúvida, o povo africano, mais recentemente também,recebeu forte influência da Raça Ariana, tanto queinfluências árabe-islâmicas são freqüentes e, comovimos, todos esses povos, embora com suasconcepções religiosas deturpadas e decadentes hámilênios, guardaram a tradição de RAMA, o GrandeReformador que pretendeu restabelecer, na época, aProto-Síntese Relígio-Científica, através de seusensinamentos e da iniciação dentro de sua Ordem, aqual deixou-nos como legado seu Livro Circular ouEstrelado, que é regulador e revelador de todas asLeis Universais. Dizíamos que o povo africano tevecomo legado esses ensinamentos, pois todos quefalam sobre a origemafricana sempre o fazem debaixo do mito e decertos conhecimentos estreitos que nunca retrocedemou recuam no tempo para interpenetrar causas,

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origens, etc.Nós dizemos que, a par de tudo que já foi escritoe mesmo o que vem se doutrinando como Culto deNação Africana, estão eles completamentedeturpados, embora existam no meio desses adeptospraticantes filhos missionários que de todas asformas tentam incrementar a evolução, que semdúvida lhes chegará.Para relatarmos analisando o Culto de NaçãoAfricana, teremos que observar como esses cultosforam se degenerando, até ficarem completamentedescaracterizados nos dias atuais, se não para toda acoletividade dos Candomblés, pelo menos para aquase total maioria.Em priscas eras, os negros tiveram sua origem naÁsia; os negros não são originários da África, massim da Ásia, em território africano se estabelecendoem virtude de grandes dissensões e mesmo devido agrandes ataques sofridos de vários povos. Com opassar do tempo, a Raça Negra foi se deslocando atéatingir as plagas africanas. Antes disso, no seuapogeu, era conhecedora da Proto-Síntese Relígio-Científica, legado que os vermelhos tinham-lhestransmitido, além de serem profundos conhecedores,em suas causas e efeitos, da Ciência, Filosofia, Arte eReligião. Assim, tinham recebido a Tradição doSaber, que cultuavam e ensinavam em seus suntuosostemplos, através de uma rigorosa Iniciação. Noperíodo da decadência atlante, foram eles sedeturpando, a ponto de perderem completamente asnoções da Tradição do Saber, da qual também eramfiéis guardiães. Após essa época de Trevas para todaa humanidade, os povos de pele negra, na África,receberiam novamente a Síntese dos egípcios. Nãosouberam mantê-la e a perderam e o que é pior,inverteram-na completamente, algo que persevera atéos dias atuais.Vejamos como ainda hoje os ditos Cultos deNação Africana guardam resquícios de termossagrados, de ritos sublimes e de uma culturamaravilhosa que infelizmente já não existe mais, nemno Brasil e muito menos em solo africano.Os africanos, ou melhor, a Raça Negra, recebeudos veneráveis Patriarcas da Raça Vermelha a Tradi-254CAPÍTULO XIIIORGANOGRAMA SIMPLIFICADO DOS CULTOS AFRO-BRASILEIROSção do Saber, o Conhecimento-Uno,tanto que os negros daqueles gloriosostempos tinham fortes concepções

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esotéricas sobre o universo e suas Leis,e seus sacerdotes eram os guardiãesdesses mistérios. Tanto isso é verdadeque eles tinham 4 sacerdotes, os quaiseram chamados (pela fonética jáadulterada; veja nos capítulosanteriores os termos originais) de:1. BABALAWÔ:..........SACERDOTE DO DESTINO DOS SERESDetentor de todo o Conhecimento da Proto-Síntese Relígio-Científica2. BABALORISHA:.....SACERDOTE DO MUNDO DIVINOIntérprete do mundo dos Orishas3. BABALOSSAIM:.....SACERDOTE DO REINO NATURALSenhor da manutenção da vida física (conhecedordos elementos vitais dessa manutenção — AXÉ)4. BABAOGE:.............SACERDOTE DOS ANCESTRES OUANCESTRAIS(EGUNS)Mediador entre os vivos e os "mortos"255UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaNaquele glorioso tempo, essa era a visãocosmológica dos negros, da qual hoje guardam-seapenas resquícios, mesmo de nomes, que em verdadejá não representam o que representavam no passado.A dita língua Nagô ou língua Yoruba, de milhõesde africanos ocidentais, dotada de uma escritaparticularizada, que não utilizaremos para nãoincorrer em preciosismo. Que nos desculpem osadeptos dos Cultos de Nação Africana, se vez poroutra escrevemos Orishas e não awòn "Orìsà; ou ilêaxé e não lèsè o ilé asè. Agradecemos a tolerância poressas falha, mas não as omissões...Vejamos pois como foram acontecendo asdeturpações, de forma bem simplificada.As primeiras deturpações ocorreram já hámilhares de anos, na própria África. Naquelas épocas,em terras africanas, o BABALAWÔ — sacerdote de1a categoria na hierarquia sacerdotal — além deconhecedor do destino dos Seres, era profundoconhecedor dos mistérios do Cosmo. Sabia comolevantar o verdadeiro GENITOR DIVINO (eledá) doSer Espiritual encarnado e após esse levantamento,traduzia os ângulos kármicos* do indivíduo, suasfraquezas, suas debilidades, suas habilidades,coberturas, faculdades ditas supranormais, bem comoos rituais adequados para o reencontro do indivíduocom sua essência divina, ou seja, o seu Orisha, o qualera em verdade um despertar da consciência.O Babalawô era sabedor de que a Lua, em suas 4

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fases, traduzia as quatro grandes forças cósmicas eseus devidos elementos, sendo que, ao levantar oGenitor Divino ou Orisha do indivíduo, ficavasabendo em qual das 4 fases o indivíduo tinhanascido e recebido fortes influências sobre o seucorpo astral e mental. Isso tudo era necessário parafazer o "despertar consciencial", ou que futuramenteficou vulgarizado como "fazer a cabeça".Para isso, faziam um ritual chamado ogbori que,pela Coroa da Palavra, significa venerar a cabeça, nosentido de fortalecê-la e fazê-la entrar em sintoniacom sua própria Essência. Vulgarizou-se no dito bori,que dizem (e levam em sentido literal) como "dar decomer à cabeça", no sentido de fortalecê-la e detransmitir-lhe axé, através do sangue vermelhoanimal,para propiciar a ligação com o Orisha, algo que emverdade fere a sensibilidade espiritual de qualquerum, quanto mais de um Orisha, que é um SerEspiritual Superior, altamente posicionado naHierarquia Cósmica. Mas isso já faz parte dasdeturpações. Naquelas épocas, os Babalawôstransmitiam esses conhecimentos aos Babalorishas,para que eles pudessem, através do rito correto,iniciar ou dar forças a um filho carenciado em suaconstituição etérico-física. Quando havia um Sercarenciado, o Babalorisha, a mando do Babalawô,usava o sangue vermelho animal, sem sacrificá-lo evibrava esse sangue, numa determinada Lua, sobre oori (cabeça) do indivíduo, fazendo então umatransferência de elementos vitais, que era o axé, tudorelacionado com os Elementares e os elementosradicais da Natureza, tais como: o fogo, a água, aterra e o ar. Era o único ritual em que se usava osangue animal vermelho e assim mesmo semsacrificá-lo, e não para louvar Orisha ou "assentarOrisha" ou qualquer outra Entidade sobrenatural,quer seja no mundo físico ou astral (ayê e órum).Mas falávamos do Babalorisha, também sacerdotealtamente categorizado, que era auxiliar doBabalawô. Era o intérprete do mundo dos Orishas;conhecia as energias básicas da Natureza, as quaischamava de força orisha, que depois confundiram comas qualidades arquetipais dos Orishas e seusrespectivos "filhos". Confundiram as forças daNatureza, tanto as benéficas e leves como as maléficas eviolentas, com o caráter dos Orishas e, com isso, alémde tomarem os orishas antropomorfos, tornaram-nostambém na própria natureza. Confundiram oespiritual com o natural, material. Essa é a grande

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inversão de valores que perdura até hoje, mesmo nosditos rituais de nações tradicionais. Mas não nosafobemos, o tempo virá fazer o seu trabalho.Aguardemos serenamente, mas esclarecendo.Então, retornando ao tema central, o Babalorishaconhecia as Forças Orishas e também era conhecedordas Potências Cósmicas que eram os Orishas.Cultuava nesse período apenas 7 Potestades, querepresentavam Olodumarê ou a Deidade. Depois,com as deturpações é que surgiu o vastíssimo panteãode* Odus — Ângulos kármicos de um destino, quer seja coletivo ou individual.256CAPÍTULO XIIIdeuses e deusas. Cultuava Obatalá, Yemanjá, Ogum,Oxossi, Xangô, Ibeji, Obaluayê (já havia deturpação,pois não conservaram Yori nem Yorimá). Alémdesses 7 Orishas, cultuavam os ditos OrishasComplementares, pois todo o sistema mágicovibratórionecessita de 2 pólos, o passivo e o ativo(Par Vibracional).Tinham como Orishas Complementares: Odudwa,Obá, Ossaim, Oyá (Inhassã — Ya Mesan Orum),Oxum, Nanã Burukum, Oxumaré.Na disposição 2 a 2, teremos (aspectos + e - doPar Vibracional):Obatalá...............OdudwaOgum...............ObáOxossi .............. OssaimXangô .............. OyáIbeji (Yori)................OxumYemanjá .............. OxumaréObaluayê (Yorimá)..............NanãTambém cultuavam um mensageiro de todos osOrishas, que era Exu, princípio mágico de expansão eretração, bem como de nascimento e morte. Era otransportador das mensagens, sendo o verbo*, "aqueleque falava" e falando veiculava o elemento força eaxé.Era Exu o princípio que movimentava todo osistema, inclusive dos ditos 16 Orishas. Exu faziaparte do aspecto de intermediação entre os OrishasPrincipais e os ditos Complementares.Reiterando, afirmamos que o que dava impulso atoda sistemática vibratória da Força Orisha era aforça primária exu (não a entidade Exu ou OrishaMenor Exu), a qual, em maior ou menor proporção,fazia parte da Força Orisha de qualquer Orisha. Eracomo se fosse a unidade força orisha (tanto isso éverdade que, embora deturpado, um dos nomes de

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Exu é Elegbara — Senhor da Força — força comounidade geradora de toda a movimentação mágica;agbara — força). A Força Orisha, composta em suasunidades pela Força Primária Exu, veicula ou carregaaquilo que chamaremos de axé. Esse Axé, ou forçamágicavibratória, ou ainda força mágica vivencial iniciática,está contido em alguns elementos da Natureza. Esseselementos são divididos em seus 3 reinos: mineral,vegetal e animal. Cada reino, para os africanos, tinhaos aspectos ativos (brancos), passivos (vermelhos) eneutros (pretos).Façamos esquematicamente a disposição queexpusemos sobre o axé:Após esse breve quadro, pode o Filho de Fé eleitor amigo entender o porquê de certos elementosritualísticos usados pelos africanos, pois acreditameles que os elementos citados são possuidores decertas forças que, se conciliadas adequadamente e emproporções especiais, conferem poder e força pararealizar ou executar qualquer coisa. O axé também é,como dissemos, um vivencial ritualístico, ou seja, étambém fruto do tempo, já que pode ser adquiridoatravés do ritual e da destreza em realizá-lo. O axé,sendo força, pode ser armazenado, condensado,dissipado e até renovado, nas ditas oferendas, quenada mais são do que reposições para a Natureza dealgo que dela se retirou ou, quando se estácarenciado, vai se retirar, mantendo-se o equilíbriovital e mágico vibratório, em virtude de renovar-se oaxé ou movimentar-se a dita Força Orisha e, é claro,nunca o Orisha, o que queremos deixar bem claro. Éinteressante notar que existe há milênios, não sendocoisa* Segundo o conceito dos Yorubas, o elo de comunicação entre os Orishas e os homens era feito através do Ifá, que como vimos era aPotência do Verbo. Exu era o transportador de axé, e como o verbo carrega forte carga de axé, Exu ficou também elo de comunicação etransporte (transferidor) entre os homens e as Entidades sobrenaturais (Orishas).257BRANCO----------- sal, prata, águaVERMELHO-------- cobre, latão, ouroPRETO------------- chumbo, carvão, ferroBRANCO----------- álcool, seiva, éterVERMELHO-------- azeite-de-dendê,mel, urucumPRETO------------- ervas (sumo), caules,raízesBRANCO-----------sêmen, saliva,

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secreções, pulmãoVERMELHO-------- sangue, menstruação,vísceras (coração)PRETO-------------pêlo, animaisincinerados, fígadoUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicados dias atuais, a crença de que, se oferendando àNatureza certos elementos que nós dela retiramospara manter a vida física, esses vão fortalecer aindamais a vida física, ao mesmo tempo que se restitui àNatureza o "empréstimo". A oferenda, em últimaanálise, é um pagamento, para que possa serviabilizado outro empréstimo por parte dessa mesmaMãe Natureza, em forma de saúde, vida, poderes erealizações várias.Isso é a milenar magia, a qual, através da oferendaritualística, busca atrair os Espíritos Elementares, osquais, em contato vibratório com os indivíduosencarnados, lhes emanam forças e energias puras daNatureza, trazendo-lhes vários benefícios, inclusive amanutenção, em equilíbrio, da própria vida física.Como podemos ver, os africanos daquelas épocastinham conceitos metafísicos e esotéricos da maisalta escol iniciática que, infelizmente, comodissemos, já perderam há muitos milênios.Bem, tínhamos parado nossa conversa noBabalorisha, o qual era considerado um valiosoauxiliar do Babalawô, sendo conhecedor dos Arcanosque citamos.Então, para que os rituais iniciáticosprosseguissem, ou mesmo para que se vitalizasse umindivíduo, o Babalorisha encaminhava-o aoBabalossaim, que era o sacerdote do reino natural.Era ele conhecedor dos elementos necessários e dasquantidades exatas (qualidades e quantidades) para seproceder às imantações vibratórias, como porexemplo as devidas oferendas. Era o sacerdote queverdadeiramente manipulava o axé. Conhecia o axéespecífico para cada indivíduo, segundo seu Eledá ouGenitor Divino (os Orishas Ancestrais, segundonossa classificação — ver Capítulo XII). Sabia comoaplicar os ritos secretos das ervas e dos elementosque veiculavam axé aos indivíduos encaminhadospelo Babalorisha. Conhecia os segredos daindividualidade do Ser (ori),* como e em que direçãoe sentido deveriam ser os rituais para o indivíduo(abá). Movimentava as energias dos chacras, atravésdo êmi (prâna), que eles definiam como respiração,força vital, etc.O indivíduo, após essas fases que variavam em

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sua duração, tudo dependendo do grau do candidato àIniciação, iria conhecer outros mistérios, os mistériosque regiam a comunicação entre o plano denso e oplano astral, a vida e a morte, que estariam em pratosdiferentes da mesma balança, a qual seriamovimentada pelo Babaoge — sacerdote mediadorentre os vivos e os mortos. Era, pois, o sacerdote dosancestrais; tinha ou veiculava o axé dos ancestrais,através dos fenômenos da então mediunidade, a qualera desvendada ao Iniciado. Explicava-se ao Iniciadoque, se ele fosse possuído por um Ser Espiritual, esseseria um seu ancestral,** e nunca Orisha Ancestral— Senhor da Luz (Luz como Evolução,Conhecimento, Sabedoria, Amor, etc). Aí está oconceito que, ao ser deturpado, causou e causa asgrandes confusões nos crentes e simpatizantes dosditos Cultos de Nação Africana, que inverteramcertos conceitos puríssimos e básicos, passando ausá-los ritualisticamente ou mesmo iniciaticamente,completamente desestruturados e amalgamados deinfluências outras, que não as primeiras em sua real everdadeira pureza.Todos sabemos que os Cultos de Nação Africanaatuais não praticam seus rituais comosimplificadamente expusemos.Embora ainda hoje cultuem seus Orishas, quetambém chamam de Irumalés, os da "direita", eEbóra, os da "esquerda", continuam muito presos aoatavismo milenar, não conseguindo subtrair-lhes asdeturpações que tentam doutrinar, mas que a lógicarebate. Já se observa no meio desses rituais umselecionamento, o qual para muito breve dará novasdiretrizes à dita SOCIEDADE DO CANDOMBLÉ.Aguardemos...Não queremos de forma alguma desmerecer osfilhos dos Cultos de Nação Africana, nem muitomenos menosprezar seus cultos. Apenas estamosquerendo alertá-los de que a Raça Negra já foipossuidora de um culto relígio-filosófico e místicoritualísticoportentoso, que representava também aProto-Síntese Cósmica, mas que infelizmente per-* Ori — cabeça. Ori-Axé — cabeça feita.** Espírito Ancestral, aquele que havia passado pelo planeta Terra, através do reencarne. Egum ou Egungum = ancestre. Egum Coletivo— Baba Egum = Baba mi — meu Pai — meu ancestre.258CAPÍTULO XIIIdeu-se. Mas, com a pujança de todos nós, negros,brancos e amarelos, iluminados pelos grandescondutores da Raça Vermelha no astral, aqui nas

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terras do Baratzil, reconstituiremos a Proto-SínteseCósmica — o verdadeiro Aumbandan.Estaremos todos debaixo do mesmo CRUZEIRODO SUL, símbolo do amor universal. Ergamos na fée na razão os pilares que ruíram e esqueçamos osectarismo exclusivista e anacrônico. Construamos ospilares do amanhã, que já reclamam sua construçãono hoje. E por isso que lutam, no astral, lideradospelos integrantes do Governo Oculto do planetaTerra, negros, brancos e amarelos. Nãoesmoreçamos, construamos unidos e irmanados, aquina terra Berço da Luz, o caminho para oressurgimento dos Novos Tempos, que já despontamnos dias atuais. No raiar desses Novos Tempos,raiará a FRATERNIDADE UNIVERSAL, ondetodos serão livres, pois todos serão iguais.Após esse desejo sincero deste humilde Caboclo,que reflete também os anseios de toda a CorrenteAstral, continuemos nossa apagada explanação.Falávamos dos Irumalés, que citavam tambémcomo sendo Orishas funfun, ou os do branco, taiscomo Orumilá, Obatalá, sendo eles 400 e os Ebóra,como sendo 200. A você, Filho de Fé umbandista, emesmo você, respeitável adepto ou sacerdote dealgum Culto de Nação Africana, pedimos suaespecial atenção para o fato que vamos colocar semos véus que encobrem o mito, uma verdadeincontestável! Como sabemos, o mito é uma formade darmos uma explicação para determinada coisa,para que essa mesma coisa, de forma empírica, fiqueinteligível para todos os níveis conscienciais. Assimsendo, todo mito vela verdades profundas em seubojo. E afirmamos ser mito dizer-se que 400 são osIrumalés e 200 são os Ebóra. Vejamos o aspectoesotérico ou velado, que agora mui respeitosamenteiremos desvelar. Há milênios, em terras africanas emesmo no recentemente conhecido como Daomé,havia uma escrita ideográfica idêntica aos hieróglifosou signos do Alfabeto Vatânico ou Devanagárico. Naverdade, eraa língua sagrada e primitiva dos magos africanos, osinesquecíveis Babalawôs, os quais conheciam-na eusavam-na principalmente nos códigos de Ifá(Ifaraó), que infelizmente nunca mais foramdecodificados. Esses sacerdotes de Ifá, que comovimos nessa língua sagrada não queria apenas dizeroráculo dos demais Orishas e sim potência da palavraou o verbo divino (Ifá I — Potência; fá — palavra),eram conhecedores do mistério dos 400 Irumalés* e200 Ebóras.

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A confraria dos Babalawôs, na África, eradetentora do Alfabeto Sagrado, sendo que com essemesmo alfabeto escreveram as ditas Historietas do Ifá,os Itanifa, que continham os 256 Omó Odus (FilhosOdus), algo que veremos detalhadamente em futuroscapítulos, quando tratarmos do Oponifá. Mas, o quequeríamos dizer é que os decodificadores inverteramtudo; traduziram apenas o aspecto positivo,esquecendo completamente os aspectos comparativo(filosófico, científico) e superlativo (metafísico,cabalístico, etc).Bem, dizíamos que o alfabeto dos Babalawôs erao mesmo da primitiva Raça Vermelha, e também doconhecimento de altos sacerdotes egípcios e hindus,sendo, além de qualitativo, quantitativo. Assim,vejamos:O número 400, nesse alfabeto, era a letra Th.O número 200, nesse mesmo alfabeto, era a letra R.Por aglutinação, chegamos em tharô ou tarô, quena verdade era a Lei Universal, era a dita Proto-Síntese Cósmica, que tinha sido velada pelosegípcios e transmitida aos Babalawôs ou Oxôs(Magos), os ditos Ifatoxôs.Esperamos ter deixado claro que o Candomblé,ou melhor, os Cultos de Nação Africana, de há muitonão praticam os seus puros e reais ritos iniciáticos enem profanos. Infelizmente inverteram-nos einterpolaram-nos e a Tradição foi postergada.Acreditamos que o adepto do Culto de NaçãoAfricana, seja ele qual for, embora tenhamos dadoaqui muito mais as coisas ligadas à nação Kêto, queem verdade predominou no Brasil, ao ler nossosapontamentos* Irumalés: Em sentido genérico todos os Seres Espirituais que participam do orum (astral). Há portanto Irumalé Ancestral (Egum) e Irumalé Orisha.Os chamados orishas genitores são os da direita (ótum), inclusive os Orishas funfun (que manipulam o axé branco). Os da esquerda (osi) são os Ebóra,os ditos femininos.259UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicapoderá gradativamente se conscientizar de como erao ritual de nação em sua fonte cristalina, em perfeitoestado de pureza e colocá-lo em prática no tempo emque achar plausível. Quando assim o fizer, não deveesquecer de abolir as matanças, que não deverão serusadas para as oferendas ritualísticas e muito menospara a Iniciação dos futuros Iawô, seja no dito Bori(usar sangue vermelho mineral e vegetal) ou nos dias(17 ou 21) em que o crente estiver na camarinha.Evite-se pois o sacrifício de animais, pois é óbvio que

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Orisha não vai castigar, e nem a Força Orisha vai sedesgovernar. Orisha ou qualquer outra Entidade deLuz não se compraz com a agonia de um ser vivo,quer seja para louvá-lo ou para ritualizá-lo.Acreditamos que assim fazendo será um reinicioauspicioso para, a posteriori, incrementarem novasmodificações que seguramente tornarão o ritual denação muito mais fundamentado e esoterizado,colocando-o no seu devido posicionamentotradicional. Por ora é só. Antes de encerrarmos,queremos dizer que o Candomblé Tradicional hojecultua muito mais do que 16 Orishas. Mas os maiscultuados hoje são (não na ordem do Xirê): Ogum —Oxossi— Xangô — Obatalá — Yemanjá — Oyá — Obá —Ewê — Logunedê — Oxum — Nanã — Ossaim —Oxumaré — Obaluayê — Exu e mais Ibeji; Oxaguiãe Oxalufã — qualidades de Obatalá; Baiani e Airá— qualidades de Xangô.Bem, não demos a hierarquia nos atuaisCandomblés, mas os mesmos seguem a linha geraldeveras conhecida por todos os simpatizantes doscultos afro-brasileiros.Deixemos claro, por exemplo, que na línguaYoruba o Senhor da Luz é Orisha, no Gêge é Vodume em Angola é Inkice.Os sacerdotes também mudam:Babalorisha (Kêto) Tatatinkice (Angola)Yalorixá (Kêto) Vodunsi (Ewê ou Gêge)Exemplo da Entidade sobrenatural:Nação Kêto Nação Gêge Nação AngolaORISHA VODUM INKICEOGUM GUN NKOCE MUKUMBEEXU ELEGBARA ALUVAIÁAo terminarmos nossos apontamentos sobre osCultos de Nação Africana, o que fizemos muitosuperficialmente, passaremos a falar sobreo Candomblé de Caboclo com predominância Gêge-Nagô.CANDOMBLÉ DE CABOCLO — IEsse culto é uma mistura, com predomínioacentuado das influências africanas. E claro que,teoricamente, seria um culto mais degenerado que ode Nação Africana, em virtude de ter incorporadoelementos novos aos seus ritos. Esses elementosnovos, na verdade, devem-se ao surgimento, nessescultos, da genuína corrente ameríndia, a qualgradativamente vem se infiltrando nesse meio parasaneá-la, embora, a priori, pareça que o mesmo setornou infinitamente mais deletério que o ritual de

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Nação Africana. Nesses ditos Candomblés deCaboclo, a par de louvarem os Orishas, com suasprofusões de vestimentas, comidas votivas, tabus,matanças, ebós, boris, camarinhas e toda sorte deritos fetichistas, há como se fosse uma LuzRenovadora e essa Luz são os Caboclos, ditos Egunspelos cultores e crentes da nação africana, os quaispraticamente monopolizam todo o terreiro com suasconsultas e com sua lenta mas progressivainterpenetração ritualística e moral nesses ambientes,que infelizmente são muito vulneráveis à ação dashostes do submundo astral e das regiões condenadas,dando aos verdadeiros Exus Guardiães grandetrabalho para sanear e mesmo opor resistênciaconstante a essas hostes do submundo, mantendo aestrutura psicofísica das humanas criaturas queacorrem, claro que por afinidades, a esses locais.Quem acorre, em geral, é porque em outras vidasesteve ligado a esses sistemas religiosos degeneradosou muito contribuiu para o ódio racial na épocatormentosa e vergonhosa da escravatura. Hoje, senteseligado a todo esse movimento; serve-se do negrocomo antes. De uma certa forma, parece queperseveram no erro do passado, o que na verdade émuito ao contrário. Estão sim é resgatando pesadofardo, pois tudo o que no passado repulsaram, hojeaceitam e até participam com conivência integral,parecendo integrados tanto quanto os antigospraticantes. É a Lei ajustando a todos...Da mesma forma que no Culto de NaçãoAfricana, o predomínio sacerdotal é feminino, nastão260CAPÍTULO XIIIpropaladas e afamadas MÃES-DE-SANTO, as quaisfazem de tudo. Consultam com os búzios, fazemdespachos, dão ebó para Exu, fazem bori, fazem oSanto (dizem assim, quando fixam ou assentam oOrisha), fazem as comidas (em geral as Yaba —auxiliares da Mãe-de-Santo na cozinha ritualística),fazem as roupas de Santo e também, como dizemnesses locais, a pessoa é "feita", "raspada" e"catulada" (esses 3 termos para dizer que a pessoa éIniciada). Nesses locais, como dissemos, além delouvarem seus Orishas com cantos (orikis) em quemisturam o afro com o português, dançam, batempalmas, atabaques, berimbaus, agogôs, além defazerem o ritual em que baixam o Caboclo Fulano, oPreto-Velho Sicrano e até o Exu Beltrano, algocompletamente inexistente no Culto de Nação

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Africana tradicional. Aliás, já no Culto de Nação,essas Entidades são repulsadas e Exu nunca baixa, aocontrário do Candomblé de Caboclo, onde Exu baixae até consulta, claro que nas coisas terra-a-terra.Como já dissemos, seus sacerdotes, filhos desanto e mesmo adeptos ou crentes, estão afinizadoscom essa sistemática relígio-vibratória, o que é decerta forma uma bênção. Próximas reencarnaçõessurgirão e eles, como os cultos que cultuarem,também evoluirão. Precisamos é ter paciência etolerância; essa é a tarefa do verdadeiro umbandista,que ontem, provavelmente, esteve nas mesmascondições desses filhos, que hoje já estão no caminhocerto. Não estão em rotas erradas, somente estão noinício do caminho. Contribuamos sinceramente paraque eles caminhem sem sectarismos, desejamos aeles muita assistência espiritual e que os grandesemissários de nossa Corrente, que às vezes por láatuam visando incrementar-lhes a evolução, de formasimples e humilde (que por lá são bem aceitos),sejam o exemplo para todo umbandista sincero einteressado no bem da coletividade da qual faz parte.Jamais a crítica destrutiva, pois como criticar algo quefaz parte do caminho evolutivo das humanas criaturasadeptas desses, por que não dizer, abençoadosterreiros, pejis, ilês ou qualquer nome que queiramdar aos recintos de seus cultos?Assim, Filho de Fé, não é difícil reconhecer umCandomblé de Caboclo. Vejamos como reconhecê-lo:1. No congá ou peji há uma certa profusão deimagens de santos católicos (sincretismo)misturados com os ditos Orishas, a par de imagensde índios, pretos e pretas-velhas, crianças, sereias,etc.2. Em seus rituais há muitos festejos relativos àlouvação dos Orishas; dançam ao som dosatabaques, ou ilus, várias horas, girando em tornodo terreiro, que pode ou não ter um poste central(união entre Ayê e Orum).3. Suas vestimentas são idênticas às dos Cultos deNação Africana, personificando o Orishacorrespondente ao filho-de-santo (Yawô).4. Não raramente, há as tão propaladas e festejadassaídas da camarinha, onde o filho-de-santo saipossuído pelo seu Orisha, personificando-o quer navestimenta, quer nas danças ritualísticas. É o ditoestado de santo (transe anímico, em geral), quemuito pode colaborar no ajuste psíquico de certosindivíduos sensíveis a essas práticas místicas,livrando-os de traumas ou males maiores, somente

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pecando pelo sacrifício de animais e oempoçamento com o sangue desses animais na ditacoroa do médium, bloqueando completamente acorrente energética da kundalini, que pode invertersua polaridade e ficar concentrada nos centros deforças inferiores, trazendo grandes transtornos deordem psicossexual. Mas como dissemos, háraríssimas exceções de indivíduos que estão lá semestarem afins com o que se faz. Há, comochamamos, os casos passageiros, que apóssofrerem certos impactos, pois estavam em faixasdiferentes, após acordarem retornam à sua faixavibratória original.5. Há nesse lugar os ditos roncós ou camarinhas, ondefilhos ou filhas-de-santo ficam reclusos, naexpectativa de assentarem o santo, santo esselevantado pelos búzios ou erindilogum.6. Há, em sessões normais, as Entidades Caboclos,que baixam para consultas. Baixam usandococares, paramentando-se como índios, usandotacapes, arco e flecha, etc. Essas Entidadestambém dançam e dizem que são representantes detal Orisha, a par de fazerem seus trabalhos comervas, em banhos, defumações e outras mandingas(como chamam por lá determinados trabalhosmágicos).261UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica7. Exu também baixa, mas há também para ele o ipadêou padê, que visa, segundo eles, aplacar a ira deExu, despachando-o, ou dando-lhe iguarias paraque ele não perturbe os trabalhos que irão serdesenvolvidos. Aqui já há total discordância com oCulto de Nação Africana, em que o ipadê ressaltaque o Exu é o Emissário dos Orishas, elo entre oshomens e os deuses, aquele que vai à frente, indobuscá-los na África, segundo a lenda.Bem, Filho de Fé e leitor amigo, acreditamos sersuficiente o que já expusemos, e que o Filho de Fé eleitor note que, embora muito sutilmente, oMovimento Umbandista está se fazendo presentenesses cultos. E só.CANDOMBLÉ DE CABOCLO — IIAlém do Candomblé de Caboclo com influênciasKêto-Gêge-católico-ameríndio, há o Candomblé deCaboclo com predominância do ritual de Angola.Aliás, é uma mistura Congo-Angola-Kêto-Gêgecatólicoe ameríndio. E a chamada UMBANDAMISTA ou UMBANDA CRUZADA ou TRAÇADA.Muitos crentes e mesmo os tatas ou padrinhos, pois

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muitos dos sacerdotes nesses locais são chamados detatas, chamam esse culto de Omolocô. Embora sejaum ritual com predominância de Angola, muitoraramente as Entidades são chamadas Inkices, e simOrishas. Os nomes desses Orishas também são os doGêge-Kêto, a par de sincretizá-los com os santoscatólicos, algo similar àquela forma de Candomblé deCaboclo. Como dissemos, não difere muito avivência ritualística deste com o que vimosanteriormente. Há sim uma maior abertura, com maisinterpolações. Já há uma presença mais marcante doMovimento Umbandista; o próprio vocábuloUmbanda é muito mencionado, e se perguntamos aum desses filhos qual o ritual que fazem, dirão sempestanejar que é Umbanda Omolocô. Já houve umadescaracterização maior do culto africano; é como seo mesmo ficasse desestruturado, desarticulado emsuas ações ritualísticas mais básicas. Embora existaum culto aos Orishas, com barcos de Yawô, comcamarinhas, bori, sangueana emesmo os famigerados sacudimentos, já há umaprofunda identificação com a genuína correnteameríndia, que como vimos é a ponta-de-lança daRaça Vermelha, no astral, para esses ditosCandomblés. Assim, achamos que esses Candomblésde Caboclo-Angola serão para muito breveincorporados ou abarcados pelo MovimentoUmbandista. Dizem que eles não são tradicionais,aceitando tudo. Nossa visão é de outro prisma;acreditamos sim serem eles elos de ligaçãoimportantes entre o Movimento Umbandista e osdemais cultos; é a porta por onde a bandeirasaneadora da Umbanda está entrando. E como oFilho de Fé deve estar lembrando, dissemos que, nopassado longínquo, os Bantos, em especial osangolanos, tinham recebido conhecimentos daSíntese, através dos egípcios, os quais sempre sechamaram Aumbandan. Eis um dos motivos destedito Candomblé de Caboclo-Angola ter aceito ouaberto completamente seus rituais à influência dagenuína corrente ameríndia, a qual dirige, através daRaça Vermelha no astral, a Corrente Astral deUmbanda, ou melhor, o dito Movimento Umbandistada atualidade. Esse culto, na verdade, já está na rotacerta, aguardando o experimental kármico de seusprosélitos e simpatizantes para impulsioná-los noâmbito da Umbanda ou do Movimento Umbandista.Deixemos o tempo fazer seu trabalho, enquanto osfortalecemos com bom ânimo e confiança, para queamanhã possam, como verdadeiros pontas-de-lança

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de nosso meio, abarcar outros setores ainda maisrenitentes.CATIMBÓS — XAMBÁS — TORÉSCitamos alguns ângulos do Candomblé deCaboclo em suas duas formas, as quais sãoimportantes elos de ligação entre o MovimentoUmbandista e os ditos Cultos de Nação Africanatradicionais, cumprindo função saneadora eretificadora para que o Movimento Umbandista possaatuar abarcando e revelando novos conceitos, os quaisfarão ascender essa coletividade a novos degraus daescada evolutiva. Vejamos agora algumas formasdegeneradas de cultos. Se há o aspectoessencialmente positivo, há também os aspectosnegativos que vêm influenciando262CAPÍTULO XIIImilhares de pessoas. Assim, existem o Catimbó, oToré, o Xambá e a dita Macumba. São eles apêndicesnegativos que sobraram da vivência atávica fetichistada mais baixa estirpe, atuando neles, é claro,consciências deveras endividadas, quando nãocompletamente inexperientes, isto é, compouquíssimas noções do certo ou do errado, do bem edo mal. Enfim, seres com poucas reencarnações, masque desde já estão construindo um karma pesado parao futuro, tanto para si mesmos como para a sociedadefutura. Assim, a Corrente Astral de Umbanda vemtentando de todas as formas frenar esses cultosretrógrados e que são pontes de acesso ao que há demais escuso e trevoso no submundo astral e zonassubterrâneas profundas. Dentre esses cultos, um dosmais atrasados vibratoriamente falando e pesadíssimoem seus rituais é o dito Catimbó. O Catimbó éoriginado de uma mistura de cultos degenerados. Asdegenerações da pajelança, associadas aos rituaisCongo-Angola, aliadas às práticas de bruxaria efeitiçaria de todos os tempos, compõem o ditoCatimbó. Sofreu também fortes influências docatolicismo e kardecismo. Embora suas finalidadessejam a cura dos males físicos e os de ordem astral, hátambém os trabalhos para o bem e para o mal, todosdebaixo de uma grosseira e violenta correntevibratória. Seus sacerdotes, quase sempre homens,são chamados de Mestres e as Entidades evocadassão os Mestres de Linhas. Sinceramente, com todorespeito, são o que há de mais trevoso no submundoastral. Seus crentes passam por uma Iniciação edizem-se juremados, através de uma beberagemalucinógena com várias folhas e principalmente com

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a erva da jurema. Ligam-se a esse culto negro os maisendurecidos e ignorantes Espíritos que já passarampelo planeta Terra, sendo seus crentes encarnadosseus iguais, com uma única diferença: estãoencarnados em um corpo físico, que deixam servilipendiado e completamente deteriorado. AsEntidades que baixam aproveitam a ignorância e ainexperiência dos crentes para torná-los verdadeirosescravos de suas torpezas. As ditas Entidades tidas ehavidas como baianos, marinheiros, boiadeiros,ciganos e zê-pelintras, e mesmooutros, são como escravos dos ditos Mestres deLinha, tais como Maria Padilha (essa não é Exu não,como muitos podem pensar. Cuidado, principalmenteas Filhas de Fé), Mestre Luís, Mestre Bem-te-vi emuitos outros cruéis e desalmados magos-negros,verdadeiros emissários Filhos das Trevas. Nesseslugares, os Exus não são evocados, claro, pois elescombatem os magos-negros sem tréguas. Assim éque esses locais sempre ficam debaixo de violentosimpactos de ordem astral, em virtude de verdadeirablitz feita pelos Exus Guardiães nestes terreiros, nãoraras vezes desmantelando completamente a correntehumana e astral desses ditos Catimbós.Isso tudo acontece no Catimbó que muitos, pordesconhecimento de causa, rotulam como Umbanda.Outro ritual similar ao Catimbó é o dito Toré, ritualescuso e nefando, onde são cometidas as maioresatrocidades e os maiores desmandos no uso da maisbaixa magia, sempre em detrimento de alguém. OXambá, culto em extinção, é uma miscigenação entrea cultura religiosa ou mística dos indígenas e dospovos africanos Bantos (Angola). Foi abarcadocompletamente, em seu aspecto superior, peloCandomblé de Caboclo e degenerando-secompletamente no Catimbó ou Toré, em seu aspectoinferior.Filho de Fé e leitor amigo, nosso interesse nestadespretensiosa obra não é esgotarmos o estudo dosrituais e vivências nos ditos cultos afro-brasileiros, esim simplesmente relatarmos superficialmente o queexiste, mas que cedo ou tarde será abarcado pelaSagrada Corrente Astral de Umbanda. Após essesrelatos sobre os diversos rituais e cultos, antes demostrarmos como a Corrente Astral de Umbandainterpenetra-se em todos eles, vejamos também, deforma superficial, o que se entende por Kimbanda.KIMBANDA* — MACUMBASEm capítulos anteriores já dissemos que aKimbanda é o conjunto oposto à lei, e quem a

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comanda são os Exus Guardiães, que são Emissáriosda Luz ou da Lei, para as sombras ou trevas.* Entenda-se Kimbanda como a polaridade executora da Lei — a paralela passiva — agente da justiça kármica, e não como vulgarmentese diz, como sinônimo de magia negra.263UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaAssim, os Exus de Lei frenam e até combatem aslegiões de Seres Espirituais insubmissos que estãodebaixo de seu comando. Veremos no capítulo queversa sobre os Exus que os mesmos são agentesexecutores da justiça kármica e, portanto, estão nocumprimento de uma função legal, ou seja, a serviçoda Lei Maior. Por dentro dos terreiros, essasEntidades, quando no grau de cabeças de legiões ouExus Guardiães, sempre são serventias diretas dasEntidades Superiores, tais como um Caboclo, Preto-Velho, etc. Seus subalternos, ou capangueiros, comosão chamados os Exus que estão debaixo do comandovibratório do Exu Cabeça de Legião, podem atuarnum médium a fim de que o mesmo só "trabalhe"com o dito Exu. Neste caso, diremos que o médium ékimbandeiro, mas não no sentido pejorativo que lheemprestam, pois esse mesmo Exu, com seu médium,podem fazer o bem, claro que através de métodosmais grosseiros e menos especializados, pois suasistemática ritualística é mais densificada, seprestando mais aos trabalhos essencialmente daesfera material. Não obstante, podem fazer benefíciosvários, dentro é claro de seus teores vibratórios. Masneste caso, e só neste caso, o médium, por afinidade,tem em sua cobertura um Exu de verdade que,embora trabalhando por baixo, vai incrementando emseu médium a evolução, a qual se processa de formamuito lenta e criteriosa. Mas falemos do que acontecena maioria das vezes. Os médiuns trabalham com umCaboclo ou Preto-Velho, de repente descambam;querem vida fácil, e acham que podem consegui-lano santé, sendo que logo lhes chama a atenção otrabalho do Exu de sua guarda. Assim, iniciamtrabalhando, gradativamente, mais vezes com Exu,até o ponto de não terem mais giras de Caboclo, etc.Só querem é trabalhar com Exu, pois isso lhes trazprestígio e, por que não dizer, dinheiro, pois tudo queExu faz sem ordem superior tem de ser pago, emforma de vela, aguardente, panos, charutos, etc.Muitos dos consulentes, não tendo tempo paraadquirir os materiais, pagam diretamente ao médium,que já começa a usar esse dinheiro para outrasfinalidades, apesar do aviso de sua Entidade, um

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Caboclo ou Preto-Velho, para que deixe esse hábito eque não evoque tanto a Corrente dos Exus, coisa queo médium não ouve. Não ouvindo, começa a perder asintonia fina, só sintonizando-se com vibraçõesgrosseiras. Dessa forma, perde o contato com seumentor do astral superior, e é claro que também comseu Exu Guardião. Trabalha sim com Exus de planosinferiores, com os quais já se sintoniza. Então, o"terreiro" é o mesmo, continuam as imagens dosOrishas e até de Oxalá, mas quem manda mesmo é odito Exu, que já entrou na sintonia do médium. Aí éfeito de tudo, desde trabalhos simples até os maisescusos trabalhos de bruxaria, visando ao prejuízomoral, espiritual ou material de alguém.Assim, descendo de degrau em degrau, o médiumkimbandeiro,* a par de fazer determinados trabalhos,vai recebendo os choques de retorno queinflexivelmente recaem sobre ele. Aí vêm oalcoolismo, a doença, os desmantelamentosfamiliares, a falência moral, e por fim a total penúria.Não há kimbandeiro que não tenha um triste masmerecido fim, ou melhor, começo, pois do outro ladoda vida as coisas serão sem dúvida muito piores. Essefato relatamos mais acuradamente em outro tópico dolivro, mas desde já quisemos deixar patenteado que aKimbanda existe, que existe médium kimbandeiro,como também existe o trabalho de magia negra, oqual é feito e pode ser pego.Filho de Fé, por tudo isso que até agora você estáacompanhando em nosso relato é que surge aCorrente Astral de Umbanda interpenetrando nessesmeios, visando evoluí-los, saneá-los e mesmofiscalizá-los, através do verdadeiro Exu Guardião.Assim, a Umbanda é um vigoroso Movimento de Luzque abarca tudo isso numa poderosa interpenetraçãoastral e humana, visando incrementar a evoluçãodessa massa, dita como dos adeptos dos Cultos Afro-Brasileiros e que já é generalizada como umbandista.Esse Movimento é o que revela uma nova sistemáticamística, mediúnica, espirítica e doutrinária,promovendo reações e readaptações de valores. EsseMovimento foi feito, como vimos, pela primeva RaçaVermelha, senhora dos destinos de nossa coletividade.Surgiu assim o Movimento Umbandista, o qual emmenor espaço de tempo busca abarcar o máximo de* Não confundamos Kimbanda (Exus Guardiães — Executores da Justiça Kármica) com Kiumbanda (Kiumbas — Espíritos atrasados).264CAPÍTULO XIIIpessoas, que andam e perambulam sem rumo e sem

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diretrizes espirituais seguras e mesmo aqueles que seencontram em ambientes espiríticos inferiores egrosseiros. Essa é a 1ª fase do MovimentoUmbandista. Haverá mais 6 fases, algo de quefalaremos no último capítulo (Capítulo XVIII), sendoque após essas fases haverá o ressurgimento, em plenosolo berço-mãe e astral, da Proto-Síntese Cósmica —o Sagrado Aumbandan.Citando o vocábulo sagrado Aumbandan,vejamos e estudemos no próximo capítulo como ésuarito-liturgia. Filho de Fé, observe que, mesmo deforma simples, entramos no âmbito do misticismoque anima milhões de almas e dentro dessasimplicidade imploramos a você que olhe a todoscomo pertencentes, como de fato o são, à mesmaCorrente. São todos seus irmãos, pois estão debaixodo mesmo Movimento! Caso não possa ajudá-los,não os critique; faça silêncio e peça ao Alto para queOxalá os abençoe sempre, e que eles possam evoluiro mais rápido possível para benefício de nossa grandefamília. Saravá, Filho de Fé, Caboclo agradece....Nota do médium — É importante que não se venha confundir Movimento Umbandista (o que se pratica atualmente) com o AUMBHAN DAN — A Proto-Síntese Cósmica. Na verdade o Movimento Umbandista, como ressalta o Sr. 7 Espadas, pretende restaurar oAUMBHANDAN, e isso está sendo feito em 7 Fases, como veremos no Capítulo XVIII.265

Umbanda e sua Rito-Liturgia — Vivência Ritualística naUmbanda Popular — Sincretismo — Tipos de Rituais —Modelos de Templos — Teoria e Prática dos Processos deImantação, Cruzamento e Assentamento — UmbandaEsotérica — Rituais Secretos e Seletos267

entro do Movimento Umbandista da atualidade, enfocaremos 3 modelos de rituais, que se adaptam àsvárias unidades religiosas denominadas grupamentos, tendas, cabanas etc, e por dentro delas os diversosgraus de consciência das humanas criaturas.Como sabemos, os rituais visam evocar as Divindades, as Potestades Espirituais ou quem as represente.Em nosso caso, evocamos o Orisha Ancestral e toda sua Hierarquia, composta por Orishas Menores, Guias eProtetores, com o objetivo de atrair sobre essa mesma coletividade a proteção, a cobertura e a presença dessasditas Entidades Espirituais.

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E da forma como se processa essa evocação místico-ritualística que se preocupará este nosso capítulo.Antes, porém, queremos ressaltar que estaremos nos referindo aos rituais do Movimento Umbandista enão às suas ramificações. Estaremos citando desde o espaço físico, denominado terreiro, até os atos místicoreligiososprocessados nos congás dessas tendas ou cabanas relativas ao Movimento Umbandista, o qual foi eé um possante Movimento de Luz ordenado pela Confraria dos Espíritos Ancestrais (a pura Raça Vermelha)que interpenetrou todos os cultos, os ditos de origem afro-brasileira.E esse um grandioso Movimento, o de Umbanda, sendo maiúscula sua tarefa, e não menos difícil, a qualseja de interpenetrar, sanear, arejar, elevar e direcionar para planos mais elevados muitos cultos queinfelizmente não são condizentes com a era de paz, amor e harmonia que se aproxima celeremente, e que serávivente no 3º milênio.Dentro do propósito de elucidar e elevar o nível místico-vibratório dos milhões de Filhos de Fé que estãoagrupados, segundo suas crenças e concepções sobre as coisas da Umbanda, nos milhares de terreiros, é quenos propomos a escrever sobre o que há de mais simples dentro da rito-liturgia do Movimento Umbandista.Antes, porém, vejamos qual o mecanismo dos diversos rituais, que embora diferentes entre si buscam osmesmos objetivos.Todo ritual, de maneira bem simples e didática, possui 3 partes, que são:lª parte — PREPARATÓRIA; 2a parte — ATRAÇÃO DE FORÇAS; 3ª parte — MOVIMENTAÇÃODESSAS FORÇAS SEGUNDO O OBJETIVO VISADO.Como o Filho de Fé e leitor amigo pode observar, não há nenhum culto religioso, que tendo ritual, nãosiga essas partes ou fases por nós aludidas. E justamente nessas 3 fases ou partes que calcaremos toda a nossadissertação sobre os 3 modelos de rituais que se seguirão no decorrer deste capítulo. Antes de lá chegarmos,devem o Filho de Fé e o leitor amigo estar pensando sobre o vocábulo rito-liturgia, já que falamos sobre ritoou ritual e não expressamos nossa palavra sobre Liturgia. Para nós, liturgia não é apenas o sinônimo de ritoou rito público; são as formas, meios, atos, posições e objetivos usados dentro de um ritual. A vestimenta,esta ou aquela posição, a pronúncia desta ou daquela palavra, a postura vibratória, fazem parte de umcontexto, o qual chamamos rito-liturgia. Esperamos que fique bem claro que, daqui para a frente, rito-liturgiaé para nós um contexto em que se enquadram: preparação, atração das correntes e manipulação dessas

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correntes. No caso das Entidades Espirituais, o processo é o mesmo: preparação astral e física do ambiente;evocação das ditas Entidades; o trabalho dessas Entidades.Iniciemos pois nossa explanação sobre os 3 modelos de rituais:269DUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica1º MODELOEste ritual, temos certeza, atenderá ao maiornúmero de adeptos do Movimento Umbandista naatualidade, pois o mesmo, além de ser simples,atende às necessidades psicoespirituais de milhares deFilhos de Fé, que até o presente momento vinham evêm fazendo (muitos, mas não todos) um ritualsegundo tinham visto ou aprendido. Quando viram eresolveram fazer igual, seguramente, na época, eraminexperientes, muitos até vindos de outros setoresFilorreligiosos. Assim é que o maior número deadeptos, nesses terreiros, são recém-regressos docatolicismo, quase a totalidade, ou dos ditos cultosevangélicos, numa pequena minoria. Esses Filhos deFé, como são inexperientes, vão logo adentrando noprimeiro terreiro que se lhes apresente, e como têmuma Entidade que os protege, sentem alguma coisadiferente e logo interessam-se, sendo essa uma formade se chegar ao terreiro, aliás a mais freqüente.Outras formas são várias, mas nunca comparando-se,em quantidade, com a que citamos. Esses Filhos deFé, ditos por nós inexperientes, o são porpouquíssimos tempo, ficando logo muito "sabidos" eprocuram, com a ajuda dos seus próprios mentores,através da intuição ou mesmo pelo pedido direto, um"terreiro" condizente com seus graus conscienciaissobre as coisas do espiritual. Em geral, os própriosFilhos de Fé, descontentes e desiludidos por nãoacharem nada condizente com aquilo que está dentrode suas afinidades, começam a correr gira, isto é, vãoa todos os terreiros que lhes indicam. E nada. Nestasituação, procuram abrir seus próprios terreiros, esem dúvida assim o fazem, não se importando seestão aptos ou não a chefiar vibratoriamente umaCasa Espiritual e o tipo de ritual que farão, naverdade nem sequer sabem bem como se processarãosuas sessões, bem como os casos e coisas que por láocorrerão. Assim, sem cogitar de nada, abrem seusterreiros. Na verdade, esse será mais um local que osubmundo astral poderá usar como campo avançadode suas intenções. Sim, pois como dissemos, essesmédiuns são inexperientes, e sua sabedoria sobre ascoisas da Umbanda está baseada naquilo que viram e

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ouviram nos terreiros em que passaram, onde namaior parte da vezes predominava o sincretismoafrocatólico. Quando não, derivavam para os cultosnefandos do Catimbó. Até pouco tempo, eram asFilhas de Fé que se constituíam no maior números demédiuns a terem um terreiro desse tipo. Hoje já seigualou o número de homens e mulheres; dividem-seigualmente na chefia desses terreiros. O que é de selamentar é que, como dissemos no início, saíram dosterreiros que freqüentavam pois estavam fora desintonia vibratória, e seus próprios mentores assim oquiseram. Após essa fase, tornam-se completamentesurdos ao apelo do astral que os tirou de um lugarque não lhes era conveniente. Abrem seus terreirosesquecendo-se de que são apenas médiuns; quemdeve decidir se deveriam abrir seus terreiros são seusdirigentes do astral, os quais são completamenteesquecidos. Pobre Filhos de Fé, já estão perdendoaquilo que lhes era mais importante em sua vida, ouseja, o mediunismo. Nessa condição, sem consultarseu mentor espiritual, abrem seu terreiro, em verdadeseu terreiro, pois de seu mentor não é. Aliás, ele nãofoi nem consultado. Palavra de Caboclo que muitosFilhos de Fé assim procedem, e têm seus terreiros. Otermo se aplica bem; repetimos seu terreiro, pois deseu mentor não é. Então, de quem é? Ah, Filho de Fé,aí é que é a coisa (...)! Mas nosso dever é esclarecer eimpedir que isso aconteça; assim, daremos ummodelo de ritual e de terreiro, podendo é claro sofrerligeiras modificações, com a certeza de que terá aoutorga do astral superior.Veja o Filho de Fé que falamos sobre umverdadeiro médium, mas que se esqueceu de que eraapenas médium, e também quis ser o próprio mentor!Esses, se quiserem ainda voltar a sintonizar-se comseus mentores, reentrarão no equilíbrio de seusmediunismos. E outros que nem médiuns são.7 Sãoapenas auto-sugestionados ou acometidos de umprofundo neuroanimismo (exteriorização da própriapersonalidade, personificando a "entidade"imaginada, com todas as suas características físicopsíquicas).De repente abrem seus terreiros, e comonão há nenhum mentor, ficarão nas mãos deEntidades atrasadas e infelizes, as quais na gíria deterreiro são chamadas de kiumbas ou rabos deencruza. Embora os indivíduos não tenhammediunidade ativa, sendo sim neuroanímicos, osubmundo astral, através de seus emissários,exacerba ainda mais o neuroanimismo,270

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CAPÍTULO XIVfazendo com que esses indivíduos cometam osmaiores desatinos aos outros e a si mesmos. Nãoqueremos que ninguém pense que os estamoscriticando; ao contrário, são merecedores de nossamaior atenção, e sem dúvida damos essa atenção,tanto que, para eles, os que já estão nessa situação,estamos dando este alerta. Para os outros, lhesmostraremos um modelo simples a ser seguido, queseguramente obterá o aval de seus mentores, reais everdadeiros seareiros da Corrente Astral deUmbanda.A. O RecintoDesde o início deste livro, várias vezesreiteramos que a Umbanda é para o simples decoração e que nossos terreiros ou templos devem sero mais simples possível, como também o mais limpodo ponto de vista físico e astral. Assim, cada grupoterá, no prédio que dispuser segundo suaspossibilidades, a seguinte disposição:1. Na entrada, de qualquer um dos lados, umapequena casinhola que chamamos de tronqueira,que deverá estar pintada de vermelho por dentro eter uma porta. Mas deixemos essas explicaçõespara o final deste 1º modelo.2. Se o local destinado aos consulentes, ou mesmoadeptos, for logo após a entrada, esse local deveráconter, sem afetação, bancos ou cadeiras, sepossível iguais uns aos outros, tendo um corredorcentral que permita o trânsito de pessoas. O salãoque contém o reservado para os consulentes, comotambém o congá propriamente dito, deve serpintado de branco, pois essa é uma cor que refletetodas as demais, e como cor é energia, sendo queenergia é vibração, haverá profunda reflexãopositiva de vibrações enviadas pelos Caboclos,Pretos-Velhos, etc. Faça-se, prosseguindo, semafetação, algo bem simples, uma separação entre olocal destinado às coisas sagradas do congápropriamente dito e o local onde permanecerão osconsulentes. Que essa divisão seja uma pequenamureta ou mesmo um anteparo de madeira pintadade branco, nunca as tão usadas cortinas. E por quenão cortinas? Porque a cortina impede osconsulentes que chegam ou vão chegando antesdo início dos trabalhos espirituais, por meio das suascorrentes de pensamentos, de irem acalmando seupsiquismo ao olharem esta ou aquela imagem queestá no congá, que mais lhes seja interessante ou emque mais tenham fé. Na verdade, a mesa do congá se

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presta para isso, ou seja, para as projeções,imantações e mesmo dissipações de correntesmentais das humanas criaturas. Pode ter certeza,Filho de Fé, que assim fazendo sentirá que seustrabalhos surtirão maiores efeitos e benefícios a todosaqueles que lhe procuram. Caso haja cortina, que sejaaberta logo que o terreiro for aberto, só fechando-aquando o último consulente for embora. Ainda nocaso de haver cortina, que achamos plenamentedispensável, que seja na cor azul, que é a cor daespiritualidade superior. Faltou-nos falar sobre osvestiários, pois os médiuns não deverão vir vestidoscom suas vestimentas ritualísticas (a roupa branca, nagíria de terreiro), e sim trocarem-se no terreiro, norecinto dos vestuários! Os vestuários deverão sersimples, um reservado aos médiuns masculinos eoutro aos médiuns femininos e só. Fisicamente, é onecessário para processar-se uma sessão dentro dosmoldes do Movimento Umbandista da atualidade. 3.O congá é o recinto destinado aos rituaispropriamente ditos, o local onde as Entidadesmediunizam seus médiuns para atuarem nos diversosritos de terreiro. É portanto um local sagrado,destinado às coisas sagradas. No mesmoencontraremos a mesa do congá, ou o congápropriamente dito, também chamado peji. E como éesta mesa? Deve ser de madeira, apoiada na parede.Sobre ela, colocam-se 7 imagens, representativas dosOrishas. Segundo o sincretismo que já explicamos noCapítulo anterior, aconselhamos imagens sugestivas ede tamanho regular, segundo as posses do grupoumbandista. As imagens que aconselhamos são:JESUS CRISTO.......... representando OXALÁ (ORIXALÁ)NOSSA SENHORA(A VIRGEM) .................. representando YEMANJÁCOSME E DAMIÃO....... representando CRIANÇASSÃO JORGE ............... representando OGUMSÃO SEBASTIÃO......... representando OXOSSISÃO JERÔNIMO.......... representando XANGÔSÃO CIPRIANOOU SÃO LÁZARO......... representando PRETOS-VELHOS(Linhas das Almas)271UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicacorrente de Seres astralizadosnegativos ou mesmo pela correntenegativa proveniente das humanascriaturas que acorrem ao terreiro.Neste momento, já ensinaremoscomo os Filhos de Fé poderão

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resguardar-se da vampirizaçãofluídica e mesmo dessas correntesnegativas ou descargas que sãoprojetadas no congá.Debaixo da mesa, na sua parteoca, recoberta pela toalha da frente,coloca-se uma madeira cortada emtriângulo. O triângulo equiláterodeverá ter 35 ou 49 cm. Em cadavértice do triângulo, coloca-se umaagulha de aço, ou melhor, a agulhapenetra na madeira, ficando de pé.Risca-se um ponto de repulsão notriângulo, e ao iniciar-se a gira,coloca-se um copo com água e saldentro do triângulo. O vértice dotriângulo deve ficar voltado para aassistência.Como dissemos, podem ser posicionadas sobre amesa, e que essa contenha uma alva toalha, sendo quena frente da mesa, ainda na dita toalha, se faça embordado o ponto riscado do Guia-Chefe, na cor desua Vibração ou Linha, ou um pentagrama em azulclaro,fixado por 7 cruzes (que representam as Luzesou Forças) e por 7 pontos (que representam os 7Princípios da Umbanda).Além da mesa por nós citada, pode-se tambémfazer (de madeira) em forma de pequena estante, com7 degraus, assim:Em cada degrau pode ficar um castiçal, oumesmo um pires branco, para acender 1 vela brancaou abrir-se a gira, ou mesmo quando de umanecessidade. Próximo da vela pode-se deixar 1 copocom água, o qual servirá para fixar as vibrações aindamais, sendo trocado somente na próxima sessão.Queremos frisar que esses copos captam as energiasdos mentores e não as descargas do congá, que vêmpelaO COPO VAI NO CENTRO DOTRIÂNGULO, SOBRE O PONTORISCADOCaso seja possível, faça-se um furo no chão doterreiro, no local em que colocaremos o triângulo, atéatingir a terra. No buraco feito, coloca-se sal comcarvão e 57 agulhas de aço. Nesse buraco vai umestilete de aço envolvido com fio de cobre, o qualfica ligado com as 3 agulhas do triângulo, assim comomostra a ilustração:272AGULHAS

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CAPÍTULO XIVO triângulo com as agulhas, já com o pontoriscado, fica sobre o buraco, que deve ser fechado,deixando-se, é claro, sair o fio de cobre para ligar as3 agulhas, as quais ficarão ligadas entre si, tornandoseum poderoso repulsivo de correntes negativas,como também um higienizador elétrico-magnéticomuito útil para os terreiros, pois é para o congá quese dirigem as maiores sobrecargas, quer sejam dashumanas criaturas ou dos Seres astralizados, bemcomo toda sorte de larvas, miasmas e correntesvibratórias várias.Acreditamos não ser difícil colocar em prática oque expusemos; com um pouco de paciência e boavontade,o Filho de Fé fará de seu congá um temploagradável, em que todos sentir-se-ão bem e livres dasinfluências maléficas das forças negativas. O piso docongá deverá ser do material que se possa, mantendosempre a discrição e a simplicidade.Estando o congá assim arrumado, não podemosnos esquecer que os médiuns-chefes deverãolembrar-se de quais os dias mais propícios para suassessões; se em dias que correspondam às 2as, 4as, ou6as feiras ou nas 3as, 5as ou sábados. Assim fazendo,estarão tornando tudo mais propiciatório para seucampo mental e astral, onde atuam as EntidadesEspirituais. Assim é que vamos dar uma pequenatabela que os médiuns-chefes e só eles, pois osdemais estarão debaixo de sua vibratória, deverãoseguir para melhor aproveitar os influxos positivosde suas sessões, não só para si como para todas aspessoas que procuram seu terreiro em busca de ajudae socorro para todos os seus males.Tabela de dias favoráveis: 2a, 4a e 6a-feira— para os nascidos nos seguintes signos:Touro, Capricórnio, Virgem, Câncer, Peixes eEscorpião. 3a, 5a e sábado — para osnascidos nos seguintes signos: Leão,Sagitário, Áries, Libra, Gêmeos e Aquário.Demos uma tabela simples, em queos signos da terra (Touro, Capricórnio,Virgem) e da água (Câncer, Peixes eEscorpião) são considerados positivos nas 2as, 4as, e6as feiras, e negativos às 3as, 5as e sábados.Os signos do fogo (Leão, Sagitário e Áries) e osdo ar (Libra, Aquário e Gêmeos) são consideradospositivos nas 3as, 5as e sábados, e negativos nas 2as, 4ase 6as-feiras.O domingo é considerado conjugado, servindopara todos os signos de maneira geral.

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Estando com tudo isso em mãos, o médium-chefepode abrir ou mesmo reabrir o seu terreiro, sófaltando algo de suma importância, que é oassentamento e o cruzamento do terreiro, que agoratornaremos bem claro ao Filho de Fé, por meio denossa exposição.4. Para o assentamento, imantação e cruzamento, omédium-chefe fará os seguintes preceitos:A. Desimpregnação ou descarga do terreiro: *O médium-chefe acende as 7 velas na mesa docongá, entoa as preces cantadas mais afins, ecantando o ponto da Entidade-chefe, defuma, com ovaso de barro, com a seguinte mistura de ervas:arruda, guiné e casca de limão, secas. Enquantodefuma, no centro do congá, no chão, está um copocom água e sal, o qual também reterá as cargasnegativas do ambiente, sendo que, juntamente com adefumação, desimpregnará todo o ambiente doterreiro (defuma-se todos os recintos da tenda, éclaro). Repita-se esse ato de defumação durante 3dias seguidos, no horário das 21 horas. (Omédium-chefe não reúne a corrente nesses 3 dias,mas pode* No 4º, 5º e 6º dias da Lua minguante.273UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaescolher 2 ou 3 médiuns mais velhos ou maisexperientes para ajudá-lo.)Após a defumação, fará a seguinte evocatória:Ó Pai do Universo!Estenda Teu beneplácito através de Oxalá aosOrishas e a todas as Entidades Emissários da Luz:Permita que este humilde terreiro do Caboclo(Preto-Velho) Tal... tenha sido purificado, e todasas correntes negativas tenham sido dissipadas. Eassim, que as Luzes dos Orishas estejampresentes neste humilde terreiro do Caboclo ouPreto-Velho Tal...B. Imantação e cruzamento do terreiro:Depois de 4 dias da última defumação, o médiumchefereúne todos os médiuns do terreiro que, apósestarem com suas vestimentas ritualísticas, deixam,caso as tenham, as guias no congá (na mesa). Omédium-chefe já deve ter preparado uma vasilha delouça branca, que contenha água do mar, água dacachoeira e pétalas de flores diversas, nas 3 cores:branca, vermelha e amarela. Também deve terdeixado sobre a mesa do congá 4 velas de cera nasseguintes cores: lilás, alaranjada (substitui vermelha),azul e verde.

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Com isso à mão, o médium-chefe inicia o ritualcom uma defumação (às 20 h) de incenso e mirra, emtodo o ambiente e em seus médiuns. Após terdefumado com o congá aceso (7 velas), iniciar aimantação, cruzamento e consagração do congá.É importante, antes de prosseguirmos, quedeixemos expressar que a corrente mediúnicaformada deverá ter os médiuns masculinos à direita docongá e os médiuns femininos à esquerda. Osmédiuns devem ficar em corrente vibrada, isto é,dando-se as mãos, sendo que a mão direita fica sobrea esquerda, assim sucessivamente, até fechar-secompletamente a corrente. Assim posicionada acorrente, o médium-chefe dirige-se ao congá, apanhaa tigela de louça branca, se ajoelha de frente para ocongá, levanta a tigela com as 2 mãos e profere comfé a seguinte evocatória:Pai Oxalá — Mestre e Senhor do planeta Terra:Evocamos Tua infinita misericórdia e Tuapermissão para cruzarmos, imantarmos econsagrarmoseste congá para o Caboclo (Preto-Velho) (dizo nome da Entidade-chefe da casa). Que a TuaSanta permissão desça sobre a Corrente Astral deUmbanda e que ela vibre e filie nosso congá àCorrente das Santas Almas do Cruzeiro Divino.Assim, eu (diz o nome), médium-chefe desteterreiro, peço agô para imantar, cruzar econsagrar este terreiro ao Caboclo ou Preto-Velho Tal..., que neste instante nasce para a Luze a Caridade. Louvado seja TUPÃ (3 vezes).Neste instante, o médium-chefe dirige-se àsimagens e tudo o que estiver no congá e vaiaspergindo a água com as pétalas; depois, derrama aágua com as pétalas na cabeça dos médiuns. Depoisde ter feito isso, coloca novamente a bacia no centrodo terreiro. Dirige-se ao congá e pega as 4 velascoloridas.Bem, o Filho deve estar vendo a ilustração queexpressa exatamente o que desejamos falar. A baciafica no centro. No ponto cardeal norte (que nãoprecisa ser de frente para o congá), acende-se umavela lilás; no cardeal leste acende-se uma vela azul;no cardeal sul acende-se uma vela verde e no cardealoeste acende-se uma vela alaranjada.Com os 4 pontos iluminados, o médium-chefepede que os Orishas façam o cruzamento do seuterreiro, nas forças dos Senhores dos Elementos, eque esses elementos vibrem nesta hora em que oterreiro está nascendo. Pronto. O médium-chefe,

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nessa hora,274CAPÍTULO XIVpode dar início à sua sessão, isto é, evocar asEntidades que queiram baixar e imantar ainda mais,com suas vibrações, o novo terreiro que nasceu.A bacia com água e as flores, se é que sobraram,são entregues em uma mata limpa, após 3 dias.*Ao entregar-se a bacia, coloca-se dentro damesma vinho tinto suave com mel e 7 velas brancasem torno dela. Esse vinho com o mel é entregue aoCaboclo chefe, que sabe como manipulá-lo, isto é,sabe como dar esses elementos, que se astralizarão,aos ditos Espíritos da Natureza. Com isso feito, estápronto o terreiro para receber os consulentes eproceder uma sessão de caridade.C. Ritual1a Parte — Preparação do ambienteO médium-chefe ou quem ele escolher deve fazeruma pequena prédica, visando elevar não só opsiquismo dos médiuns como também dosconsulentes. A prédica deve ser algo que verse sobrea Umbanda, ou mensagens de otimismo a todos (nãoultrapassar nunca a 10 minutos).Após essa prédica, o médium-chefe faz umaevocatória aos moldes umbandistas, e louva os 7Orishas ou as 7 Linhas.A seguir, procede-se à defumação nos médiuns eem todo o terreiro e consulentes. Nesta hora, e sónesta hora, os médiuns pegam suas guias queestavam sobre o congá.2a Parte — EvocaçãoEntoam-se os pontos afins ao terreiro, até omomento de cantar-se o ponto da Entidade-chefe, aqual, ao chegar, traz também os seus auxiliares, ouseja, os outros médiuns também ficam mediunizadoscom seus mentores.3a Parte — O trabalho em siAs Entidades atendem os consulentes comconsultas, passes, trabalhos, etc.Os pontos deverão ser cantados com intervalosou segundo as necessidades do próprio trabalho.Após findarem-se os conselhos, consultas epasses, canta-se o ponto de subida dos Caboclos, etambém do Guia-chefe.Após a subida das Entidades, o médium-chefeprepara um defumador forte, com arruda, guiné e cascade limão e defuma todo o corpo mediúnico, enquantodeixa um copo de água e sal no centro do terreiro,onde já se pembou (com pemba branca) um triângulo

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apontado para a porta de saída.Após defumar todo o terreiro, leva-se odefumadouro à porta da tronqueira, sobre a qualvoltamos a falar.No início, tínhamos dito que a tronqueira deveriaser pintada de vermelho, caso houvesse condições. Oimportante é que ela esteja sempre limpa, e nunca secoloque dentro dela essas imagens inverossímeis dosditos Exus. Coloque-se, sim, os verdadeiroselementos de imantação e ligação desse Agente daJustiça Kármica, que é o Exu de Umbanda. Cada umcoloque em sua tronqueira aquilo que acharnecessário, mas jamais aquelas imagens irreais quenunca, em tempo algum, representaram nem o que háde mais trevoso no submundo astral, quanto mais overdadeiro Exu Guardião. Não se coloque ebós, isto é,oferendas com sacrifícios, pois o verdadeiro Exu deUmbanda jamais pediu ou pede tais elementossangrentos que têm ligação e afinidades com o baixoastral e todo seu cortejo de Entidades ignorantes eatrasadas, quando não sumamente frias e cruéis. Casonão se tenha nenhuma ordem, aconselhamos que sesalve o Exu com uma quartinha sobre um pontoriscado próprio, e dentro dessa tenha aguardente, etambém uma taça com cidra.Deixe-se uma vela acesa, branca ou vermelha,nunca a preta, em louvor à guarda de Exu. Caso atronqueira comporte, os médiuns, após baterem acabeça no congá e deixarem suas guias sobre a mesado dito congá, podem ir saravar o Exu Guardião doterreiro, como também podem pedir cobertura ao seuExu. Não se cante dentro do terreiro o ponto cantadode Exu, a não ser que a ordem venha de umaEntidade de fato e de direito, e mesmo que venha,tira-se o ponto no final do trabalho, depoisObs. - Mesmo que não haja sobras, fazer a oferenda citada.275UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicadefuma-se todo o congá. Pode-se tirar o ponto de Exulá na sua tronqueira, que é o local de ação e reação dotrabalho desses vanguardeiros da Luz para asSombras.Ao terminarmos, não citamos o atabaque, o qualtambém achamos dispensável no trabalhos de caridade emuito principalmente no desenvolvimento mediúnico.Mas, caso haja o atabaque,* que o mesmo seja batidopor quem saiba, no ritmo certo, e nunca usado emdesenvolvimento mediúnico, pois o som do atabaquefaz vibrar certos centros anímicos e, em vez de omédium receber seu Caboclo ou Preto-Velho, recebe

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sim é a si mesmo ou a Entidade subconsciente!2º MODELOAssim como o primeiro modelo, este segundo visatrazer aos Filhos de Fé um ritual simples, harmoniosoe positivo, onde as Entidades Espirituais possamatuar sem embargos vibratórios e suas correntespossam ser fixadas no ambiente etéreo-físico doterreiro, e essas vibrações ou correntes possambeneficiar a todos. Este modelo, que humildementeentregamos aos Filhos de Fé mais tarimbados emnosso meio, que buscam aprimorar seus rituais, visapermitir um melhor atendimento aos consulentes queos procuram. A maior parte desses médiuns são deUmbanda, isto é, nasceram em seu seio vibratório evieram com compromissos de trabalharmediunicamente na seara umbandista. A outrapequeníssima minoria é originária das várias EscolasFilosóficas, do ocultismo e do kardecismo. Sãomédiuns que procuram entender o mecanismo daCorrente Astral de Umbanda, como também estudama mediunidade e as ditas Sagradas Escrituras,procurando interpretá-las segundo os conceitosumbandistas, tudo visando posicionarem-se no ditoMovimento, e para isso são incentivados por seusmentores, que de fato e de direito baixam e ordenamesses Filhos. Ao contrário dos outros Filhos de Féinexperientes, esses Filhos de Fé abrem seus terreirosporque foram ordenados por umaEntidade que se responsabilizou por essa ordenação ecobertura, tanto por cima, do ponto de vista astral,como por baixo, aqui no plano físico denso. Algunsdesses Filhos de Fé estão no Movimento Umbandistahá mais de 10 anos, sendo a grande maioriarepresentada por Filhos de Fé médiuns masculinos.Muitos desses médiuns têm conceitos muito precisossobre a LEI DO KARMA, REENCARNAÇÃO,PLANOS DE EVOLUÇÃO DO SER ESPIRITUAL,e muito principalmente do porquê do MovimentoUmbandista da atualidade, como entendem também anecessidade de fazer-se adaptações de ordemhumana, visando interpenetrar e elevar váriasconsciências que por motivos vários dirigem-se aosseus terreiros. Além do aspecto fenomênicomediúnico, manipulam, através de seus mentoresespirituais, aspectos leves da magia etéreo-astrofísica,sempre em benefício do próximo. Conhecem as açõese reações de certas ervas que atuam no corpo astral,refletindo-se no complexo etéreo-físico,revitalizando-o ou curando doenças e restaurando-lheo equilíbrio. Esses Filhos de Fé jamais fazem uso da

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matança de bichos, sejam de pêlo ou de penas, fatoesse superado por eles nesta encarnação. Conhecemoutros elementos mais sutis e mais potentes paraatuarem em seus rituais, principalmente nodesmancho de certos trabalhos ou cargas oriundas debaixa magia. Como podem ver pela nossa descrição,a maior parte desses Filhos de Fé são muitoconscientes de seus compromissos, e em seusterreiros fazem um ritual simples, masprofundamente positivo, trazendo invariavelmentesegurança e auxílio espiritual a todos os consulentesque para ali acorrem. Não obstante, daremos aqui, àguisa de bússola, não para esses médiuns, mas paraos que estão chegando a esse plano, um modelo deritual.O RECINTOOs mesmos moldes de simplicidade com os quaisnos referimos no lº modelo deverão nortear o* Infelizmente, raríssimos são os Iniciados que sabem o preparo correto dos atabaques, como também os toques adequados. Frisamos, e queremosdeixar patenteado, que o som do atabaque, bem como certa postura corporal, é magia. Nunca deverá ser usado para fins mediúnicos, e somente emrituais magísticos com Iniciados de altíssimo Grau Iniciático. Não nos esqueçamos que estamos diante de um possante elemento alquímico, que é amúsica, que das Artes é a que vai mais fundo na alma, portanto...276CAPÍTULO XIVrecinto deste nosso 2º modelo. A simplicidade dosdetalhes, aliada a uma perfeita limpeza física e astral,são os requisitos básicos para o templo cumprir suasfunções. Os Filhos de Fé afins a este modelo sãoaqueles que desejam praticar a Umbanda pautada nosseus ensinamentos mais puros, para isso apelam àscorrentes de Caboclos e Pretos-Velhos a fim deajudá-los nesse intento. Procuram fazer um ritualsuave mas eficiente, sem palmas e sem atabaques(não os usam, nunca). Aproveitam, sim, a forçavibratória e a eufonia etéreo-física de certos pontoscantados, que sabem ser de raiz, isto é, foram dadospor uma Entidade quando no "reino", incorporada emum Filho de Fé. Após ligeiras palavras em quereiteramos nossa opinião sobre esses Filhos de Fé,passemos aos seus templos, sua conformação,disposição etc. Claro está que o grupo terá o recintoou o prédio segundo suas posses, tendo ciência deque, se houver merecimento, nós, os mentores, osajudaremos a conquistar dependências mais propíciase que possam melhor se ajustar ao número de pessoasque os buscarão. Sempre que possível, o terreirodeverá ser no nível da rua, nem inferior nem superior

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a ela; isso deve-se aos escoadouros naturais, queencontram no elemento terra os fins necessários paraas dissipações de vários miasmas, elementosmórbidos e correntes primárias inferiores. Então,vamos à descrição:Na entrada do terreiro, em qualquer um doslados, haverá uma casinhola, de tamanho variável, aqual chamamos de tronqueira. Sua cor interna éindependente, contanto que não seja preta: a corvermelha ou a cinza se prestam bem a essafinalidade. A vermelha por ser primária, que degradacorrentes maléficas. A cor cinza é importante nosprocessos de ação e reação mágica de uma tronqueiraem virtude de ter em sua composição a cor branca,que reflete as demais cores, e a preta, que é ausênciade cor, e também absorve todas as demais cores ouvibrações. Como explicamos, é possível entenderque o cinza é uma mistura do branco com o preto,servindo tanto para processos reflexivos comocondensantes. E claro que essa tronqueira não teráimagens, pois os Filhos de Fé afins a essesagrupamentos jamais aceitariam e não aceitam Exutal qual a mitologia greco-romana; enfim, para essesFilhos de Fé, o Exu está muito longe dessas formasanômalas, sendo de péssimo mau gosto fazer-lhes talsimilitude. Para eles, o Exu não é o diabo ou mesmoum emissário de Satã. E, sim, um EMISSÁRIO DALUZ PARA AS SOMBRAS, serventia de umaEntidade que pode ser Caboclo, Preto-Velho ouCriança, os quais servem-se dessas Entidades paracombater e frenar as cargas e os magos oriundos dosubmundo astral. Assim fazem com o Exu, pois osmesmos estão complementando seus karmaspassivos, para futuramente entrarem nas paralelasativas, desvinculando-se dessas funções pesadas,difíceis e não menos importantes. Sabem também queas tronqueiras são os locais vibratórios onde osassentamentos de Exu, dentro das ações e reaçõesmágicas, se prestam a dinamizar correntes mágicasque serão utilizadas pelos mentores superiores, comotambém há fortes elementos dissipadores e atérepulsores de certa classe de correntes ou forças. Paraisso, necessário se faz que a tronqueira tenha osseguintes elementos:A) Deve estar firmada na terra, por ser oescoadouro natural de qualquer carga, precisando éclaro de algo que conduza essas cargas até a terra.B) Nos 4 cantos da tronqueira fazem-se buracos eem cada um deles enterram-se sal grosso, carvão e 7agulhas de aço.

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C) No meio da tronqueira faz-se um buraco,colocando-se sal grosso, carvão e 21 agulhas de aço.Sobre esse buraco, depois de fechado com a própriaterra, coloca-se uma madeira de tamanho condizentecom a tronqueira, onde serão fixados os sinais depemba que correspondam aos movimentos de ordemmágico-vibratória que se processam no terreiro, comotambém conduzam energias usadas na magiaastrofísica e dissipem outras cargas deletérias,provenientes de Seres astralizados malfeitores ou debaixa corrente de pensamentos oriundos das humanascriaturas. Abaixo, daremos um sinal de pemba queordena os Exus na manipulação da atração ourepulsão de certa energia ou energias. Serve paraqualquer Exu. Só não explicaremos os detalhes emvirtude de serem de única competência do astral oudo verdadeiro médium-magista, o qual nãoencontrará nenhuma dificuldade em identificar ossinais e suas ordens. Aqueles que desconhecem essessinais, Caboclo avisa que os mesmos são relativos ànossa277UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaALTA MAGIA e tenham certeza de que funcionam,pois estão relacionados com o que há de maispositivo dentro da grafia etéreo-física e seusrespectivos movimentos de ação e reação, com seusmovimentos de clichês elementares e certa classe deEntidades evocadas a prestarem seus serviços emdefesa do terreiro. Veja com atenção o ponto riscado,Filho de Fé:Este sinal deverá ser feito na pemba vermelha oubranca, nunca na pemba preta, pois são sinais de Exusde Lei, que não se prestam à Magia Negra. São ordensde cima para baixo, ou seja, a Luz ordenando seusemissários para as sombras, que são os Exus de Lei.Nessa mesma madeira vai um ponteiro cravadono centro. Próximo ao ponteiro, que fique uma pedrapreta e uma pedra branca. Os elementos fixadores edinamizadores da tronqueira serão: as pedras jácitadas e as quartinhas com álcool, aguardente eágua, isso de maneira geral, sem entrarmos emmaiores fundamentos. Afirmamos ser altamentepositivo este tipo de tronqueira, imunizando ehigienizando o ambiente astral do terreiro da pertinaze voraz corrente de vampirização dos magos-negros eseu séquito de almas aflitas, penadas, sofridas edesesperadas, que invariavelmente chegam emaluvião aos terreiro. Se o terreiro não tiver seusescudos defensivos, o mesmo, em pouco tempo,

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torna-se presa dessas infelizes e perversas Entidades,as quais destrambelham completamente o terreiro emseu tônus vibratório edesestruturam astropsiquicamente todos os médiunsou, quando não, trazem-lhes tão profundasperturbações que as mesmas se estendem aos seuslares, serviços e compromissos, surgindo as tãofaladas pancadarias do astral inferior. Antes dissoacontecer, o Filho de Fé previdente fará o seu escudoadequado, através de uma tronqueira segura e fixadapelas ordens de cima, ou seja, por um Caboclo, Preto-Velho, etc. Demos especial atenção à tronqueira emvirtude desses médiuns serem, devido ao seuverdadeiro compromisso, muito visados pelosubmundo astral, que sempre procura obstar edificultar a jornada desses verdadeiros Filhos de Fé,sendo esse o motivo de insistirmos em sua guardafeita na tronqueira pelo verdadeiro Exu Guardião. Éclaro que a conduta do médium será de fundamentalimportância na abertura ou não dessas brechas, mascomo os melhores Filhos de Fé custam a assimilaressas verdades, precisam então estar escudados emportentosos campos defensivos de seus auras e detoda sua constituição etéreo-astrofísica. Após essasconsiderações, falemos do congá propriamente dito.O CONGÁAs dependências internas do templo, segundo aspossibilidades do grupo umbandista, deverãoconsistir de um recinto para o santuário e uma salapara os consulentes, sendo que a mesma deverá terbancos ou cadeiras, permanecendo um corredorcentral para o trânsito dos consulentes. Não hánecessidade de homens sentarem-se de um lado emulheres do outro, pois isto é plenamentedispensável e até indesejável, em virtude de que,assim fazendo, pessoas com laços áuricos,necessitando de ajustes, são afastadas, mesmo porqueas divisões dividem apenas fisicamente, portanto...Essa sala ou recinto destinado aos consulentesdeve estar sempre higienizada, em virtude de muitaspessoas recorrerem ao terreiro, sendo benéfico paratodos a higienização física e astral do ambiente. Aparede deverá ser pintada de branco, bem como asdependências do santuário propriamente dito. Esse,por sua vez, deverá ser o mais simples possível,sendo que a mesa do congá propriamente dita não278CAPÍTULO XIVconterá nenhuma imagem, a não ser a de Jesus, quepode também ser um quadro sugestivo, e nunca o

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mesmo pregado à cruz. Assim, o modelo quesugerimos é o que se vê na ilustração abaixo.Na parede onde se assenta a mesa do congácolocam-se, na posição indicada acima, 7 pedaços decompensado de cedro de 30 x 30 cm, cada um com oideograma correspondente às chaves evocativas quese relacionam com as 7 Vibrações Originais dos 7Orishas Planetários.Entre esses 7 sinais, que deverão ser pintados àtinta, vai a estampa em quadro do Senhor Jesus.Abaixo vai madeira de cedro, no tamanho que sepossa, com os 7 sinais da Lei de Pemba, ou o pontoriscado do Guia-chefe, o qual dará a pemba com suasOrdens e Direitos de trabalho. Caso não se tenha essaoportunidade, poderá riscar-se a seguinte pemba,que está ligada com a Confraria dos EspíritosAncestrais:279UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaEste sinal deverá ser riscado na pemba branca ouazul.Sobre a mesa, que será de cedro, caso sejapossível, deverão ir 2 jarros para conter as flores e 1pequeno triângulo de cedro, em cujo centro haveráum copo com água e um cristal dentro, servindocomo copo da vidência, ou condensador da Luzetéreo-astrofísica do ambiente. No triângulo, vão osseguintes sinais:Sobre a mesa, deverá haver também 7 pires ou 7castiçais, onde serão acesas as 7 velas do congá. Sobo congá, colocar o mesmo indicado no Modelo 1.O ritual será similar ao Modelo 1.Deixamos de citar os rituais de imantação eassentamento do Congá, pois esses Filhos sãosabedores desses rituais.Após essas ligeiras orientações sobre o 2°modelo, partamos já para o 3° modelo, o qual é decaráter iniciático.3º MODELOEsse 3º modelo que daremos se afiniza comFilhos de Fé que atualmente estão em reduzidaminoria. São aqueles raríssimos que dizemospossuírem ordens e direitos de trabalho. Essas Ordense Direitos de Trabalho significam que são os únicosaos quaisensinamos certos ângulos profundos, quer sejam noaspecto moral, doutrinário-mediúnico ou mesmo noâmbito da dita magia astroetéreo-física. São médiunsque trabalham em nosso Movimento há mais de 3encarnações, possuindo sólida cultura, não só sobre

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as coisas do espiritual ou das ciências herméticas denossa Umbanda, mas também cultura acadêmica daTerra, credenciando-se a melhor entenderem todos osnossos movimentos, quer sejam de ordem superior ouastral, ou mesmo de interpenetração nas humanascriaturas. Em outras reencarnações, foram também,muitos deles, célebres figuras beneméritas, na área daciência, da filosofia, das artes e do misticismo. São,pois, os únicos que permitimos que movimentem aterapêutica dita como natural e astral, dentro damagia positiva, sempre para o bem comum, e que sefirma nos verdadeiros sinais riscados já mencionadoscomo Lei de Pemba. Esses médiuns sãomediunizados ou montados não somente na mecânicade incorporação, mas muito principalmente por meioda clarividência, clariaudiência e da ditasensibilidade psicoastral. São eles que, na verdade,dentro de seus respectivos graus, podem serchamados de praticantes da Umbanda Iniciática.Dentro dessa Umbanda Iniciática, raríssimosFilhos de Fé alcançaram o grau de MESTRE DEINICIAÇÃO DE 7° GRAU NO 3° CICLO, o qual,em verdade, por conhecer os verdadeirosfundamentos da Umbanda em sua teoria e prática,conhece e manipula habilmente o oponifá verdadeiro,com os 21 dendês. Podem ser chamados deBabalawôs ou Magos. Seus sacerdotes auxiliares sãoos Mestres de Iniciação de 7° Grau e os de 6° GRAU,os quais não manipulam o oponifá, mas seusiniciadores lhes ensinam outro oráculo, de acordocom seus graus de Iniciação e graus conscienciais.Também podem manipular levemente a magia, sendojusto chamá-los de operadores da magia oumagistas.Assim, agora daremos, em poucas linhas, o ritualde um Templo-Terreiro de um desses médiuns ditosBabalawôs, Magos, Mestres de Iniciação de 7° Grau,3º Ciclo.*Nota do médium — Consultar Umbanda de Todos Nós; Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda, ambos do ilustre e insigne Mestre W.W. daMatta e Silva, ícone Editora.* Este ritual, também se adapta aos Iniciados de 7° Grau nos 2° e lº Ciclos, pois os mesmos foram iniciados por um Mestre de Iniciaçãode 7º Grau do 3º Ciclo.280CAPÍTULO XIVPara entender-se bem este ritual, iniciemos desdea porta do templo até os recônditos do mesmo.Quando entramos num desses templos, através doportal que o separa da via pública, encontramos a

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casinhola dita tranqueira, a qual é fechada, sendolocal de assentamento de certos elementos de defesavibratório-magnética, onde atuam os Guardiães doTemplo - o Exu e sua falange responsável pelaguarda vibratória do templo. Nesse local, por ondetodas as pessoas obrigatoriamente têm de passar (porser passagem para quem entra), é que o Exu começaa selecionar os casos que serão passados às Entidadespara que nas consultas sejam dados os caminhosadequados, além de impedirem que certosacompanhantes astralizados penetrem no recintojuntamente com o Ser encarnado que os trouxe.Outras vezes, ao contrário, há essa permissibilidade.Muitas vezes, inclusive a assistência, compostade consulentes ou mesmo necessitadosdesencarnados, se beneficiam, por estarem muitodensificados, pelas defumações e certos rituais que seprocessam nesses templos.Aproveitemos o ensejo para informar aos Filhosde Fé que o verdadeiro Exu Guardião, que trabalhana guarda desses templos juntamente com suafalange, às vezes vai até buscar o necessitadoencarnado em sua casa. É interessante, nesses locais,para os não acostumados, ouvirem certas pessoasdizerem que não queriam ir ao terreiro, mas nãosabem como explicar, e estão ali! Outros estãoprontos para sair de casa e, de repente, visitas ou algoinesperado os impedem de comparecer! Em ambosos casos o mecanismo é o mesmo; os Exusmanipulam certas mensagens-pensamento e ficampercutindo no mental do indivíduo ou criam certascondições para que os indivíduos não possamcomparecer ao ritual. Como vêem, Filhos de Fé, otrabalho do Exu Guardião começa, às vezes, até diasantes de realizar-se a sessão. Bem, continuemos nosdetalhes do ritual.Após a passagem pela tronqueira, dirigem-se aosalão onde os consulentes sentam-se, na medida dopossível, e os médiuns dirigem-se aos vestiários. Apóscolocarem suas vestimentas ritualísticas, vão aorecinto sagrado do congá (muitos deles têm piso deareia) e na mesa do mesmo deixam suas guias efazem suas evocatórias de ligação com o astral,permanecendo sentados no chão com as pernascruzadas, em concentração.Esses congás, apesar de simples, são potentescondensadores de energias várias, inclusive asespirituais superiores. Como é ele de um médiumMestre de Iniciação, há a madeira de cor amarela emsemicírculo, com os 7 sinais riscados na grafia dos

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Orishas. Sobre ele há a Cruz Triangulada daCÚPULA DA CORRENTE ASTRAL DEUMBANDA, e no topo, no ponto mais superior, háuma gravura de JESUS-INICIADO.Na mesa do congá há vários elementoscaptadores, condensadores, emissores e mesmodissipadores de energias várias, inclusive os sinais depemba identificadores das Ordens e Direitos deTrabalhos. Há 7 pires para as 7 velas, os jarros paraas flores e só.Debaixo do congá, há o congá esotérico,privativo dos médiuns Mestres de Iniciação de 72grau, 39 ciclo. De frente, na mesa, há uma cortinabranca com o alfabeto sagrado do Tembetá em corazul. Bem, é só isso que constitui o congá ou recintosagrado de um Templo Umbandista do 32 modelo.Antes de prosseguirmos, e dando início ao ritual,deixaremos de dar os processos ritualísticos deimantação, assentamento e cruzamento do dito congá,em virtude de ser sumamente técnico e fugir destanossa humilde tarefa.Antes do início de um ritual público ou deconselhos e passes aos consulentes, o Mestre deIniciação ou quem o mesmo escolher fará umapequena prédica, visando elevar os tônus vibratóriosde todos os presentes.Após a pequena palestra, o Mestre de Iniciaçãoprofere a evocatória de abertura, pedindo a coberturado astral superior, ao mesmo tempo que abençoa seusFilhos de Fé em nome de Oxalá.Após a evocatória, firmam-se as preces cantadasou pontos cantados da raiz do médium, ou seja, deseu astral.Logo após o término das preces cantadas, oMestre de Iniciação dirige-se ao centro do congá, esegurando o incensório (de barro) nas mãos, faz umpedido aos Senhores que manipulam a Natureza, parapermitirem a purificação astral do ambiente, por meioda queima sagrada de certas essências ou ervas secas.281UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaAntes de defumar os médiuns, defumaligeiramente o congá, e de novo no centro, volta-separa cada cardeal, onde evoca os Senhores dos 4elementos cósmicos. Sopra a defumação em cadaponto cardeal, e começa a defumação dos médiuns,iniciando-se pelos médiuns masculinos e terminandonos femininos. A defumação é feita só pela frente dosmédiuns. Após os médiuns defumarem-se, dirigem-seà mesa do congá e pegam suas guias, neste exato

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momento bebem a água consagrada e vibrada pelaCúpula da Sagrada Corrente Astral de Umbanda.Após a defumação do recinto do congá e dosmédiuns, é feita a defumação dos consulentes. Osconsulentes, primeiro os do sexo feminino, entram noCongá, momento em que recebem a defumação. Apóstodas as mulheres entrarem e serem defumadas, omédium dirigente delega a um de seus auxiliares queemita um mantra vigoroso sobre os consulentes, oqual é vibrado por meio do som e da imposição dosbraços e mãos. No término, as consulentes saem pelaporta lateral (caso haja) e os consulentes homensentram e recebem a defumação. Após todos oshomens terem entrado no congá, repete-se o mantra ea posição feita às mulheres. Assim, também retiramsedo congá, defumados e vibrados com correntespositivas. Logo a seguir, a corrente mediúnica énovamente solicitada a fornecer uma corrente desocorro para várias pessoas que não puderam lá estarpresentes, e mesmo aqueles que desencarnaram, cujosparentes desejam uma corrente de auxílio eintercessão para o recém-desencarnado. Isso é feitoatravés de um mantra e de um pedido, evocatória nãodecorada, mas sim de acordo com o ambiente e aocasião. No término dessa corrente de socorro, apóspedidos, defumações, atrações vibratórias de certascorrentes pesadas ou morbosas que vêm pelashumanas criaturas, com toda sorte de larvas, miasmase mesmo bactérias, fungos e vírus provenientes docampo mental, e ainda por Espíritos endurecidos quesão trazidos para uma queima de larvas, é feito oritual do fogo. Com agô da Entidade-chefe, por meiodos sinais riscados na verdadeiraLei de Pemba, o Exu Guardião e sua corrente sãoevocados neste ritual, que consiste de:Em um compensado de pinho (descarrega edesimpregna) são traçados os sinais* de ordenação aoExu Guardião e aos seus subalternos, bem como auma certa classe de Elementares, para que através doelemento fogo em expansão sejam queimados edissipados os resíduos negativos de ordem mental,astral e física.** Assim, coloca-se o incensório sobrea madeira com os sinais, a corrente mediúnica emposição de repulsão de cargas negativas, entoa-se umponto apropriado, e nesse momento coloca-se noincensório em brasa uma pequena quantidade depólvora, embrulhada em papel grosso. Aguarda-se de10 a 15 segundos, até ocorrer a (pequena) explosãoda pólvora, acarretando deslocamento vibratório nos3 planos citados. É como se tivéssemos um tapete e

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déssemos a sacudida no mesmo, sendo que tudo oque estivesse próximo ou longe, mas dentro doslimites do tapete, sofreria o abalo, descarregando sedo mesmo ou mesmo se rompendo. É o que aconteceno plano astral por equivalência. É uma onda que sepropaga em seu campo de ação, desestruturando asmoléculas, destruindo larvas, miasmas, formaspensamentoe até bactérias, fungos e vírus causadoresdas mais estranhas doenças, tópico que veremos emdetalhes no capítulo XVII, que trata dos Exus.Após essa purificação pelo fogo, na tábua éfirmado um ponteiro, o qual, ao penetrar na madeira,é como se contundisse o equivalente astral ou seaprofundasse no plano astral. Além disso, as larvassão destruídas pelas pontas, em virtude das cargaselétricas fugirem pelas pontas, desestruturando aarquitetura molecular no plano astral, a qual é muitoplástica. Tudo isso é magia, o que explicaremos maisdetalhadamente no Capítulo concernente. Após esseritual de dissipação e liberação de cargas negativas, ocongá está pronto para receber as EntidadesEspirituais que virão mediunizar seus médiuns edarão consultas, conselhos, passes, etc. Após otérmino dessa fase de trabalho, quando os médiuns jádesincorporaram os Caboclos ou Pretos-Velhos, o* Sinais ordenativos e chaves desagregativas, dentro dos sinais da Lei de Pemba.** Atualmente, ao invés de queimar-se a pólvora, deixa-se o álcool queimando em uma taça de metal. É o evolutivo, a Nova Era que reclama novosmétodos.282CAPÍTULO XIVmédium dirigente faz agradecimento à gira e a seusGuias comandantes e, após o ponto cantado, dispensaa corrente por 15 minutos. Após esse período, haverágira daqueles que foram os primeiros a chegar noterreiro e sempre serão os últimos a sair, os ExusGuardiães. Os médiuns voltarão com a mesmavestimenta que estavam e no mesmo local onde girou oCaboclo ou o Preto-Velho, girarão agora os ExusGuardiães. Podem girar no terreiro, pois sãoordenanças de seus mestres no astral, os Caboclos,Pretos-Velhos e Crianças. Dão suas consultas efazem seus trabalhos sem nenhum problema dequalquer ordem e, caso sintam necessidade de umaqueima mais direta ou mais pesada, vão até atranqueira e lá fazem seus trabalhos na ação e reaçãoda magia, da qual são exímios executores. Após otérmino do atendimento, o Exu Guardiãoresponsável, se achar necessário, fará a limpeza astral

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do ambiente. Após as despedidas por meio do pontocantado, Exu vai oló (unló). O cambono prepara umadefumação de guiné, arruda e casca de limão secas edefuma todo o congá, dos fundos para a frente.Assim, o Mestre de Iniciação faz a evocatória deagradecimentos, abençoa a todos, entoa o ponto dedespedida ou encerramento da gira e abençoa todosos seus Filhos de Fé.Pronto, mais uma tarefa cumprida, mais umasessão de Umbanda realizada nos terreiros,verdadeiros ambulatórios de almas que buscam acura de vários males através da fé.Bem, Filho de Fé, antes de encerrarmos este 3ºmodelo, queremos ressalvar que não demos o croquiou planta do congá em virtude de ser, comodissemos, reduzidíssimo o número de Filhos de Féque se interessam ou tenham ordens para montar umcongá nestes moldes. Deixaremos os detalhes para ointerior dos raríssimos templos em que a Iniciação éa estrela-guia. Assim, pedimos ao Filho de Féinteressado que busque no interior desses templos osdetalhes de que necessita.Ao encerrarmos este capítulo, não poderíamosdeixar de citar, dentro dos rituais, o uso dasvestimentas ritualísticas, como também as guiasritualísticas usadas nos diversos rituais.B. Vestimenta RitualísticaA vestimenta ritualística ou Vestimenta de Santéé a famosa roupa branca usada em todos os terreirosde Umbanda. Sendo o mediunismo uma faculdadepor demais séria, requer do verdadeiro médiumgrande dose de responsabilidade. Deve ele saber quepara o intercâmbio entre o mundo astral e o físicoprocessar-se fluentemente deverá estar ele (omédium) higienizado tanto em sua mente e coraçãocomo em sua constituição física. Pede-se aos Filhosde Fé que tenham especial cuidado com suasvestimentas ritualísticas, as quais merecem respeitocomo qualquer outro elemento do terreiro. Sualavagem deve ser feita em separado. Sua secagem aosol da manhã. Ao guardá-las, separe-as de outrasroupas, deixando-as envolvidas em plástico, e que omesmo tenha sido perfumado com um algodão quecontenha essência propiciatória. A vestimenta naSagrada Corrente Astral de Umbanda é branca na suatotalidade, sendo que cada grupo escolhe seu modeloe todos do terreiro deverão usar o mesmo modelo,isto é, um modelo uniforme. O uso da vestimentaritualística na cor branca é milenar. Iremos encontrálaentre vários povos: egípcios, hindus, árabes,

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tibetanos, chineses, etc. A cor branca pode serexplicada simplesmente por ser a somatória de todasas cores. Sendo a somatória de todas as cores, é poisessencialmente refletora, o que é deveras positivopara o médium umbandista. Como regra geral, temosque as cores claras são refletoras e as escurasabsorventes; portanto, o branco é a cor mais refletora,assim como o preto é a cor mais absorvente.Quanto aos Mestres de Iniciação de 7º Grau de 3ºciclo ou Babalawôs, e mesmo dependendo dosrituais, mormente os internos e iniciáticos, podemeles usar a calça branca com a túnica azul-celeste, oumuito principalmente o violeta-claro ou lilás, sendoessa, no astral superior, a cor Luz-Vibração doComando Mágico-Espiritual. Após essas ligeirasnoções sobre a vestimenta de santé, sem maisdemoras tentemos explicar o mecanismo das tãofaladas guias ou talismãs vibratórios.C. As GuiasAs guias usadas em forma de colares nos rituaisdo Movimento Umbandista são de duas espécies: asguias naturais, que movimentam forças naturais, e asguias sugestivas, as quais têm efeito psicológicopositivo sobre o Filho de Fé que delas faz uso.283UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaAs guias naturais são aquelas com as quais seusconstituintes captam energias, formando camposelétricos/magnéticos e gerando campos de forçasatrativas ou repulsivas.Abaixo damos um esquema para fácilentendimento.Todos os elementos naturais têm suas funçõesespecíficas, mas que só terão valor se passarem peloritual de imantação e ligação com as Entidadesatuantes dentro, é claro, do verdadeiro cabalismo. Ébom deixar bem claro que as guias, embora tenhamos fluidos básicos da Entidade atuante e em maiorquantidade os fluidos do médium, são um escudopara o médium, sendo que ele e somente ele é queprecisa do uso de guias e escudos, já que suaEntidade não tem necessidade nenhuma, mas os pedepara preservar seu médium de possíveis correntes quesão prontamente desassociadas pelo efeito vibratóriodas pedras que compõem a guia, como também dascorrentes de metal, ou mesmo para facilitar a ligaçãodo médium aos elementos vibratórios do corposideral (planeta, astro) que a Entidade Espiritualmanipula.A guia, bem imantada e ligada com sabedoria aos

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elementos certos, é verdadeiro escudo e armaaté de ataques contra certas correntes negras ouoriundas de baixa magia, sendo pois seu usoindispensável. O que se pede é que não haja grandesquantidades. Uma única guia bem preparada superaem muito 10 ou 100 sem nenhum preparo. Oimportante é a qualidade e não a quantidade.As guias sugestivas são as miçangas, asporcelanas e as contas de vidro, as quais sãoisolantes, não captando energia nenhuma. Funcionamapenas elevando o tônus mental do indivíduo,predispondo-o a maiores defesas naturais. Têmefeitos mínimos na magia, embora na partepsicológica sejam utilíssimas, inclusive nas váriascores, sendo que cada uma tem uma históriaparticular.As guias brancas trazem pensamentos de purezae são refletoras. As guias vermelhas são repulsivas equebram correntes negativas. As guias azuis sãocalmantes e predispõem o psiquismo para as coisassuperiores. As guias amarelas são fortes para cortarquebrantos e maus-olhados, tal qual a vermelha e aalaranjada. As guias verdes são boas para higienizar amente e trazer fluidos mentais curativos. As guiasrosas são boas para elevar o pensamento às coisas doamor puro. As guias brancas e pretas não se prestam284CAPÍTULO XIVpara nada, nem sugestivamente falando. As pretas, éclaro, também não têm ligação com as coisaspositivas, sendo somente ativas nas coisas maléficas.De forma alguma somos contra essas guias demiçangas ou de porcelana, mas afirmamos que guiasde fundamento mágico mesmo são somente asnaturais, sendo as demais de efeito sugestivo.Bem, Filho de Fé, mais um capítulo encerramos,na expectativa de você estar nos seguindo. Assim,vimos alguns pequenos exemplos sobre rituais, emdiversos grupamentos do Movimento Umbandista daatualidade. Retomemos fôlego, Filho de Fé, porqueCaboclo vai falar da MAGIA, MÃE-GERATRIZ DETODAS AS CIÊNCIAS. E vamos à MAGIA....Observação do médium — No livro do Mestre W. W. da Matta e Silva, Doutrina Secreta da Umbanda, há uma explicação altamente científica ecabalística da verdadeira guia do Iniciado Umbandista, motivo pelo qual o Caboclo 7 Espadas não escreveu sobre a dita guia, embora a cite emcapítulo futuro.285

Umbanda e a Magia — Artes Teúrgicas — O Médium-

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Magista — As Leis da Magia — Magia do Som (Mantras,Pontos Cantados de Raiz) — Grafia dos Orishas —Alfabeto do Astral — Magia Talismânica — ComoPreparar o Verdadeiro Talismã — Magia das Oferendas287

ilho de Fé, antes de adentrarmos nos aspectos superficiais e profundos da magia, é necessário queentendamos a matéria e suas eterizações na energia. Definitivamente, antes da matéria, tudo era energialivre, nas suas diversas faces de expressão e transformação em todo o universo astral. Assim é que cientistasterrenos abnegados e inspirados pelas Luzes do astral superior vêm fazendo grandes conquistas no âmbito doentendimento da transformação da energia em matéria e vice-versa. Esse é o primeiro e decisivo passo àfrente para se conseguir adentrar em outras dimensões da matéria já radiante ou energia. Aqui no planetaTerra, temos 7 graus de densidades ou eterizações da matéria. Partamos do estado mais denso até alcançarmoso menos denso:SÓLIDOLÍQUIDOGASOSOÉTER QUÍMICOÉTER REFLETORÉTER LUMINOSOÉTER VITALPelos sentidos vulgares e comuns (5), apenas os estados sólido, líquido e gasoso são perceptíveis pelo Serencarnado, embora os 4 estados etéricos coexistam com os elementos acima citados. O coexistir vai significarque toda matéria densa tem sua contraparte ou equivalência etérica. Assim, qualquer objeto inanimado tem,além de suas propriedades inerentes à matéria física, a sua equivalência etérica. Indivíduos bem treinados ecom a clarividência em estado ativo, sem dificuldades maiores podem confirmar nossa assertiva. Tudo sepassa como se os sólidos, líquidos e gasosos aumentassem suas freqüências vibratórias peculiares e alcançassemo estado de ÉTER QUÍMICO, ÉTER REFLETOR e ÉTER LUMINOSO, respectivamente.Esquematicamente, teremos:Estados físicosSÓLIDO -LÍQUIDO -GASOSO -Estados etéricosÉTER QUÍMICOÉTER REFLETOR

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ÉTER LUMINOSOO sólido, em freqüências vibratórias aumentadas, se expressaria no plano etérico como éter químico. Emverdade, o que acontece é o rebaixamento vibratório do éter químico ao manifestar-se como estado denso(Obs.: ↑= freqüência aumentada.)289FUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicasólido, o mesmo acontecendo com o éter refletor emrelação ao estado denso líquido e o éter luminoso emrelação ao estado denso gasoso. Não é difícil entendero estabelecimento analógico que fizemos entreelementos do plano físico denso e do plano físicoetérico.Após nossas assertivas, depreende-se que amatéria, no plano físico, tem 7 estados, sendo 3relativos ao plano físico denso e 4 relativos ao planofísico etérico. No atual momento evolutivo de nossahumanidade, a ciência oficial reconhece os 3 estadosprimeiros e um estado que também chamam decoloidal. A ciência oficial supõe a existência dos 4estados etéricos, mas ainda não conseguiu prová-la, oque achamos muito difícil com o atual arsenalinstrumentário. Aguardemos o tempo! Os nobrescientistas terrenos estão na rota certa. De nossa parte,Seres Espirituais astralizados, estamos augurandovotos de que seus experimentos possam demonstrarde maneira insofismável a existência do éter, que semdúvida trará nova visão ao Ser terreno.Filho de Fé, para atingirmos nosso objetivo nestecapítulo, qual seja o de entendermos a magia,precisamos primeiro entender os planos de ação eequivalência da mesma. Assim é que já expressamoso plano físico e suas duas divisões ou fronteirasvibratórias, ou seja, o plano físico denso e o plano físicoetérico. Vimos no plano físico que, ganhando-seenergia, o estado sólido se transforma em líquido;esse, ganhando mais energia, se transforma emgasoso e assim sucessivamente. Mostremos numesquema essas transformações:Neste momento lançaremos o conceito sobre étervital, o qual é inerente à matéria viva. — Como?,perguntará o Filho de Fé. Sim, toda matéria viva temsua vitalidade ou Éter Vital, que é uma energia de quese utiliza o Ser Espiritual para manter suasvestimentas de expressão, quer seja no plano físico,quer seja no plano astral ou mental. É o prana, éaquele que mantém unos os elementos vivos. Oexemplo mais gritante é o de uma célula apenas, a

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qual é composta de sólidos, líquidos, gasosos e seusequivalentes no plano etérico, mas que só é mantidaviva porque o Ser Espiritual astralizado manipula oÉter Vital que mantém a vida, tanto no plano físicodenso como no plano físico etérico. Com isso,afirmamos que há vida no plano denso e no planofísico etérico, assim como há elementos de transiçãoou em "gestação", ou ainda debaixo de umrebaixamento vibratório que os transformarão deelementos vivos etéricos em elementos vivos densos.É o que em grande parte acontece com amicrobiologia, ou melhor, a virologia, a qual tem seusascendentes em plano etérico, como veremos logoadiante em nossa dissertação, que rebaixando suavibratória tornam-se vírus físicos, podendo,dependendo da imunidade do indivíduo, causardoenças.Bem, já que explicamos o plano físico, partamos paraníveis mais elevados de freqüências ou vibrações,isto é, o plano astral. Sem mudarmos a nomenclatura,diremos que no plano astral há também 7 graus dedensidade da matéria astral. Assim,na matéria astral há 3 estados:sólido, líquido e gasoso, quechamaremos de matéria astralinferior e esses estadosdiferenciaremos do plano físicocolocando a letra a logo após oestado correspondente. Ex. estadosólido astral — sólido (a). A matériaastral também tem mais 4 estados, mais sutis. Sãochamados de componentes da matéria astral superior.Esses 4 são: éter químico astral, éter refletor astral,éter luminoso astral e éter vital astral.290CAPÍTULO XVTambém aqui afirmamos que rebaixamentosvibratórios dentro da freqüência relativa ao planoastral mudam a matéria astral em etérica, tendo, éclaro, freqüências diferentes, mas proporcionais. Ficatambém patente que há Seres inanimados no planoastral. Como inanimados, queremos dizer objetos,minerais, água, enfim, tudo que não tenha vida. Hátambém Seres astralizados que usam suas vestimentasastrais (corpo astral) para poderem se manifestarneste plano de freqüências ou energias. Nesse planoastral, é claro, há Seres astralizados com maiores oumenores densidades em seus ditos corpos, como hátambém variada gama de animais, alterando tambémsua densidade de plano a plano, dentro ainda deste

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plano astral. O mesmo que explicamos em relação aoplano físico denso aplica-se ao plano astral,principalmente no rebaixamento de freqüênciasvibratórias, onde há mudanças de estados e atémudanças de planos, as quais, principalmente,deixaremos de trazer à baila em virtude de suacomplexidade técnica e por fugir das finalidades aque nos propomos. Antes de encerrarmos nossaproposição sobre o plano astral, mais uma vezreiteramos a informação de que tudo o que dissemosem relação ao plano físico se presta ao plano astral, esó não registraremos para não nos tornarmos muitorepetitivos. Queremos também frisar que os éteresvitais FÍSICOS ou ASTRAIS constituem elos demovimentação de todo o sistema de transformaçõesque ocorre com a energia. É também o constituintedos AURAS.Após a matéria astral, falemos da matériamental* a qual obedece o mesmo esquema, emequivalência mais sutil, menos densa e mais rarefeitado que a matéria física e astral. A matéria mental,inerente ao plano mental, se apresenta também em 7graus de densidade. A matéria mental inferior éconstituída pelos estados sólidos mentais, líquidosmentais e gasosos mentais. A matéria mental superioré constituída de éter químico mental, éter refletormental, éter luminoso mental e éter vital mental.Assim, a matéria mental é a matéria mais rarefeita eque possui os maiores níveis de freqüência vibratória,sendo que o seu rebaixamento vibratório podetransformá-la em matéria astral. Entendemos poisrebaixamento vibratório como sendo a coesão daenergia; essa coesão muda essa energia, ou melhor,transforma-a em energia de plano imediatamenteabaixo, mas sempre, é claro, ficando no plano originalseu molde vibratório. Assim, vejamos no esquema dapágina a seguir como os níveis energéticos vibram:nele, fica claro que o nível energético no plano físicotido como éter luminoso relaciona-se com a matériamais densa (sólido) no plano astral. Por sua vez, oéter luminoso da matéria astral relaciona-se com amatéria mais densa (sólido) do plano mental.Energeticamente, há um maior desarranjo ou entropiavibratória da matéria física à astral e à matériamental. O sistema vai ganhando energia à medida quesai do plano físico, interpenetra o plano astral e daí aoplano mental. A energia mental é de tão altafreqüência que a mesma se torna praticamenterarefeita, mas poderosa em funções.Por esse pequeno estudo da matéria, a qual é

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energia condensada a vários níveis, fica-nos maisfácil entender a ação da magia nos 3 planos, poiscomo veremos não há magia em um só plano, hajavista que os 3 planos se entrosam, estandoprofundamente interligados uns aos outros.Assim, iniciamos o nosso capítulo definindo, oumelhor, exprimindo magia como a manipulação etransformação da energia** nos vários planos emque ela* A matéria mental já é uma condensação em lº Nível das Forças Sutis indiferenciadas (primeiras manifestações da energia organizadaem nível mental superior).** Nota do médium — Em 1969 — Gell-Mann — Prêmio Nobel de Física, por meio de modelos matemáticos, dissertou sobrehipotéticas subpartículas, os quarks, que seriam os componentes das partículas subatômicas. Com estas assertivas, ficaram para trásmuitos conceitos tidos como definitivos, tal como o de que o átomo seria a menor partícula da matéria. Fala-se hoje em matéria comoluz coagulada, sendo que os fótons seriam, teoricamente, as últimas partículas da matéria. Poderíamos falar com outras palavras, quea matéria seria formada por ondas eletromagnéticas de alta energia, conceito este que mais se assemelha com as Leis propostas pelosmentores da Sagrada Corrente Astral de Umbanda. Há também a teoria que diz que a matéria é luz autocapturada gravitacionalmente.Autocaptura-se em um colapso gravitacional, formando um míni Black Hole, o qual seria a unidade fundamental da matéria. Nestapartícula não há nem espaço nem tempo. Este mini Black Hole é um buraco no vácuo. Os mini White Holes seriam unidades fundamentaisda antimatéria. Como podemos observar com estas demonstrações, nossos humildes e despretensiosos Caboclos, Pretos-Velhos eCrianças já de há muito nos vêm ensinando essas verdades, mormente quando têm essa oportunidade. Isto é para que todos possamentender que nossas Entidades não são ignorantes, como pensam e querem uns e outros.291UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicase manifesta. É por isso que a magia é a mãe de todasas ciências, pois toda ciência estuda astransformações das energias aplicadas a fatores eutilidades várias. É também a sabedoria integral; a artesagrada; a arte do mago, pois ele sabe como aplicarsua vontade sobre as várias potências, fazendo asmesmas atuarem sobre as transformações da energiade plano a plano, visando é claro atingir um objetivo.Mais objetivamente, diremos que magia é umaconcentradora, condensadora de energias que, aodetonar (mudar de plano) libera energia capaz dealcançar o objetivo visado. Isso é feito através daspróprias linhas de força, constituintes de todas as"matérias" mais sutis, sendo que suas condensações

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formam os estados mais densos, como suasdissociações formam os elementos mais sutis oumenos densos. Segundo nossa própria obra, estehumilde livrinho, estamos abordando a magia atravésde um enfoque puramente energético, onde váriosSeres encarnados ou astralizados participam e atécomungam dos mesmos atos mágicos.Era neste Conhecimento Mágico, que em suma éa Proto-Síntese Relígio-Científica, que a RaçaVermelha foi portentosa, pois a conhecia nasminúcias e a manipulava com a máxima sabedoria edestreza. Assim, desde aquelas priscas eras, a magiaera parte integrante do Aumbandan — a Proto-Síntese Cósmica. Sim, foi por meio do conhecimentodas transformações da matéria que muitos suntuososempreendimentos arquitetônicos foram erigidos,desde aRaça Lemuriana, perseverando até os egípcios, osquais, em menor escala, manipulavam a Magia, hajavista suas construções ciclópicas. Os sacerdotes dapura Raça Vermelha, na Lemúria, tinham plenaciência da materialização e desmaterialização, eramsabedores das energias densas e etéricas. Sabiamfazer as tais transformações, como também sabiamtransmutar a própria matéria, isto é, transformarelementos químicos através da mudança de seunúmero atômico (prótons) em nível nuclear. Faziamnode forma bem científica, sem os complicados ecaros aparelhos atômicos da atualidade. Sabiamemitir partículas (usavam com discriminação aradioatividade) sem precisar acelerá-las ou fazer usodos tão exagerados betatrons. Dominavam, enfim, aalquimia, que não era a transformação dos elementos,e sim a transformação da personalidade negativa napersonalidade dourada, a qual era sobejamentedifundida, chegando quase até o início da catástrofeatlante.Nos capítulos em que descrevemos o poderio daRaça Vermelha, afirmamos que eles, devido a seus 7sentidos desenvolvidos, tinham plena memória eplena visão do plano astral, podendo movimentar ouaproveitar as energias dos 2 planos. Neste momento,queremos explicar aos Filhos de Fé que se mudar deestado físico em um plano é conter maior ou menorenergia, mudar de plano requer transformações taisquais a fissão nuclear ou a mudança de um elementoquímico em outro. Esse processo era facilmenteexecutado pelos magos da Raça Vermelha, algo de292CAPÍTULO XV

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cuja existência nossa abençoada Ciência de hoje nemdesconfia. Paciência!... Desperdiçamos ontem, nãodesperdiçaremos hoje... Deixemos o ontem eentremos no hoje, que já o é há alguns milhares deanos, para encontrarmos já adulterada a velha magia,que acabou deixando de ser usada só para finsbenéficos, perdendo-se em fins bélicos, agressivos etirânicos. Isso iniciou-se ostensivamente na RaçaAtlante e ainda em nossos dias não terminou, masfelizmente já está completamente adulterada, sempermitir os resultados daqueles áureos tempos.Dizemos, é claro, da magia positiva ou magia branca,pois a magia negra organizada em nosso planeta jáfez milhões de vítimas e quer fazer outros milhõesmais. Grandes magos-negros aproveitaram-se doorgulho destruidor e da vaidade egoísta paraincentivar em certas mentes a feitura da bomba damorte, o átomo matando: reações em cadeia,ceifando homens, velhos, mulheres e crianças, atravésda grande demanda onde o fogo foi tão forte queprovocou deslocamento que matou milhões e aindafaz vítimas, como herança vergonhosa e maldita paratoda a humanidade.É, Filho de Fé, peçamos à Augusta Confraria dosMagos Brancos que vele pelos povos do planeta,livrando-os de marginais milenares, comandantesavançados das hostes do dragão,* que vez por outra"invadem" a Terra. Como vêem, Filhos de Fé eamigos leitores, a magia está próxima de vocês! Penamesmo que muitas almas arrogantes e soberbas,possuidoras de uma inteligência entorpecida eenceguecida pelo orgulho e pela vaidade, nãoqueiram enxergá-la em seus aspectos puros epacíficos, mas somente para fins maléficos ebelicosos. Mas ouçam todos, ó, almas insubmissas erevoltadas, os mil anos já estão prestes a encerrar-see Grandes Almas já preparam o advento da NovaEra, que será marcada pela Paz definitiva e pelaelevação do planeta Terra, para sempre entãodesligado dos conceitos do mal, do orgulho e davaidade. Novos tempos estão surgindo!Colaboremos! O AUMBANDAN está ressurgindo,através do Movimento Umbandista aqui noBARATZIL, a Terra das Estrelas, que iluminarátodo o planeta! Assim, mostremos aos Filhosde Fé, segundo o pensamento interno de nossaDoutrina, quais são as Leis que regem a magia e,dentro delas, citaremos alguns ritos mágicos quemuitos benefícios trarão aos vários Filhos de Fé queperegrinam por esses milhares de terreiros, cabanas,

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choupanas, tendas, etc. Antes, porém, dividamos amagia em:**MAGIA CERIMONIAL — São os vários ritosou cerimônias pertencentes às operações que sefazem, tais como: invocações, evocações, conjuras eoutros apelos às várias potências colocadas em açãopara objetivos vários.MAGIA CABALÍSTICA — São as práticasmágicas executadas segundo os fundamentos da puraRaça Vermelha, através do conhecimento de suaTRADIÇÃO, que mais tarde foi velada e deturpada.MAGIA TALISMÂNICA — São os rituais quese fazem ao preparar determinados elementos, emconstituição e geometria especiais, ligados a certossinais cabalísticos e devidamente preparados eimantados para os diversos fins. Neste instante, ébom ressalvar que o talismã preparado pela CorrenteAstral de Umbanda serve como condensador erepulsor de cargas e só é válido quando usado peloindivíduo para o qual foi preparado, ao contrário doamuleto, que tem propriedades que servem paraqualquer pessoa (é a vulgarização do verdadeirotalismã).LEIS DA MAGIAA) Toda magia tem de iniciar-se pelo campomental. Há de haver a ideação, concretizando-a emforma de corrente de pensamentos, os quaisimantarão e atrairão certas classes de Entidades quevibram afins com a corrente de pensamentos.B) Após essa primeira fase, entrará muitoparticularmente e de forma decisiva no sucesso daexecução e resultados provenientes da magia avontade do mago ou magista. É cada vez mais que,dominando-se, o mago ou magista poderá dominar oselementos vibratórios ou mesmo atuar através davontade* Nota do Médium — Hostes do Dragão: Espíritos inferiores, extremamente encarcerados no mal (magos-negros).** Nota do Autor Espiritual — Deixamos de citar a magia natural, pois a mesma constitui o substrato para as demais modalidades demagia. A magia da Luz, do Som, dos elementos, das influências das 4 fases da Lua, que fique claro, são indispensáveis aos ritos magísticos.293UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaem várias Entidades astralizadas oumesmo sobre certas forças sutis daNatureza.C) Material — nenhum ritual mágicoalcançará seus objetivos se não forprojetado sobre determinados elementos

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físicos densos e etéricos, os quais servirãode canais da magia ou de elementosespelhos, os quais projetarão o atopetitório segundo a corrente depensamentos e desejos, que alcançará ounão, segundo a destreza do mago oumagista, o objetivo visado. Essa partefísica seria a ação ou execuçãopropriamente dita. Os elementos oumateriais servirão como elementosradicais, os quais serão movimentados dofísico ao etérico e desse ao astral. Assim,há uma forte reação do astral, dependendode certos elementos colocados no atomágico ou oferenda ritualística, a qualvisa projetar ou ativar certas energias deordem etéreo-física ou mesmo astroetéricapara depois desencadearem a atuação na matéria.Deixemos claro o seguinte mecanismo: parahaver magia, há necessidade de elementos materiaisespecíficos e especiais, os quais são manipulados emseus elementos etéricos e transformados em matériaastral, a qual desencadeia determinado ciclo e ritmovibratório no campo astral envolvido, retornando aocampo etérico e físico, carreando certo código, queencontrará por intermédio de emissários astralizadosos objetivos visados. Este mecanismo, embora sejasimples, é básico para o magismo.Esquematicamente:MENTAL→IDEAÇÃOASTRAL→VONTADEFÍSICO→AÇÃO ou EXECUÇÃODando seguimento às Leis da Magia, não podemosdeixar de citar os mecanismos básicos de umaevocatória ou ato petitório.Toda evocatória* alcança vários níveis,dependendo é claro de quem a evoca, desejos,pensamentos, emoções, necessidades etc. Mas se omédium-magista ou aquele que é mago (é o graumais elevado do verdadeiro médium-magista) sabecomo evocar e o que evocar, tudo se passa como sehouvesse uma fonte emissora (o mago) que visaalcançar a estação receptora (as Entidades evocadaspelo mago). Sabemos que a evocatória estará nadependência de quem a faz, dependendo é claro dapotência do pensamento emitido ou grau defreqüência das ondas mentais (ondas alfa, beta egama). Depende também da modulação dada aosdesejos, ou seja, a intensidade. Na dependênciadesses fatores, pode-se ou não atingir a recepção,

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pois se ela estiver em ou-* Nota do Médium — O Caboclo Sr. 7 Espadas não fez aqui distinção entre os vocábulos-raízes evocar e invocar. Foram usados comosinônimos. Todavia, ele mesmo diz que: Evocar — Chamar de algum lugar; ordenar. Invocar — Implorar; pedir; rogar; pedir proteção.294MECANISMO BÁSICO DA MAGIACAPÍTULO XVtra sintonia não receberá a evocatória, ou nemmesmo a corrente que se lhe pediu ou projetou. Todoato mágico só é viável se as afinidades vibratórias secasarem.Assim, se o mago emite uma corrente depensamentos limpos e desejos sinceros, a fontereceptora só receberá os benefícios dessa corrente sepor afinidade vibratória estiver ela vibrando emsintonia com as correntes do mago. Esse efeito échamado de ressonância, ou seja, houve sintoniavibratória (estamos sempre exemplificando o magobranco, pois para ele e seus auxiliares é quequeremos dar esse reforços). Após explicarmos oefeito de ressonância ou somação, é claro que poderátambém haver dissonância, ou seja, não houvecasamento vibratório, eram sintonias diferentes.Neste momento, gostaríamos de lembrar que osdesejos também emitem certas freqüências, sendo odesejo, de forma bem simples, força geradora depoder e vontade, podendo gerar luz ou treva,dependendo é claro do mago, se branco ou negro,tudo de acordo com pensamentos, vontade,elementos, etc. Ao falarmos sobre os fenômenos queocorrem na petição de ordem mágica, não poderemosnos esquecer de fenômenos importantíssimos, tais,como: reflexão, refração, ressonância, dissonância ereverberação. Do ponto de vista técnico, a evocatóriamágica forma ondas eletromagnéticas que poderãoser dinamizadas ou dissipadas através do desejo, quepoderá tornar-se condutor ou resistor. A evocatória édirigida através da vontade, do desejo, que semdúvida é manancial de poder, que na dependência dapetição poderá ou não alcançar os objetivos ou asEntidades evocadas. Assim, toda evocatória é umaação que provocará uma reação, na dependência danatureza do pedido e da força mentoastral que foiemitida.O médium-magista ou mago, ao fazer aevocatória, pode evocar diversas Entidades, que nadependência dos desejos terão maiores ou menorespoderes, como serão de planos mais elevados oumais inferiores. Então, desejos de baixos teores,

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pesados, negativos, vão se afinizar com Entidades debaixo teor vibratório, negativas e infelizes, emborapossam ser sumamente cruéis. Ao contrário, desejose petições de altíssima envergadura moral-espiritualse ligam ou alcançam Entidades Espirituais elevadas,ultrapassando os limites gravitacionais do astralinferior e dirigindo-se ao astral superior. É esse olado com que concordamos e onde todos os Filhos deFé que alcançaram o Magismo deveriam vibrar empensamentos e desejos, bem como seus trabalhosdeveriam ser direcionados a Seres Espirituais dealtíssima envergadura mágico-moral. Com muitatranqüilidade, antes de prosseguirmos em nossoshumildes conceitos sobre as noções de Magia,deveríamos falar sobre o médium-magista em seusdiversos graus, coisa que já fizemos muitosuperficialmente. Mas, antes desse importantíssimo econtrovertido tema, pois a verdade é que todos, tendodireito ou não, hoje em dia fazem seus trabalhosmágicos, gostaríamos de expressar nosso conceitosobre uma certa classe de Espíritos que são evocadospor indivíduos que não têm a menor idéia de que elesexistem e nem dos perigos que os mesmosrepresentam quando evocados sem conhecimentosprofundos em suas causas ou raízes. Estamos nosreferindo, é claro, aos ditos espíritos elementares,denominados por muitos como dementais, com o que,com toda vênia pedimos escusas por não concordar.Esses elementares são também chamados Espíritosda Natureza, pois estagiam em vários reinos daNatureza. São os chamados Espíritos do fogo, daágua, da terra e do ar. Então, vejamos quem são ecomo são manipulados esses Elementares:ESPÍRITOS ELEMENTARES são aqueles queestagiam na Natureza, em vários aspectos,preparando sua constituição astral para que lhes sejapropiciada e concedida sua primeira encarnaçãoafeita ao sistema evolutivo do planeta Terra. EssesEspíritos Elementares, na verdade, estão agregandoou imantando sobre si, com o auxílio dos técnicos doastral especializados nesse mister, vários elementosda Mãe Natura. Assim é que iniciam pelos processosde agregação, desde os mais simples aos maiscomplexos, através da passagem pelo reino mineralem seus diversos graus evolutivos. Esse processo, emgeral, é feito em zonas subcrostais relativamentesuperficiais; após esse período variável, essesEspíritos imantam sobre si os elementos vitais evegetativos dos vegetais, também obedecendo aescala evolutiva do reino vegetal. Passam-se milênios

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até o Espírito Elementar conseguir estagiar e imantaros elementos vitais do295UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicareino animal. Quando aí estagiam, também vãoimpregnando-se de experiências e vivências dosvários filos animais, até atingirem os maiscomplexos. Nessa fase já têm corpos astrais, emboramal caracterizados e rústicos, como formas básicas jádelimitadas. Têm sensibilidade, instinto e todos osdemais atributos minero-vegeto-animais. Nesseperíodo, duas etapas podem ser seguidas. A primeiraetapa é a de estagiarem em sítios sagrados e elevadosda natureza, onde se aperfeiçoarão e darão formasbelas e humanas aos seus corpos astrais, até entãorústicos e mal delimitados. Quando dizemos maldelimitados é porque, dependendo do estágioevolutivo desses Espíritos Elementares, estarão elescom seus corpos astrais mais parecidos com "homempedra",com "homem-árvore" ou com "homemanimal".Tanto isso é verdade que vários mitos demuitos povos guardam esses espécimes comomonstros ou como divindades do mal. Em verdadenão são nem uma coisa nem outra; são apenas SeresEspirituais afetos à órbita gravitacional kármica doplaneta que estão aguardando ajuste definitivo em suamatriz perispirítica (1º corpo astral). Bem, dizíamosque podiam eles evoluir em sítios sagrados erealmente evoluíam, sendo nesta fase chamados deElementares Superiores, que em verdade se agrupamem 4 classes, quais sejam: da terra, da água, do ar edo fogo. Antes de continuarmos, queremos afirmarque esses ditos Elementares não habitam a pedra, nãohabitam o vegetal e nem o animal, como muitosquerem doutrinar. Embora respeitemos quem assimdoutrina, a Corrente Astral de Umbanda, doutrina queesses Espíritos "haurem" do mineral, do vegetal e doanimal elementos necessários às suas própriasexperiências e necessidades, mas não que fiquemdormitando na pedra, respirando em ritmo vegetativonos vegetais ou que adquirem instinto, pois habitamou são o próprio animal. Veja bem, Filho de Fé, passarpelos reinos da Natureza quer dizer imantar elementosdesses reinos, e não ser elementos desses reinos,certo?Já com seus corpos astrais puros e bem-formados,esses Elementares estagiam nas matas, nos mares oupraias, nas montanhas, rios, cachoeiras e em reinospré-hominais, antes de encarnarem pela 1a vez,aqui em nosso planeta, é claro. São da terra quando

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habitam ou estão estagiando nos elementos sólidos;são da água quando estão estagiando noconhecimento dos vários líquidos, inclusive o própriosangue e elementos sexuais (esperma), são do arquando estagiam no conhecimento de certosprocessos vitais e expansivos, e são do fogo quandoficam sob os Senhores dos Éteres,* que lhes dãoforma final em seus corpos astrais. A par dessaclassificação, todos podem ser evocados em favor debenefícios vários, pois são puros e seus aurasvitalizarão positivamente as pessoas submetidas àssuas vibrações, ao mesmo tempo que eles mesmosvão adquirindo um karma positivo. Eis um dosmotivos pelos quais, muitas vezes, os evocamos emcertos trabalhos, principalmente nas oferendas, ondeeles se achegam, tomam ciência do preceito epedidos, e só pela sua presença vitalizampotentemente o aura das pessoas participantes dotrabalho. Temos assim o Elementar Superior, que éconhecedor da Natureza e ajuda várias EntidadesEspirituais na manutenção energética de seusaparelhos, utilizando-se até mesmo de certa gama deraios ultravioleta, que queimam certas larvas deordem mental, astral e física. Se há o ElementarSuperior, que alcançou os níveis superiores, já comum karma ativo em positividade, há também osinferiores, que nem alcançaram os reinos deaperfeiçoamento em sítios sagrados da Natureza,sendo perigosíssimos em virtude de terem sido usadose viciados, segundo o livre-arbítrio, por portentososFilhos das Trevas, que os usam para os mais baixos etorpes objetivos. Esses Elementares realmente aindacontinuam com seus corpos astrais grosseiros edescomunais, com formas atormentadas, sem omínimo requinte da estética; são completamenteanômalos em suas formas, e muitos, devido aos seusmentais hipnotizados, se encontram como verdadeirosmonstros ou pobres duendes, já com pesados fardos edoloroso karma passivo (negativo) a ser resgatado.São esses Espíritos Elementares inferiores que emverdade poderiam ser chamados de súcubos e íncubos,ou espíritos vampiros, que habitam as encruzilhadasde ruas, os cemitérios, os locais onde há muitaprofusão de álcool, matadouros, prostíbulos, etc.Esses Espíritos são* Senhores dos Éteres: Senhores das Forças Sutis — Orishas.296CAPÍTULO XVsedentos do desejo de encarnar, querem sentir osangue, o esperma, o sexo, etc. Aí está o perigo de

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manipular esses Espíritos sem se ter o devidoconhecimento ou outorga, e mesmo aqueles quedesconheçam sua existência, que deixem dealimentar as encruzilhadas de ruas e os cemitérios,principalmente com sangue, carnes sangrentas,álcool, outras bebidas alcoólicas, e principalmente asFilhas de Fé, em seu período menstrual, se afastemdesses sítios condenados e mesmo do terreiro, pois amenstruação é um ciclo de repulsasorganoastromentais, não sendo justo que a mulher váao terreiro para descarregar suas secreções nas outraspessoas. Antes de encerrarmos o conceito simples ebásico sobre os Elementares, queremos deixarregistrado que esses Elementares Inferiores são fontesconstantes de larvas vorazes, que abaixam o teorvibratório dos atingidos, causando-lhes transtornosimensuráveis, mas sem dúvida profundamentedanosos ao atingido. Assim, àqueles que se sentirematingidos por terem ido à "encruza", ou mesmo aoscemitérios ou kalunga pequena e lá terem ofertado(despachado) bebidas com carnes sangrentas oumesmo aves ou bichos de 4 patas sacrificados, oumesmo outras coisas, daremos algo que os ajudarão arepelir os vampiros que tanto sugam suas forçasvitais:1. Tomar banho de essência da Vibração Original, oude alfazema pura, 7 gotas em um litro de água.2. Deixar próximo de onde se dorme um pequenopires com 7 cabeças ou dentes de alho, e no centro,um copo com água e arruda.3. Deixar na porta de entrada da casa ou do terreiro,ou de onde quer que seja, uma cumbuca comálcool e uma pedra de cânfora, a qual deverá serdescarregada após 3 dias. Defume o ambiente ou asi próprio com vigorosa defumação de imburana,maracujá e manjericão, pois isso é eficientíssimo.E só experimentar...São esses Espíritos Elementares Inferiores quemuitos videntes sem nenhuma orientação, quandovêem, dizem logo serem Exus. No capítulo que tratados Exus, explicaremos essas fundamentaisdiferenças. Quando também falarmos sobreoferendas, citaremos os benefícios atingidos pelosElementares Superiores. Mas, para encerrarmos,precisamos deixar claro que esses Espíritos não sãoda Natureza; não e não. Outros dizem que não têmvida própria, sendo comandados por outras mentes, eque são apenas matéria dinamizada, sendo destruídosquando terminam ou deixam de alimentá-los. Muitoao contrário, esses Elementares são Espíritos

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indestrutíveis, portanto não foram criados pornatureza nenhuma; estagiam sim, na Natureza.Confundem elementais, que são formas-pensamento,ou seja, a matéria astral, que como é muito plásticapode ser transformada e dela fazer-se como se fosseum Ser com vida própria, não passando de ummanequim ou boneco de matéria astral, sendo essessim, destrutíveis, pois existem enquanto o mago, emgeral negro, o alimentar com suas correntes depensamentos, sendo logo a seguir destruído, e seusresquícios queimados pelos lixeiros do astral. Portanto,não confundamos elementais, que são formaspensamentosem vida própria, com os Elementares,que são Espíritos no início de sua fase evolutiva; porisso mesmo são chamados de Elementares, ou seja,básicos dentro da hierarquia espiritual planetária.Esses Elementares atendem a certos sinais da Leide Pemba, bem como a sons básicos da própriaNatureza. Os sinais a que obedecem são os daGeometria Astral, pois é como se eles sealimentassem vibratoriamente de suas formas, quemovimentam certos clichês e, esses, certas Linhas deForça, as quais eles imantam em seus corpos astrais.Daremos 7 sons simples e 7 sinais simples a queesses Elementares obedecem, e somente se forempara benefícios vários e movimentados por quemsaiba fazê-lo. Daremos um primeiro ângulo, pois hávários, de maior profundidade, mas que requeremmaior técnica e maiores conhecimentos, esses deconhecimento exclusivo dos raríssimos magos ouBabalawôs. Vamos ao som e aos sinais:*Esses devem ser combinados e voltados para oponto cardeal adequado, lembrando apenas que onorte relaciona-se aos Elementares da terra, o sul aosElementares do fogo, o leste aos Elementares do ar eo oeste aos Elementares da água.* Após serem feitos os sinais, entoam-se harmoniosamente, como um canto pausado, os 7 sons básicos.297UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaEsses sinais e sons podem ser evocados e riscadosem um pano branco com pemba azul, vermelha eamarela, não importando a ordem. Devem serevocados em uma mata e com o agô (permissão) deuma Entidade, Caboclo, Preto-Velho ou Criança.Sobre o pano, pode-se colocar uma vasilha de louçabranca com mel e flores várias em volta do preceito.Esse preceito vitaliza muito, e em geral traz grandesbenefícios às pessoas carenciadas. Acende-se 1 velaem torno ou próximo de cada som ou sinal. No pano

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branco, na verdade, só vão os sinais e no localpronuncia-se o som correspondente aos sinais. Panona proporção de 50x50 cm. Acreditamos ser fácil aassimilação desse preceito, o qual é puríssimo, seprestando sempre para fins elevados ou pedidosjustos.Escrever sobre os Elementares e seus segredos nãoé algo simples, e acreditamos que levantamos umpouco mais o véu que encobre esse Arcano, nacerteza de que será útil a muitos Filhos de Fé,estudiosos e cônscios de suas responsabilidades paracom seu próximo e para com a Sagrada CorrenteAstral de Umbanda. Bem, ao falarmos sobreElementares, não poderíamos deixar de citar asoferendas ritualísticas, mas antes dessas, discorramossobre o médium-magista e o mago, para depoisfalarmos sobre os mantras, a Lei de Pemba, a magiatalismânica e aí então a magia das oferendas.Em capítulos anteriores, explicamos muito poralto o que seria o médium-magista. Procuraremosagora esmiuçar, na medida do possível, esseimportantíssimo aspecto do sacerdócio doMovimento Umbandista da atualidade.Para falarmos sobre o médium-magista,necessário é que revisemos ou relembremos oconceito da magia, pois é sobre ela que o médiummagistaconcentra sua capacidade de trabalho, parafins diversos. Definiremos mais uma vez Magiacomo ato deacionar, por meio da vontade, umritual em que se concentrem idéiase desejos sobre elementosmateriais, a fim de alcançar oobjetivo visado. E é da vontade oudesejos, idéias e projeções delassobre elementos vários que se serve o médiummagistapara movimentar as forças sutis da Natureza,bem como atrair esta ou aquela Entidade, visandoobter-lhe o beneplácito ou ação desejada.No Movimento Umbandista da atualidade,raríssimos médiuns são magistas e entre eles quasenenhum é mago. Perguntará o Filho de Fé estudioso:— Qual a diferença entre ambos?Filho de Fé, preste atenção para entender aquestão, como na realidade ela se apresenta.Médium-Magista é aquele que recebeu a outorgapara manipular as forças mágicas, só que dentro decertas limitações inerentes ao seu grau individual.Temos médiuns-magistas que são verdadeirosMAGOS, pois receberam da Corrente dos Magos

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Brancos o selo da ordem, outorga ou ordens e direitos,que vem direto do astral superior ou por um ritual emque uma Entidade Espiritual incorporada faz amenção e a justa colocação do selo, através de umritual singelo, mas de profunda relevância no âmbitoastroetéricofisico do dito médium-magista elevado amago. Dentro da hierarquia, é o médium-magista de7º grau do 3º ciclo que pode estender a outorgamágica, através dos mistérios menores, a outrosdiscípulos seus, os quais poderão chegar até o grau demestre de iniciação de 7a grau do 1º ao 2º ciclo,embora achemos que a denominação mais correta paraesses casos seria a de magistas, sem o título de Mestrede Iniciação.O genuíno Iniciado pelo astral, o médiummagistade 7º grau do 3º ciclo, tem uma mediunidadeapuradíssima, mormente sua sensibilidade psicoastral,e aquilo que também chamamos dimensãomediunidade,que é o médium ter uma dimensãoaberta entre o físico e o astral, ou entre si e seu mentorou Espírito afins ao seu mediunismo. Claro que devater, pois nós assim proporcionamos uma apuradaclarividência, algo que lhe dá, juntamente com adimensão-mediunidade,* muita segurança pararesolver* A dimensão mediunidade é a faculdade rara, que um ou outro médium-magista ou mago tem, de interpretar seu próprio vivencialiniciático e trazer imagens vividas e sentidas, às vezes, num passado que se perde nos meandros do tempo. Este processo é feito ouexecutado com seu mestre astral, através de técnicas mnemônicas mentoastrais.298CAPÍTULO XVcom certeza os casos e coisas que se lhe apresentam.Possui também conhecimento sólido sobre os 4pilares do conhecimento humano, sendo em geralligado mais diretamente em 2 ou 3 pilares, sendo quea união com o 42 pilar, se tudo correr bem,seguramente conquistará em futura reencarnação.Alguns deles, raríssimos na atualidade, além dese dedicarem ao Movimento Umbandista, estãoligados, como dissemos, às Ciências, à Filosofia, aoprofundo misticismo e às Artes, inclusive as mágicase oraculares. Todos possuem ótimo e consistentemental, são inteligentes mas sumamente simples,sendo despidos da tola vaidade. Conhecem naprofundidade os sinais riscados ou Lei de Pemba,com a qual evocam ou manipulam certas forças sutisda Natureza, bem como certa classe de Espíritos, osditos Elementares, sobre os quais já nos ativemos

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ainda neste capítulo. A maioria deles, num passadorelativamente longínquo, foram alquimistas, magistasou grandes cientistas, ligados principalmente àsciências médicas e às ciências oraculares, mas quepor motivos vários faliram, ou se não faliram, nãocompletaram seus trabalhos, vindo findá-los naSagrada Corrente Astral de Umbanda, onde ficarãoligados e acobertados até a passagem para outro sítioplanetário (outro planeta mais elevado), daqui amilhares de anos. Muito deles, os que faliram, foi porfazerem uso indevido da magia, da qual eram já naépoca profundos conhecedores (alguns encarnaramno final da Raça Atlante, não sendo muito difícilreconhecê-los até fisionomicamente, principalmentepelos seus olhos e testa), mas que inverteram essesconhecimentos para fins unicamente próprios ou parafins escusos, passando a conciliar-se com o astralinferior, através dos Magos-Negros. As principaiscausas da falência, ontem e hoje, vêm pelosensualismo exagerado, pois como possuemmagnetismo em excesso, atraem vários Seres, osquais na verdade, carentes de atenção e mesmo deafeto, encontram nesses magos os redutoressalvacionistas, mas sendo que esse fato não deveriaderivar para o sensualismo, algo que somente emraríssimos casos (os kármicos) tem nosso aceite. Ficadifícil levantar este ou aquele julgamento apressadosem estar de posse do ontem milenar, e mesmo assimcada caso é um caso, requerendo por parte dostribunais competentes demorada análise ejulgamento, algo que, por fugir de nossa alçada, fazcom que paremos por aqui mesmo.De maneira geral, se o mago ou o médiummagistautilizarem seus conhecimentos ou poderesmágicos para perverter, inverter ou mesmo fazerpessoas voltarem-se para si afetivamente ousexualmente, são sumariamente desvinculados desuas funções, mas, repetimos, se usarem de recursosmágicos. Caso contrário, não entram no mérito dejulgamento dos tribunais relativos aos atos mágicos, esim dos Tribunais Kármicos, que se pronunciarãocomo em outro caso qualquer, mas levando em contaas funções do dito Ser Espiritual encarnado, queembora técnico avançado, também trabalha sob sériosriscos, coisas não comuns às demais criaturas. Assim,o mago deve ser analisado à parte, e assim o é,tenham certeza. Enfrentar o submundo astral,combatendo-o anos a fio com denodo, tem é claro seumérito, e não será por qualquer choque, muitas vezesprovocado pelo astral inferior, que envia até pontasde-

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lança encarnados para isso, que cassaremos essesFilhos de Fé, sumamente importantes para os nossosobjetivos. Como dissemos, cada caso é um caso, queé julgado pela Confraria dos Espíritos Ancestrais,através da Corrente dos 12 Anciãos do Templo, naCorrente dos Magos Brancos do Astral. Bem,dissemos do sensualismo, faltando comentar sobre avaidade e a excessiva cobrança que vem pela Lei deSalva ou Lei de Amsra, que é uma cobrança ourecompensa financeira somente aplicada a certostrabalhos essencialmente mágicos e que manipulamenergias ligadas às coisas do plano físico exclusivo,tais como assuntos financeiros, afetivos e mesmodemandas astrais com grande repercussão nas coisasdo terra-a-terra. Mesmo assim, essa cobrança deveráser para a sua guarda ou preceitos que às vezesprecisará fazer, pois as demandas de ordem astralpoderão desabar vibratoriamente sobre ele ou até seusfamiliares, precisando é claro estar salvaguardado detais entrechoques, os quais, para serem debelados,necessitam de preceitos sérios e reais, e muitas vezesum descanso físico e mental do dito mago, que seassim não o fizer, colocará em risco sua própria vidafísica, como também colocará em risco toda aConfraria Astral que nele tem um ponto avançadoaqui no plano físico denso. Como vêem, a situação édelicadíssima,299UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicamas o que queremos frisar é que hoje em dia todos,sem estarem debaixo de uma outorga nem demédium-magista, cobram por tudo e de todos, mesmodaqueles que nada têm e que por desespero pagam,na expectativa de verem resolvidos seus casos. Essessim, aqueles que cobram e pensam que estão fazendoos outros irmãos de tolos, não sabem os transtornosque os aguardam aqui mesmo como encarnados etambém quantas cobranças terão lá pelo outro lado davida, após a morte. Verão que de espertos mesmo nãotiveram nada, pois ficarão escravos de um submundoque os explorará sem piedade! Mais uma vezreiteremos: a única vantagem que se pode levar destavida é a de ser bom e amigo leal; o resto é utopia, éilusão e muito passageira, tenham certeza! Antes deencerrarmos sobre o médium-magista ou mago, nãocitamos a mulher, pois desde a remota Lemúria, àmulher foi vetada a manipulação mágica, porque...Bem, citamos os percalços que podem entravar obom caminho do magista ou do mago, mas aindaachamos piores os que vêm pelas traições de que os

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mesmos são vítimas, principalmente por aqueles quegostariam de ser iguais a eles e, não o conseguindo,no início até se aproximam e se fazem de amigos, atésubmissos. Mas sabemos bem quais são suas reaisintenções, pontes que são do submundo astral, ecomo a inveja é a reação da incapacidade e a traiçãoo atestado dessa incapacidade, caem sobre osverdadeiros magos as mais torpes falsidades einfâmias, além de inverossímeis relatos.* Não estamosafirmando com isso que os nossos tutelados magossejam isentos de erros ou culpas. Não, achamo-los tãohumanos como outros quaisquer, só que, sendocomuns aos demais, mesmo assim conseguem aIniciação, o que sem dúvida já é um mérito. Portanto,estaremos junto deles impedindo sua caída, já quemuitos assim o querem, sejam encarnados oudesencarnados, rangendo os dentes de inveja edespeito. Podem ranger os dentes, pobres Filhos deFé, um dia vocês aprenderão, mas até lá Caboclo osdeixará bem distanciadosdo verdadeiro Mago ou Babalawô, coisaque muitos gostariam de ser, mas sem perguntaremse estão capacitados, ou se teriam o suporte para tal.Paciência, a Natureza caminha se amoldando; após odia, virá a noite e assim sucessivamente. Esperemos,pois, eles amadurecerem! Amadurecerão, semdúvida, que Oxalá os abençoe, mas permita que esteCaboclo, representando todos os Caboclos, oscoloquem bem distanciados de nosso Filho de Fé,não pelo nosso Filho de Fé, mas mais por elesmesmos, que não se conformam com o progresso e aevolução que acontece aos magos, coisa que osenvenena de ódio e ciúmes. Assim, que Oxalá osafaste de nossos Filhos diletos. Bem, após citarmos omédium-magista e suas funções, não poderíamosdeixar de dizer que o verdadeiro Mago manipula nãosó a magia, mas muito principalmente a teurgia, aqual pode ser definida como a aplicação mágicasuperior ou transcendental. É o mestrado da magia; éa Ciência Teúrgica, pois, a arte é aplicação superiorda Alta Magia. Bem, e dentro da teurgia que seaplicam os mantrans ou mantras,** que são palavrasespeciais vocalizadas de forma especial, que estãorelacionadas com a produção de certos fenômenos,sejam eles físicos, astrais ou espirituais. Semfalarmos dos termos sagrados que erammantranizados na pura Raça Vermelha, mencionemosapenas um que se perpetua até os nossos dias,inclusive hoje até vulgarizado, o termo litúrgicoSARAVÁ. Façamos do termo sagrado saravá, que

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proveio do Abanheenga, um estudo arqueométricopara aí acharmos, na sua original pureza, seusignificado:* Pedimos especial atenção a este alerta do Sr. 7 Espadas. Interessante que muitos fatos aconteceram em nossa vida quando esta obra jáestava escrita, sendo que, somente agora, entendemos o alerta. Acredito que muitos também entenderão o alerta, como entenderãooutras coisas, mas...** Vocábulo Abanheenga, que alcançou as terras hindus e, no Sânscrito, tem como significado: mam — pensamento; tra —instrumento, veículo. Portanto, é o pensamento trabalhado e executado no verbo...300SA (15) — significando: FORÇA, SENHORRA (20) — significando: REINAR, MOVIMENTOVA (06) — significando: NATUREZA, ENERGIACAPÍTULO XVAssim, o termo litúrgico saravá se pronunciasegundo a modulação própria de uma das 7 Variantesda Lei, ou seja, os 7 Mantrans Sagrados, os quaisdenominam as 7 Potências Originais ou OrishasOriginais, que por sua vez, ao consubstanciarem suasqualidades e propriedades na Natureza (reinonatural), fizeram-no através das sutis correnteselétricas ativas e magnéticas passivas, que em síntesesão as Linhas de Força.Assim, estamos observando que, segundo aCoroa do Verbo, o vocábulo místico sagrado saravátem como um primeiro significado: força propulsorada natureza ou atributo externo operante dasPotências Superiores ou Orishas.Ao pronunciar-se esse termo, está-se ativando eveiculando pelas Linhas de Força quanta energeticiafins à movimentação desejada na evocatória, sendopois suporte vibratório aos seus objetivos, quesurgem em sua esfera mental e concretizam-se emsua esfera física.Elevados sacerdotes Iniciados sabem que naprofunda ritualística hermética da Umbanda essetermo é vocalizado de 7 formas diferentes,obedecendo ao metro musical original não temperado.Ainda segundo as necessidades do médium-magista,pode ser pronunciado em tons e subtons, oitavasacima e abaixo, devendo essa palavra serpronunciada voltando-se a determinados pontoscardeais afins. O Filho de Fé já deve ter entendido oumesmo percebido que o termo saravá é um mantrafixador da Luz Astral em movimento, bem como,dependendo de como é pronunciado, pode serdissipador da Luz Astral em repouso. Coagula e

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dissipa correntes segundo a necessidade, podendofixar ou dissipar vibrações tanto na esfera mental,como na astral e na física.Após essas ligeiras observações sobre esse mantra,só nos falta dizer que ele freqüentemente é utilizadosem nenhum critério, servindo muitas vezes comochacota para o profano, devido ao uso vulgarizadopelos próprios adeptos umbandistas, os quaisesperamos venham a entender melhor, com odecorrer do tempo, que a palavra é remédio quandobem administrada e na dose certa, pois quando maladministrada e em doses elevadas pode tornar-seveneno. Como outros, também afirmamos que apalavra, antes de ser proferida, deve ser pensada,pesada, medida e contada, assim...Ao prosseguirmos em nossa jornada pelosmeandros da magia, chegamos em algo essencial parao ritual da Magia, algo que a grande maioria dosFilhos de Fé, mesmo alguns que se dizem médiunsmagistas,desconhece quase que na íntegra em seusfundamentos. Estamos nos referindo, é claro, à Lei dePemba ou Grafia dos Orishas. Quando dissertamossobre as 7 Vibrações no Capítulo XI, vimos algosobre a Lei de Pemba, que agora procuraremosmostrar como é utilizada em nossos rituais e como éa mola mestra de toda a magia etéreo-física. Todos ossinais da Lei de Pemba são uma espécie deverdadeiro código entre os mentores que atuam naSagrada Corrente Astral de Umbanda. Esses sinais oupontos riscados traduzem e imantam forças da magiaceleste, pois são clichês-códigos que traduzemordens, direitos, responsabilidades, movimentos deforças ou energias (fixação ou dissipação), hierarquiada Entidade e seus vínculos iniciáticos com esta ouaquela Vibração, Falange, etc. Indicam tambémpoderes de quem os riscou, pois podem ordenarvários setores que se encontrem vinculados a quemriscou o ponto. Sendo assim, também é ummensagem, uma espécie de código entre a Confrariados Magos da Umbanda. Já vimos que uma EntidadeEspiritual, quando quer se identificar por completo,dá seu ponto fundamentado em 3 princípios:1. A FLECHA, que identifica qual a banda daEntidade, isto é, se é Caboclo, Preto-Velho ouCriança.2. A CHAVE que identifica a vibração original ou alinha, isto é, uma das 7 Variantes da Lei. Uma vari-Obs. — Usamos o sistema decimal, sendo que esse nos dá um primeiro ângulo de interpretação, que para nossos estudos já é suficiente.301

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Tradução do termo SARAVÁ: FORÇA QUEMOVIMENTA A NATUREZA. O sinal gráficona Lei de Pemba é:A geometria é:UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaação sutil da Chave pode identificar o grau dosProtetores e Entidades Astrais com grau de Comandoou Chefia (de subgrupamento, Protetor Superior, oude grupamento, Guia). 3. A RAIZ, que caracterizasua afinidade, seu grau e sua própria identificação(algo raríssimo). Pode dar o plano, isto é, se aEntidade Astral é um Orisha, Guia ou Protetor. Sãosutilezas da Lei de Pemba — Verdadeira.O que podemos afirmar é que os verdadeirossinais riscados da Lei de Umbanda são magia pura,sendo poucos os que conhecem seus significados eexpressões. Mesmo algumas Entidades não têmpermissão de riscar certos sinais, embora osconheçam, saibam "ler" o que significam e até lhesobedeçam; mas daí a dar a eles próprios o direito deriscarem vai uma distância meridiana. Com isso,afirmamos também que raras Entidades, na atualconjuntura do Movimento Umbandista, riscampontos. Pedimos especial atenção aos Filhos de Fépara de forma alguma tentarem reproduzir um pontoriscado, ou mesmo tentar fazê-lo só porque viu esteou aquele sinal, querendo juntá-los na expectativamilagrosa de se conseguir algum efeito. Sim, o efeitoque se pode conseguir é o de trazer sérias confusõespara seu próprio caminho, bem como para os queestão debaixo de suas vibrações. Riscar pemba é algoseriíssimo, pois implica ser iniciado de verdade peloastral, e conhecer não apenas letras, mas conjuntosformaque variam ao infinito e traduzem váriosobjetivos. Portanto, àqueles que se interessam pelaLei de Pemba, aconselhamos que procurem umaverdadeira Entidade que lhes poderá informar sobreessa sua "curiosidade", e se você tiver afinidadesreais, tenha certeza de que ela ou quem ela assimdeterminar lhe ensinará o Alfabeto Sagrado Mágico.Aí sim, sem tatear, mas sabendo o que faz, mesmoem movimentos leves, poderá riscar conscientementeos sinais relativos à Sagrada Lei de Pemba. Essamesma Lei de Pemba pode ser grafada em 3 ângulos:lº ângulo ou positivo; 2º ângulo ou relativo oumetafísico; e 3º ângulo — o mágico propriamentedito. Gostaríamos de revelar muito sobre a Lei dePemba,* mas até a caneta do aparelho que usamosfoge do papel, sinal de que já abrimos demais certosângulos, embora sejam eles ainda muito externos,

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sendo que o mais ficará por conta da Iniciação nointerior do templo, segundo o grau consciencialkármico de cada Filho de Fé. Em seguimento aosnossos humildes apontamentos, vamos falar sobre aMagia Talismânica, a qual também é de valiainestimável aos vários Filhos de Fé e mesmo ao leitoramigo que deseja fortes proteções, cobertura emesmo magnetismo pessoal. Assim, vamos dividir ostalismãs nos 4 elementos e, dentro desses, nos signoscorrespondentes. Iniciemos pelo elemento fogo, noqual se encontram os signos de Leão, Sagitário eÁries. Daremos um talismã de uso pessoal, usado nodia-a-dia, servindo para rebater correntes contrárias,fortalecer a vontade, ativar o magnetismo positivo ecuidados vibratórios do aura individual. Em todos oselementos usaremos a cruz, e sobre ela determinadasformas geométricas. Por que usaremos a cruz? A cruzsempre foi a representação da união pelo sacrifício, oqual é redentor. A cruz também é símbolo daDivindade ou mesmo da Luz, como dissemos aocitarmos o vocábulo BARATZIL, em que CRUZ éLUZ e LUZ é DIVINDADE. Após explicarmos sobrea cruz, façamos uma tabela para fácil compreensãodos talismãs pelos diversos Filhos de Fé.Filhos de Fé dos signos do Fogo — A base é a cruz eo elemento movimentador é o triângulo eqüilátero,assim como está na ilustração:* Para maiores detalhes, pedimos aos Filhos de Fé que releiam o Capítulo XI, na parte que cita a Lei de Pemba. Acreditamos ter reveladoalgumas chaves importantes para a compreensão lógica da Lei de Pemba. Muitos poderão achar que abrimos demais, que demos chavesjamais dadas a não ser no interior do templo e mesmo assim a 1 ou 2 Iniciados. Sim, mas estamos cientes de que aqueles que entenderamesses fundamentos da Lei de Pemba é porque já estavam maduros para tal. Terão um início seguro, pois o caminho é longo e penoso paraaqueles que quiserem conhecer e penetrar nos Arcanos da Lei de Pemba. Que a Luz do merecimento ilumine a todos.302CAPÍTULO XVEste talismã, sobre o qual daremos os detalhes,deve ser feito em duas peças, sendo o triângulo sobrea cruz. A medida da cruz será de 5 cm decomprimento por 3,6cm de largura, guardando asproporções da ilustração. O triângulo será eqüiláteroe terá 3 cm de lado. O material para os Filhos de Féque tenham nascido sob os influxos dos signos dofogo é o latão ou cobre, com um pequeno banho emouro. As pedras serão: brilhante para os nascidos emLeão; topázio para os nascidos em Sagitário; rubipara os nascidos em Áries. Essa pedra será apenas

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para ser cravada no alto da cruz. Deverá ser usado emuma corrente colocada ao pescoço.Filhos de Fé dos signos do Ar — A base é a cruz e oelemento movimentador é o círculo, assim como nailustração:Este talismã, sobre o qual daremos os detalhes,deverá ser feito em 2 peças, sendo o círculo sobre acruz. A medida da cruz será 5 cm de comprimento,sendo que seu braço menor terá 3,6 cm. O círculoterá, também, 3 cm de diâmetro. O material para osFilhos de Fé que tenham nascido sob os influxos dossignos do ar é a alpaca ou mesmo o latão. As pedrasserão: turmalina para os nascidos em Libra;esmeralda para os nascidos em Gêmeos; turquesapara os nascidos em Aquário. Essas pedras serãoapenas cravadas no alto da cruz. O talismã deverá serusado com uma corrente, sendo ela colocada aopescoço.Filhos de Fé dos signos da Terra — A base é a cruze o elemento movimentador é o quadrado, assimcomo na ilustração:Este talismã, sobre o qual daremos os detalhes,deverá ser feito em 2 peças, sendo o quadrado sobre acruz. A medida da cruz será de 5 cm de comprimento,sendo que seu braço menor terá 3,6 cm. O quadradoterá 3 cm de lado. O material para os Filhos dos signosda terra é o cobre, com um banho de níquel. As pedrassão: safira para os nascidos em Touro; granada para osnascidos em Virgem; ônix para os nascidos emCapricórnio. Essas pedras serão apenas cravadas noalto da cruz. O talismã deverá ser usado com umacorrente, sendo ela colocada ao pescoço.Filhos de Fé do signos da Água — A base é a cruz eo elemento movimentador é o semicírculo, assimcomo na ilustração que segue:Este talismã, sobre o qual daremos os detalhes,deverá ser feito em 2 peças, sendo o semicírculosobre a cruz. A medida da cruz será de 5 cm, sendo amedida do braço de 3,6 cm. O semicírculo tambémterá um diâmetro de 3 cm. O material para os Filhosdos signos da água é a prata.* As pedras são: águamarinhapara os nascidos em Escorpião; ametista paraos nascidos em Peixes; ágata-branca (ou cristalbranco) para os nascidos em Câncer.* Nota do médium: podendo-se usar a prata baixa, que é bem mais barata, podendo a mesma ser usada por todos os signos.303UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaApós essa 1- tabela, façamos o talismã individual,segundo alguns dados que aqui daremos, mesmo

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porque, além dos sinais que são de altíssimarelevância, teremos os processos de imantação, quesão o meio de torná-lo eletromagneticamente ativo,pois caso contrário será apenas um objeto semnenhum poder ou aura de ação.Nas figuras abaixo vão estes sinais da ALTAMAGIA DA UMBANDA, relacionados com o quehá de mais sério e justo dentro da Lei de Pemba.Para os nascidos em LEÃO —ORIXALÁEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, em suacabeça, na parte posterior, deve-segravar o nome no Alfabeto Adâmico(as iniciais).Para os nascidos em SAGITÁRIO — XANGÔEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, em suacabeça, na parte posterior, deve-segravar o nome no Alfabeto Adâmico(as iniciais).Para os nascidos em ÁRIES — OGUMEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, em suacabeça, na parte posterior, deve-segravar o nome no Alfabeto Adâmico(as iniciais).Para os nascidos em GÊMEOS — YORIEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, em suacabeça, na parte posterior, deve-segravar o nome no Alfabeto Adâmico(as iniciais).Para os nascidos em LIBRA — OXOSSIEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, em suacabeça, na parte posterior, deve-segravar o nome no Alfabeto Adâmico(as iniciais).Para os nascidos em AQUÁRIO — YORIMÁEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, em suacabeça, na parte posterior, deve-segravar o nome no Alfabeto Adâmico(as iniciais).Para os nascidos em TOURO — OXOSSIEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, emsua cabeça, na parte posterior, devesegravar o nome no Alfabeto

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Adâmico (as iniciais).Para os nascidos em VIRGEM — YORIEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, emsua cabeça, na parte posterior, devesegravar o nome no AlfabetoAdâmico (as iniciais).Para os nascidos em CAPRICÓRNIO — YORIMÁEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, emsua cabeça, na parte posterior, devesegravar o nome no AlfabetoAdâmico (as iniciais).Para os nascidos em CÂNCER — YEMANJÁEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, em suacabeça, na parte posterior, deve-segravar o nome no Alfabeto Adâmico(as iniciais).Para os nascidos em ESCORPIÃO — OGUMEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, em suacabeça, na parte posterior, deve-segravar o nome no Alfabeto Adâmico(as iniciais).304CAPÍTULO XVPara os nascidos em PEIXES — XANGÔEstes sinais podem ser gravados oufeitos em alto-relevo. Na cruz, em suacabeça, na parte posterior, deve-segravar o nome no Alfabeto Adâmico(as iniciais).Bem, após entendermos ailustração sobre os 12 Talismãs Sagrados, resta-nosdizer que esses talismãs, quando bem preparados ebem projetados com correntes da vontade e dopensamento sobre eles, tornam-se possantesacumuladores e condensadores de positivíssimascorrentes eletromagnéticas, as quais formarão sobre oindivíduo uma aura de defesa que se casará com aprópria emanação do indivíduo possuidor do talismã.Se o mesmo não livra o indivíduo de todas asmazelas, seguramente dará ao mesmo equilíbrio eforças para não rebaixar seu tônus vibratório, o quesem dúvida seria porta aberta para a entrada decorrentes, de toda sorte de larvas, miasmas, bactériasde ordem astral (que depois se densificam eproduzem doenças), fungos e mesmo agentesagressivos provenientes de magos-negros que se

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aproveitam do rebaixamento vibratório para atacar emesmo contundir através de elementos físicosdesmaterializados ou que tenham sua contraparteetérica que, quando adentram no indivíduo, vencendosuas barreiras áurico-etéricas, podem seconsubstanciar em perfeitos elementos daninhos, queagem de forma insidiosa sobre vários sistemasorgânicos e muito especialmente sobre determinadosórgãos-alvo, à escolha do mago-negro que tentou"embruxá-lo". Se não desfeito a tempo, esse trabalhode magia inferior, mas que tecnicamente foiexecutado de forma correta, certamente leva oindivíduo a reproduzir uma grave doença, comdeterioração fisiológica e anatômica do órgãoatingido, podendo levá-lo à morte. Isso não é fantasiaou supervalorização dos elementos morbosos e hostiscolocados em ação pelos magos-negros; isso érealidade, que logo poderá ser explicada pela nossaciência oficial. Tudo parece fantasioso, pois não seconhece o plano etérico, vizinho primeiro do físicodenso, onde se estende um universo paralelo, ondebons e maus também convivem, e infelizmente há oschoques e os confrontos, tal qual no plano maisdenso, a par da constante vigilância de verdadeirapolícia de choque do astral, os Exus Guardiães, quevêm frenar e equilibrar essas ações funestas, mas quesão inerentes ao homem, em virtude dos baixospadrões morais assumidos e ainda hoje praticados. Osmarginais do astral nada mais são do que homens,sem seus corpos físicos, que delinqüiram através doódio, inveja, ciúmes, orgulho, egoísmo e vaidade,sendo portanto filhos da discórdia, verdadeiros filhosda falange do mal, que em todos os planos têmpontes avançadas para executar seus atos escusos eignominiosos.Bem, já chega, pois os Filhos de Fé são sabedoresdessas coisas; apenas quisemos repisar e tambémmostrar a necessidade do talismã, que de formaalguma é um objeto embalado em fetichismo ou autosugestão.Estamos dando um talismã condensador deenergias várias, por isso entram em sua composição ometal, a pedra e a magia cabalística proveniente da"Ciência do Verbo" que traduz e imanta forças daMagia Celeste. Assim, entregamos a você, Filho deFé e leitor amigo, um talismã astromagnético querealmente, se usado como vamos verificar, ajudaráem muito os seus usuários. Portanto, vamos à partefundamental, que é a imantação do talismã sagrado,vibrado e consagrado pela Cúpula da Corrente Astralde Umbanda.

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A. Imantação do TalismãImantar, para nós, significa agregar forças dedeterminados elementos ou mesmo de SeresEspirituais através de seus eflúvios eletromagnéticos.Então, teremos que usar meios condutores para essasforças, os quais serão projetados e ligados no talismã.Bem entendido esse processo, que tentamos exporsem que traga grandes dificuldades ao interessado,expliquemos como iremos imantar o talismã.Para a nossa imantação, necessitaremos devibrações que se enquadrem nos 4 elementos daNatureza, ou seja, elementos radicais da mesma, quesão denominados fogo, água, terra e ar. Além deles,precisamos selecionar elementos vitais dos reinosmineral, vegetal e animal. Estando com essa parte jáarrumada, estaremos prontos para o processo, deimantação. Comecemos por partes:305UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica1. Uma vasilha ou recipiente de madeira, que deveser furado (pequenos furos em seu fundo).2. Quando a Lua estiver no 1° dia do quartocrescente, colher em uma praia, no horárioplanetário correspondente ao signo do indivíduo,água e areia do mar. A areia do mar a ser colhidadeve ser aquela que estiver molhada, isto é, queesteja sendo banhada pelo mar naquele momento(pode ser no horário do Orisha).3. Após a colheita da areia e água do mar (quepoderão ser substituídas por areia de rio e água decachoeira), o interessado colherá na hora planetáriade seu signo uma das ervas que constam da relaçãoque já demos no Capítulo XI, e que tambémpodem ser substituídas pela erva dormideira ousensitiva.4. Já de posse de todos esses elementos, o indivíduointeressado adquire 1 copo grande virgem, 7pedaços de carvão, 7 agulhas de aço (tamanho quese queira), azeite de amêndoa-doce e lamparinas,não devendo esquecer-se das flores e da essêncialíquida particular.5. Na caixa de que falamos, que deve ter um furo ouvários em seu fundo, coloque-se a areia do mar e,no horário particularizado de seu signo, coloque nointerior da areia as 7 agulhas e os 7 pedaços decarvão. Neste mesmo horário, coloca-se no copovirgem o sumo de erva misturado com a água domar e 7 gotas da essência líquida. Em seguida, emforma de triângulo, acendem-se 3 lamparinas emlouvor dos Senhores da Luz. Depois de acesas as

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lamparinas (com azeite de amêndoa-doce, possantefixador da luz astral — coagula muitas forças,fixando-as), em volta da bacia ou recipiente demadeira coloque várias pétalas de flores de corbranca, amarela e vermelha, podendo tambémcolocar-se algumas pétalas dentro da vasilha.(Deve ser feito no 3º dia da Lua crescente.)Após ter preparado esses elementos assim comoexplicamos, coloque o talismã com a corrente dentroda areia, que neste momento deve ser molhada com amistura da erva, água do mar e essência. A seguir,pegue o copo, que ainda deve ter água do mar, erva eessência (na 1ª vez usar só a metade do líquido),volte-se para o ponto cardeal leste, inspire bemo perfume do líquido contido no copo e, ao expirar,faça-o sobre a bacia onde está o talismã,pronunciando ASTHÉ e IOÁ. Fazer 6 inspirações,alternando a pronúncia, ora ASTHÉ, ora IOÁ.Tudo isso deve ser feito na hora favorável doindivíduo, ou quando não, na hora do Orisha, cujatabela também demos no Capítulo XI. Esse processodeve ser refeito no dia seguinte, permanecendo todoo material no sereno e aceso; caso apaguem, acendanovamente as lamparinas.No dia seguinte, repete-se o mesmo ritual, com adiferença de que o talismã, na hora da inspiração eexpiração, já deve estar nas mãos do indivíduo, que,após exalar seu hálito pela última vez sobre o talismã,fará a seguinte evocatória:Em nome de TUPÃ, Supremo Espírito, Evoco ospoderes da Sagrada Corrente Astral de Umbanda,para que através dos Senhores da Luz, daSabedoria e da Vida, Orishas Virginais, imantemeste talismã, e que o mesmo esteja imantado comas Forças da Sagrada Corrente Astral deUmbanda; assim, em Espírito e verdade, eu ...(Fulano) peço filiação à Sagrada Corrente Astralde Umbanda e sua cobertura, através destetalismã sagrado, que me livrará de todos osmales, me trazendo Luz, Sabedoria e Vida.ASTHÉ SAVATARA AUMBANDANMeu Filho de Fé, que Oxalá o abençoe aindamais, pois você já está abençoado, e nessa bênçãopossa viver a doce paz dos justos, dos sinceros ehumildes de coração.Bem, seu talismã está pronto para ser usado;coloque-o no pescoço com uma corrente e permaneçacom ele o dia inteiro. Ao deitar-se, retire-o e coloqueopróximo a um copo com água. No dia seguinte,antes de usá-lo, jogue em água corrente a água do

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copo, peça agô aos Orishas ou Mentores afins ecoloque o talismã, antes porém passando-o na testa,no centro do peito e entre as mãos. Neste momento, oFilho de Fé ou mesmo o leitor amigo (que não oesquecemos) devem estar perguntando o que farãocom a bacia ou vasilha de madeira, o copo, etc.306CAPÍTULO XVA vasilha de madeira será guardada, sendo que esseritual deverá ser refeito sempre que o Filho de Fésentir essa necessidade, na Lua Crescente, é claro.Quanto às flores, as mesmas poderão serencaminhadas a um rio ou mesmo a uma pequenamata, mas que seja limpa, e só.A priori, poderá parecer difícil ao Filho de Fé ouleitor amigo a preparação de todo esse ritual,começando inclusive pelo talismã, o que de fato étrabalhoso mas não complicado. Importante notarque é o próprio indivíduo interessado que faz e passapor todas as fases de preparação do objeto, que ficaráimpregnado de suas forças, sendo, pode-se dizer, seucartão pessoal vibratoriamente falando. E algopersonalíssimo, tal qual suas próprias impressõesdigitais. Não nos demoraremos mais neste tópico,pois já estamos entrando em outro aspecto deverasimportante da magia ritualística, qual seja o RITUALDAS OFERENDAS.No prólogo de nosso enfoque sobre a magiaritualística, em que nos ateremos às oferendas rituais,já queremos firmar e reafirmar o conceito de queEntidade Espiritual com responsabilidades ecompromissos perante o astral superior não temnenhuma necessidade de oferendas materiais, sejamelas quais forem. Nenhuma Entidade Espiritualatuante na Corrente Astral de Umbanda pede aosseus Filhos de Fé ou mesmo prosélitos que façam estaou aquela oferenda, por necessidade disto ou daquilo,sendo a oferenda dirigida a ela (Entidade). Se assim ofizer, pode até ser Entidade astralizada, mas semvínculo, com certeza, com a Corrente Astral deUmbanda. Estamos afirmando que Espírito nenhum,mesmo os mais materializados, com seus corposastrais grosseiros, comem, no sentido de pedir esta ouaquela comida, mesmo que muitos digam que sejavotiva. Carnes e sangue, nem o submundo astralinteressa-se em comer ou absorver os elementosetéreos desses abjetos alimentos, quanto mais umOrisha ou mesmo qualquer Entidade responsável. Éóbvio ululante que nenhuma Entidade tida e havidacomo Orisha vai se comprazer com o sacrifício de um

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animal, seja ele de pêlo, penas, de 4 ou 2 patas, comoé costume falar-se por aí afora. Já não bastam osmatadouros, com seus depósitos de larvas, quealimentam os desejos mais baixos das humanascriaturas e daqueles que lhescompartilham a vivência, os Espíritos ignorantes edoentes? De onde pensa o Filho de Fé que vêm asgrandes discórdias e ambições mundiais, queterminaram em terrível morticínio fratricida e queperduram até hoje? Sim, vêm da incongruência deatitudes do Ser humano, ainda distanciado dosprincípios da Justiça Cósmica. Dentre essas atitudesincongruentes está o hábito infeliz de sacrificar-seanimais para deles retirar as energias suficientes paraa própria manutenção, que cada dia mais se tornagrosseira e esquisita, haja vista as concepções quemuitos dos ditos jovens nos 4 cantos do mundo vêmapregoando. Não somos radicais, e achamos que afonte protéica do Ser humano não necessariamenteprecisa ser oriunda de animais pacíficos e auxiliaresdo homem. Por que não se utiliza a alimentaçãomarinha, rica em todos os elementos necessários àmanutenção da vida? Tanto isso é verdade que nãopodemos nos esquecer que no mar teve início agrande odisséia da vida em nosso planeta. E osvegetais, será que não são ricos em aminoácidos queproverão a vida? Bem, deixemos esses reajustes aoshumanos; a nós, Seres Espirituais astralizados,compete ajudá-los a lentamente entenderem essasverdades e jamais coagi-los ou criticá-los. Mas, vezpor outra, lançamos a semente. Quando germinará?Não sabemos, mas estamos esperando, semdesânimo, jamais nos esquecendo que, emboradistanciado dos princípios maiores do Bem e mesmode Espiritualidade Superior, temporariamenteenredado no mundo do átomo planetário, o homem éherdeiro da Coroa Divina, e lá chegará. Para issovamos trabalhar, e iremos trabalhar sem esmorecer,mesmo que o cansaço tente nos fazer parar. Mesmoassim continuaremos, pois nosso cansaço de agoraserá o descanso dos justos de amanhã. Vamos emfrente, Filho de Fé. Vejam só, estávamos falando emoferendas e acabamos em alimentação humana o quetambém não deixa de ser uma oferenda da MãeNatura a todos que gozam da morada planetária.Para deixarmos claro, não estamos pedindo paraninguém deixar de comer carnes sangrentas; mas, namedida do possível, que se vá substituindo a carne deporco pela bovina e essa pela ave, até gradativamentechegar nos alimentos marinhos, que juntamente com

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os vegetais serão a alimentação do307UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicafuturo não distante. Se pedimos a vocês para evitar ouso da carne, como Entidades podem pedir que selhes ofereçam carnes, vísceras ou sangue? Dirão queé devido ao axé? Mas qual axé é esse que EntidadeEspiritual precisa? Não, Filho de Fé, não se iluda,pois mesmo em outros setores dos cultos afrobrasileiros,seus mais altos expoentes, que sãodesimbuídos do sectarismo retrógrado, já estão deforma bem sutil levando essas verdades a outros seusiguais. Eles mesmos já não aceitam "orisha vampiro",que se compraz com sangue, nem mesmo para axé ououtros awôs que querem emprestar a esse ritoesdrúxulo e anacrônico. Não é crítica não, é bomsenso, coisa que muitos Filhos desses cultos já estãotendo. O que também existe, e não podemos deixar decitar, é que muitos curiosos se dizem praticantes doritual africano, mas dele não conhecemabsolutamente nada, fazendo com que muitosacreditem que os rituais de nação são bárbaros e forade propósito. Os que assim pensam é porque, comcerteza, não estiveram num ritual de nação seleto;viram sim é misturas em cima de misturas, repletas dedeturpações, algumas até absurdas, que são simpontes de ligação com o submundo cavernoso, comseus kiumbas, arregimentados pelos sorrateiros e nãomenos frios e calculistas magos-negros do reino daKiumbanda. Alguns poderão achar que Caboclo quisdizer Kimbanda; não, repito, é Kiumbanda. Emboraesses agrupamentos sejam pontes para o baixo astral,de todas as formas a Corrente Astral de Umbandaestá interpenetrando lentamente esses subúrbiosavançados do submundo, na expectativa de frenar suaação. Não nos afobemos, a hora chegará, e...Esperamos ter deixado claro que não somos a favordas matanças, ebós, obis e orobôs dos Cultos deNação Africana, mas não podíamos atribuir a elesfardos que não lhes são devidos. Acreditamos quetudo tem uma razão de ser e existir; assim,acreditamos que o Culto de Nação atende aqueles queainda estão presos karmicamente ao seu tipo de ritual,algo que já explicamos em outro capítulo. Mas o quenos interessa no momento são as oferendas naSagrada Corrente Astral de Umbanda que existe sim,mas para movimentos de forças mágicas, nunca como uso de animais, vísceras ou sangue. A oferenda naUmbanda é mágica. Procuram-se elementos básicos,pois interessa-nos sua repercussão no plano etérico e

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astral, como também a movimentação mágica quevem pela evocação dos elementares, os ditosEspíritos da Natureza. Pelo exposto, concluímos quea oferenda é inerente à movimentação das forçasmágicas e essas são movimentadas através doselementos radicais da Natureza, que se associam aossólidos, líquidos, gases, éteres, etc. Tambémmovimentam e atraem a corrente de Elementares,Seres Espirituais que não encarnaram ainda uma sóvez sequer, e que estagiam nos reinos da Natureza,sendo que, em última análise, as oferendas estãodiretamente ligadas aos Elementares, que podem serserventias de um Caboclo, Preto-Velho, Criança emesmo de um Exu Guardião, que também sabe comomovimentá-los.Deve o Filho de Fé perceber a gravidade de seofertar aos reinos da Natureza sem estar debaixo deOrdens e Direitos para tal, como se pode intervir deforma deletéria nestes Seres que, embora tenhampercepção, consciência e inteligência, ainda lhes faltaa devida experiência, sendo pois muitas vezeslevados a manipular certas forças agressivas oumesmo grosseiras, acarretando-lhes reações kármicaspassivas no futuro. E aquele que os movimentou?Seguramente a Lei sobre eles incorrerá e agiráseveramente. Não é da Lei que quem deve paga? Eaqueles que não sabem dessas coisas e perturbam aNatureza e esses Seres Elementares? Bem, comoexplicamos, os imprudentes deverão seresponsabilizar pela imprudência. No mínimo sãoréus culposos, pois neste caso não poderemosqualificá-los de dolosos, em virtude de ignorarem osefeitos. Que façam as oferendas rituais, masordenadas por quem saiba e não simplesmente peloque viram ou vêem aqui e ali de forma vulgar, coisasque em verdade só têm sentido se observadas pelolado da ingenuidade e credulidade cega de muitascriaturas. Nosso dever se prende a ensinar e alertar,nunca a criticar. Que adianta a crítica e aimpaciência, se elas não mudam as coisas? Sejamospois tolerantes, pacientes e não fiquemos de peitoestufado dizendo-nos sabedores disto ou daquilo,criticando este ou aquele, achando que só é bom oque se faz, pois isso pode ser o início do fim. Para tráscom as críticas, o importante é fazer o correto e nãose importar com o que os outros façam, a não ser queos mesmos se interessem em querer melhorar e mu-308CAPÍTULO XVdar. Aí, e somente neste caso, deve-se falar,

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explicando, orientando. Se você é médium daSagrada Corrente Astral de Umbanda, saiba que:— Não é falando o que se aprendeu que de repenteos outros vão pensar ou agir como você. Não façaassim, pois muitos dissabores o aguardam, se éque já não chegaram.— Nunca pretenda ensinar Umbanda àqueles quevêm ao seu terreiro querendo resolver suas doresou seus problemas, que para eles, sem dúvida, sãoos maiores do mundo.— Ensine, mostrando quando lhe pedirem, comcalma, serenamente. Lembre-se que, assim comoo alimento da matéria, o alimento psíquico emesmo o espirítico deve ser dado em pequenasdoses, para não trazer indigestão e completaojeriza.Bem, Filho de Fé, tudo isso para lhe mostrarmosas oferendas rituais. Mas, como nosso conhecimentotem de ser de Síntese, aproveitamos todos osmomentos para elucidar sem perder os objetivos aque nos propusemos, e agora entraremos direto noâmago da questão Oferendas Ritualísticas.OFERENDAS RITUALÍSTICASOs mecanismos mágico-vibratórios, já osexpusemos ainda neste capítulo. Vamos, pois, aternosa explicar as finalidades das oferendas e oselementos para suas projeções alcançarem osobjetivos visados.É fundamental que se entenda que, na oferenda,joga-se muito com a energia ou matéria radiante esuas diversas transformações. A oferenda é fonteenergética concreta para os diversos rituais mágicos.Esse é o axioma das oferendas ritualísticas. Vejamoso esquema que tentará demonstrar o que explicamos:O mental do operador busca os elementos deordem astral, os quais são por equivalência ajustadosaos elementos materiais que ao refletirem as forçasmágicas, fazem-no com liberação de energias. Eramenergias armazenadas que são detonadas através dasoferendas físicas para que com isso seja alcançado oobjetivo visado. São energias potenciais que ao seprojetarem nos elementos físicos, por equivalênciaOFERENDA propriamente dita com seusdiversos elementosse condensam ainda mais, até descondensarem-sepelo aumento vibratório. Esse, ao detonar, atingeprimeiro o plano etéreo, depois o astral e por último omental. Para mais fácil assimilação, vejamos aquiloque Caboclo chama de respiração da natureza, em queos elementos radicais ou neumas* se entrecruzam e

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se transformam.Vamos ao esquema explicativo:RESPIRAÇÃO DA NATUREZA* Usamos o vocábulo neumas, como elementos radicais da Natureza — forças sutis ou vitais.309UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaDa TERRA para o FOGO, tivemos a ditaexpiração, com liberação de energia (setas mostram ocaminho).É o próprio metabolismo mágico, com sua parteanabólica (inspiração) e catabólica (expiração),fazendo com que o grande organismo chamadoNATUREZA tenha seus ciclos e seus ritmos. Essarespiração é um deles, e é dentro desse conceito quetambém mostramos ciência, podendo-se demonstrar oque expusemos. Corrobora também o que dissemosque a magia é a Mãe de todas as ciências, e como Mãeé possuidora do CONHECIMENTO TOTAL. Essasverdades não eram desconhecidas dos povos daLemúria e nem da Atlântida, que eram povosconsiderados exímios manipuladores da magia.Em capítulos passados, falamos sobre a Coroa doVerbo ou a Ciência do Verbo que produzia sons quese relacionavam com a Natureza. Faltou-nos dizerque esses sons se harmonizam com os ritmos e ciclosda Natureza, que os mesmos trazem ou movimentammuitas forças. Tudo na Magia é som, cor, número eforma, e dentro desse conceito vamos mostrar comose movimentavam num passado longínquo, atravésdo som projetado sobre as oferendas, as forçasmágicas. Lembremos das 3 letras arquetipais que,como é óbvio, eram fonetizadas.* As 3 letras são:A S TH = ASTHÉ — esse termo foi, através dostempos, por alterações fonossemânticas, sendopronunciado como AXÉ, o qual não perdeu seusignificado de princípio básico, força vibrátil primordialde todas as coisas, princípio dinâmico e poder derealização.Bem, desvelamos mais este véu segundo a Coroa doVerbo, pois chegamos num termo por demaisvulgarizado, mas que em verdade traduz princípio epoder, os quais são encontrados nas oferendas, queagora passamos a analisar segundo as 7 VibraçõesOriginais, as 7 Potências — ORIXALÁ, OGUM,OXOSSI, XANGÔ, YORIMÁ, YORI, YEMANJÁ.Essas oferendas, com as 7 Potências Sagradas, dizemrespeito aos elementos vibráteis que os integrantes,sejam nos 3 planos ou 7 graus, manipulam, dentro damagia etéreo-física, para fins vários, mas tudo de

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acordo com as correntes eletromagnéticas chamadasLinhas de Força e com os Espíritos Elementares, osditos Espíritos da Natureza.B. Oferendas para as 7 VibraçõesA) Pano da cor da Vibratória, na medida de 50 x 50cm.B) 3 vasilhas de louça branca.C) Frutas diversas.D) Vinho tinto suave.E) Velas ímpares ou pares na dependência da Vibração original.**F) Flores diversas.G) Elemento ígneo-aéreo — charutos ou cigarrilhas.H) Fazer a oferenda ritualística dentro do horário próprio da Vibração Original.Após a disposição do material, o qual se ajusta aoque há de mais positivo dentro da movimentaçãomágica superior ou alta magia, passemos a explicar omecanismo da oferenda em si como um todo.A oferenda ritualística, para concentrar asenergias envolvidas, deve limitar a atenção dointeressado por meio do pano que serve de mesa,onde serão fixados os sinais da Lei de Pemba. Suacor será a da Vibração evocada. Os sinais riscadospoderão ser os mesmos que foram dados a cadaVibração Original ou Linha. As 3 vasilhas prestam-separa conter os elementos vibráteis, quer sejamsólidos, líquidos ou mesmo aéreo-etéreos. Naverdade, as frutas com. as ervas afins devem sercolocadas em um prato de lou-* A, S, Th, como expressam também o nome da Divindade (AUM e DEVA), às vezes não eram pronunciadas.** Para Orixalá — 1 vela; Yemanjá — 2 velas; Yori — 3 velas; Xangô — 4 velas; Yorimá — 5 velas; Oxossi — 6 velas; Ogum — 7 velas.310Do FOGO para a TERRA, tivemos a ditainspiração, com ganho de energia (setas mostram ocaminho).CAPÍTULO XVça branca, e as frutas nunca em mais de 3 qualidades.As frutas são elementos essencialmente vitais, sendocarregadas de prana ou éter vital. Na outra vasilha,que se coloque o vinho tinto suave, que além de serlíquido, é provido de elementos voláteis ou aéreos, etambém possui equivalência de éter refletor.As velas são compostas de elementos fixadores,ao mesmo tempo que são potentes catalisadores daidéia e dos desejos. Enquanto perdurar a vela, osmesmos são amplificados e repetidosincessantemente. Além de amplificadora e repetidora

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dos efeitos mágicos, a vela se mostra comotransformadora dos 3 elementos inferiores nos 4superiores. Assim, temos o sólido se consumindo,produzindo gás carbônico e outros, além de água,tudo isso com equivalência no plano etérico. Quantoao número, cor e disposição geométrica das velas,são de suma importância, caracterizando edirecionando vibrações. Assim, para efeitosespirituais, velas ímpares; para efeitos materiais,velas pares, sempre harmonicamente dispostas e nascores que vibrem com as intenções da oferendaritual.*O elemento ígneo-aéreo representado pela queimado fumo, através de charutos, condensa as idéias, quelogo atingem o éter químico, desencadeando osprocessos de transferência, que em resumo refletem aoferenda. As flores são elementos abundantes emprâna, sendo também fonte de éteres químico, refletor,luminoso e vital, os quais são espargidos e formam osubstrato etérico condutor da idéia e desejos, queencontram ressonância no plano astral, se refletindosobre o plano etérico potencializado e ativando certasenergias que encontram realização no plano denso davida.Assim, em suma, se processa em ações e efeitos aoferenda ritual, alhures já por nós explicada, sendoque agora procuraremos sintetizar e entender oaspecto das transformações das energias que sãocolocadas em jogo. Ao encerrarmos mais este tópico,esperamos que fique claro ao Filho de Fé e leitoramigo que a oferenda ritual existe, em sentidohermético, como uma transferência de elementos eenergias, e se prende muito mais ao fato de restituir àNatureza aquilo que temos gasto, inclusive namanutenção vibratória do corpo físico. Assim, temciência ofertar-se ritualisticamente e de formamedida, pesada e contada, através da Natureza e aseus Espíritos Elementares, os quais refletirão seusauras puros sobre as pessoas envolvidas na magiaritualística, além de atuarem energizando os pedidos,os quais, dependendo da necessidade, serãoatendidos, mas repetimos que se prestam mais aosprocessos de equilíbrio vibratório etéreo-físicodaqueles que fazem seus pedidos e daqueles quemovimentam a dita Magia Etéreo-física através daoferenda ritual.Esperamos ter dado os aspectos mais positivos esimples dentro da arte mágica de ofertar-seelementos materiais aos Espíritos da Natureza,visando obter-se deles vários benefícios. É repetitivo,

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mas devemos dizer que todos os ensinamentos aquiministrados se atêm à magia branca, nem devendo secogitar dessas oferendas para fins em prejuízo dealguém, por mínimo que seja.Antes de encerrarmos, gostaríamos de citar que aMagia Etéreo-física, como estudo teórico e prático, évastíssima. Não tivemos a pretensão de esgotá-la.Aliás, passamos muito por alto desse intento, masesperamos que essas orientações sejam úteis aosFilhos de Fé, que em conjunto com o que até aquiexpusemos, não terão dificuldades em coordenaradequadamente, para fins vários, sempre embenefício do próximo ou de si mesmo, os efeitossimples, mas positivos, da ALTA MAGIA DEUMBANDA.*** Se fizer uma oferenda a Xangô (4 velas), relativa ao Espiritual, usar ímpar, quer dizer, separar as 4 velas uma a uma, dandorepresentações ímpares. E assim com as demais Vibrações Originais.** Nota do médium — O Sr. 7 Espadas expressou magia como uma só força que, na dependência do manipulador, torna-se branca ounegra. Com isto afirmamos que a direção das forças mágicas, e mesmo seus rituais, são de inteira responsabilidade do médium-magista,isto é, o sentido positivo ou negativo que der a estas mesmas forças de ação mágica. Magia é, pois, uma só. O direcionamento é que estána dependência do operador.311

Umbanda Iniciática ou Esotérica — As Escolas Iniciáticasdo Astral Superior — Revelação sobre o Vocábulo Aruanda— A Iniciação nos Templos Sagrados Ontem e Hoje — OIniciado na Umbanda — Rituais Iniciáticos — O Mestre deIniciação — As Artes Mágicas Reveladas — Quiromancia— Erindilogum (Jogo de Búzios) — Opele Ifá e Oponifá313

Aumbandan (Umbanda), alhures demonstrado em nossos humildes apontamentos, é a Proto-SínteseCósmica, a qual encerra a Proto-Síntese Relígio-Científica. Lembremos que foi no seio da RaçaVermelha, aqui no solo brasileiro, vibrado pelo Cruzeiro do Sul, que essa SÍNTESE DAS SÍNTESES foirevelada. Essa revelação chegou à Raça Vermelha por intermédio dos Tubaguaçus e mesmo dos Tubaraxás, osquais vieram, como vimos, de distantes Pátrias Siderais para ajudar e incrementar a evolução dos SeresEspirituais que estavam diretamente ligados ao Karma Constituído do planeta Terra, ou mesmo dos"estrangeiros" que também estavam, temporariamente, sob o mesmo sistema kármico. Os Tubaguaçus e os

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Tubaraxás vinham de Pátrias Siderais distantes, algumas até de outras galáxias, mas permaneciam radicadosno plano astral do planeta Terra, ficando como integrantes da Hierarquia Crística, supervisores das 7 EscolasIniciáticas do astral superior inerentes ao Planeta Terra. Essas 7 Escolas Iniciáticas estão diretamente ligadas àCorrente Astral de Umbanda, através de suas 7 Vibrações Virginais ou 7 Linhas. Essas Escolas Iniciáticas doastral superior se encontram nas zonas superiores ( 5a, 6a e 7a zonas) do dito plano astral superior. Na zona detransição do planeta Terra para outros planetas superiores, ou seja, na 7a zona, encontra-se o NÚCLEOSUPERIOR DE INICIAÇÃO, o qual supervisiona as 7 Escolas Iniciáticas nos seus devidos planos afins. EsseNúcleo Superior de Iniciação tem como Mestres no grau de Magos da Luz muitas das Entidades Espirituaisque, por misericórdia, se dignam em "baixar" nos "terreiros" do Movimento Umbandista da atualidade.Muitas dessas Entidades Espirituais nem mais se encontram no Campo Gravitacional Kármico inerente aoplaneta Terra, mas mesmo assim baixam por amor a seus irmãos cósmicos ainda distanciados das Leis Maioresque regem todo o Universo. Dentro dessa mesma Confraria, há entidades astralizadas que são oriundas devários planetas do nosso próprio sistema solar, sendo os mais atuantes os oriundos de Vênus, Júpiter eSaturno, os quais são extremamente evoluídos, sumamente poderosos e não menos simples, encontrando-seem missão nos 4 cantos do planeta, incrementando a evolução do Ser encarnado terreno. Dizíamos dos 7Núcleos Superiores de Iniciação localizados na última zona (a 7a), a qual, segundo a tradição planetária, échamada de Arianda ou Aruanda — Pátria da Luz — Cidade-Luz que detém os conhecimentos da Lei Divina. Os 7Núcleos Superiores são denominados: TEMBETÁ (ORIXALÁ); HUMAITÁ (OGUM); JUREMÁ (OXOSSI);YACUTÁ (XANGÔ); YOMÁ (YORIMÁ); YORIÁ (YORI) e YNÂYÁ (YEMANJÁ). São desses 7 NúcleosSuperiores que vem todo o conhecimento no âmbito da Religião, Ciência, Filosofia e Artes. Essesconhecimentos são atinentes ao adiantamento moral e intelectual do planeta obediente, é claro, à Lei dosCiclos e Ritmos. Desses 7 Núcleos Superiores ou mesmo das Escolas Iniciáticas do Astral são enviados váriosdiscípulos, ou mesmo Iniciados em seus vários graus, para o planeta Terra, em seu plano físico denso através dareencarnação. Esses missionários estão cada vez mais reencarnando no seio das Ciências, dando-lhes novodinamismo e outra visão, e dentro da Religião, visando exterminar para sempre os cultos inócuos e

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dogmáticos que tanto inibem e impedem a evolução humana. O mesmo acontece com a Filosofia e as Artes.Na Corrente Humana de Umbanda, vários desses discípulos vêm tentando incrementar a dita UmbandaIniciática, com seus aspectos de Síntese, conhecida e aceita por raríssimos adeptos, mas que vem ganhandomais simpatizantes, não só umbandistas mas também os que se afinizam com os mecanismos da Iniciação, eque na Umbanda Iniciática encontram suas verdadeiras raízes, muitas vezes perdidas há vários reencarnações.315OUMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaNa Umbanda Iniciática, por dentro de suasistemática, o genuíno Iniciado encontrará substrato esustentáculo para as suas necessidades, comotambém encontrará vasto campo de atividades emfavor de seu semelhante muito distanciado atémesmo dos comezinhos princípios espirituais, osquais, de forma muito simples e com objetivos bemestabelecidos, são transmitidos nos ditos terreiros.No momento presente, esses núcleos herméticos ouOrdens Iniciáticas de Umbanda* são raríssimos, masa partir do 32 milênio aumentarão sensivelmente,fazendo com que a coletividade umbandista e mesmoaqueles tidos como adeptos dos cultos afro-brasileirosalcancem novos níveis conscienciais, conseguindo atão propalada evolução. Em verdade, a UMBANDAÉ UMA SÓ, sendo suas 2 fases necessárias ao atualestado evolutivo de seus adeptos.Afirmamos que, para o estado atual doMovimento Umbandista, em especial para as grandesmassas populares, a Umbanda Iniciática ou Esotéricaé inviável em seus conceitos de âmbito metafísico eoculto, mas realmente oportuna na separação de joioe trigo que se infiltram nesses ditos Terreiros deUmbanda popular. É essa, no momento, uma dasprincipais contribuições da Umbanda Iniciática, ouseja, a de selecionar os futuros e reais condutores daUmbanda, como também orientar e mesmo fiscalizara Umbanda tida e havida como popular. Embora nãosendo de fácil acesso às grande massas populares, osterreiros de Umbanda Iniciática têm aberto suasportas não somente à Iniciação, mas àqueles que sãoa grande maioria, ou seja, os aflitos e desesperadosque necessitam de socorro e medicamento para seuscorpos e almas. Assim é que, quando temos afelicidade de encontrar os verdadeiros Médiuns-Iniciados (raríssimos no momento), temos procuradolhes encaminhar os Filhos de Fé que já se encontram

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maduros para um primeiro contato com a Iniciação,sendo que, se levarem a bom termo essa Iniciaçãoaqui por baixo, vão gabaritar-se a freqüentar comoassistentes-ouvintes as ditas Escolas do AstralSuperior. Os médiuns-iniciados freqüentam essasEscolas Iniciáticas do astral superior, através dosmomentos do sono físicoou de transes mediúnicos, quando estão a serviçomediúnico em pleno terreiro. Muitos deles têmrecebido a Iniciação, e aqui por baixo se gabaritam ainiciar outros, ou seja, fazê-los, gradativamente, semchoques, freqüentar as Escolas Básicas do AstralSuperior, para futuramente serem matriculadas efreqüentarem as Escolas Iniciáticas Avançadas doAstral Superior. Como vêem, a Umbanda Esotérica(Iniciática) ainda é uma porta estreitíssima e por issoincompreendida pela grande massa de adeptos destanossa Umbanda. Não nos importa essaincompreensão momentânea, importa-nos ajudaraqueles que estão debaixo deste Movimento, tendociência de que, como já falamos, a incompreensão e oMal são estágios passageiros do Ser encarnado, aindanão maduro para as realidades maiores do Espírito. Otempo há de passar, a vida serenamente os ensinará eeles amadurecerão e compreenderão as VerdadesUniversais que ontem, hoje e amanhã serãoimutáveis, embora adaptáveis aos vários grausconscienciais das humanas criaturas ainda afetas aosistema kármico do planeta Terra.Esse amadurecimento acontecerá no seu devidotempo, onde as palavras do MESTRE JESUS: "Nadahá escondido que não haja de aparecer, nada háoculto que não seja mais tarde revelado" serãocompreendidas. Não podemos nos esquecer que,enquanto houver ignorância e imaturidade, haverá omistério, o qual desaparecerá quando o sol doprogresso surgir. Até lá, trabalhemos serenamente.Não olvidamos que na Lemúria e na Atlântida emesmo mais recentemente, há alguns milhares deanos, nos povos como os egípcios e outros, muitosdesses mistérios de que falamos eram conhecidos epostos em prática, sendo, como vimos,gradativamente esquecidos devido ao decréscimomoral de nossa humanidade.Vejamos como naqueles tempos, há milhares deanos, eram os processos, as formas e o selecionamentopara a Iniciação dentro da ditas Escolas Iniciáticas,Ordens, Colégios de Deus, etc. Assim o faremos paraque o entendimento esteja iluminado quando viermosa falar sobre a Iniciação dentro das Ordens Iniciáticas

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* Nota do médium — Não raramente, hoje, muitos se dizem praticantes da Umbanda Iniciática, mas continuam com os mesmos vícios e com osmesmos sentimentos agressivos da Umbanda que praticavam. Na verdade, falta-lhes raiz, origem iniciática, mas é o início...316CAPÍTULO XVIdo Movimento Umbandista da atualidade, dentro daUmbanda Iniciática (universalista), a qual caminha apassos largos para o entendimento e a prática da Proto-Síntese Relígio-Científica. Agora, então, vamos aoencontro da Iniciação daqueles gloriosos tempos de hámuito esquecidos, mas gravados nos arquivosplanetários em pleno astral superior e que, com apermissão superior, agora relembraremos:Naqueles idos tempos, as Ordens Iniciáticas eramdetentoras de todo o Conhecimento, doConhecimento Uno, a Síntese das Sínteses. Assim,todos aqueles que tinham inclinações para desvendaro desconhecido através do Conhecimento Integral secandidatavam a freqüentar, como discípulos, as ditasOrdens Iniciáticas ou Academias Sagradas. Issoiniciou-se no final da grande civilização atlante,perdurando, deturpada, até nossos dias. Os egípcios,gregos, caldeus, hindus, himalaios e tibetanos, alémde alguns nativos das Américas, mais recentemente,também tinham seus Templos Sagrados, suas Ordens,nos moldes que agora citaremos.O candidato, ao chegar à porta do Templo, erarecebido por um Sacerdote Menor, o qual vestia umatúnica vermelha, e com humildade dava as primeirasexplicações ao futuro discípulo, dizendo-lheinclusive que a aceitação do mesmo naquela Ordemsó seria feita após um longo período de observação ese o mesmo também se adaptasse às normas vigentesna dita Ordem. Essa possível aceitação na Ordem nãoimplicaria que o mesmo fosse aceito na Iniciação,podendo sim até ser guardião-menor do templo, oumesmo serviçal, o qual era remunerado (não eraescravagismo). Após essas e outras recomendações, osacerdote de túnica vermelha olhava profundamenteno olhar do candidato e se ele baixasse os olhos ounão olhasse nos olhos do sacerdote, não era aceito,sendo-lhe falado que os olhos são as janelas da almae, se essas estão fechadas, isto é, não se abrem paraas realidades, inútil seria o processo iniciático, poisos olhos também refletiam o caráter firme ou fraco, ese fraco, não serviria para a Iniciação e nem paraocupar, por menor que fosse, qualquer função notemplo. Vencidos os primeiros testes, era pedido aocandidato que, se desejasse mesmo a Iniciação da

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Ordem, retornasse após 30 dias e trouxesse apenas oessencial, representado por vestimentas, objetos pessoaise só. Se o candidato desejasse ardentemente aIniciação, voltaria, e voltando era novamenterecebido pelo sacerdote de túnica vermelha, o qual omandava para um local onde havia uma quedad'água,para que lá se banhasse, como se estivesselimpando-se de todas as mazelas profanas. Logo aseguir era-lhe dada apenas uma túnica escura, de coracinzentada. Após esse pequeno ritual de purificação,o candidato era levado a uma horta, a qual era fontealimentar de todos os membros da Sociedade-Ordem.Mostrava-se-lhe toda a horta e o local de que iriacuidar. Tudo ali respirava paz, alegria e umaprofunda harmonia, e neste clima o candidato eralevado ao seu local de trabalho. Aprendia desde logoque trabalhar com a terra era algo abençoado esagrado e, como tal, deveria proceder sempre emposição de respeito, isto é, ajoelhado e com muitoamor. Trabalhava a terra, para depois fazer asemeadura. Essa preparação além dos processostécnicos, era feita através de orações e mantras, osquais pediam bênçãos aos Senhores da Terra, comotambém permissão para manipulá-la e que a mesmafosse benéfica com a produção alimentar. Tudo erafeito de joelhos, onde gradativamente se aprendia ahumildade sem fraquezas, pois o manuseio da terradava margem a profundas perquirições por parte docandidato observador e com propensão para as coisasda Iniciação, que são as coisas da própria vida.Após longos períodos de trabalhos com a terra,entendendo os processos de transformações, vida,morte e renascimento com os vegetais, iam essesdiscípulos se credenciando a penetrar outrospatamares evolutivos dentro da mesma Ordem.Assim é que um dos sacerdotes de túnica vermelha ochamava e lhe dizia que outros objetivos estavamsendo para ele preparados e que se aprontasse, poispara breve entraria no templo reservado a todos,inclusive aos que, como ele, tinham passado pelaprimeira fase.No templo, simples mas majestoso em luzes,viam-se em semicírculo os Sacerdotes de TúnicaVermelha; de costas, viam-se, mais ao alto Sacerdotesde Túnica Amarela; em outro plano, tambémsuperior, viam-se também de costas, os Sacerdotes deTúnica Azul. Entre eles todos, surgia muitoveladamente um sacerdote, o qual era o GRÃOSACERDOTEDO TEMPLO, o MESTRE DEINICIAÇÃO, que vestia

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317UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaa túnica alvíssima. Abençoava a todos, rapidamente,mas muito fraternalmente, e se retirava ao som decânticos maravilhosos e sublimes. O nosso candidatoestá a observar atentamente tudo e neste exatomomento é chamado por um dos sacerdotes de túnicavermelha, que em cerimônia singela e simples, masnão menos portentosa, ordena-o SACERDOTE DATERRA, recebendo nesta hora a túnica vermelha, semcertos detalhes que caracterizavam os sacerdotes maisexperientes e Iniciados nos misteres que lhes erampertinentes. Após essa primeira fase, recebe umaIniciação de ordem simples em vários ramos doConhecimento, sendo considerado SACERDOTEINICIADO NOS MISTÉRIOS PRIMEIROS. Ocandidato já poderia ser considerado Iniciado nessegrau, não precisando alcançar novos patamaresiniciáticos. Se desejasse e tivesse condições deevoluir, se candidataria a novos processos superioresda Iniciação, sendo que o próximo degrau a seratingido deveria ser o dos mistérios relativos aossacerdotes de túnica amarela. Esses sacerdotes eramversados nos mistérios do plano astral, conhecedoresda comunicação entre os dois planos e tambémmanipuladores da alta magia em seus aspectos leves.E como se processavam as provas ao candidato?Vejamos...No recôndito do templo "externo" da dita Ordem,era conduzido o candidato e deixado diante de umefígie do "Deus da Iniciação". Saíam todos e eleficava no interior do templo. Ao olhar detidamente aefígie, observa que no lado direito da mesma há umaporta, que lhe parece pesadíssima em virtude de seudescomunal tamanho. Interessante para ele é que nãovia fechadura ou algo para abri-la, até o momento emque se ajoelhou e observou que havia uma pequenafechadura, que ao ser tocada fazia com que a imensaporta se abrisse. Ao abrir-se a porta, ainda de joelhos,o candidato observa que há somente uma profundatreva à sua frente, e então vacila; um arrepio lhepercorre o corpo todo, quando ouve: "Chegaste nolimiar dos mistérios; avança se tiveres um Espíritoforte e indômito. Caso contrário, recua e afasta-tepara sempre, senão encontrarás a morte não só docorpo, mas da alma". Ao ouvir essas palavras, muitosretornavam e, como dissemos, prosseguiam suaIniciação onde já estavam. Outros, porém, indômitos,prosseguiam...Aquele que prosseguia, via a porta fechar-se às

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suas costas, encerrando-o em completa escuridão.Instintivamente, tentava caminhar avante, quandosentia à sua frente uma parede irremovível. Tentavaos lados e a mesma parede, como fazer? Ajoelhava-see apalpava o chão, tal como fizera no início de suaIniciação, e assim fazendo percebe que, de joelhos, épossível caminhar avante. Nessa posição, caminhacélere em direção a uma luz que, embora distante, éagora o seu objetivo. Afinal, quem está nas trevasbusca sempre a luz, e ele vai ao seu encontro. Tentalevantar-se e não consegue, pois onde caminha é umaespécie de túnel muito baixo. Num determinadomomento, percebe que dá para levantar-se. Levantase.Ao levantar-se, continua caminhando, sempre nadireção da luz, mas começa a sentir que seus passoscomeçam a pisar em pequenas depressões, até omomento em que um dos pés pisa numa depressãomaior. Neste momento, começa a andar maisdevagar, e pisando bem para sentir onde pisa. Derepente, percebe que há um vazio à sua frente, equase que ele cai nesse vazio... Ao parar, de repente,ajoelha-se de novo para apalpar o chão, que nestemomento foge das suas mãos. Há um imenso abismoentre ele e a outra porção de terra firme, se é que amesma existe! Como fazer? Retornar é impossível...Como disse, de joelhos, apalpando, observa que umpouco acima do nível do chão há uma espécie depequeno degrau, no qual se agarra e sente que háoutros. Assim, agarrando-se aos degraus, vence maisessa barreira. Ao levantar-se, observa que a fonte deluz está mais próxima, e assim avança até ela, mas...depara-se com uma imensa fogueira, que pareceincendiar o mundo. Impossível transpô-la. Desesperase,aflige-se, mas lembrando-se de tudo que já haviasuplantado e suportado, acalma-se e tenta apalpar ofogo. Ao apalpar, observa que não sentiu a mão arderou queimar-se. Aí encoraja-se e, apalpando mais umavez, observa que a superfície do chão é lisa eespelhada e que a fogueira imensa é uma pequenatocha colocada em posição adequada para refletir-seindefinidamente em vários espelhos colocados emposição que reproduzem essas imagens. Ao asserenaro Espírito e sobrepujar mais uma dura prova, ocandidato sente-se exausto e faminto, mas o desejo dealcançar o objetivo fá-lo caminhar avante, e mais318CAPÍTULO XVIpróxima parece a fonte luminosa. Ao chegar nolugar, na fonte luminosa, que lhe parece um cenárioencantador iluminado pelo astro-rei, observa uma

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linda cachoeira a formar um rio caudaloso.Instintivamente olha para a outra margem e observa,em uma grande laje, uma esteira, um prato com pão,frutas e um cantil com água. Tenta logo entrar no rioe nadar até a outra margem, mas sente que acorrenteza é fortíssima, e mesmo que estivessecompletamente descansado não conseguiria fazer atravessia. Desta vez, porém, não se desespera e ficaobservando atentamente todos os detalhes. Ao chegarpróximo da avalanche de água, que cai de umagrande altura, percebe que, por inércia da massalíquida, forma-se um túnel entre ela e as pedras, eque, novamente de joelhos, poderá fazer a travessiaaté o outro lado da margem. Assim o faz. Chegandono outro lado, sacia sua fome e sede, e cai numprofundo sono. Ao acordar, vê-se cercado por váriossacerdotes de túnica amarela, os quais o saúdamfraternalmente, recebendo ele neste instante a túnicaamarela. É agora, depois de tantas provas, umIniciado que poderá vir a ser um Iniciado Sacerdotede Túnica Amarela. Nesta fase, é conhecedor dospequenos mistérios; aprende aprofundadamente aFilosofia, a Ciência, as Artes e o elo de ligação entreo homem e a Divindade: a Religião. Após vencertodas essas etapas, tornando-se um Iniciado nosPequenos Mistérios, tendo vencido e sendo SENHORDOS ELEMENTOS DA NATUREZA, o nosso agoraIniciado pode continuar a sua Iniciação ou mesmo sersacerdote do grau alcançado. Através de seu própriograu kármico, nosso Iniciado agora busca aINICIAÇÃO SUPERIOR. E levado aos sacerdotesde túnica azul, os quais são Senhores da SínteseCósmica, ou seja, a Proto-Síntese Cósmica. NoTemplo Sagrado dos sacerdotes de túnica azul, há 22colunas que sustentam todo o templo. Da porta dotemplo até o santuário propriamente dito há 11colunas de cada lado, sendo as mesmas numeradas de1 a 22. Em cada coluna há velado um mistério, umasíntese, a qual gradativamente é revelada aocandidato à IniciaçãoSuperior, o qual já está desimbuído das paixõeshumanas e está possuído de uma profunda Sabedoriae indestrutível Amor. Seus ideais são os do próximo.Revelara então os 21 Arcanos Maiores, pois onúmero 22 era negro, era o oculto, aquele queintermediava as coisas de cima com as de baixo,aquilo que pode ser entendido pelo Iniciado e nuncapelo leigo, a não ser que o mesmo queira enlouquecer(alegoria do louco). Após essa Iniciação, quecompreendia além do despertar do ego superior o

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despertar do verdadeiro Amor, o Iniciado Superiorvia pela primeira vez seu Mestre de Iniciação, o qualo recebia fraternalmente, abraçando-o paternalmente,saudando-o pelo conseguido e dizendo-lhe que tinhavencido apenas uma etapa da Iniciação, pois a mesmaé infinita, e lhe augurava votos de que prosseguissecada vez mais se conhecendo, conhecendo seupróximo e o seu meio. Essa era a maneira de seencontrar a verdadeira essência espiritual, ou seja, seuOrisha Original, o qual já era vocalizado no recessodos templos; são as tão mal compreendidas, hoje emdia, FEITURAS DE CABEÇAS. Assim, fazer acabeça queria dizer encontrar a essência espiritualreal, a qual está debaixo do Senhor Vibratório da ditaVibração Original, e ficar em sintonia direta com osmesmos (Orishas Originais — Ancestrais). Bem, empoucas palavras tentamos, de forma apagada,expressar os reais e verdadeiros processos iniciáticosdaqueles gloriosos tempos em várias EscolasIniciáticas sou Ordens Iniciáticas.*Bem, Filho de Fé ou leitor amigo, após essanossa ligeira dissertação sobre a Iniciação daquelesidos tempos, entremos direto naquilo quedenominamos Iniciação na Umbanda Esotérica daatualidade.Entendemos por Iniciação, o despertar gradativo eordenado da consciência do Ser Espiritual, seja elecarnado ou desencarnado. Então, Iniciar-se éconhecer-se gradativamente, sendo consciente desuas limitações, o que trará ciência de suas ações. Èatingir um degrau acima da compreensão comum,sem que com isso sinta-se superior, pois o verdadeiroIniciado é aquele que sempre vê o bem como acimade todas* Nota do médium — Não devemos nos ater somente na descrição metafórica do Sr. 7 Espadas. Devemos sim interpenetrar o sentidomoral e esotérico que o mesmo quis nos mostrar. Sabem os leitores amigos que o Sr. 7 Espadas nos deu o ângulo positivo, ficando orelativo e o superlativo para a interpretação, segundo o grau iniciático de cada um.319UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaas coisas, inclusive de si mesmo. Assim, Iniciar-se érenovar-se, adquirir e cultivar cada vez mais asfaculdades nobres do Espírito, buscar a sua própriaEssência, entendendo-a e incorporando-a cada vezmais para melhor cumprir sua tarefa em relação a si eaos outros na sua atual reencarnação. É desseconhecimento de si mesmo, acima de tudo, além doconhecimento do meio e de outras consciências, que

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se preocupa a Iniciação do Movimento Umbandistada atualidade. O Movimento Umbandista daatualidade, dentro da Umbanda Iniciática, nosaspectos esotéricos de nossa Doutrina, divide aIniciação em 3 partes, que são:1a FASE — AUTOCONHECIMENTO2a FASE — CONHECIMENTO DO MEIO E DE OUTRASCONSCIÊNCIAS3a FASE — CONHECIMENTO DA CONSCIÊNCIACÓSMICA1a Fase — AutoconhecimentoDentro do Movimento Umbandista, esta seriauma fase de conscientização, em que gradativamenteo Iniciando vai tomando conhecimento de si mesmo,sabendo de suas virtudes e defeitos. No momento,ainda são raros aqueles que buscam se conhecerintegralmente, buscando incessantementeaperfeiçoamento, que vem pela meditação sincera emudança de hábitos. Mudanças não bruscas e nemradicais, mas sim conscientes, as quais visam retirar oSer da materialidade comum e elevá-lo aos mais altosplanos onde se agita a Vida Universal. É nessa faseque o Ser Espiritual busca a sua essência,* que naUmbanda é chamada de VIBRAÇÃO ESPIRITUAL.A par da Iniciação, o Ser Espiritual traz comocorolário reencarnatório a tarefa mediúnica, a qualcaminha paralela com a Iniciação, sendo amediunidade condição necessária e suficiente para oindivíduo candidatar-se à Iniciação. Os que já seencontram nesta fase mostram um bom mental e umaforte predisposição às coisas do alto misticismo,sendo pois aceitos como Iniciados, os quais dentrodesta fase passarão por uma série de ajustes moraisintelectuais,de caráter e de personalidade, algo queos credencia a serem Iniciados nesta fase, podendo aípermanecer ou evoluir para a fase seguinte. Os rituaisdesta fase, assim como das demais, serão dados aposteriori. É o despertar da Consciência...2a Fase — Conhecimento doe de Outras ConsciênciasMeioDepois de ser Iniciado no autoconhecimento, quevem pelo amadurecimento espiritual, o indivíduo secredencia a novos patamares da Iniciação. O próximopatamar é o conhecimento do meio. Entendemos comomeio tudo aquilo que cerca o indivíduo, inclusive asoutras Consciências Individuais. É o meio a própriaNatureza, com seus reinos e as Leis que regem aenergia e a vida aqui no planeta Terra. É uma fase deaprendizado iniciático, em que os verdadeiros

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Iniciandos são aprendizes, em suas raízes, dasReligiões, Filosofias, Ciências e Artes. É a busca, deforma consciente, da síntese de todas as coisas, inclusivedas outras consciências. Se a síntese do conhecimento éimportante para o intelecto, só a síntese do entendimentodas demais consciências é fato básico para as coisas docoração, criando o sentimento pelo próximo, naquiloque se consubstancia na fraternidade, liberdade eigualdade. Além de possuírem um ótimo mental enobre coração, esses Iniciandos são excelentes veículosdas Verdades da Umbanda, através do mediunismo quelhes é inerente. Esses estão se gabaritando a seremsacerdotes e condutores de nosso MovimentoUmbandista, como podem também alcançar os níveismais altos da Iniciação. São aqueles que em futuroserão, sem dúvida, os grandes condutores daUmbanda nos primeiros 150 anos do 32 milênio. Estãohoje no Movimento Umbandista como importantespontas-de-lança. Amanhã, em outras reencarnações,continuarão a tarefa, já como condutores doMovimento. O tempo há de chegar. Até lá,aguardemos... trabalhando...3a Fase — Conhecimento da ConsciênciaCósmicaApós o indivíduo ter-se Iniciado dentro dosconhecimentos relativos ao meio e às demaisConsciências,* Essência não é algo separado do Ser Espiritual, é algo que lhe é inerente, mas que está adormecida, e quando despertada, une o SerEspiritual com sua Vibração Espiritual ou Orisha.320CAPÍTULO XVIcias, dependendo de suas aquisições ontem e hoje,obediente à Lei Kármica, poderá ser Iniciando na 3a eúltima fase, qual seja do Conhecimento daConsciência Cósmica. Esta fase também poderá serchamada de conquista individual ou conquistainiciática, que é relativa ao grau de interpenetraçãodo indivíduo nas coisas do místico, do sagrado e dooculto. Esta fase não é transmitida por um outro SerEspiritual, seja encarnado ou desencarnado, mas simpor meio das experiências vividas e armazenadaspelo próprio indivíduo. Além do autoconhecimento,do conhecimento do meio e das outras consciências,gradativamente vão conquistando o corolário daIniciação, que é dada pelo binômio AMOR eSABEDORIA. Raríssimos são os que atingem essegrau iniciático, sendo que, quando atingem, sãomerecidamente chamados de cabeças-feitas. Sim,"fizeram suas cabeças com a Luz" e, como tal, são

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emissários dos Senhores da Luz — os Orishas deUmbanda.Após termos tratado resumidamente das 3 fasesiniciáticas ideais, ainda não completamente seguidas,mas seguidas pelo menos parcialmente por algunsraríssimos Iniciados chamados de Mestres deIniciação de 7º grau do 3º ciclo, vejamos pois comose entrosam os rituais relativos a essa preparaçãomediúnica ou Iniciação. A dita FEITURA DECABEÇA,* a qual explicaremospormenorizadamente no transcurso deste capítulo,atende a lógicos e racionais processos do mundoastral superior, dirigidos aos seus discípulosencarnados.O Iniciado na Umbanda é Senhor e, ao mesmotempo, Guardião de 4 poderes que compreendem aIniciação. Esses 4 poderes são: a CRUZ, aESTRELA, a ESPADA e a COROA.A CRUZ — É o símbolo sagrado da Iniciação,pela renúncia, pelo amor, sendoque todo iniciado possui sua cruzcabalística.A ESTRELA — È a cobertura astral — a filiaçãoàs Escolas Iniciáticas do astralsuperior — simbolizada na GuiaCabalística do médium-magista.A ESPADA — É o poder e a justiça — são as forçasinerentes ao Iniciado e à Justiçaque sempre há de prevalecer emseu caminho, simbolizados naEspada Cabalística (poder atuante).A COROA — É o corolário do legítimo médiummagistaou mago, o qual é Iniciadodiretamente pelo astral superior. Éa feitura de cabeça, ou seja, aIniciação Consciencional, oencontro com sua VibraçãoEspiritual ou essência espiritual, odito pai-de-cabeça, simbolizada naToalha Iniciática completa (com 14sinais) marcada com sinais da Leide Pemba inerentes a cada Filho deFé.Após essa ligeira descrição, veremos como esses4 poderes se entrosam dentro das 3 fases de Iniciaçãona Corrente Astral de Umbanda.O Iniciando que já pertence e atua na correntemediúnica de uma Casa de Iniciação (não são todosos terreiros que têm condições de promover a ditaIniciação) há algum tempo, por ordem do astral, se

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seu grau espiritual-kármico assim o permitir, podeser chamado a participar dos rituais iniciáticos. Essesrituais iniciáticos, como dissemos, só são estendidos amédiuns que de fato e de direito estejam madurospara receber essa outorga e não por mera escolhapessoal.A seleção deverá ser rigorosíssima, pois tentariniciar alguém que ainda não esteja maduro é levar adita pessoa a toda classe de distúrbios, trazendoprejuízos incalculáveis a toda sua constituição mentoastroetéreo-física. Assim afirmamos, pois só quem defato trouxe a outorga iniciática é que poderá serIniciado e isso feito por quem saiba fazê-lo e sejareconhecidamente um genuíno Mestre de Iniciação,Iniciado diretamente pelos emissários-magos doastral superior. Vejamos então como se entrosam osrituais para quem de fato seja médium e tenha no seukarma a predisposição para a Iniciação.* Nota do médium — Feitura de cabeça, termo usado indiscriminadamente, como vimos, quer dizer sintonizar-se vibratoriamente, pormeio dos processos Iniciáticos, com sua Vibração Espiritual ou Orisha.321UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaOs rituais consistem, primeiramente, emdesbloquear, desinibir e desimpregnar de formaexeqüível e coordenada os chacras de uma maneirageral, iniciando-se, é claro, pelos que atuam de formafisiológica, para depois alcançarmos os que sãoresponsáveis pelos desejos e vontades, e por últimoos responsáveis pelo complexo mecanismo psíquicoespiritualdo Ser.Todos esses rituais podem ser feitos por quem sabeverdadeiramente fazê-lo, através dos ditos amacys decabeças. O próprio vocábulo amacy já exprime ouexpressa sua função:AMA/CYLei/Natureza — assim, amacy é o ritual que rege,segundo a Lei, a natureza humana. Desperta oconsciencial do indivíduo. É a MÃE que gera a LEIINTERIOR.O despertar desses chacras pode, em ordemcrescente, seguir a seguinte seqüência de ativação:a) FÍSICO — atuando nas ações e realizações;b) ASTRAL — atuando nos desejos, vontades eno plano afetivo;c) MENTAL — atuando nas idéias, nopensamento.E como são feitas essas ativações ou fixaçõesvibratórias no indivíduo que é médium de fato e dedireito? Vejamos:

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Todos sabem que certos tipos de alimentação emesmo determinados hábitos qualificam o caráter doindivíduo. Assim, uma alimentação sóbria, frugal edesprovida de excessos de carnes faz com que oschacras atuem de forma mais ativa. A abolição douso do álcool e mesmo do fumo também ativa oschacras. A permuta afetivo-sexual entre parceirosque se amam também é altamente positiva naativação do complexo dos chacras. Banhos de ervas,como também defumações corretas, são singulares eportentosos ativadores dos Núcleos Vibratórios etodo o seu mecanismo, até alcançarem o corpo físicodenso, nos ditos núcleos ou plexos nervosos. Assim éque o verdadeiro Mestre de Iniciação orienta seusdiscípulos sobre as vantagens de saber se alimentar ede saber permutar as várias forças adequadamente,visando conseguir uma ativação completa dos 7chacras principais. Vejamos agora como seprocessam, através do Amacy, certas fixações-chaveno mediunismo daqueles que realmente são médiunse que estão se preparando para receber a verdadeiraIniciação. Em verdade, são feitas 7 fixações, dentrode rituais de alta magia, sobre o ori ou cabeça doIniciando, sendo que a cada fixação, com a devidaativação do Núcleo Vibratório, é projetada sobre umaToalha Iniciática. O período ou intervalo entre cadaativação obedece à individualidade do Iniciando,sendo que o menor período é de 1 mês e o máximo de7 meses. O período variará segundo o grau deassimilação vibratória do Iniciando, devendo-se sercriterioso no ajuste do período ou intervalo entre umafixação e outra. Vejamos, na Lei de Pemba, como sãoos ideogramas (sinais riscados) dos NúcleosVibratórios ou chacras* e das energias que veiculamseus atributos e atividades.1. CHACRA CORONAL OU SAHASRARAEsse Núcleo Vibratório atua por equivalência noplexo coronal (coroa), situado no corpo físico densona região póstero-superior da cabeça e na verdadeestá assentado ou fixado na epífise, a glândula davida espiritual.— Sua energia é essência divina.— Seu atributo é a fortaleza.— Sua atividade, se em estado positivo, gera apaciência; se em estado negativo, gera a ira.Esse Núcleo Vibratório e seu próprio fluidocósmico estão sujeitos à Vibração Original deOrixalá.Na Lei de Pemba, temos o ideograma quecorresponde a este chacra no sinal da pág. 324, o qual

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deve ser feito na cor branco ou amarelo-ouro.Na alta magia e na terapêutica vegetoastromagnética,consideramo-lo como a parte masculina.2. CHACRA FRONTAL OU AJNAEste Núcleo Vibratório atua por equivalência noplexo frontal, localizado na parte súpero-anterior da* Lei de Pemba dos chacras (ideogramas) refere-se também à Vibração Original e Chave identificadora da Entidade não incorporante,Dirigente de toda a Linha Espiritual (Orisha — Chefe de Legião ou Mediador).322CAPÍTULO XVIcabeça, e na verdade está assentado ou fixado na ditacela túrcica, na hipófise, que juntamente com ohipotálamo são responsáveis pelo controle das demaisglândulas endócrinas, exceto a epífise.— Sua energia é o poder oculto da palavra.— Seu atributo é o respeito.— Sua atividade, em estado positivo, gera afirmeza; em estado negativo, gera a leviandade.Este Núcleo Vibratório e seu próprio fluidocósmico estão sujeitos à Vibração Original deYemanjá.Na Lei de Pemba, temos o ideograma quecorresponde a este chacra no sinal da pág. 324, o qualdeve ser feito na cor amarelo-claro.Na alta magia e na terapêutica vegetoastromagnética,consideramo-lo como a parte feminina oupassiva.3. CHACRA CERVICAL OU VISUDDHAEste Núcleo Vibratório atua por equivalência naglândula tireóide e muito principalmente no timo(responsável pela produção de linfócitos timodependentes — defesa imunológica do organismo,como também produz, em nível etérico, elementosdefensivos), localizado na região anterior dopescoço, da dita região cervical.— Sua energia é o poder supremo.— Seu atributo é o entendimento.— Sua atividade, em estado positivo, gera aesperança; em estado negativo, gera o receio.Este Núcleo Vibratório e seu próprio fluidocósmico estão sujeitos à Vibração Original de Yori.Na Lei de Pemba, temos o ideograma quecorresponde a este chacra no sinal da pág. 324, oqual deve ser feito na cor vermelho puro.4. CHACRA CARDÍACO OU ANÂHATAEste Núcleo Vibratório atua por equivalência noplexo cardíaco (em seu automatismo, no nó sinusal eatrioventricular, e todo o sistema de condução),localizado no precórdio, ou seja, no meio do tórax,

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assentado no coração, o qual marca, através dafreqüência de seus batimentos, a freqüênciavibratória própria de cada indivíduo, bem como seuestado de vitalidade. É neste plexo que se assenta oCorpoAstral, ou seja, suas Linhas de Força se condensamem processos de ligação muito fortemente nesteplexo.— Sua energia é o poder do conhecimento.— Seu atributo é a sabedoria.— Sua atividade, em estado positivo, gera ahumildade; em estado negativo, gera a soberba.Este Núcleo Vibratório e seu próprio fluidocósmico estão sujeitos à Vibração de Xangô.Na Lei de Pemba, temos o ideograma quecorresponde a este chacra no sinal da pág. 324, oqual deve ser feito na cor verde.5. CHACRA SOLEAR OU SVADISTHANAEste Núcleo Vibratório atua por equivalência noplexo gástrico (no complexo inervado pelo nervovago), e em glândulas tais como fígado e pâncreas.— Sua energia é o poder do pensamento criador.— Seu atributo é a justiça.— Sua atividade, em estado positivo, gera agenerosidade; em estado negativo, gera o egoísmo.Este Núcleo Vibratório e seu próprio fluidocósmico estão sujeitos à Vibração Original de Ogum.Na Lei de Pemba, temos o ideograma quecorresponde a este chacra no sinal da pág. 324, quedeve ser feito na cor alaranjada.6. CHACRA ESPLÊNICO OU MANIPURAEste Núcleo Vibratório atua por equivalência noplexo esplênico, ou seja, no baço e nas glândulassupra-renais e mesmo nos rins.— Sua energia é o poder da vontade.— Seu atributo é o conselho.— Sua atividade, em estado positivo, gera aprudência; em estado negativo, gera oarrebatamento.Este Núcleo Vibratório e seu próprio fluidocósmico estão sujeitos à Vibração Original deOxossi.Na Lei de Pemba, temos o ideograma quecorresponde a este chacra no sinal da pág. 324, oqual deve ser feito na cor azul-claro.7. CHACRA GENÉSICO OU MULADHARAEste Núcleo Vibratório atua por equivalência noplexo sacral, ou seja, nos órgãos genésicos, tais323UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica

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como: útero, ovários, próstata e testículos, isto é, nasgônadas.— Sua energia é o fogo serpentino regenerador(kundalini).— Seu atributo é a pureza.— Sua atividade, em estado positivo, gera acastidade; em estado negativo, gera a luxúria.Este Núcleo Vibratório e seu fluido cósmicoestão sujeitos à Vibração Original de Yorimá.Na Lei de Pemba, temos o ideograma quecorresponde a este chacra no sinal abaixo, o qualdeve ser feito na cor lilás-violeta.Após especificarmos cada Núcleo Vibratório,devemos ainda citar que as energias correspondentestransitam de condutos ditos nadis ou tubos.O lº CANAL — é o grande canal nervoso docentro da medula espinhal, que corre desde a suabase (no sacro) até a parte superior do crânio (portade Brahma). E o dito tubo sushumnâ.O 2º CANAL — corresponde ao complexosimpático esquerdo, cuja corrente vibratória (fogofohático) percorre esse lado de sushumnâ. É chamadoidá.O 3º CANAL — corresponde aocomplexo simpático direito, cujacorrente vibratória (fogo fohático)percorre esse lado de sushumnâ. É ochamado pingalá.Após essa explicação, paramelhor entendermos como fluem asenergias, necessário se faz quemostremos como são as fixações epreparações nos ditos "aparelhos"mediúnicos.Essas preparações ou fixaçõesvisam trazer o devido equilíbrio entreos corpos mentais, astral e físico, osquais são mobilizados, em suasenergias, no processo medianímico einiciático propriamente dito. Éimportante que deixemos claro quena Corrente Astral de Umbanda aIniciação está afeta ou vinculadasomente àqueles que realmente sejammédiuns (veículos de Espíritos) e quetenham suficiente maturidade paradespertar seus conscienciais.A Iniciação, com todos os seusrituais, visa despertar essaconsciência e gradativamente fazer o

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indivíduo encontrar sua Essência,através do Orisha Ancestral que ocoordena.324IDEOGRAMASDOS 7CHACRASCAPÍTULO XVIPara ficar bem claro ao médium-chefe, que deveser Mestre de Iniciação, daremos em detalhes, pormeio de um exemplo, como se processa a Iniciação,com suas fixações, consagrações etc.O nosso exemplo é de um Filho de Fé nascido nosigno de Leão, e que tem como Entidades atuantesum Xangô (Caboclo) e um Pai-Velho (Yorimá).Antes de mais nada, o Filho de Fé já deve ter à mãouma toalha de linho ou de qualquer tecido que sejaresistente, na cor branca, nas dimensões de 100 x 70cm, onde serão fixados por equivalência os sinais quesão inerentes à sua Iniciação. De posse desta toalhainiciática, o Mestre de Iniciação dará os sinais quecorrespondam às preparações específicas para omédium. Vejamos a toalha iniciática, cujos sinaisdeverão ser bordados nas cores correspondentes:Sinal (1) — Reconhecemos o ideograma que serelaciona com a Vibração de Orixalá, o qual deveráser o primeiro a ser fixado na Toalha Iniciática, nacor amarelo-ouro e que se relaciona com a VibraçãoOriginal do Filho de Fé de nosso exemplo, ou seja, oseu Orisha Kármico, que também é chamado deEntidade de Guarda, que no caso é Orixalá. Aprimeira fixação através do Amacy inicia-se semprepela Vibração Original do médium, sendo isso defundamental importância, não podendo jamais serinvertida, pois é sobre o corpo mental, astral e físicodo dito médium que serão evocadas as energias ouforças espirituais, que para poderem atuar de formaequilibrada, terão de ser coordenadas pela VibraçãodoFilho de Fé, que neste caso é Orixalá, sendopor esse motivo o ideograma correspondentea Orixalá, o maior e o primeiro a ser fixado.Nesta ocasião há o ritual do dito Amacy, oqual deverá ser aplicado na cabeça, de formasuave, em pontos adequados, algo quedemonstraremos adiante em nossasexposições. As outras fixações poderão serfeitas de mês em mês, ou de 7 em 7 meses, naLua nova ou na Lua crescente. O Amacysempre é preparado com ervas solares*

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(Orixalá), na quantidade de 1, 3, 5, ou 7 ervas,algo que também explicaremos.Sinal (2) — No complexo (2), estamosobservando que há ideogramas cruzados. Osideogramas cruzados correspondem aos dasEntidades atuantes, ou seja, as que são responsáveispelo mediunismo de nosso Filho de Fé do exemplo.Qual deles será traçado primeiro? Aquele quecorresponde ao pai-de-cabeça, ou seja, a Entidaderesponsável por todos os processos mediúnicos doindivíduo. Em nosso exemplo, é um Caboclo deXangô, e o ideograma tem de ficar na posição daesquerda para a direita. Após o Amacy relativo àatuação desse chacra, entrará, no devido período,também cruzado, o ideograma da Entidade atuanteauxiliar, que em nosso caso é um Pai-Velho ou Preto-Velho de Yorimá.Sinal (3) — Este sinal ou ideograma é relativo àEntidade de Xangô, que em nosso exemplo "cruza"ou é intermediário para Ogum. Então, é aí que se fazo 4º Amacy, fixando-se as devidas Vibrações, quesão correspondentes a Ogum.Sinal (4) — Este sinal ou ideograma é relativo àEntidade de Yorimá, que em nosso exemplo "cruza"ou é intermediário para Yemanjá. Então, é aí que sefaz o 5a Amacy, fixando-se as devidas Vibrações, quesão correspondentes a Yemanjá.Sinal (5) — Este sinal ou ideograma é relativo aoreforço vibratório que surge cronologicamente em* Ervas solares são usadas nos Amacys em virtude de serem ervas de Orixalá, que como sabemos, é o Senhor Primaz da EnergiaEspiritual, a qual é concentrada e se manifesta na cabeça ou Ori.325UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaprimeiro lugar e no caso é um Yori (Criança), sendoaí fixadas as forças vibratórias do 6º Amacy.Sinal (6) — Este sinal ou ideograma correspondea um segundo reforço vibratório, ou reforço auxiliar, eno caso é de um Caboclo da Faixa Vibratória de Oxossi,sendo aí fixadas as forças vibratórias do 7º Amacy.Demos um exemplo genérico, que pode variar aoinfinito, mas que não terá segredos ao verdadeiroMestre de Iniciação que saberá como fazer as devidasamarrações ou desdobramentos, tudo éclaro na dependência kármica do futuroIniciado.Após essa fase, o médium é dito prontoou Iniciado, podendo ser valioso auxiliarnos trabalhos espirituais desenvolvidos emsua Casa Iniciática. Estará apto a dar

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consultas e depois, se assim o desejar, tersua própria Casa Espiritual ou terreiro, masficará sob a responsabilidade de seuIniciador ou de seu Mestre de Iniciação, oqual será responsável por qualquertrabalho mágico ou mesmo Iniciático quese processar no terreiro, em virtude domédium-chefe não ser um Iniciado nosmistérios superiores e nem ter o grau deMestre de Iniciação, que é o que aconteceem mais de 99% dos casos nos terreiros daatualidade.Após essas 7 fixações, em que omédium está preparado para o trabalhomediúnico, se estiver no seu karma, poderáreceber a verdadeira Iniciação, que vempelo astral superior, através de seu Mestrede Iniciação que também é médiummagista.Essa Iniciação consta de mais 4sinais que entrarão na Toalha Iniciática.Esses 4 sinais se relacionam com as 4forças cósmicas dementais, ou seja, o fogo,a água, a terra e o ar. Esses sinais entrarãode acordo com as características doIniciado, a par de o mesmo receber umasérie de conhecimentos teórico-práticosque o farão levar a bom termo sua tarefa mediúnica.Nessa fase, o médium Iniciado, num ritual especial,recebe sua cruz cabalística e sua guia cabalística ou deligação com a Corrente dos Magos Brancos do Astral.Pode ou não receber a Ordenação Iniciática, ditatambém Sagração ou Coração. Nessa fase, o médiumIniciado é um Mestre de Iniciação de 6° ou 7º grau nolº ou 2° ciclo, sendo também um médium-magistaauxiliar. Esses são os que de fato poderiam serchamados de BABALORISHAS.** Nota do médium — Dentro dos nossos 27 anos de militância no Movimento Umbandista, 20 dos quais lidando com médiuns e suaspreparações, iniciamos vários médiuns, mas nenhum deles no grau de Mestre de Iniciação de 1° Grau do 2° Ciclo. De lº ciclo iniciamosalguns, que têm exemplares Casas de Orações Umbandistas e mesmo agrupamentos. Isto para demonstrarmos como é raro um verdadeiromédium e também uma verdadeira Choupana de Trabalhos Umbandísticos (1989).326CAPÍTULO XVIApós essa 2a fase, em que o Iniciado é chamadode Mestre de Iniciação de 62 ou 72 grau, vem a fasefinal, a dita Feitura de Cabeça, naquilo que seconsubstancia como corolário da Iniciação ou

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Coroação Iniciática. Coroação Iniciática, poisrealmente é o grau mais elevado que um médiumIniciado pode alcançar aqui no plano físico denso. Éa sua cabeça coroada pela luz de seu Pai-de-Cabeça,** ou seja, seu Orisha Original. Sua essênciaconsciencial foi ajustada em suas freqüênciasvibratórias, o que o faz entrar em sintonia direta everdadeira com a freqüência do Orisha dono de suacabeça. Isso é o que dizem fazer a cabeça, queinfelizmente é tão mal compreendida ecompletamente adulterada na sua feitura. Assim éque o médium com Coroa dos Magos é chamadoMestre de Iniciação de 72 grau no 32 ciclo, sendoprofundo conhecedor das Leis que regem a MagiaEtérico-Física, como também conhece muitos sinaisriscados da Lei de Pemba, tanto positivos comonegativos, usados em seus trabalhos, sendo tambémum aguçado clarividente e profundo conhecedor dosmistérios do destino dos Seres e do cosmo, que vêmatravés do perfeito conhecimento do oponifá, oráculosagrado. Sua Toalha Iniciática, que já tinha 7ideogramas dos chacras (agora despertos) e os 4sinais básicos da Natureza, recebe agora mais 3 sinaisrelacionados com o campo mental, isto é, com acoroa astral que lhe desceu como suporte espiritualpara levar avante sua árdua tarefa-missão, já no graude médium-magista ou mago. Esse grau, comovimos, confere ao Iniciado grandes condiçõesmágicas e mesmo mediúnicas, mas não é menosverdade que o mesmo tem um compromissodificílimo, em que muitos desistiram mesmo antes decomeçar a tarefa, que mais uma vez repetimos serexaustiva, requerendo do Iniciado atividade espiritualmágica, quase que em tempo integral, não do seu dia,mas sim de sua vida. Teve de escolher entre a vidamaterial e a espiritual; entre os prazeres da vida terrena eos do espírito. Na verdade lhe estendemos cobertura,segurança e auxílios vários, pois não éfácil, sendo humano, tendo corpo físico denso, preterircertas coisas. Realmente é uma missão, e...Após essa ligeira, mas necessária elucidação, aqual esperamos seja por todos demoradamenteanalisada, entraremos com as preparaçõespropriamente ditas, ou seja, os rituais que fixam eassentam certas forças de ordem mágico-mediúnicassobre os indivíduos que serão Iniciados.Essas fixações são feitas em determinadas regiõesda cabeça do Filho de Fé, regiões equivalentes acertos centros nervosos localizados no seu encéfalo(cérebro), nos seus 12 lobos. Dizemos equivalentes,

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pois o cérebro do corpo físico denso é umadensificação de certas Linhas de Força provenientesdo corpo mental. É uma equivalência concreta damatéria mental, veículo das idéias e pensamentos doSer Espiritual e, como sabemos, é através dessecomplexo aparelho, verdadeiro computadorinigualável, que todas as funções são realizadas emantidas. Não podemos nos esquecer de que naprópria cabeça (crânio) temos registros quecorrespondem com todos os plexos localizados emoutras regiões do organismo físico denso. Realmente,o encéfalo é dirigente-mor de todo o complexocelular do corpo físico denso, mantendo-lhe asdiversas funções em harmonia, através de seucomando, quer seja através de mediadores químicosou através de influxos vibratórios sutilíssimos,inacessíveis à ciência acadêmica terrena daatualidade. Mas deixemos esse tópico aosfisiologistas terrenos e entremos diretamente emnossa sublime ritualística de aplicação do Amacy,nas ditas preparações, fixações, sagrações etc.Vejamos e analisemos a figura esquemática doencéfalo (p. 328).A figura, de forma esquemática, nos mostra océrebro em vista lateral, podendo-se observar 3regiões.A região 1 compreende a região occipital que parafins práticos dividimos em: (A) medula espinhal; (B)cerebelo e bulbo. Essa região diremos que estáintimamente ligada ao passado, ou seja, àsexperiências** Nota do médium — O Caboclo Sr. 7 Espadas usou Pai-de-Cabeça, a priori, em sentido genérico, como é usado pela maioria dos Filhosde Fé, e também usou-o no aspecto correto que é o de Orisha Ancestral. Nem sempre o Pai-de-Cabeça é a Entidade Atuante.327UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicavividas e adquiridas pelo Ser Espiritual encarnadodurante todo o processo das reencarnações.A região 2 corresponde topograficamente aoslobos temporoparietais, ou seja, à região do alto dacabeça, naquilo que conhecemos como ossos parietaise à região lateral da cabeça, que conhecemos comoossos temporais. Essa região relaciona-se com opresente, com a atual reencarnação, com essasexperiências e vivências.A região 3 corresponde topograficamente aoslobos frontais, localizando-se, na cabeça, na regiãofrontal ou da testa do indivíduo. Essa regiãorelaciona-se com o futuro, com as realizações mais

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nobres do indivíduo. Poderíamos dizer que a região 1(compreendendo as regiões A e B) relaciona-se como corpo físico denso, a região 2 com o corpo astral,ou emoções, desejos, afeto etc, e a região 3 com ocorpo mental, com o que há de mais elevado, ossentimentos nobres.Por que demos essas regiões e as devidasexplicações?Pois é nessas regiões que são aplicados os ditosAmacys, e que sem dúvida, se mal aplicados, trarãomalefícios que os Filhos de Fé já devem estarimaginando. Sim, pois as ditaslavagens de cabeçainfelizmente são geralmentefeitas sem levar em contaquantidades e qualidades deervas, ainda mais misturadascom bebidas alcoólicas, e oque é muito pior, com sangueanimal, que é elemento deligação com o astral inferior,trazendo ao infeliz Filho de Féque se submete a elasverdadeiros transtornos, alémde ativar-lhe o atavismo etodos os instintos que podemsobressair em relação ao bomsenso e aos nobressentimentos. Podem serdespertados os mais baixosinstintos que, obviamente,trarão grandes transtornos aoindivíduo e à sociedade, poispode o mesmo tornar-se agressivo, cometer delitos emuitas ações nefastas, que chegam às raias doabsurdo. Essas lavagens de cabeça mal aplicadasalteram sensivelmente a tela mental do indivíduo,fazendo-o mudar completamente seu comportamento,deformando integralmente sua personalidade. É comose houvesse uma lavagem cerebral e o indivíduomuda seu comportamento, é claro, para pior. Vejamoscomo acontecem esses desatinos mentoastrais noindivíduo. Alhures, mostramos 3 regiões da cabeça,que correspondem ao passado, presente e futuro doindivíduo.O passado refere-se às experiências vividas, aosarquivos filogenéticos, ou seja, às experiênciasadquiridas pelo indivíduo quando passou pelos reinosda Natureza, inclusive pelo reino animal,despertando-lhe os instintos.

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O presente refere-se ao aprendizado e evolução, ouseja, uma revisão das experiências vividas, umaanálise real dos erros e acertos, tudo visando-sealcançar novos patamares conscienciais e evolutivos.O futuro refere-se ao despertar das faculdades nobresdo Espírito: o altruísmo, a fraternidade universal e aconscientização cósmica.328CAPÍTULO XVIEm nível consciencial, esses 3 compartimentosda mente são separados por verdadeiros filtros, sórealmente entrando no presente, vindas do passado,as experiências vividas que não precisaram serreaprendidas, mas nunca deixando passar fatos, atosou mesmo vivências que o tempo já levou, que nãopodem retornar à lembrança, com o grave perigo deincorrer-se nas mesmas paixões e seu séquito dedesatinos e erros. Raros são os Seres Espirituais,mesmo no plano astral, que têm consciênciamnemônica de sua última e, quando muito, até de suapenúltima reencarnação. Imagine-se agora oindivíduo encarnado de posse, mesmo queinconscientemente, da sua última ou penúltimareencarnação!? Seria um verdadeiro caos; asociedade teria verdadeiros alienados, com as maisesquisitas atitudes comportamentais. As malaplicadas lavagens de cabeça, com suas ervas nãoselecionadas, em mistura com bebidas alcoólicas esangue, realizadas debaixo de um ritual confuso,barulhento e excitante, podem trazer ao inconscientesuperficial vivências deletérias represadas noinconsciente profundo, fazendo que o Ser Espiritualencarnado adquira um comportamentocompletamente anômalo e anacrônico. Com isso,afirmamos que só deve aplicar o Amacy quem estejacapacitado para tal e em pessoas selecionadas, poisabrir-se o passado (arquivos vivos) em quem nãoesteja preparado pode acarretar grandes traumas aoemocional e ao consciencial do indivíduo, trazendograndes perturbações ao karma individual do mesmo.É pois o Amacy um quantificador de maiores oumenores aberturas conscienciais, quando feito por quemsabe como e onde faz...Quando bem aplicado, o Amacy desperta asfaculdades nobres do Ser Espiritual encarnado queainda estão adormecidas, o que aliás ocorre na maiorparte das criaturas.Assim, aplicar bem o Amacy é fundamental paraa verdadeira Iniciação Superior, sem incorrer nosperigos de abrirem-se comportas que devem

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permanecer fechadas (abrir o passado).Os Amacys ou fixações mediúnicas são feitos comervas unicamente solares, colhidas no 32 dia de Luanova, num horário favorável do Sol. Deverão sertrituradas no dito horário, única e exclusivamentepelo Mestre de Iniciação. A trituração das ervasdeverá ser feita em recipiente de louça branca, usadosó paraesta finalidade, já contendo água pura ou do mar oucachoeira, depois de lavar-se muito bem, em águacorrente, as ervas. Não se deve misturar mais nada aoAmacy. Esse ato, se possível, deve ser feito no congá,estando o mesmo iluminado e firmando-se a gira, istoé, pedindo cobertura para esse ato sagrado. Depois depronto e coado, o sumo pode ser colocado em umpequeno vasilhame de vidro, o qual é isolante, até omomento de ser aplicado na cabeça do indivíduo. Ovasilhame com o sumo de ervas do Amacy deveráficar no congá até o dia do ritual.Ao Iniciado será dado, já preparado, banho deervas de elevação, que deverá ser usado durante os 3dias consecutivos que antecedem o Amacy. Nessesdias, o médium deverá ter uma alimentação frugal ebalanceada, evitando-se as carnes, sejam elas quaisforem e é claro que deverá abster-se do uso de bebidaalcoólica.No dia do Amacy, depois de formada a correnteno terreiro, o médium-Iniciado, já com suavestimenta ritualística, em paz e tranqüilidade,ajoelha-se diante dos assentamentos do congá esorve, em uma taça, 3 goles da mistura de vinho tintosuave com 3 colheres do sumo de ervas a ser usadono Amacy. Isso visa fornecer um suporte energético,ou melhor precipitar certos fluidos necessários aodespertar dos chacras e mesmo do consciencial doindivíduo.O Amacy é aplicado em 3 regiões da cabeça. Essaaplicação é feita com algodão bem suave, de formacircular. As 3 regiões são: 1a — o alto da cabeça; 2a— as têmporas; 3a — a região frontal, entre ossupercílios. A aplicação deverá ser em rotação horáriano homem e anti-horária na mulher. O mesmo sumodeverá ser aplicado sobre a Toalha Iniciática e sobrea Guia Iniciática do indivíduo.A Toalha Iniciática é como se fosse uma películade filme, ou seja, fica impregnada da imagem eenergia-movimento das impressões vividas e sentidasno ato do Amacy. É como se fosse a representaçãopalpável no corpo astral e suas energias emmovimento. A Guia Iniciática também recebe o

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Amacy, pois a mesma está intimamente ligada aoindivíduo, em virtude de imantar suas própriasvibrações (as do indivíduo). Assim, faz-se umaligação mística e energética entre o ori (oconsciencial) do indivíduo, sua Toalha Iniciática (suaconstituição astroetérica)329UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicae sua guia ou talismã (que tem suas vibrações emcomunhão com as da Entidade atuante). Esse ritual seprocessa na ativação dos 7 chacras, sendo feito ouaplicado, segundo o grau individual do médium, acada 30 dias ou a cada 3 ou mesmo 7 meses. Só avivência ritualística dará ao Mestre de Iniciação acerteza de como e quando aplicar o Amacy.Só deixaremos de citar as fases seguintes porfugirem da finalidade desta obra e também por seremde cunho hermético, exclusivo do conhecimento doastral superior e de raríssimos Iniciados. Preferimosque os interessados procurem os Templos Iniciáticosverdadeiros, onde, no interior dos mesmos,encontrarão, se assim o merecerem, as devidasexplicações ou os ditos rituais. Não podemos nosaprofundar em virtude de sermos obrigados alevantar alguns véus que seriam perigosíssimos se deposse de muitos incautos e inescrupulosos. Seria abriraos encarnados que são pontes avançadas dosubmundo astral uma porta ou chave perigosíssima,que sem dúvida seria usada para obter vantagens parasi, em detrimento das consciências que elesvilipendiariam através de seus atos escusos enefandos.Nossa finalidade foi exclusivamente orientar asditas lavagens de cabeça que muitos fazem semnenhum critério. Demos alguns critérios que sabemosnão prejudicar o indivíduo. Levantamos alguns véusonde os verdadeiros Iniciados da Luz não encontrarãodificuldades em fazer as devidas associações oudeduções para os rituais mais profundos. Omecanismo dos Amacys nós demos quase que naíntegra, faltando apenas as chaves relativas às2ª e 3ª fases. Esses rituais, bem como os sinaiscabalísticos na Lei de Pemba, deixamos para aIniciação no interior das raríssimas Ordens Iniciáticasou Escolas Iniciáticas da Umbanda Esotérica.Bem, após essas ligeiras palavras sobre aIniciação, Amacys, preparações, etc, não poderíamosdeixar de dizer que os Amacys também são usadoscomo elementos de terapia vegetoastromagnética noindivíduo necessitado e carenciado, que nem cogita

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dos processos iniciáticos. Temos absoluta certeza deque o dirigente consciente, ao ler serenamente nossosapontamentos, encontrará aqui as chaves precisaspara proceder aos seus rituais. Assim, leia, medite...Bem, antes de terminarmos, falemos algo sobreas ARTES ORACULARES, tão mal interpretadas epouco conhecidas, em suas raízes reais e verdadeiraspelos milhares de Filhos de Fé e por esses terreirosafora. Tentemos retirar a fantasia, o mito e ascrendices que depõem contra essas Artes Sagradas,quais sejam as de revelar o mistério dos destinos dosSeres e do Cosmo. Iniciemos pela quiromancia ouastro-quiromancia. Daremos alguns detalhes básicose fundamentais principalmente para os médiuns-Iniciados da Corrente Astral de Umbanda, para quepossam comprovar, através de mais este subsídioimportantíssimo e mesmo orientar-se quanto àspessoas que se julgam médiuns. São diretrizes segurase conscientes, às quais o médium-Iniciado poderárecorrer ao examinar as mãos dos médiuns,levantando suas condições kármico-morais,adiantamento mediúnico, grau etc. Esse exame é feitoobservando-se as mãos, ou melhor, a palma das mãos,seus sinais reveladores, sua morfologia e detalhesespecíficos desses sinais. O exame deverá ser feito nocongá, iniciando-se pela mão direita, que temimpressas todas as qualidades e debilidades,aquisições, imagens kármicas, bem como proteções,coberturas, reforços etc. Como dissemos, condições jáadquiridas; portanto, a mão direita é como se fosse umarquivo vivo das experiências vividas e adquiridas,sendo pois relacionada ao passado. É por isso que amão direita é dita doadora, pois só se pode dar aquiloque se tem ou adquiriu. A mão esquerda temimpressas as condições presentes, sendo um arquivoem constantes mudanças. Assim sendo, seus sinaissão mutáveis, de acordo com as condições doindivíduo, no tempo-espaço. Refere-se à presenteencarnação, sendo também importantíssima suaobservação acurada.E como funciona esse sistema de revelação dascaracterísticas astroespiríticas dos indivíduos atravésdas mãos?Para respondermos, basta-nos lembrar doconceito das Linhas de Força ou das sutis correnteseletromagnéticas tidas e havidas como tatwas. Sãoessas 7 Linhas de Força ou correntes energéticas quedão formação a tudo, desde o macrocosmo até omicrocosmo. Cinco (5) delas são ditas inferiores eduas (2) superiores. As inferiores são de pura energia

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astral, enquanto as 2 superiores são de pura energiamental. Sem entrarmos em exaustivos detalhes,diremos que cada uma tem seu tônus vibratório330CAPÍTULO XVIpróprio. Porém, se interpenetram, como se fossemum feixe. Cada uma das cinco (5) Linhas de Forçapredomina de 24 em 24 minutos, perfazendo umciclo de 120 minutos ou 2 horas, quando passam orapara a influência solar, ora para a influência lunar,assim sucessiva e indefinidamente. Quanto às duas(2) superiores ou de pura energia mental, comandamas cinco (5) inferiores, dentro dos 24 minutos de cadauma dessas, se revezando de 12 em 12 minutos. Apósesses ligeiros mas úteis apontamentos, afirmamos que:1. As Linhas de Força* são geradoras desde o microaté o macrocosmo, são elas que dão a qualidade davibração astral ou eletromagnética de todas ascoisas, inclusive dos astros, planetas etc.2. São as Linhas de Força que presidem diretamente,como canais kármicos, o nascimento, vida e morte(transformação de um indivíduo).3. São as Linhas de Força que trazem e imprimem oselo de uma ficha kármica na estrutura íntima docorpo astral do indivíduo.4. Sendo as mãos receptoras e doadoras de energias,ou mesmo condensadoras e refletoras, são tambémtermômetros vibratórios de todas as condições ealterações físico-psíquicas do indivíduo. Milharesde correntes nêuricas (provenientes dos núcleosvibratórios do corpo astral e dos plexos do corpofísico) imprimem, em determinadas zonas dapalma das mãos, as condições favoráveis oudesfavoráveis de um organismo, tais comopredisposições, saúde, moléstias, vitalidade etc,fazendo surgir sobre essas zonas sinais reveladores,em forma de manchas, ilhas, cruzes, pontos, retas,gradeados etc. A essas zonas a Ciência daQuirologia dá o nome de Montes Planetários.Dizemos monte planetário, pois as Linhas de Forçaveiculadas pela correntes nêuricas do sistemanervoso fazem imprimir neles, nesses montes, ainfluência ou as vibrações particulares dosplanetas, astros etc. É justamente nessas regiões ouzonas que surgem os sinais reveladores defaculdades mediúnicas, inteligência, grau kármico,proteções astrais, poderes supranormais, tudoatravés de um alfabeto geométrico codificado, quepara ser interpretadoprecisa ser decodificado. Com essa

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última assertiva, queremos deixar claro que todo osistema oracular compreende o entendimento deum código e sua devida decodificação.Vejamos a palma da mão e tentemos,resumidamente, entender o essencial e o básico, poisos demais fundamentos são de ensino exclusivodentro das Ordens Iniciáticas do MovimentoUmbandista ou das Casas de Iniciação, que mais umavez afirmamos serem raríssimas em nossos dias. Masmesmo com o mínimo que passaremos, temos certezaque o Filho de Fé Iniciado não terá dificuldades emdeduzir certos clichês básicos e que também sãoreveladores de condições anímicas supranormais.Daremos pois o básico, deixando as filigranas para ointerior das Ordens Iniciáticas, dentro é claro daIniciação. Filho de Fé, olhe atentamente a mão quevem no esquema e seus sinais, linhas e montesplanetários.Em cada uma dessas zonas ou regiões podemaparecer vários sinais reveladores de todo o destinodo Ser. Como nosso caso é apenas informar, e muitoprincipalmente sobre as condições reveladoras damediunidade, faculdades supranormais, graumediúnico etc, vamos nos restringir a alguns dossinais que expressam essas revelações.Esses sinais são geométricos, pois as Linhas deForça, como canais kármicos, imprimem oucondensam certas forças e essas, em obediência àforma sagrada, configuram os determinados sinais.O ponto, em qualquer das zonas citadas,refere-se a: início, princípio ou origem deuma situação, faculdade, proteções,permanência, condensações etc.A linha, em qualquer das zonas citadas,refere-se a: continuação, prosseguimento,caminho, elo de ligação etc. Quando cortaoutras linhas, pode significar mudanças outruncamentos.O triângulo, em qualquer das zonas citadas,refere-se a: coberturas, sucessos, proteções;deve-se notar sua conformação, pois o tri-* Seus Senhores Vibratórios são os Orishas.331UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica1. Linha da Vida (saúde)2. Linha da Cabeça (consciência)3. Linha do Coração (afeto)4. Linha do Destino (Karma)5. Linha Instintiva (elevação/rebaixamento)A. Monte de Vênus (sensibilidade)

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B. Monte de Júpiter (justiça)C. Monte de Saturno (destino)D. Monte do Sol (espiritualidade)E. Monte de Mercúrio (inteligência)F. Monte de Marte (impulsos)G. Monte da Lua (afetividade)ângulo eqüilátero mostra bom intelecto,karma equilibrado e elevados conceitosmorais; o triângulo escaleno mostra aindadesequilíbrio, caráter e intelectonecessitando de burilamentos; nomediunismo, médium de karma probatório.Quando o triângulo for isósceles, oindivíduo já tem razoável equilíbrio, bommental e certo ajuste superior kármico.Seria, no mediunismo, médium de karmaevolutivo. O triângulo mais comum é oescaleno, sendo o eqüilátero raríssimo.O quadrado ou a cruz, em qualquer daszonas citadas, refere-se a: forças deconcentração, condensações, poderesequilibrados, correntes de energia vital;conjunto de 4 forças associadas. A cruzpode significar união, sacrifício, renúncia,transformação; Iniciação, se estiverpróxima ao triângulo eqüilátero, isóscelesou escaleno, e também do pentagrama ouhexagrama.O pentagrama ou a estrela de 5 pontas, emqualquer das zonas citadas, refere-se a:amizades, bom caráter, cobertura oculta,intelecto predisposto ao ocultismo, fortecobertura que vem pela Corrente Astral. Etambém um selo iniciático, tudo é claro nadependência de sua localização, a qual podeprenunciar inclinações para a magia negra,mormente se na Linha do Destino epróximo do Monte de Saturno ou Yorimá.É um sinal fortíssimo, embora seja raro.O hexagrama ou a estrela de 6 pontas, emqualquer das zonas citadas, refere-se a:equilíbrio alcançado, justiça, forçadesencadeante de auxílio, proteção atuante,influência do astral, mediunidade,SÍMBOLO SACERDOTAL eINICIÁTICO.O quadrado cortado em seu ângulo inferioresquerdo identifica, quando no Monte deVênus, o genuíno INICIADOUMBANDISTA. Confere-lhe

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extraordinária clarividência e profundosconhecimentos metafísicos e relativos àmagia astroetérica. Embora seja um sinalraríssimo, expressa o setenário, ou seja, oIniciado, pelo intelecto, dominando oselementos ou sendo conhecedor dos 4pilares de todo o conhecimento humano,que como vimos são: a religião, a filosofia,a ciência e as artes. Este selo sagrado é poisprivativo do verdadeiro Iniciado, o qualdeve estar ligado aos conhecimentosmetafísicos há mais de 3 encarnações. Estesímbolo terá variações, tanto na posição dotriângulo (que poderá332CAPÍTULO XVIocupar qualquer canto do quadrado) comona localização, isto é, poderá estar emoutros montes planetários ou mesmo sobredeterminadas linhas. De qualquer maneira,revela que seu possuidor é dotado depossante cobertura astral, como mérito peloseu trabalho realizado ontem e,seguramente, pelo que será realizadoamanhã.Bem, para encerrarmos sobre os fundamentosbásicos e práticos da Quiromancia Esotérica, restanosalertar os Filhos de Fé que nem sempre os sinaissão claros ou bem-formados. Nessas condições, hánecessidade de alguns ajustes; certos ângulos decaráter deverão ser aparados. Enfim, após os devidosajustes, o sinal ou sinais aparecerão em toda suaplenitude. Lembramos que cada caso é um caso, nãodevendo haver, pois, uma regra geral.Quanto ao significado dos sinais, em cada monteplanetário, acreditamos não ser de difícil dedução poraqueles que leram atentamente nossosdespretensiosos apontamentos, mesmo porque demoso significado relativo do sinal e, quanto aos montesplanetários, demos suas expressões divinatórias.Assim, é só fazer o devido "encaixe", e através dasensibilidade própria a cada um, dar a interpretação.Mesmo assim, queremos reafirmar que nossaintenção não foi ensinar Quiromancia Esotérica, algoque demandaria a escrita de um livro, mas sim, deforma prática, simples e objetiva, facilitar aidentificação, pelo médium-chefe ou mesmo algumFilho de Fé interessado, da mediunidade, proteçõesatuantes, forças sobrenaturais, percepções extrasensoriaisetc. O verdadeiro Iniciado também

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encontrará nas entrelinhas aquilo que seu grau oumerecimento facultar. Como outros, tambémafirmamos que, para quem sabe ler, um pingo é letra,portanto....Deixamos para o final deste capítulo a arteoracular de interpretar o destino dos Seres através deum dos métodos oraculares mais conhecidos pelospraticantes dos cultos afro-brasileiros, ou seja, o jogodo ifá.Em verdade, essa arte oracular era privativa dosverdadeiros Babalawôs, sendo hoje em dia seusfundamentos completamente adulterados. Nodecorrer do tempo-espaço, esse processo ou métodooracularfoi sendo completamente deteriorado, até degradar-sepor completo nos dias atuais, não sendo seusfundamentos, praticamente, conhecidos por maisninguém, quer seja no Brasil ou muito principalmentena África. Para tentarmos mostrar como eram osverdadeiros odus ou ângulos de interpretação, quehoje transformaram em historietas que mesmo emseu fundo não guardam os verdadeiros fundamentosprimeiros, descreveremos tanto quanto pudermos oopele ifá, o oponifá, o verdadeiro JOGO DE BÚZIOS,com nozes etc.O opele ifá consta de metades da noz-de-dendêpresas em uma corrente de metal. A disposição ésimétrica, sendo que cada lado contém 4 metades danoz-de-dendê. Aprofundando, poderemos colocar 4metades da noz-de-dendê e 4 búzios de cada lado dacorrente metálica.Dependendo das disposições da caída, teremosuma resposta, ou seja, um odu ou ângulo deinterpretação do destino de um Ser, de umacoletividade, de um povo etc.Esquematicamente, teremos o opele ifá dessaforma:Como dá para observar, poderemos ter 16possibilidades, que diremos primárias, embora,permutando e combinando, teremos 256 combinaçõespossíveis ou 256 odus. Os primeiros 16 odus sãochamados de baba odu (os primeiros odus, ou pais,como origem). Os 256 odus são os omó odu (filhoscomo descendência).Esse ROSÁRIO ORACULAR, sem entrarmosem pormenores, é lançado sobre um tabuleiro espe-333UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicacial, onde há vários sinais cabalísticos, tal qual haviahá milhares de anos numa escrita hermética privativa

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da Ordem Sacerdotal dos verdadeiros Babalawôs.Após ser lançado, observa-se em cada lado se ocoquinho cai com a face côncava ou convexa paracima. Para cada meio coquinho-de-dendê, se a facefor convexa, riscam-se 2 traços paralelos; aocontrário, ou seja, se a face for côncava, risca-se 1traço de cima para baixo, começando pelo ladodireito.Para tornar fácil a nossa exposição,exemplifiquemos o que até aqui falamos.Após as devidas evocações, dentro dedeterminados fundamentos, o Sacerdote deIfá joga seu rosário sagrado. Vejamos asdisposições ou configurações dos meioscoquinhos-de-dendê, que determinarão o odu(ângulo de interpretação).Obs.:1/2 coquinho côncavo — um traço vertical1/2 coquinho convexo — dois traços verticaisLADO DIREITO LADO ESQUERDOComo dissemos, para o meio coquinho com a facecôncava inscreveremos um traço vertical. Iniciamosde cima para baixo, do lado direito, paraposteriormente, de cima para baixo, determinarmos olado esquerdo. No exemplo de cima, teremos:significa que cada 1/2 coquinho-de-dendê dolado direito é côncavo, o mesmo acontecendocom os do lado esquerdo. Os 2 lados deram amesma configuração, como poderiam dar configuraçõesdiferentes. Quando os 2 lados sãoiguais, identificam os odu pai ou baba odu.Como os Filhos de Fé devem estar imaginando, ecorretamente, deverá haver mais 15 possibilidades,ou seja, mais 15 baba odus. Vamos a eles:Bem, após darmos os 16 odus-princípios ou babaodus, deve o Filho de Fé notar que existem oduscomplementares ou antagônicos.Os 16 BABA ODUS — PRINCÍPIOSVejamos (EJI-OGBE ou OGBE-MEJI são amesma coisa).1) Ogbe MejiOye Ku Meji2) Iwori MejiOdi Meji3) Irosum MejiOwonrin Meji4) Obara MejiOkanran Meji5) Ogunda MejiOsa-Meji

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6) Iká-MejiOturupon Meji7) Otura MejiIrete Meji8) Ose MejiOfun MejiEsses 8 conjuntos se complementam ou seantagonizam, isto é, dentro de cada conjunto temosos aspectos positivos e negativos, as virtudes ou oserros. Mas muito mais do que isso, a chave que foiperdida agora sutilmente tentaremos encontrá-la,embora de forma velada.Os 8 conjuntos referem-se a 7 ORISHAS + EXU.Eram, em verdade, um velamento de várias etapas334CAPÍTULO XVIdo próprio ÍTARÔ ou TARÔ, que como vimosvelava toda a tradição do conhecimento humano. Como que já dissemos, podem os Filhos de Fé daUmbanda e mesmo os simpatizantes e adeptos dosCultos de Nação Africana perceber que os ditos jogosde búzios ou erindiloguns, bem como os jogos do ifá,estão completamente adulterados, interpolados eajustados, perdendo, é claro, a força de seu sentidoprimeiro, o qual tinha sólidos fundamentos. Poisalém de ser um sagrado método oracular, era tambémrevelador, mediante determinadas chaves, de toda aProto-Síntese Relígio-Científica. O mesmo acontececom o dito tarô da atualidade e também com o IKINGdos chineses, que também foi adulterado tantoem seu aspecto divinatório como no aspecto de velara Síntese das Sínteses — o Aumbandan.Após essas ligeiras explicações, voltemos aoROSÁRIO SAGRADO DO IFÁ (o VERBOSAGRADO). Do que expusemos, ficou claro que osverdadeiros mestres e taumaturgos oriundos daAtlântida revelaram aos egípcios e esses, juntamentecom os muçulmanos (mais recentemente), ensinaramaos africanos, embora com interpolações, omisterioso segredo do ifá, do verbo, das Leis Divinas,que tornaram mito, visando-lhe resguardar averdadeira tradição. De fato assim aconteceu, só queos detentores desse conhecimento não o transmitiramquase a ninguém, e quando transmitiam,praticamente velaram quase tudo, entregando apenaso conhecimento mítico, e nunca o metafísico, ofilosófico, o científico e o cabalístico. É por isso quenos dias atuais não se conhece praticamente ninguémque detenha o verdadeiro conhecimento do sagradoifá. Sabemos que atualmente apenas 1 Filho de Fé

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conhece o verdadeiro segredo do opele ifá e muitoprincipalmente do oponifá. Esse conhecimento lheveio pelas reminiscências da memória astral, quandohá milênios, no seio da então portentosa civilizaçãoatlante, o mesmo era sacerdote versado nessesmisteres. Encarnou, muito mais à frente no tempo, naÁfrica, em pleno Egito, onde bebeu de fontescristalinas o dito itaraô. Em reencarnação próxima,viveu na Mongólia, onde aprendeu ou fixou certosconceitos, até reencarnar como humilde sacerdoteafricano ocidental, o qual era denominado, na época,Ifatosho. No Movimento Umbandista da atualidade,esse dito Ifatosho faz ressurgir o verdadeiro ifá e nós,do plano astral, colaboramos no despertar memorialdo dito Filho de Fé. Mas voltando aos odus, vimosque primitivamente eram 8 (7 + 1).Fique claro para o Filho de Fé que, para finsdivinatórios, consideramos os Odus mais fortes e maisvelhos segundo a ordem decrescente, isso é, o Odu n25 é mais forte que o Odu nº 13, e assimsucessivamente. O lado esquerdo para nós é feminino eo direito é masculino.Ao lançarmos o opele ifá sobre tabuleiroespecial, que deixaremos de mostrar por fugir dasfinalidades a que nos propomos, o mesmo pode serinterpretado. Observemos o exemplo:LADO DIREITO LADO ESQUERDOComo o Odu nº 2 é o mais forte, é o que vence. Éimportante salientar que atualmente, digo, já háaproximadamente 80 anos, no Brasil, havia quemjogasse parcialmente o opele ifá, pedindo aoconsulente que segurasse em uma das mãos umapedrinha e na outra um búzio. Antes de ser feita acaída do opele, pedia ao consulente para mexer bementre as mãos a pedra e o búzio e que os deixasse umem cada mão, segundo a vontade do consulente. Issofeito, o sacerdote jogava o opele e se a caída desseigual ao de nosso exemplo, pedia ao consulente para335UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaabrir sua mão esquerda. Se lá estivesse a pedrinha, aresposta seria negativa, e positiva se estivesse obúzio. Embora esse método tenha seu real valor, hánecessidade de várias jogadas para um levantamentocompleto e mesmo para levantar o Odu do "Orisha(Eledá) de Cabeça", como expressam atualmente.Aliás, esse método e o oponifá eram os únicos usadospelos altos sacerdotes de ifá no levantamento doEledá do indivíduo, que nunca era levantado com osbúzios, porque os búzios são constituídos de

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elementos minerais e os dendês são vegetais,portanto... Ao terminarmos sobre o opele ifá,diremos:AWO ATI AWO NI O BABALAWOPrestemos a devida atenção na interpretação:Erindilogun, isto é, o jogo de búzios com 17 búzios.Todos jogam com 16, mas em verdade o 17º búzio éo que poderíamos chamar de odu axetuá (itanifá —histórias reveladoras dos odus).O importante sobre o jogo de búzios é que omesmo deve ser jogado sobre um tabuleiro especial eque o mesmo tenha os 16 sinais representativos dosOrishas, algo que raríssimos praticantes fazem. Deveseassim fazer, pois todo método oracular tem que teros aspectos fixos e os móveis. Os fixos seriam ossinais e os móveis ou variáveis, os próprios búzios.Assim, interpretamos a caída dos búzios daseguinte maneira:lº) o número de búzios abertos ou fechados;2º) os búzios em relação aos sinais fixos dotabuleiro;3º) o conjunto geométrico de búzios;4º) o conjunto numérico de búzios.Esses 4 fatores somados dão, de formasegura, muitas respostas importantes aosconsulentes, quando bem analisados porpessoas honestas e cônscias de suasresponsabilidades sacerdotais.Vejamos então as possibilidades decaída dos búzios ou cawries ou eyós.Demos parcialmente o significado oculto de cadaodu, não ficando difícil de entender as associaçõesentre os odus e o levantamento do Orisha ou Eledá.Acreditamos ter aberto véus jamais levantados emesmo com todos esses véus sendo desveladossomente os Iniciados no assunto entenderão e aquiencontrarão as chaves que seu merecimentoconceder. Quanto aos outros, pedimos paciência...Após demonstrarmos o opele ifá, entremosdiretamente no JOGO DE BÚZIOS, que embora nãotenha os fundamentos do Ifá (não porque dizem que éExu quem fala), é muitíssimo utilizado e o que é pior,de forma errônea e por pessoas inteiramentedespreparadas para tal função.Assim, diremos e mostraremos, sem darmos osodus, a interpretação do jogo de búzios ouObservação:17 búzios abertos — se repetir, DAR SALVAPARA EXU.336

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OGBE...................A POBREZA ..........................NÔMADE................................AFASTAMENTOOYEKU..................A FORTUNA...........................A MULTIDÃO..........................APROXIMAÇÃOOSE ......................O JUSTO................................A JUSTIÇA .............................PURIFICAÇÃOOTURUPON ........ O PREPOTENTE ...................A INJUSTIÇA..........................VIOLÊNCIAOTURA .................A MALVADA.............................O FRACASSO........................MALDADEOBARA.................A GENEROSA........................O SUCESSO..........................BONDADEOKANRAN ........... A VIRGEM.............................FIDELIDADE...........................FEMINILIDADEIKA........................O IRRESPONSÁVEL ............ ADULTÉRIO...........................MASCULINOOWONRIN.............A PIEDOSA............................HONRA ..................................VITÓRIA EMINENTEIROSUN................A IMPIEDOSA ........................IMORAL ..................................VITÓRIA EXTINÇÃOOFUN....................O AFORTUNADO...................VITORIA MATERIAL ...............DESENVOLVIMENTOIRETE....................O MAU CARÁTER..................DERROTA..............................CARÊNCIAIWORI ....................O SOCIAL...............................ASSOCIAÇÃO .......................ADVERSIDADEODI........................O ANTI-SOCIAL .....................SEPARAÇÃO.........................ISOLAMENTOOSA......................A CRIANÇA............................A CONCÓRDIA ......................EMPREENDIMENTOOGUNDA..............A RABUGENTA..................... A DEMANDA.......................... DESTRUIÇÃO17 búzios abertos — REPETIR JOGADA16 búzios abertos — FALA EXU15 búzios abertos — FALA IBEJI (YORI)14 búzios abertos — FALA OGUM13 búzios abertos — FALA YEMANJÁ12 búzios abertos — FALA XANGÔ11 búzios abertos — FALA OXOSSI10 búzios abertos — FALA OXALÁ9 búzios abertos — FALA OBAOLUAYÊ (YORIMÁ)8 búzios abertos — FALA EXU7 búzios abertos — FALA OXUM6 búzios abertos — FALA OBÁ5 búzios abertos — FALA OXUMARÊ4 búzios abertos — FALA OYA (YANSAN)3 búzios abertos — FALA OSSAIM2 búzios abertos — FALA ODUDUA1 búzio aberto — FALA NANÃ

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Todos os búzios fechados — Repetir jogada.CAPÍTULO XVI17 búzios fechados — DAR SALVA PARA EXUDAS ALMAS (Os EGUNS dos Africanos).Os 17 búzios abertos podem indicar — MORTE,ACIDENTE NO CAMINHO, MAGIA NEGRA.Os 17 búzios fechados — ALMAS PENADAS NOCAMINHO.Após esses humildes e despretensiososapontamentos sobre o jogo de búzios em sua parteprática, somente para aqueles já acostumados com asArtes Oraculares é que passaremos ao mais profundode todos os Jogos Sagrados Oraculares, o OPONIFÁ.O verdadeiro sacerdote do oponifá é o que podiae pode levar o nome de Babalawô — o Pai dosMistérios — o Mestre de Iniciação de 7º grau no 3ºciclo. Na África, essa função sacerdotal eraconcedida apenas ao sacerdote de ifá. Como é oOponifá?Consta de um tabuleiro com 16 sinais — 1conjunto para o princípio universal masculino, outropara o princípio universal feminino, cada um delessituado em lados opostos da prancha, em duas fileirasopostas, com sete sinais cada.Uma das fileiras de 7 signos representa os Orishasmasculinos e, a outra, os Orishas femininos. Essetabuleiro (oponifá) tem sinais geométricos, pois sãoos signos fixos, enquanto os coquinhos-de-dendê(21) têm seus hieróglifos correspondentes, os quaisdefinem, ou melhor, expressam odus. Pode sercomparado, em sua expressão mais pura, com o ditoTarô, cujos Arcanos eram 57 Menores e 21 Maiores,como alhures já demonstramos.As 21 nozes-de-dendê são guardadas dentro deuma cabaça especial (axé-igbá).Após a abertura da cabaça, o Babalawô separa 4nozes-de-dendê, que são importantíssimas. Essasnozes são:o PEIXE — que representa a ÁGUA a CORUJA —que representa o AR a COBRA — que representa aTERRA o MACACO — que representa o FOGO.Além desses, há o GATO, a CAVEIRA etc.Importante notar que na própria lenda de Oxorongá(a feiticeira) fala-se sobre a Coruja. O Macaco,segundo a lenda, acompanhava Egum, aterrorizandoas pessoas, mas era vencido por Oyá (Yansan).Com isso, queremos afirmar que inverteram tudo,com historietas infantis e que carecem de maioresfundamentos, sendo bom ressalvar que há milêniospersiste essa situação, não sendo pois culpa dos atuais

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adeptos dos cultos afro-brasileiros. Isso já é oprocesso de deterioração que vem desde o famosoCisma de Irshu, como vimos, acontecido na Índia há6.000 anos.Bem, falávamos das 4 nozesespeciais, pois são elas que serãoimportantíssimas no "jogo dodestino do indivíduo".Após observar e orar sobre as 4nozes e as 17 restantes, o Babalawôcoloca-as dentro da cabaça, pedindoao consulente que pense fortementeno que deseja e retire 2 nozes com amão esquerda e 3 nozes com adireita, levando-as à testa e depoisao coração. Feito isso, entrega as 5nozes ao Babalawô, que as jogasobre o tabuleiro. Decodifica então ooráculo, que responde sobre opassado, presente, futuro e meios para equilibrar atos,situações, condutas etc.A decodificação, de maneira sintética e noprimeiro ângulo de interpretação do lº método, usa de3 chaves:337UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica1a CHAVE — Questões de ordem espiritual; é lidaharmonizando-se os signos dos 21sinais móveis (gravados nas nozesde-dendê) com os 7 signos dosOrishas masculinos e o signo dadivindade em seu aspecto ativogravados no tabuleiro.2a CHAVE — Questões de saúde, problemasorgânicos, sentimentais e afetivos sãorespondidos por esta chave, que sebaseia na interpretação das 21 nozesde-dendê em relação aos sinais fixosdo tabuleiro referentes aos Orishasfemininos e ao aspecto passivo daDivindade.3a CHAVE — Fala de problemas de ordem material,financeiros e tudo aquilo que incluirlealdade, traições, virtudes, fracassosetc. Trata-se de reconhecer nosdendês cinco deles, cada um dosquais representa um elemental (4) e ooutro o agente mágico, o elo deligação de toda a sistemática oracular— coruja, gato, peixe, cobra e macaco.

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Bem, após essa explicação, acreditamos termostrado o grau de dificuldade que deve ter aqueleque conhece o mecanismo do oponifá em decodificartodas as suas mensagens para os destinos dos Seres. Ésumamente impossível alguém, só porque viu algumverdadeiro Babalawô manipular o verdadeirooponifá, querer imitá-lo ou tentar decifrar algumacoisa. A verdade é que seu entendimento vagará denorte a sul, de leste a oeste e não decifrará nada! Naverdade, o que se sabe é que, dentro das CasasIniciáticas, as raríssimas, quando alguém alcançadeterminados graus, o verdadeiro Babalawô, ao sentirpredisposição kármica ao oponifá no indivíduo,transmite-lhe noções básicas sobre o mesmo.Garantimos que aquele que tenha inclinações para asArtes Oraculares alcançará as chaves reveladorasdesses mistérios, tendo seu Iniciador apenas lhe dadoo básico, sendo o complemento praticamente todoconquistado pelo então agora Babalawô. É raríssimomas não impossível conseguir-se esse grau iniciático,o qual acompanha também vastíssimo conhecimentode âmbito místico, filosófico, científico e artístico, apar da manipulação, com maestria, da magiaastroetéreo-física e do conhecimento aprofundado daLei de Pemba.Ao terminarmos mais este capítulo, desejamos aoFilho de Fé cobertura de seus mentores-guias e queeles iluminem seus entendimentos e possibilidades deinterpenetrar o âmago do oculto...E vamos ao AGENTE DA JUSTIÇA KÁRMICA... EXU...Nota do médium — Na Sociedade Secreta dos Babalawôs (OSHOGBONI) havia uma grafia hermética, de conhecimento único dosBabalawôs, a qual não era diferente, em suas constituição fonomorfológica, dos verdadeiros sinais da Confraria da Pemba. Dentro dessaSociedade OSHOGBONI somente os Babalawôs de altíssimo grau conheciam seus verdadeiros significados. Esses sacerdotes, segundorelato do próprio Sr. 7 Espadas, eram os oshôs (iftoshô), cujo significado esotérico é o de mago e não feiticeiro, como muitos têmapregoado, aliás erroneamente.338NOTA COMPLEMENTAR AO CAPÍTULO XVIAcrescentamos e ampliamos alguns Fundamentos queforam expressos sobre o Oráculo de Ifá (págs. 536 a 546— terceira edição).Quando o Sr. 7 Espadas afirmou os conceitos sobre oOráculo de Ifá, fê-lo de forma sintética, demonstrou oOráculo Cósmico, originário da lª Raça ou seja da RaçaVermelha. Demonstrou-se que são ciclos e ritmoscósmicos que são equacionados segundo os ciclos e ritmos

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da individualidade.Sua dinâmica oracular pode também ser estruturadacom os 21 dendês, que poderão proporcionar cinco odusrepresentativos do destino individual.Cada noz de dênde representa um Orisha masculinoou feminino. Se for masculino, e segundo a ordem deprecedência, riscar-se-á um traço (Ofu). Caso sejafeminino riscar-se-á dois traços (Osa). Aqui revelamos ofundamento de origem dórica do Ifá, enquanto pornecessidades temporais foi invertido na edição anteriorconforme o costume iônico ainda praticado hoje.No relativo ao Oponifá pedimos ao consulente queretire apenas quatro nozes. A seguir repete-se oprocedimento para gerar uma das 256 configuraçõespossíveis dos orno odus.Este método dará apenas um odu que representa asrespostas e as soluções de que o indivíduo necessita(inclusive a oferenda restitutiva = revitalização do axépessoal).Como exemplo, citaremos uma jogada hipotética naprimeira retirada.O indivíduo retirou quatro nozes respectivamente:Xangô, Nanã, Yori, Obá.A ordem de formação do odu, segundo a precedência,será: Yori, Obá, Xango, Nanã.Este representa a marcação do Odu Osé (O justo, ajustiça — purificação).Se na segunda retirada foi gerado, por exemplo, o OduIwori (O Social, associação — adversidade) então teremoso Orno Odu Osé-Iwori.A interpretação inicia-se mediante o valor oracular dasnozes em relação ao sinal fixo no tabuleiro ou bandeja deIfá sobre o qual são arremessadas pelo sacerdote, a seguirinterpreta-se o Odu correspondente, em nosso caso o OduOsé-Iwori (vide Exu — O Grande Arcano, 3ª ed.)É claro que os Itanifá, utilizados para a interpretaçãodos Odus, são histórias que serviam para adaptar para omeio profano os verdadeiros princípios filosóficosuniversais, encerrados nos Odus que guardam oconhecimento sintético cósmico, acessível apenas a rarosiniciados.Dos 21 coquinhos de dendê entregamos apenas osdezesseis correspondentes aos Orishas para a retirada doconsulente. Separamos a Coruja, a Cobra, o Peixe, oMacaco e o Gato visto que possuem funções específicasno oráculo e correspondem, de uma certa forma, aosconhecidos Abira do oráculo Merindilogum. Deixaremos acompreensão dos fundamentos destas figuras aosverdadeiros iniciados capazes de penetrar neste mistério,cerrando o portal àqueles que criticam e refutam

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prontamente aquilo que desconhecem.Levantaremos mais uma ponta do véu que encobre aimportância destes elementos mostrando uma formaaltamente eficaz de consulta utilizando alguns destesfundamentos. Esta forma é aprendida nos primeirosdegraus da iniciação oracular e, para entrar nestes Erós,pediremos permissão aos Senhores do Segredo comofaziam os ancestrais Babalawôs africanos que aindaguardavam fragmentos da Tradição originada na pura RaçaVermelha.— Aboru Bayê?— Aboyê Boxé!(No mais alto segredo dos Babalawôs, esta era a senhaque identificava os reais iniciados no mistério e noministério de Ifá.)339UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaJOGO INTRODUTÓRIO AO IFÁ — 1º Nível (ABoa ou Má Sorte)Material:2 Ossos2 Capacetes de Ogum2 Sementes2 Pedras2 Figas2 Moedas2 Búzios2 "Okotos" (Caracóis)Providenciar estes objetos de modo que o par tenhaalguma coisa que os diferencie, já que um será identificadocomo positivo e outro como negativo.INTERPRETAÇÃO:Em seu primeiro aspecto, os objetos terão as seguintesrelações e significados com os Orishas:Osso — Orixalá — Paz ou TormentaCapacete de Ogum — Ogum - Trégua ou DemandaSemente — Oxossi — Mediunidade ou ausência delaPedra — Xangô — Justiça ou InjustiçaFiga — Yorimá — Morte ou VidaMoeda — Yori — Possibilidades de filhos ou nãoBúzio — Yemanjá — Amor ou DesamorOkotô — Exu — Sorte ou AzarEm seu segundo aspecto, os objetos expressarão:Osso — Vida ou MorteCapacete de Ogum — Paz ou LutaSemente — Amor ou DesamorPedra — Lealdade ou Falsidade (traição)Figa — Magia + ou Magia -Moeda — Riqueza ou PobrezaBúzio — Espiritualidade ou Materialismo

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Okotô — Vitória ou Derrota2º NívelMaterial: Irosún (Pó de Pemba); "Prato" redondo demadeira.Interpretação:Pede-se ao consulente que escolha oito objetos, sendoque deverá ser orientado para que não pegue dois iguais(permitir isto apenas se o consulente insistir).O intérprete observa bem os objetos escolhidos ePELA ORDEM DE ESCOLHA, vai grafando sobre o pratode madeira (que deve estar previamente coberto com opó de pemba), os signos que dão formação aos Odus.Ex:Suponhamos que o consulente tenha pegado, pelaordem: Búzio (-), Pedra (+), Osso (-), Moeda (-), Figa (+),Okotô (+), Capacete (+) e Semente (+).Após o sacerdote ter realizado a interpretaçãopreliminar, seguindo as direções acima descritas, passa arealizar a interpretação por Odu, ou seja, pelo processoseguinte, onde os orishas falam em conjunto,proporcionando maiores esclarecimentos eaprofundamentos na parte do inconsciente e do destino doconsulente.Ex:Para cada escolha negativa, será riscado sobre o pratodos Odus, com os dedos, dois traços (Osá) e para cadaescolha positiva, um traço (OFU). Com isso, obteremosdois Odus, os quais terão sua interpretação específica, deacordo com os Itanifás, os quais veremos posteriormente.Segundo o nosso exemplo acima:Búzio (-) - IIPedra (+) - IOsso (-) - IIMoeda (-) IIPor esta configuração, já temos expresso um Odu, nocaso, IWORI, que será interpretado segundo seusignificado. Continuando:Figa (+) - IOkotô (+) - ICapacete (+) - ISemente (+) - IEsta configuração nos revela o odu OGBÉ. Os doisOdus devem ser analisados em conjunto, sendo que ainterpretação mais abrangente e direta será a do Odu maisVelho, no caso, OGBÉ. Este "vence" IWORI, o qualsintetizou o problema; OGBÉ trouxe a solução e é o ODUque fornecerá o "modus operandi" de se realizar a oferenda,as quais veremos numa próxima oportunidade.Todas as outras configurações podem ser encontradasna Proto-Síntese Cósmica, sendo que as interpretações em

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seu aprofundamento serão desveladas com o tempo e como trabalho.Esta é a primeira fase que deve ser muito bemcompreendida e assimilada, pois tudo o que virá depoisdependerá somente da predisposição do iniciado.QUE OS OLHOS DE IFÁ SEJAM SEUS OLHOS...340Umbanda e os Agentes da Disciplina Kármica — Origem,Científica e Real do Vocábulo Exu — Exu Cósmico — ACoroa da Encruzilhada — Os Exus e sua Hierarquia — OsExus das Almas ou Manipuladores das Energias Livres —Os Agentes do Mal — Magos-Negros — A Kimbanda — OSubmundo Astral — Zonas Abismais e Sub-abismais —Exu e seu Trabalho de Combate aos Emissários das Trevas— Magia dos Exus — A Oferenda Ritualística — Lei dePemba — Triângulos Fluídicos e a Verdadeira Lei de Pembaou Sinais Riscados dos Exus341

pós a caída ou descida do Ser Espiritual do Reino Virginal ou universo astral, vários desses mesmosSeres Espirituais tornaram-se, através da revolta e insubmissão de que eram possuídos, marginaisdesgarrados de toda uma sistemática evolutiva. A esses Seres Espirituais foram dadas as zonas internas detodos os planetas similares à Terra, isto é, suas zonas subcrostais. Todos eles eram filhos da revolta, gênios domal, insubmissos da própria deidade, sendo pois os "filhos do dragão". Muitos deles, quando se libertam daszonas condenadas, começam a orbitar na crosta de vários locus do universo. Logo, começam a se afinizarcom vários Seres Espirituais que tornam-se pontes vivas de seus desejos e ações nefastas. Após atransformação (morte no Planeta Terra), os ditos pontes vivas vão engrossar a falange negra do ódio, dodespeito e da insubmissão. Assim aconteceu em todos os locus do universo astral. Essa foi uma das formasque a Misericórdia Divina encontrou para reajustar seus filhos desgarrados, atraindo-os para as zonas maissuperficiais, ao mesmo tempo que equilibrava e aferia os ditos pontes vivas, que também tornar-se-iam, agorade forma declarada, marginais do universo. Muitas e muitas vezes as hostes do dragão, habitantes das zonascondenadas do universo, até o dia em que se reequilibrarem vibratoriamente, tentarão invadir a superfíciecósmica, através das correntes mentais desequilibradas dos ditos marginais do Universo. Mas sempreesbarrarão em verdadeira barreira cósmica, que como guardiã os impede de realizar esse intento. Dessa

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forma, simplificadamente, é que surgiu no universo astral, em todos os locus, o império das sombras e dastrevas, que nada mais são que zonas de desequilíbrio e ignorância em que habitam os agentes da revolta einsubmissão, claro que temporárias, pois SÓ O BEM É ETERNO.Dissemos que as zonas condenadas do Cosmo tinham verdadeiras barreiras vibratórias e também tinham,é claro, seus donos vibratórios, como Guardiães, enviados dos Orishas Superiores (vide HierarquiaEspiritual). No sistema solar relativo ao planeta Terra, esses 7 Guardiães da Luz para as Sombras, através damisericórdia do Cristo Jesus, arrebanharam vários milhares, milhões de marginais e os colocaram na roda dasreencarnações, visando restabelecer-lhes o equilíbrio de há muito perdido. Muitos deles, após reencarnaremdezenas de vezes, recuperaram esse equilíbrio, sendo logo atraídos ou chamados a trabalhar dentro da faixavibratória afim aos 7 Guardiães da Luz para as Sombras, visando recuperar-se definitivamente perante as LeisUniversais. Assim é que, das noites escuras da insubmissão e do erro, surgem no plano astral do planetaTerra, após passarem por verdadeira aurora renovadora e saneadora, atraídos que foram pelos 7 Guardiães daLuz para as Sombras, aqueles que seriam os agentes da justiça ou disciplina kármica — Exu, que firmou as suas7 Espadas (poder e justiça) nas 7 Encruzilhadas, que são os caminhos de seu reino (os 7 EntrecruzamentosVibratórios, ou as Linhas de Força, que se entrecruzam). Assim, surgiram no planeta Terra os Exus, legiõesde Espíritos na fase de elementares,* isto é, Espíritos em evolução dentro de certas funções kármicas. Okarma, como sabemos, tem reajustes e cobranças, essas são feitas pelos Exus, que assim fazendo cooperampara o equilíbrio da Lei, equilibrando também suas próprias necessidades perante essa mesma Lei. Essaslegiões de Espíritos ditos elementares (pois são básicos dentro da Lei de Evolução ou da Lei Kármica) se* Não confundamos Elementares, Espíritos que estagiam nos reinos da Natureza, com os Exus Elementares, assim ditos dentro daHierarquia da Corrente Astral de Umbanda.343AUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaagrupam em falanges, subfalanges, grupos, subgrupose colunas. Operam, é claro, mais nos serviços terra-aterra,dentro da justa relação imposta pelo karmacoletivo, grupai e individual. Os Espíritos quecoordenam todo esse movimento de plano a plano,além dos seus subplanos da kimbanda, são os cabeçasgrandes ou cabeças de legião, que são os realmente

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qualificados como EXUS, uma espécie de polícia dechoque que fiscaliza e frena o submundo astral. Comoestamos vendo e ainda veremos, os Exus não são,como muitos querem, Espíritos irresponsáveis, maus,diabólicos ou trevosos. Os verdadeiros maus etrevosos são aqueles a quem eles arrebanham,controlam e frenam. Com isso, não estamosafirmando que Exu só faça o bem, segundo o conceitocorrente de bem. Exu, na verdade, está acima doconceito do bem e do mal, porém ligado ao conceitode JUSTIÇA. Assim, o bem e o mal são condiçõesnecessárias ao seu próprio aprendizado e equilíbrioperante as Leis Cósmicas. Esses são aspectos que elesenfrentam, quer para um lado, quer para o outro,desde que isso entre na órbita de suas funçõeskármicas, pois nunca fazem nada por conta própria.São sempre mandados a operar ou intervir em certosreajustes, cobranças, etc. E bom que se entenda quenada se processa de cima para baixo por acaso, comose um reajuste, uma cobrança, ou melhor, uma açãode equilíbrio kármico fosse uma coisa espontânea,sem direção, sem controle, sem Leis Reguladoras.Ora, se há leis e subleis para tudo, como nãohaveriam de existir os veículos apropriados, nas suasvariações de equilíbrio? É dentro dessas condiçõesque operam os Exus; aparentemente prestam-se aostrabalhos de ordem inferior, porém necessários,porque tudo tem seus paralelos e veículos executores.O Filho de Fé atento deve estar observando que asfunções de Exu são de importância vital para o karmacoletivo, grupai e individual, não podendo ser Exu,portanto, um Ser Espiritual trevoso, agente do mal.Ao contrário, é ele um Ser Espiritual comresponsabilidades definidas perante o contexto da LeiKármica, executor fiel das ordenações de cima parabaixo, emissário executor da luz para as sombras edessas para as trevas. Exu, até em muitos e muitoscasos, é responsável pelo reencarne e desencarne aquino planeta Terra, técnico que é nesse mister. Maisadiante, veremos como atuaprincipalmente no campo vibratório das energiaslivres. Antes, porém, não poderemos progredir emnossos apontamentos se não fizermos algumasalusões necessárias sobre a origem do termo Exu. Ovocábulo Exu é originário da possante RaçaVermelha, surgindo há milhares de anos, no seiodessa poderosa Raça Raiz, em pleno solo brasileiro.No Abanheenga e mesmo no Nheengatu, vamosencontrar o termo Essuiá. Por alterações fonéticas,semânticas e fiiológicas, chegamos ao termo ou

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vocábulo Essu, que significava o que vinha à frente ouo lado oposto. Sim, ainda hoje, Exu é o agente damagia ou da execução kármica e é o GUARDIÃODA KIMBANDA ou do LADO OPOSTO. Claro estáque o vocábulo Exu é recente, pois primitivamenteera Essuiá. Como Exu tem os mesmos atributos equalificativos de Essuiá, foi o mesmo preservado noseio da coletividade umbandista e mesmo na culturaafricana, em especial a Yoruba. Assim, procuramos aorigem do termo Exu e fomos buscá-la quando oscontinentes americanos e africanos eram um só, tantona Lemúria como na Atlântida. É aí, nessa gloriosacivilização, em épocas que se perdem nas noites dostempos, que encontramos o vocábulo Essuiá ou Essu,como muitas Entidades Espirituais militantes naCorrente Astral de Umbanda vêm afirmando quandotêm oportunidade, por intermédio de seus médiuns.Muitos Filhos da Terra, arrivistas, dirão que ovocábulo é de origem africana! Ora, os africanosocidentais, em especial os nagôs (yorubas),receberam do povo Etíope, que era originário deramos populacionais da Atlântida, o vocábulo Exud,que já era corruptela de Essu, que os Yorubanos,devido a sua língua tonai, fonetizaram como EXU.Na Ásia, na Índia Pré-Védica, tivemos um príncipe,de nome Irshu, filho do Imperador Ugra, o qualpregava o princípio espiritual, ao contrário de seufilho Irshu, que pregava o princípio natural de todas ascoisas. O princípio espiritual identificava a chamadaOrdem Dórica. O princípio natural identificava achamada Ordem Yônica. Nessa época, mais oumenos há 6.000 anos, foi que tivemos ainda mais asinversões dos valores espirituais, morais, esotéricos,etc. Tivemos, na verdade, a dissolução do que restarado princípio espiritual, o qual era transmitido porpatriarcas ou magos brancos. Após, em poucaspalavras, tentamos344CAPÍTULO XVIIrecodar os dias negros do Cisma de Irshu, quetambém emprestou o vocábulo para o agente dajustiça kármica (Exu). Ainda queremos ressalvar quea força do termo Essuiá não se apagou, pois quandoos Filhos-de-Terreiro, hoje em dia, vão "salvar" Exu,pronunciam EXU-RIÁ..., que é termo deturpado deEssuiá. Após esse esclarecimento, seguindo avanteem nossos apontamentos, vejamos como o guardiãoda Luz, no Movimento Umbandista, estruturou a ditaCoroa da Encruzilhada. Os 7 Orishas estenderam aosseus Guardiães da Luz para as Sombras o comando

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das ações, das cobranças e reajustes kármicos. Esses,por sua vez, arrebanharam logo que puderam aquelesque foram marginais do universo, agora regeneradose necessitando de complementação nas suas fichaskármicas e que, após esse complemento ou reajuste,se libertariam da função kármica de atuarem comoEXU. Assim, as 7 Entidades ditas Exus Cabeças deLegião são: EXU 7 ENCRUZILHADAS, EXUTRANCA-RUAS, EXU MARABÔ, EXU GIRAMUNDO,EXU PINGA-FOGO, EXU TIRIRI e EXUPOMBA-GIRA. Esses Exus denominados Coroados,formam a Coroa da Encruzilhada. São coroados poissão os mais elevados dentro da Hierarquia dos Exus,ou componentes da Cúpula dos Exus, ditosguardiães. Receberam a coroa do compromisso deserem os Agentes da Justiça Kármica e Agentes daMagia Cósmica.Os 7 Exus Guardiães Cabeças de Legiãocomandam um verdadeiro exército, dividido emplanos, subplanos, grupos, subgrupos e colunas. Naverdade, a Coroa da Encruzilhada é formada por 49Exus, os quais se dividem ou entrosam dentro das 7Vibrações Originais ou 7 Linhas. Vejamos como seformou a Coroa da Encruzilhada desde os primeirostempos. No capítulo referente às 7 VibraçõesOriginais, falamos sobre a função kármica do OrishaOgum. Dissemos que o mesmo, como guerreirocósmico, como pacificador, tinha arrebanhado muitascriaturas espirituais, visando incrementar-lhes aevolução e o progresso espiritual. Trouxe para oplaneta Terra, sob a supervisão e decisão amorosa doCRISTO JESUS, os desgarrados e marginais douniverso, sendo Exu seu batedor cósmico. Os 7 Exusou Executores da Lei Kármica em suas paralelaspassivas (cobranças relativas às causas e efeitos jáconstruídos pelas açõesnegativas, precipitando o retorno e o choque) abriramos caminhos para essas almas insubmissas chegarem(após passarem por vários locus, inclusive os planosditos Elementares, nos sítios vibratórios do planetaTerra, como os reinos mineral, vegetal, animal e ossuperiores pré-hominais) ao planeta através daencarnação e sua odisséia na roda reencarnatória.Assim é que os 7 Exus citados estendem suasvibrações aos 7 Exus Cabeças de Legião, em cadaVibração Original. Assim, vejamos quem são os 49Exus que estão debaixo da vibratória dos 7 ExusBatedores Cósmicos ou Exus Cósmicos, isto é, queestão isentando-se dessa função kármica. São os Exusde 3º ciclo ou de Libertação, pois há os de 2º ciclo e

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os de 1º ciclo.Os 7 Exus Cósmicos são: EXU 7ENCRUZILHADAS — serventia direta deORIXALÁ; EXU TRANCA-RUAS — serventiadireta de OGUM; EXU MARABÔ — serventiadireta de OXOSSI; EXU GIRA-MUNDO —serventia direta de XANGÔ; EXU PINGA-FOGO —serventia direta de YORIMÁ; EXU TIRIRI —serventia direta de YORI; EXU POMBA-GIRA —serventia direta de YEMANJÁ. Cada um dessesChefes coordena mais 7 Chefes de Legião, os ditosExus de Lei ou Exus Guardiães. Dentro de cadaLinha, um deles, o primeiro, está diretamente ligadoao Exu Cósmico. Assim estamos dando aHIERARQUIA CÓSMICA DO AGENTE MÁGICOE DA JUSTIÇA KÁRMICA.ORGANOGRAMA DA HIERARQUIA DOSEXUS CABEÇAS DE LEGIÃOVIBRAÇÃO ORIGINAL DE ORIXALÁ EXU CÓSMICO DEORIXALÁ — 7 ENCRUZILHADAS1. EXU GUARDIÃO 7 ENCRUZILHADAS2. EXU GUARDIÃO 7 PEMBAS3. EXU GUARDIÃO 7 VENTANIAS4. EXU GUARDIÃO 7 POEIRAS5. EXU GUARDIÃO 7 CHAVES6. EXU GUARDIÃO 7 CAPAS7. EXU GUARDIÃO 7 CRUZESVIBRAÇÃO ORIGINAL DE OGUM EXU CÓSMICO DEOGUM — TRANCA-RUAS1. EXU GUARDIÃO TRANCA-RUAS2. EXU GUARDIÃO TRANCA-GIRA345UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmica3. EXU GUARDIÃO TIRA-TOCO4. EXU GUARDIÃO TIRA-TEIMAS5. EXU GUARDIÃO LIMPA-TRILHOS6. EXU GUARDIÃO VELUDO7. EXU GUARDIÃO PORTEIRAVIBRAÇÃO ORIGINAL DE OXOSSIEXU CÓSMICO DE OXOSSI — MARABÔ1. EXU GUARDIÃO MARABÔ2. EXU GUARDIÃO DAS MATAS3. EXU GUARDIÃO CAMPINA4. EXU GUARDIÃO CAPA-PRETA5. EXU GUARDIÃO PEMBA6. EXU GUARDIÃO LONAN7. EXU GUARDIÃO BAURUVIBRAÇÃO ORIGINAL DE XANGÔ EXU CÓSMICODE XANGÔ — GIRA-MUNDO1. EXU GUARDIÃO GIRA-MUNDO

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2. EXU GUARDIÃO DA PEDREIRA3. EXU GUARDIÃO CORCUNDA4. EXU GUARDIÃO VENTANIA5. EXU GUARDIÃO MEIA-NOITE6. EXU GUARDIÃO MANGUEIRA7. EXU GUARDIÃO QUEBRA-PEDRAVIBRAÇÃO ORIGINAL DE YORIMÁ EXU CÓSMICO DEYORIMÁ — PINGA-FOGO1. EXU GUARDIÃO PINGA-FOGO2. EXU GUARDIÃO BRASA3. EXU GUARDIÃO COME-FOGO4. EXU GUARDIÃO ALEBÁ5. EXU GUARDIÃO BARA6. EXU GUARDIÃO LODO7. EXU GUARDIÃO CAVEIRAVIBRAÇÃO ORIGINAL DE YORIEXU CÓSMICO DE YORI — TIRIRI1. EXU GUARDIÃO TIRIRI2. EXU GUARDIÃO MIRIM3. EXU GUARDIÃO TOQUINHO4. EXU GUARDIÃO GANGA5. EXU GUARDIÃO LALU6. EXU GUARDIÃO VELUDINHO DA MEIA-NOITE7. EXU GUARDIÃO MANGUINHOVIBRAÇÃO ORIGINAL DE YEMANJÁ EXUCÓSMICO DE YEMANJÁ — POMBA-GIRA1. EXU GUARDIÃO POMBA-GIRA2. EXU GUARDIÃO DO MAR3. EXU GUARDIÃO MARÉ4. EXU GUARDIÃO MÁ CANGIRA5. EXU GUARDIÃO CARANGOLA6. EXU GUARDIÃO GERERÊ7. EXU GUARDIÃO NANGUÊApós darmos os nomes dos 49 Exus Chefes deLegião — ou Cabeças de Legião — devemosentender que os mesmos são chamados, como vimos,de EXUS de 32 Ciclo ou de Libertação dessa função.Cada um desses 49 Exus comanda verdadeirosexércitos, que têm seus comandantes,subcomandantes, chefes, subchefes, etc.Não daremos a Numerologia dos Exus em virtudeda mesma ser igual à do Plano da Umbanda. Assim,afirmamos: "o que está embaixo é semelhante ao queestá em cima." Assim, os Exus de 32 ciclo compõemse,segundo a Hierarquia, como Exus dos Orishas,Guias e Protetores. Todos esses Exus são ditos Exusde Lei ou mesmo coroados, batizados, estrelados emesmo cruzados, de acordo com a função queocupam dentro da Legião a que pertençam. Após essaligeira elucidação, recordemos:

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A Umbanda, em sua doutrina secreta ou esotérica,tem como pedra angular sobre o Plano Oposto ouKimbanda, que 7 são os Exus que compõem achamada Coroa da Encruzilhada ou a Cúpula dosExus Guardiães. Já vimos que Exu é um agenteexecutor da justiça kármica em nosso planeta. Sãoesses Exus Guardiães uma verdadeira polícia dechoque, encarregada de frenar os elementos dosubmundo astral ou baixo astral e de executar a LeiKármica perante os Seres Espirituais. É o ExuGuardião, portanto, um Ser Espiritual situado alémdos conceitos do Bem ou Mal, mas ligado ao conceitoda Justiça e sua execução. Quando falamosencruzilhada, entenda-se os entrecruzamentosvibratórios das linhas de força ou correntes dementaisda natureza, onde os Exus são chamados a atuar,manipulando-as para diversos fins. No sentidopopular, passaram a ser as encruzilhadas, caminhosque se cruzam, nas quais é comum vermos certasoferendas aos vulgarmente chamados compadres,homens da encruza ou outros tantos nomes quequalificam e demonstram o grau de entendimento dashumanas criaturas afins a essas práticas.Dentro da Hierarquia desses agentes mágicos queestão dentro de uma função kármica definida,disciplinar e em sua fase final ou de libertação, há osExus Coroados, que estendem seu comando aos ExusBatizados ou Estrelados e esses, por sua vez,comandam os Exus Cruzados. Os citados Exus são346CAPÍTULO XVIIintermediários ou emissários da luz para as sombras,onde se subdividem em 3 Ciclos, de onde promovemcomandos, subcomandos, chefia e subchefias,através das legiões, falanges, grupos e colunas.Das sombras para as trevas há os Exus pagãos(1º ciclo), os quais arrebanham os kiumbas, rabos deencruza e toda sorte de almas aflitas, penadas,desesperadas e revoltadas.Bem, após essa revisão, que achamos necessáriapara não perdermos o conceito global sobre Exu esuas funções, vamos entender um conceito deverasarraigado no Movimento Umbandista em sua grandemaioria, sobre os ditos Exus das Almas. O queseriam, em verdade, se é que existem, os ditos Exusdas Almas?Sem grandes elucubrações, mas de forma simples,objetiva e real, tentemos responder, visandoesclarecer muitos Filhos de Fé que ainda não têm umconceito formado sobre os ditos Exus das Almas. Em

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verdade, os Exus das Almas existem e trabalhamtambém dentro de funções kármicas bem definidas,não sendo, como muitos querem, emissários deOMULUM que é considerado, sem nenhumfundamento, como o dono dos cemitérios ou oSENHOR DA MORTE. Não estamos com issoafirmando que não existam os Exus que atuam naórbita dos cemitérios. Claro que eles existem, masnão no sentido que muitos querem lhes atribuir, algoque veremos logo mais, quando falarmos sobre osubmundo astral. Bem, os Exus das Almas sãoaqueles que trabalham ou manipulam as energiaslivres (Exus de 2º Ciclo). Como energias livres,entendemos toda transformação de matéria em que háliberação de energia. A matéria física,transformando-se em matéria astral, libera energiafísica ou produz resquício de energia. A morte física,ao liberar o corpo astral do corpo físico denso e doetérico, libera energia, sendo que essas energias, senão forem transformadas ou armazenadas, serãoutilizadas por Entidades malfazejas, nas maisdiversas formas. Muitos Espíritos desencarnadosandam em busca de sensações e energias livres quelhes sustentem seus desejos e objetivos escusos. Sãocomo verdadeiros vampiros; aliás, são Espíritosvampiros, de aspecto horripilante, que aterrorizamvárias criaturas não acostumadas com suas infelizesmanifestações... Esses Seres Espirituaisestão sempre próximos dos cemitérios ou dentrodeles, ou nos matadouros, nos açougues, nas tãohabituais churrascarias, nas casas de prostituição, nascasas noturnas onde há vários vícios, tais comotóxicos, álcool e exacerbação da luxúria etc. Não ficadifícil também perceber que nas encruzilhadas deruas, onde há uma profusão de correntes mentais asmais disformes possíveis, coaguladas e condensadas,eles também orbitam, em busca de satisfazer seusdesejos e necessidades mórbidas. Eis, pois, uma realinterdição de se fazer as oferendas ritualísticas a ExuGuardião nessas encruzilhadas de ruas, onde passamtranseuntes de todos os matizes e estirpes espirituais,sejam carnados ou desencarnados. É por isso quemuitas Entidades chamam essas encruzilhadas de ruasde portas cruzadas. Sim, são verdadeiras "portas",tanto de entrada como de saída, para as mais baixasregiões do submundo astral e mesmo para as regiõesmais baixas e grosseiras do túnel de triagem, já emplena zona de transição com o baixo mundo astral.São também essas encruzilhadas de ruas, portas quese abrem ao que há de mais escuso em forças e Seres

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Espirituais que orbitam nos cemitérios. Esses SeresEspirituais que orbitam nas encruzilhadas de ruas sãoos chamados Kiumbas, que estão a mando deverdadeiros magos-negros que se encontram em suascavernas ou em seus reinos de feitiçaria e debruxaria, nas covas ou cavernas de zonas subcrostais,como veremos logo mais. Esses kiumbas, Espíritosvelhacos e trapalhões, verdadeiros marginais,arrebanham as almas penadas, aflitas e desesperadas,as quais vão engrossar a falange maldita do ódio e darevolta, são coordenadas por verdadeiros magosnegros,gênios das trevas, filhos da insubmissão e darevolta, os quais mantêm verdadeiros exércitos demarginais de todos os estigmas e que, vez por outra,atacam as humanas criaturas que com eles sesintonizam ou se afinizam, através dos mesmossentimentos, desejos e ações nefastas. É contra esseestado de coisas e fazendo oposição a esses Seres queatuam os EXUS DAS ALMAS, comandados pelosEXUS DE LEI. Os Exus de Lei estendem seucomando e vibratória a esses Exus, os quais sãodenominados cruzados. São pois chamados "dasalmas" em virtude de lidarem com as almas e suasemanações. Todos esses Exus são valorososGuardiães das Sombras para as Trevas, sendo347UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicamuitos deles chamados de AGENTES DO EXUCAVEIRA* que na verdade é um Exu de Lei quecomanda todos os Exus das Almas, sendo um de seusauxiliares avançados o Exu Tranca-Ruas das Almas,o qual é elo de ligação entre a Encruzilhada de Lei (osEntrecruzamentos Vibratórios dos Orishas) e o Campodo Pó (os Entrecruzamentos Vibratórios Humanos —das correntes de pensamentos pesados, que orbitaminvariavelmente no campo do pó ou cemitério). Epois completamente errôneo atribuir-se ao ExuCaveira certos trabalhos de magia negra feitos noscemitérios. O que ocorre é que seus subplanos, vezpor outra, são subornados. Sim, há suborno e deixam"passar em branco", ou até ajudam, determinadosmagos-negros desencarnados e mesmo encarnadosem seus trabalhos maléficos feitos com as energiaslivres e deletérias dos cemitérios, manipuladas eendereçadas por esses caudas de subgrupos (lº Ciclo),os quais, quando são pilhados, são enviados a certas"zonas do astral inferior", onde estacionam através deprofundos transes hipnóticos, através de efeitosmágicos promovidos pelos comandantes do exércitodo Exu Caveira, os quais lhes manipulam a tela

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mental visando equilibrar-lhes emoções esentimentos. Isso, às vezes, pode demorar séculos.Como vemos, nada fácil e nada de irresponsável temo trabalho ou função do Exu Caveira e sua corrente.Também aproveitamos a ocasião para afirmamos queo Exu Caveira raramente se apresenta à clarividênciae quando o faz não é na forma de esqueleto oucaveira. Seus enviados por baixo, os seus "criados",esses sim podem se apresentar como esbranquiçadose macilentos ou encapuzados, percebendo-senitidamente as 2 órbitas oculares vazias. Não obstanteserem Espíritos muito endividados, estão cumprindosua parte, e estão na senda da reabilitação, claro quetudo na dependência de suas vontades e desejos, quesão frenados e fiscalizados. Mas aí, como emqualquer locus, há o livre-arbítrio (nessas regiões, àsvezes, o livre-arbítrio é relativíssimo e quase nulo).Salve poiso trabalho desse GRANDE AGENTE DA MAGIADAS ENERGIAS LIVRES, pelo seu trabalhoincansável, há milênios, em favor da melhoria doplaneta, reajustando as almas insubmissas eignorantes e aparando arestas do submundo astral,onde, através dele e seus comandados, atua aMisericórdia Divina.Falando sobre os Exus e suas funções, nãopodemos deixar de citar que quem pratica as açõesmaléficas, como gênios do mal, não são os Exus deLei, mas sim os marginais do astral, os quais sãocombatidos e frenados pelos verdadeiros Exus.Assim, carecem de maiores fundamentos os Filhos deFé que os evocam para serem veículos de choquescontundentes ou correntes maléficas que pretendamatingir outro Ser Espiritual, visando seu malefício.Quem em verdade recebe os ebós como carnessangrentas, regadas a álcool ou outra qualquer bebidaexcitante, nas encruzilhadas de ruas e mesmo na"kalunga pequena" (cemitério), não são osverdadeiros Exus de Lei, e sim os Exus Pagãos e osKiumbas, ambos "linhas de frente" dos magosnegros,que de suas cavernas ou covas subcrostais oscomandam nas mais baixas correntes mágicas (magianegra) ou mesmo nas correntes de atritos eperseguições a quem eles querem deleteriamenteatingir, ou ainda aos Filhos de Fé que com eles seafinizem ou se sintonizem. São esses exus pagãos erabos de encruzas que, quando pilhados pelosverdadeiros exus de lei, são disciplinados emverdadeiro "cárcere astral" que os impede dereencarnar, pois eles estão sedentos das sensações

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humanas que ainda precisam esgotar. Em obediênciaà Lei Kármica, Exu não lhes vincula o "passereencarnatório", algo que os atormenta, levando-os àsvezes, a verdadeira alienação mental, com completadeterioração de sua constituição astral, podendoassim permanecerem, em estado de latência, váriosséculos. Como vínhamos falando, são esses marginaisdo astral e seus comandantes, os magos-negros, quese comprazem em fazer o mal e atender aos baixosdesejos ou paixões desenfreadas das humanas* Nota do médium — A pedido do Sr. 7 Espadas — Não obstante o Exu Caveira ser um guardião de Lei, com funções definidas, suasCorrentes de ação são pesadíssimas. Não é, pois, aconselhável evocá-lo, a não ser por intermédio de uma Entidade Superior (Caboclo,Preto-Velho) que sabe como fazê-lo, ou por um médium-magista de fato e de direito. Com isto apuramos que também não se deve evocaros Exus de sua faixa, principalmente de seus subplanos, tais como Exu Cruzeiro, Exu Kalunga, Exu 7 Catacumbas, Exu Tridente e outros,sem o devido conhecimento e a devida oportunidade.348CAPÍTULO XVIIcriaturas, não os Exus de Lei, que têm funçõeskármicas até no reencarne, em seus aspectos técnicosou de execução...Após essas ligeiras explicações que se faziamnecessárias, descreveremos agora como são as zonassubcrostais onde habitam os magos-negros, SeresEspirituais encarcerados no mal deliberado,juntamente com seus verdadeiros "escravos", paraque muitos Filhos de Fé possam melhor entender asfunções kármicas do Exu Guardião ou Exu de Lei,aprendendo então a distinguir o verdadeiro Exu deLei daqueles que querem se passar por eles, mas querealmente são Filhos das Trevas, com suas miopiasespirituais e outras distorções conscienciais. Assim,Filho de Fé, para seu aprendizado, desçamos àszonas subcrostais, onde almas insubmissas nas trevasexteriores e interiores situam-se após a morte física,podendo aí permanecer séculos, milênios!Respeitosamente, com agô do CORDEIRO DIVINO,penetremos desde o túnel da triagem até as zonasabismais, já na esfera subcrostal do planeta Terra.No plano astral, em sua zona de transição,encontra o Ser Espiritual que desencarna no planetaTerra, salvo raríssimas exceções, o túnel da triagem e,após período relativo de permanência nesse locusastral, tudo na dependência individual do SerEspiritual, é ele enviado ao seu plano afim. Comodissemos, todos são reconhecidos pela cor de seusauras, que como cartão de visita, identifica o Ser

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Espiritual desencarnado. Nessa zona ou túnel detriagem vibratória há "postos avançados" de todos osplanos ou zonas do astral superior, os quais albergampor tempo determinado seus habitantes, até que osmesmos estejam, após rastreamento vibratório e atémesmo processos de descorticação do corpo etérico,feitos por técnicos nesse mister, completamente livrese desimpregnados das últimas influências do corpofísico denso e etérico. Claro que os corpos mental eastral passam por rigorosa inspeção, sendo quemuitos saem desses postos avançados para zonas derecuperação, e farão uma estadia em verdadeiraEstação de Luz, idêntica em funções àquelas que,aqui por baixo, chamamos de "estação de águas",onde pessoas vão convalescer dos mais variadosmales. Mostramos o que acontece, após odesencarne, com o Ser Espiritual de consciêncialimpa e tranqüila, quena medida do possível não contraiu grandes débitosperante a Lei Kármica, o que não é comumobservarmos, pois como todos sabem, há SeresEspirituais que se encontram presos aos seus despojosfísicos em pleno túmulo, sentindo todos os processosda decomposição orgânica, ficando completamenteaterrorizados com seus próprios espectros. Assustamsecom seus próprios fantasmas!... Um dia eles selibertarão, e para se orientarem quanto ao caminho aseguir, chegarão ao túnel da triagem, de onde serãoenviados aos seus locus afins. Como os Filhos de Fédevem imaginar, o túnel de triagem é realmente umlocal muito movimentado. Milhares de SeresEspirituais, em período integral, são atendidos pelosresponsáveis e toda sua gama de prepostos. Fica claroque quem comanda essa zona são os Exus Guardiãesde altíssimo grau hierárquico. Há também, em plenotúnel de triagem, zonas ou "portas vibratórias" deacesso a várias regiões, tanto para o Astral Superiorcomo para o astral inferior e daí às cavernas dosubmundo astral, das zonas abismais e subabismais.Em todas essas portas vibratórias que dão acesso aosplanos afins há verdadeiros guardiães, com todo osuporte vibratório-magnético que até contunde efustiga corpos astrais embrutecidos, impedindo aentrada e a saída sem o "passe". Quando digo portavibratória, quero dizer uma região de acesso, que émantida toda magnetizada e guardada pelo GuardiãoSuperior (Exu de Lei), com toda sua falangefiscalizadora. Realmente, são fronteiras vibratórias,tal como aqui no plano físico denso, ninguém cruzasem seu passe ou passaporte.

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Após ligeiras noções sobre o túnel de triagemvibratória, atravessemos uma das "portas vibratórias"de acesso ao submundo astral. Desespero, dor,revolta e angústia nos aguardam! A medida queformos descendo e revelando os abismos e subabismos,novos e indescritíveis quadros nos deparam,onde surgem Seres encarcerados no mal e na revolta,cujos corpos astrais exibem aspectos horripilantes emuitas vezes nauseabundos aos menos acostumados aessas descidas. Muitos, com aspectos disformes, quesó de longe lembram-nos que foram humanos,degradaram-se pela permanência no mal, nãopossuindo às vezes nem Corpo Astral. É como setivessem tido uma "segunda morte". Perderam ocontrole da349UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicamente consciente e caminham em descida vertiginosapara os mais recuados abismos e subabismos, ondeestão ou vão cumprir penas impostas pela prática domal nas suas várias reencamações. Após esse alerta,respeitosamente, entremos no mundo das TREVAS edos infelizes, embora vivam em total desatino,achando-se senhores totipotentes e melhores quequalquer outro Ser do universo. Um dia elesdespertarão; aguardemos o sábio tempo, ele é ogrande mestre...Antes de iniciarmos a descida, passamos porguardiães dessas zonas e, com seus avais eassistência, começamos a descida.*A primeira camada, aparentemente compacta, épara nós, Seres desencarnados, como se fosse umapoeira, sendo-nos válida a assertiva dos nobrescientistas terrenos, quando dizem que a matéria évazia. Assim, reafirmamos que essa 1- zonasubcrostal, estendendo-se por quilômetros para baixoda superfície, se apresenta como matéria nãodensificada, claro que isso para o Ser astralizado, ouseja, que não tenha corpo físico denso. Essa zona éinsólita e insalubre, apresentando vez por outracavernas e tendo luz mortuária. E uma paisagemrealmente desoladora, própria daqueles que vivemalienados de si mesmos, não cogitando de melhorasinteriores, tal qual o meio exterior em que vivem. OsSeres Espirituais dessa zona são caracterizados pelainconsciência própria das almas endividadas eculpadas.A segunda região é montanhosa. São regiõesextremamente escuras. As montanhas e encostas sãocompletamente úmidas, viscosas, mais parecendo

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emanar uma secreção pútrida, própria de regiãotrevosa. Descendo as montanhas, vêem-severdadeiros paredões de quilômetros deprofundidade. Vez por outra o silêncio é quebradopor gemidos ou mesmo alguns risos sarcásticos,como os de alguém que houvesse enlouquecido.Nessa zona os Seres não têm olhos. E para queprecisariam de olhos, se nada enxergam? Muitosestão rastejando pelo chão, como vermes e, comotais, muitos se encontram com suasmentes completamente alienadas e despedaçadas. Apar desses Seres, há outros que mais lembrambatráquios e répteis. Sim, Filhos de Fé, há SeresEspirituais que desceram tanto, que deterioraram aforma do corpo astral, tornando sua morfologiaparecida com determinados seres do reino animal.Em outras palavras, estamos dizendo que eles se"animalizaram". Quanto mais instintivos foram, maisse aproximaram dos animais que lhes dizem respeito.Para não fugir à caridade e por comiseração, nãodiremos porque assim se encontram, restando saberque essas zonas de tristeza e de penas não são eternas;são meios de que se vale a Lei para, através do mal e seusefeitos, curar aqueles que o praticaram. Nessa zona,confundem-se vários Seres Espirituais com corpoastral totalmente adulterado, como verdadeirosanimais. Assim, há desde os vermes até monstruososantropóides, aves de rapina, peixes etc. As almascaídas sucumbiram, vítimas de si mesmas, noprocesso animal, nos diversos philos, até chegaremao unicelular, onde a mente fica obliterada, como sehouvesse uma total fragmentação e ficam hibernandoem estágios pré-humanos. E triste para este Cabocloapontar tal cenário do submundo, mas ele existe e énecessário que falemos sobre o mesmo, pois sabemosque, na dependência da corrente de pensamentos oumesmo de atos menos felizes, muitos Filhos de Féencarnados no planeta, não raras vezes, se sintonizamcom essa "zona condenada", onde há o choro e oranger de dentes. E por isso que, em se tratando demuitas doenças, a medicina terrena não consegueexplicar sua etiologia e menos ainda os processosterapêuticos. É dessas zonas condenadas que muitosFilhos de Fé, por sintonia, atraem, através de correntesugadora, essas estranhas moléstias.Vamos descer ainda mais, lembrando que a cada33 metros, aproximadamente, a temperatura aumenta(vide Capítulo V).** Entremos nas zonas abismais, nos abismos esub-abismos, com suas verdadeiras covas. É bom que

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não nos esqueçamos que em todas essas zonas há os* Nota do médium — Esta descrição do Caboclo Sr. 7 Espadas, vem nos confirmar que o fabuloso Dante Alighieri não estava de todoerrado, pelo contrário...** Nota do médium — Na portentosa obra Umbanda e o Poder da Mediunidade, de W. W. da Matta e Silva (Pai Matta), encontraremosuma descrição similar, o mesmo acontecendo no livro O Abismo. Como vimos, a verdade é uma só.350CAPÍTULO XVIIguardiães afins, todos é claro a mando dos exusguardiães. Frenam, encarceram e fiscalizam osubmundo astral, impedindo o assalto de Seres maissatanizados que se localizam em zonas mais internas.Nessa zona, temos almas há milênios encarceradasno mal, que desviadas se encontram das LeisDivinas. Aí encontraremos Seres que se"vegetalizaram" ou se "mineralizaram". Sãoverdadeiros homens-plantas e homens-pedras. Assimestão, pois se precipitaram em atos que os fazemviver de forma "vegetal", vivendo aprisionados noque poderia se chamar de inércia aparente. Sãocorações endurecidos que foram caindo, caindo atéatingir a inconsciência. Começaram a percorrer paratrás a escala da evolução. Irão até o mineral e descerãoum pouco mais. Nessa ocasião, poderão sofrer umaespécie de "explosão atômica" que desagregará opróprio Ser. Claro que desintegrará as células docorpo astral, sendo que a consciência, que constitui overdadeiro Ser Eterno, não se desagrega, mas volta aum estado de tão grande alheamento que é como seali não existisse um Ser dotado de possibilidadesespirituais perfectíveis. É certo que um dia retornará,através da viagem de volta, como quem, cansado dapermanência no quase nada, reiniciasse a conquistade si mesmo. Há no universo correntes de vida quearrastarão para cima ou para baixo, para dentro oupara fora, para o ser ou para o não ser! Assim, Filho deFé, evoluir é conquistar o conhecimento de si próprio,elevando-se aos patamares superiores daCONSCIÊNCIA!Desçamos mais, indo ao encontro do centro daTerra, onde há o comando do Reino do Mal, dosinsubmissos e revoltados. Embora o núcleo da Terraseja incandescente, do ponto de vista astral, nessaregião, há locus de enregelar, tão distantes seencontram esses locais da ação do Sol. Antes deprosseguirmos, queremos ressaltar que, quandodizemos Reino do Mal e dos insubmissos, não estamosquerendo dizer de um estado permanente. O Mal,

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como sabemos, é a ausência, no tempo-espaço, doBem. O mal é apenas resultado da inconsciência dascriaturas. Assim, as Falanges do Mal vivem e existemdando cumprimento à própria Lei Maior. Um dia, aforça da mesma Lei os arrastará de novo à superfíciepara sofrer por sua vez e viver.Esses são os EMISSÁRIOS DO DRAGÃO,símbolo das forças do mal, insubmissos aos poderesdo CORDEIRO DIVINO. Há sempre, no fundo daTerra, um ser-dragão que domina o reino dosdragões. Isso não é somente no planeta Terra; emtodos os mundos de vibração semelhante à da Terra,existem os Emissários ou Filhos do Dragão, ou seja,aqueles que não aceitam as Leis Divinas e só evoluemsob a força compulsória dessa mesma Lei. São Seresterríveis, perversas Entidades que governam essazona com intensa crueldade. Incapazes de cumprir asLeis Divinas, organizam-se para o mal. Escravizam efazem sofrer quem por lá habita. Essa região é overdadeiro império do dragão, com toda sua corte demalfeitores universais milenares. Mesmo assim, osEmissários da Luz podem, não todos, é claro, descera essas zonas ou império do dragão, apenas parafiscalizar ou para aprendizado. Nessa zona, nãointerferimos com as humanas criaturas, tanto as quese comprazem de sua situação quanto as revoltadas einfelizes que são as escravas dessa zona. O que há,vez por outra, é o "fogo purificador" que desce aessas zonas trevosas, visando libertar alguns"escravos" já conscientes de seus erros milenares eque já reconhecem que só o Bem é o caminho para aLIBERTAÇÃO. Essa descida é feita diretamentepelo Comandante da Coroa da Encruzilhada, comagô dos 7 Exus Cósmicos e com a devida autorizaçãodos Planos da Luz. Fora essas esporádicas descidas,não há entrechoques entre os povos do CORDEIRODIVINO e os do DRAGÃO. Há respeito, com vigíliamútua. E, Filho de Fé, Caboclo 7 Espadas estádescrevendo só o permissível, aquilo que não venhatrazer traumas a muitas almas que nem por sonho oupesadelo imaginam que esse mundo de trevas esofrimento se ajusta nas regiões subscrostaisprofundas, em suas covas, abismos e sub-abismos.Para que o Filho de Fé e leitor amigo não seesqueça, estamos descrevendo regiões a milhares dequilômetros da superfície terrena. Estamos em plenazona subcrostal profunda.Voltando a descrever a zona ou o Reino do Mal,não podemos deixar de citar que o comando dessazona está nas mãos dos revoltados e insubmissos, os

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quais comandam ou escravizam os que foramnegligentes e omissos. Há uma dependência entreeles351UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicacomo há entre o traficante e o viciado em drogas. Comisso, queremos afirmar que neste submundo astral hárealmente os Filhos do Mal, gênios das trevas, comohá também os incautos (almas penadas e vingativas),os quais são arrebanhados por esses Seres perversos,Senhores das Trevas, do submundo astral, das covas esubcovas do baixo astral. E dessas zonas quevibratoriamente partem projeções para a superfície daTerra, onde muitas Almas se afinizam ou são iguaisaos habitantes abismais, só que encarnados. E porisso que nem nos tempos negros da Atlântida viu-setanta bruxaria e feitiçaria como nos dias atuais. Naverdade, o que impera hoje não é nem o quepoderíamos qualificar de Kimbanda, e nem deKiumbanda; há mesmo o BRUXEDO, com assubpráticas de magia negra. Como dissemos, os queestão nas zonas abismais não "sobem" em virtude denão burlarem a vigilância dos Guardiães da ZonaPesada, mas suas vibrações ou emanaçõesmentofluídicas, segundo a Lei, não podem serdesagregadas e acabam por alcançar as camadas ouzonas que citamos, podendo interpenetrar até o túnelde triagem vibratória. Assim, essas zonas subcrostaisvivem em simbiose entre si e com as humanascriaturas que com elas se afinizem. Em verdade, étriste, mas na atual conjuntura do planeta, raras são ascriaturas encarnadas que, através de seus atos emesmo corrente de pensamentos, não se sintonizem ese afinizem com os Seres das zonas subcrostaisabismais. Como vêem, a tarefa não é fácil por partedo plano astral superior para frenar e mudar o atualestado de coisas. No Movimento Umbandista de fatoe de direito, suas Entidades Espirituais procuram detodas as formas escoimar do planeta essas correntesnegras e deletérias, através da orientação aos Filhosde Fé conscientes, para que gradativamente e numcrescente possam ser porta-vozes dessas entidades,fazendo com que se mude certo estado de coisas quesó têm prejudicado o evolutivo do próprio planeta.Por baixo, no plano dos Exus Guardiães, sabemos quea coisa é muitíssimo pior e mais grave. Não são rarosos Filhos de Fé que por "dá cá aquela palha" achamseno direito de evocar Exu, os mais baixos é claro,ou seja, os Exus Pagãos, para atacarem esta ou aquelapessoa, para vingarem-se disto ou daquilo. Enfim, é o

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orgulho sobrepondo-se ao bem e ao bom senso. Nãocondenamos a defesa contra as correntesde atrito e choque provenientes de cargas mandadasou de projeções vibratórias através dos baixossistemas de oferendas que visam agredir. Não, nãosomos contra e até ensinamos como defenderem-se,mas daí a atacar vai uma distância meridiana!Pior é quando nos deparamos com um médiummagistaou mesmo um mago atacando para aniquilarmesmo e, se não intervirmos, acabam desencarnandoos seus alvos. Esses, os magos ou médiuns-magistas,são exacerbados em seus brios e, como processomnemônico, lhes restabelecemos a consciência deépocas recuadas, em que usavam a magia comoagressão, conquista e poder. Importante é que, apósnossa atuação, esquecem-se com facilidade dedeterminados trabalhos, como também esquecem eperdoam, de verdade, seus detratores ou mesmoagressores. O mesmo não acontece quandodeparamos com verdadeiros magos-negrosencarnados que são pontes vivas de magos-negrosdesencarnados. Em geral, seus trabalhos nunca sãofeitos sozinhos, mas sim com a interferência direta dosubmundo astral que lhes obedece fielmente. Há umarelação de dependência vibratória entre os 2 planos,no caso do mago-negro de que estamos falando. Ele éalimentado e consegue seus intentos através de seuscomparsas do astral inferior. Por outro lado, osmesmos obtêm do mago-negro elementos de quenecessitam para satisfazerem seus instintos e desejos,não poucas vezes utilizam-no na satisfação de seusdesejos libidinosos (é como se o mediunizassem noato sexual, por exemplo) e outros tantos vícios. Comovêem, fica difícil quebrar esta recíproca corrente desugação. São parasitas uns dos outros, e secomprazem disso, pois aparentemente conseguemseus objetivos, tanto os encarnados como osdesencarnados. A fim de elucidarmos os verdadeirosFilhos de Fé que querem sempre mais aprender paramelhor servir seus semelhantes é que mostraremos,de forma exemplificada mas real, como atuam osmagos-negros desencarnados e encarnados, e comosão feitos seus trabalhos ou suas artes mágicasinferiores. Devemos destacar que há operadores demagia encarnados que trabalham com elementos dereação e projeção mágica grosseiros, mas que devidoaos seus auxiliares desencarnados de baixíssimaestirpe, às vezes conseguem seus objetivos. Essesauxiliares desencarnados, às vezes, "apelam" para aforça bruta, para a

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352CAPÍTULO XVIIviolência, e "batem" nos corpos astrais das criaturaspor eles visadas, na expectativa de matá-las, algo queé claro não conseguem, mas ferem os centros docorpo astral, trazendo como conseqüência ao corpofísico denso os tão famigerados distúrbios neurovegetativos,tais como sudorese, dores de estômago,sensação de desmaios, batedeira no peito (ligeirataquicardia), sensação de aperto, depressão, sensaçãodolorosa no corpo todo e dores na cabeça refratáriasaos mais potentes analgésicos. É claro que oindivíduo visado por algum motivo estava predispostoou tinha "abertura de entrada" para essas forçasagressivas. Outros operadores da baixa magia, jámais sutis, não utilizam e nem matam os bichos de 2ou 4 patas, o que muitos dizem ser o supra-sumo dabruxaria ou feitiçaria e que nunca falha! Usam deelementos próprios do indivíduo a ser atingido;sabem catalisar determinadas energias, atraindo-as edepois projetando-as sobre suas vítimas. Tambémutilizam-se de Seres astralizados que se encarregamde desmaterializar certas energias ou mesmo objetospara materializá-los próximo ao indivíduo visado oumesmo dentro de algum órgão seu, que sem dúvidaserá atingido, e se não cuidado a tempo poderárealmente fazê-lo desencarnar. Muitos perguntarão:Como pode alguém tirar a vida de um seu semelhanteatravés da ação mágica inferior contundente? Seria omesmo que perguntar, Filho de Fé, por que háciúmes e homicídios, que com uma arma inferiorcontundem e matam... Isso em nível individual, poisqual magia negra maior haveria que os tãofamigerados mísseis, bombas etc? Não são as mesmascoisas? Claro que sim! As magias são diferentes, masambas matam. Com isso, queremos frisar que a ditamacumba ou feitiço existe e, como tal, mostra oestado de atraso em que se encontra o planeta Terra esua humanidade. A mesma humanidade que promovea guerra fratricida...Mas retornemos a descrever o funcionamento dotrabalho feito dentro da magia negra. Dizíamos queos magos-negros usam de elementos pertencentes aoindivíduo visado, como também procuram saber detodas as atitudes do indivíduo que será enfeitiçado.Após conseguirem o objeto desejado, pertencente aoindivíduo, fazem determinados trabalhos deimantação, condensação e projeção das energiasdeletérias, as quais alcançarão a vítima através doobjeto pessoal, o qual, como elemento radiante, emite

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freqüências peculiares às do indivíduo, sendo poisrastro astroetérico para os projéteis mágicosinferiores conseguirem atingir seu alvo. Muitasvezes, seguindo o rastro astral, os auxiliaresdesencarnados rebaixam o campo vibratório próximoao indivíduo, fazendo-o ficar à mercê das cargas quelhe foram arremessadas, através de seu próprioobjeto. Citaremos, por simples exemplo, um trabalhofeito e desfeito por determinada corrente de Exu deLei. O trabalho foi feito com o "povo do cemitério" elá foi entregue. Constava de 2 bonecos amarrados eperfurados em certas regiões com alfinetes. A cor dafita era preta e vermelha. Junto com esses bonecos,foram enterrados, em uma catacumba no cemitério,um alguidar que recebia os bonecos, repletos depipoca no dendê com pimenta, e sobre eles, umatesoura aberta. Tinha também objetos das duaspessoas visadas. Expliquemos o trabalho:*O trabalho era para que 2 pessoas, um homem euma mulher, fossem prejudicados. Cada boneco osrepresentava. A fita vermelha e preta, amarrando-os,servia para que os mesmos sofressem em conjunto asagressões de que seriam vítimas. A fita preta serviapara fixar as correntes de pensamentos inferiores e avermelha para movimentar o trabalho. Os alfinetesforam enfiados em determinadas regiões que elesqueriam atingir. A pipoca com o dendê era o"estouro", as brigas que deveriam acontecer com os 2indivíduos. A pimenta era para que houvesse nosórgãos afetados maiores desarranjos, bem como apipoca com pimenta também serviria para atingi-losna pele, produzindo feridas e processos alérgicos comgrande prurido e coceira, desestruturando o campoemocional. Por fim, a tesoura era "corte", paraproduzir sangue ou cirurgia nos indivíduos. Comovimos, todo esse bozó (feitiço) foi entregue nocemitério, enterrado em uma catacumba. É claro que,além dos elementos citados, houve uma oferendafeita para certa classe de Exus Pagãos e seus kiumbase mesmo alguns rabos-de-falange corruptos, que sedeixaram* Que não se animem os incautos, não é simplesmente repetindo o que expusemos que se obterá malefício a quem quer que seja. É claro que deixamosde citar o essencial, portanto...353UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicasubornar. O trabalho surtiria efeito, pois além dotrabalho feito, a sua contraparente etérica já haviasido enviada pelos Espíritos inferiores que

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assessoram o mago-negro encarnado. Foi colocadono cemitério em virtude das energias livres e mesmode toda classe de bactérias e fungos patogênicos quelá existem serem direcionados aos indivíduos, atravésde seu rastro vibratório ou endereço astrofísico. Osindivíduos a serem atingidos, após 15 dias dotrabalho ter sido arriado (entregue) no cemitério,começaram a sentir fortes dores na região gástrica,sendo que os facultativos terrestres, semreconhecerem a etiologia, suspeitaram de apendicite.Já se preparavam para a apendicectomia quando umamigo do casal, que era médium-magista, ficousabendo que os dois, ao mesmo tempo, iam operar-se.Logo desconfiou de trabalho feito... Firmou sua gira eseu Exu Guardião, Exu 7..., enviado do Caboclo 7...,ordenou-lhe determinado trabalho, que quandoterminado fez as 2 pessoas de nosso caso sentirem-secomo se nada houvesse acontecido com elas, sendodispensadas do hospital sob o olhar perplexo dosnobres médicos terrenos. Quanto ao feiticeiro, comomuitos gostariam de saber "quem foi que fez", "quemmandou", se "vai ser devolvido", informamos: oastral superior e mesmo os Exus Guardiães não são,no seu modo de ver, agir e sentir, iguais às humanascriaturas encarnadas. O nosso interesse édesmanchar, sem dar nomes e muito menos devolver,o que aliás seria punitivo. Para trás com essesconceitos e atos de vingança! Não é da Lei que quemdeve, deve pagar? Não venhamos querer fazer justiçacom as próprias mãos! Há veículos próprios para issoe com toda certeza terão toda isenção de ânimo, casodiferente da maioria dos Filhos de Fé, que nem bemdesmancham um trabalho de magia negra através dasenergias e conhecimentos aplicados da magia branca,já querem devolver o trabalho usando, é claro, forçasda magia negra, o que é um contra-senso, não é?Mais uma vez afirmamos que não somos contra adefesa, tanto que a mesma foi feita no caso quecontamos. Só refutamos e repulsamos com toda aforça de nosso Sera vingança, a devolução do trabalho. Após citarmosas zonas do submundo astral e os trabalhos debruxaria, resta-nos explicar aos verdadeiros Filhos deFé como podem livrar seus terreiros e a si mesmosdessas correntes mágicas inferiores, bem comolivrarem-se do ataque infernal dos "filhos dosubmundo astral", através das correntes certas, doverdadeiro assentamento na tranqueira e de certasoferendas em certos sítios vibratórios onde os ExusGuardiães recebem as oferendas para fins diversos,

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claro que tudo dentro de uma linha justa.Antes de adentrarmos no âmbito das oferendasritualísticas para os Exus Guardiães, é bom querecordemos que as oferendas são reposições para aNatureza de algo que se tirou ou vai se tirar. É aprópria manutenção do equilíbrio mágico-vibratório,mantendo inclusive a própria vida física, poismovimenta as forças vitais. Assim, entendamosoferenda como visando algum benefício e nuncaachando que a oferenda é para os Exus dela secomprazerem ou degustarem as iguarias e bebidasque se lhes ofereçam. Essa última hipótese, que aliásjá refutamos, reflete, infelizmente, o conceito quemuitos Filhos de Fé têm sobre Exu. Para muitos, Exué o rei da barganha; basta pedir a ele isto ou aquilo epagar-lhe com oferendas, que o mesmo se compraz etudo se consegue! Isso até pode acontecer naKiumbanda, com os Kiumbas e Exus Pagãos, masnunca com o verdadeiro Exu Guardião, que mais umavez afirmamos ser o agente mágico cósmico executor dalei de causa e efeito, estando acima dos conceitos dobem e do mal, mas ligado ao conceito de Justiça. Nãoestamos com isso afirmando que Exu de Lei, dentroda linha justa, não possa ajudar os Filhos de Fé emseus pedidos, em suas necessidades ou dificuldades!Claro que ajuda, até através das oferendasritualísticas, mas tudo relacionado com a magiavibratória, e nunca com a necessidade que elestenham disto ou daquilo, isso jamais! Os própriosfilhos da nação africana, ou seja, dos ditosCandomblés, como dizem por lá, sabem que Exu éElebó,* isto é, veículo de comunicação mágica,transportando ou restituindo força ou princípio* Obs. Nós da Umbanda fazemos diferenciação entre Força Exu (Exu bara) e o Exu Entidade. Exu bara ou elegbara são as forças sutisque, como sabemos, a tudo presidem. Aí que está a diferença fundamental entre o Candomblé e a Umbanda. E mesmo Exu, EntidadeSobrenatural, segundo os Yorubas, e pouquíssimos são sabedores, tem qualidades. Exemplo:354CAPÍTULO XVII(axé). É também o Elebara, o Senhor das forças quese cruzam nos caminhos vibratórios (lonan), sendopois princípio básico e dinâmico de expansão(energias direcionadas) e crescimento (energiasrefeitas). É como falamos, segundo o conceitohermético de Umbanda, o Senhor dosEntrecruzamentos Vibratórios ou Caminhos(trajetórias) das Linhas de Força, sendo pois oAGENTE DA MAGIA UNIVERSAL.

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Dentro dessas forças cósmicas, como Senhores deseus movimentos, mais ligados à terra-a-terra, temosos Exus do fogo, da água, da terra e do ar. Isso, emmagia, num primeiro ângulo de interpretação, podesignificar: os Exus do fogo: — aqueles quemanipulam as energias radiantes; os Exus da água: —aqueles que manipulam os elementos fluentes; osExus da terra: — aqueles que manipulam oselementos em coesão ou condensados; os Exus do ar:— aqueles que movimentam os elementosexpansivos. Num segundo e terceiro ângulos deinterpretação, revelam os elementos e as funçõesinerentes a cada Exu, que, por ser profundamentehermético seu conhecimento emanipulação, deixaremos para aIniciação, a qual é dada no interiordos Templos Iniciáticos ou OrdensIniciáticas. Manipulam e ordenam,segundo as Leis Cósmicassuperiores, os Elementares, quetambém se agrupam, segundo seuestágio evolutivo, em Elementaresdo fogo, da água, da terra e do ar.São também os Exus Guardiães,como manipuladores das Linhas deForça, Senhores dos Elementais eFormas-pensamento, que eles usamAGBO (dinâmica de reprodução)YANGI (protoforma de Exu)INÁ (fogo)ODARA (oferendas)LONAN (caminhos)ALAKETU (multiplicação)ENUGBARIJO ("Boca Coletiva" — ADIVINHAÇÃO)OLOBÉ (diferenciação dos Seres)ELEBÕ (oferendas — dinâmica).para vários fins, segundo a necessidade, surgindoassim o Elemental inferior. E como os ExusGuardiães movimentam essas Linhas de Força ecomo controlam e frenam todos os Elementares ecertas Formas-Pensamento? Os mecanismos sãoatravés de sutilíssima e especializada movimentaçãoda magia astroetérica, a qual é toda fundamentada naorigem das ditas forças sutis da Natureza e de seusSenhores Vibratórios, os Orishas. Esses Senhores daLuz transmitem suas forças através de seus pontos deorigem, isto é, através dos pontos cardeais de ondeelas emergem ou por onde elas vêm. Assim é que donorte temos o Exu Pinga-Fogo (terra); do sul temos oExu Gira-Mundo (fogo); do oeste, Exu Tranca-Ruas

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(água); do leste, Exu Marabô (ar). No entrecruzamentodos 4 elementos temos a ação do Exu Tiriri. Na movi'mentação superior, temos, na linha de força mentalfeminina, o Exu Pomba-Gira e na linha de forçamental masculina, o Exu 7 Encruzilhadas. Tambémpodemos, para fins mágicos, equilibrá-los na rodacabalística da encruzilhada, que, segundo os pontoscardeais, assim se representa:355VIDE TABELA A SEGUIRUMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaNo centro vibratório "gira" e comanda os demaisExus o COMANDANTE-MOR DAENCRUZILHADA, que não tem nome pronunciável,muito menos esses nomes ditos esotéricos tirados daCabala Hebraica, que como vimos está adulterada ecompletamente oposta à verdadeira Cabala, de ondeproveio, isto é, do astral superior. Portanto, é errôneoqualificá-los, de forma inverossímil, com nomes daCabala Hebraica, mesmo porque Exu é um agentecósmico regulador e executor da justiça kármica.O Filho de Fé atento deve ter observado quequando demos a Roda Cabalística da Encruzilhada nãodemos o "nome de guerra" do Exu oposto ao Exu 7Encruzilhadas. Assim o fizemos em virtude desse Exuser responsável direto, em suas funções kármicas, pelamanutenção ou dissipação de várias energias,inclusive a vital, portanto...Vejamos agora os 4TRIÂNGULOS FLUÍDICOS,que são formas geométricasobedientes a certas injunçõesvibratórias e que movimentamcertas energias, essas mesmasque os Exus manipulam edirecionam aos seus diversosobjetivos, através de suasfunções. Esses triângulos sãovariações dos 4 TriângulosVibratórios dos Orishas. Os 4Triângulos são:Esses triângulos são sinais quemovimentam clichês relativos àimantação de forças de Orishascorrespondentes, através da magiaastro-etérica. Para fins práticos,relacionamos os 7 Orishas com os 4Elementos; isso é verdade, levando-sena devida conta os Senhores Primazes,Secundários, etc. Ao darmos os 7

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Triângulos Fluídicos dentro da altaMagia, em que os Exus Guardiãesdevidos obedecem e manipulam suasforças, daremos também as oferendasque Exu Guardião recebe, dentro dalinha justa de pedidos, descargas oumesmo preceitos de ligação. Para que oFilho de Fé não se embarace e não venha confundir oque explicaremos, daremos detalhadamente osprocessos de oferenda:1. O local dessas oferendas deverá ser sempre umamata, ou numa encruzilhada ou numa clareiradentro da própria mata, e nunca em encruzilhadas deruas ou cemitérios.2. O melhor horário deverá ser sempre o das 21 horasà zero hora. Depois de zero hora não éaconselhável abrir-se a encruzilhada sem saber omistério certo, para quem se deve abrir e como abrir,muito principalmente como fechar e para quem sedeve fechar.3. Sempre que possível, escolha as Luas propícias,tendo ciência de que tudo que necessita evoluir ecrescer deve ser feito na fase crescente (da Lua novaao final da crescente). Tudo que deve involuir eser dissipado (descarga) deve ser feito na fase3356NORTE EXU PINGA-FOGO serventia de YORIMÁ(PAI GUINÉ)SUL EXU GIRA-MUNDO serventia de XANGÔ(CABOCLO XANGÔ KAÔ)LESTE EXU MARABÔ serventia de OXOSSI (CABOCLOARRANCA-TOCO)OESTE EXU TRANCA-RUAS serventia de OGUM(CABOCLO OGUM DELÊ)NORDESTE EXU TIRIRI serventia de YORI(TUPANZINHO)SUDESTE EXU 7 ENCRUZILHADAS serventia de ORIXALÁ (CAB.URUBATÃO DA GUIA)SUDOESTE EXU POMBA-GIRA serventia de YEMANJÁ(CABOCLA YARA)NOROESTE EXU ... (?)CAPÍTULO XVIIminguante (do início da Lua cheia ao final da Luaminguante).4. As oferendas darão maiores resultados se foremfeitas nos dias correspondentes do próprio Orisha eseu elo de ligação e serventia, que é o ExuGuardião.5. * As oferendas ao Exu Guardião cujos pedidos

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sejam dissipações várias, descargas, bem como algoque precise de movimento rápido, deverão serfeitas sobre pano na cor cinza-claro. As oferendaspara fixar e mesmo para preceituar o Exu Guardiãoque se queira, dentro de uma "afirmação", deverãoser feitas sobre pano na cor cinza-escuro. A cor depemba do traçado, em ambos os casos, será overmelho, nunca usando-se o preto. Em ambos oscasos, o formato do pano deverá ser triangular(70 cm).6. As velas serão sempre comuns, sendo que parapedidos de ordem material, pedidos esses dentroda linha justa, o número de velas seja par; parapedidos de ordem espiritual, tais como descargasou cortes de negativos, o número de velas sejaímpar. As velas devem ser brancas ou vermelhas,tudo na dependência de cada caso, e quando se temdúvidas usa-se a vela branca.7. Os elementos materiais que têm equivalênciasmágicas positivas dentro das oferendas aos ExusGuardiães são:a) CONTINENTES — deverão ser de barro, sendoabertos (alguidar) ou fechados (panelinhas semtampas), na dependência dos pedidos ou trabalhosde ordem mágica.b) CONTEÚDOS — charutos — elemento ígneoaéreo:deverão ser colocados em leque, com o lumepara fora, dentro de um pequeno alguidar com 7cruzes (feitas de pemba) em seu exterior.— aguardente ou álcool ou éter — relativos aoselementos líquido-aéreos: devem ser colocados empequenos alguidares ou panelinhas, como já dissemos,segundo o caso e necessidade. No referenteaos elementos líquidos, usa-se o mais ou menosvolátil segundo as necessidades, lembrando que aoferenda e seus elementos são energiascondensadas ou um rebaixamento vibratório deenergias do plano imediatamente superior, que é oplano astral. Há uma mutação muito grande doselementos. Resultando daí a dinamização e aprópria movimentação de forças mágicas que secolocarão em ação. Como sabemos, a magia é umaconcentradora, capacitora e mesmo condensadora deenergias, que ao ser manipulada ou detonada liberavárias energias, alcançando o objetivo visado.Ainda falando dos líquidos, pode-se até colocarágua, tudo na dependência de ser o pedido fixaçãoe atração ou repulsão e dissipação. Não esquecerque, se for usado o éter sulfúrico, tem o mesmo emsua composição, que o difere do álcool, além de

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sua estrutura molecular, o elemento enxofre,deveras conhecido por suas várias propriedades,inclusive na medicina terrena, onde é usado paraamenizar certas moléstias da pele, além da funçãoanti-séptica. Na química oculta, é o mesmobipolar, sendo também receptor de cargas positivasou neutralizador. Outro elemento pouco usado,mas que agora explicaremos aos Filhos de Fé, sãoos minerais, em especial as pedras. Nas oferendasque se prestam para dissipação de correntes denegativos, um pequeno alguidar pode conter umapedra de qualquer tamanho (condizente com oalguidar, que deverá ser pequeno de preferência),na cor clara, pois é ela radiante, refletindo ascargas que terão de ser dissipadas. Ao sal tambémse empresta essa função. No caso da oferenda serpara um pedido de fixação, ou mesmo paraperseverar, ou até para segurar algo, dentro dalinha justa, é claro, devera ter uma pedra preta ouescura dentro de uma panelinha de barro. Poderátambém ser o carvão mineral. Após essasexplicações, o Filho de Fé consciente encon-* Nota do médium — o Sr. 7 Espadas, quando citou a cor cinza para os pontos de fixação ou "assentamento" da oferenda, deveu-se aofato de na cor cinza-claro haver predominância do branco em relação ao preto; portanto a cor cinza-claro torna-se reflexiva, expansivae dissipativa. Na cor cinza-escuro há predominância do preto em relação ao branco, portanto fixadora, coesiva e retrativa. O Sr. 7Espadas, dando a cor cinza, usou técnica avançada de cromatismo com as Correntes do Exu Guardião, onde o mesmo atua tanto emprocessos reflexivos como de absorção (linhas de forças). Pode-se, é claro, usar o pano na cor vermelha, e outras, nos seus diversosformatos, que atendem a várias finalidades, mas isso...357UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicatrará diretrizes seguras para fazer suas oferendascorretamente, dentro do que há de mais sério ejusto na magia dos Exus. Para terminarmos, faltounoscitar as ervas ou flores. As ervas deverão serusadas para as descargas e as flores somente parapedidos de ligação ou para preceituar a Vibratóriade Exu. As flores são elementos consideradosetéricos superiores. Como vimos, nas oferendas aosExus Guardiães entraram elementos sólidos,líquidos, gasosos e etéricos. Dentre esses, temos oselementos materiais, astrais e mentais. Há tambémos elementos minerais, vegetais e animais (apresença vibratória do homem em sua fisiologia, aqual é automática, instintiva). Todos esseselementos são transformados e interagem entre si

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e, dentro das transformações, segundo o poder dooperador ou mesmo do médium-magista, deverãoalcançar o objetivo visado. As velas acesas, comovimos em outro capítulo, são amplificadoresvibratórios e repetidores da idéia projetada sobre osdiversos elementos da oferenda (ligada aoelemento ígneo). Para terminarmos, só nos faltacitar aquilo que é o mais importante dentro daoferenda, ou seja, o pano que servirá de mesa paraos assentamentos e o sinal riscado, que em nossocaso será o triângulo fluídico ou escudo fluídico emligação com os 7 Exus Cabeças de Legião. Os 7triângulos fluídicos que se afinizam com os 7 ExusGuardiães são:Todos esses escudos fluídicos deverão ser usadosna pemba vermelha. Para encerrarmos esta parte,queremos frisar que na encruzilhada de mato não sedeve deixar nada que venha "sujar" o preceito oumesmo a própria mata. Que não se deixe no localgarrafas de vidro ou qualquer outro recipiente, oumesmo elementos não condizentes com a oferenda.Lembremos que nas oferendas para pedidos efixações, o indivíduo a ser beneficiado deverá voltarsepara os cardeais leste e oeste. Caso a oferenda sejapara pedidos de descarga ou dissipação, o indivíduo aser beneficiado deverá voltar-se de frente para ocardeal sul ou norte. Além dos escudos fluídicos,daremos a Lei de Pemba, apenas em suas flechas echaves simples, relativas aos 7 Exus Cabeças deLegião ou Exus de Lei. O ponto completo, em suaraiz, e mesmo os sinais negativos e dissipadores deExu, deixaremos para o interior da Iniciação, nãosendo aconselhável abrir-se certas chaves quepoderiam ser usadas para prejudicar, portanto...Assim, antes de darmos as 7 flechas com as 7chaves, daremos um assentamento para Exu Guardiãoque deverá ficar nas tronqueiras, formando358— para o EXU GIRA-MUNDO esua falange.— para o EXU PINGA-FOGO esua falange.— para o EXU TIRIRI e suafalange.— para o EXU POMBA-GIRA esua falange.- para o EXU 7ENCRUZILHADA S e suafalange.- para o EXU TRANCARUAS

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e sua falange.- para o EXU MARABÔ esua falange.CAPÍTULO XVIIverdadeiros escudos vibratórios defensivos contra ascargas oriundas das humanas criaturas ou mesmo dosSeres astralizados inferiores, impedindo o ataquedesses Seres astralizados ao próprio terreiro. É umaverdadeira ferradura magnética repulsiva de cargasinferiores, sejam de ordem astral ou mental.Esse assentamento consta de uma madeira(pinho) com o ponto riscado do Exu Guardião oumesmo com o triângulo fluídico de um dos 7 Cabeçasde Legião que seja afim ao médium-chefe, tendo-se ocuidado de direcioná-lo no eixo norte-sul,* sendo aentrada pelo norte e a saída pelo sul. Sobre o mesmovão duas pedras: um cristal leitoso do lado direito eum ônix ou ágata preta do lado esquerdo. No centrodo ponto riscado ou triângulo fluídico, crava-se umponteiro (punhal) de formato específico. Caso não setenha, qualquer um serve, depois de imantadoadequadamente. A função do ponteiro é a depenetrar, aprofundar-se na matéria física e em seusequivalentes no plano etérico e astral. O ponteiro visaportanto alterar continuamente a matéria, alterandolhea contraparte etérica e astral, propiciando umcampo eletromagnético ou mesmo certos fenômenoseletrostáticos que poderão até desestruturar edesagregar certas larvas, não nos esquecendo dapropriedade da eletricidade que diz que "as cargaselétricas fogem pelas pontas", havendo com o uso doponteiro desestruturação eletromagnética de larvas,formas-pensamento etc. Deve-se deixar uma vela de7 dias acesa, juntamente com 1 copo de barro em quese misturam álcool, água e éter. Deve-se tambémdeixar o charuto e a erva propícia ao Exu para o qualfoi feito o dito assentamento. Em geral, as ervas aserem usadas são guiné, arruda, comigo-ninguémpode,espada-de-ogum, aroeira, folha de bananeira, etc.Isso feito na hora planetária favorável e na Lua novaou mesmo na crescente, constituirá um poderosoescudo defensivo do terreiro, bem como umorganizador e emissor das correntes positivasdirigidas ao terreiro, além de desestruturar e dissiparcargas ou correntes negativas, mesmo as provenientesda baixa magia. Ao falarmos de correntes, magia eExu, não poderíamos deixar de citar a queima depólvora, que muitos usam sem conhecer ao mínimoseus reais everdadeiros fundamentos, bem como seus benefícios

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e seus malefícios quando usados por quemdesconhece suas ações e reações. Vejamos, pois,dentro da alta magia, o RITUAL DO FOGO. Consistena queima ritualística de um elemento líquido, que setransforma em éter ígneo (aconselhamos o étersulfúrico ou mesmo álcool etílico), juntamente comum elemento sólido (a pólvora envolta num papelgrosso), que em contato com o fogo se transforma emelemento gasoso. Percebe-se que os 4 elementos sãocolocados em jogo ou em ação mágica. Quando há oelemento explosão, há um deslocamento de ar, o qual,por equivalência, desloca camadas etérico-físicas.Essas, ao serem deslocadas, desestruturam acomposição de certas larvas deletérias ou cargasnegativas, que são dissipadas. Nesta forma de utilizarseo ritual do fogo há ciência, magia, desimpregnandoe purificando o campo astral do ambiente e daspessoas que porventura estejam debaixo de cargaspesadíssimas ou mesmo prestes a contraíremdeterminadas moléstias pela queda imunológicaprovocada pelas cargas negativas oriundas dosubmundo astral ou das projeções das humanascriaturas de baixa estirpe espiritual. Este é o aspectocerto de se usar o elemento fogo, com o sinal riscadocorrespondente, a oração, as palavras cabalísticas etc.Agora, quanto a esse negócio de "dar fogo" porqualquer motivo, está o indivíduo se arriscando atremendos entrechoques de ordem astral,principalmente devido aos impactos oriundos dasdemandas que se abrem com os emissários dosubmundo, que ao contrário, tornam-se mais iradospor terem seus corpos astrais fustigados pelodeslocamento vibratório. Portanto, só deve "dar fogo"quem está ordenado para tal e tenha suficienteexperiência nas lides da magia etérico-física. Noepílogo deste capítulo, queremos também dar umapequena palavra sobre as GUIAS DE EXU o seusESCUDOS DEFENSIVOS. As guias de Exu devemser de correntes de ferro ou aço, podendo conter 2 ou3 contas de vidro vermelho (o vidro é isolante,servindo para essa função, e o vermelho é uma cor decorte de negativos) , tendo em sua ponta a chave doExu Guardião. Sabemos que, no momento doMovimento* Obs. — Eixo magnético em que as Forças "nascem" no norte e "morrem" no sul.359UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaUmbandista, poucos ou raríssimos médiuns têm asverdadeiras guias dos Exus Guardiães, que são

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utilíssimas nas defesas vibratórias para o médiumatuante e que, vez por outra, contraria muitas açõesde Seres do submundo astral, os quais sempre quepodem tentam de todas as formas se vingar, nãodescansando enquanto não conseguem seus intentos.Essa guia ou talismã da encruza quebra as correntesde ira, perseguição e ódio, dando resistência aomédium que querem atingir. O modelo que se segueexplica o formato da guia.Como dissemos, demos uma chave geral, pois cadaExu tem a sua particular, algo que até o identifica equalifica sua função e grau. A imantação deve serfeita na tronqueira, deixando no lº dia de Luacrescente sobre uma pedra branca, e no 2º e 3º diassobre uma pedra de ônix. Após isso, perfume-a com osumo de arruda + alfazema. Assim, está a mesmapronta para ser usada, dentro do que há de mais justoe positivo sobre os talismãs defensivos do ExuGuardião. Essa guia, com a chave geral, serve paraqualquer Exu. O sinal relativo aos Exus está firmadodentro da alta magia; são sinais cabalísticos e não osfamigerados tridentes, que em verdade são elementosagressivos, tendo aceite e ligação apenas dentro daKiumbanda e seus subplanos.Agora, Filho de Fé, preste atenção, pois daremosa grafia astral ou Lei de Pemba dos 7 Exus Guardiães,em seus aspectos simples, mas deveras utilíssimos,servindo para evocá-los para fins positivos. Fazer ocontrário é atrair sobre si a justa cobrança que vempelas correntes do submundo astral, ficando o Filhode Fé debaixo de tremendo impacto astral... Assim,os 7 sinais compostos de flecha e chave, que sereferem aos 7 Exus de Lei, são:* a) EXU 7 ENCRUZILHADAS; b) EXUTRANCA-RUAS; c) EXU MARABÔ; d) EXUGIRA-MUNDO; e) EXU PINGA-FOGO; f) EXUTIRIRI; g) EXU POMBA-GIRA.Como podem perceber, as flechas são direcionadasde cima para baixo, mostrando a atividade do ExuGuardião no terra-a-terra, mas mostrando que suafunção vem coordenada por cima, isto é, com ordensdos Orishas e seus prepostos, os guias, os protetoresetc. Ao encerrarmos o capítulo referente a Exu, nosencontramos muito próximos do término deste livro.Antes porém de nossas palavras finais, vamos aoúltimo capítulo e, como verá o Filho de Fé, mesmo olivro terminado ainda permaneceremos juntos nosséculos que ainda necessitamos para fazermosressurgir o Aumbandan, que trará a tão desejada paz,harmonia e fraternidade à GRANDE FAMÍLIA

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TERRENA.Avante, Filho de Fé, estamos terminando paracomeçar, graças ao Pai Supremo. E vamos às 7 Fasesda Umbanda...* Nota do médium — O Sr. 7 Espadas ao "revelar" as flechas e chaves dos Exus Guardiães, fê-lo sem demonstrar certas minúcias daschaves negativas (de polaridade) necessárias dentro da magia dos sinais riscados, mormente nas tão propaladas descargas oudesimpregnações vibratórias. Somos sabedores de que há 7 chaves negativas e desagregadoras, que em desdobramentos sucessivos geramas 57 Chaves ou "sinais negativos". Esses, por motivos justos, aqui não foram apresentados, guardando-se os mesmos para o recônditoesotérico do templo, onde os verdadeiros Iniciados encontrarão suas raízes em minúcias, claro, segundo seus graus de merecimento.360Movimento Umbandista e suas 7 Fases — EvoluçãoPlanetária — Funções das Fases — Missão do MovimentoUmbandista — Considerações Finais361

ilho de Fé e leitor amigo, após abordarmos de forma até minuciosa certos ângulos-chave sobre aUmbanda e o Movimento Umbandista, chegamos ao último capítulo desta despretensiosa e singela obra.Esperamos que tenha ficado claro a todos a distinção que fizemos entre a verdadeira UMBANDA ouAUMBANDAN e o Movimento Umbandista.Expusemos reiteradas vezes, a fim de ser bem assimilado, que o Movimento Umbandista pretenderestaurar a verdadeira Umbanda.Este Movimento Umbandista, que teve sua fase embrionária vários anos antes do "teórico descobrimento doBrasil" desde a fundação da Escola de Sagres, a qual obedecia a nobres planos dos emissários de Oxalá, para oressurgimento do Aumbandan em terras brasileiras, tem sua infância iniciada apenas no século XIX, em plenoano de 1889, aqui em terras brasileiras. Este Movimento Umbandista também chamado imperfeitamente deUmbanda, foi lançado no seio da grande massa humana obedecendo a sábios e transcendentais programasevolutivos traçados pelo Governo Oculto do Planeta Terra.Este Movimento Umbandista em suas fases iniciais tem por objetivo expresso lançar no seio da grandemassa humana os verdadeiros fundamentos da Lei Divina e sua real aplicação, elevando o tônus moral-kármicoda Comunidade Planetária.Este Movimento, como dissemos, nasceu para organizar, estruturar e separar o joio do trigo, aquilo que agrande massa de crentes vinha e vem praticando como cultos afro-brasileiros.

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Este dito culto afro-brasileiro alberga crenças, há milênios degeneradas, oriundas de Seres das RaçasVermelha, Negra, Amarela e Branca que miscigenaram-se, sincretizaram-se, norteando o sentimento místicoreligiosode uma coletividade que já alcança mais de meia centena de milhões de adeptos. Claro está que,além deste fator primordial por nós apontado, há os objetivos maiores que, no decorrer do tempo, serãoalcançados. Vimos também como a Raça Vermelha, a primeira a habitar o planeta Terra, tinha conseguidoalcançar o apogeu e dentro desta o surgimento da Umbanda ou Aumbandan. Há quase 1 milhão de anos, noseio da portentosa Raça Vermelha, surgia ou era revelada ao ser terreno o AUMBANDAN — a PROTOSÍNTESECÓSMICA. Essa Proto-Síntese Cósmica em sua face externa possuía a chave do conhecimento unoou integral na então chamada Proto-Síntese Relígio-Científica. Assim, o Movimento Umbandista atual,pretendendo restaurar a verdadeira Umbanda, reunirá o Conhecimento Humano em um único bloco. OConhecimento Humano atual baseia-se em 4 pilares, os quais encontram-se dissociados entre si. Estes 4pilares, como vimos, são: a Religião, a Filosofia, a Ciência e as Artes. A união inteligente desteConhecimento em um único bloco é chamada Proto-Síntese Relígio-Científica. A dissociação ou a cisão daProto-Síntese Relígio-Científica é responsável pelo atual atraso moral e evolutivo da coletividade terráquea.E, pois, de transcendental importância reunirmos o Conhecimento Humano em um único e integral sistema, oqual tornará toda a humanidade solidária e fraterna. O Movimento Umbandista, como vemos, terá trabalhoárduo e hercúleo a realizar e as Hierarquias Constituídas, em obediência ao Governo Oculto do Planeta Terra,já enviou seus emissários, que iniciaram seu trabalho de interpenetração no seio da grande massa, em que háuma infinidade de graus de entendimentos e graus conscienciais. Esse trabalho363FUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicadeverá ser feito de forma lenta e serena, em quevários Emissários da Luz se predispõem a descer paraentregar seus corações e conhecimentos a váriosFilhos de Fé, na expectativa de que eles tenham umanova visão do planeta e muito principalmente de simesmos. Este movimento será feito em 7 fasessucessivas e entrelaçadas, que sucederão uma à outra.Em última análise, essas 7 fases restaurarão a Proto-Síntese Cósmica.Para não perdermos o fio da meada, relembremos

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que a fragmentação do conhecimento humano uno teveo seu apogeu em plena Raça Atlante, pelos motivos jádemonstrados em outros capítulos. Daquela época aténossos dias, as fragmentações sucederam-se umas àsoutras, fazendo com que o conhecimento uno ou atradição do saber fosse completamente esquecidapela grande massa humana. Apesar dessafragmentação vir se arrastando por centenas demilhares de anos por determinação do GovernoOculto do planeta Terra, em vários povos encarnaramGrandes Missionários, os quais visavam restabelecer aSíntese perdida, pois, se assim não fosse, a situaçãokármica estaria muito mais deteriorada. Vários povosem todos os continentes, através de GrandesMissionários e alguns raros Iniciados, guardaram aseu modo as grandes verdades e a tradição do saber.Guardaram-nas no interior de raros Templos ouEscolas Iniciáticas, as quais não eram e nem podiamser acessíveis à grande massa humana. Como simplesexemplo podemos citar os povos egípcios, hindus,chineses, tibetanos, americanos, mongóis etc, quepossuíam suas Ordens Iniciáticas, as quais velavam agrande TRADIÇÃO DO SABER e que, vez poroutra, eram vilipendiadas e destruídas de todas asformas possíveis e imagináveis, sendo até hojevítimas das mais sórdidas e descabidas atitudeshumanas, que visam destruí-las. Uma das últimasinvestidas contra a tradição do saber foi há mais oumenos 6 mil anos, na Ásia, em terra hindu, onde opríncipe Irshu, através de um grande cisma, destruiu,quase que por completo, as Sínteses que restavam.Essas Sínteses, que iriam se fundir num únicoConhecimento, eram veladas pela Ordem Dórica, quesucumbiu diante da Ordem Yônica, a qual pregou adissolução e fragmentação de todo o conhecimentouno. A partir desta grande CISÃO, perseveram aténossos dias em todo o planeta a desigualdade, asinjustiças sociais, o egoísmo e a agressividade, enfimum séquito de discriminações do homem ao própriohomem. Como dissemos, esse Cisma de Irshuculminou com uma série sem fim de cisões, quedesde o final da 3a Raça-Raiz, a Lemuriana, tinhamtido início. Assim a humanidade vinha se arrastandoe em grande parte ainda vem, quando a Misericórdiado SENHOR JESUS, através de toda a suaHierarquia, resolveu lançar no seio da grande massahumana, aqui em terras brasileiras, umMOVIMENTO que, através de um culto chamativo,simples, objetivo e direto, atendesse à carênciaespirítica em que se arrastava e se arrasta a grande

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maioria dos Seres humanos. Atenderia aos simples,aos humildes, aos injustiçados, aos pobres, aos ricos,enfim a todos, independentemente de cor ou raça.Derrubaria os velhos tabus das religiões dominantes,com seus cultos exteriores que são improdutivos einócuos e que com seus dogmas milenares vinham evêm impedindo o progresso da humanidade terrena.Assim esse Movimento foi lançado, a priori, noBrasil, pois aqui temos um miniplaneta, onde todas asraças têm seus representantes, para gradativamente,através de várias formas, alcançar todo o planeta. Pormotivos já vistos em outros capítulos, a HierarquiaPlanetária resolveu incrementar a reimplantação daSíntese Perdida, que sempre foi chamada Umbandaou Aumbandan, em astral e solo brasileiro.Os integrantes da Cúpula do Governo Oculto doplaneta Terra, ao lançarem o Movimento Umbandistano Brasil, como dissemos, tinham um programa quedeveria ser desenvolvido a longo prazo, mas que noseu final faria ressurgir o Aumbandan — A Proto-Síntese Cósmica. Este programa foi dividido,obedecendo sábio planejamento do astral superior,em 7 fases sucessivas e entrelaçadas. O MovimentoUmbandista iniciou-se através de um dos quatropilares do Conhecimento humano. Não poderia tersido outro que não fosse o da Religião. Deve ficarbem patenteado que o Movimento Umbandistasurgido no Brasil visa restabelecer a Proto-SínteseCósmica, restaurando antes a Proto-Síntese Relígio-Científica, iniciando-se esta pelo aspecto religioso que,como sabemos, encontra-se completamentedeturpado em todo o planeta. Essa primeira tarefa, ouseja,364CAPÍTULO XVIIIde reorganizar a unidade religiosa, viria, como veio,através de mil amalgamações, mitos, crendices esuperstições várias que culminariam com osurgimento do sincretismo. O sincretismo religioso pordentro do Movimento Umbandista, além de seusaspectos anímico-psicológicos, visando adaptar eabarcar todos os níveis e graus conscienciais, temuma função oculta muito mais ampla e abrangente. Oseu objetivo final é sincretizar a Religião com aFilosofia, com a Ciência e com as Artes, e assimsucessivamente. Visa, num lº estágio, a Proto-SínteseRelígio-Científica e num 2º estágio, alcançar a Proto-Síntese Cósmica.Com o exposto, de forma simplificada, deve oFilho de Fé e leitor amigo ter entendido as intenções

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do Governo Oculto do planeta Terra ao lançar noBrasil o Movimento Umbandista e o porquê domesmo na atualidade se revestir das característicaspróprias que atendam à dita coletividade dos cultosafro-brasileiros. Objetivamente citaremos as 7 fasesque passará o Movimento Umbandista e em paraleloou analogicamente a mentalidade humana.O período das 7 Fases do Movimento Umbandistafará ressurgir das brumas do passado e doesquecimento a verdadeira SÍNTESE DASSÍNTESES, a Proto-Síntese Cósmica. Para melhorentendimento das 7 fases do Movimento Umbandista,o Governo Oculto entregou cada fase a um Orisha,pois cada Orisha Ancestral ou Linha Vibratória temuma função kármica definida sobre a coletividade,hoje Umbandista, amanhã Universal. Dentro de umafase, que estará sob o beneplácito de determinadoOrisha Ancestral, os demais Orishas Ancestraistambém estarão presentes e atuantes, mas de umaforma auxiliar.Nunca devemos esquecer que o trabalho dos 7Orishas Ancestrais é entrelaçado, dentro, é claro, dasintermediações vibratórias e kármicas. Essas 7 fasesdentro do Movimento Umbandista serão otermômetro, o parâmetro para medirmos a evoluçãoplanetária. Fica claro, pois, que o MovimentoUmbandista não visa somente o Brasil, iniciou-se porele mas abarcará todo o planeta. Assim, fará ressurgirum só POVO, uma só LÍNGUA, uma só PÁTRIA eum só PASTOR. Iremos ao encontro da FraternidadeUniversal no congraçamento harmonioso de todos osHOMENS. Nesses dias abençoados deixará o homemo nacionalismo exclusivista e erguerá para todoo sempre a bandeira branca da PAZ, a bandeiraplanetária no solo uno e Único chamado planetaTerra. Haverá chegado a todos, nesse tempo, umaERA DE PAZ, TRABALHO e COOPERAÇÃO,onde todos se ajudarão. Todos se erguerãoentendendo que magnânima é a misericórdia doSenhor Jesus (Isho). É do surgimento desses áureostempos, em que reinará a FRATERNIDADEUNIVERSAL, que se ocupa o MovimentoUmbandista em sua face oculta ou esotérica. Não seesquecendo que para isso acontecer há necessidade depreparar-se a mente e o coração de todos, algo que jávem sendo feito, tanto por cima, no astral superior,como por baixo, aqui no plano físico denso. Vendocomo se entrosarão as 7 fases do MovimentoUmbandista, por dentro dos ditos terreiros, que serãoos alicerces para uma nova mentalidade humana que

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surgirá, entenderemos melhor o caminho que acomunidade planetária haverá de trilhar.As 7 fases do Movimento Umbandista, por dentrodos terreiros, serão o indutor kármico e moral para astransformações que ocorrerão no planeta. Essas 7fases reorganizarão a mente dos adeptosumbandistas, reorganizando a mente planetária.Grandes mudanças nos aguardam. Vejamos poiscomo atuará cada fase, e entenderemos melhor todosos processos sábios e magnânimos de que se utilizamos Senhores da Banda, os ditos Orishas — Senhoresda Luz.As 7 fases serão consecutivas e entrelaçadas:A 1a FASE — a atual — é a de OGUM; a 2aFASE é a de OXOSSI; a 3a FASE é a de XANGÔ; a4a FASE é a de YORIMÁ; a 5a FASE é a de YORI; a6a FASE é a de YEMANJÁ e a 7a FASE é a deORIXALÁ.1ª FASE — A FASE DE OGUMOGUMO SENHOR DO FOGO DAGLÓRIA OU DA SALVAÇÃOCom Ogum, em pleno século XIX, inicia-se noBrasil o Movimento Umbandista. Inicia-se natransição do Brasil Império para o Brasil República.Muitas Entidades do astral superior, GUARDIÃESDOS365UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaMISTÉRIOS DA TRADIÇÃO OCULTA,representada pela Cruz, obedecendo nobres desígniossuperiores, lançam por todas as partes do territóriobrasileiro, por dentro dos ditos cultos afro-brasileiros,o possante vocábulo UMBANDA, que servirá debandeira redentora e abarcadora de milhões deconsciências. À frente do Movimento Umbandista,como poderoso ponta-de-lança, como frenteredentora, temos o Orisha Ogum. Lembremos queOgum foi o Orisha encarregado de arrebanhar edirecionar os primeiros habitantes do planeta,conduzindo-os aos ajustes necessários à novarealidade que surgira como Luz abençoada eredentora. Assim é que, obedecendo a diretrizes daConfraria do Senhor Jesus, Ogum torna-se o condutore arrebanhador do Movimento Umbandista, pordentro dos cultos afro-basileiros. Este GUERREIROCÓSMICO, em favor da Luz, tem como missãoabarcar o maior número de pessoas no menor espaçode tempo possível. O objetivo primeiro é incrementar aevolução espiritual das humanas criaturas que estejam

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ligadas aos cultos afro-brasileiros. Afastá-las dasgarras nefandas do baixo mundo astral. Iniciá-las nasenda da Luz, livrando-as dos rituais improdutivos emaléficos, que as sintonizam com os magos-negrosde todos os tempos, propagadores da magia negra,que desde a Atlântida tem sido responsável peloatravancamento da coletividade planetária terrena. É,pois, por dentro destes rituais miscigenados, confusose deletérios, que abnegados Emissários de Ogumlançam o Movimento Umbandista. Preconizam umculto simples, objetivo e direto que atenda ao maiornúmero de consciências, livrando-as de sistemasmísticos atávicos, deturpados e intoxicados de ódioracial. Nascendo o Movimento Umbandista, inicia-sea grande tarefa de transformação da mentalidadehumana, obediente à nova era que surgirá com o 3ºmilênio. Essa nova mentalidade do Ser Espiritualencarnado devia iniciar-se pelo Brasil — Terra daLuz — e por dentro dos maiores conflitos kármicos,místico-raciais e que congregasse todas as raças, ouseja, os negros, os brancos, os amarelos e osremanescentes da Raça Vermelha. E assim foi feito.Há quase um século (1889-1988) por dentro dos ditoscultos de nação africana, aproveitando-se também domisticismo da dita pajelança de nossos índios atuais,começaram a baixar, nos ditos terreiros, osEmissários de Ogum, trazendo como bandeira de seuMovimento o possante vocábulo UMBANDA — APROTO-SÍNTESE CÓSMICA. A Lei Divina estariaressurgindo, gradativamente, no seio da massa emconflito kármico e por dentro da Terra da Luz — oBrasil. Nesse instante de nossa apagada descrição donascimento do Movimento Umbandista, não podemosolvidar o trabalho ímpar de vários pioneirosespirituais e dentre Eles o abnegado e portentoso, porsua luz, Caboclo Urubatão da Guia (Arashamanan),da Vibratória de Orixalá, o qual, como sabemos, é o"Condutor da Confraria dos Espíritos Ancestrais".Dirigidas por este MAGO DA LUZ, 9 Entidades damais alta Escola da Espiritualidade Superior traçamos planos para o Caboclo Curuguçu preparar oadvento do Caboclo 7 Encruzilhadas. Tanto oCaboclo Curuguçu, como seu superior na Hierarquia,o Caboclo 7 Encruzilhadas, são da Vibratória deOgum, de Ogum de Lei. Que fique bem claro aosFilhos de Fé e simpatizantes do MovimentoUmbandista, que o Movimento não se iniciou com adescida do Caboclo 7 Encruzilhadas em 1908 e simem fins de 1888 e início de 1889. O Caboclo 7Encruzilhadas foi o encarregado, por ditames

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superiores, de ser o porta-voz oficial do astralsuperior a ditar as primeiras normas do MovimentoUmbandista em 15 de novembro de 1908, no Rio deJaneiro. É importante que o Filho de Fé e opesquisador honesto vão entendendo o porquê de tersido no dia 15 de novembro e no Rio de Janeiro. Sim,devido à história do Brasil...*Quando dissemos que o Caboclo 7 Encruzilhadasditou as primeiras normas do MovimentoUmbandista, queremos afirmar que esse portentoso* Nota do médium — Com a liberação da Escravatura Negra em 1888, o Plano Astral Superior, através de seus mentores, resolveu "alforriar" muitasalmas, fazendo ressurgir o vocábulo Umbanda. Em 1889, aproveitando-se da mudança do regime político, os mentores do Plano Astral Superiormodificaram também certos cultos, direcionando muitas consciências para o ressurgimento da Umbanda (1903). Notemos que neste 1989 fazemos cemanos de Proclamação da República, tendo o Brasil passado por um ciclo e se preparando para entrar em outro (em 1989 tivemos as eleiçõespresidenciais). Aproveitando-se das analogias de datas, relembramos que há 33 anos (interessantíssimo...) o Sr. W.W. da Matta e Silva lançava afamosíssima obra Umbanda de Todos Nós, e agora... (Umbanda de Todos Nós foi lançada em 1a edição em final de agosto e setembro de 1956 pelaEditora Esperanto.)366CAPÍTULO XVIIICaboclo definiu e fez distinção importante entre oritual desse Movimento e o que havia até então, sejano dito espiritismo de Kardec (Kardecismo), noscultos de nação africana ou nas Macumbas cariocas ede outras plagas brasileiras. Definiu dizendo que: "AUmbanda seria um Movimento onde se pregaria aigualdade e a caridade em todas as suas formas deexpressão. Seria através de um ritual simples ondeseus médiuns trajariam apenas vestimentas brancas,sem o som dos atabaques e palmas e onde nãohaveria matança de animais, nem para o desmanchoou quebra das demandas e muito menos para finsvotivos." Para a época, era o suficiente. Aliás, muitosque se dizem adeptos do culto organizado peloCaboclo 7 Encruzilhadas e seu valiosíssimo ehonestíssimo aparelho mediúnico, o filho ZélioFernandino de Moraes, assim não seguem de hámuito, infelizmente. Esperemos, o temporeorganizará tudo, mas até lá esclareçamos etrabalhemos. Para encerrarmos a descrição da fase deOgum, que continua até hoje e continuará até oressurgimento da verdadeira Umbanda, assim comoas demais 6 Vibrações Originais, resumamos estafase que, mais uma vez citamos, iniciou-se entre1888-1889 e não tem tempo previsto de término,

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assim como as demais 6 Vibrações Originais que,exceção seja feita a Orixalá, podem ser viventes emvários terreiros. Com isto afirmamos que segundo ograu kármico consciencial da coletividade terrena,podemos ter as 6 fases viventes, uma predominante, éclaro. Mas no cômputo geral do MovimentoUmbandista estamos na fase de Ogum, que agoratentaremos resumir:1. A fase de Ogum iniciou-se entre 1888 e 1889 (como término da escravidão e o início do BrasilRepública) .2. O Caboclo Urubatão da Guia e 9 possantesEntidades estruturaram a fase e todo o Movimento.3. O marco inicial foi em 15 de novembro de 1908,através do Caboclo 7 Encruzilhadas no Rio deJaneiro.4. A fase de Ogum objetiva abarcar o maior númerode pessoas no menor espaço de tempo possível. Sãoos clarins de Ogum que estão soando, traduzindosimbolicamente o sentido e os objetivos desta fase.5. Esta fase permanecerá, nas demais Vibrações, sealternando até chegarmos em Orixalá.6. O 3º milênio, ou seja, o próximo período de milanos, será o tempo necessário para que seprocessem as 7 fases do Movimento Umbandista eda mudança de mentalidade planetária.7. Entendamos que dentro da fase de Ogum teremos7 subfases, representadas pelos 7 Orishas deOgum. São os entrelaçamentos kármicos e aunidade de trabalho sendo processados. Vejamosagora a 2a fase — a fase de OXOSSI.2ª FASE — A FASE DE OXOSSIOXOSSI O SENHOR DA AÇÃOENVOLVENTECom o Senhor dos Exércitos (Ogum) convocandoe abrindo os caminhos, surge OXOSSI, o caçadorque abarca as Consciências, para gradativamenteiniciá-las na Doutrina da Luz.Oxossi é o caçador da mata virgem, simbolizandosua ação envolvente sobre as consciências aindadistanciadas das grandes verdades universais. É pois,SENHOR DA DOUTRINA — modificandointeligências e consciências. Atua catequisando agrande massa de crentes do atual MovimentoUmbandista.O trabalho catequisador desta Vibração Original éde suma importância para a elevação consciencial doscrentes e adeptos do Movimento Umbandista, o qualé caracterizado por uma série infindável de grausconscienciais os quais norteiam outras tantas unidades

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religiosas tidas como terreiros. Atua tambémiluminando as trevas da ignorância, que infelizmentecampeiam por esses terreiros em todo o Brasil.Arrebanhará e ajustará uma doutrina a ser seguidapor toda a coletividade tida e havida comoumbandista. E ainda pouco conhecida a verdadeira ereal função kármica de Oxossi pelos Filhos de Fé daatualidade. Como médico das almas, Oxossi curará aschagas e ensinará a substituição do ódio pelo amor,da luta pela trégua, da insubmissão pela submissão àsLeis Divinas. Aguardemos o tempo e o trabalhosereno e constante do grande Caçador das Almas, oqual preparará o advento de uma nova fase367UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicapara a humanidade terrena e abrirá caminhos para afase de Xangô. Para que fiquem bem patenteados osobjetivos da fase de Oxossi, façamos um pequenoretrospecto:1. A fase de Oxossi inicia-se por dentro da fase deOgum, na subfase de Ogum Rompe-Mato, quecomo sabemos é o intermediário de Ogum paraOxossi. Com isso afirmamos que dentro de umafase surge nas subfases a fase da Vibraçãosubseqüente. E o entrelaçamento kármicovibratório e o trabalho UNO se processando.2. A fase de Oxossi objetiva, por dentro dos cultosafro-brasileiros, trazer uma Doutrina Una, a prioriadaptada a determinados subgrupos do MovimentoUmbandista, para depois reuni-los em uma sódoutrina, a qual visa à reimplantação da Proto-Síntese Relígio-Científica e a posteriori oressurgimento de Aumbandan — A Proto-SínteseCósmica.3. É e será de vital importância a atividade kármicade Oxossi nos primórdios do 3º milênio — omilênio da reconstrução e renovação.4. Sob a supervisão de Ismael nas esferas galáticas ede Caboclo Arranca-Toco (alegoria feita ao retiraros obstáculos da mata virgem do entendimento)teve início sua fase com o Caboclo Araribóia* —sapientíssimo e poderoso emissário das Cortes deOxossi, o qual vem atuando incansavelmente nadoutrina, tanto no plano astral como no plano físicodenso. Tem preparado no plano astral, através desua Choupana do Entendimento em pleno Juremá,vários porta-vozes da Umbanda do futuro, hoje jápresente e vivente. Aqui por baixo, no plano físicodenso, tem membros de sua falange em todos osterreiros, principalmente nos mais predispostos ao

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conhecimento das Verdades Universais e que nãotenham preconceitos e nem se julguem melhoresque os demais. E uma verdadeira catequização daLuz para as Sombras. Salve pois o GRANDECAÇADOR DAS ALMAS — o SENHOROXOSSI e sua missão redentora.3ª FASE — A FASE DE XANGÔXANGÔ O SENHOR DASALMASA atividade kármica da fase de Xangô prende-seao selecionamento daqueles que venceram, oumelhor, foram sensíveis às 2 fases anteriores. Eaquele que virá aferir a balança da lei. Ao aferir abalança da lei, selecionará a coletividade afim aosprincípios das fases seguintes.No momento estas Entidades Espirituais já seencontram presentes em alguns terreiros. Por dentroda grande massa de crentes e mesmo de médiunsatuantes, a Vibratória de Xangô atua na subfase deOgum Beira-Mar (na fase de Ogum) e atuará nasubfase do Caboclo Cobra-Coral na subfasecorrespondente de Oxossi. Quando esta fase estiveratuante em sua totalidade, reinará sobre aColetividade Umbandista a JUSTIÇA UNIVERSAL,o mesmo acontecendo com a mentalidade planetária.E bom frisar-se que, juntamente com as Entidadesque militam na Vibratória de Ogum (lº lugar) e as quemilitam na Vibratória de Oxossi (2º lugar), as deXangô (3º lugar) constituem o maior número deEntidades atuantes por dentro dos terreiros. Comoesta fase em sua íntegra está distante de nossarealidade atual, fiquemos por aqui com os conceitosrelativos à atividade de Xangô, mas para deixar bemtransparente nossa descrição, façamos um pequenoretrospecto:1. A fase de Xangô inicia-se por dentro da fase deOgum, na subfase de Ogum Beira-Mar, que comosabemos é o intermediário de Ogum para Xangô.2. A fase de Xangô tem como finalidade, por dentrodos cultos afro-brasileiros, trazer o equilíbrio daBalança Kármica; após o balançar econtrabalançar, selecionará aqueles que deverãoseguir avante no caminho. É Xangô portanto oselecionador, aquele que aferirá a ColetividadeUmbandista em seu aproveitamento em relação aosfundamentos das fases de Ogum e Oxossi.3. As Entidades de Xangô, emissários de Mikael,componentes da Corrente das Santas Almas do* Caboclo Araribóia — Orisha menor de Oxossi intermediário para Ogum.368

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CAPÍTULO XVIIICruzeiro Divino, que como vimos é de ação eexecução sobre os Seres Espirituais encarnados quetêm atuado no Movimento Umbandista, é o CabocloXangô 7 Montanhas, intermediário para Ogum. 4.Após este selecionamento, que sem dúvida ficarápara o 3º centenário do 3º milênio, estará aColetividade Umbandista apta a interpenetrar nosmistérios do Mestrado de todo o Conhecimento,enfim se encaminhando para o ressurgimento daProto-Síntese Relígio-Científica. Assim, ao terminar afase de Xangô, inicia-se a fase de YORIMÁ, à qualrespeitosamente pedimos agô para descrevê-la.4a FASE — A FASE DE YORIMÁYORIMÁ O SENHOR DA LEIREINANTEEsta 4a fase se caracterizará realmente pela LEIREINANTE, isto é, a Coletividade Umbandista teráalcançado a sua maturidade e caminhará rumo anovos patamares evolutivos, que nessa época serãoplenamente conscientes para todos. Todos buscarãoos novos patamares, utilizando-se para isto damentalidade vigente na dita fase de Yorimá. É oinício do Mestrado da LEI. Será também osprimórdios da verdadeira INICIAÇÃO CÓSMICA, aqual também será vivenciada nessa fase. Essa fase,hoje, pode ser encontrada em raríssimas unidadesreligiosas do Movimento Umbandista em sua faceesotérica ou iniciática. A maior parte das humanascriaturas nem desconfia desta fase, só conhece mesmoos ditos Pais-Velhos ou Pretos-Velhos, que muitosinsistem em ligá-los apenas a ex-escravos. OsEmissários de Yorimá, com sua humildade esabedoria, entendem a atual concepção dos Filhos deFé, mas sempre que podem lançam a semente dodespertar de uma nova era, que surgirá no raiar dosnovos tempos do 3º milênio. Nesses tempos reinarápor todo o planeta a Paz, a Harmonia, a Justiça e abusca incessante da Iniciação Cósmica. Teremos ahumanidade menos materializada e muitíssimoespiritualizada. Em suma, é isto que nos reserva a fasede Yorimá. Esta fase também foi iniciada na fase deOgum, na subfase de Ogum de Malê, pelo PaiBenedito. A seguir continuará na fase de Oxossi, nasubfase do Caboclo Tupinambá,com o Pai Joaquim. Essa fase teve sua amostraatravés do Pai Guiné, o qual permitiu que seudiscípulo encarnado (seu médium), o Filho W. W. daMatta e Silva, escrevesse desvelando certos fatos efundamentos inéditos à Coletividade Umbandista e de

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maneira geral aos adeptos dos cultos afro-brasileiros.Ao encerrarmos esta humilde descrição da fase deYorimá, façamos um pequeno resumo, para quefiquem bem firmados, por todos os Filhos de Fé, osfundamentos desta fase:1. A fase de Yorimá será caracterizada pela LEIREINANTE, a Lei sendo entendida em suaEssência por toda a humanidade.2. Terá surgido no Movimento Umbandista da épocauma era de trabalho, paz e harmonia, que serápatamar importante para as novas fases.3. Esta fase teve seu início por dentro da fase deOgum, através do Pai Benedito. Na fase de Oxossi,será através de Pai Joaquim. Na fase de Xangô,será através de Vovó Maria Conga.4. Não se pode deixar de citar o portentoso — emLuz e Sabedoria — Pai Guiné, o qual, através deseu aparelho mediúnico W. W. da Matta e Silva,descortinou o que será a Umbanda do futuro,através de suas 9 obras, as quais constituem marcoimportante da literatura umbandista e, muito maisque isso, o sinal de novos tempos que estãosurgindo e ainda surgirão por dentro dacoletividade do Movimento Umbandista e peloscrentes dos cultos afro-brasileiros. Ao encerrarmosesta fase, na metade do 32 milênio, entraremos naportentosa fase de Yori, à qual humildementepedimos agô para descrevê-la.5a FASE — A FASE DE YORIYORIA POTÊNCIA DA PUREZACÓSMICANesta fase teremos o nascimento de uma novamentalidade planetária e muito principalmente pordentro do Movimento Umbandista. São os Senhoresda Potência da Pureza Cósmica agindo, atuando comsuas poderosas e não menos sutis e puras vibrações.Todo Movimento Umbandista estará convicto369UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicade que a pureza interior é o caminho, é a via para atão propalada paz interior. Esses Mestres no conceitodo Puro e do Bem estarão unificando o MovimentoUmbandista. Todos falarão uma só língua,propagarão uma só doutrina e se entenderão. Será aconsolidação da Proto-Síntese Relígio-Científica. OConhecimento Uno e Integral se fará presente eatuante. Esta forma de ser e agir trará a alegriainterior e fará com que o planeta Terra exterminepara sempre o ódio, as disputas, o egoísmo e o

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orgulho destruidor, fazendo reinar uma mentalidaderenovada e una. Nesses tempos, as fronteiras dospaíses estarão deixando de existir. É claro que,antecedendo esta maturação espirítica, a qual traráplena justiça social planetária, se unirão primeiro oscontinentes, isto é, a América será uma só, semfronteiras. A Europa também deixará o nacionalismoexclusivista e imperialista e entrará na EraEspiritualista. A Ásia e a África também sofrerão asmesmas transformações. É o planeta Terra,amadurecido e elevado ao nível das demais CasasPlanetárias felizes e cônscias de suas atividades efinalidades.Mas voltando à nossa realidade atual, a Vibraçãode Yori, as ditas CRIANÇAS da Umbanda raramenteatuam nos terreiros em sua verdadeira potência;atuam travestidas de acordo com as mentalidades queas evocam. O seu trabalho se atém mais no planoastral superior, sendo rara, como dissemos, suaatuação nos terreiros. Não obstante, por dentro dasubfase de Ogum Megê, temos a atuação de Yari,portentoso Orisha Menor, Pai Ancestral dahumanidade terrena. Atuando com sua poderosalegião, na mente e no coração de todos os Filhos deFé, quando tem oportunidade de encontrar filhoshabilitados e que sejam pontas-de-lança doMovimento Umbandista, transmite-lhes mensagensedificantes, revelando-lhes certos ângulos do porvir.Como os Filhos de Fé podem perceber, deixamos decitar a atuação desta Vibratória por dentro das demaisque a antecedem, exceto Ogum. Isto deve-se aosdemais Emissários de Yori estarem completamenteligados a outras Esferas Superiores Transicionais empleno Yoriá, estruturando o campo mental e astral dafutura humanidade que estará surgindo. Também,antes de encerrarmos a descrição desta poderosa faseque mudará completamente a face do planeta, em seusaspectos geofísicos, étnicos, morais e sociais,devemos dizer que não resumiremos esta fase comofizemos com as demais em virtude de, para omomento, termos deixado bem claro seus objetivos.Assim, vejamos e procuremos entender os objetivos efunções da fase da Vibratória de Yemanjá, a qual seráa próxima a ser descrita. Seu agô, Yemanjá —Caboclo vai revelar sua fase.6a FASE — A FASE DE YEMANJÁYEMANJÁA POTÊNCIA DO AMOR CÓSMICOEsta fase se caracterizará por ser o início ou aGESTAÇÃO DOS PRINCÍPIOS ESPIRITUAIS na

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humanidade. É o duplo gerante atuando naColetividade Planetária. No Movimento Umbandistaesta fase trará os primeiros indícios para oressurgimento da Proto-Síntese Cósmica — oAumbandan. Como sabemos, o Aumbandan resumeos fundamentos totais do amor e sabedoriaentrelaçados. A fase de Yemanjá se caracterizará pelaconscientização e sublimação do sentimento, ou seja,do amor universal, a FRATERNIDADEUNIVERSAL. No contexto planetário teremos aconsolidação da Proto-Síntese Relígio-Científica,norteada pelo amor cósmico. Em nível sociopolíticoteremos a reunião de todos os continentes, não haverámais países, haverá somente o planeta Terra. Falarse-á em Coletividade Planetária, será a era dafraternidade e confraternização dos povos, que muitolutarão para além de possuírem uma só pátria, aPÁTRIA TERRA, terão também um só ideal, o idealdo Amor Universal. Por dentro do MovimentoUmbandista atual, a fase de Yemanjá entrou pelasubfase de Ogum Yara, através da Cabocla do Mar.O importante é entendermos os objetivos destafase e que isso acontecerá próximo ao final do 3ºmilênio.Sobre a fase de Yemanjá, é o que pudemosrevelar, importando-nos que procuremos atuar deconformidade com os tempos atuais, para estarmospreparados para os tempos futuros onde reinarão aPAZ e o AMOR UNIVERSAL.370CAPÍTULO XVIII7ª FASE — A FASE DE ORIXALÁORIXALÁ APOTÊNCIA DO VERBO DIVINOA POTÊNCIA DO VERBO DIVINO —ORIXALÁ — na verdade sempre atuou, da primeiraà última fase, supervisionando o MovimentoUmbandista.Foi, como vimos, através da potência do VerboDivino que a Hierarquia Crística arrebanhou para oplaneta Terra sua coletividade afim. Foi também aVibratória de Orixalá quem convocou os"estrangeiros" e, com eles Seres Espirituais deelevadíssima posição dentro da Hierarquia Galática.Muitos vieram de suas Pátrias Siderais, sob obeneplácito de Orixalá, para incrementar a evoluçãode seus irmãos terrenos, os quais eram menosexperientes. Assim é que se tornaram grandes tutorese condutores moraisda coletividade terrena. São aqueles que

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chamamos Tubabaguaçus ou Tubaguaçus, osverdadeiros PAIS DE RAÇAS. Lembramos tambémao Filho de Fé e leitor amigo que eram elesfundadores por cima, no astral superior, da pura RaçaVermelha, estando à sua mercê, até os nossos dias, odestino kármico de nosso planeta. Assimreexplicando, estamos afirmando que na verdade a 1ªfase iniciou-se com Orixalá e a última tambémencerrar-se-á com Orixalá. O alfa e o ômega, oprincípio e o fim, como dizia Jesus. É o que será parao Movimento Umbandista a Vibratória de Orixalá.Assim, com a fase de Orixalá terminarão as 7Fases do Movimento Umbandista, bem como aevolução consciencial-moral da humanidade terrena,isto no clarear do 42 milênio — O milênio da raçatransmutada.Antes de encerrarmos o capítulo façamos umapequena sinopse sobre o que expusemos.FASESMOVIMENTOUMBANDISTACONSCIÊNCIAPLANETÁRIA1a faseOGUMO SENHOR DOS EXÉRCITOS que comseus clarins abre os caminhos para todos.Culto simples, objetivo e direto, queabarque o maior número possível deConsciências Espirituais, É o início doDESPERTAR CONSCIENCIAL.Nesta fase temos a humanidade se digladiando esem rumos planetários ou coletivos. Completadissociação social, cultural, política, econômicae religiosa. Todos serão chamados a despertaratravés de problemas comuns, dores,sofrimentos, etc. Será o início de um despertarpara uma nova mentalidade.2a faseOXOSSIApós o chamamento de Ogum, haverá aCONSCIENTIZAÇÃO. É o CAÇADORDAS ALMAS que abarca as consciências. Éo início da REAL DOUTRINA.Novos conceitos surgirão no âmbito social,político, econômico e religioso. Haverá iníciodos rudimentos da Fraternidade Universal,inclusive de UNIÃO entre os povos.3a faseXANGÔ

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O SENHOR DA BALANÇA. OSELECIONADOR. Aquele queselecionará os que levarão o MovimentoUmbandista. Selecionará as almas afins àevolução planetária. Outros serãorelegados a planetas inferiores, até seregenerarem e poderem participar dacoletividade terrena.A JUSTIÇA CÓSMICA. Reinará no planetajustiça social, política, econômica e religiosa.Haverá, pois, mudança de mentalidades, com ocompleto banimento do egoísmo, ódio, orgulhoe vaidade.371UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaFASESMOVIMENTOUMBANDISTACONSCIÊNCIAPLANETÁRIA4ª faseYORIMÁO SENHOR DA SABEDORIA E DAHUMILDADE — os primórdios daINICIAÇÃO.Novos rumos para o MovimentoUmbandista. Filhos de Fé experientes ehumildes.A humanidade terrena estará amadurecendo osconceitos de Paz e Harmonia. Estará sepreparando para os ensinamentos da IniciaçãoCósmica. Haverá uma maturidade sóciopolítica-cultural, onde falar-se-á em projetosde "planeta Terra" como uma só Pátria.5ª faseYORIÉ o FILHO INICIADO NOS MISTÉRIOSDO COSMO. É o MAGO DA PUREZA. Éaquele que com sua pureza incrementa namentalidade do Movimento Umbandistanovos rumos para os novos ensinamentosque surgirão, sendo uma época de Paz,Harmonia e Alegria. Estamos caminhandopara a PROTO-SÍNTESE RELÍGIOCIENTÍFICA.A humanidade terrena nasce para uma novarealidade — é a FASE DA PUREZAINTERIOR. O Conhecimento torna-se uno,ressurgindo a PROTO-SÍNTESE RELÍGIOCIENTÍFICA.O homem descobrirácientificamente que a MORTE é uma

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UTOPIA.6ª faseYEMANJÁA MÃE GERADORA — propiciacondições para os futuros Iniciados nosMistérios da Vida. É o florescer dosentimento nobre: O AMOR CÓSMICO.Nessa fase o AMOR CÓSMICO reinarásobre a Terra. Os países já estarão unidoscomo continentes. Haverá pleno equilíbriosocial, econômico e político. Falar-se-á emComunidade Planetária. Todos saberão queestamos prestes a entrar em sintonia comnosso TUTOR PLANETÁRIO — o CristoJesus e com a fase de Orixalá.7a faseORIXALÁO PRINCÍPIO ESPIRITUAL em ação nahumanidade. A SABEDORIA CÓSMICA— A LUZ DIVINA EM AÇÃO.O AMOR UNIVERSAL — A SABEDORIAUNIVERSAL relembrarão os atos do CristoJesus, os quais serão inerentes à humanidadeterrestre.Neste tempo áureo haverá o reencontro com aPROTO-SÍNTESE CÓSMICA, que colocará aTerra na posição de um planeta de elevação.Teremos uma humanidade diferente em suaconstituição somática e psíquica espiritual(corpo físico mais sutil e não sujeito àsintempéries das doenças).Após esta sinopse demonstrativa, acreditamos terdeixado o Filho de Fé e leitor amigo com uma visãode síntese, de unidade, de conjunto das 7 FASES DEAÇÃO DOS ORISHAS, tanto no que se refere à suaatuação externa ou exotérica, popular, por dentro demuitos terreiros, como à sua atuação interna ouesotérica por dentro das concepções sociais, políticas,étnicas, econômicas e religiosas de todo o planeta.Podemos, assim, dizer que tanto o MovimentoUmbandista como as CONCEPÇÕES CONSCIENCIAISPLANETÁRIAS terão um caminho a ser trilhado e,no decorrer dos tempos, passarão por uma da 7 Fases,carregando sempre o peso da experiência dasretrofases.OGUM→Tocou os clarins de seus exércitosconvocando a todos;OXOSSI→Estende suas vibrações envolventes,como Caçador de Almas e ministra-

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372CAPÍTULO XVIIIlhes os ensinamentos sagrados — aDoutrina;XANGÔ→Após a fase da doutrina haverá oselecionamento, a seleção, o examedas coisas aprendidas com a Doutrina;YORIMÁ→Aqueles que foram selecionados passarão por uma fase de maturação emsuas concepções, advindo a experiência;YORI→Após a maturação, haverá o nascimento para uma nova realidade. Assínteses trarão a todos a pureza e aalegria das crianças de coração — ospuros;YEMANJÁ→Após o nascimento, a Mãe Sagradaconduzirá a todos com seu amorsublimado, ao Entendimento maior, auma Realidade Imutável;ORIXALÁ→O Amor Sublimado trará a sabedoriaintegral — a Tradição do verdadeiroIniciado, o qual já adquiriu o bináriodo amor e sabedoria.Ao término desta fase novamente atuará Ogum eas demais Vibrações em outro nível, com outrosobjetivos; enfim, essas 7 Fases são cíclicas e rítmicas,atuando de forma ininterrupta, até o instante em queo Ser Espiritual astralizado deixe o universo astral, sedesvinculando e neutralizando o karma constituído, eparta ao encontro de sua REALIDADE-UNA noCosmo Espiritual. Após esta descrição sobre osobjetivos e finalidades das 7 Fases, estamosencerrando o capítulo, o qual também encerrará olivro.Assim, Filho de Fé e amigo leitor, chegamos aofinal de nossos humildes e despretensiososapontamentos que se transformaram neste livro. Estelivro, em verdade, pretendeu mesmo ser umaconversa, uma longa conversa com todos. Cabocloespera que todos tenham tido com esta nossaconversa uma idéia mais real e consistente doMovimento Umbandista e principalmente de seusobjetivos, que visam fazer ressurgir a Proto-SínteseCósmica — o Aumbandan.Antes de encerrarmos esta nossa conversa com oFilho de Fé e amigo leitor, Caboclo quer ressalvarque muitos dos conceitos esposados nesta obra nãocoincidem com muitos dos atualmente vigentes, tantono âmbito místico-religioso, principalmente nos ditos

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cultos afro-brasileiros, como no âmbito científico. Narealidade não quisemos e não queremos polemizar,nossa função é esclarecer e às vezes revelar, massempre respeitando a opinião e os conceitosesposados por outros.Claro está que não somos os donos da verdade,muito menos tivemos ou temos esta pretensão.Sabemos, sim, da existência de uma VERDADEINTEGRAL ABSOLUTA, sendo as demais verdadesrelativas e aplicáveis a uma época, a determinadosgraus conscienciais. Não seríamos nós, pois,intransigentes, a faltarmos com o bom senso e com osentimento fraterno, achando-nos donos exclusivosdas verdades. Não temos essa intransigência eaceitamos a todos como são, bem como suasconcepções, sejam elas coniventes ou completamenteadversas às nossas. O que não queremos é polemizarsem que isso traga real proveito a todos.Portanto, em alguns capítulos expusemosdeterminados conceitos, tal como o da origemautóctone do homem americano, que não coincidemcom o do ensino acadêmico oficial.Aliás, fomos além. Dissemos que a origem dohomem foi em pleno Planalto Central Brasileiro, naera terciária e não na era quaternária, como é doensino oficial acadêmico. Nosso conceito foitotalmente oposto ao do nobre Rivet que apregoa edefende a teoria multirracial, a qual respeitamos masde que discordamos. Acreditamos que se Rivettivesse a visão astral aguçada, com muito maispropriedade que nós descreveria aquilo que de formadescolorida apresentamos. Entenderia perfeitamentea origem do homem planetário, e muitoprincipalmente do homem americano, que não tevesua origem através das 4 correntes, malaio-polinésia,australiana, esquimó e asiática. Aconteceu justamenteo contrário. Aguardemos os tempos serem chegados.Eles chegarão e mostrarão que...Outrossim, muitas vezes citamos e atéexplicamos a etimologia dos vocábulos Babalawo,Babalorisha e outros. Só não citamos, o que faremosagora, o vocábulo Babá. Este vocábulo ficouconsagrado no uso e na denominação de "Pai ouMãe-de-Santo". Na verdade, Babá é a corruptela deTubabá. Os demais usos já vimos em outro capítulo.373UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaA respeito do mediunismo, mediunidade e suasmodalidades, fundamentos e fisiologia de suafenomênica, não os descrevemos na íntegra; aliás,

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fizemo-lo muito superficialmente, deixando aoportunidade, devido à importância de que se reveste,para uma obra futura, que trate apenas do assunto. Omesmo acontece com outros temas. Já estamospreparando o Arapiaga (o "cavalo") para escrevermosuma obra que versará somente sobre mediunidade.(Umbanda — O Elo Perdido.)Assim, queremos que fique bem claro aos Filhosde Fé que os conceitos esposados neste livro não têma pretensão de serem definitivos. São os maiscondizentes para os nossos tempos. Novos temposvirão e com eles mais Fundamentos.É importante entender-se que, quanto mais evoluio Ser Espiritual, mais próximo encontra-se daVERDADE INTEGRAL ABSOLUTA.Assim, Filho de Fé e leitor amigo, ao chegarmosao epílogo de nossa conversa, queremos agradecerlhesa companhia, a tolerância e a amizadedispensada ao Caboclo. Creia que Caboclo guardarávocê na mente e no coração por todo o sempre.Fizemos uma amizade indissolúvel e indestrutível.Filho de Fé e leitor amigo, Caboclo não vai sedespedir seguindo os ditames do convencionalismoterreno, quer apenas guardá-los no "coração doespírito".Está chegando a hora de Caboclo ir a "oló", ogalo já cantou e meu Orisha, lá no Humaitá, já mechamou. Mas antes, Caboclo quer deixar fixado nopapel, nestas últimas linhas, as vibrações deagradecimento de meu âmago espiritual a todos osFilhos de Fé e muito principalmente ao "nossocavalo" que, apesar das incompreensões de que foivítima e será vitimado, nunca deixou de ceder-nossua indumentária astropsíquica para que pudéssemosescrever este livro, e que a força de Caboclomovimentada com a sabedoria de Preto-Velho e oamor de Criança que sintetizam o Aumbandanilumine-nos a todos. Caboclo vai a "oló". Sarava,Filho de Fé e leitor amigo, Caboclo estará semprecom você. Nos reencontraremos em nossa próximaconversa.SARAVÁ OXALÁ.SARAVÁ OS 7 ORISHAS.SARAVÁ AUMBANDAN — A PROTO-SÍNTESE CÓSMICA.YAMA... UTTARA...OGUM...Ê...Ê...Ê...Ê...ARA... SAVATARA... ANAUAM... EUÁ... ANAUAM... RÁ-ANGA...MACAUAM...374Adendo

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este adendo à quarta edição de Umbanda — a Proto-Síntese Cósmica, decidimos incluir algumasconsiderações a respeito das atividades da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino no intuito de mostrarcomo os ensinamentos de Mestre Orishivara, expressos nesta obra e em outras, têm sido colocados em prática.Sim, por mais coerentes e profundos que fossem os conceitos estendidos a nós pelos Mestres Astralizados,se não colocássemos em prática e não tivéssemos um método para transmiti-los efetivamente aos demaisirmãos planetários, estaríamos diante de doutrina estéril, de mais uma utopia sem realização no planeta.Ao contrário, sempre aprendemos com Mestre Orishivara que não podemos dissociar a teoria da prática,da mesma forma que não se deve distanciar o espírito da matéria. Infelizmente, não é isso que encontramoscomo regra entre a maioria de nós seres humanos, que professamos princípios que estão longe de seremseguidos, resultando disso uma sociedade saturada de conflitos, sejam de interesses de grupos ou no interiorde cada pessoa.Como Mestre Orishivara nos explica, seus ensinamentos correspondem ao que se mostra como maisapropriado para a coletividade que atingem no momento em que são transmitidos. Compreende-se que novosenfoques nos são oferecidos com o passar do tempo, à medida que conseguimos colocar em prática as liçõesanteriores. Assim tem sido ao longo dos anos, mas também reconhecemos que se desdobramos algunsaspectos e aplicamos outros, ainda há muito o que se apreender.Em conseqüência da aceitação de que o aprendizado, a vivência e a própria evolução são processosdialéticos, não cabendo na espiritualidade superior qualquer forma de dogmatismo, podemos nos sentir livrese felizes para realizar o que o momento nos pede, atuando ora através de livros, ora no templo ou em novasempreitadas, como a Faculdade de Teologia Umbandista, mas sempre na vida, em favor da Umbanda e detodos os irmãos planetários.Além da boa vontade e dos princípios que nos foram transmitidos, é preciso uma estrutura que promova ocaminho que leva da idéia, ao planejamento até a realização. É preciso uma ideologia (na melhor acepção dotermo) e um método para aplicá-la. É sobre isso que falaremos nas linhas abaixo, como tudo isso acontece naOrdem Iniciática do Cruzeiro Divino na atualidade.ESCOLA DE SÍNTESE - UMA VISÃO INÉDITA DA UMBANDAA Escola de Síntese é a formalização do pensamento filosófico e doutrinário propagado pela Ordem

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Iniciática do Cruzeiro Divino. Não se trata de escola como instituição de ensino, mas sim de uma filosofiaprópria, baseada em Conhecimento, Ética e Método.375NUMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaDentro do Movimento Umbandista, a Escola deSíntese ocupa uma posição de vanguarda visto queprocura o entrelaçamento perfeito de todos os setoresda gnose humana consubstanciados em uma forma deconhecimento integral que percebe a Essência detodas as coisas agindo na Forma. Apresenta de formaexplícita os valores espirituais passíveis de seremobservados apenas de maneira subliminar em outrossetores da Umbanda.A Doutrina do Tríplice Caminho, revelada emmeados da década de 90, bem como toda a dialética emetafísica que constituem a Escola de Sínteserepresentam uma resposta às necessidades planetáriasde um sistema de conhecimento e desenvolvimentoespiritual progressivo, fundamentado nos princípiosda lógica e da razão, associados à efetiva intervençãodos emissários do Astral Superior, propondo umamudança de valores consistente sem, contudo,contrapor-se às ciências de nossa era.A apresentação de uma filosofia concisa eprofunda só é possível devido ao momento atualreunir condições favoráveis para a introdução doaspecto cósmico da Umbanda. Esses fatores, atéentão desvelados nos estágios avançados daIniciação, estão agora abertos, cabendo a cada um acapacidade de trilhar o caminho necessário paravivenciá-los.Ainda que muitos não estejam aptos a apreenderas verdades transcendentais guardadas no bojo daUmbanda, nem por isso seus emissários, os mestresastralizados, deixam de se manifestar em todos ostemplos, levando a luz da doutrina na medida que amesma possa beneficiar seus receptores.Assim, em muitos locais, os Mestres Astralizadosutilizam-se de arquétipos para transmitir, de formasuave e até inconsciente para os receptores, osconceitos necessários à evolução de todos.A simplicidade está em todos os cultos deUmbanda, especialmente naqueles em que seapresentam as entidades nas formas do jovem, doadulto e do velho, seguidos pelos guardiões quefazem a conexão do processo início, meio e fim, como renascimento de outro ciclo. Assim, imitando avida, a Doutrina do Tríplice Caminho ensina a viver.

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A finalidade da Escola de Síntese é fazerressurgir o conhecimento de síntese em todo oplaneta. Assim, através do processo denominadoIniciação,faz com que seus discípulos aprofundem-se nasverdades cósmicas, começando pelo entendimento desi mesmo e de seus semelhantes.Nessa caminhada rumo à Realidadeincondicionada, o Ser liberta-se progressivamentedos laços mundanos e desenvolve uma consciênciasagrada, que vê a todos como sagrados, que vê ouniverso como sagrado e transcende todos osconflitos e dualidades.A Escola de Síntese, pelo seu Conhecimento,Ética e Método, pretende resgatar a realidade doHomem e propiciar à humanidade condições pararetornar ao seu estado natural de harmonia eevolução.A DOUTRINA DO TRÍPLICECAMINHOA Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino propaga,ensina na teoria e na prática e sustem a Doutrina doTríplice Caminho como meio evolutivo para todo oSer Humano conquistar a Felicidade e a Libertaçãoda Dor e do Sofrimento.A Doutrina do Tríplice Caminho promove ascondições necessárias para a realização da PazMundial, pois auxilia a cada indivíduo na conquistada Paz Interior. Assim a Paz mundial será aconseqüência do Ser Humano renovado, com umaconsciência amplificada de sua vida como EspíritoEterno, imperecível em sua Essência e,principalmente, em concordância com as LeisDivinas.Para tanto, utiliza-se de três caminhosinterligados, a Doutrina Tântrica, a DoutrinaMântrica e a Doutrina Yântrica, para direcionar cadaindivíduo rumo à sua própria evolução espiritual,ensinando-o a aperfeiçoar a si mesmo e evitar criarcausas que sejam deletérias para sua própriaevolução.Com isso, é claro, o indivíduo que busca suaAutocura evita as agressões à Natureza, aos seussemelhantes e a si mesmo, aprimora-se e contribuipara melhorar a atmosfera planetária com sua PazInterior que se reflete no meio ambiente.As Doutrinas do Tríplice Caminho baseiam-seem analogias com os eventos da Cosmogênese,quando se produziram os três fenômenos da Criação:a

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376CAPÍTULO XVIIILuz, o Som e o Movimento, criando respectivamente,a Doutrina Tântrica, a Doutrina Mântrica e aDoutrina Yântrica. Sendo o Homem comparável aoUniverso, pela Lei das Analogias, temos osOrganismos Mental, Astral e Físico representando ostrês fenômenos cosmogenéticos e se expressandoatravés do Pensamento, do Sentimento e da Ação noplano das formas.Através da prática dos Três Caminhos, odiscípulo amplia sua concepção da Vida e atingepatamares superiores de entendimento da Realidade,desfazendo as ilusões das formações impermanentes.Compreende a Vida depois da morte física e entra emcontato com aqueles que já estão livres dasreencarnações, que são os Mestres Astralizados.Também aprende o conhecimento de Síntese, tantono que se refere à humanidade como ao Universocomo um todo. Cultiva a Simplicidade, a Humildadee a Pureza como meios para a Realidade.Para trazer ao Homem o Equilíbrio na Mente, aEstabilidade no Coração e a Harmonia em suasEnergias, a Doutrina do Tríplice Caminho faz comque ele reconheça e vivencie sua condição deEspírito Eterno, Imaterial e Imperecível, que habitaum corpo físico e deve utilizar seus veículos deexpressão como forma para voltar a sua EssênciaEspiritual, em sintonia com seus Genitores Divinos ecom todo o Universo.AS BASES DA PAZ MUNDIALA Paz Mundial, segundo a visão da OrdemIniciática do Cruzeiro Divino, é o retorno ao processoevolutivo natural destinado ao Planeta Terra. Asguerras constantes não são atributos intrínsecos dohomem ou do planeta, mas uma conseqüência daperda da Tradição de Síntese que ocasionou afragmentação do conhecimento e o afastamento datrilha evolutiva originalmente destinada aos espíritosencarnados em nosso planeta.Com a perda da Tradição de Síntese sofremos umprocesso dissociativo em nosso Ser, apresentandocomo conseqüência uma visão fragmentária darealidade. A partir daí surgiram os conflitos devidosàs oposições entre sujeito e objeto, entre as dualidadesvárias, entre o interno e o externo, entre espírito ematéria. A consciência de si mesmo tornou-seeclipsada e os conflitos internos se manifestaramcomo conflitos externos. Enfim, as guerras seinstalaram primeiramente no "interior" do Ser e

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refletiram-se na Sociedade que construímos, noPlaneta e no Conhecimento humano.Portanto, para encontrarmos a Paz Mundial énecessário que encontremos a Paz Interna quedepende da reintegração do homem com a realidadeda qual se encontra afastado. O método ensinado pelaEscola de Síntese é baseado em quatro pilaresfundamentais: o Sagrado, o Homem, a Humanidade ea Natureza.Em âmbito interno, a OICD é uma escolainiciática, que transmite os ensinamentos do TrípliceCaminho a seus discípulos que conduz à Unidade, àSíntese longe da fragmentação e dos conflitos. Noplano externo direto, a OICD promove ritos eatividades várias abertas ao público leigo com ointuito de difundir os conceitos da Paz Mundialauxiliar diretamente no alcance da paz interna aosque procuram essas atividades.Em nível mais universal e abrangente, a OrdemIniciática do Cruzeiro Divino dispõe de umafundação para a Paz Mundial que propaga osconceitos acima expostos através de ações diretas nacomunidade e da convivência pacífica com outrossetores filorreligiosos e grupos diversos da sociedadeinteressados na melhora da coletividade planetária.A DOUTRINA DO TRÍPLICECAMINHO E A AUTOCURAEntendemos que a Doutrina do Tríplice Caminhoé, na verdade, um continuum de evolução que orientao Ser Espiritual à Autocura. Como três DoutrinasIntegradas, os três caminhos convergentes vãomostrando, à medida que o discípulo avança, asformas para purificar seu corpo físico, seussentimentos (Organismo Astral), e seus pensamentos(Org. Mental) , entrando em contato com suaEssência Espiritual e seu Genitor Divino.Como observamos, as Doutrinas Tântrica,Mântrica e Yântrica são os caminhos da TradiçãoCósmica, muito além do que se entende hoje em diapor Tantra, Mantra ou Yantra. Na verdade, sãovocábulos universais pertencentes ao Verbo Divino,que377UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaatualmente estão seriamente deturpados em seusconceitos, devido à fragmentação do Saber.A Verdadeira Triunidade foi ensinada nosprimórdios da civilização humana, ainda na RaçaPrimeva, nas esquecidas Pangéia e Lemúria, poraqueles que hoje não mais encarnam no Planeta e que

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são nossos Ancestres Ilustres, compondo a ConfrariaCósmica de Aumbandan.Esses Mestres Astralizados fazem chegar aTradição Cósmica até a coletividade encarnadaatravés de seus porta-vozes, Mestres EspirituaisEncarnados que estão em todos os povos,introduzindo os conceitos necessários para fazerressurgir a Proto-Síntese Cósmica, o AumBanDan,patrimônio espiritual da Humanidade como um todo.O Movimento Umbandista do Brasil e do Mundotrabalha abertamente para reimplantar o AumBanDane recebe o auxílio direto dos Espíritos da ConfrariaCósmica de Umbanda que se apresentam através damediunidade de seus discípulos que encarnaram comesse compromisso.No Brasil e no Mundo há uma grande variedadede Rituais Umbandísticos, que atendem aos váriosgraus conscienciais que compõem a coletividadeplanetária. A Ordem Iniciática do Cruzeiro Divinotem seus Rituais em acordo com a Escola de Síntese,da qual é a Casa-Raiz.A finalidade de Aumbandan é devolver ao Homemsua cidadania espiritual, e sabe que isto só será possívelquando estivermos irmanados, vencendo as barreirasdo orgulho, da vaidade, das ilusões do Ego (egoísmo),banindo de vez os três maiores venenos do Planeta: aIgnorância, o Ódio e a Inércia Espiritual.Propiciar a Autocura, a renovação de valores parauma vida espiritual e material saudável, livre dasdoenças do Corpo e da Alma é a proposta de trabalhoda Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino e seusTemplos Filiados que procuram levar as lições e oauxílio dos Mestres do Tríplice Caminho a todos queassim desejarem e precisarem.OS SETE ARASHAS - SUPREMOSCURADORES DO MUNDOQuando se fala em Autocura na Umbanda, nãopensamos diretamente na cura das doenças do corpo,mas na cura das causas das doenças que estão,em realidade, na Essência do Ser. Ali estão fincadasas raízes de todas as doenças do pensamento, dosentimento e do corpo, que consomem o indivíduoatravés de três venenos: a Ignorância, o Ódio e oApego.Para alcançar a Autocura o discípulo precisapenetrar na sua própria Essência, descobrir-se comoSer Espiritual eterno, imaterial, vazio de qualquercondição de tempo-espaço ou energia-massa. Aomesmo tempo deve aprender como o Espíritoimanifesto, vazio em essência, manifestou-se no

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mundo material, no Universo Astral, agregando sobresi condensações de energia que constituíram seusveículos dimensionais, os sete corpos.Perceberá então que a energia que forma ouniverso é diferenciada em sete faixas vibratórias,que se expressam no Organismo Sutil como setecentros de iluminação, que o conectam com oCosmos e com seu Genitor Divino, fazendo circular aenergia no incessante ciclo da vida e coordenando asfunções orgânicas no plano denso.Sobre esses fundamentos, podemos compreenderque os Sete Centros de Iluminação estão relacionadosà setessência da matéria, e deveriam estar emconexão com os Sete Arashas e seus poderes volitivos.O distúrbio de função dos Centros de Iluminação ésinônimo de doenças, pois pressupõe baixasvibrações e perda da conexão com a SupremaConsciência Una e com o Universo.A Autocura de Aumbandan busca fazer acanalização com o poder volitivo dos Arashas —Supremos Curadores do Mundo, Senhores da Luz eda Criação, para restabelecer a atividade normal dosCentros de Iluminação que voltarão a vibrar emconsonância com o universo e, pelo processo deidentificação, devolverão a condição de nãodualidadeem relação aos Cosmos e à Essência-Una.Por isso, em nosso rito, louvamos os Sete ArashasOshala, Ogun, Oshossi, Shango, Yorima, Yori eYemanja, através de seus nomes sagrados e vibradosem Mantras, Yantras e Tantras, como caminho para oreencontro com a Essência.MOVIMENTO UMBANDISTA EAUMBANDANO Movimento Umbandista é um movimentofilorreligioso surgido no início do século vinte, atra-378CAPÍTULO XVIIIvés da congregação de todas as raças em torno de umsistema filorreligioso aberto, capaz de permitir aexpressão de várias heranças culturais sem anecessidade de confrontamento ou cizânia. Assim,ocorreu o sincretismo entre o sentido religioso depovos distintos em suas tradições regionais, como osameríndios, os africanos, os europeus e asiáticos.Além do sincretismo, como amortecedor dasdiferenças sociais, culturais e étnicas, outro fator quegarantiu a convergência de várias culturas sobre oMovimento Umbandista foi sua condição nãodogmática, não sectária, expressa pela enormevariedade de ritos e entendimentos compreendidos

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sob o manto da Umbanda. O gráfico abaixo mostra osdiferentes grupos que confluíram para o movimentoumbandista e suas contribuições:Apesar do aspecto de mosaico que essemovimento adquiriu durante sua formação, pouco apouco, sua real função foi-se delineando a partir daconstatação de que alguns conceitos passaram a seapresentar de forma universal em todos os segmentosda Umbanda. Esse conceitos foram: o culto àsPotestades Divinas sob o nome de Orishas ou Arashascomo genitores divinos dos seres humanos; alouvação aos Ancestrais que se manifestavam atravésde um triângulo de apresentação, nas formas deCrianças (representando a Pureza e o Amor),Caboclos (representando a Fortaleza e a Ação) e PaisVelhos (representando a Sabedoria e a Humildade); adoutrina da reencarnação; a ligação sagrada com aNatureza e seus espíritos, entre outras.Assim, o Movimento Umbandista tornou-se focode convergência capaz de receber a todos, com aimportante característica de apresentar uma variedadede ritos e cultos também no sentido vertical, querdizer, desde cultos mais ligados à forma e à matériaaté aqueles mais ligados à essência espiritual. Aconseqüência disso é que, além dos vários gruposculturais, também todas as camadas encontraram naUmbanda um local afim, já que sua variedade seadequa aos inúmeros graus conscienciais ou deentendimento dos consulentes de todos os templos.Por fim, a Umbanda, em seu movimentoincessante de renovação, revelou seu real propósitoque é de colaborar para o ressurgimento doAumbandan,a Tradição de Síntese, detentora daRealidade-Una ePrimeva, de ondesurgiram todas astradições da Terra.Essa é a profundaintenção e destino doMovimentoUmbandista, trabalharpara o resgate doConhecimento Uno, patrimônio de toda ahumanidade, foco de convergência da Filosofia, daCiência, da Arte e da Religião, os quatro pilares doconhecimento humano.Se a Umbanda foi colocada no centro doquadrilátero no gráfico anterior, como ponto deconvergência de manifestações culturais diversas,estabelecendo uma relação no plano bidimensional,

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devemos entender o Aumbandan como acima desseplano de atuação exposto, constituindo o topo de umapirâmide cujos lados foram representados acima. Suaposição, portanto, é o ponto que estabelece aformação tridimensional da pirâmide, estando acimade379UMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicamanifestações unilaterais, sem a supremacia denenhuma etnia, cultura, ou compreensão.O Aumbandan é o ponto de origem de todas astradições, é a Proto-Síntese Cósmica perdida pelohomem nas noites do tempo, que continua a regular avida no Universo Astral apesar de sermosinconscientes de sua existência. A Ordem Iniciáticado Cruzeiro Divino trabalha para a restauração dessaSíntese Cósmica, que compreende o homem em suaEssência, em sua Existência e em sua Substância, quevoltará a brilhar sobre o planeta no futuro que todosconstruiremos passo a passo.CONVERGÊNCIA FILORRELIGIOSAO mundo contemporâneo tem como estandarte oculto ao individualismo, a apologia do Ego, quesustenta a pluralidade de opiniões como se a mesmafosse sinal de liberdade de expressão. A grandediversidade de filosofias, ciências, artes e religiões,de uma certa forma, é também conseqüência desseprocesso de isolamento em busca da individuaçãoonde, cada vez mais, tornamo-nos distantes uns dosoutros ressaltando as diferenças e olvidando assemelhanças.O processo de convergência para a Paz Mundialprocura não apenas a convivência pacífica, masprincipalmente a busca da origem comum de todos,da Ciência do Ser, até alcançarmos a identificaçãototal entre todos.Apesar de todas as diferenças existentes entre aspessoas, na verdade, temos muito mais em comum doque julgamos. A causa disso é que perdemos oconhecimento da Ciência do Ser, da manifestação doprincípio divino em todo o universo, inclusive noshomens. Vivemos na diversidade por estarmos fragmentadosem nossa consciência, distantes de nossaorigem que é também nosso destino final.A Tradição de Síntese-Aumbandan contém em sios princípios que regem toda a criação, seja no nívelmacrocósmico ou no microcósmico. Tudo o queexiste obedece às Leis de formação do Universo e ofato de não compreendermos as mesmas não impedeque continuem atuando tanto em nós, indivíduos, como

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em toda a energia-massa do universo.Devido à fragmentação do Homem, essa Tradiçãode Síntese dividiu-se em compreensão do que éabstrato e do que é concreto, em númeno e fenômeno.As leis que regulam os fenômenos tornaram-se objetode estudo da Ciência no geral, e também da Arte.Quer dizer, toda e qualquer forma de manifestação emenergia-massa obedece a leis científicas, compreender aharmonia das formas faz parte da Arte.Por outro lado, o estudo das causas abstratas queincidem sobre a matéria gerando os fenômenos não podeser simplesmente apreendida pela ciência concreta, épreciso estar de posse dos instrumentos da Ciência doEspírito para compreender os númenos, as idéias queantecedem a forma. Isso tudo faz parte do campo deatuação da Religião e da Filosofia.Infelizmente, após perdermos a Tradição deSíntese, acabamos por perder também a Filosofia, aCiência, a Arte e a Religião integrais e primevas.Como conseqüência passou a existir fragmentaçãotambém nesses campos, surgindo várias filosofias,religiões etc muitas vezes opostas entre si.Para exemplificar, vemos que as Religiões sãoformas particulares e parciais de ver o Sagrado quetodas buscam. Fica claro que quanto mais nosaproximamos da convergência, menos observaçõesparciais, regionais ou sectárias existirão,predominando a universalidade sobre aindividualidade.O processo de convergência faz parte doreencontro do Homem consigo mesmo. Não quer dizerapenas convivência pacífica, embora este seja talvez oprimeiro passo. Temos que nos dirigir para osprincípios, para a origem de tudo e vermos o Todocomo Uno.A SOCIEDADE NA VISÃO DEAUMBANDANPara o Aumbandan a Sociedade ideal é umasociedade baseada no cooperativismo, interessada no380AUMBANDANCAPÍTULO XVIIIbem comum e na evolução espiritual de todos. Seusvalores são universalistas e não separatistas, issosignifica a extinção das discriminações e mesmo dasbarreiras geopolíticas e de linguagem.Além disso, a escala de valores da sociedadepreconizada pela Umbanda baseia-se no fato de quesomos espíritos eternos imersos na matériatransitória. Portanto, nosso maior interesse não deve

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estar calcado nos bens impermanentes, perecíveis,mas na conquista de atributos superiores depersonalidade que nos sintonizem cada vez mais comos Planos Ariândicos.Para a concretização dessa nova era de paz eevolução para o nosso planeta é preciso umamudança na visão que se tem do poder político e dosgovernos. Os líderes dessa nova sociedade deverãoser aqueles que se destacarão pela Sabedoria, peloAmor, pela Capacidade de auxiliar a todos na jornadaevolutiva. Serão aclamados por serem os maiscapazes de acelerar a evolução planetária, por nãoestarem presos a desejos egoísticos e por conheceremas formas da libertação, tendo maior experiênciakármica. Ou seja, pessoas compromissadas com o bemcoletivo acima do individual e dispostas a se doarinteiramente a essa tarefa.O desenvolvimento necessita ser plenamentesustentado, sem agressão à natureza, commodificações na economia, no comércio e até mesmona forma de alimentação. É possível uma relação deequilíbrio entre o uso que fazemos dos recursosnaturais e a capacidade de renovação do planetadesde que vivamos de forma racional, sem pensarapenas na satisfação dos desejos dos sentidos.Isso significa uma relação mais harmônica doHomem com a Natureza e o Cosmos, reconhecendoseu caráter sagrado e, ao mesmo tempo, conhecendoo funcionamento da energia em seus aspectos maissutis, sabendo como agregar sobre si mesmo onecessário para sua manutenção física.Como corolário do esforço para o surgimento deuma nova sociedade, teremos o homem vivendo comtoda a plenitude que a existência possa permitir,seremos todos cidadãos planetários; não apenas comuma melhor distribuição das riquezas mas tambémcom uma nova visão sobre o que seja a própriariqueza em si.A PAZ MUNDIALPaz não significa apenas a ausência de guerras,de disputas políticas, sociais ou econômicas; mais doque isso, paz é um estado de tranqüilidade eprogresso social, caracterizado pelo relacionamentosaudável e cordial entre indivíduos ou povos. Oestado de Paz ou Guerra observado em umasociedade é, na verdade, o reflexo coletivo do grau dePaz interior de cada indivíduo.Em sentido mais amplo, podemos dizer que "paz"é o ambiente gerado no contato de indivíduos emestado de pleno equilíbrio mental, emocional e físico.

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A Fundação Arhapiagha para a Paz Mundial investeno Indivíduo como unidade fundamental dasociedade e propõe formas de se alcançar a Pazinterior para dar paz ao mundo.Para haver Paz externa é preciso haver Pazinterna. Nossas energias maiores devem serempregadas no intuito de resolvermos nossosconflitos interiores e deixar que nosso exemplocontagie os demais. E muito pouco produtivodespendermos esforços para transformar o mundoexterno de maneira impositiva.É claro que estando o indivíduo em Paz consigomesmo, naturalmente estará em paz em seu lar, comsua família, no trabalho, etc; não mais agredirá a seussemelhantes, à natureza e, principalmente, a simesmo.Como ponto primordial para a conquista da PazInterna e Externa, devemos ter sempre em mente aquestão da interdependência. O que quer queaconteça com um indivíduo ou o meio ambienteafeta, em maior ou menor proporção, a todos oshabitantes do mundo. Como conseqüência disso, nãopodemos esperar ter paz ou sermos felizes se todosnão experimentarem igualmente esta condição.Assim, a Fundação Arhapiagha para a PazMundial propõe que, para alcançar esses objetivos, ohomem deve alcançar a harmonia com quatro fatoresbásicos e interligados: com o próprio Indivíduo, coma Comunidade, com a Natureza e com o Sagrado. Asações desenvolvidas por esta fundação visam,portanto, criar condições para que estes quatroobjetivos sejam atingidos de maneira mais rápida esuave possível.381UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaO HOMEMCada indivíduo é um universo em si mesmo, avastidão interior é comparável à vastidão do cosmos.Raros são os que buscam conhecer a vastidão interior,a maioria prefere poupar-se o trabalho, mantendo-sena ignorância. O resultado é a criação de um hiato,um abismo entre o interior e o exterior, gerando adualidade e o conflito, o sujeito e o objeto. A dor e osofrimento são conseqüências dessa fragmentação quese espalha por tudo que o homem toca.A personalidade humana expressa-se através depensamentos, sentimentos e ações; deveria haver umperfeito entrelaçamento dessas três instâncias. Paratermos Paz devemos direcionar nossos Pensamentosno sentido da Sabedoria; nossos sentimentos no

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sentido do Amor; nossas ações no sentido daEvolução.Três são os venenos causadores das distorções dapersonalidade: egoísmo, vaidade e orgulho.Se um indivíduo quer ter Paz interior, deveprocurar eliminar estes venenos, cultivar ahumildade, a simplicidade e a pureza de intenções.Deve ter paciência e perseverança. Saber que ocaminho é longo e demorado, que a conquista maior(de si mesmo) é feita no silêncio. Compreender que ocrescimento leva o homem a servir, não a ser servido;que os maiores tesouros são imateriais e eternos.Queremos propagar essas realidades e acreditamosque com esforço poderemos criar uma novasociedade, um novo homem, livre desses venenos, eseremos todos mais felizes.A HUMANIDADEA busca da paz e da felicidade é inerente aqualquer indivíduo, não há quem busque,deliberadamente, o sofrimento e a dor. Ainda assim,mesmo com todos os indivíduos do planeta buscandoa alegria e a felicidade, o que encontramos é umahumanidade triste, doente, desconsolada e sofrendodores atrozes, morais e físicas. Por que será que oresultado é exatamente o oposto do esperado? Seráque o sofrimento é uma contingência inevitável davida e estejamos todos destinados a padecer desde onascimento até a morte? Acreditamos que não, e queé possível alcançarmos a felicidade de todos.O problema maior não é o desejo de ser feliz e deter progresso, mas sim o que consideramos felicidadee progresso e a maneira que buscamos atingi-los.Enquanto acreditarmos que para ter sucessoprecisamos ser melhores que os outros, ter podersobre nossos semelhantes ou acumular bensmateriais, continuaremos vítimas do sofrimento e dainsatisfação. O sucesso não é determinado pelacomparação entre indivíduos, mas sim pelo quantoalguém progride em relação a si mesmo e ao seupróprio potencial.Por outro lado, a felicidade não pode serencarada como um objeto absoluto, uma meta prédeterminada.A felicidade maior está justamente empoder contemplar a eterna mutação da vida eacompanhá-la de forma suave e natural, semodificando e se aperfeiçoando a cada dia.Por fim, o maior obstáculo para sermos felizes é ofato de que buscamos a felicidade do eu, a realizaçãopessoal. Funcionamos em sociedade como um "cabode guerra" com inúmeras cordas dispostas de maneira

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radial, como uma estrela, em que cada um puxa paraseu lado e ninguém sai do lugar.Em síntese, se você quer ser feliz, faça seupróximo feliz.A NATUREZAA harmonia com a Natureza é um dos fatoresprimordiais para termos Paz interna e externa. Nossavida origina-se e é mantida pela Natureza e seusreinos mineral, vegetal e animal. Entretanto, ohomem trata o meio ambiente com descaso,destruindo-o e espoliando os recursos naturais. Apostura da humanidade em relação ao planeta e ànatureza se dá nos moldes do parasitismoinconseqüente, no qual o parasita explora ohospedeiro até a morte, ocasionando a morte tambémpara si próprio.O homem não está para ser parasita da Terra, suarelação deve ser de simbiose com o planeta, dandooportunidade para o progresso mútuo. A insistênciaem destruir a natureza traz conseqüências desastrosaspara a própria humanidade, já que a interferêncianegativa sobre o equilíbrio natural dos ecossistemasprovoca efeitos invariavelmente nocivos ao homem.Como exemplos citamos: a destruição da camada deozônio, o efeito estufa, os382CAPÍTULO XVIIIcataclismos, as doenças contagiosas; todos, emúltima instância, produtos da insensatez humana.Devemos evitar destruir e, na medida dopossível, reconstruir o que danificamos no meioambiente. Precisamos reciclar materiais; produzirmenos lixo; encontrar alternativas alimentaressustentáveis; evitar a exploração e esgotamento dasriquezas minerais (elas são responsáveis peloequilíbrio eletromagnético planetário).Além desses aspectos, acreditamos que aNatureza seja fonte de remédio e tratamento paranossas desarmonias. Se o desenvolvimento do serhumano (ontogênese) repete o desenvolvimento davida no planeta (filogênese), temos representaçõesdos reinos naturais em nosso organismo. Enquanto aNatureza ainda preserva uma certa harmonia, o serhumano perdeu a sua própria. O convívio harmônicocom a Natureza pode restaurar o equilíbrio doindivíduo, não apenas pelos alimentos físicos, masprincipalmente mentais e afetivos que absorvemos demaneira mais ou menos inconsciente.Pretendemos demonstrar que a forma que oHomem trata a Natureza é a exteriorização do

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tratamento que o homem dá a si mesmo, ou seja, deuma maneira imediatista, gananciosa, ignorante eegoística. Queremos ajudar ao homem aprender atratar de si mesmo ensinando-o a observar aNatureza.O SAGRADOTodos os povos do planeta têm suas formaspeculiares de se relacionar com o Sagrado, com asrealidades divinas. Todas as religiões oumanifestaçõesmísticas devem ser igualmente respeitadas, tendo agarantia de liberdade de expressão.O grande paradoxo é que, embora as religiõesdevam ser motivo de concórdia e união entre ospovos, o que se observa na prática é que têm servidopara separar indivíduos e nações.A Fundação Arhapiagha para a Paz Mundialacredita que é possível criar uma integração eharmonia entre todas as religiões, basta ressaltarmosos pontos que todas as doutrinas têm em comum parapromover a união, e não nos basearmos nasdiferenças para fazer separações. Sabemos que todasas religiões pregam a Fraternidade, a Caridade, oAmor, a Sabedoria, a Humildade, entre outroselevados propósitos; precisamos apenas vivê-los ecompartilhá-los.Acreditamos que todo indivíduo necessita pensarsobre o Sagrado, sobre as realidades intangíveis,sobre o Eterno, que não teve início e não terá fim.Não podemos ter medo ou vergonha de buscarcolocar nossa forma de ver essas questões em nossocotidiano. A sociedade atual quer passar uma idéiafalsa de que a realidade, o progresso e a ciênciasejam, necessariamente, ateístas e desvinculados doespírito e que toda religião seja tolice ou fantasiagerada pela ignorância dos fenômenos naturais.O conceito da Divindade, com pequenasvariações de visão, é inato a todo ser humano; estefator deve ser considerado por todo aquele que desejaalcançar a Paz. Mais que isso, deve o homemprocurar, segundo suas tendências e afinidades, osistema que melhor lhe proporcione esterelacionamento saudável com o sagrado, com oabstrato e procurar tornar cada instante da sua vidaigualmente sagrado e devotado aos princípios queacredita.383

A Escola de Síntese Remete à Convivência Pacífica

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Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10 de Dezembro de 1948, proclamou a Declaração Universaldos Direitos Humanos. Este foi um passo importantíssimo no sentido da Paz Mundial, não apenas peloconteúdo da Declaração que, de certa forma, consiste em uma necessária adaptação à sociedade moderna deprincípios filorreligiosos há muito existentes, mas principalmente por estabelecer como prioridade aobservância desses princípios adaptados em todos os países filiados e permitir que a Assembléia pudesseinterferir quando esses direitos fossem violados. Talvez esse tenha sido o primeiro passo mais concreto para oinício da comunidade global, pois esse instrumento era e é capaz de ultrapassar, sem necessidade de vistos, asbarreiras geopolíticas e sócio-religiosas.Embora haja um hiato considerável entre a teoria e a prática, até nas questões mais severas einadmissíveis como o trabalho escravo, que ainda existe declarada ou disfarçadamente, acreditamos quealcançar a garantia desses direitos para o ser humano é o mínimo indispensável para qualquer progressoespiritual efetivo. É claro que há uma parcela pequena, mas significativa, da população mundial que vivenciaconceitos mais avançados que os citados; por exemplo, alguns já entendem que a garantia de propriedade éirrelevante quando consideramos que, em realidade, não existe propriedade privada ou estatal, bens móveisou imóveis e até nosso corpo não nos pertence, pois todos alcançaremos o outro lado da vida e, com a mortedo corpo físico, deixaremos para trás todos nossos pertences. Só restarão os tesouros que o ladrão não rouba ea traça não rói...A Umbanda orienta que estejamos em Paz, que possamos dar valor e sentirmo-nos abençoados a cadadia de vida, nossa e dos outros, que sejamos simples e tratemos a todos com respeito, fraternidade e caridade.Liberdade, Fraternidade e Caridade: esta é uma boa meta a seguir. Esqueçamos, portanto, as desavençassociais e, principalmente, religiosas, todas tão efêmeras. Se temos convicção do que tomamos como nossosvalores místicos, não devemos temer a ninguém, nem impor nossa visão a quem quer que seja; devemossimplesmente seguir o caminho que escolhemos e até mudar se acharmos certo, mas, no final da vida, do outrolado, comprovaremos nós mesmos até onde alimentamos ilusões. Quando este momento chegar, nada vaiadiantar que você tenha convertido dez milhões de pessoas se você não converteu a si mesmo, de verdade.A postura da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino e seu Mestre Espiritual - Yamunisiddha Arhapiagha

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é, no que se refere ao contexto brasileiro e universal da Umbanda, de buscar sempre a Paz e a União. MestreArhapiagha tem lutado para derrubar as barreiras existentes entre as religiões e, principalmente, dentro dopróprio Movimento Umbandista. Sobre isto, duas questões básicas devem ser ressaltadas:lº - Mestre Arhapiagha deseja estender os limites de integração dos umbandistas com todos os povos,independentemente dos credos ou de qualquer outra limitação. Devemos ter respeito com todas as385AUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicaformas de pensamento religioso. Acreditamos quedevemos buscar a melhora interior, mas esta não estádesvinculada da melhora do planeta. Entendemos queé dever fundamental de todas as religiões dar oexemplo de união e paz ao mundo. Exercendo estepapel, estaremos sendo verdadeiros sacerdotes dahumanidade.Na verdade, a Umbanda preconiza que todas asfilosofias religiosas se unam e busquem viver osprincípios comuns a todos e fazer renascer a Proto-Síntese Relígio-Científica, com a perfeita integraçãoentre Filosofia, Ciência, Arte e Religião. A partir daíestaremos aptos a avançar para a Proto-SínteseCósmica que une a Sabedoria e o Amor Cósmicos efaz a perfeita integração entre Espírito e Matéria. É aprópria Lei Divina Revelada, o AUMBANDAN ouOMBHOUDDHA, que também significa,Hieraticamente — A POTÊNCIA DOSILUMINADOS.Existem pontos de contato entre as filosofiasmísticas, todas guardam consigo fragmentos daTradição Primeva. Se somarmos esforçosencurtaremos o tempo que levará para esta Tradiçãose restabelecer definitivamente no solo terreno.Todos podem e devem contribuir, shintoístas,taoístas, hindus, jainistas, budistas, culto de naçãoafricanos, mulçumanos, judeus, católicos eprotestantes, druidas, cultos ameríndios etc. Enfim,todos sem exceção têm o que fazer pela humanidade;temos que deixar as rusgas do passado e agirpositivamente hoje.2º — Mestre Arhapiagha é contra qualquer tipode distinção ou discriminação dentro do MovimentoUmbandista. Acredita que somos todos igualmenteimportantes, independentemente do tipo de ritual queas pessoas venham a seguir. A marcha da evoluçãoacolhe a todos e se há uma escada, todos os seus

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degraus são igualmente necessários. Por essesmotivos é que deixamos de usar a denominação de"Umbanda Esotérica", herdada do Mestre encarnadoMatta e Silva, pois acredita que a Umbanda é umasó.Qualquer templo tem seus aspectos internos eoutros públicos; há alguns templos que aprofundamsemais nos aspectos iniciáticos, como a OrdemIniciática do Cruzeiro Divino, mas esta é uma facetada OICD, que também considera fundamental oatendimento às pessoas que procuram o Templo. Damesma forma, considero que todos os grausconscienciais são merecedores do mais amplo eirrestrito respeito; que todos merecem atendimentoadequado e, assim pensando, mantém osagrupamentos que possam atender a essas pessoas emsuas necessidades e capacidade de entendimento.Hoje, a Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino é umagrande família, que já não cabe em uma única casa,mas que mantém os elos de carinho, fraternidade erespeito entre todos, independentemente de onde seencontrem as pessoas.Por isso é que fundamos uma nova-velha escola,a Escola de Síntese, que não faz distinções e procuraa confraternização, no Movimento Umbandista.Entendemos que o trabalho desenvolvido por todosos confrades é importantíssimo. Se há um pastor eum rebanho é porque o pastor é o melhor para o seurebanho e vice-versa. Apenas a Ordem Iniciáticaentende que a reunião de todos, em volta de ummesmo propósito dará à Umbanda seu devido valor erepresentatividade social, podendo colaborar naerradicação do sofrimento e da miséria em todos osâmbitos.Esperamos que todos percebam a obviedade deque a Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino nãopretende qualquer tipo de controle político oureligioso, nem reclama supremacia sobre quem querque seja. Nós, sinceramente, desejamos convidar atodos os Mestres de todos os Templos paraformarmos uma irmandade, uma congregação deconsenso que busque a convivência pacífica e comforças multiplicadas entre as várias formas de rituais.Procuremos a simplicidade, buscando o que éverdadeiro para todos, a cura de todos os males dohomem, físicos e espirituais. Encerramosrelembrando:"O Homem Sábio é aquele que respeita a todos,tem poucos apegos e procura viver com simplicidadecrescente."

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Aos nossos Irmãos Planetários peço que aceitemnossas bênçãos de Paz e Luz e votos de uma longavida de realizações espirituais.Discípulos de Yamunisiddha Arhapiagha386A Vertente Una do SagradoSagrado é a Espiritualidade universal, inerente a todos os Seres Humanos, corresponde à Essência decada um de nós e transcende ao corpo físico, assim como a toda forma de energia. O Sagrado é,portanto, atemporal, adimensional — Eterno e Infinito.Nossa consciência oscila entre a percepção das formas temporais e a percepção do Ser-em-Si, do Sagradodentro de nós, que não tem forma, nem tempo. Infelizmente, nossa sociedade atual polariza-se na Realidadematerial, esquecendo-se da Realidade Espiritual, já não percebemos que a realidade material é apenas umamanifestação do Espírito e que, assim como teve início, terá fim.A conseqüência direta da hipervalorização da forma em detrimento da Essência é que passamos a pautarnossos valores e relações sociais em função das diferenças aparentes que existem entre nós. Advêm daí osvários preconceitos e discriminações como os relacionados com a etnia, com o sexo, com a cultura, com onível sócio-econômico, com a religião etc.Temos uma sociedade que dá mais valor à diferença do que à semelhança de todos nós. Favorecemosassim o egoísmo, o exclusivismo e o separatismo.Estamos acostumados a pensar de forma analítica, vemos a diversidade aparente da natureza perceptívelaos nossos sentidos e acreditamos que a pluralidade é a característica do Real. Não percebemos que se nãotivéssemos as limitações que "cercam" nossa consciência, seríamos capazes de ver que são as mesmaspartículas subatômicas que formam toda a existência no plano microscópico e que estamos todos inseridosem um grande contexto universal, onde tudo está interligado, no plano macrocósmico.Quando a Escola de Síntese afirma: — Nossa Pátria é o Planeta Terra; quer dizer que percebe a imensafamília planetária que representa a Humanidade e que temos nossos destinos entrelaçados. Ainterdependência é o guia da Ética proposta por essa Escola de pensamento filosófico. Todo esforço quefazemos no sentido do autoconhecimento remete à identificação com o outro e passamos a entender o Bemcomo algo necessariamente coletivo; não existe Bem quando é só para um e não para todos.Com esses conceitos em mente, podemos definir Convergência e os princípios que podem nortear este

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processo.A Convergência aponta para o Sagrado, este, por sua vez, é a Unidade e Universalidade de todas as coisase por essa visão não dualista compreende todas as faces da Realidade Espiritual e Material e está presente emtodos os Seres, assim como em todos os setores que buscam a vivência desse mesmo Sagrado.Por conseguinte, entendemos que todas as Religiões são boas, todas contêm o Sagrado dentro de si emerecem ser respeitadas e louvadas em seus veneráveis propósitos. O primeiro passo da Convergência é aConvivência Pacífica, algo que somente se instalará quando começarmos a dar mais valor à semelhança entre387OUMBANDA — A Proto-Síntese Cósmicatodos os setores filo-religiosos, compreendendo queas diferenças atendem à variação de entendimento doSagrado que nós, seres humanos, possuímos.O segundo passo da Convergência é acompreensão da Vertente-Una do Sagrado. Passamosde uma visão fenomênica que ressalta as diferençaspara um visão mais aprofundada, interessando-nos asemelhança estrutural, os princípios que formamtodas as religiões.Como podemos observar no diagrama a seguir,todos acreditam em uma Realidade Divina, perfeita,eterna, Una e imaterial. Os Cristãos chamam Deus;os islâmicos, Allah; os judeus, Ieve; os budistasNirvana ou Mente Incriada; os Taoístas, Tao; osvedanta, Brahman e assim por diante. Desta forma,temos o topo de nossa Vertente-Una.Existem, também, em todos os setores, PotestadesDivinas que coordenam o Universo, as formações damatéria, as leis que regulam a evolução dos seres,com nomes diferentes segundo cada setor, mas comfunções semelhantes.A seguir, temos os Ancestrais Ilustres dahumanidade, seres que viveram no planeta,encarnados e que foram veículos da manifestação doSagrado em sua pureza. Foram os grandes patriarcas,profetas de todos os povos, grandes líderes dahumanidade que revelaram meios, métodos e regraspara a união do homem com o Sagrado. Os princípiosensinados por estes augustos condutores de raçasforam sempre os mesmos, apenas adaptados a cadalocal e situação.Por fim, temos a humanidade terrena que ainda sedigladia tentando fazer prevalecer a idéia de umsobre os outros, buscando a satisfação dos sentidos

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como forma de realização da personalidade temporal.Essa mesma humanidade necessita engajar-seneste processo de verticalização que conduz aoSagrado, ao destino ultérrimo da nossa coletividadeplanetária.Esperamos uma nova sociedade, condizente que anatureza sagrada de todos os seres. Reinará noplaneta a Paz Mundial e viveremos a Felicidadetambém durante a vida terrena, pois o Sagrado não éalgo para se almejar para depois da vida física, maspara se realizar hoje e aqui.A Umbanda, humildemente, pretende contribuir comnossa família planetária nessa caminhada, por issoabre suas portas em todas as direções para receber eaceitar as pessoas como elas são e, lentamente, darlhessubsídios para serem mais felizes e conquistarempaz interior que se reflete na Paz do Mundo. A Escolade Síntese preconiza, na teoria e na prática, aUniversalidade e a Unidade de todas as coisas quenos remete à Paz Mundial e à Convergência. Este é oprincípio que sustenta todas as nossas ações, mesmoquando atuamos no campo da pluralidade,respeitando o momento de cada um, com a certeza deque somos todos sagrados.Entendemos que a finalidade da Umbanda éreunir o Homem com sua Realidade Espiritual atravésde três etapas: 1a Reunião com os Ancestres Ilustres(Ritosmediúnicos) 2a Reunião com as Potestades Divinas(Ritos de Canalização com os Arashas) 3a Reuniãocom a Divindade Suprema (Identificação com aConsciência-Una) Vejamos no esquema abaixo asHierarquias espirituais como são entendidas pelaEscola de Síntese e cada um poderá transpor estesistema para todos os demais setores filorreligiosos.388Umbanda — A não-Religião ou a Vivência Imediata do SagradoVERTENTE-UNA DO SAGRADODIVINDADE SUPREMAPOTESTADES DIVINASANCESTRAIS ILUSTRESHUMANIDADE"O Sagrado é a Espiritualidade Universalinerente a todo o ser humano,imaterial e atemporal."389O Sonho Concretizadoodos desejamos a Paz no Mundo, a resolução dos conflitos que nos causam tensões, sejam elas as

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guerras entre os povos ou a batalha cotidiana que cada um de nós enfrenta para conquistar, em primeiroplano, a sobrevivência e, quando muito afortunados, uma boa qualidade de vida.Apesar da vontade global de conquista de uma estrutura social diferente, a impressão que temos é a deque tendemos à manutenção das desigualdades ou até ao agravamento das mesmas.Duas causas podem ser apontadas para a persistência da fome, da doença, da guerra e da mortedevastando nossa família planetária:• a primeira é a insistência em manter uma sociedade baseada em competição e em valores políticoeconômicosque sobrepujam os valores humanos (individuais ou sociais). Assim, as soluções deprogresso e globalização são sempre reféns da necessidade do lucro e, invariavelmente, ineficazes paraa maioria. Temos, por conseguinte, uma sociedade estática, com uma pequena elite no centro e agrande maioria da população na periferia, à margem dos processos de decisão e cultura.• a segunda causa é que os setores empenhados na busca da Paz, sejam ligados à filosofia, à ciência, àreligião ou à arte, pensam e atuam de maneira isolada, tomando caminhos divergentes, aumentando astensões sociais.Neste contexto, funda-se a Faculdade de Teologia Umbandista (FTU) como alternativa para a mudança doestado atual. Esta iniciativa pretende representar uma mudança de paradigmas, provocando um abalo positivoe pacífico nessa estrutura estática com uma transformação qualitativa dos valores contemporâneos.Explicaremos agora como a Faculdade de Teologia Umbandista se credencia para colaborar com a realizaçãode uma sociedade mais justa.A Umbanda é habitualmente tida como cultura de periferia, até mesmo marginalizada e estigmatizadacomo idolatria pagã. Na verdade, a Umbanda oscila entre periferia e centro, focalizando suas ações onde émais necessária.A Umbanda procede dessa forma porque entende que não há, em essência, qualquer diferença entre os quese encontram na base da pirâmide social e os que se posicionam, por força político-econômica, no topo. Alémdisso, a Umbanda prima pela universalidade de seus princípios e fundamentos filosóficos e doutrinários,podendo, de maneira singular, receber a todos os irmãos planetários oriundos de quaisquer setoresfilorreligiosos ou estratos socioeconômicos, culturais ou étnicos.390

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TO SONHO CONCRETIZADOA fundação da Faculdade de Teologia Umbandistarepresenta um avanço para a Umbanda porque, nomomento em que se dirige da periferia ao centro,arrasta consigo tudo o que existe na periferia, nãoapenas umbandistas mas a sociedade como um todo.Outra questão fundamental é que a Faculdade deTeologia Umbandista preconiza a unidade e auniversalidade de todas as coisas, promovendo aconvergência que se consubstancia na Paz Mundial.Na prática, significa respeitar todos os setoresfilorreligiosos comocorretos em seus pontos de vista, gerando umaconvivência pacífica entre todas as religiões. A seguir,propõe a convergência, mostrando que p Sagrado estáalém dos pontos de vista e que podemos todos,gradualmente, transitar das formas particulares deentendimento para habitar na essência de todas asreligiões que é o Sagrado, a Realidade-Una.Convidamos todos os irmãos planetários aconhecerem a sede da Faculdade de TeologiaUmbandista, suas propostas e programa curricular.391UMBANDA — A Proto-Síntese CósmicaINSTITUIÇÕES CONDUZIDAS PELO AUTOROrdem Iniciática do Cruzeiro DivinoTemplo IniciáticoAv. Santa Catarina, 400 - Vila Alexandria(próximo ao Aeroporto de Congonhas) CEP04635-001 - São Paulo - SP - Brasil Fone: 55(0XX11) 5031-8852Templo PúblicoRua Chebi Massud, 157 - Vila Água FundaCEP: 04156-0050 - São Paulo - SP - BrasilFone: 55 (0XX11) 5073-9056Colégio Tântrico de Umbanda Rua ChebiMassud, 161 - Vila Água Funda CEP: 04156-0050 - São Paulo - SP - Brasil Fone: 55(0XX11) 5073-9056Centro de Estudos Avançados e Pesquisas em Teologia da Convergência Av.Santa Catarina, 406 - Vila Alexandrina CEP: 04635-001 - São Paulo - SP -Brasil Fone: 55 (0XX11) 5031-8452Faculdade de Teologia Umbandista (FTU)Av. Santa Catarina, 414 - Vila AlexandriaInternet.www.umbanda.org.www.ombhandhum.org.www.arhapiagha.org.Instituto de Estudos Avançados e Pesquisas em

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Medicina Tântrica Rua Lacedemônia, 425 -Aeroporto CEP: 04635-001 - São Paulo - SP -Brasil Fone: 55 (0XX11) 5031-8448392Umbanda - A Proto-Síntese Cósmica é a obrade referência, por excelência, para todos os quedesejam ultrapassar o véu das aparências no quese refere à Umbanda e que desejam conhecê-laa fundo, seja em seus aspectos ritualísticos oudoutrinários. Uma obra indicada aos adeptosdos arcanos da Tradição."[...]Então, o mentor espiritual vem através deseu médium autenticar os ensinamentos maislímpidos, que são eternais ou de todas asEscolas Iniciáticas ou Filosóficas de conceitoda Antigüidade [...] Inumeráveis leitores denossas obras vão encontrar semelhanças noque escrevemos e no que está nesta obra.Evidentemente, a verdade não são duas, é umasó. Uns alcançam-na até certo ponto e outrosainda vão além, dentro da sua relatividade."W. W. Da Matta e Silva, médium, escritor eMestre Espiritual; modificou o panoramaumbandístico com nove obras de escol, entreelas Umbanda de Todos Nós e Lições deUmbanda."Rivas Neto (Mestre Arhapiagha) veio à Terracom a missão espiritual de resgatar e replasmara Umbanda em sua total pureza. Nesta obraímpar, ele reitera a ancestralidade euniversalidade da Umbanda que remete-nos àConvergência, à Paz Mundial."Reinaldo Leite, advogado, escritor renomado,orador espírita internacionalmente conhecido."Se tivéssemos que sintetizar nossa visão sobreUmbanda — A Proto-Síntese Cósmica,diríamos que é uma obra definitiva, seusconceitos transcendem a visão dos adeptos, dosacadêmicos e mesmo da maioria dossacerdotes, revelando uma doutrina cujaconsistência nem sequer é imaginada."Roger Feraudy, odontólogo, ensaísta,compositor da MPB, renomado escritor e poeta.Profundo conhecedor da Umbanda em seusaspectos teórico-práticos. Escreveu várias obrasumbandistas de alta relevância para omovimento."O contato com Umbanda - A Proto-SínteseCósmica e, posteriormente, com MestreAthapiagha lançou luz sobre a visão que

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tínhamos sobre a Umbanda, desfazendoconceitos errôneos adquiridos em outras obras.Chamou-nos a atenção a naturalidade com quesão conciliadas a Ciência, a Filosofia e aReligião..."Sergio Rigonatti, psiquiatra forense, professordo Instituto de Psiquiatria da USP, leitor críticoda literatura espiritualista, com autoridade noassunto por experiência própria e por herançapaterna.amunisiddha Arhapiagha (F. Rivas Neto) éum dos escritores mais conceituados do meioumbandista na atualidade. Como Mestre-Raizda Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, elevou aUmbanda a patamares de reconhecimentointernacional, trazendo como estandarte aConvergência para a Paz Mundial, incentivando abusca do Sagrado que é a essência de todas asreligiões.Sua atividade espiritual iniciou-se aos 12 anos,sendo responsável pela condução sacerdotal de seupróprio templo já a partir dos 18 anos. Paralelamenteà formação adquirida pelo convívio com seu mestreencarnado W. W. da Matta e Silva - o MestreYapacani - por quase vinte anos, graduou-se emMedicina e especializou-se em Cardiologia.Como resultado desta dupla missão, coordenahoje um centro de estudos avançados de MedicinaTântrica, observando a saúde e a doença tanto doponto de vista físico denso, como espiritual-mentalsutil, proporcionando uma abordagem não-dualistada existência encarnada.Fruto de sua vivência kármica por várias vidasdedicadas à busca da cura integral, traz como legadoa Tradição de Síntese, da qual é expressão viva,revelando suas bases fundamentais através daDoutrina do Tríplice Caminho que representa oveículo necessário para harmonizar-se Mente,Sentimento e Ação.Além de Umbanda — A Proto-Síntese Cósmica,escreveu sete obras e é o responsável por mais detrinta templos, que dirige com a ajuda de seusdiscípulos diretos. Mantém ainda uma Fundação paraa Paz Mundial, sites na Internet, programas detelevisão, cursos permanentes e vários workshopsdurante o ano.Yamunisiddha Arhapiagha representa a TradiçãoCósmica, de abrangência universal, denominadahieraticamente de Ombhandhum, utilizando-se domovimento umbandista como meio de

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conscientização de todas as pessoas preocupadascom o planeta e com a criação de uma novahumanidade.Peça catálogo gratuito àEDITORA PENSAMENTORua Dr. Mário Vicente, 368 - Ipiranga04270-000 - São Paulo, SPFone: (11) 272-1399 - Fax: (11) 272-4770E-mail: [email protected]://www.pensamento-cultrix.com.brYMETAFÍSICAUmbanda — A Proto-Síntese Cósmica é considerado um grande clássico da literaturaumbandista. Desde seu lançamento em 1989 foi responsável por uma profunda mudançana visão que havia da Umbanda, tanto pelos próprios umbandistas, que encontraramsustentação doutrinária e filosófica capaz de guiá-los no caminho espiritual, quanto pelosnão-umbandistas filósofos, cientistas, religiosos ou artistas que se sentiram cativados pelauniversalidade espiritual expressa nesta obra.Os conceitos firmados neste texto pela entidade espiritual que se apresenta comoMestre Orishivara (Sr. Sete Espadas) foram os precursores, traçaram as bases sobre asquais se fundou a conhecida Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino e sua vertente filosófica- a Escola de Síntese - que procura revelar a Unidade e Universalidade de todas as coisas.Aqui encontramos a descrição de uma Raça Cósmica, ancestral no planeta, que deixoucomo legado as chaves para a conquista da convergência entre todas as raças, pelacompreensão da igualdade em essência entre todos os seres humanos e sua unidade com oSagrado. Estas chaves que abrem as portas da Sabedoria e do Amor para desvendar aorigem comum de todos os sistemas gnósticos chama-se Tradição de Síntese ouAumbhandhan (lê-se Ombhandhum).Para o neófito e o adepto dos primeiros passos do caminho gradual, Umbanda — AProto-Síntese Cósmica é a trilha clara, simples e lógica que oferece uma jornada segura efeliz. Para o iniciado e o sacerdote, avançados nos princípios que se expressam nas leis queregem os fenômenos, Umbanda — A Proto-Síntese Cósmica é o arcano que revela o

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segredo de Tantra, Mantra e Yantra e consubstancia o Universo em Luz, Som eMovimento.A atual edição, revista e ampliada, representa um novo marco para o movimentoumbandista pois, além do texto base, contém adendos introdutórios e finais que remetem àEpistemologia, Ética e Métodos aplicados na Escola de Síntese e necessários para osprocessos da Teologia da Convergência ensinada na Faculdade de Teologia Umbandistafundada pelo autor desta obra.EDITORA PENSAMENTO

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