a trilha dos holandeses É uma via publica a pe-039

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A TRILHA DOS HOLANDESES É, EM REALIDADE, UMA ESTRADA (PE-039), UMA VIA PUBLICA by Christopher Sellars on Friday, 9 December 2011 at 22:25 · Como morador em Vila Velha, Ilha de Itamaracá, posso assegurar que o principal problema que atrasa o desenvolvimento turistico do povoado é uma questão de acesso e transporte publico. A vila há mantido o seu charme e singularidade graças em grande parte ao seu isolomento, hoje, em face de grandes projetos imobiliários, e o nefasto Plano de “Preservação”, o desafio é como manter aquele charme e singularidade, e evitar a destruição da comunidade e seus costumes, tradições e jeito de vida. O polo sul da ilha, Forte Orange, Projeto Peixe-Boi recebe uma grande quantidade de turistas, a maioria dos quais chegam em ônibuses de excursão, e não disponham de transporte próprio para dar a volta de 15kms pela estrada ate Vila Velha. Pesar do que O Forte Orange e Vila Velha estão separados por apenas 2.5kms via a “Trilha dos Holandeses” a Vila Velha está privado de receber esses turistas por vários motivos, falta de informação, falta de sinalização da mesma via e por conselhos locais, bem intencionados, mas ruins, do perigo de assaltos na trilha. Aqui ofereço uma solução barato, simples e altamente sustentável que beneficiará o publico em geral, os turistas e os moradores de Vila Velha. Os turistas e o publico terão um fácil acesso à maravilhosa história, natureza e beleza de Vila Velha. Os moradores da vila estariam beneficiados com um aumento nos ingressos de seus pequenos negócios, e também com uma solução aos seus problemas de transporte publico. Nesse jeito a Vila Velha pode manter um grau de isolomento e assim preservar seu sossego e ar bucólico, e ao mesmo tempo evitar a chegada do barulho de carros com som etc..

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Information about the Trilha dos Holandeses Ilha de Itamaracá, Pernambuco.

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Page 1: A TRILHA DOS HOLANDESES É UMA VIA PUBLICA A PE-039

A TRILHA DOS HOLANDESES É, EM REALIDADE, UMA ESTRADA (PE-039), UMA VIA PUBLICAby Christopher Sellars on Friday, 9 December 2011 at 22:25 ·

Como morador em Vila Velha, Ilha de Itamaracá, posso assegurar que o principal problema que atrasa o desenvolvimento turistico do povoado é uma questão de acesso e transporte publico.  A vila há mantido o seu charme e singularidade graças em grande parte ao seu isolomento, hoje, em face de grandes projetos imobiliários, e o nefasto Plano de “Preservação”, o desafio é como manter aquele charme e singularidade, e evitar a destruição da comunidade e seus costumes, tradições e jeito de vida.  O polo sul da ilha, Forte Orange, Projeto Peixe-Boi  recebe uma grande quantidade de turistas, a maioria dos quais chegam em ônibuses de excursão, e não disponham de transporte próprio para dar a volta de 15kms pela estrada ate Vila Velha.  Pesar do que O Forte Orange e Vila Velha  estão separados por apenas 2.5kms via a “Trilha dos Holandeses”  a Vila Velha está privado de receber esses turistas por vários motivos,  falta de informação, falta de sinalização da mesma via e por conselhos locais, bem intencionados, mas ruins, do perigo de assaltos na trilha.Aqui ofereço uma solução barato, simples e  altamente sustentável  que beneficiará o publico em geral, os turistas e os moradores de Vila Velha.   Os turistas e o publico terão um fácil acesso à maravilhosa história, natureza e beleza de Vila Velha.  Os moradores da vila estariam beneficiados com um aumento nos ingressos de seus pequenos negócios, e também com uma solução aos seus problemas de transporte publico.   Nesse jeito a Vila Velha pode manter um grau de isolomento e assim preservar seu sossego e ar bucólico, e ao mesmo tempo evitar a chegada do barulho de carros com som etc.. A TRILHA DOS HOLANDESES É, EM REALIDADE, UMA  ESTRADA (PE-039), UMA VIA PUBLICAConfere:-    http://www.der.pe.gov.br/Malha/Mapa/2010_Mapa_Rodovi%C3%A1rio.pdf

Page 2: A TRILHA DOS HOLANDESES É UMA VIA PUBLICA A PE-039

 A  estrada de vinculação entre Vila Velha e o Forte Orange (PE-039), tem estado em uso continuo, por quase 400 anos, desde que os holandeses construíram a ponte sobre o Rio Paripé  para ligar a Vila Velha com o Forte Orange.    Antes da quebra da ponte em 1948 foi a única via para chegar ao forte.   Apos de 1948 o sector Vila Velha - Forte Orange caiu em desuso como via para veículos, e por falta de manutenção a mata fecho deixando-a apta só para pedestres, mas, esse desleixo por parte das autoridades não quita a sua qualidade de via publica, e como tal é inalienável, imprescriptivel e impenhoravel.      A pavimentação da entrada à Vila Velha foi efetuado em 1986/7 pela FIDEM, e deveria tido a sua continuação ate o lado oeste do ponte sobre o Rio Paripé, mas, por uma objeção por FUNDARPE, foi terminado em cima na entrada do povoado,  provocando o terrível estado da ladeira por erosão pluvial que existe hoje. 

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       Referente à questão ambiental, e possíveis objeções, incluo um diagrama do zoneamento da APA - Santa Cruz 2008.   Como pode ver a rota da estrada passa por uma zona UAH-02 antropizado entre meio das zonas de manguezal e mata atlântica em recomposição,  então há pouca possibilidade de objeções por parte de IBAMA, CIPOMA etc.. para limpa a via.  APA (Área de Proteção Ambiental) – Santa Cruz   lei desde 2008 

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 Os benefícios em limpar e abrir a trilha são múltiplos; Resolve o problema de transporte dos moradores de Vila Velha, podendo eles cruzar a ponte pedestre sobre o Rio Paripé e pegar o trem turístico ou kombi e acessar o sistema de transporte publico. 

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Resolve o problema da chegada dos turistas a Vila Velha,  evitando a volta de 15kms pela estrada.  A grã maioria dos turistas chegam ao Forte Orange e Peixe Boi em ônibus. Criar a possibilidade para os moradores de organizar transporte turístico com carroças puxados por cavalo, jumento ou talvez boi, uma cosa muito  turístico e charmoso. Aumentar o fluxo de turistas na Vila e os ingressos dos moradores. Aumentar a segurança na área e reduzir o malandragem que surge de vez em quando. O custo de abrir a trilha seria mínimo, são 2,5 km. e não precisa pavimentação, podia estar efetuado em pouco tempo com mão de obra de Vila Velha.                                       Em anexo;               Mapa topográfico de 1940/1948, tal vez levantado pela prefeitura de Igarassú ante da emancipação de Itamaracá.              Notas sobre bens públicos              Zoneamento da APA - Santa Cruz       Bens Públicos 

1. Conceito:

Bens Públicos são todos aqueles que integram o patrimônio da Administração Pública direta e indireta. Todos os demais são considerados particulares. 

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“São públicos os bens de domínio nacional pertencentes as pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual fora pessoa a que pertencerem” (art. 98 do CC). – As empresas públicas e as sociedades de economia, embora sejam pessoas jurídicas de direito privado, integram as pessoas jurídicas de direito público interno, assim os bens destas pessoas também são públicos. 

1. Classificação:

O artigo 99 do Código Civil utilizou o critério da destinação do bem para classificar os bens públicos. 

  Bens de uso comum: São aqueles destinados ao uso

indistinto de toda a população. Ex: Mar, rio, rua, praça, estradas, parques (art. 99, I do CC).

 O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou oneroso, conforme for estabelecido por meio da lei da pessoa jurídica a qual o bem pertencer (art. 103 CC). Ex: Zona azul nas ruas e zoológico. O uso desses bens públicos é oneroso. 

Bens de uso especial: São aqueles destinados a uma finalidade específica. Ex: Bibliotecas, teatros, escolas, fóruns, quartel, museu, repartições publicas em geral (art. 99, II do CC).

  Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade

comum e nem a uma especial. “Constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas entidades” (art. 99, III do CC).

 Os bens dominicais representam o patrimônio disponível do Estado, pois não estão destinados e em razão disso o Estado figura como proprietário desses bens. Ex: Terras devolutas. 

1. Afetação e desafetação:

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Afetação consiste em conferir ao bem público uma destinação. Desafetação (desconsagração) consiste em retirar do bem aquela destinação anteriormente conferida a ele. Os bens dominicais não apresentam nenhuma destinação pública, ou seja, não estão afetados. Assim, são os únicos que não precisam ser desafetados para que ocorra sua alienação.  Regime jurídico dos bens públicos  

1. Noções Gerais:

A concessão desse regime jurídico decorre dos interesses que o Poder Público representa quando atua. 

Inalienabilidade

  Imprescritibilidade

  Impenhorabilidade

  

1. Inalienabilidade:

  Regra geral: Os bens públicos não podem ser alienados

(vendidos, permutados ou doados).

  Exceção: Os bens públicos podem ser alienados se atenderem

aos seguintes requisitos:

  Caracterização do interesse público.

 

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Realização de pesquisa prévia de preços. Se vender abaixo do preço causando atos lesivos ao patrimônio público cabe ação popular.

  Desafetação dos bens de uso comum e de uso especial: Os bens

de uso comum e de uso especial são inalienáveis enquanto estiverem afetados. - “Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar” (art. 100 do CC).

 Os bens dominicais não precisam de desafetação para que sejam alienados. - “Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei” (art. 101 do CC). 

   

Necessidade de autorização legislativa em se tratando de bens imóveis (art. 17 da lei 8666/93). Para bens móveis não há essa necessidade.

  Abertura de licitação na modalidade de concorrência ou leilão: O

legislador trouxe no artigo 17 algumas hipóteses de dispensa de licitação:

  Dispensa de licitação para imóveis:

  Dação em pagamento (art. 17, I, “a” da Lei 8666/93).

  Doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade

da Administração Pública, de qualquer esfera de Governo (art. 17, I, “b” da Lei 8666/93).

 

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Permuta, por outro imóvel que atende os requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta lei (art. 17, I, “c” da Lei 8666/93).

  Investidura (art. 17, I, “d” da Lei 8666/93).

  Venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública, de

qualquer esfera de governo (art. 17, I, “e” da Lei 8666/93).

  Alienação, concessão de direito real de uso, locação ou permissão

de uso de bens imóveis construídos e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais de interesse social, por órgãos ou entidades da Administração Pública especificamente criados para esse fim (art. 17, I, “f” da Lei 8666/93).

  Dispensa de licitação para móveis:

  Doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse

social, após a avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação (art. 17, II, “a” da Lei 8666/93).

  Permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da

Administração Pública (art. 17, II, “b” da Lei 8666/93).

  Venda de ações, que poderão ser negociadas na bolsa, observada

a legislação específica (art. 17, II, “c” da Lei 8666/93).

  Venda de títulos, na forma da legislação pertinente (art. 17, II, “d”

da Lei 8666/93).

 

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Venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades (art. 17, II, “e” da Lei 8666/93).

  Venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou

entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe (art. 17, II, “f” da Lei 8666/93).

 1. Imprescritibilidade:

É a característica dos bens públicos que impedem que sejam adquiridos por usucapião. Os imóveis públicos, urbanos ou rurais, não podem ser adquiridos por usucapião. “Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião” (art. 183 e 191, parágrafo único da CF). “Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião” (art. 101 do CC). “Desde a vigência do Código Civil (CC/16), os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião” (súmula 340 do STF). 

1. Impenhorabilidade:

É a característica dos bens públicos que impedem que sejam eles oferecidos em garantia para cumprimento das obrigações contraídas pela Administração junto a terceiros. Os bens públicos não podem ser penhorados, pois a execução contra a Fazenda Pública se faz de forma diferente. “À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual, ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim” (art. 100 da CF). 

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Regra geral: A execução contra a Fazenda se faz através da expedição de precatórios (títulos emitidos a partir de sentença com trânsito em julgado que o torna legitimo credor da Administração Pública). Só serão incluídos no orçamento os precatórios apresentados até 01/07, pois é nesta data que começa a discussão do orçamento para o ano seguinte (art. 100, §1º da CF).

  Ordem cronológica de apresentação dos precatórios: Os

precatórios devem ser liquidados na ordem cronológica de sua apresentação e não podem conter nome de pessoas e nem dados concretos (princípio da impessoalidade).

 

O pagamento fora da ordem cronológica de sua apresentação pode gerar, por parte do credor prejudicado, um pedido de seqüestro de quantia necessária a satisfação do seu débito, além da possibilidade intervenção federal ou estadual – “As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o pagamento segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito” (art. 100, §2º da CF).

 

“O Presidente do Tribunal competente, que por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade” (art. 100, §6º da CF).

  Liquidação dos precatórios:

  Serão Liquidados até o último dia do exercício financeiro seguinte

(art. 100, §1º da CF).

 

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A EC 30/00 determinou que os precatórios pendentes em 2000 e os que decorram de ação ajuizada até 31/12/99 serão liquidados por seu valor real, em moeda corrente, acrescido de juros legais, em prestações anuais, iguais e sucessivas, no prazo máximo de 10 anos, permitida a cessão de créditos.

 A regra de parcelamento no pagamento de precatórios não se aplica aos créditos de pequeno valor assim definidos em lei, os de natureza alimentícia, os de que trata o art. 33 dos ADCT e suas complementações e os que já tiverem seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo. - “Ressalvados os créditos definidos em lei como de pequeno valor, os de natureza alimentícia, os de que trata o art. 33 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e suas complementações e os que já tiveram os seus respectivos recursos liberados ou depositados em juízo, os precatórios pendentes na data de promulgação desta emenda e os que decorrerem de ações iniciais ajuizadas até 31 de dezembro de 1999 serão liquidados pelo seu valor real, em moeda corrente, acrescentado juros legais, em prestações anuais iguais e sucessivas, no prazo máximo de dez anos, permitida a cessão de créditos” (art 78 dos ADCT). “As prestações anuais a que se refere o caput deste artigo terão, se não liquidadas até o final do exercício a que se referem, poder liberatório do pagamento de tributos da entidade devedora” (art. 78, §2º dos ADCT). Assim, se o Poder Público não pagar o precatório no primeiro ano, o particular pode ser liberado do pagamento de tributos. Esta norma sobre compensação legal depende de lei que ainda não veio. 

A EC 37/02 determinou a aplicação do artigo 100 aos débitos da Fazenda Pública decorrentes de sentenças judiciais transitadas em julgado, desde que presentes os seguintes requisitos: Já ter sido objeto de emissão de precatórios judiciários; ter sido definido como de pequeno valor pela lei de que trata o §3º do art. 100 da CF ou pelo 87 dos ADCT; estar total ou parcialmente pendente de pagamento na data da publicação da EC 37/02 (art. 86 dos ADCT).

 

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Essa emenda estabeleceu uma regra transitória até a edição das leis definidoras de pequeno valor. 

Exceção:

  Créditos alimentares: Também dependem de precatórios e

serão liquidados na ordem cronológica de sua apresentação, mas formam uma fila a parte em relação aos demais.

 “A execução prevista no art. 100 caput, da Constituição, em favor dos créditos de natureza alimentar não dispensa a expedição de precatórios, limitando-se a isenta-los da observância da ordem cronológica dos precatórios decorrentes de condenações de outra natureza” (Súmula 655 do STF). “Os débitos de natureza alimentar compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimento, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado” (art. 100, §1º-A da CF). 

   

Créditos de pequeno valor: “O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em lei como de pequeno valor que a Fazenda Federal, Estadual, Distrital ou Municipal deve fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado” (art. 100, §3º da CF).

 O art. 87 do ADCT trazia a definição de pequeno valor, mas como os entes da federação já fixaram os limites em lei, não vale mais o ADCT. – “A lei pode fixar valores distintos para o fim previsto no §3 deste artigo, segundo as diferentes capacidades das entidades de direito público” (art. 100, §5º da CF). 

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“São vedados a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago, bem como fracionamento, repartição ou quebra do valor de execução, a fim de que seu pagamento não se faça, em parte, na forma do estabelecido no §3º deste artigo e, em parte mediante expedição de precatório” (art. 100, §4º da CF).  Uso dos bens públicos  

1. Noções gerais:

As regras sobre o uso do bem público são de competência daquele que detém a sua propriedade, isto é da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal. “É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público” (art. 23, I da CF). “Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei” (art. 144, §8º da CF). Ex: Para se fazer uma passeata não é necessário autorização, mas deve-se avisar o Poder Público para preservação dos bens dos quais tenha titularidade. 

1. Instrumentos para transferência do uso do bem publico para particulares:

O uso dos bens públicos pode ser feito pela própria pessoa que detém a propriedade ou por particulares, quando for transferido o uso do bem público. Tal transferência se da através de autorização, concessão e permissão de uso. 

Autorização de uso: É o ato administrativo unilateral, discricionário e precaríssimo através do qual transfere-se o uso do bem público para particulares por um período de curtíssima duração. Libera-se o exercício de uma atividade material sobre um bem público. Ex: Empreiteira que esta construindo uma obra pede para usar uma área publica, em que irá instalar provisoriamente o seu canteiro de obra;

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Fechamento de ruas por um final de semana; Fechamento de ruas do Município para transportar determinada carga.

 

Difere-se da permissão de uso de bem público, pois nesta o uso é permanente (Ex: Banca de Jornal) e na autorização o prazo máximo estabelecido na Lei Orgânica do Município é de 90 dias (Ex: Circo, Feira do livro).

  Permissão de uso: É o ato administrativo unilateral,

discricionário e precário através do qual transfere-se o uso do bem público para particulares por um período maior que o previsto para a autorização. Ex: Instalação de barracas em feiras livres; instalação de Bancas de jornal; Box em mercados públicos; Colocação de mesas e cadeiras em calçadas.

  Concessão de uso:

  Concessão comum de uso ou Concessão administrativa de uso: É o

contrato por meio do qual delega-se o uso de um bem público ao concessionário por prazo determinado. Por ser direito pessoal não pode ser transferida, “inter vivos” ou “causa mortis”, a terceiros. Ex: Área para parque de diversão; Área para restaurantes em Aeroportos; Instalação de lanchonetes em zoológico.

   Concessão de direito real de uso: É o contrato por meio do qual

delega-se se o uso em imóvel não edificado para fins de edificação; urbanização; industrialização; cultivo da terra. (Decreto-lei 271/67). Delega-se o direito real de uso do bem.

Cessão de uso: É o contrato administrativo através do qual transfere-se o uso de bem público de um órgão da Administração para outro na mesma esfera de governo ou em outra.

 

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