a sterna 3elleza da pelle, obtida com o uso...

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Nono anno ASSICiXATURA KM LISBOA 1 mez... 300 réis. Annuncios, linha 20 réis. 3 mezes. 900 » Publi açòes no corpo do Avulso.. 10 » jorr. J.linha 40 réis. Quinla feira 15 de Julho (le 1880 ASSI&MATITRA WA PBOVIWCIA 3 mezes, pagamento adiantado... 1£150 réis A correspondência sobre administração a A. G. Cordeiro, Travessa da Boa Hora 63, 1.° Numero 2:572 ADVOGADOS K&, rua do Crucifixo, 86, 2.° A. ' Cavalheiro consultas em sua ca- sa, rua de Santa Marinha n.° 9, das 4 ás 6 da tarde. A administração <lo Diário lllustrado leni novamente o «eu escri- ptorio na typograpbia onde se imprime o jor- nal. Travessa da Boa Ho- ra» G3. Toda a correspon- dência deve ser dirigida para alii. Os anniincios reccl»em-se até As D Iio- rnm «In noite. Escrevaninha qnc perlcneeu a D. Gaspar de Jovellanos A pedido de um nosso collega de Madrid publicamos hoje a gra- vura e noticia que se segue e que tomámos da Revista de Architectu- ral •Ainda que se trata de um obje- cto artístico, um tanto estranho aos assumptos architectonicos que são da nossa incumbência, consa- graremos duas palavras a uma ce- lebre escrevaninha que tivemos o gosto de examinar e da qual va- mos occupar-nos, com o fim de que seja devidamente estimada. Pertenceu ao insigne sábio e es- clarecido estadista hespanhol 1). Caspar Melchior de Jovellanos. Serviu-lhe durante a sua vida pa- ra deixar com as suas obras ás gerações futuras urçi testemunho immorredouro do seu immenso ta- lento e profundíssima instrucção, com a qual se adiantou, como Eensador, como philosopho, como ornem de Estado, ao século que honrou com a sua éxistencia. Ao fixar a attençào na privile- giada escrevaninha, testemunha silenciosa das altas concepções do eminente Jovellanos; ao conside- rar que com o seu auxilio obteve o meio de transmittil-as á poste- ridade. sentimos o respeito profun- do que inspiram sempre os obje- cto de veneranda recordação his- tórica. Tributam merecido culto a tao apreciada joia, nacionaes e estran- geiros. Custodiada em Mallorca, onde o seu proprietário reside, é com frequencia visitada por via- jantes illustres: e aos gloriosos precedentes da sua origem, acres- centam-se hoje os de haver estado ao serviço de personagens notá- veis pela sua posição suciai. Serviu á rainha D. Isabel II e ao rei 1). Alfonso no seu palácio da Almudaina; foi conduzida ao palacio real de Aranjuez para o acto de assignar as capitulações matrimoniaes do soberano hespa- nhol com a infeliz | des; serviu também no cio do Pardo para as de O. I Christina de Austria, e recente- mente esteve no de Madrid para a sancçào de uma lei que, ainda re não tenha toda a latitude que para desejar, a historia regista como um dos factos mas memo raveis e gloriosos da época actual:! referimo-nos á lei da abolição da escravatura em todos os domínios hespanhoes. Tal ó a iinportancia histórica concedida ao menciona- do objecto artístico.» Agora apraz-nos acrescentar que D. Gaspar de Jovellanos foi um dos homens mais eminentes da Hespanha. e floresceu em todos os ramos do saber humano, em fins do século passado. BSComo homem de letras, é con- siderado o seu estylo um mo- delo clássico; como homem de sciencia e homem politico o seu nome brilhará incólume na histo- ria das celebridades da Hespa- nha. Nasceu em Gijon (Astúrias) em 174!, e morreu em Puerto de Ve- ga, em 1811. Concluíram os exames do insti- tuto agrícola, cujo resultado foi pouco satisfatório, ficando ape- nas a terça parte dos alumnos approvados. Tem experimentado sensíveis melhoras em Queluz o reverendo José Guimarães, thesoureiro da Patriarchal. Incêndio Ilontem pelas 4 horas da tarde pegou fogo no soalho do pimeiro andar do prédio n.° 5 da rua das Fontainhas de S. Lourenço, onde reside o sr. Antonio Moreira, que nada tem no seguro e que soíTreu algum prejuízo. A propriedade pertence ao sr. Antonio liamos, e está segura na companhia Fidelidade. Compareceu a bomba n.° 6. No dia 16 festeja-se Nossa Se- nhora do Monte do Carmo na egre- ja conventual de CarniJe.por mu- sica de capella. Será orador o re- verendo José Joaquim de Sousa Junior. Foi nomeada uma commissão, encarrega- da de indagar as con- dições em que vivem os menores emprega- dos nas industrias fa- bris. Compõe-se dos srs. Eduardo Augusto Motta, Oliveira VaUo, Antonio Ennes, João Fialho Gomes, Polycar- po Ferreira dos Anjos. O governo italiano determinou que o las- tro dos navios suspei- tos, por procederem de paizes pbylloxerados, seja descarregado em local especialmente ap- plicado a esse fim. e se estabeleça uma fis- calisação activa para impedir que d'esses navios saia qualquer objecto por meio do São 36. A primeira ó de 26 de agosto, a ultima de 5 de novem- bro. , São todas muito descriptivas. Por esse tempo os encantos habi- tuaes de Paris eram realçados por essa animação accelerada que lhes deu a exposição universal. Essas torrentes de luz relletem-se no livro. 0 estylo casa-se com o assum- pto. E' tratavel c lhano. O auctor não viajou por desfas- tio, viajou também para estudar. Vé-se isso, porque se conhece que observou è pensou. E' obra digna de ler-se. Prende a attenção. Recreia e instrue. 0 sr. Leandro olTerece-a a seus ir- mãos, que estão alem-mar, e isto torna-a ainda mais sympathiVa. No meio de tantas maravilhas que o extasiaram e enthusiasmaram, não se esqueceu dos seus. Isto ó tão raro, que chega quasi a ser uma virtude. Realisa hoje o seu beneficio no Theatro Infantil, nas Amoreiras, o sr. Carlos Dalot, apreciado em- presário d'aquella casa de espe- ctáculos. Sobe pela primeira vez á scena o bonito drama virtudes de D. Pedro V, que tantos obteve no antigo theatro . - riedades. O guarda roupa é completamen- te novo e feito a capricho. Alguns empregados do seminá- rio patriarchal pediram a sua de- missão, recusando-se a pagarem os direitos de mercê que lhes fc- ram exigidos. O sr. reitor foi encarregado por sua eminencia de prover os loga- res cm pessoas idóneas e de sua confiança. Foi conduzida ao hospital de S. José, onde ficou em tratamento, Maria Augusta de Moraes, expos- ta, e residente em Montemor-o- Novo, por haver desembarcado gravemente doente, vindo no va- por de Barreiro. Existe no commissariado de po- licia da 2. a divisão, um alfinete de ouro, que foi achado pelo sr. José Borges de Castro, nas escadinhas da Alegria ás II e meia da noute, e que será entregue a quem per- tencer. Doenças dos oihos Consultorio de L. da Fonseca, uiedico-oculista da Real Casa Pia. Da 1 ás 3 e meia. Pobres ás 9, Visitas no domicilio. Praça de Luiz de Camões, 46, 2.° Entre as diversas publicações destinadas a commemorar a festa do centenário, merece mencionar-se a scena ' dramalica Camões em Africa, original do sr. Xavier de Paiva. E* uma composição dramalica em Alexan- drinos. Figuram n'ella o poe- ta, o historiador Diogo do Couto, o poeta Hei- tor da Silveira, e o in- separável amigo de Ca- mões. o pobre Jau. Sabemos que poucos exemplares restam á venda. |ual a phylloxera possa transmitt*ir-se á terra. Estão a concurso dois logares de ama- nuense da secretaria do reino. Habilitações para admissão: 18 an- nos de edade; isenção do serviço militar; cer- tidão de bom compor- tamento; approvação nas disciplinas de ins- trucção secundaria que habilitem para qual- quer curso superior. O Times, referindo-se á eximia pianista que vamos ouvir hoje nos Recreios, disse: «O Convent-Garden a noite pas- sada attrahiu maior concorrência pela reapparição de madame An- net Essipoff. uma pianista de pri- meira plana, que ha muito estava alíastada de nós. Madame Essipoff escolheu para a sua rentrèe o magnifico concerto de Beethoven para piano forte. Descrever a maneira como foi interpretada esta obra prima das composições para pianno forte, seria dilficil sem recorrer ao elogio que poderia parecer hyper- bole aos que desconhecerem o ta- lento tão notável do Madame Essi- poff. Basta dizer que o grande con- certo bem conhecido pelos músi- cos—The Emperor Concerto—vace- beu de madame Essipoff, uma in- terpretação que satisfaria o proprio Beethovera. Houve espontâneos e enthusiasticos applausos, e reco- nheceu-se, como anteriormente, que madame EssipolT é uma das concertistas mais notáveis.» Diário de um viajante em Fran- ça è o titulo de um livro que aca- (ja de publicar o sr. Leandro José da Costa, chefe de uma das repar- tições da direcção geral dos pro- prios nacionaes. Em 1878, o sr. Leandro foi a Paris. Ao despedir-se do sr. Lu- ciano de Castro, seu amigo inti- mo, prometteu dar-lhe conta, por meio de uma correspondência atu- rada, de todas as suas impressões de viagem. Estas cartas formam o volume. ESCREY ANINHA Chegam a Lisboa no proximo mez de agos- to, alim de se escriptu- rarem em algum dos nossos theatros, o actor Chaves e a actriz Er- nestina* Duarte, que teem pèrcorrido a pro- víncia do Algarve e que actualmente se acham em Lagos. A edição dos Luzia- das, do sr. Emilio Biel, embora parte d'ella es- teja na alfandega do Porto, não foi ainda distribuída por causa de certas duvidas que serão resolvidas em poucos dias. HIGH- LHE Fazem hoje annos as exm. 4 * sr. M Condessa de Lumiares (D. Lui- za). I). Maria Francisca Porto-Car- rero. D. Adelaide Alves Ribeiro Tro- ni. I). Francisca Ferreira Pinto Basto. D. Aldegnnde8 Guilhermina Cor- rea de Ferreira Alves. D. Georgina Corrêa de Almei- da. 1). Guilhermina Julia da Silvei- ra Pinto Pereira. D. Julia Monteiro. E os srs.: Camillo Francisco Froes. Christovilo Augusto Bordallo. Pedro Henrique da Costa Pe- reira, prior do Sacramento. —Deu á luz um menino, com muita felicidade, a filha do nosso amigo o sr. D. Policarpo capitão de lanceiros 2. —O sr. coronel do corpo de estado maior, José de Vasconcellos No- ronha, residente em Lamego, offe- receu, no dia 11, ao sr. general J. M. Gomes, que está actualmente n'acjuella cidade inspeccionando o regimento n.° 9, um lauto jantar a que assistiu o sr. coronel d'estc regimento, o bispo da diocese, o vários cavalheiros, alem do estado maior do dito general. A festa com que o sr. Vascon- cellos quiz obesequiar o seu par- ticular amiço, terminou por «ma brilhante soirée, que durou até ás três horas da manhã, onde se dan- çou animadamente, retirando-so todoB muito satisfeitos. —Partiu do Porto para a Foz o sr. conde de Castro. —Partiu hontem para Castello Branco o sr. Pedro Corrêa Sam- paio. —Chegou hontem da sua quinta em Alhandra, com sua família, o sr. Victoriano Estrella Braga, di- rector da companhia de seguros Fidelidade. E AUGUSTINE OBRENBSKI 121, Rua «los Bacalhoeiros 2.° Por diversas vezes tem a nossa folha publicado um annuncio do estabelecimento do chapéus para senhoras, situado na rua dos Ba- calhoeiros n.° 121,2.° andar, e per- tencente a mademoiselle Obren- bski. Pois esta senhora acaba de par- tir para Paris, com o único fim de fazer uma escrupulosa escolha de modelos de chapóos pa- ra a próxima estação d'inverno. Desejando collocar o seu attelier a par dos principaes da nossa ca- A camara municipal em sessão de 12 do corrente nomeou os se- guintes srs. para juizes ordinários do julgado de S. Mamede. Rodrigues José de Aguiar, Gui- lherme Marcellino de Carvalho Gonçalves e José Augusto da Sil- va Gameiro. Foi resolvido que o reconheci- mento de qualquer assign at ura cm papel, recibo ou documento devi- damente sellado, seja sujeito ao sello de 10 réis. louvaria Centro Commercial Luvas, 1 botão 330 réis. Ditas, 2 botões 400 réis. Ditas, 3 botões 4o0 réis. Ditas, 4 botões oOO réis. Cavalheiros 1 botão 400, 2 botões SOO réis. 120—Rua do Ouro—122 Em sessão municipal foi lido um requerimento da sr. â D. Maria Ade- laide Clara Campos Limpo de Fi- gueiredo e Mello da Motta Salgado e sua irmã D. Anna Theodora Cnrnpos Limpo de Figueiredo e Mello da Motta Salgado, pedindo a restituição da quantia de réis 2:500.^000 com que seu bisavô, o desembargador e conselheiro Francisco de Campos Limpo de Figueiredo e Mello entrou no co- fre do Senado, afim de lhe lavrar um padrào ao juro, que então era de lei, padrão que nunca foi la- vrado, nem restituída a quantia citada. Este requerimento foi a infor- mar á repartição de contabilidade. Mandou-se proceder á construc- ção da avenida da estação do ca- minho de ferro do Minho, em Ca- minha, para a margem do rio Coura, Proximo ao jardim do Porto Franco foi encontrado o cadaver Partie pour Paris, afin de choisir les modeles de chapeaux pour la saison d liiver $ j i i ^ I pitai, madàmoisélle Obrenbski não aos delegados do thesouro, que os rece j a arcar com l0( j as asdifficul- mandarao a direcção «los proprios £ ass j m na0 temos duvida nacionaes, para esta os ' l | a "dar em assegurar-lhe um resultado se ar a casa «ia nioeda, e nob con- (lliaill ] 0> ao regressar a Lis- ceihos, serão pre^ntes, paia^o ^ Q (jue ge rea |j sara em fins de mesmo fim, aos escri\aes da fa-1 setembro^ puzer em venda a ma- Ze para .as ilhas o praso principia- de Chape ° S pam I Se^^n^emn^sdda: 11 ' ' ( ' ul i0 d ' Q' llul>ro - ^ por ter subtrahido um relogio A ex. sr.* D. M-ina Carolina Foi condecorado com a Legião <i e p ra t 3t a Antonio Maria, mora-! Antónia d'Almeida Ribeiro Aeves, de Honra o sr. Mouticr, capitão do Lj or na rua d a Barroca 121, foi dama altamente caridosa, valeu vapor Vilte de Malaga, da empreza preg0 as 7 3,4 d a tarde na rua da j Aiais uma vez á desditosa Maria LignePeninsulaire e Algeriennc, de Kosa> j os é Antonio, creado de ser-! Julia Pacheco de Mendonça e seus riue os cheaues ao portador, á <|ie são proprietários os srs. Juhel vir morador na rua de Santa Apo- j filhos,que hontem dissemos naote- vkin «iiPitn< 10 sello de c, 0 réi< & Gara y- Esta medatoa f ° l conc ®" Ionia. rem casa. . feÇSSSass «fSjSMSBSB sello de estampilha. p e las 9 e meia da manha, foi uma manta, uma coberta, differen- éomrnendando . lh0 qu0 diligen- Que os cheques; ; conduzida ao hospital de S. José, tes objetos, e lSoOO réis em di- J> eiô 0 i) ler umaC asa por U500róis .111 desipaçaode l ,ra soceio íicou Gríi lratamen to, Maria nheiro, foi presa Mana da Concei- mensaes para assim poder pagar sao sujeitos ao sello proporcional Luj moradora em Aguas de ção, natural do Cartaxo, e mora ,mui d 1 estabelecido para as letras e ou- ^ oura por es t ar cahida por doen-1 dora na rua dos Vinagres, tros papeis cscriptos em papel sei- na l)raça qq Commercio. lado. ao portauor, a vista, uuvuui 01S imuuica uw u.om.^vOS cn- sellados na casa da moeda, a con- viem ao governo relatorios das tar do dia 1 de setembro. deliberações das juntas geraes to- Que nas capitaes dos districtos, madas nas sessões quer, ordmarias, estes cadernos serão apresentados : quer extraordinarias. com aquella quantia tres mezes de renda. Recebemos mais de um candose anonvmo, também para Maria Ju- lia Pacheco do Mendonça, a quan- tia de 500 réis. Agradecemos em nc>mc da po- Posto medico Largo do Intendente 19, 1.° Consultas aos pobres ás 3 horas Ibre família, _quc tão digna é de da tarde. Director A. d'Ordaz. commiscraçao.

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Nono anno

ASSICiXATURA KM LISBOA

1 mez... 300 réis. Annuncios, linha 20 réis.

3 mezes. 900 » Publi açòes no corpo do

Avulso.. 10 » jorr. J.linha 40 réis. Quinla feira 15 de Julho (le 1880

ASSI&MATITRA WA PBOVIWCIA

3 mezes, pagamento adiantado... 1£150 réis

A correspondência sobre administração a A.

G. Cordeiro, Travessa da Boa Hora 63, 1.°

Numero 2:572

ADVOGADOS

K&, rua do Crucifixo, 86, 2.°

A. ' Cavalheiro dá

consultas em sua ca-

sa, rua de Santa Marinha n.° 9,

das 4 ás 6 da tarde.

A administração <lo

Diário lllustrado leni

novamente o «eu escri-

ptorio na typograpbia

onde se imprime o jor-

nal. Travessa da Boa Ho-

ra» G3. Toda a correspon-

dência deve ser dirigida

para alii. Os anniincios

reccl»em-se até As D Iio-

rnm «In noite.

Escrevaninha qnc perlcneeu

a D. Gaspar de Jovellanos

A pedido de um nosso collega

de Madrid publicamos hoje a gra-

vura e noticia que se segue e que

tomámos da Revista de Architectu-

ral

•Ainda que se trata de um obje-

cto artístico, um tanto estranho

aos assumptos architectonicos que

são da nossa incumbência, consa-

graremos duas palavras a uma ce-

lebre escrevaninha que tivemos o

gosto de examinar e da qual va-

mos occupar-nos, com o fim de

que seja devidamente estimada.

Pertenceu ao insigne sábio e es-

clarecido estadista hespanhol 1).

Caspar Melchior de Jovellanos.

Serviu-lhe durante a sua vida pa-

ra deixar com as suas obras ás

gerações futuras urçi testemunho

immorredouro do seu immenso ta-

lento e profundíssima instrucção,

com a qual se adiantou, como

Eensador, como philosopho, como

ornem de Estado, ao século que

honrou com a sua éxistencia.

Ao fixar a attençào na privile-

giada escrevaninha, testemunha

silenciosa das altas concepções do

eminente Jovellanos; ao conside-

rar que com o seu auxilio obteve

o meio de transmittil-as á poste-

ridade. sentimos o respeito profun-

do que inspiram sempre os obje-

cto de veneranda recordação his-

tórica.

Tributam merecido culto a tao

apreciada joia, nacionaes e estran-

geiros. Custodiada em Mallorca,

onde o seu proprietário reside, é

com frequencia visitada por via-

jantes illustres: e aos gloriosos

precedentes da sua origem, acres-

centam-se hoje os de haver estado

ao serviço de personagens notá-

veis pela sua posição suciai.

Serviu á rainha D. Isabel II e

ao rei 1). Alfonso no seu palácio

da Almudaina; foi conduzida ao

palacio real de Aranjuez para o

acto de assignar as capitulações

matrimoniaes do soberano hespa-

nhol com a infeliz |

des; serviu também no

cio do Pardo para as de O. I

Christina de Austria, e recente-

mente esteve no de Madrid para

a sancçào de uma lei que, ainda

re não tenha toda a latitude que

para desejar, a historia regista

rá como um dos factos mas memo

raveis e gloriosos da época actual:!

referimo-nos á lei da abolição da

escravatura em todos os domínios

hespanhoes. Tal ó a iinportancia

histórica concedida ao menciona-

do objecto artístico.»

Agora apraz-nos acrescentar que

D. Gaspar de Jovellanos foi um

dos homens mais eminentes da

Hespanha. e floresceu em todos os

ramos do saber humano, em fins

do século passado.

BSComo homem de letras, é con-

siderado o seu estylo um mo-

delo clássico; como homem de

sciencia e homem politico o seu

nome brilhará incólume na histo-

ria das celebridades da Hespa-

nha.

Nasceu em Gijon (Astúrias) em

174!, e morreu em Puerto de Ve-

ga, em 1811.

Concluíram os exames do insti-

tuto agrícola, cujo resultado foi

pouco satisfatório, ficando ape-

nas a terça parte dos alumnos

approvados.

Tem experimentado sensíveis

melhoras em Queluz o reverendo

José Guimarães, thesoureiro da Só

Patriarchal.

Incêndio

Ilontem pelas 4 horas da tarde

pegou fogo no soalho do pimeiro

andar do prédio n.° 5 da rua das

Fontainhas de S. Lourenço, onde

reside o sr. Antonio Moreira, que

nada tem no seguro e que soíTreu

algum prejuízo.

A propriedade pertence ao sr.

Antonio liamos, e está segura na

companhia Fidelidade.

Compareceu a bomba n.° 6.

No dia 16 festeja-se Nossa Se-

nhora do Monte do Carmo na egre-

ja conventual de CarniJe.por mu-

sica de capella. Será orador o re-

verendo José Joaquim de Sousa

Junior.

Foi nomeada uma

commissão, encarrega-

da de indagar as con-

dições em que vivem

os menores emprega-

dos nas industrias fa-

bris. Compõe-se dos

srs. Eduardo Augusto

Motta, Oliveira VaUo,

Antonio Ennes, João

Fialho Gomes, Polycar-

po Ferreira dos Anjos.

O governo italiano

determinou que o las-

tro dos navios suspei-

tos, por procederem de

paizes pbylloxerados,

seja descarregado em

local especialmente ap-

plicado a esse fim. e

se estabeleça uma fis-

calisação activa para

impedir que d'esses

navios saia qualquer

objecto por meio do

São 36. A primeira ó de 26 de

agosto, a ultima de 5 de novem-

bro. ,

São todas muito descriptivas.

Por esse tempo os encantos habi-

tuaes de Paris eram realçados por

essa animação accelerada que

lhes deu a exposição universal.

Essas torrentes de luz relletem-se

no livro.

0 estylo casa-se com o assum-

pto. E' tratavel c lhano.

O auctor não viajou por desfas-

tio, viajou também para estudar.

Vé-se isso, porque se conhece que

observou è pensou.

E' obra digna de ler-se. Prende

a attenção. Recreia e instrue. 0

sr. Leandro olTerece-a a seus ir-

mãos, que estão alem-mar, e isto

torna-a ainda mais sympathiVa.

No meio de tantas maravilhas que

o extasiaram e enthusiasmaram,

não se esqueceu dos seus.

Isto ó tão raro, que chega

quasi a ser uma virtude.

Realisa hoje o seu beneficio no

Theatro Infantil, nas Amoreiras,

o sr. Carlos Dalot, apreciado em-

presário d'aquella casa de espe-

ctáculos.

Sobe pela primeira vez á scena

o bonito drama virtudes de D.

Pedro V, que tantos

obteve no antigo theatro ™ . -

riedades.

O guarda roupa é completamen-

te novo e feito a capricho.

Alguns empregados do seminá-

rio patriarchal pediram a sua de-

missão, recusando-se a pagarem

os direitos de mercê que lhes fc-

ram exigidos.

O sr. reitor foi encarregado por

sua eminencia de prover os loga-

res cm pessoas idóneas e de sua

confiança.

Foi conduzida ao hospital de S.

José, onde ficou em tratamento,

Maria Augusta de Moraes, expos-

ta, e residente em Montemor-o-

Novo, por haver desembarcado

gravemente doente, vindo no va-

por de Barreiro.

Existe no commissariado de po-

licia da 2.a divisão, um alfinete de

ouro, que foi achado pelo sr. José

Borges de Castro, nas escadinhas

da Alegria ás II e meia da noute,

e que será entregue a quem per-

tencer.

Doenças dos oihos

Consultorio de L. da Fonseca,

uiedico-oculista da Real Casa Pia.

Da 1 ás 3 e meia. Pobres ás 9,

Visitas no domicilio. Praça de Luiz

de Camões, 46, 2.°

Entre as diversas

publicações destinadas

a commemorar a festa

do centenário, merece

mencionar-se a scena

' dramalica Camões em

Africa, original do sr.

Xavier de Paiva.

E* uma composição

dramalica em Alexan-

drinos.

Figuram n'ella o poe-

ta, o historiador Diogo

do Couto, o poeta Hei-

tor da Silveira, e o in-

separável amigo de Ca-

mões. o pobre Jau.

Sabemos que poucos

exemplares já restam

á venda.

|ual a phylloxera possa

transmitt*ir-se á terra.

Estão a concurso

dois logares de ama-

nuense da secretaria

do reino. Habilitações

para admissão: 18 an-

nos de edade; isenção

do serviço militar; cer-

tidão de bom compor-

tamento; approvação

nas disciplinas de ins-

trucção secundaria que

habilitem para qual-

quer curso superior.

O Times, referindo-se á eximia

pianista que vamos ouvir hoje nos

Recreios, disse:

«O Convent-Garden a noite pas-

sada attrahiu maior concorrência

pela reapparição de madame An-

net Essipoff. uma pianista de pri-

meira plana, que ha muito estava

alíastada de nós.

Madame Essipoff escolheu para

a sua rentrèe o magnifico concerto

de Beethoven para piano forte.

Descrever a maneira como foi

interpretada esta obra prima das

composições para pianno forte,

seria dilficil sem recorrer ao

elogio que poderia parecer hyper-

bole aos que desconhecerem o ta-

lento tão notável do Madame Essi-

poff.

Basta dizer que o grande con-

certo bem conhecido pelos músi-

cos—The Emperor Concerto—vace-

beu de madame Essipoff, uma in-

terpretação que satisfaria o proprio

Beethovera. Houve espontâneos

e enthusiasticos applausos, e reco-

nheceu-se, como anteriormente,

que madame EssipolT é uma das

concertistas mais notáveis.»

Diário de um viajante em Fran-

ça è o titulo de um livro que aca-

(ja de publicar o sr. Leandro José

da Costa, chefe de uma das repar-

tições da direcção geral dos pro-

prios nacionaes.

Em 1878, o sr. Leandro foi a

Paris. Ao despedir-se do sr. Lu-

ciano de Castro, seu amigo inti-

mo, prometteu dar-lhe conta, por

meio de uma correspondência atu-

rada, de todas as suas impressões

de viagem.

Estas cartas formam o volume.

ESCREY ANINHA

Chegam a Lisboa no

proximo mez de agos-

to, alim de se escriptu-

rarem em algum dos

nossos theatros, o actor

Chaves e a actriz Er-

nestina* Duarte, que

teem pèrcorrido a pro-

víncia do Algarve e

que actualmente se

acham em Lagos.

A edição dos Luzia-

das, do sr. Emilio Biel,

embora parte d'ella es-

teja já na alfandega do

Porto, não foi ainda

distribuída por causa

de certas duvidas que

serão resolvidas em

poucos dias.

HIGH- LHE

Fazem hoje annos as exm.4* sr.M

Condessa de Lumiares (D. Lui-

za). I). Maria Francisca Porto-Car-

rero.

D. Adelaide Alves Ribeiro Tro-

ni.

I). Francisca Ferreira Pinto

Basto.

D. Aldegnnde8 Guilhermina Cor-

rea de Sá Ferreira Alves.

D. Georgina Corrêa de Almei-

da.

1). Guilhermina Julia da Silvei-

ra Pinto Pereira.

D. Julia Monteiro.

E os srs.:

Camillo Francisco Froes.

Christovilo Augusto Bordallo.

Pedro Henrique da Costa Pe-

reira, prior do Sacramento.

—Deu á luz um menino, com

muita felicidade, a filha do nosso

amigo o sr. D. Policarpo capitão

de lanceiros 2.

—O sr. coronel do corpo de estado

maior, José de Vasconcellos No-

ronha, residente em Lamego, offe-

receu, no dia 11, ao sr. general J.

M. Gomes, que está actualmente n'acjuella cidade inspeccionando o

regimento n.° 9, um lauto jantar

a que assistiu o sr. coronel d'estc regimento, o bispo da diocese, o

vários cavalheiros, alem do estado

maior do dito general.

A festa com que o sr. Vascon-

cellos quiz obesequiar o seu par- ticular amiço, terminou por «ma

brilhante soirée, que durou até ás

três horas da manhã, onde se dan-

çou animadamente, retirando-so

todoB muito satisfeitos.

—Partiu do Porto para a Foz o

sr. conde de Castro.

—Partiu hontem para Castello

Branco o sr. Pedro Corrêa Sam-

paio.

—Chegou hontem da sua quinta

em Alhandra, com sua família, o

sr. Victoriano Estrella Braga, di-

rector da companhia de seguros

Fidelidade.

E AUGUSTINE OBRENBSKI

121, Rua «los Bacalhoeiros 2.°

Por diversas vezes tem a nossa

folha publicado um annuncio do

estabelecimento do chapéus para

senhoras, situado na rua dos Ba-

calhoeiros n.° 121,2.° andar, e per-

tencente a mademoiselle Obren-

bski.

Pois esta senhora acaba de par-

tir para Paris, com o único

fim de fazer uma escrupulosa

escolha de modelos de chapóos pa-

ra a próxima estação d'inverno.

Desejando collocar o seu attelier

a par dos principaes da nossa ca-

A camara municipal em sessão

de 12 do corrente nomeou os se-

guintes srs. para juizes ordinários

do julgado de S. Mamede.

Rodrigues José de Aguiar, Gui-

lherme Marcellino de Carvalho

Gonçalves e José Augusto da Sil-

va Gameiro.

Foi resolvido que o reconheci-

mento de qualquer assign at ura cm

papel, recibo ou documento devi-

damente sellado, seja sujeito ao

sello de 10 réis.

louvaria

Centro Commercial

Luvas, 1 botão 330 réis.

Ditas, 2 botões 400 réis.

Ditas, 3 botões 4o0 réis.

Ditas, 4 botões oOO réis.

Cavalheiros

1 botão 400, 2 botões SOO réis.

120—Rua do Ouro—122

Em sessão municipal foi lido um

requerimento da sr.â D. Maria Ade-

laide Clara Campos Limpo de Fi-

gueiredo e Mello da Motta Salgado

e sua irmã D. Anna Theodora

Cnrnpos Limpo de Figueiredo e

Mello da Motta Salgado, pedindo

a restituição da quantia de réis

2:500.^000 com que seu bisavô,

o desembargador e conselheiro

Francisco de Campos Limpo de

Figueiredo e Mello entrou no co-

fre do Senado, afim de lhe lavrar

um padrào ao juro, que então era

de lei, padrão que nunca foi la-

vrado, nem restituída a quantia

citada.

Este requerimento foi a infor-

mar á repartição de contabilidade.

Mandou-se proceder á construc-

ção da avenida da estação do ca-

minho de ferro do Minho, em Ca-

minha, para a margem do rio

Coura,

Proximo ao jardim do Porto

Franco foi encontrado o cadaver

Partie pour Paris, afin de choisir les modeles

de chapeaux pour la saison d liiver

$

j i i ^ I pitai, madàmoisélle Obrenbski não aos delegados do thesouro, que os receja arcar com l0(jas asdifficul-

mandarao a direcção «los proprios £ assjm na0 temos duvida

nacionaes, para esta os 'l|a"dar em assegurar-lhe um resultado

se ar a casa «ia nioeda, e nob con- (lliaill]0> ao regressar a Lis-

ceihos, serão pre^ntes, paia^o ^ Q (jue ge rea|jsara em fins de

mesmo fim, aos escri\aes da fa-1 setembro^ puzer em venda a ma-

Zepara .as ilhas o praso principia- de Chape°S pam I Se^^n^emn^sdda:

11 ' ' ('ul i0 d' Q'llul>ro- ^ por ter subtrahido um relogio A ex.™ sr.* D. M-ina Carolina

Foi condecorado com a Legião <ie prat3t a Antonio Maria, mora-! Antónia d'Almeida Ribeiro Aeves,

de Honra o sr. Mouticr, capitão do Ljor na rua da Barroca 121, foi dama altamente caridosa, valeu

vapor Vilte de Malaga, da empreza preg0 as 7 3,4 da tarde na rua da j Aiais uma vez á desditosa Maria

LignePeninsulaire e Algeriennc, de Kosa> josé Antonio, creado de ser-! Julia Pacheco de Mendonça e seus

riue os cheaues ao portador, á <|ie são proprietários os srs. Juhel vir morador na rua de Santa Apo- j filhos,que hontem dissemos naote-

vkin «iiPitn< 10 sello de c,0 réi< & Garay- Esta medatoa f°l conc®" Ionia. rem casa. .

feÇSSSass ■ «fSjSMSBSBi sello de estampilha. pelas 9 e meia da manha, foi uma manta, uma coberta, differen- éomrnendando.lh0 qu0 diligen-

Que os cheques; ; conduzida ao hospital de S. José, tes objetos, e lSoOO réis em di- J>eiô 0i)ler umaCasa por U500róis

.111 desipaçaode l,rasoceio íicou Gríi lratamento, Maria nheiro, foi presa Mana da Concei- mensaes para assim poder pagar

sao sujeitos ao sello proporcional Luj moradora em Aguas de ção, natural do Cartaxo, e mora ,mui d 1

estabelecido para as letras e ou- ^oura por estar cahida por doen-1 dora na rua dos Vinagres,

tros papeis cscriptos em papel sei- na l)raça qq Commercio.

lado.

ao portauor, a vista, uuvuui 01S imuuica uw u.om.^vOS cn-

sellados na casa da moeda, a con- viem ao governo relatorios das

tar do dia 1 de setembro. deliberações das juntas geraes to-

Que nas capitaes dos districtos, madas nas sessões quer, ordmarias,

estes cadernos serão apresentados : quer extraordinarias.

com aquella quantia tres mezes de

renda.

Recebemos mais de um candose

anonvmo, também para Maria Ju-

lia Pacheco do Mendonça, a quan-

tia de 500 réis.

Agradecemos em nc>mc da po-

Posto medico

Largo do Intendente 19, 1.°

Consultas aos pobres ás 3 horas Ibre família, _quc tão digna é de

da tarde. Director A. d'Ordaz. commiscraçao.

Page 2: A STERNA 3ELLEZA da PELLE, obtida com o uso dapurl.pt/14328/1/j-1244-g_1880-07-15/j-1244-g_1880-07-15_item2/j...onde se imprime o jor- nal. Travessa da Boa Ho- ra» G3. Toda a correspon-

UiAtMO iLLUSTltADO

ftOiETIMDO

O governo regenerador levan-

tára o credito do ihesouro do pro-

fundo abatimento a que o haviam

reduzido as situações reformistas;

e por tal modo o consolidara, que

nem a crise interna, nem circum-

stancia alguma externa, e nem

mesmo a desconfiança e a pertur-

bação, que nasceram com a entra-

da dos progressistas nas regiões

do poder, foram capazes de aba-

lal-o.

Até á formação do gabinete ac-

tual. diziam os dois oráculos da

Granja:

A alta dos fundos não deve na-

da á regeneração.

Senhores do poder, exclamaram:

A alta dos fundos deve-se ;is

nossas medidas, á nossa morali-

dade, á confiança que merecemos,

e as esperanças que em nós depo-

sitam o paiz e.... o mundo.

Advirta-se que a cotação baixou

um pouco com a entrada d'elles,

e, quando mesmo se mantivesse,

era oura que tinham encontrado

feita.

Desceram agoVa ós fundos em

Londres, e eil-os—os mesmos orá-

culos— a bradarem:

O credito não é dos goremos é

do paiz.

Por estes princípios, o paiz vae

no plano inclinado do descredito,

o que não poderá explicar-se se-

não com os desacertos e a má fé

do governo.

Depois de tornarem o paiz res-

ponsável pela baixa, tentam sua-

visar a accusação, interpretando

a significação d'este facto finan-

ceiro.

Não admira, acodem elles, não

admira que os nossos fundos bai-

xem em Londres, desde que nós

ali vamos contrahir um grande

emprestimo. Os negociadores que-

rem fazer bom negocio.

E esfregam as mãos, acham

naturalíssimo e optimo, que tudo

se disponha para que «o grande

emprestimo» seja feito nas condic-

ções mais prosperas para os ne-

gociadores, e por conseguinte mais

deploráveis para nós.

Parecendo-lhes não ser muito

satisfatoriaestaexplicação,accres-

centam logo outra que a destroe

completamente.

Nao é para estranhar, dizem os

mesmos, que os nossos fundos

baixam em Londres, porque ali

tem baixado os de todas as na-

ções, incluindo os inglezes.

Comparadas entre si todas as

razões allegadas, segue-se que to-

dos os paizes estão desacredita-

dos, e que todos os paizes vão

centrair grandes emprestimos.

Não tem idéas fixas sobre cou-

sa alguma. Foi sempre assim a

politica d'estes embolias; não teem

princípios definidos, não tem cren-

ças convictas e seguras; amoldam-

se ás conveniências da occasião;

aílirmam, negam ou duvidam, con-

forme o caso pede; contradizem-se,

desmentem-se sempre que é pre-

ciso; estão promptos para tudo; não

ha meio que lhes repugue; não ar-

gumentam, sophismam, e ainda as-

sim mal, sem geito nem arte.

Aonde chegam estabelece-se a

desordem, a desconfiança, a in-

triga, quando não mais do'que isso.

Nào admira, pois, que expliquem

tão desastradamente um facto de

tanta gravidade como é,n'esta oc-

casião a baixa dos uossos fundos

em Londres, onde durante os úl-

timos annos mantiveram quasi

sempre uma cotação superior ã

dos títulos dos demais paizes.

A razão d'esta baixa está á su-

perfície, todos a vem, escusam de

se cansar os oráculos da granja

por desviarem de sobre ella a at-

ten cão publica.

E' que desacreditado, pela sua

deslealdade, até para com a pro

pria Inglaterra, o governo sacrifi-

cou o paiz, feriu-o justamente no

seu melhor elemento de vida:—a

confiança, o credito.

Aftmlu o flratacBo

de Lourenço llarques

V

Tem-se dito, que o negociador

do tratado devia ter exigido, que a

Inglaterra nos concedesse os mes-

mos direitos, que a ella são facul-

tados pelos números primeiro e

segundo do artigo 4.°, e pelo fa-

cto de não se encontrar no tratado

essa reciproca concessão, teem os

censores dado largas á sua critica

ignara e desleal. Em tudo se ma-

nifesta a sua injustiça e má fé.

De que nos poderia servir o reco-

nhecimento de nm direito, que em

nada nos poderia aproveitar? Se

nós tivessemos além do Trans-

wal algum territorio, comprehen-

de-se, que se liZesse a censura,

que era cabida. Mas não possuin-

do nós cousa alguma para além

d'aquella colonia, que mercado-

rias poderemos fazer passar pelo

Transwal em transito? Para onde

poderíamos nós mandal-as?D'on-

de poderiam vir? Que necessidade

poderemos ter também de mandar j

para o territorio inglez tropas ou

munições de guerra? Em tempo

de paz essa necessidade não pôde

existir, e etn '.empo de guerra ca-

ducam todos os tratados, licando-

nos plena liberdade dicção. Da

passagem de tropas pelo territorio

de uma nação podem ainda assim

advir alguns incommodos e in-

convenientes para os povos que

habitam a região atravessada:

mas como a passagem, na hypo-

these do tratado, se ha de fazer

em caminho de ferro, os inconve-

tes, que podessem dar-se, ficam

reduzidos a proporções de tão pou-

ca consideração, que não vale a

pena fallar d'elles. Comtudo o

tratado para ser em tudo cautelo-

so, deixou larga margem para se

adoptarem as necessarias cautelas,

estabelecendo, que se estipulará

ainda de uma maneira especial o

modo como ha de fazer-se a passa-

gem das tropas e munições de

guerra.

Debaixo das condições que mu-

tuamente forem estipuladas, diz o

final do artigo 4.°

Já houve também quem aflir-

masse, que este artigo concede á

Inglaterra o direito de deixar per-

manecer no nosso territorio a for-

ça armada! Nem a letra, nem o

espirito do artigo se prestam a

tão cerebrina interpretação, toda-

via a má fé, alimentada pelo fae-

ciosismo desbragad», a tudo dá

fóros de verdade.

O artigo 5.° estabelece, que as

duas partes contratantes, de com-

mum accordo, nomearão uma

commissão mixta, que tomará a

seu cargo:

1.° Fazer um estudo completo

das melhores directrizes para uma

linha de caminho de ferro, que li-

gue Lourenço Marques com o

Transwal:

2.° Fazer o orçamento detalha-

do do custo d'essa linha de cami-

nho de ferro pela directriz, que se

julgar melhor:

3.® Determinar as obras, que

seria necessário fazer para tornar

o porto de Lourenco Marques pro-

prio para ser o terminus do cami-

nho de feiTo, e fazer o orçamento

detalhado do custo d'essas obras

do porto.

4.° Fazer um relatorio ácerca

das actuaes condições da produc-

ção e do consumo, e em geral

acerca dos recursos commerciaes,

agrícolas e mineraes do paiz, con-

tíguo a toda a proposta linha de

caminho de ferro, bem como dos

districtos aonde chegar a dita li-

nha : calcular o trafico com que se

poderá contar aproximadamente

em vista d'essas condições e re-

cursos, e apreciar os resultados

provenientes d'esse trafico.

O fim principal do tratado, co-

mo já por mais de uma vez tive-

mos occasião de dizer, é a cons-

trucção do caminho de ferro, ten-

do por terminus Lourenço Mar-

ques, e as vantagens que d'este

importantíssimo melhoramento hão

de resultar á nossa colonia, são de

tal ordern, que ellas, por si só,

compensam fartamente tudo quanto

concedemos á Inglaterra. Mas os

negociadores do tratado, que não

quizeram aventurar-se a estabele-

cer clausulas, que podessem de-

pois vir a ser reconhecidas como

inexequíveis, accordaram, quo a

commissão mista, depois dos ne-

cessários e indispensáveis exa-

mes e estudos, elaborassem um

desenvolvido relatorio e plano de

obras, para servir de base ao com-

plemento do tratado, ou conven-

ção addiccional, que ha de ainda

effectuar se.

E' porém necessário fazer bem

sentir, que, se em resultado dos

trabalhos da commissão mista, se

reconhecer, que o rendimento li-

quido provável «do caminho de fer-

ro, conjuntamente com os rendi-

mentos da alfandega de Lourenço

Marques, não são sufficientes para

prover o juro e amortisaçào do

capital necessário para a const ruc-

ção do mesmo caminho e das cor-

respondentes obras do porto, as

nações contratantes podem renun-

ciar ás obrigações, que o tratado

lhes impõe, a não ser que ainda

assim, em razão de outra ordem

de interesses convenha, apesar de

tudo, fazer a construcção; porque

em tal caso recorrer-se-lia aos

parlamentos das respectivas na-

ções para auctorisarem o adianta-

mento dos fundos necessários.

O artigo o.° concede ainda aos

inglezes o direito de construírem

e manterem em combinação com

o terminus do caminho de ferro e

na immediata visinhança do porto

armazéns de deposito, sob a vigi-

lância e garantia do agentes no-

meados pelo governo inglez, e

houve já quem se lembrasse de

censurar o negociador portuguez,

por ter feito esta concessão, sus-

tentando o tal censor, que os

agentes inglezes ficam tendo juris-

dição para praticar uns certos

3ctos, que a sua fértil imaginação

lhe sugeriu.

Os agentes a que o artigo se re-

fere ficam apenas investidos nos

pederes de vigiai; e gerir os arma-

zéns inglezes e nada mais. E foi

até um grande acerto deixar á res-

ponsabilidade dos agentes ingic-

zes a guarda e vigilancia dos seus

armazéns, do que deixai-a a car-

go de empregados portuguezes.

para evitar de futuro, em caso de

extravio ou descaminho, qualquer

reclamação, a que podesse dar

direito z nossa incúria.

No Diário Popular de hontem

lemos um artigo do sábio redactor

em que mais uma vez patenteia,

n'uma serie de despropositos e

contradições, as suas iras contra

a camara municipal de Lisboa.

Não vamos responder ao que nem

ser lido merece, limitar-nos-lie-

mos a proclamar mais uma phase

da sciencia em que o illustre sá-

bio se manifesta verdadeiramente

creador.

Já desconfiávamos de que sob o

aspecto do distiuctc politico e su-

blime astronomo se occultava um

outro Lesseps, que na sombra ha-

via dirigido a construcção do ce-

lebre observalorio astronomico da

Escola Polytechuica, mas agora é

á luz da imprensa que elle nos

promette novos processos c rna-

chinas para execução dos movi-

mentos de terras.

Foi o sábio redactor quem es-

colheu o local para aquelle edili-

cio, defendendo a sua opinião pe-

rante o conselho da escola,»ontra

o illustre professor o sr. Francis-

co Pereira da Costa, o qual, co-

nhecedor da constituição geologi-

ca dos nossos terrenos, não podia

admittir que se construísse, perto

de uma falha perfeitamente defi-

nida, um edifício que mais do que

nenhum carece de solidos alicer-

ces.

Riu-se d'aquellas caturrices o

sábio redactor, e o observatorio

concluiu-se com grande prazer pa-

ra elle e com grande sacrifício pa-

ra o governo. Tinha emfim á sua

disposição um observatorio d'on-

de poderia mostrar ao mundo

scientifico as descobertas que ia

fazer. Mas, ohj lastima! ainda os

instrumentos não tinham chegado

e já o observatorio sentia vontade

de se deitar; o que teria conse-

guido se lhe não oppozessem for-

tes gigantes. Assim se susteve por

algum tempo, mas a monotonia

dos sábios observadores de novo

lhe provocou desejos de se liber-

tar d'aquellas enormes massas, e

em pouco os afasteu de si mais

de um palmo. Que fazer então?

Construiu-se uma casa que mais

merece o nome de bloco de alve-

neria, e elle lá vae existindo até

que um dia se decida a vencer to-

dos os planos do sábio redactor e

se deite por uma vez.

Coin tão brilhantes provas do

seu engenho perguntamos humil-

des: quaes são as machinas e pro-

cessos novos que se devem empre-

gar nos movimentos de terras?

quaes são os processos mais rudi

mentares e mais caros, que se em-

pregam na Avenida da Liberdade?

Entre os 13 louros (pie vão ser

corridos na tarde de 25 em benefi-

cio do cavalleiro Antonio Montei-

ro, veem nove para cavalio, seudo

um d'elles o afamado 09.

Quando o sr. Monteiro, acompa-

nhado dos seus amigos, se dirigia

para as pastagens do sr. Carlos

Marques, para escolher o gado

d'essa tarde, encoutrou já em ca-

minho para Lisboa os louros que

são corridos no proximo domingo

em beneficio do cavalleiro Casimi-

ro Monteiro.

Segundo pois as suas informa-

ções, o gado, de domingo que vem,

é excellente na apparencia e dá

indícios de grande braveza.

Como se sabe, a festa artística

de Casimiro Monteiro vae ser re-

vestida de grande a pp ara to. Tra-

balham tres cavai leiros e os me-

lhores capinhas; acrescentando a

tudo isto a certeza de que o gado

é bom, nada falta para que seja

essa uma das tardes mais impo-

nentes d'esta época tauromachica. ♦ ^

E* muito recommendavel o ar-

mazém de viveres do sr. Cypria-

no Rodrigues Nunes, na rua larga

de S. Roque, 49 a 55, e esquina da

travessa da Espera, n.° 4.

Os generos ali expostos á venda

são Sempre de primeira qualidade

e de preços convidativos.

Falieceu hontem á tarde, depois

de doloroso soíTriruento, resultado

de um mau parto, a ex.M sr.a D.

Sophia Rodrigues de Mattos Cha-

ves, esposa do nosso presado ami-

go o sr. dr. Mattos Chaves.

Era a fallecida uma senhora de

nobilíssimas qualidades, e por isso

altamente estimada tanto pelos

seus como por todas as pessoas

que a conheciam.

A sua morte prematura, porque

a ex.*" sr.a D. Sophia Rodrigues

estava ainda no verdor da edade,

lançou na maior consternação to-

dos os parentes, da finada e muito

especialmente ao nosso bom amigo,

qUfl a idolatrava.

Não ha ainda uru anno completo

que eram casados.

A toda a família da fallecida e

em particular ao sr. dr. Mattos Cha-

ves, damos os nossos sinceros pe-

zames, acompanhando-os conster-

nados na sua profunda dúr.

-"ft

Continuação da inlaraissi-

nin perseguição dogo-

j vento contra o leule Ani-

ceto Marcolino Barreto

da Rocha. — Lisboa \\

de julho de 1880.

Vejam-se—Diário da ma-

nhã de 2 dezembro de 1879;

Diário Illustrado ou Diário

Popular de 4 fevereiro 1880;

Commercio de Portugal de 18

e 29 dito; Noticioso de 15

marco; Diário Illustrado de

21 abril; 3 folhas impressas—

são os allentudos, etc. e Conti-

nuarão das reclamações, etc.;

uma carta impressa, e outra

lithographada: tudo destribui-

do no publico, e parte no par-

lamento; dirigido, principal-

mente, a quem tiver alguma

dignidade; e acompanhado

por muitas reclamações ofíi-

ciaes e officiosas; e pela con-

vicção individual e certeza

publica dos differentes crimi-

nosos.

Do paço da Ajuda, especial-

mente, segundo declarações

de lá saídas, por constan-

tes cominunicaçoes electricas,

quer empregando-se phono-

graphos e telephonios, quer

differentes apparelhos, indiví-

duos, e combinações electri-

co-magneticas, ha muitos me-

•â zes (ate hoje) sou eu dilTama-

gdo, e roubado em tudo quau-

to faço, penso, e sinto, etc,; e

atormentado com acções ele-

ctricas, e com ameaças; pro-

vando-se a combinação ignó-

bil contra mim da escola do

exercito com o ministro da

guerra e com el-rei ou com

alguém que diz ser elle.

As ordens do exercito tres

vezes me teem calumniado e

perseguido; e a n.° 14 de 9

de julho cobriu se ainda de

ignominia, associando-se ver-

gonhosamente ás perseguições

mais uma vez (a 4 a), rouban-

do* me o posto de major!

Os mais horrosos attentados,

até muitas tentativas de des-

honra e de assassinato, são

conhecidos das auctoridades

(incluindo as justiças); e con-

sentidos pelo governo, que se

regista infame desde que os

sabe, ou manda, visto conser-

var livres os criminosos!. E

tudo isto estando eu absoluta-

mente innocente; tendo 34 an-

nos de serviço militar, e 20

de magistério exclusivamente

dedicado á escola; sabendo

o governo que meu pae, o fal-

lccido juiz José Thomaz Pe-

reira da Rocha, sullreu. sem

iudemnisações, mais de o an-

nos de perseguições migue-

listas; e não havendo o menor

protexto ou lucro para o go-

verno e os seus sicários me ||

perseguirem!. fgj

O lento da escola do exercito.

Aniceto Marcolino Barreto da

Rocha.

Segue o reconhecimento.

:ISSÊ

Pede-nos o Jose Augusto, o co-

nheci io pregador nos enterros do

bacalhau, para que declaremos,

que não é elle o individuo do mes-

mo nome que foi preso como fa-

quista, e a que se refere a noticia

que hontem demos.

Fica feita a rectificação, que é

justa. "

Antónia de Jesus, foi capturada

a requisição do comuiisario geral

«lo Porto,"por ali ter roubado dif-

ferentes objectos.

No acto da captura foi-lhe an-

prehendido um chapéu de veludo

cor de granada, e uma cruz de

ouro.

Festa íJc caridade

Inaugura-se hoje no Passeio Pu-

blico uma deslumbrante illumiua-

ção a gaz em toda a rua central.

Foi deveras bem pensado este

melhoramento, o qual se deve á

digna commissão da sociedade

Promotora de Creches que promo-

ve ali estas festas em beneficio de

tão util instituição.

O preço de 100 réis é tão dimi-

nuto que ninguém deixa de ir ali

gosar aquellas variadas festas, pra-

ticando ao mesmo tempo uma obra

de caridade.

As 11 horas da noite a rua cen-

tral será illuminada a luz de ma-

gnesium, que deve produzir um ef-

feito phantastico, e na cascata se-

rão brilhantemente feitas as gran-

diosas catadupas do Niagara.

A excellente banda de infante-

ria n.° 5, sob a direcção do maes-

tro Zuzarte, excutará o que tiver

de melhor no seu repertorio, to-

cando na occasião da illumina-

ção a magnesium, uma esplendida

marcha.

No baile infantil, sob a direcção

do professor Justino Soares ser

ofierecido um lindo e rico par d

brincos de ouro á menina que mais

se distinguir.

São tantos os attractivos d'esta

esplendida festa, que estamos cer-

tos será immensamente concorri-

da.

TELEGRAMAS

(Serviço particular do Diário Il-

lustrado).

Porto, 14, ás 9 horas e 3G minu-

tos.

A alfandega rendeu a quantia

• de 13:4765 591.

Morreu hoje repentinamente An-

tonio José Ferreira de Almeida,

director secretario da companhia

, de seguros Segurança.

A colonia francez'a deu hoje, no

hotel Francfort, um jantar para

solemnisar a data histórica de 14

de julho.

Está descoberto o importante

roubo feito em Povoa de Cima.

Os criminosos foram presos e o

dinheiro appareceu muito. ^—

Annunciam-se muitos específi-

cos contra tosses; devemos, po-

rém, observar, que o único appro-

vado pelo conselho de saúde, e

legalmente auctorisado e privile-

giado é o xarope peitoral James.

j CARTEIRA «OS THEATROS

fl'rincfipe ileal.— Continua

a Niniche attrahindo grande con-

corrência a este theatro; hoje é a

13.» representação d'esta applau-

' dida comedia.

I Recebemos da caridosa anony-

ma M. L. C., a quantia de setecen-

tos réis, com a qual foi contem-

plada Amelia de Andrade, mora-

dora no becco do Retiro, n.° 2, na

rua de Santo Antonio, á Graça.

j Consta que o reverendo commis-

sario da venerável ordem 3.a de

Jesus, Francisco Teixeira da Cos-

. ta, pedira a sua demissão.

Breve se porá a concurso o lo-

; gar, cujo ordenado é de 240£000

|réis.

A tourada que se deve effectuar

no dia 22 de agosto na praça do

; Campo de Santa Anna é em beno-

I ticio do Napoleão (de S. Carlos), e

• de José Maria.

Os touros são do sr. José Ma-

noel da Cunhal Menezes (Lumia-

jres).

O Napoleão pica um touro a ca-

j vallo, e José Maria fará a pega

; d'esse touro. ■ —o——

EíTectua-se no domingo, 18 do

corrente, na praça da Merciana,

uma corrida de touros, em benefi-

cio da real capella de Nossa Se-

nhora da Piedade."

0> lid'adores são todos curiosos;

e a maior parte d'elles já conhe-

cidos por se terem exposto em fa-

vor d'estas obras de benelicen-

cia.

A tourada é á antiga portugueza,

trajando os tres eavalleiros á Ma-

rialva.

A»»afcaiBiso

Os jornaes do Porto dão noticia

desenvolvida com respeito ao as-

sassínio praticado na segunda fei

ra no Porto, e a que se referiu o

nosso zeloso correspondente d'a-

quella cidade.

Joaquim Sebastião Pinto, de 21

annos, morador na Corticeira, pas-

sava áquella hora e n'aquelle lo-

cal, em companhia de Manuel Ca-

chimbo, de 20 annos, morador na

rua do Sol, e de Edwiges Leopol-

dina, os quaes vinham todos de

Quebrantões onde foram passar a

tarde alegremente.

Um grupo de rapazes que esta-

cionava no sitio, dirigiu chufas aos

tres que passavam, travando-se

ligeira altercação.

Manuel Cachimbo, então, sepa-

rou-se dos companheiros, e diri-

gindo-se ao grupo, deu uma bofe-

tada em Arnaldo Rodrigues Para-

da, de 15 annos.

AÍTirma-se que, n'este instante,

um ourives de nome Alfredo, mo-

rador no Campo da Regeneração,

querendo desaggravar o Parada,

da ofiensa recebida por Manuel

Cachimbo, dera n'este uma facada

mortal junto do estomago.

Mas por outro lado a voz pu-

blica asseverava também que ti-

nha sido o Parada que commet-

tera o crime.

Parece, porém, averiguado, se-

gundo a propria declaração do

amigo da victima, Joaquim "Sebas-

tião Pinto, que o assassino não fo-

ra outro senão o ourives, que se

evadira.

O que é certo, é que a facada foi

vibrada do modo que Manuel Ca-

chimbo nào pode articular uma só

palavra.

Caiu iinmediatamente de bruços

e a espumar.

Quando o levantaram estava já

morto.

Preso o Parada, foi conduzido

para o commissariado geral de po-

licia, tratando-se da captura do

ourives.

O cadaver foi em seguida remo-

vido d'aquelle logar.

E' hoje^no tribunal da Boa-ho-

ra, o leilão da livraria de Custo-

dio José Vieira, nosso fallecido

amigo, e um dos mais notáveis

advogados do foro portuguez.

Na livraria ha obras importan-

tes, e que devem merecer a atten-

ção dos am adores.

Recebemos o seguinte telegram-

ma de um nosso correspondente:

Porto, 14. ás 11 horas e 16 mi-

nutos da noite.

Acabou o segundo acto do dra-

ma Camões. Completa enchente,

grande enthusiasmo e muitas cha-

madas ao auctor e actores.

E.

E' realmente digno de visitar-se

o excellente atelier da acreditada

folha o Contemporâneo, estabeleci-

do na rua do Arco da Graça, pró-

ximo ao liospi;al de S. José, de que

é proprietário o sr. J.-ão de Almei-

da Pinto. Da perfeição do seu tra-

balho, dão constante testemunho

os primorosos retratos publicados

por aquella folha e ainda ultima-

mente o do ilustre c honrado pre-

sidente da camara municipal de

Lisboa o sr. Rosa Araujo, no 1.°

numero do Commercio e industria

da mesma em preza.

Évora

Os progressistas d'Evora andam

pedindo esmolas, para com

ellas olTerecerem um jantar ao

regimento o, no dia que regressar

áquella cidadel

O jantar é feito no hospital da

Misericórdia e levado em procis-

são para a praça de Geraldo, onde

será servido!

Que coherentcs que nos sahirara

os taes progressistas!!

Quem nos havia de dizer que o

progresso havia de esmolar um

jantar para o regimento que ainda

hontem o mesmo progresso poz na

rua?!!!

Isto é da gente pasmar!!!

O progresso a pedir esmola para

dar um jantar!!!

(Do nosso ccrrespotulente.)

TELEGRAMAS

AGENCIA TULE GRAPHIC A

HAVAS RELUTER

Serviço continental e submarino

Pans, 14, m.

Assegura-se que o sr. Germain,

director do Crédifc Lyonnais. sera

eleito presidente do conselho de

administração dos caminhos da ferro do norte da llespanha, em

substituição do sr. Pereire.

Dizem de New-York que corre

ali o boato de ter sido eleito pre-

sidente do Mexico o sr. Gonzalez.

Rio de Janeiro, 12 t.

O cambio bancario regulava ho-

je: sobre Londres, a 23 1{3; sobre

Paria a 4,10.

Londres, 14, t.

JJizein noticias de Lima que um

transporte chileno foi destruido

pela explosão d*um torpedo.

Recomeçaram as hostilidades

entre os albanezes e os montene-

grinos.

3

c

l

Um pobre velho, com uma filha,

desempregado ha muito tempo,

- ue não tem já que vender, e quo

eve alguns mezes da renda da

casa, vendo-se ameaçado de ser

osto na rua. pede aos caridosos

eitores d'esta folha o soccorram

com uma esmola para poder pa-

gar ao senhorio, rernettendo-a ao

escriptorio da administração d'es-

te jornal, onde se poderá dizer a

morada a quem a desejar saber.

BOLSA »E LISBOA

Venderam-se hontem:

Títulos do Banco de Portugal a

98$000 réis.

Acções do Banco Lisboa e Aço-

res. a 98S000 réis.

Obrigações dos Caminhos dô

ferro do Minho e Douro, a90i5000.

Obrigações prediaes d'assenta-

mento a 92^500 réis.

Inseripções a 51,16.

O (dMiirio lllu.Mtrudoru vende-

mc nom leguintCM c.Malieíccimen-

tos:

Bua lartfa de &. Roque. 3,

rua do* RetroxeSrofl 3 7, rua

dou Fanqueiros 14-1; rua la-

RUJiln DM, rua do Ouro til; Pra-

ça de O. Pedro Praça de

Luir. de CumoCA, loja do *r.".ffuft-

Uno, kioxqueN da Silveira .t'ova,

Patriarchal, rua do Príncipe

*■3 e em umbo* 04 kioaquca

do Rocie.

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Rendimento da alfandega de Lisboa

Até 13 189:4475626

Em M 21:3403985

Total 210:9883 711

CHRONICA DO DIA

Quinta feira, 15—S. Camillo de

Lelis. S. Henrique imp. O B. Igna-

cio de Azevedo, portuguez e comp.

Mm. Dup. c. br.

Lausperenne no Carmo.

Principio da aurora, 3 h. e 7

Nascimento do sol, 4 h. e 52'

Occaso do sol, 7 h. e 8'

Primeiro preamar. 8 h. coV t.

Segundo preamar, 9 b. e 18 m.

Primeiro baixamar, 3 h.e 6' m.

Segundo baixamar, 3 b. e 30' t.

ESPECTÁCULOS

Principe Hen!.—A's 8 1(4 ho-

ras.

Niniche.

Recreio»—Av8 8 horas e meia.

A notável pianista Annette Es-

sipoff.

pumacío Publico—Festa de ca-

ridade a favor da sociedade pro-

motora da3 creches.

Concerto pela banda da guarda

militar.

Baile infantil com brindes.

Entrada 100 réis. LUboncnKc.— (Amoreiras),

pectaculo de tarde e á noite.

Bruxa vermelha.

Aiiianca—Aa Amoreiras,

dia—Variados espectáculos. A' noite—Ramo de ouro.

Theatro infantil.—(Amoreiras)

de dia variados espectáculos.

A' noite—O barao das ceboli-

nhas. C amòcM — (Belem). A's 8 horas

e 3 quartos.

O homem das cantei las.

O aldeão.

Amores de leoa. Figura» de cera—Rua do Prin-

cipe.

Vistas e quadros novos. — Ca-

mões e Jau.

Vende-se

Es-

de

Typography do Diário llluslrado'

TraveanA da Iloa flora C9

4S T7MA PARELHA de caval-

^ los castanho-maduro, 4 e

5 annos, filhos do Missionário, pu-

ro sangue inglez. Rua das Pedras

Negras, n.° 18.

Joaquim Esteves da Silva coin

estabelecimento de Irens de

ahiguer

3, Paia Occidental do Passeio, 7

45 YT'ESTE estabelecimento ha

bons trens para todos os

serviços. Também se alugam men-

salmente. Preços os da companhia.

41IÍUÂRD A-LIVROS, ha um

que se incumbe de qual-

quer eseripturação commercial.

Carta a N. N., na agencia de an-

nuncios Bastos & Gonçalves, rua

dos Retrozeiroa, 147. loja.

Delicioso

pela fresquidão

43 TTlNHOa cálix, o afamado vi-

" nho Madeira: Cunha A. P.

C., Porto, Carcavellos, Co liares,

etc. Cerveja nacional, iugleza, e

gazosa.

Em consequência de um magni-

fico subterrâneo^ que a casa tem

estas bebidas estão todas fresquis-

simas.

2, Travessa do Catefarás, 4.

42

Joaquim de P/lattos

Chaves, Julião Bartho-

lomew Rodrigues, D.

EmiiiaVasconceilosPin-

toRodrig1 ese Martinho

Vasconcellos Pinto Ro-

drigues mmpremo do-

loroso dever de parti-

ciparaos seus parentes

e pessoas de suas rela-

ções que foi Deus ser-

vido levar da vida pre-

sente, sua esíremosa

esposa, filha e irmã D.

Sophia Rodrigues de

IVlattos Chaves e que o

seu funeral terá logar

hoje, IS do corrente,

saindo o préstito fúne-

bre de sua casa na rua

do Figueira, 5, palas 6

horas da tarde para o

cemiterio occidental.

Esper*m-lhe honrem

este acto com a sua

presença, não fazendo

convites especiaes pelo

estado de consternação

em que se acham.

I^ELMIRA, por C. Braga

Anna polka de Straes; 10

dc junho, valsa por Alarcão. As-

signatura 00, avulso 100 réis. Re-

creio Musical, rua do Poço dos

Negros, 12.

Café torrado

41 ESPECIALIDADE n'este ge* iJ nero, rua de S, Bento, 1^9.

40 LÊONIDE Plantier par- M-7' ticipa ás pessoas das suas

relações que mudou a sua residên-

cia para a rua direita do Sacra-

mento (á Pampulha) n.° 21 1.° an-

ilar esquerdo, e on'erece a sua

casa.

Atelier de gravura

FRANCISCO PflSIOR

39 rjKAVURAS em madeira.

Rua do Ouro, 210, 4.° an-

dar.

Regimento de artilhe-

ria !

38 ( ) CONSELHO adininistrati-

^ vo do referido regimento

faz publico, que no dia 21 do cor-

rente mez, pelas 12 horas do dia,

no seu quartel em Campolide, ha

de proceder A arrematação em has-

ta publica, do calçado.preciso pa-

ra uso das praças do regimento,

durante um anuo,

Para ser admittido a esta arre-

matação, devem os concorrentes

apresentar propostas em carta fe-

chada, ató asjll horas do referi-

do dia, as quaes devem ser assi-

gnadas pelos concorrentes e pelos

seus fiadores, e depositar no co-

fre do conselho a quantia de 65000

rs. Este deposito será restituído

aos concorrentes a quem não for '

adjudicada a arrematação, e será ' elevada á quantia dc 30^000 rs.

áquelles a quem for adjudicada,

conforme é expresso nas condi-

coes que estão patentes na sala

do conselho todos os dias desde as

10 horas da manhã até ás 3 da,

tarde, bem como os respectivos:

padrões.

Suartel em Campolide, 14 de I

o de 1880.

Antonio Rodrigues do Nascimento •

alferes graduado, secretario. " j

Synopses e apon-

tamentos

37 TJARA facilitar o estudo da

grainmatica da lingua par-

tugueza, simplificando extrema- J

mente a analyse das orações.

Seguida edição

Acha-8e á venda nas principaes |

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200 réis.

Empréstimos

sobre penhores

36 XíO Monte pio Commercial,

rua dos Capellistas, 98, 1.°

andar, empresta-se dinheiro sobre

penhores ae ouro, prata, jóias e

inscripções. Descontam-se juros

de inscripções.

O mesmo estabelecimento rece-

be depositos na sua CAIXA ECO-

NOMIC A, desde 100 até 50.S000

réis abonando aos depositantes o

juro de 3 lj2 0|0 ao anno.

A STERNA 3ELLEZA da PELLE, obtida com o uso da

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do l. leg a a :jd, fcmecedcr da còrts da Russia.

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dá-lhe .1IIUNSPAHKXCIA e a

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antes nem dejuÀt API>LICAÇ\0 FÁCIL

IU* ml todo iinmedUto N3o mancha a pelle nem prejudica

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BARATÍSSIMO

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Sociedade anónima

de responsabilidade limitada

35 p OR ordem do ex mo sr. presidente da meza da assemblea geral

d'este banco é convocada a 3.* reunislo ordinaria dos srs. ac-

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A.\eWar—Rua Augusta,

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PARA O

Diário lllustrado

Livraria Wilier & C.a

246—Rua Áurea—248

DE 1880

cionistas para o dia_I5 de julKo proximo ás 8 horas da noite, em cum- j 21 a 100

29 A RATEIO para a subscripçào do emprestimo municipal será

^ feito da seguinte forma:

Subscripçào d'uma obrigaçao em Lisboa 535.

« « " no Porto 2.173

que são dadas firmes e cada subscriptor de:

2 a 20 obrigações receberá uma obrigação

primento ilo artigo 78.® dos estatutos.

Lisboa 30 de junho de 1880.

O secretario

P. A. Martins da Silva.

101 a 500

Ò01 a 1000

1001 a 2000

2001 a 3000

3001 a 3500

«

«

«

«

2

4

8

16

24

32

«

I

J UlII liiU,

VASCONCELLOS MONTEIRO& C.A

I A ratificação terá logar desde 15 do corrente contra a entrega

, dos titulos provisórios.

Lisboa, 13 de julho de 1880.

Pelo Banco Lisboa à Açores

M. J. Dias Monteiro, director.

C. lleincke, gerente.

rs. o

I 34 f JRANDES saldos de fazendas para 160, 200, 300 e 400

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Vizites claras de 4S000 para cima. Grande sortimento em chapéus

para creanças de 200, 300, 500 até 2£000 rs. Chapéus para senhora

de 2$500 a 105000 réis.

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horas.

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plumas e todos os artigos da classe de retrozeiro-, e tudo se vende a

preços baratos, como e sabido pelos numerosos freguezes cVesta casa.

96, ROCIO, 97

Direcção

dasobras pelicas do districto

de Lisboa

Estrada districtal, n.° 113, Lanço das Alcaço-

I vas ao monte de Valle da Mogueira

28 pAZ-SE publico que no dia 27 do corrente ás 12 horas da ma- 1 nhã terá logar na administração do concelho de Vianna do

: Alemtcjo a arrematação de 701,"30 de pedra britada posta na caixa

entre perfis 1 a 50, sendo a base da heitação 490:700, assim como

uma outra tarefa que comprehende 797,00 metros correntes de aber-

tura de caixa, regularisaçào de taludes, ensaibramento e cylindra-

mento entre as mesmos perfis e 571,m22 de calçada em 14 serventias

publicas e particulares entre os perfis 1 a 181 sendo a base da lici- tação 281&610 réis. As condições estão patentes na administração do

concelho de Vianna do Alemtejo e Direcção de Obras Publicas de

Lisboa assim como na secretaria da secção nas Alcaçovas todos os

dias não santificados desde as 10 ató ás 4 horas da tarde.

Direcção des Obras Publicas do districto de Lisboa 14 dc julho de

1880. ' João Pedro Caldeira.

chefe de secção

Vestidos para senhora

27 T?M lã, lã e seda, executados pelos últimos figurinos dc Paris, a

^ y.áOÔO, 10£000, 1U000, 12<SOOO, 13£000, 14}S000, e 15SOOO rs.

Em ^8 horas

Fazem-se pelos mesmos preços á escolha pelos figurinos.

Jose Bernardino de Sousa

9—Praça do Loreto—10

(Vulgo Largo das Buas Egrejas)

Cypriano Rodrigues Nunes

26 f^OM armazém de viveres—Recebeu uma grande quantidade de

^ queijos das ilhas amanteigados.

49 a 51, Rua Larga de S. Roque, 53 a 55

esquina da travessa da Espera, 4

Capitolina da Sil-

veira Vianna Pinto da

Fonseca, Joaquim Pinto

da Fonseca, Ignacio

Pinto da Fonseca, José

Pinto da Fonseca Le-

mos, Capitolina da Sil-

veira Vianna, Francisco

Izidoro Vianna Euge-

nia da Silveira Vianna,

Francisco da Silveira

Vianna, José da Silvei-

ra Vian a, agradecem

por este modo emquan-

to o não fazem pessoal-

mente, a todos os seus

parentes e amigos que

seinteressaramporseu

presado marido, irmão,

genro e cunhado, du-

rante a sua doença, e

que o acompanharam á

sua ultima morada.

No dia 17 do cor-

rente pelas 10 horas

será rezada uma missa

na egreja da Encarna-

ção. suifragandoa alma

do fallecido.

Page 4: A STERNA 3ELLEZA da PELLE, obtida com o uso dapurl.pt/14328/1/j-1244-g_1880-07-15/j-1244-g_1880-07-15_item2/j...onde se imprime o jor- nal. Travessa da Boa Ho- ra» G3. Toda a correspon-

DIÁRIO ILLDSTRAbO

TI IE ATRO

I)OS

R8CRBIQ

(Espectáculo da empreza \mann)

Hoje quinta feira 15 de julho

INAUGURAÇAO

Estreia da notável pianista russa

VERDADEIROS CIGARROS

VIDE a nossa firma segundo o modelo incluso:

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CO

G3

CO

Deposito geral, Largo do Pelourinho, 19, l.°

Grande concerto \>eV.\

Ai\ associação 14 Ac juiv\\o

sob a Aiv^cçào Ao maestro («azul

AS 8 E MEIA

0 concerto será dividido em 3 partes

Programma da pianista Essipoff

1.® concerto (mi mineur) com acompanhamento a gran-'

de orchestra Chofin.

2.° (a) Nocturne Field.

(b) La guitarra lliller.

(c! Lea alonettes Lesche tizky.

(d) Variations . Rameou.

3.° Khapsodie (n0 2) Liszt.

Preços: Camarotes de l.a (fechados) 65000 rs., ditos (frente) 5.5000

rs., ditos (lado) 3£500, 2.* oraem. (frente) 33000 rs., ditos (lado) 2£000

rs., fauteuils 800 rs., cadeiras 600 rs., geral 300 rs.

Os srs. arssignautes do COLISEU teem entradas os de cadeiras

com 2 bilhetes e os de geral com 3.

NO JARDIM

Grande concerto pela banda da guarda mu-

nicipal

BRILHANTE ILLUMINAÇÂO

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Agente íYÍ. E. Dias d'Oliveira, 10, rua de

S. Miguel da Boa Morte, palacete, junto á

rua Nova da Estrella.

TVJMIXGO 18 do corrente e dias seguintes ás 11 horas para li-

22 quidar, se fará leilão de toda a mobilia que guarnece a casa multo boa o no m«iw prrfciio eMmio. deseripta n'outros annnncios.

PRAÇA BA MERGEANA

TJOMINGO 18 do corrente, terá logar tuna brilhante corrida de

21 touros desempenhada por distinctos amadores, cm benefício

da real capella de Nossa Senhora da Piedade.

Fabrica de calçado

em Estremoz em Estremoz

17 "TjUAS extraoroinarias corridas de touros nos dias 24 e 25 de

julho, por occasião da grande feira annual.

Serãa corridos 20 touros pertencentes á ex.ma sr.a viscondessa dos

Olivaes.

Tomam parte os seguintes artistas:

Cavalleiro, Josó Maria Casimiro Monteiro. Capinhas, Irmãos Ro-

bertas, Peixinhos, Caixinha o Calabaça.

Do dia 10 em diante, os camarotes acliam-se á venda

moz em caza do sr. Januario de Faria.

era Extre-

DYNAMITE

Fabrica na Trafaria

Privilegio de A. Nobel em Portugal

16 A DYNAMITE é o mais poderoso e o mais economico dos explo-

sivos applicados até hoie.

Excede superiormente a polvera ordinaria na intensidade dos seus

efíeitos, economia, simplicidade e variedade das suas applicações.

A DYNAMITE n.# 1 é a que convém para a fragmentação das

rochas extremamente duras, como são os basaltos, os granitos, cte„

etc.

Não se deteriorando dentro d'agua, qnando mesmo ahi seja de-

morado, o seu emprego é precioso cm trabalhos hydraulicos. E o cx-

p.usivo usado em obras submaritimas ou subiluviaes, nas barras dos

rios, nos poços, etc.

A DYNAMITE n.° 3, muito mais barata, é suficiente para fra-

gmentar as rochas maito duras, mas não se pôde empregar nos tra-

balhos molhados. t?.® X. o kilo 950 réis

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tados numero-

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Vinhos do Porto

19 |JE 1600 réis a 350 réis a garrafa.

Aos compradores de uma ou mais dúzias faz-se abatimento.

Kecebem-se encomraendas para exportação em casco ou engarra-

fados.

Vinho do termo puro

A SO réis e a 100 réis a garrafa.

Ha também n^este^ estabelecimento grande sortimento de vinhos

nacionaes e estrangeiros, licores, cognac*

ALIMENTO COMPLETO PARA CREANÇAS DE PEITO

Substituo o leite materno, facilita o desmamar, é de digestão fácil e completa. Vrende-se nas principaes pharmacias e droga-

rias pastelarias e armazéns de viveres.

DEPOSITO GERAL, ARMAZÉM SlISSO CHIADO, GI, 2.-

Para evitar as nomerosas imitações deve-se exigir que cada

lata contenha a assignatura do inventor: Henri Nestlé, Vevey.

ESCRIPTORIO

92, rua dos Relrozciros, 94

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Pomada do dr. Queiroz

8 "EXPERIMENTADA ba

•■-'mais de 40 annos para curar

impingens c outras doenças de

pefle; vende-se na parmacia Aze-

vedo, no Rocio, e na pharmacia

Rosa, rua de S.Vicente.

Nodoas

7 pOM a agua Siberianas e ti-

^ram todas' sejam em lã. se-

das, setim, etc. Não altera as co-

res, não tem cheiro algum, e por

isso é superior á benzina e a todos

os demais preparados. Rua do Am-

paro, 22, e rua do Arco do Mar-

quez d'Alegrcte, 16. Da-se o im-

porte, não obtendo result ido. Pa-

ra revender, 20 por cento.

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oxisodaa

11 VINHO e xarope de jurubeba T dos pharmaceuticos Ferrei-

ra Maia & C.a de Pernambuco.

Preparados especiaes para cu-

rar todas as enfermidades abdomi-

naes. sendo de um efleito seguro e

rápido nas doenças do fídago e ba-

ço. Essência depurativa americana

dos pharmaceuticos Ferreira Maia

& C.â de Pcriinmbuco.

Este grande depurativo do san-

gue de composição vegetal, tem

por base a salsa e a aroba com

manacá e é efficaz em todas as

doenças que teem origem na im-

pureza do sangue.

No rheuuiatlmno agudo ou chro-

nico.—o seu effeito sedativo é se-

guro e prompto.

Deposito,—Drogaria de Ribeiro dn Costa & C.» 150, Rua do Arsc-

nal, 152.

0 rliciimalismo

ANTIGO ffiGDERNO

Bizarro da Silva & £.a

Mercadores de lã e seda, Deposito de tapeça-

rias, 82, rua Augusta, 84

13 pOMPLETO sortimento de pannos, cazemiras e cheviotes na-

^ cionaes e estrangeiros.

Grande sortimento de tapetes, pannos para meza, e para pianos,

alcatifas, passadeiras, cortinas, mantas para viagem, pellcs, capa-

chos de cairo de canhamo e de borracha.

Especialidade de pannos para meza, fazendas para estofos, e re-

posteiros, grandes novidades.

Preço sem competencia

POMADA DUMONT

Prâvilegí^ excluMivo,

approvado

evu 12 c3e janeiro de fl

10 T?STA maravilhosa pomada

éa única que cura as dores

rheumaticas, como se tem prova-

do com documentos, e alguns já

publicados; á venda nas princi-

paes pharmacias e drogarias, de-

posito geral. Rua do Amparo, 22

e rua do Arco do-Marquez de Ale-

grete, 16. Para revender 20 po*

cento.

[ PtNIKSUIM E MIE

Oram, Alger e IVIarse-

ha

O vapor

VILLE DE MALAGA

6 ^AIRA em 19

^ do corrente.

'ara frete e passagens trata-se

com os consignatários.

Juhel & Garay.

Largo do Pelourinho, 19, 1.°

Para Londres e Anvers

O VAPOR

HERRERA

5 rjHEGOU e

^ sairá depois

de curta demora.

Para carga e passageiros trata-

3 na agencia, Calçada do Ferre-

ial, 7, Lisboa.

O agente

J. M. Alcobia.

9 A ADMINISTRAÇÃO da fa- A zenda da casa real preten-

de dar de arrematação, e a prom-

pto pagamento, o fornecimento de

carnes verdes para o consumo da

real ucharia, no paço da Ajuda.

Recebem-se propostas em carta

fechada até á uma hora da tarde

do dia 15 do corrente, para serem

abertas uma hora depois na presen-

ça das pessoas que concorrerem a

este acto.

As condições estarão patentes na

secretaria, no palacio das Neces-

sidades, das 10 horas da manhã ás

4 horas da tarde, desde o dia 9 do

corrente em diante.

Administração da fazenda da ca-

sa real em 7 de julho de 1880.— Antonio Augusto dos Santos.

Para GIBRALTAR

O vapor

CADIZ

Capitão Dnimmoiid

4 1?S PERA-SE

de 14 a 15 do

corrente para sair

, ... —-—depois da indispen- sável demora.

Para carga trata-se no Caes do

Sodré, 64, l.#

Os agentes

E. Pinto Basto Sc C.x

Para LONDRES

O vapor

LONDON

Capitão Harris

3 j?SPERA-SE

terça feira

20 para sahir de-

pois da indispen- sável demora.

Para carga e passagens trata-se

o Caca do Sodré, 64, 1.°

Os agentes

E. Pinto Basto & C.\

Para a Bahia, Rio de

Janeiro e Santos, re-

cebendo carga para

o Rio Grande do Sul

HH|HH 2 "DARA os por-

tos acima,

sahirá depois de

curta demora em

Lisboa, o paquete inglez GASSENDI, que se es-

pera de Liverpool em 15 de julho.

Para carga e passagens trata-se

na rua do Alecrim, n.# 10.

Os agentes

Garland Ladiley & C."

THE PACIFIC STEAM NAVIGATION COMPANY

Para o Rio de Janeiro, Montevideu,

Buenos-Ayres, Valparaizo, Arica, Islay e Callau

SAIR AO OS PAQUETES

Cordillera a 20 de julho. | Valparaiso a 17 de agosto.

'Iberia a 4 de agosto. I 'Magellan a 1 de setembro.

*Os paquetes Iberia e Magellan farão escala por Pernambaott

e Bahia.

Faz-se abatimento ás famílias que viajarem para os portos do Bra-

zil c Rio da Prata.

Para carga e passagens trata-se com 09

Agente*

No Porto Em Lisboa

Vasco Ferreira Pinto Basto. E. Pinto Basto & C.

Largo de 8. João Novo, 10. Caes do Sodré, 64.