a primeira revista de macintosh do...

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R$ 3,00 ANO 2 Nº19 OUTUBRO 1995 A PRIMEIRA REVISTA DE MACINTOSH DO BRASIL Pintando em camadas Quais sao e como funcionam os softwares que utilizam os layers RESENHAS PageMaker 6.0 ClarisWorks 4.0 Esoterica 1.0 QuickDraw 3D A computaçao grafica ao alcance de todos DTP Dez dicas para um bom design Descendo o pau no Windows 95

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R$ 3,00 ANO2 Nº19 OUTUBRO 1995

A PRIMEIRA REVISTA DE MACINTOSH DO BRASIL

Pintando em camadasQuais sao e como funcionam os softwares que utilizam os layers

RESENHAS

PageMaker 6.0

ClarisWorks 4.0

Esoterica 1.0

QuickDraw 3D

A computaçao

grafica ao

alcance de todos

DTP

Dez dicas

para um bom

design

Descendo o pau no Windows 95

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Para colaborar com a MACMANIA, bastaescrever para: Rua do Paraíso, 706Aclimação CEP 04103-001 São Paulo(SP) ou acessar os BBSs ArtNet (021) 553-3748, MacBBS (011) 813-5053/5059/5672, Rio-V (021) 235-2906 ou Super-BBS (011) 851-5588.Deixe suas cartas, sugestões, dicas, dúvi-das e reclamações na pasta da MACMA-NIA nestes BBSs ou mande um e-Mail para:[email protected]

MACMANIA

AS CARTAS NÃO MENTEM

MACZÉTICO TERMINALMacJá Macse Macpassaram MacmaisMacde Macvinte Macdias Macque Mac-comprei o Macmeu MacMac-Performa eMacjá Macnão Macestou MacaguentandoMacde Mactanto Macesperar.MacPor Macfavor! Macme MacmandemMaclogo o Macmeu MacMac!MacPor Macenquanto Macestou MacmeMacdivertindo Maccom Maceste MacsuperMacinteressante Macsoft MacchamadoMacMACMANIA. MacAlém Macde MacmeMactornar Macmenos Macignorante,Macestá Macme Maccorrigindo de MacumMacantigo Macmau Machábito MacdeMacnão Macgostar Macde Macler. MacSóa MacMACMANIA Macconseguiu Macisto.MacEstou Macorgulhoso Macde MacserMacmais Macum Macfeliz MacMacma-níaco, Macmas Macos Macmeus Macvizi-nhos e Macamigos Macacham MacqueMacestou Macficando Macmeio Macfaná-tico e Macacham Macque Macestou Mac-falando Macmeio Macesquisito; MacmasMaceu Macsou Macnormaaal, MacvocêsMacnão Macconcordam?

MacHiroshiMacCuritiba - PR

Você já está assim ANTES do seu Mac che-gar?? Imagine quando ele estiver instalado.Macô Maclôco!!

AFOGANDO EMCONFIG.SYS

Estou me afogando nesta inundação edito-rial pecezista. Eles têm revista prá tudo:como ligar um PC, como usar um PC, comomontar um PC, como desenhar no PC,como desligar o PC. Que pena que elesnão tenham uma revista que informa combom humor, ajuda os leitores desesperadoscom suas consoladoras letrinhas, não per-de a pose na Macsolidão e ainda por cimatem muitas matérias interessantes.Bom, depois do elogio vem o pedido…Tenho uma conta no Altenex e (que vexa-me) ainda não consegui me conectar direi-to com a Internet. Uso o programa Micro-Phone Lt para fazer a conexão com o Ibasee depois não sei direito o que fazer. A op-ção Serviços Internet me leva para um Go-pher, então o cursor fica piscando na telaRetrieving Directory, só que não acontecenada depois. O que é que eu faço? Comoeu chego até aquelas pagininhas boniti-nhas do WWW? Que programas vocês

recomendariam (First Class?) e onde eu osencontraria? Existem conferências sobreusuários de Mac no Alternex?Em quais BBS’s eu encontro o Kit de So-brevivência na Internet? Qual o animalmais rápido do mundo? Devo fingir gostarde um PC?Desculpem-me por tantas perguntas, masafinal pra quem mais eu poderia fazer?

Flavio Egydio de CarvalhoRio de Janeiro -RJ

Você encontra o kit da Internet nos BBSscitados na caixinha no pé desta página.Acompanhe a coluna @Mac para sabercomo acessar a Net sem problemas. OGuepardo é o animal mais rápido do mun-do, chegando a 130 km por hora. Nãofinja gostar de PC, convide a dona delepara conhecer seu Desktop.

GENTE QUE FAZ!Parabéns para todos da MACMANIA.Realmente, vocês matam a cobra e mos-tram o pau.Gostaria de ver uma reportagem mostran-do como é feita a revista MACMANIA, comfotos do pessoal da redação. Quero sabercomo vocês usam os programas, comovocês dão saída. Espero que o Valter Hara-saki continue com suas ótimas matériassobre pré-impressão e o Heinar continueiluminado pela Nossa Senhora do Post-Script para nos brindar cada vez mais comsuas reportagens up-to-date.Hei, Tony, que tal incluir uma fonte exclusi-va no próximo disquete da MACMANIA?Valeu, pessoal, até a próxima festa daMACMANIA (mal posso esperar)!

Roberto KameiSão Paulo - SP

Mais fotos da gente? Esta é a única revistade informática do mundo com Coluna So-cial! Daqui a pouco vamos ter que mudar onome para Fatos&FotosMania.

EEddiittoorr ddee TTeexxttoo:: Heinar Maracy

EEddiittoorr ddee AArrttee:: Tony de Marco

CCoonnsseellhhoo EEddiittoorriiaall:: Caio Barra Costa,Carlos Freitas, Carlos Muti Randolph,Luciano Ramalho, Marco Fadiga,Marcos Smirkoff, Oswaldo Bueno,Ricardo Tannus, Valter Harasaki

GGeerrêênncciiaa ddee PPrroodduuççããoo:: Egly Dejulio

GGeerrêênncciiaa CCoommeerrcciiaall:: Fernando PerfeitoTel: (011) 285-1804, Tel/Fax: (011) 284-6597

GGeerrêênncciiaa ddee AAssssiinnaattuurraass:: Adriana AraujoTel/Fax: (011) 284-6597

FFoottóóggrraaffooss:: Ricardo Teles, Hans Georg,João Quaresma, Marcos Muzi

CCaappaa:: KipperXerox, Colagem, Guache,Lápis Aquarela e Photoshop 3.01

CCoorrrreessppoonnddeenntteess:: Rosa Freitag e SuelyDadalti Fragoso (Inglaterra), TeresaNunes (Alemanha), Vitor Paolozzi (EUA)

CCoollaabboorraaddoorreess:: Carlos Félix Ximenes,Daniel Pré, Doca Corbett,, Fabio Granja,,José Carlos Rosinski, Karin Queiroz,Magda Barkó, Mario Amaya Vazquez,Mário Fuchs, Osvaldo Pavanelli, RodrigoMedeiros, Schiavon, Silvia Richner

CCoonnsseellhhoo EEddiittoorriiaall ddoo MMaacciinnttóósshhiiccoo::Alexandre Boëchat, David Drew Zingg,Heinar Maracy, Jean Boëchat,Marcos Smirkoff, MZK, Exu Tranca Rede,Tony de Marco

HHaarrddwwaarree:: Apple CD-ROM 300e, ApplePersonal LaserWriter, Power Mac 7100,Power Mac 6100, Quadra 700, Quadra605, Quadra 630, ScanMaker II, SyQuest200 Mb, US Robotics 14400

SSooffttwwaarree:: BancoFácil 1.2, Nisus Writer4.0, FileMaker Pro 2.0, Fontographer 4.1,FreeHand 5.0, MicroPhone II 4.0, Excel4.0 Photoshop 3.0, QuarkXPress 3.31

FFoottoolliittooss:: Paper Express

IImmpprreessssããoo:: Minden

DDiissttrriibbuuiiççããoo eexxcclluussiivvaa ppaarraa oo BBrraassiill::Fernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 577 CEP20560-000 Rio de Janeiro/RJ Fone: (021) 577-7766

O Copyright das fontes Futura Vítima, Zine, Pinups, MemphisVítima, Super Serif, Rex Dingbats, Compacta Vítima,SuperMarket, Sequestro, Bodoni Vítima, Toxic Bodoni,Macmania Bold e Untitled Font pertence a Tony de Marco.MACMANIA e MACINTÓSHICO são marcas registradas daEditora Bookmakers.MACMANIA é uma publicação mensal da Editora BookmakersLtda, Rua do Paraíso, 706 – Aclimação – CEP 04103-001São Paulo – SP – Tel/Fax: (011) 284-6597Internet: [email protected]ões emitidas em artigos assinados não refletem aopinião da revista, podendo até ser contrárias à mesma.

GET INFO

~ NOS PÉS DE PÁGINA DESTA EDIÇÃO: DICAS BABAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO AGORA ~

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MACMANIA

ilustração e animação de objetos tridi-mensionais sempre foi um terreno de pou-cos, apesar da atração que exerce sobrequalquer um. Quem não gostaria defazer aqueles desenhos hiper-realistas elogos saltitantes, que convencem qualquercliente que o seu produto é o máximo? Sevocê já se atreveu a brincar com um pro-

grama de modelagem 3D, percebeu que a coisa não é tãofácil assim. Programas 3D são complicados e exigem umbelo investimento em hardware, memória e paciência. E oque é pior, aprender a mexer com um deles não significamuita coisa. Cada programa tem ferramentas e funções dife-rentes para fazer a mesma coisa.Pois agora a Apple quer virar a mesa, fazendo com que amanipulação de objetos tridimensionais fique tão fácil quan-to dar Copy e Paste. O nome da mágica é QuickDraw 3D.Uma extensão do sistema (como o QuickTime) que permite amanipulação de objetos tridimensionais em tempo real.Quem viu a coisa funcionando só teve um comentário (bas-tante elogioso): parece Silicon Graphics. Em programas compatíveis com o QuickDraw 3D, você pode

Apple incorpora ao Mac OS extensão que pcriar e alterar objetos 3D totalmente renderados, com textura,iluminação e futuramente, sombras, tranparência e reflexos.Todas as mudanças que você faz no objeto aparecem imedia-tamente na tela, sem barrinhas, nem reloginhos. Você tem umpreview em tempo real do que estáfazendo. E tudo é muitofácil e intuitivo, do jeito que o macmaníaco gosta.

SÓ PARA POWERAntes que você comece a babar, um aviso: o QuickDraw 3Dsó funciona em Power Macs, com um mínimo de 16 Mb deRAM. O motivo é a necessidade de cálculos de ponto flu-tuante, o forte dos chips RISC. Macs com chip 680x0 podemler e gravar arquivos no formato do QuickDraw 3D (chama-do 3DMF) mas não podem utilizar suas capacidades de ren-deração real time. Qualquer Mac 680x0 acelerado paraPowerPC (com uma placa de upgrade) poderá rodar oQuickDraw 3D. Curiosamente, o QuickDraw 3D roda maisrápido em milhões de cores que em qualquer outra profun-didade de cor. Segundo a Apple, o QD3D foi otimizadopara trabalhar em milhões de cores porque esta é a defini-ção de imagem exigida pelos profissionais 3D.O QuickDraw 3D é gratuito e pode ser conseguido junto arevendas Apple e BBSs de Mac. Será incorporado em futu-ros updates do sistema e virá instalado em todos os novosPower Macs. Desenvolvedores de software que queiramreceber o CD beta do QuickDraw 3D podem enviar e-mailpara [email protected]. Ele deverá também vir juntocom os programas compatíveis, como acontece hoje com oQuickTime e alguns programas multimídia.

UM NOVO PADRÃOPara mostrar que não está para brincadeira quando fala emtransformar o 3DMF em padrão, a Apple vai avançar até oterreno inimigo. No início de 1996, deverá ser lançada umaversão do QuickDraw 3D para PCs com Pentium. Há possi-bilidade de sair também uma versão Unix.O formato de arquivo do QuickDraw 3D se chama 3DMetaFile (3DMF). Ele é multiplataforma e pode conter qual-quer parâmetro tridimensional definido pelo usuário, comoiluminação, texturas e sombras, além de informações especí-

A COMPUTAÇÃO GRÁFIC

O quase esquecido Scrapbook ganha fôlego com seus novos poderes 3D

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MACMANIA

ermite manipular imagens 3D em tempo realA PARA O RESTO DE NÓS

ficas de cada programa (como suporte a navegação naWeb, novos algoritmos ou dados para um database).Qualquer fabricante de software pode colocar em seus pro-gramas a capacidade de manipular imagens em três dimen-sões em tempo real, utilizando o suporte ao QuickDraw 3D.Não vai demorar muito para vermos programas de DTP, edi-tores de texto e até planilhas com imagens 3D.Você poderá criar um objeto 3D em um programa de ilustra-ção e arrastá-lo para dentro de um processador de texto,por exemplo. Dentro do processador de texto, você ainda vaipoder continuar movendo seu objeto, como se estivesse emum programa de CAD.Para o usuário comum, trabalhar com imagens 3D será tãofácil quanto clicar e arrastar com o cursor. Junto com aextensão vem um Scrapbook 3D que armazena arquivos em3DMF. Você pode rotacionar e aproximar os objetos noScrapbook utilizando apenas o mouse. Você pode tambémarrastar qualquer imagem bitmap (o mapa-mundi doScrapbook, por exemplo), para cima de um objeto tridimen-sional em wireframe, como uma Ferrari ou um dinossauro. Aimagem é aplicada imediatamente, criando um dinossaurocom textura de mapa-mundi. As possibilidades são muitas. Fabricantes de games, progra-mas de ilustração 3D, arquitetura e de realidade virtual sãoos maiores beneficiados. Grande parte do cálculo intensivopara se gerar uma imagem 3D será feita agora pelo sistemaoperacional, tornando os programas mais rápidos, mais sim-ples, menores e menos exigentes em termos de memória RAM. Para o usuário profissional, as vantagens são muitas tam-bém. Um formato comum que incluísse além de informa-ções geométricas, dados sobre iluminação, renderação etexturas era tudo o que os ilustradores 3D queriam. Comodiz a Apple, “ninguém vai sentir falta do DXF”. Transportrabalhos de um programa para outro, ação muito comumdentro de um projeto 3D, também será muito mais fácil,graças ao formato comum. Além da consistência entre os programas, o QuickDraw 3Dtraz outra característica do Mac para o mercado 3D: o plug& play. Até hoje é muito comum encontrar placas que sófuncionam com determinados programas e vice-versa.

Placas de aceleração e aparelhos para entrada de dados(como tablets e trackballs) compatíveis com a nova extensãofuncionarão com qualquer programa QD3D. Isso inclui asplacas de aceleração gráficas PCI, inclusive as disponíveishoje para PCs. A idéia é ampliar e popularizar o 3D entre os usuárioscomuns. Os efeitos já estão sendo notados. Mais de cinqüen-ta fabricantes de software já adotaram o novo sistema. AStrata reduziu o preço de seu Vision 3D em mais de 60%,antecipando a chegada do Studio Pro 1.7.5, o primeiro pro-grama profissional compatível com QuickDraw 3D. É muitoprovável que, caso o QuickDraw 3D seja aceito como pa-drão pelos desenvolvedores e usuários de 3D, o própriocusto das atuais workstations dedicadas sofra com isso.Afinal, quem irá pagar US$ 50 mil em uma estação Siliconse um Power Mac de US$ 15 mil faz o mesmo trabalho?

ROBIN HOOD VIRTUALEstrategicamente, o QuickDraw 3D é uma bela arma, colo-cando a Apple do lado dos fracos e oprimidos do universo3D. A computação gráfica é vista como um dos grandesmercados emergentes da informática nesta década. É olugar onde a indústria de computadores se funde com aindústria de entretenimento (cinema e vídeo). Hoje este mer-cado está estimado em US$ 15 bilhões ao ano. Tanto a Microsoft quanto a Silicon Graphics têm se esforça-do na caça aos líderes dessa tecnologia. Nos últimos anos,a Microsoft adquiriu a SoftImage e a inglesa Render-Morphics. Em contrapartida, a Silicon comprou a Alias Re-search e a Wavefront (que já havia se fundido com a TDI).Há rumores que a Silicon vem tentando comprar também aAvid Technology, uma das principais empresas de ediçãodigital de vídeo no Mac.Mas o feitiço parece estar virando contra o feiticeiro, aoinvés de atrair, estes “hostile takeovers” (ofertas hostis, eufe-mismo WallStreetiano para a compra de empresas) têm éassustado os demais fabricantes de software 3D, que se sen-tem mais seguros no universo Mac, onde o fabricante da pla-taforma não é seu concorrente.“Enquanto a Microsoft e a Silicon Graphics estão entrando

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lhem com programas como FreeHand ou Illustrator. As duasferramentas básicas da nova interface são um cubo e umaesfera virtuais. Clicando em um dos vértices do cubo, vocêconsegue ampliar,reduzir e distorcerum objeto. Clicandonos vértices da esfe-ra você rotaciona oobjeto. Desenvolve-dores de softwarepoderão uti l izaresses conceitos bá-sicos adicionandonovas funções.

A Apple incluiu no QuickDraw 3D um guia de interface como qual pretende uniformizar os comandos e funções dos pro-

gramas 3D, tornan-do-os mais fáceis deutilizar. A idéia éaproveitar conceitosexistentes em pro-gramas de ilustra-ção 2D e adaptá-losao universo tridi-mensional, facilitan-do a transição deartistas que traba-

Basta clicar e arrastar as intersecções para criar essas pistas muito doidas

Nunca foi tão rápido e fácil aplicar qualquer tipo de textura aos objetos

nesse mercado através da compra agressiva de empresas, aApple entra disponibilizando gratuitamente uma tecnologiaque permitirá que pequenos desenvolvedores façam progra-mas tão bons quanto os melhores que existem atualmente”,diz Fábio Pettinati, gerente de 3D da Apple. O QuickDraw 3D também é uma tentativa da Apple de des-bancar o padrão proposto pela Silicon Graphics para a utili-zação de gráficos 3D na World Wide Web, o chamado VRML(Virtual Reality Modeling Language). “A principal diferençaentre o 3DMF e o VRML é que o padrão da Silicon permite queo usuário apenas observe de forma passiva o objeto. Já o3DMF é um formato totalmente editável, o usuário pode pegaro arquivo na Web, colocá-lo em um programa 3D e modifi-

car todos os seus parâmetros”, diz Pettinati. “Além disso, éuma arquitetura aberta, compatível com o VRML e com qual-quer outro formato que venha a ser desenvolvido”.

O FUTURO É 3DAs recentes reestruturações na Apple colocaram as equipesresponsáveis pelo desenvolvimento do QuickDraw 3D e doQuickTime VR – extensão do Mac OS que permite a produ-ção de cenários de realidade virtual hiper-realistas – traba-lhando juntas. Isso significa que, em breve, poderemos veruma grande interação entre essas duas tecnologias. Vocêpoderá, por exemplo, andar em um cenário tridimensional,como um museu, e encontrar objetos manipuláveis produzi-dos com o QuickDraw 3D.

UMA NOVA INTERFACE

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O QuickDraw 3D funciona apenas em Power Macs. Se porum lado, isso frustra usuários de máquinas antigas, poroutro, cumpre uma promessa feita quando houve a transiçãopara o PowerPC: que a capacidade de processamento dochip RISC iria gerar uma nova geração de softwares revolu-cionários. O QuickDraw 3D é a base sobre a qual podemser desenvolvidos estes softwares. Veja algumas possibilida-des que a nova extensão traz em cada área:

DESENHOVocê poderá fazer um desenho em um programa de ilustra-ção bidimensional, extrudá-lo, aplicar efeitos de iluminaçãoe depois reconvertê-lo em um desenho Pict, Tiff ou PostScript.Vai poder também importar modelos 3D e convertê-los para2D. Ideal para aqueles artistas que não se acertam muitobem com a perspectiva.

PINTURASerá possível pintar objetos 3D, colocar sombras e fontes deluz sobre eles e aplicá-los sobre fotos ou desenhos, tudo den-tro de um programa de pintura. Chega de ir e vir do progra-ma 3D para o Photoshop e vice-versa, até atingir o resulta-do desejado.

DESKTOP VIDEOÉ o fim da tentativa e erro. Basta importar sua animação 3Dpara seu editor de vídeo, para ver se os movimentos e a ilu-minação estão corretas. Não ficou bom? Mude na hora.Modifique a animação até acertar com o filme.

BANCO DE DADOSImagine um catálogo de produtos onde, além de poder pro-curar o item desejado por nome, tamanho ou categoria,você possa também olhar o objeto de todos os lados,ampliá-lo e movê-lo para qualquer lado.

EDITORAÇÃOVocê poderá posicionar objetos 3D em um programa de edi-toração e continuar fazendo modificações nele. Poderá rota-cionar, ampliar, iluminar e até aplicar texturas sobre o objeto.

MODELAGEM 3DO lugar onde as vantagens são mais óbvias. O fim dasincompatibilidades de formato. Renderação feita pelo siste-ma operacional. Suporte para informação customizada (umobjeto 3D pode incluir informações de banco de dados quepoderão ser lidas por outros programas).

INTERNETUm Web browser compatível com o QuickDraw 3D poderánavegar por cenários tridimensionais criados no formato3DMF. Será possível criar mundos virtuais em qualquer pro-grama QD3D, com links para outros sites da Web. ServiçosOnline e BSSs poderão ter interfaces tridimensionais.

ARQUITETURA E ENGENHARIAO ponto chave para esses mercados é a visualização emanipulação de elementos proporcionadas pela Renderaçãointerativa do QuickDraw 3D. Não gostou da lareira perto dajanela? Clique e arraste para outro lado. Usuários de CAD poderão desenhar seus modelos com pre-cisão e depois apresentá-los totalmente renderados. Além deuma melhor visualização, é a ferramenta perfeita para auxi-liar na integração dos setores de engenharia, manufatura emarketing de uma empresa.

GAMESO QD3D traz grandes possibilidades aos desenvolvedoresde games. Chega de aviões formados por polígonos. Chegade dar tirinhos em labirintos escuros. Além de rápido, o QD3D permite agir interativamente com objetos tridimensionais.

E o QuickDraw 3D pode vir a modificar até mesmo a manei-ra como interagimos com nossos computadores. Em umafutura versão do Mac OS – que tem o codinome de Gershwine deverá ser lançada em 1988 – a Apple deverá aproveitaro QuickDraw 3D para aprimorar a interface do Macintosh,talvez até acabando de vez com a metáfora do Desktop,substituindo-a por uma interface tridimensional. Já existemalguns protótipos de um possível Virtual Finder (a Apple até

COMO OS PROGRAMAS PODEM INCORPORAR O QUICKDRAW 3D

já patenteou um “mouse 3D” para navegação em cenáriostridimensionais), mas tudo ainda está em um nível especula-tivo. Ainda não se descobriu uma interface 3D mais fácil deusar que o velho e bom Desktop bidimensional.

De qualquer forma, grandes novidades em interação tridi-mensional com o computador vêm por aí. O recado pareceque está dado: “copie isto, se for capaz, Microsoft”. ~

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O QuickDraw 3D sozinho não fazmuita coisa. É apenas um monte debibliotecas e extensões. Instalá-lo ho-je, sem aplicações disponíveis, nãovai lhe trazer muita vantagem.Mas se você possuir algum programacompatível com o QD3D, não percatempo. Abaixo estão o nome de algu-mas empresas que estão desenvolven-do versões QD3D de seus programas.Se você é cliente de alguma delas enão vê a hora de usufruir das novascapacidades, entre em contato e tenteconseguir uma versão beta.

3D Labs GLINT - Chip de aceleração de QD3D.

ArtificeDesign Workshop - modeladorpara designers e decoradores compossibilidade de manipulação diretade elementos 3D.

AutodessysForm Z - Modelador e renderador3D com suporte para o 3DMF.

Byte by ByteSculpt - Modelador e animador 3D ,com renderação ray tracing e suportepara 3DMF.

Canto SoftwareCumulus PowerPro - Banco dedados cliente/servidor com suportepara vários tipos de formatos gráfi-cos, inclusive 3DMF.

Electric ImageElectricImage Animation SystemPrograma de animação e rendera-ção 3D.

Fractal DesignPoser - Modelador 3D para figurashumanas.

GraphisoftArchiCAD 4.55 - Programa de CADvoltado para a arquitetura com possi-bilidade de exportar em 3DMF.

GraphsoftMiniCad 6 - Programa de CAD 2De 3D CAD com suporte para o forma-to 3DMF.

Hash Animation Master 3.0 - Progra-ma de animação 3D.

HSC SoftwareTodas as futuras versões dos softwaresda HSC vão suportar o 3DMF.

Linker SystemsThe Animation Stand - Pacoteprofissional de animação que permiti-rá renderar modelos QD3D direta-mente sobre frames com anti-aliasing.

Nossa bola de cristal líquido prevê um boom de ilustradores tridimensionais Esse é o novo Strata StudioPro que já incorpora a tecnologia do momento

EMPRESAS QUE JÁ ADERIRAM

Gerbils, game de apresentação

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MacromediaExtreme 3D - O sucessor doMacroModel vai incluir renderação,modelagem e animação e pós-produ-ção com suporte para QD3D.FreeHand - O Macromedia Free-Hand terá um novo FreeHand Xtraque dará funções QuickDraw 3D aoprograma.

MacPlayDescent - o jogo de ação domomento terá sua velocidade, realis-mo e interatividade aprimoradas pelanova tecnologia da Apple.

Ray Dream Ray Dream Designer - Programade ilustração 3D.

Specular InternationalInfini-D - Programa de modelagem,renderação e animação 3D.

AO QUICKDRAW 3DStrataStudioPro e Vision 3D - Pro-gramas de modelagem, renderaçãoe animação 3D com suporte aoQD3D incluindo Copy e Paste deobjetos renderados com texturas efontes de luz entre o programa eoutros aplicativos 2D e 3D. Suportepara navegação na Web pode serincorporado ao modelo.

VirtusVirtus Walkthrough Pro eVirtus VR - Programas de modela-gem, renderação e visualização 3D.

YARC SystemsThe SCREAMER - Sistema de dis-play de QuickDraw 3D display queutiliza co-processadores RISC e o chipGLINT. Rendera até 300 mil triângu-los Gouraud por segundo, com resolu-ção de 1.280 x 1.024 pixels.

O céu é o limite para a nova geração de programas baseados no QD3D

o do QuickDraw 3D. A pista, o cenário e os objetos podem ser alterados enquanto o jogo rola, em alta velocidade.

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•••••••••••••••OBJETO•DO•DESEJO•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••MACMANIA

TID BITS

A Guerra dos RemovíveisO Zip Drive, da Iomega, como todomundo sabe, foi um sucesso estron-doso de público e crítica. Tanto queaté hoje ainda é preciso enfrentaruma lista de espera de no mínimodois meses para se comprar um.Na última feira MacWorld, emBoston, a SyQuest contra-atacoulançando o EZ Drive, com o dobroda velocidade, maior capacidade(135Mb) e um pouco mais caro(US$ 235 nos EUA) que o Zip.Para contra-contra-atacar, a Iome-ga anunciou que, a partir de janei-ro, irá lançar um modelo de mídiaremovível baseado na mesma tec-nologia do Zip, só que com capa-cidade para 1 Gigabyte. O JazDrive deverá ser vendido por cercade US$ 500 e cada cartucho re-movível de 3,5 polegadas vai cus-tar US$ 130. É tudo o que os pro-fissionais de Desktop Video e Mul-timídia queriam.

Guerra é guerra! A capacidade aumenta e os preços tombam no campo de batalha entre a Iomega e a SyQuest

A Realidade Virtual está cada vez mais real. Em outu-bro, a Virtual I-O vai lançar a versão para Mac de seuI-Glasses!, o capacete de RV mais leve do mundo. OI-Glasses! pesa cerca de 250 gramas, tem som estéreoe pode ser ligado a computadores, consoles de video-game ou direto na TV ou video cassete. Você pode tantousá-lo com jogos de Realidade Virtual quanto para ver

imagens 2D, como programas de TV. Segundo o fabri-cante, é como se você estivesse assistindo uma TV de 39polegadas. A versão para Mac será compatível com oQuickDraw 3D. O preço nos EUA é US$ 799.VViirrttuuaall II--OO:: (001-206) 382-7410

(001-206) 382-8810http://www.vio.com

Finalmente a Nação Nerd vai poder bater no peito e dizer: Sou quatro-olhos mas sou feliz !

Quem ganha na disputa entre a Iomega e SyQuest é o usuário

Como não podia deixar de ser, a Sy-Quest anunciou que irá contra-con-tra-contra-atacar, lançando no come-ço do ano que vem um drive de 3.5"com capacidade para 1,3 Gigabytes.

A guerra está só começando.CCoonnttrroollee IInnffoorrmmááttiiccaa:: BBS [email protected]

SSyyQQuueesstt:: Fax [email protected]

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MACMANIA

TID BITS

Novas impressoras para PowerBookHP e Citizen trazem equipamentos portáteis para o Brasil

Os usuários de PowerBook podem respirar aliviados. Duasopções de impressoras portáteis, coloridas e relativamentebaratas estão chegando ao mercado brasileiro.A primeira é a PN 60 (R$ 560), da Citizen, de 360 dpi,pesando cerca de meio quilo e com velocidade de duas pági-nas por minuto. Ela utiliza tecnologia de fusão térmica,garantindo cores brilhantes e imagens bem definidas. Podeser inclusive utilizada com o Newton. Pode ser ligada natomada, no acendedor do carro ou com bateria.A segunda impressora é a Deskjet 340, da Hewlett-Packard.É a primeira impressora da HP a apresentar conexão para oMac através de um kit adaptador, ou seja, a mesma impres-sora serve tanto para Mac quanto para PC. Isso deveráaumentar sua disponibilidade no mercado. Ela tem um ali-mentador de papel com capacidade para 30 folhas, imprimeduas páginas por minuto a 600 x 300 dpi e pesa cerca dedois quilos. A grande novidade é a possibilidade de seacoplar um receptor infravermelho à impressora, para comu-nicação sem fio. Simplesmente um luxo para quem possuirum PowerBook da série 5000 (ver MACMANIA #17).CCiittzzeenn//QQuuaalliittrroonn:: (011) 522-3577HHeewwlleetttt--PPaacckkaarrdd:: (011) 726-8000

Desconto para arquitetosUma boa oportunidade para arquitetos que estão pensando emlargar seu PC com AutoCad e comprar um Macintosh. Um pacoteunindo o software de CAD dirigido para arquitetura MiniCad, daGraphSoft, e o programa de ilustração 3D Vision 3D está sendovendido pela Cad Technology pelo preço de R$ 950. Segundo osrevendedores, essa é uma solução muito boa para arquitetos queprecisem gerar uma apresentação sofisticada e realista de seus pro-jetos. Ambos os softwares possuem versão nativa para Power Mac.CCaadd TTeeccnnoollooggyy:: (011) 829-8257

Imprima em cores seu último relatório enquanto dirige rumo à próxima reunião

Jogue fora aquele AutoCad que só te dá problema e tenha uma vida mais feliz

3D levado a sérioA Macromedia pretende entrar de sola no mercado de pro-gramas de ilustração e animação 3D com seu Extreme, pro-grama que veio para tomar o lugar do Macromodel. Segundoa Macromedia, o Extreme é o primeiro programa 3D a incor-porar ferramentas de desenho intuitivas como as encontradasno FreeHand, a precisão de um programa de CAD e finaliza-ção profissional. O Extreme é multiplataforma e inclui ferra-mentas para modelagem, animação, renderação e pós-produ-ção. O programa deverá ser vendido nos EUA por US$ 695,a partir de outubro.MMaaccrroommeeddiiaa:: http://www.macromedia.com

CCII--CCoommppuucceenntteerr:: (011) 214-0577

Por motivos de força maior, publicamos essa interface for Windows (argh)

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MACMANIA

TID BITS

Fogo neles!

Parabéns, sortudo

Performa 5200 no Brasil

Fãs de games de ação e simuladores de vôo podemmelhorar ainda mais sua performance. A ECC estátrazendo para o Brasil a linha de joysticks daMacALLY. Os joysticks podem ser programados parajogos determinados. Botões para Rapid Fire, ventosasaderentes, controles de tiro e velocidade ajustáveis etudo o que um gamemaníaco possa precisar. Preço:R$ 100. Aguarde Test Drive nesta revista.EECCCC:: (011) 884-7799MMGGII//MMaaccAALLLLYY:: (011) 284-2261

Pegue leve no PegLeg e pegue pesado no Marathon

Huldreich Kreter nunca vai ganhar na Loto. Ele já gastou toda sua sorte na promoção“Ganhe um Macintosh” da MACMANIA na Fenasoft. Assinou a revista por 15 reais e faturouum Performa 630 que vale R$ 2 mil. Vai ter sorte assim lá em Canoas RS. Se você nãoacredita que uma coisa dessas seja possível ligue para ele e pergunte: (051) 472 7739. Tá?

BBSManiaE o número de BBSs de Mac continua aumentando. Agora é a vez de Bra-sília. A MetaLink Brasília, franquia da MetaLink, rede de BBSs baseada nosoftware FirstClass, é o mais novo BBS da Capital Federal. A área de Macestá sendo coordenada pela revenda Apple Só Software e traz dicas parausuário, informações e suporte técnico. A mensalidade para uma hora deconexão diária é de R$ 13 para quem quiser acesso local e R$ 23 paraquem quiser ter acesso a outras unidades da rede MetaLink (Rio de Janeiro,São Paulo, Belo Horizonte e Divinópolis).E atenção cartunistas de plantão!O BBS Rio-V está promovendo o seu 1º Concurso de Tirinhas. Interessadospodem retirar o regulamento nos BBSs Rio-V e SuperBBS.MMeettaaLLiinnkk BBrraassíílliiaa SSuuppeerrBBBBSSVoz: (061) 322-2358 Fax: (011) 851-5999Dados: (061) 243-8098/323-2322 Dados: (011) 851-5588RRiioo--VVDados: (021) 235-2906

Finalmente chegaram ao Brasil os Power Macs low-end, baseadosno PowerPC 603, versão menos poderosa e mais lenta que o 601,mas bem mais barata. Mais barato nos EUA, bem entendido, por-que no Brasil o Performa 5200 está com o salgado preço sugeridode R$ 3.560. O primeiro Power Mac com design monobloco temum chip PowerPC 603 de 75 MHz e velocidade equivalente a umPower Mac 6100/60 sem o cache de memória. Está sendo vendi-do com 8Mb de RAM e 1Gb de disco. Já foram reportadas incom-patibilidades de alguns programas com o novo chip, entre eles osque compõem o Microsoft Office e o Pagemaker 5.0. Se você estáquerendo comprar um Power Mac 5200 (ou um 6200, que tambémusa o PPC 603) cheque com o fabricante de seu software favoritose está tudo OK.

Macintosh no CarrefourE a Apple Brasil já começa a mostrar a que veio. Desde agosto, arede de supermercados Carrefour está vendendo o Performa 630por R$ 1.999. Os vendedores até que não fazem feio quando per-guntados qual a diferença de um Mac para um PC. “Seria o equi-valente a um 586”, disse um deles.

Foto: Gilm

ar

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TID BITS

Um time de primeira !Apple contrata executivos com experiência no

mercado de informática para sua filial brasileiraA grande maioria dos diretores da Apple ComputerBrasil não entende nada de Macintosh. Experimentepedir para algum deles dar “um zap na PRAM” quevocê irá receber de volta uma bela expressão inter-rogativa. Mas isso não faz a menor diferença. AApple está aqui para tentar virar o jogo e não parajogar para sua restrita torcida brasileira. E para isso escolheu o time certo. A diretoria daApple Brasil é formada por executivos tarimbados,com experiência no mercado de usuários domésti-cos e produtos de consumo, a área que a Appleconsidera prioritária.

Como a turma ainda está arrumando a casa eaprendendo a restartar com Shift, não há muitasnovidades. De concreto, há a notícia de que aApple vai continuar com promoções para aumentara base instalada, semelhante à da Fenasoft. Emdezembro virá mais uma, talvez com um modelo dePower Mac. O pedido da MACMANIA para PapaiNoel: uma promoção com um Power Mac 610016/500 com CD-ROM por R$ 2.300. Bom, baratoe imbatível!Quanto à legendária fábrica no Brasil, é consensoentre os novos diretores da empresa que será

MACMANIA

1 - Ian Adam - Ex-Diretor PresidenteCoordenou a implantação da subsidiária brasileira. Responsável pela implantação da Appleno Japão, onde a empresa saltou de uma participação inexpressiva para 20% do mercado.2 - Sidney Brandão - Diretor PresidenteTrabalha há vinte anos na indústria de informática, passando pela Burroughs, Acer,Monydata e Digital. Foi um dos responsáveis pela implantação da Acer no Brasil. Seu primei-ro computador pessoal foi um Apple II. Bom sinal.3 - Marçal Borborema - Diretor de MarketingEx-diretor de Marketing da Acer, onde coordenava toda a comunicação na mídia, organiza-ção de eventos, demonstração de produtos e relação com a imprensa.4 - Luciano Infante Vieira - Diretor de Manufatura e LogísticaJá trabalhou nas áreas de produção, qualidade e logística de empresas como Villares,Duratex, Brastemp e Olivetti. A Apple não tem fábrica, mas já tem um diretor de Manufatura,o que pra bom entendedor…5 - Fábio Cooke - Diretor FinanceiroEx-Controller da Gessy Lever. Especializado em projetos de aquisição e incorporação deempresas, análise e reporte de resultados para a matriz.6 - José Antonio Scodiero - Gerente de Desenvolvimento de CanaisEx-IBM, responsável pela implantação do projeto IBM/Unibanco. Já mostrou a que veio, colo-cando Performas 630 na rede de supermercados Carrefour.

7 - Sérgio Horikawa - Gerente de Negócios - New MediaOutro que vem da IBM, onde trabalhou na divisão de Mídia e Telecomunicações.8 - Brasilina Passarelli - Gerente de Negócios - EducaçãoUma das fundadoras da Escola do Futuro, da USP, onde foi coordenadora do grupo de mul-timídia e linguagens interativas.9 - Cleverson Castelucci - Gerente de Serviços e SuporteJá passou pela Monydata, onde respondia pelo credenciamento da rede autorizada. Antesde vir para a Apple, estava na ACBr, como gerente de serviços técnicos.10 - Evandro Paes dos Reis - Gerente de Marketing de ProdutosEx-garoto prodígio, fundou sua própria empresa de informática aos 14 anos. Depois passoupela IBM e pela Sun Microsystems, onde foi responsável por toda a estratégia de marketinge posicionamento de produtos da empresa.11 - Luciano Kubrusly - Gerente de Desenvolvimento de MercadoÉ o primeiro Mac Evangelista (ou Macatequisador, se você preferir) brasileiro. Tem a duratarefa de convencer desenvolvedores de software a portarem seus produtos para a platafor-ma da Apple. Trabalha indiretamente com a Apple há cinco anos.12 - Victor Eduardo Daleva Rocha - Gerente de SuprimentosVem da Itautec Philco, onde foi responsável pela importação de circuitos, componentes e peri-féricos. Acredita que a atual incapacidade da Apple em suprir a demanda mundial por PowerMacs não deverá afetar o Brasil, devido à importância estratégica do País.

Diretoria da Apple Computer BrasilDiretoria da Apple Computer Brasil

impossível trabalhar a sério no mercado entry-level se a Apple não começar a montar seuscomputadores no país. A meta é começar algu-ma operação do gênero ainda no primeirosemestre de 96.

Sidney prometeu vestir a camisa dos macmaníacos

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UTILIDADES E INUTILIDADES DOMÉSTICASshareware Greg’s Buttons e Greg’sBrowse, o Aaron está mais para inuti-litário que utilitário. Ele muda a caradas pastas, fontes e barras de menu doMac, fazendo com que ele fique pare-cido com um dos looks do Copland, opróximo sistema operacional da Apple.

DISINFECTANTCriado por John Norstardé um dos mais capazes epopulares antivírus para o

Mac. Sua grande vantagem é traba-lhar em silêncio, não interferindo eminstalações de programas e modifica-ções do sistema. Só se importa com osvírus mesmo.

SOFTWAREFPUSimula uma Unidade dePonto Flutuante (FPU ou

co-processador matemático), chipdedicado a cálculos matemáticosintensivo, em software. Programa fun-damental para quem tem um Per-forma ou Power Mac e quer abrir pro-gramas para Mac 680x0 que preci-sem de FPU. Criado por John [email protected]

Mostre -me os utilitários que usas e eu te direi quem és

MACMANIA

QUICKNOTECria um ícone na barrade menu que aciona ummicro-editor de texto pa-

ra notas curtas. Algo como ter umSimpleText dentro de todos os pro-gramas. Criado por Joe [email protected]

RESEDITPrograma da Apple que per-mite ao usuário editar re-sources (recursos, elementos

de programas como ícones, menus,telas, sons etc). É um programa bas-tante poderoso, que torna possívelalterar a fundo os programas e até osistema operacional. Se você não tivercuidado pode inclusive escangalharcom seu sistema.

SHRINKWRAPPrograma semelhante aoDisk Copy, da Apple, queserve para copiar disque-

tes e montar images. Sua grande van-tagem sobre outros programas dogênero é o uso bastante eficiente dodrag & drop. Criado por Chad Ma-gendanz, [email protected]

STUFFITCompactador de arqui-vos bas-tante uti-

lizado na Internet eem BBSs. Expandearquivos em BinHexe CompactPro. Eraum shareware tão po-pular que foi com-prado pela AlladinSystems que hoje ovende em duas ver-sões. A versão share-ware chama-se Stuff-It Lite e a comercial –que, além de maisrápida, permite des-compactar arquivosZIP – é o StuffIt De-Luxe (US$ 100). ~Porque algumas telas da MACMANIA tem essa cara de Silicon? É que o colaborador usa o Aaron.

~ BOMBAS REPETIDAS? RESTARTE APERTANDO A TECLA SHIFT ~

BÊ-A-BÁ DO MAC

FIQUELIGADO!Image- Arquivoque representa exa-tamente o conteúdode um disquete.Alguns programascomo o Disk Copy,DiskDup+,MountImage e oShrinkWrap permi-tem montar essesarquivos noDesktop, criandodisquetes virtuais.

e nada adianta ter umalinda casa se você não pos-sui um aspirador - de - pópara limpá-la, uma gela-

deira para guardar sua comida ouuma máquina para lavar suas roupas.O mesmo vale para o Mac, você podeter aquele Power Mac 9500 tinindo eainda perder tempo abrindo pastasdentro de pastas, programas que nãoabrem ou um Desktop confuso.Para aumentar sua produtividade,cuidar da integridade dos dados doseu Mac ou simplesmente torná-lomais agradável ou engraçado é queexistem os utilitários (utilities). Neste número falaremos sobre os utili-tários shareware, aqueles que vocêpode conseguir quase de graça.Todos os programas citados nestamatéria podem ser encontrados namaioria dos BBSs de Mac ou no CD-ROM Sharemania.

AARONDesenvolvido pelo muitoconhecido programadorGregory D. Landweber,

[email protected], famoso pelos

D

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ESOTÉRICA 1.0primeira reação a um CD-ROM chamado Esotérica 1.0, éachar que se está diante demais uma tentativa oportunista

de aproveitar a “onda de misticismo” queassola o país. Mas Esotérica consegue sermais que isso. Um extremo cuidado tantona parte visual quanto no conteúdo, o tor-nam uma obra que pode interessar até osmais céticos e materialistas. Mesmo quevocê tenha o colante “Eu atropelo duendes”no vidro traseiro do seu carro, vale a penadar uma olhada neste CD-ROM.Ao lado dos indefectíveis anjos, cristais, flo-rais e elementais, está uma extensa biblio-grafia com 119 livros sobre os mais varia-dos assuntos místicos, interpretação desonhos segundo as teorias de Carl Jung evários textos sobre mitologia grega e india-

na. A parte dedicada ao Can-domblé é um espetáculos a parte,com uma pesquisa muito bemfeita sobre mitos africanos e ainclusão de vários minutos de ví-deo mostrando danças e rituais.Mesmo os fãs de RPG vão ter comque se divertir. Existem dois cami-nhos para acessar as informaçõesde Esotérica: o “Caminho dos For-tes” e o “Caminho dos Fracos”. Sevocê escolher o dos fracos, cairádireto na interface-mandala queleva aos sete assuntos do CD-ROM (Sonhos, Crenças, Anjos,Métodos de Adivinhação, Cristaise Elementais, Histórias Esotéricas e Florais).Se você escolher o dos fortes, vai ter quepercorrer uma estrada montanhosa até

uma caverna, descobrir comoabrir a porta do salão onde seencontram as entradas para cadaseção e desvendar alguns enig-mas para passar por elas.A Ciclo Graphics, empresa que de-senvolveu o CD-ROM, usou e abu-sou de ilustrações e animações 3Dpara dar o clima “místico” deEsoterica. Alguns textos são narra-dos pela atriz Marisa Orth e todasas seções são embaladas por umasuave música new age, como nãopoderia deixar de ser.O CD é híbrido, rodando tantoem Mac e Windows, com a novi-

A

Um CD-ROM para Paulo Coelho nenhum botar defeito

MACMANIA

Vocês não acham que a tal da interface-mandala tem cara de “Roletrando”? Este é o “Caminho dos Fortes” que devia se chamar “Caminho dos Pacientes”

Mate a curiosidade visitando um terreiro em QuickTime

Os caras garantem que colocaram o Bhagavad Gita inteirinho

RESENHAS

dade de ser o primeiro CD-ROM nacio-nal acelerado para Power Macintosh.Está sendo distribuído nacionalmentepela Brasoft. ~

HHEEIINNAARR MMAARRAACCYYEditor de texto da MACMANIA e duende.

ESOTÉRICA 1.0Ciclo Graphics: (011) 572-8928Brasoft: (011) 238-1444Configuração: Mac 68030 ou superior,Sistema 7.0 ou posterior, 8Mb RAM.Preço: R$ 55,00.

Intuitividade:¡¡¡¡™Interface: ¡¡¡™

Poder: ¡¡¡™Custo/Benefício: ¡¡¡™

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res recursos a estes apli-cativos. O ClarisWorks,já muito conhecido dopúblico Mac, a cada diaque passa também setorna mais popular nomundo PC, especialmenteentre os usuários de note-books, por ser enxuto.Está sendo lançada ago-ra sua versão 4.0, revisa-da, melhorada e maiscompleta. Infelizmente anova versão ainda nãoestá disponível em portu-guês como a anterior,mas a localização nãodeve tardar a chegar,ainda mais com a chega-da da Claris no Brasil (ver MACMANIA # 18).Quando o mercado lança uma nova versão dequalquer programa, é tradição que se trace com-parações com a antecessora, e eu aqui é quenão vou querer romper com essa tradição, aindamais que a Claris promete mais de cem novosrecursos. Vamos aos fatos. O que a Versão 4.0do ClarisWorks traz de novidades?PROCESSADOR DE TEXTOSFoi o módulo que mais evoluiu, incorporandototalmente o MacWrite, processador da Clarisque foi descontinuado. A interface é a mesma daversão anterior e a barra de menus continua eco-nômica como sempre, nada de paletismo insano.Ganhou novos modelos de documentos pré-pron-

tos, permite trabalhar commúltiplos cabeçalhos e ro-dapés - uma mão na rodapara criar documentos emque os padrões de impres-sos mudam de algumaspáginas para outras. OOutline está totalmenteintegrado com o proces-sador de texto, uma facili-dade para editar textoslongos e com várias divi-sões. Uma grande novi-dade é uma palette deestilos, semelhante à deprogramas como Page-Maker e Quark.Agora também é possívelvisualizar páginas em

CLARISWORKS 4.0figura lendária do homem-banda éo espírito por detrás dos progra-mas integrados. Aplicativos que es-crevem, desenham, pintam, geren-

ciam banco de dados, planilhas, dançam eainda sacodem a pança.Estes programas integrados, originalmente, surgi-ram para oferecer ao usuário não-profissional,soluções nos campos básicos de aplicativos numsó pacote. Para o usuário que precisa escreveruma carta, uma planilha com os gastos do mêscom gráficos, banco de dados com os telefones deamigos ou clientes, produzir uma mala direta,conectar-se a uma BBS ou qualquer outro trabalhotípico realizado pelo chamado mercado SoHo(Small Office-Home Office) sem precisar de muitosrecursos profissionais e sofisticados.Não se pode confundir os pacotes integradoscom o que é oferecido pelo mega-pacote líderde mercado, o Microsoft Office ou os tambémmega da Lotus ou da WordPerfect, mesmo por-que a proposta é outra. Enquanto os mega-paco-tes são dimensionados para satisfazer usuáriosprofissionais que necessitam de todo o recursodisponível e estão dispostos a pagar por isso,tanto em software quanto em hardware – estespacotões demandam muito espaço em disco eRAM – os integrados oferecem pouco, porém oessencial, de cada um dos aplicativos que com-põem seus aparentados mastodônticos.Contrariando o ditado que diz que o tempopassa, a barba cresce e o que era bom desapa-rece, o passar dos anos, desde o lançamento dosprimeiros integrados, só agregou mais e melho-

A

Uma nova versão de um pequeno grande software

MACMANIA

Aplicar estilo aos parágrafos ficou fácil como roubar doce de criança

duplas, a face esquerda e a direita ao mesmotempo. O mail merge integrado permite exibir obanco de dados diretamente no documento doprocessador de texto. Novos estilos de fontecomo superior, inferior e sublinhado duplo. E anovidade, o tradutor de HTML, que vem com umasérie de modelos pré-prontos para facilitar acriação de documentos para a Internet.BANCO DE DADOSO banco de dados ganhou algumas novidadescomo uma list view automática, novos estilos deprocura, sort e report reutilizáveis. O acesso pop-up aos menus aos layouts, procura, sort e reports.DESENHORotação livre é uma das novidades da versão4.0. Quinhentos clip arts novos e a facilidade dodrag and drop das bibliotecas de desenhos dire-tamente para o documento, completam as inova-ções para o módulo de desenho.PLANILHA DE CÁLCULOAgora é possível acrescentar campos de atuali-zação automática, como dia, mês, ano, etc, atra-vés do Fill Special. O recurso de sombrear ascélulas é outra das novas facilidades.Os recursos acima citados podem despertar des-dém nos usuários de versões mais recentes deaplicativos profiças, mas é bom lembrar queestes recursos não costumam estar disponíveispara softwares integrados que ocupam míseros1,4Mb de RAM.Se você já é usuário antigo do ClarisWorks aten-ção! A migração para a nova versão pode nãoser tão tranqüila, o ClarisWorks 4.0 usa formatode texto diferente do usado pelas versões 2.0, 2.1

Esses Clip Arts não fazem feio perto da breguice que impera nesse meio

RESENHAS

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tos que foram criados na versão anterior emesmo o ícone do aplicativo 3.0 aparecerãocom a cara da nova versão.O ClarisWorks 4.0 já está sendo lançado tam-bém para usuários IBM-PC compatíveis, mercadoonde tem ganho prestígio com o passar dotempo. A troca de arquivos entre essas duas pla-taformas é muito tranqüila, a transparência étotal. Mesmo para leitura de arquivos formata-dos nos ClarisWorks 1.0 e 3.0. Só é preciso umPC Exchange ou AccessPC para troca de arqui-vos armazenados em disquetes formatados naplataforma PC.Se trocar arquivos com PC é o seu caso, valeuma dica: dê preferência para fontes TrueTypedisponíveis para as duas plataformas, as fontesHelvetica e Times do Mac são convertidas comtranqüilidade para as fontes Arial e Times NewRoman, respectivamente, usadas pelos PCs, pre-servando as quebras de página e sem bagunçartoda a formatação do seu texto.O ClarisWorks continua sendo uma boa opçãopara quem tem máquinas com limitação de disco

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃODE SOFTWARES

Intuitividade: Até onde você pode irsem o manual.Interface: A cara do programa. O jeitocom que ele se comunica com o usuário.Poder: O quanto o programa se apro-funda em sua função.Diversão: Só para games, dispensaexplicações.Custo/Benefício: Veja aqui se o pro-grama vale o quanto pesa.

e 3.0. Isso ocorreu por conta das mudanças neces-sárias para que a versão 4.0 suportasse oWorldScript, tecnologia da Apple que suportaalfabetos não-ocidentais como o chinês e o árabe.Por enquanto o 4.0 apenas lê arquivos formata-dos em versões anteriores, porem não é possívelsalvar documentos feitos na atual versão para serlido pelos seus ancestrais. Porém não é precisoser bidu para dizer que, em breve estarão lan-çando o 4.qualquercoisa para corrigir essa pe-quena falta. Se você quiser manter seus arquivosantigos na versão original renomeie o arquivoconvertido ao escolher salvar, preservando a for-matação do documento original.Para manter as versões 3.0 e 4.0 no seu Macao mesmo tempo, é preciso observar queambas as versões fazem uso do mesmo “crea-tor”, sendo assim todos os ícones dos documen-

e RAM. Uma garantia de produzir documentoscom surpreendente qualidade e versatilidade pa-ra uso, sem necessidade de grandes investimen-tos em tempo e dinheiro para o aprendizado.Ideal para seu micro doméstico ou PowerBook.~

CCAARRLLOOSS XXIIMMEENNEESSÉ jornalista integrado, escreve, revisa, desenha,dança e sacode a pança.

CLARISWORKS 4.0Claris Corp.Pars: (021) 552-9442Configuração: Mac 68020 ou superior,Sistema 7.0 ou posterior, 4Mb RAM e 1Mb deespaço em disco nos Macs e 2Mb nos PowerMacs para instalação mínima e 14Mb para ins-talação completa.Preço: R$ 317,00.

Intuitividade: ¡¡™Interface: ¡¡¡™

Poder: ¡¡™Custo/Benefício: ¡¡¡™

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popularização da editoração eletrônica trouxeaos usuários de computador a possibilidade dediagramar páginas sem depender de conheci-mentos que antes eram quase exclusivos de profis-

sionais da área gráfica.Porém essa facilidade fez com que muitas vezes os recursosde paginação fossem usados sem critério e com isso, em vezde criar uma página, cria-se uma bagunça visual.

BOA LEITURA EM PRIMEIRO LUGARO objetivo principal da diagramação é criar uma páginabonita, que passe as informações necessárias ao leitor deforma ordenada. A regra principal é determinar a importân-cia dos elementos que pretende colocar em uma página –títulos, fotos, gráficos, texto, ilustrações e legendas. Cadaelemento deve ser valorizado conforme o destaque que sepretende dar a ele. Uma boa diagramação também deve priorizar a facilidadede leitura e compreensão do texto. A não ser que você este-ja fazendo um fanzine ou uma revista “muderrna”, dessasonde o visual conta muito mais que o conteúdo. Mesmoassim é bom conhecer as regras básicas. Afinal, é precisoconhecer as regras para poder quebrá-las.Se você considerar os princípios básicos para fazer umapágina, com certeza estará mais perto de uma boa pagi-nação. Conheça a seguir os erros mais comuns encontra-dos na editoração eletrônica:

I MARGENS MUITO PEQUENASNormalmente bordas inferiores muito grandes causam des-conforto visual, assim como margens muito pequenas. Lem-bre-se que se a página for impressa em gráfica, os refiles(cortes) do papel podem não ser muito precisos, por issomargens muito pequenas também são muito arriscadas.Uma regra básica é deixar a margem superior igual oumaior que a margem inferior, exceto em diagramações dotipo varal, onde texto fica pendurado no alto da página,variando de altura.

DESKTOP PUBLISHING

A

Saiba quais as mancadas mais comuns em diagramação e como evitá-las

por Valter Harasaki

II ESPAÇAMENTO INADEQUADOÉ comum deixarmos para o computador resolver as quebrasde linhas e espaçamentos entre palavras. Apesar da facilida-de, podem ocorrer problemas com a legibilidade. Algunsprogramas de editoração checam esses problemas, colocan-do em destaque as linhas que apresentam problemas deespaçamento.

III LINHAS MUITO LONGASColunas largas demais devem ser utilizadas com cuidado,principalmente se o texto for longo. Uma linha curta, entre30 a 40 toques, é mais fácil de ler que linhas com 150toques. Este é um dos motivos que fazem os contratos seremmais difíceis de ler que uma bula de remédio.

IV LINHAS MUITO CURTASSe linhas longas são cansativas, linhas muitocurtas podem ficar ilegíveis. Isso ocorre quan-do recorremos texto em uma figura ou foto.Evite linhas com menos de seis toques.

V TEXTOS LONGOS EM CAIXA ALTAPara destacar uma frase ou palavra, evite textos em maiús-culas. Utilize outras maneiras mais elegantes de fazer desta-que, como bold (negrito) ou italizar a fonte.

VI TEXTOS EM LETRA FANTASIAO Macintosh trouxe para a editoração a possibilidade deacesso a centenas de tipos de fonte. É natural que os nova-tos no DTP fiquem tentados a utilizar as mais diferentes echamativas. Não use letras fantasia para escrever textos.Reserve-os para títulos, logotipos ou capitulares.

VII MUITAS FONTESA variedade de fontes também induz a utilizar muitas fon-tes na mesma página. Evite isso. A menos que a intenção

OS DEZ MANDAMENTOS DO BOM LAYOUT

~ NÃO JOGUE NADA IMPORTANTE FORA, ANTES DE VER SE OS BECAPES FICARAM BONS ~

popularização da editoração eletrônica trouxeaos usuários de computador a possibilidade dediagramar páginas sem depender de conhecimen-tos que antes eram quase exclusivos de profissio-nais da área gráfica.Porém essa facilidade fez com que muitas vezes osrecursos de paginação fossem usados sem critérioe com isso em vez de criar uma página, criava-seuma “bagunça visual”. BOA LEITURA EM PRIMEIRO LUGARO objetivo principal da diagramação é criar umapágina bonita, que passe as informações necessá-rias ao leitor de forma ordenada. A regra princi-pal é determinar a importância dos elementos quepretende colocar em uma página – titulos, fotos,gráficos, texto, ilustrações e legendas. Cada ele-mento deve ser valorizado conforme o destaqueque pretende-se dar a ele. Uma boa diagramação também deve priorizar afacilidade de leitura e compreensão do texto. Anão ser que você esteja fazendo um fanzine ouuma revista “muderrna” dessas onde o visualconta muito mais que o conteúdo. Mesmo assim ébom conhecer as regras básicas. Afinal é precisoconhecer as regras para poder quebrá-las.Se você considerar os princípios básicos parafazer uma página, com certeza estará mais pertode uma boa paginação. Conheça a seguir os 10erros mais comuns em diagramação:I Margens muito pequenasNormalmente bordas inferiores muito grandescausam desconforto visual, assim como margensmuito pequenas. Lembre-se que se a página forimpressa em gráfica, os refiles (cortes) do papelpodem não ser muito precisos, por isso margensmuito pequenas também são muito arriscadas.Uma regra básica é deixar a margem superior

igual ou maior que a margem inferior, exceto emdiagramações do tipo varal, onde texto fica pen-durado no alto da página, variando de altura.II Espaçamento inadequado É comum deixarmos para o computador resolveras quebras de linhas e espaçamentos entre pala-vras. Apesar da facilidade, podem ocorrer proble-mas com a legibilidade. Alguns programas de edi-toração checam esses problemas, colocando emdestaque as linhas que apresentam problemas deespaçamento.III Linhas muito longas Colunas largas demais devem ser utilizadas comcuidado, principalmente se o texto for longo. Umalinha curta, entre 30 a 40 toques, é mais fácil deler que linhas com 150 toques. Este é um dos moti-vos que fazem os contratos serem mais dificeis deler que uma bula de remédio.IV Linhas muito curtasSe linhas longas são cansativas, linhas muito cur-tas podem ficar ilegíveis. Isso ocorre quandorecorremos texto em uma figura ou foto. Evitelinhas com menos de seis toques.V Textos longos em caixa alta Para destacar uma frase ou palavra, evite textosem maiúsculas. Utilize outras maneiras mais ele-gantes de fazer destaque, como bold (negrito) ouitalizar a fonte.VI Textos em letra fantasia O Macintosh trouxe para a editoração a possibili-dade de acesso a centenas de tipos de fonte. Énatural que os novatos no DTP fiquem tentados autilizar as mais diferentes e chamativas. Não useletras fantasias para escrever textos. Reserve-ospara títulos, logotipos ou capitulares.VII Muitas fontesA variedade de fontes também induz a utilizar

ESTE ESTÁ CERTOpopularização da editoração eletrônica trouxe aos usuáriosde computador a possibilidade de diagramar páginas semdepender de conhecimentos que antes eram quase exclusi-vos de profissionais da área gráfica.Porém essa facilidade fez com que muitas vezes os recursosde paginação fossem usados sem critério e com isso em vezde criar uma página, criava-se uma “bagunça visual”. BOA LEITURA EM PRIMEIRO LUGARO objetivo principal da diagramação é criar uma páginabonita, que passe as informações necessárias ao leitor deforma ordenada. A regra principal é determinar a impor-tância dos elementos que pretende colocar em uma página– titulos, fotos, gráficos, texto, ilustrações e legendas. Cadaelemento deve ser valorizado conforme o destaque que pre-tende-se dar a ele. Uma boa diagramação também deve priorizar a facilidadede leitura e compreensão do texto. A não ser que você este-ja fazendo um fanzine ou uma revista “muderrna” dessasonde o visual conta muito mais que o conteúdo. Mesmoassim é bom conhecer as regras básicas. Afinal é precisoconhecer as regras para poder quebrá-las.Se você considerar os princípios básicos para fazer umapágina, com certeza estará mais perto de uma boa pagi-nação. Conheça a seguir os 10 erros mais comuns emdiagramação:I Margens muito pequenasNormalmente bordas inferiores muito grandes causam des-conforto visual, assim como margens muito pequenas.Lembre-se que se a página for impressa em gráfica, os refi-les (cortes) do papel podem não ser muito precisos, por issomargens muito pequenas também são muito arriscadas.Uma regra básica é deixar a margem superior igual oumaior que a margem inferior, exceto em diagramações dotipo varal, onde texto fica pendurado no alto da página,variando de altura.II Espaçamento inadequado É comum deixarmos para o computador resolver as que-bras de linhas e espaçamentos entre palavras. Apesar dafacilidade, podem ocorrer problemas com a legibilidade.

Alguns programas de editoração checam esses problemas,colocando em destaque as linhas que apresentam proble-mas de espaçamento.III Linhas muito longas Colunas largas demais devem ser utilizadas com cuidado,principalmente se o texto for longo. Uma linha curta, entre30 a 40 toques, é mais fácil de ler que linhas com 150toques. Este é um dos motivos que fazem os contratos seremmais dificeis de ler que uma bula de remédio.IV Linhas muito curtasSe linhas longas são cansativas, linhas muito curtas podemficar ilegíveis. Isso ocorre quando recorremos texto em umafigura ou foto. Evite linhas com menos de seis toques.V Textos longos em caixa alta Para destacar uma frase ou palavra, evite textos em maiús-culas. Utilize outras maneiras mais elegantes de fazer des-taque, como bold (negrito) ou italizar a fonte.VI Textos em letra fantasia O Macintosh trouxe para a editoração a possibilidade deacesso a centenas de tipos de fonte. É natural que os nova-tos no DTP fiquem tentados a utilizar as mais diferentes echamativas. Não use letras fantasias para escrever textos.Reserve-os para títulos, logotipos ou capitulares.VII Muitas fontesA variedade de fontes também induz a utilizar muitas fon-tes na mesma página. Evite isso. A menos que a intençãoseja criar uma página com visual anárquico. Tambémnão faz sentido usar fontes com desenhos parecidos namesma página (por exemplo: títulos em Univers e texto emHelvética). Escolha famílias de fontes que possuam algu-ma diferença para criar um contraste visual. Diagramado-res da escola clássica acham que duas famílias de fontepor página são o limite para fazer uma boa diagrama-ção. Também evite mudar o tamanho do corpo do textopara fazer caber a matéria na página. Tente outro esque-ma de diagramação, ou se for possível, peça ao redatorpara cortar (diminuir) o texto.VIII Textos em negativo Cuidado com textos escritos em branco sobre fundo

ESTE ESTÁ ERRADO

Este é um belo exemplo de como os softwares de edit-oração feitos para o inglês não funcionam em português.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: USAR SOMENTEMAIÚSCULAS NO TEXTO É PREJUDICIAL À BOA LEITURA.

Evite ao máximo a tentação de usar aquelas fontes “da hora” que o teuamigo descolou não-sei-onde e são diferentes de tudo o que você já viu.

L i n h a se x t r e -mamen-te curtasenchemo sacopra ler.

MACMANIA

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seja criar uma página com visual anárquico. Também não faz sentidousar fontes com desenhos parecidos na mesma página (por exemplo:títulos em Univers e texto em Helvética). Escolha famílias de fontes quepossuam alguma diferença para criar um contraste visual. Diagramado-res da escola clássica acham que duas famílias de fonte por página sãoo limite para fazer uma boa diagramação. Também evite mudar o tama-nho do corpo do texto para fazer caber a matéria na página. Tenteoutro esquema de diagramação, ou se for possível, peça ao redatorpara cortar (diminuir) o texto.

VIII TEXTOS EM NEGATIVOCuidado com textos escritos em branco sobre fundo escuro. Se as letrasforem muito pequenas ou finas demais elas podem “fechar” na impres-são, tornando-os totalmente ilegíveis. Fundos escuros também cansama vista mais rapidamente.

IX FOTO MAL POSICIONADAEstude o melhor corte que pode ser dado na foto. Verifique em que posi-ção na página ela fica melhor colocada. Diz a regra que fotos de pessoasolhando para fora da página tiram a atenção do texto.

X LINHAS APERTADASNão condense letras em excesso. Não faça espaça-mentos muito pequenos entre letras. Estes são os maio-res sinais de um layout acochambrado. Se pretendecondensar muito uma letra, prefira utilizar fontes jácondensadas pelo fabricante. Condensar demais umafonte deforma seu desenho.

Como já foi dito antes, estas regras não são definiti-vas. Mas, se você estiver começando no DTP e não qui-ser arriscar, evitar esses “erros” são uma boa manei-ra de chegar perto de uma boa página. Se a intençãofor fazer boletins, informativos internos ou relatóriosde empresas, sem a ajuda de profissionais, essas di-cas ajudarão a melhorar a sua diagramação. ~

VVAALLTTEERR HHAARRAASSAAKKIIConselheiro editorial da MACMANIA e diretor da Idéia Visual.

FIQUELIGADO!

Caixa alta - letrasmaiúsculas.Caixa baixa -letras minúsculas.Caixa alta ebaixa - palavrascuja primeira letra émaiúscula e as restan-tes minúsculas (porexemplo, nomes pró-prios).Capitular - letra ini-cial de um texto, colo-cada com destaque.Entrelinha - distân-cia entre as linhas.Corpo - tamanho daletra (na altura).

O efeito é engraçado, mas, no MUNDO real, isso aqui não funciona.

Não deixe seu texto ir para as cucuias por ter usado uma fonte finé-zima num fundo colorido. Veja só: corpo 14, corpo 12, corpo10, corpo 8, etc...

Texto evidentemente apertado é marca registrada do pokaprática.

O O OFutura Bold, corpo 55,sem codensação.Tudo OK.

Futura Bold, corpo 55,35% de codensação.A letra ficou deformada.

Futura Condensed Bold,corpo 55, 60% de codensação.A letra continua equilibrada.

Muito grosso

Muito fino

Proporcional

Proporcional

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RESENHAS

MACMANIA

MEGAPHONE 1.0ão deixava de ser humilhantepara a Apple: até há poucotempo quem quisesse ter umasecretária eletrônica em seu

computador tinha que ter um PC. Com olançamento do Megaphone 1.0, que ro-da com o modem GeoPort TelecomAdapter finalmente foi tirada esta manchado orgulho macmaníaco. Já é possívelfalar ao telefone diretamente no Mac,enquanto se tem as mãos livres para con-tinuar trabalhando em aplicativos, sem terque desenvolver aptidões especiais parasegurar fones com ombros e orelhas.A maior vantagem de usar o Mac comotelefone (além de dispensar o uso de umaparelho) é que se pode atender chama-das e continuar digitando um texto noWord ou retocando uma imagem noPhotoshop, por exemplo. O suporte aAppleScript e Apple Events permite quese faça e receba ligações de dentro dequalquer aplicativo. Se o Fax Terminalestiver programado para Auto-Answer, ocomputador automaticamente direcionaa chamada que entra para o modo vozou fax. A qualidade de áudio é regular:embora dê para ouvir através do som docomputador, um par de caixas multimí-dia ajuda bastante. Do outro lado dalinha, a impressão que se tem é que esta-mos falando de dentro do banheiro,como se estivéssemos usando um telefonecom viva-voz. A secretária eletrônicafunciona bem e faz tudo o que se esperadessas máquinas. O problema é o espa-ço no hard disk: cada minuto de mensa-gem gravada come cerca de 1Mb.Além das tarefas básicas, existe aindauma série de extras no Megaphone 1.0:ele tem armazenado os códigos telefôni-cos das principais cidades do mundo(basta escrever o nome e você descobre oprefixo) e seus fusos horários. Pode tam-bém ser programado para discar todosos números de códigos e senhas que sãopedidos por serviços automatizados.Nem tudo é uma maravilha nesta pri-meira versão do programa: o SpeedDial (que armazena os números usadoscom mais freqüência) não funcionou emduas tentativas de instalação. Um outrobug curioso é que não dá para jogar

Backgammon com o Megaphone liga-do: a cada vez que se rolam os dadostoca a campainha indicando uma cha-mada inexistente.O kit do GeoPort Telecom Adapter (hard-ware e software) custa US$ 130,00 (nosEUA) e apesar das restrições que sefazem a ele, pelo menos por mim vemsendo usado há um ano com resultadosbastante satisfatórios (a sua velocidademáxima é de 14.400 bps, mas umaoutra promessa não cumprida da Appleprevê 28.800 bps). Quem já tem oGeoPort pode conseguir os novos softwa-res gratuitamente nas revendas Appleou na Internet ftp.info.apple.com ouwww.info.apple.com , num demoradodownload de três disquetes.Ao contrário do Telecom 2.0, que é umproduto Apple, o Megaphone foi criadopela Cypress Corporation. A empresatira o seu lucro do seguinte esquema: aoadquirir o kit telefônico, o compradorleva também uma versão completa doMegaphone 1.0. Só que, depois de ummês, o software perde a maioria de suasfunções, mantendo porém as mais impor-tantes: a de telefone e secretária eletrôni-

N

Software do Geoport transforma o Mac em secretária eletrônica

ca (e aqui vem o pior bug: no BasicMode ele não disca em pulse, o que atra-palharia a maioria das pessoas noBrasil, já que são poucas as linhas queoferecem discagem tone). Para ter devolta os “opcionais” (agenda de telefo-nes com discagem automática, progra-mação de chamadas com horários deter-minados etc.) é preciso comprar o soft-ware por US$ 49,95. ~

VVIITTOORR PPAAOOLLOOZZZZIICorrespondente da MACMANIA nos EUA.

MEGAPHONE 1.0Cypress CorporationTel.: 001 510 732-3830e-mail: [email protected]

Configuração: Power Macintosh ou QuadraAV, System 7.1 ou posterior, 2 Mb livres nohard disk, 5 Mb de RAM, microfone, GeoPortTelecom Adapter.Preço: US$ 49,95.

Intuitividade: ¡¡¡™Interface: ¡¡™

Poder: ¡¡™Custo/Benefício: ¡™

Não foi dessa vez que inventaram a secretária eletrônica perfeita, com boca, braços, coxas...

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maneiras. Cuidado! Se quiser uma animação oufilme QuickTime rodando direto de um CD é preci-so comprimí-lo de uma maneira especial que seja

StudioPro e o Premiere trabalhammuito bem juntos e são fundamen-tais para dar aquele toque profissio-nal a seu trabalho, com a inclusão

de filmes, logos esvoaçando sobre imagens emmovimento e outras pirotecnias.O StudioPro é um software que atinge vários públi-cos porque ele permite produzir imagens 3D comcontrole de luz, textura, transparência etc, gerandoilustrações hiper-realistas de grande impactovisual. Isso já faria do StudioPro um grande soft-ware mas ele vai além: essas imagenspodem ser animadas. Você pode mover,morfar ou trocar a textura desses objetosem movimento, como se você estivessecom uma câmera, filmando tudo. A maneira para gerar esse movimento émuito simples: quase todos os programasde animação trabalham a partir de “even-tos” sobre uma linha de tempo. Imagineuma linha de tempo (Tela 1) que começano :00 min e vai até o :02 min e nela apa-recem os nomes dos objetos que se queranimar. No :00 min o seu objeto está defrente, no :01 min você roda o objeto delado e no :02 roda de cima. Cada umadessas posições é chamada de evento.Uma vez feito isso, o software calcula asposições intermediárias do seu objeto au-tomaticamente, gerando uma animaçãono formato QuickTime. O QuickTime é uma extensão do sistemaoperacional que permite comprimir imagens paraque elas possam passar como filmes. O detalhe éque essa compressão pode ser feita de várias

MULTIMÍDIA

O

por Luis Colombo

compatível com a velocidade que o computador lêo CD. Os formatos mais utilizados são o Animatione o CinePack. Ambos permitem regular a transferrate (taxa de transferência) do filme, para adequá-la à velocidade do CD-ROM.Quando fazemos uma multimídia, é normal usarmosalgumas pequenas animações para dar um movi-mento a mais na sua tela. Uma tela com botões para-dos e textos estáticos pode se transformar numa cha-tice. Imagine que quando você chega com o mousesobre um botão esse botão se mexa e se transforme

num objeto que ajude a explicar a funçãodesse botão. (Tela 2). O StudioPro é justa-mente um dos softwares com que vocêpode fazer esses movimentos. Muitas vezes, você sonha em colocaruma animação rodando na tela todacomo se fosse um cinema. Nem sempreprecisa ser assim: às vezes não há espa-ço disponível ou velocidade para ummovimento full screen. Um truque muitousado é deixar um fundo parado e osobjetos ou as áreas animadas menores.Um exemplo é o CD Peter’s NumbersAdventure (Tela 3). Estamos falando deanimações geradas no computador nãode filmes de vídeo digitalizados. Quandoé necessário colocar um filme digitaliza-do entra outro programa na jogada – oAdobePremiere. Os filmes também sãogravados em formato QuickTime só quequase sempre depois de digitalizá-los, é

preciso dar uma editada, juntar outros sons oumixar vários filmes. O Premiere é um dos melhoressoftwares para editar QuickTime.

BOTANDO A MÃO NA MASSA 2

Tela 1: É aqui que você anima objetos no StudioPro Tela 3: Os personagens são animados, mas o fundo é fixo

Tela 2: Nesta multimídia da Linotype-Hell, ao clicar o botão do item spacing,surge um texto animado, onde o espaço entre as letras aumenta e diminui

Continuamos aqui asérie de dicas sobreprojetos multimídiado número anterior,

onde mostramos comousar o Photoshoppara montar telas.

Nesta matéria,daremos uma olhadano Strata StudioPro eno Adobe Premiere.

MACMANIA

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Se sua animação é simples e você quer velocidadecom economia de memória, a melhor maneira éreduzir o número de quadros por segundo. Na suatela de animação, existe a possibilidade de alteraresse número no menu Frame Rate (Tela 5). Façaalgumas experiências para descobrir qual o míni-mo Frame Rate aceitável.

USE O CANAL ALFASe uma animação vai ser gravada em QuickTime,por que não abrí-la no Premiere para dar um reto-que? O Studio permite que você gere uma cena ouuma animação com o exato recorte entre os obje-tos e seu fundo, utilizando o Alpha Channel. Vocêpode, por exemplo, criar um título com letras 3Dque rodam e explodem, tudo isso acontecendo comum vídeo passando por trás. Parece uma coisa muito complicada de se fazer,mas na verdade é muito simples: quando estiverrenderando o filminho no Studio, escolha na jane-la Enviromental Effects que fundo você quer queapareça (nuvens, espaço etc). Ajuste o Enviromen-

tal Effects para que o fundo da sua cena seja dese-nhado em Alpha Channel (Tela 6). Isso significaque, junto com sua animação, o computador vaigerar uma máscara que separa o fundo dos obje-tos. Uma vez gravada essa animação, você pode

abrí-la no Premiere e usar a informação do Alphachanel para sobrepor outros filmes ou imagens.Abra a animação do StudioPro no Premiere earraste-a para a trilha de filme chamada “S1” (Sde Special, é o canal que o Premiere usa para osfilmes que contêm Alpha Channel). Coloque outrosfilmes nas trilhas normais “A” e “B” (Tela 7).Selecione a animação da trilha “S” e escolhaTransparency… no menu Clip, selecione AlphaChannel no menu de opções. O resultado finaldessa receita é que os filmes das trilhas “A” e “B”ficarão como fundo da animação do StudioPro.Além de juntar os filmes, o Premiere permite umnúmero enorme de outras funções para tornar suasanimações mais profissionais. Voltaremos a falarsobre esse programa fundamental para a produ-ção multimídia em uma futura edição. ~

LLUUIISS AA.. BB.. CCOOLLOOMMBBOOArquiteto e consultor de multimídia e arquitetura.

Tela 7: No Premiere, você funde animação com filmes QuickTime

Tela 6

Objeto renderado em PhongShading

Objeto renderado em RayTracing

Tela 4

Tela 5

MACMANIA

TEMPO É DINHEIROQuando você for renderar (calcular as texturas,luzes e sombras) qualquer imagem no StudioPro,lembre-se que é possível regular a qualidade dessaimagem e nem sempre é necessário utilizar amelhor qualidade. Dois dos métodos mais usadospara o render são o PhongShading e o Ray-Tracing. O segundo é melhor, mas é bem maislento. Para uma animação, muitas vezes o Phong-Shading é suficiente. Lembre-se que uma anima-ção é formada por dezenas de renderações, quepodem demorar dias para serem calculadas.

Outro ponto para economizar seu tempo é desligaralguns efeitos que não, vão ser necessários, comosombras, transparências ou reflexos. Você pode ligá-los ou não na janela de Rendering Effects (Tela 4).

DICAS: STUDIO PRO/PREMIERE

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gual a essa eu nunca vi e desconfio que nunca mais verei. Umasituação ímpar como o adiantamento (e não o adiamento) dadata prevista para o lançamento de um novo sistema operacio-nal, só mesmo em uma plataforma singular como o Newton. O

Newt/OS 2.0 vem recheado de novidades e melhorias que têm o potencialde, pela primeira vez, torná-lo um produto atrativo para uma pessoa normale não apenas para semi-nerds, que aturam conviver com suas limitaçõesnuma boa ou corporações interessadas em usá-lo em aplicações verticais.O Newt/OS 2.0, que os analistas, connaisseurs e demais xeretas do merca-do já previam que somente seria lançado no início do ano que vem, foi con-firmado para dar as caras ainda agora em outubro. Já não era sem tempo:em mais de dois anos de existência da plataforma, esse será o primeiroupgrade significativo do sistema operacional do Newton. Dada a demora emse mexer, a empresa já foi alvo de olhares desconfiados de metade do mer-cado, que acreditava que a plataforma estivesse abandonada.Para saciar o apetite da galera que já aderiu ao PDA (Personal DigitalAssistant) da Apple, o upgrade, cujo codinome é Dante, endereçará algunsde seus pontos mais fracos, trará meia dúzia de novas funções e será quasetotalmente reescrito em linguagem de máquina, o que garante, mesmo comtoda a nova funcionalidade, um acréscimo de desempenho da ordem de100%. Essa eu quero ver, já que um dos detalhes do Newton sobre o qualainda sobram reticências é a performance.Tem gente que já viu e gostou. Numa conferência realizada em Cu-pertino há poucos meses, a Apple distribuiu aos desenvolvedores pre-sentes ROMs contendo o novo sistema, ainda em fase beta, para quese divertissem. Sabe-se lá por que cargas d’água, a empresa desabi-litou nelas a possibilidade do PDA operar com baterias, tendo queestar ligado a uma tomada.Tudo indicava que o único método de upgrade viesse a ser mesmo uma trocada ROM do aparelho, envolvendo uma ida-e-volta à fábrica, o que nos deixabastante desguarnecidos aqui na Terra Brasilis. Recentemente, fontes naApple Brasil garantiram que isso não será necessário. A expectativa genera-lizada é que o novo OS somente poderá rodar nos MessagePad 120. Osnewsgroups, mailing lists e newsletters especializados que circulam na Inter-net já há alguns meses se posicionam frontalmente contra a atitude da Apple,ainda não confirmada ou negada oficialmente.

NEWTON NEWS

I

Apple lança um novo sistema operacional para o seu PDA

por Marco Fadiga

Deixemos então de cascata e vamos ao importante: o quê exatamentemelhora com o Newt/OS 2.0?Em primeiro lugar, o reconhecimento de caracteres. Além do algoritmo quejá vinha com o PDA, desenvolvido pela Paragraph, em versão nova, have-rá um outro que funciona apenas com letras de imprensa. Quem já utilizouo novo algoritmo, garante que o Grafitti passará a ter um lugar especial nasrecordações do usuário, porém não mais do que isso.Em matéria de suporte a telecomunicações, uma das arestas do siste-ma, a melhora mais importante será a inclusão de um stack de TCP/IP,para unificação de acesso à Internet. E mais: recebimento de faxes, aces-so direto a Macs ou PCs, montando-os no Newton via rede ou modem.Assim, mesmo estando na rua, você poderá conectar com seu micro detrabalho e copiar arquivos.O maior “bug” do Newton, a incapacidade de automaticamente purgar amemória ocupada pelos aplicativos quando se liga a máquina, vai sumir,diminuindo bestialmente as mensagens de erro que pedem um restart porfalta de memória para realizar determinada tarefa.Gerenciar e organizar os dados contidos no Newton deve ficar muito maisfácil. Teremos a possibilidade de manusear mais de um Extras Drawer,podendo selecionar e copiar vários itens de cada vez. Além de ter acessoaos programas, as sopas (lugar onde residem todos os dados de um deter-minado programa do Newton) também serão gerenciáveis.Todos os aplicativos incluídos no PDA da Apple serão reescritos, com focoem uma maior funcionalidade. Para o NotePad, por exemplo, eles anun-ciaram uma API (Application Programming Interface) chamadaStationery, que permitirá com mais facilidade a integração de novas fun-ções, como se fossem plug-ins. Na conferência de desenvolvedores, elesmostraram dois exemplos, que deverão vir com o novo sistema: um geradorde outlines e um de listas.A calculadora, bem fraquinha, terá mais funções científicas. No entanto, umaplanilha de cálculos, que era esperada, deve ficar de fora da jogada. Paranão ferir os interesses de desenvolvedores, eles resolveram vender o CalcSheetem separado, através do selo StarCore, que aliás, passa a ser da Claris.Em um ponto, as opiniões e notícias são desencontradas: o suporte àsnovas máquinas que estão por vir (veja nota). Alguns dizem que ele jáfaria parte desse release, outros acreditam que a Apple esteja trabalhan-

UM NOVO SISTEMA, PARA QUÊ?

~ ARRASTE SEGURANDO OPTION PARA COPIAR UM DOCUMENTO DE UMA PASTA PARA OUTRA ~MACMANIA

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do em uma versão específica. De uma forma ou de outra, poderão ser usa-dos diversos tamanhos de tela, com orientação em portrait ou landscape.Também haverá suporte para teclado e emulação em software para osbotões da parte de baixo da tela.Como já é hábito da Apple, as melhorias em seus sistemas operacionaiscostumam dar fim a uma série de utilitários, patches e aplicativos de tercei-ros. Não é maldade com os desenvolvedores. Quer forma mais correta deidentificar o que melhorar em um OS do que pesquisar que produtos estãosendo usados para corrigir suas “falhas”? Pois é o que a Apple já cansoude fazer com o Mac/OS e agora repete a dose com o Newt/OS.O grande problema para uma maior aceitação do Newton e de todos osoutros PDAs – e lembre-se que ele é o que mais vende, disparado – seriaa prematuridade do seu surgimento. À época, nem a tecnologia disponí-vel podia fazer dele algo muito convidativo, nem o mercado estava pre-parado para um novo paradigma de computação móvel. Evoluiram a tec-nologia, a Apple e os possíveis usuários. Com o novo release doNewt/OS, parece-me que a máquina já estará mais próxima das massase poderá começar um novo ciclo, a quebra da inércia do público emgeral: Joões, Josés e Marias. ~

MMAARRCCOO FFAADDIIGGAAConselheiro editorial da MACMANIAe colunista de informática de “O Globo”.

MACMANIA

Peguem suas pranchas e caiam lá pras bandas do Newton

SITE DO MÊSO site do mês são os arquivos de Newton da Universidade de Iowahttp://newton.uiowa.edu/ Sem dúvida, esse é o destino mais repleto desoftwares e informações para o Newton na WWW. Recentemente, ele pas-sou por uma cirurgia plástica e, se já era pedra 90 em conteúdo, a orga-nização agora não fica atrás. Além de toneladas de arquivos, há umpunhado de links para grupos de usuários, Usenet newsgroups e home-pages de desenvolvedores.Prejudicado no acesso SLIP ou PPP? No problem! Pegue o atalho ftp do site:ftp://newton.uiowa.ed

NEWTON NOTES• Está no forno um novo modelo de Newton. O Q (pronuncia-se quíu),como está sendo chamado internamente e pela imprensa especializadaterá atrativos da pesada, como uma nova CPU ARM 710 em vez da 310hoje utilizada no MessagePad 120. Daí resultará uma máquina muito maisrápida. Outras firulas são um slot para PC Card (novo nome para o conhe-cido PCMCIA) de Tipo 3 e um modem interno de 14.4kbps já preparadopara operar com telefones celulares. Como nos PowerBooks da série 500,o slot PC poderá ser usado para dois cartões Tipo 2.• Para o início de 96, a Motorola, que já fabrica o Marco, e a Panasonic,virgem no mercado, também terão novidades em hardware. Mais uma: hárumores de que, lá para o meio do ano que vem, a Apple terá um Newtondo tamanho de um pager, sem slot PC, porém com porta serial, paracomunicação com máquinas desktop e impressoras.• Se há algum malandro aí interessado em desenvolver soluções para oNewton, que saiba que o terreno pode ser bastante fértil no país. Umafonte da Apple Brasil garante que já se pensa em planos específicos parao fomento da plataforma. Entretanto, caso venha a ocorrer algo de real-mente positivo, será somente no ano que vem. As prioridades hoje sãooutras, o que parece bastante sensato.• O timing, então, pode ser perfeito para você comprar o kit de desen-volvimento do Newton e dedicar algumas horas a afiar suas habilidadesem programação há muito perdidas. As boas novas da versão 1.5 doNewton Toolkit são o maior suporte para o desenvolvimento de softwareslocalizados (ói nóis aqui), novo compilador e profiler e uma série demelhorias na interface. O Newton ToolKit (NTK) 1.5, agora vendido emseparado do Newton BookMaker, custa US$299. O upgrade para quemtinha a versão anterior sai por US$99, para ambas as ferramentas. Osinteressados podem falar diretamente com a APDA (Apple ProfessionalDevelopers Association, telefone 001-716-871-6555.• Perto do mercado de agendas eletrônicas, o dos PDAs ainda é pinto.Em 94, a Apple vendeu cerca de 60 mil Newtons. No mesmo período, aSharp botou 280 mil unidades na praça, a Psion 200 mil e a Casio 60 mil.• Se encomendar algum software ou periférico para Mac com os amigosde viagem para os EUA já é dureza, imagine quão difícil é fazê-lo em rela-ção ao Newton. Se ela vai para San Francisco, Nova York, Chicago ou LosAngeles, já há solução: a NewtonSource é a primeira cadeia de lojas deâmbito nacional (para eles, obviamente) especializada no PDA. O telefo-ne é 800-NEW-TON1, mas eles também podem ser acessados por e-mail:[email protected]

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PINTANDOEM

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MACMANIA

por MUTI RANDOLPH

o século XV, o flamengo Jan Van Eyck aperfei-çoou a técnica de pintura a óleo. A partir disso,os quadros puderam alcançar um grau de realis-mo e detalhamento muito maior do que o possí-vel até então. A base a óleo possibilitava a sobre-posição de várias camadas de tinta, podendo es-tas serem opacas, translúcidas, ou transparentes.

Desta maneira, o pintor podia ter grande controle sobre as sutilezas decor e textura, colocando pinceladas até chegar ao resultado almejado. O próximo grande avanço na técnica de criação e reprodução deimagens foi a fotografia, inventada no século XIX. Ganhava-se muitono realismo, mas sacrificava-se o controle obtido pela justaposiçãode camadas de tinta: uma vez batida a chapa, e revelada, o fotógra-fo não tinha mais nada que fazer, a não ser jogar fora e tentar denovo. Além disso, o conteúdo das imagens fotográficas era limitadoao que se poderia produzir fisicamente, enquanto nos quadros, olimite era determinado pela imaginação do artista. No decorrer deste século, foram desenvolvidas (e muito utilizadas)técnicas de múltipla exposição de filme, possibilitando em uma únicafotografia a coexistência de várias imagens. Mas o nível de contro-le ainda era muito inferior ao das pinceladas a óleo e ao que seriapermitido pela próxima revolução tecnológica. Com o computador, conseguiu-se unir o controle da pintura a óleoao realismo das imagens fotográficas. Agora é possível pintar umaimagem com texturas fotográficas. Podemos controlar com precisãoa cor e a forma de uma imagem fotográfica. Como em uma pintu-ra, é possível sobrepor imagens infinitamente, só que agora comtotal controle sobre variáveis como opacidade, suavidade, contras-te, saturação ou gama. E, principalmente, podemos controlar comouma imagem irá reagir em relação as outras que estão abaixo ouacima dela. É possível criar mundos imaginários com realismo foto-gráfico. Mais uma vez, o limite é a imaginação.

M CAMADASPara muitos artistas eletrônicos, os layers são a maiorinvenção do homem depois da lasanha. Veja porquê.

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MACMANIA

DIGITAL IMAGING NO MAC: A ORIGEMNo meio da década de 80, a combinação Macintosh + Pa-geMaker + LaserWriter detonou a explosão do DTP. Com elasurgiram também os primeiros programas para computado-res pessoais a implementar a estrutura de camadas paraconstrução de imagens. Eram eles o próprio PageMaker, oAdobe Illustrator e o Aldus (agora, Macromedia) FreeHand. Os dois primeiros limitavam-se a permitir que se mandasseuma imagem para debaixo das demais ou para cima delas.O FreeHand foi o primeiro a criar uma paleta gerenciado-ra de camadas (layers), que poderiam ser criadas e nomea-das ilimitadamente. Mas todos eles, por serem baseados emobjetos vetoriais, eram limitados quanto ao controle demanipulação. Cada imagem deveria estar contida em umobjeto opaco de bordas definidas (duras). Para obter-seuma real fusão de imagens, seria necessário a manipulaçãodos pixels que as formam, em um aplicativo de edição deimagens bitmap. Nessa época apareceram os maravilhosos Image Studio eDigital Darkroom. Esses programas traziam ao mundo doscomputadores pessoais um pouco do poder das dinossáuri-cas estações de trabalho dedicadas a pré-impressão. Eramlimitados a manipulação de imagens 8 bits grayscale. Maspara que cor? Nessa gloriosa época, tempos da Linotronic300, do Mac II, da minha ainda abundante cabeleira (estoufalando de 87/88), somente um louco pensaria seriamenteem fazer uma separação em quadricromia de uma imagemfotográfica (bitmap) em um Macintosh. Não existia softwaree hardware prontos para isso. Aí veio o Photoshop. Os mundos da editoração eletrônica eda pré-impressão nunca mais seriam os mesmos. Ou melhor,eles se tornariam exatamente o mesmo. Finalmente era pos-sível manipular e preparar para fotolito imagens bitmapcoloridas no Mac. Tivemos que esperar um pouco até ohardware chegar a altura desta revolução de software. Macsmenos lentos e imagesetters mais precisas começaram amostrar a cara no comecinho dos anos 90. Mas o Photo-shop levava às últimas conseqüência as ferramentas de sele-

cionamento e edição de cores de seus predecessores ImageStudio e DD, trazia do mundo das estações dedicadas pode-rosas ferramentas de pré-impressão, e de quebra, estabele-cia novos e belíssimos conceitos de interface e expansão,como por exemplo os filtros e plug-ins de input e output deformatos diversos.Agora o controle sobre as imagens alcançava um novo pata-mar. Era possível realizar fusões precisas, onde podiam-secontrolar minuciosamente fatores diversos como transparên-cia e suavidade das bordas de uma seleção. Mas, uma vezdesselecionada, uma imagem estava definitivamente gruda-da nas demais. Para manter uma certa flexibilidade em umprojeto, era preciso salvar várias etapas intermediárias, oque tomava muito tempo e espaço de disco.

PHOTOSHOP 3.0.4Em 1994, a Adobe introduziu na versão 3.0 do Photoshopaquele velho conceito de uma paleta de camadas, que oFreeHand já tinha há quase dez anos. Só que agora tratam-se de camadas de bitmap. Enquanto no FreeHand determi-namos apenas a ordem de posicionamento de uma camada(quem estava por cima de quem), no Photoshop podemoscontrolar a transparência, como ela afeta as camadas infe-riores (mais de dez opções, como cor, luminosidade, soma,subtração, multiplicação, clarear ou escurecer somente, entreoutros). Além disso, cada camada pode possuir dois tipos demáscara: a chamada máscara de transparência, que deter-mina os limites da imagem, e um outro canal alfa (alpha-channel) para modificar esse limite sem alterar a imagem emsi. Ambas, por serem de oito bits (256 tons de cinza), podemser manipuladas para controle de opacidade e suavidadedas bordas. As camadas podem ainda ser agrupadas, for-çando a máscara de transparência de uma camada a afetar

~ SE DERRUBAR ÁGUA, DESLIGUE O MAC IMEDIATAMENTE E SEQUE O TECLADO COM UM SECADOR DE CABELO ~

PhotoshopMais um exemplo do poder das camadas. Notem que o bico do sapato àdireita, mesmo mudando de posição, continua se misturando com o fundo.

Digital imaging: Muti RandolphPintura: Salvador DaliFotografia: Duda CarvalhoDireção de arte: Marcos Hoskin e MutiAgência: V&S ComunicaçõesCliente: Fashion Mall

A versão 3.0 finalmente trouxe os layers para dentro do Photoshop

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CollageNeste exemplo, 17 camadas foram integradas noSpecular Collage, algumas com sombras criadas noprograma. As máscaras foram criadas no Photo-shop. A imagem final, após ser renderada, foi aber-ta no Photoshop, ainda com as camadas intactas,onde recebeu os retoques finais.

Digital imaging: Muti RandolphDireção de arte: Ana MarinsAgência: Pro-MarketCliente: Amil

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a imediatamente superior. Como no FreeHand, estas camadas mantêm-se independentes, podendo ser movidas, apagadas e substituídas avontade, seja qual for a posição que elas estiverem. Em um documentoconstruido por camadas, é possível, por exemplo, mudar o fundo daimagem sem afetar o resto da composição. E o melhor é que efeitos queafetavam o fundo antigo, tais como sombras suaves e transparências deoutros objetos, afetarão da mesma maneira o novo fundo.Mas tudo tem o seu preço. O Photoshop tem a infeliz característica dearmazenar toda a imagem em RAM. Sua sede de memória chega a sercruel: a Adobe recomenda que se tenha cinco vezes o tamanho dodocumento aberto de espaço livre de memória. Uma imagem de 40 Mb,por exemplo, necessitaria de 200Mb de memória RAM livre. Como nemtodo mundo pode ter tamanha quantidade de memória, o Photoshopfaz uso da memória virtual. Usa um ou dois discos determinados noPreferences para servir de RAM. Os discos, por mais rápidos que sejam,insistem em ser dezenas de vezes mais lentos que a memória de silício.Quando começa-se a fazer uso de camadas, o tamanho do documentocomeça a aumentar proporcionalmente. Com 4 ou 5 camadas, aqueledocumento de 40 megas chega rapidamente aos 120 megas. Se 200megas de memória era difícil, imaginem 600... Mesmo com espaço emdisco disponível, você pode ir perdendo as esperanças de terminar otrabalho no prazo... Como o custo da memória teima em permanecerabsurdo (é o único tipo de hardware cujo preço se mantem igual há 6anos), o jeito foi desenvolverem-se soluções de software.

COLLAGE 2.01O primeiro produto para Mac a apresentar uma alternativa mais eco-nômica (em termos de RAM) para a composição de imagens de altaresolução foi o Collage, da Specular International. Em vez de modificaros pixels de uma imagem cada vez que esta sofre uma alteração, comofaz o Photoshop, o Collage modifica apenas uma versão em baixa reso-lução da imagem, chamada proxy. Uma vez feita todas as alterações efusões, o programa resgata as imagens originais em alta resolução eprocessa a imagem final. Além de diminuir enormemente a necessida-de de RAM e o tempo de processamento, esse método resulta em ima-gens finais de qualidade bem superior. Enquanto no Photoshop, cada

O Specular Collage foi um dos pioneiros na manipulação de imagens em camadas

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AS CAMADAS NO CINEMANovas tecnologias costumam gerar um impacto no meiocriativo, que tende a obedecer a um padrão composto porduas etapas. Primeiro vem a fase do deslumbre. As pes-soas se entusiasmam com a facilidade e com a novidadedos efeitos e saem usando-os gratuitamente, à exaustão. Esta fase costuma gerar uma tendência estética muitopassageira, e uma grande quantidade de material vi-sual desprezível. Quem não sofreu, e muitas vezes aindasofre, com a profusão de esferas cromadas, degradês,sombras suaves, estereogramas, tipografia ilegível efractais? Programas hypados, como os KPT, então, po-dem tornar-se verdadeiras fabricas de lixo. Já viram coi-sa mais cafona do que as viradinhas de página transpa-rente e as bolhas de vidro proporcionadas pelos filtrosKPT Page Curl e Glass Lens? E as paisagens marcianasdo KPT Bryce? Com as camadas, a situação é semelhan-te. Fusões e composições começaram a incomodar pelafreqüência abusiva na mídia impressa. Em mídias eletrô-nicas, o mesmo aconteceu. Equipamentos de DVE quepossibilitaram o uso de camadas em vídeo causaramuma tendência a usá-las exaustivamente. Videoclips emfatias passaram a dominar a MTV. Parecia que quantomais camadas o vídeo continha, melhor a qualidadedeles. As produtoras se gabavam: “em tal cena dovídeo do fulaninho usamos mais de VINTE E CINCOcamadas. Oh!!!!” Detalhes como roteiro e direção pare-ciam não importar muito. Mas isto é outra história ...

vez que uma imagem é modificada, seus pixels são resam-pleados, em programas baseados em proxies como oCollage a imagem é resampleada apenas uma vez.Infelizmente, o Collage não oferece nem um vigésimo daspossibilidades de edição de imagem do Photoshop. Alémdisso, apesar de trabalhar com proxies, quando acumulam-se muitas camadas e efeitos, os tempos de espera começama incomodar, mesmo em um Power Mac cheio de memória.Outra coisa que incomoda é a incapacidade de se criar oueditar máscaras no programa. É preciso importá-las já pron-tas. Ainda no lado negativo, é preciso ressaltar que o pre-view dos efeitos é de baixa resolução. Aproximar com a lupasó faz aparecer pixels gordos na sua tela. Mas pelo preçoque custa, o programa é um ótimo negócio. É totalmente

intuitivo, tem ferramentas ótimas, como a criação automáti-ca de sombras suaves, e a possibilidade de se aplicar eremover filtros a vontade, sem compromisso de ordem outempo. Atualmente em sua versão 2.0.1, o Collage é nativopara Power PC. Na sua compra, o usuário recebe um CD-ROM contendo 300 megas de imagens de arquivo prove-nientes de diversos fabricantes, assim como demos dosdemais produtos da Specular. Feito para ser um companhei-ro do Photoshop, a versão atual permite que se salve a ima-gem final no formato do Photoshop, preservando as cama-das, o que possibilita ajustes finais com maior precisão epossibilidades neste programa. Espero que em uma próximaversão seja possível também importar um documento doPhotoshop com as camadas separadas.

Em um segundo momento, passado o deslumbre, as pes-soas que trabalham coerentemente com imagens, come-çam a encontrar nessas tecnologias soluções para pro-blemas reais. A possibilidade de se trabalhar com cama-das pode significar uma enorme economia de tempo erecursos na produção de uma cena de ação de um filme,por exemplo. Na cena do filme True Lies, quando um ter-rorista salta em de um prédio sobre um avião caça emmovimento, e em cima deste trava-se uma luta entre elee o herói, tendo-se como pano de fundo o centro deMiami, têm-se a impressão de estar assistindo a umaexcelente cena de dublês. Na verdade, cada elemento (ocaça, os atores, o prédio, a cidade) foi capturado inde-pendentemente e composto na cena final com a ajuda doFlame, o “Photoshop do cinema”, que permite trabalhar-se com elementos em camadas e aplicar efeitos a cadauma delas independentemente, como o Photoshop, sóque no decorrer de uma seqüência de frames. Outroexemplo é o filme "Under Siege 2" (A Força em Alerta 2)que também utilizou trucagens feitas no Flame. As cama-das permitem um controle maior em qualquer tipo deimagem. Não precisa ser uma composição. Muitasvezes, eu uso as camadas em imagens únicas, como orosto de uma pessoa, para ter mais controle sobre ajus-tes de luz e cor, por exemplo. Neste momento há um realdomínio do artista sobre a ferramenta. Ela está transpa-rente no resultado final, ao invés de dominá-lo.

Cena do filme “A Força em Alerta 2”, com camadas de imagens sobrepostas no computador, com a utilização do programa Flame, também usado em “True Lies”

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LIVE PICTURE 2.0.1O Live Picture, da HSC, leva os conceitos de proxies e cama-das às últimas conseqüências: As imagens importadas parao LP tem que ser convertidas para o formato IVUE. Uma vezdentro do documento, o Live Picture só rendera (e depositana RAM) o pedaço da imagem visível no monitor naquele

momento, na resolução de tela. Cada vez que há um zoomou pan, o programa rendera de novo aquele pedaço. Issofaz com que o preview seja sempre ótimo. Melhor que oPhotoshop, que em resoluções maiores que 1:1 sacrificapixels em uma aproximação vagabunda ou o Collage, quepermanece fixo em baixa resolução. Além de trabalhar comproxies, o LP opera em um espaço de cor de 48 bits (16 porcor em RGB), o que contribui para um resultado final exce-lente. Além disso, uma técnica chamada Error Transmissonusa modulação estocástica para eliminar as passagens durasque costumam surgir quando uma graduação de cor é sepa-rada em CMYK. A diferença é notável (ver exemplo).As camadas, organizadas em uma paleta fixa no lado direi-to da tela, têm neste programa um papel que vai muito alémda simples composição de imagens. Existem mais de deztipos de camadas diferentes, cada uma cumprindo uma fun-ção especifica. Elas podem servir para a inserção de umaimagem, para a distorção de uma imagem, para a criaçãode uma máscara, para colorizar, borrar, definir, corrigircores e contrastes, ou inserir pinceladas de tinta ou texto. Ouseja, para cada operação, um tipo de camada. Alem disso,essas modificações são aplicadas em forma de pinceladas, oque torna um tablet digitalizador uma companhia essencial.Pincela-se tanto para aplicar quanto para desaplicar umefeito, e é dessa maneira que se pode voltar atrás em qual-

O Live Picture é o melhor para se trabalhar com imagens de 300Mb

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Live PicturePor cima do degradê estocástico, criado no Live Picture, está o splash formado por várias cama-das de inserção de imagem, uma vez que para a sua construção foram usadas várias fotos dejatos de água. Sobre estas, duas camadas de distorção, onde foram inseridos e distorcidos osreflexos da lata. Em cima destas, uma camada de inserção para a lata, que teve sua perspecti-va acentuada. Por cima dela, algumas camadas de correção de cor e uma camada de pintura,para acentuar a luz da lata. Sobre estas, a laranja cortada, distorcida até encaixar na tampa.Por cima dela, uma camada de pintura para desenhar os traços que dividem os gomos, ausen-tes no original. Ainda por cima da lata uma camada para a inserção da palavra “laranja” nologo, ausente na original. Por cima desta, uma camada para inserção de gotas sobre a pala-vra “laranja”. Sobre a lata também, algumas camadas para a inserção dos espirros que ficamna frente. Por cima destas, duas camadas de distorção para simular a distorção natural causa-da pela água sobre a lata. Ao todo foram utilizadas 23 camadas.

Digital imaging: Muti RandolphFotografias: Ayrton Camargo

Direção de arte: Edson ScorcelliCliente: Pepsi

Agência: Standard & Ogilvy

quer edição feita no documento, não importando quando esta foi feita. Umavez dominada, essa estrutura mostra-se muito poderosa. O problema é quequando começam a se acumular muitos efeitos e camadas, o redesenho dopreview vai ficando muito lento, e delays de vários segundos ocorrem cadavez que se muda de ferramenta. Um pequeno scroll de tela pode demorarmais que dez segundos, isso em um Power Mac. Mas o lado bom é que essademora é igual, tanto em uma imagem de 30 megas quanto em uma de 300.Uma outra coisa que precisava ser urgentemente revisada é a incapacidadede se editar uma camada quando outras estão visíveis sobre ela. Esta é umalimitação séria. Ao tornarmos invisíveis as camadas superiores, perdemos anoção de como a edição da camada em questão vai afetar a imagem comoum todo. Além disso, o limite de apenas um documento aberto é frustrante.Mas eu creio que essas falhas serão corrigidas em versões vindouras, emesmo com a presença delas, o Live Picture, pela qualidade dos resulta-dos alcançados, e pelo poder das ferramentas disponíveis, é um aplicati-vo altamente recomendável para quem trabalha com manipulação de ima-gens de alta resolução, principalmente depois que seu preço caiu de US$3.500 para US$ 700.

CONCLUSÃOMas a briga dos programas de edição de imagens está só começando. Como surgimento do QuarkXPosure (ver MACMANIA #18), que teve seu lança-mento adiado para janeiro de 1996, a disputa vai esquentar. Além dos cita-dos acima, o Painter 4.0, da Fractal Design e o XRes 1.5, da Fauve, vão sechocar de frente quando o assunto for composição digital. Quem sai ga-nhando com isso somos nós, usuários finais. ~

CCAARRLLOOSS MMUUTTII RRAANNDDOOLLPPHHConselheiro editorial da MACMANIA, animador, ilustrador e artista gráfico.

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ADOBE PAGEMAKER 6.0oi em 1985 que a Linotype mostrousua imagesetter ligada a um compu-tador Macintosh dando início a his-tória do Desktop Publishing… e adi-

vinhem quem estava lá! Aldus PageMaker 1.0, éclaro. O PageMaker é um caso único de “softwarecom tradição”, que apesar dos concorrentes maispoderosos, ainda conserva fãs fiéis.O PageMaker, como o próprio nome diz, é umsoftware voltado para o design de páginas, para adiagramação eletrônica de documentos, um traba-lho, que antes do advento do DTP, era feito poresforçados arte-finalistas com paciência de mon-ges budistas nas gráficas e agências de publicida-de. Foi o PageMaker – ao lado da impressora lasere da imagesetter – um dos grandes responsáveispelo Macintosh dominar o mercado de DTP.Hoje, Vovô PageMaker está em sua versão 6.0.Mudou de casa e fez uma bela plástica passandonas mãos dos cirurgiões da Adobe. Até sua versão5.0 estava em poder da Aldus, que aqui entre nós,não lhe tratou muito bem. A Aldus ficou famosapor não ouvir as reclamações e pedidos de seusclientes, que acabaram migrando para seu arqui-inimigo QuarkXPress. Depois da fusão entre Alduse Adobe, o PageMaker reergue a cabeça, respirafundo e vai correr atrás do prejuízo.Infelizmente, a Adobe não fez mudanças estrutu-rais tão sensacionais que chamem a atenção de

seus ex-clientes, que hoje usam o QuarkXPress. Aprópria empresa prometeu que o “Quark Killer”virá com a próxima versão. A última versão doQuark, a 3.31 para PowerPC, continua tendomuito mais recursos e sendo muito mais rápida queessa nova fornada do PageMaker. De fato, amaioria das chamadas “inovações” da versão 6.0já existiam em versões anteriores do Quark.Uma grande decepção foi a ausência do suporteao QuickDraw GX. Essa tecnologia traria um con-trole de fontes sem igual para quem trabalha comDTP. Já existe a tecnologia, já existe o Adobe TypeManager GX, os drivers GX para as impressorastradicionais e o Type Enabler, que permite quevocê use suas fontes Type 1 normais sob o Quick-Draw GX (O Adobe Type Enabler 2.2 é um freewa-re que está disponível na pasta da AlphaGraphicsna SuperBBS). Agora, só falta o software… o únicosoftware de editoração, anunciado até agora, asuportar o GX foi o Ready! Set! Go! da LetraSet,que no Brasil é praticamente desconhecido.

CARA DE ADOBEO PM6 recebeu uma nova maquiagem com o gra-fismo da Adobe, seguindo a mesma linha doPhotoshop e do Illustrator. A barra de ferramentaspassou a ser vertical, melhorando sensivelmente oposicionamento na tela. Também foi acrescentadaa ferramenta para a criação de polígonos, que

F

Nova versão traz múltiplas páginas -mestras e suporte ao formato HTML

MACMANIA

Chega a ser comovente a luta de um software contra as rugas, estrias e outras marcas do tempo

podem ser ajustados para se criar figuras comvários lados ou estrelas. Além disso, um cuidadomaior com o visual: agora os botões são sombrea-dos com um efeito tridimensional. Os antigos addi-tions passam a chamar-se plug-ins, na linguagemda Adobe. Nessa área, a Adobe trouxe algumasnovidades. Agora, a partir do PageMaker é possí-vel transformar seu layout em formato HTML atra-vés de um plug-in que vem com o pacote, permitin-do que você crie páginas para a World Wide Webcom facilidade. Também é possível exportar no for-mato Acrobat, o PDF, um grande passo para apublicação eletrônica, também encontrada na ver-são 5.5 do Illustrator.O trapping (método de sobreposição de cores quefacilita o registro na impressão) também foi incor-porado ao produto. Na versão 5.0 era necessáriocomprar um plug-in em separado ou softwares decontrole de impressão. O usuário de PageMakerque não aguenta mais a encheção de saco dosQuarkeiros contando vantagem, já pode se defen-der dizendo que agora o PM6 também possui múl-tiplas páginas mestras, como no QuarkXPress.Para isso, basta definir uma página em qualquerponto do documento, transformá-la em master eselecionar as páginas que seguirão sua orienta-ção. Não precisa nem dizer o quanto isso facilita avida do designer.Outras adições também são muito bem vindas:agora é possível alinhar objetos em vários pontosna posição horizontal e vertical, como nos progra-mas de ilustração. Antes, era necessário fazermágicas com as guidelines e colunas para se ali-nhar um objeto na página. Também o group eungroup são acessíveis diretamente pelo menunessa versão. No PM5 isso era um plug-in, quealém de bastante lento, não funcionava direito emtodos os casos.

NOVOS SCRIPTSA Adobe também nos presenteou com alguns scripts(funções automatizadas que facilitam determinadastarefas), como Auto Page Numbers, System Palette256, Drop Shadow, Balance Columns, Bullets &Numberings etc. Muitas delas já existiam na versão5.0 como additions e agora foram colocadasnuma janela flutuante na tela chamada Scripts.Também boas novas para as gráficas e copiado-ras. O PageMaker 6 instala uma série de PPDs(PostScript Printer Description Files) atualizados du-rante o processo de instalação, para as principaisimagesetters do mercado, como também os maisrecentes PPDs das novas Fiery e Splash Color

PREVIEW

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Servers para as copiadoras/impressoras da Ca-non e as Xerox 5775, Majestik 5765 e Docutech.Esses PPDs tiram a melhor performance destasimpressoras e dão mais controle ao usuários sobretodo o processo, ao contrário dos PPDs genéricosnormalmente usados.

O MAIS INTUITIVOAs inovações trazidas para o Adobe PageMaker6.0 certamente o trouxeram para os anos 90, ape-sar de ainda ficar atrás do QuarkXPress em recur-sos, ainda mantém pelo menos uma larga vanta-gem sobre ele: o PageMaker continua sendo omais intuitivo. A disposição de menus e elementosde design é mais clara que a do concorrente, ascurvas de aprendizado são menores. Também oPageMaker 6.0 já traz no mesmo pacote a versãonativa para Power Macintosh e para Macs 680x0,ao contrário do Quark, que ainda tem a chatice deversões separadas.Mas infelizmente parece que chuva foi mesmo écair na horta do vizinho; nos últimos anos oPageMaker vem perdendo em larga escala para oQuark. Mesmo no Brasil, as agências de publicida-de e design montam seus trabalhos em Quark-XPress já há um certo tempo. Mesmo a diagrama-ção da MACMANIA é feita no Quark. Um bomsinal disso é aumento de Xtensions (os plug-ins doQuark) disponíveis no mercado. O Quark possuiaté conferência mundial de usuários!A Adobe já deve saber que a briga vai ser dura.Mas para a empresa que faz o Photoshop tudo épossível. Se os novos recursos do PageMaker nãosão suficientes para fazerem os usuários de Quark-XPress mudarem, é suficiente para segurar os queainda possui. O upgrade vale a pena para quemprecisa das funções apresentadas na nova versão,

principalmente a de múltiplas páginas mestras.E aos fãs do PageMaker: O upgrade acaba valen-do a pena se você possui as versões mais antigas,como o 4.2, ou caso queira ter um software quefuncione em ambas as máquinas, sejam Macs ouPower Macs. Se você comprou o 5.0 recentementee está contente com ele, note que muitas das novasfunções do 6.0 eram oferecidas na promoçãorecente da Adobe, onde vinham de graça váriosplug-ins. Agora, se você descobriu que teu negócioé Quark e acha que Vovô PageMaker está pelahora da morte, live and let die. ~

CCAARRLLOOSS EEDDUUAARRDDOO WWIITTTTEEDesenvolve tese de graduação em arquitetura mul-timídia e é consultor na área gráfica para QuickPrints. [email protected]

ADOBE PAGEMAKER 6.0*AdobeMultiSoluções: (011) 816-6355.Configuração: Macintosh ou Power Macin-tosh com 4 Mb de RAM livres, 23 Mb livres deespaço em disco (para instalação completa).Preço: US$ 900 (BR)

Upgrade da versão 5.0: US$250.

*A versão testada foi a build #77, uma versãobeta final para teste. Os manuais que a acom-panham não traziam maiores informaçõessobre a configuração necessária, pois ela de-verá mudar para a versão comercial. A versãofinal deverá ser um pouco mais econômica. OAdobe PageMaker 6.0 foi testado em um PowerMacintosh 6100/60 com 24Mbytes de RAM e730 Mbytes de HD.

Cansado de correr atrás do Quark, o PageMaker precisa agora de uma ponte-de-safena. Força, Adobe!!!

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MACMANIA

SIMPATIPS

Você pode dar um novo visual no seuDesktop, simplesmente utilizando osícones das pastinhas.Escolha um ícone. Dê Get Info (Ω-I)nele, clique sobre ele e dê Copy (Ω-C), abra o Desktop Patterns pelo Con-trol Panels e dê Paste (Ω-V). Repita oprocedimento quantas vezes quisercom outros ícones, é claro. Se vocêtiver o Icon Editor, Icon Maker ou ou-tro, você pode incrementá-lo aindamais. Basta usar a sua imaginação!!!Adriana Araujo - São Paulo

DICAPOLÊMICA

A seguinte dica foi amplamente debatidano fórum da MACMANIA no SuperBBS.Veja os prós e contras e tome seu partido.

Se você jogar algum arquivo no lixo e derum comando Empty Trash, não se deses-pere. Desligue seu Mac no interruptor deforça; não dê um Shut Down. Desligue ointerruptor ou o filtro de linha se tiver um.Religue, e pronto. O seu arquivo vai estarde volta em sua localização original.Sergio Barrozo

Isso se você não demorar muito tempo edeixar seu Macintosh atualizar o desktopdatabase!Ari

É, bem legal, e se fizer isso muitas vezes,só vai ter de reinstalar o sistema todo, masafinal, o que são algumas horas!!……:-(Irineu Junior

Irineu, quando você fala de computadorsou obrigado a concordar contigo!!!Será que o pessoal não conhece o Nortonou outro programa, daqueles que recu-peram seu lixo esvaziado sem efeitoscolaterais???[]´sAri

Adorei os “replies” de vocês todos.Só que:1 - Jogar arquivo no lixo por engano nãoacontece a toda hora; pelo menos comigo,posso contar pelos dedos as vezes que fizisso. Quer dizer: desligar o Mac no inter-ruptor mais ou menos uma vez por anonão vai fazer mal a ninguém.2 - É claro que quem fizer esta “merda”vai desligar rapidinho e tentar recuperarrapidinho, não dando tempo do Mac rea-tualizar o Desktop.3 - O Norton UnErase só recupera arqui-vos deletados se você tiver o FileSaver ins-talado, e o principal, setiver o Norton. Nem todomundo tem.A dica pode ser radical,mas funciona.Sergio Barrozo

COPIANDO OTECLADO

Se você é uma pessoa observadora, jápercebeu que quando instala o sistemaoperacional do Mac, uma porção dedocumentos de teclado são instalado den-tro da maleta do System. Eles são oslayouts de teclado referentes a cada país,que podem ser trocados instantaneamenteno Control Panel Keyboard.Você pode encontrar um teclado brasileirono Disquete #1 da MACMANIA e váriasoutras versões circulam entre os BBS. Umadas maiores diversões dos aprendizes deResEdit é inventar seu próprio layout deteclado, colocando acentos na tecla deaspas ou cedilha na tecla de colchete. Só que volta e meia você quer copiar oteclado brasileiro, abre a maleta System eele não está lá. O motivo é que o layoutque está sendo utilizado pelo sistema ficaautomaticamente invísivel. Para copiá-lo,basta selecionar outro layout. Abra oSystem e ele estará lá.

Mande sua dica para a seção SIMPATIPS. Se ela for aprovada e publicada, você receberá uma exclusiva camiseta da MACMANIA.

Acabe de vez com o “Option isso mais aquilo”

TECLADOMISTERIOSO

Quem é usuário de FreeHand pode ter pro-blemas com o layout de teclado, que àsvezes muda misteriosamente, mesmo semabrir o Control Panel.Isso ocorre porque o atalho de Finder paramudar o layout de teclado é Ω-Option-Space Bar (Barra de Espaço). Idêntico aoatalho de Zoom do FreeHand (a lente).A Apple já notou isto e existe uma forma deativar e desativar este atalho do Keyboardno update do System 7.5.1. Roberto Kamei - São Paulo

Essa zica acontece também no Photoshop eno Illustrator. Para quem ainda não tem oupdate o negócio é apertar as teclas naordem inversa, Space Bar-Ω-Option.Tony de Marco

DEGRADÊ FÁCILExiste um modo muito fácil de criar umdegradê no FreeHand. Crie um path fe-chado. Clique e arraste uma cor diferentepara dentro da figura, aperte a tecla Con-trol e arraste a cor na direção desejada.

Você fará um degradê radialapertando a tecla Option.

PALETTE NOFIRST CLASSExperimente chamar a palet-te de ferramentas do FirstClass apertando a tecla

Option. Ela irá abrir como uma barra naparte inferior da tela.

DESKTOP PATTERN HIPNÓTICO

Use esse fundo para perder seus folders no Desktop

Page 35: A PRIMEIRA REVISTA DE MACINTOSH DO BRASILdatassette.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/revistas/mac...grafica ao alcance de todos DTP Dez dicas para um bom design Descendo o pau no Windows

stamos finalmente tirando as luvas”, disse Guy Kawasaki,o pai do Mac-evangelismo, recém-retornado à Apple. Oassunto é, como não podia deixar de ser, o Windows 95e o que a Apple pretende fazer a respeito. Pra começar,

um pouco da boa e velha contrapropaganda.Apesar das várias contendas legais – a Apple nunca atacou de frenteseu maior concorrente, a Microsoft (talvez pelo fato de a empresa de BillGates ser também o maior fabricante de softwares para o Macintosh).O bug do Pentium, a calculadora do Windows... munição não foi o quefaltou nos últimos tempos para a Apple dar uns tirinhos na direção doconcorrente. Mas as armas permaneceram no coldre.Mas, com o Windows 95, a coisa mudou de figura. O novo sistema ope-racional está sendo vendido como algo “semelhante ao Macintosh”. AApple está disposta a provar que o slot é mais embaixo. Para isso des-lanchou uma campanha nos EUA, com propagandas em revistas, rádioe TV, tentando mostrar que o que a Microsoft promete ao usuário de PCsó pode ser encontrado hoje no Macintosh.“Onde você gostaria de ir hoje?”, diz o texto parodiando a propagan-da do Windows 95. “Boa pergunta, Microsoft. Mas, e amanhã?” Segun-do a publicidade da Apple, “o Windows 95 faz um PC ficar mais pare-cido com um Macintosh – aquele Mac que fabricávamos em 1984. Mascompare um PC rodando Windows 95 com o Macintosh de 1995 e vocêverá uma década de diferença.”O objetivo da empresa é “mostrar ao usuário de PC o que é realidade eo que é apenas “hype” no Windows 95 para ele considerar o Macintosh

OMBUDSMAC

E

Apple utiliza site da Internet para descer o pau no Windows 95

MACMANIA

por Heinar Maracy

quando perceber que precisará fazer um grande investimento em hard-ware para usufruir plenamente do novo sistema operacional da Microsoft.Na chamada “Guerra Santa dos Computadores” vale tudo. A Applemontou até uma página na World Wide Web, http://www.apple.com/

whymac, para mostrar as vantagens de seu sistema. Benchmarks mos-trando a superioridade do chip PowerPC em relação ao Pentium; maté-rias do The New York Times falando do vigor da Apple com seus 20milhões de usuários em todo o mundo; até tirinhas do Doonesbury, deGary Trudeau; são utilizadas em cenas de proselitismo explícito.A principal tecla batida pela Apple é a integração entre hardware esoftware obtida com o Macintosh, impossível de ser imitada pelaMicrosoft, dada a miríade de fabricantes de PC. Facilidade de uso,maior capacidade de processamento e características multimídia avan-çadas (como realidade virtual, manipulação de vídeo e animação 3D)embutidas no sistema são outros itens colocados pela empresa comovantagens do Macintosh.Em suas críticas ao Windows 95, a Apple ressalta que “o DOS (e, con-sequentemente, os problemas inerentes a ele) não morreu”, que por trásda interface do Windows 95 o sistema ainda trata arquivos com nomesde oito caracteres, e que 30% dos programas testados pela Microsoftapresentaram algum tipo de problema com o novo sistema.Não seria nada mau ver uma propaganda dessas publicada no Brasil. ~

HHEEIINNAARR MMAARRAACCYYEditor de texto da MACMANIA e faixa preta de Tai-Chi-Chuan.

CENAS QUE GOSTARÍAMOS DE VER

E AÍ, TCHURMA- QUALÉ A

BOA?

ESTAMOSINSTALANDO ONOVO SISTEMAOPERACIONAL

WINDOWS 95, MIKE!

AH, É?E QUE TAL?

AINDA NÃO SEI!AINDA ESTOU TEN-TANDO ARRANJAR

ESPAÇO PARAINSTALAR O BICHO.

ATENÇÃO, USUÁRIO:VOCÊ CHAMA ISSO DE CAPACIDADE?DÊ REBOOT QUANDO VOCÊ ESTIVER EM CONDIÇÕES DE INSTALAR !

FILHO DE UMA…ESTÁ TIRANDOUMA DO MEU

DISCÃO !

CALMA, HANK.NÃO DEIXA ELETE PROVOCAR.

QUALÉ O PROBLEMA?POR QUE O NOVO

WINDOWS ESTÁ TRA-VANDO?

ELE É GA-NANCIOSO. SÓSE CONTENTA

COM 16 MEGASDE RAM…

…OU ENTÃO OS PROGRAMAS RODAMCOMO LESMA LERDA. TAMBÉM PRECISA DE

UM CHIP MAIS RÁPIDO E DE 35MEGABYTES DE DISCO…

…COM MAIS 89 MB PARA O MS-OFFICE, E… EI!…

ELE LIGOU A IMPRESSORASOZINHO !

É UMA LISTACOMPLETA DO

QUE ELEPRECISA !

NÃO CEDA!SIGA APENASAS ESPECIFICA-ÇÕES DA CAIXA !

C:\ONGRTLNS.W95A Apple colocou faixas

com a frase acima(“congratulações,

Windows 95”, para quemnão entendeu) em ônibusde Seattle que passavam

em frente à Microsoft. As tiras ao lado foramretiradas da página da

Apple na WWW.