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Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO MARKETING POLÍTICO: UM ESTUDO DE CASO EM ARACAJU UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPGA ORIENTADOR: PROF. DR. TÁCITO AUGUSTO FARIAS, Ph.D. João Pessoa 2001

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Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva

A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO MARKETING POLÍTICO:

UM ESTUDO DE CASO EM ARACAJU

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - PPGA

ORIENTADOR: PROF. DR. TÁCITO AUGUSTO FARIAS, Ph.D.

João Pessoa 2001

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Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva

A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO MARKETING POLÍTICO:

UM ESTUDO DE CASO EM ARACAJU

Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre pela

Universidade Federal da Paraíba – UFPB / Programa de Pós-graduação em

Administração – PPGA, à Banca Examinadora, composta pelos professores

Doutores Luis Clementino Vivácqua de Oliveira, Tácito Augusto Farias (Orientador) e

Tereza de Souza.

João Pessoa 2001

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FICHA CATALOGRÁFICA S586p

Silva, Ivo Lúcio Santana Marcelino da

A pesquisa de opinião pública como ferramenta do marketing político: um estudo de caso em Aracaju. / Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva. João Pessoa: UFPB, 2001. 152 p.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração –

PPGA (Mestrado em Administração) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Universidade Federal da Paraíba.

1. Marketing 2 Marketing político 3. Pesquisa eleitoral 4 Opinião pública I.

Silva, Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva. II. Título.

CDU 658.8:32.019.5

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Ivo Lúcio Santana Marcelino da Silva

A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO MARKETING POLÍTICO:

UM ESTUDO DE CASO EM ARACAJU

Aprovada em: 11 de dezembro de 2001

BANCA EXAMINADORA

PROF. DR. LUIS CLEMENTINO VIVÁCQUA DE OLIVEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB

(EXAMINADOR)

PROF. DR. TÁCITO AUGUSTO FARIAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS

(ORIENTADOR)

PROFA. DRA. TEREZA DE SOUZA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

(EXAMINADORA)

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“Não nos podem ensinar nada cuja idéia não tenhamos já em

nossas mentes.” (LEINBNIZ)

“A ciência nada mais é que o senso comum refinado e

disciplinado.” (G. MYRDAL)

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Para a Adriana. Que a ciência lhe seja alegre como brincar de roda.

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AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Tácito Augusto Farias, em especial, por ter aceitado ser o nosso

Professor-Orientador local, sem o que seria impossível, em tão curto espaço de

tempo, ultimar a dissertação para apresentação.

Os nossos, também especiais, agradecimentos, aos Professores Doutores Luis

Clementino Vivácqua de Oliveira e Tereza de Souza, o primeiro, inicialmente nosso

Professor-Orientador na UFPB, por ceder a orientação e nos desobrigar de vários,

quase impossíveis, deslocamentos até João Pessoa, no estado da Paraíba, e aos

dois pelas críticas e sugestões quando da elaboração do trabalho.

O nosso muito obrigado ao Convênio Interinstitucional Universidade Federal da

Paraíba – UFPB / Universidade Tiradentes – UNIT, pelas facilidades despendidas,

nas pessoas da Profa. Dra. Maria Auxiliadora Diniz de Sá, Coordenadora do

Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA/UFPB e do

Prof. MSc. Marcos Wandir Nery Lobão, Pró-Reitor Adjunto de Pós-Graduação e

Pesquisa da UNIT, respectivamente.

Aos amigos Igor Sócrates Mota e Ronaldo dos Santos, pela grande ajuda na

tabulação dos dados, pesquisa bibliográfica e revisão dos originais.

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Fonte: SENAI/SE - 2000

REGIÕES DO ESTADO DE SERGIPE

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Fonte: IBGE –Contagem da população 1996.

ARACAJU

DENSIDADE DEMOGRÁFICA EM SERGIPE

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RESUMO Este trabalho é um estudo empírico que busca verificar a teoria do marketing político através da pesquisa de opinião pública política com a técnica do questionário semi-estruturado (perguntas abertas textos/numéricas e fechadas únicas/múltiplas) e o emprego do software “Sphinx Léxica”, específico para análise léxica ou de conteúdo, na cidade de Aracaju (Brasil). A metodologia empregada é a da análise e inferência realizadas a partir de dados amostrais coligidos em 12 pesquisas de opinião pública política, com eleitores residentes na cidade de Aracaju, nos 12 meses anteriores à realização das eleições municipais de 1º de outubro de 2000. As 12 amostras coletadas de forma aleatória, por dois institutos de pesquisas, para atender a interesses e clientes diversos, isto é, com instrumentais de pesquisas também distintos, têm tamanho variando de 400 a 1.188 eleitores respondentes, num total de 10.501, correspondem a margens de erro toleráveis da ordem de 5 a 2,8%, respectivamente, para testes estatísticos envolvendo proporcionalidade e intervalo de confiança ou certeza de 95%. O resultado oficial das eleições municipais de 2000, realizadas seis dias após a última da série de 12 pesquisas de opinião pública política, confirma o método do questionário com perguntas abertas textos/numéricas e fechadas únicas/múltiplas, para predizer a intenção e rejeição de votos dos candidatos, como altamente eficiente e econômico, quando comparado à realização de pesquisas quantitativas e qualitativas feitas separadamente. A inclusão de perguntas abertas texto no tradicional questionário quantitativo (apenas perguntas fechadas), para tentar captar os “porquês” da escolha ou rejeição de um determinado candidato, podem ajudar o candidato a orientar e re-orientar o seu marketing e dispensar as pesquisas qualitativas de resposta mais demoradas e muito mais caras. Palavras-Chaves: Marketing; Marketing político; Pesquisa eleitoral; Opinião pública.

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ABSTRACT The research of public opinion as tool of the political marketing: a study of case in Aracaju This work is an empiric study that tries to verify the theory of the political marketing through the political public opinion research with the technique of the semi-structured questionnaire (open questions-numeric, and closed unique-mutiple) and the employment of the software " Lexical " Sphinx, specific for lexical analysis or of content, in the city of Aracaju (Brazil). The used methodology is the one of the analysis and inference accomplished starting from data gathered in 12 political public opinion researches, with resident voters in the city of Aracaju, the 12 months previous to the accomplishment of the municipal elections of 2000, October 1st. The 12 collected samples in aleatory way, for two researches institutes, to assist interests and several customers, that is, with researches instrumental also different, they have size varying from 400 to 1.188 voters, in a total of 10.501, they correspond respectively to tolerable margins of error of the order from 5 to 2,8%, for statistical tests involving proportionality and trust interval or certainty of 95%. The result official of the municipal elections of 2000, accomplished six days after the last of the series of 12 political public opinion researches, it confirms the method of the questionnaire with questions opened texts and numeric and closed only and multiple, to predict the intention and rejection of candidates' votes, as highly efficient and economical, when compared to the accomplishment of quantitative and qualitative researches done separately. The inclusion of questions opened text in the traditional quantitative questionnaire (just closed questions), to try to capture the "reasons" of the choice or a rejection candidate's, they can help candidate to guide and to re-guide your marketing and to release the qualitative researches of slower answer and much more faces.

Word-keys: Marketing; Political marketing; Researches electoral; Public opinion.

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SUMÁRIO página

AGRADECIMENTOS..................................................................................................5 RESUMO.....................................................................................................................8 ABSTRACT.................................................................................................................9 LISTAS DE QUADROS ............................................................................................11 LISTA DE FIGURAS.................................................................................................11 1 EM BUSCA DA ORDEM........................................................................................12 1.1 Delimitação do Problema..................................................................................12 1.2 Justificativas......................................................................................................13 1.3 Objetivos ............................................................................................................13 1.4 Procedimentos Metodológicos e Técnicos.....................................................14 1.4.1 Dados e fontes .................................................................................................16 1.4.2 Técnicas ...........................................................................................................16 1.4.3 Cronograma de atividades ...............................................................................17 2 EXPLICITAÇÃO DO QUADRO TEÓRICO ............................................................18 2.1 Fundamentação Teórica ...................................................................................18 2.2 O Conceito de Marketing ..................................................................................19 2.3 A Evolução do Conceito de Marketing ............................................................25 2.4 O Marketing Político..........................................................................................34 2.4.1 Princípios..........................................................................................................43 2.5 A Pesquisa de Marketing..................................................................................45 2.5.1 A abordagem quantitativa.................................................................................52 2.5.2 A abordagem qualitativa...................................................................................58 3 DECIFRANDO MENSAGENS CIFRADAS............................................................72 3.1 Análise dos Resultados....................................................................................78 3.1.1 Pesquisas pré-convenções ..............................................................................78 3.1.2 Pesquisas pós-convenções..............................................................................83 3.1.3 Motivos para intenção e rejeição de voto .........................................................86 4 RECAPITULANDO ................................................................................................93 4.1 Considerações Finais .......................................................................................94 REFERÊNCIAS.........................................................................................................96 APÊNDICES ...........................................................................................................100 APÊNDICE A - INSTRUMENTAL DA PESQUISA .................................................101 APÊNDICE B – INTENÇÃO/REJEIÇÃO DE VOTO NOS CANDIDATOS..............103 APÊNDICE C – MOTIVOS PARA ESCOLHA DO CANDIDATO ...........................142

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LISTAS DE QUADROS Quadro 1 – ZONAS ELEITORAIS DO MUNICÍPIO DE ARACAJU/SE .....................14 Quadro 2 – PESQUISAS ANALISADAS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000, EM

ARACAJU/SE.........................................................................................73 Quadro 3 – MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO MARCELO

DEDA .....................................................................................................89 Quadro 4 – MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO MARCELO

DEDA .....................................................................................................89 Quadro 5 – MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO JOSÉ

ALMEIDA LIMA ......................................................................................90 Quadro 6 – MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO JOSÉ

ALMEIDA LIMA ......................................................................................90 Quadro 7 – MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ANTÔNIO

CARLOS VALADARES ..........................................................................91 Quadro 8 – MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ANTÔNIO

CARLOS VALADARES ..........................................................................91 Quadro 9 – RESULTADO OFICIAL DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000 EM

ARACAJU/SE.........................................................................................92

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – ZONAS ELEITORAIS DO ESTADO DE SERGIPE..................................15 Figura 2 – INTENÇÃO DE VOTO ESTIMULADA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE

2000 EM ARACAJU/SE............................................................................74 Figura 3 – REJEIÇÃO DE VOTO ESTIMULADA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE

2000 EM ARACAJU/SE............................................................................75 Figura 4 – INTENÇÃO DE VOTO ESPONTÂNEA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE

2000 EM ARACAJU/SE............................................................................76 Figura 5 – REJEIÇÃO DE VOTO ESPONTÂNEA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE

2000 EM ARACAJU/SE............................................................................77

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1 EM BUSCA DA ORDEM A resposta encontrada para a escolha, por parte do eleitor, de um

determinado candidato repousa, basicamente, na imagem favorável que a

propaganda criou em sua mente. Procurar identificar os motivos, isto é, “os porquês”,

que levam esse eleitor a escolher determinado candidato ou partido para votar em

detrimento de outros, não é tarefa fácil; mas, é de fundamental importância para

orientar ou re-orientar o marketing do candidato e do partido ao longo de uma

campanha eleitoral.

O fato da preferência por determinado candidato numa disputa eleitoral

ser expressa pela quantidade de eleitores, em valores absolutos e/ou percentagens,

coligida através da pesquisa de opinião pública quantitativa, não significa que ela

deva ser tratada de modo puramente matemático (estatístico) e impessoal, pois na

verdade ela resulta de um desejo ou de uma necessidade, sentidos por cada eleitor.

Portanto, uma conseqüência do comportamento humano em resposta ao marketing

estratégico utilizado como formador de opinião. Daí, o sempre crescente interesse

de candidatos e assessores, a cada eleição, pela realização de pesquisas de opinião

pública qualitativas que, juntamente com as quantitativas, são utilizadas como

ferramenta do marketing político.

1.1 Delimitação do Problema Este projeto de pesquisa aplicada pretendeu analisar os dados coligidos

em pesquisas de opinião pública políticas através do método do questionário

(formulário) semi-estruturado (perguntas abertas texto/numérica e fechadas), como

uma alternativa mais barata, mais eficiente e mais rápida, em substituição à

pesquisa qualitativa e quantitativa, realizadas separadamente, para poder se inferir

sobre a magnitude e as características das preferências dos eleitores.

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Estas informações são de fundamental importância - antes, durante e

após a campanha eleitoral, para subsidiar o candidato e o partido em sua estratégia

de ação, desde quando se utilize um software que permita a análise léxica de

perguntas aberta texto e a sua quantificação. A falta de profundidade das entrevistas

é compensada, com vantagem, pela maior representatividade da amostra.

1.2 Justificativas A pesquisa de opinião pública política, quer seja qualitativa ou quantitativa

tem como único produto o conjunto de informações que, como qualquer outro artigo,

deve ser adquirido pelo custo mínimo. A sua finalidade é permitir a realização de

estudos sócio-econômicos, com base em dados amostrais, através da aplicação de

questionários (formulários) aos cidadãos eleitores – possibilitando assim a avaliação

do grau de intenção, satisfação, necessidades e desejos dos mesmos.

O cruzamento dessas informações, a partir de uma análise léxica de

texto, é de suma relevância para o planejamento do marketing político do candidato

e do partido em campanha eleitoral. O candidato ou partido de posse desses dados

poderá identificar os anseios e desejos da população, definindo e mantendo

estratégias a curto, médio e longo prazos, tanto de consolidação da imagem do

candidato ou partido, quanto para subsidiar novas campanhas eleitorais.

1.3 Objetivos O principal objetivo desta dissertação de mestrado é revelar, através de

um estudo de caso em Aracaju, capital do estado de Sergipe, no Brasil, que a

pesquisa de opinião pública através de entrevistas com questionários (formulários)

semi-estruturados (perguntas abertas texto/numérica e fechadas) é o método mais

eficiente e econômico de se procurar medir a intenção de votos do eleitor para

predizer a votação de cada candidato ou partido e identificar os “porquês” da

escolha pelo eleitor de determinado candidato ou partido em detrimento de outros.

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O município de Aracaju, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE – Contagem da População 1996, possuía 428.194 habitantes que

representam cerca de 1/4 da população do estado de Sergipe e, de acordo com o

Tribunal Regional Eleitoral -TRE/SE – 2000, 292.389 eleitores que correspondem

também a 1/4 do eleitorado sergipano, sendo o 1o Colégio Eleitoral do Estado

distribuído por três (3) zonas eleitorais (Quadro 1 e Figura 1):

ZONA QUANTIDADE LOCAIS

QUANTIDADE SEÇÕES

ELEITORADO APTO

1a 27 204 90.560 2a 31 200 82.980 27a 38 277 118.849

TOTAL 96 681 292.389

Fonte: TER/SE, 2000.

Quadro 1 – ZONAS ELEITORAIS DO MUNICÍPIO DE ARACAJU/SE

1.4 Procedimentos Metodológicos e Técnicos Todo planejamento de pesquisa realizado cientificamente tem um padrão

ou arcabouço específico para controlar a coleta de dados que é denominado de

“Projeto de Pesquisa.” Sua função é assegurar que os dados exigidos sejam

coletados de maneira precisa e econômica.

Assim, quando se quer saber alguma coisa sobre um fato ou alguém só

existe duas maneiras: ou se pergunta diretamente às pessoas que se supõe terem a

informação desejada, ou se observa o comportamento das mesmas; isto é, se faz

pesquisa.

Como opiniões e intenções não são normalmente passíveis de

observação, fica o método do questionário sendo o de maior aplicabilidade quando

comparado com o método da observação, em função de sua maior versatilidade, do

menor tempo envolvido e, principalmente, de seu menor custo.

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Fonte: TER/SE, 2000.

Figura 1 – ZONAS ELEITORAIS DO ESTADO DE SERGIPE

A metodologia empregada neste trabalho – um estudo de caso na cidade

de Aracaju/SE, Brasil, compreendeu, basicamente, a análise e inferências realizadas

a partir de dados amostrais coligidos em pesquisas de opinião pública política.

Os dados foram coletados através de entrevistas domiciliares aleatórias,

com a aplicação de questionários (formulários) semi-estruturados (perguntas abertas

texto/numérica e fechadas) para os cidadãos (respondente por domicílio = eleitor

maior de 16 anos).

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1.4.1 Dados e fontes A partir de contatos preliminares foi possível contar com dados

secundários disponíveis de pesquisas de opinião pública políticas, que foram

realizadas durante os 12 meses que precederam as eleições municipais de 2000 no

município de Aracaju, no estado de Sergipe, Brasil, pelo DATAFOR – Departamento

de Pesquisas do Jornal CINFORM – Classificados e Informações Comerciais Ltda. e

pela PLANCOL - Planejamento, Consultoria e Planejamento Ltda., empresas de

pesquisa de mercado e de opinião pública, sediadas em Aracaju, no estado acima

citado.

1.4.2 Técnicas Inicialmente foi elaborado um plano de cruzamentos no qual as perguntas

que tentam captar a intenção e rejeição de voto do cidadão, tanto de forma

espontânea quanto estimulada (induzida), são as que expressam o principal objetivo

deste projeto de pesquisa, e através das quais ele manifestará a sua vontade ao

escolher determinado candidato para votar em detrimento aos demais.

Nesta pesquisa de opinião pública, os grupos escolhidos para serem

analisados, foram os respondentes de cada domicílio tanto se falando do município

de Aracaju - como um todo; quanto para cada zona eleitoral (três), e em se tratando

de bairro (trinta e cinco).

Para melhor observação de alguns detalhes característicos de cada grupo

de eleitores foram separados alguns subgrupos através de informações existentes

no questionário aplicado, a saber: sexo, idade, formação escolar, profissão, renda e

outros. Estes subgrupos foram cruzados com a pergunta chave que expressa os

“porquês” da intenção de votos do eleitor, em Aracaju como um todo, de cada uma

das três zonas eleitorais e dos trinta e cinco bairros.

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Utilizou-se o software “Sphinx Léxica”, de origem francesa, na elaboração

dos questionários, análise dos dados e cruzamento das principais informações das

pesquisas de opinião pública políticas.

1.4.3 Cronograma de atividades

As atividades de pesquisa e de elaboração do relatório final foram

desenvolvidas em quatro etapas:

1. Pesquisa bibliográfica - levantamento dos principais trabalhos teóricos e aplicados

à pesquisa quantitativa e qualitativa de opinião pública, sobre marketing, marketing

político e teoria da amostragem, existentes na literatura científica;

2. Coleta, digitação e processamento dos dados - levantamento de dados

secundários de pesquisas de opinião pública política, realizadas no município de

Aracaju/SE, Brasil, e construção de um banco de dados de modo a facilitar o

manuseio dessas informações;

3. Tabulação, análise e interpretação dos dados - utilização do software “SPHINX

Léxica” na entrada, tratamento e análise dos dados coligidos, e no cruzamento das

principais informações; e,

4. Elaboração da versão final – sendo o trabalho composto das seguintes partes:

Parte I: lista de ilustrações;

Parte II: destinada a introdução geral, é uma ordenação das idéias;

Parte III: síntese da teoria sobre marketing, marketing político e pesquisa de opinião

pública quantitativa e qualitativa;

Parte IV: análise dos resultados dos cruzamentos das informações resultantes do

processamento dos dados coligidos;

Parte V: Considerações finais – onde se mostra os resultados das informações

consideradas relevantes;

Parte VI: Apêndices

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2 EXPLICITAÇÃO DO QUADRO TEÓRICO Quando se quer saber alguma coisa sobre um fato ou alguém só existe

duas maneiras: ou se pergunta diretamente às pessoas, que se supõe terem a

informação desejada, ou se observa o comportamento das mesmas, isto é, se faz

pesquisa.

Tanto a pesquisa qualitativa quanto a pesquisa conclusiva (quantitativa) -

cujo único produto é o conjunto de informações que, como qualquer outro artigo,

deve ser adquirido pelo custo mínimo, tem por finalidade realizar estudos sócio-

econômicos - com base em dados amostrais, através da aplicação de questionários

aos cidadãos (eleitores e/ou consumidores e/ou usuários), que possibilitem avaliar o

grau de intenção e satisfação, necessidades e desejos dos mesmos, visando

subsidiar o cliente em sua estratégia de ação.

2.1 Fundamentação Teórica Levin (1987, p. 2) corrobora a importância da pesquisa em sua obra:

[...] à semelhança do que ocorre nas ciências físicas, o cientista social freqüentemente faz pesquisas para aumentar seu cabedal dos problemas e suas conseqüências em seu campo de estudos. A pesquisa assume muitas formas e pode ser usada para investigar uma série enorme de problemas. O pesquisador pode, na qualidade de observador participante, trabalhar com grupos de delinqüentes; pode também trabalhar num levantamento amostral de suas tendências políticas, ou fazer uma análise de valores em folhetos políticos [...]

No entanto, testes, especialmente elaborados, revelam que os

consumidores não são capazes de distinguir sua marca preferida entre meia dúzia

de outras. A resposta encontrada para a escolha por parte dos consumidores de um

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determinado produto ou marca, repousa, basicamente, na imagem favorável que a

propaganda criou em sua mente.

Por isso, no caso da pesquisa de opinião pública política, além de

quantificar a intenção de voto do eleitor, deve-se indagar: “O que se deve dizer

sobre o candidato? O que se deseja mostrar em termos de apelo de propaganda

eficiente?” Respostas a essas indagações só são possíveis se preceder a pesquisa

quantitativa uma pesquisa motivacional, onde os eleitores expressem os “porquês”

(motivações) pelas quais escolhem certo candidato ou partido em detrimento de

outros. De outro modo, a resposta será na base da intuição, do "achismo" – ciência

do achar sem fundamentação teórico-filosófica, e quase sempre o apelo da

propaganda será ineficiente.

Em seguida, deve-se responder a seguinte pergunta: “Como transformar,

da melhor maneira, as motivações em anúncio ou propaganda a ser veiculado?” Isso

é feito através da avaliação do anúncio ou propaganda, que é a pesquisa destinada

a examinar as diferentes formas de apresentar a mensagem ao consumidor.

Finalmente, deve-se escolher o meio de comunicação e os veículos de

propaganda mais eficientes para o tipo de anúncio na mídia, seja através da

televisão, rádio, jornal, revista, etc.

2.2 O Conceito de Marketing Inúmeras são as definições de marketing, mas nenhuma é totalmente

consagrada. Drucker, Levitt e Kotler (apud ROCHA e CRHISTENSEN, 1990, p. 21)

são alguns dos nomes dos seus principais apologistas, cada um vendo de uma

forma diferente o marketing:

i) Peter Drucker vê o marketing como um processo social: “[...] é o processo através

do qual a economia é integrada à sociedade para servir às necessidades humanas”;

ii) Theodore Levitt entende o marketing como um processo de troca entre

fornecedores e clientes: “[...] o processo de atrair e manter o cliente.”; e,

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iii) Philip Kotler o enxerga como uma ferramenta gerencial para alcançar às

necessidades dos clientes: “[...] uma orientação da administração que visa

proporcionar a satisfação do cliente e o bem-estar do consumidor no longo prazo,

como forma de satisfazer aos objetivos e às responsabilidades da organização.”

Segundo Kotler (1988, p. 31) “Marketing é a atividade humana dirigida

para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca”, e

essas necessidades e desejos humanos são os pontos de partida para o estudo do

marketing.

O marketing, outrossim, pode ser visto como uma técnica de gestão

(direção, planejamento e gerência) empresarial que permite a qualquer gerente

conduzir seus negócios dentro de um padrão de causa versus efeito, objetivo versus

resultado, não se tratando de uma palavra mágica que bastando dizer que se faz

marketing e que tudo se resolve, é muito mais do que isso: seu gestor precisa ter o

domínio, ou uma visão geral, do que a empresa é, do que ela é capaz, o que deseja

do mercado, o que deseja de seus produtos, onde pretende chegar, como encantar

seus clientes, como enfrentar seus concorrentes. Se o gestor não souber fazer tudo

isso, deverá contratar quem o saiba, ou aprender as técnicas.

Para El-Check (1987, p. 10):

Marketing é a ciência que trata do conjunto de atividades voltadas para a satisfação das necessidades e desejos dos consumidores, sejam eles indústrias ou pessoas; ou de outra forma: é o processo de ‘inteligência’ dentro da empresa, na função básica de preparação das estratégias de condução dos negócios.

E para Richers (1994, p. 18) “Marketing é uma organização humana

voltada à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente visando

benefícios específicos.”

Uma definição simples de marketing, por conseguinte, é tarefa quase

impossível, tamanha é a sua abrangência. Segundo Peter Drucker (apud KOTLER,

1988, p. 29) “O marketing é tão básico que não pode ser considerado como uma

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função isolada [...] É o negócio todo visto do ponto de vista do resultado final, isto é,

do cliente.”

Assim, devido à diversidade de definições, a maior parte dos autores

chega ao consenso de que é melhor procurar entender para que serve o marketing e

não o que ele é. Sobre isso, Rocha e Christensen (1987, p. 22) afirmam: “[...] talvez

seja mais fácil entender a natureza do marketing se olharmos não para o que o

marketing é, mas para o que ele faz. Aliás, esse é um procedimento comum entre os

cientistas, que preferem definir uma coisa pelas suas operações (o que ela faz) e

não por suas propriedades (o que ela é).”

O marketing, por conseguinte, procura obter o melhor ajuste possível

entre demanda e oferta de produtos e serviços. Esse ajuste é função direta do

ambiente (legislação, economia, política, etc.), do comportamento dos consumidores

(atitudes, crenças, tendências, etc.) e da ação dos concorrentes (novos produtos,

novas práticas gerenciais, etc.).

Além disso, o marketing procura adequar o produto específico de uma

empresa a algum grupo de consumidores do mercado, resultando em uma

concorrência que dá dinamicidade a esse mercado. E essa própria dinâmica

demanda uma permanente adequação, ora porque se muda o ambiente, ora porque

se muda o comportamento dos consumidores, ora muda-se a ação dos

concorrentes. O ambiente é constantemente influenciado e modificado pelas forças

da economia, da política, da legislação, entre outros fatores. O comportamento dos

consumidores é resultado direto das mudanças ambientais, seja ela de caráter

conjuntural – que desaparece quando volta uma situação anterior – ou de caráter

estrutural – quando modifica mais profundamente e permanentemente as atitudes,

crenças e comportamentos.

Sobre isso, Rocha e Christensen (1987, p. 24) citam como exemplo:

A recessão econômica do final dos anos 70 e primeira metade dos anos 80 provocou importantes mudanças no comportamento dos consumidores, algumas das quais poderão permanecer no futuro, enquanto outras terão impacto apenas a curto prazo. Diz-se,

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acertadamente, que o consumidor brasileiro nunca será o mesmo de antes da crise.

A ação da concorrência, por sua vez, obriga uma empresa a ajustar-se

àquela nova situação. E essa ação pode se dar por vários motivos, principalmente

pela entrada de novos concorrentes; pela saída dos concorrentes atuais; pelo

lançamento de novos produtos; ou por surgirem novas práticas gerenciais.

Para produzir esse ajuste, o marketing geralmente age utilizando-se de

duas estratégias básicas: oferecendo uma maior satisfação aos clientes,

diferenciando as suas ofertas dos, utilizando-se de meios ilimitados reais ou

imaginários; e, mais incomum, oferecendo a mesma satisfação por menor preço, o

que exige capacidade econômica para oferecer desta forma, sem prejuízo, os

mesmos produtos.

Qualquer que seja a forma utilizada, cada organização busca o segmento da demanda que está mais bem aparelhada a atender. Para isso precisa desfrutar de alguma vantagem competitiva diferencial. Existem várias bases para obtenção de uma vantagem competitiva: base tecnológica – produto, processo; base legal – marcas registradas, patentes, proteção do governo; base geográfica – localização (ROCHA e CHRISTENSEN, 1987, p. 26).

Para os principais autores do assunto existe um consenso sobre explicar

o que o marketing faz, em vez de defini-lo. Existem outros autores que preferem

subdividi-lo em conceitos; para esses, há cinco conceitos distintos sob os quais as

empresas conduzem suas atividade nessa área; são eles:

i) Conceito de produção: parte do princípio de que os clientes darão preferência

àqueles produtos que estão amplamente disponíveis e são de custo baixo. Os

administradores de organizações orientadas para a produção concentram-se em

atingir alta eficiência produtiva e ampla cobertura de distribuição;

ii) Conceito de produto: assume que os consumidores favorecerão aqueles produtos

que oferecem mais qualidade, desempenho ou características inovadoras. Os

administradores dessas organizações orientadas para produto focam sua energia

em fazer produtos superiores e melhorá-los ao longo do tempo. Kotler (1988, p. 31)

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define produto como sendo “[...] tudo aquilo capaz de satisfazer a um desejo.” Esse

desejo coloca o homem em estado de alerta e lhe direciona a procurar a sua

satisfação. Portanto, o produto é apenas um instrumento para resolver aquele

desconforto provocado pelo desejo. O produto, por conseguinte, não se restringe

apenas aos bens físicos, mas abrange pessoas, lugares, organizações e idéias, e

ele sempre aparece em contraposição a algum desejo ou necessidade humana;

iii) Conceito de venda: assume que os consumidores, se deixados sozinhos, não

comprarão suficientemente os produtos da organização. Assim, a organização deve

empregar um esforço agressivo de venda e promoção. Kotler (1988, p. 40) é que

corrobora exatamente isso: “[...] o conceito de venda é uma orientação da

administração que pressupõe que os consumidores normalmente não comprarão o

suficiente dos produtos da empresa, a não ser que sejam abordados por um esforço

substancial de venda e promoção.”

iv) Conceito de marketing: assume que a chave para atingir as metas

organizacionais consiste em determinar as necessidades e desejos dos mercados-

alvo e oferecer as satisfações desejadas de forma mais eficaz e eficiente do que os

concorrentes. Kotler (1988, p. 42-43) afirma sobre isso:

Conceitua-se marketing como uma orientação da administração baseada no entendimento de que a tarefa primordial da organização é determinar as necessidades, desejos e valores de um mercado visado e adaptar a organização para promover as satisfações desejadas de forma mais efetiva e eficiente que seus concorrentes. [...] é uma orientação para o cliente tendo como retaguarda o marketing integrado, dirigido para a realização da satisfação do cliente como solução para satisfazer aos objetivos da organização.

v) Conceito de marketing societal: afirma que a tarefa da organização é determinar

as necessidades, desejos e interesses de mercados-alvo e atender às satisfações

desejadas mais eficaz e eficientemente do que os concorrentes, de maneira a

preservar ou ampliar o bem estar dos consumidores e da sociedade. Esse conceito

tem produzido profundas modificações no conceito de marketing e nas suas

premissas. O conceito societal de marketing diz que a tarefa primordial da empresa

é gerar a satisfação do cliente e o bem-estar do consumidor e do público em longo

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prazo, como a solução para satisfazer os objetivos e às responsabilidades da

organização (KOTLER, 1988, p. 47).

Para essa corrente de defensores, entender o processo de marketing

deve-se primeiro examinar o processo do negócio. A tarefa de qualquer negócio é

entregar valor ao mercado e obter algum lucro. Entretanto, existem, pelo menos,

duas visões do processo de entrega de valor: a visão tradicional - em que a empresa

fabrica algo para depois vender. Nesta visão, o marketing entra em ação na segunda

metade do processo de entrega de valor.

A visão tradicional assume que a empresa sabe o que fabricar e os

mercados comprarão unidades suficientes para ela obter lucro. Entretanto, esta

visão não funcionará em economias competitivas. A visão de marketing das

empresas modernas é um processo que consiste em escolher primeiro o valor,

através de análise das oportunidades de marketing, pesquisa, segmentação e

escolha do mercado-alvo, para desenvolver o produto, conforme necessidades do

mercado e então vendê-lo visando obter lucro aliado a satisfação do cliente.

As empresas modernas e bem sucedidas são dirigidas por uma

orientação para o mercado e um planejamento estratégico. Uma parte crucial de

qualquer plano de negócio é o plano de marketing que tem três propósitos. O

primeiro, serve para desenvolver uma estratégia e comunicá-la aos níveis mais altos

da administração; o segundo, para justificar o orçamento solicitado. Já o terceiro

fornece um instrumento para monitorar o progresso contínuo e fazer correções

durante a implementação.

O plano de marketing opera em dois níveis: o plano estratégico de

marketing e o plano tático de marketing. O primeiro desenvolve os objetivos e

estratégias amplas de marketing baseados na análise da situação e das

oportunidades atuais de mercado; o segundo delineia as táticas específicas de

marketing para o período, incluindo propaganda, fixação de preço, canais e assim

por diante.

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O plano de marketing é, portanto, o instrumento central para dirigir e

coordenar o esforço de marketing. As empresas que desejam melhorar sua eficácia

e eficiência de marketing devem aprender como criar e implementar planos de

marketing consistentes.

Finalizando - marketing não é apenas propaganda e publicidade, apesar

destas duas atividades representarem ferramentas do marketing de comunicações.

Segundo Kotler (1988, p. 48) marketing é muito mais do que isso:

Conceitua-se marketing como uma orientação da administração baseada no entendimento de que a tarefa primordial da organização é determinar as necessidades, desejos e valores de um mercado visado e adaptar mais efetiva e eficiente que seus concorrentes.

2.3 A Evolução do Conceito de Marketing O marketing surgiu quando o homem decidiu satisfazer suas

necessidades e desejos através de processos de troca. Kotler (1988, p. 29) afirma

que “[...] desde o tempo da simples troca, passando pelo estágio da economia

monetária, até os complexos sistemas de marketing de nossos dias, as trocas tem-

se realizado” [...] “[...] apareceu formalmente no início do Século XX, em virtude de

questões e problemas que foram negligenciados por sua ciência-mãe, a Economia.”

É, portanto, uma decorrência natural da especialização no trabalho e da

diferenciação dos produtos. As origens do marketing, principalmente de como ele

hoje é, embora tenha surgido no início do século XX, com

[...] a grande depressão econômica nos Estados Unidos na década de 20 levou a uma mudança de atitude tanto do produtor como do consumidor. Pesquisadores surgiram em busca de soluções, e a partir dessa data podemos supor que o marketing apareceu como um sistema integrado, buscando a normalização e a otimização dos processos de troca de bens entre essas duas figuras importantes: o consumidor e o produtor (PINHEIRO, 1987, p. 3).

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Apenas nos anos 50 é que o marketing toma um novo impulso. Empresas

como a Gessy Lever e Colgate Palmolive em seus segmentos, respectivamente

Elizabeth Arden e Pond's, foram as grandes precursoras. Empresas outras, que

fizeram um forte trabalho nesta técnica foram as de produtos farmacêuticos,

européias e americanas. Outro segmento que também se mostrou agressivo no uso

da técnica foi o automobilístico, além do ramo de bebidas e fumo.

Essas indústrias e entre várias outras deram início ao uso da moderna

técnica chamada marketing que até hoje é considerada a técnica ideal de gestão

empresarial. O marketing tem suas origens no fato de que os seres humanos são

criaturas possuidoras de desejos e necessidades e como uma atividade, data dos

anos pós 2ª guerra mundial.

Vê-se nos ensinamentos de Kotler, Drucker, Trout e Al Ries, Cobra e

outros (1988, 1999, 1986, 1985) uma correta visão do que representa as suas

técnicas. Desde que muitos produtos podem satisfazer certa necessidade, a escolha

do produto é guiada pelos conceitos de valor, custo e satisfação. A maioria das

sociedades modernas trabalha sob o princípio da troca. Pessoas especializam-se

em produzir produtos específicos e trocá-los por outras coisas de que necessitam.

Segundo Kotler (1988, p. 32), “[...] a troca é descrita como um processo de criação

de valor, isto é, um ato livre que normalmente aumenta o valor percebido pelas duas

partes.”

Os homens, por conseguinte, engajam-se em transações e construção de

relacionamentos. O processo de troca, no entanto, é apenas uma das várias

alternativas que ele tem para satisfazer as suas necessidades e desejos. Ele poderia

partir para a auto-produção, caçando, pescando, colhendo, etc., como já o fez e faz

em vários momentos da sua história. Outra opção seria a coerção: a utilização da

força sobre outrem para obter o que se deseja – prática muito comum na barbárie e

na violência presente na sociedade. E ainda a outra opção seria a súplica, o

implorar, o pedir, em um gesto de caridade.

O marketing, no entanto, trabalha apenas com o processo de troca e para

isso, Kotler (1988, p. 32) apresenta as seguintes condições de sua existência: haver

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duas partes interessadas; cada uma tem algo que interesse e tenha valor para a

outra; cada parte tem capacidade de comunicar-se e entregar o que for solicitado; e

cada parte possui liberdade total para aceitar ou rejeitar a oferta.

O processo de troca leva ao conceito de mercado, onde um grupo de

pessoas compartilha uma necessidade similar. Para Kotler (1988, p. 33) mercado é

“[...] uma arena para trocas potenciais” O seu tamanho está diretamente relacionado

ao interesse pelo objeto desejado ou necessitado e a disposição para oferecer os

recursos exigidos em contraprestação pelo objeto. Os diferentes tipos de mercados

existem em função do serviço ou do objeto que ele presta: lazer, demográfico, de

eleitores, etc. Por exemplo: “O candidato político faz promessas de um bom governo

para um mercado de eleitores, em troca de seus votos (KOTLER, 1988, p. 33).”

Por conta de tudo isso, o conceito de mercado traz o conceito de

marketing embutido no seu bojo. Kotler (1988, p. 33) assim afirma: “Marketing

significa trabalhar com mercados, os quais, por sua vez, significam a tentativa de

realizar as trocas em potencial com o objetivo de satisfazer às necessidades e aos

desejos humanos” O marketing, portanto, coordena aquelas atividades envolvidas

no trabalho com mercados, isto é, tenta realizar trocas potenciais.

Hoje, as empresas não podem sobreviver simplesmente fazendo um bom

trabalho. Elas devem fazer um trabalho excelente se quiserem ser bem-sucedidas

nos mercados de crescente concorrência global. Consumidores e compradores

organizacionais enfrentam abundância de fornecedores que procuram satisfazer as

suas necessidades. Estudos recentes têm demonstrado que a chave do sucesso de

empresas rentáveis é conhecer e satisfazer os consumidores-alvos com ofertas

competitivamente superiores. Marketing é a função da empresa encarregada de

definir os consumidores e a melhor maneira de satisfazer essas necessidades e

desejos de forma competitiva e rentável. Kotler (1988, p. 29) conclui que “[...] o

marketing evoluiu de suas antigas origens de distribuição e vendas para uma

filosofia abrangente de como relacionar dinamicamente qualquer organização ao seu

mercado.”

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Portanto, o marketing tem evoluído diante da progressiva necessidade de

adaptação das empresas ao mercado, tanto privadas como públicas, filantrópicas ou

comerciais. Sua conceituação esteve sempre influenciada pelo caráter histórico

contextual, que direcionaram a sua evolução. Os indivíduos, historicamente, agem

de forma diferente das organizações nos seus processos de troca, razão porque

Kotler (1988, p. 34) afirma:

Lidar com os processo de troca exige uma considerável quantidade de trabalho e habilidade. Os indivíduos tornam-se bastante astutos quando compram, a fim de satisfazerem às suas necessidades domésticas. Ocasionalmente, eles também vendem seus carros e serviços pessoais. As organizações são mais profissionais se tratarem dos processos de troca. Têm de atrair recursos de um conjunto de mercados, convertê-los em produtos úteis e negociá-los em outro conjunto de mercados. Nações inteiras também planejam e administram relações de troca com outras nações. Procuram relações comerciais e trocas com outras nações que proporcionam benefícios mútuos.

Ao se analisar as relações entre a empresa e os seus consumidores, três

orientações básicas se sobressaíram, no processo de evolução do marketing: o

produto, as vendas e o marketing propriamente dito (ROCHA e CHRISTENSEN,

1987, p. 27).

Neste primeiro momento o produto era percebido a partir do ponto de

vista do fabricante e não do consumidor, abrangendo os aspectos da qualidade, dos

aspectos técnicos do produto, da melhoria dos processos de produção e os

controles dos custos. Isso era compreensível quando existia uma demanda

reprimida e escassez de bens, como aconteceu com o advento da Revolução

Industrial, mas não se justifica mais hoje em dia, devido a crescente concorrência e

globalização que nos encontramos.

Já no segundo momento, por sua vez, da orientação para vendas, à

época dos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial, enfatizava os

instrumentos promocionais a exemplo da propaganda, promoção, vendas pessoais,

etc. Era a filosofia da venda a qualquer custo: a geração de vendas em curto

prazo. No entanto, este tipo de orientação gera clientes insatisfeitos em longo prazo,

o que não leva necessariamente a este tipo de empresa a abandonar esse método,

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pois acredita que continuará a vender seus produtos a novos clientes que serão

atraídos. Porém, para subsistir, essa empresa deve atender a alguns tipos de

condições específicas que Rocha e Christensen (1987, p. 29) apresentam:

Quando o mercado é de vendedores, e as empresas ‘ditam’ aos clientes as condições pelas quais estão dispostas a vender seus produtos; quando as empresas concorrentes adotam essa mesma orientação, de tal forma que o consumidor, ainda que insatisfeito, não dispõe de alternativas; quando a sociedade não está organizada em movimentos de consumidores, de forma a coibir os abusos de fabricantes e/ou comerciantes; quando o produto em questão é de compra altamente infreqüente, e os sistemas de produção e de distribuição são atomizados, não havendo penalidades para o vendedor nem possibilidade de o consumidor obter informações prévias sobre o mesmo ou os serviços que pretende adquirir.

Finalmente, o terceiro momento foi em que aconteceu a orientação

voltada para o marketing, onde se deu ênfase ao atendimento das necessidades do

consumidor no longo prazo. Levitt (1975 apud ROCHA e CHRISTENSEN, 1987, p.

30) escreveu aquele que é considerado o clássico dos clássicos do marketing:

Miopia em Marketing, no qual procurou chamar atenção para o fato de que muitas

empresas desapareceram por não terem sido capazes de orientar adequadamente

suas atividades conforme as necessidades dos clientes; confiaram em seu produtor

e foram a bancarrota.

Outra preocupação nesse momento foi a busca de um uso integrado de

todo o instrumental disponível do marketing. Todos os elementos são importantes

para se obter sucesso, principalmente quando se quer alcançar metas no longo

prazo, os clientes internos e os externos. Estes constituem um indício definitivo que

uma empresa está voltada para o marketing: a aceitação das responsabilidades

sociais quando da sua atuação no mercado.

Apesar desse tipo de orientação do marketing, o seu conceito não é único

e definitivo. Pelo contrário cada empresa deve encontrar o seu próprio conceito.

Para isso, segundo Rocha e Christensen (1987, p. 33):

Dois fatores estão associados à capacidade de a empresa encontrar o seu ‘conceito de marketing’: o papel desempenhado pelo executivo-chefe e a qualidade dos executivos responsáveis pela

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função de marketing. Apenas com um líder capaz de ter visão grandiosa do futuro da empresa e de catalisar os esforços da organização para um destino previamente determinado a empresa poderá encontrar aquela definição de seu negócio que se ajusta melhor às suas capacidades e recursos e às necessidades do mercado. Por outro lado, a maior qualidade dos executivos de marketing, entendendo-se por qualidade a capacidade de integrar de forma criativa o instrumental de marketing, aumenta as possibilidades de a organização atingir com eficiência e eficácia o futuro escolhido.

No Brasil, a adoção desses conceitos tem passado por dois tipos de

dificuldade, residentes no início da colonização brasileira. A primeira é a própria

origem do povo brasileiro, que se deu de forma desigual, e a segunda, a de que o

comerciante era um privilegiado, com controle total sobre a oferta dos produtos.

Sobre isso, Rocha e Christensen (1987, p. 35) afirmam:

No Brasil, porém, o processo de formação da sociedade e o papel histórico nela desempenhado pelo comerciante diferem de tudo o que ocorreu no Japão e nos Estados Unidos. Em primeiro lugar, a sociedade brasileira, em suas origens, não foi de forma alguma igualitária; em segundo, o comerciante era essencialmente um privilegiado, a quem El-Rey outorgara direta ou indiretamente, no período colonial, o direito de comercializar um dado produto. Pelo fato de ser proibida qualquer manufatura na colônia e de o comércio poder-se realizar exclusivamente através de Portugal, os produtos tinham de ser importados diretamente do Reino. A oferta de produtos foi, durante todo o período colonial, escassa, fazendo com que o vendedor, e não o comprador, fosse, na realidade, o ‘rei’.

Além dessas especificidades locais, variando de país para país, o

marketing ainda é uma área de difícil tomada de decisões dentro de uma empresa.

Kotler (1988, p. 26) afirma que:

O marketing continua a ser uma das áreas de mais difícil análise e tomada de decisão para a empresa. Os problemas de marketing não demonstram as nítidas propriedades quantitativas de muitos problemas de produção, contabilidade ou finanças. As variáveis psicológicas têm uma atuação marcante; as despesas de marketing ajustam-se e interagem com outros planos da empresa. As decisões de marketing devem ser tomadas diante de informações insuficientes sobre os processos que são dinâmicos, não lineares, retardados, estocásticos, interativos e manifestamente difíceis. Entretanto, tais fatos não devem ser considerados como um caso para que se tomem decisões intuitivas; pelo contrário, confirmam a necessidade

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de estruturas teóricas adequadas e de instrumentos mais aprimorados para a análise.

Administração de marketing, complementando a sua conceituação, por

sua vez, é o esforço consciente para realizar os resultados de trocas desejados com

mercados-alvo. A habilidade básica do profissional de marketing fundamenta-se em

influenciar o nível, a época e a composição da demanda por um produto, serviço,

organização, local, pessoa ou idéia. Para Kotler (1988, p. 35-35):

A administração de marketing é a análise, o planejamento, a implementação e o controle de programas destinados a realizar as trocas desejadas com mercados-alvo com o propósito de atingir as metas da organização. Isto depende sobremodo do planejamento da oferta da organização, em termos das necessidades e desejos dos mercados-alvo, usando eficazmente o preço, a comunicação e a distribuição, a fim de informar, motivar e servir o mercado [...] é a atividade de regular o nível, o tempo e o caráter da demanda, de tal modo que ajude a empresa a atingir seus objetivos [...] é a administração da demanda.

Atualmente percebe-se um intenso efeito do processo de globalização

sobre o marketing. Já há alguns anos que o marketing vem trabalhando as marcas

globais, isto é, produtos que são fabricados em um determinado país, e que passam

a receber a marca da empresa de origem, absorvendo nomes tradicionais, porém

regionais ou locais, sem expressão mundial.

Geralmente trabalha-se com nomes de três a seis letras para facilitar a

memorização da marca do produto, apesar de no país de destino poder resultar num

nome sem nenhum sentido. Nike. Just do it. E ponto. Coca Cola. Sabor e emoção. E

ponto. E daí vai MOVA, POMBO, para não falar em IBM e BMW, empresas de

grande expressão mundial.

O marketing e a globalização se intensificaram também devido à

formação dos blocos econômicos dos países mais fortes da Europa, EUA-Canadá-

México, Mercosul, etc., onde as empresas querem montar suas fábricas num destes

países para poderem participar dos mercados deles resultantes. As privatizações

aqui e em todo o mundo têm levado muitas empresas, líderes em seus países ou

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blocos, a entrar em outros mercados, como é o caso das telecomunicações no

Brasil, bancos, infra-estrutura, etc., e em todo o mundo.

Traçando um paralelo entre o marketing de ontem e o de hoje, nota-se

que a fase conhecida como marketing histórico é o período no qual os grandes

desafios para o marketing eram aperfeiçoar e aumentar os sistemas de distribuição e

de produtos, encontrar formas de reduzir o custo do produto, desenvolver programas

eficazes de marketing e comunicação. O principal foco daquele momento era

coordenar as ações de comunicação, procurando dominar a concorrência com

habilidade ou gasto. No novo marketing, porém, têm-se os desafios de usar uma

nova tecnologia, segmentar o mercado e desenvolver produtos e serviços

individualizados. Para isso, é preciso reduzir os custos de transação para clientes e

consumidores, promover associações com canais de distribuição e desenvolver

programas de comunicação e canais eficazes direcionados ao marketing. Enfim,

evoluir das funções para os processos.

Um dos principais desafios do marketing do século XXI é a própria

comunicação. Ficou ainda mais difícil identificar e avaliar os segmentos de

consumidores, direcionar e integrar todas as atividades de comunicação,

desenvolvendo múltiplas mensagens e imagens de marca, criando respostas rápidas

para desafios competitivos e de mercado. Outro desafio é ter produtos e serviços

individualizados, fabricados mediante solicitação dos clientes. O alvo deve ser o

mercado de um indivíduo ou de pequenos grupos, visando a segmentação. As

organizações devem passar dos sistemas outbond que direcionam ações de dentro

para fora, para os processos interativos, incorporando planejamento e

implementação de fora para dentro, adequando-se à realidade.

É imprescindível, por conseguinte, haver disponibilidade de produtos e

serviços quando e onde o consumidor quiser e não segundo as decisões dos

comerciantes, além de ter a capacidade de estimar o valor do consumidor em longo

prazo e determinar o retorno dos investimentos de marketing e de comunicação.

Estes são os principais desafios do novo marketing.

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Para enfrentá-los, é necessário realizar planos múltiplos de marketing e

de comunicação que passem pela informação e pela tecnologia para chegar ao

consumidor. A tecnologia fornece as ferramentas para se dominar o novo marketing

e a comunicação como databases1 e análises, segmentação comportamental e

modelos de retorno de investimentos.

Para seguir esta nova tendência, os executivos têm de assimilar novos

conceitos como o de rentabilidade contínua por consumidor, não por verbas em

dinheiro ou unidades; desenvolver esforços de marketing voltado para o consumidor,

usar a comunicação para orientar o esforço de vendas e aplicar a comunicação

interativa e não apenas de outbond.

Por fim, o novo marketing exige um perfil de profissionais líderes,

generalistas, com visão de longo prazo, que pensem e atuem como planejadores, e

não fazedores, e, por último, que tenham uma visão mais ampla do marketing e da

comunicação do marketing, atuando sempre de forma integrada. Sobre isso, Kotler

(1988, p. 25) afirma:

O marketing é o elo de ligação entre as necessidades da sociedade e suas atividades industriais. É a função que ajusta as ofertas da organização às necessidades sempre mutáveis do mercado. São os sensores externos da organização que se incubem de sua adaptação e do seu crescimento.

E esse elo de ligação que o marketing proporciona ocorre num campo

mais amplo e conhecido como o sistema de marketing. Para Kotler (1988, p. 49)

trata-se de “[...] conjunto de instituições e fluxos significativos que liga as

organizações a seus mercados” Esse sistema leva em conta o macroambiente: as

mudanças sociais significativas que acontecem, levando a empresa a estar

preparada para se adaptar em um processo sincronizado.

Esse equilíbrio delicado com o meio ambiente é chamado de ecossistema

– um termo emprestado da Biologia, que o sistema de marketing se utiliza. Os

componentes do sistema de marketing e os públicos do ambiente são todos

afetados pelas forças do macroambiente, em que as mais fortes são: a demografia, 1 Banco de dados

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a economia, as leis, a política, a tecnologia e a cultura. Essas forcas são

incontroláveis e parecem estar mudando em um ritmo crescente, sobrepujando a

capacidade típica de adaptação da organização.

Por isso, “Uma empresa passiva enfrenta a extinção; uma empresa

adaptável sobreviverá e, provavelmente, terá um crescimento modesto; uma

empresa inovadora prosperará e até contribuirá para as mudanças que estão

ocorrendo no ambiente externo (KOTLER, 1988, p. 63). ”

Dentre essas forças, a opinião pública é um dos elementos desse

conjunto de fatores do meio ambiente e tema específico dessa dissertação. A

pesquisa de marketing vai atrás dessa informação, porque ela é o input crítico para

um marketing eficaz na área política. Qualquer profissional da área de marketing

depende de um fluxo contínuo e profundo de informações para tomar as suas

decisões. Portanto, um sistema de informações eficaz se coloca entre o meio

ambiente e o profissional de marketing, disponibilizando esse fluxo contínuo que

levará um político, em específico, a se destacar dos demais.

2.4 O Marketing Político O marketing e a política são duas palavras recheadas de preconceitos.

Basta olhar os principais jornais para se perceber que a justaposição dessas duas

palavras lembra contextos de corrupção, manipulação, hipocrisia, etc. Carlos

Manhanelli (1992, p. 9), em sua obra Eleição é Guerra, logo na apresentação do

livro, feita por J. Roberto Whitaker Penteado, traz a seguinte abordagem:

Graças aos nossos preconceitos, que estão vivos e bem dispostos como nunca. As duas atividades são, na melhor das hipóteses, hipócritas e, na pior... bem, é melhor não procurar tão baixo. Basta lembrar os contextos em que se usam, quase diariamente, na imprensa brasileira, expressões como ‘o marketing do presidente Collor’ ou ‘os políticos de Brasília’.

No entanto, o marketing político só é visto dessa forma por causa do

desconhecimento da grande população, ou ainda da má-fé daqueles que desonram

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a profissão. A despeito disso tudo, em nosso país, marketing político “[...] no seu

sentido estrito, passou a denominar as técnicas do marketing moderno utilizadas

com a finalidade de atingir objetivos em geral eleitorais (MANHANELLI, 1992, p. 9).”

Marketing político, portanto, pode ser definido como uma estratégia global

que compreende o desenho, a racionalização e a transmissão da comunicação

política. Ele compreende não somente a propaganda, ou a publicidade, mas as

pesquisas, a realização de um organograma de um comitê de campanha eleitoral, os

discursos, as decisões, a arregimentação de cabos eleitorais, simpatizantes, o

treinamento etc. Enfim, tudo que cerceia a campanha política, sua preparação e, até

mesmo, após-eleição. Mas, por certo, pretende influir na opinião e no

comportamento do cidadão, sobretudo, em época de eleições. Segundo Manhanelli

(1988, p. 13)

O marketing político desponta, portanto, como um setor específico, com características próprias, que exigem análise do produto dentro do quadro político, abrangendo o desejo dos eleitores, os concorrentes, os segmentos a serem atingidos, os materiais de propaganda, as condições financeiras, a colaboração da família do candidato etc.

Por conta disso, o marketing político foi concebido para auxiliar políticos,

chefes de campanha, partidos, apoiadores e quaisquer profissionais dessa área,

envolvidos num processo de campanha política, oferecendo, como diz o nome, um

diagnóstico, rápido, claro, objetivo e eficiente do quadro político local (cenário

competitivo), das forças, fraquezas, oportunidades e tendências, e apresentando

uma análise das linhas/conceitos de comunicação (se já existem) utilizadas na

campanha, bem como sugestões de novos conceitos e direcionamentos. Para

Figueredo (1994, p. 10):

O marketing político é um conjunto de técnicas e procedimentos que tem como objetivos adequar um candidato ao seu eleitorado potencial, procurando fazê-lo, num primeiro momento, conhecido do maior número de eleitores possível e, em seguida, mostrando-o diferente de seus adversários, obviamente melhor do que eles.

Lima (1988, p. 17) fortalece e deixa mais claro esse conceito. Para ele,

“Marketing político é o conjunto de atividades que visa garantir a maior adesão

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possível a uma idéia ou a uma causa, que pode ou não ser encarnada na figura de

uma pessoa, normalmente um político.”

A campanha eleitoral é uma guerra que requer estratégias, sabedoria e

arte. Sobre isso, Manhanelli (1988, p. 14) afirma:

A campanha eleitoral exige, portanto, saber e arte, e o marketing político é essencial à prática democrática da persuasão, como técnica que se vale de idéias e de sensações, da organização e da avaliação acerca do próprio candidato, do eleitorado em geral, dos segmentos a serem atingidos, dos concorrentes e das pesquisas de opinião pública [...] A campanha eleitoral é uma guerra, mas que fortalece a democracia e deve ser enfrentada com armas e estratégias democráticas.

Não é à toa, portanto, que Manhanelli compara o marketing político a uma

guerra. Ambos possuem muitas coisas em comum. Os dois procuram através de um

duelo a vitória sobre o outro: “Campanha Eleitoral nada mais é do que um duelo

numa escala mais ampla. Cada candidato tenta, por meio de persuasão e

cooptação, angariar um número de eleitores capaz de subjugar os outros

candidatos, abatendo-os, a fim de torná-los incapazes de qualquer resistência.”

(MANHANELLI, 1992, p. 13).

Além disso, podemos citar a estratégia – que nasceu com a arte da

guerra; deve-se evitar os erros provenientes da bondade humana; a vitória depende

da importância e da persistência dos interesses do adversário; tem como objetivo

desarmar o adversário – “para que o adversário se submeta à vontade popular, é

preciso colocá-lo numa situação mais desfavorável do que o sacrifício que lhe é

exigido” (MANHANELLI, 1992, p. 15); e, finalmente, quem tem a informação tem o

poder, daí resulta a importância da maior ferramenta que se pode ter numa guerra

eleitoral: a pesquisa de marketing. Manhanelli (1992, p. 16) afirma que:

Cada uma das partes esforçar-se-á para prever a ação da outra, tirando as suas conclusões do caráter, das equipes de apoio, da situação e das condições em que o adversário se encontra, e adaptará a sua própria ação a essas condições, servindo-se das leis do cálculo das probabilidades [...] a natureza objetiva das campanhas eleitorais a converte num cálculo de probabilidades. As pesquisas eleitorais inundam os meios de comunicação, mostrando aos

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eleitores os resultados probabilísticos das intenções de voto [...]. Nenhuma atividade humana depende tão completamente e universalmente do acaso como as campanhas eleitorais e as guerras.

O que se percebe nesses conceitos e nessas comparações com a guerra

é que o marketing, já largamente utilizado no meio privado, capitalista, passou a

fazer parte da política. Sobre isso, Rego (1985, p. 9) afirma:

Mas o que se observa é um processo de absorção de conhecimentos da área de marketing pela política, que tem, como fundamentação, a competição acirrada entre candidatos, a urbanização das cidades, a influencia dos meios de comunicação, a abertura política, a pressão dos grupos organizados, a industrialização e a diminuição do poder dos ‘coronéis’ da política interiorana.

E não somente isso: o marketing eleitoral surgiu praticamente junto com o

marketing. Segundo Manhanelli (1992, p. 19) seu processo evolucionário pode ser

dividido em, pelo menos, três fases. A primeira foi a da produção, onde os

candidatos empiricamente e unilateralmente identificavam os fatores, através do

marketing, que influenciavam tanto o candidato quanto a população e, a partir daí,

impunham ações eleitorais àquela sociedade. Até o século XIX, era um processo

relativamente simples, informal onde tanto o executivo como o político utilizava-se da

observação direta para tentar descobrir o gosto e as preferências dos seus clientes.

A segunda fase, mais moderna, e considerada a fase da propaganda,

procurava minimizar as reações populares através de ações de benefício social que

despertavam a atenção e o apoio, mesmo que isso não representasse o desejo ou a

necessidade do povo, dava-se a tentativa de persuasão: isso foi muito utilizado por

Getúlio Vargas, Hitler (através do famoso Goebbels) na Alemanha, e Eisenhower

nos Estados Unidos. Ainda constitui a principal arma dos políticos chamados de

populistas. Essa fase, mais organizada, datada do início do século XX. “Em 1919 o

Dr. C. S. Duncan publicou o que seria provavelmente o primeiro livro sobre pesquisa

[...]. Esses foram os pioneiros nesse campo [...] perceberam a crescente

complexidade do mercado e a necessidade de informação mercadológica para a

tomada de decisões acertadas.” (BOYD e WESTFALL, 1978, p. 25). Somente a

partir de 1936, é que vão aparecer os primeiros estatísticos e as primeiras técnicas

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de amostragem, mas com limitações e uma preocupação mais voltada para a

propaganda do que o levantamento das necessidades da sociedade.

Finalmente, surgiu o marketing eleitoral atendendo a demanda mais

exigente de anseios e desejos das pessoas que não se contentavam apenas com a

simples propaganda. Manhanelli (1992, p. 20) assim afirma:

É necessário conhecer o que a população precisa ou deseja, para então implementar ações sociais capazes de atender ou de minimizar estes anseios, adequando-os aos interesses do candidato [...]. A propaganda continua a ser importante, mas surgiram dois novos elementos: a criação e o desenvolvimento de ações sociais e governamentais, de acordo com os desejos e necessidades dos vários níveis da sociedade. Uma campanha eleitoral tem como base o marketing político e a comunicação social.

É nessa última fase, a do marketing eleitoral, que se percebe a clara

diferença entre as suas fases anteriores e a fase da propaganda, em que os

candidatos desenvolviam esforços para vender e difundir suas ações sociais como

se isso fosse o que povo esperasse dele. Não havia interação, no sentido de

conhecer as reais necessidades, aspirações e desejos do povo. O marketing

eleitoral, por sua vez, baseia-se no recolhimento de informações sobre aquilo que a

sociedade quer, para daí então, propor atos sociais que o satisfaça. A pesquisa de

marketing, portanto, é a principal ferramenta do marketing político, porque é através

dela que existe o feedback contínuo entre a sociedade e o político.

Embora se detenha nessa dissertação, sobre a pesquisa de marketing no

seu nível qualitativo, não se pode deixar de ressaltar a composição que Manhanelli

faz na sua citação anterior. Ele sugere a combinação entre o marketing político e a

comunicação social, ou seja, a formação de Mix de Comunicação Integrada, onde o

marketing entra com as pesquisas, sondagens, avaliações, táticas, estratégias,

criações, novas ações, e a propaganda e a publicidade entram com os estudos de

mídia, as veiculações, a criação artística, o fornecimento de layout, o uso da mídia

em geral.

Manhanelli (1992, p. 22-23) resume assim:

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O objetivo do Marketing Eleitoral consiste em implantar técnicas de marketing político e comunicação social integrados, de forma a angariar a aprovação e simpatia da sociedade, construindo uma imagem do candidato que seja sólida e consiga transmitir confiabilidade e segurança à população elevando o seu conceito em nível de opinião pública [...] O marketing eleitoral abrange todas as técnicas de comunicação disponíveis no mercado, iniciando-se por um trabalho de pesquisa e sondagem, que irá nortear a construção da espinha dorsal da comunicação eleitoral como um todo e do projeto de marketing político.

A pesquisa de marketing, para o referido autor, é a construtora da

“espinha dorsal da comunicação eleitoral.” Ela, portanto, está presente em toda a

campanha eleitoral, antes, durante e depois de realizada.

Para ampliar esses conceitos, Figueiredo (1994, p. 11) aborda que deve

existir uma diferença entre marketing político e o marketing eleitoral. Segundo ele “O

marketing político é algo mais permanente, é quando o político no poder se

preocupa em sintonizar sua administração com os anseios do cidadão [...] Já o

marketing eleitoral aparece na hora do ´vamos ver´, quando todo os (as) candidatos

(as) saem à procura de um mandato.” No caso desse estudo de caso utilizou-se,

como a maior parte dos autores, a expressão marketing político para designar os

dois processos.

Segundo Rego (1985, p. 14), “O marketing político, entendido como o

esforço planejado para se cultivar a atenção, o interesse e a preferência de um

mercado de eleitores, é o caminho indicado e seguro para o sucesso de quem

deseja entrar na política.” No entanto, escolher uma estratégia de marketing

adequada é importante para garantir resultados positivos dentro da política. Ainda

segundo Rego (1985, p. 15), “A escolha do tipo de marketing dependerá, ainda, dos

recursos do candidato, da homogeneidade dos segmentos, da força dos

concorrentes e do conhecimento que o eleitor possui do candidato.” Todavia, alguns

elementos anteriores a estes se tornam imprescindíveis. Um esquema de marketing

político deve possuir os seguintes elementos:

• Investigação; • Diagnóstico; • Previsão;

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• Estratégia; • Correção e ajuste.

Desenvolver o esquema apresentado exige estrita fidelidade às

coordenadas almejadas: deve-se contar com um diagnóstico bem trabalhado,

dotado de um sistema de auto-correção dinâmica e constante, e aplicar

integralmente, com total disciplina de todos os níveis de responsabilidade

envolvidos, a estratégia desenhada para cada etapa do projeto.

Por isso, independente da opção política que se queira trabalhar,

somente um plano de marketing centralizado e de alto nível servem atualmente para

levar adiante uma campanha de opinião pública. O melhor plano de marketing e a

melhor direção centralizada de campanha política serão aqueles que se baseiam na

melhor investigação. Lima (1988, p. 40-41) afirma o seguinte:

A importância desse dado é fundamental para o desenvolvimento da campanha, já que um candidato só será eleito se conseguir despertar uma identificação com parcelas significativas do eleitorado. E para saber como provocar essa identificação e de que maneira ela está ocorrendo é necessária à realização de um trabalho sistemático de coleta de dados junto e sobre as atitudes do eleitorado.

Além da publicidade tradicional, é necessário atualmente se ampliar uma

comunicação integral, diferenciada, adaptada a cada segmento do eleitorado,

completa e com um mesmo nível tecnológico, que é o que se usa para qualquer

produto de ponta do mercado internacional. Nesse aspecto, pode-se citar Figueiredo

(1994, p. 12):

O marketing político é similar ao marketing de produtos. Primeiro: tanto numa campanha como no mercado, há um conjunto de organizações (partidos e empresas) que competem entre si para atrair os ´consumidores´ (no caso da política, os eleitores). Segundo: nos dois domínios, consumidores e eleitores desempenham o mesmo papel: são, ambos, tomadores de decisão. [...] Terceiro: os canais de comunicação à disposição dos partidos e candidatos são os mesmos que estão ao alcance das empresas nas sociedades modernas.

Enfatizando essa analogia com o produto, a investigação política não se

limita a informar sobre a situação do mercado eleitoral – sondando as intenções de

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voto, mas também na aceitação do produto – líderes, programas, propostas etc.; as

características do consumidor – cliente eleitoral – e a investigação dos hábitos, fonte

e hierarquia das informações que recebem os diferentes grupos eleitorais.

Outrossim, a informação obtida dessa investigação deve ser

implementada por um especialista em marketing político, para retransmiti-la ao

público em forma de propostas, atitudes e posições durante toda a campanha

eleitoral, elegendo o momento mais adequado para cada uma delas. A função de

qualquer executivo de marketing deve ser um esforço contínuo para resolver os

problemas específicos que se sucedem: para cada problema uma decisão deve ser

tomada. Sobre isso, Gracioso (1986, p. 120) afirma:

[...] as decisões tomadas por um administrador serão tanto melhores quanto maior for: (1) a sua capacidade de encontrar formas de reduzir a incerteza e o risco inerentes a um determinado rumo de ações; (2) a sua capacidade para identificar e trilhar o caminho mais certo, entre as várias opções à sua escolha.

Uma consultoria bem feita, portanto, tratará as informações quantitativas

e qualitativas obtidas do levantamento de campo de um modo altamente

especializado, através de uma análise que se realize mediante métodos

multivariáveis, arrolando-os em grupos homogêneos; regressões, para identificar a

contribuição dos fatores envolvidos; análise das discriminantes, para identificar os

fatores que melhor diferenciem os grupos sociais; e análise das relações de

casualidades existentes entre o conjunto de variáveis explicativas da conduta do

grupo social.

Lima (1988, p. 9), finalmente, enfatiza a importância do marketing político

bem feito para a própria consolidação da democracia. No prefácio do seu livro, ele

afirma:

Uma das condições necessárias para a consolidação de qualquer democracia é a capacidade da classe política de perceber, compreender e atender as diferentes demandas originadas dos diversos setores que compõem a sociedade [...] Neste cenário de concorrência crescente, o conjunto de técnicas e procedimentos destinados a otimizar o desempenho das candidaturas vem

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ocupando lugar cada vez mais importante, recebendo a designação – bastante genérica – de marketing político.

Para se fazer qualquer coisa dentro do marketing e, em especial, no

político, é necessário estratégia. Segundo o filólogo e dicionarista Aurélio Buarque

de Holanda Ferreira, estratégia é a arte de aplicar os meios disponíveis com vistas à

consecução de objetivos; arte de explorar condições favoráveis com o fim de

alcançar objetivos específicos.

Para Manhanelli (1988, p. 15):

Definimos as estratégias utilizadas em marketing político como sendo a arte de impetrar ações com o intuito de destacar um nome e suas qualidades junto aos eleitores da forma mais clara e definitiva possível, levando, nestas ações, informações de conteúdo que façam o eleitorado assimilá-las com o objetivo de, no primeiro instante, eleger o dono do nome a um cargo eletivo, e posteriormente alimentar este conceito e defendê-lo.

Essas estratégias podem e devem ser divididas em várias sub-estratégias

específicas: o planejamento inicial, a avaliação da campanha, a previsão, as

finanças, a plataforma de governo, os recursos humanos, como rebater os prováveis

ataques dos adversários, como se posicionar diante dos vários problemas atuais, as

alianças políticas, a imagem pós-eleitoral; enfim, todas as ações que envolvam o

candidato, sua vida, sua família e sua campanha.

Dentro dessas estratégias aplicadas, o mais importante é a informação.

Transformar informações em ações efetivas pode significar o limiar entre o sucesso

e o fracasso dentro do marketing político: quanto mais precisa a informação, menor

chance de erro na estratégia proposta. “Toda estratégia utilizada em campanha

eleitoral deve ser impetrada com um estudo prévio da reação desencadeada por ela,

e no caso de falta de base, deverá ser solicitada uma pesquisa para orientação.”

(MANHANELLI, 1988, p. 96). Por isso, uma pesquisa adequada é a principal

ferramenta utilizada para se montar uma estratégia no marketing político.

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2.4.1 Princípios

Princípios são premissas que dão origem a outras premissas. Essa é a

definição clássica para princípios. O marketing político também possui algumas

premissas básicas que norteiam a utilização e aplicação.

No Brasil, o processo eleitoral é regido por três leis básicas:2 a

indiferença, a procrastinação e a efemeridade. A indiferença é uma marca

característica de um país que, colônia de exploração por tanto tempo, se acostumou

que uma pequena elite ou outros países ditassem o seu destino. Além disso, seus

regimes de governo nunca contaram com participação popular. Assim foi com a

Independência, - enquanto outras colônias derramaram sangue de todas as

camadas populares, o Brasil teve uma emancipação que, com raras exceções em

algumas províncias, a maior parte da população nem sabia o que estava

acontecendo.

A República foi outro vexame, como narra a história: um punhado de

soldados amotinados que, segundo os jornais da época, fez com que o povo no

Campo de Santana, no Rio de Janeiro, assistisse embasbacado um marechal sair

gritando que uma tal de república estava sendo proclamada. A indiferença, portanto,

do povo brasileiro, como sujeito de sua história é histórica, cultural e enraizada,

refletindo numa apatia registrada em uma boa parte da sua população.

A procrastinação recebe uma palavra mais fácil nos Estados Unidos:

amanhãna. Por essa denominação, os latinos, preconceituosamente, são

conhecidos na América do “primeiro mundo” como o povo que deixa tudo para

depois, ou seja, para a última hora. O voto não foge a regra: uma imensa fatia da

população amanhece, no dia da eleição, sem saber ainda em quem votar.

A efemeridade está presente em vários segmentos, para não falar apenas

do aspecto político. Aparentemente, o povo dá pouco valor ao voto, também

negociado como qualquer outra mercadoria. Ele é vendido, ainda, em vários currais

eleitorais seja por sacos de cimento, cestas básicas, dinheiro, etc. Mas não é só

2 MANHANELLI, 1992, p. 25.

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isso: vota-se hoje em um candidato, e alguns meses depois, muitos nem lembram a

quem destinaram o voto. E mais: questiona-se ainda a possibilidade de que se o

voto não fosse obrigatório, haveria um esvaziamento da participação popular nas

eleições.

Daí, o primeiro princípio que deve nortear o marketing político, é o

reconhecimento das leis básicas que têm regido a história brasileira nesses 500

anos de existência. Além desse conhecimento, torna-se ainda necessário, também,

pautar toda a campanha e governo em cima do conhecimento das necessidades,

desejos e anseios da comunidade. Conhecer os concorrentes é outro princípio

fundamental: seus pontos fracos e fortes, suas táticas, seus aliados, enfim tudo

sobre eles, numa tentativa de antecipar os seus movimentos. Sendo, para tanto, de

fundamental importância realizar pesquisas.

Pesquisas atualizadas devem estar como ferramentas em todas as ações

do marketing político. Ela está presente em todos os princípios básicos arrolados

aqui. Manhanelli (1992, p. 26) afirma que:

Uma pesquisa bem feita não serve apenas para indicar que está na frente na intenção de votos. Muito mais importante que isto, ela pode traçar o perfil do eleitorado e nos orientar quanto ao perfil ideal do candidato. Uma coisa é certa: as pesquisas eleitorais devem ser efetuadas por profissionais, que nortearão a campanha corretamente, enquanto que se contratarmos aventureiros ou novatos nesta área, a maioria das vezes com custos mais baixos, poderemos acabar utilizando uma estratégia completamente oposta ao nosso objetivo.

Nenhuma campanha é igual a outra. Esse dinamismo ou

empreendedorismo torna-se muito natural nas sociedades dinâmicas como a que

vivemos. O político hoje desacreditado, amanhã poderá liderar as pesquisas e vice-

versa. Uma ação considerada vitoriosa em uma campanha poderá ser desastrosa

em outra.

Alianças eleitorais devem ser realizadas, porém contabilizadas como

trabalhos que se agregam à campanha e não como votos que serão repassados.

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Não existe nenhuma garantia de que quem vota em fulano, votará em sicrano por

causa de um acordo político.

Um princípio muito importante é que o marketing político, per si, não

ganha eleição. O seu papel real é “[...] ajudar os candidatos a levarem sua

mensagem ao eleitorado de forma mais clara e objetiva, direcionando as ações do

candidato à satisfação dos anseios, necessidades e desejos do eleitor.”

(MANHANELLI, 1992, p. 26).

Muitos outros princípios poderiam se somar a estes, a exemplo: o do

domínio da mídia, o da boa organização, o da uniformidade da comunicação visual,

o da importância dos cabos eleitorais, o do uso da linguagem acessível ao público e

o do saber ouvir e se relacionar com os assessores, etc. Os cuidados, as premissas

e fundamentos não podem ser menosprezados, nem deixados de fora quaisquer

detalhes, sob pena de derrota - quanto mais completa for realizada uma campanha,

maior sucesso se obterá.

2.5 A Pesquisa de Marketing Levin, em sua obra, procura respostas para seguinte indagação: ”Por que

razão um cientista social e, em especial, ao aplicá-la na política, deveria utilizar a

pesquisa para tomar decisões?”

Desse modo, à semelhança do que ocorre nas ciências físicas, o cientista social freqüentemente faz pesquisas para aumentar seu cabedal dos problemas e suas conseqüências em seu campo de estudos. A pesquisa assume muitas formas e pode ser usada para investigar uma série enorme de problemas. O pesquisador pode, na qualidade de observador participante, trabalhar com grupo de delinqüentes; pode também trabalhar num levantamento amostral de suas tendências políticas, ou fazer uma análise de valores em folhetos políticos; ou, ainda, realizar um experimento a fim de determinar os efeitos do remanejamento de moradias em indivíduos atingidos por desapropriações. (LEVIN, 1987, p. 2).

A pesquisa de marketing possui várias denominações e divisões de

caráter didático ou semântico. Pesquisa mercadológica, por exemplo, é “[...] a coleta,

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registro e análise de todos os fatos referentes aos problemas relacionados à

transferência e venda de mercadorias e serviços do produtor ao consumidor.”

(BOYD JR. e WESTFALL, 1978, p. 4). É o instrumento pelo qual os executivos de

uma empresa ou um político têm contato com os seus clientes – fregueses ou

eleitores. Portanto, em uma pesquisa como esta, tanto a objetividade como a

precisão são fundamentais para a seleção da amostra e dá correta interpretação de

suas informações, respectivamente.

Esse tipo de pesquisa pode ser dividida em duas categorias e dizem

respeito aos seus objetivos: “[...] descobrir novas oportunidades que possam ser

exploradas com sucesso e [...] descobrir meios mais eficientes de explorar

oportunidades conhecidas. Essas duas categorias não são mutuamente exclusivas

num sentido absoluto. Contudo, servem para salientar as duas situações principais

em que a pesquisa mercadológica pode ser útil.” (BOYD e WESTFALL, 1978, p. 6).

As pesquisas sobre propaganda - juntamente com a pesquisa

motivacional, do produto e sobre vendas - são as principais áreas de atuação no

campo da pesquisa mercadológica.

Ainda existe a pesquisa de mercado que, segundo Aguiar (1998, p. 11), “é

toda pesquisa que visa obter informações consideradas necessárias à tomada de

decisões diante de problemas ou de situações de mercado [...] ao se fixar metas,

identificar e definir problemas, verificar a necessidade de informações não-

disponíveis e providenciar a sua obtenção, está se realizando pesquisa de mercado

para orientar as ações de marketing.” Esse tipo de pesquisa depende de, pelo

menos, dois fatores: os métodos científicos e o bom senso.

A pesquisa de marketing, no entanto, fornece estudos específicos de

oportunidade de mercado, de eficácia e de problemas de marketing. Para Mattar

(1996, p. 15):

A pesquisa de marketing é a investigação sistemática, controlada, empírica e crítica dos dados com o objetivo de descobrir e (ou) descrever fatos e(ou) de verificar a existência de relações presumidas entre fatos (ou variáveis) referentes ao marketing de

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bens, serviços e idéias, e ao marketing como área de conhecimento de administração.

Breen e Blankenship (1991, p. 6) simplificam o conceito de pesquisa de

marketing ao afirmar que é: “Todo esforço planejado e organizado para reunir novos

fatos e novos conhecimentos que leve a melhores decisões de marketing [...].”

Para Manhanelli (1988, p. 95), no caso específico do marketing político,

“[...] as pesquisas não se prestam apenas a indicar ‘quem está na frente’ na corrida

eleitoral, este é apenas um dos pontos detectado por elas. As informações

prestadas por uma pesquisa servem para direcionar todas as estratégias da

campanha.”

Kotler (1988, p. 493) é quem explicita a necessidade deste tipo de

pesquisa ao afirmar que “[...] o executivo precisa de estudos específicos sobre áreas

de problemas e oportunidades. Poderá necessitar de um levantamento de mercado,

de um teste de preferência de produto, de uma previsão de vendas por região ou de

um estudo da eficácia da propaganda.” Frente a um ambiente de negócio expandido

e turbulento, a pesquisa é um recurso de grande poder decisório.

Ainda sobre isso, Manhanelli (1988, p. 96-97) justifica a pesquisa de

marketing com as seguintes afirmações:

Ainda é rara a atividade de pesquisa voltada para a identificação dos verdadeiros anseios e aspirações da comunidade. Face a isso, nem sempre o discurso dos políticos e autoridades públicas é coerente com os desejos de largos segmentos da sociedade. A conseqüência mais freqüente dessa distância é o investimento em aspectos que não têm grande poder de mobilização da população e, dessa forma, o desvio de recursos que poderiam determinar maior grau de participação e engajamento da comunidade nos projetos governamentais. Disso decorre a necessidade de melhor se conhecer os anseios, aspirações e reivindicações populares como forma de orientar o trabalho desenvolvido pelas diversas agências governamentais.

Portanto, a pesquisa de marketing político deve oferecer ao candidato

todas as informações relativas às aspirações, desejos e necessidades da

comunidade que ele se propõe a representar. Essas informações não podem vir

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senão dos próprios membros da comunidade, sendo necessário para tanto, que a

perspicácia vá além dos dados quantitativos da pesquisa. Daí, a necessidade de

combinar elementos quantitativos e qualitativos para uma efetiva conclusão sobre as

informações prestadas – principalmente nas entrelinhas.

O procedimento de pesquisa de marketing, para a maioria dos autores,

consiste em cinco etapas: definição do problema, projeto de pesquisa, trabalho de

campo, análise de dados e preparação de relatórios. Mattar (1996, p. 15) considera

apenas quatro etapas; sendo: “Etapa 1: Reconhecimento e formulação de um

problema de pesquisa; Etapa 2 – Planejamento de Pesquisa; Etapa 3 – Execução da

pesquisa; Etapa 4 – Comunicação dos resultados.” As classificações podem até

variar, mas o sentido é o mesmo desse processo circular epistemológico.

Uma boa pesquisa de marketing é caracterizada, outrossim, pelo método

científico, criatividade, metodologias múltiplas, construção de modelos e medidas de

custo/benefício do valor da informação.3 Richers (1994, p. 31) associa esse tipo de

pesquisa à função análise:

Esta, todavia, abrange hoje uma gama tão ampla de técnicas, métodos e sistemas que sempre existem pelo menos duas ou três maneiras adequadas para investigar um dado problema de Marketing. Portanto, uma das qualificações que o executivo de Marketing deve possuir é saber escolher entre aquelas formas de investigação que lhe prometem oferecer melhores resultados dentro das opções metodológicas à disposição e das limitações de seus recursos para resolver os seus problemas de investigação de mercado, mesmo que ele próprio não seja um especialista em pesquisa.

Por conseguinte, para que funcione eficazmente, a pesquisa de marketing

deve envolver uma metodologia adequada que contemple pelo menos estes cinco

passos: definição do problema, projeto de pesquisa, trabalho de campo, análise de

dados e preparação dos relatórios. No primeiro passo, o da definição do problema, é

de fundamental importância determinar cuidadosamente o problema a ser

pesquisado: uma definição errônea ou uma indefinição coloca a perder toda a

pesquisa. Sobre isso, Aguiar (1998, p. 12) afirma:

3 KOTLER, 1988, p. 514.

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Antes de partir para a realização de uma pesquisa de mercado e antes mesmo de definir os objetivos da pesquisa, é preciso definir com precisão a situação ou o problema de mercado que nos levou a considerar necessária à realização da pesquisa. A definição pormenorizada da situação ou do problema de mercado vai condicionar ou determinar outras etapas da pesquisa, e caso esta não seja bem elaborada pode levar a erros irreparáveis.

Essa definição de problema deve ser realizada com bastante precaução.

A partir dos indícios apresentados por um fenômeno social, hipóteses devem ser

levantadas numa tentativa de explicá-las e, só assim, serão definidas as informações

a serem levantadas. Além disso, os problemas abordados devem ser

conceitualmente definidos. Sobre a questão Aguiar (1998, p. 12) afirma:

Há fenômenos observáveis, quantitativos ou qualitativos, que podem expressar ou representar o problema. Outros fenômenos, também observáveis, podem, por hipótese, ser responsáveis, direta ou indiretamente, ou apenas influenciar o problema detectado.

Ou ainda na afirmação de Boyd e Westfall (1978, p. 9): “[...] a solução de

um problema mercadológico geralmente começa com a definição do mercado.”

O passo seguinte, que é o do planejamento da pesquisa, deve conter um

conjunto de objetivos e uma clara orientação metodológica de como serão

alcançados os resultados: o método de coleta de dados (inquérito ou observação), o

instrumento de pesquisa, a forma e o conteúdo das questões, o plano e o

procedimento de amostragem, e o método de amostragem.

É no trabalho de campo, que são definidas as soluções alternativas para

eventuais pressupostos problemas, como por exemplo: quando não encontrar

ninguém em casa, quando o entrevistado se recusar a cooperar e nos casos de

tendenciosidade do entrevistado e/ou do entrevistador.

No quarto passo, a análise de dados, utiliza-se as técnicas estatísticas

procurando calcular as medidas relevantes e de dispersão, verificando-se as

possibilidades de tabulação cruzada dos dados, realizando-se a medição dos

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coeficientes de correlação e de testes de aderência, e, finalmente, procurando uma

análise multivariada dos dados através das ferramentas de regressão múltipla,

análise discriminante, análise fatorial ou analise de conglomerados.

No último passo, que é o da preparação dos relatórios, procura-se de

forma clara e precisa apresentar a justificação do problema, as descobertas

principais, a metodologia utilizada e as recomendações necessárias.4

Além disso, uma boa pesquisa de marketing é caracterizada pelo método

científico, criatividade, metodologias múltiplas e da construção de modelos e

medidas de custo/benefício do valor da informação. Quanto ao método científico

deve-se respeitar os seus passos de observação cuidadosa, formulação de

hipóteses, previsão e teste. A criatividade da pesquisa é uma oportunidade de

inovação dos meios para se resolver um problema. Os métodos devem ser

diferenciados e diversificados para se dar maior confiabilidade aos dados

pesquisados. Buscam-se modelos úteis de decisão para se extrair do problema os

seus reais significados. Finalmente, o valor da informação que deve ser ponderado

com o seu custo, principalmente se o projeto de pesquisa fornece variados meios de

se chegar até essa informação.

No caso específico da pesquisa eleitoral, Neyza Furgler (apud

MANHANELLI, 1988, p. 100) tem a seguinte opinião:

A pesquisa de opinião pública suscita, em geral, grande interesse e emoção por parte do público, porque trata de assuntos atuais, mede atitudes e opiniões das pessoas sobre temas políticos e sociais e devolve ao público, de modo sistematizado, a informação que ele próprio prestou. Em geral, as pesquisas de opinião pública são publicadas, debatidas, comparadas, e podem, às vezes, ser apresentadas de maneira tendenciosa ou provocativa.

Por se tratar de conteúdos intensamente subjetivos como opiniões,

gostos, amor e ódio, sentimentos e atitudes passionais, a pesquisa política pode

recaí no erro comum do descrédito, ou ainda usada tendenciosamente como Neyza

Furgler problematizou. Considerando-se essas colocações, torna-se de fundamental

4 KOTLER, 1988:502.

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importância o domínio - tanto da abordagem quantitativa quanto da qualitativa na

apuração dessas informações, bem como o adequado conhecimento de suas

vantagens e desvantagens, visando a obtenção do maior grau possível de

confiabilidade. Seus resultados devem ser inquestionáveis, exatos, fundamentados

cientificamente, com transparência e possibilidade de ser analisada por terceiros,

obtendo-se assim, sempre os mesmos resultados, com os mesmos dados e

circunstâncias.

De acordo com Comerlatto (apud MANHANELLI, 1988, p. 104), a

pesquisa eleitoral é um dos mais importantes instrumentos decisórios na área de

marketing: “[...] é o exato conhecimento do mercado que deverá ser atingido, através

da coleta e interpretação sistemática de dados e informações que esgotem as

dúvidas sobre o processo em que se insere o trabalho a ser desenvolvido.” Segundo

o autor, esse processo requer uma técnica perfeita, com elementos tanto estatísticos

ou numéricos, de uma abordagem quantitativa, quanto de elementos psicológicos,

que só uma abordagem qualitativa pode detectar. Ele (apud MANHANELLI, 1988, p.

105) ainda afirma:

A pesquisa de opinião desperta em geral grande interesse e emoção, por que trata de assuntos atuais, mede atitudes e opiniões das pessoas sobre temas políticos e sociais e devolve ao público, de modo sistematizado, a informação, que ele próprio prestou. Por se tratar de informação, é importante que as pesquisas de opinião pública apresentem resultados exatos e sem subterfúgios, fundamentados cientificamente, sem interpretações distorcidas.

Agregados a tudo isso, outros elementos podem ser acrescidos para que

se atinja o objetivo desejado em uma pesquisa eleitoral: a metodologia e a técnica

apropriadas; honestidade e objetividade de quem apura, analisa e divulga os

resultados; a correta apresentação e utilização dos resultados; e ainda

conhecimento e experiência na área de opinião pública para se obter o devido

reconhecimento da autenticidade e cientificidade da pesquisa.

E mais: ter sempre em mente a idéia de que uma pesquisa eleitoral é um

retrato estático de um momento e/ou de uma necessidade que pode mudar (e

geralmente acontece) rapidamente.

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Manhanelli (1992, p. 37) conceitua a existência de dois tipos básicos de

pesquisa: a quantitativa e a qualitativa.

A primeira serve para saber o grau de popularização do candidato e dos concorrentes, por faixa etária, sexo, distribuição geográfica etc. É esta a pesquisa mais divulgada pelos órgãos de imprensa [...] a mais importante é a qualitativa, uma vez que traz em seu bojo informações sobre o perfil do eleitorado e qual o perfil ideal do candidato, além dos temas mais ventilados pela população sobre seus problemas, anseios, desejos e necessidades, que servirão de base para o questionário da quantitativa.

Embora a abordagem qualitativa seja a mais importante dentro do

marketing político, verifica-se, no próprio texto do Manhanelli, que as duas –

quantitativas e qualitativas são complementares entre si. Em uma campanha

político-eleitoral – com elementos tanto quantitativos quanto qualitativos, incorrer no

erro de aplicar apenas uma delas é estar fadado ao fracasso A importância de uma

pesquisa bem elaborada, por profissionais sérios e qualificados, é imprescindível

para subsidiar, trazer profundidade, definir imagens, cruzar informações e consolidar

toda a campanha política. É Manhanelli (1992, p. 59) que afirma: “Portanto, o

marketing só pode atuar, como definem os acadêmicos da área, na medida em que

se possa, antes do nascimento do produto, verificar a carência específica do

mercado, de maneira que se possa planejar a forma de se preencher esta lacuna,

carência ou demanda.”

2.5.1 A abordagem quantitativa

Em geral, a abordagem quantitativa é o método mais utilizado para todos

os tipos de pesquisa, inclusive as de marketing político, sendo a mais fácil de

divulgação, análise e comprovação. Richardson (1999, p. 70) afirma que:

Amplamente utilizado na condução da pesquisa, o método quantitativo representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar distorções de análise e interpretação, possibilitando, conseqüentemente, uma margem de segurança quanto às inferências. É freqüentemente aplicado nos estudos descritivos, naqueles que procuram descobrir e classificar a relação

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entre variáveis, bem como nos que investigam a relação de causalidade entre fenômenos.

O estudo descritivo investiga o que é, ou seja, as características de um

fenômeno. Por isso, procura como público-alvo um grupo ou um indivíduo. Estuda,

por exemplo, em que faixa etária está concentrada a preferência por determinado

candidato numa campanha política. Relaciona, ainda, através de um cruzamento,

qual faixa etária encontra-se em determinado setor geográfico da comunidade, em

que o principal problema reclamado é a falta de um posto de saúde. É o estudo mais

apropriado que deve ser realizado quando o pesquisador, enfim, deseja “[...] obter o

melhor entendimento do comportamento de diversos fatores e elementos que

influem sobre determinado fenômeno.” (RICHARDSON, 1999, p. 71).

A coleta ou levantamento estatístico de dados para a obtenção de

informações pode ser feito de diferentes formas: questionários, testes

estandardizados, entrevistas e observações, etc. No decorrer da pesquisa de campo

os métodos mais utilizadas são:

Método do questionário - os dados são coletados através de perguntas a

pessoas que se supõe terem as informações desejadas; e,

Método da observação - o pesquisador observa as coisas ou atos nos quais está

interessado.

Como opiniões e intenções não são normalmente passíveis de

observação, fica o método do questionário como sendo o de maior aplicabilidade,

quando comparado com o método da observação - em função de sua maior

versatilidade, do menor tempo envolvido e, principalmente, de seu menor custo. No

entanto, possui também suas desvantagens - a má vontade do entrevistado, ou

ainda, a sua incapacidade em responder corretamente ao questionário. Boyd e

Westfall (1978, p. 137-139) afirmam que:

Muitos problemas só podem ser pesquisados por meio de questionário. Conhecimentos, opiniões e intenções não são normalmente passíveis de serem observados [...] em alguns casos, os entrevistados em potencial recusam-se a gastar tempo para

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serem entrevistados ou recusam-se a responder a determinadas questões [...] muitas pessoas são incapazes de dar informação precisa sobre as questões que o pesquisador gostaria de resolver. Muitas vezes a motivação, por exemplo, é bastante subconsciente [...] em outros casos os entrevistados não podem dar informações, porque são incapazes de lembrar os fatos desejados ou porque nunca conheceram os fatos.

Antes de uma eleição, por exemplo, os institutos de pesquisa procuram

predizer o vencedor, bem como a votação de cada candidato por parte de homens e

mulheres, de acordo com o grau de escolaridade, idade, religião, renda, etc. Como é

impossível ouvir toda a população, o máximo que se pode fazer é retirar uma

amostra de eleitores, na esperança de que a proporção amostral constitua uma boa

estimativa da proporção populacional.

A primeira vista pode parecer que perguntar a todas as pessoas (censo)

seja mais convincente que a apenas uma parte delas (amostragem). Os principais

motivos que fazem, na prática, a amostragem (parte da população) ser preferível ao

censo (toda a população) são o tempo gasto, o custo envolvido e, por incrível que

pareça, a precisão dos dados ou observações coletados.

Segundo Boyd e Westfall (1978, p. 327-328):

Amostragem é uma idéia comum. Todas as pessoas têm o costume de formar opinião sobre um todo se baseando em uma pequena amostra [...]. A maior parte das informações sobre o mercado é obtida de maneira semelhante, isto é, por meio de amostras [...]. A principal razão pela qual os dados são colhidos por amostragem e não por meio de enumerações completas é o custo inferior. Entretanto, as amostras possuem vantagens [...] Uma amostra requer menos pesquisadores de campo. Portanto, pessoal melhor pode ser escolhido e treinado, e seu trabalho mais cuidadosamente supervisionado.

Neyza Furgler (apud MANHANELLI, 1988, p. 101), tratando

especificamente de pesquisa eleitoral, afirma que:

Amostragem é o meio (ou técnica) pelo qual, entrevistando-se um número relativamente pequeno de pessoas, se chega a um resultado que pode ser projetado para o total da população. Quanto melhor o método de se selecionar a amostra, melhores serão os resultados de

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uma pesquisa, ou seja, mais próximas do dado real – e, no caso de pesquisa eleitoral, essa comparação da amostra com o universo pode ser realizada praticamente no dia da eleição.

Uma amostra pode ser mais atualizada do que um censo quando se

necessita de uma informação rapidamente porque um estudo de toda uma

população pode consumir muito tempo e perder utilidade. O custo do censo, por sua

vez, é quase sempre proibitivo. Quanto à precisão, o censo de uma grande

população envolverá um grande número de entrevistadores na coleta de dados e

isso implica em menor coordenação e controle, aumentando, conseqüentemente, a

chance de erro. Mas, como escolher a amostra e qual deve ser o seu tamanho?

Para se tomar uma amostra de uma população, de modo que ela seja

representativa dessa população, adota-se um método de amostragem, procurando-

se evitar a interferência pessoal do pesquisador ou do entrevistador, nos dados a

serem levantados ou observados. Isso só é consegue ao se garantir a aleatoriedade

dos dados.

Comerlatto (apud MANHANELLI, 1988, p. 105) traz a seguinte definição

de amostragem, principalmente voltada para a área de marketing político:

É a aplicação de uma técnica pela qual, entrevistando-se um número relativamente pequeno de pessoas, se chega a um resultado que signifique o pensamento, o desejo ou o anseio do total da população. Quanto melhor o método de se selecionar a amostrar, melhores serão os resultados de uma pesquisa.

Embora nenhum plano de amostragem possa garantir que a amostra seja

exatamente semelhante a população da qual foi extraída, uma amostra aleatória

permite estimar o valor do erro possível, isto é, dizer quão próxima está a amostra

da população em termos de representatividade. As amostras não-aleatórias não

apresentam esta característica por mais bem intencionadas que sejam. A intuição

por melhor que seja, pode até funcionar, mas não substitui a escolha aleatória dos

dados.

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Para evitar a tendenciosidade, todo cidadão pesquisado deve ter a

mesma chance de figurar ou participar na amostra. E, para evitar desprezar qualquer

um deles, mesmo sem intenção, a amostra deve ser aleatória. Ou seja, os cidadãos

devem ser selecionados de modo casual.

Na realidade, não há nada de casual nas amostras verdadeiramente

aleatórias. A palavra aleatória refere-se apenas à maneira de como foi obtida a

amostra. O que existe e se procura na amostra aleatória é manter a independência

dos dados ou observações amostrados.

Na verdade, não basta apenas a experiência prática. É preciso conhecer

a teoria da matemática da probabilidade, da estatística da amostragem e da

estimação, ter julgamento crítico e muita imaginação no delineamento de uma

amostra, de modo que as inferências sobre a população a partir dessa amostra

tenham validade científica e, portanto, credibilidade.

A análise dos dados, seja ela quantitativa ou qualitativa é fundamental

para os envolvidos no processo, mas quase sempre é conduzida de forma

equivocada. No mundo atual e globalizado em que se vive a quantidade de

informações que nos chega é intensa e ininterrupta: saber selecionar em meio a

tantos dados aquilo que é útil, assim como saber interpretar o que está por trás de

cada dado, pode significar reter o que é valioso ou o que é lixo.

Freitas e Moscarola (2000, p. 11) afirmam que: “A análise criteriosa de

dados tanto internos como externos a uma organização (informações normalmente

públicas) torna-se cada vez mais necessária, dada à escassez de tempo e a

cobrança por agilidade e flexibilidade imposta pelo mercado [...]: o grande desafio

que hoje confrontamos é a tomada do conhecimento através dos dados.”

Logo, o processo de amostragem, ou projeto experimental, afeta a

quantidade de informações dadas por medidas (no caso questionários). O problema

é determinar quantas medidas devem ser incluídas na amostra para que se tenha

um total relevante de informações por amostra. Assim, é preciso saber até que ponto

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o pesquisador deseja que ela seja precisa, e isso pode ser expresso especificando-

se um limite para o erro de estimação ou da estimativa.

Não são poucas as críticas às limitações de uma abordagem quantitativa.

Uma delas, a mais importante, é o fato dela ser superficial, não podendo detectar o

que está por trás das opiniões emitidas. Richardson (1999, p. 77) afirma que

A partir da década de 70, consolida-se a procura de métodos alternativos de pesquisa nas Ciências Sociais. Essa consolidação baseia-se principalmente em críticas filosóficas, políticas e técnicas aos métodos quantitativos, que aparecem relacionados a um sistema socioeconômico que leva a uma crescente miséria da grande maioria da população.

A observação de Richardson deve-se à forte influência positivista que

permeou todas as camadas da sociedade, inclusive a científica - nas Ciências

Naturais e Sociais. O método quantitativo representa o Positivismo a determinar,

sem maiores aprofundamentos, o que se passa em um determinado fenômeno

social, separando-o em fatos e em seus contextos interligados, reduzindo o campo

de pesquisa somente àquilo que se é observado.

As críticas ao Positivismo podem ser estendidas ao método quantitativo,

principalmente no que diz respeito à sua falta de flexibilidade e profundidade na

análise de relações sociais complexas por natureza.

Por isso a quantidade de questionários (tamanho da amostra) a ser

aplicada em cada pesquisa dependerá do grau de confiança desejado, da

quantidade de dispersão entre os valores individuais da população e, de certa

quantidade específica de erro tolerável ou aceitável, sem desmerecer a

potencialidade que esse tido de abordagem pode apresentar, mas reconhecendo,

também, as suas limitações.

Com base na teoria amostral, em termos de testes estatísticos

envolvendo proporcionalidade, com nível de significância de 0,05 (intervalo de

confiança de 95%), essas quantidades e erros de amostragem para amostras

aleatórias extraídas de uma população muito grande (> 100.000 elementos) são:

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Nº de Medidas (Questionários)

Erro de Amostragem (%)

96 10,0 384 5,0 600 4,0

1067 3,0 2.401 2,0 4.268 1,5 9.604 1,0

Fonte: Cálculos do autor.

2.5.2 A abordagem qualitativa Todo profissional deve desenvolver habilidades no sentido de construir o

conhecimento a partir dos dados que lhe são fornecidos. Freitas e Janissek (2000, p.

7) afirmam:

O diferencial proporcionado pelos métodos, bem como a isenção conferida pelo pesquisador que respeita esses métodos, retratam as diferenças das competências e das intenções em uma pesquisa. Todo profissional deve desenvolver habilidades e dominar sistemas, técnicas e métodos inerentes à necessidade por construção de conhecimento a partir de dados disponíveis de uma ou outra forma dentro do seu contexto de atuação. Mostra-se que é viável, com o auxílio de instrumental adequado, explorar dados quanti-qualitativos e produzir informações consistentes que possam trazer respostas ágeis a muitos questionamentos que surgem no dia-a-dia de uma organização e mesmo no trabalho do profissional de pesquisa.

Esse domínio de técnicas e métodos variados proporciona a quem lida

com a pesquisa, diferenciadas forma de se analisar a situação pesquisa, e dela se

tirar soluções. “Em uma pesquisa de opinião pública, o trabalho de tabular os dados

e fazer os devidos cruzamentos são parte da rotina de trabalho dos órgãos de

pesquisa, mas a tarefa de maior responsabilidade cabe ao analista, que vai

interpretar as informações e avaliar sua abrangência e aplicação.” (MANHANELLI,

1988, p. 96). A abordagem qualitativa permite, além de dar mais uma opção ao

pesquisador, uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno

social.

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Para Richadson (1999, p. 90), “A pesquisa qualitativa pode ser

caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e

características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar de produção

de medidas quantitativas de características de comportamentos.”

Freitas e Janissek (2000, p. 7) sobre isso afirmam: “Com o uso de dados

qualitativos, seja de que natureza for, pode-se ter a chance de identificar

oportunidades ou antecipar problemas de forma bem mais pontual, precisa e com

um custo operacional bem menor.”

Por isso, “[...] uma boa pesquisa deve ser efetuada por profissionais que,

a partir de objetivos anteriormente traçados, efetuem um questionário capaz de

orientar o caminho a ser percorrido para se alcançar este objetivo.” (MANHANELLI,

1988, p. 95). Não é um trabalho que possa ser realizado superficialmente por um

amador, ou uma pessoa alheia à área, mas por profissionais totalmente engajados,

qualificados e aptos para empreender esse tipo de análise. Aguiar (1998, p. 14)

assim afirma: “Os conceitos mais complexos, para serem construídos, bem como

para definir as variáveis que vão representá-los, necessitam de experiência e de

conhecimento teórico no campo da metodologia de pesquisa e no campo em que se

está atuando.”

Daí, a necessidade do uso dos dados qualitativos que permite: identificar

oportunidades, antecipar problemas de forma mais efetiva e com menores custos,

além das informações serem exploradas por mais de uma vez e com uma maior

produção de novos dados. Para se atingir, todavia, a essa riqueza de detalhes na

análise, é necessária tanto uma variação como uma aplicação de diferentes técnicas

em conjunto.5

Essa flexibilidade e riqueza de análise da pesquisa qualitativa são alguns

dos fatores que têm feito com que ela se destaque cada vez mais dentro do

marketing. No entanto, “O grande desafio para os pesquisadores da área está, pois,

relacionado com a análise de dados em uma pesquisa cada vez mais com base

mais qualitativa.” (FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 11).

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Além disso, um fenômeno não pode ser explicado de forma tão simples:

existe toda uma complexidade por trás de cada ato, desejo ou necessidade humana.

A princípio, a abordagem qualitativa difere da quantitativa porque “[...] não emprega

um instrumental estatístico como base do processo de análise de um problema. Não

pretende numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas.” (RICHARDSON,

1999, p. 79). Sobre isso, Freitas e Janissek (2000, p. 12) também afirmam:

A realização de pesquisas acadêmicas ou profissionais tem cada vez mais desafiado os analistas e pesquisadores visto que a objetividade dos dados coletados em uma pesquisa não é mais condição suficiente para a compreensão de um fenômeno (como por exemplo a opinião de um certo público, satisfação do cliente, resistência dos usuário finais de uma tecnologia recentemente adotada). De fato, a subjetividade é que vai permitir explicar ou compreender as verdadeiras razoes do comportamento ou preferência de um certo grupo por algum produto, sistema, serviço, etc. A questão inerente é a de como o pesquisador, o analista, ou mesmo o gerente ou executivo poderia realizar tal tipo de análise ou exploração de dados.

A subjetividade, portanto, é um dos elementos mais importante do dado

qualitativo. Por conta disso, é que, muitas vezes, uma técnica quantitativa é

superficial, não permitindo uma qualificação ou um refinamento de opinião.6 Outro

fato é que existem atualmente muitas ferramentas e técnicas de apuração de dados,

e muitos pesquisadores ao invés de as utilizarem corretamente e conjuntamente,

confundem-se quanto à sua aplicabilidade. Sobre isso Freitas e Janissek (2000, p.

14) afirmam:

Há ainda uma idéia equivocada de que se deve escolher uma OU outra para uma dada análise ou exploração de dados, quando na verdade os autores procuram neste livro demonstrar que pesquisadores acadêmicos ou analistas em geral DEVEM ter uma clara visão das vantagens em exploram esses recursos de análise de forma seqüencial, recorrente e sobretudo complementar.

Diante disso, é mister que uma pesquisa deva utilizar um método múltiplo

que englobe elementos quantitativos e qualitativos para enriquecer ainda mais a sua

5 FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 8. 6 Idem, Ibidem, p. 12-13.

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tomada de decisão. “Cada vez mais forte á a tendência de que uma pesquisa

quantitativa, mais objetiva, deve ser precedida de uma atividade mais subjetiva,

qualitativa, que permita melhor definir o escopo e a forma de focar o estudo.”

(FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 15). Isso significa que todas as etapas são

importantes no processo de pesquisa, além, naturalmente, de todas as técnicas e

ferramentas que o pesquisador tenha a sua disposição.

Assim como nos princípios da Administração, uma das etapas mais

importantes e, se negligenciada, pode por tudo a perder, é o planejamento. No caso

da pesquisa, a preparação de dados. “Ocorre que, antes de analisar os dados e

cruzá-los das mais diferentes formas na busca por relações causais ou possíveis

explicações para hipóteses previamente formuladas, é necessário que sejam

preparados certos tipos de dados.” (FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 16). Os

objetivos devem ser claros, específicos, deve-se ter uma visão ampla de onde se

quer chegar – embora muitas vezes no decorrer da pesquisa, esses horizontes

sejam ampliados. Para El-Check (1987, p. 39), “[...] o planejamento é uma

antecipação lógica e organizada das ações do futuro.”

Categorias devem ser pertinentes e claras, principalmente quando se trata

da análise de um texto em uma pesquisa qualitativa. E, por ser especificamente de

caráter reflexivo, deve-se evitar uma quantidade muito grande de questões abertas

para que o cansaço não influencie as respostas das últimas perguntas, nem gere

uma desatenção e generalidade por parte do respondente. Manhanelli (1988, p. 95)

sobre isso, especificamente para a área de marketing político, afirma:

Em uma pesquisa podemos ter todo perfil do eleitorado ou apenas parte, dependendo do que estamos procurando. O importante é que o questionário seja muito bem elaborado para que não tenhamos dúvidas nas respostas adquiridas e nem tendenciem pela abordagem. Uma pesquisa bem elaborada, com perguntas objetivas, norteará a campanha corretamente, enquanto se contratarmos aventureiros nesta área, a maioria das vezes com custos mais baixos, poderemos efetuar uma estratégia completamente oposta ao nosso objetivo.

Por conseguinte, para cada “[...] dado aberto e espontâneo, devem

corresponder n dados objetivos “gerados seja pela análise e identificação gradativa

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de um protocolo [...], seja pela avaliação da opinião de cada pessoa em relação a

um protocolo ou mesmo escala de medida preparada pelo analista.” (FREITAS e

JANISSEK, 2000, p. 17). Esse analista não pode ser qualquer profissional: até

mesmo a codificação das perguntas deve ser feita pelo pesquisador, que se utilizará

dessa etapa para percepção aprofundada do teor da pesquisa qualitativa. Dessa

codificação, nascerá um novo dado de múltipla escolha: mais uma razão para ter um

profissional devidamente qualificado analisando essas etapas. “Caso as categorias

não sejam pertinentes, todas análises, decisões e ações estarão igualmente

comprometidas.” (FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 18).

Cada categoria analisada pode implicar em n ações empresariais. Essa é

uma das grandes vantagens da pesquisa qualitativa: todas as etapas e todos os

dados são aproveitados e podem embasar uma importante decisão gerencial. E uma

decisão dessa monta não pode ser tomada por um amador, ou alguém estranho à

área. Seja qual for o tipo de pesquisa qualitativa ou quantitativa, essa preparação e

análise de dados segue a seguinte seqüência: pesquisa e captura de dados;

identificação e categorização; e, finalmente, a produção de conhecimentos e a

compreensão das relações entre os fenômenos investigados.

Nesse ínterim, cabe ressaltar a necessidade de uma segunda pessoa

analisando esses dados, para confirmação, para se evitar erros e para legitimar a

pesquisa. Sobre isso, Freitas e Janissek (2000, p. 19-20) afirmam:

Tendo-se uma segunda pessoa, seria então esperado que se pudesse confrontar as categorias criadas por cada um, consolidá-las num só conjunto (após discussão de cada discordância), e, além disso, comparar uma a uma cada uma das marcações (para cada resposta, cada dos 2 avaliadores ou analistas marcaria as categorias que julga que ali se manifestaram implícita ou explicitamente), dando-se conta do que fecha e do que não fecha em termos de classificação das categorias para cada uma das respostas de cada respondente.

Várias são as técnicas à disposição dos pesquisadores para se obter

dados qualitativos: observação participante ou não participante, grupos de discussão

e entrevistas em profundidade etc., cada um apresentando seus problemas de

validade. Outro elemento importante é que os institutos de pesquisa de mercado e

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de opinião pública quando realizam pesquisas de opinião pública políticas

qualitativas o fazem separadamente das pesquisas quantitativas e empregam, na

sua maioria, derivações do método básico chamado de “júri” ou “grupo selecionado.”

Uma pesquisa consistente não pode se basear somente em dados quantitativos: é

imprescindível recorrer-se a dados qualitativos retirados de textos, livros, discursos,

entrevistas, reportagens etc. Não somente isso: é importante o cruzamento entre

esses dois tipos de dados – quantitativos e qualitativos – para uma efetiva geração

de idéias, verificação de hipóteses, fomento de conclusões e para um planejamento

eficiente. Freitas e Janissek (2000, p. 22) trazem na sua obra:

A abordagem literária, dita qualitativa, mas associada às técnicas de análise léxica e de conteúdo [...], pressupõe a análise de poucas fontes ou dados, num procedimento exploratório ou de elaboração de hipóteses. A abordagem mais científica, dita quantitativa, pressupõe grande quantidade de dados num procedimento de confirmação de hipóteses. Há necessidade de se tratar do quantitativo, enriquecendo-o com informações qualitativas em grande número, de forma a ganhar força de argumento e qualidade nas conclusões e relatórios: o desafio é a busca da associação entre o quantitativo e o qualitativo, onde, por exemplo, o procedimento exploratório ganha força, visto que se poderá multiplicar os dados tratados, reforçando sobremaneira (e mesmo garantindo o ‘bom caminho’) o procedimento confirmatório.

Mas qual deveria ser a melhor forma de se aproveitar uma pesquisa

qualitativa? Ou como combinar da melhor forma os dados quantitativos e

qualitativos? Em primeiro lugar, deve-se verificar as especificidades de cada tipo de

dado, ou até mesmo o enfoque dado por cada um.

No qualitativo, a presença ou a ausência de um dado é de significativa

importância dentro da pesquisa, pois o seu enfoque é a busca e a identificação da

freqüência de temas, palavras, expressões, símbolos, sinais, atitudes, enfim,

aspectos subjetivos que estão além das informações quantitativas.

No quantitativo, a preocupação é com que freqüência um dado aparece,

mais ou menos, seguidamente ou não. Mesmo tendo limitações como problemas de

validade, autenticidade do texto, validade de interpretação, competência do analista

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e veracidade dos fatos, a análise qualitativa é muito proveitosa, como Freitas e

Janissek (2000, p. 27) afirmam:

Com o uso conjunto destas técnicas de análise de textos é possível produzir novos dados que podem, por sua vez, ser confrontados especialmente com dados sócio-demográficos, como por exemplo um elenco de reclamações ou sugestões agora vistas por sexo, por faixa etária, por renda, por departamento ou qualquer outro dado mais objetivo ou quantitativo. Antecipar a análise léxica à de conteúdo faria com que a análise de dados se desse de uma maneira plena, ou seja, o uso destas duas técnicas encobre diversas das possibilidades que dali poderiam surgir ou fazer emergir. Ao final de um esforço de análise de dados, poder-se-ia dispor de resultados significativos aplicáveis a uma dada realidade.

Um dos métodos em voga na área de marketing político tem sido o focus

group, ou pesquisas de grupos focais. Aguiar (1998, p. 104-105) define os objetivos

dessa pesquisa: “[...] encorajar os membros de um grupo a falarem sobre temas que

sejam familiares ao grupo e relacionados aos objetivos da pesquisa [...] podem

antecipar tendências de mercado, ocorrendo isto com freqüência nos grupos

organizados para dar elementos ao marketing político, no qual as percepções e as

opiniões mudam com rapidez.” Todavia, nem sempre é possível diante da celeridade

que se constitui uma campanha política a utilização dos grupos focais, sendo,

portanto, mais realizados na consolidação de uma imagem em um maior período de

tempo.

Uma outra das formas de analisar um dado qualitativo é através do seu

léxico. A análise léxica consiste em extrair do texto todas as palavras encontradas

nos depoimentos ou respostas. Segundo Lagarde (1995, p. 144-145 apud FREITAS

e JANISSEK, 2000, p. 31) “O léxico é então, por definição, a lista de todas as formas

gráficas utilizadas, cada qual estando munida de um número de ordem ou

freqüência.” Essa análise averigua ou mede a dimensão das respostas, se

extensivas ou concisas, e trabalha com a hipótese que respostas extensas

demonstram maior interesse.

Embora nem sempre o aparecimento de uma palavra várias vezes não

signifique, necessariamente, uma idéia generalizada. O que ela faz é partir de uma

visão geral e “dissecá-la” em idéias específicas, identificando com maior detalhe as

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citações dos participantes, relacionando-as juntamente com as palavras, para

posteriormente serem analisadas. Esse tipo de análise se dá em dois momentos:

com a contagem de palavras, aproximando e agrupando; e identificando a dimensão

de cada resposta. Mas nem tudo é tão simples, e Lebart e Salem (1994, p. 135-142

apud FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 33) apresentam alguns problemas que podem

aparecer:

Tudo depende de quão sutil é feita a análise pelo pesquisador e da qualidade dos dados (amostra). Uma análise rápida em uma pequena amostra normalmente apresentará problemas de dispersão de um mesmo tema, de uma mesma idéia, até mesmo problemas de sinônimos. O tratamento para tal seria o correto agrupamento de palavras em critérios semelhantes. Nestes casos, as freqüências permitem consolidar a aplicação de um termo ou locução, possibilitando uma análise de contexto onde as categorias identificadas representem a essência das idéias apresentadas.

Outro tipo de análise utilizada pela pesquisa qualitativa é a de conteúdos,

que trabalha textos ou um conjunto de textos. Segundo Krippendorff (1980, apud

FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 37), trata-se de “uma técnica de pesquisa para

tornar replicáveis e validar inferências de dados de um contexto que envolve

procedimentos especializados para processamento de dados de forma científica.

Seu propósito é prover conhecimento, novos insights obtidos a partir destes dados”

Um texto pode refletir uma parte importante do comportamento de uma pessoa, por

isso uma análise de conteúdo deve ser capaz de: tornar replicável um texto; validar

inferências; agregar novos conhecimentos e insights; resumir e organizar

informações; analisar com profundidade cada expressão específica de uma pessoa

ou um grupo em debate, inclusive o que está nas entrelinhas; e observar os motivos

de satisfação/insatisfação, opiniões e a natureza dos problemas apresentados.

Richardson (1999, p. 85) também afirma que:

A análise de conteúdo utiliza como material de estudo qualquer forma de comunicação, usualmente documentos escritos, como livros, periódicos, jornais, mas também pode recorrer a outras formas de comunicação, como programas de radiodifusão, música e pintura. Além disso, presta-se para realizar estudos de caráter comparativo entre os meios de comunicação oriundos de áreas urbanas e rurais.

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66

Trata-se, portanto, de um método de observação indireta: uma dedução

que se faz a partir da leitura numa tentativa de compreender as suas mensagens.

Sua relação com a análise léxica, Freitas e Janissek (2000, p. 38) apresentam:

A descrição do conteúdo é a primeira etapa a ser cumprida, a qual passa pela já citada Análise Léxica pela possibilidade de leitura rápida do conteúdo das respostas através dos resultados tabulados das freqüências das mesmas. Parte-se dos dados qualitativos – fazendo um agrupamento quantitativo – para análise qualitativa novamente.

Além disso, a análise de conteúdo apresenta algumas características

peculiares. Suas regras devem ser pré-estabelecidas que permitam a qualquer um

repetir o processo e encontrar os mesmos resultados. Para isso, ela deve ser

sistemática tanto na ordenação de conteúdo quanto na integração das categorias.

Mesmo com dados quantitativos, ela deve procurar evidenciar os elementos

significativos, calculando a sua freqüência. E, finalmente, existe ainda a

possibilidade durante a análise de classificar o seu objeto investigado de acordo com

o propósito da investigação.

Como o trabalho de pesquisa se dá com diferentes tipos de dados, os

enfoques da análise de conteúdo também podem variar. Ela pode se dá através da

verificação da exploração, que consiste em quantificar os resultados de um objeto

precisamente, quando se sabe o que se busca, ou ainda definindo hipóteses

utilizando-se da intuição e experiência, métodos menos rigorosos e difíceis de serem

padronizados.

O segundo tipo é a análise quantitativa ou qualitativa. Na primeira, a

análise de conteúdo é rígida, sistemática, acumula a freqüência de termos, palavras

e símbolos, e se baseia nas verificações. Enquanto que na segunda, trabalha-se

com hipóteses, presença ou ausência de dados característicos, impressões etc., e

se baseia na flexibilidade.

E, finalmente, o terceiro tipo de análise de conteúdo utiliza-se da análise

direta ou indireta. A primeira é a mais utilizada, com a contabilização das respostas,

tais quais elas aparecem. E a indireta é mais subjetiva: trabalha-se com inferência

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daquilo que ficou subentendido e a abstração. “A interpretação indireta, que vai além

do que é dito, não é algo amparado apenas no qualitativo, ela pode perfeitamente se

apoiar num conteúdo quantificado (e que possa ser destacado como exemplo).”

(FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 43).

Ao ser realizada uma análise de conteúdo, algumas etapas devem ser

respeitadas. A primeira é a definição do universo pesquisado, onde são colocados

os envolvimentos, as limitações, o que deve ser descartado.

A segunda etapa, por sua vez, é chamada de categorização. Nela, são

dimensionadas aquilo que deve ser analisado em função da necessidade de

informação a ser testada. É nessa etapa que acontece o processo de redução do

texto, no qual as suas muitas palavras e expressões são transformadas em poucas

categorias. Estas categorias podem ser definidas de imediato, a priori. Aguiar (1998,

p. 15) afirma que “[...] devem ser levantadas a priori, hipóteses sobre a estrutura das

relações entre as variáveis dependentes e independentes” ou durante o processo de

análise, a posteriori, [...]. “Posteriormente, na análise da pesquisa, são testadas as

hipóteses levantadas a respeito de como as variáveis dependentes que representam

o problema, por meio de testes estatísticos de hipóteses.”

Além disso, elas devem ser exclusivas (um elemento para cada

categoria), exaustivas (percorrer todo o conjunto do texto), objetivas (claras para

atender a diferentes analistas) e pertinentes (estarem de acordo com os propósitos e

conteúdo desejado). Chama-se variável a um conceito qualquer com o qual se está

trabalhando, que representa classes de elementos ou categorias que classificam os

elementos a serem pesquisados em relação a elas.

Para Aguiar (1998, p. 13), “[...] preferência política é uma variável que,

depois de conceituada, poderá ser classificada em tantas categorias quantas forem

construídas para categorizá-la.” Trata-se ao lado da ideologia política, de variáveis

muito complexas, onde o elemento subjetivo está presente todo o tempo. Por conta

disso, é que variáveis quantitativas não são suficientes nem adequadas para

analisar, per si, fenômenos como estes. Aguiar (1998, p. 17-18) afirma que:

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Atitudes e comportamentos considerados mais estáveis e profundos da personalidade dos consumidores só podem ser abordados com profundidade numa pesquisa quantitativa por amostragem se forem realizadas previamente pesquisas ditas qualitativas, tais como grupos focais ou entrevistas em profundidade. Pode-se, depois de corretamente formuladas, medir essas atitudes com questões simples ou de múltipla escolha ou ainda escalas.

A etapa seguinte é a escolha das unidades de análise, que podem ser

diversamente classificadas. Pode ser por: palavras, tema, personagens e

características espaciais ou temporais. Ou ainda por: amostras, registro e contexto.

Cada classificação possui, de acordo com vários autores7, um significado específico.

As palavras são mais desagregadas, que expressam situações temporais e

situacionais. Os temas são expressões manipuláveis que expressam afirmações de

um sujeito. Os personagens são elementos de características distintas. As

características espaciais ou temporais é o cruzamento entre um número de dados

específicos com o conjunto total das idéias apresentadas. Se amostrais, as unidades

são partes independentes de uma observação real. Quando do registro, aparecem

em segmentos específicos dentro de uma categoria, que podem ser analisadas

separadamente. E as unidades de contexto são limites de informação que ao ser

examinado caracteriza uma unidade de registro.

Finalmente, a quantificação é a última etapa da análise de conteúdo e tem

como objetivo “[...] permitir o relacionamento das características dos textos

combinadas ao universo estudado.” (FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 48).

Como pôde ser visto, a análise de conteúdo possui um valor muito grande

quando da análise em uma pesquisa. Ela dá confiabilidade por ser objetiva,

apresentar resultados independentes dos instrumentos, e servir de base concreta

para inferências, tomada de decisões, comprovação de um fato etc. Além disso, em

meio a tantas pesquisas não confiáveis, principalmente na área política, ela

apresenta uma validade lógica, pois tanto descreve quantitativamente um

determinado problema, como reproduz fielmente a realidade dos fatos. Em se

tratando de dados subjetivos, sujeitos a vários tipos de interpretação, ela procura

7 Lebart, Salem, Perrien, Chéron, Zins, Krippendorff, Freitas e Janissek.

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descobrir todos os tipos de inferências possíveis para aqueles dados. Enfim, sua

validade empírica gera conclusões em cima de interpretações prudentes e humildes.

A questão da validação, principalmente num processo político, onde uma

pesquisa pode determinar o sucesso ou o fracasso de um candidato, é muito

importante. A pesquisa deve refletir efetivamente o fenômeno social ao qual se

refere. Silverman (1993, p. 156-157 apud FREITAS e JANISSEK, 2000, p. 52-53)

apresenta duas formas de validação para a pesquisa qualitativa: “[...] a ‘triangulação’

(comparar diferentes tipos de dados, quanti e qualitativos, obtidos pelo uso de

diferentes métodos, como observação e entrevistas, de forma a ver se um corrobora

o outro) e a ‘validação pelo respondente’ (agregando as descobertas de um aos

temas sendo estudados pelos outros e mesmo avaliando sua reação.”

Uma pesquisa confiável é aquela que em circunstâncias análogas,

qualquer analista chegaria a uma mesma conclusão. Uma pesquisa autêntica não

pode temer revisões, sindicâncias etc., pelo contrário, isso só irá aumentar a

confiabilidade da sua análise. A pesquisa, portanto, principalmente quando se

tratando da análise de conteúdo de uma pesquisa qualitativa, deve possuir uma

capacidade de ser reproduzida, tanto por sua estabilidade quanto por sua exatidão.

Para Richardson (1999, p. 87), confiabilidade significa que:

Esse critério indica a capacidade que devem ter os instrumentos utilizados de produzir medições constantes quando aplicados a um mesmo fenômeno. A confiabilidade externa refere-se à possibilidade de outros pesquisadores, utilizando instrumentos semelhantes, observarem fatos idênticos e a confiabilidade interna refere-se à possibilidade de outros pesquisadores fazerem as mesmas relações entre os conceitos e os dados coletados com iguais instrumentos.

Embora a análise de conteúdo possa vir a ser utilizada em qualquer tipo

de pesquisa verbal, é no marketing político, onde ela mais apresenta resultados

significativos. Até mesmo de um debate eleitoral pode-se extrair informações ao se

estabelecer quem disse o que, de que forma, com que intensidade, palavras de

ordem etc. A propaganda política a partir daí pode reforçar idéias, anular propostas

adversárias, dizer o que o povo quer escutar, ou seja, todo um conjunto de tomada

de decisões para o marketing, com subsídios concretos.

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70

Outro dos métodos utilizados na área de marketing político é o derivado

do método do júri. Baseia-se no julgamento que um grupo de eleitores (júri) faz das

declarações e pronunciamentos que devem expressar a opinião pessoal de

aprovação ou desaprovação de membros de um outro grupo; típico de 25 a 50

eleitores ao serem induzidos a se manifestarem sobre temas relacionados às

eleições, tais como: candidatos, propaganda eleitoral veiculada, política em geral,

etc., monitorado por um debatedor/facilitador, especialista em análise de grupos.

Sem ser de seu conhecimento, pelo menos teoricamente, os membros desse grupo

típico são observados pelos membros do júri, e em alguns casos pelo próprio

candidato e/ou assessores.

A técnica de pesquisa empregada pode ser a entrevista pessoal dos

membros do júri ou pede-se ao júri para votar os comentários gerados pela

discussão dos membros do grupo típico de eleitores observado. Os dados assim

obtidos são depois analisados de acordo com a idade, sexo, grau de instrução,

renda e ocupação dos membros do júri e do grupo típico.

A grande vantagem do método com júri de eleitores é que ele tende a

separar os bons e maus elementos de uma propaganda eleitoral e as propagandas

eleitorais muito fracas das muito boas.

Das desvantagens, a mais crítica é quanto à representatividade do júri e

do grupo típico de eleitores escolhidos, dados o seu tamanho reduzido em relação

ao total de eleitores. A segunda é a possibilidade dos membros do júri e do grupo

típico (respondentes) se arvorarem de técnicos (especialistas) e as suas reações

não serem próprias e sim as que eles atribuem aos outros. Outra desvantagem seria

uma classificação, por parte do respondente, baseada em detalhes sem importância

e, finalmente, o alto custo financeiro da pesquisa e tempo gasto para seu

planejamento e execução.

Por fim, a técnica viewfacts onde trabalha-se com grupos de discussão

semelhante ao júri, com cerca de 80 pessoas e mesmo perfil da população-alvo,

para assistir a programas gravados que serão veiculados na mídia, cada um munido

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de um controle remoto. No decorrer da exposição os participantes apertam botões

que revelam suas sensações de agrado ou desagrado para as cenas e falas vistas.

No caso do candidato, as respostas testam a aceitabilidade ou não da sua

mensagem e imagem pelo eleitorado.

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3 DECIFRANDO MENSAGENS CIFRADAS

As pesquisas de opinião pública política são utilizadas para captar a

intenção e rejeição de votos dos eleitores. Realizadas geralmente através do método

do questionário, com perguntas espontâneas e estimuladas, medem a lembrança

(recall) da imagem que o marketing do candidato criou, positiva ou negativamente,

em suas mentes.

Os cruzamentos da intenção e rejeição de voto (espontânea ou

estimulada) permitem identificar, tanto a presença de eleitores fidelizados (ou votos

cristalizados) do candidato, para pesquisas realizadas muito antes das eleições,

quanto monitorar o seu desempenho, em uma série de levantamentos sucessivos,

ou seja, aferir a eficiência e a eficácia do marketing utilizado pelo candidato antes e

durante a campanha eleitoral.

Na análise dos resultados (achados) estatísticos, neste trabalho, foca-se a

intenção e rejeição de voto estimulada e espontânea para os diversos pré-

candidatos e candidatos oficiais, ao longo de 12 meses, isto é, tenta-se medir a

satisfação do eleitor (ou consumidor), que é o resultado da interação entre as suas

expectativas e o desempenho percebido do candidato (ou produto), no período de 4

de outubro de 1999 a 25 de setembro de 2000, que precedeu as Eleições Municipais

de 2000, no município de Aracaju/SE.

Das 12 pesquisas analisadas (Quadro 1), seis (6) foram realizadas de

outubro de 1999 a junho de 2000, em nove meses, testando a receptividade junto ao

eleitorado de nomes de prováveis candidatos veiculados na mídia (impressa, falada

e televisiva), e as seis (6) últimas, de julho a setembro de 2000, em três meses, com

os candidatos oficiais de coligações e partidos escolhidos em convenções

municipais até 30 de junho de 2000.

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73

O desempenho dos pré-candidatos e candidatos oficiais quanto a

intenção e rejeição de voto estimulada (ou induzida) e espontânea é apresentado

sob a forma de gráficos (Figuras 2, 3, 4 e 5).

Para tentar compreender as atitudes e comportamento dos eleitores,

foram digitados, processados e analisados dados secundários referentes a 157.515

perguntas de 10.501 questionários aplicados, com a utilização do software SPINHX,

de origem francesa, que permite a análise léxica e de conteúdo de textos, ou seja,

de perguntas abertas texto e a sua quantificação.

Quadro 2 – PESQUISAS ANALISADAS NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000,

EM ARACAJU/SE

DATA PESQUISA

PREFEITO ESTIMULADA

REJEIÇÃO ESTIMULADA

PREFEITO ESPONTÂNEA

REJEIÇÃO ESPONTÂNEA

04 a 07/10/1999 X - X -

12 a 15/12/1999 X X X X

26 a 29/02/2000 X X X X

09 a 13/05/2000 X X X -

07 a 08/06/2000 X X X -

16 a 18/06/2000 X X X X

01 e 02/07/2000 X X X X

20 e 21/07/2000 X X X X

25 e 26/08/2000 X X X X

10/09/2000 X X - -

16/09/2000 X - - - X X 25/09/2000 X X

Fonte: PLANCOL - Planejamento, Consultoria e Planejamento Ltda.;

DATAFOR – Departamento de Pesquisas do Jornal CINFORM – Classificados e Informações Comerciais Ltda.

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4/103/11

3/122/1

1/22/3

1/41/5

31/530/6

30/729/8

28/9

99 00

0

10

20

30

40

50

PREF

EITO

EST

IMU

LAD

A (

%)

42,0

MARCELO

DEDA

DESISTÊNCIA

MCELO D

EDA

DESISTÊNCIA G

AMA

A REELEIÇ

RETOR

MARCELO D

EDA I N Í C

I O

PROPAGANDA TV1º

DEBATE

NA TV

VALADARES

19,6

16,9

AR

ÃONO

...?

12,5

1ª PESQUISAPRÉ-CANDIDATOS

1ª PESQUISA CANDIDATOS

OFICIAIS ALMEIDA

LIMA

...?

PÓS-CONVENÇÕES

...?

PRÉ-CONVENÇÕES

Figura 2 – INTENÇÃO DE VOTO ESTIMULADA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000 EM ARACAJU/SE

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4/103/11

3/122/1

1/22/3

1/41/5

31/530/6

30/729/8

28/9

99 00

0

10

20

30

40

50

REJ

EIÇ

ÃO

EST

IMU

LAD

A (

%)

12,9

MARCELO

DEDA

24,6

1ª PESQUISAPRÉ-CANDIDATOS

1ª PESQUISA CANDIDATOS

OFICIAIS

DESISTÊ

NCIA

MARCELO

DEDA

DESISTÊNCIA

GAMA

A REELEIÇ

ÃO

RETORNO

MARCELO D

EDA

I N Í C

I O

PROPAGANDA TV1º

DEBATE

NA TV ...?

17,0

...?

PÓS-CONVENÇÕES

...?

PRÉ-CONVENÇÕES

Figura 3 – REJEIÇÃO DE VOTO ESTIMULADA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000 EM ARACAJU/SE

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76

4/103/11

3/122/1

1/22/3

1/41/5

31/530/6

30/729/8

28/9

99 00

0

10

20

30

40

50

60

PREF

EITO

ES

PON

TÂN

EA (

%)

1ª PESQUISAPRÉ-CANDIDATOS

1ª PESQUISA CANDIDATOS

OFICIAIS

DESISTÊNCIA

MARCELO DEDA

DESISTÊNCIA G

AMA

A REELEIÇÃO

RETORNO

MARCELO DEDA

I N Í C

I O

PROPAGANDA TV

28,4

MARCELO

DEDA

...? 37,5

...?

PÓS-CONVENÇÕES

...?

PRÉ-CONVENÇÕES

Figura 4 – INTENÇÃO DE VOTO ESPONTÂNEA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000 EM ARACAJU/SE

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77

Figura 5 – REJEIÇÃO DE VOTO ESPONTÂNEA NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000 EM ARACAJU/SE

4/103/11

3/122/1

1/22/3

1/41/5

31/530/6

30/729/8

28/9

99 00

0

10

20

30

40

50

REJ

EIÇ

ÃO

ES

PON

TÂN

EA (

%)

8,5

MARCELO

DEDA

DESISTÊNCIA

MARCELO DEDA DESISTÊNCIA GAMA

A REELEIÇÃO

RETORNO

MARCELO DEDAI N Í C

I O

PROPAGANDA TV

1º DEBATE

NA TV

19,6

11,9

...?

44,2

1ª PESQUISAPRÉ-CANDIDATOS

1ª PESQUISA CANDIDATOS

OFICIAIS

...?

PÓS-CONVENÇÕES

...?

PRÉ-CONVENÇÕES

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3.1 Análise dos Resultados

Os dados analisados das 12 pesquisas de opinião pública política, foram

levantados por dois (02) institutos de pesquisas, para atenderam interesses

específicos de clientes, com a aplicação de questionários diferentes (modelo mais

completo utilizado, em anexo), o que resultou na não avaliação dos mesmos pré-

candidatos e candidatos oficiais, em todas as pesquisas. Assim, não estão

disponíveis em todas as pesquisas dados referentes a intenção e rejeição de voto

dos respondentes eleitores e, principalmente, os “porquês” da escolha do candidato,

o que impossibilita uma análise mais apurada.

3.1.1 Pesquisas pré-convenções A primeira pesquisa de opinião pública política, realizada no período de

04 a 07 de outubro de 1999, um ano antes das Eleições Municipais 2000, tentou

verificar o estado de espírito dos eleitores com relação a alguns nomes citados na

mídia, como prováveis candidatos, através de uma amostra aleatória de tamanho

400 - erro amostral de 5,0% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE B). Os percentuais de

intenção e rejeição de voto espontâneas maiores que nas estimuladas para o

candidato, nesta e demais pesquisas, deve-se a migração de votos para “Outros”

candidatos apresentados nas estimuladas, mas não citados espontaneamente.

Na pesquisa o vereador Adelson Barreto (15,3%) do PPS – Partido

Popular Socialista, o mais votado nas eleições municipais passadas e eleito

deputado federal em 1998, sem contudo assumir o cargo devido a problemas com a

documentação junto ao TRE/SE, a senadora Maria do Carmo Alves (14,8%) do PFL

– Partido da Frente Liberal e esposa do ex-governador João Alves Filho, o deputado

federal Marcelo Deda (12,3%) do PT – Partido dos Trabalhadores e o ex-prefeito

José Almeida Lima (12,0%) do PDT – Partido Democrático Trabalhista lideravam a

intenção de voto estimulada, empatados tecnicamente.

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Eram seguidos pelo candidato a senador derrotado nas eleições gerais de

1998 e ex-prefeito Jackson Barreto (7,2%) do PMDB – Partido do Movimento

Democrático Brasileiro, do deputado estadual Ismael Silva (4,3%) do PV – Partido

Verde, e pelo prefeito João Augusto Gama (1,8%), também do PMDB. Os votos

nulos e brancos atingiram a marca dos 7,0% e os votos dos Indecisos a dos 7,2%. O

PSDB – Partido da Social Democracia Brasileira, partido do governador, não

cogitava lançar candidato, o mesmo acontecendo com os demais partidos

considerados de menor expressão em Sergipe, exceto para o PHS – Partido

Humanista da Solidariedade, com o professor Adelmo Macedo, cujo nome não foi

avaliado.

Nesta pesquisa não se avaliou a rejeição de voto estimulada e

espontânea. Quanto a intenção de voto espontânea foi registrado um nível muito alto

para os Indecisos (50,2%), mas considerado normal para uma pesquisa realizada

doze (12) meses antes das eleições, seguidos de Maria do Carmo (10,5%), José

Almeida Lima (10,0%), Brancos/Nulos (6,3), Jackson Barreto (5,8%), Marcelo Deda

(3,3%), João Augusto Gama (2,8%), Adelson Barreto (1,8%) e Antônio Carlos

Valadares (0,3%).

No final do ano de 1999, de 12 a 15 de dezembro nova pesquisa foi

realizada com 1.212 eleitores - margem de erro de 2,8% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE

B). A senadora Maria do Carmo (26,1%) e o ex-prefeito José Almeida Lima (22,7%),

tecnicamente empatados, disparam na intenção de voto estimulada, seguidos do

deputado federal Marcelo Deda (16,6%), do prefeito João Augusto Gama (8,5%) que

melhora o desempenho. O deputado estadual Ismael Silva (4,3%) é seguido pelo

professor Adelmo Macedo (0,3%), que é agora testado pela primeira vez, e pelo ex-

prefeito Jackson Barreto (0,2%) que despenca. Os votos Brancos/Nulos (7,9%)

permanecem no mesmo patamar e os votos dos Indecisos (4,2%) diminuem. O

deputado estadual Ismael Silva e o professor Adelmo Macedo não participam da

pesquisa. Credita-se às mensagens de fim de ano, com a exposição intensa de

alguns pré-candidatos na mídia, a melhora no desempenho dos mesmos junto ao

eleitorado. A rejeição de voto estimulada mostrou um alto nível de Indecisos

(28,2%), mas considerado normal a dez (10) meses das eleições, mais muito alto

para o prefeito João Augusto Gama (28,0%), seguido de José Almeida Lima (9,1%),

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Maria do Carmo (8,1%), Brancos/Nulos (6,4%), Marcelo Deda (5,4%) e Jackson

Barreto (0,2%). O alto índice de rejeição para o prefeito João Augusto Gama (28,0)

aliado a baixa intenção de voto ((8,5%) já era um indício de problemas para a sua

reeleição, refletindo a imagem de sua administração de três (3) anos criada na

mente dos eleitores. Jackson Barreto (PMDB), com inexpressiva intenção de voto

estimulada e igual a sua rejeição estimulada (0,2%), seria outro candidato com

problemas, provavelmente devido a sua aliança nas eleições de 1998 com o

Governador Albano Franco (PSDB).

Na intenção e rejeição de voto espontâneas o padrão foi o mesmo que se

repetiria na intenção e rejeição de voto estimulada: o prefeito João Augusto Gama

com baixa intenção de voto (5,8%) e alta rejeição de voto (18,5%) espontâneas. No

caso de Jackson Barreto a rejeição espontânea (14,4%) ultrapassou em muito a

intenção espontânea (6,1%).

No início de fevereiro de 2000 o deputado federal Marcelo Deda anuncia

que não é mais candidato e nova pesquisa, entre os dias 26 e 29 de fevereiro, é

realizada com 760 eleitores - erro amostral de 3,6% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE B).

Os resultados continuam favoráveis a Maria do Carmo (19,7%) e a José Almeida

Lima (18,8%), que lideram empatados tecnicamente na intenção de voto estimulada,

seguidos do prefeito João Augusto Gama (11,4%) e do senador Antônio Carlos

Valadares (10,4%) do PSB – Partido Socialista Brasileiro. Os votos Brancos/Nulos

(13,6%) crescem na preferência popular, enquanto os Indecisos (5,1%) permanecem

estacionários. O deputado estadual Ismael Silva (6,6%) cresce um pouco e o

professor Adelmo Macedo (0,3%) é agora testado. O crescimento do prefeito João

Augusto Gama e dos votos Brancos/Nulos é reflexo da desistência do deputado

federal Marcelo Deda, que deixa o eleitor perplexo, sem entender o “porquê.” O

prefeito João Augusto Gama cresce na intenção de voto estimulada, mas sobe

também na rejeição de voto estimulada (23,3%), ultrapassando os Indecisos

(19,7%), Brancos/Nulos (11,4%), Ismael Silva (8,7%), José Almeida Lima (8,2%),

Maria do Carmo (6,8%), Antônio Carlos Valadares (4,9%) e Adelmo Macedo (3,0%).

Na intenção de voto espontânea, em relação à pesquisa anterior, os

Indecisos (40,1%) caem, seguidos dos Brancos/Nulos (22,4%), José Almeida Lima

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(13,0%), João Augusto Gama (8,8%), Maria do Carmo (3,4%), Marcelo Deda (2,4%),

Antônio Carlos Valadares (1,2%), Ismael Silva (0,8%) e “Outros” (7,9%). No tocante

a rejeição de voto espontânea os Indecisos (29,1%) caem, seguidos de João

Augusto Gama (39,6%) que continua subindo, Jackson Barreto (14,4%),

Brancos/Nulos (6,2%), José Almeida Lima (5,7%), Maria do Carmo (3,1%), Marcelo

Deda (1,2%), Antônio Carlos Valadares (0,5%), Ismael Silva (0,3%) e “Outros”

(24,3%).

Nos dias 9 a 13 de maio de 2000 foram ouvidos 740 entrevistados - erro

amostral de 3,6% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE B). Os resultados mostraram que o ex-

prefeito José Almeida Lima continuava liderando nas pesquisas (22,8%) empatado

tecnicamente, na intenção de voto estimulada, com o prefeito João Augusto Gama

(21,2%), cerca de 70 dias após a última pesquisa, intervalo de tempo em que o

prefeito marcou pesadamente a sua presença na mídia através de propaganda

sobre a realização de suas obras, seguido do crescimento dos votos Brancos/Nulos

(17,0%), e do decrescimento da senadora Maria do Carmo (13,1%), do senador

Antônio Carlos Valadares (8,5%) e do voto dos Indecisos (8,9%) que aumentou. O

professor Adelmo Macedo (0,3%) permaneceu com o mesmo percentual anterior e o

deputado estadual Ismael Silva não foi citado. Quando comparados com a pesquisa

anterior na rejeição de voto estimulada os Indecisos (31,9%) sobem mais, seguidos

de João Augusto Gama que cai um pouco (18,6%), José Almeida Lima (11,6%),

Maria do Carmo (10,0%), Antônio Carlos Valadares (7,3%), Adelmo Macedo (2,8%)

e ”Outros” (17,7%).

Na intenção de voto espontânea os Brancos/Nulos (20,1%) ultrapassam

os Indecisos (19,3%), seguidos por João Augusto Gama (16,5%), José Almeida Lima

(15,9%), Marcelo Deda (5,5%), Antônio Carlos Valadares (4,0%), Maria do Carmo

(3,2%), Ismael Silva (0,7%) e “Outros” (14,7%). Não se pesquisou a rejeição

espontânea.

Em 7 e 8 de junho de 2001, um mês depois, agora com o retorno do

deputado federal Marcelo Deda à corrida eleitoral, nova pesquisa ouviu outros 740

entrevistados - margem de erro de 3,6% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE B). Os números,

para a intenção de voto estimulada, mostraram a perplexidade do eleitorado quanto

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ao retorno do deputado federal Marcelo Deda (15,0%), refletidos pelo crescimento

dos votos Brancos/Nulos (26,5%), dos Indecisos (13,0%), quedas de Almeida Lima

(15,4%) e do prefeito João Augusto Gama (15,3%) e crescimento do senador

Antônio Carlos Valadares (12,4%), que agora conta com o apoio da senadora Maria

do Carmo do PFL. Na rejeição de voto estimulada os Indecisos (40,8%) crescem e

João Augusto Gama (20,4%) permanece no mesmo patamar, seguidos de Ismael

Silva (9,7%), Antônio Carlos Valadares (9,6%) José Almeida Lima (7,7%), Marcelo

Deda (6,5%) e Adelmo Macedo (5,3%).

A intenção de voto espontânea mostra os Indecisos (30,4%) crescendo

muito, seguidos dos Brancos/Nulos (23,2%) que crescem menos, João Augusto

Gama (13,6%), José Almeida Lima (11,2%), Marcelo Deda (10,4%), Antônio Carlos

Valadares (5,4%), Ismael Silva (0,7%), Adelmo Macedo (0,3%) e “Outros” (4,7%). A

rejeição de voto espontânea não foi pesquisada.

Passado o impacto da renúncia do prefeito João Augusto Gama ao seu

projeto de concorrer a reeleição anunciada oficialmente em 15 de junho de 2000,

mas especulada desde o retorno do deputado federal Marcelo Deda, nova pesquisa

foi realizada com 661 entrevistados - erro amostral de 3,8% (Figuras 2 a 5;

APÊNDICE B), nos dias 16 a 18 de junho de 2000. Os números mostraram um

empate técnico, na intenção de voto estimulada, entre o deputado federal Marcelo

Deda (29,5%) e o ex-prefeito José Almeida Lima (28,6%), seguidos do senador

Antônio Carlos Valadares (16,2%), Brancos/Nulos (11,8%) e Indecisos (8,0%). O

deputado estadual Ismael Silva (1,9%) desceu na intenção de voto do eleitorado e o

professor Adelmo Macedo (0,5%) permaneceu no mesmo patamar anterior.

Assentada parte da poeira, a rejeição estimulada mostra uma queda para cerca da

metade dos Indecisos (21,6%), e uma rejeição muito alta para Marcelo Deda (16,9%)

o que evidencia que o leitor não havia assimilado muito bem a sua desistência e

retorno, sendo seguido por José Almeida Lima (14,5%), Antônio Carlos Valadares

(13,8%), Brancos/Nulos (13,2%) e “Outros” (20,0%).

A intenção de voto espontânea registra uma alta para os Indecisos

(39,0%), seguidos dos Brancos/Nulos (16,6%), José Almeida Lima (15,4%), Marcelo

Deda (10,3%), Antônio Carlos Valadares (5,1%) e “Outros” 13,5%). A rejeição de

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voto espontânea para os Indecisos (46,0%) atinge um nível muito elevado, dado a

proximidade das eleições, seguidos de João Augusto Gama (10,4%), Brancos/Nulos

(9,1%), José Almeida Lima (6,2%), Marcelo Deda (4,7%), Antônio Carlos Valadares

(4,2%), Ismael Silva (0,5%) e “Outros” (18,9%).

3.1.2 Pesquisas pós-convenções

Com o PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro sem

candidato para substituir o prefeito João Augusto Gama e sendo 05 de julho de 2000

o fim do prazo para os partidos registrarem seus candidatos aprovados em

convenções, o PPS – Partido Popular Socialista lança a candidatura do vereador

Adelson Barreto, que prefere concorrer a reeleição para vereador.

Em pesquisa realizada nos dias 01 e 02 de julho de 2000 com 686

eleitores - margem de erro de 3,7% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE B), os dados

mostraram um empate técnico, na intenção de voto estimulada, entre Marcelo Deda

(24,9%) e Adelson Barreto (20,4%) e outro empate técnico entre este último e José

Almeida Lima (19,5%), com o senador Antônio Carlos Valadares (11,8%) na terceira

posição, seguido dos Brancos/Nulos (9,2%) e Indecisos (8,0%). O deputado estadual

Ismael Silva e o professor Adelmo Macedo não participaram da pesquisa. A entrada

do candidato Adelson Barreto no processo evidenciou uma migração de votos para

este, dos outros candidatos avaliados na pesquisa anterior, principalmente de José

Almeida Lima (9,1%), seguido por Marcelo Deda (4,6%), Antônio Carlos Valadares

(4,4%) e votos Brancos/Nulos (2,7%). Na rejeição de voto estimulada os Indecisos

(44,5%) mais que dobram, seguidos de Antônio Carlos Valadares (16,0%), José

Almeida Lima (13,4%), Marcelo Deda (11,5%), Brancos/Nulos (9,2%) e Adelson

Barreto (5,4%).

A intenção de voto espontânea mostra os Indecisos (39,5%) no mesmo

nível anterior, seguidos dos Brancos/Nulos (14,9%), Marcelo Deda (13,1%), José

Almeida Lima (13,1%), Antônio Carlos Valadares (6,0%), Adelson Barreto (5,8%) e

“Outros” 7,6%). A rejeição de voto espontânea trás os Indecisos (41,4%) na mesma

ordem de grandeza da anterior, seguidos de José Almeida Lima (8,7%),

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Brancos/Nulos (7,0%), Antônio Carlos Valadares (5,7%), Marcelo Deda (4,2%),

Adelson Barreto (1,5%) e “Outros” (31,5%).

Após a definição do quadro sucessório com os candidatos oficiais e início

da propaganda eleitoral nas ruas da cidade, por meio de carros de som, panfletos e

carreatas, nos dias 20 e 21 de julho de 2000 foi realizada nova pesquisa com 702

respondentes - erro amostral de 3,7% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE B). Os dados

revelaram um empate técnico, na intenção de voto estimulada, entre José Almeida

Lima (28,8%), Marcelo Deda (24,5%) e Antônio Carlos Valadares (23,8%), e os

candidatos Ismael Silva (4,7%) e Adelmo Macedo (0,7%) como peças do jogo fora

do tabuleiro da sucessão. A rejeição de voto estimulada para os Indecisos (27,9%)

apresenta uma queda significativa, seguidos de Antônio Carlos Valadares (16,2%),

Marcelo Deda (13,7%), José Almeida Lima (12,7%), Ismael Silva (12,5%), Adelmo

Macedo (11,4%) e Brancos/Nulos (5,6%).

Na intenção de voto espontânea os Indecisos (38,5%) não mudam de

nível, seguidos de José Almeida Lima (17,1%), Antônio Carlos Valadares (13,8%),

Brancos/Nulos (12,7%), Marcelo Deda (12,4%), João Augusto Gama (1,3%), Ismael

Silva (0,6%) e “Outros” (3,7%). Quanto a rejeição de voto espontânea os Indecisos

(41,7%) permanecem estáveis, seguidos de José Almeida Lima (9,0%), Antônio

Carlos Valadares (8,5%), Marcelo Deda (6,8%), Ismael Silva (6,6%), Adelmo

Macedo (1,7%) e “Outros” (25,6%).

Em 25 e 26 de agosto de 2000, acerca de dez dias após o início da

propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV, nova pesquisa ouviu 1.109 eleitores -

margem de erro de 2,9% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE B). Na ocasião os novos

números, da intenção de voto estimulada, colocavam pela primeira vez o candidato

Antônio Carlos Valadares (29,7%) assumindo a liderança, estatisticamente diferente

dos candidatos Marcelo Deda (22,9%) e José Almeida Lima (22,4%), estes últimos

empatados tecnicamente, e que os candidatos Ismael Silva (1,1%) e Adelmo

Macedo (1,0%) disputam no pleito o último lugar. A rejeição de voto estimulada trás

os Indecisos (24,4%) decrescendo, Antônio Carlos Valadares (17,2%) mantendo a

liderança, seguidos de José Almeida Lima (14,8%), Ismael Silva (14,1%), Marcelo

Deda (11,4%), Adelmo Macedo (11,1%) e Brancos/Nulos (7,0%).

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Na intenção de voto espontânea os Indecisos (37,5%) continuam

liderando e no mesmo nível da anterior, seguidos de Antônio Carlos Valadares

(22,0%), Marcelo Deda (16,7%), José Almeida Lima (16,4%), Brancos/Nulos (5,2%),

Adelmo Macedo (0,6%), Ismael Silva (0,6%) e “Outros” (0,9%). A rejeição de voto

espontânea continua com os Indecisos (45,9%), com Antônio Carlos (14,2%)

decrescendo um pouco, seguidos de José Almeida Lima (11,9%), Ismael Silva

(8,6%), Marcelo Deda (7,4%), Adelmo Macedo (5,0%) e “Outros” (7,1%).

Quinze dias após a pesquisa anterior, em 10 de setembro de 2000 foram

ouvidos 1.146 cidadãos - erro amostral de 2,9% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE B), e o

candidato Marcelo Deda (34,2%) galgou pela primeira vez, matematicamente, a

primeira posição, mas empatado tecnicamente, na intenção de voto estimulada, com

o candidato Valadares (30,3%), ambos distanciados do candidato José Almeida

Lima (22,9%), e os candidatos Ismael Silva e Adelmo Macedo praticamente

estagnados. A rejeição de voto estimulada mostra Antônio Carlos Valadares (28,7%)

liderando com o dobro da rejeição anterior, seguidos de José Almeida Lima (21,5%),

Ismael Silva (14,7%), Adelmo Macedo (11,7%), Marcelo Deda (10,2%), Indecisos

(10,0%) caindo para mais da metade da anterior e Brancos/Nulos (3,1%). Os dados

de intenção e de rejeição estimuladas esboçam uma provável definição do

eleitorado. A pesquisa não registrou a intenção e rejeição de voto espontâneas.

Quando do 1º debate entre os candidatos promovido pelo SISTEMA

ATALAIA DE COMUNICAÇÃO LTDA., em 16 de setembro de 2000, foram

entrevistados 1.157 eleitores - margem de erro de 2,9% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE

B), no horário das 14:00 às 18:00 horas, cerca de metade deles no horário do

próprio debate, das 14:00 às 16:00 horas, e o restante nas últimas duas horas,

sendo registrado apenas a intenção de voto estimulada. Os números colhidos, na

intenção de voto estimulada, indicavam agora um crescimento menos acentuado

para o candidato Marcelo Deda (37,8%), e um decrescimento vertiginoso na

intenção de voto para os candidatos Antônio Carlos Valadares (20,8%) e José

Almeida Lima (15,0%), além de um substancial aumento no número de Indecisos

(14,5%), quando comparados com os valores obtidos na pesquisa anterior.

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Encerrando a série de pesquisas de opinião pública política para o 1º

Turno das Eleições 2000 no município de Aracaju/SE, em 25 de setembro de 2000,

foram entrevistados pela PLANCOL / TV ATALAIA 1.188 eleitores - erro amostral de

2,8% (Figuras 2 a 5; APÊNDICE B), com os números mostrando, na intenção de

voto estimulada, que o candidato Marcelo Deda (42,0%) continuou crescendo na

mesma proporção do período anterior, com os candidatos Antônio Carlos Valadares

(19,7%) e José Almeida Lima (16,7%) empatados tecnicamente, e que os candidatos

Ismael Silva (1,2%) e Adelmo Macedo (1,6%) estavam definitivamente fora da

disputa pela Prefeitura Municipal de Aracaju nas Eleições 2000. Na rejeição de voto

estimulada Antônio Carlos Valadares (22,6%) cai um pouco mas continua sendo o

mais rejeitado, seguido agora por Ismael Silva (16,8%), José Almeida Lima (15,7%),

Adelmo Macedo (13,2%), Indecisos (12,3%), Marcelo Deda (10,2%) e Brancos/Nulos

(9,3%).

Na intenção de voto espontânea os Indecisos (37,4%) se mantêm na

liderança, com Marcelo Deda (28,5%) assumindo a 2ª posição, seguido por Antônio

Carlos Valadares (16,4%), José Almeida Lima (11,4%), Brancos/Nulos (4,6%),

Adelmo Macedo (1,2%) e Ismael Silva (0,6%). A rejeição de voto espontânea

continua liderada pelos Indecisos (44,2%), seguidos de Antônio Carlos Valadares

(19,6%), José Almeida Lima (11,9%), Marcelo Deda (8,5%) Ismael Silva (7,1%),

Adelmo Macedo (4,2%), Brancos/Nulos (3,7%) e “Outros” (0,8%).

Uma simples inspeção visual da Figura 2 mostra, dentre outras coisas,

que na última pesquisa PLANCOL / TV ATALAIA, em 25 de setembro de 2000, a

intenção de voto do eleitor Aracajuano para o candidato Marcelo Deda (42,0%)

supera matematicamente a dos demais candidatos (39,2%) juntos, e que o

candidato Marcelo Deda podia ganhar as eleições no 1º Turno, o que de fato

ocorreu.

3.1.3 Motivos para intenção e rejeição de voto O objetivo principal das 12 pesquisas de opinião pública política

analisadas, pertencentes a dois institutos de pesquisa diferentes e realizadas para

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atender a interesses de clientes também distintos, era quantificar a intenção e

rejeição estimuladas de voto do eleitor, e não tentar captar os motivos, os porquês

da intenção e rejeição, ou seja, as pesquisas tinham finalidade apenas comercial.

Por uma solicitação do mestrando, os institutos de pesquisas incluíram em oito dos

instrumentais das pesquisas (questionários), perguntas específicas sobre a

motivação, mas os entrevistadores foram instruídos a não perderam tempo com os

entrevistados visando extrair o máximo de informação. Este procedimento resultou

na coleta de dados de forma superficial e incompleta.

Mesmo assim, foi possível realizar uma análise léxica das respostas, tanto

para os motivos da intenção quanto para os da rejeição, dadas para todos os

candidatos (Quadros 3, 4, 5, 6, 7, 8 e APÊNDICE B). A ausência de informações

sobre o candidato em qualquer das oito pesquisas deve-se ao fato do mesmo não

ter sido objeto de avaliação na pesquisa.

Para efeito de análise dos resultados das pesquisas (Quadros 3 a 8),

utilizando o desempenho do candidato Marcelo Deda, vitorioso no 1º Turno das

Eleições 2000, pode-se dividir este período de 12 meses que antecedeu as eleições,

em quatro fases. Na primeira fase, de outubro de 1999 a fevereiro de 2000, como

provável candidato veiculado na mídia, observa-se que a maioria do eleitorado o

considera como sendo um bom deputado ou bom político, e o melhor candidato

entre os citados.

A segunda fase começa em fevereiro de 2000 com Marcelo Deda

declarando que não sairia candidato ao executivo municipal, e se prolonga até maio

de 2000, com a desistência do prefeito Gama a reeleição, quando Marcelo Deda

volta a assumir novamente a candidatura. Provavelmente essa sua atitude decorreu

de um acordo com o então Prefeito Gama, um aliado político de longa data

pertencente ao grupo do Deputado Jackson Barreto, numa tentativa de fazer a sua

reeleição decolar, o que não se verificou, em que pese toda a propaganda oficial da

prefeitura veiculada neste período mostrando as suas realizações e obras. O fato é

que o eleitorado não entendeu a desistência pura e simples sem muitas explicações

– na realidade uma estratégia política - e nas pesquisas realizadas neste período a

sua rejeição chegou a atingir a marca dos 40%.

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Na terceira fase, de maio a agosto de 2000, com a desistência de Gama a

reeleição, Marcelo Deda volta a ser candidato. Com a liberação da propaganda

eleitoral nas ruas da cidade, por meio de carros de som e distribuição de panfletos,

ele continua nas pesquisas apontado como sendo o melhor candidato, o que tem as

melhores propostas e o que representa o novo na política sergipana e aracajuana. A

sua rejeição cai vertiginosamente, e volta a representar, basicamente, a rejeição dos

não eleitores do PT. No entanto, a intenção de voto estimulada do eleitor nos

candidatos Antônio Carlos Valadares e José Almeida Lima, acima dos 20%,

ultrapassam isoladamente a sua, em vários momentos.

Na quarta fase, com o início da propaganda eleitoral gratuita na TV e

rádio, no mês de agosto de 2000, o candidato Marcelo Deda consolida a sua

candidatura como a candidatura da mudança em detrimento das candidaturas dos

candidatos Antônio Carlos Valadares e José Almeida Lima, que são rotulados e

vendidos ao eleitor pelo PT e pelo candidato Marcelo Deda como candidatos da

mesmice. Essa aceitação maciça pode ser atribuída ao fato do ex-prefeito de

Aracaju Almeida Lima e do ex-governador e Senador Antônio Carlos Valadares,

praticamente passarem a usar a mídia eletrônica, principalmente o tempo de TV,

apenas para trocarem acusações mútuas sobre qual dos candidatos estaria

recebendo o apoio do Governador Albano Franco, do ex-governador João Alves e

da Senadora Maria do Carmo, ou seja, cada um deles tentando impingir ao outro a

imagem de candidato chapa branca ou candidato oficial, o que facilitou a aceitação

pelo eleitorado do slogan da mesmice veiculado pelo PT, porque o candidato

Marcelo Deda não entrou no bate-boca e, acertadamente, permaneceu a margem

desse processo, durante toda a campanha, vendendo a sua imagem de o novo na

política sergipana e aracajuana.

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89

DATA INTENÇÃO DÉDAMelhor candidato/Melhor proposta

Para mudarBom deputado/Bom político

É do PTGosto dele

TOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

18,2% ( 8) 35,4% ( 52) 0,0% ( 0) 37,1% ( 26) 33,3% ( 28) 23,8% ( 15) 21,1% ( 28) 33,9% ( 108) 30,8% ( 265) 15,9% ( 7) 15,0% ( 22) 0,0% ( 0) 14,3% ( 10) 14,3% ( 12) 27,0% ( 17) 31,6% ( 42) 43,6% ( 139) 29,0% ( 249)

40,9% ( 18) 23,1% ( 34) 0,0% ( 0) 18,6% ( 13) 19,0% ( 16) 9,5% ( 6) 27,1% ( 36) 8,2% ( 26) 17,3% ( 149) 13,6% ( 6) 10,2% ( 15) 0,0% ( 0) 17,1% ( 12) 19,0% ( 16) 20,6% ( 13) 16,5% ( 22) 4,7% ( 15) 11,5% ( 99) 11,4% ( 5) 16,3% ( 24) 0,0% ( 0) 12,9% ( 9) 14,3% ( 12) 19,0% ( 12) 3,8% ( 5) 9,7% ( 31) 11,4% ( 98) 100% ( 44) 100% ( 147) 0,0% ( 0) 100% ( 70) 100% ( 84) 100% ( 63) 100% ( 133) 100% ( 319) 100% ( 860)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 860 citações.

Quadro 3 – MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO MARCELO DEDA ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000, EM ARACAJU/SE

DATA REJEIÇÃO DÉDA

Não voto no PTNão gosto dele

Não conheço suas propostasNão é bom candidato

Deve continuar como deputadoTOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 17,5% ( 7) 0,0% ( 0) 32,0% ( 8) 34,5% ( 10) 30,8% ( 12) 16,4% ( 9) 28,6% ( 26) 25,8% ( 72) 0,0% ( 0) 32,5% ( 13) 0,0% ( 0) 28,0% ( 7) 17,2% ( 5) 12,8% ( 5) 29,1% ( 16) 23,1% ( 21) 24,0% ( 67) 0,0% ( 0) 27,5% ( 11) 0,0% ( 0) 20,0% ( 5) 24,1% ( 7) 38,5% ( 15) 23,6% ( 13) 20,9% ( 19) 25,1% ( 70) 0,0% ( 0) 20,0% ( 8) 0,0% ( 0) 12,0% ( 3) 17,2% ( 5) 12,8% ( 5) 14,5% ( 8) 15,4% ( 14) 15,4% ( 43) 0,0% ( 0) 2,5% ( 1) 0,0% ( 0) 8,0% ( 2) 6,9% ( 2) 5,1% ( 2) 16,4% ( 9) 12,1% ( 11) 9,7% ( 27) 0,0% ( 0) 100% ( 40) 0,0% ( 0) 100% ( 25) 100% ( 29) 100% ( 39) 100% ( 55) 100% ( 91) 100% ( 279)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 279 citações.

Quadro 4 – MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO MARCELO DEDA ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000, EM ARACAJU/SE

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90

DATA INTENÇAO ALMEIDA

Bom administradorMelhor candidato/Melhor proposta

Gosto deleBom políticoPara mudar

TOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

78,6% ( 44) 82,3% ( 144) 82,2% ( 97) 82,2% ( 60) 79,2% ( 61) 74,3% ( 75) 69,9% ( 95) 70,9% ( 83) 77,3% ( 659) 5,4% ( 3) 11,4% ( 20) 11,0% ( 13) 9,6% ( 7) 15,6% ( 12) 12,9% ( 13) 19,1% ( 26) 16,2% ( 19) 13,2% ( 113) 3,6% ( 2) 2,9% ( 5) 3,4% ( 4) 6,8% ( 5) 5,2% ( 4) 9,9% ( 10) 8,8% ( 12) 10,3% ( 12) 6,3% ( 54) 3,6% ( 2) 1,7% ( 3) 2,5% ( 3) 1,4% ( 1) 0,0% ( 0) 3,0% ( 3) 2,2% ( 3) 0,9% ( 1) 1,9% ( 16) 8,9% ( 5) 1,7% ( 3) 0,8% ( 1) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 1,7% ( 2) 1,3% ( 11)

100% ( 56) 100% ( 175) 100% ( 118) 100% ( 73) 100% ( 77) 100% ( 101) 100% ( 136) 100% ( 117) 100% ( 853) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 853 citações.

Quadro 5 – MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO JOSÉ ALMEIDA LIMA ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000, EM ARACAJU/SE

DATA REJEIÇÃO ALMEIDA

Mau administradorNão gosto dele

Mau políticoApoiado por Albano

Fala mal dos outros candidatosTOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 50,0% ( 22) 45,2% ( 14) 48,5% ( 16) 45,3% ( 24) 38,1% ( 16) 43,4% ( 36) 35,5% ( 39) 42,2% ( 167) 0,0% ( 0) 31,8% ( 14) 38,7% ( 12) 21,2% ( 7) 20,8% ( 11) 38,1% ( 16) 31,3% ( 26) 36,4% ( 40) 31,8% ( 126) 0,0% ( 0) 4,5% ( 2) 12,9% ( 4) 12,1% ( 4) 15,1% ( 8) 11,9% ( 5) 16,9% ( 14) 12,7% ( 14) 12,9% ( 51) 0,0% ( 0) 6,8% ( 3) 3,2% ( 1) 6,1% ( 2) 15,1% ( 8) 7,1% ( 3) 8,4% ( 7) 8,2% ( 9) 8,3% ( 33) 0,0% ( 0) 6,8% ( 3) 0,0% ( 0) 12,1% ( 4) 3,8% ( 2) 4,8% ( 2) 0,0% ( 0) 7,3% ( 8) 4,8% ( 19) 0,0% ( 0) 100% ( 44) 100% ( 31) 100% ( 33) 100% ( 53) 100% ( 42) 100% ( 83) 100% ( 110) 100% ( 396)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 396 citações.

Quadro 6 – MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO JOSÉ ALMEIDA LIMA ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000, EM ARACAJU/SE

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91

DATA INTENÇÃO VALADARES

Bom administradorMelhor candidato/Melhor proposta

Gosto deleBom político

TOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 62,9% ( 44) 48,5% ( 16) 48,4% ( 15) 49,4% ( 41) 54,5% ( 85) 42,7% ( 73) 50,4% ( 274) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 24,3% ( 17) 45,5% ( 15) 32,3% ( 10) 25,3% ( 21) 28,2% ( 44) 35,1% ( 60) 30,7% ( 167) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 5,7% ( 4) 3,0% ( 1) 6,5% ( 2) 18,1% ( 15) 12,2% ( 19) 11,7% ( 20) 11,2% ( 61) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 7,1% ( 5) 3,0% ( 1) 12,9% ( 4) 7,2% ( 6) 5,1% ( 8) 10,5% ( 18) 7,7% ( 42) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 100% ( 70) 100% ( 33) 100% ( 31) 100% ( 83) 100% ( 156) 100% ( 171) 100% ( 544)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 544 citações.

Quadro 7 – MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ANTÔNIO CARLOS VALADARES ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000, EM ARACAJU/SE

DATA REJEIÇÃO VALADARES

Mau administradorNão gosto dele

Fala mal dos outros candidatosMau político

Criou a CPMFApoiado por João e Maria

TOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 18,2% ( 2) 11,8% ( 2) 35,0% ( 7) 42,9% ( 18) 39,6% ( 36) 30,4% ( 59) 33,1% ( 124) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 45,5% ( 5) 35,3% ( 6) 30,0% ( 6) 28,6% ( 12) 23,1% ( 21) 27,3% ( 53) 27,5% ( 103) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 18,2% ( 2) 17,6% ( 3) 20,0% ( 4) 14,3% ( 6) 13,2% ( 12) 20,6% ( 40) 17,9% ( 67) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 18,2% ( 2) 5,9% ( 1) 15,0% ( 3) 7,1% ( 3) 13,2% ( 12) 11,9% ( 23) 11,7% ( 44) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 17,6% ( 3) 0,0% ( 0) 4,8% ( 2) 4,4% ( 4) 6,2% ( 12) 5,6% ( 21) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 11,8% ( 2) 0,0% ( 0) 2,4% ( 1) 6,6% ( 6) 3,6% ( 7) 4,3% ( 16) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 100% ( 11) 100% ( 17) 100% ( 20) 100% ( 42) 100% ( 91) 100% ( 194) 100% ( 375)

Quadro 8 – MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ANTÔNIO CARLOS VALADARES ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000 EM ARACAJU/SE

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 375 citações.

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92

O resultado oficial das Eleições Municipais 2000 em Aracaju/SE para

as chapas majoritárias é visualizado no Quadro 9, onde compara-se o

resultado da última pesquisa analisada com o resultado oficial do TER/SE em

relação aos votos válidos e ao total de eleitores, em que a segunda inclui a

abstenção, votos brancos e nulos e, portanto, uma situação real que melhor é

simulada pela amostra.

COMPARECIMENTO = 254.145 (86,9%) / ABSTENÇAO = 38.244 (13,1%) / TOTAL 292.389 (100%)

COLIGAÇÃO PARTIDOS PREFEITO / VICE

PLANCOL (25/09/2000)

1.188 ELEITORES

(%)

TRE/SE (01/10/2000)

VOTOS VALIDOS (%)

TRE/SE (01/10/2000)

TOTAL ELEITORES

(%)

ARACAJU PARA TODOS

PT, PC do B, PSTU E PCB

MARCELO DEDA / EDVALDO NOGUEIRA

42 122.018 (52,8%) 41,7

ARACAJU VAI SER FELIZ DE NOVO

PDT, PL, PSC, PTN, PSD,

PRP,PAN e PSL

JOSÉ ALMEIDA LIMA / EVALDO

CAMPOS16,9 51.987 (22,5%) 17,8

PRÁ FRENTE ARACAJU

PSB, PFL, PMDB, PSDC, PRTB, PT DO B, PMN, PRN, PGT, PPB, PTB e

PST

ANTÔNIO CARLOS

VALADARES / MAX ANDRADE

19,6 51.018 (22,1%) 17,4

PARTIDO HUMANISTA DA SOLIDARIEDADE

PHS

ADELMO MACÊDO /

FERNANDO ROCHA

1,6 3.545 (1,5%) 1,2

PARTIDO VERDE PVISMAEL SILVA /

REINALDO NUNES

1,2 2.522 (1,1%) 0,9

Quadro 9 – RESULTADO OFICIAL DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2000

EM ARACAJU/SE

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4 RECAPITULANDO Teoricamente, tudo o que é veiculado do candidato na mídia deve ser

antes testado através de técnicas como a do método do júri, viewfacts e outras

derivadas, para diminuir os riscos de se difundir uma mensagem negativa do

candidato, principalmente através da mídia eletrônica TV, veículo por excelência

para vender imagem de produto em um país que não lê jornais, revistas, etc., e onde

a mídia impressa têm pouca influência junto ao eleitorado, porque cerca de 70% da

população não tem sequer o 1º grau completo.

A pesquisa qualitativa, realizada antes da campanha e que determina a

estratégia de comunicação inicial do candidato, demanda muito tempo para o seu

planejamento, execução e análise dos dados, quando comparada com a pesquisa

quantitativa.

No decorrer da campanha, como uma forma de monitoramento do

desempenho do candidato, a pesquisa qualitativa reveste-se de fundamental

importância para tentar identificar alterações no comportamento do eleitorado, e

deve ser realizada quase que diariamente, o que a torna pouco operacional,

principalmente em um ambiente eleitoral altamente mutante, sem tendências, o que

eleva substancialmente os custos de campanha.

Por isso, na prática, a eficácia e eficiência do que é exposto na mídia

(impressa, falada e televisiva), é comprovada através da pesquisa quantitativa,

através do cruzamento dos índices de intenção e de rejeição de voto para os

candidatos, que indicam o que existe de positivo ou negativo na imagem da marca

do candidato criada na mente dos eleitores.

A falta de profundidade das entrevistas nas pesquisas quantitativas em

relação às pesquisas qualitativas é compensada, com vantagem, pela maior

representatividade da amostra quantitativa em relação aos grupos de discussão.

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O menor tempo de resposta para os resultados da pesquisa quantitativa,

no desenrolar de uma campanha eleitoral, a torna substituta preferencial da

pesquisa qualitativa no monitoramento do desempenho do candidato, desde quando

sejam registrados também os “porquês” das respostas às questões fechadas e

espontâneas que tentam captar as mudanças na intenção e rejeição de voto do

eleitorado.

4.1 Considerações Finais As pesquisas quantitativas realizadas no decorrer da campanha eleitoral

para as Eleições Municipais de 2000, no município de Aracaju, no estado de Sergipe

(Brasil), e executadas por institutos de pesquisa de opinião pública com

questionários distintos, captaram e evidenciaram, de forma nítida, as alterações no

comportamento do eleitorado, ao registrar os “porquês” para alguns dos

levantamentos que registraram as intenções e rejeições de voto espontâneas e

estimuladas do eleitorado.

Os “porquês” evidenciaram, de forma nítida, que o vertiginoso

crescimento da candidatura Marcelo Deda e a queda acentuada nas candidaturas

dos candidatos Antônio Carlos Valadares e José Almeida Lima, durante o mês de

agosto, foi decorrente do marketing político equivocado dos dois candidatos, que

tentaram vender uma imagem e som para os candidatos, ao longo da campanha,

que o eleitorado não estava querendo ver e ouvir e, portanto, comprar.

Em que pese que depois do fato acontecido todo mundo seja vidente, ou

seja, a análise se torna mais fácil, o certo é que na ótica dos eleitores, através dos

“porquês”, durante a campanha, ficava evidente, dentre outras inferências, que:

i) os candidatos Antônio Carlos Valadares e José Almeida Lima não

representavam o novo e sim a experiência e/ou a competência, como

administradores públicos que já tinham sido; e,

ii) os candidatos Antônio Carlos Valadares e José Almeida Lima se desgastaram

ao se digladiarem na mídia, principalmente televisiva, por causa dos supostos

“acordões”, os quais já não eram mais novidades na política sergipana atual.

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95

Desde modo, a pesquisa de opinião pública política quantitativa, através

do método do questionário (formulário) semi-estruturado, com perguntas fechadas e

abertas texto/numérica que captem os “porquês” da escolha ou rejeição do

candidato, ou seja, o agrado ou desagrado do eleitor para o que está sendo exposto

na mídia, ou para a imagem da marca do candidato que o eleitor retêm na memória,

se processados eletronicamente por softwares que realizem análise léxica e/ou de

conteúdo, a pesquisa pode ser utilizada como uma alternativa mais barata, eficaz e

eficiente, porque de resposta muito mais rápida, em substituição às pesquisas

qualitativa e quantitativa, realizadas separadamente, para definir ou re-orientar os

rumos de uma campanha eleitoral.

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LIMA, Marcelo O. Coutinho de. Marketing eleitoral: para não desperdiçar recursos. São Paulo: Ícone, 1988.

LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de varejo. São Paulo: Atlas, 1994.

LIVINGSTONE, James McCardle. Pesquisa de mercado: uma abordagem operacional. São Paulo: Atlas, 1982.

MANHANELLI, Carlos Augusto. Estratégias eleitorais: marketing político. 3. ed. São Paulo: Summus, 1988.

MATTAR, Fause Najib. Pesquisa de marketing. Ed. compacta. São Paulo: Atlas, 1996.

MENDENHALL, William. Probabilidade e estatística. Rio de Janeiro: Campus, 1985.

OLIVEIRA, Mirian e FREITAS, Henrique M. R. Focus Groups - pesquisa qualitativa: resgatando a teoria, instrumentalizando o seu planejamento. São Paulo: Revista de Administração da USP, Vol. 33, nº 3, julho/setembro, 1998.

PINHEIRO, Antônio P. Marketing racional: do produtor ao consumidor. São Paulo: EBRAS, 1987.

REGO, Francisco Gaudêncio Torquato do. Marketing político e governamental: um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação. 4. ed. São Paulo: Summus, 1985.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.

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99

RICHERS, Raimar. O que é marketing. 15. ed. São Paulo: Brasiliense, São Paulo, 1994. (Primeiros Passos).

ROCHA, Ângela da e CHRISTENSEN, Carl. Marketing: teoria e prática no Brasil. São Paulo: Atlas, 1987.

RUTTER, Marina e ABREU, Sertório Augusto. Pesquisa de mercado. 2. ed. São Paulo: Ática, 1994.

SOUZA, Francisco Alberto Madia de. Axiomas do marketing: da filosofia, da essência e da alma do marketing. São Paulo: Makrons Books, 1998.

SOUZA, Francisco Alberto Madia de. Introdução ao marketing de 6ª geração. São Paulo: McGraw-Hill, 1991.

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TRIGUEIRO, Carlos Meira. Estudos de caso no treinamento de executivos. Rio de Janeiro: QualityMark, 1995.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - INSTRUMENTAL DA PESQUISA

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102

A L M E I D A

L I M A

M A

R C

E L

O

D E

D A

I S M A E L

S I L V A

V A L A D A R E S

A D E L M

O

M A C

E D O

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APÊNDICE B – INTENÇÃO/REJEIÇÃO DE VOTO NOS CANDIDATOS

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 04 a 07/10/1999

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados na imprensa como prováveis candidatos a prefeito

do município de Aracaju. Em quais deles o(a) senhor(a) votaria?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESTIMULADAAdelson BarretoMaria do CarmoMarcelo Deda

José Almeida LimaIndecisos

Jackson BarretoBrancos/Nulos

Ismael SilvaJoão Augusto Gama

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

23,2% ( 29) 12,6% ( 15) 10,9% ( 17) 15,3% ( 61) 14,4% ( 18) 13,4% ( 16) 16,0% ( 25) 14,8% ( 59)

7,2% ( 9) 13,4% ( 16) 15,4% ( 24) 12,3% ( 49) 11,2% ( 14) 14,3% ( 17) 10,9% ( 17) 12,0% ( 48) 11,2% ( 14) 10,9% ( 13) 8,3% ( 13) 10,0% ( 40) 11,2% ( 14) 6,7% ( 8) 4,5% ( 7) 7,2% ( 29)

6,4% ( 8) 4,2% ( 5) 9,6% ( 15) 7,0% ( 28) 1,6% ( 2) 4,2% ( 5) 6,4% ( 10) 4,3% ( 17) 2,4% ( 3) 0,8% ( 1) 1,9% ( 3) 1,8% ( 7)

11,2% ( 14) 19,3% ( 23) 16,0% ( 25) 15,5% ( 62) 100% (125) 100% (119) 100% (156) 100% (400)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 400

citações.

Adelson Barreto

47,5%

24,6%

27,9% 61

Maria doCarmo

30,5%

27,1%

42,4%

59

Marcelo Deda 18,4%

32,7%

49,0%

49

José AlmeidaLima

29,2%

35,4%

35,4%

48

Indecisos

35,0%

32,5%

32,5%

40

JacksonBarreto

48,3%

27,6%

24,1%

29

Brancos/Nulos

28,6%

17,9%

53,6%

28

Ismael Silva 11,8%

29,4%

58,8%

17

João Augusto Gama

42,9%

14,3%

42,9%

7

Outros

22,6%

37,1%

40,3%

62

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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104

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Nas próximas eleições em quem o(a) senhor(a) pretende (gostaria de) votar para

prefeito de Aracaju? Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESPONTÂNEAIndecisos

Maria do CarmoJosé Almeida Lima

Brancos/NulosJackson BarretoMarcelo Deda

João Augusto GamaAdelson Barreto

Ismael SilvaAntônio Carlos Valadares

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

49,6% ( 62) 49,6% ( 59) 51,3% ( 80) 50,2% (201) 9,6% ( 12) 12,6% ( 15) 9,6% ( 15) 10,5% ( 42)

11,2% ( 14) 9,2% ( 11) 9,6% ( 15) 10,0% ( 40) 7,2% ( 9) 5,0% ( 6) 6,4% ( 10) 6,3% ( 25) 6,4% ( 8) 4,2% ( 5) 6,4% ( 10) 5,8% ( 23) 0,0% ( 0) 5,9% ( 7) 3,8% ( 6) 3,3% ( 13) 5,6% ( 7) 2,5% ( 3) 0,6% ( 1) 2,8% ( 11) 2,4% ( 3) 1,7% ( 2) 1,3% ( 2) 1,8% ( 7) 1,6% ( 2) 0,8% ( 1) 1,3% ( 2) 1,3% ( 5) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,6% ( 1) 0,3% ( 1) 6,4% ( 8) 8,4% ( 10) 9,0% ( 14) 8,0% ( 32)

100% (125) 100% (119) 100% (156) 100% (400) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 400

citações.

Indecisos 30,8%

29,4%

39,8% 201

Maria do Carmo

28,6%

35,7%

35,7% 42

José Almeida Lima

35,0%

27,5%

37,5% 40

Brancos/Nulos

36,0%

24,0%

40,0% 25

JacksonBarreto

34,8%

21,7%

43,5%

23

Marcelo Deda

53,8%

46,2%

13

João AugustoGama

63,6%

27,3%

9,1%

11

AdelsonBarreto

42,9%

28,6%

28,6%

7

Ismael Silva 40,0%

20,0%

40,0% 5

Antônio Carlos Valadares

100,0%

1

Outros

25,0%

31,3%

43,8%

32

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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105

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 12 a 15/12/1999

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados, na imprensa, como prováveis candidatos a

prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) senhor(a) votaria? Por quê?

(Apresentar disco).

- Qual é o bairro e/ou conjunto do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESTIMULADAMaria do Carmo

José Almeida LimaMarcelo Deda

IndecisosJoão Augusto Gama

Brancos/NulosJackson Barreto

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

26,2% ( 108) 21,6% ( 65) 28,7% ( 143) 26,1% ( 316) 24,0% ( 99) 21,3% ( 64) 22,4% ( 112) 22,7% ( 275) 13,8% ( 57) 23,3% ( 70) 14,8% ( 74) 16,6% ( 201)

6,8% ( 28) 12,3% ( 37) 9,6% ( 48) 9,3% ( 113) 9,7% ( 40) 8,3% ( 25) 7,6% ( 38) 8,5% ( 103) 9,5% ( 39) 6,3% ( 19) 7,6% ( 38) 7,9% ( 96) 0,2% ( 1) 0,0% ( 0) 0,2% ( 1) 0,2% ( 2)

9,7% ( 40) 7,0% ( 21) 9,0% ( 45) 8,7% ( 106) 100% ( 412) 100% ( 301) 100% ( 499) 100% (1212)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1212

citações.

Maria do Carmo

34,2%

20,6%

45,3%

316

José Almeida Lima

36,0%

23,3%

40,7%

275

Marcelo Deda

28,4%

34,8%

36,8%

201

Indecisos

24,8%

32,7%

42,5%

113

João AugustoGama

38,8%

24,3%

36,9%

103

Brancos/Nulos

40,6%

19,8%

39,6%

96

Jackson Barreto

50,0%

50,0%

2

Outros

37,7%

19,8%

42,5%

106

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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106

REJEIÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados, na imprensa, como prováveis candidatos a

prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) Senhor(a) não votaria, de jeito

nenhum? (Apresentar disco).

- Qual é o bairro e/ou conjunto do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESTIMULADA

IndecisosJoão Augusto GamaJosé Almeida Lima

Maria do CarmoBrancos/NulosMarcelo Deda

Jackson BarretoOutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

26,5% ( 109) 38,9% ( 117) 23,2% ( 116) 28,2% ( 342) 27,9% ( 115) 23,6% ( 71) 30,7% ( 153) 28,0% ( 339) 10,2% ( 42) 8,6% ( 26) 8,4% ( 42) 9,1% ( 110)

7,5% ( 31) 7,3% ( 22) 9,0% ( 45) 8,1% ( 98) 6,8% ( 28) 4,0% ( 12) 7,6% ( 38) 6,4% ( 78) 6,8% ( 28) 3,3% ( 10) 5,4% ( 27) 5,4% ( 65) 0,2% ( 1) 0,3% ( 1) 0,2% ( 1) 0,2% ( 3)

14,1% ( 58) 14,0% ( 42) 15,4% ( 77) 14,6% ( 177) 100% ( 412) 100% ( 301) 100% ( 499) 100% (1212)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1212

citações.

Indecisos

31,9%

34,2%

33,9%

342

João Augusto Gama

33,9%

20,9%

45,1%

339

José AlmeidaLima

38,2%

23,6%

38,2%

110

Maria doCarmo

31,6%

22,4%

45,9%

98

Brancos/Nulos

35,9%

15,4%

48,7%

78

Marcelo Deda

43,1%

15,4%

41,5%

65

Jackson Barreto

33,3%

33,3%

33,3%

3

Outros

32,8%

23,7%

43,5%

177

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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107

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Na sua opinião quem seria um bom nome para concorrer a prefeito do município de

Aracaju no próximo ano e que o(a) senhor(a) votaria? Que outros nomes gostaria de

ver na Prefeitura?

- Qual é o bairro e/ou conjunto do respondente?

ZONAS ELEITORAIS PREFEITO ESPONTÂNEA

IndecisosJosé Almeida Lima

Maria do CarmoJackson Barreto

João Augusto GamaMarcelo Deda

Antônio Carlos ValadaresIsmael Silva

Brancos/NulosOutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

52,7% ( 217) 55,8% ( 168) 55,9% ( 279) 54,8% ( 664) 14,1% ( 58) 14,6% ( 44) 12,2% ( 61) 13,4% ( 163) 6,6% ( 27) 9,0% ( 27) 7,0% ( 35) 7,3% ( 89) 8,0% ( 33) 3,3% ( 10) 6,2% ( 31) 6,1% ( 74) 4,9% ( 20) 7,0% ( 21) 5,8% ( 29) 5,8% ( 70) 3,4% ( 14) 6,3% ( 19) 4,0% ( 20) 4,4% ( 53) 1,0% ( 4) 0,3% ( 1) 0,6% ( 3) 0,7% ( 8) 1,0% ( 4) 0,0% ( 0) 0,4% ( 2) 0,5% ( 6) 0,0% ( 0) 0,3% ( 1) 0,4% ( 2) 0,2% ( 3) 8,5% ( 35) 3,3% ( 10) 7,4% ( 37) 6,8% ( 82)

100% ( 412) 100% ( 301) 100% ( 499) 100% (1212) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1212

citações.

Indecisos 32,7%

25,3%

42,0%

664

José AlmeidaLima

35,6%

27,0%

37,4% 163

Maria do Carmo

30,3%

30,3%

39,3%

89

JacksonBarreto

44,6%

13,5%

41,9%

74

João AugustoGama

28,6%

30,0%

41,4%

70

Marcelo Deda

26,4%

35,8%

37,7%

53

Antônio CarlosValadares

50,0%

12,5%

37,5%

8

Ismael Silva

66,7%

33,3%

6

Brancos/Nulos 33,3%

66,7%

3

Outros

42,7%

12,2%

45,1%

82

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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108

REJEIÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Na sua opinião em quem o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito

de Aracaju nas próximas eleições? Por quê?

- Qual é o bairro e/ou conjunto do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESPONTÂNEA

IndecisosJoão Augusto Gama

Jackson BarretoBrancos/Nulos

José Almeida LimaMaria do CarmoMarcelo Deda

Antônio Carlos ValadaresIsmael Silva

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

36,9% ( 152) 47,8% ( 144) 36,9% ( 184) 39,6% ( 480) 21,1% ( 87) 13,6% ( 41) 19,2% ( 96) 18,5% ( 224) 13,8% ( 57) 16,6% ( 50) 13,6% ( 68) 14,4% ( 175) 5,6% ( 23) 5,6% ( 17) 7,0% ( 35) 6,2% ( 75) 6,8% ( 28) 4,3% ( 13) 5,6% ( 28) 5,7% ( 69) 1,7% ( 7) 3,0% ( 9) 4,2% ( 21) 3,1% ( 37) 1,0% ( 4) 1,7% ( 5) 1,0% ( 5) 1,2% ( 14) 0,5% ( 2) 0,3% ( 1) 0,6% ( 3) 0,5% ( 6) 0,0% ( 0) 1,0% ( 3) 0,2% ( 1) 0,3% ( 4)

12,6% ( 52) 6,0% ( 18) 11,6% ( 58) 10,6% ( 128) 100% ( 412) 100% ( 301) 100% ( 499) 100% (1212)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1212

citações.

Indecisos 31,7%

30,0%

38,3% 480

João AugustoGama

38,8%

18,3%

42,9%

224

Jackson Barreto

32,6%

28,6%

38,9% 175

Brancos/Nulos

30,7%

22,7%

46,7%

75

José AlmeidaLima

40,6%

18,8%

40,6%

69

Maria doCarmo

18,9%

24,3%

56,8%

37

Marcelo Deda

28,6%

35,7%

35,7%

14

Antônio Carlos Valadares

33,3%

16,7%

50,0%

6

Ismael Silva

75,0%

25,0% 4

Outros

40,6%

14,1%

45,3%

128

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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109

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA

ARACAJU/SE – 26 a 29/02/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados, na imprensa, como prováveis candidatos a

prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) senhor(a) votaria? Por quê?

(Apresentar disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS PREFEITO ESTIMULADA

Maria do CarmoJosé Almeida Lima

Brancos/NulosJoão Augusto Gama

Antônio Carlos ValadaresIndecisos

Ismael SilvaOutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

22,1% ( 73) 14,9% ( 23) 19,6% ( 54) 19,7% (150) 16,6% ( 55) 20,8% ( 32) 20,4% ( 56) 18,8% (143) 11,2% ( 37) 18,8% ( 29) 13,5% ( 37) 13,6% (103) 10,9% ( 36) 16,2% ( 25) 9,5% ( 26) 11,4% ( 87) 11,8% ( 39) 7,1% ( 11) 10,5% ( 29) 10,4% ( 79)

6,6% ( 22) 9,7% ( 15) 5,1% ( 14) 6,7% ( 51) 7,9% ( 26) 4,5% ( 7) 6,2% ( 17) 6,6% ( 50)

13,0% ( 43) 7,8% ( 12) 15,3% ( 42) 12,8% ( 97) 100% (331) 100% (154) 100% (275) 100% (760)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 760

citações.

Maria do Carmo

48,7%

15,3%

36,0%

150

José Almeida Lima

38,5%

22,4%

39,2%

143

Brancos/Nulos

35,9%

28,2%

35,9%

103

João AugustoGama

41,4%

28,7%

29,9%

87

Antônio CarlosValadares

49,4%

13,9%

36,7%

79

Indecisos

43,1%

29,4%

27,5%

51

Ismael Silva

52,0%

14,0%

34,0%

50

Outros

44,3%

12,4%

43,3%

97

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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110

REJEIÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados, na imprensa, como prováveis candidatos a

prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) senhor(a) não votaria, de jeito

nenhum? (Apresentar disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESTIMULADA

João Augusto GamaIndecisos

Brancos/NulosIsmael Silva

José Almeida LimaMaria do Carmo

Antônio Carlos ValadaresAdelmo MacedoMarcelo Deda

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

24,2% ( 80) 22,1% ( 34) 22,9% ( 63) 23,3% (177) 17,2% ( 57) 22,1% ( 34) 21,5% ( 59) 19,7% (150)

8,8% ( 29) 19,5% ( 30) 10,2% ( 28) 11,4% ( 87) 9,4% ( 31) 6,5% ( 10) 9,1% ( 25) 8,7% ( 66) 9,4% ( 31) 4,5% ( 7) 9,1% ( 25) 8,3% ( 63) 7,6% ( 25) 5,2% ( 8) 6,9% ( 19) 6,8% ( 52) 4,8% ( 16) 5,8% ( 9) 4,4% ( 12) 4,9% ( 37) 3,9% ( 13) 1,3% ( 2) 2,9% ( 8) 3,0% ( 23) 0,0% ( 0) 0,6% ( 1) 0,0% ( 0) 0,1% ( 1)

14,8% ( 49) 12,3% ( 19) 13,1% ( 36) 13,7% (104) 100% (331) 100% (154) 100% (275) 100% (760)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 760

citações.

João Augusto Gama

45,2%

19,2%

35,6% 177

Indecisos

38,0%

22,7%

39,3% 150

Brancos/Nulos 33,3%

34,5%

32,2% 87

Ismael Silva

47,0%

15,2%

37,9%

66

José AlmeidaLima

49,2%

11,1%

39,7%

63

Maria doCarmo

48,1%

15,4%

36,5%

52

Antônio CarlosValadares

43,2%

24,3%

32,4%

37

AdelmoMacedo

56,5%

8,7%

34,8%

23

Marcelo Deda

100,0%

1

Outros

47,1%

18,3%

34,6%

104

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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111

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Em quem o(a) senhor(a) gostaria de votar para prefeito de Aracaju nas eleições

deste ano? Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS INTENÇÃO ESPONTÂNEA

IndecisosBrancos/Nulos

José Almeida Lima João Augusto Gama

Maria do Carmo Marcelo Deda

Antônio Carlos Valadares Isamel Silva

Outros TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONA ELEITORAL

TOTAL

34,4% (114) 42,9% ( 66) 45,5% (125) 40,1% (305) 23,9% ( 79) 18,2% ( 28) 22,9% ( 63) 22,4% (170) 12,7% ( 42) 15,6% ( 24) 12,0% ( 33) 13,0% ( 99) 10,6% ( 35) 8,4% ( 13) 6,9% ( 19) 8,8% ( 67) 4,2% ( 14) 3,2% ( 5) 2,5% ( 7) 3,4% ( 26) 2,1% ( 7) 3,2% ( 5) 2,2% ( 6) 2,4% ( 18) 1,5% ( 5) 1,9% ( 3) 0,4% ( 1) 1,2% ( 9) 1,2% ( 4) 1,3% ( 2) 0,0% ( 0) 0,8% ( 6)

9,4% ( 31) 5,2% ( 8) 7,6% ( 21) 7,9% ( 60) 100% (331) 100% (154) 100% (275) 100% (760)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 760

citações.

Indecisos

37,4%

21,6%

41,0%

305

Brancos/Nulos

46,5%

16,5%

37,1%

170

José Almeida Lima

42,4%

24,2%

33,3% 99

João Augusto

Gama

52,2%

19,4%

28,4%

67

Maria do

Carmo

53,8%

19,2%

26,9%

26

Marcelo Deda

38,9%

27,8%

33,3%

18

Antônio Carlos

Valadares

55,6%

33,3%

11,1%

9

Isamel Silva

66,7%

33,3% 6

Outros

51,7%

13,3%

35,0%

60

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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112

REJEIÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Em quem o(a) Senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito de Aracaju nas

eleições deste ano? Por quê

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

REJEIÇÃO ESPONTÂNEAIndecisos

João Augusto GamaBrancos/Nulos

José Almeida LimaMaria do Carmo

Ismael SilvaMarcelo Deda

Antônio Carlos ValadaresAdelmo Macedo

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

26,0% ( 86) 30,5% ( 47) 32,0% ( 88) 29,1% (221) 23,0% ( 76) 20,1% ( 31) 20,7% ( 57) 21,6% (164) 11,8% ( 39) 12,3% ( 19) 12,7% ( 35) 12,2% ( 93) 9,7% ( 32) 5,2% ( 8) 5,1% ( 14) 7,1% ( 54) 3,0% ( 10) 5,2% ( 8) 3,3% ( 9) 3,6% ( 27) 0,6% ( 2) 1,3% ( 2) 1,1% ( 3) 0,9% ( 7) 0,6% ( 2) 0,0% ( 0) 0,7% ( 2) 0,5% ( 4) 0,6% ( 2) 0,0% ( 0) 0,4% ( 1) 0,4% ( 3) 0,0% ( 0) 0,6% ( 1) 0,4% ( 1) 0,3% ( 2)

24,8% ( 82) 24,7% ( 38) 23,6% ( 65) 24,3% (185) 100% (331) 100% (154) 100% (275) 100% (760)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 760

citações.

Indecisos 38,9%

21,3%

39,8%

221

João AugustoGama

46,3%

18,9%

34,8% 164

Brancos/Nulos

41,9%

20,4%

37,6% 93

José AlmeidaLima

59,3%

14,8%

25,9%

54

Maria doCarmo

37,0%

29,6%

33,3%

27

Ismael Silva

28,6%

28,6%

42,9%

7

Marcelo Deda

50,0%

50,0%

4

Antônio Carlos Valadares

66,7%

33,3%

3

Adelmo Macedo

50,0%

50,0%

2

Outros

44,3%

20,5%

35,1%

185

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 116: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

113

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA

ARACAJU/SE – 09 a 13/05/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Em qual desses nomes o(a) senhor(a). votaria para prefeito de Aracaju se as

eleições fossem hoje?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESTIMULADAJosé Almeida Lima

João Augusto GamaBrancos/Nulos

Maria do CarmoIndecisos

Antônio Carlos ValadaresAdelmo Macedo

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

30,7% ( 71) 18,4% ( 38) 19,9% ( 60) 22,8% (169) 18,6% ( 43) 21,7% ( 45) 22,8% ( 69) 21,2% (157) 16,0% ( 37) 21,3% ( 44) 14,9% ( 45) 17,0% (126) 10,4% ( 24) 12,1% ( 25) 15,9% ( 48) 13,1% ( 97)

7,8% ( 18) 8,7% ( 18) 9,9% ( 30) 8,9% ( 66) 10,8% ( 25) 8,2% ( 17) 7,0% ( 21) 8,5% ( 63)

0,0% ( 0) 1,0% ( 2) 0,0% ( 0) 0,3% ( 2) 5,6% ( 13) 8,7% ( 18) 9,6% ( 29) 8,1% ( 60)

100% (231) 100% (207) 100% (302) 100% (740) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 740

citações.

José Almeida Lima

42,0%

22,5%

35,5%

169

João Augusto Gama

27,4%

28,7%

43,9%

157

Brancos/Nulos

29,4%

34,9%

35,7%

126

Maria doCarmo

24,7%

25,8%

49,5%

97

Indecisos

27,3%

27,3%

45,5%

66

Antônio CarlosValadares

39,7%

27,0%

33,3%

63

Adelmo Macedo

100,0%

2

Outros

21,7%

30,0%

48,3%

60

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 117: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

114

REJEIÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Em qual desses nomes o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito

de Aracaju ?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

REJEIÇÃO ESTIMULADAIndecisos

João Augusto GamaJosé Almeida Lima

Maria do CarmoAntônio Carlos Valadares

Adelmo MacedoOutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

30,7% ( 71) 29,0% ( 60) 34,8% (105) 31,9% (236) 19,5% ( 45) 21,3% ( 44) 16,2% ( 49) 18,6% (138) 10,4% ( 24) 13,0% ( 27) 11,6% ( 35) 11,6% ( 86) 13,0% ( 30) 6,3% ( 13) 10,3% ( 31) 10,0% ( 74) 6,5% ( 15) 9,2% ( 19) 6,6% ( 20) 7,3% ( 54) 3,9% ( 9) 2,4% ( 5) 2,3% ( 7) 2,8% ( 21)

16,0% ( 37) 18,8% ( 39) 18,2% ( 55) 17,7% (131) 100% (231) 100% (207) 100% (302) 100% (740)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 740

citações.

Indecisos

30,1%

25,4%

44,5%

236

João Augusto Gama

32,6%

31,9%

35,5%

138

José AlmeidaLima

27,9%

31,4%

40,7%

86

Maria doCarmo

40,5%

17,6%

41,9%

74

Antônio CarlosValadares

27,8%

35,2%

37,0%

54

Adelmo Macedo

42,9%

23,8%

33,3%

21

Outros

28,2%

29,8%

42,0%

131

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 118: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

115

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Em quem o(a) senhor(a) votaria para prefeito de Aracaju se as eleições fossem

hoje?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS PREFEITO ESPONTÂNEA

Brancos/NulosIndecisos

João Augusto GamaJosé Almeida Lima

Marcelo DedaAntônio Carlos Valadares

Maria do CarmoIsmael Silva

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

19,0% ( 44) 22,2% ( 46) 19,5% ( 59) 20,1% (149) 16,0% ( 37) 19,3% ( 40) 21,8% ( 66) 19,3% (143) 16,0% ( 37) 15,5% ( 32) 17,5% ( 53) 16,5% (122) 19,9% ( 46) 15,0% ( 31) 13,5% ( 41) 15,9% (118) 5,6% ( 13) 6,3% ( 13) 5,0% ( 15) 5,5% ( 41) 4,8% ( 11) 3,4% ( 7) 4,0% ( 12) 4,0% ( 30) 3,0% ( 7) 4,3% ( 9) 2,6% ( 8) 3,2% ( 24) 0,9% ( 2) 0,5% ( 1) 0,7% ( 2) 0,7% ( 5)

14,7% ( 34) 13,5% ( 28) 15,5% ( 47) 14,7% (109) 100% (231) 100% (207) 100% (303) 100% (741)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 741

citações.

Brancos/Nulos 29,5%

30,9%

39,6%

149

Indecisos 25,9%

28,0%

46,2%

143

João Augusto Gama

30,3%

26,2%

43,4%

122

José Almeida

Lima

39,0%

26,3%

34,7%

118

Marcelo Deda

31,7%

31,7%

36,6%

41

Antônio Carlos

Valadares

36,7%

23,3%

40,0%

30

Maria do

Carmo

29,2%

37,5%

33,3%

24

Ismael Silva

40,0%

20,0%

40,0%

5

Outros

31,2%

25,7%

43,1%

109

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 119: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

116

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 07 e 08/06/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Em qual desses nomes o(a) senhor(a) votaria para prefeito de Aracaju se as

eleições fossem hoje?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESTIMULADABrancos/Nulos

José Almeida LimaJoão Augusto Gama

Marcelo DedaIndecisos

Antônio Carlos ValadaresIsmael Silva

Adelmo MacedoTOTAL

27ª ZONAELEITORAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

TOTAL

27,8% ( 84) 25,1% ( 58) 26,1% ( 54) 26,5% (196) 15,6% ( 47) 16,9% ( 39) 13,5% ( 28) 15,4% (114) 15,2% ( 46) 18,6% ( 43) 11,6% ( 24) 15,3% (113) 13,9% ( 42) 11,3% ( 26) 20,8% ( 43) 15,0% (111) 12,9% ( 39) 13,0% ( 30) 13,0% ( 27) 13,0% ( 96) 12,3% ( 37) 13,0% ( 30) 12,1% ( 25) 12,4% ( 92)

1,7% ( 5) 2,2% ( 5) 1,9% ( 4) 1,9% ( 14) 0,7% ( 2) 0,0% ( 0) 1,0% ( 2) 0,5% ( 4)

100% (302) 100% (231) 100% (207) 100% (740) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 740

citações.

Brancos/Nulos

42,9%

29,6%

27,6% 196

José Almeida Lima

41,2%

34,2%

24,6% 114

João AugustoGama

40,7%

38,1%

21,2% 113

Marcelo Deda

37,8%

23,4%

38,7%

111

Indecisos

40,6%

31,3%

28,1%

96

Antônio CarlosValadares

40,2%

32,6%

27,2%

92

Ismael Silva

35,7%

35,7%

28,6% 14

AdelmoMacedo

50,0%

50,0%

4

27ª ZONA ELEITORAL 1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL

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117

REJEIÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Em qual desses nomes o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito

de Aracaju ?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

REJEIÇÃO ESTIMULADAIndecisos

João Augusto GamaIsmael Silva

Antônio Carlos ValadaresJosé Almeida Lima

Marcelo DedaAdelmo Macedo

TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

38,1% ( 88) 44,4% ( 92) 40,4% (122) 40,8% (302) 16,9% ( 39) 20,8% ( 43) 22,8% ( 69) 20,4% (151) 15,6% ( 36) 6,8% ( 14) 7,3% ( 22) 9,7% ( 72) 8,7% ( 20) 10,6% ( 22) 9,6% ( 29) 9,6% ( 71) 9,1% ( 21) 6,3% ( 13) 7,6% ( 23) 7,7% ( 57) 8,7% ( 20) 3,9% ( 8) 6,6% ( 20) 6,5% ( 48) 3,0% ( 7) 7,2% ( 15) 5,6% ( 17) 5,3% ( 39)

100% (231) 100% (207) 100% (302) 100% (740) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 740

citações.

Indecisos

29,1%

30,5%

40,4%

302

João Augusto Gama

25,8%

28,5%

45,7%

151

Ismael Silva

50,0%

19,4%

30,6%

72

Antônio CarlosValadares

28,2%

31,0%

40,8%

71

José AlmeidaLima

36,8%

22,8%

40,4%

57

Marcelo Deda

41,7%

16,7%

41,7%

48

AdelmoMacedo

17,9%

38,5%

43,6%

39

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 121: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

118

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Em quem o(a) senhor(a) votaria para prefeito de Aracaju se as eleições fossem

hoje?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS PREFEITO ESPONTÂNEA

IndecisosBrancos/Nulos

João Augusto GamaJosé Almeida Lima

Marcelo DedaAntônio Carlos Valadares

Ismael SilvaAdelmo Macedo

OutrosTOTAL

27ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

1ª ZONAELEITORAL

TOTAL

28,8% ( 87) 25,6% ( 53) 36,8% ( 85) 30,4% (225) 24,2% ( 73) 24,6% ( 51) 20,8% ( 48) 23,2% (172) 14,2% ( 43) 11,6% ( 24) 14,7% ( 34) 13,6% (101) 11,6% ( 35) 11,1% ( 23) 10,8% ( 25) 11,2% ( 83)

8,6% ( 26) 15,5% ( 32) 8,2% ( 19) 10,4% ( 77) 5,0% ( 15) 7,7% ( 16) 3,9% ( 9) 5,4% ( 40) 1,0% ( 3) 1,0% ( 2) 0,0% ( 0) 0,7% ( 5) 0,3% ( 1) 0,5% ( 1) 0,0% ( 0) 0,3% ( 2)

6,3% ( 19) 2,4% ( 5) 4,8% ( 11) 4,7% ( 35) 100% (302) 100% (207) 100% (231) 100% (740)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 740

citações.

Indecisos

38,7%

23,6%

37,8%

225

Brancos/Nulos

42,4%

29,7%

27,9%

172

João Augusto Gama

42,6%

23,8%

33,7% 101

José Almeida

Lima

42,2%

27,7%

30,1%

83

Marcelo Deda

33,8%

41,6%

24,7%

77

Antônio Carlos

Valadares

37,5%

40,0%

22,5%

40

Ismael Silva

60,0%

40,0%

5

Adelmo Macedo

50,0%

50,0%

2

Outros

54,3%

14,3%

31,4%

35

27ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 1ª ZONA ELEITORAL

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119

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA

ARACAJU/SE – 16 a 18/06/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados, na imprensa, como prováveis candidatos a

prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) senhor(a) votaria? (Apresentar

disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS PREFEITO ESTIMULADA

Marcelo DedaJosé Almeida Lima

Antônio Carlos ValadaresBrancos/Nulos

IndecisosOutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

26,1% ( 58) 35,1% ( 66) 28,3% ( 71) 29,5% (195) 32,9% ( 73) 24,5% ( 46) 27,9% ( 70) 28,6% (189) 20,3% ( 45) 14,4% ( 27) 13,9% ( 35) 16,2% (107) 10,4% ( 23) 10,6% ( 20) 13,9% ( 35) 11,8% ( 78)

7,2% ( 16) 12,2% ( 23) 11,6% ( 29) 10,3% ( 68) 3,2% ( 7) 3,2% ( 6) 4,4% ( 11) 3,6% ( 24)

100% (222) 100% (188) 100% (251) 100% (661) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 661

citações.

Marcelo Deda

29,7%

33,8%

36,4%

195

José Almeida Lima

38,6%

24,3%

37,0%

189

Antônio Carlos

Valadares

42,1%

25,2%

32,7%

107

Brancos/Nulos

29,5%

25,6%

44,9%

78

Indecisos

23,5%

33,8%

42,6%

68

Outros

29,2%

25,0%

45,8%

24

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 123: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

120

REJEIÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Em qual desses nomes o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito

de Aracaju ?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESTIMULADA

IndecisosMarcelo Deda Almeida Lima

Antônio Carlos Valadares Brancos/Nulos

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONA ELEITORAL

TOTAL

28,8% ( 64) 16,5% ( 31) 19,1% ( 48) 21,6% (143) 18,9% ( 42) 14,9% ( 28) 16,7% ( 42) 16,9% (112) 11,3% ( 25) 13,3% ( 25) 18,3% ( 46) 14,5% ( 96) 12,2% ( 27) 13,3% ( 25) 15,5% ( 39) 13,8% ( 91) 11,3% ( 25) 13,8% ( 26) 14,3% ( 36) 13,2% ( 87) 17,6% ( 39) 28,2% ( 53) 15,9% ( 40) 20,0% (132) 100% (222) 100% (188) 100% (251) 100% (661)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 661

citações.

Indecisos

44,8%

21,7%

33,6%

143

Marcelo Deda

37,5%

25,0%

37,5%

112

Almeida Lima

26,0%

26,0%

47,9%

96

Valadares

29,7%

27,5%

42,9%

91

Brancos/Nulos

28,7%

29,9%

41,4%

87

Outros

29,5%

40,2%

30,3%

132

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 124: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

121

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Nas próximas eleições em quem o(a) senhor(a) pretende (gostaria de) votar para

prefeito de Aracaju? Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESPONTÂNEAIndecisos

Brancos/NulosJosé Almeida Lima

Marcelo DedaAntônio Carlos Valadares

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

43,7% ( 97) 39,9% ( 75) 34,3% ( 86) 39,0% (258) 11,7% ( 26) 17,0% ( 32) 20,7% ( 52) 16,6% (110) 12,6% ( 28) 17,0% ( 32) 16,7% ( 42) 15,4% (102) 8,1% ( 18) 12,8% ( 24) 10,4% ( 26) 10,3% ( 68) 4,5% ( 10) 2,7% ( 5) 7,6% ( 19) 5,1% ( 34)

19,4% ( 43) 10,6% ( 20) 10,4% ( 26) 13,5% ( 89) 100% (222) 100% (188) 100% (251) 100% (661)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 661

citações.

Indecisos

37,6%

29,1%

33,3%

258

Brancos/Nulos

23,6%

29,1%

47,3%

110

José Almeida

Lima

27,5%

31,4%

41,2%

102

Marcelo Deda

26,5%

35,3%

38,2%

68

Antônio Carlos Valadares

29,4%

14,7%

55,9%

34

Outros

48,3%

22,5%

29,2%

89

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 125: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

122

REJEIÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Em quem o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito de Aracaju?

Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

REJEIÇÃO ESPONTÂNEAIndecisos

João Augusto GamaBrancos/Nulos

José Almeida LimaMarcelo Deda

Antônio Carlos ValadaresIsmael Silva

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

46,8% (104) 44,1% ( 83) 46,6% (117) 46,0% (304) 6,3% ( 14) 9,6% ( 18) 14,7% ( 37) 10,4% ( 69)

14,9% ( 33) 6,4% ( 12) 6,0% ( 15) 9,1% ( 60) 5,4% ( 12) 5,9% ( 11) 7,2% ( 18) 6,2% ( 41) 4,1% ( 9) 3,7% ( 7) 6,0% ( 15) 4,7% ( 31) 3,2% ( 7) 5,9% ( 11) 4,0% ( 10) 4,2% ( 28) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 1,2% ( 3) 0,5% ( 3)

19,4% ( 43) 24,5% ( 46) 14,3% ( 36) 18,9% (125) 100% (222) 100% (188) 100% (251) 100% (661)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 661

citações.

Indecisos

34,2%

27,3%

38,5%

304

João Augusto Gama

20,3%

26,1%

53,6%

69

Brancos/Nulos

55,0%

20,0%

25,0% 60

José AlmeidaLima

29,3%

26,8%

43,9%

41

Marcelo Deda

29,0%

22,6%

48,4%

31

Antônio CarlosValadares

25,0%

39,3%

35,7%

28

Ismael Silva

100,0%

3

Outros

34,4%

36,8%

28,8%

125

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 126: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

123

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 01 e 02/07/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados, na imprensa, como prováveis candidatos a

prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) senhor(a) votaria? (Apresentar

disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESTIMULADAMarcelo Deda

Adelson BarretoJosé Almeida Lima

Antônio Carlos ValadaresIndecisos

Brancos/NulosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

20,7% ( 50) 28,6% ( 57) 26,0% ( 64) 24,9% (171) 27,4% ( 66) 11,1% ( 22) 21,1% ( 52) 20,4% (140) 20,3% ( 49) 20,1% ( 40) 18,3% ( 45) 19,5% (134) 14,5% ( 35) 10,1% ( 20) 10,6% ( 26) 11,8% ( 81) 10,0% ( 24) 18,6% ( 37) 14,6% ( 36) 14,1% ( 97)

7,1% ( 17) 11,6% ( 23) 9,3% ( 23) 9,2% ( 63) 100% (241) 100% (199) 100% (246) 100% (686)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 686

citações.

Marcelo Deda

29,2%

33,3%

37,4%

171

Adelson Barreto

47,1%

15,7%

37,1%

140

José Almeida

Lima

36,6%

29,9%

33,6%

134

Antônio Carlos

Valadares

43,2%

24,7%

32,1%

81

Indecisos

24,7%

38,1%

37,1%

97

Brancos/Nulos

27,0%

36,5%

36,5%

63

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 127: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

124

REJEIÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados, na imprensa, como prováveis candidatos a

prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) senhor(a) não votaria, de jeito

nenhum? (Apresentar disco)

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

REJEIÇÃO ESTIMULADAIndecisos

Antônio Carlos ValadaresJosé Almeida Lima

Marcelo DedaBrancos/Nulos

Adelson BarretoTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

40,7% ( 98) 47,7% ( 95) 45,5% (112) 44,5% (305) 21,6% ( 52) 12,1% ( 24) 13,8% ( 34) 16,0% (110) 14,5% ( 35) 11,6% ( 23) 13,8% ( 34) 13,4% ( 92) 12,4% ( 30) 11,1% ( 22) 11,0% ( 27) 11,5% ( 79)

7,1% ( 17) 11,1% ( 22) 9,8% ( 24) 9,2% ( 63) 3,7% ( 9) 6,5% ( 13) 6,1% ( 15) 5,4% ( 37)

100% (241) 100% (199) 100% (246) 100% (686) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 686

citações.

Indecisos

32,1%

31,1%

36,7%

305

Antônio Carlos Valadares

47,3%

21,8%

30,9%

110

José Almeida

Lima

38,0%

25,0%

37,0%

92

Marcelo Deda

38,0%

27,8%

34,2%

79

Brancos/Nulos

27,0%

34,9%

38,1%

63

Adelson

Barreto

24,3%

35,1%

40,5%

37

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 128: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

125

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Nas próximas eleições em quem o(a) senhor(a) pretende (gostaria de) votar para

prefeito de Aracaju? Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS PREFEITO ESPONTÂNEA

IndecisosBrancos/NulosMarcelo Deda

José Almeida LimaAntônio Carlos Valadares

Adelson BarretoOutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

41,1% ( 99) 38,7% ( 77) 38,6% ( 95) 39,5% (271) 13,3% ( 32) 14,1% ( 28) 17,1% ( 42) 14,9% (102) 10,8% ( 26) 17,1% ( 34) 12,2% ( 30) 13,1% ( 90) 14,5% ( 35) 11,1% ( 22) 13,4% ( 33) 13,1% ( 90)

6,6% ( 16) 6,0% ( 12) 5,3% ( 13) 6,0% ( 41) 9,1% ( 22) 3,0% ( 6) 4,9% ( 12) 5,8% ( 40) 4,6% ( 11) 10,1% ( 20) 8,5% ( 21) 7,6% ( 52)

100% (241) 100% (199) 100% (246) 100% (686) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 686

citações.

Indecisos

36,5%

28,4%

35,1%

271

Brancos/Nulos

31,4%

27,5%

41,2%

102

Marcelo Deda

28,9%

37,8%

33,3%

90

José AlmeidaLima

38,9%

24,4%

36,7%

90

Antônio CarlosValadares

39,0%

29,3%

31,7%

41

Adelson Barreto

55,0%

15,0%

30,0%

40

Outros

21,2%

38,5%

40,4%

52

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 129: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

126

REJEIÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Em quem o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito de Aracaju?

Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESPONTÂNEA

IndecisosJosé Almeida Lima

Brancos/NulosAntônio Carlos Valadares

Marcelo DedaAdelson Barreto

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

35,3% ( 85) 41,7% ( 83) 47,2% (116) 41,4% (284) 10,4% ( 25) 7,5% ( 15) 8,1% ( 20) 8,7% ( 60) 12,4% ( 30) 3,5% ( 7) 4,5% ( 11) 7,0% ( 48) 6,2% ( 15) 6,0% ( 12) 4,9% ( 12) 5,7% ( 39) 5,0% ( 12) 5,0% ( 10) 2,8% ( 7) 4,2% ( 29) 0,8% ( 2) 1,5% ( 3) 2,0% ( 5) 1,5% ( 10)

29,9% ( 72) 34,7% ( 69) 30,5% ( 75) 31,5% (216) 100% (241) 100% (199) 100% (246) 100% (686)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 686

citações.

Indecisos

29,9%

29,2%

40,8%

284

José Almeida Lima

41,7%

25,0%

33,3%

60

Brancos/Nulos

62,5%

14,6%

22,9%

48

Antônio CarlosValadares

38,5%

30,8%

30,8%

39

Marcelo Deda

41,4%

34,5%

24,1%

29

Adelson Barreto

20,0%

30,0%

50,0%

10

Outros

33,3%

31,9%

34,7%

216

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 130: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

127

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 20 e 21/07/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados, na imprensa, como prováveis candidatos a

prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) senhor(a) votaria? (Apresentar

disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESTIMULADAJosé Almeida Lima

Marcelo DedaAntônio Carlos Valadares

IndecisosBrancos/Nulos

Ismael SilvaAdelmo Macedo

TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

28,4% ( 67) 27,9% ( 53) 29,7% ( 82) 28,8% (202) 16,1% ( 38) 34,7% ( 66) 24,6% ( 68) 24,5% (172) 27,5% ( 65) 20,5% ( 39) 22,8% ( 63) 23,8% (167) 16,1% ( 38) 8,4% ( 16) 9,1% ( 25) 11,3% ( 79)

5,1% ( 12) 5,8% ( 11) 7,6% ( 21) 6,3% ( 44) 5,1% ( 12) 2,6% ( 5) 5,8% ( 16) 4,7% ( 33) 1,7% ( 4) 0,0% ( 0) 0,4% ( 1) 0,7% ( 5)

100% (236) 100% (190) 100% (276) 100% (702) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 702

citações.

José Almeida Lima

33,2%

26,2%

40,6%

202

Marcelo Deda 22,1%

38,4%

39,5%

172

Antônio CarlosValadares

38,9%

23,4%

37,7%

167

Indecisos

48,1%

20,3%

31,6%

79

Brancos/Nulos

27,3%

25,0%

47,7%

44

Ismael Silva

36,4%

15,2%

48,5%

33

AdelmoMacedo

80,0%

20,0% 5

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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128

REJEIÇÃO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são citados, na imprensa, como prováveis candidatos a

prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) senhor(a) não votaria de jeito

nenhum? (Apresentar disco)

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESTIMULADA

IndecisosAntônio CarlosValadares

Marcelo DedaJosé Almeida Lima Ismael Silva

Adelmo Macedo Brancos/Nulos

TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONA ELEITORAL

TOTAL

27,5% ( 65) 27,9% ( 53) 28,3% ( 78) 27,9% (196) 14,8% ( 35) 18,4% ( 35) 15,9% ( 44) 16,2% (114) 19,9% ( 47) 8,4% ( 16) 12,0% ( 33) 13,7% ( 96) 14,4% ( 34) 10,0% ( 19) 13,0% ( 36) 12,7% ( 89) 12,3% ( 29) 14,7% ( 28) 11,2% ( 31) 12,5% ( 88)

6,8% ( 16) 13,7% ( 26) 13,8% ( 38) 11,4% ( 80) 4,2% ( 10) 6,8% ( 13) 5,8% ( 16) 5,6% ( 39)

100% (236) 100% (190) 100% (276) 100% (702) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 702

citações.

Indecisos

33,2%

27,0%

39,8%

196

Valadares

30,7%

30,7%

38,6%

114

Marcelo Deda

49,0%

16,7%

34,4%

96

Almeida Lima

38,2%

21,3%

40,4%

89

Ismael Silva

33,0%

31,8%

35,2%

88

Adelmo Macedo

20,0%

32,5%

47,5%

80

Brancos/Nulos

25,6%

33,3%

41,0%

39

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 132: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

129

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Nas próximas eleições em quem o(a) senhor(a) pretende (gostaria de) votar para

Prefeito de Aracaju? Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESPONTÂNEAIndecisos

José Almeida LimaAntônio Carlos Valadares

Brancos/NulosMarcelo Deda

João Augusto GamaIsmael Silva

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

34,7% ( 82) 36,3% ( 69) 43,1% (119) 38,5% (270) 18,2% ( 43) 17,9% ( 34) 15,6% ( 43) 17,1% (120) 16,9% ( 40) 14,2% ( 27) 10,9% ( 30) 13,8% ( 97) 13,6% ( 32) 10,0% ( 19) 13,8% ( 38) 12,7% ( 89) 8,1% ( 19) 18,4% ( 35) 12,0% ( 33) 12,4% ( 87) 2,5% ( 6) 1,1% ( 2) 0,4% ( 1) 1,3% ( 9) 0,0% ( 0) 0,5% ( 1) 1,1% ( 3) 0,6% ( 4) 5,9% ( 14) 1,6% ( 3) 3,3% ( 9) 3,7% ( 26)

100% (236) 100% (190) 100% (276) 100% (702) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 702

citações.

Indecisos 30,4%

25,6%

44,1%

270

José Almeida Lima

35,8%

28,3%

35,8%

120

Antônio CarlosValadares

41,2%

27,8%

30,9%

97

Brancos/Nulos

36,0%

21,3%

42,7%

89

Marcelo Deda

21,8%

40,2%

37,9%

87

João AugustoGama

66,7%

22,2%

11,1%

9

Ismael Silva

25,0%

75,0%

4

Outros

53,8%

11,5%

34,6%

26

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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130

REJEIÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Em quem o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito de Aracaju?

Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESPONTÂNEA

IndecisosJosé Almeida Lima

Antônio Carlos ValadaresMarcelo DedaIsmael Silva

Adelmo MacedoOutrosTOTAL

27ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

1ª ZONAELEITORAL

TOTAL

39,1% (108) 36,3% ( 69) 49,2% (116) 41,7% (293) 7,2% ( 20) 8,4% ( 16) 11,4% ( 27) 9,0% ( 63) 6,9% ( 19) 12,6% ( 24) 7,2% ( 17) 8,5% ( 60) 8,0% ( 22) 10,5% ( 20) 2,5% ( 6) 6,8% ( 48) 9,1% ( 25) 10,0% ( 19) 0,8% ( 2) 6,6% ( 46) 2,2% ( 6) 2,1% ( 4) 0,8% ( 2) 1,7% ( 12)

27,5% ( 76) 20,0% ( 38) 28,0% ( 66) 25,6% (180) 100% (276) 100% (190) 100% (236) 100% (702)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 702

citações.

Indecisos

36,9%

23,5%

39,6%

293

José Almeida Lima

31,7%

25,4%

42,9%

63

Antônio CarlosValadares

31,7%

40,0%

28,3%

60

Marcelo Deda

45,8%

41,7%

12,5%

48

Ismael Silva

54,3%

41,3%

4,3% 46

Adelmo Macedo

50,0%

33,3%

16,7% 12

Outros

42,2%

21,1%

36,7%

180

27ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 1ª ZONA ELEITORAL

Page 134: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

131

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 25 e 26/08/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são de candidatos a prefeito do município de Aracaju. Em

quais deles o(a) senhor(a) votaria? (Apresentar disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESTIMULADAAntônio Carlos Valadares

Marcelo DedaJosé Almeida Lima

IndecisosBrancos/Nulos

Ismael SilvaAdelmo Macedo

TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

26,1% ( 95) 24,8% ( 72) 35,6% ( 162) 29,7% ( 329) 18,4% ( 67) 33,1% ( 96) 20,0% ( 91) 22,9% ( 254) 26,9% ( 98) 17,6% ( 51) 21,8% ( 99) 22,4% ( 248) 18,7% ( 68) 16,6% ( 48) 16,5% ( 75) 17,2% ( 191)

6,9% ( 25) 5,9% ( 17) 4,8% ( 22) 5,8% ( 64) 1,4% ( 5) 1,4% ( 4) 0,7% ( 3) 1,1% ( 12) 1,6% ( 6) 0,7% ( 2) 0,7% ( 3) 1,0% ( 11)

100% ( 364) 100% ( 290) 100% ( 455) 100% (1109) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1109

citações.

Antônio Carlos Valadares

28,9%

21,9%

49,2%

329

Marcelo Deda

26,4%

37,8%

35,8%

254

José AlmeidaLima

39,5%

20,6%

39,9%

248

Indecisos

35,6%

25,1%

39,3%

191

Brancos/Nulos

39,1%

26,6%

34,4%

64

Ismael Silva

41,7%

33,3%

25,0%

12

AdelmoMacedo

54,5%

18,2%

27,3%

11

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 135: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

132

REJEIÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são de candidatos a prefeito do município de Aracaju. Em quais deles o(a) Senhor(a) não votaria, de jeito nenhum? (Apresentar disco)

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESTIMULADA

Antônio Carlos ValadaresJosé Almeida Lima

Ismael SilvaIndecisos

Marcelo DedaAdelmo MacedoBrancos/Nulos

TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

20,3% ( 74) 16,9% ( 49) 14,9% ( 68) 17,2% ( 191) 14,3% ( 52) 16,9% ( 49) 13,8% ( 63) 14,8% ( 164) 11,8% ( 43) 15,2% ( 44) 15,2% ( 69) 14,1% ( 156) 23,4% ( 85) 23,4% ( 68) 25,9% ( 118) 24,4% ( 271) 12,4% ( 45) 7,9% ( 23) 12,7% ( 58) 11,4% ( 126) 10,7% ( 39) 13,1% ( 38) 10,1% ( 46) 11,1% ( 123) 7,1% ( 26) 6,6% ( 19) 7,3% ( 33) 7,0% ( 78)

100% ( 364) 100% ( 290) 100% ( 455) 100% (1109) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1109

citações.

Antônio Carlos Valadares

38,7%

25,7%

35,6%

191

José Almeida Lima

31,7%

29,9%

38,4%

164

Ismael Silva

27,6%

28,2%

44,2%

156

Indecisos

31,4%

25,1%

43,5%

271

Marcelo Deda

35,7%

18,3%

46,0%

126

Adelmo Macedo

31,7%

30,9%

37,4%

123

Brancos/Nulos

33,3%

24,4%

42,3%

78

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 136: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

133

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Nas próximas eleições em quem o(a) senhor(a) pretende (gostaria de) votar para

prefeito de Aracaju? Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESPONTÂNEAIndecisos

Antônio ValadadesMarcelo Deda

José Almeida LimaBrancos/Nulos

Adelmo MacedoIsmael Silva

OutrosTOTAL

27ª ZONAELEITORAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

TOTAL

39,3% ( 179) 39,0% ( 142) 32,8% ( 95) 37,5% ( 416) 25,9% ( 118) 18,7% ( 68) 20,0% ( 58) 22,0% ( 244) 14,3% ( 65) 12,4% ( 45) 25,9% ( 75) 16,7% ( 185) 14,5% ( 66) 21,4% ( 78) 13,1% ( 38) 16,4% ( 182)

5,1% ( 23) 4,9% ( 18) 5,9% ( 17) 5,2% ( 58) 0,4% ( 2) 0,8% ( 3) 0,7% ( 2) 0,6% ( 7) 0,4% ( 2) 0,8% ( 3) 0,7% ( 2) 0,6% ( 7) 0,0% ( 0) 1,9% ( 7) 1,0% ( 3) 0,9% ( 10)

100% ( 455) 100% ( 364) 100% ( 290) 100% (1109) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1109

citações.

Indecisos

43,0%

34,1%

22,8% 416

Antônio Valadades

48,4%

27,9%

23,8% 244

Marcelo Deda

35,1%

24,3%

40,5%

185

José AlmeidaLima

36,3%

42,9%

20,9%

182

Brancos/Nulos

39,7%

31,0%

29,3%

58

AdelmoMacedo

28,6%

42,9%

28,6%

7

Ismael Silva

28,6%

42,9%

28,6% 7

Outros

70,0%

30,0%

10

27ª ZONA ELEITORAL 1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL

Page 137: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

134

REJEIÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Em quem o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito de Aracaju?

Por quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESPONTÂNEA

IndecisosAntônio Carlos Valadares

José Almeida LimaIsmael Silva

Marcelo DedaAdelmo Macedo

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

44,8% ( 163) 44,5% ( 129) 47,7% ( 217) 45,9% ( 509) 14,8% ( 54) 14,8% ( 43) 13,2% ( 60) 14,2% ( 157) 12,1% ( 44) 12,8% ( 37) 11,2% ( 51) 11,9% ( 132) 8,0% ( 29) 6,9% ( 20) 10,1% ( 46) 8,6% ( 95) 7,4% ( 27) 6,6% ( 19) 7,9% ( 36) 7,4% ( 82) 5,5% ( 20) 4,5% ( 13) 4,8% ( 22) 5,0% ( 55) 7,4% ( 27) 10,0% ( 29) 5,1% ( 23) 7,1% ( 79)

100% ( 364) 100% ( 290) 100% ( 455) 100% (1109)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1109

citações.

Indecisos

32,0%

25,3%

42,6%

509

Antônio Carlos Valadares

34,4%

27,4%

38,2%

157

José AlmeidaLima

33,3%

28,0%

38,6%

132

Ismael Silva

30,5%

21,1%

48,4%

95

Marcelo Deda

32,9%

23,2%

43,9%

82

Adelmo Macedo

36,4%

23,6%

40,0%

55

Outros

34,2%

36,7%

29,1%

79

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 138: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

135

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/09/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são de candidatos a prefeito do município de Aracaju. Em

quais deles o(a) senhor(a) votaria? (Apresentar disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS PREFEITO ESTIMULADA

Marcelo Deda Antônio Carlos Valadares

José Almeida Lima Indecisos

Brancos/Nulos Adelmo Macedo

Ismael SilvaTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONA ELEITORAL

TOTAL

36,0% ( 134) 36,6% ( 115) 31,1% ( 143) 34,2% ( 392) 26,9% ( 100) 30,6% ( 96) 32,8% ( 151) 30,3% ( 347) 24,5% ( 91) 20,7% ( 65) 23,0% ( 106) 22,9% ( 262)

8,3% ( 31) 4,5% ( 14) 7,2% ( 33) 6,8% ( 78) 0,8% ( 3) 5,4% ( 17) 2,4% ( 11) 2,7% ( 31) 2,2% ( 8) 1,6% ( 5) 1,7% ( 8) 1,8% ( 21) 1,3% ( 5) 0,6% ( 2) 1,7% ( 8) 1,3% ( 15)

100% ( 372) 100% ( 314) 100% ( 460) 100% (1146)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1146

citações.

Deda

34,2%

29,3%

36,5%

392

Antônio Carlos Valadares

28,8%

27,7%

43,5%

347

José AlmeidaLima

34,7%

24,8%

40,5%

262

Indecisos

39,7%

17,9%

42,3%

78

Brancos/Nulos

9,7%

54,8%

35,5%

31

Adelmo Macedo

38,1%

23,8%

38,1%

21

Ismael Silva

33,3%

13,3%

53,3%

15

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

Page 139: A PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA COMO FERRAMENTA DO …livros01.livrosgratis.com.br/cp053582.pdf · ivo lúcio santana marcelino da silva a pesquisa de opiniÃo pÚblica como ferramenta

136

REJEIÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são de candidatos a prefeito do município de Aracaju. Em

quais deles o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum? (Apresentar disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESTIMULADA

Antônio Carlos Valadares José Almeida Lima

Ismael Silva Adelmo Macedo Marcelo Deda

IndecisosBrancos/Nulos

TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONA ELEITORAL

TOTAL

32,5% ( 121) 28,3% ( 89) 25,9% ( 119) 28,7% ( 329) 19,4% ( 72) 20,1% ( 63) 24,1% ( 111) 21,5% ( 246) 15,1% ( 56) 18,2% ( 57) 12,2% ( 56) 14,7% ( 169) 11,3% ( 42) 10,8% ( 34) 12,6% ( 58) 11,7% ( 134) 9,7% ( 36) 9,9% ( 31) 10,9% ( 50) 10,2% ( 117)

12,1% ( 45) 4,8% ( 15) 12,0% ( 55) 10,0% ( 115) 0,0% ( 0) 8,0% ( 25) 2,4% ( 11) 3,1% ( 36)

100% ( 372) 100% ( 314) 100% ( 460) 100% (1146) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1146

citações.

Antônio Carlos Valadares

36,8%

27,1%

36,2%

329

José Almeida Lima

29,3%

25,6%

45,1%

246

Ismael Silva

33,1%

33,7%

33,1%

169

AdelmoMacedo

31,3%

25,4%

43,3%

134

Deda

30,8%

26,5%

42,7%

117

Indecisos

39,1%

13,0%

47,8%

115

Brancos/Nulos

69,4%

30,6%

36

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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137

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 16/09/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Em quem o(a) senhor(a) pretende votar para prefeito de Aracaju nas próximas

eleições? (Apresentar disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS PREFEITO ESTIMULADA

Marcelo DedaAntônio Carlos Valadares

IndecisosJosé Almeida Lima

Brancos/NulosAdelmo Macedo

Ismael SilvaTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

36,0% ( 195) 44,5% ( 121) 35,6% ( 122) 37,9% ( 438) 23,6% ( 128) 19,1% ( 52) 17,8% ( 61) 20,8% ( 241) 14,9% ( 81) 10,3% ( 28) 21,3% ( 73) 15,7% ( 182) 15,3% ( 83) 15,4% ( 42) 14,6% ( 50) 15,1% ( 175)

7,7% ( 42) 5,9% ( 16) 9,0% ( 31) 7,7% ( 89) 1,8% ( 10) 3,3% ( 9) 0,3% ( 1) 1,7% ( 20) 0,6% ( 3) 1,5% ( 4) 1,5% ( 5) 1,0% ( 12)

100% ( 542) 100% ( 272) 100% ( 343) 100% (1157) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1157

citações.

Marcelo Deda

44,5%

27,6%

27,9%

438

Antônio Carlos Valadares

53,1%

21,6%

25,3%

241

Indecisos

44,5%

15,4%

40,1%

182

José AlmeidaLima

47,4%

24,0%

28,6%

175

Brancos/Nulos

47,2%

18,0%

34,8%

89

Adelmo Macedo

50,0%

45,0%

5,0% 20

Ismael Silva

25,0%

33,3%

41,7%

12

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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138

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 25/09/2000

INTENÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

- Os seguintes nomes são de candidatos a prefeito do município de Aracaju. Em

quais deles o(a) senhor(a) votaria? (Apresentar disco).

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESTIMULADAMarcelo Deda

Antônio Carlos ValadaresJosé Almeida Lima

IndecisosBrancos/Nulos

Adelmo MacedoIsmael Silva

TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

38,8% ( 146) 44,6% ( 123) 42,9% ( 230) 42,0% ( 499) 19,1% ( 72) 15,6% ( 43) 22,2% ( 119) 19,7% ( 234) 15,7% ( 59) 18,1% ( 50) 16,6% ( 89) 16,7% ( 198) 16,8% ( 63) 14,1% ( 39) 9,1% ( 49) 12,7% ( 151) 5,1% ( 19) 6,2% ( 17) 6,9% ( 37) 6,1% ( 73) 2,7% ( 10) 1,1% ( 3) 1,1% ( 6) 1,6% ( 19) 1,9% ( 7) 0,4% ( 1) 1,1% ( 6) 1,2% ( 14)

100% ( 376) 100% ( 276) 100% ( 536) 100% (1188) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1188

citações.

Marcelo Deda

29,3%

24,6%

46,1%

499

Antônio Carlos Valadares

30,8%

18,4%

50,9%

234

José AlmeidaLima

29,8%

25,3%

44,9%

198

Indecisos

41,7%

25,8%

32,5%

151

Brancos/Nulos

26,0%

23,3%

50,7%

73

Adelmo Macedo

52,6%

15,8%

31,6%

19

Ismael Silva

50,0%

7,1%

42,9%

14

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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139

REJEIÇÃO DO VOTO ESTIMULADO x ZONAS ELEITORAIS

Os seguintes nomes são de candidatos a prefeito do município de Aracaju. Em quais

deles o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum? (Apresentar disco)

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESTIMULADA

Antônio Carlos Valadares Ismael Silva

José Almeida Lima Adelmo Macedo

IndecisosMarcelo Deda Brancos/Nulos

TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONA ELEITORAL

TOTAL

24,6% ( 125) 23,0% ( 95) 21,0% ( 151) 22,6% ( 371) 15,4% ( 78) 19,1% ( 79) 16,4% ( 118) 16,8% ( 275) 13,8% ( 70) 16,0% ( 66) 16,8% ( 121) 15,7% ( 257) 11,0% ( 56) 16,5% ( 68) 12,8% ( 92) 13,2% ( 216) 17,7% ( 90) 8,0% ( 33) 11,0% ( 79) 12,3% ( 202) 11,6% ( 59) 8,2% ( 34) 10,4% ( 75) 10,2% ( 168) 5,9% ( 30) 9,2% ( 38) 11,7% ( 84) 9,3% ( 152)

100% ( 508) 100% ( 413) 100% ( 720) 100% (1641) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1641

citações.

Valadares

33,7%

25,6%

40,7%

371

Ismael Silva

28,4%

28,7%

42,9%

275

Almeida Lima

27,2%

25,7%

47,1%

257

AdelmoMacedo

25,9%

31,5%

42,6%

216

Indecisos

44,6%

16,3%

39,1%

202

Marcelo Deda

35,1%

20,2%

44,6%

168

Brancos/Nulos

19,7%

25,0%

55,3%

152

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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140

INTENÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

- Nas próximas eleições em quem o(a) senhor(a) pretende (gostaria de) votar para

prefeito de Aracaju? Por quê?

- Qual é o endereço do respondente? ZONAS ELEITORAIS

PREFEITO ESPONTÂNEAIndecisos

Marcelo DedaAntônio Carlos Valadares

José Almeida LimaBrancos/Nulos

Adelmo MacedoIsmael Silva

TOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

33,2% ( 125) 47,8% ( 132) 34,9% ( 187) 37,4% ( 444) 29,5% ( 111) 28,6% ( 79) 27,6% ( 148) 28,5% ( 338) 16,0% ( 60) 8,3% ( 23) 20,9% ( 112) 16,4% ( 195) 12,0% ( 45) 9,4% ( 26) 11,9% ( 64) 11,4% ( 135) 5,1% ( 19) 5,4% ( 15) 3,9% ( 21) 4,6% ( 55) 2,7% ( 10) 0,4% ( 1) 0,6% ( 3) 1,2% ( 14) 1,6% ( 6) 0,0% ( 0) 0,2% ( 1) 0,6% ( 7)

100% ( 376) 100% ( 276) 100% ( 536) 100% (1188) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1188

citações.

Indecisos

28,2%

29,7%

42,1%

444

Marcelo Deda

32,8%

23,4%

43,8%

338

Antônio CarlosValadares

30,8%

11,8%

57,4%

195

José AlmeidaLima

33,3%

19,3%

47,4%

135

Brancos/Nulos

34,5%

27,3%

38,2%

55

Adelmo Macedo

71,4%

7,1% 21,4%

14

Ismael Silva

85,7%

14,3% 7

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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141

REJEIÇÃO DO VOTO ESPONTÂNEO x ZONAS ELEITORAIS

Em quem o(a) senhor(a) não votaria, de jeito nenhum, para prefeito de Aracaju? Por

quê?

- Qual é o endereço do respondente?

ZONAS ELEITORAIS REJEIÇÃO ESPONTÂNEA

IndecisosAntônio Carlos Valadares

José Almeida LimaMarcelo DédaIsmael Silva

Adelmo MacedoBrancos/Nulos

OutrosTOTAL

1ª ZONAELEITORAL

2ª ZONAELEITORAL

27ª ZONAELEITORAL

TOTAL

38,6% ( 145) 51,8% ( 143) 44,2% ( 237) 44,2% ( 525) 23,4% ( 88) 17,4% ( 48) 18,1% ( 97) 19,6% ( 233) 10,6% ( 40) 11,2% ( 31) 13,1% ( 70) 11,9% ( 141) 9,6% ( 36) 4,7% ( 13) 9,7% ( 52) 8,5% ( 101) 8,2% ( 31) 6,9% ( 19) 6,3% ( 34) 7,1% ( 84) 5,1% ( 19) 5,1% ( 14) 3,2% ( 17) 4,2% ( 50)

2,9% ( 8) 4,1% ( 22) 3,7% 3,7% ( 14) ( 44) 0,0% ( 0) 1,3% ( 7) 0,8% 0,8% ( 3) ( 10)

100% ( 376) 100% ( 276) 100% ( 536) 100% (1188)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 1188

citações.

Indecisos 27,6%

27,2%

45,1%

525

Antônio Carlos Valadares

37,8%

20,6%

41,6%

233

José AlmeidaLima

28,4%

22,0%

49,6%

141

Marcelo Déda

35,6%

12,9%

51,5%

101

Ismael Silva

36,9%

22,6%

40,5%

84

AdelmoMacedo

38,0%

28,0%

34,0%

50

Brancos/Nulos 31,8%

18,2%

50,0%

44

Outros

30,0%

70,0%

10

1ª ZONA ELEITORAL 2ª ZONA ELEITORAL 27ª ZONA ELEITORAL

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APÊNDICE C – MOTIVOS PARA ESCOLHA DO CANDIDATO

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO MARCELO DÉDA

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA INTENÇÃO DÉDAMelhor candidato/Melhor proposta

Para mudarBom deputado/Bom político

É do PTGosto dele

TOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

18,2% ( 8) 35,4% ( 52) 0,0% ( 0) 37,1% ( 26) 33,3% ( 28) 23,8% ( 15) 21,1% ( 28) 33,9% ( 108) 30,8% ( 265) 15,9% ( 7) 15,0% ( 22) 0,0% ( 0) 14,3% ( 10) 14,3% ( 12) 27,0% ( 17) 31,6% ( 42) 43,6% ( 139) 29,0% ( 249) 40,9% ( 18) 23,1% ( 34) 0,0% ( 0) 18,6% ( 13) 19,0% ( 16) 9,5% ( 6) 27,1% ( 36) 8,2% ( 26) 17,3% ( 149) 13,6% ( 6) 10,2% ( 15) 0,0% ( 0) 17,1% ( 12) 19,0% ( 16) 20,6% ( 13) 16,5% ( 22) 4,7% ( 15) 11,5% ( 99) 11,4% ( 5) 16,3% ( 24) 0,0% ( 0) 12,9% ( 9) 14,3% ( 12) 19,0% ( 12) 3,8% ( 5) 9,7% ( 31) 11,4% ( 98) 100% ( 44) 100% ( 147) 0,0% ( 0) 100% ( 70) 100% ( 84) 100% ( 63) 100% ( 133) 100% ( 319) 100% ( 860)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 860 citações.

Melhor candidato/Melhor proposta

3,0%

19,6%

9,8% 10,6%

5,7%

10,6%

40,8%

Para mudar

2,8%

8,8%

4,0% 4,8% 6,8%

16,9%

55,8%

Bom deputado/Bom político

12,1%

22,8%

8,7% 10,7%

4,0%

24,2% 17,4%

É do PT

6,1% 15,2%

12,1% 16,2% 13,1%

22,2% 15,2%

Gosto dele

5,1%

24,5%

9,2% 12,2% 12,2%

5,1%

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000

0

139

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143

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO MARCELO DÉDA

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA REJEIÇÃO DÉDA

Não voto no PTNão gosto dele

Não conheço suas propostasNão é bom candidato

Deve continuar como deputadoTOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 17,5% ( 7) 0,0% ( 0) 32,0% ( 8) 34,5% ( 10) 30,8% ( 12) 16,4% ( 9) 28,6% ( 26) 25,8% ( 72) 0,0% ( 0) 32,5% ( 13) 0,0% ( 0) 28,0% ( 7) 17,2% ( 5) 12,8% ( 5) 29,1% ( 16) 23,1% ( 21) 24,0% ( 67) 0,0% ( 0) 27,5% ( 11) 0,0% ( 0) 20,0% ( 5) 24,1% ( 7) 38,5% ( 15) 23,6% ( 13) 20,9% ( 19) 25,1% ( 70) 0,0% ( 0) 20,0% ( 8) 0,0% ( 0) 12,0% ( 3) 17,2% ( 5) 12,8% ( 5) 14,5% ( 8) 15,4% ( 14) 15,4% ( 43) 0,0% ( 0) 2,5% ( 1) 0,0% ( 0) 8,0% ( 2) 6,9% ( 2) 5,1% ( 2) 16,4% ( 9) 12,1% ( 11) 9,7% ( 27) 0,0% ( 0) 100% ( 40) 0,0% ( 0) 100% ( 25) 100% ( 29) 100% ( 39) 100% ( 55) 100% ( 91) 100% ( 279)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 279 citações.

Não voto no PT

9,7%

11,1% 13,9%

16,7%

12,5%

36,1%

Não gosto dele

19,4%

10,4% 7,5% 7,5%

23,9%

31,3%

Não conheço suas propostas

15,7%

7,1% 10,0%

21,4% 18,6%

27,1%

Não é bom candidato

18,6%

7,0% 11,6% 11,6%

18,6%

32,6%

Deve continuar como

deputado

3,7% 7,4% 7,4% 7,4%

33,3

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000

0

26

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144

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO JOSÉ DE ALMEIDA LIMA

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA

INTENÇAO ALMEIDA Bom administrador

Melhor candidato/Melhor propostaGosto dele

Bom políticoPara mudar

TOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

78,6% ( 44) 82,3% ( 144) 82,2% ( 97) 82,2% ( 60) 79,2% ( 61) 74,3% ( 75) 69,9% ( 95) 70,9% ( 83) 77,3% ( 659) 5,4% ( 3) 11,4% ( 20) 11,0% ( 13) 9,6% ( 7) 15,6% ( 12) 12,9% ( 13) 19,1% ( 26) 16,2% ( 19) 13,2% ( 113) 3,6% ( 2) 2,9% ( 5) 3,4% ( 4) 6,8% ( 5) 5,2% ( 4) 9,9% ( 10) 8,8% ( 12) 10,3% ( 12) 6,3% ( 54) 3,6% ( 2) 1,7% ( 3) 2,5% ( 3) 1,4% ( 1) 0,0% ( 0) 3,0% ( 3) 2,2% ( 3) 0,9% ( 1) 1,9% ( 16) 8,9% ( 5) 1,7% ( 3) 0,8% ( 1) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 1,7% ( 2) 1,3% ( 11)

100% ( 56) 100% ( 175) 100% ( 118) 100% ( 73) 100% ( 77) 100% ( 101) 100% ( 136) 100% ( 117) 100% ( 853) Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 853 citações.

Bom administrador

6,7%

21,9%

14,7%

9,1% 9,3%

11,4%

14,4% 12,6%

Melhor candidato/Melhor proposta

2,7%

17,7% 11,5%

6,2% 10,6% 11,5% 23,0%

16,8%

Gosto dele

3,7% 9,3% 7,4% 9,3% 7,4% 18,5% 22,2% 22,2%

Bom político

12,5% 18,8% 18,8% 6,3% 18,8% 18,8% 6,3%

Para mudar

45,5% 27,3% 9,1%

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000

0

144

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145

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO JOSÉ DE ALMEIDA LIMA

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA REJEIÇÃO ALMEIDA

Mau administradorNão gosto dele

Mau políticoApoiado por Albano

Fala mal dos outros candidatosTOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 50,0% ( 22) 45,2% ( 14) 48,5% ( 16) 45,3% ( 24) 38,1% ( 16) 43,4% ( 36) 35,5% ( 39) 42,2% ( 167) 0,0% ( 0) 31,8% ( 14) 38,7% ( 12) 21,2% ( 7) 20,8% ( 11) 38,1% ( 16) 31,3% ( 26) 36,4% ( 40) 31,8% ( 126) 0,0% ( 0) 4,5% ( 2) 12,9% ( 4) 12,1% ( 4) 15,1% ( 8) 11,9% ( 5) 16,9% ( 14) 12,7% ( 14) 12,9% ( 51) 0,0% ( 0) 6,8% ( 3) 3,2% ( 1) 6,1% ( 2) 15,1% ( 8) 7,1% ( 3) 8,4% ( 7) 8,2% ( 9) 8,3% ( 33) 0,0% ( 0) 6,8% ( 3) 0,0% ( 0) 12,1% ( 4) 3,8% ( 2) 4,8% ( 2) 0,0% ( 0) 7,3% ( 8) 4,8% ( 19) 0,0% ( 0) 100% ( 44) 100% ( 31) 100% ( 33) 100% ( 53) 100% ( 42) 100% ( 83) 100% ( 110) 100% ( 396)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 396 citações.

Mau administrador

13,2%

8,4% 9,6%

14,4%

9,6%

21,6% 23,4%

Não gosto dele

11,1% 9,5%

5,6%

8,7%

12,7%

20,6%

31,7%

Mau político

3,9%

7,8% 7,8%

15,7% 9,8%

27,5% 27,5%

Apoiado por Albano

9,1%

3,0% 6,1%

24,2%

9,1%

21,2% 27,3%

Fala mal dos outros candidatos

15,8%

21,1% 10,5% 10,5%

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000

0

40

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146

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ANTÔNIO CARLOS VALADARES

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA INTENÇÃO VALADARES

Bom administradorMelhor candidato/Melhor proposta

Gosto deleBom político

TOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 62,9% ( 44) 48,5% ( 16) 48,4% ( 15) 49,4% ( 41) 54,5% ( 85) 42,7% ( 73) 50,4% ( 274) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 24,3% ( 17) 45,5% ( 15) 32,3% ( 10) 25,3% ( 21) 28,2% ( 44) 35,1% ( 60) 30,7% ( 167) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 5,7% ( 4) 3,0% ( 1) 6,5% ( 2) 18,1% ( 15) 12,2% ( 19) 11,7% ( 20) 11,2% ( 61) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 7,1% ( 5) 3,0% ( 1) 12,9% ( 4) 7,2% ( 6) 5,1% ( 8) 10,5% ( 18) 7,7% ( 42) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 100% ( 70) 100% ( 33) 100% ( 31) 100% ( 83) 100% ( 156) 100% ( 171) 100% ( 544)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 544 citações.

Bom administrador

16,1%

5,8% 5,5%

15,0%

31,0%

26,6%

Melhor candidato/Melhor proposta

10,2% 9,0% 6,0%

12,6%

26,3%

35,9%

Gosto dele

6,6% 1,6% 3,3%

24,6% 31,1% 32,8%

Bom político

11,9%

2,4% 9,5% 14,3% 19,0%

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000

0

85

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147

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ANTÔNIO CARLOS VALADARES

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA REJEIÇÃO VALADARES

Mau administradorNão gosto dele

Fala mal dos outros candidatosMau político

Criou a CPMFApoiado por João e Maria

TOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 18,2% ( 2) 11,8% ( 2) 35,0% ( 7) 42,9% ( 18) 39,6% ( 36) 30,4% ( 59) 33,1% ( 124) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 45,5% ( 5) 35,3% ( 6) 30,0% ( 6) 28,6% ( 12) 23,1% ( 21) 27,3% ( 53) 27,5% ( 103) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 18,2% ( 2) 17,6% ( 3) 20,0% ( 4) 14,3% ( 6) 13,2% ( 12) 20,6% ( 40) 17,9% ( 67) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 18,2% ( 2) 5,9% ( 1) 15,0% ( 3) 7,1% ( 3) 13,2% ( 12) 11,9% ( 23) 11,7% ( 44) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 17,6% ( 3) 0,0% ( 0) 4,8% ( 2) 4,4% ( 4) 6,2% ( 12) 5,6% ( 21) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 11,8% ( 2) 0,0% ( 0) 2,4% ( 1) 6,6% ( 6) 3,6% ( 7) 4,3% ( 16) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 100% ( 11) 100% ( 17) 100% ( 20) 100% ( 42) 100% ( 91) 100% ( 194) 100% ( 375)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 375 citações.

Mau administrador

1,6% 1,6% 5,6%

14,5%

29,0%

47,6%

Não gosto dele

4,9% 5,8% 5,8%

11,7%

20,4%

51,5%

Fala mal dos outros candidatos

3,0% 4,5% 6,0% 9,0%

17,9%

59,7%

Mau político

4,5% 2,3% 6,8% 6,8%

27,3%

52,3%

Criou a CPMF

14,3%

9,5% 19,0%

57,1%

Apoiado por João e Maria

12,5% 6,3% 37,5%

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000

0

59

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148

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ADELMO MACÊDO

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA INTENÇÃO ADELMO

Melhor candidatoPara mudarGosto dele

Melhores propostasTOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 50,0% ( 1) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 60,0% ( 3) 43,8% ( 7) 47,8% ( 11) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 50,0% ( 1) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 40,0% ( 2) 18,8% ( 3) 26,1% ( 6) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 18,8% ( 3) 13,0% ( 3) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 18,8% ( 3) 13,0% ( 3) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 100% ( 2) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 100% ( 5) 100% ( 16) 100% ( 23)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 23 citações.

Melhor candidato

9,1%

27,3%

63,6%

Para mudar

16,7%

33,3%

50,0%

Gosto dele

100,0%

Melhores propostas

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000

0

7

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149

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ADELMO MACÊDO

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA REJEIÇÃO ADELMO

Não o conheçoNão tem experiência

Não gosto deleTOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 50,0% ( 3) 0,0% ( 0) 66,7% ( 2) 50,0% ( 5) 58,8% ( 20) 44,4% ( 20) 51,0% ( 50) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 16,7% ( 1) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 30,0% ( 3) 26,5% ( 9) 40,0% ( 18) 31,6% ( 31) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 33,3% ( 2) 0,0% ( 0) 33,3% ( 1) 20,0% ( 2) 14,7% ( 5) 15,6% ( 7) 17,3% ( 17) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 100% ( 6) 0,0% ( 0) 100% ( 3) 100% ( 10) 100% ( 34) 100% ( 45) 100% ( 98)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 98 citações.

Não o conheço

6,0%

4,0%

10,0%

40,0% 40,0%

Não tem experiência

3,2%

9,7%

29,0%

58,1%

Não gosto dele

11,8%

5,9%

11,8%

29,4%

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000

25/09/2000

0

20

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PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A INTENÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ISMAEL SILVA

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA

INTENÇÃO ISMAELGosto dele

Melhor candidato/Melhor propostaPara mudarBom político

OposiçãoTOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

28,6% ( 2) 0,0% ( 0) 37,8% ( 14) 0,0% ( 0) 50,0% ( 1) 100% ( 1) 0,0% ( 0) 16,7% ( 1) 32,2% ( 19) 28,6% ( 2) 0,0% ( 0) 24,3% ( 9) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 33,3% ( 2) 66,7% ( 4) 28,8% ( 17) 14,3% ( 1) 0,0% ( 0) 18,9% ( 7) 0,0% ( 0) 50,0% ( 1) 0,0% ( 0) 50,0% ( 3) 0,0% ( 0) 20,3% ( 12) 28,6% ( 2) 0,0% ( 0) 5,4% ( 2) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 16,7% ( 1) 16,7% ( 1) 10,2% ( 6) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 13,5% ( 5) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 8,5% ( 5) 100% ( 7) 0,0% ( 0) 100% ( 37) 0,0% ( 0) 100% ( 2) 100% ( 1) 100% ( 6) 100% ( 6) 100% ( 59)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 59 citações.

Gosto dele

10,5%

73,7%

5,3% 5,3%

5,3%

Melhor candidato/Melhor proposta

11,8%

52,9%

11,8%

23,5%

Para mudar

8,3%

58,3%

8,3%

25,0%

Bom político

33,3%

33,3%

16,7% 16,7%

Oposição

100,0%

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000

0

14

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151

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA POLÍTICA ARACAJU/SE – 10/1999 A 09/2000

MOTIVOS PARA A REJEIÇÃO DE VOTO NO CANDIDATO ISMAEL SILVA

ESTIMULADO/ESPONTÂNEO x DATA PESQUISA

DATA REJEIÇÃO ISMAEL

Não gosto deleNão tem competênciaNão é bom candidato

Traiu o PTNão confio nele

TOTAL

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000 TOTAL

0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 48,6% ( 17) 33,3% ( 1) 27,3% ( 3) 23,8% ( 5) 26,9% ( 18) 38,9% ( 28) 34,4% ( 72) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 17,1% ( 6) 33,3% ( 1) 18,2% ( 2) 38,1% ( 8) 22,4% ( 15) 11,1% ( 8) 19,1% ( 40) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 11,4% ( 4) 0,0% ( 0) 18,2% ( 2) 9,5% ( 2) 19,4% ( 13) 18,1% ( 13) 16,3% ( 34) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 5,7% ( 2) 0,0% ( 0) 27,3% ( 3) 9,5% ( 2) 20,9% ( 14) 18,1% ( 13) 16,3% ( 34) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 17,1% ( 6) 33,3% ( 1) 9,1% ( 1) 19,0% ( 4) 10,4% ( 7) 13,9% ( 10) 13,9% ( 29) 0,0% ( 0) 0,0% ( 0) 100% ( 35) 100% ( 3) 100% ( 11) 100% ( 21) 100% ( 67) 100% ( 72) 100% ( 209)

Os valores do quadro são os percentuais em coluna estabelecidos sobre 209 citações.

Não gosto dele

23,6%

1,4% 4,2%

6,9%

25,0%

38,9%

Não tem competência

15,0%

2,5% 5,0%

20,0%

37,5%

20,0%

Não é bom candidato

11,8%

5,9% 5,9%

38,2% 38,2%

Traiu o PT

5,9%

8,8% 5,9%

41,2% 38,2%

Não confio nele

20,7%

3,4% 3,4%

13,8%

24,1%

07/10/1999 15/12/1999 29/02/2000 18/06/2000 02/07/2000 21/07/2000 25/08/2000 25/09/2000

0

28

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