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A A P P E E Q Q U U E E N N A A P P E E S S C C A A NA COSTA CONTINENTAL PORTUGUESA E E M M 2 2 0 0 0 0 5 5 Programa Nacional de Recolha de Dados da Pesca Manuel Afonso-Dias, Pedro Sousa, Paula Fernandes, Cristina Ribeiro, Leonor Elias, Carlos Pinto, Lara Pereira Universidade do Algarve Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura - 2007 -

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AA PPEEQQUUEENNAA PPEESSCCAA NNAA CCOOSSTTAA CCOONNTTIINNEENNTTAALL PPOORRTTUUGGUUEESSAA

EEMM 22000055

Programa Nacional de Recolha de Dados da Pesca

Manuel Afonso-Dias, Pedro Sousa, Paula Fernandes, Cristina Ribeiro, Leonor Elias, Carlos Pinto, Lara Pereira

Universidade do Algarve Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura

- 2007 -

Ficha técnica Título: A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005. Programa Nacional de Recolha de Dados da Pesca Edição: Universidade do Algarve / Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura Autoria: Manuel Afonso-Dias, Pedro Sousa, Paula Fernandes, Cristina Ribeiro, Leonor Elias, Carlos Pinto e Lara Pereira Composição e arranjo gráfico: Pedro Sousa Ilustrações e arte final: João Eduardo Pinto Julho de 2007 ISBN: 978-972-9341-65-6 Universidade do Algarve Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente Campus de Gambelas 8005-139 Faro Telefone: 289 800953; Telefax: 289 800069 Endereço na internet: www.ualg.pt/fcma Direcção Geral das Pescas e Aquicultura Av. Brasília 1449-030 Lisboa Telefone: 21 3035700; Telefax: 21 3035702 Endereço na internet: www.dg-pescas.pt

i

Sumário A presente publicação apresenta os resultados do programa de amostragem por inquirição sobre a captura, esforço e consumo de combustível, realizados em 2005 na costa continental portuguesa, pela frota menor que doze metros de comprimento de fora-a-fora (pequena pesca). Este programa (designado por Programa Mínimo para a recolha de dados da pesca) decorre da obrigação do estado português providenciar à Comissão Europeia (CE), no âmbito da Política Comum de Pescas, informação periódica sobre a sua actividade pesqueira. Uma vez que não existe informação censitária para a pequena pesca a Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura (DGPA) estabeleceu um programa de recolha de dados por inquérito o qual foi colocado em funcionamento, em Agosto de 2003, com o apoio da Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente da Universidade do Algarve (UALG). A inquirição à pequena pesca, realizada com uma periodicidade quinzenal, foi efectuada inteiramente por técnicos da DGPA. A UALG colaborou na concepção do formulário do inquérito, na revisão do planeamento de amostragem efectuada no final de 2004, no desenvolvimento da base de dados para a acomodar informação recolhida – compatível com a base de dados nacional da DGPA, no desenvolvimento de uma página na Internet para a gestão do programa de inquirição e informatização remota dos dados recolhidos, no treino dos inquiridores na utilização do sistema, no tratamento e análise dos dados recolhidos e na produção de relatórios periódicos com esta informação. A colaboração da UALG manteve-se até ao final de 2006, uma vez garantida a total auto-suficiência da DGPA na gestão integral do programa. O programa de amostragem à pequena pesca considerou, por um lado, os diferentes tipos de pesca, tal como especificados pela CE (pesca com artes móveis, pesca com artes passivas e pesca polivalente – constituída pelas embarcações que se encontram licenciadas para artes móveis e para artes passivas, em simultâneo) e, por outro, três zonas geográficas (Zona 1 – Norte e Centro; Zona 2 – Lisboa; Zona 3 – Alentejo e Algarve), as quais consistiram em estratos de amostragem. Os dados foram analisados sob duas perspectivas, uma exploratória, fundamentalmente qualitativa, a qual se cinge à informação constante nas amostras recolhidas, e a outra inferencial, através da qual se utiliza a informação das amostras para deduzir as características da população em questão, neste caso, o conjunto de todas as embarcações menores que doze metros de comprimento de fora-a-fora, licenciadas para a pesca em 2005. A grande maioria das marés (viagens de pesca) efectuadas pela frota amostrada foi de um dia de pesca. A gasolina foi o tipo de combustível mais utilizado pelas embarcações das Zonas 1 e 2, enquanto que, na Zona 3, o gasóleo foi o tipo de combustível mais utilizado. As amostras recolhidas foram provenientes, essencialmente das capturas de três artes de pesca (cerco, xávega e armadilhas de gaiola), que consistiram em cerca de dois terços do total de capturas em peso amostradas em 2005. As espécies mais capturadas por cada uma destas artes foram, respectivamente, a sardinha, a cavala e o polvo, as quais constituíram 60% do total de capturas em peso. Observou-se uma elevada heterogeneidade na utilização de artes de pesca por zonas, bem como das espécies capturadas.

ii

Para ilustrar esta diversidade, optou-se por apresentar os resultados em fichas-tipo, por zona de inquirição, por arte de pesca, (apanha, armadilhas de gaiola, cerco, ganchorra, palangre de fundo, redes de emalhar de fundo, tresmalho de fundo e xávega) e por cada uma de dez espécies, de entre as mais importantes na pequena pesca (carapau, cavala, choco, faneca, linguado, lula, pescada, polvo, salmonete, e sardinha), entre as espécies-alvo da inquirição requerida pela CE. Cada ficha-tipo está organizada em cinco secções: Título, Indicadores da amostragem, imagem (da arte de pesca ou da espécie), Caixa de texto (análise da informação) e Estimações (por exemplo, de esforço de pesca). É de referir que, em anexo, se inclui, entre outra informação, um guia de espécies de todas aquelas para as quais a CE exige informação sobre capturas, o formulário do inquérito utilizado em 2005, e a formulação utilizada nas estimações efectuadas para toda a frota da pequena pesca. Abstract This publication presents the results of the sampling programme carried out in 2005 regarding the collection of species catch composition by fishing gear, fishing effort, and fuel consumption of the Portuguese artisanal fishing fleet (registered boats with less than 12 metres overall length). The implementation of the sampling program was designed according to the current European Commission (EC) guidelines, which anticipate that each member-state should regularly provide specific information on its fisheries activities. Since there is no census data available on this particular fishing segment, the sampling design was developed and carried out by the Portuguese General-Directorate of Fisheries and Aquaculture (DGPA) in collaboration with the University of Algarve (UALG). The work conducted by UALG consisted of enquiry design, assessment and revision of the sampling design, databases and webpage development as well as data inserting tools, technician training, data insertion, statistical analysis of the collected data, and writing up progression reports. The UALG participation in this program was finalized at the end of 2006 and total supervision of the Program is now the responsibility of DGPA.

The sampling program was designed considering the three types of fishing activities according to the type of gears used as specified by the EC (mobile gears, passive gears, and multi-gears), and also by dividing the Portuguese coast in three geographical strata (zones) based on the major administrative areas - Zone 1 – North and Centre; Zone 2 – Lisbon; Zone 3 – Alentejo and Algarve (South). Data analysis was performed by using exploratory and inferential methods, to extract important qualitative indicators and to estimate, among others, catch and effort parameters.

The results showed that the vast majority of the fishing trips last for about 24 hours and that the boats operating in Zones 1 and 2 use mostly gasoline, whereas in Zone 3, diesel was the most used type of fuel. Three fishing gears (purse seine, beach seine “xávega” nets and pots) accounted for about two thirds of the total catch sampled in 2005. The main species caught by these gears were sardine (Sardina pilchardus), chub mackerel (Scomber japonicus) and common octopus (Octopus vulgaris), respectively. These three species represented about 60% of the total catch in weight. The main fishing gears used in each zone varied and so did the main target species caught by it.

iii

Due to the diversity of fishing gears and species caught along the three zones, the results were compiled as fact sheets covering the different zones, fishing gear (hand dredge, pots, purse seine nets, dredges, bottom longlines, bottom gill nets, bottom trammel nets and beach seine nets “xávega”) and ten selected species among the target species specified by the EC (horse mackerel, chub mackerel, cuttlefish, pouting, sole, common squid, european hake, common octopus, striped red mullet and sardine). The fact-sheets were organized in five sections: main title, sampling indicators, fishing gear or species drawing, text box with the analysis of information and estimations (fishing effort estimations for example). A species guide containing all the species listed by the EC guidelines was also included, as an annex, as well as the enquiry used in 2005 and other information considered relevant for this publication. Referência bibliográfica: Afonso-Dias, M, P. Sousa, P. Fernandes, C. Ribeiro, L. Elias, C. Pinto e L. Pereira, 2007. A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005. Programa Nacional de Recolha de Dados da Pesca. Universidade do Algarve / Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura. Publicação digital, 40 pp. + anexos.

iv

Índice remissivo

1 Introdução....................................................................................................... 1 1.1 Enquadramento e objectivos .................................................................... 1 1.2 Pequena pesca: frota ............................................................................... 3 1.3 Tipos e artes de pesca ............................................................................. 4 1.4 Espécies................................................................................................... 5

2 Metodologia .................................................................................................... 7 2.1 Amostragem............................................................................................. 7 2.2 O Inquérito................................................................................................ 7 2.3 Base de dados, site do Programa Mínimo e processamento informático. 8 2.4 Tratamento de dados e análises estatísticas ......................................... 12

3 Resultados.................................................................................................... 15 3.1 Regime de operação da frota ................................................................. 15 3.2 Capturas e esforço de pesca.................................................................. 17

Agradecimentos............................................................................................... 40

Referências e bibliografia ................................................................................ 40

Anexos............................................................................................................. 41

v

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

1

1 Introdução

1.1 Enquadramento e objectivos

Portugal é um dos estados-membros da União Europeia em que o mar desempenha

um papel sócio-económico fundamental. Esta dependência natural, fruto de uma zona

costeira extensa e de uma plataforma continental de elevada produtividade biológica,

assume particular relevância na pequena pesca, também denominada artesanal, cuja

frota é constituída por pequenas embarcações de reduzida autonomia de operação e

comprimento de fora-a-fora menor que 12 metros. Por estes motivos, a pesca

artesanal está fortemente ligada a pequenas comunidades piscatórias que se

distribuem ao longo de todo o litoral português. Grande parte da população destas

comunidades depende do aproveitamento directo dos produtos da pesca bem como da

indústria de transformação de pescado, o que confere à pequena pesca uma grande

importância.

No âmbito da Política Comum de Pescas, a Comissão Europeia (CE) estabeleceu que

os estados-membros passassem a enviar, periodicamente, informação sobre a

actividade pesqueira1. A informação mínima obrigatória a recolher e a enviar consta

do denominado Programa Mínimo que abrange várias áreas temáticas, de entre as

quais se destacam nesta publicação o esforço de pesca por tipo de artes de pesca

utilizadas e as capturas por espécie.

Face à ausência de informação censitária para a pequena pesca a Direcção-Geral das

Pescas e Aquicultura (DGPA) estabeleceu um acordo de colaboração com a

Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente (FCMA) da Universidade do Algarve

(UALG) com vista a implementar, de raiz, um plano de amostragem dirigido a este

segmento de frota, desde a recolha de dados até ao seu processamento. Esta

colaboração foi iniciada em Agosto de 2003 e terminou em Dezembro de 2006.

A responsabilidade da UALG incidiu em sete temas fundamentais: (1) concepção e

aperfeiçoamento do formulário do inquérito; (2) revisão do plano de amostragem

1 Reg. CE N.º 1543/2000, de 29 de Junho; Decisão do Conselho (2000/439/CE), de 29 de Julho; Reg. CE No. 1639/2001, de 25 de Julho; Reg. CE No. 1581/2004, de 27 de Agosto.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2

estatística inicial; (3) colaboração na coordenação da amostragem quinzenal; (4)

desenvolvimento das bases de dados e das aplicações informáticas necessárias; (5)

formação dos inquiridores; (6) validação dos inquéritos introduzidos; (7) tratamento e

análise de dados e elaboração de estatísticas de captura, esforço de pesca e consumo

de combustível e disponibilização dos resultados através de relatórios periódicos.

Com esta publicação pretende-se divulgar a actividade da pequena pesca em Portugal

continental no ano de 2005, com base na informação exigida pela CE, definida no

Programa Mínimo. Tanto a nível exploratório (apenas com base na informação dos

inquéritos efectuados) como a nível inferencial (estimações para toda a frota da

pequena pesca com base na informação da amostragem) são apresentadas estatísticas

sobre o regime de operação da frota, as artes de pesca mais utilizadas e as espécies

mais capturadas em cada uma das três zonas de inquirição estabelecidas, as quais se

baseiam nas cinco regiões administrativas do continente – NUTSII (Zona 1 – Norte e

Centro; Zona 2 – Lisboa; Zona 3 – Alentejo e Algarve). Com a presente publicação

pretende-se, também, constituir um formato padrão que possa ser utilizado

posteriormente na divulgação anual de resultados da amostragem da pequena pesca.

Apresenta-se inicialmente informação sobre as principais características das

embarcações licenciadas que compunham a frota da pequena pesca em 2005 (secção

1.2), das artes de pesca mais utilizadas (secção 1.3), bem como relativamente às

espécies mais importantes na pequena pesca e para as quais a CE exige o

levantamento periódico de informação (secção 1.4). Os conceitos básicos relativos ao

esquema de amostragem adoptado (selecção de amostras) encontram-se descritos na

secção 2.1, enquanto que na secção 2.3 se procede à descrição da página de Internet

(site) do Programa Mínimo bem como do processamento informático da informação

recolhida por inquirição. Os métodos utilizados no tratamento e análise dos dados da

inquirição são abordados na secção 2.5. Os resultados (secção 3) encontram-se

divididos em duas partes; na primeira (3.1) descreve-se, de modo sucinto, o regime de

operação da frota relativamente aos dias de pesca efectuados por embarcação e ao tipo

de combustível utilizado. A secção 3.2 encontra-se organizada em fichas-tipo com a

informação sobre cada zona de inquirição, artes de pesca e espécies mais importantes,

ordenadas alfabeticamente. A lista dos nomes vulgares (comuns) e científicos das

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

espécies mencionadas nas fichas-tipo é apresentada no Anexo I. A lista de artes e

grupos de artes mencionadas no texto é apresentada na secção 1.3.

1.2 Pequena pesca: frota

Em Janeiro de 2005 encontravam-se licenciadas em Portugal continental 3448

embarcações menores que 12 metros de comprimento de fora-a-fora (cff). A grande

maioria (cerca de 80%) opera desde 1974, sendo observadas duas modas

relativamente ao ano de construção de embarcações: 1980 e 2000 (Figura 1a). Cerca

de 60% das embarcações possui cff entre 5.5 e 7 metros, inclusive (Figura 1b), cerca

de 80% até 4 toneladas de arqueação bruta (TAB) (Figura 1c) e cerca de 75% até 60

hp de potência do motor principal (Figura 1d).

a

1900 1920 1940 1960 1980 20002000

Ano de construção

0.00

0.02

0.04

0.06b

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Comprimento de fora-a-fora (m)

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4

Freq

uênc

ia re

lativ

a

c

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Tonelagem de Arqueação Bruta (t)

0.0

0.1

0.2

0.3

0.4 d

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200

Potência de motor (hp)

0.00

0.01

0.02

0.03

Figura 1 – Pequena pesca – Características da frota licenciada em 2005: a) ano de construção da embarcação; b) comprimento de fora-a-fora (m); c) Tonelagem de Arqueação Bruta (t); d) potência de motor (hp). A primeira classe do histograma d) refere-se às embarcações sem motor.

3

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

1.3 Tipos e artes de pesca

Cada embarcação da frota é classificada de acordo com as características das artes de pesca utilizadas por cada embarcação, de acordo com a regulamentação comunitária (Reg. CE 1581/2004, de 27 de Agosto, Apêndice III, secção C). A frota divide-se, assim, em três grandes grupos de embarcações (tipos de pesca): embarcações que estão licenciadas apenas para pescar com artes móveis (AM), embarcações licenciadas apenas para pescar com artes passivas (AP) e embarcações licenciadas para utilizar artes passivas e também artes móveis – pesca polivalente (APO). A distribuição do total de embarcações pelos três tipos de pesca é bastante desigual, pertencendo a maioria das embarcações ao grupo AP e uma pequena proporção ao grupo AM. Por outro lado, estes números não se mantêm constantes ao longo do ano, uma vez que as licenças por arte de pesca atribuídas às embarcações varia durante o ano. Assim, na Figura 2 apresenta-se a distribuição do total de embarcações pelos diferentes tipos de pesca de acordo com as licenças de pesca existentes no dia 1 de Janeiro de 2005.

Artes móveis 2.2%

Artes passivas 83.7%

Polivalente 14.1%

Figura 2 – Pequena pesca – distribuição do total de embarcações licenciadas em 1 de Janeiro de 2005 pelos três tipos de pesca.

De acordo com a classificação de artes de pesca utilizada pela DGPA as diversas artes encontram-se agrupadas em diferentes categorias, ou grupos de artes (Tabela I). Uma embarcação pode estar licenciada para uma ou mais artes o que permite definir o “tipo de pesca” que praticam (AM, AP ou APO). É de referir que cerca de 80% do total de capturas amostradas se deveu apenas a cinco artes de pesca, nomeadamente, ao cerco para bordo (27.1%), à xávega (23.7%), às armadilhas de gaiola (13.9%), à ganchorra (7.9%) e ao tresmalho de fundo (7.3%).

4

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

Tabela I – Relação dos grupos de artes de pesca e das artes de pesca utilizadas pelas embarcações da pequena pesca inquiridas em 2005, bem como a percentagem com que cada arte de pesca contribuiu para o total de capturas amostradas. As denominações apresentadas são as utilizadas na base de dados da DGPA.

Percentagem do total decapturas amostradas em 2005

Apanhas Utensílios de mão 4.7%Armadilhas de abrigo 1.7%

de barragem < 0.1 %de gaiola 13.9%

Arrasto de fundo de portas < 0.1 %de vara 0.3%Draga manual 0.2%Ganchorra 7.9%pelágico < 0.1 %

Artes de levantar Camaroeiro 0.3%Sombreira < 0.1 %

Cerco para bordo 27.1%Emalhar de 1 Pano de deriva < 0.1 %

de fundo 5.7%Envolventes arrastantes Chinchorro 0.1%

Xávega 23.7%Pesca à linha Cana e linha de mão 0.6%

Corrico < 0.1 %Minhocada < 0.1 %Palangre de fundo 4.4%Utensílio de dilacerar 1.3%

Tresmalho de deriva 0.7%de fundo 7.3%

Grupo de arte Arte

1.4 Espécies

No que se refere à zona IXa do Conselho Internacional para a Exploração do Mar

(CIEM), a qual inclui a costa continental Portuguesa, a Comissão Europeia definiu as

espécies para as quais é obrigatória a informação sobre esforço específico (Anexo II)

e sobre capturas (Anexo III: Guia de espécies). A Tabela II apresenta uma selecção de

algumas destas espécies, efectuada com base na contribuição de cada espécie para o

total de capturas em peso, na persistência das espécies na inquirição efectuada ao

longo do período em análise e também na importância económica das mesmas. O

conjunto das três espécies mais importantes nas capturas em peso (sardinha, cavala e

polvo vulgar) foi responsável por cerca de 59% do total das capturas amostradas desta

frota em 2005 (Tabela II). 5

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

Tabela II – Programa nacional de recolha de dados da pequena pesca. Selecção de algumas das espécies mais importantes na amostragem em 2005 (nome vulgar e nome científico). Para cada espécie apresenta-se a percentagem da sua captura relativamente ao total das capturas em peso registado nos inquéritos e respectiva ordem de importância, bem como a persistência da espécie na amostragem (ocorrência quinzenal) expressa pelo quociente: número de quinzenas em que a espécie foi registada nos inquéritos / total de quinzenas, em 2005.

Percentagem do total de capturas Ordem de importância em Ocorrência quinzenalNome vulgar Nome científico registadas nos inquéritos em 2005 peso (todas as espécies) da espécie (%)

Sardinha Sardina pilchardus 23.2 1 87.5Cavala Scomber japonicus 21.0 2 91.7Polvo vulgar Octopus vulgaris 14.7 3 100.0Choco vulgar Sepia officinalis 3.4 5 100.0Carapau Trachurus trachurus 3.0 6 91.7Faneca Trisopterus luscus 2.0 8 100.0Linguado legítimo Solea vulgaris (solea) 1.1 13 100.0Lulas Loligo spp. 0.7 17 95.8Pescada Merluccius merluccius 0.2 39 66.7Salmonete legítimo Mullus surmuletus 0.1 63 91.7

Outras espécies (n =142) 30.5

Espécie

6

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

7

2 Metodologia

2.1 Amostragem

Para fins administrativos a costa continental portuguesa encontra-se dividida em cinco

regiões NUTS II (ou províncias), nomeadamente, Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, e

Algarve, pelas quais se distribuem os locais de desembarque onde a inquirição teve

lugar. Na concepção do plano de amostragem estatística, para a selecção de amostras

foram considerados os três diferentes tipos de pesca (pesca com artes móveis, pesca

com artes passivas e pesca polivalente) como diferentes subpopulações, i.e., diferentes

unidades para as quais se pretende obter estimativas, tal como exigido pela CE2. Por

outro lado, foram contemplados três diferentes estratos geográficos, ou zonas de

amostragem, nomeadamente, Zona 1 (NUTS II Norte e Centro), Zona 2 (NUTS II

Lisboa) e Zona 3 (NUTS II Alentejo e Algarve). Em cada estrato o planeamento de

tomada de amostras quinzenal é aleatório e o tamanho da amostra foi definido de

acordo com uma abordagem proporcional ao tamanho das subpopulações e dos

estratos geográficos. O Anexo IV inclui as dimensões previstas das amostras a

recolher em cada estrato (Anexo IV-A) bem como o número de amostras recolhidas

quinzenalmente, em 2005 (Anexo IV-B).

2.2 O Inquérito

O inquérito utilizado inclui 4 partes principais, as quais cobrem o levantamento de

informação sobre capturas, rejeições, esforço de pesca, e consumo de combustível,

para além da identificação temporal da última maré efectuada pela embarcação, sobre

a qual o inquérito incide, entre outras informações. O formulário do inquérito

encontra-se no Anexo V.

2 Reg. CE Nos. 1639/2001, de 25 de Julho, e 1581/2004, de 27 de Agosto.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

8

2.3 Base de dados, site do Programa Mínimo e processamento informático

A base de dados do Programa Mínimo - ProgMin (Figura 3) foi construída em MS

ACCESS com uma estrutura relacional totalmente compatível com a da base de dados

da pesca nacional da DGPA. Até meados de 2006 a base de dados ProgMin esteve

alojada num servidor da UALG estando, actualmente, devidamente integrada na base

de dados da DGPA.

O site do Programa Mínimo, projectado e desenvolvido pela UALG, dispõe de

algumas funcionalidades como a geração aleatória das embarcações a inquirir, bem

como a inserção, visualização e manipulação da informação guardada na base de

dados do Programa Mínimo (SiteProgMinBD), através da Internet (on-line).

Quinzenalmente procede-se à selecção aleatória do conjunto de embarcações a

inquirir, seleccionadas de entre o universo de embarcações que possuem licenças de

pesca para um dado período alvo de inquirição. O número de embarcações a inquirir

obedece ao planeamento estatístico de amostragem estabelecido a priori. Após este

primeiro passo é gerado um relatório com os contactos dos mestres das embarcações e

dois relatórios sobre as características das embarcações seleccionadas, com diferentes

graus de pormenor. Estes relatórios são enviados para a sede da DGPA e para os

inquiridores dos centros regionais do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, os

quais efectivam a inquirição nas suas áreas de influência.

Após o período semanal previsto para a inquirição os inquiridores procedem à

introdução on-line de toda a informação constante no inquérito, informação essa que é

validada posteriormente, também on-line. Caso todos os dados estejam correctos o

inquérito é dado como terminado. Caso contrário, o mesmo é remetido para o

respectivo inquiridor para que proceda às devidas correcções, passando o inquérito

corrigido novamente pela fase de validação (Figura 4). Em 2005 a validação dos

inquéritos foi realizada pela UALG. Desde finais de 2006 que a validação passou a ser

realizada pela própria DGPA, em Lisboa. No Anexo VI encontram-se referenciados

todos os colaboradores na inquirição e/ou introdução informática dos dados

recolhidos por inquirição.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

9

Figura 3 – Pequena Pesca – estrutura da base de dados, desenvolvida em ACCESS, para alojar toda a informação recolhida por amostragem no âmbito do Programa Mínimo.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

10

e das actualizações da frota e das licenças e a gestão dos dados dos utilizadores que

Figura 4 – Esquema geral do processamento da informação recolhida por inquérito no âmbito do Programa Mínimo.

O site do Programa Mínimo, cujo menu principal se apresenta na Figura 5, possui,

para além do menu de introdução de inquéritos (Figura 6), outras funcionalidades. Por

exemplo, a gestão dos contactos dos mestres das embarcações e a visualização de

inquéritos já efectuados (ver Anexo VII para uma lista completa de funcionalidades

do site). Algumas das funcionalidades, tais como a importação dos dados de contactos

O inquérito é dado como terminado.

Inquéritos preenchidos em suporte de papel pelos inquiridores nos portos das 5 regiões administrativas: Norte, Centro,

Lisboa, Alentejo, e Algarve.

Introdução on-line do conteúdo dos inquéritos no site do Programa Mínimo pelos inquiridores, nos Centros regionais.

NÃO

Validação do conteúdo dos inquéritos inseridos na Base de Dados do Programa Mínimo, efectuada pela UALG.

Detectada a existência de erros durante a validação?

Inquérito remetido ao respectivo inquiridor para rectificação.

SIM

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

possuem permissões para aceder ao site, encontram-se apenas disponíveis aos

administradores do site. É permitido aos inquiridores aceder a funcionalidades como a

introdução de inquéritos, modificar o contacto de uma dada embarcação, visualizar

quais os inquéritos não terminados e aceder ao relatório quinzenal de desempenho da

inquirição, entre outras.

igura 5 – Menu principal do site ProgMin. F

11

Figura 5 (continuação) – Menu principal do site ProgMin.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

12

igura 6 – Visualização parcial do menu de inserção de inquéritos.

.4 Tratamento de dados e análises estatísticas

o âmbito do Programa Mínimo a análise de dados foi realizada segundo duas

nálise exploratória

da análise exploratória consiste em descrever, de modo

F 2

N

perspectivas: (1) Análise exploratória da informação recolhida por amostragem, e (2)

Análise inferencial, através da qual se utiliza a informação recolhida por amostragem

para se efectuar estimações sobre populações não conhecidas censitariamente.

A

O principal objectivo

fundamentalmente qualitativo, a informação recolhida por amostragem. Para esse fim

são sobretudo utilizados métodos gráficos. Esta metodologia é aplicada

diferenciadamente para cada uma das três zonas de inquirição, incidindo

essencialmente nas variáveis duração de maré, tipo de combustível, capturas por arte

de pesca, capturas por espécie e, de modo inter-relacionado, capturas por espécie e

arte de pesca.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

13

nálise inferencial

análise estatística inferencial utiliza a informação das amostras para obter

al como foi referido anteriormente, a selecção das amostras seguiu um delineamento

ara cada um dos tipos de pesca previstos pela regulamentação comunitária3 (ou

ma das primeiras e fundamentais etapas na estimação de esforço de pesca consiste

A

A

estimativas de parâmetros populacionais, ou seja, para efectuar conclusões

generalizadas acerca de todos os indivíduos passíveis de serem amostrados, ou seja, a

população. Esta inferência é realizada com base numa parte da população presente

nas amostras seleccionadas.

T

estratificado, no qual, em cada um dos estratos geográficos (h=3), a selecção das nh

amostras foi efectuada aleatoriamente. Estando em presença de um delineamento

estratificado, no qual a selecção de unidades em cada estrato é independente, os

estimadores obtidos em cada estrato podem ser combinados por adição de modo a se

obter estimadores para toda a população, desde que ponderados a priori pela

dimensão do estrato (peso do estrato). As formulações utilizadas nesse sentido foram

adaptadas da literatura (Cochran, 1977; Thompson, 2002) e são apresentadas no

Anexo VIII.

P

subpopulações) – pesca com artes móveis, pesca com artes passivas e pesca

polivalente – o procedimento inferencial foi seguido na estimação de vários

parâmetros populacionais, de entre os quais serão aqui analisados o esforço de pesca e

as capturas por espécie. As estimações foram efectuadas quinzenalmente embora os

resultados sejam apresentados por trimestre.

U

na ponderação do número absoluto de dias de pesca que cada embarcação efectuou

numa dada quinzena pela potência e tonelagem de arqueação bruta da embarcação.

Esta ponderação, exigida pela Comissão Europeia (Reg. CE N.º 1581/2004, de 27 de

Agosto, Apêndice V, secção D), pode ser ilustrada pelo seguinte exemplo: considere-

se uma embarcação que efectuou 6 dias de pesca na quinzena, cuja potência de motor

é de 20 cavalos-vapor (kw) e cuja tonelagem de arqueação bruta é de 2 toneladas.

3 Regulamento Comunitário (Reg. CE) N.º 1581/2004, de 27 de Agosto.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

14

ara a estimação de esforço de pesca específico (por espécie), previsto pela CE4 para

Então, na quinzena em análise, os dias de pesca ponderados (Dpp) desta embarcação

serão Dpp = 6 × 20 × 2 = 240.

P

as espécies carapau, enguia, escamudo, lagostim, linguado, pescada, sarda e sardinha,

os dias de pesca ponderados a contabilizar são apenas aqueles nos quais as capturas

das espécies excederam determinados limites, proporcionalmente às capturas totais,

designadamente, um limite 1 (o qual traduz que o esforço de pesca é dirigido à

espécie) ou um limite 2 (esforço de pesca que afecta significativamente a espécie). As

proporções que definem estes limites encontram-se no Anexo II.

4 Reg. CE N.º 1581/2004, de 27 de Agosto, Apêndice VI, Secção D.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

3 Resultados 3.1 Regime de operação da frota Duração das viagens de pesca

A grande maioria das viagens de pesca (marés) teve a duração de apenas um dia,

independentemente da zona de inquirição, especialmente nas Zonas 1 (Norte e

Centro) e 3 (Alentejo e Algarve) onde a proporção de viagens de um dia se aproximou

de 100% (Figura 7). Nas marés de duração superior a um dia de pesca foram

utilizadas artes passivas (ou fixas), nomeadamente, palangre, redes de emalhar de um

pano e tresmalho.

Figura 7 – Pequena pesca – duração da maré (viagem de pesca), em dias, por zona de inquirição, em 2005.

15

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

Tipo de combustível utilizado Cerca de um terço do combustível utilizado nas Zonas 2 e 3 em 2005 correspondeu a

gasóleo, enquanto que, na Zona 1, a utilização deste combustível foi apenas de cerca

de 15% do total (Figura 8). Na Zona 1 a “gasolina 98” representou cerca de 23% do

total de combustível utilizado, enquanto que nas restantes zonas a utilização deste

combustível praticamente não foi registada. É de referir que, no entanto, existiu uma

proporção substancial de gasolina não especificada, em particular, na Zona 3 (44%).

Foram inquiridas três embarcações a remos na Zona 2, que operavam em águas

interiores, neste caso, no estuário do Tejo.

Figura 8 – Pequena pesca – tipo de combustível utilizado, por zona de inquirição, em 2005.

16

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

17

3.2 Capturas e esforço de pesca

A grande maioria das capturas amostradas em 2005 foi explicada por um número

reduzido de artes de pesca. As artes de cerco (23.8% das capturas totais), xávega

(23.7%), armadilhas de gaiola (13.9%), ganchorra (7.9%), tresmalho de fundo

(7.3%), redes de emalhar de fundo (5.7%), apanhas (4.7%) e palangre de fundo

(4.4%) representaram 91.3% do total de capturas amostradas. Por outro lado, 70% das

capturas em peso foram constituídas por um pequeno número de espécies (Tabela II,

secção 1.4). No entanto, esta percentagem não foi homogénea nas três zonas de

inquirição, tendo-se verificado, por exemplo, associações particulares de artes de

pesca com uma das zonas de inquirição, ou ocorrências diferenciadas de uma mesma

espécie entre zonas.

Assim, com o objectivo de ilustrar a heterogeneidade observada, a presente secção

inclui os resultados no formato de fichas-tipo. Foram consideradas fichas-tipo por

zona de inquirição, por arte de pesca (cada uma das oito artes acima referidas) e por

espécie (as dez espécies constantes da Tabela II, nomeadamente, a sardinha, a cavala,

o polvo, o choco, o carapau, a faneca, o linguado legítimo, a lula, a pescada e o

salmonete legítimo). Uma explicação da informação incluída nas fichas-tipo é

apresentada na página seguinte. As três fichas-tipo estão estruturadas em cinco

secções principais; título, imagem, indicadores da amostragem, caixa de texto e

estimações. As páginas subsequentes incluem, por esta ordem, as fichas-tipo zona

(Zonas 1, 2 e 3), arte de pesca e espécie (ordenadas por ordem alfabética de nome

vulgar).

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem

Número de inquéritos realizados: 1131 Proporção de inquéritos realizados na Zona 1 relativamente ao total (Portugal continental):

Artes de pesca mais utilizadas na zona 1: proporção de capturas em peso relativamente ao total da zona:

Esforço de pesca por trimestre*

* Unidades

Espécies mais capturadas na Zona 1: proporção de capturas em peso relativamente ao total da zona:

: dias de pesca ponderados pela potência e pela tonelagem das

embarcações.

Zona 1 (Norte e Centro)

A Zona 1, a qual inclui as regiões Norte e Centro, tem como limites geográficos Caminha, a Norte, e Foz do Arelho, a Sul. Mais de um terço dos inqrealizados em 2005 incidiu n(36%).

uéritos esta zona

ma arte de 3%), foram

O cerco (36%) e a xávega, upesca envolvente-arrastante (3as artes mais utilizadas nesta zona, seguidas pelas armadilhas de gaiola (11%), apanhas com utensílios-de-mão (7%), tresmalho de fundo (5%) e redes de emalhar (4%).

Verificou-se uma correspondência entre as espécies mais capturadas e as artes utilizadas na sua captura; por ordem decrescente de importância em peso, a mais importante foi a sardinha capturada por cerco, seguida da cavala por xávega,

dilhas de gaiola, e do berbigão por do polvo por armaute . nsílios de mão

erogéneo para

tribuição, em

Os diferentes tipos de pesca contribuíram de um modo het o total de esforço de pesca estimado para 2005 na Zona 1. O tipo Artes passivas apresentou a maior con bora pareça ter havido uma tendência decrescente do esforço estimado ao longo dos trimestres. Para o tipo de pesca polivalente a tendência de evolução parece ter sido oposta. No caso da pesca com artes móveis o esforço aumentou progressivamente até ao terceiro trimestre para depois diminuir no último trimestre de 2005 para o menor valor observado neste segmento.

Título da ficha: zona de inquirição, arte

de pesca ou espécie

Imagem: localização da zona, arte de

pesca ou espécie

Estimações:

Ficha-tipo zona: esforço de pesca por trimestre, por tipo

de pesca

Ficha-tipo espécie: capturas em peso por trimestre, por

tipo de pesca

Indicadores da amostragem:

Ficha-tipo zona: proporção de inquéritos

realizados na zona, artes de pesca mais utilizadas e espécies mais

capturadas.

Ficha-tipo arte de pesca: importância da arte para o total de capturas, distribuição das capturas

da arte e zona, espécies mais capturadas, por zona.

Ficha-tipo espécie:

ocorrência na inquirição, proporção de capturas para o total, e proporção

de capturas por arte de pesca, por zona.

Caixa de texto: análise da

informação contida na ficha-tipo

Informação incluída em cada ficha-tipo

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem

Número de inquéritos realizados: 1131 Proporção de inquéritos realizados na Zona 1 relativamente ao total (Portugal continental):

Artes de pesca mais utilizadas na Zona 1 com base na proporção das capturas em peso nesta zona:

Espécies mais capturadas na Zona 1 com base na proporção das capturas em peso nesta zona:

Esforço de pesca por trimestre*

* Unidades: dias de pesca ponderados pela potência e pela tonelagem das embarcações.

Zona 1 (Norte e Centro)

Dos inquéritos realizados em 2005 cerca de 36% incidiu na Zona 1, a qual inclui as regiões Norte e Centro.

O cerco (36%) e a xávega (33%), foram as artes de pesca mais utilizadas nesta zona, seguidas das armadilhas de gaiola (11%), apanhas com utensílios de mão (7%), tresmalho de fundo (5%) e redes de emalhar (4%), representando cerca de 87% do total de capturas em peso em 2005.

Verificou-se uma correspondência entre as espécies mais capturadas, em peso, e as artes utilizadas na sua captura. A espécie mais importante foi a sardinha, capturada por cerco, seguida da cavala, por xávega, do polvo, por armadilhas de gaiola, e do berbigão, por utensílios de mão.

Os diferentes tipos de pesca contribuíram de um modo heterogéneo para o total de esforço de pesca estimado em 2005 na Zona 1. As Artes passivas apresentaram a maior contribuição, embora pareça ter havido uma tendência decrescente do esforço estimado ao longo dos trimestres. No tipo de pesca Polivalente a tendência de evolução parece ter sido oposta. No caso da pesca com artes móveis o esforço aumentou progressivamente até ao terceiro trimestre diminuindo no último trimestre de 2005 para o menor valor observado neste tipo de pesca.

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem

Número de inquéritos realizados: 990 Proporção de inquéritos realizados na Zona 2 relativamente ao total (Portugal continental):

Artes de pesca mais utilizadas na Zona 2 com base na proporção das capturas em peso nesta zona:

Espécies mais capturadas na Zona 2 com base na proporção das capturas em peso nesta zona:

Esforço de pesca por trimestre*

* Unidades: dias de pesca ponderados pela potência e pela tonelagem das embarcações.

Zona 2 (Lisboa)

Dos inquéritos realizados em 2005 cerca de 32% incidiu na Zona 2 que corresponde à região de Lisboa.

A xávega foi a arte de pesca mais utilizada nesta zona (31%), seguida das armadilhas de gaiola (13%), palangre de fundo e tresmalho de fundo (10%), representando cerca de 64% do total de capturas em peso em 2005.

Verificou-se uma correspondência entre as duas espécies mais capturadas e as artes utilizadas na sua captura em peso. As espécies mais importantes foram a cavala (23%), capturada por xávega, e o polvo (17%), capturado por armadilhas de gaiola. As restantes espécies mais capturadas incluíram, por ordem decrescente de importância, a sardinha, o carapau, o berbigão e o safio.

Para o total de esforço de pesca na Zona 2 contribuíram, essencialmente, as Artes passivas, tendo a contribuição das Artes móveis sido quase nula. Não se observaram diferenças substanciais entre trimestres. Contudo, para a pesca com Artes passivas, o esforço de pesca mais elevado foi estimado no segundo e quarto trimestres, enquanto que para a pesca Polivalente foi estimado esforço de pesca mais elevado no terceiro e quarto trimestres do ano.

É de referir que todas as licenças de pesca com arte de xávega, uma arte de pesca móvel, se encontram atribuídas a embarcações que possuem também licenças para artes de pesca passivas, fazendo estas embarcações parte, assim, do tipo de pesca Polivalente.

20

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem

Número de inquéritos realizados: 1019

Proporção de inquéritos realizados na Zona 3 relativamente ao total (Portugal continental):

Artes de pesca mais utilizadas na Zona 3 com base na proporção das capturas em peso nesta zona:

Espécies mais capturadas na Zona 3 com base na proporção das capturas em peso nesta zona:

Esforço de pesca por trimestre*

* Unidades: dias de pesca ponderados pela potência e pela tonelagem das embarcações.

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Cerca de 33% dos inquéritos realizados em 2005 incidiu na Zona 3, a qual inclui as regiões Alentejo e Algarve.

A ganchorra (30%), as armadilhas de gaiola (23%) e o cerco (17%), foram as artes de pesca mais importantes nesta zona, seguidas do tresmalho de fundo (10%) e das redes de emalhar (7%), representando cerca de 87% do total das capturas em peso em 2005.

O polvo foi a espécie mais importante nesta zona tendo contribuído com cerca de 25% das capturas em peso. De entre as restantes espécies mais capturadas destacaram-se a amêijoa branca e a cavala (ambas com 11%) e o choco, as cadelinhas, a sardinha e o pé de burrinho (todas com 7%). É de referir que as três espécies de bivalves mais capturadas representaram, conjuntamente, cerca de um quarto das capturas totais em peso.

As Artes passivas contribuíram para cerca de 70% do esforço de pesca estimado, seguidas da pesca Polivalente (com cerca de 29%), tendo o esforço de pesca com Artes móveis sido muito reduzido. Não se observaram diferenças substanciais entre trimestres relativamente ao esforço estimado. Contudo, para a pesca com Artes passivas, o segundo trimestre foi aquele para o qual se estimou maior esforço de pesca.

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem Importância relativa da Apanha na captura total em peso:

Importância relativa das zonas de inquirição na captura total em peso proveniente da Apanha:

Composição por espécies das capturas provenientes da Apanha, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

(sem capturas)

Apanha

A Apanha (ou Apanhas) compreende as actividades da pesca em que, de um modo geral, não são utilizados utensílios especialmente fabricados para esse fim e em que não se inflijam ferimentos graves aos exemplares capturados. No entanto, inclui também a pesca com utensílios que consistam num prolongamento da mão do homem na acção da pesca, como por exemplo, a faca de mariscar (Figura) ou a adriça (utilizada na captura de longueirão). As apanhas contribuíram com cerca de 5% do total de capturas em peso amostradas em 2005. A grande maioria das capturas realizadas por esta arte (72%) foi registada na Zona 1 (Norte e Centro). A Zona 2 (Lisboa) contribuiu com a restante proporção das capturas totais (28%) uma vez que não se registaram capturas na Zona 3 (Alentejo e Algarve). Na Zona 1 o berbigão vulgar compôs a quase totalidade das capturas por esta arte de pesca enquanto que na Zona 2 as espécies mais capturadas foram, além do berbigão (73%), o berbigão grande (11%), a amêijoa macha (9%) e a amêijoa boa (5%). No Anexo I inclui-se uma lista dos nomes científicos de todas as espécies mencionadas no texto.

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem Importância relativa das Armadilhas de gaiola na captura total em peso:

Importância relativa das zonas de inquirição na captura total em peso com Armadilhas de gaiola:

Composição por espécies das capturas com Armadilhas de gaiola, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Armadilhas de gaiola

As Armadilhas são, de um modo geral, artes de pesca passivas nas quais a presa passa a estar numa posição de cuja fuga lhe é dificultada ou impossibilitada, sem que abandone a água, seu elemento natural. De entre os vários tipos de Armadilhas as de gaiola consistem numa estrutura rígida que delimita um compartimento ao qual o acesso é facilitado às presas mas de cuja saída é dificultada. Podem considerar-se dois subtipos de Armadilhas de gaiola, dependendo se a estrutura é rígida e não desmontável (covos, na figura), ou se a gaiola é delimitada por rede flexível, sendo desmontável (nassas). As Armadilhas de gaiola contribuíram com cerca de 14% do total das capturas em peso amostradas em 2005. A maioria das capturas realizadas por esta arte (41%) foi registada na Zona 3 (Alentejo e Algarve), tendo as Zonas 1 (Norte e Centro) e 2 (Lisboa) contribuído com 35 e 24% do total de capturas, respectivamente. O polvo destacou-se largamente como a espécie mais capturada por esta arte, tendo a sua proporção no total aumentado de norte para sul: Zona 1 – 75%, Zona 2 – 86%, Zona 3 – 95%. A faneca foi a segunda espécie mais capturada na Zona 1 (12%) e também na Zona 2 (4%). O safio encontra-se entre as espécies mais capturadas nas três zonas.

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem

Importância relativa do Cerco na captura total em peso:

Importância relativa das zonas de inquirição na captura total em peso com arte de Cerco:

Composição por espécies das capturas com arte de Cerco, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

O Cerco consiste em longas e altas estruturas de rede, largadas por uma embarcação, normalmente com o auxílio de uma segunda, descrevendo uma ampla trajectória circular. Quando imersas as redes tendem a tomar a posição vertical pela acção de flutuadores (colocados no limite superior das mesmas) e de cabos com chumbo (limite inferior). Durante a alagem para bordo as presas ficam concentradas numa zona especialmente preparada para esse efeito (a copejada) de onde a captura é retirada para bordo. O Cerco contribuiu com uma grande proporção do total de capturas em peso amostradas em 2005 (27%). Cerca de dois terços das capturas realizadas por esta arte foi registada na Zona 1 (Norte e Centro). A Zona 3 (Alentejo e Algarve) contribuiu com cerca de 24% e a Zona 2 (Lisboa) com os restantes 10%. A sardinha foi a espécie mais capturada por Cerco, embora a proporção desta espécie para o total tenha reduzido de norte para sul: Zona 1 – 99%, Zona 2 – 48%, Zona 3 – 29%. Pelo contrário, a proporção de cavala aumentou de norte para sul tendo sido a espécie mais capturada na Zona 3 (43%). O carapau foi a terceira espécie mais importante nas Zonas 2 e 3 com, respectivamente, 17 e 15% do total capturado por cerco, em cada zona.

Cerco

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem Importância relativa da Ganchorra na captura total em peso:

Importância relativa das zonas de inquirição na captura total em peso de Ganchorra:

Composição por espécies das capturas de Ganchorra, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

(sem capturas)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

As espécies mais capturadas por esta arte foram a amêijoa macha (29%), os longueirões (28%) e a amêijoa boa (20%), na Zona 2, e a amêijoa branca (42%), seguida das cadelinhas (28%) e do pé deburrinho (26%), na Zona 3.

A Ganchorra é uma draga manual ou rebocada por uma embarcação utilizada na captura de bivalves, sobretudo em zonas de areia. Esta arte de pesca contribuiu com cerca de 8% do total de capturas em peso amostradas em 2005. A grande maioria das capturas realizadas por esta arte foi registada na Zona 3 (Alentejo e Algarve; 87%). A Zona 2 (Lisboa) contribuiu com os restantes 13% das capturas uma vez que não se registaram capturas na Zona 1 (Norte e Centro).

Ganchorra

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem Importância relativa do Palangre de fundo na captura total em peso:

Importância relativa das zonas de inquirição na captura total em peso do Palangre de fundo:

Composição por espécies das capturas de Palangre de fundo, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Palangre de fundo

O Palangre de fundo consiste num aparelho de anzóis de linha fundeada no qual a madre (cabo principal do qual derivam as linhas verticais de anzóis) se dispõe ao longo do fundo. A contribuição desta arte para o total de capturas amostradas em 2005 foi de 4.4%, tendo a Zona 2 (Lisboa) explicado mais de metade das capturas. A captura por Palangre de fundo foi semelhante nas Zonas 1 (Norte e Centro – 21%) e 3 (Alentejo e Algarve – 25%). Foi identificado um número elevado de espécies diferentes nas capturas (por exemplo, 39 espécies diferentes na Zona 3). O safio foi a espécie mais importante nas três zonas. No entanto, a proporção desta espécie no total reduziu-se na Zona 3 (16%) comparativamente às Zonas 1 e 2 (ambas cerca de 34%). Na Zona 1 a segunda espécie mais capturada foi a faneca (30%), seguida do robalo legítimo (11%) e da cavala (9%). A xaputa foi a segunda espécie mais importante na Zona 2 (31%), enquanto que na Zona 3 seis espécies explicaram uma proporção para o total entre 8 e 10%, designadamente, os sargos nep (não especificados; 10%), o sargo safia (9%), os pargos nep, o robalo legítimo e o besugo (8% cada). É de referir que, na Zona 3, o total de capturas de esparídeos (sargos, pargos, besugo e choupa) ascende a cerca de 39% do total de capturas por Palangre de fundo.

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem Importância relativa das Redes de emalhar de fundo na captura total em peso:

Importância relativa das zonas de inquirição na captura total em peso das Redes de emalhar de fundo:

Composição por espécies das capturas de Redes de emalhar, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Redes de emalhar de fundo

As Redes de emalhar de fundo consistem em redes de formato rectangular, constituídas por um só pano, e mantidas junto ao fundo em posição vertical resultante de forças opostas produzidas por cabos de flutuação e cabos de lastros. Por vezes são utilizadas isoladamente (peças) mas, com maior frequência, são largadas emendadas formando longas séries (caçadas), as quais são fixas e colocadas junto ao fundo. As presas são retidas por emalhe. Esta arte contribuiu com cerca de 6% do total de capturas em peso amostradas em 2005. A distribuição das capturas por zona foi semelhante, embora se tenha observado uma ligeira redução de norte para sul na distribuição das capturas totais por esta arte: Zona 1 (Norte e Centro) – 37%, Zona 2 (Lisboa) – 34%, Zona 3 (Alentejo e Algarve) – 29%. Foi observado um grande número de espécies diferentes capturadas por esta arte (por exemplo, 54 espécies na Zona 3). Por outro lado, as espécies mais capturadas diferiram entre zonas. Na Zona 1 as espécies mais importantes foram a faneca (23%), a cavala (18%), o robalo legítimo (12%) e o badejo (7%). As corvinas nep (não especificadas) foram o grupo mais importante na Zona 2 (24%) seguido pelo choco (7%), a pescada (6%) e o polvo e o linguado legítimo (ambos com 5%). A Zona 3 foi aquela em que a distribuição do total capturado pelas espécies se mostrou mais homogéneo com os seis grupos mais capturados oscilando entre 5 e 10%: Azevias nep (10%), choco (9%), carapau (8%), bica, tainhas nep e faneca (todos com cerca de 6%).

27

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem

Importância relativa do Tresmalho de fundo na captura total em peso:

Composição por espécies das capturas de Tresmalho de fundo, por zona:

Zona 1

(Norte e Centro)

Importância relativa das zonas de inquirição na captura total em peso de Tresmalho de fundo:

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

28

Tresmalho de fundo

Esta arte de pesca consiste em redes longas de formato rectangular, constituídas por três panos, dois exteriores de malhagem muito grande (albitanas) e um no meio de malhagem apertada (miúdo), mantidas em posição vertical resultante de forças opostas produzidas por cabos de flutuação e cabos de lastros. As capturas de Tresmalho de fundo representaram cerca de 7% do total de capturas em peso amostradas em 2005. As capturasem peso desta arte distribuíram-se igualmente pelas três zonas de inquirição (Zona 1 – Norte e Centro, Zona 2 – Lisboa, Zona 3 – Alentejo e Algarve). Verificou-se um elevado número de diferentes espécies capturadas por esta arte (por exemplo, 60 espécies na Zona 2). No entanto, a Zona 3 distinguiu-se das restantes por ter apresentado uma espécie – o choco – que correspondeu a quase dois terços das capturas totais. Esta espécie foi também a mais importante nas Zonas 1 e 2 embora numa proporção para o total mais baixa (cerca de 22% em cada zona). O linguado legítimo foi a segunda espécie mais importante nas Zonas 1 e 2 (13 e 20%, respectivamente). A solha (8%) e as corvinas nep (6%) foram a terceira e quarta espécies mais capturadas com esta arte nas Zonas 1 e 2, respectivamente. Na Zona 3, as raias nep e o polvo foram, a seguir ao choco, as espécies mais representadas com cerca de 5% cada. De notar que as raias (identificadas à espécie ou não especificadas – nep) contribuíram substancialmente para as capturas totais: 14% nas Zonas 1 e 2 e 8% na Zona 3.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005

Indicadores da amostragem Importância relativa da Xávega na captura total em peso:

Importância relativa das zonas de inquirição na captura total em peso de Xávega:

Composição por espécies das capturas de Xávega, por zona:

Zona 1 Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve) (Norte e Centro)

(sem capturas)

Xávega

A Xávega pertence ao conjunto das artes de pesca envolventes--arrastantes alada para a praia, ou seja, o seu funcionamento dá-se através do envolvimento ou cerco e posterior arrastamento para a praia. O cerco faz-se com o auxílio de uma embarcação, após se ter fixado em terra um dos pontos de alagem. A embarcação retorna à praia e fixa o segundo ponto de alagem. A alagem da rede (arrastamento) faz-se com auxílio mecânico (tractores). A Xávega contribuiu com uma elevada proporção para as capturas totais em peso amostradas em 2005 (24%). Não foram amostradas capturas por esta arte na Zona 3 (Alentejo e Algarve) e a grande maioria das capturas com esta arte foi efectuada na Zona 1 – Norte e Centro (70%). A cavala representou mais de dois terços das capturas por Xávega: 71% na Zona 1 e 69% na Zona 2. A segunda espécie mais capturada em ambas as zonas foi a sardinha (Zona 1 – 10%, Zona 2 – 11%). O biqueirão e o carapau foram a terceira espécie mais capturada nas Zonas 1 e 2, respectivamente.

29

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

92% Proporção de capturas de Carapau para o total amostrado, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Tamanho máx.: 70 cm (comprimento total)

Proporção de capturas de Carapau por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

Carapau Trachurus trachurus

O Carapau foi uma espécie amostrada em cerca de 92% do total de quinzenas em 2005. A sua importância em peso para o total capturado diferiu entre zonas, tendo contribuído com cerca de 1.5% das capturas amostradas na Zona 1 (Norte e Centro), 4.8% na Zona 2 (Lisboa) e 4.3% na Zona 3 (Alentejo e Algarve).

Na Zona 1 o Carapau foi capturado sobretudo por arte de xávega (~85% das capturas), mas também por redes de emalhar (~15%). A utilização da xávega na captura de Carapau reduziu-se substancialmente de norte para sul, com cerca de metade das capturas na Zona 2 e sem capturas na Zona 3, onde a xávega não operou. Nesta zona o carapau foi capturado sobretudo por cerco (~88%), a segunda arte mais utilizada na captura desta espécie na Zona 2 (39%), enquanto que as redes de emalhar contribuíram, na Zona 3, com cerca de 12% das capturas de Carapau.

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê o levantamento de informação sobre capturas e esforço de pesca. A pesca Polivalente foi responsável pela maioria das capturas estimadas. Observaram-se diferenças entre trimestres nas capturas estimadas para os diferentes Tipos de Pesca. Para a pesca com Artes passivas e Polivalente a tendência foi semelhante com maiores capturas estimadas no 3º trimestre do ano, seguido pelos 2º e 4º trimestres. Para a pesca com Artes móveis as maiores capturas foram estimadas no 2º trimestre, decrescendo nos restantes.

Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

30

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

92% Proporção de capturas de Cavala para o total amostrado, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Tamanho máx.: 64 cm (comprimento total)

Proporção de capturas de Cavala por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

Cavala Scomber japonicus

Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

A Cavala foi uma espécie amostrada em cerca de 92% do total de quinzenas de 2005. As suas capturas constituíram uma elevada proporção do total amostrado nas Zona 1 – Norte e Centro (25%) e 2 – Lisboa (23%), tendo também sido uma espécie bastante capturada na Zona 3 – Alentejo e Algarve (11%).

Nas Zonas 1 e 2 a Cavala foi capturada sobretudo com arte de xávega (95% das capturas da Zona 1 e 86% das capturas da Zona 2). A segunda arte de pesca mais utilizada na captura desta espécie na Zona 1 foram as redes de emalhar, enquanto que na Zona 2 o cerco foi responsável por 13% das capturas. Ao contrário das Zonas 1 e 2, na Zona 3, onde a xávega não operou, a Cavala foi capturada quase exclusivamente por cerco.

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê apenas o levantamento de informação sobre capturas. Os três Tipos de Pesca contribuíram de modo diferente para o total de capturas de Cavala; metade do total estimado foi atribuída à pesca com Artes móveis e cerca de 35% à pesca Polivalente. Observaram-se também diferenças nas capturas estimadas entre trimestres. No caso da pesca com Artes móveis a esmagadora maioria das capturas foi estimada no 3º trimestre, enquanto que relativamente à pesca polivalente as capturas estimadas decresceram do 2º até ao 4º trimestre do ano.

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

100% Proporção de capturas de Choco para o total amostrado, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Tamanho máx.: 35 cm (comprimento do manto)

Proporção de capturas de Choco por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

Choco Sepia officinalis

Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

O Choco foi uma espécie amostrada em todas as quinzenas de 2005. A sua importância em peso para o total capturado diferiu entre zonas, aumentando de norte para sul: cerca de 1.4% das capturas na Zona 1 (Norte e Centro), 3.5% na Zona 2 (Lisboa) e 7.4% na Zona 3 (Alentejo e Algarve).

Em todas as zonas a arte de pesca mais utilizada na captura de choco foi o tresmalho de fundo: 80% do total das capturas de Choco na Zona 1, 62% na Zona 2 e 82% na Zona 3. A segunda e terceiras artes utilizadas na captura, comuns às Zonas 2 e 3 foram, respectivamente, as redes de emalhar (15% na Zona 2 e 8% na Zona 3) e os utensílios de dilacerar – toneira (14% na Zona 2 e 7% na Zona 3). Na Zona 1 este padrão não foi observado, tendo sido a xávega (15%) e o chinchorro (3%) as segunda e terceira artes de pesca mais utilizadas.

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê apenas o levantamento de informação sobre capturas. A pesca com Artes passivas foi responsável pela grande maioria das capturas (cerca de 94% do total estimado). Cerca de metade das capturas de choco foi estimada no 2º trimestre, 21% das mesmas no 1º trimestre, seguidos pelo 3º e 4º trimestres nos quais as capturas estimadas foram relativamente menores.

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

100% Proporção de capturas de Faneca para o total amostrado, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Tamanho máx.: 46 cm (comprimento total)

Proporção de capturas de Faneca por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

Faneca Trisopterus luscus

A Faneca foi uma espécie amostrada em todas as quinzenas de 2005. Possui uma pequena importância em peso relativamente ao total capturado, a qual se reduziu de norte para sul: Zona 1 – Norte e Centro (3.2%); Zona 2 – Lisboa (1.3%); Zona 3 – Alentejo e Algarve (0.5%).

Na Zona 1 a Faneca foi capturada em proporção semelhante por armadilhas de gaiola (39%) e por redes de emalhar (31%), e também por palangre de fundo (18%). Na Zona 2 cerca de metade das capturas de Faneca foram devidas às armadilhas de gaiola, tendo o palangre de fundo e as redes de emalhar contribuído com igual proporção de capturas (cerca de 20%). Na Zona 3 mais de dois terços das capturas correspondeu a pesca com redes de emalhar, 16% com armadilhas de gaiola e 10% com palangre de fundo.

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê apenas o levantamento de informação sobre capturas. A pesca com Artes passivas foi responsável pela maioria das capturas estimadas, seguida pela pesca Polivalente. Não se observaram diferenças substanciais entre trimestres nas capturas estimadas para estes dois diferentes Tipos de Pesca.

Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

100% Proporção de capturas de Linguado para o total amostrado, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Tamanho máx.: 70 cm (comprimento total)

Proporção de capturas de Linguado por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

Linguado Solea vulgaris (solea)

Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

O Linguado foi uma espécie amostrada em todas as quinzenas de 2005. A sua importância em peso para o total capturado foi substancialmente maior na Zona 2 – Lisboa (2.6%) comparativamente às Zonas 1 – Norte e Centro (0.8%) e 3 – Alentejo e Algarve (0.4%).

O Linguado foi capturado sobretudo por tresmalho de fundo em todas as zonas: 88% das capturas na Zona 1, 75% na Zona 2 e 65% na Zona 3. O arrasto de vara foi a segunda arte de pesca mais utilizada na Zona 1 (8%) enquanto que as redes de emalhar contribuíram com 15% das capturas na Zona 2 e 32% na Zona 3 sendo, nestas duas zonas, a segunda arte de pesca mais utilizada na captura de Linguado.

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê o levantamento de informação sobre capturas e esforço de pesca. A pesca com Artes passivas foi responsável pela grande maioria das capturas estimadas. Não se observaram diferenças substanciais entre trimestres. No entanto, na pesca com Artes passivas, as maiores e menores capturas foram estimadas no 3º e 4º trimestres, respectivamente.

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

96% Proporção de capturas de Lula para o total amostrado, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Tamanho máx.: 40 cm (comprimento do manto)

Proporção de capturas de Lula por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

Lula Loligo vulgaris

A Lula foi uma espécie amostrada em cerca de 96% do total de quinzenas de 2005. As suas capturas consistiram numa pequena contribuição para o total amostrado, tendo sido menor que 1% em todas as zonas.

Enquanto que nas Zonas 1 (Norte e Centro) e 3 (Alentejo e Algarve) apenas uma arte de pesca explicou a quase totalidade das capturas (Zona 1: xávega; Zona 3: utensílio de dilacerar – toneira), na Zona 2 (Lisboa) foram utilizadas as duas artes de pesca bem como as redes de emalhar, tendo sido, no entanto, a xávega, responsável por quase dois terços das capturas de Lula.

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê apenas o levantamento de informação sobre capturas. A pesca com Artes passivas contribuiu com a maioria das capturas estimadas, seguida pela pesca com artes móveis. Verificaram-se diferenças apreciáveis nas capturas estimadas entre trimestres. No caso da pesca com Artes móveis a maioria das capturas foi estimada no terceiro e segundo trimestres, enquanto que relativamente à pesca com artes passivas as maiores capturas foram estimadas no 3º e 4º trimestres do ano.

Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

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A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

67% Proporção de capturas de Pescada para o total amostrado, por zona:

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Zona 1 (Norte e Centro)

Tamanho máx.: 140 cm (comprimento total)

Proporção de capturas de Pescada por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

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Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

Pescada Merluccius merluccius

A Pescada foi uma espécie amostrada apenas em cerca de dois terços das quinzenas de 2005. A sua importância em peso para o total capturado foi reduzida, tendo sido mesmo uma espécie ausente na Zona 1 (Norte e Centro). Nas Zonas 2 (Lisboa) e 3 (Alentejo e Algarve) contribuiu com, respectivamente, 0.8% e 0.3% do total capturado em peso.

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê o levantamento de informação sobre capturas e sobre esforço de pesca. A pesca com Artes passivas foi responsável pela quase totalidade das capturas estimadas. Observaram-se diferenças apreciáveis entre trimestres nas capturas estimadas para os diferentes tipos de pesca, tendo as capturas estimadas sido superiores no 2º e 3º trimestres.

A Pescada foi capturada sobretudo por redes de emalhar (59% das capturas da Zona 2 e 44% da Zona 3), mas também por palangre de fundo (23% das capturas da Zona 2 e 35% da Zona 3) e por tresmalho de fundo (18% das capturas da Zona 2 e 20% da Zona 3).

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

100% Proporção de capturas de Polvo para o total amostrado, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Tamanho máx.: 25 cm (comprimento do manto)

Proporção de capturas de Polvo por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

Polvo vulgar Octopus vulgaris

O Polvo foi uma espécie amostrada em todas as quinzenas de 2005. A sua importância em peso para o total capturado aumentou de norte para sul, tendo contribuído com cerca de um quarto das capturas amostradas na Zona 3 (Alentejo e Algarve), sobretudo devido à pesca com artes passivas.

Na Zona 1 (Norte e Centro) o Polvo foi capturado quase exclusivamente com armadilhas de gaiola. Na Zona 2 (Lisboa) e na Zona 3, embora esta arte de pesca tenha contribuído com a grande maioria das capturas, foram utilizadas também os utensílios de dilacerar – toneira (sobretudo na Zona 2) e as armadilhas de abrigo.

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê apenas o levantamento de informação sobre capturas. A pesca com Artes passivas foi responsável pela grande maioria das capturas estimadas, seguidas da pesca Polivalente. Não se observaram diferenças substanciais entre trimestres nas capturas estimadas para as Artes passivas. No entanto, no caso da pesca polivalente, o 1º trimestre destacou-se por apresentar uma estimativa de capturas de cerca do dobro das relativas aos restantes trimestres.

Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

37

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

92% Proporção de capturas de Salmonete para o total amostrado, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Tamanho máx.: 40 cm (comprimento total)

Proporção de capturas de Salmonete por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

Salmonete Mullus surmuletus

Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

Embora tendo sido amostrado na grande maioria das quinzenas as capturas de Salmonete representaram uma pequena proporção do total, principalmente na Zona 1 – Norte e Centro, na qual a contribuição desta espécie foi quase nula, mas também nas Zonas 2 – Lisboa (0.1%) e 3 – Alentejo e Algarve (0.2%).

Nas Zonas 2 e 3 o salmonete foi capturado sobretudo com redes de emalhar (Zona 2 – 51%; Zona 3 – 80%) e tresmalho de fundo (Zona 2 – 39%; Zona 3 – 19%).

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê apenas o levantamento de informação sobre capturas. A pesca com Artes passivas foi responsável pela esmagadora maioria das capturas estimadas. Embora não se tenham observado diferenças substanciais entre os 2º e 4º trimestres, as capturas no 1º trimestre foram substancialmente menores.

38

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

2005 Indicadores da amostragem Ocorrência da espécie na amostragem quinzenal:

88% Proporção de capturas de Sardinha para o total amostrado, por zona:

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Zona 1 (Norte e Centro)

Tamanho máx.: 25 cm (comprimento total)

Proporção de capturas de Sardinha por arte de pesca, por zona:

Zona 1 (Norte e Centro)

Zona 2 (Lisboa)

Zona 3 (Alentejo e Algarve)

Capturas estimadas por trimestre

39

Obrigação Comunitária Informação sobre: Capturas Esforço

Sardinha Sardina pilchardus

A Sardinha foi uma espécie amostrada em cerca de 88% do total de quinzenas de 2005. As capturas de Sardinha constituíram uma grande proporção do total amostrado na Zona 1 – Norte e Centro (38%), tendo sido também uma espécie importante nas capturas amostradas nas Zonas 2 – Lisboa (9%) e 3 – Alentejo e Algarve (7%).

A Sardinha foi sobretudo capturada por cerco; 92% das capturas na Zona 1, 61% na Zona 2 e 100% na Zona 3. Na Zona 2 a xávega foi igualmente uma arte bastante utilizada na captura de Sardinha contribuindo com 27% das capturas totais desta espécie. A xávega foi também a segunda arte mais utilizada na Zona 1, embora tenha contribuído com uma menor proporção das capturas (8%) relativamente à Zona 2. De notar que, na Zona 3, a arte de xávega não operou.

É uma espécie para a qual a Comissão Europeia prevê o levantamento de informação sobre capturas e esforço de pesca. A pesca Polivalente foi responsável pela maioria das capturas estimadas, seguida pela pesca com Artes móveis. A pesca com Artes passivas não possui, praticamente, expressão nas capturas estimadas. Observaram-se diferenças entre trimestres nas capturas estimadas tendo estas diferenças seguido padrões inversos na pesca Polivalente comparativamente à pesca com Artes móveis: enquanto que as capturas pela pesca Polivalente aumentaram progressivamente do 1º ao 4º trimestres, na pesca com Artes móveis observou-se precisamente o contrário.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

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Agradecimentos

• Aos Directores Regionais da DGPA por terem viabilizado a recolha de informação por inquérito, de Norte a Sul de Portugal Continental.

• Aos técnicos da DGPA Adelino Soares, Américo Gomes, Ana Isabel Palmeira,

Ana Maria Ferreira, António Figueiredo, Aurora Matos, Francisco Chegão, Isabel Valentim, José Carlos Silva, José Manuel Mendes, Marcos Badalo, Maria Antónia Santos, Maria Suzete Dias, Paula Ramalho, Rosa Ferraz, Rui Barradas e Teresa Pereira, pelo excelente trabalho desenvolvido na inquirição e informatização da informação recolhida.

• Aos profissionais da pesca pela colaboração prestada aos inquiridores no

decorrer do Programa.

Referências e bibliografia Afonso-Dias, M., Sousa, P., Fernandes, P. & Pinto, C., 2006. Acordo Específico entre

a Direcção Geral das Pescas e Aquicultura e a Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente para recolha de informação relativa à pequena pesca (3º Acordo Específico: Setembro de 2005 a Dezembro de 2006): Relatório de resultados da inquirição referente ao período de Janeiro a Dezembro de 2005. Universidade do Algarve.

Cochran, W. G., 1977. Sampling techniques. 3rd. ed. Wiley. 428 pp. Froese, R. & D. Pauly (eds.), 2003. FishBase. Publicação electrónica na Internet em

www.fishbase.org. Último acesso em 17 de Dezembro de 2006. Rebordão, F.R., 2000. Classificação de artes e métodos de pesca. Publicações avulsas

do IPIMAR, N.º 4. 44 pp. Sanches, J. G., 1992. Guia para identificação do pescado de Portugal submetido a

tamanho mínimo de captura. Instituto Nacional de Investigação das Pescas – Publicações avulsas do I.N.I.P., n.º 18. 272 pp.

Thompson, S., 2002. Sampling. 2nd. ed. Wiley, 367 pp. Whitehead, P.J.P., Bauchot, M.-L-, Hureau, J.-C., Nielsen, J. & Tortonese, E. (eds.),

1986. Fishes of the North-eastern Atlantic and the Mediterranean. Vols. I, II, III. UNESCO. 1473 pp.

A pequena pesca na costa continental portuguesa em 2005

Anexos Anexo I Anexo II Anexo III Anexo IV Anexo V Anexo VI Anexo VII Anexo VIII

Lista de espécies mencionadas no documento: nome vulgar e nome científico ou grupo taxonómico. Unidades populacionais para as quais a Comissão Europeia exige informação periódica sobre esforço de pesca específico. Nomes científicos e vulgares das espécies para as quais a Comissão Europeia exige informação periódica sobre capturas, bem como indicação da ocorrência das mesmas, entre outra informação. Número de amostras previstas e efectivamente recolhidas em 2005. Formulário do inquérito utilizado. Referência de todo o pessoal interveniente na inquirição e/ou na introdução de dados dos inquéritos. Lista de funcionalidades do site do Programa Mínimo. Formulação utilizada nas estimações inferenciais.

ANEXO I

Lista de espécies mencionadas no documento: nome vulgar e nome científico ou grupo taxonómico

Nome vulgar Nome científico ou grupo taxonómico Abróteas nep. Phycis spp. Agulha Belone belone Amêijoa-boa Ruditapes decussatus Amêijoa-branca Spisula solida Amêijoa-macha Venerupis pullastra Argentina Argentina spp. Azevias nep. Microchirus spp. Badejo Merlangius merlangus Barbudos nep. POLYNEMIDAE (família) Barroso Centrophorus granulosus Berbigão, berbigão vulgar Cerastoderma edule Berbigão-grande Acanthocardia tuberculata Besugo Pagellus acarne Bica Pagellus erythrinus Biqueirão Engraulis encrasicholus Bodião LABRIDAE (família) Boga Boops boops Cadelinhas nep., conquilhas nep. Donax spp. Camarão branco legítimo Palaemon serratus Camarões Natantia nep. NATANTIA (Família) Cantarilho Helicolenus dactylopterus Caranguejo mouro Carcinus maenas Caranguejos nadadores nep. Portunus spp. Carapau Trachurus trachurus Carapau negrão Trachurus picturatus Carocho Centrophorus squamosus Cartas nep., areeiros nep. Lepidorhombus spp. Cavala Scomber japonicus Choco vulgar Sepia officinalis Choupa Spondyliosoma cantharus Corvinas nep. Argyrossomus spp. Enguias nep. Anguilla spp. Escamudo Pollachius virens Faneca Trisopterus luscus Ferreira Lithognathus mormyrus Galhudo malhado Squalus acanthias Gamba Parapenaeus longirostris Goraz Pagellus bogaraveo Granadeiro, lagartixa da rocha Coryphaenoides rupestris Lagostim Nephrops norvegicus Laibeque Gaidropsarus spp. Lampreia PETROMYZONIDAE (Família)

Nota: o sufixo "nep." refere-se a "não especificado".

Lista de espécies mencionadas no documento: nome vulgar e nome científico ou grupo taxonómico (continuação)

Nome vulgar Nome científico ou grupo taxonómico

Lavagante Hommarus gammarus Linguado legítimo Solea vulgaris (solea) Lixa Centroscymnus coelolepis Longueirões nep. SOLENIDAE (Família) Lulas nep. Loligo spp. Maruca Molva molva Moreias nep. MURAENIDAE (família) Navalheira Macropipus spp. Pargos nep. Pagrus spp. Pé-de-burrinho Venus gallina Peixe relógio Hoplostethus atlanticus Peixe-espada preto Aphanopus carbo Pescada Merluccius merluccius Polvo vulgar Octopus vulgaris Pregado Psetta maxima Rabeta africana Pteroscion peli Raia lenga Raja clavata Raia manchada Raja montagui Raia pontuada Raja brachyura Raias nep. RAJIDAE (Família) Robalo baila Dicentrarchus punctatus Robalo legítimo Discentrarchus labrax Ruivo Lepidotrigla cavillone Safio, congro Conger conger Salema Sarpa salpa Salmonete Mullus surmuletus Santola Maja squinado Sapateira Cancer pagurus Sarda Scomber scombrus Sardinha Sardina pilchardus Sargo legítimo Diplodus sargus Sargo safia Diplodus vulgaris Sargos nep. Diplodus spp. Sarrajão Sarda sarda Solha legítima Pleuronectes platessa Tainhas nep. MUGILIDAE (família) Tamboril, panadeira Lophius piscatorius Tamboril-preto Lophius budegassa Verdinho Micromesistius poutassou Xaputa Brama brama

ANEXO II

Unidades populacionais para as quais, de acordo com a Comissão Europeia (Reg. CE N.º 1581/2004, de 27 de Agosto, Apêndice VI, secção D), deve ser definido um esforço específico (Programa Mínimo) para a zona IXa do CIEM. Para a estimação de esforço de pesca específico os dias de pesca ponderados a contabilizar são apenas aqueles em cujas capturas das espécies excederam determinados limites, proporcionalmente às capturas totais, designadamente, um limite 1 (o qual traduz que o esforço de pesca é dirigido à espécie) ou um limite 2 (esforço de pesca que afecta significativamente a espécie). Inclui-se o nome vulgar e o nome científico da espécie. É de referir que, em 2005, não foram amostradas capturas de escamudo nem de lagostim.

Espécie Limite 1 (%) Limite 2 (%)

Carapau Trachurus trachurus 50 10Enguia Anguilla anguilla 30 -Escamudo Pollachius virens 30 5Lagostim Nephrops norvegicus 30 5Linguado Solea vulgaris 10 5Pescada Merluccius merluccius 30 5Sarda Scomber scombrus 50 10Sardinha Sardina pilchardus 50 5

ANEXO III: GUIA DE ESPÉCIES Informação sumária das espécies para as quais é obrigatório o levantamento de informação sobre capturas no âmbito do programa mínimo (Regulamento CE N.º 1581/2004, de 27 de Agosto) para a zona IXa do CIEM1 (que inclui a costa continental portuguesa).

INFORMAÇÃO-TIPO:

Imagem da espécie2

Espécies ordenadas alfabeticamente pelo nome

científico

Nomes vulgares: Enguia, eiró, enguia-europeia Nome científico: Anguilla anguilla Código FAO: ELE Tamanho máx.: 100 cm CT (♀) / 51 cm CT (♂) Ocorrência: frequente

Ocorrência da espécie na amostragem em 2005. Categorias:

captura não amostrada em 2005 muito ocasional ocasional frequente muito frequente

1 www.ices.dk 2 Fonte: Whitehead et al. (1986).

PEIXES

Nomes vulgares: Enguia, eiró2, enguia-europeia2

Nome científico: Anguilla anguilla Código FAO: ELE Tamanho máx.: 100 cm CT (♀) / 51 cm CT (♂) Ocorrência: frequente

Nomes vulgares: Peixe-espada-preto, espada Nome científico: Aphanopus carbo Código FAO: BSF Tamanho máx: 110 cm CT. Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Argentina Nome científico: Argentina spp. Código FAO: ARG Tamanho máx: 32 cm CT. Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Barroso, xara-branca2

Nome científico: Centrophorus granulosus Código FAO: GUP Tamanho máx.: 150 cm CT Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Carocho, xara-preta2

Nome científico: Centrophorus squamosus Código FAO: GUQ Tamanho máx.: 142 cm CT Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Lixa Nome científico: Centroscymnus coelolepis Código FAO: CYO Tamanho máx.: 120 cm CT Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Granadeiro2, lagartixa da rocha3

Nome científico: Coryphaenoides rupestris Código FAO: RNG Tamanho máx: 110 cm CT. Ocorrência: captura não amostrada em 2005

PEIXES

Nomes vulgares: Cantarilho, cantarilho- -legítimo, cantarilho do Atlântico, boca-negra, cantaril. Nome científico: Helicolenus dactylopterus Código FAO: BRF Tamanho máx: 47 cm CT. Ocorrência: muito ocasional.

Nomes vulgares: Peixe-relógio, olho-de-vidro- -laranja, arregalato. Nome científico: Hoplostethus atlanticus Código FAO: ORY Tamanho máx: 75 cm CT. Ocorrência: captura não amostrada em 2005.

Nomes vulgares: Areeiro-quatro-manchas, carta Nome científico: Lepidorhombus boscii Código FAO: LDB Tamanho máx: 40 cm CT. Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Areeiro, carta Nome científico: Lepidorhombus whiffiagonis Código FAO: MEG Tamanho máx: 60 cm CT. Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Tamboril preto, tamboril Nome científico: Lophius budegassa Código FAO: ANK Tamanho máx: 100 cm CT. Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Panadeira, tamboril Nome científico: Lophius piscatorius Código FAO: MON Tamanho máx: 200 cm CT. Ocorrência: muito ocasional

Nomes vulgares: Badejo Nome científico: Merlangius merlangus Código FAO: WHG Tamanho máx.:70 cm CT1. Ocorrência: ocasional

PEIXES

Nomes vulgares: Pescada, pescada-branca Nome científico: Merluccius merluccius Código FAO: HKE Tamanho máx.: 140 cm CT. Ocorrência: frequente

Nomes vulgares: Verdinho, pichelim Nome científico: Micromesistius poutassou Código FAO: WHB Tamanho máx.: 50 cm CT. Ocorrência: ocasional

Nomes vulgares: Maruca, lingue, donzela Nome científico: Molva molva Código FAO: LIN Tamanho máx: 200 cm CT. Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Salmonete, salmonete legítimo Nome científico: Mullus surmuletus Código FAO: MUR Tamanho máx: 40 cm CT. Ocorrência: muito frequente

Nomes vulgares: Escamudo Nome científico: Pollachius virens Código FAO: POK Tamanho máx: 120 cm CT. Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Raia pontuada2

Nome científico: Raja brachyura Código FAO: RJH Tamanho máx: 120 cm CT. Ocorrência: frequente

PEIXES

Nomes vulgares: Raia lenga2

Nome científico: Raja clavata Código FAO: RJC Tamanho máx: 105 cm CT. Ocorrência: ocasional

Nomes vulgares: Raia manchada2

Nome científico: Raja montagui Código FAO: RJM Tamanho máx: 80 cm CT. Ocorrência: frequente

Nomes vulgares: Raia de dois olhos2

Nome científico: Raja naevus Código FAO: RJN Tamanho máx: 70 cm CT. Ocorrência: frequente

Nomes vulgares: Sardinha Nome científico: Sardina pilchardus Código FAO: PIL Tamanho máx: 25 cm CT. Ocorrência: muito frequente

Nomes vulgares: Cavala comum Nome científico: Scomber japonicus Código FAO: MAS Tamanho máx: 64 cm CT. Ocorrência: muito frequente

Nomes vulgares: Sarda Nome científico: Scomber scombrus Código FAO: MAC Tamanho máx: 60 cm CT. Ocorrência: ocasional

PEIXES

Nomes vulgares: Goraz, peixão Nome científico: Pagellus bogaraveo Código FAO: SBR Tamanho máx: 70 cm CT. Ocorrência: ocasional

Nomes vulgares: Linguado, linguado-legítimo Nome científico: Solea vulgaris (solea) Código FAO: SOL Tamanho máx: 70 cm CT. Ocorrência: muito frequente

Nomes vulgares: Carapau, chicharro Nome científico: Trachurus trachurus Código FAO: HOM Tamanho máx: 70 cm CT. Ocorrência: muito frequente

Nomes vulgares: Faneca Nome científico: Trisopterus luscus Código FAO: BIB Tamanho máx: 46 cm CT. Ocorrência: muito frequente

CEFALÓPODES

Nomes vulgares: Lulas2

Nome científico: Loligo vulgaris Código FAO: SRQ Tamanho máx: 40 cm CM1. Ocorrência: muito frequente

Nomes vulgares: Polvo, polvo-vulgar Nome científico: Octopus vulgaris Código FAO: OCC Tamanho máx: 25 cm CM. Ocorrência: muito frequente

CEFALÓPODES

Nomes vulgares: Choco, choco-vulgar Nome científico: Sepia officinalis Código FAO: CTC Tamanho máx: 35 cm CM. Ocorrência: muito frequente

CRUSTÁCEOS

Nomes vulgares: Sapateira Nome científico: Cancer pagurus Código FAO: CRE Tamanho máx: 20 cm CC1

Ocorrência: captura não amostrada em 2005

Nomes vulgares: Lavagante Nome científico: Hommarus gammarus Código FAO: LBE Tamanho máx: 60 cm CT1. Ocorrência: ocasional

Nomes vulgares: Gamba, gamba-branca Nome científico: Parapenaeus longirostris Código FAO: DPS Tamanho máx: 19 cm CT Ocorrência: captura não amostrada em 2005

1 CT = comprimento total, CC = comprimento da carapaça, CM = comprimento do manto. 2 Portaria nº 1378/2001, de 6 de Dezembro, que publica a lista das denominações comerciais autorizadas em Portugal. 3 Regulamento CE N.º 1581/2004, de 27 de Agosto, que estabelece o Programa Mínimo.

Base bibliográfica utilizada:

Campbell, A. C., 1989. The Hamlyn Guide to Seashores and Shallow Seas of Britain and Europe. The Hamlyn Publishing Group Limited. 320 p.

Froese, R. & D. Pauly (eds.), 2003. FishBase. Publicação electrónica na Internet em www.fishbase.org. Último acesso em 16 de Fevereiro de 2005.

Portaria N.º 1378/2001 de 6 de Dezembro – Lista das denominações comerciais autorizadas em Portugal relativamente à comercialização de produtos da pesca e aquicultura.

Sanches, J. G., 1991. Catálogo dos principais peixes marinhos da República da Guiné-Bissau. Instituto Nacional de Investigação das Pescas – Publicações avulsas do I.N.I.P., n.º 16. 429 p.

Sanches, J. G., 1992. Guia para identificação do pescado de Portugal submetido a tamanho mínimo de captura. Instituto Nacional de Investigação das Pescas – Publicações avulsas do I.N.I.P., n.º 18. 272 p.

Whitehead, P.J.P., Bauchot, M.-L-, Hureau, J.-C., Nielsen, J. & Tortonese, E. (eds.), 1986. Fishes of the North-eastern Atlantic and the Mediterranean. Vols. I, II, III. UNESCO. 1473 p.

ANEXO IV

Programa Nacional de Recolha de Dados da Pesca – número de amostras previstas em cada amostragem quinzenal (A) e efectivamente recolhidas ao longo de 2005 (B), sistematizadas por mês, quinzena, tipo de pesca e estrato geográfico.

A - amostras previstas

1 (Norte e Centro) 2 (Lisboa V. Tejo) 3 (Alentejo e Algarve)Com artes móveis (AM) 4 4 2 10Com artes passivas (AP) 37 35 38 110

Polivalente (APO) 16 9 5 30Total 57 48 45 150

B - amostras recolhidas

1 (Norte e Centro) 2 (Lisboa V. Tejo) 3 (Alentejo e Algarve)Janeiro 1a. Com artes móveis (AM) 4 3 1 8

Com artes passivas (AP) 32 27 32 91Polivalente (APO) 16 8 6 30

2a. AM 4 3 2AP 29 28 34 91

APO 13 5 4 22Fevereiro 1

9

a. AM 4 5 4AP 33 21 32 86

APO 14 6 4 242

13

a. AM 4 3 2AP 37 31 37 105

APO 12 11 5 28Março 1

9

a. AM 5 5 2AP 35 30 38 103

APO 13 9 5 272

12

a. AM 2 3 2AP 37 33 37 107

APO 11 10 6 27Abril 1

7

a. AM 5 5 3AP 37 37 33 107

APO 16 8 5 292

13

a. AM 4 4 2AP 33 36 37 106

APO 15 4 5 24Maio 1

10

a. AM 4 4 3AP 37 39 36 112

APO 14 8 5 272

11

a. AM 2 6 2AP 32 36 37 105

APO 14 7 4 25Junho 1

10

a. AM 3 4 4AP 26 36 37 99

APO 10 10 3 232

11

a. AM 4 3 2AP 30 30 39 99

APO 14 10 5 29Julho 1

9

a. AM 5 5 4AP 35 34 32 101

APO 16 4 5 252

14

a. AM 4 5 2AP 30 26 36 92

APO 12 10 5 27Agosto 1

11

a. AM 0 4 0AP 0 28 33 61

APO 0 7 3 102

4

a. AM 3 2 2AP 14 5 28 47

APO 4 2 5 11Setembro 1

7

a. AM 5 4 3AP 29 32 32 93

APO 14 10 8 322

12

a. AM 4 0 3AP 36 34 36 106

APO 16 4 7 27Outubro 1

7

a. AM 5 2 3AP 37 21 35 93

APO 16 8 4 282

10

a. AM 3 5 4AP 36 28 37 101

APO 13 9 5 27Novembro 1

12

a. AM 2 4 2AP 33 32 40 105

APO 15 9 5 292

8

a. AM 3 3 2AP 36 30 36 102

APO 15 7 5 27Dezembro 1

8

a. AM 4 5 3AP 33 34 34 101

APO 13 10 5 282

12

a. AM 3 3 2AP 24 30 31 85

8

APO 8 6 7 21Total em 2005 1131 990 1019 3140

Zonas (estratos geográficos) Total

TotalMês Quinzena Tipo de pesca (UE) Zonas (estratos geográficos)

(por quinzena)

Mês Quinzena Tipo de pesca (UE)

ANEXO V

Formulário do inquérito utilizado no Programa Mínimo – amostragem quinzenal à frota menor que doze metros de comprimento de fora-a-fora.

Programa Nacional de Recolha de Dados da Pesca

INQUÉRITO À PEQUENA PESCA 2005

Mês:___________________ Quinzena: 1ª 2ª

Zona: Norte Centro Lisboa V. Tejo Alentejo Algarve Matrícula: Nome da Embarcação:

Nome do Mestre: Contacto:

Data da última maré: de _______ /_______/ _______ a _______ / _______/ _______

Local de desembarque: __________________________________________________________

Arte de Pesca

(comum a capturas e rejeições)

Capturas (kg) Totais

Por espécie: Rejeições (kg)

Totais

Por espécie: kg Motivo (a) kg Motivo (a) kg Motivo (a) (a) Motivos para rejeições: 1 (sem valor comercial), 2 (abaixo do tamanho ou peso mínimo de captura), 3 (autoconsumo / oferecido / divisão para a campanha), 4 (danificado ou partido), 5 (guardado para isco), 6 (outro – especificar qual).

Programa Nacional de Recolha de Dados da Pesca

Esforço de pesca

Arte de Pesca

Características da Arte (b)

Tempo de pesca na última maré (dias / horas) (c)

Número de marés na última semana (incluindo sábado e domingo)

(b) Palangre: n.º de anzóis; Emalhar e Tresmalho – comprimento de caçada (total dos panos) em metros (m) ou

braças (b); Arrasto de Vara: Comprimento da Vara; Armadilhas: n.º de armadilhas; Toneiras, utensílios de mão – nº de utensílios; xávega: comprimento da rede ( de calão a calão).

(c) Xávega: número de lanços na última maré. NOTA: incluir no campo “observações” o tempo médio de cada lanço, ou, se possível, os tempos aproximados de cada um dos lanços; cerco: o tempo de pesca consiste no tempo de procura, ou seja, desde que a sonda é ligada até que a rede é lançada.

Combustível Data do último abastecimento: _______ /_______/ _______

Número aproximado de marés com o último abastecimento: __________________

Motor da embarcação:

Volume de combustível

(litros) Preço por

litro (€)

Gasóleo Mistura Só gasolina

Outros abastecimentos:

Aladores com depósito próprio: Gasóleo Outro _______________

Tractores: Gasóleo Outro ____________________________________

Recolha da informação

Responsável pela inquirição: _______________________________________________________________ Local e data da Inquirição: ________________________________________, _________ / ________ / 2005 Observações:

Programa Nacional de Recolha de Dados da Pesca

INQUÉRITO À PEQUENA PESCA 2005 – ANEXO: Lista de espécies contempladas no Programa Mínimo - desembarques e rejeições (Regulamento [CE] No 1581/2004 da Comissão, para a zona IXa do CIEM)

Peixes

Areeiro, carta Lepidorhombus whiffiagonisAreeiro-quatro-manchas, carta Lepidorhombus bosciiArgentina Argentina spp.Badejo Merlangius merlangusBarroso Centrophorus granulosusCantarilho Helicolenus dactylopterusCarocho Centroscymnus coelolepisCarapau Trachurus trachurusCavala, cavala comum Scomber japonicusEnguia-europeia Anguilla anguillaEscamudo Pollachius virensFaneca Trisopterus luscusGoraz Pagellus bogaraveoGranadeiro, lagartixa da rocha Coryphaenoides rupestrisLinguado Solea vulgaris (solea)Lixa Centrophorus squamosusMaruca Molva molvaOutras raias RajidaePanadeira, tamboril Lophius piscatoriusPeixe-espada-preto Aphanopus carboPeixe-relógio Hoplostethus atlanticusPescada Merluccius merlucciusRaia de dois olhos Raja naevusRaia lenga Raja clavataRaia manchada Raja montaguiRaia pontuada Raja brachyuraSalmonete Mullus surmuletusSarda Scomber scombrusSardinha Sardina pilchardusTamboril preto, tamboril Lophius budegassaVerdinho Micromesistius poutassou

CefalópodesChoco Sepia officinalisLula Loligo vulgarisPolvo Octopus vulgaris

CrustáceosGamba Parapenaeus longirostrisLavagante Hommarus gammarusSapateira Cancer pagurus

ANEXO VI

Referência de todo o pessoal interveniente na inquirição e/ou na introdução de dados dos inquéritos.

NUTSII (Província) Nome do colaborador Inquirição Introdução

de dados

Algarve José Carlos Ferreira da Silva Algarve José Manuel C. de Sousa Mendes Algarve Marcos Jesus F. Badalo Algarve Rui Barradas Gonçalves Centro Aurora Castro Dias Matos Lisboa V. Tejo António Manuel C. de Figueiredo Lisboa V. Tejo Francisco José Gonçalves Chegão Lisboa V. Tejo Lara Pereira Lisboa V. Tejo Maria Antónia F. C. Santos Lisboa V. Tejo Maria Suzete Matos Dias Lisboa V. Tejo Paula Ramalho Lisboa V. Tejo Teresa Pereira Norte Adelino Brito Soares Norte Américo Faria Gomes UALG Paula Fernandes

ANEXO VII

Lista de funcionalidade do site do Programa Mínimo. Opções que não necessitam de referência espacio-temporal (e.g., escolha prévia dos campos Zona, Ano, Mês ou Quinzena):

Inserir Inquéritos; Modificar o contacto de uma embarcação; Definir novo tamanho de amostra; Definir nova amostra; Importar actualização dos contactos das embarcações; Importar actualização da frota; Importar actualização das licenças.

Opções que exigem selecção prévia dos campos Zona, Ano, Mês e Quinzena:

Ver Inquérito; Ver Inquéritos não terminados; Ver Contactos das embarcações seleccionadas; Ver Embarcações seleccionadas sem detalhes; Ver Embarcações seleccionadas com detalhes das artes; Ver Relatório do número de inquéritos realizados por dia; Ver Relatório do número de inquéritos realizados por dia e por localidade; Ver Relatório quinzenal de desempenho da inquirição; Ver Utilizadores:

o Visualizar utilizadores; o Modificar utilizadores; o Adicionar utilizador; o Remover utilizador; o Mudar password.

Ver pesquisa: o Pesquisa por palavra-chave; o Pesquisa por matrícula; o Pesquisa por número de selecções e número de inquirições;

Validar inquéritos: o Ver estado dos inquéritos.

ANEXO VIII

Formulação utilizada na estimação de esforço de pesca e capturas [baseado em Cochran (1977) e Thompson (2002)]. As estimações foram efectuadas por quinzena e para cada um dos três tipos de pesca (subpopulações), de acordo com a regulamentação comunitária1: (1) pesca com artes móveis, (2) pesca com artes passivas, (3) pesca polivalente. Cada subpopulação foi estratificada em três zonas, as quais se encontram em continuidade geográfica ao longo da costa continental Portuguesa.

(1) Cálculo do número médio de dias de pesca, em cada estrato h:

h

n

i ihh n

yy

h∑== 1 ,

onde yih = i-ésimo dia de pesca ponderado; nh = número de embarcações amostradas, no estrato h.

(2) Cálculo da variância da amostra, em cada estrato h: ( )

11

22

−= ∑ =

h

n

i hihh n

yys

h

(3) Cálculo do peso de cada estrato h: Wh = Nh / N, onde N = número total de embarcações na sub-população (segmento de frota U.E.).

(4) Estimação da média estratificada da sub-população:

∑=

=L

hhhst yWy

1

, onde L = número de estratos.

(5) Estimação da variância da média estratificada:

( ) ⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛−= ∑

= h

hL

h h

hhst n

sNnWyv

2

1

2 1ˆ

(6) Estimação do número total de dias de pesca ponderados:

stst yNY =ˆ

(7) Estimação da variância do total de dias de pesca ponderados:

( ) ( )h

hL

hhhhst n

snNNYv2

1

ˆˆ ∑=

−=

Referências Cochran, W.G., 1977. Sampling techniques. 3rd. ed. Wiley. 428 p. Thompson, S., 2002. Sampling. 2nd. ed. Wiley, 367 p.

1 Regulamento Comunitário N.º 1581/2004, de 27 de Agosto.