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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA “A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12 ANO XVIII - Nº 220 - ABRIL DE 2015

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

“A Palavra de Deus é Viva e Eficaz.” Hb 4,12

ANO XVIII - Nº 220 - ABRIL DE 2015

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Editorial2 Abril de 2015Folha Diocesana de Guarulhos

Enfoque PastoralLiturgia é escola de comunhão. Iniciamos no dia cinco de março deste ano a nossa Escola Diocesana de Liturgia. Um projeto de muitos anos que fora com muito esforço e trabalho concretizado. ”A liturgia ocupa, na ação evangeliza-dora da Igreja, um lugar central. Ela é o cume para o qual tende a ação da Igreja e, ao mes-mo tempo, a fonte de onde emana toda a sua força. Nela o discípulo o realiza o mais íntimo encontro com o seu Senhor e dela recebe a motivação e a força máxima para sua missão na Igreja e no mundo” (DGAE, n.67). A Escola tem como foco colaborar com o crescimento da vivencia litúrgica de nossas comunidades, trazendo a tona a realidade das nossas experiências litúrgicas, colaborando para o crescimento e santificação de todos. Por sermos uma escola teremos uma formação sistematizada com teorias e muita prática. Certamente viveremos uma experiência

de comunhão com Deus, viveremos em uma ati-tude de aprendizado que o mistério Pascal de Jesus Cristo é o centro da História da Salvação e por isso o encontraremos na liturgia como seu objeto e conteúdo central envolvendo toda a vida de Cristo e de todos os cristãos. Vamos também compreender na prática das nossas aulas que sem a ação do Espirito Santo não pode haver liturgia, pois a Páscoa de Cristo que nós cotidianamente celebramos é fru-to do Espírito que impulsionou o Filho de Deus a realizar a vontade do Pai até as últimas con-sequências. Percebemos claramente esta ação na Sagrada Escritura, leia Hebreus 9, 14. Parti-cipando da escola diocesana de liturgia vamos perceber quão responsável somos para a boa experiência de Deus de nossos irmãos e irmãs. Vamos aprender a nos manifestar como povo de Deus, povo que vive a graça do seu batismo, como povo sacerdotal que de forma organizada trabalha para o enriquecimento de todos. Vamos aprender a viver em comunhão com Deus e com os irmãos. Escola Diocesana

de Liturgia, lugar de encontro, lugar de aprendi-zado, lugar de comunhão, lugar de esperança. Participe, divulgue, cresça e ajude ao irmão a crescer!

Padre Francisco G. Veloso JrCoordenador Diocesano de Pastoral

LITURGIA - ESCOLA DE COMUNHÃO

O mistério pascal da paixão , morte e res-surreição de Jesus Cristo é destaque na edi-ção de abril. O bispo dom Edmilson Amador Caetano ressalta que todos os cristãos devem viver e testemunhar o Ressuscitado e faz um convite especial aos casais que pelo poder do sacramento do matrimônio devem anunciar ao mundo o amor do Cristo como força que todos precisam. A litugia como espaço privi-legiado para celebrar o mistério pascal têm necessidade de ser compreendida, meditada , interiorizada por isso cerca de cento e vinte pessoas das diversas comunidades da dioce-se estão participando da tão sonhada e agora inaugurada Escola Diocesana de Liturgia como espaço de promoção da comunhão e partilha de experiências vivenciadas durante os tempos litúrgicos e de modo especial na Semana San-ta com toda a simbologia pascal. O cinquenta dias da Páscoa é a proposta da verdadeira fe-licidade para toda a humanidade e um convi-te a vencer os cinquenta tons de cinzas que propõe a ideia de que o prazer e o poder são capazes de comprar a felicidade nesta socie-

dade tão cheia de carências. A violência e a corrupção que marcam a sociedade nos dias de hoje são as causas das principais carências. Com o salmo 12 somos convidados a renovar nossas súplicas e não acreditar que está tudo perdido e não adianta lutar. É o que podemos sentir no clamor de centenas de pessoas que participaram da formação sobre o minstério da visitação nas foranias, refletindo sobre a mis-são do cristão no mundo e batendo de porta em porta anunciando o Cristo Ressuscitado. A comunidade Shalom também suplicou a Deus realizando vinte e quatro horas de oração com as famílias. No colégio Virgo Potens dom Ed-milson também representou uma súplica aos educadores e crianças para que possam trans-formar a sociedade através da educação, acre-ditando e ensinando os valores deixados por Cristo Ressuscitado. O último artigo de reflexão sobre a Campanha da Fraternidade é também uma súplica para que o mistério pascal não seja apenas um ritual litúrgico , mas uma liturgia da vida em que os cristãos celebram de forma permanente os compromissos pascais através do seu agir na sociedade. Enfim, suplicamos a Deus também pelos casais para que vivam a

vocação do amor familiar e não precisem jamais recorrer ao tibunal eclesiástico para suplicar a nulidade matrinonial. Caro leitor, nesta edição não temos somente súplicas, mas também muito a agradecer a Deus, como a conqusita dos membros da paróquia Nossa Senhora de Fátima no Aracília; pelos frutos do Capítulo Geral da Congregação da Filhas de Nossa Se-nhora Stella Maris; pelo aniversário episcopal e de vida do nosso pastor dom Edmilson e pela instituição dos Ministérios de acólito e leitor dos nossos seminaristas. Que ao celebrar a festa da ressurreição possamos renovar os compro-missos cristãos em defesa da vida plena para todos, participando ativamente do fórum das pastorais sociais; da semana do trabalhador; do mutirão de comunicação, da campanha de doação financeira ao hospital Stella Maris e ações em prol da associação SOS família. Que Santo Expedito, São Geraldo e Nossa Senhora das Vocações, intercedam por nós na súplica ao Deus da vida que vence a morte. Feliz Pás-coa a todos os nossos leitores e colaboradores.

Padre Marcos ViníciusAssessor Diocesano da Pascom

RENOVAR A ESPERANÇACOM CRISTO RESSUSCITADO

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3Abril de 2015 Folha Diocesana de Guarulhos

Voz do Pastor

AGENDA DO BISPO

O MISTÉRIO PASCALA solene celebração anual do Mistério Pas-cal nos fortalece no seguimento de Cristo e nos estimula na missão evangelizadora. Os cinquenta dias de Páscoa – o tempo pascal – atualiza em nós e na Igreja a presença ven-cedora do Senhor ressuscitado. O amor e a vitória do Cristo celebrado e atualizado em nossas vidas na liturgia leva--nos a uma atitude de vivência coerente com o mistério celebrado em todos os âmbitos da nossa vida. Neste ano de 2015, pensemos de modo particular no âmbito familiar, quan-do estamos para viver em setembro, o En-contro Mundial das Famílias, em Philadelphia, Estados Unidos e o Sínodo dos Bispos sobre “a vocação e missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, no próximo mês de outubro. As famílias cristãs e católicas, fortaleci-das pela graça do Sacramento do Matrimônio que, a seu modo, coloca o casal cristão na di-

mensão do amor do Cristo ressuscitado, de-vem sentir-se impelidas à missão de anunciar ao mundo o amor do ressuscitado que trans-forma. O Cristo ressuscitado dá coragem para o testemunho num mundo que hostiliza quase que sistematicamente os valores cristãos da família. Ao invés de ficar lamentando a perda dos valores cristãos da família, e sentirem-se coagidos a esconder-se como num gueto, os cristãos testemunhem com alegria a for-ça deste amor humano natural do matrimônio que Jesus, na ordem da redenção, elevou à dignidade de Sacramento. Que o casal cristão não duvide da for-ça da graça do Sacramento pelo qual está unido. Na graça deste Sacramento é pos-sível amar o outro na mesma dimensão da Cruz de Cristo. Este amor é inesgotável e in-cansável. Por este motivo, a celebração Eu-carística seja a fonte onde sempre é possível renovar-se. Afinal, o Cristo ressuscitado é a força que todos precisam.

Pais católicos, não tenham medo de transmitir a fé aos filhos. Não deleguem isso em primeiro lugar aos outros, nem mesmo à catequese paroquial. Cada família é uma Igreja doméstica. Tenham coragem de deixar entrar neste lar, santificado pelo Sacramento do matrimônio, somente aquilo que promova a vida. “E Deus os fez homem e mulher”. Que a sexualidade seja vista e vivida como um dom de entrega total no matrimônio. Que todo leito conjugal seja purificado de toda idolatria que é oferecida por uma sociedade marcada pelo hedonismo. Saiba o casal cris-tão ter um relacionamento aberto à vida, livre de todo sentimento egoísta. Que o Cristo ressuscitado seja acolhi-do com alegria em nossas famílias para que Ele mesmo seja a fonte de rejuvenescimento constante!

+Edmilson Amador Caetano, O.Cist.bispo diocesano

01 20h – Missa Crismal (Santos Óleos)Paroquia NS de Fátima – Vila Fátima

0209h30 – Manhã de oração do Clero e Admissão às OrdensSacras dos Seminaristas Jhonny e Tiago – Seminário Lavras20h30 – Missa da Instituição da Eucaristia - Catedral

0315h – Celebração da Paixão de Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo na Catedral18h – Procissão do Encontro – Paróquia S. Antonio Claret

0420h30 – Vigília Pascal – Catedral23h45 – Vigília Pascal Comunidades neocatecumenais – CDP

0509h – Missa pascal e Crisma paróquia São Francisco – Nações19h – Missa Catedral

09 14h30 – Atendimento Cúria

1009h30 – Atendimento Cúria e 15h –Visita ao Seminário – Lavras20h – CPP na Paróquia Santo Antônio Maria Claret - Munhoz

12 15-17h – Tarde de espiritualidade para os coordenadores das comunidades da forania Bonsucesso

14 09h30 – Economato – Cúria1 5 -24

53ª. Assembleia Geral Ordinária da CNBB em Aparecida

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08h – Missa na abertura do Encontro Diocesano da Pastoraldo Dízimo no CDP15h30 – Palestra ECC 2ª. etapa – Forania Imaculadana Paróquia Santo Antonio – Gopoúva19h30 – Missa na comunidade NS de Guadualupena Área Pastoral Sagrada Família

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08h – Missa na comunidade S. Barnabé na Paróquia S. José10h – Crisma Santuário São Judas14h30 – Reunião com os coordenadores paroquiais do Ministé-rio da Visitação de toda a diocese no CDP18h – Missa na comunidade Santa Rosa de Limana Paróquia São José

27 20h – Missa na Com. Presença em São José do Rio Pardo28 14h30 – Atendimento Cúria29 09h30 – Colégio de Consultores e 14h30 – Atendimento na Cúria

30

07h – Missa e reunião no Seminário Propedêutico09h30 – CDAE – Cúria14h30 – Reunião com a Equipe formadora dos Semináriosna Residência Episcopal

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4 Abril de 2015Folha Diocesana de Guarulhos

Falando da Vida O livro/filme 50 tons de cinza que es-treou em fevereiro deste ano nos cinemas brasileiros e está batendo recordes de bilheteria, é uma história que bem poderia começar com “Era uma vez”, ta-manho o número de clichês empregado pela autora para caracterizar os personagens Christian Gray e Anastásia Steele. Os ingredientes que costumamos ver nos contos de fadas como o romance impossível e im-provável entre o príncipe e a plebeia estão implici-tamente contidos na relação amorosa entre os pro-tagonistas. Mas as cenas constantes de violência, sadismo e subjugação feminina, levantam o seguinte questionamento: Porque tanto sucesso, especial-mente entre o público feminino? Não seria um con-trassenso considerando a luta legítima que a mulher trava em todo mundo pela igualdade dos sexos e contra a exploração do seu corpo como objeto? Parece que estamos tateando cegamente em busca de algo bom que mexa com o nosso in-terior, que nos faça sonhar e acreditar. Mas essa ca-rência nos faz presas fáceis da linguagem poderosa que a mídia exerce, especialmente nos mais jovens que ainda estão num processo de formação. O filme aponta para uma falsa via indicando que o prazer, o poder podem comprar tudo, até a felicidade. A personagem Anastásia se enquadra per-feitamente no perfil psicológico da maioria das jo-

vens da atualidade é uma mocinha pobre e ingênua, uma espécie de Cinderela. Gray é um jovem que carrega em si todas as qualidades projetadas do imaginário feminino, um verdadeiro príncipe monta-do numa coleção de carros luxuosos. A espada do príncipe está representada pelo poder da riqueza que arrebata a mocinha po-bre e a conduz até o seu castelo. Mas o príncipe é neurótico e compulsivo por sexo e a submete aos seus desejos sadomasoquistas. Existe a ilusão de que não existe mal estar, tristeza ou depressão que não possam ser preen-chidos com bens materiais. Na verdade, a busca por compensação de perdas afetivas é ilusória vis-to que a natureza não permite compensações na vida adulta. A tentativa de fazê-lo sempre resulta em neuroses compulsivas. Por outro lado podemos ela-borar os traumas. Não se trata de esquecer e sim rever a nossa história, conhecer as nossas feridas e compreender aqueles que nos fizeram sofrer. A Psi-cologia chama isso de elaboração, mas podemos traduzir simplesmente como perdão, pedra angular de todas as religiões. Não somos escravos do nosso passado. É possível mudar o nosso rumo escolhendo no-vos caminhos. Para isso é necessário conhecer-se, sem medo e sem defesas. Colocar-se no papel de vítima gera atitudes e sentimentos negativos além de busca por compensação o que só faz piorar as

coisas. Por outro lado, quando lançamos um olhar de compaixão sobre nós mesmos e sobre o outro, estamos dando um passo firme para a elaboração dos conflitos e abrindo um caminho seguro para a autoaceitação. Todos nós ansiamos por algo rico, profundo e duradouro. Algo que não se perca pelo caminho e que faça a nossa vida valer a pena. Mas isso não é um produto que se compra em lojas, nem se ganha de presente. Na verdade esse ideal que buscamos fora está dentro de nós mesmos, mas não o enxer-gamos e por isso, projetamos nos personagens dos filmes e livros. Precisamos urgentemente recuperar a nossa autoestima, curar nosso egoísmo e acre-ditar que o amor é o único caminho que nos leva a felicidade verdadeira.

Romildo R.AlmeidaPsicólogo clínico

50 TONS DE QUE?

FormaçãoDentro da organização da Igreja Católica, de acordo com o Direito Canônico, o poder supre-mo é exercido pelo Romano Pontífice. Ele é a Sé Primeira, ou seja, o Supremo Tribunal e não é jul-gado por ninguém, conforme prescreve o cânon 1404. É um caso único no mundo de Tribunal uni-pessoal. Abaixo dele, está a Rota Romana, um Tribunal colegiado, que julga como instância origi-nária as causas referentes aos Bispos, Superiores Maiores das Ordens Religiosas, Dioceses e outras pessoas eclesiásticas, e julga em grau de recurso outras causas que lhe são destinadas pelo Direito Canônico. É facultado a qualquer fiel católico recor-rer diretamente à Sé Primeira. No entanto, por uma questão de organização interna, em cada Diocese, o juiz de primeira instância é o Bispo, que pode exercer este poder pessoalmente ou por delegação, conforme prescreve o cânon 1419. Em geral, o Bispo delega este poder a um

Vigário Judicial e nomeia juízes eclesiásticos. O Vigário Judicial, em união com o Bispo ou com o Moderador do Tribunal, forma com os demais Ju-ízes o Tribunal Eclesiástico Regional de primeira instância, conforme nos fala o cânon 1420. O Vigário Judicial funciona como Presi-dente deste Tribunal Eclesiástico, que atua sem-pre colegialmente, em turnos de três juízes. Estes Juízes são, via de regra, sacerdotes, porém o Có-digo faculta às Conferências Episcopais a nomea-ção de juízes leigos, conforme nos relata o cânon 1421. Os Tribunais Eclesiásticos Regionais po-dem julgar todas as causas judiciais não reserva-das diretamente ao Romano Pontífice. Em geral, as causas julgadas nestes Tribunais se referem à separação dos cônjuges, declaração de nulidade matrimonial, imposição de excomunhão, delitos praticados por sacerdotes. Salvo exceções canô-nicas, o Tribunal sempre atuará colegialmente, ou seja, em turnos de três juízes. No caso destas páginas, o interesse está

direcionado apenas para as causas envolvendo as declarações de nulidade matrimonial.É importante ressaltar que o Tribunal Eclesiásti-co não é um tribunal de divórcio; também não é um serviço de aconselhamento. Trata-se de um sistema de processamento e julgamento de fatos relacionados com o matrimônio. No entanto, o Tribunal não dissolve um matrimônio, pois perante a Igreja, o matrimônio é indissolúvel. Ele apenas examina os fatos e verifica se, à luz destes fatos, existiu ou não um vínculo matrimonial válido numa determinada ce-lebração. Estes Tribunais existem na Igreja desde muitos séculos, mesmo antes de os Tribunais ci-vis tratarem destas causas. No nosso próximo artigo, iremos falar so-bre a nulidade matrimonial, e os passos a serem percorridos.

Pe. Dr. Paulo Afonso Alves SobrinhoVigário Paroquial e Juiz Eclesiástico

O TRIBUNAL ECLESIÁSTICO

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5Abril de 2015 Folha Diocesana de Guarulhos

Pastoral emDestaque

Aconteceu

A Escola Diocesana de Liturgia nasce com o objetivo de oferecer formação sistemática de TEORIA E VIVÊNCIAS para os agentes da pas-toral litúrgica da Diocese de Guarulhos, para que sejam agentes multiplicadores na sua realidade, a fim de que nossas celebrações sejam celebra-ções do Mistério Pascal de Cristo na vida da gen-te. Busca-se compreender como os fieis vivem da liturgia e contribuir para tomarem consciência da necessidade de desenvolver a espiritualidade litúrgica como caminho de libertação, comunhão com Deus e solidariedade com todos. Viver da liturgia que se celebra significa viver daquilo que a liturgia faz viver: o perdão invocado, a Palavra escutada, ação de graças elevada, a eucaristia recebida como comunhão. Assim como as Sagradas Escrituras, também a Liturgia tem a necessidade de ser compreendida, meditada, interiorizada. O Santo João Paulo II afirmou: “Na liturgia, especialmente na Eucaristia, celebra-se a realidade fundamental da páscoa: morte e ressurreição de Jesus Cristo, morte e ressurreição do batizado, com Cristo. Ao participar da celebração, o cristão terá presen-te todas suas aspirações, alegrias, sofrimentos, projetos, bem como o de todos os seus irmãos”.

Liturgia é a celebração por meio de sím-bolos e de ritos do mistério pascal de Jesus. Ela se expressa através de símbolos e de ritos signifi-cativos e expressivos. É Cristo e seu mistério, que se oferece ao Pai. Cristo é o objetivo na liturgia cristã que celebramos ao longo do ano litúrgico. É, na verdade, a Páscoa de Cristo acontecendo em atos, pois a páscoa é um rito que só se pode entendê-la e vive-la sob a modalidade litúrgica, isto é, a salvação obtida em um rito e mediante um rito. Também é ação divina em favor da hu-manidade, pois, Cristo, assumindo na liturgia a característica de Cabeça, reúne em torno de si a totalidade do povo de Deus (a Igreja), que é seu corpo místico. (SC 5-7) Não se trata de uma compreensão me-ramente intelectual, mas de uma compreensão interiorizada e vivencial, que necessita, sem dú-vida, do esforço e do empenho da inteligência. Vale a pergunta: Porventura entendes o que cele-bras? Vives o que celebras?Como instrumento de reflexão e de aprendiza do, as aulas da Escola de Liturgia irão percorrer temas fundamentais para aprofundar o mistério pascal de Cristo na vida da comunidade reunida em torno da Palavra e da Eucaristia. No primeiro

bloco a Escola irá oferecer temas como: O que Liturgia, o que é Celebração, Liturgia da Palavra, Lectio divina, Liturgia Eucarística, Equipe de Li-turgia e Equipe de Celebração. Um grupo de mais de 120 pessoas, lide-ranças das nossas comunidades, já deu inicio a este novo caminhar. Novo porque ao aprofundar o mistério da fé cristã e o meio de como celebrar a memória do Cristo que se entregou, por amor, para a salvação de todos, Ele sempre surpreen-de. Foi dito, como um dos primeiros ensinamen-tos aos que se dedicam a preparar a celebração eucarística, que se preparem com a comunidade e não para a comunidade, pois o Cristo quer se revelar-se também aos agentes da pastoral litúr-gica, e não apenas para a assembleia; deixar-se envolver pelo mistério, rezar com a assembleia e acolher a Palavra, como se fosse a primeira vez! Caminhemos neste diálogo que nos aju-da a descobrir, na Liturgia, uma fonte permanen-te de espiritualidade e de seguimento de Jesus.

Celia Soares de SousaEquipe Diocesana de Liturgia.

ESCOLA DIOCESANA DE LITURGIA

VISITA DE DOM EDMILSON AO COLÉGIO VIRGO POTENS

No dia 13 de março, a Comunidade Educativa do Colégio Vicentino Virgo Potens teve a alegria de receber a visita de Dom Edmilson Amador Ca-etano. Participaram da acolhida os alunos do ensino infantil ao médio. Na entrada do colégio, o Bispo foi recebido pelas crianças da Educação Infantil que seguravam um cartaz com a seguinte frase:”Dom Edmilson quem te acolhe é o cora-

ção”. A alegria e simplicidade das crianças emo-cionaram o bispo, os professores e religiosas. Logo em seguida a Ir. Rosalie de Carvalho, diretora atual, apresentou um pouco da missão da rede de Educação Vicentina e de sua história. O Colégio Vicentino Virgo Potens, comemora 70 anos de sua fundação este ano, se tornando um Colégio conceituado e único colégio católico na região. A Missa celebrada foi marcada por muita espontaneidade por parte do bispo que dinâmico e a vontade com as crianças, utilizou perguntas e questionamentos aos alunos presentes. Foram mencionados também durante a missa o teste-munho de São Vicente e Santa Luiza de Marillac que entregaram suas vidas para combater a po-breza de sua época e seguindo o exemplo deles somos chamados a nos determos ao homem po-bre de hoje. Dom Edmilson ressaltou a importân-cia de um colégio católico atuante na sociedade e de modo particular na cidade de Guarulhos. Ao final da visita, o Bispo juntamente com

as Irmãs Vicentinas, professores e funcionários se colocaram em um momento de grande partilha e fraternidade, momento marcado pela descontra-ção e alegria dos presentes. Agradecemos a visita do nosso Pastor a este colégio, na alegria e no compromisso de o recebe-lo mais vezes, com a certeza da nossa missão como educadores vicentinos:“ACOLHER com amor, CUIDAR com carinho, ENSINAR com competência”.

Colégio Virgo Potens

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Aconteceu6 Abril de 2015Folha Diocesana de Guarulhos

MINISTÉRIO DA VISITAÇÃO

DEDICAÇÃO DO ALTAR - NOSSA SRA. DE FÁTIMA - ARACÍLIA

No dia 8 de março, Dom Edmilson Amador Caetano presidiu a missa de Dedicação do altar da Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Aracília, acompanhado pelo pároco da comunidade, Pa-dre Ednaldo Oliveira Carvalho e fiéis que motivados pela busca de melhorar o espaço sagrado para bem celebrar o mistério da fé, realizaram festas, fortaleceram o dízimo e promoveram campanhas. Com o término das reformas, a Igreja ma-triz ganhou um novo presbitério, um novo altar, novo crucifixo e uma imagem de São José.Com Dom Edmilson após aspergir toda a Igre-ja com água benta,o altar foi ungido e purificado

com incenso e em seguida foram acesas as ve-las e as luzes do presbitério. “Como e agradável a vossa morada, Senhor dos exércitos! A minha alma suspira ansiosamente pelo átrios do Senhor” (Salmo 83).

Pascom Paróquia N. Sra de Fátima - Aracília.

O exercício da missão tem urgência e necessidade do apoio e dispo-nibilidade de cada um para a sua realização. Exige de nós estudo, ora-ção , vontade , abertura de coração e de consciência para que o anúncio do Evangelho chegue a todos os corações, afirmou o Padre Francisco Veloso Junior, coordenador diocesano de pastoral na edição de março

da Folha Diocesana. O apelo foi atendido e centenas de pessoas parti-ciparam da formação sobre o Ministério da Visitação nas diversas fora-nias, acompanhados com carinho pela equipe missionária diocesana e Dom Edmilson Amador Caetano no período de 01 a 22 de março. Pa-rabéns aos que participaram e lembrem-se o que disse Jesus: “Eis que eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos”. ( Mt 28,20 )

Forania Imaculada

Forania Aparecida

Forania Bonsucesso

Forania Fátima

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7Abril de 2015 Folha Diocesana de Guarulhos

AconteceuSHALOM - 24 HORAS PARA O SENHOR

“Deus rico de misericórdia” foi o tema da jornada de oração e confissão “24 Horas para o Senhor”, que foi organizada pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e como nos con-vocou o Papa Francisco em sua mensagem para a Quaresma 2015. Adoração ao Santíssimo, confissão e peni-tência foram as grandes motivações para este even-to que aconteceu nos dias 13 e 14 de março. A Comunidade Católica Shalom – Missão

de Guarulhos, encontrou-se também motivada pelo Santo Padre nesta grande jornada em favor da evangelização. O início se deu na sexta do dia 13/03 às 18h com a Santa Missa, presidida pelo Padre Fa-brício Bezerra. Logo após, iníciou-se a Celebração Penitencial diante do Santíssimo Sacramento, onde durante todo o momento teve ocorreram confissões e aconselhamentos. No sábado pela manhã, os membros Comunidade e da Obra se revezaram em Adoração, entre tantas ações tais como: visitas as irmãos enfermos ou que passam por situações de dificuldades (desemprego, depressão, ausência de Deus), como também a ação de evangelização na Capela do Aeroporto de Guarulhos que se dá todos os sábados das 10h, dando oportunidade a todos os passageiros a receberem oração e serem tam-bém aconselhados. Às 14h o encontro foi marcado especialmente com os jovens que saíram nas ruas, para evangelização pessoa a pessoa até às 17h. A Santa Missa de encerramento iniciou às 18h, presidida pelo Padre Pelegrino Neto, um mo-

mento de louvarmos a Deus pela oportunidade e pela alegria da evangelização, uma missa de Ação de Graças por estas 24 horas dadas inteiramente ao Senhor. Na certeza de não ter sido somente estas 24 horas de adoração, Deus nos inspira a sairmos ainda mais de nós mesmos, ao encontro do homem ferido e distante de Deus.

Comunidade Católica Shalom

Informativos

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8 Abril de 2015Folha Diocesana de Guarulhos

Vida Religiosa

Vida Presbiteral

“Só no Espirito se realiza as obras, deixemo-nos

guiar por Ele”

Ao celebrar o ano da Vida Consagrada, a Congregação das Fi-lhas de Nossa Senhora Stella Maris ce-lebrou também o seu 4º Capítulo Geral dos dias 02 à 06 de fevereiro. No dia 02, Dom Edmilson Amador Caetano, abriu os trabalhos com um dia de refle-xão sobre a Carta Apostólica do Papa Francisco AS PESSOAS CONSAGRA-DAS, onde destacou os três objetivos da Vida Consagrada:

1- Olhar com gratidão para o nosso pas-

sado, nos chamando para descobrir a rica graça de Deus sobre nós; 2- Viver com paixão o presente;3- Abraçar com esperança o futuro.

Nos dias 03 à 05, foram de estudos, reflexões e tomadas de deci-sões para a Congregação. E no dia 06, foi realizado a eleição da Nova Madre Geral e seu Conselho para o governo de um sexênio. Encerrando esse gran-de acontecimento da Congregação das Filhas de Nossa Senhora Stella Maris, Dom Edmilson presidiu a Santa Missa em ação de graças com a reci-tação do TE DEUM.

Congregação das Filhas deNossa Senhora Stella Maris

CAPÍTULO GERAL

Padre Charles de Foucald ajudarnos a refletir sobre o ministério sacerdotal neste tempo Pascal. A vida do Ir. Carlos se constituiu de muitas conver-sões. Um dos traços marcantes de seu itinerário es-piritual é a incansável capacidade de mudar. A vida do Ir. Carlos foi um peregrinar constante. Viveu com radicalidade e inteireza as várias etapas da sua con-versão. Cada ponto de chegada, assumido como se fosse definitivo, se transformava em plataforma para uma busca de maior entrega ao Bem Amado Irmão e Senhor Jesus e aos pobres: da França para a Síria, da Trapa para Nazaré, da Terra Santa para a África, de Beni-Abbès para Tamanrasset, dos privilégios de uma vida acomodada para a simplicidade de uma vida pobre e desinstalada, de uma concepção de

evangelização doutrinária e impositiva para outra mais dialógica, de inserção e testemunho. Quando começou a viver no Saara, o Ir. Car-los tentou converter os muçulmanos. Com o passar do tempo, deu-se conta que o seu método estava equivocado. Descobriu que a missão era muito mais exigente do que se imaginava. Passou a ser mais paciente e gastou vários anos na convivência frater-na com os tuaregues, aprendendo e ensinando. (...) Vamos nos deter num momento privile-giado de sua vida na África. É uma das passagens mais difíceis, um momento doloroso e crucial muito próximo da morte, uma verdadeira Páscoa – pas-sagem de Deus em sua vida e travessia que gera mudança, deixa marcas indeléveis, talvez a última etapa de sua conversão. (...) 1908. Ir. Carlos está pregado em sua cama. Não pode sequer se levantar, sem o risco de desmaiar. Há fome no Saara. Ir Carlos partilha o que tem e o que não tem. Segundo sua teoria as-cética, quanto menos se come, mais perfeito se é. Agora, a situação fizera com que mudasse de idéia. (...) Excessivo trabalho, além de pouca alimentação. Trabalhava num texto em prosa (...) Onze horas de concentração por dia. (...) A doença também tem causas psicológicas. Ficou seis meses sem ver pas-sar ninguém. Só lhe restou Jesus no sacrário, com quem fala noite e dia. Mas nesta hora sente neces-sidade de alguém com quem possa dialogar. (...) Reduzido a tal impotência, julga que é o fim da sua obra, e até de sua vida, visto que ainda realmente não se converteu. Não teria sido melhor escolher um tipo de vida mais útil, num lugar me-

lhor? (...) Havia partido, depois de sua ordenação, para levar o banquete da Eucaristia aos mais afas-tados. Quem se interessa pelo dom que deseja par-tilhar? Por que veio a este lugar, onde sequer pode celebrar a Eucaristia? [Nesta realidade surge a ORA-ÇÃO DO ABANDONO] (...) O que ocorreu naqueles dias é difícil de avaliar, tanto para a vida daquele povo, como para o Ir. Carlos. [Os chefes muçulmanos do lugar] “Mandaram buscar todas as cabras que tivessem um pouco de leite, nesta terrível seca, num raio de quatro quilômetros. As pessoas foram muito boas para mim” (...) Naquele dia nada tinha, nada podia ofe-recer. Justamente naquele momento em que estava reduzido a uma total impotência, inteiramente de-pendente de seus vizinhos, foi quando eles se sen-tiram responsáveis por ele e puderam, finalmente, entrar em sua vida. Puderam oferecer-lhe alguma coisa, repartir com ele, abordá-lo em relações de igualdade. Partilham o que têm de melhor: um pou-co de leite para salvá-lo da morte. (...) A debilidade e a enfermidade possibili-taram-lhe viver uma nova relação com os tuaregues, uma verdadeira conversão (...)Para refletir: Que lugar ocupam os pobres em minha vida e ministério? De que forma tenho Ressuscitado a cada novo desafio em meu ministério?

Fonte: D. Edson Damian, Boletim das Fraternidades 124, jun/2006

CONVERTER, MUDAR,RESSUCITAR

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O livro dos Salmos é o maior livro da bíblia. Em 150 capítulos, estão reunidos verdadei-ros poemas. Cada poesia, cada oração leva o leitor para uma determinada situação social vivida pelo povo da bíblia. Ontem, como hoje, as comunidades souberam enfrentar e superar situações de guerras, enfermidades, terremotos, impérios e ocasiões em que seus dirigentes – reis, sacerdotes e juízes – se envolveram em escândalos de corrupção. O salmo12 denúncia um momento crítico na vida da comunidade religiosa. Embora seja im-possível conhecer a data exata da redação do sal-mo, por seu conteúdo, percebemos que a situação social dos pobres foi e continua difícil. Os ricos ex-ploram, mentem, corrompem e ainda caçoam dos pequenos dizendo “enquanto nossos lábios forem eloquentes: quem nos dominará?” (v. 5b). Pelo salmo, não sabemos quem está fazen-do a oração. Percebemos que se trata de uma sú-plica coletiva: “Tu Senhor nos preservarás para sem-pre dessa geração” (v.8). Pode ser uma pessoa ou um grupo, uma mulher ou um homem identificado, na fala de Deus, como pobre. Afinal, afirma o texto: “Por causa da opressão aos humildes e do lamento

dos pobres, agora mesmo me levanto” – diz o Se-nhor – “e porei a salvo a quem o desejar” (v.6). A situação é tão desesperadora que na abertura do salmo encontramos um angustiante pedido de “Socorro”. Nosso salmista apela a Deus, ao ver as estruturas sociais, responsáveis em man-ter a prática do direito e da justiça, desajustadas. A fraude, a corrupção e a mentira perpassam todo o tecido social. “Dizem mentiras uns aos outros, falam com lábios lisonjeiros, mas com duplicidade de co-ração” (v.3). Não há convivência social quando im-pera a mentira e a violência. Entre os anos de 536 a.C – 336 a.C – quan-do surgiu a redação final do salmo 12 – o impé-rio persa domina as terras da palestina. Um rígido sistema de taxação de impostos passa a vigorar, tendo como ponto central a cidade de Jerusalém. Para cumprir os compromissos estabelecidos com o novo império, os grupos dirigentes passam a apri-morar os sistemas de sacrifícios e arrecadações de tributos. Muitos, sobretudo, os grupos pobres – agricultores, pastores, artesãos – sentem na pele o rígido sistema e a corrupção que se alastra. A re-ação é imediata: se levantam e acenam sua total confiança em Deus na certeza de que ele fará justiça e vingará os opressores do seu povo.

Devemos perceber as forças que sustentam os po-bres, ontem e hoje. A fé em um Deus vivo, vinga-dor dos pobres ecoa ao longo do salmo. Só ele tem palavras de vida e verdade: “As palavras do Senhor são palavras puras (v.7a). Eis aqui uma boa dica de estimulo para aqueles que acham que tudo está per-dido e não adianta lutar. Ontem, como hoje, os po-bres seguem sendo vítimas de lideranças mentirosas e corruptas que circulam livremente nos corredores do poder e apoiados por mídias propagadoras de mentiras que parecem verdades.

Padre Antonio Carlos Frizzo

9Abril de 2015 Folha Diocesana de Guarulhos

Bíblia

Liturgia

SALMO 12SÚPLICA CONTRA A CORRUPÇÃO

A festa da Páscoa é memorial do dia em que o Pai tirou Jesus do túmulo, da morte, e o exaltou Senhor dos vivos e dos mortos. A liturgia celebra esta ação do Senhor em cada dia do ano e em cada celebração, mas nós celebramos com mais intensi-dade no tempo pascal. As cores alegres e festivas, com a predominância do branco, indicam o caráter festivo deste tempo. Os cinquenta dias do tempo pascal são como “um só dia”, “um grande domingo” (Santo Atanásio), onde prolongamos o aleluia dando graças ao Senhor, porque ressuscitou Jesus, e porque nos insere neste mistério de vida.No domingo de ramos e da paixão do Senhor, todos são convidados a iniciar a celebração da Páscoa de nosso Senhor e seguir os passos de Jesus para que “associados pela graça à sua cruz, participe-mos também de sua ressurreição e de sua vida” (cf. oração de abertura na celebração de ramos e da Paixão). Neste tempo em que celebramos a vitória de Cristo, o verdadeiro Cordeiro pascal, que mor-rendo destruiu a morte, e, ressurgindo, deu-nos a

vida em plenitude, somos convidados a celebrar com alegria e exultação. Para celebrarmos profundamente a Páscoa, é importante não esquecermos alguns símbolos, ati-tudes e ações rituais que marcam este tempo, como prolongamento da Páscoa:• O círio pascal, durante os cinquenta dias da pás-coa, está no centro das nossas celebrações como sinal do Cristo vivo, ressuscitado, luz de nossas vi-das. É importante que ele seja bem bonito e enfei-tado. Ele pode ser aceso e incensado no início da celebração.• Uma das expressões mais fortes é o “aleluia”, pa-lavra hebraica que significa simplesmente “louvor a Deus”. É o canto novo da vitória do Cristo e das comunidades dos filhos e filhas de Deus.• As flores ligam a páscoa com a natureza, sem-pre superando a hostilidade do tempo e irrompendo com força de vida e encanto.• O rito da aspersão da água, no tempo pascal, mais do que um sentido penitencial, faz memória do batismo e pode substituir o ato penitencial.• A celebração da Páscoa continua durante o tempo pascal. Os cinquenta dias que vão do domingo da Ressurreição ao domingo de Pentecostes são cele-

brados com alegria como um só dia festivo, antes como “o grande domingo”. • Os domingos deste tempo devem ser considera-dos como “domingos de Páscoa” e têm precedên-cia sobre qualquer festa do Senhor e qualquer so-lenidade. As solenidades que coincidem com estes domingos são celebradas no sábado anterior. As festas em honra da bem-aventurada Virgem Maria ou dos santos, que ocorrem durante a semana, não podem ser transferidas para estes domingos. • A última semana da páscoa é consagrada pelas Igrejas como tempo de oração pela unidade dos cristãos. Antecedendo pentecostes, é importante programar os momentos dessa oração. • O domingo de Pentecostes conclui este sagrado período de cinquenta dias, quando se comemora o dom do Espírito Santo derramado sobre os apósto-los, os primórdios da Igreja e o início da sua missão a todos os povos, raças e nações.

Texto extraído de ROTEIROS HOMILÉTICOS DO TEM-PO PASCAL, da autoria das Irmãs Veronice Fernandes e Helena Ghiggi

A LITURGIA NO TEMPO PASCAL

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DIA HORÁRIO ORGANIZAÇÃO ATIVIDADE LOCAL

1 20h MISSA DOS SANTOS ÓLEOS VILA FÁTIMA2 9h30 -12h Manhã de oração do Clero Seminário3 a 5 SHALOM Retiro de Semana Santa a definir4 15h-18h Sobriedade Reunião FOMAD Adamastor Centro4 14h-16h IAM Reunião Equipe Catedral4 16h Pastoral Ope-

ráriaReunião Coordenação C. Social Taboão

8 9h30 CODIPA Coordenação Diocesana Cúria Diocesana9 9h30 CP Conselho de Presbíteros Cúria Diocesana11 15h PASCOM Reunião mensal Cocaia11 13h-18h30 ECC Formação Geral e Equipe CDP11 13h PPI Bingo a definir11 14h Carcerária Reunião mensal Catedral11 9h Past. Operária Reunião Sul II Sede P.O

São Paulo11 15h-18h Sobriedade Reunião Ordinária Cap. N. Sra. Pureza11 15h Past.da Saúde Reunião da CDDV Catedral11 14h Past. Criança Assembleia Eletiva Santa Cruz12 Past. Criança Missa da Pastoral São José

e Tranquilidade12 8h-17h Forania

BonsucessoFormação Coord. Capelas

Seminário - Lavras

12 8h-18h SHALOM Festa da Misericórdia CDP13-20 PJ Semana da Cidadania Foranias14 e 21

20h ForaniaBonsucesso

formação sobre o PERDÃO Presidente Dutra

14 Past. Familiar Acolhida Bispos Aeroporto14 9h30 Economato Cúria Diocesana14 14h -

17hPast. Saúde Cap. Novos Agentes CDP

15-24 Ass. Geral dos Bispos Itaici17-19

dia todo ECC ECC - 1ª Etapa Cap. Sto Antonio

15 9h30 ForaniaImaculada

Reunião Clero por Forania a definir

15 9h30 ForaniaBonsucesso

Reunião Clero por Forania a definir

15 9h30 ForaniaAparecida

Reunião Clero por Forania a definir

15 9h30 ForaniaImaculada

Reunião Clero por Forania a definir

16 9h PPI Reunião CDP18 Past. Criança Retiro - Área 1

18 Past. Sociais Fórum Pastorais Sociais CDP21 CRB Romaria à Aparecida Aparecida24 9h30 CC Colégio de Consultores Cúria Diocesana24-25

14h Past. Criança Assembleia Eletiva - Setor

24-26

dia todo ECCImaculada

ECC 2ª Etapa Sto AntonioGopouva

dia 25

8h30 Animação BíblicoCatequética

Escola Foranias

25 9h Past. Operária Reunião Sul I Sede - São Paulo25 a01/05

Past. Operária Semana do Trabalhador a definir

25 Past. Familiar Reunião coordenadores São Geraldo25 15h-17h Sobriedade Formação Permanente Loreto25 8h-18h Dízimo Congresso Diocesano CDP26 8h-17h PASCOM 4º mutirão Mater Amábilis26 PPI Missa - 9 anos da Pastoral Vila Fátima26 14h SAV Encontro Vocacional Catedral26 14h30 COMIDI Coord. da Visitação CDP28 14h -

17hPast. Saúde Cap. Novos Agentes CDP

30 9h30 CDAE - Conselho Adminis-trativo e Econômico

CúriaDiocesana

Programe-se10 Abril de 2015Folha Diocesana de Guarulhos

ABRIL 2015

ANIVERSARIANTES

ATENÇÃO COLABORADORES: Enviem suas matérias até o dia 15 de cada mês, contendo no máximo 30 linhas, com corpo 14.Caso venha com um número maior de linhas, faremos a redução proporcional do conteúdo.

Nascimento03 (1951) Pe. Luiz Kalef 13 (1980) Pe. Edson Roberto 20 (1960) Dom Edmilson Amador Caetano 22 (1961) Pe. José Miguel25 (1984) Pe. Rodrigo Cardoso28 (1956) Pe. Jaime

Ordenação02 (1989) Pe. Renato B. Duarte 10 (1988) Pe. Otacílio F. Lacerda 10 (1988) Pe. Tarcísio A. de Almeida 21 (2009) Pe. Daniel Reichter21 (2009) Pe. Fabrício B. Lopes21 (2009) Pe. Paulo Leandro 21 (2009) Pe. Pelegrino de Rosa Neto 24 (1988) Pe. Gildarte A. Costa 28 (1996) Pe. Jair Oliveira

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11Abril de 2015 Folha Diocesana de Guarulhos

Vai Acontecer

SEMANA DO TRABALHADORPASTORAL OPERÁRIA – FORANIAS

A pastoral operária de Guarulhos vai organizar nas foranias a semana do trabalhador de 25 de abril a 01 de maio/2015.

Datas dos encontros nas Foranias:25/04– 15 h – Forania Aparecida – Paróquia Santa Mena28/04 – 19h30 – Forania Bonsucesso – Seminário – Lavras29/04 – 19h30 – Forania Imaculada – Paróquia Sto. Antonio – Gopoúva30/04 – 19h30 – Forania Fátima – Par. Sta Rita de Cássia – Jd. Cumbica

FESTA DE SANTO EXPEDITOTRÍDUODia 16 - Missa da família - 20hDia 17 - Adoração ao Santíssimo - 20hDia 18 - Momento Mariano – 19h30

MISSAS FESTIVASDia 19 de Abril - 8,10, 16 e 19h30 na CapelaSanto Expedito - Rua Araçatuba, 100 – Cidade Soberana

Como ChegarDe ônibus: No Terminal São João, tomar o ônibus 486 Cidade So-berana e descer na Praça Estrela.De carro: Estrada de Nazaré até a UPA SÃO JOÃO, descer a Avenida Monte Alegre até a Praça Estrela, onde haverá indicações .

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Após refletirmos o tema da Campanha da Fra-ternidade 2015 – Fraternidade: Igreja e Sociedade, a princípio ficamos um tanto quanto assustados ou quem sabe até sem direção, pela vastidão do as-sunto. Pensando na complexidade da sociedade e de suas relações, e também na quantidade de de-safios dos quais a campanha sugere que façamos uma reflexão, nossa primeira reação chega a ser de medo. Medo de não saber por onde começar e, so-bretudo, de “não dar conta do recado”.E como deve ser então nosso agir, diante de tama-nho desafio? Primeiramente, não podemos perder de vista que faz parte de nossa essência tratar de as-suntos complexos. Quando olhamos a história da Igreja, vemos o longo caminho percorrido em busca do diálogo com a sociedade, que em cada época enfrentou diferentes desafios. A sociedade é um corpo dinâmico, que vai mudando de geração em geração. E revisitando os temas das campanhas da fraternidade dos anos anteriores vemos que os temas já falam de impor-

tantes questões da sociedade que a Igreja, em sua sabedoria, vai nos antecipando, nos dizendo para ter um olhar especial. A diferença, tal-vez, seja que a campanha de 2015 consiga “englobar” todos os temas passados e provavelmente os fu-turos temas, não fechando nosso campo de visão apenas para um assunto específico – por exemplo o tráfico de pessoas, a água, o idoso, ou a juventude, – mas nos desa-fiando a ter um olhar diferenciado para o todo de nossa existência so-cial. Para não nos deixarmos angustiar demais, ao ponto de não conse-guirmos agir, por não sabermos por onde começar; ou para que a “im-possibilidade” de resolver tão com-plexa situação não nos leve ao pe-

cado da omissão, afinal somos muitas vezes levados a pensar que,“não vamos conseguir mudar o mun-do”, precisamos buscar resposta em nossas fontes, pois são elas que nos darão as pistas de nossa ação: trabalhos pastorais já existentes, a Tradição da Igreja, a Bíblia e a Eucaristia. Os cristãos são presença do Evangelho na sociedade. E são inúmeros os trabalhos realizados em prol dos mais necessitados, daqueles que são os prediletos de Cristo, que outrora Ele colocou em primeiro lugar e demonstrou amor e cuidado. Alguns dos discípulos de Cristo que em nossa Igreja de-monstram esse amor e cuidado hoje são as Santas Casas de Misericórdia, as conferências vicentinas, as casas de acolhida de crianças e adolescentes, os colégios, clínicas e hospitais, as diversas pasto-rais sociais que se dedicam ao cuidado de crianças, jovens, idosos, encarcerados, doentes, pescadores, povo de rua, dentre outros. E apesar da presença e ação de milhares de pessoas, das diversas atividades dos movimentos, organizações e pastorais existentes, e mesmo com os vários representantes de Cristo que entram diaria-mente na vida das pessoas, dando um olhar especial

à vida humana, constatamos que a sociedade ain-da é cheia de carências. Portanto, precisamos dar continuidade aos trabalhos que já estão sendo feitos, e que bom que estamos fazendo, mas é necessário intensificar. Muito ainda precisa ser feito! Na bíblia vamos encontrar no Evangelho a força diante de desafios que são de nossa socie-dade hoje, mas que também existiram na época de Jesus: desigualdades sociais, exploração dos mais pobres, miséria, governos opressores, povo que sofre com altos tributos, privilégios da classe dominante, etc. Vemos inúmeros exemplos do Cris-to que age em favor dos excluídos de seu tempo, que se insere de fato na vida das pessoas, mesmo que tenha que ir contra a organização social ou reli-giosa, como curar em um sábado por exemplo. No centro de Sua ação está a pessoa humana, plena de dignidade, pois ele veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Jesus não foi apenas um líder religioso para aquele povo, mas alguém em quem foi colocada a esperança da realização das promessas de Deus. Precisamos crer n’Ele verdadeiramente como nosso Redentor, assim como fez Pedro: “Tú és o Messias, o filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Só com essa certeza conseguire-mos continuar a agir no mundo atual. Na tradição da Igreja são inúmeros os do-cumentos que nos exortam à ação, a uma fé que a partir do Cristo nos impulsione a agir na efetiva construção de um mundo mais justo, fraterno, so-lidário, em que a caridade seja o grande valor. Não podemos perder de vista a necessidade de ligar a vida sacramental à vida social, pois somos seres integrais, compostos de corpo, alma, mente e to-talmente parte integrante da sociedade. Somos Igreja e também somos sociedade.“Denunciar as situações indignas do homem, nas quais se morre à míngua de alimento por causa da injustiça e da ex-ploração, e ter nova força e coragem para trabalhar sem descanso na edificação da civilização do amor. Desde o princípio, os cristãos tiveram a preocupa-ção de partilhar os seus bens (At 4, 32) e de ajudar os pobres (Rm 15, 26)(Sacramentum Caritatis, 91).

Milene NegreirosEquipe Diocesana da Campanha da Fraternidade

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CORREIOSDiretor Geral: Pe. Marcos Vinícius Clementino - [email protected] Resp.: Rodrigo M. Lovatel - MTB. 46.412 - SP Secretária: Caetana Cecília Filha | Orientação Pastoral: Pe. Francisco Veloso Jr.Editoração Eletrônica: Luiz Marcelo GonçalvesImpressão: NEO GRAF - Indústria Gráfica e Editora Ltda - Fone: 11 3333-2474Cúria Diocesana - Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima - Cep: 07122-210Contato: 11 2408-0403 - Email: [email protected]: 28.000 exemplares - www.diocesedeguarulhos.org.br

Especial12 Abril de 2015Folha Diocesana de Guarulhos

Campanha da Fraternidade 2015: Agir