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Liberdades

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Page 1: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

Entidade Formadora: Terciforma

Curso: EFA Apoio à Gestão / Vendas

Módulo: Cidadania e Profissionalidade

Carga horária: 13h

Designação do Manual: CP –

Destinatários: Activos e ou desempregados que pretendam adquirir competências ao

nível do 12.º ano.

Tipo de Manual: De apoio à aprendizagem

Objectivos do Manual: Permitir aos formandos adquirir competências de Cidadania e

Profissionalidade – Códigos de ética e padrões deontológicos

Formadora: Helena Baptista (Dra.)

CP5 – CONVICÇÃO E FIRMEZA ÉTICA

Terciforma - ECP

EFA Apoio à Gestão / Vendas

Cidadania e Profissionalidade

Convicção e Firmeza Ética – DR2

Activos e ou desempregados que pretendam adquirir competências ao

De apoio à aprendizagem

Permitir aos formandos adquirir competências de Cidadania e

Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

CONVICÇÃO E FIRMEZA ÉTICA – DR2

Activos e ou desempregados que pretendam adquirir competências ao

Permitir aos formandos adquirir competências de Cidadania e

Page 2: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

Índice

1- Os códigos de ética pessoal e a deontologia

2- O papel das normas de conduta profissional na definição da deontologia de uma profissão

3- Relação entre as normas deontológicas e a responsabilidade social de um grupo profissional

4- Dinâmica entre a responsabilidade profissional e

5- Actividade Final

6- Anexo: Código Deontológico dos Médicos

Bibliografia e Netgrafia:

1. Abbagnano, N. Dicionário de filosofia. São Paulo : Martins Fontes, 1998. p.380.

2. Arruda, M., “Código da Ética”, Lisboa: Negócios Editora

3. Camargo, Marculino, Fundamentos de Ética Geral e Profissional, Editora Vozes, 1999.

4. Cañas-Quirós, R., Ética general y ética profesional,

América, 23, 1988.

5. Changeux, Jean-Pierre (dir.), Uma Mesma Ética Para Todos

6. Jacomino, Dalen, Você é um Profissional Ético?

7. Kung, Hans, Ética no Tempo da Globalização, Conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, Publicações

“Terraço”, 1999, pp. 39-40.

8. Nascimento, Eunice et al, Da Ética à Utopia em Educação. Colecção Biblioteca de Filosofia n. º9. Porto, Edições

Afrontamento, 2004.

9. Reimão, Cassiano Maria (Coord.), Ética e Profissões: desafios da modernidade: actas de Colóquio. C

Ensaios, Lisboa: Universidade Lusíada Editora, 2008.

10. Silva, Marcos Fernandes Gonçalves, Para que Servem os Códigos de Ética? São Paulo, 2002.

11. Singer, Peter, Ética Prática, Lisboa, Gradiva, 2002.

12. www.ordemdosmedicos.pt

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

Os códigos de ética pessoal e a deontologia profissional

O papel das normas de conduta profissional na definição da deontologia de uma profissão

Relação entre as normas deontológicas e a responsabilidade social de um grupo profissional

Dinâmica entre a responsabilidade profissional e os diferentes contextos sociais

Anexo: Código Deontológico dos Médicos

Abbagnano, N. Dicionário de filosofia. São Paulo : Martins Fontes, 1998. p.380.

Lisboa: Negócios Editora, 2001.

Camargo, Marculino, Fundamentos de Ética Geral e Profissional, Editora Vozes, 1999.

, Ética general y ética profesional, Revista Acta Académica, Universidad Autónoma de Centro

r.), Uma Mesma Ética Para Todos, Lisboa, Instituto Piaget, 1997.

n, Você é um Profissional Ético?, São Paulo, Você S.A., 2000.

Kung, Hans, Ética no Tempo da Globalização, Conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, Publicações

Nascimento, Eunice et al, Da Ética à Utopia em Educação. Colecção Biblioteca de Filosofia n. º9. Porto, Edições

Reimão, Cassiano Maria (Coord.), Ética e Profissões: desafios da modernidade: actas de Colóquio. C

Ensaios, Lisboa: Universidade Lusíada Editora, 2008.

, Marcos Fernandes Gonçalves, Para que Servem os Códigos de Ética? São Paulo, 2002.

, Peter, Ética Prática, Lisboa, Gradiva, 2002.

2

Pág.

4

O papel das normas de conduta profissional na definição da deontologia de uma profissão 16

Relação entre as normas deontológicas e a responsabilidade social de um grupo profissional 19

os diferentes contextos sociais 23

23

24

Camargo, Marculino, Fundamentos de Ética Geral e Profissional, Editora Vozes, 1999.

Revista Acta Académica, Universidad Autónoma de Centro

, Lisboa, Instituto Piaget, 1997.

Kung, Hans, Ética no Tempo da Globalização, Conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, Publicações

Nascimento, Eunice et al, Da Ética à Utopia em Educação. Colecção Biblioteca de Filosofia n. º9. Porto, Edições

Reimão, Cassiano Maria (Coord.), Ética e Profissões: desafios da modernidade: actas de Colóquio. Colecção

, Marcos Fernandes Gonçalves, Para que Servem os Códigos de Ética? São Paulo, 2002.

Page 3: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

Códigos de ética e padrões deontológicos

Competência: Articular responsabilidade pessoal e profissional, adoptando normas deontológicas e

profissionais.

Conceitos-chave: deontologia, códigos

� Os códigos de ética pessoal e a deontologia profissional: da “ciência dos costumes” ao conjunto de

deveres, princípios e normas específicos de um grupo profissional.

� O papel das normas de conduta profissional na defin

� Relação entre as normas deontológicas e a responsabilidade social de um grupo profissional.

� Dinâmica entre a responsabilidade profissional e os diferentes contextos sociais

Objectivos:

− identificar deontologia e norm

− reconhecer valores de referência em organizações distintas;

− actuar criticamente sobre práticas/posturas sociais articulando responsabilidade pessoal e profissional.

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

DEONTOLOGIA E PRINCÍPIOS ÉTICOS

Códigos de ética e padrões deontológicos

Articular responsabilidade pessoal e profissional, adoptando normas deontológicas e

chave: deontologia, códigos de ética; conduta profissional, dever.

Os códigos de ética pessoal e a deontologia profissional: da “ciência dos costumes” ao conjunto de

deveres, princípios e normas específicos de um grupo profissional.

O papel das normas de conduta profissional na definição da deontologia de uma profissão.

Relação entre as normas deontológicas e a responsabilidade social de um grupo profissional.

Dinâmica entre a responsabilidade profissional e os diferentes contextos sociais

identificar deontologia e normas profissionais;

reconhecer valores de referência em organizações distintas;

actuar criticamente sobre práticas/posturas sociais articulando responsabilidade pessoal e profissional.

3

Articular responsabilidade pessoal e profissional, adoptando normas deontológicas e

Os códigos de ética pessoal e a deontologia profissional: da “ciência dos costumes” ao conjunto de

ição da deontologia de uma profissão.

Relação entre as normas deontológicas e a responsabilidade social de um grupo profissional.

Dinâmica entre a responsabilidade profissional e os diferentes contextos sociais

actuar criticamente sobre práticas/posturas sociais articulando responsabilidade pessoal e profissional.

Page 4: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

1. Os códigos de ética pessoa

Deontologia e ética

Para a civilização grega a deontologia ser

normas adoptados com um fim determinado

actividade laboral, para o exercício de uma profissão.

A par desta ideia de tratado, associado à regulamentação de uma profissão est

aquilo a que posteriormente viria a ser entendido como a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

A Ética, igualmente com raízes na civilização grega, é um

significa modo de ser.

Na convicção de que a ética é a teoria, ou ciência do comportamento moral do homem em sociedade, como

tem vindo a ser entendido por alguns filósofos, não poderíamos reduzi

de certo modo pudessem influir ou condicionar essa mesma vivência.

Ao aceitarmos que a ética é caracterizada como um conjunto de regras a orientar o relacionamento humano

no seio de uma determinada comunidade social, poderí

uma ética voltada para a orientação de uma actividade profissional.

Deste modo, ter-se-ia uma dimensão ética de uma profissão, ou seja, o mesmo seria dizer que teríamos uma

moral direccionada a um comportamento funcional ou profissional do homem na comunidade social em que se insere.

Para alguns estudiosos destas matérias, a ética não se resume unicamente à vertente interna do homem, ela é

muito mais complexa, até porque reduzir o homem ao ser bio

alguns autores a ética apresenta-se como uma exigência, na medida em que a sua realização depende da nossa

racionalidade, isto é, que a conheçamos e orientemos toda a nossa actividade segundo uma

é algo estranho ao homem, mas algo que faz parte da sua própria natureza(…)”.

Assim, poderíamos dizer que a ética não envolve apenas um juízo de valor sobre o comportamento humano,

mas determina em si, uma escolha, uma direcção

Se por um lado, essa obrigatoriedade encerra uma escolha que não é, nem pode ser fruto de arbitrariedade,

ela é a expressão máxima de um conjunto de valores adquiridos pelo simples facto da

sociedade.

Por outro lado, a deontologia enquadrar

disciplinar a actividade do homem – visava, implicitamente, estabelecer um quadro normativo que pudesse regular

essa vivência do homem em sociedade, diga

direccionadas à actividade profissional sob o signo da rectidão moral, ética e honestidade.

Deste modo, a deontologia partia do pressuposto de que

a ética encerrava em si a ideia de valor, de rectidão, do agir segundo um determinado quadro de valores, valores esses

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

Os códigos de ética pessoal e a deontologia profissional

eontologia seria o tratado do dever, ou o conjunto de deveres, princípios regras ou

normas adoptados com um fim determinado – regular ou orientar determinado grupo de indivíduos no âmbito de uma

actividade laboral, para o exercício de uma profissão.

tratado, associado à regulamentação de uma profissão está

aquilo a que posteriormente viria a ser entendido como a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

A Ética, igualmente com raízes na civilização grega, é uma palavra proveniente de

Na convicção de que a ética é a teoria, ou ciência do comportamento moral do homem em sociedade, como

tem vindo a ser entendido por alguns filósofos, não poderíamos reduzi-la a um conjunto de normas e prescrições que

de certo modo pudessem influir ou condicionar essa mesma vivência.

caracterizada como um conjunto de regras a orientar o relacionamento humano

no seio de uma determinada comunidade social, poderíamos admitir a conceptualização de uma ética deontológica,

uma ética voltada para a orientação de uma actividade profissional.

ia uma dimensão ética de uma profissão, ou seja, o mesmo seria dizer que teríamos uma

comportamento funcional ou profissional do homem na comunidade social em que se insere.

Para alguns estudiosos destas matérias, a ética não se resume unicamente à vertente interna do homem, ela é

muito mais complexa, até porque reduzir o homem ao ser biológico é reduzi-lo a quase uma insignificância. Na visão de

se como uma exigência, na medida em que a sua realização depende da nossa

racionalidade, isto é, que a conheçamos e orientemos toda a nossa actividade segundo uma certa moral

é algo estranho ao homem, mas algo que faz parte da sua própria natureza(…)”.

Assim, poderíamos dizer que a ética não envolve apenas um juízo de valor sobre o comportamento humano,

mas determina em si, uma escolha, uma direcção, a obrigatoriedade de agir num determinado sentido em sociedade.

Se por um lado, essa obrigatoriedade encerra uma escolha que não é, nem pode ser fruto de arbitrariedade,

ela é a expressão máxima de um conjunto de valores adquiridos pelo simples facto da

eontologia enquadrar-se-ia num quadro de valores, de regras, no sentido de orientar,

visava, implicitamente, estabelecer um quadro normativo que pudesse regular

ivência do homem em sociedade, diga-se vivência profissional, na medida em que procurava estabelecer normas

direccionadas à actividade profissional sob o signo da rectidão moral, ética e honestidade.

eontologia partia do pressuposto de que a vida profissional não era alheia à ética, uma vez que

a ética encerrava em si a ideia de valor, de rectidão, do agir segundo um determinado quadro de valores, valores esses

4

o tratado do dever, ou o conjunto de deveres, princípios regras ou

regular ou orientar determinado grupo de indivíduos no âmbito de uma

á implícita uma certa ética,

aquilo a que posteriormente viria a ser entendido como a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

a palavra proveniente de ethos, que, em grego,

Na convicção de que a ética é a teoria, ou ciência do comportamento moral do homem em sociedade, como

nto de normas e prescrições que

caracterizada como um conjunto de regras a orientar o relacionamento humano

amos admitir a conceptualização de uma ética deontológica,

ia uma dimensão ética de uma profissão, ou seja, o mesmo seria dizer que teríamos uma

comportamento funcional ou profissional do homem na comunidade social em que se insere.

Para alguns estudiosos destas matérias, a ética não se resume unicamente à vertente interna do homem, ela é

lo a quase uma insignificância. Na visão de

se como uma exigência, na medida em que a sua realização depende da nossa

certa moral,”(…)o ético não

Assim, poderíamos dizer que a ética não envolve apenas um juízo de valor sobre o comportamento humano,

, a obrigatoriedade de agir num determinado sentido em sociedade.

Se por um lado, essa obrigatoriedade encerra uma escolha que não é, nem pode ser fruto de arbitrariedade,

ela é a expressão máxima de um conjunto de valores adquiridos pelo simples facto da vivência do homem na

ia num quadro de valores, de regras, no sentido de orientar,

visava, implicitamente, estabelecer um quadro normativo que pudesse regular

se vivência profissional, na medida em que procurava estabelecer normas

a vida profissional não era alheia à ética, uma vez que

a ética encerrava em si a ideia de valor, de rectidão, do agir segundo um determinado quadro de valores, valores esses

Page 5: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

fundamentais quer do ponto de vista interno

relação social e do bem-estar da colectividade.

Assim, garantindo esse princípio, de que a vida profissional se enquadrava, também ela,

morais, a deontologia profissional elaborou um conjunto de normas

profissional.

Em última análise, diríamos que é

abrangente a ética elabora os princípios morais, subjacentes a todo o comportamento human

enquanto a deontologia, num círculo mais restrito, seria a dimensão ética de uma profissão ou de uma actividade

profissional.

Códigos de ética e deontologia profissional

Os códigos de ética são dificilmente separáveis da

ética e deontologia serem utilizados indiferentemente.

► Deontologia – Ciência do dever

adoptadas por um determinado grupo profissional. A deonto

exercício de uma profissão.

► Conduta: a significação de procedimento

► Código: compilação metódica e articulada de disposições relativas a um assunto. Reunião de preceitos de

qualquer género.

Ética e Códigos de Conduta – Para Quê?

Os códigos de conduta têm vindo a merecer crescente atenção nos últimos anos. Na realidade actual da vida

empresarial a ética pessoal e profissional reveste

empresa, ou num grupo empresarial, respeitando, mediante uma adequada conduta, a deontologia do sector em que

operam, e regendo a sua conduta por princípios que respeitem os valores que permitam uma correcta actuação da

empresa na sociedade em que está inserida.

As empresas em geral devem pois operar com políticas e procedimentos consistentes com os valores e os

padrões de conduta que defendem e que determinam a sua orientação estratégica e o seu comportamento no mundo

dos negócios.

Os códigos de conduta ou códig

Definem a filosofia da empresa perante terceiros.

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

fundamentais quer do ponto de vista interno – da moral, da sua própria concepção enquanto homem, quer externo, na

da colectividade.

Assim, garantindo esse princípio, de que a vida profissional se enquadrava, também ela,

eontologia profissional elaborou um conjunto de normas no sentido de orientar essa mesma actividade

Em última análise, diríamos que ética e deontologia são da mesma essência, na medida em que, de forma mais

abrangente a ética elabora os princípios morais, subjacentes a todo o comportamento human

eontologia, num círculo mais restrito, seria a dimensão ética de uma profissão ou de uma actividade

Códigos de ética e deontologia profissional

são dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo que é frequente os termos

deontologia serem utilizados indiferentemente.

Ciência do dever, o tratado do dever ou o conjunto de deveres,

adoptadas por um determinado grupo profissional. A deontologia é uma disciplina da ética especial adaptada ao

a significação de procedimento

Código: compilação metódica e articulada de disposições relativas a um assunto. Reunião de preceitos de

Para Quê?

Os códigos de conduta têm vindo a merecer crescente atenção nos últimos anos. Na realidade actual da vida

empresarial a ética pessoal e profissional reveste-se de particular relevância: de todos quantos colaboram numa

a, ou num grupo empresarial, respeitando, mediante uma adequada conduta, a deontologia do sector em que

operam, e regendo a sua conduta por princípios que respeitem os valores que permitam uma correcta actuação da

empresa na sociedade em que está inserida.

As empresas em geral devem pois operar com políticas e procedimentos consistentes com os valores e os

padrões de conduta que defendem e que determinam a sua orientação estratégica e o seu comportamento no mundo

Os códigos de conduta ou códigos éticos são mais que um guia para o comportamento dos empregados.

Definem a filosofia da empresa perante terceiros.

5

enquanto homem, quer externo, na

Assim, garantindo esse princípio, de que a vida profissional se enquadrava, também ela, nas normas éticas e

no sentido de orientar essa mesma actividade

eontologia são da mesma essência, na medida em que, de forma mais

abrangente a ética elabora os princípios morais, subjacentes a todo o comportamento humano em sociedade,

eontologia, num círculo mais restrito, seria a dimensão ética de uma profissão ou de uma actividade

, pelo que é frequente os termos

de deveres, princípios e normas

logia é uma disciplina da ética especial adaptada ao

Código: compilação metódica e articulada de disposições relativas a um assunto. Reunião de preceitos de

Os códigos de conduta têm vindo a merecer crescente atenção nos últimos anos. Na realidade actual da vida

se de particular relevância: de todos quantos colaboram numa

a, ou num grupo empresarial, respeitando, mediante uma adequada conduta, a deontologia do sector em que

operam, e regendo a sua conduta por princípios que respeitem os valores que permitam uma correcta actuação da

As empresas em geral devem pois operar com políticas e procedimentos consistentes com os valores e os

padrões de conduta que defendem e que determinam a sua orientação estratégica e o seu comportamento no mundo

os éticos são mais que um guia para o comportamento dos empregados.

Page 6: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

Códigos Deontológicos

Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou

ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam

se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando

grupo profissional.

Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos, para os

infractores do mesmo. Alguns códigos não apresentam funções normativas e vinculativas, oferecendo apenas uma

função reguladora.

Ética empresarial: Compreende o

dos negócios definindo o que é negócios, aceitável ou inaceitável.

Ética Organizacional

As organizações têm a obrigação de responder pela conduta dos seus colaboradores e por todas as

resultados da sua acção.

A organização é responsável perante a sociedade (no seu todo) pela qualidade e impacto da sua acção.

As decisões e conduta colectiva das organizações devem basear

transparência.

Há estudos que evidenciam a correlação entre comportamento ético e:

• Confiança intra-organizacional

• Envolvimento com a “Qualidade”

• Satisfação dos clientes

• Envolvimento organizacional dos colaboradores

• Aceitação da comunidade

• Proveitos

Código de Ética

É geralmente um documento escrito que enuncia os princípios de conduta esperados dos membros de uma

organização em particular (e.g. grupo profissional, empresa, associação).

• Devem ser desenvolvidos de uma forma integrada

• Devem ter a sua importância

• Devem ter uma vertente disciplinar e orientativa

• Ser uma referência interna e para terceiros

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou

rofissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam

se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o, no entanto, às particularidades de cada país e de cada

lém disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos, para os

infractores do mesmo. Alguns códigos não apresentam funções normativas e vinculativas, oferecendo apenas uma

Ética empresarial: Compreende o conjunto das regras e princípios que definem o comportamento no mundo

dos negócios definindo o que é negócios, aceitável ou inaceitável.

As organizações têm a obrigação de responder pela conduta dos seus colaboradores e por todas as

A organização é responsável perante a sociedade (no seu todo) pela qualidade e impacto da sua acção.

As decisões e conduta colectiva das organizações devem basear-se nos princípios da

evidenciam a correlação entre comportamento ético e:

organizacional

• Envolvimento com a “Qualidade”

• Envolvimento organizacional dos colaboradores

É geralmente um documento escrito que enuncia os princípios de conduta esperados dos membros de uma

organização em particular (e.g. grupo profissional, empresa, associação).

• Devem ser desenvolvidos de uma forma integrada

consistentemente reforçada

• Devem ter uma vertente disciplinar e orientativa

ncia interna e para terceiros

6

Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou

rofissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam-

o, no entanto, às particularidades de cada país e de cada

lém disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos, para os

infractores do mesmo. Alguns códigos não apresentam funções normativas e vinculativas, oferecendo apenas uma

conjunto das regras e princípios que definem o comportamento no mundo

As organizações têm a obrigação de responder pela conduta dos seus colaboradores e por todas as decisões e

A organização é responsável perante a sociedade (no seu todo) pela qualidade e impacto da sua acção.

se nos princípios da visibilidade e

É geralmente um documento escrito que enuncia os princípios de conduta esperados dos membros de uma

Page 7: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

As determinantes do Comportamento Ético

• Características individuais

• Estado de desenvolvimento moral

• Variáveis estruturais

• Cultura organizacional

• Intensidade do problema

• Estado do desenvolvimento

A moral das pessoas evolui sequencialmente

Não existem garantias da continuidade do desenvolvimento moral

• Variáveis Estruturais

• Design organizacional

• Códigos e regulamentos

• Comportamento dos superiores

• Sistemas de avaliação de desempenho orientados para os meios e não só para os resultados

• Sistemas de recompensa orientados para cumprimento ético e não para os resultados

• Cultura Organizacional, Oportunidade e Outros Significa

Cultura: culturas fortes exercem mais influência que culturas fracas

decorrem de culturas com maior controlo

Oportunidade: situações favorecedoras de comportamentos não éticos

(ausência de controlo, formação e punição)

Outros significantes: o comportamento e apreciação dos pares, gestores, subordinados, etc

• Intensidade do Problema

Percepção que cada um tem da relevância ou importância de um determinado tema ético (reflecte a

sensibilidade individual e do grupo)

Questões mais intensas desencadeiam comportamentos éticos mais fortes

Promovendo o comportamento ético

A Solução:

• Padrões e procedimentos (códigos de ética)

• Nível elevado de controlo

• Cuidado na delegação de poder

• Comunicação efectiva

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

eterminantes do Comportamento Ético:

Características individuais

Estado de desenvolvimento moral

Cultura organizacional

Intensidade do problema

esenvolvimento moral

A moral das pessoas evolui sequencialmente

Não existem garantias da continuidade do desenvolvimento moral

Design organizacional

Códigos e regulamentos

Comportamento dos superiores

Sistemas de avaliação de desempenho orientados para os meios e não só para os resultados

Sistemas de recompensa orientados para cumprimento ético e não para os resultados

Cultura Organizacional, Oportunidade e Outros Significantes

ulturas fortes exercem mais influência que culturas fracas.

decorrem de culturas com maior controlo.

ituações favorecedoras de comportamentos não éticos

(ausência de controlo, formação e punição).

o comportamento e apreciação dos pares, gestores, subordinados, etc

Intensidade do Problema

Percepção que cada um tem da relevância ou importância de um determinado tema ético (reflecte a

individual e do grupo).

es mais intensas desencadeiam comportamentos éticos mais fortes.

Promovendo o comportamento ético

• Padrões e procedimentos (códigos de ética)

• Nível elevado de controlo

• Cuidado na delegação de poder

• Comunicação efectiva

7

Sistemas de avaliação de desempenho orientados para os meios e não só para os resultados

Sistemas de recompensa orientados para cumprimento ético e não para os resultados

. Padrões éticos elevados

o comportamento e apreciação dos pares, gestores, subordinados, etc.

Percepção que cada um tem da relevância ou importância de um determinado tema ético (reflecte a

.

Page 8: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

• Sistema para monitorizar

• Reforço consistente

• Melhoria contínua

Normalização em Ética

Ética empresarial

APEE - Associação Portuguesa de Ética

Sistema Português da Qualidade

A Norma Portuguesa

► NP 4460-1 – Ética nas organizações

Parte 1 – Linhas de orientação para a elaboração de códigos de ética nas organizações

► Código de ética:

Código formal que estabelece objectivos gerais de carácter ético que a organização pretende alcançar e

prosseguir, interna e externamente, atendendo às

compromissos da organização, assumidos pelas pessoas enquanto membros da mesma.

► Código de ética funcional:

Código de ética específico de uma área funcional da organização. É constituí

inerentes às tarefas e responsabilidades dessa área funcional.

► Código deontológico:

Código aplicável a uma determinada área profissional

► Parte interessada:

Pessoas, grupos ou organizações que afectam ou são afectadas

além dos accionistas, as partes interessadas são do tipo interno (p. ex. os trabalhadores) e do tipo externo (p. ex.

clientes, fornecedores e subcontratados, comunidade local, entidades reguladoras, associações pa

► Sistema de valores:

Conjunto de valores fundamentais que norteiam a actuação da organização e a conduta das pessoas que a

integram, em consonância com a sua visão e a sua missão. Os valores representam os critérios de referência que

influenciam os princípios, a cultura, as decisões e as acções da organização.

► NP 4460-1 (2007)

Ética nas Organizações

Parte I - Linhas de orientação para o processo de elaboração e implementação de có

organizações. Publicação: Março 2007

Introdução

1. Objectivo e campo de aplicação

2. Termos e definições

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

monitorizar, auditar e reportar

Associação Portuguesa de Ética Empresarial

Sistema Português da Qualidade

Ética nas organizações

Linhas de orientação para a elaboração de códigos de ética nas organizações

Código formal que estabelece objectivos gerais de carácter ético que a organização pretende alcançar e

prosseguir, interna e externamente, atendendo às diversas partes interessadas. É constituído pelo sistema de

da organização, assumidos pelas pessoas enquanto membros da mesma.

Código de ética específico de uma área funcional da organização. É constituído por compromissos específicos

inerentes às tarefas e responsabilidades dessa área funcional.

Código aplicável a uma determinada área profissional

Pessoas, grupos ou organizações que afectam ou são afectadas pelas actividades de uma organização. Para

além dos accionistas, as partes interessadas são do tipo interno (p. ex. os trabalhadores) e do tipo externo (p. ex.

clientes, fornecedores e subcontratados, comunidade local, entidades reguladoras, associações pa

Conjunto de valores fundamentais que norteiam a actuação da organização e a conduta das pessoas que a

integram, em consonância com a sua visão e a sua missão. Os valores representam os critérios de referência que

influenciam os princípios, a cultura, as decisões e as acções da organização.

Linhas de orientação para o processo de elaboração e implementação de có

1. Objectivo e campo de aplicação

8

Linhas de orientação para a elaboração de códigos de ética nas organizações

Código formal que estabelece objectivos gerais de carácter ético que a organização pretende alcançar e

. É constituído pelo sistema de valores e

do por compromissos específicos

pelas actividades de uma organização. Para

além dos accionistas, as partes interessadas são do tipo interno (p. ex. os trabalhadores) e do tipo externo (p. ex.

clientes, fornecedores e subcontratados, comunidade local, entidades reguladoras, associações patronais e sindicais)

Conjunto de valores fundamentais que norteiam a actuação da organização e a conduta das pessoas que a

integram, em consonância com a sua visão e a sua missão. Os valores representam os critérios de referência que

Linhas de orientação para o processo de elaboração e implementação de códigos de ética nas

Page 9: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

3. Planeamento

3.1 Compromisso da Gestão

3.2 Definição de responsabilidades

3.3 Definição da visão e missão da organização

3.3.1 A sua visão

3.3.2 A sua missão

3.4 Identificação das partes interessadas (internas e externas)

3.5 Definição do sistema de valores

3.6 Selecção de abordagens, métodos e ferramentas

4. Elaboração do código de ética da organização

5. Implementação e operacionalização do código de ética

6. Monitorização, verificação de eficácia e melhoria contínua

7. Divulgação do desempenho ético da organização

► Visão:

Onde queremos estar como organização no futuro?

Como gostaríamos que os outros nos vissem Estamos decididos a caminhar nesse sentido?

► Missão:

Porque é que existimos?

Qual o nosso objectivo?

O que esperam as partes interessadas da nossa organização?

► Identificação das partes interessadas:

Quem recebe ou usa o que produzimos (produtos/serviços)?

Quem nos ajuda a concebê-los e/ou produzi

► Definição do sistema de valores:

O que mais valorizamos na nossa organização?

A quem temos de prestar contas dos resultados da nossa actividade?

Quem mais é afectado pela nossa actividade?

Como gostaríamos que as pessoas interagissem no dia a dia?

Que características podem diferenciar a nossa organização dos nossos concorrentes ou de outras organizações

similares?

Que atitudes fundamentais devemos premiar ou reconhecer na nossa organização?

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

3.2 Definição de responsabilidades

3.3 Definição da visão e missão da organização

artes interessadas (internas e externas)

3.5 Definição do sistema de valores

3.6 Selecção de abordagens, métodos e ferramentas

4. Elaboração do código de ética da organização

5. Implementação e operacionalização do código de ética

ação de eficácia e melhoria contínua

7. Divulgação do desempenho ético da organização

Onde queremos estar como organização no futuro?

Como gostaríamos que os outros nos vissem Estamos decididos a caminhar nesse sentido?

O que esperam as partes interessadas da nossa organização?

Identificação das partes interessadas:

Quem recebe ou usa o que produzimos (produtos/serviços)?

los e/ou produzi-los?

sistema de valores:

O que mais valorizamos na nossa organização?

A quem temos de prestar contas dos resultados da nossa actividade?

Quem mais é afectado pela nossa actividade?

Como gostaríamos que as pessoas interagissem no dia a dia?

odem diferenciar a nossa organização dos nossos concorrentes ou de outras organizações

Que atitudes fundamentais devemos premiar ou reconhecer na nossa organização?

9

Como gostaríamos que os outros nos vissem Estamos decididos a caminhar nesse sentido?

odem diferenciar a nossa organização dos nossos concorrentes ou de outras organizações

Page 10: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

4. Elaboração do código de ética da organização

4.1 Relação com visão e missão

4.2 Definição do âmbito de aplicação do código de ética

4.3 Auscultação das partes interessadas (internas e externas)

4.4 Definição de atributos quantificáveis para a elaboração do código

4.5 Definição de compromissos das pessoas e da organ

4.6 Aceitação do código de ética

4.7 Identificação de situações-problema

5. Implementação e operacionalização do código de ética

5.1 Definição do papel da gestão

5.1.1 Definição do papel da gestão na implementação

5.1.2 Concepção de um sistema de r

5.2 Definição de indicadores e metas para o desempenho ético da organização

5.3 Processo de comunicação interna e formação

5.4 Processo de comunicação externa

5.5 Recolha, registo e tratamento de preocupações /situações

6. Monitorização, verificação de eficácia e melhoria contínua

6.1 Definição de sistemas de auditoria e controlo

6.1.1 Registos

6.1.2 Auditoria interna

6.1.3 Outros mecanismos de verificação

6.2 Mecanismos de melhoria contínua

6 3 Revisão pela Gestão de topo

7. Divulgação do desempenho ético da organização

7.1 Divulgação a nível interno

7.2 Divulgação a nível externo

Ética nos Negócios

Para Crescer é necessária especialização, a especialização requer transacções e estas exigem confiança:

pessoas e nas instituições.

A ética é não só boa em termos de princípios mas também para criar riqueza…

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

4. Elaboração do código de ética da organização

4.1 Relação com visão e missão da organização

4.2 Definição do âmbito de aplicação do código de ética

4.3 Auscultação das partes interessadas (internas e externas)

4.4 Definição de atributos quantificáveis para a elaboração do código

4.5 Definição de compromissos das pessoas e da organização

4.6 Aceitação do código de ética

problema

5. Implementação e operacionalização do código de ética

5.1 Definição do papel da gestão

5.1.1 Definição do papel da gestão na implementação

5.1.2 Concepção de um sistema de reconhecimento de boas práticas

5.2 Definição de indicadores e metas para o desempenho ético da organização

5.3 Processo de comunicação interna e formação

5.4 Processo de comunicação externa

5.5 Recolha, registo e tratamento de preocupações /situações-problema/denúncias.

6. Monitorização, verificação de eficácia e melhoria contínua

6.1 Definição de sistemas de auditoria e controlo

6.1.3 Outros mecanismos de verificação

6.2 Mecanismos de melhoria contínua

la Gestão de topo

7. Divulgação do desempenho ético da organização

Para Crescer é necessária especialização, a especialização requer transacções e estas exigem confiança:

tica é não só boa em termos de princípios mas também para criar riqueza…

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ema/denúncias.

Para Crescer é necessária especialização, a especialização requer transacções e estas exigem confiança: nas

Page 11: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

Ainda a saber…

Um código de ética pode ser definido como um documento escrito, formal que enuncia diversos padrões

morais tendo em vista orientar e inspirar os comportamentos dos seus colaboradores.

Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou

ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações univ

se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando

grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos,

para os infractores do mesmo.

Como elaborar e aplicar um código de ética?

O simples facto de se elaborar um código de ética não é suficiente. Ele precisa de ser feito sob medida para as

áreas funcionais da empresa (marketing, finanças, recursos humanos) ou pa

1. Especificidade

Devem dar exemplos específicos aos colaboradores a fim de que estes possam determinar exactamente se as

suas acções violam as normas ou não.

2. Publicidade

Devem ser documentos públicos de todas as partes

compromisso da empresa com práticas equitativas e éticas.

3. Clareza

Devem ser claros, objectivos e realistas a respeito das punições previstas para aqueles que as violam.

4. Revisão

Devem ser periodicamente revistos.

São documentos vivos que precisam de ser actualizados a fim de reflectir problemas actuais.

5. Obrigatoriedade

É preciso que haja alguma forma de fazer cumprir os códigos.

Os colaboradores devem participar na elaboração do código. Não é

individualmente, mas que a todos seja concedida a oportunidade de participarem se assim o desejarem.

Ética e valores

Falar de ética e de valores é tarefa difícil. Já disse o filósofo e teólogo Hans Kung, responsável pelo projecto de

elaboração da Declaração das Religiões para uma Ética Global:

“Existem dois princípios básicos que se encontram em todas as religiões e tradições filosóficas. Em primeiro

lugar, todos os seres humanos têm de ser tratados de forma humana, verdadeiramente humana. (…) Não de maneira

desumana ou bestial. (…) O segundo pr

queremos que nos seja feito, não façamos aos outros.» Isso também é válido para as relações entre as nações, entre os

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

Um código de ética pode ser definido como um documento escrito, formal que enuncia diversos padrões

e inspirar os comportamentos dos seus colaboradores.

Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou

ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações univ

se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o, no entanto, às particularidades de cada país e de cada

grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos,

Como elaborar e aplicar um código de ética?

O simples facto de se elaborar um código de ética não é suficiente. Ele precisa de ser feito sob medida para as

áreas funcionais da empresa (marketing, finanças, recursos humanos) ou para a sua principal linha de negócios.

Devem dar exemplos específicos aos colaboradores a fim de que estes possam determinar exactamente se as

suas acções violam as normas ou não.

Devem ser documentos públicos de todas as partes interessadas para que possam consultá

compromisso da empresa com práticas equitativas e éticas.

Devem ser claros, objectivos e realistas a respeito das punições previstas para aqueles que as violam.

ente revistos.

São documentos vivos que precisam de ser actualizados a fim de reflectir problemas actuais.

É preciso que haja alguma forma de fazer cumprir os códigos.

Os colaboradores devem participar na elaboração do código. Não é necessário que todos sejam ouvidos

individualmente, mas que a todos seja concedida a oportunidade de participarem se assim o desejarem.

é tarefa difícil. Já disse o filósofo e teólogo Hans Kung, responsável pelo projecto de

elaboração da Declaração das Religiões para uma Ética Global:

“Existem dois princípios básicos que se encontram em todas as religiões e tradições filosóficas. Em primeiro

lugar, todos os seres humanos têm de ser tratados de forma humana, verdadeiramente humana. (…) Não de maneira

desumana ou bestial. (…) O segundo princípio, já encontra Confúcio, cinco mil anos antes de Cristo: «o que não

queremos que nos seja feito, não façamos aos outros.» Isso também é válido para as relações entre as nações, entre os

11

Um código de ética pode ser definido como um documento escrito, formal que enuncia diversos padrões

Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou

ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam-

entanto, às particularidades de cada país e de cada

grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos,

O simples facto de se elaborar um código de ética não é suficiente. Ele precisa de ser feito sob medida para as

ra a sua principal linha de negócios.

Devem dar exemplos específicos aos colaboradores a fim de que estes possam determinar exactamente se as

interessadas para que possam consultá-los e/ou verificar o

Devem ser claros, objectivos e realistas a respeito das punições previstas para aqueles que as violam.

São documentos vivos que precisam de ser actualizados a fim de reflectir problemas actuais.

necessário que todos sejam ouvidos

individualmente, mas que a todos seja concedida a oportunidade de participarem se assim o desejarem.

é tarefa difícil. Já disse o filósofo e teólogo Hans Kung, responsável pelo projecto de

“Existem dois princípios básicos que se encontram em todas as religiões e tradições filosóficas. Em primeiro

lugar, todos os seres humanos têm de ser tratados de forma humana, verdadeiramente humana. (…) Não de maneira

incípio, já encontra Confúcio, cinco mil anos antes de Cristo: «o que não

queremos que nos seja feito, não façamos aos outros.» Isso também é válido para as relações entre as nações, entre os

Page 12: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

grupos sociais, entre os grupos étnicos, e que poderia até mudar

ambiente em todo o lado, se se tivesse esta regra de ouro escrita na parede e no coração.”

Reflectindo…

Embora não possa renunciar à sua tábua de valores (ética pessoal), que é fruto de uma construção pessoal

tendo em consideração uma série de variáveis, o homem enquanto

em dia, o trabalho implica dimensões morais e relacionais

desempenho intelectual e um desempenho técnico, relacional e moral, exigindo, desta forma, um empenhamento

cívico do profissional e o seu compromisso com os outros. Em suma, para além de especial

somos agentes de desenvolvimento humano. Por conseguinte, entre a ética pessoal e a ética profissional tem que

existir uma ponte de modo a garantir que a pessoa que

como bons, valores civilizacionais, antes de tudo. Assim se cumpre a função social

existe uma relação harmoniosa entre a ética pessoal e a ética profissional.

Mas o conflito também está sempre presente. Ele ocorre em relações

existe um estado de insatisfação entre as partes. Contrariando a perspectiva negativa e pessimista do conflito,

presentemente este é encarado numa perspectiva positiva, porque a vivência e a ultrapassagem de conflitos

correspondem a processos de desenvolvimento pessoal e grupal/profissional. Depois de ultrapassados, favorecem o

aparecimento de respostas mais adequadas, adaptadas. Neste sentido, a mediação e a negociação são meios a que

podemos recorrer para ultrapassar os conflitos. O trabalho colaborativo será uma das possíveis estratégias que poderá

contribuir para se estreitar a relação entre a ética pessoal (sem nunca a abolir) e a ética profissional, que já não é a

minha ética (solitária), mas a ética de grupo (coop

Os valores

“Nem só de pão vive o homem”.

humano a tendência para preferir uns objectos em detrimento de outros. A existência humana insere

possibilidades e escolhas a que os desejos atribuem maior ou menor preferência, ou aos quais o espírito confere mais

ou menos sentido. Escolher uma possibilidade em detrimento de outras é atribuir uma ordem de preferência às coisas.

Por exemplo, escolher participar numa angaria

estamos a atribuir uma grande importância à solidariedade, isto é, que a nossa acção está a ser orientada pelo valor da

solidariedade. Os valores fornecem a just

Juízos de valor/ juízos de facto

Estes juízos de valor, que inevitavelmente formulamos na vida quotidiana, distinguem

Os juízos de facto são descritivos e são verdadeiros ou falsos em função da realidade, independentemente do

pessoas pensam. Os factos são comprováveis e susceptíveis de um consenso universal. Por seu turno, os juízos de valor

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

grupos sociais, entre os grupos étnicos, e que poderia até mudar o ambiente em todos os locais de trabalho. Mudaria o

ambiente em todo o lado, se se tivesse esta regra de ouro escrita na parede e no coração.”

Hans Kung, Ética no Tempo da Globalização, 1999, Publicações “Terraço”

unciar à sua tábua de valores (ética pessoal), que é fruto de uma construção pessoal

tendo em consideração uma série de variáveis, o homem enquanto profissional tem que se consciencializar que, hoje

implica dimensões morais e relacionais. Por outras palavras, o trabalho implica, em simultâneo, um

desempenho intelectual e um desempenho técnico, relacional e moral, exigindo, desta forma, um empenhamento

e o seu compromisso com os outros. Em suma, para além de especial

de desenvolvimento humano. Por conseguinte, entre a ética pessoal e a ética profissional tem que

existir uma ponte de modo a garantir que a pessoa que trabalha regule a sua acção pelos valores sociais que assume

ons, valores civilizacionais, antes de tudo. Assim se cumpre a função social no trabalho

existe uma relação harmoniosa entre a ética pessoal e a ética profissional.

Mas o conflito também está sempre presente. Ele ocorre em relações próximas e/ou interdependentes em que

existe um estado de insatisfação entre as partes. Contrariando a perspectiva negativa e pessimista do conflito,

presentemente este é encarado numa perspectiva positiva, porque a vivência e a ultrapassagem de conflitos

correspondem a processos de desenvolvimento pessoal e grupal/profissional. Depois de ultrapassados, favorecem o

aparecimento de respostas mais adequadas, adaptadas. Neste sentido, a mediação e a negociação são meios a que

os conflitos. O trabalho colaborativo será uma das possíveis estratégias que poderá

contribuir para se estreitar a relação entre a ética pessoal (sem nunca a abolir) e a ética profissional, que já não é a

minha ética (solitária), mas a ética de grupo (cooperativa).

“Nem só de pão vive o homem”. Moisés. Os valores regem a acção humana. Faz parte integrante do ser

humano a tendência para preferir uns objectos em detrimento de outros. A existência humana insere

has a que os desejos atribuem maior ou menor preferência, ou aos quais o espírito confere mais

ou menos sentido. Escolher uma possibilidade em detrimento de outras é atribuir uma ordem de preferência às coisas.

Por exemplo, escolher participar numa angariação de fundos em favor das vítimas do maremoto asiático significa que

estamos a atribuir uma grande importância à solidariedade, isto é, que a nossa acção está a ser orientada pelo valor da

solidariedade. Os valores fornecem a justificação para as nossas acções.

Juízos de valor/ juízos de facto

Estes juízos de valor, que inevitavelmente formulamos na vida quotidiana, distinguem

Os juízos de facto são descritivos e são verdadeiros ou falsos em função da realidade, independentemente do

pessoas pensam. Os factos são comprováveis e susceptíveis de um consenso universal. Por seu turno, os juízos de valor

12

o ambiente em todos os locais de trabalho. Mudaria o

Hans Kung, Ética no Tempo da Globalização, 1999, Publicações “Terraço”.

unciar à sua tábua de valores (ética pessoal), que é fruto de uma construção pessoal

tem que se consciencializar que, hoje

implica, em simultâneo, um

desempenho intelectual e um desempenho técnico, relacional e moral, exigindo, desta forma, um empenhamento

e o seu compromisso com os outros. Em suma, para além de especialista de uma área, todos

de desenvolvimento humano. Por conseguinte, entre a ética pessoal e a ética profissional tem que

regule a sua acção pelos valores sociais que assume

no trabalho. Nesta perspectiva,

próximas e/ou interdependentes em que

existe um estado de insatisfação entre as partes. Contrariando a perspectiva negativa e pessimista do conflito,

presentemente este é encarado numa perspectiva positiva, porque a vivência e a ultrapassagem de conflitos

correspondem a processos de desenvolvimento pessoal e grupal/profissional. Depois de ultrapassados, favorecem o

aparecimento de respostas mais adequadas, adaptadas. Neste sentido, a mediação e a negociação são meios a que

os conflitos. O trabalho colaborativo será uma das possíveis estratégias que poderá

contribuir para se estreitar a relação entre a ética pessoal (sem nunca a abolir) e a ética profissional, que já não é a

Faz parte integrante do ser

humano a tendência para preferir uns objectos em detrimento de outros. A existência humana insere-se num campo de

has a que os desejos atribuem maior ou menor preferência, ou aos quais o espírito confere mais

ou menos sentido. Escolher uma possibilidade em detrimento de outras é atribuir uma ordem de preferência às coisas.

ção de fundos em favor das vítimas do maremoto asiático significa que

estamos a atribuir uma grande importância à solidariedade, isto é, que a nossa acção está a ser orientada pelo valor da

Estes juízos de valor, que inevitavelmente formulamos na vida quotidiana, distinguem-se dos juízos de facto.

Os juízos de facto são descritivos e são verdadeiros ou falsos em função da realidade, independentemente do que as

pessoas pensam. Os factos são comprováveis e susceptíveis de um consenso universal. Por seu turno, os juízos de valor

Page 13: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

nem sempre são independentes das crenças ou gostos de quem os formula. Essa formulação pode ainda revestir um

carácter parcialmente normativo quando contém de um modo tácito uma indicação de como devemos avaliar as coisas.

Hierarquização dos Valores

Não atribuímos a todos os nossos valores a mesma importância. Na hora de tomar uma decisão, cada um de

nós, hierarquiza os valores de forma muito diversa. A hierarquização é a propriedade que tem os valores de se

subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que outros. As razões porque o fazemos são múltiplas.

Exemplo: A maioria da população mundial continua a sofrer g

milhões de pessoas por subnutrição. Portanto, é natural que na hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfação

das necessidades biológicas surja em primeiro lugar.

Polaridade dos Valores

Os nossos valores tendem a organizar

verdade à mentira, a justiça à injustiça, o bem ao mal, a beleza à fealdade, a generosidade ao egoísmo. A palavra valor

costuma apenas ser aplicada num sentido positi

positiva ou negativamente. Valor é tanto o bem, como o mal, o justo como o

Argumentação contra o relativismo dos valores:

Os valores permanecem de época para época e de cultu

mudança, variam no espaço e no tempo.

A partir desta tendência para a mudança podemos concluir que os valores são estritamente relativos a cada

cultura e não existe a possibilidade de acordos universalmente válidos? Não. Se todos os valores fossem válidos não

poderíamos condenar a escravatura, a tortura ou a pena de morte. Se todos os valores fossem válidos, com que

critérios poderíamos dizer que um par de botas vulgar teria mais valor do que a

ainda, com que legitimidades poderiam a NATO ou a ONU interferir na guerra do Kosovo? De facto, há valores mais

válidos e amplos do que outros. Há valores que resistem à variedade de culturas e ao próprio tempo.

Ao analisarmos a Declaração universal dos Direitos do Homem, podemos verificar que há critérios valorativos

intersubjectivos fundamentados na realização e integridade da pessoa humana.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem

um conjunto de valores essenciais que servem simultaneamente de ideal à acção humana e de critério para definir o

enquadramento legal dentro do qual os Estados podem legislar, julgar e actuar.

universais, fruto de um acordo intersubjectivo. Neste sentido, apesar da diversidade das culturas e das sociedades, esta

diversidade não pode ir contra estes valores. A Declaração serve não apenas para julgar as acções humanas, mas

também para avaliar e julgar a acção dos

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

nem sempre são independentes das crenças ou gostos de quem os formula. Essa formulação pode ainda revestir um

e normativo quando contém de um modo tácito uma indicação de como devemos avaliar as coisas.

Não atribuímos a todos os nossos valores a mesma importância. Na hora de tomar uma decisão, cada um de

forma muito diversa. A hierarquização é a propriedade que tem os valores de se

subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que outros. As razões porque o fazemos são múltiplas.

Exemplo: A maioria da população mundial continua a sofrer graves carências alimentares. Todos os anos morrem

milhões de pessoas por subnutrição. Portanto, é natural que na hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfação

das necessidades biológicas surja em primeiro lugar.

alores tendem a organizar-se em termos de oposições ou polaridades. Preferimos e opomos a

verdade à mentira, a justiça à injustiça, o bem ao mal, a beleza à fealdade, a generosidade ao egoísmo. A palavra valor

costuma apenas ser aplicada num sentido positivo. Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de estima

positiva ou negativamente. Valor é tanto o bem, como o mal, o justo como o injusto.

Argumentação contra o relativismo dos valores:

Os valores permanecem de época para época e de cultura para cultura. No entanto, estão sempre sujeitos à

mudança, variam no espaço e no tempo.

A partir desta tendência para a mudança podemos concluir que os valores são estritamente relativos a cada

cultura e não existe a possibilidade de acordos universalmente válidos? Não. Se todos os valores fossem válidos não

a tortura ou a pena de morte. Se todos os valores fossem válidos, com que

critérios poderíamos dizer que um par de botas vulgar teria mais valor do que a Gioconda

ainda, com que legitimidades poderiam a NATO ou a ONU interferir na guerra do Kosovo? De facto, há valores mais

válidos e amplos do que outros. Há valores que resistem à variedade de culturas e ao próprio tempo.

eclaração universal dos Direitos do Homem, podemos verificar que há critérios valorativos

intersubjectivos fundamentados na realização e integridade da pessoa humana.

Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada pela ONU, em 1948, consagrou no pl

um conjunto de valores essenciais que servem simultaneamente de ideal à acção humana e de critério para definir o

enquadramento legal dentro do qual os Estados podem legislar, julgar e actuar. Estes valores são assumidos como

de um acordo intersubjectivo. Neste sentido, apesar da diversidade das culturas e das sociedades, esta

diversidade não pode ir contra estes valores. A Declaração serve não apenas para julgar as acções humanas, mas

também para avaliar e julgar a acção dos diferentes Estados em relação aos seus cidadãos, configurando também um

13

nem sempre são independentes das crenças ou gostos de quem os formula. Essa formulação pode ainda revestir um

e normativo quando contém de um modo tácito uma indicação de como devemos avaliar as coisas.

Não atribuímos a todos os nossos valores a mesma importância. Na hora de tomar uma decisão, cada um de

forma muito diversa. A hierarquização é a propriedade que tem os valores de se

subordinarem uns aos outros, isto é, de serem uns mais valiosos que outros. As razões porque o fazemos são múltiplas.

raves carências alimentares. Todos os anos morrem

milhões de pessoas por subnutrição. Portanto, é natural que na hierarquia dos seus valores destas pessoas a satisfação

se em termos de oposições ou polaridades. Preferimos e opomos a

verdade à mentira, a justiça à injustiça, o bem ao mal, a beleza à fealdade, a generosidade ao egoísmo. A palavra valor

vo. Embora o valor seja tudo aquilo sobre o qual recaia o acto de estima

ra para cultura. No entanto, estão sempre sujeitos à

A partir desta tendência para a mudança podemos concluir que os valores são estritamente relativos a cada

cultura e não existe a possibilidade de acordos universalmente válidos? Não. Se todos os valores fossem válidos não

a tortura ou a pena de morte. Se todos os valores fossem válidos, com que

Gioconda de Leonardo da Vinci? Ou

ainda, com que legitimidades poderiam a NATO ou a ONU interferir na guerra do Kosovo? De facto, há valores mais

válidos e amplos do que outros. Há valores que resistem à variedade de culturas e ao próprio tempo.

eclaração universal dos Direitos do Homem, podemos verificar que há critérios valorativos

, aprovada pela ONU, em 1948, consagrou no plano mundial

um conjunto de valores essenciais que servem simultaneamente de ideal à acção humana e de critério para definir o

Estes valores são assumidos como

de um acordo intersubjectivo. Neste sentido, apesar da diversidade das culturas e das sociedades, esta

diversidade não pode ir contra estes valores. A Declaração serve não apenas para julgar as acções humanas, mas

diferentes Estados em relação aos seus cidadãos, configurando também um

Page 14: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

modelo de uma sociedade global, livre e democrática.

Pessoa como um valor em si, a Dignidade Humana, a Liberdade, a Igualda

Os valores são fruto de um consenso intersubjectivo

Podemos concluir que os valores não são objectivos (no sentido de propriedades de objectos) nem subjectivos

no sentido de variáveis e aceitáveis consoante os sujeitos que os formulam

resistem ao espaço e ao tempo e que constituem fundamentos sólidos para as nossas acções. De facto, há consenso

universal sobre valores essenciais para a humanidade integralmente considerada.

Faça corresponder os espaços numerados com as alíneas de modo a formar afirmações verdadeiras:

O mal é um valor .

A beleza é um valor .

A saúde é um valor .

O sagrado é um valor .

A habilidade é um valor .

a) religioso; b) útil; c) moral; d)

Das questões que se seguem escolha a alínea que melhor responde ao problema:

1. Valorar é:

a) Retirar sentido à realidade.

b) Atribuir um sentido aos objectos que eles já contêm previamente em si.

c) Conferir um horizonte de sentido à existência

2. Dado o seu carácter hierárquico:

a) Os valores estão dispostos de uma forma única válida para todos os homens.

b) Cada pessoa estabelece para si própria uma dada escala de valores.

c) Os valores espirituais podem estar satisfeitos independentemente dos valores vitais.

3. Valores são:

a) Os títulos da Bolsa de Valores de Lisboa.

b) Relações entre coisas.

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modelo de uma sociedade global, livre e democrática. Entre os valores da Declaração destacamos os seguintes:

Pessoa como um valor em si, a Dignidade Humana, a Liberdade, a Igualdade, e a Fraternidade.

Os valores são fruto de um consenso intersubjectivo

Podemos concluir que os valores não são objectivos (no sentido de propriedades de objectos) nem subjectivos

no sentido de variáveis e aceitáveis consoante os sujeitos que os formulam, mas intersubjectivos. Há valores que

resistem ao espaço e ao tempo e que constituem fundamentos sólidos para as nossas acções. De facto, há consenso

universal sobre valores essenciais para a humanidade integralmente considerada.

paços numerados com as alíneas de modo a formar afirmações verdadeiras:

d) estético; e) vital.

Das questões que se seguem escolha a alínea que melhor responde ao problema:

b) Atribuir um sentido aos objectos que eles já contêm previamente em si.

ir um horizonte de sentido à existência humana.

2. Dado o seu carácter hierárquico:

a) Os valores estão dispostos de uma forma única válida para todos os homens.

b) Cada pessoa estabelece para si própria uma dada escala de valores.

ais podem estar satisfeitos independentemente dos valores vitais.

Os títulos da Bolsa de Valores de Lisboa.

14

Entre os valores da Declaração destacamos os seguintes: – a

de, e a Fraternidade.

Podemos concluir que os valores não são objectivos (no sentido de propriedades de objectos) nem subjectivos

, mas intersubjectivos. Há valores que

resistem ao espaço e ao tempo e que constituem fundamentos sólidos para as nossas acções. De facto, há consenso

paços numerados com as alíneas de modo a formar afirmações verdadeiras:

ais podem estar satisfeitos independentemente dos valores vitais.

Page 15: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

b) Tudo aquilo a que atribuímos importância.

Na Pirâmide de Maslow…

Valores Religiosos:

Divino / Demoníaco

Valores espirituais:

Bom / Mau; Justo / Injusto; Belo / Feio

Valores úteis:

Caro / Barato, Abundante / Escasso; Necessário / Supérfluo

Valores vitais:

São / Doente; Enérgico / Inerte; Forte / Débil

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

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b) Tudo aquilo a que atribuímos importância.

Bom / Mau; Justo / Injusto; Belo / Feio

Abundante / Escasso; Necessário / Supérfluo

São / Doente; Enérgico / Inerte; Forte / Débil

15

Page 16: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

2. O papel das normas de conduta

Normas profissionais

A finalidade das normas profissionais é assegurar a boa qualidade da prestação profissional levando em conta

os constrangimentos físicos e psíquicos inerentes ao exercício

respectivos códigos deontológicos regem e controlam em absoluto toda a actividade laboral. Sem essas normas

devidamente legisladas, o consenso, o entendimento, o respeito mútuo e até o resultado produtivo

organizações, estaria aquém daquilo que todos nós desejaríamos.

Porque todo o trabalho é digno e independentemente da

profissional para si próprio, toda a profissão possui uma dimensão social, de

concreta dimensão individual, ou o mero interesse particular. Não vivemos isolados, e o velho aforismo

outros posso eu bem”, não só traduz um mesquinho

riqueza numa sociedade de miséria?

Dignificar o trabalho, dignificando o homem na sua

participativo e responsável, em conformidade com os art.os 23 e 25 da Declaração

que nunca o esqueçamos, constitui um direito interno de harmonia com o estipulado nos art.os

Constituição.

Se por deontologia entendemos o conjunto de deveres

para consigo próprio, com os outros e com a comunidade, parece evidente que

pois todas se relacionam directa ou indirectamente com os outros seres humanos. Claro que

relação indirecta, actividades que lidam

como sejam advogados, psicólogos, professores ou

normas profissionais, assumem uma dupla natureza, são técnicas e

Há em todas as profissões exigências éticas

disponibilidade, pontualidade, assiduidade

sentido de antecipação, capacidade de realização

escrita, criatividade, polivalência, facilidade nas

solidariedade social, sentido da obrigação da competência

a si próprio/a e às suas funções, como: as c

uso dos conhecimentos e experiências no sentido

além dessas, não devemos esquecer as e

dignidade da pessoa humana, a valorização pessoal e profissional dos cole

e necessidades dos outros e o exercício da liberdade com responsabilidade no trabalho

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

O papel das normas de conduta profissional na definição da deontologia de uma profissão.

rofissionais é assegurar a boa qualidade da prestação profissional levando em conta

os constrangimentos físicos e psíquicos inerentes ao exercício da profissão. As normas profissionais descritas nos

respectivos códigos deontológicos regem e controlam em absoluto toda a actividade laboral. Sem essas normas

devidamente legisladas, o consenso, o entendimento, o respeito mútuo e até o resultado produtivo

organizações, estaria aquém daquilo que todos nós desejaríamos.

é digno e independentemente da designação, tem uma dupla dimensão

si próprio, toda a profissão possui uma dimensão social, de utilidade comunitária, que suplanta a

mero interesse particular. Não vivemos isolados, e o velho aforismo

outros posso eu bem”, não só traduz um mesquinho egoísmo, como está profundamente errado. De que

Dignificar o trabalho, dignificando o homem na sua globalidade, é integrá-lo na “civitas”, como ser livre,

responsável, em conformidade com os art.os 23 e 25 da Declaração Universal dos Direitos

constitui um direito interno de harmonia com o estipulado nos art.os

eontologia entendemos o conjunto de deveres exigidos aos profissionais, uma ética de obrigações

o, com os outros e com a comunidade, parece evidente que todas as profissões implicam uma ética,

directa ou indirectamente com os outros seres humanos. Claro que

relação indirecta, actividades que lidam com os objectos, e a relação directa, profissões que trabalham com

como sejam advogados, psicólogos, professores ou assistentes sociais. É que nestas actividades, a maior parte das

normas profissionais, assumem uma dupla natureza, são técnicas e são éticas.

xigências éticas: consciência dos valores hierárquicos

ssiduidade, etc, mas também factores deontológicos: a c

de realização profissional, boa cultura geral, facilidade de ex

acilidade nas relações interpessoais, sigilo profissional

do da obrigação da competência. Qualquer profissional tem igualmente

, como: as competências, aptidões, responsabilidade na tomad

dos conhecimentos e experiências no sentido da produtividade, objectividade (análise racional dos

além dessas, não devemos esquecer as exigências em relação aos colegas de trabalho, nomeadamente

alorização pessoal e profissional dos colegas, consideração por sugestões, problemas

xercício da liberdade com responsabilidade no trabalho. Ainda as

16

profissional na definição da deontologia de uma profissão.

rofissionais é assegurar a boa qualidade da prestação profissional levando em conta

s normas profissionais descritas nos

respectivos códigos deontológicos regem e controlam em absoluto toda a actividade laboral. Sem essas normas

devidamente legisladas, o consenso, o entendimento, o respeito mútuo e até o resultado produtivo de todas as

designação, tem uma dupla dimensão – ninguém é

comunitária, que suplanta a

mero interesse particular. Não vivemos isolados, e o velho aforismo “com o mal dos

egoísmo, como está profundamente errado. De que servirá a

lo na “civitas”, como ser livre,

Universal dos Direitos do Homem,

constitui um direito interno de harmonia com o estipulado nos art.os 8 e 16 da nossa

exigidos aos profissionais, uma ética de obrigações

todas as profissões implicam uma ética,

directa ou indirectamente com os outros seres humanos. Claro que existem diferenças entre a

om os objectos, e a relação directa, profissões que trabalham com pessoas,

assistentes sociais. É que nestas actividades, a maior parte das

onsciência dos valores hierárquicos, sentido de disciplina,

capacidade de organização,

acilidade de expressão oral e

sigilo profissional, vivência do sentido da

igualmente exigências em relação

esponsabilidade na tomada de decisões e acções,

(análise racional dos factos). Para

, nomeadamente o respeito pela

onsideração por sugestões, problemas

Ainda as exigências em relação

Page 17: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

à organização: participação nos objectivos da

uso correcto de materiais e equipamentos

profissional. Por último as exigências em relação ao público externo

livre concorrência, comunicação bilateral

Ética profissional

Como é posta em prática a ética na profissão

furtarmo-nos a um bem tão precioso como é a ética no relacionamento com os outros. Contab

expectativas sempre no intuito de obter ou reaver, sem qualquer forma desinteressada, o bem próprio. Cultivamos um

certo padrão de importância e pretendemos um trato especial, pensamos que a ética é um papel a executar não por

nós, mas pelos outros.

É isto que acontece de forma tão disfarçada, que nem tomamos verdadeira consciência quando recorremos a

subterfúgios, para justificarmos a ética que praticamos na profissão. Esta aparece desmedidamente destituída de

códigos éticos, morais e deontológicos específicos porque se usam pretextos que reflectem atenção excessiva à própria

pessoa, predominando os interesses pessoais.

Todos os cidadãos, enquanto seres gregários, devem ser capazes de reconhecer princípios de conduta

essenciais à vida em comunidade. De outra forma, seria impossível a vida em sociedade. Mesmo não tendo

conhecimento da Constituição da República Portuguesa ou da Constituição Europeia, qualquer cidadão Português ou

Europeu reconhece que existe um conjunto de princípios de cond

entre os quais podemos salientar o princípio da liberdade de pensamento, de expressão, política ou religiosa.

De igual modo, dentro da sociedade, existe um conjunto de profissões e instituições com as quais c

se relaciona ou das quais faz parte e que estão igualmente gizadas por princípios básicos de conduta. Dentro das

instituições poder-se-iam destacar: os escuteiros, os bombeiros e, dentro das profissões: os professores, médicos e

advogados...

Caberá a cada um de nós dar um novo ânimo à lei moral, fazendo das acções humanas um eco de

responsabilidade e de respeito pelos outros e pela comunidade onde estamos inseridos.

Existem códigos deontológicos com carácter normativo e vinculativo, ou seja, que

determinada actividade a cumprir com rigor os princípios estabelecidos. Por outro lado há códigos deontológicos cuja

função principal será a regulação profissional sendo exclusivamente um instrumento consultivo.

Existem então inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou

ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam

se por traduzir o sentimento ético expresso

grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos,

para os infractores do mesmo. Alguns códigos não apresentam funçõ

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

articipação nos objectivos da organização, promoção do desenvolvimento da ima

correcto de materiais e equipamentos, discernimento de julgamento em eventuais situações de

igências em relação ao público externo: respeito e confiança, respeito pelo p

omunicação bilateral.

ética na profissão? Muitas vezes, somos nós próprios, na nossa profissão, a

a um bem tão precioso como é a ética no relacionamento com os outros. Contab

expectativas sempre no intuito de obter ou reaver, sem qualquer forma desinteressada, o bem próprio. Cultivamos um

certo padrão de importância e pretendemos um trato especial, pensamos que a ética é um papel a executar não por

É isto que acontece de forma tão disfarçada, que nem tomamos verdadeira consciência quando recorremos a

subterfúgios, para justificarmos a ética que praticamos na profissão. Esta aparece desmedidamente destituída de

ontológicos específicos porque se usam pretextos que reflectem atenção excessiva à própria

pessoa, predominando os interesses pessoais.

Todos os cidadãos, enquanto seres gregários, devem ser capazes de reconhecer princípios de conduta

comunidade. De outra forma, seria impossível a vida em sociedade. Mesmo não tendo

conhecimento da Constituição da República Portuguesa ou da Constituição Europeia, qualquer cidadão Português ou

Europeu reconhece que existe um conjunto de princípios de conduta aos quais está necessariamente obrigado, de

entre os quais podemos salientar o princípio da liberdade de pensamento, de expressão, política ou religiosa.

De igual modo, dentro da sociedade, existe um conjunto de profissões e instituições com as quais c

se relaciona ou das quais faz parte e que estão igualmente gizadas por princípios básicos de conduta. Dentro das

iam destacar: os escuteiros, os bombeiros e, dentro das profissões: os professores, médicos e

berá a cada um de nós dar um novo ânimo à lei moral, fazendo das acções humanas um eco de

responsabilidade e de respeito pelos outros e pela comunidade onde estamos inseridos.

Existem códigos deontológicos com carácter normativo e vinculativo, ou seja, que obrigam os profissionais de

determinada actividade a cumprir com rigor os princípios estabelecidos. Por outro lado há códigos deontológicos cuja

função principal será a regulação profissional sendo exclusivamente um instrumento consultivo.

inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou

ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam

se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o, no entanto, às particularidades de cada país e de cada

grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos,

para os infractores do mesmo. Alguns códigos não apresentam funções normativas e vinculativas, oferecendo apenas

17

do desenvolvimento da imagem da organização,

iscernimento de julgamento em eventuais situações de conflito, sigilo

, respeito pelo princípio da

Muitas vezes, somos nós próprios, na nossa profissão, a

a um bem tão precioso como é a ética no relacionamento com os outros. Contabilizamos as nossas

expectativas sempre no intuito de obter ou reaver, sem qualquer forma desinteressada, o bem próprio. Cultivamos um

certo padrão de importância e pretendemos um trato especial, pensamos que a ética é um papel a executar não por

É isto que acontece de forma tão disfarçada, que nem tomamos verdadeira consciência quando recorremos a

subterfúgios, para justificarmos a ética que praticamos na profissão. Esta aparece desmedidamente destituída de

ontológicos específicos porque se usam pretextos que reflectem atenção excessiva à própria

Todos os cidadãos, enquanto seres gregários, devem ser capazes de reconhecer princípios de conduta

comunidade. De outra forma, seria impossível a vida em sociedade. Mesmo não tendo

conhecimento da Constituição da República Portuguesa ou da Constituição Europeia, qualquer cidadão Português ou

uta aos quais está necessariamente obrigado, de

entre os quais podemos salientar o princípio da liberdade de pensamento, de expressão, política ou religiosa.

De igual modo, dentro da sociedade, existe um conjunto de profissões e instituições com as quais cada cidadão

se relaciona ou das quais faz parte e que estão igualmente gizadas por princípios básicos de conduta. Dentro das

iam destacar: os escuteiros, os bombeiros e, dentro das profissões: os professores, médicos e

berá a cada um de nós dar um novo ânimo à lei moral, fazendo das acções humanas um eco de

obrigam os profissionais de

determinada actividade a cumprir com rigor os princípios estabelecidos. Por outro lado há códigos deontológicos cuja

função principal será a regulação profissional sendo exclusivamente um instrumento consultivo.

inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou

ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam-

o, no entanto, às particularidades de cada país e de cada

grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos,

es normativas e vinculativas, oferecendo apenas

Page 18: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

uma função reguladora. Embora os códigos pretendam oferecer uma reserva moral ou uma garantia de conformidade

com os Direitos Humanos, estes podem, por vezes, constituir um perigo de monopolização de uma dete

ou grupo de questões, relativas a toda a sociedade, por um conjunto de profissionais.

Actividade:

De entre as diferentes afirmações a seguir indicadas, relativas à deontologia, assinale as opções correctas.

• Há códigos deontológicos para todas

• Código ético e código deontológico aplicam

• Deontologia profissional é o conjunto de normas, na sua maioria de natureza ética, que

regulam o exercício de uma profissão.

• Todos os códigos deontológicos baseiam

• Os códigos deontológicos são todos normativos e vinculativos

• Os códigos deontológicos estão sempre de acordo com a lei.

• Todos os códigos deontológicos são permanentes e imutáveis.

• É exigido aos profissionais que guardem sigilo profi

de que tomem conhecimento no exercício das suas funções.

• O exercício da profissão deve pautar

• Os profissionais devem aceitar apenas os trabalhos para os quais se sintam aptos a

desempenhar.

• Os profissionais deverão manter

interesses ou de influências exteriores.

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

uma função reguladora. Embora os códigos pretendam oferecer uma reserva moral ou uma garantia de conformidade

com os Direitos Humanos, estes podem, por vezes, constituir um perigo de monopolização de uma dete

ou grupo de questões, relativas a toda a sociedade, por um conjunto de profissionais.

De entre as diferentes afirmações a seguir indicadas, relativas à deontologia, assinale as opções correctas.

Há códigos deontológicos para todas as profissões.

Código ético e código deontológico aplicam-se com o mesmo significado.

Deontologia profissional é o conjunto de normas, na sua maioria de natureza ética, que

regulam o exercício de uma profissão.

Todos os códigos deontológicos baseiam-se no mesmo sentimento ético.

Os códigos deontológicos são todos normativos e vinculativos

Os códigos deontológicos estão sempre de acordo com a lei.

Todos os códigos deontológicos são permanentes e imutáveis.

É exigido aos profissionais que guardem sigilo profissional sobre os factos e os documentos

de que tomem conhecimento no exercício das suas funções.

O exercício da profissão deve pautar-se por padrões de honestidade e boa fé.

Os profissionais devem aceitar apenas os trabalhos para os quais se sintam aptos a

desempenhar.

Os profissionais deverão manter-se isentos de qualquer pressão resultante dos seus próprios

interesses ou de influências exteriores.

18

uma função reguladora. Embora os códigos pretendam oferecer uma reserva moral ou uma garantia de conformidade

com os Direitos Humanos, estes podem, por vezes, constituir um perigo de monopolização de uma determinada área

De entre as diferentes afirmações a seguir indicadas, relativas à deontologia, assinale as opções correctas.

se com o mesmo significado.

Deontologia profissional é o conjunto de normas, na sua maioria de natureza ética, que

mesmo sentimento ético.

ssional sobre os factos e os documentos

se por padrões de honestidade e boa fé.

Os profissionais devem aceitar apenas os trabalhos para os quais se sintam aptos a

se isentos de qualquer pressão resultante dos seus próprios

Page 19: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

3. Relação entre as normas deontológicas e a responsabilidade

Ética e deontologia: o papel das associações/ordens profissionais

O que é a ética senão uma a

apresentadas por Abbagnano (1998), a ética pode ser considerada a ciência da conduta, como estudo do

qual o homem se dirige” de acordo com sua natureza. De outro lado, o autor situa a ética como o estudo dos “motivos”

ou “causas” da conduta humana ou das “forças” que a determinam, pretendendo ater

“factos”.

Partindo destas considerações, a

exercício de uma profissão, seus ideais, motivos e causas. Para

“deontologia”. Isso porque, deontologia é um termo mais apropriado para a discussão

compreendendo-a como um esforço para

profissional. Uniformização não no sentido de igualar as a

dos membros da profissão, visando construir uma identidade e

demais membros da sociedade. A realização de um trabalho e a a

um único indivíduo”.

A princípio a reflexão à volta

acontecer nos diferentes espaços nos quais estes membros se situam. Se a ética é uma a

e causas da conduta humana, portanto, uma a

tempo e em qualquer lugar. O modo como

comportamento venha a ser qualificado, dá

e principalmente, de se ver nesta realidade. Assim, enquanto um ser humano sent

um dado comportamento, os seus motivos e complicações

“ser profissional” implica situar-se num determinado contexto, o comportamento, as implicações e motivos para

bem como, as reflexões à volta do mesmo dizem respeito ao grupo que esse indiv

por base as considerações de Berger e Luckmann relativas à construção social da realidade. Para esses autores, a

construção da realidade social dá-se em processos de comunicação (uso da linguagem) e intera

diferentes graus de socialização, familiar, institucional e social de um modo geral.

O desafio ético…

Ser humano e ser um profissional, aproxima

a acção profissional com base em princípios que fundamentam documentos como a “Declaração Universal dos Direitos

Humanos”? Percebe-se que tais questões envolvem uma complexidade de elementos, o que

busca de respostas para um comportamento que possa ser qualificado como ético. Nesta seara encontram

mais perguntas do que respostas. Mas isso é um indicativo de que a ética é uma construção, de que as respostas, se

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

Relação entre as normas deontológicas e a responsabilidade social de um grupo profissional

deontologia: o papel das associações/ordens profissionais

O que é a ética senão uma acção reflexiva em relação à conduta humana? A partir das concepções

a ética pode ser considerada a ciência da conduta, como estudo do

qual o homem se dirige” de acordo com sua natureza. De outro lado, o autor situa a ética como o estudo dos “motivos”

ou “causas” da conduta humana ou das “forças” que a determinam, pretendendo ater

estas considerações, a ética profissional pode ser entendida como o estudo da conduta humana no

exercício de uma profissão, seus ideais, motivos e causas. Para falar da ética profissional é necessário fazer referência à

“deontologia”. Isso porque, deontologia é um termo mais apropriado para a discussão à volta

a como um esforço para se obter uma uniformização da acção dos membros

profissional. Uniformização não no sentido de igualar as acções, mas sim de orientar, prescrever, controlar a conduta

visando construir uma identidade e, através desta, tornar-se respeitado e conhecido pelos

realização de um trabalho e a acção de um grupo dar-se-á

volta do comportamento dos membros de uma categoria profissional tende a

paços nos quais estes membros se situam. Se a ética é uma acção reflexiva

e causas da conduta humana, portanto, uma acção própria do homem enquanto ser social, ela constrói

como um determinado profissional se comporta, independente

comportamento venha a ser qualificado, dá-se com base em certos princípios, a partir de um modo de ver a realidade,

e principalmente, de se ver nesta realidade. Assim, enquanto um ser humano sente e pensa, é possível refle

seus motivos e complicações, individualmente ou em grupo. Porém, considerando que

um determinado contexto, o comportamento, as implicações e motivos para

do mesmo dizem respeito ao grupo que esse indivíduo integra. Esta compreensão tem

por base as considerações de Berger e Luckmann relativas à construção social da realidade. Para esses autores, a

em processos de comunicação (uso da linguagem) e intera

diferentes graus de socialização, familiar, institucional e social de um modo geral.

er humano e ser um profissional, aproxima-nos de outras questões éticas também desafiantes. Como pautar

ção profissional com base em princípios que fundamentam documentos como a “Declaração Universal dos Direitos

se que tais questões envolvem uma complexidade de elementos, o que

busca de respostas para um comportamento que possa ser qualificado como ético. Nesta seara encontram

mais perguntas do que respostas. Mas isso é um indicativo de que a ética é uma construção, de que as respostas, se

19

social de um grupo profissional

ção reflexiva em relação à conduta humana? A partir das concepções

a ética pode ser considerada a ciência da conduta, como estudo do “ideal para o

qual o homem se dirige” de acordo com sua natureza. De outro lado, o autor situa a ética como o estudo dos “motivos”

ou “causas” da conduta humana ou das “forças” que a determinam, pretendendo ater-se ao conhecimento dos

pode ser entendida como o estudo da conduta humana no

da ética profissional é necessário fazer referência à

volta da conduta profissional,

ção dos membros de uma categoria

ções, mas sim de orientar, prescrever, controlar a conduta

se respeitado e conhecido pelos

á “como se fosse a acção de

do comportamento dos membros de uma categoria profissional tende a

ção reflexiva à volta dos ideais

ção própria do homem enquanto ser social, ela constrói-se em qualquer

nado profissional se comporta, independentemente de como tal

com base em certos princípios, a partir de um modo de ver a realidade,

e e pensa, é possível reflectir sobre

individualmente ou em grupo. Porém, considerando que

um determinado contexto, o comportamento, as implicações e motivos para tal,

duo integra. Esta compreensão tem

por base as considerações de Berger e Luckmann relativas à construção social da realidade. Para esses autores, a

em processos de comunicação (uso da linguagem) e interacção do homem em

de outras questões éticas também desafiantes. Como pautar

ção profissional com base em princípios que fundamentam documentos como a “Declaração Universal dos Direitos

se que tais questões envolvem uma complexidade de elementos, o que torna mais complexa a

busca de respostas para um comportamento que possa ser qualificado como ético. Nesta seara encontram-se muito

mais perguntas do que respostas. Mas isso é um indicativo de que a ética é uma construção, de que as respostas, se

Page 20: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

existirem, deverão ser construídas, e ainda assim, poderão ser refutadas sob o olhar minucioso e crítico do humano

pensante.

Na busca de respostas para um agir ético, a

procuram soluções para questões éticas contemporâneas. É o caso da ética da responsabilidade, quando pensar no

futuro das próximas gerações e do meio ambiente é um imperativo

Levinas, de uma ética da alteridade (“outr

prevê a construção de uma ética a partir do

ética, são questionados conceitos em que se propõe quebrar o individua

do outro. A ética da alteridade vai realizar

tornam o outro um objecto e inundam as relações inter

Reconhecer o outro como um sujeito de direitos, é a base da “Declaração Universal dos Direitos Humanos”

proclamada em 1948 em Assembleia da ONU na época composta por 48 países.

Embora algumas vezes a ética

propriamente para tratar de pensar uma construção ética que respeita o outro, que promove o bem maior para todos,

é a partir da consciência da própria ética como a possibilidade de participar das soluções p

há a possibilidade de se construir um agir mais responsável. Então o desafio não é tornar a ética um lugar

sim, compreender a sua amplitude, para

conscientes, é mudar a visão de sua própria existência enquanto ser humano.

nosso sentido de prioridades, o que leva a uma reflexão sobre o próprio sentido da vida. Olhar para si, para os próprios

ideais, para os motivos que nos conduzem será uma constante

A deontologia e a ética profissional servem de um lado, para controlar a a

profissional e, de outro lado, para orientar

é identificado por um modo de agir. Assim

dada a conduta de cada um.

A deontologia diz respeito aos “deveres específicos do agir humano no campo profissional”

como já vimos, a deontologia aparece institucionalizada em códigos de conduta, códigos de princípios, mas geralmente,

nos chamados códigos de ética profissional. A

interesse em garantir a sobrevivência de cada um, os interesses de realização pessoal obtida por meio do exercício

profissional adequado, no sentido tanto de preservar, como de enobrecer

A ética compreende os fundamentos dos códigos deontológicos ou éticos porque

Tais códigos reflectem o contexto de constituição da própria profissão, o modo como ela se organiza

em determinada sociedade, como os seus membros se relacionam entre si e com os

citar aqui que alguns autores destacam

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

m, deverão ser construídas, e ainda assim, poderão ser refutadas sob o olhar minucioso e crítico do humano

Na busca de respostas para um agir ético, actualmente encontram-se difundidas correntes filosóficas que

soluções para questões éticas contemporâneas. É o caso da ética da responsabilidade, quando pensar no

futuro das próximas gerações e do meio ambiente é um imperativo. Por outro lado, abordagens como a de Emmanuel

(“outro”), traz presente o rosto do outro, o encontro com o outro. Esta proposta

prevê a construção de uma ética a partir do encontro com o outro, numa relação responsável. Nesta abordagem da

ética, são questionados conceitos em que se propõe quebrar o individualismo a partir do respeito e do reconhecimento

ética da alteridade vai realizar-se a partir da relação face-a-face destituída de preconceitos e conceitos que

to e inundam as relações inter-pessoais de mecanismos de exercício de poder.

Reconhecer o outro como um sujeito de direitos, é a base da “Declaração Universal dos Direitos Humanos”

ia da ONU na época composta por 48 países.

Embora algumas vezes a ética seja muito mais invocada para preservar a si próprio, para proteger

propriamente para tratar de pensar uma construção ética que respeita o outro, que promove o bem maior para todos,

é a partir da consciência da própria ética como a possibilidade de participar das soluções para os desafios morais, que

há a possibilidade de se construir um agir mais responsável. Então o desafio não é tornar a ética um lugar

sim, compreender a sua amplitude, para procurar e participar de soluções que sejam menos destrutivas, mais

scientes, é mudar a visão de sua própria existência enquanto ser humano. Uma abordagem ética da vida altera

nosso sentido de prioridades, o que leva a uma reflexão sobre o próprio sentido da vida. Olhar para si, para os próprios

ue nos conduzem será uma constante.

A deontologia e a ética profissional servem de um lado, para controlar a acção dos membros de um grupo

profissional e, de outro lado, para orientar a sua conduta, colaborando para a formação de um grupo que se identifica

identificado por um modo de agir. Assim, a sustentação de uma profissão depende do conjunto d

A deontologia diz respeito aos “deveres específicos do agir humano no campo profissional”

a deontologia aparece institucionalizada em códigos de conduta, códigos de princípios, mas geralmente,

nos chamados códigos de ética profissional. A conduta ética profissional envolve os interesses do grupo, com base no

vivência de cada um, os interesses de realização pessoal obtida por meio do exercício

profissional adequado, no sentido tanto de preservar, como de enobrecer a si e à profissão.

A ética compreende os fundamentos dos códigos deontológicos ou éticos porque estuda e refle

tem o contexto de constituição da própria profissão, o modo como ela se organiza

seus membros se relacionam entre si e com os clientes

a existência de códigos deontológicos e de códigos com conteúdos éticos.

20

m, deverão ser construídas, e ainda assim, poderão ser refutadas sob o olhar minucioso e crítico do humano

difundidas correntes filosóficas que

soluções para questões éticas contemporâneas. É o caso da ética da responsabilidade, quando pensar no

utro lado, abordagens como a de Emmanuel

, traz presente o rosto do outro, o encontro com o outro. Esta proposta

encontro com o outro, numa relação responsável. Nesta abordagem da

lismo a partir do respeito e do reconhecimento

face destituída de preconceitos e conceitos que

exercício de poder.

Reconhecer o outro como um sujeito de direitos, é a base da “Declaração Universal dos Direitos Humanos”

preservar a si próprio, para proteger-se, do que

propriamente para tratar de pensar uma construção ética que respeita o outro, que promove o bem maior para todos,

ara os desafios morais, que

há a possibilidade de se construir um agir mais responsável. Então o desafio não é tornar a ética um lugar-comum, mas

e participar de soluções que sejam menos destrutivas, mais

ma abordagem ética da vida altera o

nosso sentido de prioridades, o que leva a uma reflexão sobre o próprio sentido da vida. Olhar para si, para os próprios

ção dos membros de um grupo

sua conduta, colaborando para a formação de um grupo que se identifica e

a sustentação de uma profissão depende do conjunto dos seus membros,

A deontologia diz respeito aos “deveres específicos do agir humano no campo profissional”. Algumas vezes,

a deontologia aparece institucionalizada em códigos de conduta, códigos de princípios, mas geralmente,

conduta ética profissional envolve os interesses do grupo, com base no

vivência de cada um, os interesses de realização pessoal obtida por meio do exercício

estuda e reflecte a conduta.

tem o contexto de constituição da própria profissão, o modo como ela se organiza, como ela se situa

clientes dos seus serviços. Cabe

a existência de códigos deontológicos e de códigos com conteúdos éticos.

Page 21: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

As associações/ordens profissionais

Qual o papel das associações profissionais

e do individualismo? A partir do momento em que um grupo de pessoas que realizam um mesmo tipo de trabalho

passa a formar um grupo, este incorpora

social, político e económico.

As associações/ordens profissionais integram um quadro de elementos que configuram uma ocupação

organizada. São as associações que vão, mais dire

Estado, por exemplo), organizar instituições de recrutamento, trein

Noutros termos, as associações profissionais vão buscar a mobilidade ascendente d

salários, melhoria das condições de trabalho, significando autonomia

acção das entidades.

Entre os objectivos centrais das associações

melhorar a imagem da profissão mostrando o va

aplicação dos seus conhecimentos e habilidades especiais. Além disso, as associações

interacção entre os seus membros estabelecendo uma unidade cultural da profissão, in

contactos, padrões educacionais e de desempenho, a defesa de mudanças e inovações. As associações estimulam

seus membros a participar em comunidades, painéis, a

Quando uma ocupação alcança a chamada autonomia, com maior capacidade de controlar a realização e o

modo de fazer um tipo de trabalho, de controlar inclusive a oferta de trabalho que entra no mercado e a procura do

mesmo, existem maiores condições para o d

fortalecimento do grupo e da profissão.

a sua formação, e posteriormente terá condições de desenvolver um trabalho que lhe

facilitado o processo de compromisso com a realização do trabalho, bem como a solidariedade na a

Outros autores mostram que a origem das ordens, como

Idade Média. Dizem que diferentes evid

a estabelecer pactos de assistência mútua (na velhice, na doença, na invalidez, na pobreza e

quais havia uma fragilidade de um oficial) e de defesa comum, o que tem levado possivelmente ao nascimento das

primeiras autoridades associativas. Nesse meio, de defesa e assistência, aconteciam também, jantares de

confraternização, laços religiosos eram comuns, tanto que as diferentes

Vários autores destacam uma diferença entre espírito corporativo e interesses corporativos.

não se trata de excluir os interesses, mas sim de promover o respeito de regras e p

organizar a vida em sociedade, dado que a função das

exercício profissional, mas também, o exercício responsável da profissão e

considerações dos autores, embora as associações profissionais sejam um espaço minado de interesses, nelas ocorrem

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

s associações/ordens profissionais

Qual o papel das associações profissionais numa sociedade na qual parece imperar a lógica da competitividade

partir do momento em que um grupo de pessoas que realizam um mesmo tipo de trabalho

passa a formar um grupo, este incorpora-se num empreendimento organizado e com isso, é

profissionais integram um quadro de elementos que configuram uma ocupação

que vão, mais directamente, tentar negociar com os consumidores d

Estado, por exemplo), organizar instituições de recrutamento, treino e colocação de empregados num mercado.

profissionais vão buscar a mobilidade ascendente dos

rabalho, significando autonomia através do esforço cole

tivos centrais das associações/ordens, está a ênfase nos bens públicos. Tal ênfase é um modo de

melhorar a imagem da profissão mostrando o valor e importância dos seus membros para a soc

seus conhecimentos e habilidades especiais. Além disso, as associações

seus membros estabelecendo uma unidade cultural da profissão, institucionalizando códigos de

tos, padrões educacionais e de desempenho, a defesa de mudanças e inovações. As associações estimulam

comunidades, painéis, actividades a partir de características comuns d

Quando uma ocupação alcança a chamada autonomia, com maior capacidade de controlar a realização e o

modo de fazer um tipo de trabalho, de controlar inclusive a oferta de trabalho que entra no mercado e a procura do

mesmo, existem maiores condições para o desenvolvimento de uma ética que favoreça a manutenção e o

fortalecimento do grupo e da profissão. Quando um indivíduo procura uma profissão, na qual investirá um tempo para

sua formação, e posteriormente terá condições de desenvolver um trabalho que lhe traga sustentação financeira

com a realização do trabalho, bem como a solidariedade na a

mostram que a origem das ordens, como a dos engenheiros e advogados, pode ser vista na

ue diferentes evidências levam a crer que as afinidades naturais de uma profissão

a estabelecer pactos de assistência mútua (na velhice, na doença, na invalidez, na pobreza e

quais havia uma fragilidade de um oficial) e de defesa comum, o que tem levado possivelmente ao nascimento das

. Nesse meio, de defesa e assistência, aconteciam também, jantares de

comuns, tanto que as diferentes ordens elegiam um santo padroeiro.

autores destacam uma diferença entre espírito corporativo e interesses corporativos.

não se trata de excluir os interesses, mas sim de promover o respeito de regras e princípios que colaborem para

organizar a vida em sociedade, dado que a função das ordens/associações incluí não só a regulação e controle do

exercício profissional, mas também, o exercício responsável da profissão e a sua função social. Reforçando as

derações dos autores, embora as associações profissionais sejam um espaço minado de interesses, nelas ocorrem

21

sociedade na qual parece imperar a lógica da competitividade

partir do momento em que um grupo de pessoas que realizam um mesmo tipo de trabalho

om isso, é imerso num contexto

profissionais integram um quadro de elementos que configuram uma ocupação

consumidores do seu trabalho (o

e colocação de empregados num mercado.

seus membros, melhores

do esforço colectivo, representado pela

, está a ênfase nos bens públicos. Tal ênfase é um modo de

lor e importância dos seus membros para a sociedade em função da

seus conhecimentos e habilidades especiais. Além disso, as associações procuram promover uma

stitucionalizando códigos de

tos, padrões educacionais e de desempenho, a defesa de mudanças e inovações. As associações estimulam os

tividades a partir de características comuns dos seus membros.

Quando uma ocupação alcança a chamada autonomia, com maior capacidade de controlar a realização e o

modo de fazer um tipo de trabalho, de controlar inclusive a oferta de trabalho que entra no mercado e a procura do

esenvolvimento de uma ética que favoreça a manutenção e o

uma profissão, na qual investirá um tempo para

traga sustentação financeira, é

com a realização do trabalho, bem como a solidariedade na acção do grupo.

dos engenheiros e advogados, pode ser vista na

ncias levam a crer que as afinidades naturais de uma profissão levaram oficiais

a estabelecer pactos de assistência mútua (na velhice, na doença, na invalidez, na pobreza e noutras condições nas

quais havia uma fragilidade de um oficial) e de defesa comum, o que tem levado possivelmente ao nascimento das

. Nesse meio, de defesa e assistência, aconteciam também, jantares de

elegiam um santo padroeiro.

autores destacam uma diferença entre espírito corporativo e interesses corporativos. Salientam que

rincípios que colaborem para

incluí não só a regulação e controle do

sua função social. Reforçando as

derações dos autores, embora as associações profissionais sejam um espaço minado de interesses, nelas ocorrem

Page 22: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

laços de solidariedade, de ajuda mútua, de cooperação e de defesa de causas sociais, o que tende a beneficiar não

apenas os profissionais, mas a sociedade de um modo geral.

A participação do profisional

Por que participar nas associações

uma relação entre a pouca visibilidade de uma profissão e os salários pagos a

É no espaço associativo que as pessoas

para problemas comuns. De outro lado, o compro

conhecimentos, competências e técnicas interferem na autonomia, reflexo de um grupo em que a a

integra a acção do grupo. Desse modo, as associações não devem ser compreendidas como a a

representantes, se assim for, as acções serão fragmentadas, a categoria não será reconhecida por uma identidade

forte. É, sim, a partir de acções colectivas pautadas na

de uma sociedade profissionalista.

É muito comum perceber saídas individualistas para problemas relativos a questões profissionais. A expressão

“cada um faz a sua parte” soa como um chavão, seja para propagar o voluntariado, seja para justificar a baixa adesão

em acções colectivas. É lógico que, mesmo

dos membros faz está relacionada com o conjunto ou com o grupo do qual este indivíduo participa ou se identifica? Ela

serve para fortalecê-lo ou para fragment

realiza é importante que essas acções ou esforços sejam a

grupo para que haja uma sintonia de a

grupo.

E a ética? Na saída individual a ética também será de imperativo individualista prejudicando a possibilidade de

realização de uma ética que é construção, que é consciência na a

que é objectivar o bem maior de todos.

Em resumo…

Antes de qualquer busca de uma ética institucionalizada

profissão na sociedade, o que é fazer parte de um grupo profissional. Sem essa compreensão, de que cada membro

constrói a acção do grupo, não haverá um fortalecimento do próprio grupo, dificultará a discussão de uma ética. A ética

começa na maneira como eu (como membro de um grupo profissional) me relaciono com o grupo no qual participo e

me identifico. Esse posicionamento pode e deve acontecer a partir de a

profissionais, académicas, voluntariado…

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

laços de solidariedade, de ajuda mútua, de cooperação e de defesa de causas sociais, o que tende a beneficiar não

ociedade de um modo geral.

as associações/ordens? A visibilidade da profissão depende da a

uma relação entre a pouca visibilidade de uma profissão e os salários pagos aos seus membros?

no espaço associativo que as pessoas se vão encontrar, trocar ideias, resolver conflitos e encontrar soluções

De outro lado, o compromisso, a realização de um bom trabalho, a excelência de

conhecimentos, competências e técnicas interferem na autonomia, reflexo de um grupo em que a a

ção do grupo. Desse modo, as associações não devem ser compreendidas como a a

ções serão fragmentadas, a categoria não será reconhecida por uma identidade

tivas pautadas na compreensão do conjunto de elementos que compõe o cenário

perceber saídas individualistas para problemas relativos a questões profissionais. A expressão

“cada um faz a sua parte” soa como um chavão, seja para propagar o voluntariado, seja para justificar a baixa adesão

mesmo numa acção colectiva, cada um fará uma parte, a questão é: a parte que um

om o conjunto ou com o grupo do qual este indivíduo participa ou se identifica? Ela

ragmentá-lo? Independentemente da acção ou dos esforços que cada profissional

ções ou esforços sejam acções que reflictam o pensamento do grupo, o anseio do

grupo para que haja uma sintonia de acções. De outra forma, a saída individual é suicida quando não representa o

E a ética? Na saída individual a ética também será de imperativo individualista prejudicando a possibilidade de

realização de uma ética que é construção, que é consciência na acção, que é situar-se no seu contexto, que é

tivar o bem maior de todos.

Antes de qualquer busca de uma ética institucionalizada num código, é preciso ter clar

profissão na sociedade, o que é fazer parte de um grupo profissional. Sem essa compreensão, de que cada membro

ção do grupo, não haverá um fortalecimento do próprio grupo, dificultará a discussão de uma ética. A ética

ça na maneira como eu (como membro de um grupo profissional) me relaciono com o grupo no qual participo e

pode e deve acontecer a partir de acções colectivas, através

tariado…

22

laços de solidariedade, de ajuda mútua, de cooperação e de defesa de causas sociais, o que tende a beneficiar não

? A visibilidade da profissão depende da acção das associações? Há

seus membros?

ias, resolver conflitos e encontrar soluções

a realização de um bom trabalho, a excelência de

conhecimentos, competências e técnicas interferem na autonomia, reflexo de um grupo em que a acção individual

ção do grupo. Desse modo, as associações não devem ser compreendidas como a acção de um grupo de

ções serão fragmentadas, a categoria não será reconhecida por uma identidade

compreensão do conjunto de elementos que compõe o cenário

perceber saídas individualistas para problemas relativos a questões profissionais. A expressão

“cada um faz a sua parte” soa como um chavão, seja para propagar o voluntariado, seja para justificar a baixa adesão

tiva, cada um fará uma parte, a questão é: a parte que um

om o conjunto ou com o grupo do qual este indivíduo participa ou se identifica? Ela

ção ou dos esforços que cada profissional

tam o pensamento do grupo, o anseio do

a individual é suicida quando não representa o

E a ética? Na saída individual a ética também será de imperativo individualista prejudicando a possibilidade de

eu contexto, que é participar,

m código, é preciso ter claro do que representa a

profissão na sociedade, o que é fazer parte de um grupo profissional. Sem essa compreensão, de que cada membro

ção do grupo, não haverá um fortalecimento do próprio grupo, dificultará a discussão de uma ética. A ética

ça na maneira como eu (como membro de um grupo profissional) me relaciono com o grupo no qual participo e

através de associações/ordens

Page 23: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

4. Dinâmica entre a responsabilidade profissional e os diferentes contextos sociais

Para que possamos entender esta questão

Mar Adentro, analisarmos o código deontológico dos médicos

5. Actividade final

Tendo em conta os objectivos desta UFCD (5) e respectivo domínio de referência (2)

1. Diga o que entende por deo

2. Identifique e explique alguns valores de referência em diferentes organizações.

sua prática profissional? Identifica

3. A profissão médica é, talvez, aquela em que a deontologia profissional é mais exposta à p

geral, na medida em que todos nós, pelo menos uma vez na vida, já necessitámos de cuidados médicos. O

desenvolvimento da ciência médica e das tecnologias de apoio à mesma tem possibilitado prolongar a vida

cada vez até mais tarde. Esta realidad

esses anos. A eutanásia tem surgido como uma possível solução para terminar com o sofrimento

prolongado e sem esperança. Se temos direito à vida, não teremos também direito à morte?

análise crítica sobre a prática social da eutanásia, articulando com a responsabilidade pessoal e

profissional de um médico, não esquecendo que o código de deontologia profissional

estabelecer os princípios ético

4. Faça uma reflexão crítica sobre práticas/posturas profissionais onde a falta de deontologia o

constrangeu/afectou a nível social ou psíquico.

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

Dinâmica entre a responsabilidade profissional e os diferentes contextos sociais

Para que possamos entender esta questão, mais do que uma exposição teórica, é importante vermos o filme

analisarmos o código deontológico dos médicos (anexo) e abrirmos o debate…

Tendo em conta os objectivos desta UFCD (5) e respectivo domínio de referência (2)

Diga o que entende por deontologia e normas profissionais.

Identifique e explique alguns valores de referência em diferentes organizações.

sua prática profissional? Identifica-se com esses valores?

A profissão médica é, talvez, aquela em que a deontologia profissional é mais exposta à p

geral, na medida em que todos nós, pelo menos uma vez na vida, já necessitámos de cuidados médicos. O

desenvolvimento da ciência médica e das tecnologias de apoio à mesma tem possibilitado prolongar a vida

cada vez até mais tarde. Esta realidade levanta um novo problema – com que qualidade de vida se vivem

esses anos. A eutanásia tem surgido como uma possível solução para terminar com o sofrimento

prolongado e sem esperança. Se temos direito à vida, não teremos também direito à morte?

nálise crítica sobre a prática social da eutanásia, articulando com a responsabilidade pessoal e

profissional de um médico, não esquecendo que o código de deontologia profissional

ético-morais pelos quais os profissionais se devem seguir e aplicar.

Faça uma reflexão crítica sobre práticas/posturas profissionais onde a falta de deontologia o

constrangeu/afectou a nível social ou psíquico.

23

Dinâmica entre a responsabilidade profissional e os diferentes contextos sociais

é importante vermos o filme

Tendo em conta os objectivos desta UFCD (5) e respectivo domínio de referência (2):

Identifique e explique alguns valores de referência em diferentes organizações. Por que valores se rege na

A profissão médica é, talvez, aquela em que a deontologia profissional é mais exposta à população em

geral, na medida em que todos nós, pelo menos uma vez na vida, já necessitámos de cuidados médicos. O

desenvolvimento da ciência médica e das tecnologias de apoio à mesma tem possibilitado prolongar a vida

com que qualidade de vida se vivem

esses anos. A eutanásia tem surgido como uma possível solução para terminar com o sofrimento

prolongado e sem esperança. Se temos direito à vida, não teremos também direito à morte? Faça uma

nálise crítica sobre a prática social da eutanásia, articulando com a responsabilidade pessoal e

profissional de um médico, não esquecendo que o código de deontologia profissional tem por objectivo

se devem seguir e aplicar.

Faça uma reflexão crítica sobre práticas/posturas profissionais onde a falta de deontologia o

Page 24: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

ANEXO

CÓDIGO DEONTOLÓGICO DOS MÉDICOS

CAPÍTULO II

DEVERES DOS MÉDICOS

Artigo 5.º

(Princípio geral)

1. O médico deve exercer a sua profissão com o maior respeito pelo direito à protecção da saúde das pessoas e

da comunidade.

2. O médico não deve considerar o e

sem prejuízo do seu direito a uma justa remuneração.

3. São condenáveis todas as práticas não justificadas pelo interesse do doente ou que pressuponham ou criem

falsas necessidades de consumo.

4. O médico, no exercício da sua profissão, deve igualmente, e na medida que tal não conflitue com o interesse

do seu doente, proteger a sociedade, garantindo um exercício consciente, procurando a maior eficácia e

eficiência na

gestão rigorosa dos recursos existentes.

5. São ainda deveres dos médicos todos aqueles referidos no Estatuto da Ordem dos Médicos, nomeadamente

no seu artigo 13.º.

Artigo 6.º

(Proibição de discriminação)

O médico deve prestar a sua actividade profissional sem qualquer form

Artigo 7.º

(Situação de urgência)

O médico deve, em qualquer lugar ou circunstância, prestar tratamento de urgência a pessoas que se

encontrem em perigo imediato, independentemente da sua função específica ou da sua formação

especializada.

Artigo 8.º

(Greve de médicos)

1. Os médicos são titulares do direito constitucional e legalmente regulamentado de fazer greve.

2. O exercício de tal direito não pode, contudo, violar os princípios de Deontologia Médica, devendo os

médicos assegurar os cuidados inadiáveis aos doentes.

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

DEONTOLÓGICO DOS MÉDICOS (excerto)

O médico deve exercer a sua profissão com o maior respeito pelo direito à protecção da saúde das pessoas e

O médico não deve considerar o exercício da Medicina como uma actividade orientada para fins lucrativos,

sem prejuízo do seu direito a uma justa remuneração.

São condenáveis todas as práticas não justificadas pelo interesse do doente ou que pressuponham ou criem

consumo.

O médico, no exercício da sua profissão, deve igualmente, e na medida que tal não conflitue com o interesse

do seu doente, proteger a sociedade, garantindo um exercício consciente, procurando a maior eficácia e

s recursos existentes.

São ainda deveres dos médicos todos aqueles referidos no Estatuto da Ordem dos Médicos, nomeadamente

O médico deve prestar a sua actividade profissional sem qualquer forma de discriminação.

O médico deve, em qualquer lugar ou circunstância, prestar tratamento de urgência a pessoas que se

encontrem em perigo imediato, independentemente da sua função específica ou da sua formação

Os médicos são titulares do direito constitucional e legalmente regulamentado de fazer greve.

O exercício de tal direito não pode, contudo, violar os princípios de Deontologia Médica, devendo os

cuidados inadiáveis aos doentes.

24

O médico deve exercer a sua profissão com o maior respeito pelo direito à protecção da saúde das pessoas e

xercício da Medicina como uma actividade orientada para fins lucrativos,

São condenáveis todas as práticas não justificadas pelo interesse do doente ou que pressuponham ou criem

O médico, no exercício da sua profissão, deve igualmente, e na medida que tal não conflitue com o interesse

do seu doente, proteger a sociedade, garantindo um exercício consciente, procurando a maior eficácia e

São ainda deveres dos médicos todos aqueles referidos no Estatuto da Ordem dos Médicos, nomeadamente

a de discriminação.

O médico deve, em qualquer lugar ou circunstância, prestar tratamento de urgência a pessoas que se

encontrem em perigo imediato, independentemente da sua função específica ou da sua formação

Os médicos são titulares do direito constitucional e legalmente regulamentado de fazer greve.

O exercício de tal direito não pode, contudo, violar os princípios de Deontologia Médica, devendo os

Page 25: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

3.Devem ser sempre garantidos os serviços mínimos, que, caso não se obtenha outra definição, se entende

como os disponibilizados aos domingos e feriados.

Artigo 9.º

(Actualização e preparação científica)

O médico deve cuidar da permanente actualização da sua cultura científica e da sua preparação técnica, sendo

dever ético fundamental o exercício profissional diligente e tecnicamente adequado às regras da arte médica

(leges artis).

Artigo 10.º

(Dignidade)

Em todas as circunstâncias deve o médico ter comportamento público e profissional adequado à dignidade da

sua profissão, sem prejuízo dos seus Direitos de cidadania e liberdade individual.

TÍTULO II

O MÉDICO AO SERVIÇO DO DOENTE

CAPÍTULO I

QUALIDADE DOS CUIDADOS MÉDICOS

Artigo 31.º

(Princípio geral)

O médico que aceite o encargo ou tenha o dever de atender um doente obrigasse à prestação dos melhores

cuidados ao seu alcance, agindo sempre com correcção e delicadeza, no exclusivo intuito de promover ou

restituir a saúde, conservar a vida e a sua qualidade, suavizar os sofrimentos, nomeadamente nos doentes sem

esperança de cura ou em fase terminal, no pleno respeito pela dignidade do ser humano.

Artigo 32.º

(Isenção e liberdade profissionais)

1. O médico só deve tomar decisões ditadas pela ciência e pela sua consciência.

2. O médico tem liberdade de escolha de meios de diagnóstico e terapêutica, devendo, porém, abster

prescrever desnecessariamente exames ou tratamentos onerosos ou de realizar actos médicos supér

Artigo 33.º

(Condições de exercício)

1.O médico deve exercer a sua profissão em condições que não prejudiquem a qualidade dos seus serviços e a

especificidade da sua acção, não aceitando situações de interferência externa que lhe cerceiem a liberdad

fazer juízos clínicos e éticos e de actuar em conformidade com as leges artis.

2. O médico tem o dever de comunicar à Ordem todas as tentativas de condicionar a liberdade do seu

exercício ou de imposição de condições que prejudiquem os doentes.

Artigo 34.º

(Responsabilidade)

1. O médico é responsável pelos seus actos e pelos praticados por profissionais sob a sua orientação, desde

que estes não se afastem das suas instruções, nem excedam os limites da sua competência.

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

Devem ser sempre garantidos os serviços mínimos, que, caso não se obtenha outra definição, se entende

como os disponibilizados aos domingos e feriados.

(Actualização e preparação científica)

r da permanente actualização da sua cultura científica e da sua preparação técnica, sendo

dever ético fundamental o exercício profissional diligente e tecnicamente adequado às regras da arte médica

circunstâncias deve o médico ter comportamento público e profissional adequado à dignidade da

sua profissão, sem prejuízo dos seus Direitos de cidadania e liberdade individual.

O MÉDICO AO SERVIÇO DO DOENTE

MÉDICOS

O médico que aceite o encargo ou tenha o dever de atender um doente obrigasse à prestação dos melhores

cuidados ao seu alcance, agindo sempre com correcção e delicadeza, no exclusivo intuito de promover ou

saúde, conservar a vida e a sua qualidade, suavizar os sofrimentos, nomeadamente nos doentes sem

esperança de cura ou em fase terminal, no pleno respeito pela dignidade do ser humano.

(Isenção e liberdade profissionais)

r decisões ditadas pela ciência e pela sua consciência.

2. O médico tem liberdade de escolha de meios de diagnóstico e terapêutica, devendo, porém, abster

prescrever desnecessariamente exames ou tratamentos onerosos ou de realizar actos médicos supér

O médico deve exercer a sua profissão em condições que não prejudiquem a qualidade dos seus serviços e a

especificidade da sua acção, não aceitando situações de interferência externa que lhe cerceiem a liberdad

fazer juízos clínicos e éticos e de actuar em conformidade com as leges artis.

O médico tem o dever de comunicar à Ordem todas as tentativas de condicionar a liberdade do seu

exercício ou de imposição de condições que prejudiquem os doentes.

O médico é responsável pelos seus actos e pelos praticados por profissionais sob a sua orientação, desde

que estes não se afastem das suas instruções, nem excedam os limites da sua competência.

25

Devem ser sempre garantidos os serviços mínimos, que, caso não se obtenha outra definição, se entende

r da permanente actualização da sua cultura científica e da sua preparação técnica, sendo

dever ético fundamental o exercício profissional diligente e tecnicamente adequado às regras da arte médica

circunstâncias deve o médico ter comportamento público e profissional adequado à dignidade da

O médico que aceite o encargo ou tenha o dever de atender um doente obrigasse à prestação dos melhores

cuidados ao seu alcance, agindo sempre com correcção e delicadeza, no exclusivo intuito de promover ou

saúde, conservar a vida e a sua qualidade, suavizar os sofrimentos, nomeadamente nos doentes sem

esperança de cura ou em fase terminal, no pleno respeito pela dignidade do ser humano.

2. O médico tem liberdade de escolha de meios de diagnóstico e terapêutica, devendo, porém, abster-se de

prescrever desnecessariamente exames ou tratamentos onerosos ou de realizar actos médicos supérfluos.

O médico deve exercer a sua profissão em condições que não prejudiquem a qualidade dos seus serviços e a

especificidade da sua acção, não aceitando situações de interferência externa que lhe cerceiem a liberdade de

O médico tem o dever de comunicar à Ordem todas as tentativas de condicionar a liberdade do seu

O médico é responsável pelos seus actos e pelos praticados por profissionais sob a sua orientação, desde

que estes não se afastem das suas instruções, nem excedam os limites da sua competência.

Page 26: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

2. Nas equipas multidisciplinares,

Artigo 35.º

(Tratamentos vedados ou condicionados)

1. O médico deve abster-se de quaisquer actos que não estejam de acordo com as leges artis.

2. Exceptuam-se os actos não reconhecidos

promissores, em situações em que não haja alternativa, desde que com consentimento do doente ou do seu

representante legal, no caso daquele o não poder fazer, e ainda os actos que se integram em pr

investigação, cumpridas as regras que condicionam a experimentação em e com pessoas humanas.

Artigo 36.º

(Respeito por qualificações e competências)

1. O médico não deve ultrapassar os limites das suas qualificações e competências.

2. As especialidades, subespecialidades, competências e formações reconhecidas pela Ordem devem ser tidas

em conta.

3. Quando lhe pareça indicado, deve pedir a colaboração de outro médico ou indicar ao doente um colega que

julgue mais qualificado.

4. Quando delegar competências noutros profissionais de saúde, médicos ou não médicos devidamente

habilitados, é dever do médico não ultrapassar nesta delegação as competências destes profissionais, sendo

também responsável pelos actos delegados nos termos do artigo 34.

5. Excepto em situações de emergência em que não possa recorrer em tempo útil a colega competente, o

médico não pode, em caso algum, praticar actos médicos para os quais reconheça não ser capaz ou não

possuir a competência técnica e capacidade física e

6. Não é permitida a delegação de actos médicos quando se transfira para não médicos as competências de

estabelecimento do diagnóstico, prescrição ou gestão clínica autónoma de doentes.

Artigo 37.º

(Objecção de consciência)

1. O médico tem o direito de recusar a prática de acto da sua profissão quando tal prática entre em conflito

com a sua consciência, ofendendo os seus princípios éticos, morais, religiosos, filosóficos ou humanitários.

2. O exercício da objecção de consciência deverá se

prejuízo de dever ser imediatamente comunicada ao doente ou a quem no seu lugar prestar o consentimento.

3. A objecção de consciência não pode ser invocada em situação urgente e que implique perigo de vida

grave dano para a saúde e se não houver outro médico disponível a quem o doente possa recorrer, nos termos

do número 1 do artigo 41.º.

ARTIGO 38°

(Objecção técnica)

A recusa de subordinação a ordens técnicas oriundas de hierarquias institucionais, legal

estabelecidas, ou a normas de orientação adoptadas institucionalmente, só pode ser usada quando o médico

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

Nas equipas multidisciplinares, a responsabilidade de cada médico deve ser apreciada individualmente.

(Tratamentos vedados ou condicionados)

se de quaisquer actos que não estejam de acordo com as leges artis.

se os actos não reconhecidos pelas leges artis, mas sobre os quais se disponha de dados

promissores, em situações em que não haja alternativa, desde que com consentimento do doente ou do seu

representante legal, no caso daquele o não poder fazer, e ainda os actos que se integram em pr

investigação, cumpridas as regras que condicionam a experimentação em e com pessoas humanas.

(Respeito por qualificações e competências)

O médico não deve ultrapassar os limites das suas qualificações e competências.

especialidades, subespecialidades, competências e formações reconhecidas pela Ordem devem ser tidas

Quando lhe pareça indicado, deve pedir a colaboração de outro médico ou indicar ao doente um colega que

gar competências noutros profissionais de saúde, médicos ou não médicos devidamente

habilitados, é dever do médico não ultrapassar nesta delegação as competências destes profissionais, sendo

também responsável pelos actos delegados nos termos do artigo 34.º.

Excepto em situações de emergência em que não possa recorrer em tempo útil a colega competente, o

médico não pode, em caso algum, praticar actos médicos para os quais reconheça não ser capaz ou não

possuir a competência técnica e capacidade física e mentais exigíveis.

Não é permitida a delegação de actos médicos quando se transfira para não médicos as competências de

estabelecimento do diagnóstico, prescrição ou gestão clínica autónoma de doentes.

em o direito de recusar a prática de acto da sua profissão quando tal prática entre em conflito

com a sua consciência, ofendendo os seus princípios éticos, morais, religiosos, filosóficos ou humanitários.

O exercício da objecção de consciência deverá ser comunicado à Ordem, em documento registado, sem

prejuízo de dever ser imediatamente comunicada ao doente ou a quem no seu lugar prestar o consentimento.

A objecção de consciência não pode ser invocada em situação urgente e que implique perigo de vida

grave dano para a saúde e se não houver outro médico disponível a quem o doente possa recorrer, nos termos

A recusa de subordinação a ordens técnicas oriundas de hierarquias institucionais, legal

estabelecidas, ou a normas de orientação adoptadas institucionalmente, só pode ser usada quando o médico

26

a responsabilidade de cada médico deve ser apreciada individualmente.

se de quaisquer actos que não estejam de acordo com as leges artis.

pelas leges artis, mas sobre os quais se disponha de dados

promissores, em situações em que não haja alternativa, desde que com consentimento do doente ou do seu

representante legal, no caso daquele o não poder fazer, e ainda os actos que se integram em protocolos de

investigação, cumpridas as regras que condicionam a experimentação em e com pessoas humanas.

especialidades, subespecialidades, competências e formações reconhecidas pela Ordem devem ser tidas

Quando lhe pareça indicado, deve pedir a colaboração de outro médico ou indicar ao doente um colega que

gar competências noutros profissionais de saúde, médicos ou não médicos devidamente

habilitados, é dever do médico não ultrapassar nesta delegação as competências destes profissionais, sendo

Excepto em situações de emergência em que não possa recorrer em tempo útil a colega competente, o

médico não pode, em caso algum, praticar actos médicos para os quais reconheça não ser capaz ou não

Não é permitida a delegação de actos médicos quando se transfira para não médicos as competências de

em o direito de recusar a prática de acto da sua profissão quando tal prática entre em conflito

com a sua consciência, ofendendo os seus princípios éticos, morais, religiosos, filosóficos ou humanitários.

r comunicado à Ordem, em documento registado, sem

prejuízo de dever ser imediatamente comunicada ao doente ou a quem no seu lugar prestar o consentimento.

A objecção de consciência não pode ser invocada em situação urgente e que implique perigo de vida ou

grave dano para a saúde e se não houver outro médico disponível a quem o doente possa recorrer, nos termos

A recusa de subordinação a ordens técnicas oriundas de hierarquias institucionais, legal ou contratualmente

estabelecidas, ou a normas de orientação adoptadas institucionalmente, só pode ser usada quando o médico

Page 27: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

se sentir constrangido a praticar ou deixar de praticar actos médicos, contra a sua opinião técnica, devendo,

nesse caso, justificar-se de forma clara e por escrito.

Artigo 39.º

(Dever de respeito)

1. O médico deve sempre respeitar a pessoa do doente.

2. A idade, o sexo, as convicções do doente, bem como a natureza da doença são elementos que devem ser

tidos em consideração no exame

3. A situação de vulnerabilidade que caracteriza a pessoa doente, bem como a dependência física e emocional

que se pode estabelecer entre esta e o seu médico, torna o assédio sexual uma falta particularmente grave

quando praticada pelo médico.

4. O médico tem o direito de exigir condições para a prática médica que permitam o cumprimento deste

artigo.

Artigo 40.º

(Livre escolha pelo doente)

1. O doente tem o direito de escolher livremente o seu médico, nisso residindo um princ

relação entre o doente e o médico, que este deve respeitar e defender.

2. O médico assistente deve respeitar o direito do doente a mudar de médico, devendo mesmo antecipar

por dignidade profissional, à menor suspeita de que tal vont

Artigo 41.º

(Direito de recusa de assistência)

1. O médico pode recusar-se a prestar assistência a um doente, excepto quando este se encontrar em perigo

iminente de vida ou não existir outro médico de qualificação equivalente a quem o doente

2. O médico pode recusar-se a continuar a prestar assistência a um doente, quando se verifiquem

cumulativamente os seguintes requisitos:

a) Não haja prejuízo para o doente, nomeadamente por lhe ser possível assegurar assistência por médico

qualificação equivalente;

b) Tenha fornecido os esclarecimentos necessários para a regular continuidade do tratamento;

c) Tenha advertido o doente ou a família com a antecedência necessária a assegurar a substituição.

3. A incapacidade para controlar a

Artigo 42.º

(Direito de recusa de acto ou exame)

O médico pode recusar qualquer acto ou exame cuja indicação clínica lhe pareça mal fundamentada.

Artigo 43.º

(Referenciação)

1. O médico, ao referenciar o doente ou

deve guiar-se apenas pelo seu conhecimento profissional e pelo interesse daquele.

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

se sentir constrangido a praticar ou deixar de praticar actos médicos, contra a sua opinião técnica, devendo,

se de forma clara e por escrito.

1. O médico deve sempre respeitar a pessoa do doente.

A idade, o sexo, as convicções do doente, bem como a natureza da doença são elementos que devem ser

tidos em consideração no exame clínico e tratamento do doente.

A situação de vulnerabilidade que caracteriza a pessoa doente, bem como a dependência física e emocional

que se pode estabelecer entre esta e o seu médico, torna o assédio sexual uma falta particularmente grave

ticada pelo médico.

O médico tem o direito de exigir condições para a prática médica que permitam o cumprimento deste

1. O doente tem o direito de escolher livremente o seu médico, nisso residindo um princ

relação entre o doente e o médico, que este deve respeitar e defender.

2. O médico assistente deve respeitar o direito do doente a mudar de médico, devendo mesmo antecipar

por dignidade profissional, à menor suspeita de que tal vontade exista.

(Direito de recusa de assistência)

se a prestar assistência a um doente, excepto quando este se encontrar em perigo

iminente de vida ou não existir outro médico de qualificação equivalente a quem o doente

se a continuar a prestar assistência a um doente, quando se verifiquem

cumulativamente os seguintes requisitos:

Não haja prejuízo para o doente, nomeadamente por lhe ser possível assegurar assistência por médico

Tenha fornecido os esclarecimentos necessários para a regular continuidade do tratamento;

Tenha advertido o doente ou a família com a antecedência necessária a assegurar a substituição.

3. A incapacidade para controlar a doença não justifica o abandono do doente.

(Direito de recusa de acto ou exame)

O médico pode recusar qualquer acto ou exame cuja indicação clínica lhe pareça mal fundamentada.

O médico, ao referenciar o doente ou ao ajudá-lo na escolha de outro médico, nomeadamente especialista,

se apenas pelo seu conhecimento profissional e pelo interesse daquele.

27

se sentir constrangido a praticar ou deixar de praticar actos médicos, contra a sua opinião técnica, devendo,

A idade, o sexo, as convicções do doente, bem como a natureza da doença são elementos que devem ser

A situação de vulnerabilidade que caracteriza a pessoa doente, bem como a dependência física e emocional

que se pode estabelecer entre esta e o seu médico, torna o assédio sexual uma falta particularmente grave

O médico tem o direito de exigir condições para a prática médica que permitam o cumprimento deste

1. O doente tem o direito de escolher livremente o seu médico, nisso residindo um princípio fundamental da

2. O médico assistente deve respeitar o direito do doente a mudar de médico, devendo mesmo antecipar-se,

se a prestar assistência a um doente, excepto quando este se encontrar em perigo

iminente de vida ou não existir outro médico de qualificação equivalente a quem o doente possa recorrer.

se a continuar a prestar assistência a um doente, quando se verifiquem

Não haja prejuízo para o doente, nomeadamente por lhe ser possível assegurar assistência por médico de

Tenha fornecido os esclarecimentos necessários para a regular continuidade do tratamento;

Tenha advertido o doente ou a família com a antecedência necessária a assegurar a substituição.

O médico pode recusar qualquer acto ou exame cuja indicação clínica lhe pareça mal fundamentada.

lo na escolha de outro médico, nomeadamente especialista,

Page 28: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

2. Nos termos do número anterior, , o médico pode livremente recomendar ao doente quaisquer

estabelecimentos ou entidades prestadoras de cuidados de Saúde, seja qual for a sua natureza e

independentemente do sector ou organização em que funcionalmente aqueles se integrem, sem prejuízo do

disposto no artigo 24.º.

3. É considerada violação ética grave a partilha

vantagens financeiras, patrimoniais ou outras, pela referenciação do doente.

Artigo 44.º

(Esclarecimento do médico ao doente)

1. O doente tem o direito a receber e o médico o dever de prestar o esclarec

terapêutica e o prognóstico da sua doença.

2. O esclarecimento deve ser prestado previamente e incidir sobre os aspectos relevantes de actos e práticas,

dos seus objectivos e consequências funcionais, permitindo que o doente p

3. O esclarecimento deve ser prestado pelo médico com palavras adequadas, em termos compreensíveis,

adaptados a cada doente, realçando o que tem importância ou o que, sendo menos importante, preocupa o

doente.

4. O esclarecimento deve ter em conta o estado emocional do doente, a sua capacidade de compreensão e o

seu nível cultural.

5. O esclarecimento deve ser feito, sempre que possível, em função dos dados probabilísticos e dando ao

doente as informações necessárias para que

consciente.

Artigo 45.º

(Consentimento do doente)

1. Só é válido o consentimento do doente se este tiver capacidade de decidir livremente, se estiver na posse da

informação relevante e se for dado na ausência de coacções físicas ou morais.

2. Sempre que possível, entre o esclarecimento e o consentimento deverá existir intervalo de tempo que

permita ao doente reflectir e aconselhar

3. O médico deve aceitar e pode sugerir que o doente procu

decisão envolver grandes riscos ou graves consequências.

Artigo 46.º

(Doentes incapazes de dar o consentimento)

1. No caso de menores ou de doentes com alterações cognitivas que os torne incapazes, temporária

definitivamente, de dar o seu consentimento, este deve ser solicitado ao seu representante legal, se possível.

2. Se houver uma directiva escrita pelo doente exprimindo a sua vontade, o médico deve tê

quando aplicável à situação em causa.

3. A opinião dos menores deve ser tomada em consideração, de acordo com a sua maturidade, mas o médico

não fica desobrigado de pedir o consentimento aos representantes legais daqueles.

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

Nos termos do número anterior, , o médico pode livremente recomendar ao doente quaisquer

os ou entidades prestadoras de cuidados de Saúde, seja qual for a sua natureza e

independentemente do sector ou organização em que funcionalmente aqueles se integrem, sem prejuízo do

É considerada violação ética grave a partilha de honorários (dicotomia), traduzida na percepção de

vantagens financeiras, patrimoniais ou outras, pela referenciação do doente.

(Esclarecimento do médico ao doente)

O doente tem o direito a receber e o médico o dever de prestar o esclarecimento sobre o diagnóstico, a

terapêutica e o prognóstico da sua doença.

O esclarecimento deve ser prestado previamente e incidir sobre os aspectos relevantes de actos e práticas,

dos seus objectivos e consequências funcionais, permitindo que o doente possa consentir em consciência.

O esclarecimento deve ser prestado pelo médico com palavras adequadas, em termos compreensíveis,

adaptados a cada doente, realçando o que tem importância ou o que, sendo menos importante, preocupa o

ento deve ter em conta o estado emocional do doente, a sua capacidade de compreensão e o

O esclarecimento deve ser feito, sempre que possível, em função dos dados probabilísticos e dando ao

doente as informações necessárias para que possa ter uma visão clara da situação clínica e optar com decisão

Só é válido o consentimento do doente se este tiver capacidade de decidir livremente, se estiver na posse da

r dado na ausência de coacções físicas ou morais.

Sempre que possível, entre o esclarecimento e o consentimento deverá existir intervalo de tempo que

permita ao doente reflectir e aconselhar-se.

O médico deve aceitar e pode sugerir que o doente procure outra opinião médica, particularmente se a

decisão envolver grandes riscos ou graves consequências.

(Doentes incapazes de dar o consentimento)

No caso de menores ou de doentes com alterações cognitivas que os torne incapazes, temporária

definitivamente, de dar o seu consentimento, este deve ser solicitado ao seu representante legal, se possível.

2. Se houver uma directiva escrita pelo doente exprimindo a sua vontade, o médico deve tê

quando aplicável à situação em causa.

A opinião dos menores deve ser tomada em consideração, de acordo com a sua maturidade, mas o médico

não fica desobrigado de pedir o consentimento aos representantes legais daqueles.

28

Nos termos do número anterior, , o médico pode livremente recomendar ao doente quaisquer

os ou entidades prestadoras de cuidados de Saúde, seja qual for a sua natureza e

independentemente do sector ou organização em que funcionalmente aqueles se integrem, sem prejuízo do

de honorários (dicotomia), traduzida na percepção de

imento sobre o diagnóstico, a

O esclarecimento deve ser prestado previamente e incidir sobre os aspectos relevantes de actos e práticas,

ossa consentir em consciência.

O esclarecimento deve ser prestado pelo médico com palavras adequadas, em termos compreensíveis,

adaptados a cada doente, realçando o que tem importância ou o que, sendo menos importante, preocupa o

ento deve ter em conta o estado emocional do doente, a sua capacidade de compreensão e o

O esclarecimento deve ser feito, sempre que possível, em função dos dados probabilísticos e dando ao

possa ter uma visão clara da situação clínica e optar com decisão

Só é válido o consentimento do doente se este tiver capacidade de decidir livremente, se estiver na posse da

Sempre que possível, entre o esclarecimento e o consentimento deverá existir intervalo de tempo que

re outra opinião médica, particularmente se a

No caso de menores ou de doentes com alterações cognitivas que os torne incapazes, temporária ou

definitivamente, de dar o seu consentimento, este deve ser solicitado ao seu representante legal, se possível.

2. Se houver uma directiva escrita pelo doente exprimindo a sua vontade, o médico deve tê-la em conta

A opinião dos menores deve ser tomada em consideração, de acordo com a sua maturidade, mas o médico

Page 29: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

4. A actuação dos médicos deve ter sempre como finalidade a defesa dos me

com especial cuidado relativamente aos doentes incapazes de comunicarem a sua opinião, entendendo

como melhor

interesse do doente a decisão que este tomaria de forma livre e esclarecida caso o pudesse fazer.

5. Os representantes legais ou os familiares podem ajudar a esclarecer o que os doentes quereriam para eles

próprios se pudessem manifestar a sua vontade.

6. Quando se considerar que as decisões dos representantes legais ou dos familiares são contrárias aos

melhores interesses do doente, os médicos devem requerer o suprimento judicial de consentimento para

salvaguardar os interesses e defender o doente.

Artigo 47.º

(Consentimento implícito)

O médico deve presumir o consentimento dos doentes nos seguintes casos:

a) Em situações de urgência, quando não for possível obter o consentimento do doente e desde que não haja

qualquer indicação segura de que o doente recusaria a intervenção se tivesse a possibilidade de manifestar a

sua vontade;

b) Quando só puder ser obtido com

c) Quando tiver sido dado para certa intervenção ou tratamento, tendo vindo a realizar

se ter revelado imposto como meio para evitar perigo para a vida ou perig

impossibilidade de obter outro consentimento.

Artigo 48.º

(Formas de consentimento)

1. O consentimento pode assumir a forma oral ou escrita.

2. O consentimento escrito e/ou testemunhado é exigível em casos expressamente determinado

regulamento deontológico.

3. No caso de menores ou incapazes, o consentimento será dado pelos pais ou representantes legais, mas o

médico não fica dispensado de tentar obter a concordância do doente, nos termos do número 3 e 6 do artigo

46.º e do artigo 52.º.

Artigo 49°

(Recusa de exames e tratamentos)

1. Se o doente, a família ou o representante legal, esgotadas todas as formas de esclarecimento adequadas,

recusarem os exames ou tratamentos indicados pelo médico, pode este recusar

artigo 41.º, sem prejuízo do disposto na parte final do n.º 6 do artigo 46.º.

2. Em caso de perigo de vida de doente com capacidade para decidir, a recusa de tratamento imediato que a

situação imponha só pode ser feita pelo próprio doent

Artigo 50.º

(Revelação de diagnóstico e prognóstico)

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

A actuação dos médicos deve ter sempre como finalidade a defesa dos melhores interesses dos doentes,

com especial cuidado relativamente aos doentes incapazes de comunicarem a sua opinião, entendendo

interesse do doente a decisão que este tomaria de forma livre e esclarecida caso o pudesse fazer.

tantes legais ou os familiares podem ajudar a esclarecer o que os doentes quereriam para eles

próprios se pudessem manifestar a sua vontade.

Quando se considerar que as decisões dos representantes legais ou dos familiares são contrárias aos

interesses do doente, os médicos devem requerer o suprimento judicial de consentimento para

salvaguardar os interesses e defender o doente.

O médico deve presumir o consentimento dos doentes nos seguintes casos:

situações de urgência, quando não for possível obter o consentimento do doente e desde que não haja

qualquer indicação segura de que o doente recusaria a intervenção se tivesse a possibilidade de manifestar a

Quando só puder ser obtido com adiamento que implique perigo para a vida ou perigo grave para a saúde;

Quando tiver sido dado para certa intervenção ou tratamento, tendo vindo a realizar

se ter revelado imposto como meio para evitar perigo para a vida ou perigo grave para a saúde, na

impossibilidade de obter outro consentimento.

O consentimento pode assumir a forma oral ou escrita.

O consentimento escrito e/ou testemunhado é exigível em casos expressamente determinado

No caso de menores ou incapazes, o consentimento será dado pelos pais ou representantes legais, mas o

médico não fica dispensado de tentar obter a concordância do doente, nos termos do número 3 e 6 do artigo

(Recusa de exames e tratamentos)

Se o doente, a família ou o representante legal, esgotadas todas as formas de esclarecimento adequadas,

recusarem os exames ou tratamentos indicados pelo médico, pode este recusar-se a assist

artigo 41.º, sem prejuízo do disposto na parte final do n.º 6 do artigo 46.º.

Em caso de perigo de vida de doente com capacidade para decidir, a recusa de tratamento imediato que a

situação imponha só pode ser feita pelo próprio doente, expressamente e sem quaisquer coacções.

(Revelação de diagnóstico e prognóstico)

29

lhores interesses dos doentes,

com especial cuidado relativamente aos doentes incapazes de comunicarem a sua opinião, entendendo-se

interesse do doente a decisão que este tomaria de forma livre e esclarecida caso o pudesse fazer.

tantes legais ou os familiares podem ajudar a esclarecer o que os doentes quereriam para eles

Quando se considerar que as decisões dos representantes legais ou dos familiares são contrárias aos

interesses do doente, os médicos devem requerer o suprimento judicial de consentimento para

situações de urgência, quando não for possível obter o consentimento do doente e desde que não haja

qualquer indicação segura de que o doente recusaria a intervenção se tivesse a possibilidade de manifestar a

adiamento que implique perigo para a vida ou perigo grave para a saúde;

Quando tiver sido dado para certa intervenção ou tratamento, tendo vindo a realizar-se outro diferente, por

o grave para a saúde, na

O consentimento escrito e/ou testemunhado é exigível em casos expressamente determinados pela lei ou

No caso de menores ou incapazes, o consentimento será dado pelos pais ou representantes legais, mas o

médico não fica dispensado de tentar obter a concordância do doente, nos termos do número 3 e 6 do artigo

Se o doente, a família ou o representante legal, esgotadas todas as formas de esclarecimento adequadas,

se a assisti-lo nos termos do

Em caso de perigo de vida de doente com capacidade para decidir, a recusa de tratamento imediato que a

e, expressamente e sem quaisquer coacções.

Page 30: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

1. O diagnóstico e o prognóstico devem, por regra, ser sempre revelados ao doente, em respeito pela sua

dignidade e autonomia.

2. A revelação exige prudência e

pelo doente, ponderados os eventuais danos que esta lhe possa causar.

3. A revelação não pode ser imposta ao doente, pelo que não deve ser feita se este não a desejar.

4. O diagnóstico e prognóstico só podem ser dados a conhecer a terceiros, nomeadamente familiares, com o

consentimento expresso do doente, a menos que este seja menor ou cognitivamente incompetente, sem

prejuízo do disposto no artigo 89.º deste Código.

Artigo 51.º

(Respeito pelas crenças e interesses do doente)

1. O médico deve respeitar as opções religiosas, filosóficas ou ideológicas e os interesses legítimos do doente.

2. Todo o doente tem o direito a receber ou a recusar conforto moral e espiritual, nomeadam

um membro qualificado da sua própria religião.

3. Se o doente ou, na incapacidade deste, os seus familiares ou representantes legais quiserem chamar um

ministro ou outro membro de qualquer culto, um notário ou outra entidade legalmente co

tem o dever de o possibilitar no momento que considere mais oportuno.

Artigo 52.º

(Menores, idosos e deficientes)

O médico deve usar de particular solicitude e cuidado para com o menor, o idoso ou o deficiente,

especialmente quando verificar que os seus familiares ou outros responsáveis não são suficientemente

capazes ou cuidadosos para tratar da sua saúde ou assegurar o seu bem

Artigo 53.º

(Protecção de diminuídos e incapazes)

Sempre que o médico, chamado a tratar um menor, um ido

estes são vítimas de sevícias, maus

nomeadamente alertando as autoridades competentes.

Artigo 54.º

(Acompanhante do doente e limitação de

1. O médico respeitará o desejo do doente de fazer

quando tal possa interferir com o normal desenvolvimento do acto médico.

2. O médico pode limitar o horário e a duração das visitas de terceiros

se entender necessário à saúde do doente ou à defesa dos direitos de terceiros, tendo em vista o normal

funcionamento dos serviços.

CAPÍTULO III

O FIM DA VIDA

Artigo 57.º

(Princípio geral)

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

O diagnóstico e o prognóstico devem, por regra, ser sempre revelados ao doente, em respeito pela sua

A revelação exige prudência e delicadeza, devendo ser efectuada em toda a extensão e no ritmo requerido

pelo doente, ponderados os eventuais danos que esta lhe possa causar.

A revelação não pode ser imposta ao doente, pelo que não deve ser feita se este não a desejar.

diagnóstico e prognóstico só podem ser dados a conhecer a terceiros, nomeadamente familiares, com o

consentimento expresso do doente, a menos que este seja menor ou cognitivamente incompetente, sem

prejuízo do disposto no artigo 89.º deste Código.

(Respeito pelas crenças e interesses do doente)

O médico deve respeitar as opções religiosas, filosóficas ou ideológicas e os interesses legítimos do doente.

Todo o doente tem o direito a receber ou a recusar conforto moral e espiritual, nomeadam

um membro qualificado da sua própria religião.

Se o doente ou, na incapacidade deste, os seus familiares ou representantes legais quiserem chamar um

ministro ou outro membro de qualquer culto, um notário ou outra entidade legalmente co

tem o dever de o possibilitar no momento que considere mais oportuno.

(Menores, idosos e deficientes)

O médico deve usar de particular solicitude e cuidado para com o menor, o idoso ou o deficiente,

icar que os seus familiares ou outros responsáveis não são suficientemente

capazes ou cuidadosos para tratar da sua saúde ou assegurar o seu bem-estar.

(Protecção de diminuídos e incapazes)

Sempre que o médico, chamado a tratar um menor, um idoso, um deficiente ou um incapaz, verifique que

estes são vítimas de sevícias, maus-tratos ou assédio, deve tomar providências adequadas para os proteger,

nomeadamente alertando as autoridades competentes.

(Acompanhante do doente e limitação de visitas)

O médico respeitará o desejo do doente de fazer-se acompanhar por alguém da sua confiança, excepto

quando tal possa interferir com o normal desenvolvimento do acto médico.

O médico pode limitar o horário e a duração das visitas de terceiros aos doentes sob sua responsabilidade,

se entender necessário à saúde do doente ou à defesa dos direitos de terceiros, tendo em vista o normal

30

O diagnóstico e o prognóstico devem, por regra, ser sempre revelados ao doente, em respeito pela sua

delicadeza, devendo ser efectuada em toda a extensão e no ritmo requerido

A revelação não pode ser imposta ao doente, pelo que não deve ser feita se este não a desejar.

diagnóstico e prognóstico só podem ser dados a conhecer a terceiros, nomeadamente familiares, com o

consentimento expresso do doente, a menos que este seja menor ou cognitivamente incompetente, sem

O médico deve respeitar as opções religiosas, filosóficas ou ideológicas e os interesses legítimos do doente.

Todo o doente tem o direito a receber ou a recusar conforto moral e espiritual, nomeadamente o auxílio de

Se o doente ou, na incapacidade deste, os seus familiares ou representantes legais quiserem chamar um

ministro ou outro membro de qualquer culto, um notário ou outra entidade legalmente competente, o médico

O médico deve usar de particular solicitude e cuidado para com o menor, o idoso ou o deficiente,

icar que os seus familiares ou outros responsáveis não são suficientemente

so, um deficiente ou um incapaz, verifique que

tratos ou assédio, deve tomar providências adequadas para os proteger,

se acompanhar por alguém da sua confiança, excepto

aos doentes sob sua responsabilidade,

se entender necessário à saúde do doente ou à defesa dos direitos de terceiros, tendo em vista o normal

Page 31: Manual Cp5 Dr2 Ecp Hb

DR2

1. O médico deve respeitar a dignidade do doente no momento do fim da vida.

2. Ao médico é vedada a ajuda ao suicídio, a eutanásia e a distanásia.

Artigo 58.º

(Cuidados paliativos)

1. Nas situações de doenças avançadas e progressivas cujos tratamentos não permitem reverter a sua

evolução natural, o médico deve dirigir a sua acção para o bem

fúteis de diagnóstico e terapêutica que podem, por si próprios, induzir mais sofrimento, sem que daí advenha

qualquer benefício.

2. Os cuidados paliativos, com o objectivo de minimizar o sofrimento e melhorar, tanto quanto possível, a

qualidade de vida dos doentes, constituem o padrão do tratamento nestas situações e a forma mais

condizente com a dignidade do ser humano.

Artigo 59.º

(Morte)

1. O uso de meios de suporte artificial de funções vitais deve ser interrompido após o diagnóstico de morte do

tronco cerebral, com excepção das situações em que se proceda à colheita de órgãos para transplante.

2. Este diagnóstico e correspondente declaração devem se

com os critérios definidos pela Ordem.

3. O uso de meios extraordinários de manutenção de vida deve ser interrompido nos casos irrecuperáveis de

prognóstico seguramente fatal e próximo, quando da continuação

para o doente.

4. O uso de meios extraordinários de manutenção da vida não deve ser iniciado ou continuado contra a

vontade do doente.

5. Não se consideram meios extraordinários de manutenção da vida, mesmo que a

artificial, a hidratação e a alimentação; nem a administração por meios simples de pequenos débitos de

oxigénio suplementar.

CP5 – Convicção e Firmeza Ética DR2 – Códigos de ética e padrões deontológicos

Helena Baptista (Dra.)

dignidade do doente no momento do fim da vida.

Ao médico é vedada a ajuda ao suicídio, a eutanásia e a distanásia.

Nas situações de doenças avançadas e progressivas cujos tratamentos não permitem reverter a sua

ução natural, o médico deve dirigir a sua acção para o bem-estar dos doentes, evitando utilizar meios

fúteis de diagnóstico e terapêutica que podem, por si próprios, induzir mais sofrimento, sem que daí advenha

, com o objectivo de minimizar o sofrimento e melhorar, tanto quanto possível, a

qualidade de vida dos doentes, constituem o padrão do tratamento nestas situações e a forma mais

condizente com a dignidade do ser humano.

meios de suporte artificial de funções vitais deve ser interrompido após o diagnóstico de morte do

tronco cerebral, com excepção das situações em que se proceda à colheita de órgãos para transplante.

Este diagnóstico e correspondente declaração devem ser verificados, processados e assumidos de acordo

com os critérios definidos pela Ordem.

O uso de meios extraordinários de manutenção de vida deve ser interrompido nos casos irrecuperáveis de

prognóstico seguramente fatal e próximo, quando da continuação de tais terapêuticas não resulte benefício

O uso de meios extraordinários de manutenção da vida não deve ser iniciado ou continuado contra a

Não se consideram meios extraordinários de manutenção da vida, mesmo que a

artificial, a hidratação e a alimentação; nem a administração por meios simples de pequenos débitos de

31

Nas situações de doenças avançadas e progressivas cujos tratamentos não permitem reverter a sua

estar dos doentes, evitando utilizar meios

fúteis de diagnóstico e terapêutica que podem, por si próprios, induzir mais sofrimento, sem que daí advenha

, com o objectivo de minimizar o sofrimento e melhorar, tanto quanto possível, a

qualidade de vida dos doentes, constituem o padrão do tratamento nestas situações e a forma mais

meios de suporte artificial de funções vitais deve ser interrompido após o diagnóstico de morte do

tronco cerebral, com excepção das situações em que se proceda à colheita de órgãos para transplante.

r verificados, processados e assumidos de acordo

O uso de meios extraordinários de manutenção de vida deve ser interrompido nos casos irrecuperáveis de

de tais terapêuticas não resulte benefício

O uso de meios extraordinários de manutenção da vida não deve ser iniciado ou continuado contra a

Não se consideram meios extraordinários de manutenção da vida, mesmo que administrados por via

artificial, a hidratação e a alimentação; nem a administração por meios simples de pequenos débitos de