a nave mundo e o quinto elemento

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1 1 A Nave Mundo e o Quinto Elemento 1. O Quinto Elemento Fala 2. A Nave Mundo 3. E Se Ela Existir Mesmo? 4. A Maior das Surpresas Serra, sábado, 20 de março de 2010. José Augusto Gava.

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tendo aparecido na Rede Cognata e num texto preambular denominado Adão Sai de Casa, gerou raciocínios fantásticos

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A Nave Mundo e o Quinto Elemento

1. O Quinto Elemento Fala 2. A Nave Mundo

3. E Se Ela Existir Mesmo? 4. A Maior das Surpresas

Serra, sábado, 20 de março de 2010. José Augusto Gava.

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Capítulo 1 O Quinto Elemento Fala

DUAS CARTILHAS DEPOIS DE MUITO TEMPO, PENSAMENTO E OBSERVAÇÃO

(com modificações)

A Nave Mundo se Levanta de Saturno Tocando π e Dando Nota ao Show

A NAVE MUNDO SE LEVANTA DE SATURNO (em Adão Sai de Casa imaginei haver uma, grande, só não podia nem de longe imaginar algo

assim; ela estaria escondida, mas onde?) A GRANDE NAVE EM SATURNO

O hexágono de Saturno Um curioso hexágono formado por um jato de partículas envolve o

pólo norte de Saturno na imagem acima, capturada pela sonda Cassini, da NASA. Os astrônomos não sabem o que causa o

fenômeno, registrado pela primeira vez por outra sonda da NASA, a Voyager, em sua passagem pelo planeta há quase 30 anos. O

hexágono circunda Saturno a cerca de 77 graus de latitude norte e tem o diâmetro aproximado de duas Terras. Cientistas calculam

que o jato de partículas se move ao longo do hexágono a cem metros por segundo (ou 360 km/h).

O Grande Hexágono de Saturno 10.abril.2007

A sonda espacial Cassini capturou novas imagens de um curioso hexágono no pólo norte de Saturno, descoberto inicialmente pelas sondas Voyager no início dos anos 1980. É um aspecto

embasbacante, já que cada lado deste hexágono tem em torno de

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13.800 quilômetros de tamanho, pouco maior que a Terra — imagine seis planetas Terra alinhados neste hexágono. O Grande Hexágono de Saturno está em rotação, e completa uma volta em

pouco mais de dez horas:

Embora fosse mais curioso, infelizmente não há um outro hexágono no pólo sul do planeta. Será mais um “Mistério

Espacial Insolúvel”®? Cansados de terem suas magníficas obras de engenharia igualadas a “desenhos nas nuvens”, ou pareidolia,

teriam os alienígenas decidido chutar o balde e criar literalmente desenhos nas nuvens com dezenas de milhares de quilômetros de tamanho? Seria um marcador de que Saturno é o

sexto planeta a partir do Sol? Talvez, mas os cientistas investigam antes hipóteses um pouco mais prosaicas, e no ano passado, Richard Hendricks andou brincando com espécie de baldes e água em rotação, e publicou seu artigo científico “Polygons on a Rotating Fluid Surface” (PDF). Você pode

conferir imagens e mesmo um vídeo dos experimentos de Hendricks clicando na foto abaixo:

“Nós relatamos uma nova e espetacular instabilidade da

superfície de um fluido em um sistema em rotação. Em um fluxo movido por um fundo rotatório de um cilindro estacionário

parcialmente cheio, a forma da superfície livre pode espontaneamente quebrar a simetria axial e assumir a forma de um polígono em rotação rígida com uma velocidade diferente do fundo. Com água, observamos polígonos de até seis vértices”,

escreve Hendricks. Saturno não é um cilindro com um fundo giratório, e seus gases

não são líquidos, mas o trabalho de Hendricks mostra que fluidos rotatórios podem sim produzir polígonos regulares de

forma espontânea nas condições adequadas. Como exatamente isto ocorre em Saturno parece assim um mistério especial solúvel

através da exploração espacial. [via The Planetary Society blog, do qual este post é um plágio,

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visto no Bad Astronomy blog] Há 10 milhões de anos - com o aparecimento dos primeiros

hominídeos sobre a Terra indicando a invenção futura possível da língua (o que se deu com os neandertais) - a Nave Mundo chegou

ao sistema solar e desceu sobre o pólo norte de Saturno, ficando ali à espera dos acontecimentos que haveriam de se dar segundo o planejamento de i Deus-Natureza. Quando os neandertais emergiram

há 300 mil anos ela enviou observadores e desde então vem monitorando. Com o aparecimento dos CRO-magnons há 80 mil anos

acelerou os procedimentos e finalmente de uns tantos milhares de anos, desde o aparecimento das cidades no fim da glaciação e principalmente a partir da invenção da escrita ela pôs-se

inteiramente de prontidão e começou a enviar contínuos jorros de partículas pelo subespaço. De fato, de vez em quando chegam e

partem naves, mas não desde 1957, pois poderia ser fotografada, como foi, recentemente, indicando a consecução de seus objetivos

e missão. Ela acordou e se colocou à escuta dos sinais radiofônicos desde a primeira emissão em 1906.

Por qual sinal esperava ela? AS MEMÓRIAS DE G

A DECIFRAÇÃO DE PI BASE EXPRESSÃO B10 3,141592... π B7 3,1415... 0 1 2 3 4 5 6 números da

base 7 1 9/8 5/4 4/3 3/2 5/3 15/8 frações

matemáticas dó ré mi fá sol lá si notação

lingüístico-musical

(dialógica-p.6)

Não são apenas os instrumentos externos, mas principalmente os interpretadores internos.

psicologia-p.3

VISÃO (imagens)

V0 V1 V2 V3 V4 V5 V6

AUDIÇÃO (sons)

A0 A1 A2 A3 A4 A5 A6

OLFATO (cheiros)

O0 O1 O2 O3 O4 O5 O6

PALADAR (gostos)

p0 p1 p2 p3 p4 p5 p6

TATO (pressões)

P0 P1 P2 P3 P4 P5 P6

Os mesmos de cima, sem interpretadores igualmente potentes. biologia-p.2 f (Hz)

(freqüências) 256 288 320 341,3 384 426,7 480 física-

química Como foi escolha humana não há garantia de o emparelhamento das notas musicais relativas aos sons ter sido feito corretamente. A sugestão é que há (segundo o modelo pirâmide) quatro elementos verdadeiros, dois pseudo-elementos montadores e um elemento central de onde sai tudo; e porisso cores, sons, cheiros,

gostos, pressões e tudo mais podem ser representados por notas de uma linguagem geral, universal, a qual serve também para

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decifrar π e re-produzir a língua original pré-Babel. Escrito na base sete π só conta com sete algarismos (0, 1, 2, 3,

4, 5, 6 – estando o 7 excluído; na base binária o dois é que fica fora, restando 0 e 1) e o 9 teria de ser convertido em 12. Desse modo, como está em PI/grama Musical (Para Tocar o Sol) logo no início, PI pode ser tocado; a suposição é que dele despontará certa música, a MÚSICA DA CRIAÇÃO e que ela

despertará a Nave Mundo. Em resumo:

1) π deve ser convertido à base 7; 2) obtido um primeiro pareamento verdadeiro com as notas

musicais (dó ou é 0 ou 1 ou ...6); 3) as notas devem ser inseridas nos seus lugares-números;

4) PI-SONANTE será então tocado como música audível. Quando π foi emitido audivelmente, certo aparelho colocado na

Terra pela Nave Mundo captou o som e enviou-o a ela que começou lentamente a emergir de Saturno, de dentro de sua atmosfera

superior, de seu manto de nuvens, onde esteve esperando tantos milhões de anos de lenta condução da evolução humana.

A Nave Mundo é um planeta em si mesmo, só sua parte superior tem mais de 26 mil km de diâmetro, sendo apenas sua “tampa”, seu lugar de saída, de onde emergem as naves visitantes que em

tremenda velocidade vem através do subespaço. A FORMA DA GRANDE NAVE (ela apareceu como necessidade sem forma através da Rede Cognata quando foi lido na confecção de Adão Sai

de Casa, mas não se sabia onde no sistema solar ela poderia ficar escondida; não poderia ser atrás de nenhum planeta porque

logo teria sido avistada pelas câmeras)

Hexágonos e pentágonos misturados.

A chave veio através do livro totalmente tolo (veja a cartilha Estamos nós no Universo) de Henri Lœvenbruck O Testamento dos

Séculos, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2009 (original francês de 2003) que juntou Cristo, chave e a frase “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha igreja” – quando isso é lido pela Rede Cognata fica que chave = SETE = PEDRO = PERFEITO e segue.

Ou seja, base 7. Serra, terça-feira, 16 de fevereiro de 2010.

José Augusto Gava. A NOTA AÍ (coloque aí o valor das notas musicais)

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TOCANDO PI E DANDO NOTA AO SHOW (parte compacta mais

interessante) Aí está, π normalmente vem na base 10, que é a dos dedos de

duas mãos. Depois de muitas voltas desde 1994 (foi como criei a Rede Cognata), deparei com a idéia de converter na base 7 (o

que está feito abaixo) e acoplar diretamente as notas musicais, como se pode ver.

A SEQUÊNCIA SERIA ESTA 1. π normalmente é apresentado na base 10 (3,141592...). Devido ao livro de 1985 de Carl Sagan Contato, as pessoas

começaram a se aprofundar no número transcendental procurando grupos de binários e chegaram a 200 bilhões e agora em 2010 a

1.000 bilhões de casas decimais; 2. π10 (base 10) seria então convertido em π 7 (base 7), como

abaixo; 3. as notas musicais seriam postas na posição correspondente aos números da base 7 (0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6) para dó, ré, mi,

fá, sol, lá, si; 4. desde que como música fosse considerada harmônica ou consonante a seqüência seria enviada ao espaço sideral; 5. alcançaria Saturno em no máximo uma hora e meia;

6. se a Grande Nave estiver lá ela acordará e emergirá do planeta, como está posto abaixo.

Serra, segunda-feira, 01 de março de 2010. José Augusto Gava.

3,141592... NOTAS

3. 0 6 6 3 6 5 1 4 3 2 0 3 6 1 3 4 1 fá dó si si fá si lá ré sol fá mi dó fá si ré fá sol ré

AS NOTAS COMPARADAS COM OS NÚMEROS DA BASE 7

0 1 2 3 4 5 6 dó ré mi fá sol lá si

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Capítulo 2 A Nave Mundo

CAPTURANDO O QUINTO ELEMENTO

a ameaça

o quinto elemento se prepara

para falar

o quinto elemento solta o verbo

a explosão do quinto elemento

o jorro da palavra do quinto elemento ruma para fora da

Terra

a mensagem atinge o alvo (que esperava por ela, penso eu)

A nave mundo aceita a

mensagem...

... e suspende o ataque (nos momentos finais, parece).

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VOLUME DO ICOSAEDRO TRUNCADO (hexágonos e pentágonos) Icosaedro truncado

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. O Icosaedro truncado é um sólido de Arquimedes.

O sólido é obtido por truncatura sobre os vértices do Icosaedro.

Tem 12 faces pentagonais regulares e 20 hexagonais regulares. O Icosaedro truncado tem 60 vértices e 90 arestas.

O Poliedro dual do Icosaedro truncado é o Dodecaedro pentakis. As bolas de futebol costumam ser feitas a partir deste sólido. A forma alotrópica do carbono, o buckminsterfullereno, é uma

molécula em que os Planificação

Área e Volume

Área A e o volume V de um Icosaedro truncado de lado a:

O lado “a” do suposto icosaedro truncado de Saturno é

de 13,8 mil km, enquanto o diâmetro da Terra é de 12,7 mil km. Com tal lado o volume do IT/S (icosaedro truncado de

Saturno) é de 55,3 x (13,8)3 (em 1.000 km x 1.000 km x 1.000 km ou bilhões de km3) = 144,5 mil.109 km3. O da Terra é o da esfera de raio 6,4 mil km, v = (4.π.r3)/3 ~ 1.098.109 km3, de modo que na suposta nave mundo poderiam caber (144,5/1,1 ~) 131 terras. Com certeza mais de 100 terras.

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Capítulo 3 E Se Ela Existir Mesmo?

No livro Contato, de Carl Sagan, ele imagina que a

viagem mais rápida que a luz se dá por meio de tunelamentos, como em geral na FC. Em Star Trek o transporte se dá em velocidade Warp, o que quer que seja. Fala-se em velocidades hiperluminais, superluminais, etc. Imaginei um mecanismo “mais simples”: no lugar de origem, a nave teria sua temperatura de entorno (em volta dela) reduzida ao zero absoluto (oK); mergulhando do não-espaço seria catapultada a qualquer velocidade até o destino, dependendo de frenagem, que se daria na Nave Mundo, enviada para cá nos primórdios do surgimento dos hominídeos há 10 milhões de anos. Chegando qualquer nave, sai dela e percorre o sistema solar. Querendo voltar, repete inversamente o mecanismo, de modo que em todos os sistemas onde tenha surgido vida e onde finalmente seja apontada a vida-racional, a psicologia, as naves-mundo são posicionadas, fazendo longas e demoradas viagens.

Enfim, o mecanismo de partida é interno a qualquer nave, o de chegada é que depende dos portos, as naves-mundo, a da Terra localizada em Saturno.

Capítulo 4 A Maior das Surpresas

Literalmente a maior. Não pode haver maior que essa, né? E se a nave mundo decidir caminhar rumo à Terra? Primeiro, ao sair ela esvaziará grande parte de

Saturno; porque o planeta é principalmente uma grande nuvem, as nuvens simplesmente desabarão para ocupar o espaço da NM (nave-mundo). A densidade do planeta é menor que a da água (se fosse posto numa bacia suficientemente grande ele flutuaria). O planeta encolheria notavelmente, isto é, a redução seria notada mesmo com telescópios de pequena resolução. Saturno é uma massa girante de nuvens, mas não como Júpiter.

Suponha ser verdadeiro haver lá a nave-mundo: como é que teríamos na Terra idéia paralela (de Luc Besson)? Simples: quem tem tal tecnociência poderia facilmente comunicar a idéia, quer dizer, se estava para acontecer algo, deveria ser comunicado ao presumido quinto elemento.

O QUE PODERIA ACONTECER AO QUINTO ELEMENTO 1. poderia não ser gerado (não haver pareação 50/50

necessária-suficiente dos gametas da linha paterna e da linha materna);

2. ele poderia não nascer (aborto, malformação, imperícia médica);

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3. poderia morrer precocemente; 4. ou nem de longe discernir os elementos; 5. ou errar na compreensão; 6. ou não desejar enviar o jato da mensagem (como

Leeloo quase fez no filme); 7. ou errar ao enviar; 8. ou não enviar a tempo (mesmo tendo, e estando

pronto). E o que a nave-mundo faria? Penso que a Terra seria “limpa” e o projeto

recomeçaria do zero, quer dizer, a partir dos primatas ou outra espécie capaz de evoluir. Na Rede Cognata [42, a resposta para a pergunta fundamental sobre a vida/TERRA e o universo/DEUS] “quarenta e dois” (T = CRISTO = AUGUSTO = LORDE) = CRISTO É DEUS = LEI É DIVINA = TERRA É DESENHO e segue.

Em resumo, a nave-mundo poderia induzir mensagens em toda a geo-história do mundo, à espera do surgimento ou não do solucionador.

O AVISO DO GUIA DO MOCHILEIRO DAS GALÁXIAS

42, a resposta para a pergunta fundamental sobre a vida, o

universo e tudo mais Arthur Dent (Martin Freeman) é um homem normal, que está tendo

um péssimo dia. Após saber que sua casa está prestes a ser demolida, Arthur descobre que Ford Prefect (Mos Def), seu melhor amigo, é um extraterrestre e, para completar, fica

sabendo que a Terra está prestes a ser destruída para que se possa construir uma nova auto-estrada hiperespacial. Sem ter o que fazer para evitar a destruição de seu planeta, Arthur só tem uma saída: pegar carona em uma nave espacial que está de

passagem. Ele passa então a conhecer o universo, sendo que tudo o que precisa saber sobre sua nova vida está contido em um

valioso livro: o Guia do Mochileiro das Galáxias. Ademais nave-mundo poderia facilmente engolir a

Terra. Facilmente, pois cabem 130 terras na nave-mundo.

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DES’TAMANHO OBJETO DIMENSÃO RELATIVA

RELATIVA À TERRA RELATIVA A SATURNO Terra 1 1 %

nave-mundo 130 16 % Saturno 840 100 %

Perder 16 % é algo de muito significativo. Para se ter idéia, a Royal Dutch tinha em 2009 mais de 450 bilhões de dólares de patrimônio: perder 16 % disso seria desastroso, mais de 70 bilhões, significativo para qualquer um.

O universo é muito velho e muito grande. Pretender que sejamos capazes de compreender tudo não

passa disso: pretensão, ambição descabida. NÃO ESPERO QUALQUER RECOMPENSA (seria vergonhoso para mim, mas também há um aviso de Chico Buarque)

Geni E O Zepelim Chico Buarque

De tudo que é nego torto

Do mangue e do cais do porto Ela já foi namorada

O seu corpo é dos errantes Dos cegos, dos retirantes É de quem não tem mais nada Dá-se assim desde menina Na garagem, na cantina Atrás do tanque, no mato É a rainha dos detentos

Das loucas, dos lazarentos Dos moleques do internato

E também vai amiúde Com os velhinhos sem saúde

E as viúvas sem porvir Ela é um poço de bondade E é por isso que a cidade

Vive sempre a repetir Joga pedra na Geni Joga pedra na Geni

Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir

Ela dá pra qualquer um Maldita Geni

Um dia surgiu, brilhante Entre as nuvens, flutuante

Um enorme zepelim Pairou sobre os edifícios Abriu dois mil orifícios

Com dois mil canhões assim A cidade apavorada Se quedou paralisada

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Pronta pra virar geléia Mas do zepelim gigante Desceu o seu comandante Dizendo - Mudei de idéia - Quando vi nesta cidade

- Tanto horror e iniqüidade - Resolvi tudo explodir

- Mas posso evitar o drama - Se aquela formosa dama - Esta noite me servir Essa dama era Geni

Mas não pode ser Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir

Ela dá pra qualquer um Maldita Geni

Mas de fato, logo ela Tão coitada e tão singela

Cativara o forasteiro O guerreiro tão vistoso Tão temido e poderoso Era dela, prisioneiro Acontece que a donzela

- e isso era segredo dela Também tinha seus caprichos

E a deitar com homem tão nobre Tão cheirando a brilho e a cobre

Preferia amar com os bichos Ao ouvir tal heresia A cidade em romaria Foi beijar a sua mão O prefeito de joelhos

O bispo de olhos vermelhos E o banqueiro com um milhão

Vai com ele, vai Geni Vai com ele, vai Geni Você pode nos salvar Você vai nos redimir

Você dá pra qualquer um Bendita Geni

Foram tantos os pedidos Tão sinceros, tão sentidos Que ela dominou seu asco Nessa noite lancinante Entregou-se a tal amante

Como quem dá-se ao carrasco Ele fez tanta sujeira

Lambuzou-se a noite inteira Até ficar saciado E nem bem amanhecia

Partiu numa nuvem fria

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Com seu zepelim prateado Num suspiro aliviado Ela se virou de lado E tentou até sorrir Mas logo raiou o dia

E a cidade em cantoria Não deixou ela dormir Joga pedra na Geni Joga bosta na Geni

Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir

Ela dá pra qualquer um Maldita Geni

Serra, domingo, 21 de março de 2010. José Augusto Gava.

ANEXO SATURNO SE TORNOU DO MAIOR INTERESSE HUMANO

Vou apresentar aqui algumas questões intrigantes sobre Saturno. Por que ele é tão achatado? A força da gravidade é sempre uma linha vertical até o centro do planeta? O que aconteceria se tentássemos colocar um satélite numa órbita baixa e inclinada?

Por que seus anéis se comprimem numa estreita faixa de poucos km de espessura? As respostas se aplicam a praticamente todos astros do universo pois em maior ou menor escala todos

apresentam estas características que vamos discutir aqui.

1 - Por que Saturno é achatado? Saturno é o planeta mais achatado do sistema solar, seu diâmetro equatorial é 10% maior que o diâmetro polar (Júpiter é o segundo mas é apenas 6%). Por que este achatamento? A resposta é até intuitiva, Saturno tem um dia de apenas 10 horas e 14 minutos, isto é, sua rotação é bem elevada, soma-se a isso sua baixa

densidade (menor que a da água) e temos as causas do achatamento. É a inércia que provoca o achatamento pois toda a massa do planeta submetido a esta rotação tende a sair pela

tangente e se não fosse a gravidade a puxar para o centro seria isso que aconteceria, o planeta se romperia e sua matéria seria jogada para o espaço formando um gigantesco disco parecido com seus anéis. Mas a força da gravidade de Saturno consegue manter

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o planeta coeso apenas com um achatamento de 10%. Vamos desenhas as forças que estão atuando em um ponto qualquer da superfície

do planeta:

Vejam que quanto mais próximo do equador maior o vetor vermelho que representa a força inercial, aquela que tenta arrancar um pedaço do planeta. Isso ocorre porque quanto mais próximo do equador maior é a velocidade linear deste ponto, maior é a

circunferência percorrida pelo ponto no mesmo espaço de tempo (uma rotação do planeta). Um ponto situado num dos pólos não

sente esta força inercial pois ele não sai do lugar, apenas gira sob o eixo do planeta, já um ponto no equador dá uma volta a cada 10:14 horas e isso representa uma velocidade linear de 37

mil km/h! Um gigantesco carrossel. Das afirmações acima tiramos uma interessante conclusão: se

fosse possível nos colocarmos em pé numa superfície hipotética do planeta Saturno, aquilo que chamamos de vertical não será uma linha que aponte para o centro do planeta. Será, sim, uma linha perpendicular à superfície do planeta no ponto onde estamos "em pé" mas como o planeta não é uma esfera, é achatado, esta linha "vertical" aponta um pouco para fora do centro do planeta. Isso

ocorre porque existem duas forças atuando no nosso corpo: a gravidade que puxa aproximadamente para o centro do planeta (depois explico porque é "aproximadamente") e esta força que acabamos de explicar, a inércia da rotação. No desenho acima temos os vetores vermelhos como a força causada pela inércia querendo nos "expulsar" da superfície do planeta numa direção

perpendicular ao eixo do mesmo. Esta força resultante da inércia é variável indo do seu máximo no equador até zero nos pólos. No equador ela tende a diminuir o nosso peso pois está exatamente oposta à força da gravidade, nos pólos ela é nula e temos nosso peso máximo mas entre os pólos e o equador a força da inércia forma um ângulo variável com a força da gravidade e por isso a resultante (soma vetorial) varia e causa esta forma achatada no planeta. Vejam que todos os astros que tem rotação apresentam

esta forma em maior ou menor escala, tudo depende da velocidade de rotação e da sua densidade (força gravitacional). A nossa

Terra tem um achatamento de 0,3%. Já respondemos a primeira pergunta. Vamos prosseguir com a

explicação do que acontece se tentarmos colocar um satélite numa

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órbita baixa e inclinada. 2 - A órbita baixa e inclinada?

Primeiro o que é uma órbita baixa? É uma órbita que está bastante próxima da superfície do planeta, a menos de um ou dois

diâmetros de distância, por exemplo. E órbita inclinada? É a órbita cujo plano não está alinhado com o equador (que seria

inclinação zero). Assim, a grande maioria dos satélites artificiais que orbitam a Terra estão em planos inclinados.

Exemplo, a Estação Espacial está numa órbita inclinada em 51° em relação ao plano equatorial da Terra, o telescópio espacial

Hubble está numa órbita de 28°, etc. Já os satélites geoestacionários, aqueles de telecomunicações e TV por satélite estão exatamente no plano equatorial e a uma distância tal que coincide sua rotação com a rotação da Terra, assim podemos

apontar uma antena parabólica para um deles e ele não sairá da pontaria tão cedo.

Voltando ao assunto, qual é o problema afinal com uma órbita inclinada e baixa em Saturno? Acontece que como vimos acima o

planeta é achatado. E daí? Daí que qualquer órbita inclinada vai cortar o planeta em duas metades assimétricas. Hã? Basta olhar a

figura abaixo:

Vejam que o plano orbital (linha azul) do satélite (bolinha

vermelha) passa pelo centro do planeta. Isso é óbvio pois quem mantém o satélite em órbita é a atração gravitacional do planeta como um todo e o centro de massa do planeta coincide com seu centro geométrico. Pois bem, para que o satélite se mantenha

nesta órbita é necessário que a força atuante nele esteja sempre direcionada para o centro do planeta e no mesmo plano de sua órbita, caso contrário, se existir uma força que atue em outra

direção este satélite sairá deste plano orbital e se estabelecerá em outro plano. Agora observe bem que eu dividi o planeta em duas metade de mesma massa usando o próprio plano

orbital do satélite. Observe melhor ainda que estas duas metades não estão simetricas em relação ao satélite. Vejam que a metade verde tem um bojo equatorial mais próximo do satélite que o bojo da metade azul que está lá do outro lado. Isso faz com que a

força gravitacional resultante seja direcionada um pouco mais na direção do bojo próximo, o verde, e esta força tende a tirar o satélite do seu plano orbital original. Se fizéssemos o desenho

para outras órbitas inclinadas ainda teríamos esta força

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gravitacional levemente para fora do plano. O único lugar onde esta força resultante não apontaria para fora do plano da órbita é quando o plano estiver exatamente no plano equatorial pois aí teremos duas metades exatamente iguais e simétricas. Conclusão: qualquer satélite, ou lua, ou pedregulho, ou grão de poeira que esteja numa órbita inclinada próxima de Saturno tenderá a ir

para o plano equatorial do planeta. E é isso que acontece com os seus anéis, eles estão espremidos no plano equatorial devido ao formato achatado do planeta. O mesmo acontece com a as luas

próximas de Saturno, estão todas orbitando praticamente no plano equatorial. Na verdade existe outro plano orbital onde poderia

haver um equilíbrio instável, são as órbitas polares. Se desenhássemos uma órbita polar ela dividiria o planeta em duas metades simétricas também porém qualquer pequeno desequilíbrio nesta órbita e começaríamos a ter a força inclinada atuando e

carregando o satélite para o plano equatorial. E na Terra? O que acontece? Bem, como eu já disse, a Terra tem

uma achatamento muito pequeno, cerca de 0,3%, ela é praticamente uma esfera. Com isso, qualquer plano orbital com qualquer

inclinação cortará o planeta em duas metades simétricas. Veja o desenho:

Com isso respondemos a todas as perguntas. Restou explicar por que eu falei lá em cima que a força da gravidade puxa tudo

"aproximadamente" para o centro do planeta. Bem, isto já está quase explicado, assim como um satélite numa órbita inclinada

"percebe" o planeta como duas metades assimétricas, um corpo na sua superfície também o percebe assim, então, nestes casos de planetas achatados, além daquela força inercial que nos joga

para fora do planeta na direção oposta ao eixo do mesmo, aquele bojo que se forma com a rotação também nos puxa um pouco para o lado e não exatamente para o centro do planeta. Como resultado, para que possamos calcular exatamente qual a direção que estamos

sendo puxados na superfície do planeta temos que fazer um cálculo interativo onde quanto mais achatamos o planeta, mais distorcemos a direção para a qual a gravidade nos puxa e mais força inercial temos até que atinjamos o ponto de equilíbrio.

Isso pode parecer muito complicado mas basta pensar nas conseqüências de cada uma destas forças que descrevemos acima

para perceber como as coisas funcionam.

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Figura: Comparando o tamanho de Saturno com a Terra

Figura: Algumas Características de Saturno

Histórico Em Saturno terminam os planetas que são visíveis a olho nú e

portanto os planetas conhecidos na antiguidade. Com ele temos um conjunto de sete objetos de corpos errantes a noite e que nos tempos remotos não podiam ser tocados pelo

Homem. Por coincidência, a nossa semana tem sete dias, um para cada um desses corpos que foram considerados divindades: Lua (segunda-feira), Marte (Terça-feira), Mercúrio (Quarta-feira), Júpiter (Quinta-feira), Vênus (Sexta-Feira), Saturno (Sábado) e Sol (Domingo) correspondentes a primeira hora planetária do dia.

Porém a tradição de se colocar nomes de deuses nos demais planetas continua para os demais. Apesar de ser o segundo maior

planeta do sistema solar, só se obteve informações de algum valor a seu respeito, do final da segunda metade da década de 70

em diante, através das sondas Pioneer 11 e Voyager 1 e 2.

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Rotação Através das observações de suas nuvens deduziu-se que seu

período de rotação é de 10h 14min 13s, mas observando-se seu campo magnético, conclui-se que seja 10h 39min 26s. Essa rotação rápida faz de Saturno o planeta mais achatado do sistema solar.

Atmosfera

Sua composição é semelhante a do Sol e de aspecto semelhante a de Júpiter. Suas faixas possuem contrastes mais atenuados do que em relação a Júpiter. Isto deve-se às temperaturas mais baixas em sua atmosfera. Os movimentos atmosféricos são bem rápidos em Saturno, e os ventos atingem a velocidade de 1.800 km/h (70% da velocidade do som local). O tom esbranquiçado predominante em

sua atmosfera é devido as nuvens de amônia congelada. As colorações marrons podem ser nuvens de hidrosulfeto de amônia

(NH4 HS) e os pouquíssimos locais azulados são cristais de gelo. As regiões mais internas da atmosfera puderam ser obervadas nos

locais de furacões, que provocam aberturas profundas na atmosfera. Com exceção do hélio, a composição atmosférica é

semelhante e proporcional à do Sol havendo predominância do H2 . Em quantidades bem menores estão presentes os gases nobres

neônio e argônio, mais a presença de metano amoníaco, ozônio e anidrido sulfuroso. Existem também os mesmos corantes presentes

em Júpiter: fosfina e propano.

Provável Interior Sua estrutura interna é bem próxima à de Júpiter. Porém supõem-se que seu núcleo seja composto de óxido de magnésio, óxido de silício, sulfeto e óxido de ferro, onde está 25% da massa total (que é de 95 vezes a terrestres), ocupando apenas 20% do raio planetário. A parte compreendida entre 20% e 50% desse raio supõem-se ser ocupada por hidrogênio líquido metálico a uma

temperatura de 20.000 K a 30.000 K. Acima disso está o envólucro de hélio e hidrogênio molecular ainda em estado líquido, podendo chegar a supefície do planeta ainda nesse estado, dai por diante ao estado gasoso e formando a atmosfera. Assim como Júpiter, Saturno envia ao espaço duas ou três vezes mais energia do que

recebe do Sol.

Campo Magnético A magnetosfera de Saturno é das mais complicadas de todo o

sistema solar. Isso por causa do grande número de partículas dos anéis e a influencia de seus grandes satélites. O eixo do dipolo magnético está inclinado 0,7 com o eixo de rotação e o campo mede 0,21 Gauss, sendo que nos pontos de maior intensidade não chega a metade do valor do campo terrestre. Apesar disso a magnetosfera (espaço ao redor do planeta, onde o campo é dominante), tem grandes dimensões. Na direção do Sol essa

magnetosfera atinge 1,39 milhões de km e no lado oposto atinge 4,83 milhões de km.

Na presença desse campo ocorrem a captura de partículas

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carregadas, que formam uma camada de plasma ao redor do planeta. Essa camada tem baixíssima densidade, porém é muito espessa. As

sondas Voyagers verificaram o que o campo faz uma rotação completa em 10h 39min 26s, que é o tempo mais provavel para a

rotação do planeta, pois acredita-se que o campo seja solidário com o interior do planeta.

Anéis de Saturno

Histórico

As observações dos anéis feitas da Terra dependem da posição de Saturno relativo à Terra, pois devido ãs inclinações da órbita da Terra e de Saturno com o plano da eclíptica, ora os anéis podem ser vistos como um disco com o planeta no centro e ora

podem ser vistos como dois braços de Saturno. Observando esses anéis em 1675 Jean Dominique Cassini (1625-1712) descobriu que havia uma vazio no anel como um todo. Esse vazio ficou conhecido como divisão de Cassini, sendo a maior divisão dos anéis. Em 1837 Encke também descobriu uma outra divisão que levou seu nome. E com a melhoria dos instrumentos

ópticos outras divisões foram descobertas. Até que os levantamentos feitos pelas Voyagers, mostrou o quanto era

precário o conhecimento sobre esses anéis. O que se tinha em mãos até o levantamento feito pelas sondas,

eram previsões teóricas feitas por James C. Maxwell (1831-1879), que estudou a complexidade da formação desses anéis.

Com a pesquisa feita pelas sondas, as previsões de Maxwell foram confirmadas e houve um esforço para interpretação teórica de

diversos outros fenômenos registrados lá.

Suas Dimensões As principais regiões desses anéis são as seguintes:

Na região mais próxima de Saturno está o anel D, caracterizado por um brilho muito fraco, com largura que varia de alguns

quilômetros a algumas dezenas de quilômetros. Apesar de serem anunciados antes da presença das sondas no local, a sua

observação da Terra é duvidosa, pois sua reflexão está no limite resolutivo dos telescópios.

Em seguida a este aparece a borda interna do anel C, onde ocorre um significativo aumento de luminosidade, apesar de ser formado por muitas faixas e bem transparentes. As medições de luz difusa

confirmaram a hipótese de que o anel C é formado por poucas partículas.

Baseando-se no aumento da luminosidade, há um limite bastante claro na divisão dos anéis C e B, onde se observa um grande aumento de brilho e na opacidade do material, o que revela um

número muito maior de partículas. Nos anéis B as partículas parecem orbitar ao redor de Saturno em

pequenos grupos em forma de cunha, medindo 10.000 km de comprimento e 2.000 km de largura. Os anéis B terminam no limite

interno da divisão de Cassini.

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O anel A começa com brilho igual ao do anel B e decresce gradativamente até a divisão de Encke. Na parte externa a

divisão de Encke há um aumento no brilho de 25% e na parte mais externa ainda a um aumento de 50% na luminosidade, porém é uma

faixa muito estreita. Acredita-se que esse aumento de luminosidade é provocado pelo confinamento de matéria provida do

pequeno satélite 1980 S2. Cabe dizer que não são quatro anéis que existem em Saturno e sim

quatro grandes grupos de anéis, onde se observa milhares de divisões entre eles. Não existe nenhuma diferenciação típica para as partículas que compõem os anéis, devido aos frequentes choques entre eles. Dessa maneira as partículas podem assumir

muitas ordens de grandeza.

Composição e Origem dos Anéis Uma análise espectróscopica dos anéis mostra que há uma abundância de gelo. Nesse gelo aparecem presentes outros

compostos que não puderam ser determinados. A origem desses anéis ainda é muito polêmica. A hipótese que goza de maior crédito entre os pesquisadores é a de que um

satélite teria se formado muito próximo do planeta e que logo em seguida ultrapassou o limite de Roche e por efeito de maré

fragmentou-se de maneira destrutiva (estilhaço). Cada fragmento com dimensões maiores do que os encontrados atualmente teriam adquirido velocidades diferentes e os freqüentes choques entre

eles ocasionou uma maior fragmentação de maneira a ocupar todo o espaço disponível ao redor. A relativa estabilidade das órbitas

desses anéis deve-se aos satélites que estão próximos aos mesmos. Tais satélites são denominados de satélites pastores.

Satélites

Saturno também é o centro de um mini-sistema solar, só que com vinte e um satélites confirmados. Entre eles está Titã que por muito tempo foi tido como o maior satélite do sistema solar. Os demais são conhecidos como satélites gelados. Essa classificação é devido ãs suas densidades próxima a da água e o alto índice de

reflexão que é característico do gelo. Estes podem ser classificados em dois grupos: Os regulares e os

irregulares. Os regulares tem órbitas quase circulares, no sentido de rotação do planeta e pouco inclinadas em relação ao plano do esquador. São eles: Mimas, Encelado, Tébis, Pleione,

Réia e Titã. Os irregulares têm maior excentricidades e inclinação orbital, que são: Hipérion e Jápeto , além de Febe ,

a lua retrógrada. Depois desses nove satélites, as sondas registraram mais oito

luas pequenas e não esféricas. Predominantemente constituídas de gelo, refletem de 60% a 90% da luz solar.

Titã: com diâmetro médio de 5.400 km se considerarmos sua densa atmosfera. Nesses termos é o maior satélite do sistema. Porém o

diâmetro efetivo do satélite é 5.140 km, fazendo de Titã o segundo maior satélite do sistema. Sua fama de maior satélite só

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perdeu a veracidade com o reconhecimento feito pelas sondas. Ocorreu que era conhecida a presença de atmosfera em Titã, sendo

esta, quase tão transparente como a nossa. As medidas do satélite, se referiam ao disco opaco do mesmo, que se encontrava no interior da atmosfera. Posteriormente foi constatado que além da atmosfera havia uma espessa camada (opaca) de nuvens. Essa camada foi estimada em 200 km, mas com a possibilidade de pesquisar mais de perto as sondas obtiveram com precisão a medida de 5.140 km para o diâmetro médio do satélite. Sua

densidade média é de 1,9 g/cm3, que sugere um núcleo rochoso recoberto de gelo. Seu período de translação é de 15,94 dias, sendo que sua órbita está sobre o plano equatorial de Saturno.

Devido a densidade da atmosfera de Titã (4,6 vezes a terrestre), sua superfície é tão misteriosa quanto a de Vênus. A

constituição da atmosfera ainda é motivo de várias discussões. Acredita-se que seja 80% de nitrogênio (N2 ) podendo chegar a 99% na alta atmosfera. É provável que o argônio seja a segunda porcentagem dessa atmosfera, com cerca de 12%. Mas os gases

nobre são de difícil detecção, portanto essa porcentagem tem seu maior respaldo na teoria. Além desse foi detectado a presença de

metano, hidrogênio, etano, propano, acetileno, etileno, cianureto diacetileno e metacetileno, todos em ordem decrescente

de porcentagem na atmosfera. Essa grande variedade de moléculas orgânicas tem a tendência de se agruparem de várias maneiras. Por isso acredita-se que o agrupamento dessas moléculas formem partículas sólidas que se

precipitam no solo formando um grossa camada sobre a superfície do satélite, podendo chegar a algumas centenas de metros.

Titã tem uma grande excentricidade e isso faz com que ele entre e saia da magnetosfera de Saturno. Essa passagem periódica pela

magnetosfera provoca várias transformações nos componentes atmosféricos do satélite e também vários fenômenos atmosféricos.

Ambos ainda não explicados satisfatoriamente. 07/10/2009 - 09h04

Astrônomos descobrem anel gigante em torno de Saturno da BBC Brasil

Cientistas da Nasa (Agência Espacial americana) descobriram um anel gigante em torno de Saturno, em cujo espaço caberiam 1

bilhão de planetas do tamanho da Terra. Sua parte mais densa fica a cerca de 6 milhões de quilômetros de Saturno e se estende por outros 12 milhões de quilômetros, o que o torna o maior anel de Saturno. A altura do halo é 20 vezes

maior que o diâmetro do planeta. NASA

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Imagem de Saturno, feita pela sonda espacial Cassini e divulgada pela NASA; planeta tem mais um anel

"Trata-se de um anel superdimensionado", definiu a astrônoma

Anne Verbiscer, da Universidade da Virgínia em Charlottesville e uma das autoras de um artigo sobre a descoberta publicado na revista científica Nature. "Se ele fosse visível a partir da Terra, veríamos o anel com a largura de duas luas cheias, com

Saturno no meio", comparou a cientista. Quase invisível

Verbiscer e seus colegas utilizaram uma câmera de infravermelho a bordo do telescópio espacial Spitzer para fazer uma "leitura" de uma parte do espaço dentro da órbita de Phoebe, uma das luas de Saturno. Segundo a astrônoma, o anel é praticamente invisível por telescópios que utilizam luz, já que é formado por uma fina camada de gelo e por partículas de poeira bastante difusas.

"As partículas estão tão distantes umas das outras que mesmo se você ficasse em pé em cima do anel, não o veria", disse Verbiscer. Os cientistas acreditam que a lua Phoebe é que

contribuiu com o material para a formação do anel gigante, ao ser atingida por cometas. A órbita do anel está a 27 graus de

inclinação do eixo do principal e mais visível anel de Saturno. Mistério

Os cientistas acreditam que a descoberta do anel poderá ajudar a desvendar um dos maiores mistérios da astronomia --a lua

Iapetus, também de Saturno. A lua foi descoberta pelo astrônomo Giovanni Cassini em 1671, que percebeu que ela tinha um lado claro e outro bastante escuro, como o conhecido símbolo yin-yang. Segundo a equipe de Verbiscer, o anel gira na mesma

direção de Phoebe e na direção oposta a Iapetus e às outras luas e anéis de Saturno. Com isso, o material do anel colide

constantemente com a misteriosa lua, "como uma mosca contra uma janela".

AP Imagem da NASA mostra anel e Saturno ao meio (ampliado no

detalhe), em cujo diâmetro caberiam 1 bi de Terras

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Anel Gigante em Saturno!

O Telescópio Espacial Spitzer, da NASA, descobriu um enorme

anel ao redor do planeta Saturno! O anel tem uma largura que começa a cerca de 6 milhões de kms

de Saturno e extende-se por mais 12 milhões de kms! O seu diâmetro é cerca de 240 mil quilómetros. A altura do anel é cerca de 20 vezes o diâmetro do planeta! Seriam precisas mil

milhões de Terras para encher o anel. Este gigantesco anel está 50 vezes mais distante que os outros

anéis já conhecidos, e encontra-se num plano diferente. Uma das luas mais distantes de Saturno é Phoebe. Essa lua está dentro do anel. Provavelmente, essa lua é a causa do material

que faz parte do anel. O anel é feito de gelo e poeira, e com partículas bastante

separadas, sendo praticamente invisível. Aliás, foi visto pelo Spitzer em infravermelhos (calor).

“The ring would be difficult to see with visible-light telescopes. The relatively small numbers of particles in the ring wouldn’t reflect much visible light, especially out at

Saturn where sunlight is weak. “The particles are so far apart that if you were to stand in the ring, you wouldn’t even know

it,” said Verbiscer.”

Além de Iapetus ter um lado cheio de crateras, e outro sem

praticamente crateras, tem também a estranha característica do lado sem crateras ser bastante negro, em contraposição com a

claridade do lado com crateras. Iapetus está “tidally locked” com o planeta Saturno, da mesma forma que a nossa Lua está “tidally locked” com a Terra. Ou

seja, da mesma forma que a nossa Lua mostra sempre o mesmo lado para a Terra, também a lua Iapetus mostra sempre o “lado claro” para o planeta Saturno, sendo que o “lado escuro” está sempre

direccionado para o exterior, para a direcção deste anel

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gigante e da lua Phoebe. Daí que recebe o tal material negro da lua Phoebe.

“Esta descoberta poderá vir a revelar um dos maiores mistérios da astronomia, que envolve a lua Iapetus, caracterizada por ter um lado claro e outro bastante escuro. Segundo a equipa de Anne Verbiscer, o anel gira na mesma direcção de Phoebe e no sentido contrário de Iapetus, fazendo com que o material do anel colida

com esta última. Isto poderá explicar a sua diferente coloração.”

A composição desse “lado negro”, chamado Cassini Regio, é semelhante à lua Phoebe.

As partículas do anel formaram-se quando asteróides colidiram com Phoebe ao longo de milhões de anos. Algumas partículas que

escaparam de Phoebe formaram o anel, outras escaparam do sistema de Saturno, e outras foram para a parte interior do

sistema onde colidiram com a lua Iapetus. A composição desse material negro é: “organic compounds similar

to the substances found in primitive meteorites or on the surfaces of comets; Earth-based observations have shown it to be carbonaceous, and it probably includes cyano-compounds such

as frozen hydrogen cyanide polymers.” Phoebe tem outra ligação estreita com Iapetus, já que ao

contrário das outras luas de Saturno, estas luas têm uma órbita inclinada em relação ao plano equatorial de Saturno.

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NOTAS MUSICAIS VALORES RELATIVOS DAS FIGURAS MUSICAIS

Clique na figura acima para ouvir 440 Hz, o LA3 e as batidas de

um metrônomo

Considere que existe a nota BREVE cujo valor é o dobro da

SEMIBREVE. PAUSA

Assim, considerando o valor de uma semibreve como 4 tempos, a miníma vale 2 tempos, a seminima vale 1 tempo, a colcheia

vale 1/2 tempo, a semicolcheia vale 1/4 de tempo, a fusa vale 1/8 de temo e a semifusa vale 1/16 de tempo.

Idem para os valores correspondentes na Pausa. Repare que partindo da semibreve para os valores menores a relação é que

cada nota vale metade da anterior. Caminhando em sentido contrário cada nota vale o dobro da imediatamente anterior.

REGRA MNEUMÔNICA Muitas vezes pode ocorrer a dúvida onde assinalar a pausa da

semibreve, em que linha, para cima ou para baixo...? Comparando a figura da semibreve como uma moeda: Se ela cair... só pode ser segura com um chapéu que esteja com a boca para cima. Então: "Chapéu na quarta linha com BOCA PARA CIMA....

para segurar a moeda (figura de Semibreve)."

Exercício: Cálculo do valor total das figuras tomando-se como

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unidade uma dada figura: Exercício 01

Colcheia = Unidade adotada

Exercício 02

Mínima = Unidade adotada

Exercício 03

Semicolcheia = Unidade adotada

Verifique que podemos escrever de modos diferentes a notação das figuras - (modos de agrupar) - das notas musicais na

pauta.

Sempre ter em conta que os valores são relativos. Compare a

relação entre os valores das figuras das notas musicais segundo as ilustrações abaixo. Analisando a relação dos valores de

duração das figuras das notas musicais compare quanto vezes o valor de uma data figura é contida dentro do valor de outra.

REPRESENTAÇÃO DOS VALORES RELATIVOS DAS FIGURAS DAS NOTAS

MUSICAIS UTILIZANDO UM CÍRCULO

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Notação musical Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Codex Chigi, manuscrito musical do século XVI

Notação musical é o nome genérico de qualquer sistema de escrita utilizado para representar graficamente uma peça musical,

permitindo a um intérprete que a execute da maneira desejada pelo compositor ou arranjador. O sistema de notação mais

utilizado atualmente é o sistema gráfico ocidental que utiliza símbolos grafados sobre uma pauta de 5 linhas, também chamada de pentagrama. Diversos outros sistemas de notação existem e muitos

deles também são usados na música moderna. O elemento básico de qualquer sistema de notação musical é a

nota, que representa um único som e suas características básicas: duração e altura. Os sistemas de notação também

permitem representar diversas outras características, tais como variações de intensidade, expressão ou técnicas de execução

instrumental. Origem

O epitáfio de Seikilos é um exemplo da notação musical praticada

durante a Grécia Antiga.

Os primeiros neumas, apenas como marcas junto das palavras.

Fragmento de Laon, Metz, meados do século X

Transcrição de tablatura para órgão, século XVI. Abaixo, o

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equivalente em notação moderna Os sistemas de notação musical existem há milhares de anos. Foram encontradas evidências arqueológicas de escrita musical praticada no Egito e Mesopotâmia por volta do terceiro milênio a.C.. Outros povos também desenvolveram sistemas de notação

musical em épocas mais recentes. Os gregos utilizavam um sistema que consistia de símbolos e letras que representavam as notas, sobre o texto de uma canção. Um dos exemplos mais antigos deste

tipo é o epitáfio de Seikilos, encontrado em uma tumba na Turquia. Os Gregos tinham pelo menos quatro sistemas derivados

das letras do alfabeto; O conhecimento deste tipo de notação foi perdido juntamente com

grande parte da cultura grega após a invasão romana. O sistema moderno teve suas origens nas neumas (do latim: sinal ou curvado), símbolos que representavam as notas musicais em peças vocais do canto gregoriano, por volta do século VIII. Inicialmente, as neumas , pontos e traços que representavam intervalos e regras de expressão, eram posicionadas sobre as

sílabas do texto e serviam como um lembrete da forma de execução para os que já conheciam a música. No entanto este sistema não

permitia que pessoas que nunca a tivessem ouvido pudessem cantá-la, pois não era possível representar com precisão as alturas e

durações das notas. Para resolver este problema as notas passaram a ser

representadas com distâncias variáveis em relação a uma linha horizontal. Isto permitia representar as alturas. Este sistema evoluiu até uma pauta de quatro linhas, com a utilização de

claves que permitiam alterar a extensão das alturas representadas. Inicialmente o sistema não continha símbolos de durações das notas pois elas eram facilmente inferidas pelo texto a ser cantado. Por volta do século X, quatro figuras diferentes foram introduzidas para representar durações

relativas entre as notas. Grande parte do desenvolvimento da notação musical deriva do

trabalho do monge beneditino Guido d'Arezzo (aprox. 992 - aprox. 1050). Entre suas contribuições estão o desenvolvimento da

notação absoluta das alturas (onde cada nota ocupa uma posição na pauta de acordo com a nota desejada). Além disso foi o

idealizador do solfejo, sistema de ensino musical que permite ao estudante cantar os nomes das notas. Com essa finalidade criou

os nomes pelos quais as notas são conhecidas atualmente (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si) em substituição ao sistema de letras de A a G que eram usadas anteriormente. Os nomes foram retirados das

sílabas iniciais de um Hino a São João Batista, chamado Ut queant laxis. Como Guido d'Arezzo utilizou a italiano em seu

tratado, seus termos se popularizaram e é essa a principal razão para que a notação moderna utilize termos em italiano.

Nesta época o sistema tonal já estava desenvolvido e o sistema de notação com pautas de cinco linhas tornou-se o padrão para

toda a música ocidental, mantendo-se assim até os dias de hoje. O sistema padrão pode ser utilizado para representar música

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vocal ou instrumental, desde que seja utilizada a escala cromática de 12 semitons ou qualquer de seus subconjuntos, como as escalas diatônicas e pentatônicas. Com a utilização de alguns

acidentes adicionais, notas em afinações microtonais também podem ser utilizadas.

Notação padrão A notação musical padrão é escrita sobre uma pauta de cinco

linhas. Por isso também é chamada de pentagrama. O conjunto da pauta e dos demais símbolos musicais, representando uma peça musical é chamado de partitura. Seguem-se alguns dos elementos

que podemos encontrar numa partitura. Representação das durações

Tempo e compasso - regulam quantas unidades de tempo devem existir em cada compasso. Os compassos são delimitados na

partitura por linhas verticais e determinam a estrutura rítmica da música. O compasso escolhido está diretamente associado ao

estilo da música. Uma valsa por exemplo tem o compasso 3/4 e um rock tipicamente usa o compasso 4/4.

Em uma fórmula de compasso, o denominador indica em quantas partes uma semibreve deve ser dividida para obtermos uma unidade

de tempo (na notação atual a semibreve é a maior duração possível e por isso todas as durações são tomadas em referência a ela). O numerador define quantas unidades de tempo o compasso contém. No exemplo abaixo estamos perante um tempo de "quatro por quatro", ou seja, a unidade de tempo tem duração de 1/4 da semibreve e o compasso tem 4 unidades de tempo. Neste caso, uma

semibreve iria ocupar todo o compasso.

Figuras musicais - Valores ou figuras musicais são símbolos que representam o tempo de duração das notas musicais. São também

chamados de valores positivos. Os símbolos das figuras são usados para representar a duração do som a ser executado. As notas são mostradas na figura abaixo, por ordem decrescente de duração. Elas são: semibreve, mínima,

semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa. Antigamente existia ainda a breve, com o dobro da duração da

semibreve, a longa, com o dobro da duração da breve e a máxima, com o dobro da duração da longa, mas essas notas não são mais usadas na notação atual. Cada nota tem metade da duração da anterior. Se pretendermos representar uma nota de um tempo e

meio (por exemplo, o tempo de uma mínima acrescentado ao de uma colcheia) usa-se um ponto a seguir à nota.

A duração real (medida em segundos) de uma nota depende da fórmula de compasso e do andamento utilizado. Isso significa que a mesma nota pode ser executada com duração diferente em peças

diferentes ou mesmo dentro da mesma música, caso haja uma mudança de andamento.

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Nota pontuada é uma nota musical que é seguida com um ponto logo a sua frente. Este ponto adiciona metade do valor da nota que o

precede. Pausas - representam o silêncio, isto é, o tempo em que o instrumento não produz som nenhum, sendo chamados valores negativos. As pausas se subdividem também como as notas em

termos de duração. Cada pausa dura o mesmo tempo relativo que sua nota correspondente, ou seja, a pausa mais longa corresponde exatamente à duração de uma semibreve. A correspondência é feita

na seguinte ordem:

Representação das alturas

Clave - clave de Sol, clave de Fá, clave de Dó. Propõe toda a representação musical a uma que mais se adeque ao instrumento

que a irá reproduzir. Por exemplo, as vozes graves usam geralmente a clave de Fá, enquanto que as mais agudas usam a clave de Sol. Costuma dizer-se que a clave de Fá começa onde acaba a clave de Sol. De um modo geral, é a clave que define

qual a nota que ocupará cada linha ou espaço na pauta.

Alturas - a altura de cada nota é representada pela sua posição na pauta em referência à nota definida pela clave utilizada,

como mostrado abaixo:

Deslocações de tom ou acidentes: o sustenido, o bemol, o dobrado sustenido e o dobrado bemol. São representados sempre antes do

símbolo da nota cuja altura será modificada e depois do nome das notas, cifras e tonalidades. Um sustenido desloca a nota meio-

tom acima (na escala), um dobrado sustenido desloca o som um tom acima, um bemol desloca a nota meio-tom abaixo e o dobrado bemol desloca o som um tom abaixo. Por exemplo, pode-se dizer que um "Fá sustenido" (Fá#) é a mesma nota que um "Sol bemol" (Sol♭), porém, devido às características de cada instrumento (e à sua

própria disposição da escala), o timbre pode variar. Considere, como exemplo, o caso da guitarra, em que um Dó tocado na segunda corda (Si), primeira posição, é equivalente a um Dó tocado na terceira corda (Sol) na quinta posição, embora o timbre seja

diferente.

Uma vez que um sustenido ou bemol tenha sido aplicado a uma

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nota, todas as notas de mesma altura manterão a alteração até o fim do compasso. No compasso seguinte, todos os acidentes perdem o efeito e, se necessário, deverão ser aplicados novamente. Se

desejarmos anular o efeito de um acidente aplicado imediatamente antes ou na chave de tonalidade, devemos usar um bequadro, que faz a nota retornar à sua condição natural. No exemplo visto acima podemos notar que a terceira nota do primeiro compasso também é sustenida, pois o acidente aplicado à nota anterior permanece válido e só é anulado pelo bequadro que faz a quarta

nota voltar a ser um Lá natural. O segundo compasso é semelhante a não ser pelo acidente aplicado que é um bemol. No terceiro compasso, uma nota Sol, um Lá dobrado bemol e um Fá dobrado sustenido. Embora tenham nome diferente e ocupem posições

diferentes na clave, os acidentes aplicados fazem com que as três notas soem exatamente iguais.

Chave ou tonalidade, que não é mais que a associação de sustenidos ou bemóis representados junto à clave, indicando a

escala em que a música será expressa. Por exemplo, uma representação sem sustenidos ou bemóis, será a escala de Dó

Maior. Ao contrário dos acidentes aplicados ao longo da partitura, os sustenidos ou bemóis aplicados na chave duram por toda a peça ou até que uma nova chave seja definida (modulação). Na figura vemos a chave de tonalidade de uma escala de Lá maior. Nesta escala todas as notas Fá, Dó e Sol devem ser sustenidas,

por isso os acidentes são aplicados junto à clave.

Expressão

Certos símbolos e textos indicam ao intérprete a forma de executar a partitura, incluindo as variações de volume

(dinâmica) e tempo (cinética), assim como a maneira correta de articular as notas e separá-las em frases (articulação e

acentuação). Dinâmica musical

A intensidade das notas pode variar ao longo de uma música. Isso é chamado de dinâmica. A intensidade é indicada em forma de

siglas que indicam expressões em italiano sob a pauta. • pp - pianissimo. a intensidade é mais baixa que no piano

• p - piano. o som é executado com intensidade baixa • mp - mezzo piano. a intensidade é moderada, não tão fraca

quanto o piano. • mf - mezzo forte. a intensidade é moderadamente forte

• f - forte. A intensidade é forte. • ff - fortissimo. A intensidade é muito forte.

Símbolos de variação de volume ou intensidade: crescendo e diminuindo, em forma de sinais de maior (>) e menor (<) para sugerir o aumento ou diminuição de volume, respectivamente. Estes devem começar onde se deverá iniciar a alteração e

esticar-se até à zona onde a alteração deverá ser interrompida.

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O volume deve permanecer no novo nível até que uma nova indicação seja dada. A variação também pode ser brusca, bastando

que uma nova indicação (p, ff, etc) seja dada. A figura abaixo mostra um solo de trompa da Sinfonia número 5 de Tchaikovsky. Esta partitura apresenta várias marcas de dinâmica.

Cinética musical

Cinética Musical (do grego kine = movimento) ou agógica define a velocidade de execução de uma composição. Esta velocidade é

chamada de andamento e indica a duração da unidade de tempo. O andamento é indicado no início da música ou de um movimento e é indicada por expressões de velocidade em italiano, como Allegro

- rápido ou addagio - lento. Junto ao andamento, pode ser indicada a expressão com que a peça deve ser interpretada, como:

com afeto, intensamente, melancólico, etc. Os andamentos são os seguintes:

• Grave - É o andamento mais lento de todos • Largo - Muito lento, mas não tanto quanto o Grave

• Larghetto - Um pouco menos lento que o Largo • Adagio - Moderadamente lento

• Andante - Moderado, nem rápido nem lento • Andantino - Semelhante ao andante, mas um pouco mais

acelerado • Allegretto - Moderadamente rápido

• Allegro - Andamento veloz e ligeiro • Vivace - Um pouco mais acelerado que o Allegro

• Presto - Andamento muito rápido • Prestissimo - É o andamento mais rápido de todos

Alguns exemplos de combinações de andamento com expressões: • Allegro moderato - Moderadamente rápido.

• Presto con fuoco - Extremamente rápido e com expressão intensa.

• Andante Cantabile - Velocidade moderada e entoando as notas como em uma canção.

• Adagio Melancolico - Lento e melancólico Notações de variação de tempo:

• rallentando - Indica que a execução deve se tornar gradativamente mais lenta

• accelerando - Indica que a execução deve se tornar mais rápida.

• A tempo ou Tempo primo - Retorna ao andamento original. • Tempo rubato - Indica que o músico pode executar com

pequenas variações de andamento ao seu critério.

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Outras notações

Exemplo de tablatura numérica para vihuela do livro "Orphenica Lyra" de Miguel de Fuenllana (1554). Números em vermelho (no

original) indicam a parte vocal. Tablatura

A tablatura é uma notação que representa como colocar os dedos num instrumento (nos trastes de uma guitarra, por exemplo) em vez das notas, permitindo aos músicos tocar o instrumento sem formação especializada. Esta notação tornou-se comum para

partilhar músicas pela Internet, já que permite escrevê-las facilmente em formato ASCII.

Cifras Cifra é um sistema de notação musical usado para indicar através de símbolos gráficos ou letras os acordes a serem executados por

um instrumento musical (como por exemplo uma guitarra). São utilizadas principalmente na música popular, acima das letras ou partituras de uma composição musical, indicando o acorde que deve ser tocado em conjunto com a melodia principal ou para

acompanhar o canto. As principais cifras são grafadas: A: nota lá ou acorde de Lá Maior

B: nota si ou acorde de Si Maior ( H em alemão) C: nota dó ou acorde de Dó Maior D: nota ré ou acorde de Ré Maior E: nota mi ou acorde de Mi Maior F: nota fá ou acorde de Fá Maior

G: nota sol ou acorde de Sol Maior Os acordes menores são grafados pelas letras acima, acompanhados da letra "m" minúscula. Ex: Cm indica um acorde de Dó menor. Há outras alterações quando se utilizam tetracordes ou intervalos dissonantes. Ex: Cm7 indica acorde de Dó menor com sétima.

Ver também • Educação Musical

• Música • Notação ABC

• Simbologia da notação musical • Tablatura

• Terminologia musical Ligações externas

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• Breve História da Notação Musical • Notação Musical

• A notação musical e o músico popular Referências

• BENNETT, Roy. Como Ler uma partitura. 1990. Jorge Zahar ISBN 85-7110-117-5

• BENNETT, Roy. Elementos básicos da música. 1998. Jorge Zahar ISBN 85-7110-144-2

• BONA, Pascoal. Curso completo de divisão musical. Irmãos Vitalle ISBN 85-7407-070-X

CARDOSO, Belmira e MASCARENHAS, Mário - Curso completo de teoria musical e solfejo. 1996. Irmãos Vitalle ISBN 85-85188-17-0

Prof. Luiz Netto Luso - Brasileiro

INTERVALOS DE QUINTAS --oOo--

Nota: Este estudo (Representação Polar da Escala Musical) é algo que não encontrei até hoje tanto em livros como na internet. Nunca encontrei esta equação que estou utilizando: r = (1.0594631)^(1.9098593t).(Notação utilizada nos programas de geração de gráficos).

Encontrei algo sugerindo a idéia dessa espiral logarítmica para representar as oitavas musicais, mas que o autor não saberia qual a equação que poderia descrevê-la. Estudando-a eu a desenvolvi. Claro está que a maneira tradicional de representação é uma maneira simbólica muito boa. - O que pretendemos é descrever matemáticamente a seqüencia de quintas e claro podemos fazer isto também com os intervalos de Quartas. (Copyright© 2003).

--oOo--

A maneira usual que se apresenta simbolicamente os intervalos de Quinta e de Quartas é utilizando uma circunferência com a seqüencia de notas - C - G - D - A - E - B - F# - C# - G# - D# - A# - E# , para os intervalos de quintas como apresentado abaixo - e C - F - Bb - Eb - Ab - Db - Gb - Cb - Fb - Bbb - Ebb - Abb, para os intervalos de Quartas - O círculo interno. Podemos representar estas seqüencias de um modo rigorosamente

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matemático. Vamos traçar os intervalos de quintas, utilizando a notação polar através da equação: r = n(1.0594631)^(1.9098593 t), com t medido em radianos e n com valores 2,4,8,16,32,64 - para traçar as espirais representativas dessas oitavas.

Modo usual de Representação dos Intervalos de Quintas

e Quartas. A distância ângular entre as notas na seqüencia de quintas é

de 210 graus -(sobe 7 semitons -> 7*30 = 210 graus) - Isto é uma conseqüencia da adoção da divisão de uma oitava em 12

intervalos, o que no espaço de 360 graus, ou 2 pi radianos, equivale a distância de 30 graus, ou pi/6 radianos, entre os

semitons. No sentido contrário aos ponteiros do relógio inicie pela nota C seguindo pelas notas - G - D - A - E (Este primeiro desenho). Na seqüencia, no próximo desenho seguem-se as notas - B -C# -

G# - D# - A# - E# - C - a partir daqui o ciclo se repete novamente. No intervalo de Quintas, são percorridos 7 oitavas

para que as notas se repitam na mesma seqüencia. REPRESENTAÇÃO DOS INTERVALOS DE QUINTAS ATRAVÉS DE NOTAÇÃO POLAR

Representação do Intervalos de Quintas desde C até C-

completando o ciclo das Quintas - Caminhe sobre a espiral - a partir de c até C - e veja os múltiplos de 30 graus

entre uma nota e a seguinte - (7)x(30) = 210 graus.(Cada 30 graus eleva-se a freqüencia da nota em 1 semiton.Estão

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representados os valores da nota e seu ângulo. CÁLCULO DOS VALORES DAS NOTAS NOS INTERVALOS

DE QUINTAS Utilize um programa gráfico para traçar e plotar os valores de

uma função. A função aqui é: r = n(1.0594631)^(1.9098593t), com os valores

de n=1,2,4,8,16,32 e 64 e t variando de Zero a 2pi radianos.

CICLO DE QUINTAS Nota Musical - ângulo

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Freqüência da nota Musical da seqüencia de quintas e o seu ângulo correspondente

EXERCÍCIO

Seja calcular o valor da última nota da seqüencia de Quintas, a nota C: Sabemos que o ângulo é igual a 2520 graus, ou em radianos, é igual a (84*pi/6) radianos.

A equação a ser aplicada é esta: (1.0594631)^(1.9098593*t) t aqui corresponde ao ângulo de (84*pi/6).

Aplicando a equação vamos calcular o valor de C. valor do expoente->(1.9098593*84*(3.1416/6)) = 84

então r= (1.0594631)^t = (1.0594631)^84 r = (1.0594631)^84 = 128

r=128 então:

(1.0594631)^(1.9098593t)= 128

Você precisa utilizar uma calculadora científica que contenha a função exponenciação, para fazer estes cálculos, ou no seu computador clique em Iniciar->Todos os Programas->Acessórios->Calculadora ->

Escolha Medida de ângulos em Radianos e a função x^y

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Problema Inverso -> Conhecendo-se o valor da nota, calcular qual o angulo (t) - (em radianos)

que lhe corresponde.

Notação Polar da Escala Musical Temperada - Representação de

Uma Oitava

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MEDIDA DE DO INTERVALO DE QUINTA

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DO C MI 3 E SOL5# G#

Do# Fa3 La5 Re Fa3# La5# Re# Sol3 Si5 Mi Sol3# Do6 Fa La3 Do6# Fa# La3# Re6

SOL G SI 3 B RE6# D#

Sol# Do4 Mi6 La Do4# Fa6 La# Re4 Fa6# Si Re4# Sol6 Do2 Mi4 Sol6# Do2# Fa4 La6

RE2 D FA 4# F# LA 6# A#

Re2# Sol4 Si6 Mi2 Sol4# Do7 Fa2 La4 Do7# Fa2# La4# Re7 Sol2 Si4 Re7# Sol2# Do5 Mi7

LA2 A Do5# C# FA7 F

La2# Re5 Fa7# Si2 Re5# Sol7 Do3 Mi5 Sol7# Do3# Fa5 La7 Re3 Fa5# La7# Re3# Sol5 Si7->D08-> C

ANEXO LUC BESSON E O QUINTO ELEMENTO

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O Quinto Elemento

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

The Fifth Element

O Quinto Elemento (PT/BR)

O Quinto Elemento

França 1997 ı cor ı 126 min

Produção

Direção Luc Besson

Roteiro/Guião Luc Besson

Elenco

Bruce Willis Gary Oldman Ian Holm

Chris Tucker Milla Jovovich

Género fantasia científica, ação, comédia

Idioma original inglês

IMDb

The Fifth Element (O quinto elemento, em português) (1997) é um filme que reúne fantasia científica, ação, comédia e techno-

thriller, escrito e dirigido pelo francês Luc Besson, e estrelado por Bruce Willis, Gary Oldman, Milla Jovovich, Ian Holm e Chris Tucker, entre outros. A produção de design foi desenvolvida pelos quadrinistas Jean Giraud e Jean-Claude Mézières, e demonstra uma forte influência da estética de

quadrinhos. O figurino foi elaborado pelo estilista Jean-Paul Gaultier.

O enredo central do filme se baseia numa ameaça alienígena à sobrevivência da humanidade, no longínquo ano de 2263, algo que só pode ser evitado pela conjugação de quatro pedras sagradas, que representam os quatro elementos - fogo, água, ar, terra -

além do quinto elemento, corporificado pela jovem extraterrestre Leeloo (Milla Jovovich). Fica a encargo de Korben Dallas (Bruce Willis), um taxista nova-iorquinho, encontrar as pedras, proteger Leeloo, e pôr fim à desgraça

vindoura.

O filme foi uma co-produção anglo-francesa. O Quinto Elemento

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foi filmado com em película Super 35 mm film format.

Curiosidades

• O herói (Bruce Willis) e o vilão (Gary Oldman) do filme em nenhum momento se encontram ou mesmo se comunicam.

• Na cena inicial no apartamento de Korben Dallas (Bruce Willis), uma pequena flâmula da Seleção Brasileira de Futebol dos anos 80 pode ser vista ao lado de sua cama automática.

Nela, o Brasil tem apenas três campeonatos mundiais. • Na Nova Iorque do futuro, retratada no filme, há uma

fumaça escura que cobre toda a superfície da cidade, causada pela poluição. Por isso, deixou de poder haver vida no solo. Abaixo da núvem de smog, apenas existe entulho e, tudo parece estar a apodrecer. A única solução foi construir uma cidade

flutuante, com edifícios com mais de 6 km de altura, de forma a poder haver subsitência de vida. Os automóveis são todos

flutuantes, os passeios são pontes entre os edifícios, ligando os andares mais altos e, as linhas férreas são enormes viadutos

tubulares que passam rente aos prédios. • Todos os carros voam e conseguem parar no ar sem qualquer sistema de propulção. Dá-nos a ideia de, de tanta evolução do

planeta, criou-se ausência de gravidade e, o espectador surpreende-se na cena em que Mila Jovovich se atira do edifício do laboratório nuclear e, cai no taxi. Todos os carros usam um sistema de levitação magnética que, conecta directamente ao

campo magnético terrestre, premitindo estarem parados no ar sem caírem. Porém, o condutor tem que ser rápido quando pára, pois

é um comando que se activa posteriormente. • A língua divina, falada pela personagem Leeloo, foi

inventada pelo diretor Luc Besson e pela atriz Milla Jovovich. • Na vida real, já existe um país, os Emirados Árabes

Unidos, que começa a possuir o tipo de edifícios apresentados no filme.

• Em 1998, saiu um jogo do filme para o console PlayStation, no qual continha cenas em vídeo do filme entre as fases.

O Guia do Mochileiro da Galáxia

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The Hitchhiker's Guide to the Galaxy Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

The Hitchhiker's Guide to the Galaxy

Autor Douglas Adams

Título no Brasil O Guia do Mochileiro das Galáxias

Título em Portugal À Boleia pela Galáxia

Idioma inglês

Gênero

ficção científica comédia

Série The Hitchhiker's Guide to the Galaxy

O Guia do Mochileiro das Galáxias (Brasil) ou À Boleia pela Galáxia (Portugal), no original The Hitchhiker's Guide to the Galaxy, é uma série de ficção científica criada por Douglas Adams, originalmente um programa de rádio transmitido pela

rádio britânica BBC Radio 4 em 1978, posteriormente adaptada para outros formatos como a série de cinco livros, e um filme

em 2005.

Enredo

O livro conta a história de Arthur Dent, um típico inglês que, num dia que pode ser considerado tudo menos típico, descobre

não só que Ford Prefect, um de seus melhores e únicos amigos, é um extra-terrestre, mas também que a Terra está prestes a ser

destruída pelos Vogons (uma raça alienígena extremamente burocrática e mal-vista em toda a Galáxia) para dar espaço a

uma nova via intergaláctica.

Com a ajuda de Ford, Arthur foge momentos antes da demolição do planeta, pegando carona clandestinamente em uma das espaçonaves Vogons. Quando a presença indesejável dos dois é detectada, o

comandante da Frota de Demolição Vogon, Prostetnic Vogon Jeltz, não hesita em expulsar e abandoná-los à deriva no espaço. Mas, em um incrível golpe de sorte, a dupla é resgatada pela nave

Coração de Ouro, comandada por Zaphod Beeblebrox, presidente da Galáxia e Trillian, a terráquea que fugiu com Zaphod, logo depois de tê-lo conhecido em uma festa, seis meses antes da demolição da Terra. Outro personagem de destaque na trama é o

robô Marvin, o robô maníaco-depressivo, cujo desprezo pela vida só não se compara à sua depressão crônica e ao tamanho de sua

inteligência.

Assim começa a jornada de Arthur Dent e Ford Prefect pelo Universo em busca da Pergunta Fundamental da Vida, do Universo

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e Tudo Mais, sempre guiados por um fantástico livro de viagens: O Guia do Mochileiro das Galáxias.

Personagens

42, a resposta para a pergunta fundamental sobre a vida, o

universo e tudo mais • Arthur Dent

Inglês amante de chá e dono de um azar incomum, Arthur tem sua casa destruida (Para a construção de um desvio) no mesmo dia em

que seu melhor amigo, Ford Prefect, um extraterrestre disfarçado, revela-lhe que a Terra está prestes a ser destruída

(Para a construção de uma via intergaláctica).

• Ford Prefect O amigo alienígena de Arthur é um dos coletores de informações para o Guia e passou 15 anos disfarçado de ator desempregado, enquanto esperava por uma carona para conseguir sair da Terra. Ao final do livro "O restaurante no fim do Universo", revela-se

como ele e Arthur Dent estiveram na Terra 2 milhões de anos atrás.

• Trillian Conheceu Arthur numa festa, mas acabou preferindo sair com

Zaphod Beeblebrox, por este ter lhe dado a cantada "esse cara [Arthur] está te chateando querida? Venha comigo, sou de outro

planeta". Depois, também levou uma cantada do Thor.

• Zaphod Beeblebrox Zaphod se tornou presidente da galáxia por que "poderia ser uma coisa legal". Roubou a nave Coração de Ouro, a mais sofisticada

da galáxia que é movida pelo fabuloso "Gerador de Improbabilidade Infinita", simplesmente por que ele tinha que fazer algo que nem ele sabe o que é. Na verdade dificilmente Zaphod sabe o que quer fazer ou porque precisa fazer, ele apenas faz. Dono de um braço e uma cabeça extra, ele é o inventor da Dinamite Pangaláctica (a bebida mais forte do universo) e foi eleito por 7 vezes consecutivas a criatura racional mais mal vestida de todo o universo conhecido.

• Marvin, o robô maníaco depressivo Um andróide feito para ter sentimentos humanos, Marvin sofre de

uma gigantesca depressão, principalmente pelo fato de que possui "o cérebro do tamanho de um planeta" e é aproximadamente

30 bilhões de vezes mais inteligente que um colchão, mas preferem usar sua capacidade para abrir portas ou agarrar algum

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papel caído no chão.

• O Guia do Mochileiro das Galáxias Mais popular que a Enciclopédia Celestial do Lar, mais vendido que Mais Cinquenta e Três Coisas para se Fazer em Gravidade 0, e mais polêmico que a colossal trilogia filosófica de Oolonn Colluphid, Onde Deus Errou, Mais Alguns Erros de Deus e Quem é

Esse Tal de Deus Afinal?

O Guia do Mochileiro das Galáxias substituiu a grande Enciclopédia Galáctica como "repositório padrão de todo o

conhecimento e sabedoria" por dois motivos: 1) É ligeiramente mais barato. 2) Traz impresso na capa, em letras garrafais e

amigáveis a frase "NÃO ENTRE EM PÂNICO" (no original em inglês: "DON'T PANIC")

Uma Trilogia de 4 Livros (que, por mero acaso, são cinco)

De acordo com o próprio autor, o Guia era uma trilogia de 4 partes, formada pelos seguintes livros:

• O Guia do Mochileiro das Galáxias (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy)

• O Restaurante no Fim do Universo (The Restaurant at the End of the Universe)

• A Vida, o Universo e Tudo Mais (Life, the Universe and Everything)

• Até mais, e Obrigado pelos Peixes! (So Long, and Thanks For All the Fish)

Os 4 primeiros foram lançados originalmente no Brasil pela editora Brasiliense. Posteriormente, foram traduzidos novamente e relançados pela editora Sextante depois da estréia do filme, que também lançou o quinto livro em 2006. (O livro de Douglas

Adams "Praticamente Inofensiva [Mostly Harmless]" é descrito em alguns sites como continuação da série O Guia do Mochileiro das

Galáxias)

Sexto livro do "Guia do Mochileiro das Galáxias"

A continuidade da obra de Douglas Adams foi escrita por Eoin Colfer, autor da série "Artemis Fowl", que vendeu mais de 150 mil exemplares no Brasil, com a permissão dos herdeiros do

autor, falecido em 2001.

"Só mais uma Coisa", começa a sua narração das desventuras de Arthur Dent e seus amigos no planeta Terra alternativo, dado que o primeiro é destruído no início da saga para a criação de

uma estrada hiperespacial. Este outro planeta, no entanto, também é rapidamente transformado em poeira espacial, forçando

os personagens a explorar novamente o universo absurdo e satírico criado por Douglas Adams.

O lançamento do livro foi recebido inicialmente com ceticismo pelos fãs da série, que não estavam certos se Colfer seria

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capaz de reproduzir o estilo inconfundível de Douglas Adams, mas a obra agradou à crítica. Na resenha de Mark Lawson no periódico britânico "The Guardian", o jornalista disse

considerar a obra "a melhor imitação literária póstuma que eu já li" e considerou o livro "uma adaptação perfeitamente

calculada".

Curiosidades

• O personagem principal do livro, Arthur Dent, teve seu nome inspirado em um escritor que em meados de 1600 publicou um livro chamado "The Plain Man's Pathway to

Heaven". • Já o sobrenome de Ford Prefect, o amigo alienígena de Arthur, veio de um carro popular da época em que o livro foi escrito (daí a escolha de Ford de um nome considerado por ele "comum"). Na versão francesa o tradutor, temendo que a piada não fosse entendida, mudou o sobrenome para

"Escort", um carro mais conhecido. • No capítulo 7 do primeiro livro, Adams cita que o pior

poema do universo foi criado por Paula Nancy Millstone Jennings. Na série original de rádio o nome citado era

Paul Neil Milne Johnstone, mas Adams foi forçado a mudá-lo para o livro. Johnstone é uma pessoa real, e uma amostra

de seus poemas pode ser encontrada aqui. • Em uma homenagem ao livro, fãs celebram o Dia da Toalha no

dia 25 de Maio, quando todos carregam uma toalha durante o dia inteiro aonde quer que vão.

Máximas

• Não entre em pânico. • Amor, evite se for possível.

• "Resistir é inútil." • "Normalidade reestabelecida."

• "Tudo o que você precisará quando o universo acabar é de uma toalha"

• "Senhor presidente, estamos aqui para a sua proteção" Filme

Em 2005, foi lançado pela Touchstone e pela Spyglass o longa metragem baseado no primeiro livro da série. Ainda assim

existem várias diferenças entre a história do livro e o filme, todas acrescentadas pelo próprio Douglas Adams que sempre criou

um roteiro diferente para cada versão do Guia.

Equipe de Produção

Diretor Garth Jennings Roteiro Douglas Adams

Edição do roteiro Karey Kirkpatrick

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Produção executiva Douglas Adams, Derek Evans e Robbie Stamp

Produção Gary Barber, Roger Birnbaum, Jonathan Glickman, Nick

Goldsmith, Jay Roach Co-Produção

Todd Arnow, Caroline Hewitt Trilha sonora

Joby Talbot Produzido por

Touchstone Pictures, Walt Disney Pictures, Spyglass Entertainment, Hammer & Tongs, Everyman Pictures.

Design de criaturas Jim Henson Creature Shop

Distribuição Walt Disney Pictures, Touchstone Pictures, Buena Vista

Internatio Elenco

Narrador/Guia Stephen Fry, José Wilker (versão brasileira)

Arthur Dent Martin Freeman

Ford Prefect Mos Def

Zaphod Beeblebrox Sam Rockwell Trillian Zooey Deschanel

Marvin (corpo) Warwick Davis

Marvin (voz) Alan Rickman

Slartibartfast Bill Nighy

Humma Kavula John Malkovich

Questular Rontok Anna Chancellor

Pensador Profundo (Deep Thought) (voz) Helen Mirren

Ligações externas

• Douglas Adams - Site Oficial • DouglasAdams.se - Site criado por fãs de Douglas Adams e

suas obras, com fórum (em inglês) bem ativo. • The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (em inglês) no

Internet Movie Database (o filme) • The Hitchhiker's Guide to the Galaxy (em inglês) no

Internet Movie Database (a série de TV) • Sexto livro de "Guia Mochileiro das Galáxias" chega ao

Brasil em novembro - Folha Online

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