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A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO HUMANA

Autora: Maria Dóris Penteado¹ Orientadora: Silvana Oliveira²

Resumo

Este artigo apresenta os resultados relacionados a várias ações que foram desenvolvidas durante o período de implementação do Projeto na escola, como proposta do Programa de Desenvolvimento do Estado do Paraná “PDE”. Tendo como objetivo principal despertar o interesse pela leitura com enfoque na leitura literária na formação humana da Educação Básica. A problemática da leitura é um tema a muito estudado e questionado pelos educadores. Porque o educando não lê? Que motivos levam o mesmo a se desinteressar pela leitura? Como a leitura pode contribuir para melhorar o seu aprendizado? O público alvo foram os educandos de 7º série/ 8º ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Dr. Claudino dos Santos, Ipiranga-Paraná. A implementação do projeto foi ancorada em material pedagógico específico, que forneceu condições de compreensão e valorização da leitura de contos literários, complementado por atividades dirigidas, interpretação e produção de textos, sendo que a abordagem metodológica foi qualitativa, delineada pela pesquisa-ação. As atividades foram desenvolvidas extraclasse, aos sábados com educandos da 7º série B, C, D, perfazendo um total de 18 educandos, por um período de três meses e meio. Como resultados podemos elencar o grande interesse e participação dos mesmos no processo, através do qual puderam elevar sua alto-estima e direcionar seus estudos alicerçados na leitura e interpretação.

Palavras chave: leitura; conto; literatura. _____ ¹Graduada em Metodologia do Ensino da Arte, Licenciatura em Letras pela UEPG, Col. Est. Dr. Claudino dos Santos. ²Graduada em Letras pela UEPG, com Doutorado em Teoria Literária,é professora de Teoria Literária e Literatura no Curso de Letras da UEPG.

1 Introdução

O projeto desenvolvido no âmbito do PDE, Programa de Desenvolvimento

Educacional do Estado do Paraná intitulou-se “A leitura literária na formação

humana” e resultou na implementação de atividades de leitura nas turmas de 7ª

série, 8° ano no Colégio Estadual Dr. Claudino dos Santos em Ipiranga PR..

A primeira etapa de concretização desta proposta foi a proposição e a

elaboração do material didático, cujo formato se consolidou por meio da seleção de

contos literários que foram estudados e analisados para posterior implementação em

sala de aula.

O mundo atual, caracterizado pelo uso da tecnologia, nos permite a

inserção em uma sociedade global através dos meios de comunicação,

desenvolvimento sócio-econômico, intercâmbio cultural, educação a distância e

outros meios de interação, tornando-se mais difícil chamar a atenção de nossos

jovens para a prática da leitura em seu sentido convencional.

Este fato já se apresenta como enraizado em nossa sociedade, o que nos

remete a problemática da leitura na escola. Despertar o interesse do educando pela

leitura e consequentemente a freqüência à biblioteca de escola, e o empréstimo de

livros, é uma conquista desde sempre muito almejada pelos educadores.

O projeto de implementação objetivou despertar o interesse pela leitura,

valorizando-a mesmo frente ao uso das tecnologias contemporâneas, como internet

e mídias interativas disponíveis.

O incentivo á leitura foi proposto através de atividades direcionadas

utilizando especificamente contos literários.

O conto é uma modalidade literária que remonta à oralidade e faz parte da vivência de todas as culturas, é uma narrativa que se diferencia de novela, romance, poesia, crônica, pois contém um só conflito, uma só ação, por isso mesmo é uma narrativa curta (FRANCO, OLIVEIRA, 2009 p.79).

A leitura, segundo Solé (1998), pode ser considerada um processo

constante de elaboração e verificação, que leva à elaboração de uma hipótese de

interpretação. Os fatos que se sucedem em uma narrativa e os elementos que

compõem o cenário, personagens, problemas, ação, resolução, levam o leitor a

fazer interferências importantes sobre o desenvolvimento dos conflitos no plano da

ficção, associando a experiência de leitura à realidade da vida.

Ainda, segundo Solé,

A leitura é um processo de interação entre o leitor e o texto, os objetivos da leitura são elementos que devem ser levados em conta quando se trata de ensinar as crianças a ler e compreender o que foi lido. Pode ser considerada um processo constante de elaboração e verificação de previsões que levam à construção de uma interpretação. A leitura é o alicerce do mundo contemporâneo, pois é através dela que é permitido enxergar melhor e compreender a sociedade em que se vive, bem como a participação nela. (SOLÉ, 1998, p.35).

Através da implementação se pretendia dar a conhecer o universo da leitura

literária, desenvolvendo habilidades para tal, entre as quais a análise e

compreensão dos contos literários selecionados para o projeto.

Como resultados podemos elencar uma participação intensa por parte dos

educandos nos encontros, o interesse e a disponibilidade dos mesmos, a mudança

de postura no que se refere a questão da leitura e interpretação textual, atingindo-se

o objetivo proposto com a implementação do projeto.

2 Grupo de trabalho em rede - GTR

O GTR é um espaço no ambiente virtual onde os participantes tem a

oportunidade de mediar seus conhecimentos, trocando experiências, interagindo e

socializando problemáticas referentes a comunidade escolar.

O grupo de trabalho em rede com os colegas educadores iniciou em

10/10/2011 e finalizou em 21/11/2011, tendo a duração de dois meses e meio. O

espaço virtual do GTR apresenta as atividades divididas em unidades as quais se

desenvolvem através de ícones: Fórum, Diário e Fórum Vivenciando a Prática. O

grupo foi composto de nove educadores dentro da área especifica, de várias

localidades do Paraná.

O GTR dá oportunidade para que o educador PDE possa analisar suas

produções didáticas de uma maneira mais ampla, discutindo com seus colegas,

elucidando suas linhas de pensamento e aceitando opiniões que podem contribuir

para o enriquecimento de seu trabalho.

O meio virtual da plataforma Moodle fornece através de fóruns e diários trocas

de experiências o enriquecimento metodológico para todos os participantes, sendo

de grande valia para a formação continua e integrada do educador.

3 Desenvolvimento

A partir deste tópico, passamos ao relato e avaliação das atividades

implementadas com o grupo de alunos da 7ª série, 8° ano no Colégio Estadual Dr.

Claudino dos Santos em Ipiranga PR. Tais atividades centraram-se no exercício de

leitura literária, tendo como desdobramentos a discussão e a reflexão sobre os

temas propostos nos contos selecionados.

ATIVIDADE I

O QUE É LITERATURA?

Segundo (LAJOLO,1990), já houve centenas de tentativas de definir o que é

literatura, mas nenhuma convincente. É uma pergunta que tem várias definições.

Não existe uma resposta definitiva, porque cada tempo, cada grupo social tem uma

resposta para o significado do termo literatura.

A proposta da primeira atividade foi a apresentação do vídeo com o clássico

de Machado de Assis “Dom Casmurro” do diretor Moacir Gões, 2003, com o objetivo

de introduzir a questão da Literatura. Ao término do filme, surgiram vários

comentários sobre o mesmo:

- Por que o autor deu o nome de Dom Casmurro ao romance?

- Se Ezequiel era mesmo parecido com Escobar?

- Se houve ou não a traição de Capitu.

Tais questionamentos foram elucidados pela educadora com a indicação de

leitura do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, para posterior reflexão

sobre as semelhanças e diferenças entre a obra para o cinema e o romance.

A literatura torna-se um fator importante na imagem social do adolescente,

interferindo nos sentimentos, atitudes, comportamentos, e atua na construção,

difusão e alteração da sensibilidade.

Como resultante dessa atividade tivemos a sistematização do conteúdo e

sua apropriação pelos educandos como requisito para as próximas propostas.

ATIVIDADE II

PARA QUE SERVE A LITERATURA?

Para Aristóteles, a literatura serve para “compreender o fenômeno da arte

da palavra”. (FRANCO E OLIVEIRA, 2009,p.17 a 20)

Para (CANDIDO, 1972), a literatura é vista como arte que transforma,

humaniza o homem e a sociedade; ele atribui á literatura, três funções: a

psicológica, a formadora e a social.

A função psicológica, permite que o homem fuja da realidade, e mergulhe

num mundo de fantasias. A literatura por si faz parte da formação do sujeito.

(Secretaria do Estado de Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica, 2008, p57).

Não há sociedade sem narrativa. O homem é um animal totalmente

narrativo. Todas as situações da vida propiciam conhecimentos notáveis através

dessas narrativas que nos acompanham desde a nossa infância.

Após definições e reflexões sobre a serventia da literatura, os educandos

lembraram algumas histórias infantis que eram contadas pelas pessoas mais velhas

da família, de autoria dos irmãos Grimm como: “Chapeuzinho Vermelho”, “O

Lenhador”, ”O pequeno Polegar”, e outras. Assim a proposta desta atividade

despertou nos educandos a percepção de que a literatura está presente em nossas

vidas, ampliando suas reflexões sobre o tema e consequentemente sua postura em

relação à temática proposta.

ATIVIDADE III

O QUE VOCÊ LÊ?

As questões abaixo foram propostas aos educandos com o intuito de

verificar a prática de leitura que cada um tem e relacionar essa verificação ao

rendimento das atividades propostas ao longo da implementação:

1. Você lembra de algum livro que leu na escola? Qual foi o fato que mais te chamou

a atenção nessa leitura?

Algumas respostas:

- “Para falar a verdade, nos anos anteriores eu nem pegava livro para ler”.

- “Sim. “Pra quem doar meu coração”. O fato do rapaz doar seu coração

para uma moça que mal conhecia”.

- “A ambição por dinheiro”

- “Sim. Tenho lido muitos livros filosóficos, que trazem conhecimentos de

vida é muito bom”.

2. Você costuma fazer outros tipos de leituras fora da escola? Que tipo de leitura?

Algumas respostas:

- “Sim.Gosto de tudo que leio,mas de preferência os livros de ficção”.

- “Sim. Leio jornais, revistas e livros”.

- “Sim. Gibis”.

- “Sim. Leio tudo o que vejo: bulas de remédios, revistas, a Bíblia, etc.”.

3. Você já leu algum livro este ano? Qual? Gostou? Fale um pouco sobre ele.

Algumas respostas:

- “Sim. “A lenda do fogo”. Gostei muito. Ele falava como descobriram o

fogo”.

- “Sim. “A menina que roubava livros”. Gostei muito.

- “Sim. “Viagem ao centro da terra”. Gostei. Falava de pessoas que foram

explorar a terra e acabaram chegando ao centro dela e encontraram vidas lá”.

- “Sim. “As treze noites de terror”. Gostei muito. Falava sobre terror e muito

mistério”.

-“Não, nenhum”.

4. Você considera a leitura uma diversão ou uma chateação? Por quê?

Algumas respostas:

- “As vezes diversão, as vezes chateação, pois não entendo o significado de

algumas palavras”.

- “As vezes diversão, e as vezes chateação, quando são livros bons a

imaginação vai além e quando não são bons é muito chato”.

- “Com certeza uma diversão é o lazer que mais gosto”.

- “Uma diversão, porque gosto de leituras e sempre aprendo histórias

novas”.

5. Ler na escola, ou para a escola é diferente de ler em casa? Por quê?

Algumas respostas:

- “È diferente. Acho que pelo simples fato de na escola ter obrigação de ler e

em casa agente lê por prazer”.

- “Eu acho que não, porque a leitura é para si próprio”.

- “Sim, porque em casa fico mais a vontade”.

- “Sim, pois na escola as vezes não consigo me concentrar”.

6. Faça um comentário sobre o que você acha do ato de ler, que benefícios a leitura

traz para sua formação pessoal.

Algumas respostas:

- “Acho que a leitura é tudo para as pessoas, ela abre as portas para o

mundo deixa a gente mais informado sobre tudo”.

- “O ato de ler é muito bom, pois traz muito conhecimento de vocabulário,

ajudando na produção de textos”.

- “O ato de ler é diversão e conhecimento para o futuro”.

-“Com a leitura podemos viajar, aprender a falar corretamente”.

7. Quando você ouve música presta atenção na letra ou só na melodia?

Algumas respostas:

-“Em ambas”.

-“Eu valorizo muito a letra que diz muito”.

-“Na música e na letra”.

8. O que você entende por contos de fadas?

Algumas respostas:

-“São as histórias que nossos avós nos contam”.

-“E acho que só ouvimos quando somos crianças”.

-“É cheia de encantos”.

-“São coisas impossíveis de acontecer”.

9. Existe outros tipos de contos?

Algumas respostas:

-“Sim, de terror”.

-“Acho que sim de tragédia, fantástico e outros”.

-“De suspense”.

-“Que nos passa uma lição de moral”.

Após responderem as questões, foi dado um tempo para que cada

educando fizesse seu comentário, expondo para toda a turma suas experiências e

preferências pela leitura.

O principal objetivo dessa atividade foi o de conhecer o espaço de leitura de

cada educando, compreendendo os efeitos que cada leitura proporciona nos

mesmos.

Como resultado, foi possível observar que os educandos puderam perceber

que a leitura é coisa séria e de responsabilidade, pois se lemos devemos ter um

objetivo já em mente, para conhecermos melhor o assunto em que a leitura está se

referindo; para melhorar nosso vocabulário; para nos inteirarmos melhor sobre um

determinado assunto.

ATIVIDADE IV

Leitura e discussão do conto “UM PAR DE TÊNIS”, de Pedro Bandeira

Fragmento do conto:

Caroline e Simone tinham a mesma idade, 16 anos, moravam na periferia na mesma quadra. Estudavam na mesma escola e trabalhavam em fábricas vizinhas. Iam direto após o trabalho para a escola e sentavam juntas no ônibus. Saltavam no ponto final e caminhavam mais meia hora até chegar à escola. Caroline descobre que tem nome de princesa ao ler uma manchete de um jornal que um sujeito sacolejava ao lado do banco onde estavam sentadas. O título da reportagem dizia: “Princesa Caroline casa-se em segredo”. Caroline começou logo a sonhar com um futuro dourado que confiava atingir, dizendo à Simone: - Eu tenho nome de princesa, o meu nome é o meu destino! - Ora, deixe de sonhar feito uma boba, Caroline. Você acabar feito eu, apaixonada por um “oficce-boy”... Por um Márcio como o meu. Só um Márcio como o meu vai botar os olhos em você... - Nada disso, Simone. Um dia vai aparecer o meu príncipe... Vai olhar bem fundo nos meus olhos... Ah, que sorriso lindo que ele vai ter! Vai chegar pertinho, bem delicado, gentil como os príncipes devem ser... Caroline gostava de sonhar, Simone a alertava para não confundir sonho com realidade: - Ah, Caroline! Deixa de bobagem. Isso só acontece nas novelas. (...). (www.recantodasletras.com.br/ensaios/2216038, acessado em 08/08/2011).

O objetivo da leitura do conto foi iniciar uma reflexão sobre os limites do ser

humano, a moral e nossas atitudes frente a uma sociedade repleta de cobranças e

princípios, levando também a refletir sobre as ações praticadas diariamente, erros e

acertos. Fez-se também um breve comentário sobre o autor Pedro Bandeira.

Após a leitura silenciosa do conto, e oral por alguns educandos, deu-se o

levantamento do vocabulário, a sua interpretação e a conseqüente produção de um

novo texto com opções de escolha apresentadas pelo educador:

-O príncipe encantado de seus sonhos, não era filho de um rei.

-O príncipe encantado de seus sonhos, também usava roupa emprestada.

-O príncipe encantado de seus sonhos, não passou de um sonho

imaginário.

-O príncipe encantado de seus sonhos, pertencia à mesma classe social de

Caroline.

Os textos desenvolvidos pelos educandos foram de acordo com a proposta

e criativos, levando a uma avaliação satisfatória desta atividade.

ATIVIDADE V

Leitura e discussão do conto “BIRUTA”, de Lygia Fagundes Teles

Fragmento do conto:

Alonso foi para o quintal carregando uma bacia cheia de louça suja. Andava com dificuldade, tentando equilibrar a bacia que era demasiado pesada para seus bracinhos finos. -Biruta, eh, Biruta – chamou sem se voltar. O cachorro saiu de dentro da garagem. Era pequenino e branco, uma orelha em pé e a outra completamente caída. - Sente-se aí, Biruta, que vamos Ter uma conversinha – disse Alonso pousando a bacia ao lado do tanque. Ajoelhou-se, arregaçou as mangas da camisa e começou a lavar os pratos. Biruta sentou-se muito atento, inclinando interrogativamente a cabeça ora para a direita, ora para a esquerda, como se quisesse aprender melhor as palavras do seu dono. A orelha caída ergueu-se um pouco, enquanto a outra empinou, aguda e ereta. Entre elas, formavam-se dois vincos, próprios de uma testa franzida do esforço de meditação. - Leduína disse que entrou no quarto dela- começou o menino num tom brando. – E subiu em cima da cama e focinhou as cobertas e mordeu uma carteirinha de couro que ela deixou lá. A carteirinha era meio velha e ela não ligou muito. Mas se fosse uma carteira nova, Biruta! Se fosse uma carteira nova! Me diga agora o que é que ia acontecer se ela fosse uma carteira nova!? Leduína te dava uma surra e eu não podia fazer nada, como daquela outra vez que você arrebentou a franja da cortina, lembra? Você se lembra muito bem, sim senhor, não precisa fazer essa cara de inocente!... (...). ( Transcrito de Venha ver o pôr-do-sol & outros contos. São Paulo: Ática, 1988, p.51-9.)

Inicialmente deu-se a leitura do conto, após um breve comentário sobre a

amizade, seu valor e como ela interfere na vida das pessoas. Dando continuidade foi

questionado se alguém já presenciou ou viveu uma história semelhante a do conto.

Os educandos relataram vários fatos semelhantes sobre seus animaizinhos de

estimação. Foi realizado em seguida o levantamento do vocabulário, iniciou-se o

estudo interpretativo e a compreensão do conto. Foi feito um breve estudo sobre a

autora Lygia Fagundes Teles e algumas obras.

Fragmento da redação feita por aluno:

Minha Calopsita Amarela

“Certo dia quando fiz dez anos, ganhei de presente do meu padrinho uma

calopsita amarela. Era muita linda! Só cantava , cantava e cantava. Ela era tudo o

que eu tinha de mais lindo!. Todo dia eu acordava com seu canto maravilhoso! Eu

dava alpiste, limpava sua gaiola, todo dia e éramos muita amigos, eu passeava com

ela no meu ombro, mostrando para todo mundo, era muito legal.

Até que um dia quando estava na escola, e minha mãe saiu trabalhar,

aconteceu o pior. Apareceu um gato malvado , faminto e comeu a pobrezinha.

Ah! Foi o dia mais triste de minha vida , eu chorei muito! E nunca vou esquecer

aquele passarinho.”

ATIVIDADE VI

ESTUDO DOS ELEMENTOS DA NARRATIVA

A proposta da atividade VI teve por objetivo uma melhor compreensão da

estrutura do conto como narrativa, e também uma discussão teórica sobre os

elementos da narrativa. A história apresenta-se de duas maneiras: a de contar como

personagens, na 1ª pessoa ou estar fora da história, contando os fatos em 3ª

pessoa.

O conto Biruta é narrado na 3ª pessoa, o narrador coloca a personagem

mais próxima através do discurso direto livre. O que faz com que o leitor esteja mais

próximo do drama do menino sentindo o impacto da perda do melhor amigo.

AÇÃO-ENRREDO:

Compreende-se tudo o que acontece numa narrativa os fatos e os atos que

os personagens praticam.

-Sequência lógica causal: as ações seguem como decorrência umas das

outras.

-Sequência cronológica ou temporal: os fatos são narrados numa ordem

linear ou não.-Nesse conto a sequência é linear.

No conto o Biruta os fatos ocorrem na maioria em tempo presente, isto é, no

momento em que ocorrem. Em alguns momentos é feito flash-back, por exemplo,

quando ele recorda do tempo em que viveu no asilo, recurso usado para recordar

fatos que ocorreram no passado.

TEMPO:

Tempo: tempo-época;tempo-duração.

Tempo-época: momento histórico dos acontecimentos narrados.

Tempo-duração: é o tempo que transcorre do começo ao fim da história

narrada, ( dias, horas, meses, ano).

PERSONAGEM:

Principal ou protagonista: Alonso e o Biruta

Secundários: Leduína, Zulu e o doutor.

ESPAÇO:

Onde ocorrem as ações dos personagens. No caso do conto Biruta, as

ações acontecem numa casa.

Para a finalização da proposta os educandos redigiram uma narrativa sobre

seus animais de estimação, observando os elementos da narrativa, em seguida

foram feitas algumas leituras em sala de aula, exemplificando a assimilação do

conteúdo.

ATIVIDADE VII

Leitura e discussão do conto “AS FORMIGAS”, de Lygia Fagundes Teles

Os educandos objetivando a sensibilização para esta atividade assistiram

ao vídeo “O mundo secreto das formigas” extraído do

(youtube.com/watch?v=nxj3ayzqscA),consultado em 05/03/2012.

Como interpretação surgiram muitos comentários sobre a vida desses

insetos, a organização de seu trabalho, despertando a criatividade dos mesmos.

Pretendeu-se esclarecer aos alunos as dificuldades que os jovens

enfrentam hoje, quando precisam se estabelecerem sozinhos fora dos seios

familiares em busca de aperfeiçoamento e sonhos a serem realizados,

principalmente com os estudos. A maioria dos adolescentes, desistem e não

enfrentam as dificuldades, pois desestimulados a buscar o crescimento pessoal,

voltam para a casa dos pais.

Fragmento do conto:

Quando minha prima e eu descemos do táxi já era quase noite. Ficamos imóveis diante do velho sobrado de janelas ovuladas, iguais a dois olhos tristes, um vazado por uma pedrada. Descansei a mala no chão e apertei o braço da prima. -É sinistro. Ela me impeliu na direção da porta. Tínhamos outra escolha? Nenhuma pensão nas redondezas oferecia um preço melhor a duas estudantes, com liberdade de usar o fogareiro no quarto , a dona nos avisara por telefone que podíamos fazer ligeiras com a condição de não provocar incêndio. Subimos a escada velhíssima, cheirando a creolina. -Pelo menos não vi sinal de barata – disse a prima (...). (TELLES, L. F. 2003, p. 167)

Quem conta um conto aumenta um ponto

O professor solicita cinco educandos voluntários, os quais ficam ao lado de

fora da sala de aula. A educadora passa verbalmente um trecho do conto as

formigas à um deles separadamente, e este vai contar ao restante da turma, sai da

sala e conta o que ouviu ao segundo voluntário o qual entra na sala e conta aos

colegas o que ouviu.. Então acontece o mesmo processo com o terceiro e com o

quarto e o quinto aluno. Enquanto isso a turma só observa sem interagir. Após isso é

distribuído o conto na íntegra para a turma e feito a leitura pode-se observar que o

conto contado pelos colegas perdeu totalmente a lógica dos fatos, ou a essência da

narrativa. Sempre que se conta um conto, este tende a se modificar. E é assim que

acontece os maus- entendidos em nosso meio.

Foi feito um estudo do vocabulário e em seguida trabalhado com a

interpretação e compreensão do conto.

Organizou-se os alunos em fila indiana dentro da sala de aula, para a

produção de texto. Orientados pelo professor cada aluno dará início a um conto

sobre o cotidiano dos insetos, ao sinal do professor (palmas) o aluno passa o texto

ao colega da frente para este dar continuidade à narrativa.

Ao final, o último colega da fila, faz o encerramento do texto feito em grupo, e

lê para o restante da turma.

Esta atividade foi muito proveitosa atingindo os objetivos propostos da

afirmação: “quem conta um conto aumenta um ponto”.

ATIVIDADE VIII

Leitura e discussão do conto A MOÇA TECELÃ, de Marina Colasanti

Com este conto trabalhou-se a narrativa fantástica de forma a mostrar como

se pode fazer e desfazer facilmente um destino, concretizando as fantasias, desejos

e anseios do ser humano. Neste conto a personagem busca através de seu trabalho

algo que amenize seus dias de solidão.

Fragmento do conto:

“Acordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrás das beiradas da noite. E logo sentava ao tear.

Linha clara, para começar o dia. Delicado traço cor da luz que ela ia passando entre os fios estendidos, enquanto lá fora a claridade da manhã desenrolava no horizonte.

Depois lãs mais vivas, quentes lãs iam tecendo hora a hora, em longo tapete que nunca acabava.

Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam pétalas, a moça colocava na lançadeira grossos fios cinzentos de algodão mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio prata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumprimentá-la à janela.

Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pássaros, bastava a moça tecer com os belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.(...) ” ( Godoy Ladeira,1994, p 44 a 46).

Conhecendo um pouco sobre a autora

Para complementação desta atividade os educandos produziram uma

pesquisa no espaço do Paraná Digital da escola sobre as obras de Marina Colasanti

onde constatou-se que: Marina Colasanti, nasceu em Asmará, Etiópia-hoje chamada

Eritréia. Ainda bem pequena, foi com a família para a Itália, no início da Segunda

Guerra Mundial e, por causa da guerra veio ao Brasil, em 1948. Aqui no Brasil,

estudou Belas Artes, trabalhou como jornalista, traduziu textos importantes da

literatura italiana. Publicou várias obras, poesias, contos, literatura para crianças e

jovens. Marina Colasanti escreve sobre fadas, reis, unicórnios, cisnes e princesas,

pois para ela, é importante resgatar os contos de fadas nesse mundo de tecnologia

avançada disponível em

http:/www.google.com.br/+literatura+fantástica+de+Marina+Colasanti consultado em

24/04/2012.

Encerrada a pesquisa, voltamos para a sala de aula, fizemos a leitura do

texto primeiramente silenciosamente. Logo em seguida foi estudado o vocabulário e

interpretação e compreensão do mesmo, dando ênfase e comentários sobre a

literatura fantástica bem com outros autores que também trabalham nesta linha

como: Lygia Fagundes Teles, Clarice Lispector e outros. O conto fantástico dirige-se

mais especificamente ao público infantil, ele desmistifica o real, em vez de camuflá-

lo. O imaginário é uma ferramenta convincente, o conto dá ênfase a algumas

questões abordadas como o conceito de relacionamento conjugal e o

relacionamento da personagem consigo mesmo.

Em seguida, foi colocado algumas palavras chaves na lousa para que o aluno

escrevesse um texto fantástico. Como exemplo: rede, borboletas, crianças, animais,

vida, sol, governanta. Os alunos redigiram um conto fantástico baseado no conto de

Marina Colasanti e apresentaram para a classe.

Fragmento do conto fantástico feito pelo educando:

Aquele avental mágico

“Estava distraído na varanda de minha casa deitado numa rede, quando a

governanta veio e parou próximo de mim. Então foi quando eu comecei a viajar,

observando no seu avental estampado, uma linda cena! Animais e crianças que

brincavam num parque, tudo começou a mover-se e criar vida.

As crianças corriam de um lado para outro atrás de uma bola. Os animais

também estavam correndo com as crianças. Havia também várias borboletas

coloridas e uma grama bem verdinha, o sol brilhava naquela tarde. Tudo era mágico!

E tinha vida. As balanças não paravam de fazer ruídos nos vai e vem.

Foi quando a velha me chamou para a realidade e então tudo acabou, ficou

parado novamente, sem vida. E eu voltei para a realidade.”

ATIVIDADE IX

Leitura e discussão do conto “FELICIDADE CLANDESTINA”, de Clarice

Lispector

Nesta atividade pretendeu-se que o educando acompanhasse a história de

uma menina apaixonada por um livro e as dificuldades criadas por uma colega, dona

do livro desejado.

Fragmento do conto:

“Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais dom que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como “data natalícia” e “saudade”. Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que me submetia: continuava a implorar-lhe emprestado os livros que não lia. (...)”.( Lispector, Clarice. A Felicidade Clandestina: contos/Rio de janeiro: Rocco.1998.pg.9 )

Após a leitura do textos, foram feitos comentários sobre a autora que

nasceu em Tchetchelnik, na Ucrânea no dia 10/12/1920 e morreu em 09/12/1977.

Algumas obras: Laços de Família, A imitação da rosa, A vida íntima de Laura, Como

nascem as Estrelas, Felicidade Clandestina, A Bela e a Fera, Legião Estrangeira e

outras.

Em seguida deu-se a interpretação e compreensão do texto. Os educandos

comentaram sobre acontecimentos que ocorreram em suas vidas que os deixou tão

felizes que eles não desejariam que acabasse um dia... Como por exemplo: “Uma

noite de Natal, onde o aluno ganhou uma bicicleta de presente”. “O dia em que

aconteceu o casamento de uma aluna.” Em seguida essa discussão foi transferida

para o papel em forma de texto com base no conto de Clarice Lispector, e

apresentado aos colega.

ATIVIDADE X

Leitura e discussão do conto “UM APÓLOGO”, de Machado de Assis

Através desta atividade foi esclarecido sobre a importância que cada ser

vivo representa na sociedade, utilizando-se dessa alegoria de Machado de Assis.

Deus criou o mundo e todas as coisas, cada qual com sua função no universo.

Alegoria é um recurso muito usado por escritores para fazer um elogio ou louvor em

defesa de alguém ou de alguma coisa. Esse apólogo, é uma narrativa cheia de

lições de morais e éticas, aproxima-se muito da fábula, com a personificação de

seres inanimados.

Fragmento do texto:

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: - Por que está com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo? - Deixe-me, senhora. - Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. - Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com sua vida e deixe a dos outros. - Mas você é orgulhosa. - Decerto que sou. - Mas por quê? - É boa! Porque coso. Então os enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? - Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu? - Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados”(...). Texto extraído do livro “Para gostar de ler – Volume 9 – Contos”, Editora Ática – São Paulo, 1984, pá.59.

Inicialmente comentou-se que apólogo é uma alegoria, recurso usado pelos

escritores para expor pensamentos sob forma figurada usando metáforas que

significam uma coisa mas, nas palavras tem outro sentido. Fez-se a leitura oral do

conto e levantamento do vocabulário, interpretação do texto e discussão sobre

vaidade e orgulho das pessoas. Também foi assistido um documentário sobre a vida

de Machado de Assis e interpretado entre os educandos. (TV ESCOLA Secretaria

de Educação a Distância)

Logo após a leitura do texto, dividiu-se a turma em dois grupos, e foi

proposto uma discussão, sendo um grupo em defesa da agulha e outro em defesa

da linha. Ainda foi questionado o papel do alfinete na história, que reprovou a atitude

da agulha , dizendo: aprende, tola. Faze como eu, que não abro caminho para

ninguém. Onde me espetam eu fico.

Essa atividade abriu um leque de polêmicas, pois ninguém quis sair

perdendo já que trata do orgulho e vaidade de cada um .Foi questionado sobre

quem foi Machado de Assis e quais foram suas principais obras?

Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) maior escritor brasileiro de

todos os tempos, era mestiço de origem humilde, filho de um mulato e de uma

lavadeira portuguesa de Açores. Moleque de morro, magro, franzino e doentio, se

faz sozinho, adquirindo a sua vasta e espantosa cultura de forma inteiramente

autodidata.

Principais obras: Ressurreição, a mão e a luva, Helena, Iaiá Garcia ( na 1ª

fase romantismo) ; 2ª fase realismo: Dom Casmurro,Memórias Póstumas de Brás

Cubas, Quincas Borba, Esaú e Jacó, Memórias de Aires e outros.

Em seguida os educandos escreveram um apólogo com personagens

diferentes do original e apresentaram aos colegas.

Transcrição de trabalho feito por aluno:

A folha e a caneta

Era uma vez, uma folha e uma caneta. A caneta disse para a folha:

---- Você sem acha a melhor só porque não são escritas as palavras em

você. Mas eu vou te dizer uma coisa, o que seria de você sem eu? Disse a caneta.

---- Pára de me encher, você não é lá essas coisas, sem eu você não teria

utilidade nem uma, não ia nem poder escrever nada.

----Olha aqui! Sua!...Nisso chegou o aluno e pegou a caneta e começou a

escrever na folha.

Nenhuma das duas falaram nada. Quando o aluno terminou de escrever,

ele ia levar a folha, foi quando a caneta falou:

----Tá vendo! Eu sou melhor do que você, pois o aluno me usou para

escrever...

----Não! Pense bem, quem vai ser mostrado por aí, levando informações pra

todo mundo, quem vai junto com ele, quem vai ganhar nota de ortografia, pense bem

antes de falar.

A caneta ficou pensativa sem falar nada. Ficou muda de uma hora para

outra, sua alegria acabara porque foi humilhada, ela voltou para o estojo e nunca

mais fez isso.

Moral da história: “Nunca tente ser melhor que os outros”

O trabalho redigido pelo educando vem de encontro a assimilação do

conteúdo, bem como da proposta criativa da qual se valeu para a produção do texto.

4 Conclusão

O trabalho do educador de Língua Portuguesa em sala de aula no que se

refere à escrita, leitura e oralidade é muitas vezes questionado dentro do ambiente

escolar, pois recai sobre ele as problemáticas que envolvem tais propostas ,

essencialmente a da leitura.

Fazer com que o educando atual movido por meios midiáticos se identifique

com a leitura de um livro é proposta desafiadora em nosso meio, pois muitos são os

recursos que hoje concorrem com a nossa literatura.

Ao término desta proposta pode-se inferir que os contos não estão perdidos

nas prateleiras das bibliotecas e que podemos sim, de maneira criativa levar o nosso

educando até eles, fazendo com que os mesmos estejam abertos a tais ideias,

garantindo assim o interesse pela leitura.

A biblioteca pode se tornar um lugar de pesquisa e atrativos em nossas

escolas, revelando para muitos a intensa atividade que é a leitura e como ela pode

transformar e aperfeiçoar o conhecimento e por que não o relacionamento entre as

pessoas.

Através dos contos trabalhados pode-se abrir para os educandos as

possibilidades que a leitura e interpretação possibilitam em suas vidas,

enriquecendo-as e preenchendo-as com o que é bom.

Para a educadora, o PDE foi um momento de grande valia para uma

profunda reflexão sobre sua práxis, norteada pelo intuído de transformar uma

situação, com resultados amplamente satisfatórios.

REFERÊNCIAS

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DVD ESCOLA, Secretaria de Educação a Distância. Ministério da Educação. Produzido no pólo Industrial de Manaus.

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www.recantodasletras.com.br/ensaios/2216038, acessado em 08/08/2011.