a industria da seca no brasil

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A Indústria da Seca no Brasil Profª Isabel Aguiar http://profisabelaguiar.blogspo t.com.br/

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Page 1: A industria da seca no brasil

A Indústria da Seca no Brasil

Profª Isabel Aguiarhttp://profisabelaguiar.blogspot.com.br/

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Origem do termo“Indústria da seca” é um termo utilizado para designar a

estratégia de alguns políticos que aproveitam a tragédia da seca na região nordeste do Brasil para ganho próprio. O termo começou a ser usado na década de 60 por Antônio Callado que já denunciava no Correio da Manhã os problemas da região do semiárido brasileiro.

MORTOS DA SECA DE 1932

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Os problemas sociais no chamado “polígono da seca” são

bastante conhecidos por todos, mas nem todos sabem que não precisava ser assim.

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Países como EUA que cultivam áreas imensas e com sucesso em regiões como a Califórnia, onde chove sete vezes menos do que no polígono da seca, e Israel, que consegue manter um nível de vida razoável em um deserto (Negev), são provas disso.

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A seca é um fenômeno natural periódico que pode ser contornada com o monitoramento do regime de chuvas, implantação de técnicas próprias para regiões com escassez hídrica ou projetos de irrigação e açudes, porém, são essas medidas são frequentemente utilizadas para encobrir desvios de verbas em projetos superfaturados ou em troca de favores políticos.

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Os “industriais da seca” se utilizam da calamidade para conseguir mais verbas, incentivos fiscais, concessões de crédito e perdão de dívidas valendo-se da propaganda de que o povo está morrendo de fome. 

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Enquanto isso, o pouco dos recursos que realmente são empregados na construção de açudes e projetos de irrigação, torna-se inútil quando estes são construídos em propriedades privadas de grandes latifundiários que os usam para fortalecer seu poder ou então, quando por falta de planejamento adequado, se tornam imensas obras ineficazes.

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O Açude do Cedro, em Quixadá (CE), é frequentemente utilizado como referência para descrever este tipo de empreendimento da indústria da seca: com capacidade para aproximadamente 126 milhões de m³, foi construído em pedra talhada à mão, com esculturas e barras de ferro importadas, mas que chegou a secar completamente no período de 1930 a 1932, durante um dos piores períodos de seca enfrentados pela região, ou seja, quando mais se precisava dele. Mais uma obra faraônica, na longa história de projetos faraônicos da indústria da seca. É claro que hoje a obra constitui um patrimônio histórico e cultural importante, mas é como distribuir talheres de prata para quem não tem o que comer.

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E a história se repete. A transposição do Rio São Francisco é um dos pontos principais da campanha do governo atual e é uma questão mais que polêmica.

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A seca e a Copa

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Como mudar essa situação?

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Dicas de leitura

Um outro livro importante: HISTÓRIAS DAS SÊCAS - Séculos XVII a XIX autor: Joaquim Alves