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A importância dos Polos Tecnológicos para aumento da competitividade e eficiência das empresas
Ronaldo Tadêu Pena
Presidente do BH-TEC
Fórum Inovação Social, Eficiência e Produtividade Empresarial
FIEMG
11 /11/2014
Sumário
1. Origem e Panorama Atual dos PqT
Parques de 1ª. Geração: Stanford e o Vale do Silício
Parques de 2ª. Geração: Indução Governamental
2. A Universidade Brasileira
História (1930-1970): Missões Estrangeiras, CNPq, CAPES, FAPESP e outras FAPs, BNDE(S), FINEP
Grande passo (1960-2000): A Pós Graduação Brasileira
Passo seguinte (2000 - ): A Universidade compromissada com a Inovação Tecnológica
3. Características de eco-sistemas de inovação
BHTec
4. Conclusões
ORIGEM E
PANORAMA ATUAL DOS PqT
Anos 30: Prof. F. Terman (liberou incubação)
Anos 1950 – EUA – “Parques espontâneos” (parques de “primeira geração”)
1951: Stanford Industrial Park Vale do Silício (Silicon Valley) Stanford
Research Park
Research Triangle Park na Carolina do Norte, ligado a três universidades
Boston’s Highway 128 MIT
ORIGEM E
PANORAMA ATUAL DOS PqT
Anos 1970 e 1980 – “Segunda geração de parques” indução governamental
Hoje: cerca de 2000 parques no mundo (100 no Brasil, sendo 28 em operação).
Parque Científico de Cambridge, Reino Unido Parque Tecnológico de Oulu, Finlândia
Hsinchu Science Park, Taiwan
Sistema Universitário Brasileiro
• Universidade foi prevista na Inconfidência Mineira (1789)
• Criação tardia, através de agrupamento de escolas profissionais existentes (primeiras décadas do século XX)
• UFRJ (1920), UFMG (1927), USP (1934)
• Universidad Nacional Mayor de San Marcos - Peru (1551)
• Situação atual: • 58 universidades federais espalhadas pelo território nacional
• Sistema estadual paulista e de outros estados
• Institutos militares de ensino superior e pesquisa
• Grandes laboratórios públicos (pesquisa e pós graduação)
• 28 IFETs
• Rede de PUCs
• Sistema privado
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A UNIVERSIDADE
BRASILEIRA
Preparando o Grande Passo
• Década de 1930:
• USP (professores estrangeiros universidade de pesquisa)
• Várias universidades, nessa época, receberam missões estrangeiras
• Década de 1950:
• Anísio Teixeira (CAPES formação de professores)
• Almirante Álvaro Alberto (CNPq apoio à pesquisa)
• Brigadeiro Montenegro (ITA Indústria Aeronáutica)
• Criação do BNDE (1952)
• Década de 1960:
• Alberto Luiz Coimbra (Coppe pós-graduação em Engenharia)
• Criação da FINEP (1967) Agência Brasileira de Inovação
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A UNIVERSIDADE
BRASILEIRA
Financiamento Estadual à Pesquisa & Inovação
• FAPESP, 1960: 1% receita tributária de SP
• Prevista na constituição estadual de 1947
• FAPERJ, 1982: 2% da receita tributária do RJ
• FAPEMIG, 1985 (3%), 1996: 1% receita tributária de MG
• Contingenciamento e interrupções no fluxo de recursos
• A partir de 2007: 1% garantido e pago regularmente
• Em 2014: ainda não foi repassado o recurso integral.
• Hoje: 26 FAPs (Roraima é única exceção)
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A UNIVERSIDADE
BRASILEIRA
A UNIVERSIDADE BRASILEIRA
Evolução da Pós Graduação PNPG 2011-2020 (http://www.capes.gov.br/sobre-a-capes/plano-nacional-de-pos-graduação)
Em 2012: 5.082 cursos – Mestrado: 2.893, Doutorado: 1.792, Mestrado Profissional: 397.
Proporção titulação de doutores entre Brasil e EUA, 1987-2008 (%)
Relação dos PIBs em 2013: R$ 4,8 trilhões / US$ 17,1 trilhões ≈ 12%
Artigos em periódicos científicos: • 2009: 128.335 • 2012: 171.969 (aumento de 34%)
A UNIVERSIDADE BRASILEIRA
O Passo seguinte:
• Universidade compromissada com o Desenvolvimento Econômico
• Inovação Tecnológica: base essencial ao desenvolvimento econômico
• Próximo passo do Sistema Universitário Brasileiro: – Mantendo avanços já alcançados, criar ambientes favoráveis à
Inovação
• Universidade Inovadora
• A formação de engenheiros inovadores
• A engenharia como portadora de futuro
A UNIVERSIDADE BRASILEIRA
Universidade Inovadora • Até anos 80: interações com empresas eram mal vistas na universidade
pública (privatização da universidade);
• Inovação se faz nas empresas, logo:
– Universidade Inovadora Empresas (interação diferente do comum);
• No Mundo: Universidade de Pesquisa Parque Tecnológico;
• Por outro lado: Formar engenheiros com qualidade e em grande número;
• Royal Academy of Engineering Working Group (2007):
– “Nenhum fator é mais critico à manutenção da vitalidade de qualquer economia nacional do que um forte suprimento de engenheiros equipados com o entendimento, as atitudes e habilidades necessárias para aplicar suas competências nos negócios e em outros ambientes”
A UNIVERSIDADE BRASILEIRA
A Engenharia como Portadora de Futuro
• Capacidade de inovação é motor e diferencial da economia, bem como vetor decisivo para as transformações sociais e a sustentabilidade
• Formar engenheiros capazes de se desdobrarem em três elementos distintos, embora interrelacionados:
– Especialista com conhecimento técnico específico;
– Integrador apto a operar através dos limites em ambientes complexos;
– Agente de mudanças provendo criatividade, inovação e liderança
necessárias ao enfrentamento de novos desafios.
CARACTERÍSTICAS DOS ECO-SISTEMAS DE INOVAÇÃO
Hwang, V. W. “The Rainforest Blueprint - How to design your own Silicon Valley”:
1. Sociedades Humanas (“Floresta Úmida”) – desenvolvem-se graças aos resultados de incontáveis interações não planejadas e não controladas. Adaptam-se. Evoluem.
2. Inovação ≠ Produtividade:
– Para baixar custos: produção de itens iguais em massa;
– Inovação é o oposto disso, não se deseja reprodução previsível;
– Sementes (weeds) que brotam naturalmente, ao invés de grandes plantações (crops);
– Google, Facebook, WhatsApp (weeds) nascem em ambientes sem controle;
3. Cultura (invisível) é o item mais importante em uma Floresta Úmida:
– Na Floresta Úmida, o que conta é a qualidade do solo;
– No solo bom, sementes vão germinar e flores vão aparecer a cada estação.
CARACTERÍSTICAS DOS ECO-SISTEMAS DE INOVAÇÃO
Contrato Social da “Floresta Úmida”:
1. Quebre regras e sonhe;
2. Abra portas e escute;
3. Acredite e seja acreditado;
4. Experimente e faça iterações em conjunto;
5. Procure o razoável, não a vantagem;
6. Erre, falhe e persista;
7. Passe a vantagem adiante (não lucre sozinho).
Simples demais? Não gostar de soluções simples é característica de subdesenvolvimento.
O BH-TEC é um condomínio destinado a abrigar:
• Empresas dedicadas a investigar e produzir novas
tecnologias;
• Centros públicos e privados de Pesquisa &
Desenvolvimento;
• Serviços de apoio às atividades tecnológicas.
PARQUE TECNOLÓGICO
DE BELO HORIZONTE - BH-TEC
ARRANJO
INSTITUCIONAL
APOIO
LOCALIZAÇÃO
1º EDIFÍCIO
INSTITUCIONAL
EMPRESAS e
INSTITUIÇÕES
Materiais
CT Nanotubos
Automação
Industrial
iVision
Neocontrol Associadas Não-Residentes
Accelera’IP (Gestão de PI)
Nemak (alumínio - motores
automotivos)
Assoc. de
Empresas
AMBIOTEC
Biotecnologia e
Saúde
Ecovec
Labfar
Omnimed
CT Vacinas
CDICT / Labtest
Engenharia e
Eletro-Eletrônica
ATI
STA
SEVA
Enacom
TICs
Take.Net
Samba Tech
Zunnit
Siteware
CT Web
Meio Ambiente
WayCarbon
Consultoria/Gestão
IEBT
EMPRESAS
RESIDENTES
CONCLUSÕES
1. Brasil no caminho certo
2. Muitas dificuldades
Cipoal legal gerando insegurança jurídica
Controles atuam nos meios e não nos fins
Infra estrutura de transporte muito deficiente
Problemas sociais ainda enormes
3. Razões para otimismo Sistema universitário público, confessional e privado (parte) de qualidade
Atuação das FAPs e das agências federais de apoio à P&I
Muitas iniciativas de sucesso na área de empreendedorismo inovador
Aproximação cada vez maior Empresa – Escola
1.000 polos da Universidade Aberta do Brasil
CETEC-SENAI & Instituto Fraunhofer
Iniciativas de criação de eco sistemas de inovação, como o BHTec e outros, apoiadas com firmeza pelo Estado, a Indústria e as Universidades.
CONCLUSÕES
4. Disciplinas de empreendedorismo para mostrar como criar a própria empresa;
5. Movimento de empresas juniores;
6. Casos:
Akwan – Google
ATAN – Accenture
Omnimed – G.E. Health Care
Nós, brasileiros, realizamos: Sistema elétrico de potência exemplar;
Mineração;
Brasil o maior produtor de alimentos do mundo (serrado);
Exportação de construção civil (aeroporto internacional de Miami);
Embraer.
Precisamos, agora, juntos, ir além, aumentando a escala:
O caminho é a Inovação Tecnológica.
Parques Tecnológicos aceleram a Inovação.