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A IMPORTÂNCIA DAS PESQUISAS COM CANABIDIOL PARA USO TERAPÊUTICO Andressa Nayara Degen 1 Niltra Beltrão Rosa 2 Pamela Ferreira 3 Vinícius Mateus S. Cheute 4 Jeferson de Oliveira Salvi 5 INTRODUÇÃO O termo maconha é utilizado no Brasil para os preparados da Cannabis sativa (HONÓRIO et al., 2006). Em países como Índia e China há relatos de cerca de 1000 anos a.C. do uso da C. sativa para tratamento de indivíduos com transtornos mentais, melancolia, histeria, epilepsia entre outros. (CRIPPA et al., 2010). O principal componente psicoativo da planta é 9-tetra-hidrocanabinol (9-THC), uma das substâncias responsável pelos efeitos psicóticos. O Canabidiol (CBD) é outro composto abundante, representando cerca de 40% dos ativos da planta. Os seus efeitos farmacológicos são diferentes e muitas vezes se opõem aos do 9-THC (SCHIER et al., 2012). Atualmente, em alguns estados americanos e em países como Holanda e Bélgica, o uso medicinal da Cannabis sativa já é permitido com a justificativa de atenuação dos sintomas associados ao tratamento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), do câncer e da esclerose múltipla. Porém, a utilização medicinal dessa espécie é proibida no Brasil, com exceção do uso do composto CBD em algumas condições neurológicas autorizadas pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (BRUCKI et al., 2015). O presente estudo objetivou discutir o potencial do CBD considerando a importância das pesquisas para o desenvolvimento de novas drogas. METODOLOGIA Os artigos selecionados para a presente revisão foram identificados por meio de busca eletrônica nos bancos de dado Scielo e Pubmed, utilizando-se como palavras-chave a combinação dos termos: canabidiol, 9-THC, marijuana e farmacologia, nos idiomas inglês e português. RESULTADOS A potencialidade terapêutica da Cannabis sativa está relacionada ao grande número de substâncias químicas encontradas em amostras desta planta, definidas como canabinóides. O canabidiol (CBD), presente na planta é desprovido dos efeitos psicóticos, característicos do principal composto, o (9-THC). Receptores canabinóides identificados em 1 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – CEULJI/ULBRA - [email protected] 2 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI - [email protected] 3 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI – [email protected] 4 Acadêmico do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI – [email protected] 5 Orientador, docente das disciplinas de Farmacologia e Toxicologia do CEULJI /ULBRA.

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A IMPORTÂNCIA DAS PESQUISAS COM CANABIDIOL PARA USO TERAPÊUTICO

Andressa Nayara Degen1 Niltra Beltrão Rosa2

Pamela Ferreira3 Vinícius Mateus S. Cheute4 Jeferson de Oliveira Salvi 5

INTRODUÇÃO

O termo maconha é utilizado no Brasil para os preparados da Cannabis sativa (HONÓRIO et al., 2006). Em países como Índia e China há relatos de cerca de 1000 anos a.C. do uso da C. sativa para tratamento de indivíduos com transtornos mentais, melancolia, histeria, epilepsia entre outros. (CRIPPA et al., 2010).

O principal componente psicoativo da planta é ∆9-tetra-hidrocanabinol (∆9-THC), uma das substâncias responsável pelos efeitos psicóticos. O Canabidiol (CBD) é outro composto abundante, representando cerca de 40% dos ativos da planta. Os seus efeitos farmacológicos são diferentes e muitas vezes se opõem aos do ∆9-THC (SCHIER et al., 2012).

Atualmente, em alguns estados americanos e em países como Holanda e Bélgica, o uso medicinal da Cannabis sativa já é permitido com a justificativa de atenuação dos sintomas associados ao tratamento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), do câncer e da esclerose múltipla. Porém, a utilização medicinal dessa espécie é proibida no Brasil, com exceção do uso do composto CBD em algumas condições neurológicas autorizadas pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) (BRUCKI et al., 2015).

O presente estudo objetivou discutir o potencial do CBD considerando a importância das pesquisas para o desenvolvimento de novas drogas.

METODOLOGIA

Os artigos selecionados para a presente revisão foram identificados por meio de busca eletrônica nos bancos de dado Scielo e Pubmed, utilizando-se como palavras-chave a combinação dos termos: canabidiol, ∆9-THC, marijuana e farmacologia, nos idiomas inglês e português.

RESULTADOS

A potencialidade terapêutica da Cannabis sativa está relacionada ao grande número de substâncias químicas encontradas em amostras desta planta, definidas como canabinóides.

O canabidiol (CBD), presente na planta é desprovido dos efeitos psicóticos, característicos do principal composto, o (∆9-THC). Receptores canabinóides identificados em

1 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – CEULJI/ULBRA - [email protected] 2 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI - [email protected] 3 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI – [email protected] 4 Acadêmico do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI – [email protected] 5 Orientador, docente das disciplinas de Farmacologia e Toxicologia do CEULJI /ULBRA.

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ratos, foram classificados em: tipo 1 (CB1), localizados no sistema nervoso central (SNC), e do tipo 2 (CB2), localizados fora do SNC (GUILHERME et al., 2014).

Evidências sugerem que o CBD apresenta potencial terapêutico para o tratamento dos sintomas de distúrbios psiquiátricos, tais como a depressão, a ansiedade e algumas psicoses. Contudo, apesar dos efeitos farmacológicos terem sido testados em diferentes sistemas biológicos in vitro e in vivo, o mecanismo de ação ainda não foi completamente elucidado (PEDRAZZI et al., 2014).

Estudo desenvolvido na New York University School of Medicine, com pacientes epilépticos, utilizando uma dose diária de um produto contendo 98% de CBD, demonstraram que 39% dos pacientes tiveram redução de 50% de suas crises. Os efeitos colaterais mais comuns foram sonolência, fadiga, diarreia entre outros. Tal resultado não difere dos resultados disponíveis na literatura dos mais de 20 fármacos antiepilépticos disponíveis no mercado (BRUCKI et al., 2015).

Resultados inéditos são importantes na medida em que oferecem uma nova alternativa de tratamento a estas pessoas, melhorando a qualidade de vida e aumentando as chances de sucesso do tratamento, todavia, as pesquisas clínicas estão limitadas devido à restrição legal ao uso de medicamentos derivados da Cannabis SP, embora o CBD não possua propriedades psicoativas (BERGAMASCHI, 2014).

A utilização medicinal da Cannabis sativa é proibida no Brasil, mas sabe-se que grande parte da população faz uso de maneira ilegal, como droga ilícita. Contudo, recentemente o uso do CBD, foi liberado para importação e uso medicinal pela ANVISA, exige-se prescrição, laudo médico e termo de responsabilidade (SANTOS et al., 2011; BRUCKI et al., 2015).

Para Fioravanti (2006), há uma oportunidade valiosa para a medicina mediante a implementação de uma planta com tantas propriedades para fins terapêuticos. O obstáculo está no distanciamento entre as universidades e as indústrias, caso contrário, um considerável número de pessoas já se beneficiariam com os medicamentos derivados que apresentam menor custo benefício e toxicidade.

CONCLUSÃO

Estudos com a Cannabis sativa têm chamado atenção, pela capacidade na promoção do alívio de sinais de doenças mentais, minimizando ataques epiléticos e controlando ansiedade, por exemplo.

A falta de regulamentação sobre os canabinóides limita os estudos, portanto, espera-se que em um futuro próximo, o CBD possa ser utilizado como medicamento para o tratamento contra outras doenças.

REFERÊNCIAS

BERGAMASCHI, MATEUS M. Rimonabant effects on anxiety induced by simulated public speaking in healthy humans: a preliminary report. Human Psychopharmacology – Clinical and Experimental, v. 29, n. 1, p. 94-99, Jan 2014.

BRUCKI, S. M. D, FROTA N. A. , SCHESTATSKY P. et al. Canabinoides e seu uso em neurologia. São Paulo, vol 73, n 4, Abr 2015.

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CRIPPA, J A S. ZUARDI, A W. HALLAK, J E C. Uso terapêutico dos canabinoides em psiquiatria . Ribeirão Preto, vol 32, n 1, p 56 – 66, Mai 2010.

FIORAVANTI, C. Extraído da maconha, canabidiol age contra ansiedade e outros distúrbios mentais. Ribeirão Preto, p 37 – 41, Jul 2006.

GUILHERME, C G. et al. Cannabis sativa (maconha): uma alternativa terapêutica no tratamento de crises convulsivas. João Pessoa, Dez 2014.

HONÓRIO, M. K.. ARROIO, A.. et. al. Aspectos terapêuticos de compostos da planta Cannabis sativa. São Carlos – SP, vol 29, p 318. 2006.

PEDRAZZI, J.F. C. et al. Perfil antipsicótico do canabidiol. Revista FMRP. Ribeirão Preto, p. 112-119, fev 2014.

SANTOS, M, SANTOS C, CARVALHO M. Cannabis sativa e Salviadivinorum – Uso irresponsável de plantas medicinais com atividades psicoativas. Revista de Trabalhos Acadêmicos América do Norte. Jun. 2011. Disponível em: http://revista.universo.edu.br/index.php? journal=1reta2&page=article&op=view&path%5B%5D=355&path%5B%5D=239. Acesso: 20/09/2015.

SCHIER, A. R. DE M, et al. Cannabidiol, a Cannabis sativa constituent, as an anxiolytic drug. São Paulo, Jun 2012.

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SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CEULJI/ULBRA

A IMPORTÂNCIA DE AÇÕES PREVENTIVAS RELACIONADAS À S ÍFILIS CONGÊNITA

Pâmela Ferreira1

Stefany Santos2

Vinícius Mateus S. Cheute3

Orientador: Prof.º Antônio Nogueira Neto 4

INTRODUÇÃO

A sífilis congênita é causada pela transmissão do Treponema pallidum da gestante infectada para o feto, é uma doença infectocontagiosa, transmitida pela via sexual e verticalmente durante a gestação. Sendo a maioria dos recém-nascidos infectados com sífilis congênita ainda no útero, podendo ocorrer contaminação por contato com uma lesão genital ativa, no momento do parto (SILVA, et. al., 2015). É caracterizada por períodos de atividade e latência pelo acometimento sistêmico disseminado e pela evolução para complicações graves em pacientes que não foram tratados adequadamente ou que não fizeram o tratamento (AVELLEIRA, et. al., 2006).

A doença vem sendo tratada desde 1943 com penicilina, a droga mais eficaz no tratamento contra a sífilis que apesar de baixo custo, vem-se mantendo como problema de saúde publica até os dias atuais (AVELLEIRA, et. al., 2006). O controle da sífilis encontra muitas barreiras de ordem demográfica, socioeconômica e comportamental, como relacionadas à qualidade da assistência à saúde. No Brasil, o controle da sífilis no âmbito da saúde pública representa um grande desafio ainda não superado. Uma breve revisão da literatura revela que a sífilis congênita continua sendo um sério problema em todas as regiões do País (HEBMULLER, 2015).

Destaca-se, portanto, a importância de estudos epidemiológicos que analisem os casos de sífilis considerando que ao longo dos anos ocorreram mudanças significativas nas práticas sexuais e no perfil da população acometida pela doença.

METODOLOGIA OU MATERIAL E MÉTODOS

Todo o estudo analisado neste artigo segue por meio de pesquisas bibliográficas, onde seus resultados foram levantados a partir de material já elaborado, constituído de outros artigos sobre a temática associada nas bases de dados Scielo e Google acadêmico. Disponível

1 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 2 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 3 Acadêmico do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 4 Professor do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – Mestre em Tecnologia Nuclear – [email protected]

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online em texto completo. Para seleção dos artigos, foram considerados como critérios de inclusão, artigos que abordassem a sífilis congênita.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica Treponema pallidum da gestante infectada via transplancetária. Em qualquer fase gestacional ou estágio da doença materna pode-se ocorrer à infecção do embrião. Os principais fatores que determinam a probabilidade de transmissão são o estágio da sífilis na mãe e a duração da exposição do feto no útero. Sendo maior a transmissão nas fases iniciais da doença (AVELLEIRA, et. al., 2006).

A sífilis congênita é dividida em dois períodos: a precoce (até o segundo ano de vida) e a tardia (surge após segundo ano de vida). A maior parte dos casos de sífilis congênita precoce é assintomática (cerca de 70%), porém o recém-nascido pode apresentar prematuridade, baixo peso, hepatomegalia, esplenomegalia, lesões cutâneas (pênfigo, sifilítico, condiloma plano, petéquias, púrpura, fissura peribucal), periostite, osteocondrite, pseudoparalisia dos membros, sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, rinite sero-sanguinolenta, icterícia, anemia, linfadenopatia generalizada, convulsão e meningite, trombocitopenia, leucocitose ou leucopenia. Na sífilis congênita tardia, as manifestações clínicas são raras e resultantes da cicatrização da doença sistêmica precoce, podendo envolver vários órgãos (SES, 2008).

Sobre a sífilis, foi lançado em 2015 o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde que traz dados alarmantes. Uma das informações mais preocupantes mostra que em 2004, a taxa de infecção era de 1,7 casos para cada 1.000 nascidos vivos. Em 2013, essa taxa aumentou significativamente para 4,7, sendo um aumento de mais de 100%, em menos de dez anos. A taxa de mortalidade infantil por sífilis também aumentou nos últimos dez anos, no Brasil, passando de 2,2 mortes por 100.000 nascidos vivos em 2004, para uma média de 5,5 em 2013 (SILVA, et al., 2015).

A transmissão vertical da sífilis pode se dar em qualquer período da gravidez. Admite-se que o risco de transmissão fetal ocorra entre 30 e 100% dos casos dependendo do estágio da doença materna. Quanto mais recente for a infecção e maior for a espiroquetemia maior será o risco de contaminação fetal. A sífilis materna não tratada pode determinar o abortamento espontâneo, parto prematuro, baixo peso ao nascer, óbito fetal, óbito neonatal e as lesões e complicações da sífilis congênita (ARAUJO, et al., 2006).

É importante destacar a possibilidade de que as mulheres tenham sido informadas sobre a doença e este resultado sugere a necessidade de reavaliar as estratégias educativas que, ao longo da história, vêm sendo reproduzidas dentro do setor saúde. Também é de se esperar que populações pobres, com baixo nível de escolaridade, tenham dificuldades de apreender informações (SILVA, et al., 2010).

O nível de instrução dos indivíduos pode ter efeito na percepção dos problemas de saúde e na capacidade de entendimento das informações nessa área, como também no consumo e na utilização dos serviços de saúde e na adesão aos procedimentos terapêuticos. Dessa forma, percebemos que o conhecimento inadequado das participantes também pode estar associado ao nível de escolaridade das mesmas (CAVALCANTE, et al, 2012).

CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sífilis é uma das doenças que mais causam danos às gestantes e seus conceptos. Embora o agente causador seja conhecido e sua transmissão esteja estabelecida, ainda persiste como um grave problema de saúde pública.

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A pesquisa realizada mostrou que existe um espaço entre a intenção e a ação no que se refere à ampliação do acesso, não apenas em relação ao número mínimo de consultas estabelecidas, mas é importante que se verifique constantemente a qualidade dos serviços e consultas realizadas. A presença da infecção mostra uma falha no programa de DSTs, e revela a necessidade de se promover atividades referentes à saúde básica realizadas durante o pré-natal.

A carência de informações acerca da sífilis dificulta a procura por informações de gestantes. Dessa forma, observa-se a necessidade de promoção de ações que direcionem ao controle da doença, incluindo ações de notificação, tratamento adequado e acompanhamento sorológico para a comprovação da cura, a fim de que possam estabelecer mudanças que impliquem em melhor enfrentamento da doença.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, E C et al. Importância do pré-natal na prevenção da Sífilis Congênita. Rev. Para. Med., Belém, v. 20, n. 1, mar. 2006.

AVELLEIRA, J. R. BOTTINO, G. Sífilis: diagnóstico, tratamento e controle. p. 111-112 Rio de Janeiro-RJ, 2006.

CAVALCANTE, A E. et al., Diagnóstico e tratamento da sífilis: uma investigação com mulheres assistidas na atenção básica em Sobral, no Ceará. Jornal Brasileiro de DSTs. Ceará, 2012.

HEBMULLER, M. G. F. H. H. et. al.. Gestações subsequentes em mulheres que tiveram sífilis na gestação. Rio de Janeiro-RJ, 2015.

SES (Secretaria de estado da saúde). Sífilis congênita e sífilis na gestação. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 42, n. 4, p. 768-772, Aug. 2008.

SILVA, L. FERNANDES, A M F. A recrudescência da sífilis congênita: um alerta. São Paulo-SP, 2015.

SILVA, M R F, et al. Percepção de mulheres com relação à ocorrência de sífilis congênita em seus conceptos. Rev APS. 2010; 13(3): 301-309.

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SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CEULJI/ULBRA

A TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO

Pâmela Ferreira1

Stefany Santos2

Orientador: Prof.º Antônio Nogueira Neto3

INTRODUÇÃO

A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo protozoário intracelular obrigatório Toxoplasma gondii, sendo os gatos os únicos hospedeiros definitivos do protozoário. (PRADO, 2011).

Segundo estudos realizados no Brasil, a soro prevalência de toxoplasmose na população em geral varia aproximadamente entre 40 e 80%. Apesar desses valores elevados, as maiores preocupações são voltadas às gestantes, devido à possibilidade de infecção congênita, a principal forma da doença em mulheres não imunes que soro converte durante a gestação, que pode ser muitas vezes grave e até letal (MARGONATOL et. al, 2008).

A infecção pode ser adquirida por meio da ingestão de oocistos que necessitam de 1 a 5 dias para tornarem infectantes e eles são liberados pelas fezes de felídeos que podem estar presentes na água ou alimentos, ingestão de carne crua ou mal cozida (FIGUEIREDO, et. al., 2010).

O Toxoplasma gondii é capaz de atravessar a barreira transplacentária, atingir o concepto e ocasionar a forma de infecção congênita, levando ao desenvolvimento de complicações neurológicas, oculares, auditivas e norte intraútero (SARTORI, MINAMISAVA, AVELINO, & MARTINS, 2011).

Considerando-se a carência de informações sobre a cadeia epidemiológica da toxoplasmose no nosso ecossistema, o presente trabalho teve como objetivo estudar a soropositividade do T. gondii em gestantes, assim como possíveis fatores de risco.

Palavras chave: Toxoplasmose, protozoário, Toxoplasma gondii, gestação, infecção.

METODOLOGIA OU MATERIAL E MÉTODOS

1 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 2 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 3 Professor do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – Mestre em Tecnologia Nuclear – [email protected]

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Todo o estudo analisado neste artigo segue por meio de pesquisas bibliográficas, onde seus resultados foram levantados a partir de material já elaborado, constituído de outros artigos sobre a temática associada nas buscas eletrônicas das bases de dados Scielo (SciELO - Scientific Electronic Library Online), revistas eletrônicas e Google acadêmico. Para seleção dos artigos, foram considerados como critérios de inclusão, artigos que abordassem a toxoplasmose na gestação.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A maioria das mulheres com ao longo da vida que já entraram em contato com oToxoplasma gondii são imunes devido a formação de anticorpos específicos e de memória que o sistema imunológico produz, na qual apresentam IgG positivos, sendo assim não há risco de transmissão da doença ao filho ao ficarem grávidas. Porém, aquelas que entram em contato pela primeira vez com o protozoário e estão grávidas podem sofrer consequências ao contrair a toxoplasmose de modo que o risco de o feto ser infectado é maior. (PINHEIRO, 2016).

Geralmente, a infecção em adultos ocorre de forma assintomática. Quando presentes, os sintomas são suaves inespecíficos semelhantes a um quadro gripal (por ex. febre, dores musculares e articulares, comprometimento da visão, dor de cabeça e garganta) tornando o diagnóstico clínico difícil, o principal problema desta infecção é a ocorrência no período gestacional trazendo malefícios para o bebê (MARTINS, 2002).

O risco de o bebê ser infectado durante os primeiros trimestre da gestação é menor do que se a infecção acontecer no último semestre, mas os riscos de lesões são maiores no início da gestação (SEDICIAS, 2015). Para um bebê no útero, os efeitos da toxoplasmose podem ser bem mais graves. Variando de acordo com o período da gravidez em que começou a infecção. Sendo piores os danos, quanto mais cedo o bebê for infectado. Podendo a infecção levar a um aborto espontâneo ou à morte do bebê no útero, além da possibilidade de provocar hidrocefalia (excesso de líquido no cérebro), problemas de visão ou em outros órgãos da criança (BABYCENTER, 2015).

O tempo de tratamento será determinado pelas manifestações, locais acometidos e principalmente o estado imunológico da pessoa (SBI, 2014). Acredita-se que a medicação ministrada à mãe reduza a chance de transmissão vertical ao feto. O tratamento antenatal da toxoplasmose congênita com espiramicina para reduzir a transmissão vertical ou pirimetamina associada à sulfadiazina para os fetos que já estão infectados (FIGUEIRÓ-FILHO, 2007).

No Brasil, a toxoplasmose congênita tem implicações mais sérias do que na Europa. De acordo com pesquisas há um risco de crianças brasileiras desenvolver lesões oculares cinco vezes maior do que as europeias decorrentes dessa doença, pondo em vista que a toxoplasmose é a principal causa da cegueira (LEAL, 2009). A manifestação desta alteração oftalmológica é caracterizada com a diminuição da visão ou visão turva; fotofobia (sensibilidade à luz); dor ocular; corpos flutuantes (“moscas volantes”); ismetamorfopsias (alteração nas formas) (PEREIRA, 2015).

À vista disso, observa-se que há um descaso de combate à toxoplasmose no Brasil. Em determinadas fontes pesquisadas verificaram-se que não existe um programa para forma congênita da doença no Sistema Único de Saúde (SUS), além de não conter uma política pública que faça com que os médicos deem mais atenção a essa doença. Demostrando que a toxoplasmose está na lista das doenças negligenciadas no país. (LEAL, 2009).

CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Compreende-se que apesar de algumas gestantes serem imunes a toxoplasmose e assim não transmitir para o seu primogênito, é necessário cuidados com a higiene e conscientização em relação a tal doença. Pois, há mulheres que não são imunes de modo que pode ser letal para o feto. De certa forma é preciso que haja um acompanhamento pré-natal verificando-se o estado do bebê prevenindo a infecção e proporcionando bem-estar à criança. Embora, não possua planejamento adequado para o combate da toxoplasmose no Brasil.

REFERÊNCIAS

BABYCENTER,Toxoplasmose na gravidez. Rev. Eletrônica. São Paulo-SP, 2015.

FIGUEIRÓ-FILHO, E. A. et. al. Toxoplasmose aguda: revisão de métodos diagnósticos baseada em evidências e proposta de protocolo de seguimento durante a gestação. FEMINA, Vol. 35, nº 11. 2007

FIGUEIREDO, R. Helen et. al. Inquérito soroepidemiológico para toxoplasmose e avaliação dos condicionantes para sua transmissão em universitários de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Mato Grosso do Sul, 2010.

LEAL, T.. Toxoplasmose é mais perigosa no Brasil. Fonte: Ciência Hoje. Outubro de 2009. Disponivel em: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/medicina-e-saude/toxoplasmose-e-mais-perigosa-no-brasil

MARGONATOL, Fabiana et. al. Toxoplasmose gestação diagnóstico tratamento e importância de protocolo clínico. Londrina-PR, 2008.

MARTINS, C. (2002). Toxoplasmose na Gravidez. Rev Port Clin Geral , 333-40.

PRADO, A. A.F. et. al. Toxoplasmose: o que o profissional da saúde deve saber. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12; 2011 Pág. 1.

PINHEIRO, P. (31 de JANEIRO de 2016). Toxoplasmose na Gravidez. Fonte: MD. SAÚDE: http://www.mdsaude.com/2010/08/toxoplasmose-gravidez-toxoplasmose.html

PEREIRA, M. M. (s.d.). O que é toxoplasmose ocular? Fonte: SAÚDE E BEM ESTAR: 2015. Disponível em: http://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/toxoplasmose-ocular/

SARTORI, A. L., Minamisava, R., Avelino, M. M., & Martins, C. A. (2011). Prenatal screening for toxoplasmosis and factors associated with seropositivity of pregnant women in Goiânia, Goiás. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.

SEDICIAS, Sheila. Saiba quais são os riscos da toxoplasmose na gravidez. 2015.

Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Toxoplasmose. 2014. Disponível em: http://www.infectologia.org.br/posts-224/

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¹Discente do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA. ²Docentedo Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA.

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DAS ÁGUAS DE POÇOS RASOS ESCAVADOS DO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OESTE-RONDÔNIA.

Andreza Cabral Machado1

Heleiny Hoffmann¹

Hevelyn Santos Coser¹

Prícila Oliveira¹

Antônio Carlos Nogueira Neto2

Pôster – Biomedicina

Introdução

A água é reconhecida como uma substância indispensável para a vida, presente na natureza, e parte constituinte fundamental para a conservação dos ecossistemas e da vida de todos os seres em nosso planeta, sendo assim o consumo da água tratada um dos fatores primordiais para a manutenção da saúde. (WOLKMER; PIMMEL, 2013). A água para o consumo humano se encontra na forma superficial, em córregos, rios e lagos e subterrânea nos interstícios do solo e subsolo (DRM-RJ, 2001).

Mais da metade da população mundial depende das águas subterrâneas e águas podem ser captadas no aquífero confinado, que se encontra entre duas camadas relativamente impermeáveis, o que dificulta a sua contaminação, ou ser captada no aquífero não confinado ou livre, que fica próximo à superfície, e está, portanto, mais suscetível à contaminação. (BORGUETTI et al., 2004).

A forma mais utilizada para a captação da agua subterrânea é a construção de poços do tipo escavado, popularmente conhecido como cacimba. São geralmente produzidos de forma manual, por meio de escavação e dificilmente ultrapassa 10 metros de profundidade, ou seja, é de captação rasa, aproveitando essencialmente o lençol freático, utilizando-se revestimento de anéis de concreto ou tubos de PVC de pequeno diâmetro. Este tipo de captação, amplamente utilizado por populações de periferia e do interior, geralmente desprovidas de rede de abastecimento de água e esgoto, é responsável pela maioria das doenças de veiculação hídrica por ingestão de águas contaminadas, especialmente por coliformes fecais. (CAPUCCI; et al. 2001).

A Portaria nº 2.914/2011 do Ministério da Saúde estabelece que sejam determinados, na água, para verificar sua potabilidade, a ausência de coliformes totais e termotolerantes de preferência Escherichia coli e a contagem de bactérias heterotróficas.A contaminação por esse grupo de bactérias podeocorrer por meio do próprio lençol, por águas de superfície e enxurradas, por infiltração de água contaminada da superfície através de paredes laterais e entrada de objetos contaminados. A alteração dos parâmetros físico-químicos aliados à presença de contaminantes e a localização e conservação inadequada dos poços são responsáveis pela maior parte dos surtos de doenças como diarreia, hepatite e verminose, principalmente em crianças. (ESCHER; et al., 2009).

O presente trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade da água depoços rasos escavados utilizando a analises parasitológicas e microbiológicas, permitindo qualificara presença de microrganismos, quepodem ser nocivos ao homem.

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Metodologia

Foi realizada a técnica de tubos múltiplos utilizando os meios de fermentação da lactose, para contagem de coliformes totais, termotolerantes e E.coli. Para cada amostra foi feito a técnica a seguir: com uma pipeta de 10 ml, foram adicionadas 10 porções de 10 ml de amostra em 10 tubos de ensaio com tubos de Durhan invertidos em seu interior, contendo 10 ml do Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) em concentração dupla, em seguida incubou os tubos a 35°C por 24 horas e observou se houve ou não produção de gás. Em caso negativo, incubou-se novamente até completar 48 horas, em caso positivo transferiu-se, de cada amostra, uma alçada da cultura para os tubos de Caldo Verde Brilhante Bile (VB) e outra alçada para tubos de Caldo E.coli, incubou os tubos a 35°C por 24 horas e observou se há crescimento com produção de gás, confirmativo de coliformes totais com o Caldo VB e termotolerantes com o Caldo EC. Ao fim do processo, foi anotado o numero de tubos positivos e determinou-se o Numero Mais Provável (NMP). Os resultados foram expressos em forma de tabelas e gráficos (SILVA; et al.,2005 e BRANDÃO, 2012).

Para a pesquisa parasitológica da água utilizou-se o método de concentração por sedimentação espontânea (Hoffmann, Pons&Janer, 1934). Em se tratando de agua a técnica é muito simples, a amostra foi colocada em um copo cônico, aguardou-se de 1 a 2 horas e analisou-se o sedimento.

Resultados e discussão

As amostras de água de poço obtidas nos bairros do município de Ouro preto do Oeste apresentaram em sua maioria (85%) contaminação por coliformes totais, também foi significativa a contaminação por Escherichia coli, onde45% das amostras positivaram, sugerindo contaminação fecal.

Das 20 amostras 11 apresentaram o número máximo de tubos positivos para coliformes totais. Já para E.coli, das 9 amostras positivas, 3 apresentaram o numero máximo de tubos positivos. Em quatro amostras do total foi observada a presença do parasita Balantidium coli.

Segundo a fundação nacional da saúde (FUNASA, 2009) a água potável não deve conter microrganismos patogênicos e deve estar livres de bactérias indicadoras de contaminação fecal. Sendo assim a maioria das aguas de poços utilizadas no município estão improprias para consumo.

A Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (EMBASA) em 2003 realizou um estudo sobre aguas de poços com resultados relativamente parecidos, onde obteve 90,8% de amostras com coliformes totais, e 65,8% para termotolerantes. Mostrando assim que em sua maioria a agua era impropria para o consumo humano, uma vez que a resolução n° 20/86 do Conama que os coliformes totais devem estar ausentes em qualquer amostra.

Conclusão

A adoção de medidas simples para a proteção das fontes aliada ao desenvolvimentodetrabalhosde educaçãosanitária,aotratamento daságuascomprometidaseao tratamento de dejetos são práticas essenciaisparamanutençãoda qualidade das águas. (ESCHER, et al.,2008).

Uma vez que a agua subterrânea é maior parcela de agua doce existente no globo, e de total necessidade a preservação e o tratamento da própria.

A falta de saneamento básico interfere diretamente na qualidade da agua subterrânea, porem ainda assim, ela pode ser consumida se tratada através de cloração e filtração.

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Referências bibliográficas

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AGROTÓXICOS E SAÚDE DO TRABALHADOR: ALGUNS FATORES DE RISCO

Andreia Guido dos Santos1

Dalainy E. Maia2

Monalis Gomes Novais3

Niltra Beltrão Rosa4

Vinicius Marques de Freitas5

Giselli Cristina A. Pereira6

INTRODUÇÃO

Os agrotóxicos nos afetam diretamente ou indiretamente, a que estamos expostos a

curto ou a longo prazo. Eles causam danos à saúde humana, por intoxicações, doenças

crônicas, problemas reprodutivos, també maos animais e o ao meio ambiente.2,3,4

O agrotóxico é muito utilizado para destruir pragas e doenças causadas na

agricultura,10 possui inúmeras denominações relacionadas as substâncias químicas utilizadas

no controle de pragas e doenças de plantas,9 como pesticidas, defensivos agrícolas, remédios

de planta ou veneno. Eles são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou

biológicos, utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos

agrícolas, pastagens, proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de

ambientes urbanos, hídricos e industriais.7

Os agrotóxicos são mais utilizados por trabalhadores rurais que são altamente

vulneráveis,1,4há uma grande dificuldade na utilização de equipamentos de segurança EPI’S e

EPC’S, como como calça, botas, jaleco, avental, respirador, viseira, touca árabe e luvas, e isso

é uma consequência a saúde,6a todos organismos vivos ao nosso redor, seres humanos,

animais e ao meio ambiente.2 Outro problema é a dificuldade de compreenderem as instruções

quanto ao uso seguro dos agrotóxicos. Outro fator também é o tempo que o indivíduo fica

exposto ao produto. O Brasil está entre os maiores consumidores de agrotóxicos do mundo e

nos últimos tempos cresceu bastante em relação ao consumo.5

1 Acadêmica do quinto período do curso de Bacharel em Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected]

2 Acadêmica do quinto período do curso de Farmácia do CEULJI/ULBRA - 3 Acadêmica do quinto período do curso de Bacharel em Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected] 4 Acadêmica do quinto período do curso de Bacharel em Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected] 5Acadêmico do quinto período do curso de Bacharel em Biomedicina do CEULJI /ULBRA - [email protected] 6 Enfermeira (2005), Especialista em Enfermagem do Trabalho (2007) pela Unileste. Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade pela UNEC. - [email protected]

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As doenças são os danos e/ou agravos da saúde dos trabalhadores, que mechem com

essas substâncias tóxicas, podendo ser por vias de exposição: respiratória, digestão. Existem

três tipos de intoxicação3 intoxicação aguda ocorre pelo contato direto com o produto, seus

sintomas aparecem rapidamente até horas após a exposição, pode haver coceira, irritação nos

olhos e pele, vômito, diarréia, convulsões e podendo levar até a morte. A intoxicação

subaguda ocorre por exposição moderada e seu aparecimento é mais lento, seus sintomas são

doresde cabeça, mal-estar e sonolência. E a intoxicação crônica ocorrem pela

contaminação,seu surgimento é tardioacarretando danos irreversíveiscomo neoplasias e

paralisias. Em caso de intoxicação procure imediatamente um médico.

Um estudo realizado pelo SINITOX (Sistema Nacional de Informações Tóxico-

farmacológicas) e pelo CICT da FIOCRUZ alerta para o consumo indiscriminado dessas

substâncias.No Brasil em 2003 ouve-se 14 mil casos de intoxicações e 238 óbitos, segundo o

SINITOX, e isto deve-se a crescente exposição da população a esses produtos, pois o produto

ficou cada vez mais acessível à população.O sexo masculino apresenta omaior número de

óbitos por acidente por agrotóxicos.A contaminação por agrotóxico estárelacionada ao mal

uso dessa substancia,este produto tóxico pode prejudicar a saúde de diversas pessoas.8,11O

controle do descarte das embalagens usadas é feito pelos órgãos do estado e empresas

licenciadas, sendo expressamente proibida a queima das mesmas.

OBJETIVO

O presente artigo tem como objetivo descrever alguns fatores causados por

agrotóxicos a que os trabalhadores rurais estão expostos. Este estudo busca mostrar o alerta do

uso indiscriminado deste produto que o SINITOX, CICT da FIOCRUZ tenta nos mostrar.

METODOLOGIA

O estudo consiste em uma revisão bibliográfica, identificada por meio de busca

eletrônica nos periódicos de bancos de dados, revistas eletrônicas, livros, FIOCRUZ,

SINITOX, compostos por estudos de procedimento de revisão bibliográfica sobre o assunto.

A revisão foi desenvolvida em etapas: escolha do tema; leitura de todo material; formulação

do principal fator que é o problema; fichamento e organização do artigo.

RESULTADOS

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Todos os estudos analisados nesta revisão bibliográfica demonstram que os

agrotóxicos afetam os trabalhadores, muitas vezes por falta de treinamento dos mesmos para o

manuseio e a falta de equipamentos de segurança (que pode ocorrer faltar pela condição

financeira do agricultor para adquirir o equipamento ou por falta de conhecimento dos perigos

que ele está passando).

CONCLUSÃO

O uso dos agrotóxicos afeta a saúde, não só do ser humano, mas também causa danos

à saúde animal e ao meio ambiente. Isso acontece devido a vários fatores, entre eles destaca-

se o uso inadequado de equipamento de proteção pessoal e falta de conhecimento dos

trabalhadores do campo, pois são os trabalhadores do campo que mais manipulam os

agrotóxicos devido estar completamente ligado na produção de alimentícia, tornando-se assim

mais exposto e venerável aos agrotóxicos afetando sua saúde e se submetendo a uma

intoxicação pelo mesmo.

REFERÊNCIAS

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¹Acadêmicos do Curso de Biomedicina, do Centro Universitário Luterano de Ji-paraná CEULJI-ULBRA. E-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected] ²Professor orientador, docente do Centro Universitário Luterano de Ji-paraná CEULJI-ULBRA. E-mail: [email protected]

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA DO IGARAPÉ OURO PRETO, LOCALIZADO NA CIDADE DE OURO PRETO DO OESTE – RO, P OR MEIO DE

ANÁLISES FISICO-QUIMICAS E ECOTOXICOLOGICAS, UTILIZ ANDO A ESPÉCIE Artemia salina

Heleiny de Oliveira Hoffmann Siring¹

Andreza Cabral Machado ¹

Prícila Andressa de Oliveira Dos Santos ¹

Hevelyn dos Santos Coser ¹

Jodiane Bastos de Freitas Maciel¹

Antônio Carlos Nogueira Neto ²

Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná

Introdução

A água é um recurso essencial para vida, a mesma é composta por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio, sendo de extrema importância para os organismos, no homem representa 70% do seu peso (OLIVEIRA, 2012).

De acordo com a portaria n°2.914/2011do Ministério da Saúde, água potável para o consumo do homem pode ser, destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos e à higiene pessoal. É necessário que esteja dentro dos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos, livre de microrganismos patogênicos, de substâncias e elementos químicos nocivos à saúde.

A água que os seres humanos consomem provém de mananciais, lagoas, rios e lençóis subterrâneos, sendo que os reservatórios subterrâneos são as maiores fontes de água doce disponíveis no planeta (MOURA,2009; ALBUQUERQUE, 2001)

A bacia hidrográfica do município é constituída pelos rios Branco (afluente do rio Jaru), Boa Vista e outros afluentes do rio Machado. É constituída ainda de numerosos igarapés dentre eles o igarapé Ouro Preto (VILHENA; SIQUEIRA 2001).

Fatores como, a ausência de rede de esgoto, a falta ou inadequada manutenção de reservatórios, inexistência de aterros sanitários ou o uso indiscriminado de agrotóxicos próximo às margens dos rios ainda são os principais meios de contaminação de fontes hídricas (BETTEGA, 2006). A presença destes poluentes em meio aos recursos hídricos altera

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¹Acadêmicos do Curso de Biomedicina, do Centro Universitário Luterano de Ji-paraná CEULJI-ULBRA. E-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected] ²Professor orientador, docente do Centro Universitário Luterano de Ji-paraná CEULJI-ULBRA. E-mail: [email protected]

diversas substâncias presentes na água, modificando sua composição físico-química e biológica (BRASIL, 2007).

Com a análise ecotoxicológica da água do igarapé Ouro Preto, é avaliado o comportamento e as modificações de agentes químicos no meio ambiente, dando seus efeitos e a respostas sobre a biota sendo utilizados ensaios de toxicidade com os microcrustáceos para avaliar a carga tóxica que será obtida sobre a água do igarapé (BERTOLETTI, 1990).

Objetivo

Avaliar a qualidade da água do Igarapé Ouro Preto por meio de análises físico-químicas e ecotoxicológicas.

Metodologia

A coleta foi realizada em 3 pontos do igarapé Ouro Preto, sendo P1 antes da zona urbana, P2 no meio da zona urbana, e P3 após a zona urbana. A coleta foi feita a uma profundidade de 15 a 30 cm abaixo da lamina d'água, de acordo com os procedimentos especificados na Norma ABNT 9898.

O ensaio de toxicidade sobre Artemia salina foi realizado através da adaptação da metodologia de Meyer et al. (1982), preparando-se uma solução com sal marinho na concentração de 30%. O pH foi ajustado entre 8,0 e 9,0 e a solução foi utilizada para eclosão dos ovos de Artemia salina e no preparo das demais diluições. Os ovos foram colocados para eclodir na solução salina por 48 horas, com iluminação e aeração constante a 25 ºC (LHULLIER, C. 2005).

Para o controle positivo foi usado dicromato de potássio (K2Cr2O7). A solução foi preparada pesando 0,0500 g e dissolvendo em um volume de 50mL. O controle negativo foi com 100% de solução salina. As diluições foram feitas à25%, 50%, 75% e 100% da amostra e 10 náupilos de Artemia salina foram transferidos para tubos contendo as diluições. O ensaio é realizado em triplicata de amostras, sendo a contagem dos animais mortos e vivos realizada após 24 h (LHULLIER, C. 2005).

A análise dos parâmetros físico-químicos foi realizada por meio do Kit de parâmetros de análise da água da empresa Alfa Kit®, que permite a avaliação da qualidade da água segundo os parâmetros estabelecidos pelas normas do CONAMA e Ministério da Saúde e Ministério do Meio Ambiente. Os kits possuem todo o material necessário para o desenvolvimento das análises.Além dos kits foi utilizado o equipamento Fotoclorímetro AT 100P da Alfa Kit® que realiza a leitura das amostras submetidas aos reagentes.

Resultados e Discussão

Nenhuma das concentrações no ensaio ecotoxicológico houve morte de mais de 50% da população testada.

Os resultados das análises físico-químicas obtidos foram avaliados conforme os valores máximos permissíveis preconizados através da resolução nº 357/2005 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

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¹Acadêmicos do Curso de Biomedicina, do Centro Universitário Luterano de Ji-paraná CEULJI-ULBRA. E-mail: [email protected]@[email protected]@[email protected] ²Professor orientador, docente do Centro Universitário Luterano de Ji-paraná CEULJI-ULBRA. E-mail: [email protected]

Os parâmetros que sofreram alteração foram: amônia, cloro, ferro, manganês e zinco. Porem os que sofreram maiores alterações e em todos os pontos de coleta foram o cloro, ferro e manganês.

Estudos realizados no Canadá relacionados à água clorada indicam uma relação entre a dosagem de cloro e o câncer de estomago, câncer retal e câncer de tórax (VANBREMEM, 1984).

O ferro atua na formação da hemoglobina, sua carência pode causar anemia e o excesso aumenta a incidência de problemas cardíacos e diabetes. O acumulo de ferro no organismo também pode ocasionar cirrose e tumores hepáticos(MAHAN, 2000).

O efeito tóxico do manganês produz sintomas semelhantes ao da doença de Parkinson, distúrbios psicológicos e falta de coordenação motora(SAMPAIO, 2003).

Conclusão

Diferentes amostras e concentrações foram testadas frente a espécie Artemia salina e realizados teste físico-químicos para a associação dos resultados em relação ao perímetro urbano. Durante a analise e comparação dos dados observou-se que a toxicidade foi aumentada ao igarapé passar pela cidade. Despertando a atenção para possíveis problemas sanitários que a população venha enfrentando.

Referências

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ANEMIA FERROPRIVA EM GESTANTES

Angelica P. Maas1

Jessica Fernanda Brum2

Nayara Dutra de Oliveira3

Niltra Beltrão Rosa4

Vinicius Marques de Freitas5

Rosineide V. Gois6

INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define anemia como a dimunição da

taxa de hemoglobina sanguínea, a diminuição da hemoglobina total funcionante na

circulação,8 a deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia em todo o planeta e

é uma das doenças crônicas mais comuns.3 Abaixo de 13 g/dL para homens adultos, 12

g/dL para mulheres adultas e 11 g/dL para gestantes e crianças de seis meses a seis

anos.2,3,8

A anemia causa hipóxia tecidual devido a diminuição do número de hemácias ou

do conteúdo de hemoglobina. A dieta inadequada causa deficiência de ácido fólico e

pode contribuir para a deficiência de ferro, originando a anemia,4e se desenvolvere em

três estágios: 1) depleção dos estoques de ferro; 2) depleção mais intensa dos estoques

de ferro com diminuição da concentração de ferro no sangue; 3) a intensificação da

depleção de ferro descrita passa a interferir na síntese do grupo heme que compõe a

hemoglobina, produzindo a anemia.3,8

As anemias são classificadas decorrentes a sua fisiopatologia, sendo insuficiente

para as necessidades fisiológicas do organismo na sua condição clínica.4,9Entre as

manifestações clínicas os seus sintomaspodem ser a palidez, cansaço, falta de apetite,

palpitações entre outros.7

1 Acadêmica do setimo período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA [email protected] 2 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected] 3 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI /ULBRA – [email protected] 4 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI /ULBRA - [email protected] 5 Acadêmico do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ ULBRA - [email protected] 6Orientadora, Biomedica, pós-Graduada em Hematologia Clínica. Docende do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA –[email protected]

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Na gestação é uma das deficiências nutricionais mais comuns, pela frequencia

que se manifesta e pelos efeitos prejudiciais resultantes da baixa concentração de

hemoglobina no sangue. A anemia ferropriva é uma deficiência nutriconal de ferro4,

sendo ele um nutriente muito essencial ao nosso organismo, que está associado

diretamente à produção de glóbulos vermelhos e ao transporte de oxigênio dos pulmões

para todas as células do corpo7. O diagnóstico da anemia é feito através de exames de

sangue onde avaliam a quantidade de hemoglobina e de ferritina presentes no sangue.

A anemia é prejudicial tanto para a mãe quanto para o filho, sendo associada a

maior risco de morbi-mortalidade materno-fetal. Os principais riscos para o bebê são

baixo peso, dificuldade de crescimento, partos prematuros e aborto, e para a mãe o

cansaço, sono intenso, fraqueza e infecções pós-parto.6

Para tratar a anemia na gravidez recomenda-se além da alimentação com

alimentos ricos em ferro como carnes, feijão, couve, frutas cítricas junto com a

refeição,recomenda-se também a suplementação diária de ferro, sendo o sulfato ferroso

líquido ou em comprimido o suplemento mais utilizado.6

O objetivo dessa revisão tende em verificar a ocorrência da anemia ferropriva no

decorrer do processo gestacional e avaliar seu impacto sobre a gestante.

METODOLOGIA

Os artigos selecionados para a presente revisão foram identificados por meio de

busca eletrônica nos bancos de dado Scielo, revistas eletrônicas, livros, compostos por

estudos de procedimento de revisão bibliográfica,desenvolvida em etapas: escolha do

tema; leitura de todo material; formulação do principal fator que é o problema;

fichamento e organização do artigo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Algumas alterações fisiológicas, bioquímicas e anatômicas ocorrem duranteo

processo gestacional, decorrente de mecanismos hormonais e mecânicos.5Durante a

gestação as adaptações mais importantes são relacionadas ao aumento do volume do

liquido extacelular intersticial e plasmático. No volume plasmático ocorre aumento de

cerca de 35% do volume total, desse 45% é aumento do plasma e 33% aumento do

numero de eritrócitos. A ativação do sistema renina-angiotensina- aldosterona são os

principais mecanismos envolvidos no aumento da volemia. O processo tem inicio no 1º

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trimestre da gestação, desenvolvendo-se rapidamente até o 2º trimestre, tornando-se

mais lento no 3º trimestre, onde se estabiliza até as ultimas semanas da gestação.5

Com as definições de morbidade materna, a anemia é considerada grave quando

a hemoglonina encontra-se em níveis abaixo de 7g/dl e moderada em níveis de 7g/dl a

10g/dl. Em casos de anemias relativamente leves ou moderadas o diagnostico através de

exames físicos não são evidentes, já em casos de anemia ferropriva grave a grávida

apresentará sintomas aparentes como fadiga física, tontura, palidez etc. No inicio a

anemia pode ser considerada normocítica ou levemente microcítica, com anisositose

precose, característica do quadro. Quando o quadro torna-se mais severo a anemia se

encontra como microcítica e hipocrômica.5

Para facilitar o diagnostico da anemia ferropriva na gestação realiza-se exames

laboratoriais.Um grande numero de gestantes iniciam o pré-natal depois do primeiro

trimestre do gestacional o que contribui para maior índice de gestantes anêmicas, porém

as maiores faixas de gestantes anêmicas são encontradas no segundo trimestre da

gestação. Considera-se que a anemia na gravides pode estar relacionada ao fator de

prevenção e tratamento da anemia ferropriva em gestantes.

CONCLUSÃO

O ferro é um nutriente muito importante para o organismo e a carência desse nutriente

pode ocasionar algumas disfunções no sistema, já que ele está envolvido no processo de

produção de glóbulos vermelhos e transporte de oxigênio dos pulmões direto para as células.

Sendo as deficiências nutricionais o fator mais comum entre as gestantes, logo a frequência de

anemia ferropriva em gestantes são elevadas, devido a baixa concetração de hemoglobina.

Esses fatores em um período gestacional influenciam diretamente na vida materno/fetal,

trazendo riscos a ambos. Assim sendo o pré-natal necessário e eficaz para que seja

identificado desde o inicio da gestação a carência de ferro que leva a anemia ferropriva

gestacional.

REFERÊNCIAS

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1. CÔRTES, Mariana H.; VASCONCELOS, Ivana A. Lira; COITINHO Denise C.

Prevalência de anemia ferropriva em gestantes brasileiras: uma revisão dos

últimos 40 anos. Rev. Nutr., 2009. Disponivel em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732009000300011>

Acesso em 03 de abril de 2016.

2. FAILACE, Renato. Hemograma, manual de interpretação. 5ª edição. Porto

Alegre: Artmed, 2010.

3. GIGLIO, Auro Del; KALIKS, Rafael. Principios de Hematologia Clínica. 1ª

edição, editora Manole. São Paulo, 2007.

4. LIMA, Darcy Roberto. Manual de farmacologia clínica, terapêutica e

toxicologia. Volume 1. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2004.

5. MODOTTI, Maria Teresa C. F.; MODOTTI, Cauê C.; MARCELINO, Mônica

Y.; OLIVA, Taís B. de; DIAS, Daniel S.; DIAS, Flávia N. B.; RODRIGUES, Natália

P.; MODOTTI, Waldir P. Anemia ferropriva na gestação: estação: estação:

controvérsias na suplementação do ferro.Ribeirão Preto, 2015.Disponível

em:<http://revista.fmrp.usp.br/2015/vol48n4/REV4-Anemia-ferropriva-na-

gestacao.pdf> Acesso em 03 de abril de 2016.

6. SEDICIAS, Sheila.Como tratar a anemia na gravidesz. 2015.Disponível em:

<http://www.tuasaude.com/anemia-na-gravidez/> Acesso em 29 de fevereiro de 2016.

7. VARELLA, Drauzio. Anemia. 2011. Disponível em:

<http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/anemia-ferropriva/> Acesso em 27 de

fevereiro de 2016.

8. VERRASTRO, Therezinha. LORENZI, TherezinhaF.; NETO, Silviano Wendel.

Hematologia e Hemoterapia. Fundamentos de morfologia, fisiologia, patologia e

clínica. São Paulo:Editora Atheneu, 2005.

9. WHO. Disponível em: <http://www.who.int/topics/anaemia/en/> Acesso em 29

de fevereiro de 2016.

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¹Acadêmica de Biomedicina. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. [email protected] ²Acadêmica de Biomedicina. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. [email protected] ³Acadêmicade Biomedicina. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná[email protected]

4Professora de Biomedicina. Mestre. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. [email protected]

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFUNGICA DO LATEX DA JATR OPHA MULTIFIDA ( Euphorbiaceae) FRENTE A LEVEDURA DO GÊNEROCandida

Jodianne Bastos de Freitas Maciel¹

Heleinyde Oliveira hoffmann Siring² Andreza Cabral Machado³

Fabiana de Oliveira Solla Sobral4 Introdução: Dentre as plantas medicinais utilizadas pela população atualmente está Jatrophamultifida, que se apresenta na forma de arbustos ou arvoretas podendo chegar até 7 metros de altura, com folhas verdes de até 17 cm comprimento por até 23 cm de largura e divididas em segmentos ou lóbulos estreitos, e podem ter as extremidades lisas ou dentadas, com ausência de tricomas. Apresenta inflorescência avermelhada com até 20 cm de comprimento e frutos amarelados de até 3 cm de comprimento, com 3 sementes. Apresenta seiva abundante leitosa ou incolor, denominada de látex. (SHU et al., 2008). Esta planta é conhecida pelo sinônimo Adenoropiummultifidum ou pelos nomes populares Planta-coral, Coral, Flor-de-coral, Flor-de-sangue, Bálsamo, Metiolate. Foi relatada sua presença no noroeste do estado do Paraná, Brasil, onde moradores das cidades de Jesuítas e Bandeirantes utilizam a planta como cicatrizante de feridas (BUCH, ARANTES, & CAMPELO, 2008). O látex geralmente é utilizado para fins terapêutico diluído em agua, consumido oralmente ou puro sendo de uso tópico. Estudos desenvolvidos reportam que J. multifidaencerra atividade antisséptica, antifúngica, anticancerígena, antinflamatória, principalmente derivada do ácido gálico presente no látex produzido.( DE PAULA et al.,2013).Em estudo realizado com 56 espécies e 38 famílias de plantas utilizadas popularmente para cura de infecções por fungos e candidíase oral, um dos que apresentou forte atividade antifúngica foi o extrato bruto em metanol de folhas, hastes e cascas de Jatrophamultifida. (HAMZA, et al., 2006).Espécies de Cândida residem como comensais, fazendo parte da microbiota normal dos indivíduos saudáveis. Contudo, quando há um desiquilíbrio no balanço normal da microbiota ou o sistema imune do hospedeiro encontra-se comprometido, as espécies do gênero Candida tendem a manifestações agressivas, tornando-se patogênicas. (PEIXOTO, et al., 2014). A presença de substâncias antifúngicas pode ser verificada através de extratos ou partes homogeneizadas de vegetais colocados frente a culturas de microrganismos em ágar, intitulado de antifungigrama. Objetivo: Avaliar a atividade antifúngica do látex da planta Jatrophamultifida, em diferentes concentrações frente ao fungodo gêneroCandida. Métodos: O látex foi coletado da planta no Laboratório de técnicas farmacêuticas nas dependências do Centro Universitário Luterano de Ji- paraná. Primeiro foi realizado a higienização do caule e das folhas e logo após foi coletado o látex em um tubo estério. O látex foi diluído em 6 concentrações, incluindo o extrato bruto e a utilizada popularmente sendo 3 gotas de látex para 6ml de água. Também foi utilizada a água como controle negativo e fluconazol como controle positivo. Os discos de papel filtro foram esterilizados a 121°C durante 15 minutos e secos a 95°C em estufa de secagem e logo após foram embebidos com 10µldas diluições do látex e as soluções controles e colocados em dessecador durante 48 horas para secagem. Foi preparado um inoculo equivalente a 0,5 na escala de

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¹Acadêmica de Biomedicina. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. [email protected] ²Acadêmica de Biomedicina. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. [email protected] ³Acadêmicade Biomedicina. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná[email protected]

4Professora de Biomedicina. Mestre. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. [email protected]

Mac Farlanda partir do cultivo de levedura do gênero Cândida. Foi semeada uma alíquota de 80 µl da suspenção fúngica nas respectivas placas de Petri contendo meio de cultura Ágar dextrose Sabouraud, espalhada com o auxilio de uma alça de Drigalsky. Os discos previamente preparados foram colocados nas placas utilizando uma pinça estério e foram incubadas em estufa a 35°C por 24 horas. O halo de inibição foi medido com o auxilio de uma régua milimétrica. O teste foi realizado em triplicata. Resultados e discussão:Não houve a formação de halo nas concentrações do látex e no controle negativo, foi observado formação de halo de inibição de 11mmquando utilizado o antifúngico fluconazol sendo considerada atividade inibitória positiva. Os resultados demonstraram que o látex não apresenta atividade antifúngica contra a levedura do gênero Candida nas concentrações estudadas. HAMZA, et al.,( 2006 ) relatam que o extrato bruto em metanol de folhas, hastes e cascas de Jatrophamultifida apresentou forte atividade antifúngica. Não é prática comum a identificação completa do fungo ou o teste de suscetibilidade aos antifúngicos; este fato pode colocar em risco a eficácia da terapia antimicrobiana e o paciente de saúde, uma vez que diferentes espécies podem ter diferentes virulência e susceptibilidade à antifúngico diferenciadas.(SOUSA et al.,2014). Sugere- se que a pressão desenvolvida pelo antimicrobiano desencadeia um mecanismo comum que leva tanto a resistência como a homozigose. (TAVANTI et al,. 2005). Conclusão: O látex da planta Jatrophamultifida utilizando a metodologia de difusão em disco não apresentou atividade antifúngica frente a levedura do gênero Candida. Dado este muito importante para a população em geral, pois não pode ser uma alternativa eficaz para o tratamento de infecções causadas por este microrganismo. No entanto faz se necessário realizar estudos posteriores para que possa ser estabelecida uma maneira para que a planta possa ser utilizada em uma concentração segurapara que não cause danos celulares e desempenhe a função terapêutica desejada. Referências: SHU, M. F. S.; BINGTAO, L.; GILBERT, M. G. Jatropha. Fl. China, v. 11, p. 268-269, 2008. BUCH, D. R.; ARANTES, A. B.; CAMPELO, P. M. S. Verificação da atividade cicatrizante do exsudato de folhas de JatrophamultifidaL. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 89, n. 2, p. 142-145, 2008. HAMZA, O. J.; VAN DEN BOUT-VAN DEN BEUKEL, C. J.; MATEE, M.; MOSHI, M. J.; MIKX, F. H.; SELEMANI, H. O. Antifungal activity of some Tanzanian plants used traditionally for the treatment of fungal infections. JournalofEthnopharmacology, v. 108, p. 124-132, 2006. PEIXOTO,J.V; ROCHA,M.G;NASCIMENTO,R.T.L; MOREIRA,V.V;KASHIWABARA,T.G.B. Candidíase - Uma revisão de literatura. V.8,n.2, p. 75-82, 2014.

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¹Acadêmica de Biomedicina. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. [email protected] ²Acadêmica de Biomedicina. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. [email protected] ³Acadêmicade Biomedicina. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná[email protected]

4Professora de Biomedicina. Mestre. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná. [email protected]

DE PAULA A.; BENATTO, M. S.; PAIVA, R.; MOMESSO, L. S. Efeitos tóxicos e terapêuticos de jatrophamultifida. 2013. TAVANTI,A.;DAVIDSON, A.;FORDCE,M.J.;GOW,N.A.R,;MAIDEN,M.C.J.;ODDS,F.C. Population structure and properties of Candida albicans as Determined by multilocus sequence typing. Journal of clinical microbiology, Washington. V.43, n.4,p.608-1599, 2000.

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AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE CORTES DE FRANGO REFRIGERADOS ECOMERCIALIZADOS EM SUPERMERCADOS NO

MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ-RO.

Ariane Martini Araujo1 Gabrielle Melo Calegari²

DayannaPereira Coimbra³ Gleiciele Alves Prates³ Natália Faria Romão4

Celso Pereira de Oliveira5

INTRODUÇÃO

Com o avanço da avicultura nas últimas décadas, fez com que aumentasse o consumo de carne de aves no Brasil, assegurandoao país posição de destaque no cenário mundial.A partir de 2004 passou a ser o maior exportador, frente aos estados unidos da América e se tornando o terceiro maior produtor, frente aos 25 países da União Europeia (MIELE & GIROTTO,2010).

A carne de aves, de acordo com o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), corresponde às obtidas de aves domésticas de criação, a qual sua carne possui coloração branca e fornece nutrientes como proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, variando de acordo com raça, idade e condições higiênico-sanitárias do animal (VENTURINI et al., 2007).

A carne quando está fresca, se torna um excelente substrato para o desenvolvimento de diversos microrganismos, levando à ocorrência de inúmeros casos de infecção e intoxicação alimentar (VENTURINI et al., 2007).

Neste contexto, a análise de certos microrganismos serve como fonte de indicação de más condições higiênico-sanitárias de produtos alimentícios e um dos principais indicadores são microrganismos do grupo Coliformes. Estes são um subgrupo da família Enterobacteriaceae, que inclui 44 gêneros e 176 espécies.

Os Coliformes são capazes de fermentar a lactose com produção de gás, durante 24 a 48 horas a 35°C, a qual estes são tidos como Coliformes totais (SILVA, et al., 2010), se apresentam como bacilos Gram-negativos, não formadores de esporos e incluindo cerca de 20 espécies (LEITE & FRANCO, 2014).

Outro microrganismo de importância alimentar são os do gêneroStaphylococcus, que incluibactérias formado por cocos Gram positivos, pertencentes à família Micrococcaceae, quando vistos ao microscópio, aparecem na forma de cachos de uva (FORSYTHE, 2007). Contagens elevadas desse microrganismo indica contaminação a

1 Acadêmica do 9º período de Biomedicina no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná-CEULJI/ULBRA .E-mail:[email protected] ²Acadêmica do 7º período de Biomedicina no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná-CEULJI/ULBRA . E-mail:[email protected] ³Acadêmicas do 8º período de Biomedicina no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná-CEULJI/ULBRA . E-mails: [email protected]; [email protected] 4 Professora dos cursos de Biomedicina e Ciências Biológicas, Bióloga, Mestre em Genética e Toxicologia, no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected] 5 Professor do curso de Agronomia no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA. E-mail:[email protected]

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partir de manipuladores, limpeza inadequada dos equipamentos, e além disso, fornece alto risco para a saúde, uma vez que essa bactéria é capaz de produzir enterotoxinaestafilocócicatermorresistente (PENTEADO & ESMERINO, 2011).

OBJETIVO

O presente estudo teve como objetivo de avaliar a presença dos microrganismos Coliformes totais e Staphulococcussp.em amostras de cortes de frango comercializados no município de Ji-Paraná-Rondônia. METODOLOGIA

Foram coletadas 12 amostras de cortes de frango em 6 diferentes estabelecimentos comerciais do município de Ji-Paraná em Rondônia. Os cortes coletados foram coxa, sobrecoxa e asa resfriados. Foi quantificado a presença de Staphylococcussp seguindo a metodologia descrita porAmerican PublicHealphAssociation (APHA) e para avaliar os Coliformes totais seguiu-se a metodologia da AOAC (Assotiacionof oficial AnalyticalChemists) (SILVA, et al., 2010).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados obtidos nas análises microbiológicas de cortes de frango mantidos sobre refrigeração, estão demonstrados na tabela 1.

Tabela 1. Contagens de Microrganismos Staphylococcusspe Coliformes Totais descritas em Unidades Formadoras de Colônias por gramas (UFC/g) em cortes de frango comercializados no município de Ji-Paraná-RO.

Local de Coleta

Amostra Staphylococcussp. Coliformes totais

Estab. A 1 4,2x104 2,4x102 2 6,2x104 4,9x102

Estab. B 1 1,0x103 4,3x103 2 <1,1x101 8,4x102

Estab. C 1 1,4x105 1,9x106 2 7,0x104 4,5x106

Estab. D 1 5,0x102 2,6x102 2 7,0x102 4,1x103

Estab. E 1 1,6x103 1,6x103 2 7,0x102 2,3x103

Estab. F 1 <1,1x101 2,0x101 2 <1,1x101 <1,1x103

De acordo com os resultados obtidos, observou-se que foram nos

estabelecimentos A e C que apresentaram um maior crescimento para os microrganismos Staphylococcussp, chegando a contagem microbiana de ordem 105UFC/g no estabelecimento C, sendo que os parâmetros estabelecidos pela RDC n°12 de 2001 é de 5,0 x103 UFC/g para carnes e produtos cárneos em geral (SILVA, et al., 2010), indicando assim que 33,33% das amostras analisadas, estavam impróprias para o

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consumo humano.Em decorrência de dados de outros autores como Montezani (2011) que avaliou 70 amostras de carcaças de frango e detectou 10 amostras com presença de Staphylococcussp corroborando com nossos resultados.

Um dos estudos realizados por Pires e colaboradores (2005) demonstraram que

condições inadequadas de higiene foram as principais causas de contaminação dos alimentos por Staphylococcussp, pois o local de fatiamento dos supermercados, são em áreas de grande circulação, aumentando ainda mais o risco de contaminação.

Para análise de Coliformes Totais, foi no estabelecimento B que apresentou um

maior crescimento para esse microrganismo, chegando a contagem de ordem microbiana 106 UFC/g. Mesmo não havendo um padrão estabelecido pela legislação vigente, um valor elevado desse microrganismo, é indicativo de manipulações precárias de higiene, condições inadequadas de temperatura e armazenamento, e ainda, manejo inadequado por parte dos manipuladores (SOUZA, et al., 2014).

Estudo semelhante foi realizado por Almeida (2011), ao analisar 37 amostras de carcaças de frango obtendo como resultados a ordem de 105 NMP/g estando essa, relacionada com falta de boas práticas de higiene, diminuindo assim a vida útil de prateleira desse produto.

Por outro lado, os resultados obtidos por Oliveira e Salvador (2011) em 10 amostras de cortes de frango, indicaram boas práticas de higiene, uma vez que todas elas apresentaram carga microbiana inferior que 104 UFC/g.

CONCLUSÃO

Mediante aos resultados encontrados conclui-se que a presença dos microrganismos coliformes totais e Staphylococcussp.indicam falha na manipulação, ou seja, precárias condições de higiene, transporte e armazenamento que contribuem para o crescimento desses microrganismos comprometendo o produto final e oferecendo risco para quem os consomem.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Arthur P. Avaliação higiênico-sanitária da carne de frango de corte deestabelecimentos que abatem e/ou comercializam no município de Patos - PB.2011. 61f. Dissertação (Graduação em Medicina Veterinária) - Centro de Saúde eTecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba. FORSYTHE, SJ. Microbiologia da segurança alimentar. Artmed, Porto Alegre, 2007.

LEITE, A. M. O.; FRANCO, R. M. Coliformes totais e Escherichia coli em coxas de frango comercializados no Rio de Janeiro.R. brasileira de Ciência Veterinária. v. 13, n. 2, p. 80-83, 2006.

MIELE, M.; GIROTTO, A. F. Análise da situação atual e perspectivas da avicultura de corte. Disponível em: www.cnpsa.embrapa.br/down.php?tipo=artigos&cod_arti go. Acesso em: 01/04/2016

MONTEZANI, E. Isolamento de Salmonellaspp e Staphylococcus aureus em carne de frango e avaliação das condições de armazenamento de produtos cárneos em estabelecimentos comerciais do município de Tupã-SP.2012. 46f. Dissertação

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(Mestrado em Ciência Animal) – Universidade do Oeste Paulista- Unoeste, Presidente Prudente, São Paulo.

OLIVEIRA, F. A.; SALVADOR, F. C. Determinação da contaminação microbiológica da carne de frango comercializada na cidade de Apucarana e Califórnia- PR. Revista F@pciência, Apucarana – PR, ISSN 1984-2333, v.8, n.15 p.159 – 171, 2011 PENTEADO, F. R.; ESMERINO, L. A. Avaliação da qualidade microbiológica da carne de frango comercializada no município de Ponta Grossa- Paraná. Publ. UEPG Biol. Health Sci., Ponta Grossa, v.17, n.1, p. 37-45, jan./jun. 2011 PIRES, A. C. S et al. Condições higiênicas de fatiadores de frios avaliadas por Atp-bioluminescência e contagem microbiana: sugestão de higienização conforme RDC 275 da ANVISA.Alim. Nutr., v. 16, p. 123-129, 2005.

SILVA, N. et al. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos e água. 4° Ed. São Paulo, 2010.

SOUZA, et al. Qualidade higiênico-sanitária e prevalência de sorovares de Salmonella em linguiças frescais produzidas artesanalmente e inspecionadas, comercializadas no oeste do Paraná, Brasil. Arq. Inst. Biol., São Paulo, v. 81, n. 2, p. 107-112, 2014.

VENTURINI, K. S.; SARCIELLI, M. F.; SILVA, L. C. Características da Carne de Frango. Boletim Técnico - PIE-UFES:01307.

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SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CEULJI/ULBRA

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E PARASITOLÓGICA DA ÁGUA D E UM IGARAPÉ LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO DO OE STE-

RONDONIA.

Prícila Andressa de Oliveira dos Santos¹

Andressa Cabral Machado¹

Heleiny de Oliveira Hoffmann Siring¹

Hevenly Santos Coser¹

Antonio Carlos Nogueira Neto²

INTRODUÇAO

A água é um elemento fundamental para manutenção da vida, possui diversas

funções fisiológicas, sendo essencial nas indústrias e na irrigação agrícola. Segundo a

PORTARIA 2.914 no Art. 4˚. Toda água destinada ao consumo humano proveniente de

solução alternativa individual de abastecimento de água, independentemente da forma

de acesso da população, está sujeita à vigilância da qualidade da água.Consumir a água

contaminada que não atenda esses padrões de qualidade se torna nociva à saúde

humana, por isso a população esta cada vez mais preocupada em consumir água que

atenda esses padrões de qualidades¹ ². Entretanto a forma mais eficaz de assegurar a

qualidade da água é evitar a contaminação de fezes de animais e humanos que provem

de resíduos domésticos e esgoto, onde são lançados nos rios ocasionando a

contaminação por meio de microrganismos patogênicos (coliformes totais e

termotolerantes) e parasitas, que leva a ocasionar doenças na maioria das vezes, não

sendo grave, sendo a mais comumàdiarreia³.

OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade da água do igarapé

localizado no Município de Ouro Preto do Oeste – Rondônia, a fim de verificar a

presença de coliformes totais e termotolerantes, protozoários e helmintos.

MATERIAIS E METODOS

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1

As amostras foram coletadas do igarapé, no município de Ouro Preto do Oeste

- RO, em três pontos distintos respectivamente P1, P2 e P3 nos mês de março.Para a

coleta foram utilizados três frascos de vidros esterilizados com volume de 250 ml para

as análises microbiológicas e parasitológicas. As coletas foram feitas a uma

profundidade de 15 a 30 cm abaixo da lamina, utilizou 27 tubos de ensaio contendo

tubo de Durhan invertido em seu interior, e 9 tubos de ensaios para as diluições. Foi

homogeneizada a amostra, com o auxilio de uma pipeta foi transferido 1,0 ml da agua

bruta para o tubo de ensaio contendo 9 ml de Agua Peptonada Tamponada (APT) de

modo a obter uma diluição de 10-¹, em seguida foi retirado 1,0 ml da diluição 10-¹

transferido para outro tubo contendo 9 ml de APT, obtendo assim a diluição de 10-², e

repetiu – se o mesmo processo da diluição com a diluição 10-², se obteve a diluição de

10-³. Para cada amostra foram utilizadas três series de tubos, contendo Caldo Lauril

Sulfato Triptose (LST)’água, de acordo com as normas especificadas no Manual Prático

de Análise de Água.foram colocados em uma estufa a 37˚C de 24-48 horas4.Para a

confirmação de coliformes totais e Escherichia coli foram utilizados os meios Caldo

Bile Verde Brilhantes 2% ( VB) e Caldo EC ( Caldo Escherichia coli) respectivamente,

com 10 ml em cada tubo contendo tubo de Durham em seu interior e autoclavados. Das

amostras positivas do Caldo (LST), foi retirada uma alçada de cada tubo e inoculada nos

meios EC e VB. Os tubos contendo EC ficaram em banho-maria por 24 horas a 45˚C e

o VB na estufa bacteriológica por 24 horas a 37˚C.A técnica aplicada para a análise

parasitológica foi através de centrifugação e o Método de Hoffmann, Pons e Janer

(Lutz) sedimentação espontânea para avaliar a presença ou não de protozoário e

helmintos5.

RESULTADOS PARCIAIS E DISCURSAO

¹ Acadêmicas do curso de biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná/RO. email:[email protected] , email: [email protected]. ² Professor Orientador. Docente Mestre do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná/RO. email: [email protected].

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Os resultados são comparados com a RDC 275/05 aplicada a água mineral e

natural partir da tabela 2 de coliformes totais e termotolerantes, até o momento pode ser

observar- se que no mês de março ocorreu uma contaminação maior no Ponto 3, devido

a estação chuvosa a água escoar resíduos para esse local6.

TABELA 1- Resultados positivos e negativos da técnica NMP de Coliformes totais e

termotolerantes, da água do igarapé.

Meios Ponto 1 Ponto 2 Ponto 3 Parâmetros

RDC 275/05

Caldo LST *9,2

NMP/100 ml

*93

NMP/100ml

*240

NMP/100ml

2,2

NMP/100ml

Caldo VB *Presente *Presente *Presente Ausente

Caldo EC *Presente *Presente *Ausente Ausente

Fonte: Tabela de NMP, retirada do manual de métodos de analises microbiológicas de

alimentos e água7.

*em valores alterados. Resultados identificados em unidade de medida estabelecida pela RDC 275/05, NMP/100ml. Intervalo de confiança de 95%.

TABELA 2. Resultado da analise Parasitológica das amostra da água do igarapé.

local Parasitas encontrados Ponto 1 Balabtidium coli Ponto 2 Balabtidium coli Ponto 3 Balabtidium coli

De acordo com Reis, com o período chuvoso há com que ocorra uma alteração nos padrão microbiológicos e parasitológico, devidao escoamento da água. Há uma

porcentagem maior desses microrganismos provocando danos a saúde humana8.

CONCLUSAO

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O presente estudo foi possível analisar a qualidade da água, através das

analises microbiológicas e parasitológicas, observando assim os pontos que contém

maior contaminação efetiva, além disso, o igarapé tem com destino final o rio Boa

Vista, onde é uma das fontes de consumo da população para ingestão. Por isso a

população dever estar ciente que consumo indevido dessas aguas é prejudicial à saúde

humana.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 BETTEGA et al. Métodos analíticos no controle microbiológico da água para 2 consumo humano. Ciênc. agrotec., Lavras. 30, n5p. 90-4, 2005. Disponível em: <//http://www.scielo.br/pdf/cagro/v30n5/v30n5a19.pdf.//> Acesso em: 18 de março de 2016. 2 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria Nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011. Disponível em:<//http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html.//> Acesso em: 04 de março de 2016. 3 Leite et al .Analise Físico-química e Microbiológica da Qualidade da água de diversas localidades da Universidade do Vale do PARAIBA-UNIVAP , (2009). 4Rocha E S et al. Análise microbiológica da água de cozinhas e/ou cantinas das Instituições de ensino do Município de Teixeira de Freitas (ba), v.34, n.3, p.694-705 jul./set. 2010 5 Brasil. Fundação Nacional de Saúde.Manual prático de análise de água. 4ª ed. rev.- Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2013. 6 Resolução RDC nº 275, de 22 de setembro de 2005 Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/76f8a4804745865c8f88df3fbc4c6735/RDC_275_2005.pdf?MOD=AJPERES. Acesso em: 15 abr 2016. 7 Silva M, Junqueira VCA, Silveira,NFA, Santos, RFS. Gomes RAN. Manual de métodos de analises microbiológicas de alimentos e água.4ªed.editora varela São Paulo,2010. 8 Reis APB.et al, Análise microbiológica da água armazenada em reservatório na cidade de Campo Limpo de Goiás, GO. 2010

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DEPRESSÃOE SUA RELAÇÃO COM ODIABETES MELITO

Ana Maíris Oliveira Gomes1

Daniela Barros Ferreira2

Nayara Beltrão Borges3

Nayara de Oliveira Dutra4

Niltra Beltrão Rosa5

Vinicius Marques de Freitas6

Rosineide Vieira Gois7

INTRODUÇÃO

Diabetes é uma doença crônicana qual o corpo não produz insulina ou não

consegue empregar adequadamente a insulina que produz.9Possui dois subtipos, e um

deles é a diabetes melittusou melito (DM), que é uma síndrome heterogênea de múltipla

etiologia que se caracteriza pela falta de insulina ou pela incapacidade de a insulina

exercer seus efeitos.6,7 E esta pode ser subdividida em dois tipos, tipo I e II.1

O Tipo I aparece geralmente na infância ou adolescência. Essa deficiência é

sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades

físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue. E a tipo II aparece quando o

organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz

insulina suficiente para controla a taxa de glicemia.9Dependendo da gravidade, ele pode

ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o

uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.5,9

A depressãoé utilizada para designar tanto um estado afetivo normal, a tristeza,

sendo ela um sintoma, uma síndrome ou uma doença. A depressão pode ocorrer em

variados quadros clínicos, seus sintomas incluem alterações do humor, tristeza,

irritabilidade, incapacidade de sentir prazer, apatia, mas também vários outros aspectos,

incluindo alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas sono, apetite etc.8

1 Acadêmica do sexto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA–[email protected] 2 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA–[email protected] 3 Acadêmica do terceiro período do curso de Farmácia do CEULJI/ULBRA- [email protected] 4 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA–[email protected] 5 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected] 6 Acadêmico do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected] 7Orientadora, Biomedica, pós-graduada em Hematologia Clínica,docende do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected]

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O objetivo do estudo deste artigo é realizar uma revisão bibliográfica entre a DM

e a depressão, analisando a relação entre elas, considerando o mecanismo de ação de

cada patologia.

METODOLOGIA

O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica, identificada por meio

de busca eletrônica nos bancos de dado Scielo, revistas eletrônicas, livros, Google

acadêmico, compostos por estudos de procedimento de revisão bibliográfica sobre o

assunto.A revisão foi desenvolvida em etapas: escolha do tema; formulação da

problemática; pesquisa e leitura de artigos referentes ao tema e organização do artigo.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Há alguns estudos que mostram que há a possibilidade de as consequências da

depressão se interligar com o surgimento do diabetes. Como exemplo tem-se o estudo

desenvolvido por Eaton et al. que avaliou 1.715 homens e mulheres, e treze anos depois

aqueles com depressão exprimiram um risco relativo de 2,3 para a ocorrência do

diagnóstico de diabetes, risco que praticamente se manteve mesmo tendo controlado

idade, raça, sexo, estado socioeconômico, educação uso de serviços de saúde, outros

transtornos psiquiátricos e massa corporal4.

Em vários estudos, segundo Fraguáset al., há ainda mais ocorrências de diabetes

quando associada a a ansiedade, isso se deve ao fato de as patologias terem vias

interligadas em algumas das causas, como o estilo de vida, hábitos alimentares,

sedentarismo e/ou tabagismo.

Outro possível mecanismo para explicar a associação entre depressão e diabetes

é pelo aumento de catecolaminas na depressão. O aumento de catecolaminas tem sido

associado a aumento da glicemia via diminuição de síntese de insulina ou aumento de

resistência periférica à ação da insulina4.

Além de que, pela observação dos aspectos analisados no estudo sobre o

diabetes melito e sua relação com a depressão de acordo com as faixas etárias e os tipos

mais comuns de diabetes em cada uma delas,

segundo o Dr. Marcio Versiani (citado porSandra Malafaia), existem várias

explicações para essa frequente associação entre as duas patologias. Para ele, 20% da

população em geral apresentam Depressão e os pacientes diabéticos têm ainda maior

chance, pois o Diabete mexe com o equilíbrio hormonal podendo causar um estado

depressivo².

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Também pode-se perceber uma relação entre o diabetes e a depressão nos

sintomas, poiso diagnóstico da depressão em pacientes com outras patologias sempre é

acompanhado do problema da semelhança entre sintomas, como no casso da patologia

em questão, o diabetes. Nesse sentido, sintomas como perda de peso, inapetência,

hipersonia, diminuição da libido e retardo psicomotor têm sido citados como podendo

ocorrer em pacientes com diabetes independente de terem depressão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A relação entre as patologias analisadas ainda não está claramente definida, pois

é difícil o estabelecimento de uma relação causal entre os sintomas depressivos, o

controle glicêmico e as complicações do DM. O que parece existir é uma relação

cíclica, na qual o agravamento de um tem efeitos diretos, e também indiretos, sobre o

outro¹.

Apesar da relevância clínica, ainda existem dificuldades no diagnóstico da

depressão no diabetes. Apenas 1 em cada 3 pacientes diabéticos com depressão acabam

recebendo tratamento psiquiátrico².

O tratamento da depressão teria efeitos benéficos na adesão às orientações

médicas, melhorando o controle glicêmico e, indiretamente, diminuindo o risco de

complicações crônicas da doença. Além disso, haveria uma tendência a menos gastos

relacionados à saúde e a uma melhor sensação de bem-estar e funcionamento social³.

REFERÊNCIAS

1. ANDERSON, R.J.; FREEDLAND, K.E.; CLOUSE, R.E.; LUSTMAN, P.J. –

The Prevalence of Co-morbid Depression in Adults with Diabetes. Diabetes Care

24:1069-78, 2001.

2. CIECHANOWSKI, P.S.; KATON, W.J.; RUSSO, J.E. - The Relationship of

Depressive Symptoms to Symptom Reporting, Self Care and Glucose Control in

Diabetes. Diab Care 25:731-736, 2002

3. DE GROOT, M.; ANDERSON, R.; FREEDLAND, K.E. et al. – Association of

Depression and Diabetes Complications: a MetaAnalysis.Psychosom. Med 63:619-

30, 2001.

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4. FRÁGUAS, Renério; SOARES, Simone Maria de Santa Rita; BRONSTEIN,

Marcelo Delano. Depressão e diabetes mellitus. Rev. psiquiatr. clín. vol.36 supl.3 São

Paulo 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-

60832009000900005&script=sci_arttext>. Acesso em de abril de 2016.

5. FRAZÃO, Arthur. Disponível em: <http://www.tuasaude.com/diabetes-tipo-2/>

Acesso em 07 de março de 2016.

6. GROSS, Jorge L.; SILVEIRO, Sandra P.; CAMARGO, Joíza L.; REICHEL,

Angela J.; AZEVEDO, Mirela J. de. Diabetes Melito: Diagnóstico, Classificação e

Avaliação do Controle Glicêmico. Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/%0D/abem/v46n1/a04v46n1.pdf> Acesso em 03 de abril de

2016.

7. LIMA, Darcy Roberto. Manual de farmacologia clínica, terapêutica e

toxicologia. Volume 1. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2004.

8. MOREIRA, Rodrigo O.; PAPELBAUM, Marcelo; APPOLINARIO, José C.;

MATOS, Amélio G.; COUTINHO, Walmir F.; MEIRELLES, Ricardo M.R.;

ELLINGER, Vivian C.M.; ZAGURY, Leão. Diabetes mellitus e depressão: uma

revisão sistemática.ArqBrasEndocrinolMetab vol.47 no.1 São Paulo Feb. 2003

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-

27302003000100005&script=sci_arttext> Acesso em 12 de abril de 2016.

9. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Tipos de diabetes. Disponível

em: <http://www.diabetes.org.br/para-o-publico/diabetes/tipos-de-diabetes> Acesso em

07 de março de 2016.

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DOENÇA RENAL CRÔNICA: PARÂMETROS BIOQUÍMICOS.

SAYONARA DOS REIS1

VALÉRIA FERREIRA2

ANDRESSA NAYARA DEGEN3

JAINE VALERIANO PADOVANI4

ROSINEIDE VIEIRA GOES5

INTRODUÇÃO

A doença renal crônica (DRC) é uma patologia cuja característica principal é a perda progressiva e irreversível da função renal, o organismo perde a capacidade de manter suas funções normais, levando a sinais e sintomas sistêmicos.12 Usualmente, para o diagnóstico das doenças renais, recomenda-se a determinação das concentrações séricas de ureia e a medida do “clearance” de creatinina em urina de 24 horas de creatinina.2,5 A avaliação da função glomerular é fundamental no diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com DRC em seus estágios iniciais. A taxa de filtração glomerular (TFG) é definida como a capacidade renal de depurar uma substância a partir do sangue e é expressa como o volume de plasma que pode ser completamente depurado na unidade de tempo. Normalmente, o rim filtra 120 mL/min de sangue, sendo prejudicial para o rim esse número menor que 90 mL/min.3

A uréia resulta da metabolização das proteínas sendo transportada pelo plasma até chegar aos rins para ser filtrada. Sua concentração é influenciada diretamente pela função renal. A dosagem é muito utilizada nos laboratórios para a identificação da DRC. Quando a filtração glomerular encontra-se reduzida devido a DRC gera retenção de uréia que será detectada em níveis elevados no soro do paciente.1,7

Além dos marcadores séricos como uréia e creatinina, o exame de clearence da creatinina também é muito utilizado para o diagnóstico da DRC, pois avalia a velocidade em que a creatinina é eliminada do organismo. A creatinina é utilizada porque além de ser produzida pelo organismo não é reabsorvida nem secretada pelos túbulos renais.1, 4, 6, 9, 13 Quando a taxa se encontra diminuída significa que ocorreu uma redução na filtração

1 Autora. Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected]. 2 Coautora. Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected] 3 Coautora. Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected] 4 Coautora. Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected]. 5 Orientadora: Rosineide Vieira Goes. Biomédica pela Faculdade São Lucas (2006), Pós-Graduada em Hematologia Clínica

pela Faculdade Ingá - Uningá/PR (2011). Auditora interna de laboratório clínico pelo PNCQ (2012). E-mail: [email protected].

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glomerular e por consequência existe alguma lesão renal, porém, a diminuição do fluxo sanguíneo pode influenciar uma vez que reduz a depuração renal.1, 6, 7

Outro marcador renal que está sendo recentemente utilizado na rotina dos laboratórios é a cistatina C. A cistatina C é uma proteína não glicosilada. Esta proteína é filtrada pelo glomérulo e absorvida pelos túbulos proximais. Sua grande vantagem é que não sofre influência da massa muscular do paciente como outros marcadores, além disso, é considerada bem mais sensível do que a creatinina, uma vez que identifica alterações na filtração mais precocemente se considerada com as outras substâncias.1, 8, 11

OBEJETIVOS O objetivo principal desta revisão é descrever os parâmetros bioquímicos encontrados em

pacientes diagnosticados com doença renal crônica. Podendo observar alterações em exames e

níveis dos principais indicadores da função renal: uréia, creatinina e cistatina C.

METODOLOGIA Trata-se de uma revisão bibliográfica, que empregou estudos primários identificados nas

bases eletrônicas Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico, utilizando

como palavras chaves: doença renal crônica e exames.. Para o refinamento da pesquisa, foram

definidos como critérios de seleção serem publicações entre os anos de 2005 e 2015.

CONCLUSÕES FINAIS A DRC é um problema de grande relevância clínica, cuja evolução depende da qualidade do tratamento ofertado precocemente no curso da doença. Um importante componente da nova definição da DRC, adotada em todo mundo, baseia-se na determinação da TFG. Os exames laboratoriais possuem o objetivo de avaliar a condição renal e cada um possui uma especificidade e sensibilidade diferenciada, por isso, é importante a análise laboratorial dos marcadores para detecção da DRC, com a finalidade de evitar casos subdiagnosticados.10 A recomendação atual para os programas de rastreio e acompanhamento clínico da DRC é estimar a TFG através de equações que utilizam a creatinina. A National Kidney Foundation (NKF) recomenda que a função renal seja avaliada em todos os indivíduos com hipertensão arterial sistêmica, com diabete melito, acima de 60 anos, com história familiar de DRC e em grupos étnicos de risco. A função renal deve ser avaliada a partir da utilização de equações que empregam a creatinina sérica. No entanto, dadas as reconhecidas limitações da creatinina, a NKF sugere como perspectiva futura que sejam validadas equações que incluam a cistatina C sérica.11 Estudos mais recentes têm demonstrado ser a cistatina C um marcador mais precoce do que a creatinina na identificação de pequenas diminuições da TFG. Contudo, mais estudos são necessário para identificar um método que concilie altao desempenho e maior

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praticidade na determinação clínica da TFG de pacientes com DRC em seus diferentes estágios.3

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ABENSUR, H.. Biomarcadores na Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, 2011.

2. AROSALO, B.M, et al. Detecting early kidney damage in horses with colic by measuring matrix metalloproteinase -9 and -2, other enzymes, urinary glucose and total proteins. Acta Veterinaria Scandinavica. v. 49, n. 4, p.1-6, 2007.

3. BASTOS Marcus G. Biomarcadores de função renal na dr. Capitulo 1. E-book Biomarcadores na Nefrologia. Editora Roche.

4. DALTON, N. Creatinina sérica e taxa de filtração glomerular: percepção e realidade. Jornal Brasileiro de Patologia Médica Laboratorial, 2011.

5. DRAIBE Sérgio Antônio, AJZEN Horácio. Insuficiência renal crônica. 19 de novembro de 2012.

6. KIRSZTAJN, GM. Avaliação de função renal. Jornal Brasileiro de Nefrologia, volume 31, 2009.

7. KIRSZTAJN, GM, et al. Dia Mundial do Rim 2011 Proteinúria e creatinina sérica: testes essenciais para diagnóstico de doença renal crônica. Jornal Brasileiro de Patologia Médica Laboratorial, 2011.

8. MOTA, P.C.. Indicações actuais para biópsia renal. Acta Médica Portuguesa, 2005.

9. NUNES, G.L.S.. Avaliação da função renal em pacientes hipertensos. Revista Brasileira de Hipertensão, 2007.

10. PEIXOTO EF, LAMOUNIER TAC. Métodos laboratoriais para a identificação da insuficiência renal crônica. Acta de Ciências e Saúde, Número 01, Volume 02 – 2012.

11. PRATES, AB, et al. Avaliação da filtração glomerular através da medida da cistatina C

sérica. Jornal Brasileiro de Nefrologia, volume XXIX, 2007.

12. RIBEIRO, R. C. H. M. et al. Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do estado de são paulo. Acta Paulista de Enfermagem, São José do Rio Preto, v. 21, n. spel, p. 207-211, fev. 2008.

13. STRASINGER, S.K., LORENZO, M.S. Urinálise e fluidos corporais. 5ª ed. São Paulo:

Livraria Médica Paulista Editora, 2009.

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1 Acadêmico do sétimo período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected] 2 Acadêmica do sétimo período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected] 3 Acadêmica do sétimo período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected] 4 Acadêmica do nono período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA - [email protected] 5Acadêmico do quinto período do curso de Farmácia do CEULJI/ULBRA - [email protected] 6Graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Mato Grosso. Pós-graduação em Georreferenciamento de imóveis rurais e Especialista em Pericia e Gestão Ambiental – UFMT 7Graduação em Biomedicina pela Faculdade São Lucas. Pós-graduação em Hematologia Clínica pela Faculdade Ingá-Uningá.

INCIDÊNCIA DE HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ- RO, ENTRE O PERÍODO DE 2008 A 2015

Adecezar Rodrigues de Campos1

Andreia Alves Camelo2

Fernanda Karen Virgolino de Almeida3

Priscila Ferreira Lima dos Prezeres4 Otacilio José dos Prazeres5

Celso Pereira de Oliveira6 Rosineide Vieira Gois7

INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, que afeta principalmente a pele

e os nervos periféricos. Também pode acometer vários outros órgãos tais como, olhos, rins, supra-renais, testículos, fígado e baço (SILVA, 2012), além da incapacidade física. Essa doença é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, um parasita intracelular obrigatório, com período de incubação prolongado (MARTELLI et al., 2002), variando de três a sete anos. Apesar de sua alta infectividade, essa bactéria possui baixa patogenicidade, manifestando-se em apenas 10% das pessoas que entraram em contato com a bactéria.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a hanseníase atinge pessoas de todos os sexos e idades, porém é raro em crianças. Alguns fatores estão relacionados com o aparecimento da doença, como as condições socioeconômicas desfavoráveis, condições precárias de vida e de saúde e o elevado número de pessoas convivendo em um mesmo ambiente.

A transmissão da hanseníase é inter-humana e ocorre predominantemente através do trato respiratório superior de pacientes multibacilares. Os fatores genéticos, ambientais, o estado nutricional, a vacinação contra o Bacillus Calmette Guérin (BCG) e a imunidade estão envolvidos na susceptibilidade em adquirir a doença (MELÃO et al., 2011). OBJETIVO

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Este estudo tem como objetivo analisar a prevalência de hanseníase no município de Ji-Paraná-RO, no período entre 2008 a 2015. METODOLOGIA

Ji-Paraná é um município localizado no estado de Rondônia, possui uma área de 6.896,648 km2 e uma população de 130.419 habitantes (IBGE, 2015).

Os dados analisados foram obtidos através do banco de dados epidemiológicos do Centro de Saúde Adolfo Rohl, localizado no município foco do estudo.

RESULTADO E DISCUSSÃO

A hanseníase é classificada em quatro formas clínicas, Hanseniase indeterminada (HI), Hanseniase tuberculóide (HT), Hanseniase virchowiana (HV) e Hanseniase dimorficos (HD). A HI é caracterizada pelo aparecimento de manchas hipocrômicas na pele com alteração de sensibilidade, na forma HT é encontrado lesões bem delimitadas com número reduzido, anestésicas e lesões em placas ou anulares, a HV refere-se a forma multibacilar, é caracterizada na pele pápulas, nódulos e máculas, infiltração difusa e mais acentuada na face e nos membros, manifestas-se em indivíduos com o sistema imunológico deprimido para o Mycobacterium leprae, a HD tem como característica instabilidade imunológica fazendo com que ocorra grande variação em suas manifestações clínicas, presença de lesões no pescoço e nuca. (ARAÚJO, 2003).

Durante o período entre 2008 a 2015 foram confirmados 858 casos de hanseníase no município de Ji-Paraná, conforme mostrado na tabela 1. A forma clínica predominante foi a dimorfa, representando 47,55% dos casos totais. A forma virchowiana é a de menor incidência representando 7,92% dos casos registrados. A forma indeterminada e a forma tuberculóide representaram 9,33% e 35,20%, respectivamente.

Tabela 1: Casos de hanseníase de acordo com a forma clínica em Ji-Paraná, de 2008 a 2015.

Ano Indeterminada Tuberculóide Dimorfa Virchowiana N° de casos totais 2008 15 64 66 5 150 2009 18 64 64 12 158 2010 8 40 53 12 114 2011 9 44 56 5 114 2012 14 43 44 7 108 2013 4 28 46 14 92 2014 4 16 41 7 67 2015 8 3 38 6 55 Total 80 302 408 68 858

Com relação ao sexo das pessoas contaminadas, o sexo masculino foi predominante, onde foram registrados 29 casos a mais do que no sexo feminino durante o período estudado (Tabela 2).

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Tabela 2: Distribuição dos casos de hanseníase de acordo com o sexo no município de Ji-Paraná, 2008 a 2015.

Sexo Número de casos % Masculino 416 52,22 Feminino 387 47,78

CONCLUSÃO Os esforços da Secretaria Municipal de Saúde do Município de Ji-paraná, por se tratar de município endêmico, foram constantes nas 13 unidades básicas de saúde, tendo ainda como referência o Centro de Especialidades em Patologias Tropicais Pe. Adolfo Rhol, através da preparação dos profissionais para atuarem no controle da transmissão da hanseníase, do diagnóstico precoce e oportuno, o efetivo controle de contatos e a informação continuada por parte das equipes da saúde da família, entre os anos de 2008 a 2015, culminaram com a redução de forma acentuada da prevalência da hanseníase no município.

REFERÊNCIAS

1. MARTELLI CMT, STEFANI MMA, PENNA GO, ANDRADE ALSS. Endemias e epidemias brasileiras, desafios e perspectivas de investigação científica: hanseníase. Rev Bras Epidemiol. 2002 dez;5(3):273-85.

2. SILVA DRX; IGNOTTI E; SOUZA-SANTOS R; HACON S.S. Hanseníase, condições sociais e desmatamento na Amazônia brasileira. Revista Panamericana de Saúde Pública. nº27, v.4, p268–75. 2010.

3. MELÃO et al, 2011. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase no extremo sul de Santa Catarina, no período de 2001 a 2007. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 44(1):79-84, jan-fev, 2011.

4. ARAÚJO MG. Hanseníase no Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 2003 jun;36(3):373-82.

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INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR POR MICRO-ORGANIS MOS

MULTIRRESISTENTES

SAYONARA DOS REIS1

ANDRESSA NAYARA DEGEN2

JAINE VALERIANO PADOVANI3

FABIANA DE OLIVEIRA SOLLA SOBRAL4

INTRODUÇÃO

A infecção hospitalar (IH) é toda infecção adquirida durante a internação hospitalar ou então

relacionada a algum procedimento realizado no hospital. Atualmente, o termo IH tem sido

substituído por Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), sendo mais abrangente

quando se contempla a infecção adquirida durante a assistência ao paciente em um sistema de

não-internação.9 A cada ano, aproximadamente, dois milhões de hospitalizações resultam em

infecção hospitalar.6

Entretanto, a maior preocupação surge devido à alta resistência que os micro-organismos

estão desenvolvendo às drogas antimicrobianas, que está ligeiramente ligada ao uso maciço e

indiscriminado das mesmas. Como resultado dos mecanismos de resistência desenvolvidos

por praticamente todos os germes, muitos antibióticos, que facilmente inibiam micro-

organismos, estão tornando-se inefetivos.2

A prevenção e controle de multi-R é uma prioridade nacional, que requer a adesão de todas as

instituições de saúde e das agências responsáveis pela saúde coletiva, incluindo os

profissionais de saúde.4 É um grave problema de saúde pública, de grande amplitude médica-

social, cujas consequências, para muitos estudiosos 5,8 já estão aí no nosso cotidiano e, se não

forem freadas, no futuro elas serão ainda mais devastadoras para a humanidade.7

Os importantes avanços, conhecidos até hoje, para o controle de IH têm sido através de

imunizações, dos cuidados de higiene, particularmente, a lavagem das mãos.7 A higienização

das mãos é reconhecida como a prática mais efetiva para reduzir as IRAS, pois impede a

1 Autora. Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected]. 2 Coautora. Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected] 3 Coautora. Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected].

4 Orientadora. Mestre em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde - ULBRA (2014), graduada em

biomedicina pelo Centro Universitário de Votuporanga (2008), conclusão de pós graduação em Metodologia do Ensino Superior (2011). Experiência na área de análises clínicas e microbiológicas, e analises microbiológicas e bromatológicas de alimentos. Docente em curso técnico e em ensino superior. Responsável técnica em indústria de água mineral.

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transmissão cruzada de micro-organismos. O cuidado em saúde deve ser conduzido com

consciência, responsabilidade profissional 10, sendo necessário conscientizar os profissionais

de saúde para que os mesmos venham adotar, com responsabilidade, na sua prática

assistencial, as principais medidas básicas para o controle das infecções hospitalares e

também, quando for o caso, estimulá-los a prática do uso prudente de antibióticos.

OBJETIVOS

O objetivo desse resumo é descrever os aspectos interligados a alta incidência de infecção

hospitalar, ocasionadas por diversos micro-organismos, que atualmente se classifica como

uma das maiores preocupações na área da saúde. O tema é trabalhado no sentido de

evidenciar a culpabilidade dos micro-organismos multirresistentes (multi-R), resistentes a

uma ou mais classes de agentes antimicrobianos e descrever formas de controle e prevenção

dessas infecções que ocasionam diversos óbitos no mundo todo, sendo de responsabilidade

dos profissionais da saúde essas medidas preventivas no âmbito hospitalar e ambulatório.

Alertando os perigos da falta de higienização correta por meio dos profissionais de saúde e

dos estabelecimentos com atendimento ao público (ambulatório, consultórios, clínicas e

hospitais), e do uso exacerbado de antimicrobianos, causando efetivamente a multirresistência

de micro-organismos, ocasionando assim, intensas infecções relacionadas à assistência à

saúde, que é atualmente um dos maiores problemas de saúde do mundo, representando

ameaça para a humanidade.

METODOLOGIA

Trata-se de um resumo expandido, que empregou estudos primários identificados nas bases

eletrônicas Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico. As pesquisas de

campo; indexados pelos termos: infecção hospitalar / microbiologia hospitalar / micro-

organismos multirresistentes. Para o refinamento da pesquisa, foram definidos como critérios

de seleção serem publicações entre os anos de 1996 e 2016. Sendo, então, selecionados dez

artigos.

CONCLUSÕES FINAIS

Observa-se através da presente revisão que as infecções hospitalares ocorrem com grande

freqüência e, que as mesmas são extremamente prejudiciais tanto para os internos do hospital

quanto para a comunidade. Sabendo que os micro-organismos causadores destas infecções

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podem causar epidemias caso não haja um controle efetivo dentro do hospital, vê se

necessária a prevenção através de programas de controle hospitalar, conscientização sobre a

importância da higienização correto aos pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde.

Ainda assim, é clara a necessidade da disseminação de informação correta à comunidade

visando instruí-la quanto ao uso exacerbado de medicamentos sem prescrição médica,

principalmente antibióticos, visto que o uso descontrolado dos mesmos pode acarretar à

multirresistência bacteriana.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Edição

Comemorativa para o IX Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e

Epidemiologia Hospitalar Salvador. Publicado em 30 de agosto de 2004. Editora

Agência Nacional de Vigilância Sanitária 1. ed. 2004.

2. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA), MINISTÉRIO DA

SAÚDE. Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar. Site: www.anvisa.gov.br

Copyright@ ANVISA, 2000.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

Pediatria: prevenção e controle de infecção hospitalar/ Ministério da Saúde, Agência

Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. 116 p. – (Série

A. Normas e Manuais Técnicos)

4. COMPETÊNCIAS DE CONTROLE EM INFECÇÃO HOSPITALAR. Infecção

relacionada a assistência a saúde e suas interfaces. Publicado em 2006.

5. LEMONICK MD. The killers all around. TIME 1996 Sept; 144(11):34-41.

6. PITTET D, TARARA D, WENZEL RP. Nosocomial bloodstream infection in critical

ill patients, excess length of stay, extra coast, and attributable mortality. JAMA 1999;

271:1598-601.

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7. SANTOS, Neusa de Queiroz. A resistência bacteriana no contexto da infecção

hospitalar. Publicado em 12 de fevereiro de 2004.

8. SANTOS NQ. Infecção hospitalar: uma reflexão histórico-crítica. Florianópolis:

Editora da UFSC; 1997.

9. SECRETARIA DE SAÚDE, Governo do Estado do Paraná. Faq Infecção hospitalar

final.

10. SOUZA Luccas Melo de, RAMOS Maríndia Fernandes, et al. Adesão dos profissionais

de terapia intensiva aos cinco momentos da higienização das mãos. Rev Gaúcha

Enferm. 2015 dez; 36(4):21-8.

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¹Acadêmica do sexto período do curso de Biomedicina e PROICT do CEULJI/ULBRA - [email protected] ² Mestre em Biologia Molecular e Celular Aplicado á Saúde pala Universidade Luterana do Brasil, Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela faculdade da Lapa e graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário de Votuporanga – [email protected]

INFECÇÃO HOSPITALAR CAUSADA POR Stenotrophomonas maltophilia E Acinetobacter baumannii, UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.

Maria Eduarda Bianco¹

Fabiana de Oliveira Sola Sobral²

INTRODUÇÃO

Infecção hospitalar (IH) é adquirida dentro de hospitais, considerada quando o tempo de incubação do patógeno causador da infecção for desconhecido e quando não há evidências clínicas de alguma possível infecção no ato da internação. Pode ser, também, quando surge alguma manifestação de infecção cerca de 48 horas após dada a entrada no hospital, principalmente em casos de algum procedimento invasivo. Em sítios cirurgicos, a IH pode surgir até 30 dias depois de realizado o procedimento e, até um ano, em casos de próteses. (NOGUEIRA, 2009).

No ambiente hospitalar, o uso de antimicrobianos deve ser feito de forma coerente, levando em conta que nem sempre o uso de antimicrobianos com amplo espectro apresenta benefícios, já que o uso exacerbado desses medicamentos pode ocasionar o surgimento de superinfecções. (MENEZES, 2007).

Dentre os microrganismos que podem causar infecções hospitalares, podemos citar dois que vêm se destacando: Acinetobacter baumannii e Stenotrophomonas maltophilia. A Acinetobacter baumannii possui uma enorme capacidade de resistência à diversas classes de antibióticos e, além disso, elas se adaptam facilmente a condições desfavoráveis. (FALAGAS, 2008). As Acinetobacter são cocobacilos Gram-negativos (cor de rosa, quando analisados em microscópio), aeróbios estritos (só sobrevivem na presença de Oxigênio), não fermentadores e capazes de sobreviver por longos períodos em ambiente nosocomial. Os A. baumanni são os maiores responsáveis pelas IH. (PELEG, 2008). Podem estar presentes em qualquer lugar do ambiente hospitalar, desde fontes de água até ventiladores mecânicos e em objetos de uso do paciente, como travesseiros e aparelho de televisão. (RICAS, 2013).

A Stenotrophomonas maltophilia é um bastonete Gram-negativo, aeróbio estrito e possui DNAse. Nos hospitais, pode ser encontraa em pias, águas de torneira, equipamentos de diálise, e, nem sempre, nas mãos dos profissionais da saúde. Esse microrganismo é capaz de sobreviver em diversos ambientes e sob condições inadequadas. (ALMEIDA, 2006). A S.maltophilia faz parte de um padrão de resistência maior do que as demais bactérias, mediada por enzimas como a β-lactamase, que confere resistência a antibióticos beta-lactâmicos. (PAEZ, 2011).

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¹Acadêmica do sexto período do curso de Biomedicina e PROICT do CEULJI/ULBRA - [email protected] ² Mestre em Biologia Molecular e Celular Aplicado á Saúde pala Universidade Luterana do Brasil, Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela faculdade da Lapa e graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário de Votuporanga – [email protected]

O objetivo do presente estudo é verificar as atualidades sobre IH causada pelas bactérias Acinetobacter baumannii e Stenotrophomonas maltophilia.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi realizado um levantamento bibliográfico, com buscas de artigos científicos em plataformas online, usando palavras chaves como: infecção hospitalar, Acinetobacter baumannii, Stenotrophomonas maltophilia, resistência microbiana. Sendo selecionados e estudados cerca de 13 artigos com datas de publicação de 2008 a 2016.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Dos dez artigos estudados, quatro deles relataram que a bactéria S. maltophilia adquiriu um padrão de multiresistência a diversas classes de antimicrobianos. Segundo estudo realizado por Corrêa (2013), o lugar onde foi mais encontrados S. maltophilia foi em torneiras de um hospital. RODRIGUES (2011) identificou que, mais de 45% das amostras analisadas, o microrganismo citado foi encontrado em ponta de cateteres. A resistência da A. baumannii tem aumentado, tornando-a uma superbactéria, grande problema em infecções graves. Sendo assim, nota-se a necessidade de criar medidas de controle específicas para cada microrganismo e sua resistência. Os antibióticos carbapênicos, de amplo espectro que incluem a maioria dos Gram-negativos, desempenham um papel relevante na tentativa de eliminar esse patógeno, porém, está cada vez maior o aparecimento de cepas de resistência devido a produção de β-enzimas. (RICAS, 2013). GOOTZ (2008) constatou que ela é capaz de provocar apoptose através de proteínas da membrana externa. Levando em conta todos esses fatores de resistencia previamente citados, pode ser considerada uma bactéria responsável por elevada mortalidade e morbidade. (SILVA, 2009). Quatro artigos discutidos sobre Acinetobacter baumannii relataram que a bactéria merece atenção especial quanto à sua prevenção, principalmente nas UTI’s. MENEZES (2007) isolou 289 amostras de microrganismos e encontrou A. baumannii em 88 delas contidas no aspirado traqueal e apenas 27 em cateter venoso. RICAS (2013) realizou um estudo e concluiu que em 85% dos casos de infecção por A. baumannii eram de cepas multirresistentes a antibióticos largamente utilizados na prática clínica. Antibiogramas devem ser realizados rotineiramente para avaliar a emergência desse fator de resistência. (RODRIGUES, 2011).

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¹Acadêmica do sexto período do curso de Biomedicina e PROICT do CEULJI/ULBRA - [email protected] ² Mestre em Biologia Molecular e Celular Aplicado á Saúde pala Universidade Luterana do Brasil, Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela faculdade da Lapa e graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário de Votuporanga – [email protected]

CONSLUSÃO O que se pode perceber com esse estudo realizado, é que a resistência dos

microrganismos vem aumentando cada vez mais. Causando mortalidade e morbidade. É necessario que seja determinado um perfil de sensibilidade individual pra cada microrganismo, para que sejam tratados de forma individual e, assim, eliminados. O uso de antimicrobianos também deve ser medido, para que assim, se possa diminuiros indíces de infecções hospitalares.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Falagas ME, Karveli EA, et al. Acinetobacter infections: a growing threat for critically ill patients. (2008). Rodrigues, Luiza Souza; Gioia, Thais Sabato Romano Di; Rossi, Flávia. Stenotrophomonas maltophilia: resistência emergente ao SMX-TMP em isolados brasileiros. Uma realidade?. (2011). Corrêa, Thayane Cristina da Silva. Avaliação da População Microbiana Presente no Interior do Corpo das Torneiras de uma UTI em um Hospital no Município de Volta Redonda. (2013). Peleg AY, Seifert H, et al. Acinetobacter baumannii: Emergence of a Successful Pathogen. (2008). Paez, Jorge Isaac Garcia. Caracterização de mecanismos de resistência as quinolonas e sulfametoxazol/trimetorpima de isolados clínicos de Stenophomonas maltophila. (2011). Nogueira, Paula Sacha Frota, et al. PERFIL DA INFECÇÃO HOSPITALAR EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO. (2009). Menezes, Everardo Albuquerque, et al. Freqüência e percentual de suscetibilidade de bactérias isoladas em pacientes atendidos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Fortaleza. (2007). Almeida, Margarete T.G., et al.. Infecções Hospitalares por Stenotrophomonas maltophilia: aspectos clínico-epidemiológicos, microbiológicos e de resistência antimicrobiana. (2006). Kanafani ZA, Kani SS.Clinical manifestations of Acinetobacter infection. (2008). Silva, Roberto Nicolau Pestana. A Importância do Acinetobacter baumannii na Infecção Adquirida nos Cuidados de Saúde. (2009). Porto. RICAS Rafaella Velazquez; Thayanny do Carmo MARQUES; Ana Caroline Akeme YAMAMOTO. Perfil de resistência de Acinetobacter baumannii a antimicrobianos em um hospital universitário de Cuiabá-MT. (2013). GOOTZ TD, Marra A. Acinetobacter baumannii: an emerging multidrug-resistant threat. (2008).

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¹Acadêmica do sexto período do curso de Biomedicina e PROICT do CEULJI/ULBRA - [email protected] ² Mestre em Biologia Molecular e Celular Aplicado á Saúde pala Universidade Luterana do Brasil, Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela faculdade da Lapa e graduada em Biomedicina pelo Centro Universitário de Votuporanga – [email protected]

OLIVEIRA, Adriana Cristina de; Damasceno, Quésia Souza. Superfícies do ambiente hospitalar como possíveis reservatórios de bactérias resistentes: uma revisão. (2009).

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INTOXICAÇÃO POR USO DO PARACETAMOL

Jessica Fernanda Brum1

Niltra Beltrão Rosa2

Pâmela Ferreira3

Stefany Santos4

Vinicius M. Freitas5

Jeferson O. Salvi 6

INTRODUÇÃO

O paracetamol, também conhecido como Acetaminofeno®, derivado do

paraminofenol, é metabolito ativo da fenacetina, pertence a classe dos medicamentos

analgésicos e antipiréticos (TERRES, 2015), possui ação antipirética alta, analgésica média e

anti-inflamatória baixa.

Atualmente é um dos analgésicos mais utilizados por ser de fácil acesso (LOPES et al.,

2012), é muito utilizado em pediatria (SEBBEN et al., 2010), é administrado por via oral,

(CHEREGATTI et al., 2010) pode ser encontrado nas formulações sólida, como em capsulas,

pastilhas, comprimidos e drágeas ou em formulação líquida, como gotas e xarope (LOPES et.

al., 2012). Por ser um medicamento de venda livre, esse fácil acesso ao paracetamol e o

desconhecimento da população sobre seus efeitos nocivos ao organismo tem causado um

significativo aumento no número de intoxicações por esse fármaco (SEBBEN et. al., 2010). É

também o fármaco de escolha em pacientes grávidas e em condições de afecções virais

(LOPES et. al., 2012). O paracetamol é considerado seguro em doses terapêuticas, útil para

dor e febre em indivíduos de várias idades, desde que quando usado ser em doses terapêuticas.

(WANNMACHER, 2005).

O medicamento é bem absorvido no trato gastrointestinal, alcançando o pico

plasmático após 40 a 60 minutos e 30 minutos em preparações liquida, em caso de sobre dose,

a maior parte é absorvida em 2 horas. A biodisponibilidade é de cerca de 60% a 95% e o

volume de distribuição é de 0,8 a 11/kg. Contudo a principal via de biotranformação é a

1Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 2 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 3 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 4 Acadêmica do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 5 Acadêmico do quinto período do curso de Biomedicina do CEULJI/ULBRA – [email protected] 6 Docente de Farmacologia e Toxicologia do CEULJI/ULBRA, [email protected]

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hepática. O tempo de meia vida é de 1 a 3 horas e em sobre dose pode chegar a 12 horas

(SEBBEN, 2012). É um fármaco eficaz, como o analgésico e antipirética (WANNMACHER,

2005; CHEREGATTI, JERONIMO, BARRETO, SANTOS e JERONIMO, 2010)

Um grande perigo por intoxicação é a administração incorreta de medicamentos.

Qualquer pessoa está suscetível à intoxicação por uma alta dosagem de paracetamol, podendo

causar náuseas e vômitos. Com o uso prolongado pode acometer o fígado com insuficiência

hepática aguda e os rins com insuficiência renal, levando o paciente a óbito (TERRES, 2015).

O objetivo dessa revisão tende a informar sobre o que é o paracetamol, visando

compreender sua farmacodinâmica no organismo e que sua administração incorreta é muito

prejudicial à saúde.

PALAVRAS CHAVES: Administração incorreta, Intoxicação, Acetaminofeno.

METODOLOGIA

O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica, identificada por meio de,

revistas eletrônicas, livros, Google acadêmico, compostos por estudos de procedimento de

revisão bibliográfica sobre o assunto. A revisão foi desenvolvida em etapas: escolha do tema;

leitura de todo material; formulação do principal fator que é o problema; fichamento e

organização do artigo, utlizando as palavras chaves administração incorreta, intoxicação,

Acetaminofeno.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Mais de 100 produtos que contém paracetamol podem ser adquiridos sem receita

médica (M. D.). Muitos se apresentam na forma líquida, em comprimidos ou cápsulas. Apesar

de ser um medicamento bastante utillizado pela população para a ação antipirética e

analgésica e protegendo os neurônios expostos ao stress oxidativo (LOPES, 2012). Há um

desconhecimento dos usuários sobre os efeitos nocivos, na qual tem aumentado o número de

intoxicações por este fármaco. Pois, ao ser admnistrado de forma incorreta, ou seja, as doses

elevadas do paracetamol pode lesionar o fígado.

A dose terapêutica convencional varia de 325 a 1000 mg em adultos, não

ultrapassando 400 0mg ao dia. Já em crianças, pode-se administrar uma dose de 10

mg/kg, não utilizando mais que 5 doses em 24 horas (LOPES, 2012).

O paracetamol é metabolizado essencialmente no fígado, via conjugação com ácido

glucurônico (60%) e ácido sulfúrico (35%), e algum metabolismo pode ocorrer no intestino e

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nos rins. Após 24 horas 90-100% do fármaco é recuperado na urina sob a forma de

conjugados, e apenas 2-5% é excretado inalterado. Uma pequena quantidade sofre N-

hidroxilação no citocromo P450 (principalmente pela CYP2E1, e em menor extensão pela

CYP3A4 e CYP1A2) dos hepatócitos com formação de N-acetil-p-aminobenzoquinonaimina

(NAPQI) (MOURA, 2016).

O quadro de intoxicação por paracetamol ocorre quando utilizado em dose igual ou

superior a 4 g/dia levando ao acúmulo de um metabólito altamente reativo – o N-acetil-p-

benzoquinona. Esse metabólito acumulado tem sua reação de glicuronidação hepática

saturada, passando a se ligar covalentemente às proteínas nos hepatócitos e nos túbulos renais

ocasionando necrose. Os sintomas iniciais da intoxicação são náusea, vômito, dor abdominal e

hipersensibilidade hepática. Após 12-18 horas ocorre necrose hepática, necrose tubular renal,

quadro de hipoglicemia e coma. Em 48 horas, o paciente apresenta icterícia, insuficiência

hepática e pode ir a óbito (RANG, 2003).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O paracetamol pertence à classe dos medicamentos analgésicos e antipiréticos

possuindo ação antipirética, analgésica e anti-inflamatória, administrado por via oral. Sua

administração incorreta é muito prejudicial e perigosa a saúde. A intoxicação por uso de

paracetamol ocorre muitas vezes por causa da má administração incorreta, erros na posologia

do medicamento. E esta alta dosagem pode gerar e causar náuseas e vômitos, e com o seu uso

prolongado pode acometer o fígado e os rins, podendo até levar o paciente a óbito.

REFERÊNCIAS

CHEREGATTI, Aline Laurenti; JERONIMO, Rosangela Aparecida S.; BARRETO, Ana

Paula M.; SANTOS, Fabiano Rodrigues dos; NUNES, Madalena Monterisi; JERONIMO,

Rodrigo Sala. Administração de medicamentos – 5 certos para segurança do seu

paciênte. Editora: Rideel. São Paulo: 2010

LOPES, J.; MATHEUS, M. E. Risco de hepatotoxicidade do Paracetamol

(Acetaminofem). Rev. Brasileira de Farmácia (RBF). Rio de Janeiro, 2012. Disponível em:

<http://www.rbfarma.org.br/files/rbf-2012-93-4-3.pdf> Acesso em 09 de abril de 2016.

M. D., Hagop S. A. et al.. Intoxicação por paracetamol (acetaminofeno). Manual MSD

para a Família. Disponível em: <http://www.manuaismsd.pt/?id=301&cn=1583> Acesso em

09 de abril de 2016.

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MOURA, M. G. Farmacocinética e Metabolismo do Paracetamol. Disponível em:

<http://marinagmoura.wix.com/paracetamol#!services/ch6q> Acesso em 11 de abril de 2016.

RANG, H. P. et al. FARMACOLOGIA. 5. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.

TERRES, D. R. Potencial toxicológico de medicamento de venda livre: ênfase no

paracetamol. Rev. Científica Facider. Mato Grosso, 2015.

SEBBEN, V. C., et. al. Validação de metodologia analítica e estudo de estabilidade para

quantificação sérica de paracetamol. p. 143-148. Porto Alegre- RS, 2010.

WANNMACHER, Lenita. Paracetamol versus Dipirona: como mensurar o risco? Abril,

2005. Disponível em:

<http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340026793novo_paracetamol.pdf> Acesso em

09 de abril de 2016.

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CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DO COMÉRCIO AMBULANT E DE AÇAÍ (GUARANÁ DA AMAZÔNIA): UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ANDRESSA NAYARA DEGEN1

SAYONARA DOS REIS2

RENAN FAVA MARSON3

INTRODUÇÃO

O açaí (Euterpe oleracea, Mart.) é um fruto oriundo de uma palmeira nativa da Amazônia oriental sendo uma grande fonte energética, utilizado como fonte de alimento por muitas famílias brasileiras, e também pela indústria na fabricação de sucos e sorvetes (SOUSA et al., 1999). O fruto se degrada em poucas horas mesmo sob refrigeração, com tempo máximo de conservação de 12 horas, e a sua grande carga microbiana é o principal fator de sua perecibilidade (NASCIMENTO, 1992; OLIVEIRA et al., 1988).

A bebida conhecida como "Guaraná da Amazônia" é um alimento popular e apreciado no estado de Rondônia. No seu preparo utiliza-se polpa de açaí, canela, leite, xarope de guaraná, pó de guaraná, leite em pó, amendoim cru e pó de catuaba. Essa bebida é geralmente comercializada por ambulantes que a caracterizam como um produto de baixo custo, rápido preparo e venda em locais de fácil acesso como avenidas movimentadas e feiras populares. A bebida é considerada energética pelo alto teor calórico de seus componentes, ricos principalmente em açúcares e gorduras (NEPA, 2006).

As pesquisas sobre as condições higiênicos sanitárias do produto são necessárias para que se possa avaliar se o processamento e/ou comercialização apresenta controle efetivo que atenda às características e à integridade do produto, bem como a saúde dos consumidores, visto que alimentos “in natura” vendidos por ambulantes apresentam maiores chances de contaminação por micro-organismos patogênicos (BITTENCOURT et al., 2008; RIBEIRO et al., 2015).

Este trabalho tem como objetivo destacar a incidência da contaminação microbiana e a falta de condições higiênico-sanitárias do açaí comercializado por vendedores ambulantes, visto que a contaminação pode se dar desde a colheita e armazenamento, porém o ponto mais crítico deste produto é no momento de sua comercialização por despreparo dos manipuladores e falta de boas práticas de fabricação.

METODOLOGIA

O estudo refere-se a uma revisão de literatura sobre as principais características e contaminações com açaí consumidos in natura no Brasil, através de artigos indexados e publicados em bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), plataforma da Scientific

1 Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected] 2 Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected].

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Eletronic Library Online (Scielo), utilizando como palavras-chave açaí e análise microbiológica.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através da analise de artigos foi possível identificar uma alta incidência de contaminação e falta de atenção as condições básicas de higiene com a manipulação do açaí, visto que é um produto consumido in natura sem processos de pasteurização.

Em janeiro 02 de janeiro de 2001, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) colocou em vigor a RDC nº 12 em que se regulamentam padrões microbiológicos para sucos e polpas, fixando o limite de 102 NMP/g de coliformes termotolerantes em polpa e ausência de Salmonella em 25 g de produto.

A contaminação microbiológica do açaí é dada pela conjunção de diversos fatores, o substrato é propício para o crescimento dos contaminantes (não ácido, não doce) visto que a razão entre a superfície da fruta em contato com o ar e o peso da polpa é considerável; a palmeira de açaí cresce em meios tropicais úmidos e quentes, sendo propício ao crescimento de micro-organismos e de insetos; a falta de cuidado durante a colheita e o transporte da fruta é a origem de contaminação suplementar pelo contato com superfícies contaminadas (solo, plásticos, recipientes, etc.) (Rogez et al., 2000). Além da inicial carga microbiana dos frutos, a polpa de açaí pode ainda ser contaminada por microbiota proveniente das condições higiênico sanitárias dos equipamentos, ambiente de processamento e dos manipuladores (RIBEIRO et al., 2015).

Sousa et al., 1999 encontraram elevados níveis de contaminação por coliformes totais (>102 NMP/ml) e termotolerantes (>1,1x102 NMP/ml) em suco de açaí comercializado em feiras livres da região de Manaus, e resultados similares em outro trabalho, no qual 100% das amostras de açaí analisadas apresentaram contaminação por coliformes totais, indicando assim más condições de higiene durante o preparo do produto (SOUSA, et al., 2006).

Em um trabalho realizado no município de Acará – PA, encontraram-se coliformes totais em 100% das amostras analisadas em sucos de açaí, justificando que este alto índice deve-se a forma de manipulação do produto (COROA et al., 1995). Em contrapartida Ramos et al., 2008 avaliaram polpa de açaí congelada e fabricada por uma indústria do município de João Pessoa – PB, verificando que todas as amostras encontravam-se dentro dos padrões estabelecidos pela legislação vigente, o que deixa claro que a maioria da contaminação do açaí se deve a manipulação do produto pelos vendedores ambulantes, devido as más condições higiênico-sanitárias e falta de informação quanto as boas práticas de fabricação.

CONCLUSÃO

Diante dos estudos analises, conclui-se que a segurança alimentar ainda é um desafio a ser enfrentado, devendo ser analisado ao longo de toda a cadeia alimentar, se tratando de produtos consumidos in natura e comercializados nas ruas de todo o país. A qualidade de um

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produto passou a ser um ponto chave para o comércio, visto que o consumidor está cada vez mais atento as condições de higiene dos produtos e seus respectivos manipuladores.

Novas pesquisas devem ser realizadas e com os dados obtidos um aconselhamento deve ser feito junto à estes ambulantes para que se diminua a contaminação, visto que o preparo do produto no comércio ambulante é responsável muitas vezes pelo alto índice de contaminação, e risco de doenças transmitidas por alimentos aos consumidores.

REFERÊNCIAS

BITTENCOURT JGL, et al. Análise das condições higiênicas-sanitárias de quiosques que oferecem caldo de cana e coco verde localizados no litoral Norte de Santa Catarina. Higiene Alimentar, v.22, n.166-167, p.7075, 2008.

CHAVES NP, et al. Condições higiênico-sanitárias da bebida guaraná da Amazônia comercializada por vendedores ambulantes na cidade de São Luís, MA, Arq. Inst. Biol., São Paulo, v.82, 1-7, 2015.

COROA, R. J. F. et al. Análise microbiológica do suco de açaí produzido em uma comunidade ribeirinha do estuário amazônico. Bol. Museu Paraense Emílio Goeldi, v. 11, n. 1, p. 117- 124, 1995.

NASCIMENTO MJ. Mercado e comercialização de frutos de açaí. Belém UFPA, 1992. (Relatório de Pesquisa, T. 3).

OLIVEIRA MLS, SOUSA CL, OLIVEIRA, RA. Qualidade microbiológica da bebida açaí (Euterpe oleracea Mart.) comercializada na cidade de Belém. In: ENCONTRO DE PROFISSIONAIS DE QUÍMICA DA AMAZÔNIA, Belém-PA, p. 189-195, 1988.

RAMOS, N. P. et al. Qualidade higiênico-sanitária de 10 amostras de polpa de açaí congelada fabricada por uma indústria do município de João Pessoa – PB. In: ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA UFPB, 11, 2008, João Pessoa. Anais ... João Pessoa: UFPB, 2008. Cd-Rom.

RIBEIRO MSS, et al. Avaliação da qualidade microbiológica do Açai (Euterpe olerace, Mart.) comercializado nas feiras e supermercado da cidade de Belém-PA, 14° Encontro de profissionais de química da Amazônia 2015.

SOUSA, C. L.; MELO, G. M. C.; ALMEIDA, S. C. S. Avaliação da qualidade do açaí (Euterpe oleracea Mart.) comercializado na cidade de Macapá – AP. B. CEPPA, v. 17, n. 2, p. 127-136, 1999. 32.

SOUSA, M. A. C. et al. Suco de açaí (Euterpe oleracea Mart.): avaliação microbiológica, tratamento térmico e vida de prateleira. ACTA Amaz., v. 36, n.4, p. 497-502, 2006.

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1 Acadêmica da área de Ciências Biológicas, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná

²Acadêmica da área de Biomedicina, Centro Universitário Luterano de Ji- Paraná ³Professora orientadora da disciplina de Instrumentalização Científica, Centro Universitário Luterano de Ji-

Paraná

O IMPACTO CAUSADO PELO DIAGNOSTICO DA SINDROME DE DOWN NO AMBITO FAMILIAR

Waldiene Melo Silva¹

Maria Eduarda Bianco²

Susana Maria Mana de Araoz³

INTRODUÇÃO

A síndrome de Down (SD) possui registros históricos de convivência com o homem,

sendo possível datar trabalhos científicos sobre o tema a partir do século XIX, com registros

na história, como citado por Chambers, datado de 1844, no qual a síndrome de Down é

caracterizada por “idiotia do tipo mongolóide”, e na definição feita por Edouard Seguin (entre

1846 e 1866) que se referia à síndrome como um subtipo de cretinismo classificado como

“cretinismo furfuráceo” (Schwartzman, 1999a). Porem somente em 1932, um oftalmologista

holandês chamado Waardenburg propôs que a incidência da síndrome de Down tinha alguma

relação com uma aberração cromossômica. Somente em 1934, nos Estados Unidos, Adrian

Bleyer chegou a uma possível suposição que essa aberração poderia ser uma trissomia.

Contudo, parecia que as pesquisas sobre síndrome de Down estavam próximas de chegar ao

fim. Porém, foram imprescindíveis quase três décadas para que isto fosse comprovado. No

ano de 1959 o Dr. Jerome Lejeune e Patricia A. Jacobs e seus colaboradores descobriram,

quase que ao mesmo tempo, a subsistência de um cromossomo a mais (Schwartzman, 1999a).

Dentro deste contexto a síndrome de Down é “uma cromossomopatia, ou seja, uma

anomalia que pode ser explicada por um desequilíbrio na constituição cromossômica (a

presença de um cromossomo 21 extra), constituindo, assim, uma trissomia simples” (Brunoni,

1999, p. 32). Segundo Schwartzman (1999b), o cariótipo 47, XX, + 21 ou 47, XY, + 21 está

presente em cerca de 95% dos casos da composição cromossômica das pessoas com síndrome

de Down.

Dentro deste contexto, durante a gestação pais e mães tem a preocupação de como

será a chegada de um novo membro. A confirmação de um eventual diagnóstico de

deficiência da criança é sempre de grande impacto no âmbito familiar, levando a sentimentos

negativos de obscuridade, imprecisão e rejeição.

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²Acadêmica da área de Biomedicina, Centro Universitário Luterano de Ji- Paraná ³Professora orientadora da disciplina de Instrumentalização Científica, Centro Universitário Luterano de Ji-

Paraná

OBJETIVOS

Diante deste contexto este trabalho tem como objetivo desencadear reflexões com

relações ao diagnóstico da SD e a repercussão do dia a dia da tríade (mãe-filho-pai), visto que

ainda há um desconhecimento em massa sobre essa síndrome, vale ainda ressaltar que a

família é o primeiro grupo no qual o indivíduo é inserido, sendo de grande importância a sua

integração de forma natural criando um vínculo a partir do toque, caricia e estímulos.

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Paraná

METODOLOGIA

Realizou-se uma busca em artigos científicos publicados na internet, usando palavras

chaves como: síndrome de Down, âmbito familiar, diagnósticos, anomalias, trissomia,

cromossomo 21. Sendo, após isso selecionados cerca de 11 artigos científicos.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES

O impacto da notícia de um filho com deficiência traz à tona sentimentos negativos,

ambivalentes, depressão, crise e insatisfação conjugal (HEDOV et al., 2000). Onde na maioria

dos casos, os pais acabam por consentir e iniciam um processo de adaptação e reestruturação

na família, sabendo que a criança com SD apresentam um atraso em seu desenvolvimento e

limitações em suas aquisições, precisando de mais tempo para desenvolver habilidades, tais

como andar, controlar os esfíncteres e falar (HENN, 2008)

A forma e o momento em que é dada a notícia de um filho deficiente aos pais

influenciam numa melhor aceitação ou não de um filho deficiente (Souza e colaboradores,

2011). A utilização de uma linguagem apropriada, com informações compreensíveis,

objetivas e atualizada da doença pelos profissionais e a existência de programas de apoio a

essas famílias podem fazer a diferença neste momento, segundo Stoneman (2007) o aumento

de grupos de apoio aos pais e familiares da SD tem facilitado a compreensão e a aceitação

desta criança no ambiente familiar.

As famílias têm necessidade de apoio no momento do diagnostico já que tem que

enfrentar uma grande mudança no ciclo no desenvolvimento familiar que demanda do casal

vários ajustes para enfrentar a nova situação. Alguns estudos identificaram que as mães

consideram ideal ser informada entre o 5º e 30º dias após o nascimento do bebe, portanto

nunca no momento do parto (MUSTACCHI, 2000)

Em uma pesquisa americana realizada por Roach et al (1999) notou-se que pais e

mães de crianças com SD apresentam maiores níveis de estresse relacionados à parentalidade

quando comparados com pais e mães de crianças sem deficiência.

Em geral, a chegada de um bebe que apresenta algum tipo de deficiência torna-se um

evento traumático e desestruturado, que interrompe o equilíbrio familiar (BRITO &

DESSEM, 1999). Os resultados parciais desta pesquisa mostraram que existem poucos artigos

relacionados ao tema relação família com o portador da síndrome de Down, (FALCO E

COLABORADORES 2008) e (RICCI E HODAPP 2003).

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²Acadêmica da área de Biomedicina, Centro Universitário Luterano de Ji- Paraná ³Professora orientadora da disciplina de Instrumentalização Científica, Centro Universitário Luterano de Ji-

Paraná

CONCLUSÕES

Apesar dos grandes avanços na área de saúde em relação à síndrome de Down sabe-

se pouco da relação tríade, bem como dos sentimentos e visões da família frente a essa

criança. Pode-se notar a falta de preparação dos profissionais da área da saúde no momento do

diagnostico causando grandes traumas na família, principalmente na mãe. Sendo assim, faz-se

necessário, mais estudos e pesquisas que abordem o tema e possam fornecer possibilidades de

desenvolvimento de estratégias para que os pais possam lidar com os sentimentos decorrentes

do nascimento de um filho com a síndrome de Down.

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1 Acadêmica da área de Ciências Biológicas, Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná

²Acadêmica da área de Biomedicina, Centro Universitário Luterano de Ji- Paraná ³Professora orientadora da disciplina de Instrumentalização Científica, Centro Universitário Luterano de Ji-

Paraná

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HENN, C. G.; PICCININI, C. A.; GARCIAS, G. L. A família no contexto da síndrome de

Down: Revisando a literatura. Psicologia em Estudo (Maringá), v. 13, n. 3, p. 485-493, 2008.

Schwartzman, J. S. (1999a). Histórico. Em J. S. Schwartzman (Org.), Síndrome de Down (p.

3-15). São Paulo: Mackenzie.

Mustacchi Z. síndrome de Down. In: mustacchi Z, Peres S. Genética baseada em evidencias:

síndromes e heranças [CD ROOM] São Paulo: centro israelita de assistência ao menor; 2000.

Roach, M. A., Orsmond, G. I. & Barratt, M. S. (1999). Mothers and fathers of children with

Down Syndrome: Parental stress and involvement in childcare. American Journal on Mental

Retardation, 104(5), 422-436.

Brito, A. M. W. & Dessen, M. A. (1999). Crianças surdas e suas famílias: um panorama geral.

Psicologia: Reflexão e Crítica,12(2), 429-445.

Casarin, S. (2003). Aspectos psicológicos na Síndrome de Down. Em J. S. Schwartzman

(Org.), Síndrome de Down (pp. 263-285). São Paulo: Memnon/Mackenzie.

Stores, R., Stores, G., Fellows, B. & Buckley, S. (1998). Day time behavior problems and

maternal stress in children with Down’sSyndrome, their siblings, and non-intellectually

disabled and other intellectually disabled peers. Journal of Intellectual Disability Research,

42(3), 228-237.

Dessen, M. A. & Silva, N. L. P. (2000). Deficiência mental e família: uma análise da

produção científica. Cadernos de Psicologia e Educação Paidéia, 10(19), 12-23.

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PRODUÇÃO DE PROTEÍNAS RECOMBINANTES UTILIZANDO A BA CTÉRIA Escherichia coli.

WESLEY PIMENTA CÂNDIDO1

RENAN FAVA MARSON2

INTRODUÇÃO

A produção de proteínas recombinantes é de alto valor devido aos grandes progressos da engenharia genética e biotecnologia na utilização de sistemas de expressão microbianos (LIMA, 2004). A técnica do DNA recombinante proporciona a produção de uma ampla quantidade de proteínas heterólogas, e a escolha do sistema de expressão mais adequado depende da proteína a ser gerada (MIYAMOTO, 2013). Para uma produção economicamente viável de proteínas heterólogas a concentração das mesmas deve ser correspondente à quantidade de células (TORRES, 2000). Portanto para este processo no qual o produto encontra-se como corpos de inclusão, se faz necessário atingir altas densidades celulares (LIMA, 2004).

Este trabalho teve como objetivo principal esclarecer e revisar a literatura sobre a produção de proteínas recombinantes, principalmente nas fases de pesca do gene de interesse e expressão das proteínas visto que nos dias de hoje muitas empresas de biotecnologia sintetizam genes o que facilita o trabalho e a produção de proteínas de interesse em larga escala.

MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia empregada, por se tratar de uma revisão bibliográfica, foi a pesquisa em diferentes bibliotecas e bases de dados eletrônicas em saúde, com o intuito de selecionar elementos para discutir sobre o dogma central da biologia molecular e a técnica de produção de proteínas recombinantes, sendo incluídos artigos em língua portuguesa e inglesa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As etapas essenciais para a produção de uma proteína heteróloga envolvem a pesca do gene de interesse, escolha do sistema de expressão, clonagem e expressão. A pesca do gene de interesse é realizada com o auxílio da Reação de cadeia polimerase (PCR), onde ocorre a desnaturação do DNA, permitindo que primers específicos liguem-se às fitas de DNA, neste processo a temperatura utilizada é de 94-95°C no período de 1 a 3 minutos. A ligação dos primers à fita é importante, pois estes devem hibridizar-se com precisão conforme a sequência original. O processo de ligação dos primers é realizado com o uso de termocicladores, onde a temperatura de 5°C abaixo da temperatura de fusão é locada no meio do gradiente, conforme descrito na Figura 1. Diversas DNA polimerases estão disponíveis comercialmente, sendo as mais utilizadas, Taq- e Pfu polimerases, sendo a primeira procedente do Thermusaquaticus, e a segunda do Pyrococcusfuriosus.A Pfu polimerase é considerada uma enzima de alta afinidade sendo amplamente utilizada para a pesca de gene de interesse. Após este processo, segue-se para a etapa de amplificação dos genes de interesse, misturando a DNA polimerase

1 Acadêmico cursando oquinto período do curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI/ULBRA). Email: [email protected] 2Mestre em Bioengenharia pela Universidade Camilo Castelo Branco, Especialista em Biomedicina Estética pelo Núcleo de Estudos Ana Carolina Puga, Graduado em Biomedicina pela Fundação Educacional de Fernandópolis. [email protected]

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proveniente de bactérias termofílicas e os quatro nucleotídeos, numa temperatura entre 68 e 72ºC, com tempo variado e repetindo em média 35 vezes o descrito anteriormente e representado na Figura 2.

Figura 1: Reação em cadeia polimerase (PCR). Etapa 1→ O DNA é submetido a altas temperaturas para ocorrer a desnaturação. Etapa 2→ Ocorre a ligação entre os primerse as fitas de DNA. Etapa 3→ A DNA polimerase inicia o alongamento da nova fita de DNA após reconhecimento do primer.

Figura 2: Reação em cadeia polimerase (PCR). Após desnaturação do DNA, ligação dos primerse alongamento da nova fita do DNA é realizada a amplificação exponencial dos genes selecionados pelos primers.

Já na escolha do processo de expressão, os plasmídeos contem um promotor forte juntamente com um sitio de clonagem múltipla e a origem de replicação (OR). Os principais plasmídeos de expressão utilizam os promotores Lac, Tac e T7.

Após este processo o gene de interesse pode ser clonado a partir de um ou dois sítios de restrição diferentes, sendo que a clonagem de genes para fins de produção de proteínas é normalmente realizada em dois sítios diferentes. As sequencias que codificam podem ser clonadas de modo que as proteínas possam ser expressas autenticas ou quiméricas, sendo

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queas proteínas autenticas contem apenas aminoácidos presentes na proteína original enquanto as quiméricas podem conter caudas com aminoácidos extras tanto na porção N- como C – terminal da proteína resultante, e ainda esta cauda será muito útil para a purificação das mesmas (MIYAMOTO, 2013).

As proteínas recombinantes são expressas através da introdução de plasmídeos recombinantes em cepas de Escherichia coli. Estas células devidamente modificadas com os plasmídeos são inseridas em meio de cultura semisólido e incubadas a 37°C de 12 a 14 horas. As culturas são mantidas para crescimento por mais 5-6 horas com a RNA bacteriana ou 3-4 horas com T7 RNA polimerase.Após o crescimento total as células são coletadas por meio de centrifugação, e o grau de expressão proteica é avaliado por eletroforese em gel de poliacrilamida-SDS de uma pequena fração da amostra de bactérias induzidas, e um pequeno esquema de expressão está mostrado na Figura 3, e o nível de expressão na Figura 4.

Figura 3: Esquema para induzir a expressão de proteínas recombinantes.

I.

Figura 4: Eletroforese em gel de poliacrilamidaSDS de amostras de bactérias transformadas com plasmídeos de expressão. PM – Marcadores de Peso Molecular (mostradas ao lado em kDa), NI – Bactérias não induzidas, I – bactérias induzidas. Verifica-se a presença de uma banda (indicada por uma flecha) no poço I que não está presente no poço NI.

Por fim sequências gênicas podem ser melhoradas ou analisadas através de softwares como o Optimizer®, possibilitando com que possa ser otimizada a produção de proteínas heterólogas diminuindo os custos e aumentando a similaridade com as moléculas endógenas (WADA, 1990; MAKRIDES, 1996.).

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CONCLUSÃO

Nos casos de proteínas que necessitam de modificação pós-traducionais se faz necessário a expressão em sistemas que utilizam eucariotos, como mamíferos, artrópodes entre outros. As proteínas recombinantes na biotecnologia contemporânea se tornaram uma excelente alternativa para o tratamento de doenças como a Diabetes Melittustipo I entre outras, enfatizando a importância desta área de estudo dentre as demais áreas da ciência.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EvolutionaryGenomicsGroup.Optimizer: A web server utilitythatoptimize a DNA orProteinsequence.BiochemistryandBiotechnologyDepartmentUniversitatRovira I Virgili (URV), 2007,Tarragona, Spain.Disponível em: http://genomes.urv.es/OPTIMIZER/Acesso em: 31 de março de 2016.

LIMA, William James Nogueira. Produção de Proteínas Recombinantes Utilizando Escherichia coli em Cultivos em Alta Densidade Celular.Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000349329 Acesso em: 29 de março de 2016.

MAKRIDES,SC. 1996. Strategies for achieving high-level expression of genes in Escherichia coli.Microb. Review, 60:512-38. 6.

MIYAMOTO, Catarina Akiko. Produção de Proteínas Recombinantes em Escherichia coli.Faculdades Integradas de Três Lagoas, 2013, Três Lagoas.

TORRES, Fernando Araripe Gonçalves; MORAES, Lídia Maria Pepe de. Proteínas Recombinantes Produzidas em Leveduras.Revista Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento,Rio de Janeiro, 2000, jan-fev, v. 2, n. 12, p. 20-22.

WADA, K-N; AOTA, S-i; TSUCHIA, R; ISHIBASHI, F; GOJOBORI, T; IKEMURA, T. 1990. Codon usage tabulated from the GenBank genetic sequence data.Nucl. Ac. Res., 18:2367-411

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RITALINA ® ENTRE JOVENS UNIVERSITÁRIOS: PERIGO EVIDENTE.

LUCIANA ALVES PONTES1

SAYONARA DOS REIS2

DAYANE DE JESUS PORTUGAL3

JEFERSON DE OLIVEIRA SALVI4

INTRODUÇÃO

A ritalina® (metilfenidato) é um medicamento indicado para tratar normalmente crianças com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) entre outras doenças do sistema nervoso central. O medicamento foi patenteado em 1994, e os efeitos colaterais mais frequentes são a ação broncodilatadora, insônia e a redução do apetite, alterações no humor, reação no sistema digestivo. Embora seu mecanismo de ação ainda não seja claro, sabe-se que a principio o medicamento tem o poder de tranquilizar o paciente, estimulando sua concentração e sua capacidade de focalizar-se em uma atividade por mais tempo, sem a sensação ou aparência de quem está dopado, ao mesmo tempo sem ficar agitado.2

O metilfenidato às vezes é utilizado para fins não médicos e de forma indevida para permanecer em estado de alerta. Entretanto, o abuso de medicamentos de venda com receita médica, em particular os medicamentos que contem substâncias controladas, vem sendo motivo de preocupação em vários países. Várias substâncias, principalmente as precursoras, estão sendo obtidas ilicitamente da extração do princípio ativo do medicamento acabado. Os relatos de abuso de metilfenidato tem se tornado cada vez mais comum com a popularização do TDAH. Devido suas propriedades psicoestimulantes, tem sido usado para aumento do rendimento intelectual em diversas áreas de estudo.3

Atualmente observa-se uma busca maior desse medicamente entre jovens universitários, que desejam encontrar meios para aumentar seu poderio produtivo, estudar exageradamente sem cansar e principalmente lembrar o que estudou, e um dos medicamentos mais utilizados para esse fim é o metilfenidato, um estimulante do sistema nervoso central que apresenta estrutura semelhante à anfetamina. Pressionados por provas, exames e trabalhos de faculdade, estudantes estão trocando o tradicional café com cigarro pelo remédio. A ritalina® teria o objetivo de melhorar a concentração e diminuir o cansaço. Seria uma espécie de anabolizante para o cérebro, que conseguiria assim acumular mais informação em menos tempo.1

1Autora. Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected]. 2Coautora. Discente do 5° período do curso de Bacharel em Biomedicina. E-mail: [email protected]. 3Coautora. Discente do 7° período do curso de Bacharel em Biomedicina. 4Orientador. Doutorando em Ciências Biomédicas pelo Instituto Universitário Italiano de Rosário (IUNIR), especialista em Acupuntura pelo Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino (IBRATE) em convênio com a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), graduado em Farmácia Generalista pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE). E-mail: [email protected]

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O psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, diretor do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Unifesp, observa que o mito de que a Ritalina teria o potencial de tornar alguém mais inteligente não faz sentido. “A pessoa fala que consegue estudar a noite inteira com o remédio. Isso é porque ela fica acordada e não porque tem uma melhora na atenção”, diz. Ele observa que o aprendizado sob o efeito da droga consumida inadequadamente é de má qualidade. Silveira destaca também, que existem perigos relacionados ao uso inadequado do medicamento. O consumo aumenta os riscos de problemas do coração e pode levar a um quadro de arritmia cardíaca. O especialista acrescenta que, tratando-se de uma anfetamina, a droga apresenta também um potencial de abuso, razão pela qual é controlada e só pode ser comprada com receita especial.4

O nervosismo e a insônia são reações adversas muito comuns que ocorrem no início do uso da Ritalina, mas podem usualmente ser controladas pela redução da dose e/ou pela omissão da dose da tarde ou da noite. A diminuição de apetite é também comum, mas geralmente transitória. Dores abdominais, náuseas e vômitos são comuns, e ocorrem usualmente no início da ingestão do medicamento. Os efeitos circulatórios do ritalina® são pontuais e duram pouco, logo após o uso da medicação, tendo também uma pequena elevação da pressão arterial, frequências cardíacas e respiratórias, mas as alterações não duram muito tempo.6

OBJETIVOS

Este artigo é uma revisão bibliográfica sobre o uso indiscriminado do metilfenidato entre jovens universitários, que é um fármaco que assim como a anfetamina, atua como potente estimulante do sistema nervoso central. O resumo relata e destaca os efeitos do uso e abuso do medicamento ritalina® e analisa a sua utilização, efeitos adversos e colaterais com o abuso do uso deste medicamento.

METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica, que empregou estudos primários identificados nas bases eletrônicas Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico, utilizando como palavras chaves: Ritalina, Metilfenidato e universitários. Para o refinamento da pesquisa, foram definidos como critérios de seleção serem publicações entre os anos de 2004 e 2014.

CONCLUSÕES FINAIS

A ritalina® é um medicamento com função de ajudar a aumentar os níveis de concentração em pacientes diagnosticados com TDAH. Porém, a quantidade de pessoas sem problemas neurológicos ou psiquiátricos que procuram a droga para turbinar o cérebro é impressionante, principalmente aqueles que estão sob pressão, como estudantes universitários. Entretanto, não há uma comprovação científica de que a ritalina® realmente traga benefícios para quem não tem déficit de atenção. Eles alertam que usar esse remédio, que é controlado, para uma doença que não existe pode provocar até alucinações. A ritalina® como toda medicação tarja preta, está incluída dentro do conjunto de medicações fortes, que podem sim, ter efeitos colaterais graves; seu uso indiscriminado e desnecessário tem de ser pensado, pois como uma medicação forte, ela tem de ser usada sob indicação.5

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BUCHALLA, Anna Paula. Veja: ritalina, usos e abusos, 2004. Disponível em: http://veja.abril.com.br/271004/p_068.html.

2. COUTINHO, Rafael. Culturamix: ritalina. 2009. Disponível em: http://www.culturamix.com/saude/ritalina.

3. CRUZ, T. C. S. C. et al.Uso não prescrito de metilfenidato entre estudantes de medicina da UFBa. Gazeta Médica da Bahia, v.81, n.1, p.7-9, 2011.

4. FERNANDES Letícia. O uso da Ritalina e sua promessa de turbinar os estudos. Portal Farmácia News. 2014.

5. GRAY, J.D. et. al. Methylphenidate Administration to Juvenile Rats Alters Brain Areas Involved in Cognition, Motivated Behaviors, Appetite, and Stress. J. Neurosci., v.27, n.27, p.7196–7207, july, 2007.

6. PASTURA, G.; MATTOS, P. Efeitos colaterais do metilfenidato. Rev. Psiq. Clín. V.31, n.2, p.100-104, 2004.

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¹Acadêmica do sétimo período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA - [email protected] ²Acadêmica do sexto período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA e aluna PROICT - [email protected] ³Docente no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA Departamento de Farmácia; Mestrando em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde; Laboratório de Estresse Oxidativo e Antioxidantes - Universidade Luterana do Brasil(ULBRA); Especialista em Acupuntura Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP/IBRATE) Farmacêutico Generalista Universidade Estadual do Oeste do Paraná(UNIOESTE).

SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO ESTAFILOCÓCICO

Marianna Ferrari Furlan¹

Maria Eduarda Bianco²

Jefferson O. Salvi³

INTRODUÇÃO

O Staphylococcus aureus é uma bactéria do grupo dos cocos gram-positivos,

catalase-positivo e não-esporulados, responsável por infecções de diversos graus de

gravidade, abrangendo espinhas, furúnculos até endocardite, bacteremia e sindrome do

choque tóxico, habitualmente encontrado na pele e nas mucosas. Foi uma das primeiras

bactérias a serem controladas por antibióticos assim que foram descobertos, mas,

adquiriu resistência e adaptação se tornando uma das espécies de maior importancia no

quadro de infecções. Uma mesma cepa de S. aureus pode produzir mais de um tipo de

enterotoxina. A Síndrome do choque tóxico Estafilocócico (SCTE), é provocada pela

toxina-1 (TSST-1), e pode causar febre alta, hipotensão e envolver três ou mais órgãos

sistêmicos (LAMAITA, 2005). A TSST-1 é produzida quase sempre pela família de

Staphylococcus aureus associado aos casos menstruais e não-menstruais. (SANTOS,

2007 e PINA, 2009).

Enterotoxinas estafilococicas (SE) são os principais agentes de intoxicação de

origem bacteriana no homem e são frequentemente encontradas nos surtos de doenças

transmissiveis por alimentos. Elas são termoestáveis e tem sintomas como diarréia e

vômito sendo que 1 µg é o suficiente para desencadear os sintomas. A TSST-1 é

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¹Acadêmica do sétimo período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA - [email protected] ²Acadêmica do sexto período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA e aluna PROICT - [email protected] ³Docente no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA Departamento de Farmácia; Mestrando em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde; Laboratório de Estresse Oxidativo e Antioxidantes - Universidade Luterana do Brasil(ULBRA); Especialista em Acupuntura Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP/IBRATE) Farmacêutico Generalista Universidade Estadual do Oeste do Paraná(UNIOESTE).

vulnerável à clivagem pela Pepsina, podendo ser menos estável nos intestinos em

comparação com SE.

As enterotoxinas produzidas pelo S. aureus pertencem à família de toxinas que

causam respostas agudas do organismo produzidas tanto por bactérias do gênero

Staphylococcus, como Streptococcus. Estas toxinas podem causar choque tóxico e estão

normalmente associadas a intoxicações alimentares e várias formas de alergias e

doenças autoimunes (BALABAN & RASOOLY, 2000).

Mais da metade dos casos de SCTE são não menstruais, podendo aparecer em

infecções de feridas operatórias, mastite, sinusite, osteomielite, artrite, queimaduras,

lesões cutâneas e infecções respiratórias; 93% incluem o sexo feminino e a taxa de

mortalidade chega a 5%. (PINA, 2009).

Houve consideráveis mudanças no conhecimento da síndrome do choque tóxico,

que pode apresentar manifestações clínicas específicas, tais como: exantema,

descamação em pés e mãos, comprometimento muscular, hiperemia faríngea e

conjuntival, sintomas gastrointestinais e insuficiência renal aguda de rápida progressão.

Essas manifestações acontecem em decorrência da produção de exotoxinas bacterianas

que funcionam no organismo humano como superantígenos. (ÁLVARES, 2012).

OBJETIVO

Esta revisão tem como objetivo aumentar a compreensão sobre a bactéria

Staphylococcus aureus e a detecção das enterotoxinas e da TSST-1, sendo assim,

abordando a Síndrome do choque tóxico estafilococico, onde são produzidas algumas

enterotoxinas como possíveis mediadoras, agindo como superantígeno, estimulando a

proliferação e ativação de linfócitos T.

METODOLOGIA

Realizou-se uma busca em literaturas e artigos publicados em base de dados

como Scielo, usando palavras chaves: síndrome do choque toxico, síndrome do choque

toxico estafilocócico, Staphylococcus aureus. Os artigos foram lidos e selecionados de

acordo com o tema exposto, sendo, então, selecionados cerca de sete artigos.

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¹Acadêmica do sétimo período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA - [email protected] ²Acadêmica do sexto período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA e aluna PROICT - [email protected] ³Docente no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA Departamento de Farmácia; Mestrando em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde; Laboratório de Estresse Oxidativo e Antioxidantes - Universidade Luterana do Brasil(ULBRA); Especialista em Acupuntura Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP/IBRATE) Farmacêutico Generalista Universidade Estadual do Oeste do Paraná(UNIOESTE).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

As bactérias estafilocócicas produzem uma grande variedade de toxinas

extracelulares e de fatores de virulência, que estão relacionadas à patogenicidade e os

mecanismos de resistência aos antimicrobianos disponíveis. É uma infecção sistêmica

grave, potencialmente coloca em risco a vida do paciente em qualquer nível de infecção

pela TSST-1. (CUNHA, 2007).

Os sintomas observados na maioria dos casos de gastrenterite estafilocócica

incluem nauseas, contrações de abdomem, diarréia, sudorese e cefaléia, na maioria das

vezes não é letal, sendo que os sintomas podem durar de um a dois dias, porém, podem

evoluir para casos mais acentuados, dependendo da condição do individuo. O período

de incubação varia de uma a seis horas após a ingestão do alimento contaminado com o

microrganismo citado. (BALABAN & RASOOLY, 2000).

Nos Estados Unidos, anualmente são notificados, entre 1 a 2 milhões de

pessoas vítimas de gastrenterites provocadas por toxinas de S. aureus presentes em

produtos de origem animal. Sendo assim, estudos realizados com S. aureus isolados de

casos de mastite bovina, que é uma infecção nas mamárias dos bovinos acarretando

grandes perdas do leite, demonstraram que entre 20 e 77% dos isolados produziram

TSST-1 e ES. (FAGUNDES 2004).

O principal tratamento do SCTE é o de suporte, onde os pacientes necessitam de

fluidoterapia intensiva (10 a 20 L/dia) (PINA 2009). A terapia antimicrobiana empírica

deve incluir um beta-lactâmico com atividade anti- estafilocócica, por exemplo, a

oxacilina que é utilizado por ser bactericida, auxiliando na erradicação da bactéria do

sítio de infecção, e a clindamicina que é um inibidor de síntese protéica que tem o

objetivo de diminuir a síntese da toxina. A duração do tratamento antimicrobiano

depende da localização da infecção e da evolução do paciente, mas considera-se um

mínimo de 10-14 dias. As amostras devem ser colhidas para cultura de quaisquer

sítios que podem ser suspeitos de infecção, aumentando a chance de conseguir

identificar o agente etiológico, já que ocorre crescimento de S. aureus em hemoculturas,

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¹Acadêmica do sétimo período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA - [email protected] ²Acadêmica do sexto período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA e aluna PROICT - [email protected] ³Docente no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA Departamento de Farmácia; Mestrando em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde; Laboratório de Estresse Oxidativo e Antioxidantes - Universidade Luterana do Brasil(ULBRA); Especialista em Acupuntura Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP/IBRATE) Farmacêutico Generalista Universidade Estadual do Oeste do Paraná(UNIOESTE).

ferramentas moleculares são disponíveis como a reação em cadeia pela polimerase

(PCR). (ÁLVARES, 2012).

CONCLUSÕES

Mesmo com as mudanças na epidemiologia e com o crescimento do patógeno da

síndrome do choque tóxico nos últimos anos, continua sendo eficaz o diagnóstico

precoce, que é basicamente clínico, o suporte intensivo, e a terapia antimicrobiana.

REFERÊNCIAS

ÁLVARES PA, MIMICA MJ. Síndrome do choque tóxico,

ArqMedHospFacCiencMed Santa Casa São Paulo, 2012.

SANTOS, A. L., et al. Staphylococcus aureus: visitando uma cepa de importância

hospitalar, J BrasPatolMedLab, v. 43, n. 6, pg. 413-423, 2007.

CUNHA A,S., E CUNHA M, R., Toxinfecção alimentar por Staphylococcus aureus

através do leite e seus derivados, bem como o elevado potencial patogênico de

resistência a drogas,saúde & ambiente em revista, v.2, n.1, pg. 105-114, Duque de

Caxias, 2007.

BALABAN, N.; RASOOLY, A. Staphylococcal enterotoxins: a review. Int J Food

Microbiol, v.61, p.1-10, 2000.

LAMAITA, H.C. et al, Contagem de Staphylococcus sp. e detecção de enterotoxinas

estafilocócicas e toxina da síndrome do choque tóxico em amostras de leite cru

refrigerado. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.57, n.5, p.702-709, 2005.

SANTOS, André Luis, et al. Staphylococcus aureus: visitando uma cepa de

importância hospitalar. J Bras Patol Med Lab, v. 43, n. 6, p. 413-423, dezembro 2007.

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¹Acadêmica do sétimo período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA - [email protected] ²Acadêmica do sexto período do Curso de Biomedicina do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA e aluna PROICT - [email protected] ³Docente no Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná CEULJI/ULBRA Departamento de Farmácia; Mestrando em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde; Laboratório de Estresse Oxidativo e Antioxidantes - Universidade Luterana do Brasil(ULBRA); Especialista em Acupuntura Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP/IBRATE) Farmacêutico Generalista Universidade Estadual do Oeste do Paraná(UNIOESTE).

FAGUNDES, Helena; OLIVEIRA, Carlos Augusto. Infecções intramamárias

causadas por Staphylococcus aureus e suas implicações em saúde pública. Ciência

rural, Santa Maria, v. 34, n.4, p.1315 – 10320, jul – ago, 2004.

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TRANSFERÊNCIA PLASMIDIAL PROPORCIONANDO RESISTÊNCIA BACTERIANA EM SALMONELA

Aline Kinaak Garcia1 Luágno Silva Pieper2

Marilucia de Lima3 Thaiciele Arcanjo da Silva4

Vinicius Marques de Freitas5 Fabiana de Oliveira Solla Sobral6

Introdução

A resistência bacteriana segundo a OMS é impulsionada tanto pelo uso adequado como inadequado de medicamentos anti-infecciosos utilizados na saúde humana e animal bem como na produção de alimentos e, ainda, com medidas inapropriadas para controlar a disseminação de infecções. (WHO, 2012).

O gênero Salmonella é dividido em, Salmonellaenterica e Salmonellabongori (CDC, 2011), da família Enterobacteriaceae, classificado como bastonetes Gram negativos, não formadores de esporos, anaeróbios facultativos e oxidase negativos (SILVA et al., 2007). A espécie Salmonella entérica é subdividida em seis subespécies, designadas por números romanos, onde aproximadamente 99.5% dos sorotipos mais comumente isolados pertencem à subespécie entérica (FERREIRA & CAMPOS, 2008).

As bactérias possuem material genético, o qual é transmitido aos descendentes no momento da divisão celular. Este material genético não está contido dentro de um núcleo, portanto o genoma deste microrganismo está disperso no citoplasma. Dentro do citoplasma está contido o plasmídeo que são segmentos de DNA fita dupla, circulares, replicam independentemente do cromossomo, podendo existir na célula como uma cópia única ou várias cópias, eles conferem vantagens as bactérias por transferir genes responsáveis pela resistência bacteriana a antibióticos, ocorrendo por três mecanismos de transferência que são a conjugação, a transdução e a transformação.

A conjugação é o mecanismo de transferência de informação genética que requer contato entre as células, esse processo exige que a célula doadora contenha um pili sexual, que irá estabelecer o contato com os sítios receptores, e esse contato resulta na formação de um par de células relativamente estável e o início da transferência do DNA. A transdução é o processo pelo qual o DNA bacteriano poderá ser transferido de uma célula a outra através da ação de um vírus, após a penetração do DNA do fago, inicia-se o processo de replicação viral, quando proteínas são sintetizadas e o cromossomo bacteriano é destituído. A transformação é o processo pelo qual o DNA livre no meio liberado de uma célula doadora é incorporado por uma célula receptora, podendo está apresentar alterações genéticas.

1 Acadêmica do terceiro período do curso de biomedicina do CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected] 2 Acadêmico do terceiro período do curso de biomedicina do CEULJI/ULBRA. E-mail: Luá[email protected] 3 Acadêmica do terceiro período do curso de biomedicina do CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected] 4 Acadêmica do terceiro período do curso de biomedicina do CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected] 5 Acadêmico do quinto período do curso de biomedicina do CEULJI/ULBRA. E-mail: [email protected] 6 Mestre em Biologia Celular e Molecular Aplicada à Saúde – ULBRA. Graduada em biomedicina pelo Centro Universitário de Votuporanga. [email protected]

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No gênero Salmonella o mecanismo de transferência mais útil é a conjugação por conseguir proporcionar resistência em outras bactérias, esse gênero é composto por bactérias muito importantes na área de veterinária e de saúde pública, pois é responsável por doença em animais e humanos por ser transmitidas em alimentos, também é extensivamente estudada em termos de fisiologia, genética e estrutura celular, sendo uma das bactérias patogênicas melhor caracterizadas em termos de virulência.

OBJETIVOS Este trabalho teve como objetivo observar o crescimento de resistência bacteriana em

salmonelas decorrente de plasmídeos

MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de uma revisão bibliográfica, que empregou estudos primários identificados nas bases eletrônicas Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico. As pesquisas de campo; indexados pelos termos: Plasmídeos/ / Plasmídeos em Salmonela/ / Resistência por plasmídeos em Salmonela/ / PlasmidsSalmonella. Para o refinamento da pesquisa, foram definidos como critérios de seleção serem publicações entre os anos de 2004 - 2016 Sendo, então, selecionados quatro documentos sendo, 6 artigos.

Resultados e discussões

A resistência bacteriana a antibióticos está sendo um problema para a população, devido as Salmonellastransferirem o fator de resistência, promovendo a disseminação de resistência. Essa disseminação de resistência por transferência plasmidial feitas pelas Salmonellas não só é realizada entre bactérias do mesmo gênero como por exemplo, mas como também de bactérias de gêneros diferentes como por exemplo a Salmonella e a Escherichiacoli.

Em uma pesquisa conduzida por LÁZARO et al. (2004) avaliando cepas de Salmonellaisoladas de suínos sadios e do ambiente de abate no estado do Rio deJaneiro observou-se a presença de um plasmídeo R de 63 kb contendo genes deresistência para sulfonamida, estreptomicina e tetraciclina. Somente uma cepapertencente ao Sorovartyphimurium foi capaz de transferir via conjugação os trêsmarcos para uma cepa de Escherichia coli que agiu como receptora. Seis isoladospertencentes ao sorovarMuenster não foram capazes de realizar a transferência euma cepa do sorovar Derby foi capaz de transferir somente resistência estreptomicina e tetraciclina.

De forma similar McCUDDIN et al. (2006) objetivaram avaliar a conjugação entre espécies bacterianas diferentes, porém, associada a possível influência da presença de protozoários ruminais, em bovinos, caprinos e ovinos. Foram selecionados como doador uma cepa de Klebisiellapneumoniae, contendo um plasmídeo com gene de resistência, e como receptor uma cepa de Salmonellaentericae Sorovartyphimurium. Os resultados mostraram uma influência positiva dos protozoários ruminais no mecanismo de conjugação, em que a cepa receptora passou a expressar de forma idêntica à cepa doadora, o gene blaCMY-2, com capacidade de produzir β-lactamase e conferir resistência ao ceftriaxone.

Considerações finais Portanto, bactérias patogênicas especialmente o gênero Salmonella proporcionando

resistência bacteriana, está sendo evidenciada nos respectivos estudos, sendo um problema

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para a população, por causa da ineficiência dos antibióticos, possibilitando uma maior disseminação de doenças, mesmo que a comunidade científica está tentando buscar novos medicamentos para combater as respectivas doenças associadas ao gênero Salmonella, cada vez as bactérias estão se tornando mais resistentes e e introduzindo resistência entre outras bactérias,porém alguns antibióticos foram capaz de atingir alguns Sorovares de Salmonela, mas não sendo eficiente para outras espécies.

Referências

CDC. National Salmonella Surveillance Overview. Atlanta, Georgia: US Department of Health and Human Services, CDC, [online], 2011.Disponível em: http://www.cdc.gov/nationalsurveillance/PDFs/NationalSalmSurveilOvervie w_508.pdf.Acesso em 09 de Abril de 2016.

FERREIRA, E. O, CAMPOS, L.C. Salmonella. In: TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia. 5.ed. São Paulo:Ed.Atheneu, 2008. cap. 43, p. 329-338.

LÁZARO, N. S,; TIBANA, A.; RODRIGUES, D. P.; REIS, E. M. F.; QUINTAES, B. R.; HOFER, E. Antimicrobialresistanceand R-plasmid in Salmonella spp. fromswineandabbatoirenvironments.Pesquisa Veterinária Brasileira, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 57-60, abr./jun. 2004. McCUDDIN, Z.; CARLSON, S. A.; RASMUSSEN, M. A.; FRANKLIN, S. K. Klebsiella to Salmonella gene transfer within rumen protozoa: Implications for antibiotic resistance and rumen defaunation. VeterinaryMicrobiology, Amsterdam, v. 114, p. 275–284, 2006. SILVA, N.; JUNQUEIRA, V.C.A.; SILVEIRA, N.F.A.; TANIWAKI, M.H.; SANTOS, R.F.S.; GOMES, R.A.R. Salmonella. In: Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. 3. ed.São Paulo: Varela, 2007. cap. 19, p. 253-285. WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. Drug-resistance Salmonella [online], 2005. Disponível emhttp://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs139/en/. Acesso em: 09 de Abril de 2016.