a imaginação
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resumo do capitulo 3 do livro a preparação do atorTRANSCRIPT
CAPITULO IV
IMAGINAÇÃO
A arte é produto da imaginação assim como deve ser a obra do dramaturgo .
O ator deve ter como objetivo aplicar sua técnica para fazer da peça uma realidade
teatral. Nesse papel cabe, sem dúvida , à imaginação. A imaginação cria coisas que
podem existir ou acontecer, ao passo que a fantasia inventa coisas que não existem,
nunca existiram e nem existirão. O ator deve sempre ter amplitude e profundidade
no processo criador que imaginação conduz. A imaginação dotada de iniciativa
própria pode desenvolver-se sem qualquer esforço especial e trabalha, constante e
incansável, a imaginação não reage às sugestões cria um problema mais difícil.
Com ela o ator recebe sugestões de um modo apenas exterior formal, assim
equipado seu desenvolvimento está crivado de dificuldades e há pouquíssimas
esperança de êxito , a não ser que ele faça um enorme esforço.
Durante cada segundo que estivermos no palco, a cada momento do
desenrolar da ação da peça, temos de estar cônsios das circunstâncias externas das
circunstâncias externas que nos cercam ou de uma cadeia interior de circunstâncias
que foram imaginadas por nós mesmos, a fim de ilustrarmos nosso papéis.
Toda criação da imaginação do ator deve ser minuciosamente elaborada e
solidamente erguida sobre uma base de fatos. Deve estar apto a responder a todas
as perguntas que ele fizer a si mesmo enquanto incita sua faculdades inventivas a
produzir uma visão, cada vez mais definida de uma existência faz de conta. Algumas
vezes não terá de desenvolver todo esforço consciente , intelectual. Sua imaginação
pode trabalhar intuitivamente. Imaginar em geral sem um tema bem definido e
cabalmente fundamentado é um trabalho infrutífero. Nossa arte requer a natureza
inteira do ator esteja envolvida, que ele se entregue ao papel, tanto de corpo como
de espírito, ele deve sentir o desafio à ação, tanto físico quanto intelectualmente
porque a imaginação, carecendo de substância ou corpo, é capaz de afetar, por
reflexo, a nossa natureza física, fazendo a agir. Esta faculdade é maior importância
em nossa técnica de emoção, portanto cada movimento em cena, cada palavra que
dizem é resultado da vida certa das suas imaginações.
BIBLIOGRAFIA
STANISLAVISKI, Constatin. A Construção do Personagem, tradução de Pontes de Paula
Lima. Rio de Janeiro . 15º Ed. Civilização Brasileira , 1999.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A arte sempre esteve presente, o homem que desenhou na caverna pré-
história possivelmente teve que aprender de algum modo como concretizar esse ato.
Porém sua importância à utilidade passou a ser discutidas e no Brasil efetivadas no ensino
apenas no séc. XIX. D.João VI incluiu na educação brasileira um habito que era praticado
pelos cortes europeus isto é, ensinar arte para os nobres (filhos da elite) desse modo era
privilegio de poucos. Com a criação da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro
em 1816, instalou-se oficialmente nos pais o ensino artístico. Objetivo era a preparação de
habilidades técnicas e gráficas consideradas fundamentais a expansão industrial tendo o
desenho como matéria obrigatória nos anos iniciais de estudo, pois era considerada base
todas as artes. Hoje sabemos que isso mudou, mas ainda esta longe do ideal, o ensino da
arte ainda é considerado secundário, embora a arte tenha atingido, por meio dos
Parâmetros Curriculares Nacionais, esse novo status no ensino formal como área do
conhecimento, na prática, ainda é reservado a ela um espaço pequeno dentro do currículo
escolar. A reduzida carga horária dedicada ao ensino de arte leva a uma desvalorização do
professor da disciplina, obrigando-o a lecionar em muitas turmas, o que torna, por sua vez, a
profissão pouco atraente.
Compreender as origens do ensino de arte no Brasil e o seu contexto histórico é de
fundamental importância. A falta de conhecimento histórico, a cerca da cultura e das
experiências estéticas da humanidade, fazem com que o ensino de arte seja ineficiente.
Portanto, o percurso da arte educação com qualidade, começa pelo professor reflexivo e
sensível para dialogar com as linguagens, a história da arte e do ensino. Conhecer percurso
do ensino da arte no Brasil, de modo a investigar nossa matriz cultural ao longo de sua
história, passando pelo modernismo, pós-modernismo chegando à contemporaneidade é
fundamental para perceber que toda esta bagagem histórica foi determinante para
"elitização" das produções artísticas consideradas esteticamente como "acadêmicas"
ignorando-se as demais expressões.
Nem todo o artista é um professor, nem todo o professor é um artista, mas todo o
educador pode e deve abrir as portas do mundo. E que porta mais bela existe, senão aquela
que se abre pelas cores do universo da arte?