a imaginação

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CAPITULO IV IMAGINAÇÃO A arte é produto da imaginação assim como deve ser a obra do dramaturgo . O ator deve ter como objetivo aplicar sua técnica para fazer da peça uma realidade teatral. Nesse papel cabe, sem dúvida , à imaginação. A imaginação cria coisas que podem existir ou acontecer, ao passo que a fantasia inventa coisas que não existem, nunca existiram e nem existirão. O ator deve sempre ter amplitude e profundidade no processo criador que imaginação conduz. A imaginação dotada de iniciativa própria pode desenvolver-se sem qualquer esforço especial e trabalha, constante e incansável, a imaginação não reage às sugestões cria um problema mais difícil. Com ela o ator recebe sugestões de um modo apenas exterior formal, assim equipado seu desenvolvimento está crivado de dificuldades e há pouquíssimas esperança de êxito , a não ser que ele faça um enorme esforço. Durante cada segundo que estivermos no palco, a cada momento do desenrolar da ação da peça, temos de estar cônsios das circunstâncias externas das circunstâncias externas que nos cercam ou de uma cadeia interior de circunstâncias que foram imaginadas por nós mesmos, a fim de ilustrarmos nosso papéis. Toda criação da imaginação do ator deve ser minuciosamente elaborada e solidamente erguida sobre uma base de fatos. Deve estar apto a responder a todas as perguntas que ele fizer a si mesmo enquanto incita sua faculdades inventivas a produzir uma visão, cada vez mais definida de uma existência faz de conta.

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resumo do capitulo 3 do livro a preparação do ator

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Page 1: a imaginação

CAPITULO IV

IMAGINAÇÃO

A arte é produto da imaginação assim como deve ser a obra do dramaturgo .

O ator deve ter como objetivo aplicar sua técnica para fazer da peça uma realidade

teatral. Nesse papel cabe, sem dúvida , à imaginação. A imaginação cria coisas que

podem existir ou acontecer, ao passo que a fantasia inventa coisas que não existem,

nunca existiram e nem existirão. O ator deve sempre ter amplitude e profundidade

no processo criador que imaginação conduz. A imaginação dotada de iniciativa

própria pode desenvolver-se sem qualquer esforço especial e trabalha, constante e

incansável, a imaginação não reage às sugestões cria um problema mais difícil.

Com ela o ator recebe sugestões de um modo apenas exterior formal, assim

equipado seu desenvolvimento está crivado de dificuldades e há pouquíssimas

esperança de êxito , a não ser que ele faça um enorme esforço.

Durante cada segundo que estivermos no palco, a cada momento do

desenrolar da ação da peça, temos de estar cônsios das circunstâncias externas das

circunstâncias externas que nos cercam ou de uma cadeia interior de circunstâncias

que foram imaginadas por nós mesmos, a fim de ilustrarmos nosso papéis.

Toda criação da imaginação do ator deve ser minuciosamente elaborada e

solidamente erguida sobre uma base de fatos. Deve estar apto a responder a todas

as perguntas que ele fizer a si mesmo enquanto incita sua faculdades inventivas a

produzir uma visão, cada vez mais definida de uma existência faz de conta. Algumas

vezes não terá de desenvolver todo esforço consciente , intelectual. Sua imaginação

pode trabalhar intuitivamente. Imaginar em geral sem um tema bem definido e

cabalmente fundamentado é um trabalho infrutífero. Nossa arte requer a natureza

inteira do ator esteja envolvida, que ele se entregue ao papel, tanto de corpo como

de espírito, ele deve sentir o desafio à ação, tanto físico quanto intelectualmente

porque a imaginação, carecendo de substância ou corpo, é capaz de afetar, por

reflexo, a nossa natureza física, fazendo a agir. Esta faculdade é maior importância

em nossa técnica de emoção, portanto cada movimento em cena, cada palavra que

dizem é resultado da vida certa das suas imaginações.

Page 2: a imaginação

BIBLIOGRAFIA

STANISLAVISKI, Constatin. A Construção do Personagem, tradução de Pontes de Paula

Lima. Rio de Janeiro . 15º Ed. Civilização Brasileira , 1999.

Page 3: a imaginação

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A arte sempre esteve presente, o homem que desenhou na caverna pré-

história possivelmente teve que aprender de algum modo como concretizar esse ato.

Porém sua importância à utilidade passou a ser discutidas e no Brasil efetivadas no ensino

apenas no séc. XIX. D.João VI incluiu na educação brasileira um habito que era praticado

pelos cortes europeus isto é, ensinar arte para os nobres (filhos da elite) desse modo era

privilegio de poucos. Com a criação da Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro

em 1816, instalou-se oficialmente nos pais o ensino artístico. Objetivo era a preparação de

habilidades técnicas e gráficas consideradas fundamentais a expansão industrial tendo o

desenho como matéria obrigatória nos anos iniciais de estudo, pois era considerada base

todas as artes. Hoje sabemos que isso mudou, mas ainda esta longe do ideal, o ensino da

arte ainda é considerado secundário, embora a arte tenha atingido, por meio dos

Parâmetros Curriculares Nacionais, esse novo status no ensino formal como área do

conhecimento, na prática, ainda é reservado a ela um espaço pequeno dentro do currículo

escolar. A reduzida carga horária dedicada ao ensino de arte leva a uma desvalorização do

professor da disciplina, obrigando-o a lecionar em muitas turmas, o que torna, por sua vez, a

profissão pouco atraente.

Compreender as origens do ensino de arte no Brasil e o seu contexto histórico é de

fundamental importância. A falta de conhecimento histórico, a cerca da cultura e das

experiências estéticas da humanidade, fazem com que o ensino de arte seja ineficiente.

Portanto, o percurso da arte educação com qualidade, começa pelo professor reflexivo e

sensível para dialogar com as linguagens, a história da arte e do ensino. Conhecer percurso

do ensino da arte no Brasil, de modo a investigar nossa matriz cultural ao longo de sua

história, passando pelo modernismo, pós-modernismo chegando à contemporaneidade é

fundamental para perceber que toda esta bagagem histórica foi determinante para

"elitização" das produções artísticas consideradas esteticamente como "acadêmicas"

ignorando-se as demais expressões.

Nem todo o artista é um professor, nem todo o professor é um artista, mas todo o

educador pode e deve abrir as portas do mundo. E que porta mais bela existe, senão aquela

que se abre pelas cores do universo da arte?