a imagem televisiva uma proposta de análise (cópia de segurança)

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Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras LET 240 – Discurso da imagem Prof.ª Emília Mendes A imagem televisiva: uma proposta de análise Leonardo Coelho Corrêa-Rosado Doutorando POSLIN (Linguística do texto e do discurso/análise do discurso)

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  • 1. Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Letras LET 240 Discurso da imagem Prof. Emlia Mendes A imagem televisiva: uma proposta de anlise Leonardo Coelho Corra-Rosado Doutorando POSLIN (Lingustica do texto e do discurso/anlise do discurso)

2. Roteiro de aula (18/03/2014) Apresentao do palestrante. Questes de reflexo. Reflexo sobre o objeto televiso. Reflexes sobre o dispositivo miditico Reflexes sobre o dispositivo televisivo. Reflexes a partir de exemplos de programas televisivos Retomada das questes introdutrias. 3. hhh Doutorando do Programa de Ps-Graduao em Estudos Lingusticos (POSLIN) da FALE/UFMG. Mestre em Letras pela Universidade Federal de Viosa (UFV) (2013). Graduado em Letras Portugus/Ingls pela UFV (2010). Pesquisador em Anlise do discurso, desenvolvendo trabalhos na vertente da Teoria Semiolingustica. 4. No mestrado, desenvolveu pesquisa sobre as estratgias discursivas de patemizao no mbito da telenovela O Astro, exibida pela Rede Globo em 2011 no horrio das 23h: Sorrir ou chorar? A patemizao na telenovela brasileira, um estudo de O Astro. No doutorado, procura o observar os imaginrios sociodiscursivos sobre o corpo masculino e o corpo feminino nas telenovelas brasileiras. Possui experincia com o discursivo televisivo e com a imagem televisiva. 5. Contatos: Email: [email protected] Facebook: www.facebook.com/leonardo.correa35 Curriculum lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id =W1150497 6. hhh O que televiso? Em que difere a televiso do cinema e da rdio? Analisar a imagem televisiva o mesmo que analisar a imagem cinematogrfica? Como analisar a imagem televisiva? Quais ferramentas utilizar? H somente uma maneira de analisar a imagem televisiva? Por qu? 7. hhh Podemos definir o objeto televiso a partir de, pelo menos, quatro pontos de vista: a) Ponto de vista telecomunicativo (das telecomunicaes): Sistema de transmisso e recepo de sinais visuais convertidos em sinais eletromagnticos atravs de ondas hertzianas ou de cabo coxial. O sistema bsico de televiso transmite uma imagem em movimento associada ao som correspondente, que modulam uma onda portadora de imagem e uma onda portadora de udio, transmitidas simultaneamente. (RABAA; BARBOSA, 1995, p. 564) [grifos nossos] 8. b) Ponto de vista artstico e profissional: Atividade artstica, tcnica, informativa e educativa, desenvolvida para difuso simultnea de sinais de vdeo e udio. Produo e transmisso de programas de entretenimento, informao, msica, humor, novelas, filmes cinematogrficos, debates, entrevistas, cursos, utilidade pblica, publicidade etc., cujo apela tem como resposta a audincia.(RABAA; BARBOSA, 1995, p. 564). c) Ponto de vista institucional: Emissora de radiodifuso ou cabodifuso de imagens e sons.(RABAA; BARBOSA, 1995, p. 564). 9. d) Ponto de vista material: Receptor de TV. Televisor.(RABAA; BARBOSA, 1995, p. 564). 10. hhh Por estarmos inseridos no mbito da Anlise do Discurso (AD), nosso ponto de vista a respeito da comunicao televisiva e, por conseguinte, da imagem televisiva corresponde a uma perspectiva semitico-discursiva desses elementos, atravs das quais procuramos responder a duas questes chaves, conforme aponta Charaudeau (2012): a) Em que condies a imagem produzida/fabricada? (condies situacionais da troca linguageira) b) Quais os efeitos de sentido visados por essa imagem? (condies discursivas de produo da imagem) Perspectiva semitico-discursiva Por meio dessa perspectiva, procuramos observar e compreender (...) as caractersticas dos comportamentos linguageiros (o como diz a linguagem) em funo das condies psicossociais que as restringem segundo o tipo de situao de troca (contrato). (CHARAUDEAU, 1995, p. 104). 11. hhh Pensar nas condies em que a imagem televisiva produzida ou fabricada, ou seja, nas condies psicossociais desta imagem, pensar no contrato comunicacional que configura a situao de comunicao em que ela ocorre. Deste modo, adotamos o seguinte pressuposto: Comunicao televisiva Comunicao miditica Contrato comunicacional (...) constitudo pelo conjunto de restries que codificam as prticas scio-linguageiras e que resultam em condies de produo e interpretao (circunstncias do discurso) do ato de linguagem. (CHARAUDEAU, 1983, p. 54). Suas restries dizem respeito finalidade (estamos aqui para dizer o qu?), ao propsito (do que se trata?), s identidades dos parceiros (quem fala com quem?) e ao dispositivo material da troca (em que circunstncias materiais a troca se realiza?) 12. MDIA 1 acepo Corresponde aos meios de comunicao, ou seja, aos veculos ou canais que tm a capacidade de transmitir mensagens em um determinado grupo social meios (suportes) que tm a funo de comunicar. 2 acepo suporte organizacional que se apossa do fenmeno da comunicao um fenmeno social e o integra em lgicas diversas, como a econmica, a tecnolgica e a simblica 13. Esse ltimo sentido foi desenvolvido por Charaudeau (2006a) e diz respeito aos meios de comunicao que assumem o aspecto de uma empresa na medida em que fabricam um produto e o colocam no mercado de bens de consumo (da a lgica econmica), que se preocupam em expandir a sua difuso e o seu alcance (da a lgica tecnolgica), e que esto engajados na produo de sentido medida que tais suportes organizacionais constroem a realidade ao manipular signos e matrias linguageiras variadas (da a lgica simblica). Nesse sentido, quando falamos de comunicao miditica, estamos nos referindo comunicao realizada por esses meios ou suportes para 14. A finalidade da comunicao miditica se realiza na tenso entre: fazer saber (visada de informao)/fazer compreender (visada de explicao)/fazer agradar (visada emocional), fazer fazer (visada de incitao), Tal comunicao produz um determinado objeto de informao, explicao ou entretenimento dentro de uma lgica cvica: informar/explicar/entreter o cidado e produz (...) um objeto de consumo segundo uma lgica comercial: captar as massas para sobreviver concorrncia (CHARAUDEAU, 2006a, p. 86). a) Finalidade (estamos aqui para dizer o qu?): Assim, na tenso entre informar/explicar/entreter o pblico e captar esse mesmo pblico que as mdias vivem e tambm sobrevivem. (CORRA-ROSADO, 2013, p. 71) 15. As identidades dos parceiros da troca em questo podem ser compreendidas por meio da mquina miditica (CHARAUDEAU, 2006). Tal mquina relaciona, atravs de um produto (o texto miditico), duas instncias: a instncia de produo miditica e a instncia de recepo miditica: b) Identidades (quem fala com quem?): 16. responsvel por fornecer informaes, explicaes e/ou entretenimento, visto que seu objetivo fazer saber, fazer compreender e/ou fazer agradar, bem como por propulsionar o desejo de consumir, uma vez que depende do desejo que ela propulsiona no consumidor para se manter enquanto empresa; desdobra-se em dois conjuntos: externo-externo composto pelos atores do sistema de produo (includo diretores, redatores, operadores tcnicos, etc., ou seja, os membros de uma empresa miditica), compreende as condies socioeconmicas da instncia miditica enquanto empresa; externo-interno composto pelo(s) organizador(es) da enunciao, compreende as condies semiolgicas de produo. Instncia miditica: 17. responsvel pela manifestao de seu interesse ou prazer em consumir o que a instncia miditica produz e comunica, constituindo-se, ento, no consumidor do discurso produzido pela instncia miditica; desdobra-se em dois conjuntos: interno-externo configura-se como o destinatrio-alvo, visualizado pela instncia miditica como aquele susceptvel de perceber os efeitos de sentido visados por esta ltima; externo-externo correspondente ao prprio pblico, real consumidor do que a instncia miditica produz. Instncia de recepo: 18. apresenta-se como o lugar em que o discurso se configura como texto; combina formas lingusticas, icnicas, grficas e gestuais, colocadas no discurso atravs de procedimentos discursivos diversos; resultado do ato de linguagem miditico e, por esse motivo, apresenta traos que remetem s condies contratuais na qual ele produzido. Produto miditico: 19. Como suportes organizacionais que integram suas finalidades em lgicas variadas, as mdias no constituem uma instncia de poder, como comumente se afirma. Conforme nos aponta Charaudeau (2006a), para que uma instncia seja uma instncia de poder, essa deve ter a capacidade de gerir e influenciar atravs de meios restritivos, regras de comportamento, normas e sanes os comportamentos dos indivduos que vivem em sociedade. As mdias, no entanto, no promulgam nenhuma regra de comportamento, nenhuma norma e nenhuma sano, o que no quer dizer que elas sejam estranhas aos jogos sociais de poder. Ao contrrio, as mdias se declaram como uma 20. c) Dispositivo material (quais as circunstncia materiais da troca?): compreende um ou vrios tipos de materiais e se constitui como suporte com o auxlio de uma certa tecnologia (CHARAUDEAU, 2006)~; formata a mensagem, conferindo-lhe sentido; articula os seguintes elementos: material informa sobre o(s) sistema(s) significante(s) utilizado(s) na comunicao, incluindo a natureza desse material, bem como as redes significantes que esto em jogo na comunicao; suporte portador da mensagem e funciona como um canal de transmisso fixo ou mvel (a depender do suporte); tecnologia compreende o conjunto da maquinaria que regula a relao entre os elementos do material e do suporte. Ela combina os sistemas semiolgicos utilizados na comunicao, localiza esses elementos sobre os suportes e pode ainda ordenar a topologia da comunicao, ou seja, ela pode (...) ordenar o conjunto dos participantes do ato de comunicao, determinar suas possveis conexes ou mesmo regular uma parte de suas relaes (...). (CHARAUDEAU, 2006a, p. 106). 21. Rdio mdia radiofnica Trs grandes dispositivos de mdia Imprensa escrita mdia impressa Televiso mdia televisiva 22. faz uso de duas principais matrias significantes: a imagem e a fala; a) Material: Essas matrias esto (...) numa solidariedade tal, que no se saberia dizer de qual das duas depende a estruturao do sentido. (CHARAUDEAU, 2006a, p. 109). Porm, como esclarece Charaudeau (2006a), cada uma dessas matrias significantes constitui um sistema semiolgico prprio e possui sua prpria organizao interna, cujo funcionamento discursivo constri universos de sentidos particulares. Portanto, o dispositivo televisivo um dispositivo audiovisual, tal como descreve Charaudeau 23. a prpria tela da televiso que materializa, por meio da tecnologia de que ela se vale, as matrias linguageiras que esto em jogo na produo de sentido de um produto televisivo; define a moldura da imagem e a relaes entre os sujeitos. b) Suporte: Conforme definem Rabaa e Barbosa (1995, p. 564), a televiso um [s]istema de transmisso e recepo de sinais visuais convertidos em sinais eletromagnticos, atravs de ondas hertizianas ou de cabo coxial. O sistema bsico de televiso transmite uma imagem em movimento (...) associada ao som correspondente, que modulam uma onda portadora de imagem e uma onda portadora de som, transmitidas simultaneamente. Essa transmisso de imagens e sons feita por um sistema denominado de sistema de varredura. A varredura, nas palavras de Zettl (2010), literalmente desenha, a partir de um pincel eletrnico constitudo por um feixe de eltrons, uma imagem de vdeo na tela da TV. Esse feixe rastreia a superfcie interna da tela, linha por linha, da esquerda para a direita, ascendendo os pixels (minsculos pontos sensveis luz) que esto pontualmente espalhados 24. FONTE: Zetl, 2010, p. 72. 25. organiza a topologia da comunicao televisual, regulando e posicionando duas instncias: a instncia miditica e a instncia de recepo, que se encontram ligadas uma a outra pela tela da TV; Essa topologia pressupe: uma assimetria entre os parceiros da troca (instncia de produo e instncia de recepo); ausncia fsica da instncia de recepo; necessidade de criar estratgias discursivas que venham suprir essa ausncia fsica e manter o telespectador plugado no que exibido na tela. c) Tecnologia: 26. FONTE: Lochard e Soulages, 1998, p. 86. 27. Especfica , ento, a relao comunicativa na televiso desde que assimtrica como toda comunicao miditica. Ela certamente possui, e bem mais ainda que outros, uma parte de riscos e de incertezas quanto aos resultados dos projetos de criao de sentido e das afeies da qual ela o teatro. (...) Com efeito, ela implica o desenvolvimento, entre as instncias em presena, de um jogo de expectativas cruzadas e de representaes recprocas que tendem a se estruturar em torno de grandes alvos comunicativos, progressivamente institucionalizados. E ela, por ela mesma, reclama um necessrio consentimento do destinatrio no que concerne s finalidades 28. Uma certa produo televisual produto cativo de uma programao. d) Grade horria semanal: Telespectador se torna cativo da programao sem poder exercer seu livre-arbtrio Programao Consiste no planejamento prvio de horrios que estabelecido pela preferncia do pblico demonstrado pelo ndice de audincia e pelas pesquisas de mercado. O resultado da programao de uma emissora de TV a sua grade horria semanal, que podemos definir como sendo *a+ distribuio dos programas em horrios planejados e previamente divulgados pela emissora, desde o incio de sua programao at o encerramento das transmisses (...) (ARONCHI DE SOUZA, 2004, p. 58). Essa predefinio da programao gera algumas consequncias, sobretudo, para o telespectador que no tem a possibilidade de escolher o horrio de sua preferncia para assistir a seu programa predileto: ele tem que se submeter ao que exibido na tela, podendo somente escolher que canal assistir. 29. a grade horria gera uma horizontalidade na programao fazendo com que um determinado programa seja exibido num mesmo horrio durante os dias da semana. Para Aronchi de Souza (2004), esse tipo de programao uma estratgia das emissoras para criar no telespectador o hbito de assistir ao mesmo programa nesse horrio, diferindo-se da programao diagonal utilizada pelos canais pagos na qual os programas mudam de horrio durante a semana e so reprisados para se ter uma audincia em vrios horrios. (CORRA-ROSADO, 2013, p. 78) 30. FONTE: Aronchi de Sousa, 2004, p. 45. 31. consequncia direta da programao horizontal; implica na reiterao de gneros consagrados, de frmulas e esquemas que foram sedimentados pela aceitao do pblico; manifesta-se claramente nos gneros ficcionais televisivos, uma vez que a insero dos gneros ficcionais no fluxo temporal da programao influi sobre a organizao narrativa dos mesmos. e) Serialidade: 32. Correspondem a pequenos espaos de tempo entre duas partes ou segmentos de um programa para a veiculao de mensagens comerciais. resultado da lgica econmica que caracteriza a comunicao miditica; e) Intervalos comerciais: (...) o telespectador assiste gratuitamente aos programas, j que, como aponta Pallottini (1998, p. 125), [p]ara assistir televiso no se paga a entrada, como no cinema e teatro. Quem compra esses produtos o mercado publicitrio que, identificando um pblico-alvo para os seus produtos, patrocina os programas. Isso leva a emissora comercial a abrir um espao em sua programao para a veiculao das publicidades dos produtos patrocinadores: 33. consequncia direta dos intervalos comerciais; sentido veiculado de modo fragmentrio; faz com que as emissoras criem e gerenciem estratgias para manter a ateno do pblico ao longo de toda transmisso, sem que esse perca o interesse pelo programa durante a exibio dos comerciais. e) Descontinuidade na exibio dos programas televisivos: A televiso (...) radicaliza e escancara a descontinuidade: cada programa periodicamente interrompido para abrir espao para os comerciais e, consequentemente, o sentido tem que ser veiculado em blocos, de modo fragmentrio. Nesse sentido, a TV est muito mais inserida no mundo contemporneo, que se caracteriza pelo discurso descontnuo e pela prevalncia do fragmento em 34. correspondem a contratos que satisfazem as misses tradicionais confiadas s instituies televisivas: informar; educar; divertir; cada um desses contratos engloba gneros televisivos diversos, tais como o telejornal (contrato de informao), o programa de auditrio (contrato de entretenimento), a telenovela (contrato de entretenimento), o documentrio televisivo (contrato de explicao), entre outros; cada subcontrato se organiza em torno de um alvo acional (fazer- saber, fazer-compreender, fazer-agradar) e em torno de certos princpios constitutivos. e) Subcontratos da comunicao miditica: 35. Tipo de contrato Visadas enunciativas e visadas complementares Princpios constitutivos Gneros e dispositivos especficos Contrato de informao visada informativa visada emocional visada explicativa princpio de realidade princpio de seriedade princpio do prazer Jornais televisivos Flashes, boletins das cadeias de informao contnua Contrato de explicao visada explicativa visada informativa visada emocional visada implicativa princpio de realidade princpio de seriedade princpio do prazer princpio de verdade Documentrios Revistas Reportagens Contrato de entretenimento visada emocional princpio de recreao princpio de gratuidade princpio de fictividade princpio do prazer Jogos Esportes Variedades Contrato de assistncia visada factitiva visada informativa visada emocional visada explicativa princpio de mobilizao princpio de mediao princpio de interpelao Teleton Alguns reality shows Debates-Forum Contrato pedaggico visada explicativa princpio de seriedade princpio de verdade Emisses escolares Contrato comercial visada factitiva visada emocional visada informativa princpio do prazer princpio de seriedade Telecompra FONTE: Lochard e Soulages, 1998, p. 101. 36. Exemplos: 37. Exemplos: 38. hhh O que televiso? Em que difere a televiso do cinema e da rdio? Analisar a imagem televisiva o mesmo que analisar a imagem cinematogrfica? Como analisar a imagem televisiva? Quais ferramentas utilizar? H somente uma maneira de analisar a imagem televisiva? Por qu? 39. hhh ARONCHI DE SOUZA, Jos Carlos. Gneros e formatos na televiso brasileira. So Paulo: Summus Editorial, 2004. BALOGH, Anna Maria. O discurso ficcional na TV: seduo e sonho em doses homeopticas. So Paulo: Editora da Universidade de So Paulo, 2002. CHARAUDEAU, Patrick. Langage et discourse lments de smiolinguistique (thorie et pratique). Paris: Hachette, 1983. CHARAUDEAU, Patrick. Une analyse smiolinguistique du discours. Langages, v. 29, n. 117, p. 96-111. Paris, 1995. CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das mdias. Traduo de Angela M. S. Corra. So Paulo: Contexto, 2006a. CORRA-ROSADO. Sorrir ou chorar? A patemizao na telenovela brasileira, um estudo de O Astro. 260f. Dissertao (Mestrado em Letras). Departamento de Letras/UFV, Viosa, 2013. LOCHARD, Guy; SOULAGES, Jean-Claude. La communication tlvisuelle. Paris : Armand Colin, 1998. RABAA, Carlos Alberto; BARBOSA, Gustavo. Dicionrio de comunicao. 2. ed. So Paulo: tica, 1995. SOULAGES, Jean-Claude. Les mises en scne visuelles de linformation: tude compare France, Espagne, tats-Unis. Paris: Nathan, 1999. ZETTL, Herbert. Manual de produo de televiso. Trad. All Tasks. 10. ed. So Paulo: Cengage Learning, 2010. 40. hhh Obrigado!!! [email protected]