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A humanização da arquitetura hospitalar em centros de reabilitação infantil dezembro/2014 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014 A humanização da arquitetura hospitalar em centros de reabilitação infantil Gabriele Pugliesi Lyra [email protected] Master em arquitetura Instituto de Pós-Graduação - IPOG Recife, Pernambuco, 20 de dezembro de 2013. Resumo O presente artigo foi desenvolvido abordando a temática sobre humanização na arquitetura hospitalar em centros de reabilitação infantil (deficiência física, psíquica, motora, visual e auditiva), buscando reflexões da humanização em locais que induzem a independência necessária aos pacientes para sua qualidade de vida. Para analise de materialização foram visitados alguns centros de referencia em de reabilitação no Brasil: AACD - Associação de Assistência a Criança Deficiente Unidade Ibirapuera São Paulo/ SP, e o Instituto de Reabilitação Lucy Montoro Unidade Morumbi São Paulo/ SP, sendo identificados elementos como uso da cor, jardins, espaços abertos, mostrando que o espaço físico contribui na melhora dos pacientes juntamente com atendimento humanizado. Palavra chave: Arquitetura. Humanização. Reabilitação infantil. 1.Introdução Atualmente a sociedade vivencia um processo de grandes transformações, buscando novas perspectivas sociais em que todos produzam e usufruam dentro de um padrão mais humano. Com base neste atual contexto, a proposta de estudar a influencia da arquitetura hospitalar na estrutura física de centros de reabilitação infantil proporcionado bem estar as necessidades da população com deficiência, as quais necessitam de atendimento para desenvolver seu potencial físico, psicológico, educacional e futuramente profissional, tentando estimular sua independência, mesmo diante de suas limitações. Esses espaços proporcionam acessibilidade, praticidade, comodidade, equipe médica qualificada, equipamentos atualizados, tratamentos adequados. Através de pesquisa das patologias e seus tratamentos, notou-se que há uma grande incidência da população brasileira com deficiência física a procura de um espaço que possua os tratamentos básicos para suas necessidades. Tendo como objetivo geral mostrar como a humanização na arquitetura hospitalar pode amenizar o impacto causado pela rotina hospitalar sobre os pacientes e seus familiares, em centros de reabilitação infantil. E como objetivos específicos, identificar as patologias frequentes da deficiência física, psíquica, motora, visual e auditiva, tratáveis através da medicina de reabilitação, em conjunto com assistência social e terapias ocupacionais; levantar dados e identificar estruturas de reabilitação destinada as pessoas com deficiência no Brasil, através do estudo de caso, identificando as deficiências atuais e soluções adotadas; e identificar as tipologias construtivas aplicadas em estruturas da área de saúde.

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A humanização da arquitetura hospitalar em centros de reabilitação infantil dezembro/2014

ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 dezembro/2014

A humanização da arquitetura hospitalar em centros de reabilitação

infantil

Gabriele Pugliesi Lyra – [email protected]

Master em arquitetura

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Recife, Pernambuco, 20 de dezembro de 2013.

Resumo

O presente artigo foi desenvolvido abordando a temática sobre humanização na arquitetura

hospitalar em centros de reabilitação infantil (deficiência física, psíquica, motora, visual e

auditiva), buscando reflexões da humanização em locais que induzem a independência

necessária aos pacientes para sua qualidade de vida. Para analise de materialização foram

visitados alguns centros de referencia em de reabilitação no Brasil: AACD - Associação de

Assistência a Criança Deficiente – Unidade Ibirapuera – São Paulo/ SP, e o Instituto de

Reabilitação Lucy Montoro – Unidade Morumbi – São Paulo/ SP, sendo identificados

elementos como uso da cor, jardins, espaços abertos, mostrando que o espaço físico contribui

na melhora dos pacientes juntamente com atendimento humanizado.

Palavra – chave: Arquitetura. Humanização. Reabilitação infantil.

1.Introdução

Atualmente a sociedade vivencia um processo de grandes transformações, buscando novas

perspectivas sociais em que todos produzam e usufruam dentro de um padrão mais humano.

Com base neste atual contexto, a proposta de estudar a influencia da arquitetura hospitalar na

estrutura física de centros de reabilitação infantil proporcionado bem estar as necessidades da

população com deficiência, as quais necessitam de atendimento para desenvolver seu

potencial físico, psicológico, educacional e futuramente profissional, tentando estimular sua

independência, mesmo diante de suas limitações. Esses espaços proporcionam acessibilidade,

praticidade, comodidade, equipe médica qualificada, equipamentos atualizados, tratamentos

adequados.

Através de pesquisa das patologias e seus tratamentos, notou-se que há uma grande incidência

da população brasileira com deficiência física a procura de um espaço que possua os

tratamentos básicos para suas necessidades.

Tendo como objetivo geral mostrar como a humanização na arquitetura hospitalar pode

amenizar o impacto causado pela rotina hospitalar sobre os pacientes e seus familiares, em

centros de reabilitação infantil. E como objetivos específicos, identificar as patologias

frequentes da deficiência física, psíquica, motora, visual e auditiva, tratáveis através da

medicina de reabilitação, em conjunto com assistência social e terapias ocupacionais; levantar

dados e identificar estruturas de reabilitação destinada as pessoas com deficiência no Brasil,

através do estudo de caso, identificando as deficiências atuais e soluções adotadas; e

identificar as tipologias construtivas aplicadas em estruturas da área de saúde.

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A problemática aborda a seguinte pergunta: Como adequar um centro referencial (no

tratamento físico, psíquico, motor, visual e auditivo) para a sociedade infantil com

deficiência, humanizando os espaços para suas limitações?

A metodologia aplicada para o referente trabalho foi desenvolver uma pesquisa para

embasamento teórico, colhendo dados através de livros e sites que abordem o assunto

estudado, buscando as patologias referentes a pessoas com deficiência e seus tratamentos,

sabendo assim, quais as especialidades da medicina serão necessárias.

Logo após, foi realizado um levantamento de dados para identificar estruturas referencia de

reabilitação destinada as crianças com deficiência infantil existente no Brasil, como a AACD

(Associação de Assistência a Criança Deficiente) – Unidade Ibirapuera – São Paulo – SP, e o

Instituto de Reabilitação Lucy Montoro – Unidade Morumbi – São Paulo – SP. Nessas visitas

foram identificados problemas e soluções existentes, demonstrando através de um memorial

descritivo de cada espaço físico analisado e através de registros de levantamentos

fotográficos.

Através do embasamento teórico, da análise das estruturas existentes de reabilitação e

conhecendo as necessidades de um portador de deficiência, será possível mostrar soluções de

humanização da arquitetura hospitalar para centros de reabilitação infantil, visando um centro

que não só propende tratamento médico, mas também a integração do indivíduo com

deficiência dentro da sociedade, trazendo novos limites de superação.

2. Patologias e tratamentos frequentes da deficiência física, psíquica, motora, visual e

auditiva

Como início serão abordados os tratamentos e patologias frequentes na deficiência física,

psíquica, motora, visual e auditiva. Tratáveis através da medicina de reabilitação física, em

conjunto com assistência social e terapias ocupacionais, e equipamentos especializados de

ultima geração.

2.1 Paralisia infantil

A paralisia infantil ocorre mais comumente em crianças, sendo possível também ocorrer em

adultos. Sua transmissão se dá através do polivírus, a contaminação acontece de pessoa para

pessoa através de contato fecal, ou ainda quando o doente tosse, espirra ou fala.

Os seres humanos são os únicos atingidos e os únicos reservatórios. A melhor forma de

prevenir esta doença é através da vacinação. A poliomielite não se espalha facilmente em

comunidades com altas taxas de vacinação. A multiplicação inicial do poliovírus ocorre nos

locais por onde penetra no organismo (garganta e intestinos). Em seguida dissemina-se pela

corrente sangüínea e, então, infecta o sistema nervoso, onde a sua multiplicação pode

ocasionar a destruição de células (neurônios motores), o que resulta em paralisia flácida.

As manifestações clínicas da infecção são variadas e podem ser descritas em quatro grupos:

Doença assintomáticas, Poliomelite abortiva ou Doença menor, Poliomelite não-paralítica

com meningite asséptica, Poliomelite paralítica ou Doença maior

Se o doente sobreviver, alguns poderão recuperar alguma mobilidade nos músculos afetados,

mas frequentemente a paralisia é irreversível. A mortalidade total de vítimas da poliomielite

paralítica é de 15% a 30% para adultos e 2% a 5% para crianças (PARALISIA, 2010).

Não existe medicação específica para o tratamento do polivírus. As medidas terapêuticas são

importantes para redução das complicações e mortalidade. Pessoas que contraem poliomielite

precisam de acompanhamento médico para avaliar as complicações da doença e para

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reabilitação, como pneumologista para cuidados do sistema respiratório e evitar sequelas,

ortopedista e fisioterápicos para evitar deformidades.

2.2 Paralisia cerebral

De acordo com LIANZA, 2010, a Associação Brasileira de Paralisia Cerebral tem em seus

estatutos o seguinte conceito de Paralisia Cerebral: “Entende-se por paralisia cerebral o

conjunto de alterações oriundas de um determinado acometimento encefálico, caracterizado

essencialmente por uma alteração persistente porém não estável no tônus, da postura e do

movimento que se inicia durante o período de maturação anatomofisiológico do sistema

nervoso central.”

Suas causas podem ser divididas em três fatores: fatores pré-natais, fatores perinatais, fatores

pós-natais.

Ilustração 01: Tratamento fisioterápico com bolas

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_7H9r_7bo6nc/Sh39FGqmTlI/AAAAAAAAAxg/O7Ayusf_8Zc/s1600-

h/bobath_3.jpg, 2010.

As manifestações clínicas em portadores de paralisia cerebral são classificadas como:

Espásticas: ocorre na maioria dos casos de paralisia cerebral, e seus tipos são a

tetraplegia, hemiplegia e a diplegia.

Atetósica: as crianças apresentam movimentos involuntários e tortuosos, mesmo

estando em repouso quanto em movimento.

Atáxia: considerada a mais rara, o paciente apresenta temores de ação, dismetria, a

marcha não possui coordenação, e a fala comprometida.

Mista: é uma combinação entre as manifestações citadas.

Para o tratamento da paralisia cerebral tem como principal objetivo inibir as crises

convulsivas, as complicações decorrentes das lesões e prevenção de outras doenças que

possam acarretar outros problemas. Utilizam-se tratamentos medicamentoso, e/ou cirúrgico,

e/ou fisioterápico (ilustração 01).

Para crianças, o tratamento de fisioterapia é bastante importante pois prepara a criança para

exercer funções do dia a dia, controlando seus movimentos, deixando-as mais independentes.

A fisioterapia exercita atos como o levantar, dar passos, sentar-se, pegar e manusear objetos.

2.3 Paralisia facial

A paralisia fácil periférica é uma doença do nervo responsável pela inervação dos músculos

da face, que vão dar a expressão (mímica da mesma), chamado de nervo facial ou VII par de

nervos cranianos. Na paralisia cerebral periférica, toda a hemiface inervada pelo nervo lesado

fica paralisada, não enrugando a testa, não fechando o olho e a boca desviando para o lado

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sadio, outros sintomas são alteração do paladar, diminuição ou aumento das lágrimas no olho

que não fecha e formigamento (PARALISIA, 2010).

Para uma recuperação é necessário o atendimento médico mais rápido possível, pois a

paralisia é uma doença que na maioria dos casos obtêm a cura.

As causas de uma paralisia facial periférica podem ser um trauma na face, uma infecção do

nervo facial por vírus ou bactéria, infecção no ouvido, pós-cirurgia otológica, etc. A causa

mais comum, é desconhecida, chamada de paralisia de Bell.

O tratamento varia de paciente para paciente. Nos olhos é necessário a utilização de colírios e

pomadas, por conta do risco de lesão da córnea. Em alguns casos é necessária uma cirurgia

que visa abrir o canal ósseo do nervo facial que percorre dentro do ouvido, dessa forma

recupera-se mais rapidamente. Não esquecendo a fisioterapia.

Ou seja, para o acompanhamento do portador de paralisia facial periférica, é necessário o

acompanhamento principal de um otorrinolaringologista, e de outros terapeutas como

fisioterapias, oftalmologista, psicólogo e fonoaudiólogo.

No tratamento nas crianças, os exercícios serão praticados na forma de jogos indicado pelos

especialistas.

2.4 Espinha bífida e mielomenigocele

A espinha bífida é uma grave anormalidade congênita e representa um deito na formação do

tubo neural. Uma das lesões congênitas mais comuns da medula espinhal é causada pelo

fechamento incompleto da coluna vertebral. Quando isso acontece, o tecido nervoso sai

através do orifício, formando uma protuberância mole, na qual a medula espinhal fica sem

proteção (ESPINHA BÍFIDA, 2010) (ilustração 02).

Ilustração 02: Criança com Espinha Bífida

Fonte: http://www.paralisia.com/paralisia-facial/paralisia-facial.html, 2010

Crianças com mielomenigocele, o sistema nervoso está exposto, ou seja, a parte exporta

chamada de placa neural não se fechou durante o desenvolvimento do embrião. Essas crianças

podem apresentar graus variáveis de paralisia e ausência de sensibilidade abaixo do nível da

lesão medular, mas, no entanto com preservação da parte superior do abdômen, tronco e

braços. Bastante importante a assistência precoce em reabilitação, para a preservação de

possíveis deformidades ortopédicas. A sensibilidade também pode estar prejudicada (sensação

de pressão, fricção, dor, calor, frio) (ESPINHA BÍFIDA, 2010).

A hidrocefalia está presente na maioria dos casos de mielomenigocele.

O diagnóstico da espinha bífida pode ser feito por ultra-sonografia. Nesse exame pode-se

constar a presença de hidrocefalia. Outra forma de diagnóstico é através de exames de sangue

e do líquido amniótico.

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Para o tratamento da mielomenigocele completo é necessário especialistas como:

neurocirurgião (correção do dorso), pediatra, urologista (podendo ocorrer problemas com a

bexiga neurogênica), ortopedistas (deformidade dos membros), neurologista, psicólogos (para

o desenvolvimento social), fonoaudiólogos e assistente social.

2.5 Lesão medular

Lesão medular é a ocorrência de qualquer tipo de lesão nos elementos neurais no canal

medular. Pode ocorrer por diversas causas. Dependendo do grau de impacto da lesão haverá

comprometimento total ou parcial dos movimentos, da sensibilidade, do funcionamento dos

órgãos, circulação sanguínea e controle de temperatura.

Existem as lesões traumáticas, quando ocorre um trauma na coluna vertebral. Podendo ser

originadas por acidentes. E as lesões não traumáticas geram o corte ou diminuição do fluxo

sanguíneo, consequentemente a morte celular. Podem ser originadas por vírus ou bactérias,

tumores na medula ou próximo a ela, acidentes vasculares e hérnias de disco.

Dependendo da altura da lesão na medula, saberemos o grau de traumas que a mesma causou.

Quanto mais próximo da cabeça a lesão ocorrer, maior será a perda de movimentos e

sensibilidade. Quanto mais abaixo, menor a perda dos movimentos e sensibilidades.

Não existe a cura para lesões medulares, o que existem são tratamentos fisioterápicos para

estimular e desenvolver os membros sem movimentos, trazendo circulação e movimentação.

De acordo com o site LESÃO MEDULAR, 2010, a incidência de pessoas portadoras com

lesão medular em acidentes ocorre na maioria das vezes em pessoas com idades entre 16 a 30

anos, pois a faixa etária está mais vulnerável a acidentes.

2.6 Amiotrofia espinhal

Têm origem genética, e engloba vários tipos de doenças, manifestando-se por hipotonia ou

por atraso no desenvolvimento psicomotor. As lesões da ponta anterior da medula, dos nervos

periféricos, das placas mioneurais e as musculares, conhecidas em conjunto pelo nome de

distúrbios neuromusculares (ARAÚJO, 2010).

As Atrofias Musculares Espinhais (AME) caracterizam-se pela atrofia muscular secundária à

degeneração de neurônios motores localizados no corno anterior a medula espinhal. A AME

afeta aproximadamente 1 em 10.000 nascimentos, com a frequência de doentes de 1 em 50

portadores (ARAÚJO, 2010)

Hipotonia, paralisia, arreflexia, amiotrofia e miofasciculação constituem os sinais definidores

das AME’s.

É grande a importância de um pediatra no acompanhamento da criança portadora de AME,

pois quando mais cedo reconhecida a doença, mais chances a criança terá de uma recuperação

melhor. Não existe cura, mas tratamentos fisioterápicos, cuidados clínicos e aparelhos

ortopédicos ajudarão a essa criança desenvolver-se e tornar-se mais independente. Ou seja,

para o tratamento de uma criança que foi diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal, o

acompanhamento clínico é indispensável, pois o mesmo indicará quais tratamentos e

especialidades médicas serão necessárias, como fisioterapia (para manutenção da função

muscular e respiratória), nutricionista (evitar ganho de peso), pneumologista (prevenção de

infecção respiratória), gastroenterologista (caso em que observa engasgo alimentar).

2.7 Catarata

A catarata é uma doença em que o cristalino, que é a lente natural do olho, situada atrás da

pupila, torna-se opaco, impedindo a passagem de luz até a retina, onde as imagens são

formadas e transmitidas ao cérebro. A pupila torna-se esbranquiçada e o cristalino fica com

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uma coloração leitosa. A formação da imagem fica parcial ou totalmente prejudicada,

causando uma visão progressivamente borrada (ACIC, 2010).

A catarata pode atingir comumente os adultos acima de 60 anos, crianças recém-nascidas

(catarata congênita), ou em qualquer idade por vários fatores como traumatismos, inflamações

oculares, alguns medicamentos, predisposições genéticas e tabagismos (ACIC, 2010).

A catarata congênita é a principal causa de cegueira na infância, sendo responsável segundo

ACIC (Associação Catarinense para Integração do Cego) por 30% dos casos. Aparecem mais

em crianças cujas mães tiveram alguma doença na gravidez, como rubéola, sífilis ou

toxoplasmose ou nas que tiveram anomalias na formação (ACIC, 2010).

Seus sintomas variam, sendo os mais comuns: visão constantemente nublada, dificuldade na

visão noturna, problemas com excesso de luminosidade, visão distorcida ou dupla, dificuldade

de leituras de letras miúdas (ACIC, 2010).

Ainda não há um método específico para prevenção de catarata em adultos, e o tratamento

disponível é o método cirúrgico. Para crianças a melhor forma de prevenção é o teste do

olhinho, o mesmo deveria ser realizado rotineiramente em recém nascidos, de preferência

ainda na sala de parto, ou nas primeiras consultas médicas. Prevenindo doenças oculares

como a retinopatia (lesão patológica que afeta a retina) da prematuridade, catarata, glaucoma,

infecções, traumas de parto e até mesmo a cegueira. De acordo com Dra. Shirley de Campos,

o teste do olhinho não é realizado com freqüência, o resultado é 50% das crianças só têm

problema de visão descoberto quando estão cegas ou quase cegas para o resto da vida

(CAMPOS, 2004).

2.8 Glaucoma

O glaucoma é uma doença que causa lesões no nervo óptico, responsável por levar ao cérebro

as informações visuais captadas pela retina e alterações no campo visual (ACIC, 2010).

A principal causa do glaucoma é o aumento da pressão do olho, as células nervosas tornam-se

comprimidas, o que as danificam e eventualmente até causa sua morte. Esse aumento da

pressão ocular acontece por causa de uma falha no sistema de drenagem do humor aquoso,

líquido que circula continuamente no interior do olho e que tem a função de nutrir as

estruturas com as quais tem contato (ACIC, 2010).

A doença tem o risco maior em negros, os míopes, pessoas com mais de 40 anos e 60 anos de

idade, devido o ângulo da camada inferior do olho ser estreita. Existem também casos de

glaucoma agudo, quando ocorre da pressão ocular subir rapidamente, atingindo

principalmente em mulheres de 40 e 60 anos de idade. Em crianças recém-nascidas, há

incidência de glaucoma congênito (ACIC, 2010).

Pessoas com glaucoma simples no inicio não sentem dor, quando vem sentir dor ou visão

diminuída, a doença já esta em estagio avançado e irreversível. No glaucoma agudo, pode

sentir dor ocular intensa, olho vermelho, visão borrada, dores de cabeça e, eventualmente,

náuseas e vômitos. As crianças, com glaucoma congênito, lacrimejam muito, não toleram a

luz e tem os olhos grandes, muita vezes azulados ou esbranquiçados (ACIC, 2010).

Para prevenção é necessário diagnosticar a doença no inicio, antes que o nervo óptico tenha

sido muito danificado. Através de consultas regulares, ideal de ano em ano, ao oftalmologista.

No caso das crianças a prevenção vem através do teste do olhinho (ACIC, 2010).

Quando o glaucoma é descoberto inicialmente, existem tratamentos com medicamentos e

colírios, recomendados pelo oftalmologista. Dessa forma evita o crescimento da doença e a

cegueira. Já nos glaucomas agudos e congênitos, o tratamento é cirúrgico, sendo recomendado

o mais rápido possível (ACIC, 2010).

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2.9 Ambliopia

Ocorre quando a visão, especialmente em crianças, é baixa e insuficiente em um olho ou nos

dois. Ocorrendo devido um dos olhos não teve o amadurecimento suficiente, chamado de

“olho preguiçoso”. Ambos os olhos levam informações ao cérebro, havendo um preguiçoso o

cérebro automaticamente deleta as informações que esse olho defeituoso o envia, e passa

somente a receber informações do olho sadio. Essa supressão do olho desviado faz com que

não haja desenvolvimento de sua capacidade visual e ele acaba ficando mais fraco (ACIC,

2010).

As causas mais comuns são estrabismos, catarata congênita, erros de refração, ou seja,

qualquer outro fator que impeça o foco de imagens nítidas na retina. Sendo tratado por óculos

e/ou tampões prescritos por oftalmologistas.

Ilustração 03: Criança com óculos e tampão – Ambliopia

Fonte: http://www.hojf.com.br/imagens/doencas/oftalmo5.gif, 2010

O tampão (ilustração 03) é colocado no olho sadio, para estimular o desenvolvimento do olho

preguiçoso. Se o olho amblíope não for tratado, a perda visual será irreversível (ACIC, 2010).

2.10 Deficiência auditiva

Deficiência auditiva é um termo utilizado para indicar perda de audição ou diminuição na

capacidade de escutar os sons (ROSLYNG, 2010).

As deficiências auditivas são classificadas como: condutiva, neurosensorial, mista.

Para o reconhecimento de crianças portadoras de deficiência auditiva, os pais ou responsável

devem ficar atentos as reações auditivas da criança. Nos primeiros meses o bebê reage a sons,

piscando, assustando-se ou interrompendo seus movimentos. Uma vez constatada a

deficiência, deve-se buscar um especialista em otorrinolaringologista ou fonoaudiólogos o

quanto antes (ROSLYNG, 2010).

É indispensável que a deficiência auditiva seja reconhecida o mais rápido possível, antes dos

3 meses de idade, e os procedimentos de reabilitação, orientação familiar e colocação de

próteses aditivas não ultrapasse os 6 meses de vida. Pois depois desse tempo, a criança pode

ter o comprometimento parcial ou total do desenvolvimento da fala, linguagem e cognição

(ROSLYNG, 2010).

Como forma de prevenção os bebês são submetidos a um teste chamado Triagem Auditiva

Neonatal. O exame é indolor e é feito com o bebê dormindo, e pode detectar a deficiência

auditiva, mas o grau da deficiência só será concluído com testes complementares (ilustração

04).

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Ilustração 04: Exame Triagem Auditiva Neonatal

http://semprematerna.uol.com.br/imagens/manual-bebe/deficiencia-auditiva-pode-ser-detectada-ainda-na-

maternidade/001_01.jpg, 2010

Para prevenção de deficiência auditiva a mulher deve sempre tomar a vacina contra a rubéola,

evitando assim o contágio em sua gravidez. Como também evitar limpar o ouvido com

objetos pontiagudos. E ter cuidado com as crianças para não colocarem nenhum objeto no

ouvido, acontecendo, levar ao hospital, não retirar o objeto em casa, podendo assim causar

lesões no aparelho auditivo (ROSLYNG, 2010).

Para o tratamento das crianças com perda auditiva, é necessário o acompanhamento integral

por uma equipe multidisciplinar composta por pediatras, neurologistas pediátricos,

otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos e psicólogos. Deve-se considerar qual o tipo e o grau

da perda auditiva, para saber qual tratamento necessário. Existem várias linhas de tratamentos,

mas o principal objetivo da terapia é o estabelecimento de uma boa comunicação, para melhor

integração da criança com a sociedade. Durante as sessões de tratamentos é trabalhada a

atenção, a percepção, a memorização auditiva, os traços de sonoridade, a discriminação

auditiva e o vocabulário (BIBLIOMED, 2003).

2.11 Deficiência mental

Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual

Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), pode-se definir deficiência mental como o

estado de redução notável do funcionamento intelectual inferior à média, associado a

limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados

pessoais, competências domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários,

autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho (FUNDAÇÃO OSWALDO

CRUZ, 2005).

O início da deficiência mental deve ocorrer antes dos 18 anos, caracterizando transtornos do

desenvolvimento. Devem existir vários sinais para que suspeite da deficiência mental, apenas

um sinal não pode ser considerado indicativo de qualquer deficiência. A deficiência mental

pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada

pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma defasagem

cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sociocultural, segundo

provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias psicogenéticas (FUNDAÇÃO OSWALDO

CRUZ, 2005).

Segundo a Organização Mundial de Saúde, 10% da população em países em

desenvolvimento, são portadores de algum tipo de deficiência, sendo que 5% destes são

portadores de deficiência mental.

As causas e fatores de risco podem ser classificados como: Pré natais, Periantos, Pós natais.

O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multiprofissional qualificada composta pelo

menos de um assistente social (analisará os aspectos sócio cultural), um médico (analisará os

aspectos biológicos) e um psicólogo (avaliará os aspectos psicológicos e nível de deficiência

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metal). Após avaliações, em reunião, definirão o diagnóstico e os procedimentos a serem

tomados. (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2005).

Pensar no deficiente mental em seu processo de integração não significa pensá-lo como uma

reprodução do modelo social competitivo e assentado eminentemente em bases produtivas,

mas sim vê-lo dentro de um contexto humanístico onde as pessoas valem exatamente por

serem pessoas, independentemente de suas dificuldades e de seus problemas (ASSUMPÇÃO,

2007).

2.12 Autismo

O autismo é uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento

psiconeurológicos e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, afeta seu

convívio social. Sendo um transtorno do desenvolvimento que manifesta-se antes dos três

anos de idade, sendo mais comum em meninos que em meninas, não sendo necessariamente

acompanhado em retardo mental, existindo crianças que apresentam inteligência e fala intacta

(AUTISMO INFANTIL, 2009).

Não existe uma causa especifica definitiva mais há varias suspeitas como influencia genética,

vírus, toxinas e poluição, desordenes metabólicos, intolerância imunológica, infecções virais e

grandes doses de antibióticos nos primeiros três anos. Por isso é chamando de síndrome,

como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar, e pode atingir todas as

classes sociais (AUTISMO INFANTIL, 2009).

O autismo é um transtorno originado no comportamento, devido a esse fato,

convencionalmente, o diagnóstico do autismo é baseado em observação de comportamentos e

tratamentos focalizados em aliviar tais comportamentos. Sendo importante também em alguns

casos medicamentos. Pacientes com Espectro Autista são predispostos a ter uma diminuição

nos fatores imunológicos. Esses fatores fisiológicos importantes podem levar a várias outras

complicações que contribuem e até mesmo causam sintomas autista. Cada problema pode

causar problemas adicionais que dificulta muito o corpo alcançar um equilíbrio. Na maioria

dos casos quando esses problemas e sintomas são corrigidos, os sintomas do paciente são

altamente melhorados (AUTISMO INFANTIL, 2009).

A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando a

intensidade de mais severo a mais brando, são eles (ilustração 05) (AUTISMO INFANTIL,

2009):

Usa as pessoas como

ferramentas

Resiste a mudanças de rotina Não se mistura com outras crianças Apego não apropriado a objetos

Não mantém contato visual Age como se fosse surdo Resiste ao aprendizado Não demonstra medo de perigos

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Risos e movimentos não

apropriados

Resiste ao contato físico Acentuada hiperatividade física Gira objetos de maneira bizarra e

peculiar

Às vezes é agressivo e destrutivo

Modo e comportamento indiferente e arredio

Ilustração 05: Comportamentos do individuo com autismo

Fonte:http://www.autismoinfantil.com.br/, 2010.

Para mostrar importância e soluções de humanização hospitalar em espaços físicos voltados

para centros de reabilitação infantil foi necessário analisar as patologias e seus tratamentos

freqüentes em crianças portadoras de deficiência física, psíquica, motora, visual e auditiva.

Assim sendo possível, entender quais espaços e equipamentos necessários para sua analise.

3.Estruturas de reabilitação destinada a pessoas com deficiência no brasil

3.1 AACD (Associação de Assistência a Criança Deficiente) – unidade Ibirapuera – São

Paulo – SP

A AACD é uma entidade privada, sem fins lucrativos. Trata de crianças, adolescentes e

adultos portadores de deficiência, com finalidade de reinseri-los na sociedade. O fundador da

AACD foi Dr. Renato da Costa Bomfim, que tinha o sonho de criar um centro de reabilitação

da mesma qualidade dos centros que conhecia no exterior.

Ilustração 06 – AACD (Associação de Assistência a Criança Deficiente)

Fonte: Acervo Pessoal, 2010.

A AACD visitada (ilustração 06) localiza-se na Av. Prof. Ascendino Reis, 724, Ibirapuera,

São Paulo – SP, no dia 26 de maio de 2010, às 10:30 horas. Essa estrutura é a sede de todas as

unidades da AACD localizadas no Brasil, ao total existem nove: Ibirapuera, São Paulo - SP,

Mooca, São Paulo - SP, Ilha Joana de Bezerra, Recife – PE, Jardim do Salso, Porto Alegre –

RS, Planalto, Uberlândia – MG, Piratininga, Osasco – SP, Jardim da Viga, Nova Iguaçú – RJ,

Adhemar Garcia, Joinville – SC e Jardim Taiff II, São José do Rio Preto – SP.

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Segundo o site oficial da mesma, a AACD Unidade Ibirapuera, possui capacidade para 2.430

atendimentos por dia. Sendo dividida em quatros áreas: Centro de Reabilitação, Hospital,

Fabrica de produtos ortopédicos e Escola. A estrutura administrativa da AACD, está

localizada na sede AACD Ibirapuera, onde a mesma dá suporte e presta serviços a outras

unidades da AACD.

Para a visita da unidade AACD Ibirapuera foram mostrados os espaços físicos:

a) Hidroterapia: possuíam duas piscinas, com profundidades diferentes. A piscina mais

rasa, com aproximadamente uns 0,50 cm de profundidade, e a outra com aproximadamente

uns 1.20 cm (ilustração 07).

Ilustração 07 – Hidroterapia - AACD

Fonte: http://comunidadeaacd.ning.com/photo/photo/show?id=2406047%3APhoto%3A1184, 2010.

b) Oficina Ortopédica: a oficina ortopédica ou fabrica de produtos ortopédicos, como o

nome já ressalva, é uma oficina de fabricação de produtos ortopédicos, sejam eles órteses,

próteses, coletes, muletas, bengalas, cadeira de posicionamento, “stand in table”, adaptações

para cadeiras de rodas (ilustração 08). Todos os produtos seguem rigorosamente a prescrição

médica, ou seja, é um trabalho em conjunto: médico – fisioterapeuta – técnicos de produção.

A maioria dos aparelhos produzidos são comercializados, poucos podem ser doados. A

doação não poderá ser maior, pois o custo dos aparelhos são bastante elevados, devido o

trabalho de precisão, artesanal, personalizado e sujeito a ajustes, não havendo produção de

larga escala.

Ilustração 08 – Técnico oficina ortopédica

Fonte:http://comunidadeaacd.ning.com/group/pro

dutos,2010.

Ilustração 08 – “Stand in table”

Fonte:http://comunidadeaacd.ning.com/photo/photo

/show?id=2406047%3APhoto%3A845, 2010

.

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Ilustração 08 – Órtese longa unilateral com cinto

pélvico e órtese curta de polipropileno

Fonte: http://www.aacd.org.br/, 2010.

Ilustração 08 – Colete infra–axilar de wilmington

Fonte: http://www.aacd.org.br/, 2010.

Ilustração 08 – Prótese Modular Infantil

Fonte: http://www.aacd.org.br/, 2010.

Ilustração 08 – Cadeira de rodas personalizada

Fonte:http://www.vitoracessorios.com.br/adaptadas

/adapt08.jpg, 2010.

As oficinas ortopédicas são divididas em células, cada uma com uma função diferenciada.

c) Calçados Ortopédicos: há fabricação e vendas de calçados ortopédicos. São

confeccionados de acordo com as necessidades dos pacientes. Esses calçados estão em

mostruário nas lojas encontradas nas AACD’s existentes, ou, pedidos através de laudo

médico.

d) Centro de Diagnóstico: setor de realização dos exames, como por exemplo tomografia,

laboratório de marcha (ilustração 09), etc.

Ilustração 09 – Computador mostrando o andar

tridimensional do paciente

Fonte: http://www.aacd.org.br/, 2010.

Ilustração 09 – Criança realizando o exame de

marcha

Fonte: http://www.aacd.org.br/, 2010.

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e) Terapia Ocupacional Infantil: tem como base ajudar as pessoas a fazerem as coisas que

querem ou precisem fazer, buscando a autonomia. No caso do público infantil, a terapia

ocupacional ajuda nas atividades de vida diária (AVD), atividades essas relacionadas a escola

e ao brincar. A criança se desenvolve e interage com o mundo brincando, usando informações

que chegam através do sentido (ilustração 10).

Ilustração 10 – Terapia ocupacional infantil – AACD PE

Fonte: http://www.duplacom.com.br/dupla/wp-content/uploads/2009/09/noto_aacd-320x240.jpg,

2010. f) Na AACD Ibirapuera, foi mostrado um espaço onde possuem cômodos, onde cada um

possui uma terapia ocupacional diferente. Entre eles, dois chamaram bastante atenção:

1) Sala de atividade de vida diária (ADV), chamada também de mini casa, pois a mesma

possui bancadas, camas e móveis iguais a uma casa comum, em escala para crianças. Dessa

forma, a criança aprende a lidar e exercitar seu poder de desenvolvimento seja motor, visual

ou psíquico, deixando-a mais autônoma.

2) Sala de jogos computadorizado, chamada de terapia de reabilitação virtual, onde os

pacientes desenvolvem sua estrutura, através de jogos de computadores e vídeos games.

Ambas as salas relatadas, ajudam as crianças que precisam ou não de adaptadores para seu

desenvolvimento diário. Importante realçar, todos os ambientes possuem cores vivas, seja nos

móveis, desenhos em paredes, brinquedos. Observa-se, portanto uma preocupação com

ambientes humanizados.

g) Brinquedoteca, reabilitação desportiva, musicologia (importante para o

desenvolvimento de deficientes visuais), laboratório de bioengenharia, prevenção: espaços

citados, mais não foram apontados. Orientados como de valia importância.

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Ilustração 11 – Painel Arte terapia e Detalhe - AACD

Fonte: Acervo Pessoal, 2010.

h) Arte terapia: espaço citado, mais não foi apontado. De grande valia. No decorrer da

visita percebe-se a incidência de grandes painéis de pintura de tela, feita pelos pacientes

(ilustração 11).

A AACD – Ibirapuera é uma instituição referencial no trabalho de reabilitação a pessoas

portadoras de deficiência. Com espaços humanizados, bem equipados, circulações verticais e

horizontais acessíveis, predominância da cor branca, mais com existência de detalhes (na área

infantil) em cores vivas, vegetações, janelões, espaços climatizados, etc. Um local modelo

para qualquer instituição de reabilitação.

Chamou-me a atenção o imenso carinho dos voluntários pela AACD e pelos pacientes. Um

ponto marcante da visita foi observar a forma dos voluntários de repassar ensinamentos e

ajudar o próximo. Notou-se o olhar de felicidade das crianças por estar naquele espaço físico,

chamado AACD.

Em fim, a AACD é um local apaixonante, que nos inspira a olhar uma arquitetura modelo que

vise o bem estar funcional e emocional dos pacientes. Espaço preocupado com cada detalhe

para melhoria dos tratamentos.

3.2 O Instituto de reabilitação Lucy Montoro – unidade Morumbi – São Paulo – SP

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Ilustração 12 – Instituto de reabilitação Lucy

Montoro - Recepção

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/, 2010.

Ilustração 12 – Instituto de reabilitação Lucy

Montoro – Salão de eventos/ espera

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/, 2010.

Ilustração 12 – Instituto de reabilitação Lucy

Montoro – Salão de eventos/ espera

Fonte: Acervo Pessoal, 2010.

Ilustração 12 – Instituto de reabilitação Lucy

Montoro – Apartamento

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/, 2010.

O Instituto de Reabilitação Lucy Montoro - Unidade Morumbi, foi projetado para ser um

centro de tratamento e pesquisa em reabilitação. O prédio visitado possui 10 andares,

adaptado (pois antigamente o mesmo era um hospital), com atendimento ambulatorial e

internação. Os ambientes não remetem a um hospital, e sim a um hotel (ilustração 12).

Observando-se a preocupação com a humanização dos espaços. Apesar de ser um hospital

adaptado, observa-se que foi cuidadosamente pensado em todas as adequações de cada

cômodo.

O Instituto de Reabilitação Lucy Montoro (Ilustração 13) localiza-se na Rua Jandiatuba, 580,

Vila Andrade, São Paulo – SP. A visita foi realizada no dia 28 de maio de 2010, as 15:00

horas.

Ilustração 13 – Fachada Instituto de Reabilitação Lucy Montoro – Unidade Morumbi

Fonte: http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=204389#0, 2010.

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Durante a visita da unidade Instituto de Reabilitação Lucy Montoro - Morumbi foram

mostrados os espaços físicos:

a) Sala de condicionamento físico: sala com equipamentos de última geração voltados

para fisioterapia. Nessa sala, não há fisioterapia para crianças, só para adolescentes e adultos.

Ambiente bastante arejado, existência de janelões que dão vista para jardins e para outros

cômodos de condicionamento físico (ilustração 14).

Ilustração 14 – Sala de condicionamento físico

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/, 2010.

b) Sala de Terapia ocupacional: voltada para adolescentes e adultos. Existem duas salas:

1) Para uma terapia voltada mais para o desenvolvimento de pontos mais objetivos (ilustração

15). 2) Uma sala que remete nossa casa, para desenvolver atividades de vida diária (ADV). A

mesma possui bancada com pia, mesa de jantar, e um aparelho que o próprio paciente pode

desenvolver sua adaptação, com ajuda de um assistente.

Ilustração 15 – Sala de Terapia ocupacional

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/, 2010.

c) Piscina: o ambiente que possui a piscina não foi visitado, devido o mesmo estar em

reforma.

d) Sala de equipamentos de fisioterapia: sala bastante ampla, com equipamentos mais

simples, se comparado com a sala de condicionamento físico. Com janelões que dão vista

para outras salas e para jardins. Subdividida em duas salas de equipamentos de fisioterapia.

Na 1ª sala aplica-se a fisioterapia mais “manual”, sem a necessidade de máquinas auxiliadora

(ilustração 16). Na 2ª sala para exercícios aeróbicos, ambiente com espelhos e barras

auxiliadoras (ilustração 17). O público alvo continua sendo adolescentes e adultos.

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Ilustração 16 – Sala de equipamento de fisioterapia

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/, 2010

Ilustração 17 – Sala de equipamento de fisioterapia

aeróbica

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/, 2010.

e) Salão de eventos: situa-se próximo à recepção, e também possui a função de espera do

paciente e seus acompanhantes. É um ambiente apaixonante, seu mobiliário de muito bom

gosto não nos remete a um hospital (ilustração 18).

Ilustração 18 – Salão de Eventos

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

Ilustração 18 – Salão de Eventos

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

f) Sala de vídeo conferencia e web conferência: espaço não visitado. Ambiente utilizado

para comunicações entre especialistas, debatendo assuntos que serão transmitidos

nacionalmente e internacionalmente.

g) Praça temática: no antigo hospital antes da implantação da Instituição de Rede Lucy

Montoro, a praça temática auxiliava no tratamento de pessoas com Alzheimer. Essa praça

possui ambientes como: barbearia, cinema, livraria, loja de tecidos, loja de conveniência,

cabeleireiro feminino. Hoje a mesma tem a função de uma bela área de convívio para os

pacientes. Todos os ambientes citados possuem móveis e fachadas de acordo com a década de

40. É uma praça cenográfica, onde funciona apenas o mini cinema. Ambiente bastante

harmônico e acolhedor possui também, logo a frente da praça um jardim (ilustração 19).

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Ilustração 19 – Praça temática - Cinema

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

Ilustração 19 – Praça temática - Lojas

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

Ilustração 19 – Praça temática - Barbearia

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

Ilustração 19 – Praça temática – Estação e

cabeleireiro

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

h) Convivência para crianças: na instituição existe um andar reservado para crianças. O

local de convivência tem a função além de convívio entre os pacientes infantis, mas também

um ambiente de espera. É um local bastante colorido, com brinquedos. Esse ambiente

apresenta painel em toda extensão da parede. Com a temática de fundo do mar, peixinhos com

imãs, onde as crianças podem brincar modificando os posicionamentos (ilustração 20).

Ilustração 20 – Convivência para crianças

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

Ilustração 20 – Convivência para crianças

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

i) Convivência para os familiares: área de descanso para os familiares, com apoio de

uma copa. Cômodo utilizado para refeições e convívio, um ambiente agradável, com cores

claras e mobiliário confortável.

j) Quarto estúdio: utilizado para consulta a paciente infantil. Nesse quarto o especialista

examina todo condicionamento físico dos pacientes. Ambiente agradável, com brinquedos,

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cores, remetendo-nos a uma Brinquedoteca. Para ser um espaço viável, é necessário

mobiliários como tablado, cadeira e mesa (para analisar o comportamento do paciente) e

brinquedos (ilustração 21).

Ilustração 21– Quarto estúdio

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

Ilustração 21– Quarto estúdio

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

k) Sala de reabilitação infantil: para os pacientes infantis, a reabilitação é diferenciada

dos adultos. A sala possui equipamentos e brinquedos para estimular o desenvolvimento

motor de seus pacientes. A utilização da cor, e madeirados deixa o ambiente mais humano

(ilustração 22).

Ilustração 22– Sala de reabilitação infantil

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

Ilustração 22– Sala de reabilitação infantil

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/,

2010.

Ilustração 22– Sala de reabilitação infantil

Fonte: http://www.redelucymontoro.org.br/, 2010.

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O Instituto de Reabilitação Lucy Montoro - Unidade Morumbi, é um centro referencial no

tratamento de reabilitação motora. Possui um espaço físico belíssimo, com equipamentos

atualizados e qualificados para cada tipo de reabilitação.

Como já foi dito acima, a estrutura física não remete a um hospital, e sim a um hotel, devido

ao mobiliário de ótima qualidade e bom gosto, e aos painéis de madeira em todos os

ambientes. Com tudo, nota-se a preocupação com a humanização.

A praça temática chamou-me bastante atenção, devido a sua fidelidade a arquitetura dos anos

40. Ambiente apaixonante, bem elaborado.

Todos os ambientes da Instituição possuem janelões que dão vista para jardins. A mesma

possui vários jardins, que influência também na questão da humanização.

Por fim, o Instituto de Reabilitação Lucy Montoro apesar de ser um hospital adaptado para

seus fins, é uma instituição de arquitetura modelo, tanto na estrutura física como na

ambientação.

4. Conclusão

O presente artigo apresenta uma análise conclusiva de clínicas de reabilitação modelo no país,

analisando as patologias frequentes da deficiência física, psíquica, motora, visual e auditiva.

Foram alcançadas informações funcionais e seus tratamentos necessários, podendo assim

entender e analisar espaços físicos adequado para as diversas patologias.

Com as visitas nas estruturas de reabilitação destinadas aos deficientes no Brasil, foi possível

o entendimento do espaço físico como um todo, identificando as tipologias construtivas

aplicadas nas estruturas nesta área de saúde específica. Todas as instituições visitadas foram

benéficas para a construção do entendimento, pois analisando e identificando as deficiências e

soluções desses espaços, foi possível entender como é importante a humanização para o

crescimento da auto estima, melhora no tratamento dos pacientes e familiares.

Após o embasamento teórico e as visitas analisando os espaços físicos e tipologias voltados

para reabilitação de pessoas com deficiência, foi possível entender o mundo dessas crianças e

com isso entender um espaço completo e acessível para seus devidos tratamentos,

desenvolvidos em ambientes mais humanizados e com uso da cromoterapia.

Desta forma é possível entender como a arquitetura da humanização hospitalar influencia num

espaço voltado à medicina de reabilitação para deficientes, definindo uma estrutura de

flexibilidade de uso, inserindo-os na sociedade e desenvolvendo nos pacientes a capacidade

de autonomia como cidadãos.

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DE GÓES, Ronald. Manual Prático de Arquitetura Hospitalar. São Paulo, Edgar Blucher,

2004.