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ESCOLA DA SAÚDE GESTÃO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE Prof. Dr. GIUSEPPE CAVALCANTI DE VASCONCELOS A GESTÃO – Notas de estudo Paraíba, 2012

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A gestão Saúde e Meio Ambiente

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  • ESCOLA DA SADE

    GESTO, SADE E MEIO AMBIENTE Prof. Dr. GIUSEPPE CAVALCANTI DE VASCONCELOS

    A GESTO Notas de estudo

    Paraba, 2012

  • APRESENTAO

    A teoria sobre gesto, que vamos aprender, no fornecer uma lista automtica e

    exaustiva das tarefas que se deva desempenhar e a assumir na execuo da gesto. A teoria e

    as ferramentas que vai estudar vo ajud-lo a perceber o sentido das coisas, e lhe permitir

    fazer snteses e anlises sistemticas das questes complexas que dever enfrentar, e

    perceber o que essencial e o que acessrio, e seperar aquilo que importante daquilo que

    no , e equacionar as questes certas.

    INTRODUO

    No Brasil Desde o sculo 18 a economia de

    mercado tem gerado demandas relacionadas com

    a sobrevivncia das pessoas que no conseguem

    ser atendidas satisfatoriamente pela rede de

    sanitria, devido ao seu baixo poder aquisitivo e

    que, por isso, passam a depender de aes

    governamentais, o que no setor sade

    corresponde produo de bens e servios pbli -

    cos. Atualmente, as instituies de sade passam por grandes dificuldades e os problemas

    relacionados ao campo da gesto e da formao de recursos humanos so apontados como

    um dos principais fatores que levam desqualificao dos servios de sade. Todavia, a

    diversidade de demandas gerenciais, assistenciais e intersetoriais, tem estimulado um tica

    voltada gesto de sistemas e a gesto de servios de sade, atraindo a ateno dos

    profissionais da rea, para o gerenciamento das unidades de servio, a partir de novas formas

    do pensar (planificar, ordenar, monitorar, mitigar, inovar, transformar, equilibrar, controlar)

    modelos de implementao da gesto sanitria nas organizaes.

    GESTO E ORGANIZAO

    A capacidade humana de gerir, de organizar com vista a um fim, uma caracterstica

    da espcie humana, que no existe nas outras espcies. Uma organizao uma entidade

    social, constituda e estruturada voluntariamente e orientada para atingir metas e objectivos

    bem definidos. Temos organizaes sem fins lucrativos e organizaes com fins lucrativos as

  • empresas. As empresas so assim um caso particular de

    uma organizao. Mas qualquer que seja o tipo de

    organizao, a sua gesto deve ser rigorosa. Ao contrrio

    do que muitas vezes se pensa, no so s as empresas

    que devem ser bem geridas. Tambm as organizaes

    sem fins lucrativos o devem ser, pois esto a utilizar os

    recursos que lhe so postos disposio para atingirem metas e objectivos. No h

    preocupao de lucro neste caso, mas sim de responsabilidade social.

    A gesto o processo que visa atingir as metas e os objectivos da organizao, de

    forma eficaz (atingir o objectivo externo organizao) e eficiente (objectivo interno

    organizao que pretende que o objectivo externo eficcia - seja atingido com os menores

    custos e utilizando os menores recursos internos possveis), atravs das funes de:

    1- Planeamento envolve a definio das metas, deciso sobre as tarefas e seleo dos

    recursos (Humanos, Financeiros, Materiais, Tecnolgicos) necessrios para atingir as

    metas/objetivos delineados.

    2- Organizao, traduz o modo como a empresa planejou a sua atividade. Consiste na

    atribuio de tarefas, no agrupamento de tarefas em rgos/departamentos

    (organograma), com a definio de pessoas aos respectivos grupos, delegao de

    autoridade e responsabilidade, e distribuio dos recursos pela empresa.

    3- Liderana, para dirigir, influenciar e motivar os membros da organizao por forma a

    que todos contribuam para que as metas e objectivos delineados sejam atingidos.

    4- Controle: monitorizao de atividades e das pessoas no desempenhar de suas

    funes, verificao se as metas e objetivos esto sendo cumpridos. Tem no fundo a

    ver com a verificao da concordncia ou discordncia do que foi realizado em relao

    ao planejado na execuo.

    Ao contrrio do que acontece com muitas outras profisses engenharia, direito ou

    contabilidade no preciso um diploma para praticar a gesto. Esta, repousa na economia e

    na adoo tecnologica eo sobre as pessoas. Na atualidade, por maiores que sejam os

    conhecimentos tcnicos sobre a sade, tecnologia ou economia, no se consegue gerir bem se

    no se conseguir gerir / liderar pessoas.

    As organizaes e as empresas surgem para fazer o trabalho que cada um de ns

    isoladamente no conseguiria fazer e s foi possvel que essas organizaes e empresas

    funcionassem porque a espcie humana tem a capacidade de gerir e organizar. A gesto torna

    as organizaes possveis; a boa gesto assegura o bom funcionamento. O verdadeiro saber

  • da gesto consiste em transformar a complexidade e a especializao em desempenho, quanto

    mais formal e especializado o conhecimento, mais necessitamos de outra habilidade para

    desempenho do trabalho. a gesto que permite construir e gerir as organizaes que torna

    produtivo o trabalho especializado feito por cada um.

    SENSIBILIDADE OU BOM SENSO

    A tcnica e aquilo

    que se aprende a partir

    do conhecimento

    cientfico (conceitos,

    modelos, caracteristas,

    leis), que so certamente

    muito importantes.

    Entretanto, o bom senso

    e a capacidade de

    gerir/liderar com as

    pessoas so questes essenciais para alcance das metas organizacional. A aplicao da gesto requer lidar com

    vrias especialidades de informtica ao direito, da tecnologia a estrutura dos mercados, e ao

    funcionamento da economia, da psicologia estatstica. Como consequncia da globalizao

    da economia e das respectivas consideraes geo-estratgicas e da crescente importncia das

    pessoas nas organizaes, vai-se exigir aos gestores conhecimentos gerais, no s tcnicos,

    mas tambm nas reas soft das cincias do comportamento (como a sociologia e a psicologia),

    em reas especulativas (como a Filosofia e as Cincias da vida) e nas reas de relacionamento

    externo das organizaes (relaes pblicas e diplomacia econmica).

    Agradecimentos, Prof. Luis Mira Amaral do Instituto Tecnico Superior da Universidade de Lisboa.