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A FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR A PARTIR DE EXPERIÊNCIA COM O
PIBID-MATEMÁTICA NA UEPA DE VIGIA DE NAZARÉ
Rodrigo Erasmo da Conceição SILVAMestre em Geofísica CPGf/UFPA
Coordenador de subprojeto PIBID-UEPA - CAPESUniversidade do Estado do Pará - UEPA
Damásia Sulina do NASCIMENTOMestranda PPGED/UFPA
Grupo de Pesquisa Lingüistica, Educação e Literatura LELIT/UEPAUniversidade do Estado do Pará - UEPA
Eixo 1 - Formação Inicial de Professores da Educação Básica
email: [email protected]
1. Introdução
Durante a formação do professor, o acadêmico tem poucas oportunidades para vivenciar
sua prática docente na escola. Um dos poucos momentos do curso de licenciatura
voltado para essa prática, é o das disciplinas de Estágio Supervisionado. Normalmente o
professor iniciante tem pouca familiaridade com o ambiente escolar, atuando com a visão
de um profissional da educação. A redução do impacto da ruptura entre os períodos em
que o indivíduo passa de licenciando para licenciado, é um aspecto extremamente
importante para que o professor esteja preparado e confortável para atuar no mercado de
trabalho. Além disso, é de grande importância, tanto para o futuro professor, quanto para
seus futuros alunos, que o acadêmico tenha muitas oportunidades para por em prática
suas teorias docentes já estudadas. No caso particular dos professores de matemática,
há aspectos ainda mais profundos, como as dificuldades encontradas pelos alunos em
função a abstração da disciplina, e a falta do uso de metodologias de ensino que
abordem aspectos interdisciplinares, e aplicações no cotidiano do aluno. Neste sentido, o
PIBID atua como grande incentivador na formação do professor.
2. O PIBID e a Formação Inicial do Professor - Aspectos Teóricos e Legais
A Lei Nº 9.394/1996, que estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDB, foi um divisor de águas quanto a expansão do ensino superior e, por
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consequência, na formação de professores, uma vez que esta ampliação deste nível
de ensino se deu sobretudo no ensino superior privado com a oferta de vagas nos
cursos de licenciatura. Até a vigência da referida lei, somente as universidades tinham
como incumbência ofertar os cursos para a formação de professores, sobretudo, as
públicas. Durante anos, viu-se que dos professores que se formavam como
licenciados e para atuarem na educação básica, que não supria a necessidade de
profissionais licenciados, muitos ainda deixavam de atuar no magistério da educação
básica e passavam a atuar profissionalmente em outros locais e ambientes que não os
espaços escolares e a sala de aula.
Assim, segundo o artigo Nº 62 da LDB Nº 9.394/1996, no que tange a formação de
professores para atuar na educação básica, cita que “A formação de docentes para
atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de
graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação...” o que nos
leva a considerar o papel importante dos cursos de licenciatura uma vez que a partir
da formação inicial esse profissional conseguirá atuar na área de conhecimento para a
qual se formou e atuará profissionalmente a partir do conhecimento adquirido nessa
etapa de sua aprendizagem. Claro que é só um começo. O que se pretende é que
este professor possa prosseguir nos estudos e alcançar, cada vez mais, novas
possibilidades junto ao ensino Latto Senso e Stricto Senso
Assim, seguindo recomendações dos órgãos reguladores do Brasil, o Brasil necessitou
operar para que os cidadãos que se formassem nas licenciaturas pudessem atuar no
espaço da escola de acordo com sua área de formação. Logo em seguida, começou a
explosão de ofertas de cursos de graduação, principalmente, para o campo das
licenciaturas e, ainda, muitos ofertados pela iniciativa privada.
Segundo nossas pesquisas no site do Ministério da Educação – MEC, O primeiro
edital foi proposto pelo edital MEC/CAPES/FNDE, em 12 de dezembro de 2007 pelo
então ministro da educação Fernando Haddad e hoje o PIBID é coordenado pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
É nesse cenário que somente em 2012, surge o primeiro edital do PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCENCIA – PIBID, com um dos
principais objetivos sendo a iniciação à docência nos espaços educativos das escolas
públicas de todo Brasil.
Assim, o PIBID colocaria os alunos da graduação diretamente em contato com a sala
de aula, levando esse educando a vivenciar o cotidiano da escola, mesmo antes de
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colar grau. Salientamos que a formação inicial de professores no Brasil, na graduação,
passou a ser estimulada com a atuação desse graduando diretamente no espaço
escolar para que ele pudesse ter vivências e experiências no locus da escola.
Para corroborar com os dados aqui apresentados, achamos oportuno expor algunsdos objetivos do PIBID.
I – incentivar a formação de docentes em nível superior para aeducação básica;II – contribuir para a valorização do magistério;III – elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursosde licenciatura, promovendo a integração entre educação superior eeducação básica;IV – inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública deeducação, proporcionando-lhes oportunidades de criação eparticipação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticasdocentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem asuperação de problemas identificados no processo de ensinoaprendizagem;V – incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seusprofessores como co-formadores dos futuros docentes e tornando-asprotagonistas nos processos de formação inicial para o magistério;VI – contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias àformação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicasnos cursos de licenciatura;VII – contribuir para que os estudantes de licenciatura se insiram nacultura escolar do magistério, por meio da apropriação e da reflexãosobre instrumentos, saberes e peculiaridades do trabalho docente.
(FONTE: MEC/CAPES)
3. O PIBID e a Formação do Professor de Matemática na UEPA-VIGIA
O aluno de licenciatura tem poucas oportunidades para vivenciar a realidade escolar, do
ponto de vista do professor, enquanto ainda é um acadêmico. Enquanto tem a
oportunidade de estudar na universidade, o futuro professor pode aprender diversas
teorias e estratégias de ensino,apresentadas neste percurso, porém com poucas chances
de colocar as mesmas em prática. A prática vivenciada no ambiente escolar, é vivenciada
em poucos momentos. Normalmente, durante as disciplinas de Estágio Supervisionado.
Neste contexto, o PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) trás
aos futuros professores uma grande oportunidade para vivenciar o ambiente escolar,
permitindo a observação e a prática de teorias educacionais, conhecidas em tese durante
sua formação profissional.
Na Universidade do Estado do Pará, o PIBID iniciou suas atividades do biênio 2014/2015
através de 15 subprojetos, onde os cursos de licenciatura contemplados foram: Ciências
Naturais – Biologia, Ciências Naturais – Física, Ciências Naturais – Química (2),
Educação Física (2), Geografia, Letras (Língua Portuguesa) (2), Matemática (2), Música,
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Pedagogia(3). Um dos subprojetos em questão é o de Licenciatura em Matemática
executado no Campus XVII da UEPA.
No Campus XVII, localizado na cidade de Vigia de Nazaré (UEPA-VIGIA), executamos o
subprojeto PIBID de Licenciatura em Matemática intitulado Instrumentos Matemáticos
para Aplicações no Cotidiano e na Tecnologia (PIBID-VIGIA). O mesmo tem como meta
estimular os futuros professores a utilizar, construir e vivenciar, práticas pedagógicas que
apontem para a interdisciplinaridade, ligadas ao dia a dia do aluno, sempre que possível.
O subprojeto foi aplicado aos acadêmicos do Curso de Licenciatura em Matemática, e
está sendo executado na UEPA-VIGIA desde o ano de 2014.
Com relação aos bolsistas, foram selecionados 20 (vinte) acadêmicos. Com o passar dos
meses, houve também a participação de acadêmicos voluntários, que posteriormente
vieram a ser bolsistas. Foram selecionados quatro professores supervisores, dois para
cada uma das escolas públicas participantes.
As duas escolas participantes do subprojeto foram a "E. E. E. F. M. Presidente Kennedy"
e " E. E. E. M. Bertoldo Nunes ". Nestas escolas, houve a contemplação, por modos
diretos ou indiretos, de 707 alunos no ano de 2014 e 655 alunos no ano de 2015. As
participações dos acadêmicos nas escolas ocorriam nos turnos da tarde e noite, com
eventuais participações no turno da manhã.
A problemática usada para a execução do subprojeto é baseada na comum falta de
aplicações práticas vivenciada pelo ensino de matemática nas escolas públicas. No
ensino da educação básica, os professores de matemática normalmente apresentam um
problema comum: a dificuldade para levar o aluno a entender conteúdos extremamente
ligados à fórmulas e abstração excessiva. Neste sentido, o uso de material didático
manipulável e/ou abordagem interdisciplinar é uma excelente alternativa para o professor
se esquivar da abstração e tradicionalismo no ensino de matemática. Neste sentido, este
subprojeto tem como principal objetivo estimular os futuros professores a utilizar, construir
e vivenciar, práticas pedagógicas interdisciplinares, ou que façam uso de material didático
manipulável, preferencialmente ligados ao dia a dia do aluno.
4. Estratégias Pedagógicas para o Ensino de Matemática
Durante sua formação acadêmica, o professor adquire conhecimentos e experiências que
caracterizarão sua atuação profissional. Sobre a identidade profissional, NÓVOA et al
(2013) afirma que
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É construída sobre saberes científicos e pedagógicos como sobrereferências de ordem ética e deontológica. É uma construção que tem amarca das experiências feitas, das opções tomadas, das práticasdesenvolvidas, das continuidades e descontinuidades, quer ao nível dasrepresentações quer ao nível do trabalho concreto.
Em relação ao ensino de matemática em particular há uma grande preocupação,
principalmente por parte dos profissionais da educação, para o incentivo de um ensino
com significado para o aluno. Segundo Dante (1991):
É possível por meio da resolução de problemas desenvolver no alunoiniciativa, espírito explorador, criatividade, independência e a habilidadede elaborar um raciocínio lógico e fazer uso inteligente e eficaz dosrecursos disponíveis, para que ele possa propor boas soluções àsquestões que surgem em seu dia a dia, na escola ou fora dela.
Neste sentido, o PIBID atua como construtor da formação do futuro professor. Esta
formação profissional no PIBID-VIGIA, busca incentivar o ensino de uma matemática que
tenha significado em nossas vidas, em especial, na vida do aluno. Defende-se o estudo,
sempre que possível, de uma matemática útil e palpável.
Muitos conteúdos matemáticos do ensino básico apresentam potencial para serem
abordados através de aplicações presentes no dia a dia do aluno. O trabalho com
metodologias de ensino baseadas no uso da interdisciplinaridade e do material palpável,
é uma ótima proposta para a aproximação entre a matemática da sala de aula e a
matemática presente no cotidiano do aluno. Em aplicações mais específicas como a da
parábola (gráfico da função do 2° grau) ou a do parabolóide, Strogatz (2013, p. 78) cita
que:
Curvas e superfícies parabólicas têm impressionante poder de foco:cada um é capaz de receber ondas paralelas e focá-las num único ponto.Essa característica geométrica é muito útil em situações nas quais ondasde luz, som ou outros sinais precisam ser amplificadas (…) Antenasparabólicas podem amplificar ondas de rádio da mesma maneira, porisso as antenas de televisão por satélite e os telescópios astronômicosgigantescos têm formas curvas.
Um dos materiais didáticos manipuláveis e interdisciplinares, construídos e utilizados
neste subprojeto PIBID-VIGIA, chama-se forno solar. Este instrumento faz uso das
propriedades físicas utilizadas nas antenas parabólicas, e que está muito presente no
cotidiano dos alunos do interior do Estado, onde os sinais de TV tem baixa intensidade.
Em muitas situações, a grande dificuldade do aluno para o entendimento do conteúdo
estudado em matemática é o excesso de abstração com pouca manipulação.
Normalmente, são dadas poucas oportunidades para que o aluno possa fazer a relação
entre o concreto e o abstrato, e para que possa fugir da posição de mero espectador.
Segundo Lorenzato (2006), “palavras não alcançam o mesmo efeito que conseguem os
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objetos ou imagens, estáticos ou em movimento. Palavras auxiliam, mas não são
suficientes para ensinar” (p. 17).
No sentido aqui apresentado, o subprojeto PIBID-VIGIA foi elaborado e executado, com
ótimos resultados e perspectivas futuras. A seção seguinte trás mais detalhes referentes
aos resultados alcançados.
5. Resultados
Os resultados do projeto aqui apresentado podem ser verificados em termos de
metodologias de ensino aplicadas pelos acadêmicos, elaboração e produção de material
didático, exposições apresentadas nas escolas e no campus, elaboração e execução de
aulas que usam metodologias de ensino propostas pelo projeto.
Uma das primeiras etapas do subprojeto foi a elaboração/construção de materiais
didáticos (construídos com material de baixo custo), e apresentação/solução de
problemas matemáticos presentes no cotidiano. Os resultados foram apresentados no
campus neste primeiro momento, basicamente para os participantes do subprojeto. A
principal intenção foi despertar nos acadêmicos e supervisores, o incentivo à
produção/utilização de materiais didáticos e metodologias de ensino, inovadores e
interdisciplinares, com aplicações no cotidiano. A Imagem 1 apresenta registros desta
etapa.
Após esta etapa inicial, nossos esforços foram concentrados para a "1ª Exposição de
Matemática na escola Presidente Kennedy", apresentada no início do segundo semestre
de 2014. Foram elaborados stands que tratavam de aplicações matemáticas, vistas de
modo prático e lúdico. Os temas apresentados foram: Parabolóide e suas Aplicações;
Teoria de Arquimedes e Cálculo de Volumes; Desafios Matemáticos; Cálculo de Alturas
de Forma Indireta; Cálculo de Distâncias Inacessíveis. A Imagem 2 apresenta registros
desta etapa.
Na sequência, usamos os stands para novas exposições, feitas na Escola Bertoldo
Nunes (Novembro de 2014) e no campus da UEPA (Janeiro e Fevereiro de 2015). A cada
nova exposição, tentávamos melhorar alguma metodologia para ensino e/ou acrescentar
conteúdos matemáticos e materiais didáticos. O Quadro 1 apresenta um cronograma
resumido com datas e locais dos eventos realizados. A Imagem 3 apresenta registros
destas etapas.
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LOCAL DO EVENTO MÊS PÚBLICO ALVO
Escola Presidente Kennedy. Agosto/2014 Alunos do ensino fundamental e
médio.Escola Bertoldo Nunes. Novembro/2014 Alunos do ensino Médio.UEPA - Campus XVII Janeiro/2015 Plano Nacional de Formação de
Professores– PARFOR.UEPA - Campus XVII Fevereiro/2015 Calouros de Geografia e
Pedagogia.Escola Presidente Kennedy. Novembro/2015 Alunos do ensino fundamental e
médio.Escola Bertoldo Nunes. Novembro/2015 Alunos do ensino médio.Quadro 1: Cronograma dos eventos realizados ou incentivados pelo subprojeto PIBID-VIGIA.
Em setembro de 2015 o PIBID-UEPA promoveu o "I Encontro de Iniciação à Docência
PIBID-UEPA". Foram apresentados resultados de todos os subprojetos, incluindo o nosso
do PIBID-VIGIA. Tivemos a presença de todos os cursos participantes do PIBID-UEPA,
de todo o estado do Pará. A Imagem 4 apresentam registros desta etapa.
No mês de Novembro/2015, nos dedicamos a promover dois eventos nas escolas. Na
Escola Presidente Kennedy, ajudamos a promover a "1ª Feira de Ciências da Escola
Presidente Kennedy", onde a escola foi mobilizada para a apresentação de experimentos
científicos e aplicações matemáticas, com apresentações feitas pelos próprios alunos,
sob orientação dos professores das disciplinas, e dos acadêmicos do PIBID-VIGIA. Na
Escola Bertoldo Nunes, promovemos a "1ª Exposição de Matemática do PIBID", onde, de
modo semelhante ao ocorrido na escola anterior, os acadêmicos orientaram os alunos do
3º ano do ensino médio a prepararem experimentos e jogos, com aplicações do conteúdo
Análise Combinatória. Em ambos os casos, as exposições foram apresentadas para todo
o público escolar, nos turnos da manhã e tarde. A Imagem 5 apresenta registros desta
etapa.
Finalizamos a exposição de resultados abordando a atuação dos acadêmicos em sala de
aula. Com incentivo do subprojeto, os professores supervisores das escolas puderam
planejar aulas que fizessem uso do material didático construído, com abordagens feitas
dentro e fora de sala de aula. Dentre os principais conteúdos matemáticos estudados
citamos: Trigonometria, usando-se do Teodolito; e Geometria Espacial, com o uso de
sólidos construídos com papel cartão. A Imagem 6 apresenta registros destas etapas.
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6. Considerações Finais
A atuação do PIBID-UEPA tem grande relevância para os processos de ensino-
aprendizagem e formação do professor, além de aspectos particulares em relação ao
PIBID-VIGIA. São muitos os aspectos positivos a serem ressaltados, que vão desde a
formação do futuro professor até a aproximação entre universidade e escola. Dentre os
aspectos positivos, podemos destacar: o "I Encontro de Iniciação à Docência PIBID-
UEPA", o aspecto inovador das metodologias de ensino, as produções bibliográficas, e os
impactos na formação do professor.
Em relação ao PIBID-UEPA destaca-se o grande empenho por parte de todos os
participantes (coordenadores institucional e de gestão, coordenadores de subprojeto,
funcionários dos campus, professores supervisores, acadêmicos). Os resultados deste
empenho puderam ser verificados no I Encontro PIBID-UEPA, onde bolsistas de todo o
Estado do Pará apresentaram seus resultados através de mesas redondas,
comunicações orais e pôsteres.
Em relação ao PIBID-VIGIA, podemos destacar o grande empenho por parte dos
bolsistas e voluntários. A elaboração e produção de material didático, e também de
estratégias de ensino, tiveram resultados ótimos. Os mesmos puderam ser utilizados nas
escolas tanto em sala de aula, quanto em exposições apresentadas nas próprias escolas.
Dentre as produções acadêmicas e bibliográficas podemos destacar: produção de artigos
submetidos para eventos extensionistas, com apresentações em forma de comunicação
oral ou pôster; mini-cursos, oficinas e exposições apresentados nos campi da UEPA; e as
produções de TCC.
Nossas ações tiveram grandes impactos na formação de professores, tanto inicial quanto
continuada, e nas escolas participantes. Os acadêmicos puderam por em prática teorias
pedagógicas de incentivo ao uso de material didático e de metodologias de ensino
inovadores. Na educação básica, os professores supervisores tiveram oportunidade de
concretizar uma formação continuada, com a oportunidade de vivenciar aplicações de
metodologias educacionais ainda recentes ou pouco incentivadas, pelo fato de serem
apresentadas por futuros professores. Nas escolas, houveram grandes mobilizações
ocorridas em função das exposições, promovidas ou auxiliadas pelos bolsistas do PIBID.
Algumas das ações previstas no subprojeto infelizmente não foram concretizadas. Uma
delas foi a implementação/ampliação, nas escolas contempladas pelo subprojeto, de um
laboratório de matemática/multidisciplinar, pois o campus da UEPA-VIGIA não apresenta
espaço físico disponível. Os materiais didáticos produzidos pelos acadêmicos permitiam
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o equipamento de um espaço escolar voltado para a experimentação científica e o
aprendizado com materiais de ensino manipulável. Apesar do espaço físico existir, o
mesmo não pôde ser usado neste aspecto, pois estava sendo usado para
armazenamento de outros materiais.
De modo geral, nossas ações tiveram resultados excelentes, com impactos positivos para
e escola e a universidade, e para a formação de acadêmicos e professores envolvidos.
Vale ressaltar que a grande vontade dos bolsistas em agir para a execução de um projeto
que valoriza a ação do docente, ficou evidente em momentos em que a falta de verbas
para tornar real nossos objetivos não foi o suficiente para a interrupção de nossas
atividades. Mesmo contando com pouco mais do que nossas bolsas de estudos em
alguns momentos (por conta de cortes de verbas governamentais para a educação),
pudemos alcançar objetivos tão grandiosos quanto pudemos imaginar.
7. Referências
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional: Lei nº 9.394, de 20 dedezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. – 11.ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015. – (Série legislação; n.159). Acesso em 22/11/2015. Disponível em http://www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/publicacoes/edicoes/paginas-individuais-dos-livros/lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao-nacional
BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 2, DE 1º DE JULHO DE 2015. Diretrizes CurricularesNacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos deformação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para aformação continuada. – Brasília: MEC – Conselho Nacional de Educação. Acesso em18/11/2015. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17719-res-cne-cp-002-03072015&category_slug=julho-2015-pdf&Itemid=30192
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. 2. ed. São Paulo:Ática, 1991.
GATTI, Bernadete. Formação de Professores no Brasil: características e problemas.Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out.-dez. 2010 1377. Disponívelem < http://www.scielo.br/pdf/es/v31n113/16.pdf> pesquisado em 10 de janeiro de2016.
GATTI, Bernardete Angelina; BARRETO, Elba Siqueira de Sá; ANDRÉ, Marli ElizaDalmazo de Afonso. Políticas docentes no Brasil: um estado da arte. Brasília:UNESCO, 2011.
LORENZATO, Sérgio. Para aprender matemática. Campinas: Autores Associados.2006.
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NÓVOA. Antonio. Vida de Professores. 2ª Ed. Porto: Porto Editora, 2013.
STROGATZ, Steven H. A matemática do dia a dia: transforme o medo de númerosem ações eficazes para a sua vida. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoriada docência como profissão de interações humanas. 7ª ed. – Petrópolis, RJ: Vozes,2012.
8. Anexos
Imagem 1: Acadêmicos na fase inicial do subprojeto. Elaboração, confecção e utilizaçãode material didático para o ensino de matemática.
Imagem 2: Registros da "1ª Exposição de Matemática na escola Presidente Kennedy".Interação entre bolsistas e alunos durante a Exposição.
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Imagem 3: Registros das Exposições do PIBID na UEPA-VIGIA. Apresentação detrabalhos durante a Semana Acadêmica e PARFOR.
Imagem 4: Apresentação de trabalhos durante o "I Encontro de Iniciação à DocênciaPIBID-UEPA", realizado no campus da capital.
Imagem 5: Participação dos bolsistas em eventos nas escolas. "1ª Exposição deMatemática do PIBID" na Escola Bertoldo Nunes. "1ª Feira de Ciências da EscolaPresidente Kennedy".
Imagem 6: Atuação dos bolsistas durante as aulas de matemática nas escolas.