a formação de educadores do campo para uso das tecnologias digitais na educação

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Uso das tecnologias no ensino

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  • 1/4/2014 A FORMAO DE EDUCADORES DO CAMPO PARA USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAO

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    A FORMAO DE

    EDUCADORES DO CAMPO

    PARA USO DAS

    TECNOLOGIAS DIGITAIS

    NA EDUCAOPublicado em Educao por Pedagogia ao P da Letra no dia 23

    de abril de 2012

    Home Educao A FORMAO DE EDUCADORES DO

    CAMPO PARA USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAO

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    23 abr 2012

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    Resumo:

    A Licenciatura em

    Educao do Campo da UnB, LEdoC-UnB, busca construir um caminho

    que signifique uma nova perspectiva de formao de educadores

    vinculada s causas, desafios, cultura e histria de resistncia dos

    povos do campo. Esse artigo tem como objetivo apresentar os

    principais elementos desta formao, dando nfase s estratgias de

    produo de conhecimento ligadas aos processos de comunicao e

    s tecnologias da informao e da comunicao, utilizadas a partir da

    criao da rea de conhecimento denominada Comunicao e

    Tecnologias da Informao. Neste componente curricular os

    educandos constroem conhecimentos acerca da educao mediada

    por computador e a partir da produo de objetos de aprendizagem

    vinculados sua realidade no campo.

    Palavras-chave: Educao do Campo; Tecnologias de Informao e

    Comunicao; Formao de educadores.

    Introduo

    notvel a necessidade de se construir novos rumos para a educao

    do Sculo XXI. O modelo educacional utilizado, ainda hoje, em nosso

    pas remonta quele construdo para atender s necessidades de

    sculos passados. Muito se evoluiu de l para c em todas as reas

    do conhecimento e os meios de comunicao sofreram grandes

    transformaes influenciando, de maneira mais significativa, nas

    relaes sociais e comerciais. Enfim, podemos dizer que o mundo

    mudou rapidamente nos ltimos tempos e a educao tem se

    transformado a passos muito lentos.

    Por outro lado, apesar da importncia que o campo tem para a

    sobrevivncia de todas as pessoas, muito se tem feito para o bem-

    estar dos sujeitos que ali vivem, trabalham, estudam. A maior parte

    das polticas pblicas se tem estabelecido voltada para o meio

    urbano, bem como aquelas voltadas educao escolarizada. Assim,

    ano aps ano, as pessoas so obrigadas a sarem do campo, local

    onde construram suas razes, para estudar na cidade ou em outras

    comunidades distantes, por falta de opes em suas prprias

    comunidades.

    Apesar disso, temos presenciado uma quebra do silenciamento1 sobre

    o campo brasileiro nas pesquisas sociais e educacionais que acontece

    a partir da mobilizao de educadores do campo organizados,

    pesquisadores, universidades e educadores inseridos em movimentos

    sociais espalhados por todo o pas, sujeitos esses que se colocam a

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    servio da construo de uma verdadeira Educao do Campo, que

    esteja vinculada a um novo projeto de nao para o Brasil.

    Nesta perspectiva,

    Este movimento de Educao do Campo est ajudando a produzir um

    novo olhar para o campo. E faz isso em sintonia com toda uma nova

    dinmica social de valorizao deste territrio e de busca de

    alternativas para melhorar a situao de quem vive e trabalha nele.

    Uma dinmica que vem sendo construda por sujeitos que j no

    aceitam que o campo seja lugar de atraso e de discriminao, mas sim

    consideram e lutam pra fazer dele uma possibilidade de vida e de

    trabalho para muitas pessoas, assim como a cidade tambm deve s-

    lo; nem melhor nem pior, apenas diferente; uma escolha. (UnB-FUP,

    2009a, p. 5)

    Uma destas iniciativas em prol de uma educao do campo

    contextualizada, voltada para a construo e reconhecimento de

    saberes plurais, tambm denominados por Boaventura de Sousa

    Santos (MORAES, 2008, p. 20) como ecologia de saberes, a

    Licenciatura em Educao do Campo, que j acontece em algumas

    universidades pblicas brasileiras, dentre elas, a Universidade de

    Braslia.

    O texto que se segue o relato ainda preliminar do trabalho que

    fruto de um projeto de pesquisa de doutoramento na rea de

    Educao e Ecologia Humana da Universidade de Braslia. Como o

    projeto est em andamento, ainda no possvel apresentar

    resultados finais, porm vrios conhecimentos tm sido

    desencadeados a partir do processo j iniciado e tencionamos

    apresent-los neste paper. O artigo foi dividido em cinco partes em

    que trato, em primeiro lugar, de fazer uma apresentao da

    Licenciatura em Educao do Campo.

    1 Termo utilizado por Arroyo, Caldart e Molina na apresentao do

    livro Por uma educao bsica do campo, p.08, Petrpolis, RJ:

    Vozes, 2004.

    2-contextualizao.

    Logo em seguida, ainda dando continuidade contextualizao,

    trabalho o componente curricular denominado Comunicao e

    Tecnologias da Informao no contexto da educao do campo e

    justifico a necessidade da realizao da pesquisa ora apresentada.

    Dando sequncia, trago o tema Formao docente para atuar com

    educao mediada por computador, em que delimito a concepo de

    abril 13, 2013

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    abril 09, 2013

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    outubro 13, 2012

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    maio 03, 2013

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    educao e de uso das tecnologias com as quais trabalhamos.

    Mais frente, o leitor ter contato com uma explicao sucinta sobre

    os procedimentos metodolgicos que esto sendo adotados nesta

    investigao ainda em construo.

    Por fim, so delineados limites e perspectivas das novas estratgias

    formativas a partir do quadro retratado e das expectativas dos sujeitos

    envolvidos na pesquisa e na formao como um todo.

    A Licenciatura em Educao do Campo na UnB

    Esta Licenciatura em Educao do Campo da Universidade de Braslia

    LEdoC habilita educadores para atuarem nos anos finais do

    Ensino Fundamental e tambm no Ensino Mdio, atravs de nova

    estratgia de formao docente, cuja principal caracterstica

    formao multidisciplinar, capacitando estes futuros educadores para

    o desenvolvimento de prticas docentes em grandes reas de

    conhecimento. Estes cursos tm como perspectiva a preparao de

    educadores para uma atuao profissional que vai alm da docncia,

    incluindo tambm a formao para a gesto dos processos educativos

    que acontecem na escola e no seu entorno, bem como para produo

    de materiais especficos para o trabalho em escolas do campo (UnB-

    FUP, 2009a).

    Uma das principais caractersticas diferenciadoras em relao a outras

    licenciaturas que a metodologia, por ter como foco grupos sociais do

    campo, utiliza-se da Pedagogia da Alternncia2, tendo diferentes

    tempos e espaos formativos em sua execuo.

    2- A Pedagogia da Alternncia atribui grande importncia articulao

    entre momentos de atividade no meio socioprofissional do jovem e

    momentos de atividade escolar propriamente dita, nos quais se

    focaliza o conhecimento acumulado, considerando sempre as

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    experincias concretas dos educandos (TEIXEIRA, BERNARTT

    3-Existem os perodos de formao que acontecem na universidade

    proponente, denominados Tempo Escola, e existem os perodos de

    formao nas comunidades rurais das quais se originam estes

    sujeitos, chamados de Tempo Comunidade, nos quais so

    desenvolvidas prticas educativas em diferentes reas de

    conhecimento, com a presena e o acompanhamento dos docentes da

    universidade que responsvel por sua oferta. A intencionalidade

    pedaggica desta metodologia oportunizar, durante a prpria

    formao destes estudantes, a possibilidade de sua prtica como

    agente de desenvolvimento rural nas diferentes reas de atuao para

    as quais esto sendo preparados a atuar como futuros profissionais

    (UnB-FUP, 2009b).

    de suma importncia fazer esta contextualizao tendo em vista que

    a Licenciatura em Educao do Campo, pelas especificidades que a

    compem, carece de uma ateno especial s questes relativas aos

    recursos utilizados nos processos educativos, que quase sempre no

    so produzidos para e pelos sujeitos do campo e, normalmente, trazem

    subjacentes ideologias que no casam com a identidade cultural e

    social dos sujeitos envolvidos. Sobre este tema Arroyo traz uma

    reflexo bastante pertinente, quando diz que:

    urgente rever essa cultura e estrutura seletiva e perguntar: que

    estrutura de escola dar conta de um projeto de educao bsica do

    campo? A estrutura que tenha a mesma lgica do movimento social,

    que seja inclusiva, democrtica, igualitria, que trate com respeito e

    dignidade as crianas, jovens e adultos do campo, que no aumente a

    excluso dos que j so to excludos. Tarefa urgentssima para a

    construo da educao bsica do campo: criar estruturas escolares

    inclusivas3 (ARROYO, 2004, p.86).

    Enxergo, aqui, que quando Arroyo cita a necessidade de rever as

    estruturas, fala no somente dos prdios fsicos, mas tambm de tudo

    aquilo que circunda a escola do campo: prdio, distncia da escola em

    relao aos discentes, professores da comunidade atendida, materiais

    didtico-pedaggicos, enfim, tudo que inerente aos processos

    educativos vivenciados na instituio escolar. Ele deixa isto bem claro,

    quando diz que a questo que teremos de nos colocar : que escola,

    que concepo e prtica pedaggica dar conta do direito educao

    bsica (idem, p.73) desses sujeitos do & TRINDADE, 2008, p.229). 3

    Grifo do autor.

    4-campo? Tem havido, segundo o autor, um descompasso marcante

    entre o avano da conscincia dos direitos, promovido pela

    mobilizao dos movimentos sociais organizados, e a educao

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    escolar propriamente dita. Ou seja, os sujeitos do campo sabem de

    seus direitos, mas esses lhes so negados por uma srie de fatores,

    dentre eles, a falta de formao para atuao nestas escolas do

    campo.

    O currculo da escola do campo precisa privilegiar os saberes

    construdos por cada comunidade, mas precisa tambm ter como foco

    os saberes necessrios a uma cidadania planetria, os saberes que

    preparam para a produo e o trabalho, que preparam para a

    emancipao, para a justia, os saberes que preparam para a

    realizao plena do ser humano como humano (idem, p. 82-83 ) e que

    lhe d o direito de se constituir cidado que deseja continuar no

    campo e ter possibilidade de sobreviver e viver com dignidade a partir

    do seu prprio trabalho e da sua prpria produo. Tambm sobre a

    questo dos saberes nos falam Santos, Meneses & Nunes (2005)

    quando arrazoam que:

    Ao longo dos sculos, as constelaes de saberes foram

    desenvolvendo formas de articulao entre si e hoje, mais do que

    nunca, importa construir um modo verdadeiramente dialgico de

    engajamento permanente, articulando as estruturas do saber

    moderno/cientfico/ocidental s formaes nativas/locais/tradicionais

    de conhecimento. O desafio , pois, de luta contra uma monocultura

    do saber, no apenas na teoria, mas como uma prtica constante do

    processo de estudo, de pesquisa-ao. Como Nandy (1999) refere, o

    futuro no est no retorno a velhas tradies, pois nenhuma

    tecnologia a neutra: cada tecnologia carrega consigo o peso do

    modo de ver e estar com a natureza e com os outros. O futuro

    encontra-se, assim, na encruzilhada dos saberes e das tecnologias.

    (p. 54)

    A escola do campo, na maioria dos casos, ainda prescinde do uso do

    computador e da Internet por diversos fatores: falta de equipamentos e

    conectividade, ausncia de formao dos docentes para utilizao

    desta tecnologia, descaso dos governos em relao s escolas do

    campo por acharem que no campo no seja necessria a utilizao de

    redes digitais, caindo no debate simplista de que as escolinhas rurais

    no precisam disto, enfim, preciso fazer um casamento dos saberes

    locais com os saberes globais. preciso dotar de oportunidades de

    conhecimento de mundo e de desenvolvimento as comunidades

    campesinas, pois o ciberespao pode ser este interlocutor, trazendo

    aos sujeitos do campo informaes que auxiliem na melhoria da

    produo agrcola familiar.

    5-os sujeitos do campo tenham que abandonar seu lcus de vivncia,

    estudo e produo para ir em busca destes conhecimentos. O acesso

    s informaes pela Internet pode melhorar a vida no campo, seu

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    modo de trabalho, tcnicas de plantio e cultivo autossustentveis e

    ecologicamente corretas, alm de trazer s prticas pedaggicas

    inovaes que melhorem os processos educativos. Continuar a

    escola a negar esta realidade?

    Comunicao e Tecnologias da Informao no contexto da educao

    do campo

    Um grande passo para o avano das escolas do campo em direo ao

    atendimento destas necessidades foi dado a partir da instalao de

    Casas Digitais nas comunidades assentadas da reforma agrria, das

    quais fazem parte os educandos da LEdoC, turma 2. A Casa Digital4

    um telecentro equipado com dez computadores, mobilirio, impressora,

    webcam e servidor, alm de tecnologia de transmisso de voz pela

    Internet e o planejamento do Ministrio das Comunicaes que at o

    final de 2010, cada comunidade que tenha um educando da LEdoC

    Turma 2 receba uma Casa Digital.

    Diante deste contexto, surgiram indagaes que nos fizeram refletir

    sobre uma maneira de promover a incluso, na escola do campo, de

    materiais didtico-pedaggicos digitais, tambm denominados objetos

    de aprendizagem, que sejam voltados para a realidade citada e

    produzidos pelos sujeitos que constituem esta realidade. Ainda dentro

    desta perspectiva, inquieta-nos o fato de que escola do campo ainda

    negado o direito a fazer parte de uma cibercultura, utilizando as

    ferramentas computacionais para auxiliar na promoo da fixao dos

    sujeitos no campo pelo desenvolvimento rural de suas comunidades.

    Ao realizarmos uma aglutinao destes dois fatores cruciais, nos

    apareceram os seguintes questionamentos que ora denominamos

    questes de pesquisa: de que forma seria possvel a

    construo/elaborao de materiais didtico-pedaggicos digitais e

    objetos de aprendizagem pelos graduandos da educao do campo,

    como elementos de sua formao, mas tambm como forma de

    disseminao de informaes e

    4 O projeto Territrios Digitais faz parte do Programa Territrios da

    Cidadania. Os Territrios Digitais consiste na implantao de Casas

    Digitais espaos pblicos e gratuitos com acesso a computadores e

    Internet em assentamentos, escolas agrcolas, comunidades

    tradicionais, sindicatos e Casas Familiares Rurais. Em 2008, sero

    alcanados os primeiros Territrios da Cidadania. A partir de 2009 e

    at 2010, a meta do projeto ter Casas Digitais nos 120 territrios do

    Programa. Fonte: http://w.nead.org.br/index.php?

    acao=princ&id_prin=67

    6-conhecimentos s demais comunidades campesinas? Poderiam

    estes materiais serem produzidos nas Casas Digitais de suas prprias

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    comunidades, nos chamados Tempo Comunidade?

    Pensamos nesta construo baseada na concepo trazida por

    Santos, Meneses & Nunes (2005)

    O conceito de construo aqui um recurso central para a

    caracterizao do processo de produo tanto do conhecimento como

    dos objetos tecnolgicos. Construir, nessa perspectiva, significa pr

    em relao e em interao, no quadro das prticas socialmente

    organizadas, materiais, instrumentos, maneiras de fazer,

    competncias, de modo a criar algo que no existia antes, com

    propriedades novas e que no pode ser reduzido soma dos

    elementos heterogneos mobilizados para a sua criao. No faz

    sentido, assim, a oposio entre o real e o construdo, tantas vezes

    invocada para atacar os estudos sociais e culturais da cincia e da

    tecnologia. O que existe conhecimento, objetos tecnolgicos,

    edifcios, estradas, obras culturais existe porque construdo (2005,

    p.42).

    Desta forma, alm de dotarmos os sujeitos de informaes que

    subsidiariam suas prticas pedaggicas, traramos a possibilidade de

    atender a vrios desafios e propostas de ao elaborados a partir das

    Conferncias por uma Educao Bsica do Campo (ARROYO,

    CALDART & MOLINA, 2004, p. 165-174) . Quais sejam:

    Debater o papel da educao no processo de construo do novo

    projeto de desenvolvimento;

    Multiplicar este debate em todas as escolas do meio rural e urbano e

    nas demais instncia educativas;

    Compreender as razes dos povos do campo (valores, moral, tradio,

    etnias, festas, religiosidade popular, histrias da luta do povo,

    smbolos, gestos, mstica) e incentivar produes culturais prprias,

    sensibilizando a sociedade para valoriz-las;

    Construir trabalho pedaggico, especfico e articulado, com tcnicos,

    pesquisadores e educadores para que busquem conhecer e respeitar

    os valores culturais dos povos do campo, de acordo com as suas

    regies, tendo como eixo a Universidade Federal de Pernambuco

    Ncleo de Estudos de Hipertexto e Tecnologias na Educao-

    7-construo do conhecimento e o processo participativo; Garantir

    acesso cultura tecnolgica contempornea, desde que apropriada;

    Fazer uma conscientizao dos povos do campo sobre seu direito

    educao;

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    Buscar apoio produo e divulgao de materiais didticos e

    pedaggicos que tratem de questes de interesse direto das pessoas

    que vivem no campo;

    Propor aos pesquisadores que os resultados de seus trabalhos sobre

    o campo sejam entregues s comunidades pesquisadas;

    Constituir uma rede de educadores e educadoras do campo,

    organizando um banco de dados com registros de experincias,

    pesquisas, publicaes para facilitar o intercmbio das mesmas;

    Reorganizar as formas, os currculos e os mtodos dos cursos de

    formao de educadores/educadoras, para que atendam Educao

    Bsica e Educao Especial, tendo como referncia a realidade do

    campo;

    Criar centros de educao permanente para educadores/educadoras

    do campo;

    Produzir e publicar materiais de apoio pedaggico s escolas do

    campo;

    Utilizar os espaos da mdia para divulgar o Projeto Popular Nacional.

    Talvez, estes desafios sejam as melhores justificativas para se

    construir um projeto de pesquisa desta envergadura. Da surge o

    objetivo geral da investigao que : investigar de que forma seria

    possvel a construo/elaborao de materiais didtico-pedaggicos

    digitais e objetos de aprendizagem pelos graduandos da educao do

    campo, como elementos de sua formao, mas tambm como forma de

    disseminao de informaes e conhecimentos s demais

    comunidades campesinas.

    Para operacionalizar e tornar este objetivo geral factvel, traamos os

    seguintes objetivos especficos:

    Realizar levantamento de experincias, no Brasil e no exterior, de

    uso do computador na educao do campo;

    Construir uma proposta de estratgias e metodologias

    transdisciplinares de produo de material didtico-pedaggico digital

    baseado nos conhecimentos do campo e para os sujeitos do campo;

    Produzir, juntamente com os sujeitos do campo, materiais

    pedaggicos digitais nos Tempos Comunidade;

    Promover a catalogao e divulgao destes materiais na Rede

    Mundial de

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    Computadores com a finalidade de subsidiar o trabalho pedaggico de

    outras comunidades campesinas gerando, assim, a multiplicao de

    experincias bem sucedidas e como forma de fortalecer a Educao

    do Campo.

    Pesquisar a atuao dos sujeitos em formao a partir da produo

    e utilizao dos materiais produzidos.

    Discutir todas estas questes e construir bases tericas que

    respondam e subsidiem esta proposta de pesquisa requer trazer

    estudiosos que tm escrito sobre temas de extrema relevncia para a

    investigao que se intenta realizar. Deste modo, tentamos promover

    dilogos entre os autores que mostram a importncia de se construir

    alternativas de formao de educadores do campo subsidiadas por

    prticas pedaggicas inovadoras, que tm como base uma educao

    emancipadora, voltada para a realidade do campo e que seja pautada

    nos paradigmas da complexidade e da transdisciplinaridade, visando a

    formao integral dos sujeitos. Sobre esta formao, em sua proposta

    de formao integral, Saturnino de la Torre e O. Barrios (2002)

    concebem a formao como mudana e tm como referentes ou

    pressupostos tericos da mudana como organizadora conceitual da

    realidade e princpio de construo do conhecimento; a conscincia

    como construto que faz presente o que estava ausente, visvel o

    invisvel, possvel o imaginrio, a conformao ou tenso inferencial

    que est na origem de toda mudana; a complexidade como qualidade

    inerente ao, ao pensamento e sentimento humanos; a

    comunicao como veculo de expresso e realizao. () a

    comunicao, em seu sentido mais amplo, que nos humaniza (2002, p.

    78 apud MORAES, 2008, p.215).

    Formao docente para atuar com educao mediada por computador

    preciso que os docentes se mostrem sensveis e atentos s

    mudanas da sociedade, com uma viso transdisciplinar e com

    capacidade de constante aprimoramento e depurao de ideias e

    aes, isto , ao contrrio do que realiza a formao tradicional

    (CASTRO, 2008, p. 59).

    Oliveira (2006) tambm afirma posicionamento semelhante quando diz

    que a compreenso das mltiplas relaes em que o indivduo est

    inserido dever ter como proposta de educao um modelo

    completamente diferente daquele que se tem caracterizado em nossa

    sociedade, em que se compreende o fenmeno educativo como pura

    transmisso do saber, colocando o aprendiz como mero receptor de

    informaes, incapaz de desenvolver a criticidade sobre informaes e

    saberes trabalhados, por isso mesmo, alheio necessidade de

    transformao da realidade social vigente. Tambm Freire (1996)

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    afirma que:

    A Educao que se impe aos que verdadeiramente se comprometem

    com a libertao no pode fundar-se numa compreenso dos homens

    como seres vazios a quem o mundo encha de contedos; no pode

    basear-se numa conscincia espacializada, mecanicistamente

    compartimentada, mas nos homens como corpos conscientes e na

    conscincia como conscincia intencionada ao mundo. No pode ser a

    do depsito de contedos, mas a da problematizao dos homens em

    suas relaes com o mundo (p.67).

    No meu ponto de vista, a formao docente precisa restituir ao

    educador a possibilidade de controlar seu trabalho, de construir seu

    saber, de buscar a funo social da escola onde ele atua, de definir

    com que concepo de educao ele trabalha, o que exige, segundo

    Arroyo (2000), a redefinio da funo do especialista (docente),

    supostamente responsvel pelo controle do produto e da funo social

    da escola e que na sociedade atual necessita se situar em um novo

    paradigma, com novos sujeitos envolvidos, que pensam diferente, se

    relacionam diferente e aprendem diferente daqueles aprendidos na

    maior parte dos cursos de formao docente.

    As tecnologias de informao e comunicao, e em especial o

    computador e o acesso Internet, tm proporcionado aos

    indivduos novas formas de aprender e de pensar. A expanso de

    possibilidades nessas formas de aprendizagem no prescinde da

    relao educativa e do importante papel do mediador/facilitador como

    articulador dos saberes a serem construdos pelos sujeitos (CASTRO,

    2007, p. 92). O papel do educador precisa se transformar assim como

    e com tanta velocidade quanto se transformam as formas de

    aprendizagem.

    O professor , em sua essncia, um pesquisador e deve ser um

    constante aprendiz, deve ser um formulador de problemas e dvidas

    que incitem os educandos, deve ser um parceiro. Segundo Fagundes

    (2006), as novas funes do educador so exigentes: ele precisa

    tornar-se um orientador confivel, um negociador nas buscas de

    problematizao e testagens das informaes disponveis nas fontes

    da rede mundial e, sobretudo, nas buscas de novas respostas. Para

    Moraes (1997) a qualidade educativa possvel, pois, as

    instrumentaes eletrnicas, se adequadamente utilizadas em

    educao, podero se constituir em ferramentas importantes capazes

    de colaborar para a melhoria da qualidade do processo de

    aprendizagem, estimulando a criao de novos ambientes

    educacionais e de novas dinmicas sociais de aprendizagem,

    colaborando, assim, para o surgimento de certos tipos de reflexes

    mentais que favorecem a imaginao, a intuio, a capacidade

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    decisria, a criatividade, aspectos estes fundamentais para a

    sobrevivncia individual e coletiva (MORAES, 1997, p. 09).

    Moran (2004) traz o relato de que durante muito tempo o computador

    foi utilizado apenas como ferramenta de apoio ao professor e ao

    aluno. As atividades principais continuavam tendo como centro a fala

    do professor e a relao com os textos escritos. Era como se a

    situao tradicional, conservadora e conteudista fosse transportada

    para o computador. Os casos em que professores continuam usando o

    computador nesta perspectiva ainda so muitos, e diversos tambm

    so os que ainda resistem entrada do computador, da Internet e de

    diversas mdias digitais nos processos educativos. O trabalho com

    tecnologias digitais de comunicao e expresso implica mudanas

    que no passam apenas pelo querer dos docentes, passam por todo o

    sistema e dependem, para terem sucesso, de transformao na

    organizao da escola e dos espaos educativos, na dinmica de sala

    de aula (o que tambm tem a ver com o nmero de alunos por turma),

    no papel do educador e dos educandos e na relao de todos eles

    com o conhecimento.

    Um ponto crucial que Valente questiona sobre a formao dos

    professores nesta rea, ele lana a pergunta:

    Sem o conhecimento tcnico ser possvel implantar solues

    pedaggicas inovadoras e vice-versa; sem o conhecimento

    pedaggico os recursos tcnicos disponveis sero adequadamente

    usados? (2005, p.23)

    A estes questionamentos ele mesmo responde que necessrio se

    observar dois aspectos importantes na implantao dessas

    tecnologias na educao:

    Em primeiro lugar, o domnio do tcnico e/ou do pedaggico no deve

    acontecer de modo estanque, um separado do outro. O melhor, de

    acordo com Valente (op. cit.), quando os conhecimentos tcnicos e

    pedaggicos crescem juntos, simultaneamente, um demandando

    novas ideias do outro.

    O segundo aspecto diz respeito especificidade da cada tecnologia

    com relao s aplicaes pedaggicas. O educador deve conhecer o

    potencial que as tecnologias e mdias tm a oferecer e como pode ser

    explorado nas situaes educativas.

    Ainda para Valente (2005), a experincia pedaggica do educador

    que vai fazer com que ele indague se o uso do computador est ou

    no contribuindo para a construo de novos conhecimentos. o

    docente que vai compatibilizar as necessidades dos educandos e os

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    objetivos pedaggicos traados pelo coletivo envolvido.

    Procedimentos metodolgicos

    A compreenso da cincia como uma atividade que parte da cultura

    e que tem uma histria central para dar sentido s aes

    desenvolvidas pelos investigadores. De fato, por muito objetiva que

    se pretenda que seja qualquer investigao, esta nunca neutra, pois

    a formulao das hipteses, a seleo das abordagens, as linguagens

    e imagens utilizadas para a realizao e interpretao dos resultados

    da investigao so inseparveis das influncias culturais que os

    cientistas incorporam e que as instituies e polticas cientficas

    contribuem para reproduzir ou transformar. (SANTOS, MENESES, &

    NUNES, 2005, p. 57)

    Por acreditar que em uma pesquisa no h neutralidade, como bem

    arrazoam Santos, Meneses & Nunes (idem), esta pesquisa se pretende

    transdisciplinar e participante, com envolvimento direto dos sujeitos

    pesquisados e pesquisadores. Transformando o movimento de ao-

    reflexo-ao um constante ciclo de mudana e desenvolvimento do

    sujeito coletivo envolvido.

    O prprio ato de conhecer, como no se cansaram de nos lembrar os

    filsofos ligados ao pragmatismo, uma interveno sobre o mundo,

    que nos coloca neste e aumenta a sua heterogeneidade. Diferentes

    modos de conhecer, sendo necessariamente parciais e situados, tero

    conseqncias diferentes e efeitos distintos sobre o mundo. (SANTOS,

    MENESES, & NUNES, 2005, p.42)

    A inteno primeira nesta investigao a de desenvolver uma

    pesquisa de base terico-epistemolgico-metodolgica transdisciplinar

    (MORAES & VALENTE, 2008). Assim sendo, convm explicitar que a

    presente pesquisa se prope: construtivista, interacionista fundada na

    intersubjetividade dialgica, dinmica, no-linear, interativa,

    sociocultural, afetiva, transdisciplinar e aberta.

    Desse modo e para trazer a discusso ao campo da prxis, estamos

    realizando, inicialmente, uma pesquisa bibliogrfica que servir de

    base para a construo da prtica pedaggica e auxiliar no

    levantamento de estratgias que possam auxiliar na produo dos

    materiais digitais.

    Tambm est sendo realizado um levantamento de experincias, no

    Brasil e no exterior, de uso do computador na educao do campo que

    nos auxilie na construo das estratgias metodolgicas que

    permearo esta investigao.

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    Neste mesmo perodo, concomitante pesquisa bibliogrfica e

    pesquisa por experincias nesta rea, est sendo realizada uma

    investigao acerca das comunidades e educandos que fazem parte

    da pesquisa, de modo a realizar um levantamento das especificidades

    destes para que o trabalho seja contextualizado.

    Em concomitncia a estes levantamentos, vem se constituindo o

    sujeito/pesquisador coletivo junto s comunidades em que se

    concretizar a pesquisa propriamente dita. A partir dessa constituio

    a pesquisa passar a ser do pesquisador coletivo, inserido em uma

    investigao-ao em que pesquisador e sujeitos se entrecruzem

    numa relao dialgica de investigao e produo de conhecimento.

    E onde o objetivo maior passa pela mudana da situao atual, a

    transformao de forma libertadora e crtica (BARBIER, 2004).

    Limites e perspectivas das novas estratgias formativas

    At o presente momento, a pesquisa tem se desenvolvido nos

    chamados Tempo Escola, em que os estudantes esto presentes

    fisicamente na Universidade, e que os componentes curriculares so

    trabalhados a partir da matriz curricular delineada. A turma escolhida

    em que est acontecendo a pesquisa a denominada Turma 2 e que

    encontra-se neste momento, em seu quinto Tempo Comunidade. Esta

    ocorrncia se deve ao fato de que as Casas Digitais das comunidades

    envolvidas esto em fase de implantao e implementao, o que

    ainda dificulta a pesquisa in locu.

    A perspectiva que at o prximo Tempo Escola da turma investigada

    as Casas Digitais tenham sido completamente implementadas, quando

    passaremos prxima etapa da pesquisa. Alm disso, com a

    implementao das Casa Digitais um novo espao de interao e

    construo de conhecimentos poder concretizar, ou seja, o

    ciberespao e a utilizao das redes sociais e dos ambientes virtuais

    de aprendizagem podero se tornar: novos espaos de interao,

    espaos de autoria, de divulgao de suas produes, de pesquisas,

    enfim, os educadores em formao podero usufruir da Internet e seus

    recursos tambm como espaos de formao. J est instalado e

    sendo preparado para uso do ciberespao como mais um espao

    formativo o Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle, que servir de

    aporte para os dilogos diversos necessrios ao trabalho no Tempo

    Comunidade, seja espao para relaes internas da Licenciatura ou

    mesmo para divulgao de suas aes na rede Web, o que

    possibilitar contatos com pares em localidades as mais diversas.

    Torna-se necessrio destacar, ao pensarmos em trazer os resultados

    obtidos at o momento, que os sujeitos envolvidos na pesquisa, em

    sua quase totalidade, nunca haviam utilizado um computador antes

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    das experincias desta formao. Os processos desencadeados at o

    momento e a partir do componente curricular Comunicao e

    Tecnologias da Informao so: aulas nos quatro semestres letivos

    que desencadearam a capacidade de: criao de apresentaes em

    editores para este fim; produo de vdeos a partir de filmagens

    amadoras ou de programas com utilizao de imagens; utilizao das

    novas tecnologias de informao e expresso nas aulas e

    apresentaes de seminrios; registro das realidades vivenciadas no

    campo e a partir de sua cultura com apoio do computador;

    armazenamento de arquivos diversos na Web. Vale lembrar ao leitor

    que antes das referidas aulas a capacidade de expresso relacionada

    a elementos de sua cultura como dana, msticas, msica era apenas

    fsica e agora, com apenas quatro semestres de trabalho em uma rea

    que traz uma carga horria nfima, em comparao aos demais

    componentes curriculares, os educandos desenvolveram a capacidade

    de expresso pelos meios digitais, o que potencializa e promove a

    divulgao s expresses de sua cultura.

    O caminho at a concluso desta pesquisa ainda longo e tortuoso

    devido a inmeros fatores que esto bem mais relacionados

    excluso histrica pela qual passam os sujeitos envolvidos do que pela

    resistncia ou pela falta de habilidade inicialmente apresentada.

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    Comunicao; Formao de educadores

    Universidade de Braslia. Faculdade UnB Planaltina. Licenciatura em

    Educao do Campo Projeto Poltico Pedaggico. Braslia, Mimeo,

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    Braslia: Ministrio da Educao, Seed, 2005.

    Autor: Wanessa de CASTRO

    A FAMLIA NA

    ATUALIDADE

    FICHA DE

    ANAMNESE

    HENRI WALLON:

    UMA CONCEPO

    DIALTICA DO

    DESENVOLVIMENTO

    INFANTIL

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