a filosofia do direito na idade antiga

176

Upload: ademario-ashanti

Post on 02-Jan-2016

123 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • E\'craldo Tadeu Quilici GOll'l.alcz

    AFILOSOFIADO DIREITO NAIDADE ANTIGA

  • QlllIlcIIIlIlll~1c/. heraldo Talle..Duulr.- tm ll1olofia eTeoIia GeraI do DircilO (USP)., ...r_... de hllMOfia e ~liSlria do DirClilO do CW'SO~Mtolllldo cm l)lrCl'lO da Unimep_

    Al ,k..oliltlo l)lrCl'lOna IdadeAntiga. 1'~1Io- RioOaro:ObraPrima1.11101'111 kb. 200S.

    '''UN BS-99826-01-8

    II)mlO Filoloru. 2.DirciIOSHumanDLJ.FlolorUl~Bmi'I.Tilulo.

    e,v.., Tol J......., .....O'.I.l'I '''CRI:S(...., "11 Ph. IJi'.

    _M,I\!

    Ohm Prima Editora Ltda.Avenida 03 n' 1053 - RioClaro- SP

    CEP 13S00-392 - Tel., (19) 3523-4192www.editoraobnsprima.eom.br

  • AGRADECIMENTOS

    o presente tnlblllho fMo de peSQuisas e estudos desel1\lolvidos1IO longo dos ttlmos lIs anos e contou eom a eoI8bora(;1o e o apolode multos. Em primeiro luglll", deYo agradecef a Oeus, rlll:lo de ser deoossa exlst'ncla. Nossos agr8deeimentos ao Instituto EducacionalPiraclcabano (IEP) 1\8 pessoa de seu Diretor Geflll, Pro,. Dr. "'mir deSousa Mala e (1 Un1YerS1d1lde Metodista de Plfaclcaba (Unimep) napeS$08 de seu Reitor Prof. Dr. Gusta-o Jacques Dias AMm. N30 losseo IlinctAo e a oportunidade pmpiacta por essa lnstltulclo de EnsinoSuperior, o presente \labaIho n30 tea se re8111ado. Ao Coordenadordo Curso de~ em Direito da Unimep, ProI. Dr. VIctor HugoTeteriN Vel6zquez. pelo incentivo, companhelrlsmo e arnuade sincera.A Obra PrIma Editora ltda., pelo apoo de toda, e

  • urea, Glorlnha e Laura, coro carlJ'lho.

  • suMRloPrelklo 7

    Int'od~io 11

    CAPiTULO IDireito el justiea M tragdia grega 17

    C.PiTUlO 11A foonaclo da filosotl. vega e o surgimento dasretlex6es jurldic:.S ........................................................... 27

    CAPiTULO fllDireilo e justll;a no pensamento filosfico pr-SOCt&tk:o 33

    CAPTULO IVDireito e jus(k;. no pensamento filosfico sonstlco 49

    CAPitULO VA F.losolla

  • ........ FInal, 159

    .............................................................................. 163

    ............ Blbllorliflcas 171

  • PREFCIOA obra que o Ietor tem em mios . na verdade. PBlte de um

    estudo mals amplo acerca da Filosol'la 60 Direlto. A RlosorY dO Dlretona ldJe MIJla seguir.w-lo as obfas 11 Rlosofia dO o,re,ro na ldJeMedfevaJ. 11 R/osofia dO Direlto na Jdade Moderna. 11 RIosofi8 dO Oueho...... kJ8de COllremporlnea e 11 R/osofia do Direifo fIO BflJsil.

    A questAo da justica e do Direito fecebeu consIde!tYel~por PllfIe dos filsofos da Antiguidade. senda eetto que o mesmo sedeu tamWm por parte 60s filsofos do peOOo Medieval. Nesses sculasda histOria cIa humanldlllle. o Oireito apafeCla qase sempre vinculadoti questilo do justo e a ldia de que o Oireito pudesse estar desvinculadoda tica 00 da Justll;a, seJa em relill;oo a seus fundamentos. seJa emrelill;ilo tIs suas finalidades, era algo if'\COflCeblvel. Asslm, por exemplo.para Platilo a finalldade do Oireito era a jusllea e sua obra plncipal. ARepblica (00 Oa Jusliea) buscava urna compreensAo &Cerca da Juslicee do justo. Por sua vez. Aristleles emendia que a finalidad. do Olleltodeverla sempre objetivar o bem comum da POlls e e feliclae daeomunjd8e POllrlea, falo que somente poderle ser elcencado pelacompreensio e prAtlca ditlna (hAbito) das virtooes. S8flCIo a Justll;a amals ImPOr'UWlte delas. De forma geral a ldla do OIrelto vlneullldo AjuSli(;' nieve presente no pensamento dos prlnclpals lrl6sofos daAnuguldade. com raras e~s.

    Na Idada Mdia, oom o preomlnio do etlstlanlsmo na ClVlliUlI;ioOcidentill. 11 compAleflsio do Direito por parte dos prinClpals fiIsotos

    A F' .. DwMo,. _ ....... ,

  • nfto se desvlnculou dos Iddrios da Just'ca. at porque pensamentomedievo. de forma geral, nfto abandonoo os enslnamentos 005 prlncipalsfllOsofos gregos: antes buscou adequlos aos fundamentos docristianismo, como verltlCIllTlOS nas obras de Santo Agosllnho, Bocio.AbelartlO 00 SAo Toms de Aquino.

    A presente obra, poftanto, o inicio de umlI refle~Ao que analisae discute a Filosotla Jurklica nurna oompreensio 00 Ouello Yinculallo titpica 00 Jousto e as razoos que levar." discurso iurfdico, Seulosmais larde, a abandonar essa t6p;ca a paror de 10m delermlflado mome, ,toda klalle Modema, OS lll:Nentos do 0'l0IlWllIIIsm0, da rflOllTlll proteslante,00 liberalismo. e ootros aconteoihelOtos. ,_marcos que contrl:lulramde fom\a signi1leat/Ya para o SlJI'&IlTle!IIO de novos PM'Ametros de loma16pIca jurkllca~ e que !I.n:latnInloo. Teora do I)rello molIemo,centrando esta n60 malS na idlll de JUStlCll. mas Ofll na liben:lade dossOll'tos. Ofll na~ das rel8Q!ln ju!'kllCaS, OI'a na proteeaa dosd.re;tos llldivldUals ou arnda na idIa de pac,flCal;lo dos connrtos sociais.Desse moo,. partir da Idae Moderna o dlseurso Jourfdlco Pledominantena Filosofla do DI/ello passou a acIOtar aulros partlmetros filosfiCO'polticos e abandonou a ld,a de ql,lll os lunllllml!f1tos 00 OIrelto deveriameSlar vlnctlllJdOS ~a da Just!Ca au do Justo.

    Renet,r sobre os fUn!l!lfTl(lntoS e SObre 8 IInalldade do OIrello nao queslfto de pouca ImporlAncla. Minal. uma queSIllo que lem sidoposla por Inmeros Jurlslas durante sculos, (l~elamente saber quala linalldade do OIrello. Ern aulras pallWras. o que e para que serve oOlrelto? Para a malorla dos flI0sofos clbslcos. o Oireito semprerepresentou um avan~o positivo para 8 humanldooo e possula urnafinaUdade nobre: a jUstlt;a para PlatA

  • .,..1mO Marx. para os quals o O"e.!o era Ofll 11 VOIltlldo do milIs lorte.0'1 o Instrumento de dominio de uma determlnllda tlasse aol:lel sobl'eoutla. TOdavla. e partl, de um determinado momento da Idlldo Modemll Ilnalldllde do Olrelto pa5SOU iI se, vista nAo mals como a just~a.mn de fOflTla dM,sa, seJa como Instrumento de conlfole do podel1(lbe,1ll'lO. seja como garantia dos direitos Indlvkluals. como "",st,tutode paclflc8t;io social. DU ainda como apareIho do Estado cuja m.nlocleYeria ser a~ das relllQ5es sclO~OIlOmlcllS.~e pollticas '
  • Introdu/i3o

    o sutlmento do pensamento filosfico 101 um 8COf!teclmento_,"""",..dente da IlIstll da hlmanIdade. Alnda hojeo tal8COllteeimerltO de &rande importincia 1*3 a COITIP"eensio da soc\edade Ocidental edo prtIC:MSO elvllb:atrlo humano. Muito ernbora o pensamento filos6fiooleMa $l!U$ anleeedent6 em eMIilaCes que datam de cinco mil iIf10Santes de Cristo, fol eom a c:Mlizacao grega Antiga. por voIta do Se\IIoVI a. C. que o pensamento filosOfico eonsol~se eutturalmente eadqulrlu a dlmensl'lo e os fundamentos ontologleos. lulolog1cos egr'lOslol6gk:os que do coohecidos at os dias atual,. E o pensamentofiloSfICO desenvolv\o na Grkla Antiga iflfluenelou tarribm o mundoromano. a socledade OCldental medieval e o renastlmento. A partir do,enasclmento 11' Idlas e valores da civilizacAo grega forllf11 relomadosnas artes. nas elnelas, no pensamento filosfico e no Dlrello. Alls, otermo renasclmento. como se sabe. decorre ex ata mente doenlendlmento de que a socledade europla renasela e fa~la 'enastercom ela multas dos valores da cultura helnlclI. ln!luenelandosignificativamente o processo de formac30 das Inst'tul

  • mosaico compasto tambm pela cultura egipcia. hebraica. asslrla.baollOl1lca. entre outras e Que. ap6s sua Innuncla soore o mundoromano. seria fundamental para a formac;Ao da clvilizac;Ao OCldental,como a conheeemos hofe

    Desse modo. se verdadeiro o falo de que a ftlosofla como aconcebemos Iloje . surglu com os vegos anligos. tambm veltladelroo a

  • 6t1cos, polltlcos e cultufals {dlmendo uloIOglca}, os Quals seest1loelecem em pfocedlmentos costumelfOs e de eQuldade e emOfdenamento Jufidlco (dlmendo gnosiolOglca). gefando llSslm 11lormacio de Im.tltulcOes socials e pol1tlcas (tribunal. templos,assemblia 1lC8demlasl Que passam a regef a vida socllll da poMoPortanto, o Olrelto Oddental e a idia de justil;. form~se a pertlfdos fundamentos ont~axiol6gicos e gnoslolOgk:os cunl'ltKlos pelacMlillll;lIo Mtlga, aconteelmento que innueociou (le forma determinanteo mundo Romano e que se proIongou poi' \Oda 11 Idade Mdla. A pertlfdos pensadores da Anll;giJidade greg
  • e Justo esla~am de tal forma Interllgados no pensamenlo r,losOficoAntigo que se tomaram parAmetros para a formacoo de Ir6s grandessistemas Jurldlcos que a l'Iumanldade conhe
  • toel&l. o status qlJO das rel~~s SO(lals eslabelecldas. reduzlndo-se ol~r.o Jurtdico II dimensllo meramente positlvlsla da lel.

    Ofa. esse equivoco ontolgico. a:JCloI6gco e gnoslolglco. retlete& fealldade jurldica predominante na form~llo de boa pafte dos juristas1 operar:loo'es do Direito na sociedade Contemporllnea. "'se 10tlTlll decompreender. ensmar e aplicar o Direlto. conlribuiu para a construo;io(le l,HTIlI dtnda jurldie8 fimitada. repleta de COfltlBdlc6es e que f: em1*11 responsllYel pela reprodll~ de proIund8s desl(uaklBdes sodais

  • CAPTULO 1Dirciro c: justia na tragdia grcga

    Pode parecer estrarll'lo a -. estudioso do Oirel\o que a tl'll(dia&reta tema intIuenciado diretamente na formacAo do pensamento jurfdieoOcldental. Poucos acreditariam que os fundamentos do OireitollI)fesentllOO po! Ulplano e consagrado pelo Oirelto Romano como, po!uemplo, a mbima: "OS prmefpios do DirelfO sIo os segulnres: moer1lO

  • AnillO. A lragdla grega. como se sabe. ctesempenhllva vtlfl.lls lu~lles.--.00 Que as duas mals Importantes eram a artlsUca e a educativa.PIola Il'lmelra. o dramaturgo ilPfesentava so pblico sua obra de arte.1....'10 sob o aspecto estlico quanto lingulstlco e propiellJ,la a ef1Cenat;Ao'loo ,spet&culo Que Il'essupunha a partlcipalFAo de InClmeros artistas.1"" como atores. muslcos, artistas plsticos. entre outros. Pela~....ocatJv8, a tretdia encenava urna determinada s1tual;Ao de conn'toQ\IlI: pteSSUpuMa lA'll posiconameflto por pal'te
  • cometido um homicIdio no selo de sua prOprla famma? Respondem asErlnias: ela nAo eslava unida por vlnculo de sangue ao homem Queassasslnou. A mlsslio das Erlnlas era punir o homicidio entreconsangrneos, considerado o milis Impeldo6ve1 dos crimes. E para oOireito mlllemo o matricidio era o mais temvel dos crlmes. Na declsaodo Tribunal oc:orre o empale entre os cldadAos COflvoclldos para julgar.Entao, Athena, valendo-se do Voto de Minerva, decide favoravelmenleao ru. t uma de
  • ... CGIII eu, em m910 9 tan/as adversidades, a mona pretmJWf8 6 um"._ prfmlo. Morrar mBis cedo nao 6 uma amargura, Bm"'ll'ura seria... /fb8rIdonsdo o carpo da um rmao". (OS)

    Anta. tal ato de desobedl~ia. Creonte puM Antlgona. com o",",*edamenlo. dando eumprimenlo ao seu Decreto. Observe-se quena IUIC&

  • 1M; ,~ (.28l. AS lWp/icanf6$ (415) Elec/ra (408 a. C.), Ores/es... c.c.llet (representada ap6s a sua rnorte), entre outtM. Em

    .....,.. encontr&-M igualmente. temMJca do justo. principalmente

    .... [1118 e em MedlilJ. Nesta CIfIlma obra. Medtla degol8I os PlOpliosIllhot PlW& punir Ja58o. Plli dll$ ~s. Q\JII deseja despos,arse deCMUu. filh. do Re! de Corinto. suicidiJndo.se no final. Mtes de tals_Ie

  • OI.Itro ponto curioso da trlll!
  • como for, com os sofistas, oasda a idia do defeosor que esttl pronloa defender qualQuer tese, qualquel ru, JtI que a \lerdade sempre algorelativo e o julgamento que se estabelece oecessita dar VOl: ao acusado.

    Em As \leSpas. Mst6f_s cl1ti

  • CAPTULO 11A form:u::o da filosofia grcga c o surgimcllto

    das rcflcxcs jurdicas

    POf que vincular o tema ligado (Il'~envolvlmento da cultura e da I110solla grega 8 nilo rallam os Que1M rfldltam Que a forrnacilo educacional do homem Antlgo terla sido a1"

  • filosfico Antlgo advlrla do modo de produ~llo especlfico vivenciadopelas poI/s naquele momento hlsl6!1co da humanidade.(l1)

    Em lodas essas leses h um pouco de verdade. O certo Que acomplexidade dO penSllrTlef1IO Antlgo nllo deriva de um ou outlo molivosolado, mas de um conJunlo de falores, como todos esles ja(lp(esentad05 e oollOS. Todavla, parece-oos que um falo< decisivo parao surgimento 00 pen,amento tilOSt\co AnUgo. constltu~se na marteiracomo se desenvolveu a relac;lIo homem-dlYlndade-mitologla naqueleproces!lO cMlilalrICI. Por ootras pal8Vf8S, na formac;~ da civililac;lIogrega Antlga, a leoIog!a 11 a teogonla se paSSilm de forma radicalmentedistintas dO que oc:orreu com as demals elYlllzac;lles. Portanto, fatOfdecisivo pala a compreensio da clYlIllac;io &,ea Antlga esta naorganizac;io lI$peclhca da leoIogla 11 da teogonia naquela formac;oosocial. Qb\I,amente ena e$peclt\cid8de da teologla raga decorre delMT\il formac;io $OC18l e

  • II leffiOf pare Cl)(11 as sues dMndades ere. por vezes. Inexistente. OsRUleS. em mul!IlS caSllS, etam vencldllS ou derrotados em seustonflllos com 05 homens. comll Indica a mllologll de Prometeu1COR'erl18dll, poi' exempll). Para os gregllS, seus
  • lvlenlemente, essa especial organlzaclio dos pa,1'!melros~ da CMlizac;llo grega Antiga ~, poi' lu&ir 80S ob;elivo$ propostos na presente obnI.Ceno que nlio se pode priorizar un> falOf espeellk:o - eoonOmico,

    ldeolotlCo ou pollllco - como respons6vel pelo lanl6sllco ava.....o1II0sfico da ctvillzal;30 vega Antiga. De cerla lorma, asses lalores

    encon~ Inlerllgados, como Inlerlt&adOS sempre estiveram emlodos 0$ pr0C8S_ civilizat6f\os de que a ho.Imanldade tem noticia.Ora, para a CQlllPleellsio do 1t'll6mel1O juf1dieo a cMlilac;:iio grega AntigaIetoo talllb.Tl grandeoon~, POis a Idla de un> DIfl!'lto Natural eas rellex6es sobre Direito e juslica loram lemas recOtrenles nopensamenlo filos6flC0. No caso do Direito Natllr8l, o pensamentofilos6fico An\.l&O enslnou que M urna otdem c6smlca regida por lima Ieielema e que essa Of(lem csmica lIntwrsal rese lambm a vida doshometIs, Nesse senlido, a jus~ e o Dlfeno podem ser extraldos daprpr\a natureza. A nalureza, por suas Iels const8f11eS, propicia 80Shornens lIm espel/lculo diuturno. A observac;lio reltefllida dos fen6menosnaturais, biolgicos e soclals demonslfa 1IO hOmem qlle tlldo leL Ame.ma lel natllral qlle faz pulsar uma estrela, faz pulsar lambm ocorac;50 dos seres humanos; a mesma lel que mo'Ilmema as {guas deum oo. movimenta tambm o sanglle das velas dos hornens. E ludo nouniverso POSsul lima conscincia: o girassol movlmcnla-se cm direcooA luz do sol asslm como as aguas dos rios seguem naturalmente seuClIrso; os p&naros e lodos os animais orienlam-se por essa lel, que tambm Instintiva. Ponanlo. uma lel csmica que l\ldo rege e ludodelermina 6, na verdade, lima lel natllral. que propicia lambmparAmelro. para o Sllrf,imento de uma lel social, que estabelecer6COf"I'o'eOl;8S lObte o que 6 celto e o que errado, o qlJ8 bom e o queniio 6. Como na n.....reza ludo esl em conslante evol.....iio e mudan

  • OO. pensadores gregos da Anliguldade nos legaram.(14)" ,.rtlr dessas lellexoes, o Dlrello Natural palSarla a se,

    IdO POI" a1guns filOs%s da Antiguidaoe como um sislema deque derIVa da pr6prla natureza das eolIas e que deYerla ser

    convlY6ncla tlumlIo1a, propiciando ao homem a constn.oo;;bo deww. h.lWmonlosa em 5OCiedaoe. COro base nIS50. alguns ponsadofes

    e

  • CAPTUW IJIDircito e justip no pc:nsamcnto

    filosfico pr.soc:dtico

    Nos primeIn)$ 5cukl$ da cMIizao;:io Ilelnlea. _to .... queo polIO grego COI'I$trI lentamente a sua identidade pol\tlcll e cutl.ural,ineltiste, no Mpec\o juddIco. urnaI~ estrella entre 1I naturez. e aordem legal. Ao COI'I1t6rio. pareo;ia haver uma anllle5e, uma rlldie"separao;Ao entra a O

  • o pensamento pr-socrtico. portanto, revestese de grandeimPOrtAncia para o pansamento jurldico-filosOfico. Contudo. Importantedlrer que o pensamento pr-socrtico le(ne pensadores que. por vezes.tlesenvolveram pansamentos COfISidefados ant8&Onlcos entte 51, como o caso de Her&Cl'to e Parmnides. por e~emplo. Alm disso, o que seconvenclonou denominar de pensamento pr-socrAtico. na verdade.

    re~Ul um pertodo muito anterior a SOCrates e r\qvlsslmo em ldiasfilosRcas. IniJmeros sAo 0$ pensadores pr-soer6tk:os e IncontMissuas refle~?les. Dentre as principals eSGolas p6-socrtltlcas que. dealguma fonna. Innuenciaram o pensamento ~rtdlco-fil0s6flco ternos al!$lXl\a jOfllea. a escola Pitagonca e a escola EJeatJca.

    O pensaTleflto lIlos6fieo distinto da mrtoloCJa~ a delnear-se com os til6sofos de Mileto. urna cidade da AsIa Menor. De MiletoCldYm o Que t1cou conhecldo como a Escola Jnica. Oessa esoolaPfO"m aquele Que consierado o primtoiro fll6soto: Tales de Mileto{624-S39 a.C.). Tales iniciou uma refle~lIo filosfica no sentido deprocurar e~pllcar a ordem cosmolgica e a essncla das coIsas, nlloatrevs dos deuses. mas buscanOO um elemento prIrnotdlal Que IiYesseformado todas as coisas. Surgiu assim a sua teOlia do apalron. QuebuSGil'Ia eSlabeleeer o principio e a essncla das coiS!ls e dos entes.Apelren passou a ser compreendldo como aqullO que Infinito, semforma, Indeterminado. Para Tales a umidade (00 a &gua como se costumadlzer) estaa na orlgem de todas as colsas. Observou esse filOsoloQue a Agua assumla Is estados diferentes e que todas as coisasadqulrem seu formato em de

  • AA8lllm8lldro de Mlleto (Cerca de 610 a 545 A,C.) 101 wtro f116$Ofode escola JOnlca que aperle~ a t60fla do apelron, 'a.z60 pela QUal"guns IlUtOfeS atribuem a MlP.lman
  • fllosofllJ M 'poca ~1cIJ dos gregOS. O trab/llno somente foi publlclJdoero 1903. PQI1.anto apOs IJ sua morte. NIeUChe costumllYlJ Iln8IIsaf IJfrase de AtIaximandro em $UM pre~s. A mals Illl'TlOsa deles, foiPl'ofericl& na ddade de Basilla. sob o titulo OS Filsofos PnH'Ial6nieoscom InterprotlJ
  • homem lnterprelaa natureu, pois esta carece de um lignificado prprlo.Curiosamente. aPllreca na fraSll da Anl\lllmandro ume prlmelra Yld(>dialUca sobre a verdade. A verdade passa a ser concebida 1'1&0 apenascomo anUse fiel de uma realKlao:le objeUva (ptlySls), mas ltlmtltm deenunciados jUrldlcos e morals construidos a partlr da el

  • dllQuele ql,lE! compreenoe e essrocla desse processo natural. Por essallUAo a irMe revela a presenca de ~stJce e da Info,.tstlea, de castigo epenlttncla, de exple
  • '00 medidas e se I~I '00 medid85." {19)NI Itualklade HerAclllo 6 eon$lderll(\() o mal' Impor\8llle filsofo

    pr-5lX'l"tlc:o, por (le5eflYO/'ooer de forma habilidosa e originlll uma teortado ser, segundo a qulll todo o ser 6 na verdadll um vfr_r. Herclitoeonclul em suas refle~6e, filosficas que os OPOstos eoe~l'tem nomesmo ser: "o meI ~ doce e ama-ro" : "o ser r>Io' m81, que o rilo,er"{20).

    Con,tatando a Imuorivel mutablllIo lodo.o OOf'IW!f'Ietlte e o di'ter'lInte, o eonsoante e dlS$Cn8tlI8 de lodasas coIsas l&'Jl e de um, lodas lIS coisas. Nasddos qtH!'A!tIl m.r. detlNsuas paltes. 0tI 8O'1tes repGU'Bf. e atn" de si deixam (jIho. QlJe se

  • lomam paflas.Os Qua Aras mata honram-nos deu5es a homens.lai (lamb4m persu/KIlr' \'Otlt/KIe de um s. PoIs urna s coJsa os melhoreses
  • que 'a/am com Inteliglncll , nacessOO forralecerem-se com o comwnde todos, tlJ como com I lel a cldade. E com multo mais 04gor: poi.todas as lels humarnI5 lI/rrJtntam-se de uma $d, a /el dMna: nt. rJoIonge qtlll'lto quer, , suficiente para todas '5 coisas e ancJa 1COrI.Aos homens , dado o conhecerse 11 51 mesmos e ~n"rsenurllmOffile. A na/wrn apr:iI e~-#.

    com a desltUil

  • PltgorllS descobr~ Que os intervalos musicais, assim como osmovimentos dos corpos celestes. guardllVam eslIeilas relac6es com amatemllCa. A1m diS50, a escala l1'I\JsleIll
  • sobre sua pessoa que o Farab. desejando medir 8 alturll d8 mal, 1111.das p1ltmIdeS. ficou 8ssombra
  • a exlstncla dO n/loser. Algo quo n/lo pode ser? Pergunla~aParmnides.

    Por lal reflexlio. conhedda como o Pl'inc:lp1o da Klentidade do ser.o que torla de 501 elomo. 1rT\Y(!1. Imul{wel, pleno o Indivisfvel. Essascaracterlsticas do sar cootrarlav8ffi Irontalmente a realklaoe constatadapelos sentidos, visto que esles pefl;obem o mundo o os entes emCOOSlante mulaclio. Parmnides OllsorvlW8 que a aparocia propicia aohomem comum urna vlslio do mundo 100almenlelalsa, embofil aparenteser verdadelra. Asslm. o pe"samenlo de Plfm&f11des represeflta aprimeira elabofaclio da tilosofla raclonlll. 110 identifICar peosamento erealidade, desqllallllcef'ldo os a."tidoa. lralase da primelramanileslaclio do Idealismo raclonal. cool,arIando as ou1rIf18s filosficasde seu tempo. como a doulr\na de Hel'khlo. fundada f18 mutabilidadedo ser. COrltraria tambm e fllosol~ P1111C6rica, fundada no racionalismoda multlplk:ldade e do ITlOYImenIO. P.itlllooldeS reeusava.se a aceitar adubiedade de Her6(:IIIO QII' concebla o ur como 11m vir-aser("simuIt__I. SOfllO$' nIo iNlfPlOIi"l.P~ proc\8ll'IlIY8 queo ser nada POSSll em comum com o ....._ Tampouoo o ser poderlaser definido como urn ...._. pols di que terill surgido? 00 naoser? Mas o que n60 n.a. POdlt Pf'O(IulIf 00 s? Pura laJlologia, jtIque seria produzIl'-W a SI 1TIUfT'IO. CClnduIIi.som que o ser indMsiYel.I,ft)e 1r'rlOYel, como urn cln::ulo.~" 80S fIO$lfIlIfTlOfltosde Hef;\diloe renegava o empirismo: NIo .,. o. oIhos esrllpldos, n.o siga o0lMd0 nJidos da premissaooIocacla pelo lIdYersrIo, Zenio ellltele c:onclus6es Insusten\aveis paraseu irlterlocvtor. Dentro os arvrner'Itos de Z...50, o mais curioso oreferente ) problem6tiea doe~ e 1I'lOYim8nIO. Na liIfTIOS8 corrida

  • entre Aquiles e a tartaruga aquele Jamais vetlCerla elle .... be"por eSla ter saldo aluns metros 11 frente. Ao cheCa, no ......partlda da tartaruga Aquiles nao poderla uttrapassa-la pols "1IiJI" ..alun$ centmetros adlante. Em outro ,acioclnlo de Zen~ e flecNIpermanece irn6'.'el ao atWlgir cada ponto de sua l1tIjetOli8: se e tleeheeslll em movimenlo, deve eSlar em movimento a cada frlM;lo ~segundos. a cada ir'l$lante. Mas cada trac;Ao de seI,II1OS, cada Instan'. I,Im momento nico. de modo ql,le a flecha. a cada trac;oo de SOl,Ir.c\o.a cada InSlante. estll parada. E se estll parada. nllo pode estar ammovirnento. Ainda hojoe as reftexOes Que ZenAo el8l:lorou sobre a nor;Aode espar;o e lempo. COfllinuam sl,lscltando estudos por parte de ftlO$OIos,malemllllcos e tlslcos. Parece Que Zen~ enlendia espal;O e lempocomo realidades nicas e desconUnuas. Zenlo tea concluido QUe aIdJa de multiplicldade do sef. sempre condl,lziria a absurdos Que oeleatlsmo renei!lVa. Ainda Que se possa criticar suas klias. trala-sede um pensamento espantosamente bem e1ilbon11do para a sua poca.Basla lambrar Ql,le a relac;ao entle esP8O
  • ideal. una e racional. tanto para a filolofIa como para o justo e para oDireito. Para este ramo da cincl'. deprMndese das idlas deParmnides que o legistador de'o'e InSpjl'af-Se multo mals no ideal deJusti
  • nem ser. pols agora um lodo. uno. conrlnuo: po/s que ,.racloderivaria dele?

    Por onde, de onde nase/do? Nem de n'o ente permltlre/ quedigas e panses: po/s n.to d/zlvel nem pendvel que n'o .: quenecessidacJe o terla/mpulsJonado a depois lW anfes. se do n8dalnklado,".."

    Ass/m, 6 necessrio ser ou mio ser.TtmlpotJCO do~ ...", cerro modo petrnJrida f~ de t naseer

    algo /lIIbn dele: por 115'" nem naseer lW perecer8iIIOU~.afrouxando8TTliJfflIS. mas rmrnrm. A cJedsJ,o sobre isro esr. no $8gulnle: lWmio . Esr. potf/lf'110 rJeddido, como Imperatiw:l. l.W7NI o,fa /IbIItldOn8r.

    jmpen~, ~'. pois verdadelra o,fa MI) 6. e sJm out/1I, demodo $8 enccnUiJI" e ser real. E como depoi15 pereeerla o que 67COrno poderla NtscK?

    A n f'

  • ..

  • Captulo fVDircito e justil? no pensarncnto

    filosfico sofstico

    Num delenninado momenlo da fonn~60 eulturlll filosJica doPO"'O &l'e&O, sur&e UlTIlI espde mullO particular de pensadores. quedalia umlI contribulCio tundamental para a consolk\al;lo de relllldadecultural Irel' Anilla. Retiro-me aos sofl"lIS. Erem nomensespe

  • nll$cerla em contraposl~ao a esse movlmento a Illosolla moral deS6crates.

    t a poca de PMcles, momento de grande riqueze cultural ematerial Ylvenclede pelo mundo greco ,,"ligo. Hesse pel1odo hlstOr\Coeste categoria de pensadores apresenta-se com e missio de formarurne nova Iidef.....a poIiticll. O SOfiste tmhe a retOrica como base deseu conhe

  • MInsamento rompeu com 11 kllll predomlnllrllll entre o. pr"IMIC,6la.,de Que a Nstll;1l 11 o Olrelto encontril'lam seu fundamento num. ordemCsmicll. At o surglmento dos sofistas, predomlnllVll o IInlend.~to

    "

  • os homens deveriam estudar profundamente as \eis. Mas PfoUICorasentendia que as leis devlam &OYIr dene consenso relativo, com apartlcipacAo dlreita ou lndireta dos homens IMeS da comunld.ade. en60 de l,lI'lle on:lem natural. (27)

    Curioso ~ o feore

  • Direlto ser60 semPfe deeorrentes de eonvent;Oes, Hr1O ln(tll bu...,se fundamentos pelenes para o Direilo a o JUltO. dlldo Qut 'u"n8turezas repousarlam em urna realidile varl&vel no lempo e nt tullur,de um poYO.

    Denlro dessa mesma ordem de idias do pensernenlO sotIltlCO.poe-se erlCootra, uma out.a vertente do pensamenlo sonstttO 1mrelac;.Ao ao Olrelto. Essa vertente representado por a1euns sofista.posteriores a PI'oteofas. dentre eles encont.a-se T,aalmxo (459-'100a.ej.

    pn TI1lSImaeO. ao eonlrano do que penSlWll PI'otgOfM,~!he torn:!to 11 kI3 de que o )Jsto deoorre de urna 0I0em lI8Iural. Mas 11essncia da natu,e1a representa sempre o Imprio do milis lorte, Eesle ,aramente JuSIO. Dal que. 00 tocante ao Dirello. quer se~l.m Direito NlIIural, que' se discuta a essncla do Dlrelto crtado peloshomens. sempre o que convm ao poderoso. Na RepblICa. de P\8I60.LMO 1, enc:onlta-se a reflexlkl de T.aslmaco. QU8l'lO, de forma genial.eonltpOe-se aos argumenlOS de Scrates sobre a justlo;a. Els um dosmail belos dlil080S sobre a justil;e e deSCrilo por Plal60 em A RepbliCa(28). livro I e Que reprodunmos llQui.

    -. Multo llam. Mas. se elsa defin~io dI' jlJs;~a faltlou. que ()(JIrapoderemos encontrar?

    Por vlirlas vezes durante a dlscussAo Traslmaco tentafll IntOMfnele. mas (ora Impedido pelos outros. desejosos d6 ouvl-la mil o 11mQU8l100, porllm Pol6marcD e eu acabamos de (alar e /ilemoS umll """~"ele nAo se conteve; levanlou-se e. agachado como urna rera, ."",.fl>llse con/re nOs como se Qu/sesse razer-nos em ped8l;OS. T/lfIfO PrJ'-mMf 11e eu rICllfflOs 8f""lfOS: ele, porem. rompeu BOS ,ritos no~ doI ""Jo"111/ reunldo$:

    Que B$pkle de flllat6rio l! esse a que"" ~fMl*. 11 .1E PfX que fazels ~n18S 005 par.J com 0l.ttf0S como /I1m...-'" "",.tI..mesmo uber o que 8 ju$f~, nao te hfe. 11 ",..,Nt(,., 11 " filM.ccm ar de superioffd8de tudo QlIanlO ,.....~ '" 1 .,..... fu

    AA 1..

  • mesmo ter IImll ,esPOstll: poIs 6 mais fcil pelillntll' do qlle responder.E no me lW1/lllS dizer que o jllsro 6 o IleCIIss611o, o (t/l, o vantlljoso. oproveiroso ou o coolW1kffire, pois no me contento com essllS lollces.Quero c111'e~II e predsJo/

    F/qlHl/ estllpefato 80 owHo e lIJo pod," oI~ sero certo receio.Creio, 1TIe$l7lO, que se nJo lile ti>'e"" d>n,ido o oIh8f antes que ele o(Ile"" e mim teria perdido 11 fllla. Mas aeonlel ~, 80 """ cteSCe,sua ft1I1, rora eu o ptfnleto 11 t#lat-ltltl e MSIm pude responder~:

    . rrasmaeo, nJo sejas~ COf'lO$C.O. Se PoIefnaraJ e eunos de5"'amos; uro pouc.o da anMIse dO asst.wlfO, assef\UO'fe~ /550nJo foi IfIretlClotwl. se estt>~ ptOCUf8fIO urIlII~ de euro,bem sabes que nJo esrMlamos e "ftJz~ lm 80 outro', pen1el1doassim a OC'MIJo de eneclrltl1l-la. E POI que. QlIMldo rel'Jetimos sobte ajust~. l8'Il bem mals preoc;;oso que murfas rnoedM de euro. haYernlmos.como Idlorlls. dll filie' conee,,"", mufuIIS 110 in ..'s de nosempeoharmos coro 10d4s as rlOUas f~s ero descobri, 11 verdade?NAo. meu arrngo: estamo, anSIOSOS por fuf-kJ: mas o faro' que naopodemos. Ass/m, , mllHo mej, '"I(16..el QlIe I'S, os slblos. vosCOOlPl'de(:a,s de IlS 110 ml'lls de _ ImtlM1es.

    - H6,cules - tomOIl ele com "SO sa,cllstlco - t: pr(ptio deScrates 11 I,onlll cosrumera, N80 vos /la"a dilo QlIe lUdo QlIe Ihepergunrassem ele se recUSllflll a ,espender, velendo-se da I,onlll ou deqlllllQlIer Olllro prefe~to para evltllf IImll ,esposta?

    . t.s 11m sllblo, rrllslmaco, e bem sabes qllll se perguntasses aalguo1m sob,e e natllrela do nmero do", ptOlb/ndo-o 80 mesmo tempode responde, ~r este dUIIS veleS seis. 011 t~s veleS QUiltro, ou Quatroveles I~s. ou seis vezes dais, "PQfQlHI nAo le contentas coro essastolices" evidentemente ningu6m poderla 'esponder a uma perguntaformulada de lal manel,a. Mas suPOnhllmos QlIe essa pessoa ferepcasse 1IS$Im: "Que queres dile'. rraslmaco? Se uro desses nUmerosQlHI tu proil)es for urna respoSla verd8l1erra, deWlrel enlAo da' umarespostll fa/SIl Indicando outro nmero que lIJo .$8fjSf~ as oondiI;es?"

    ..

  • Que responderlas a 1550? Como se os dols cesos fossem Id'ntlcosl - dJ'" ..._ Por que nao havlam de ser? Mas a/nda que nJo o ......

    apenas se esseme/tNIm 80 Interrogado. nAo deve esre d'l" o ..pensa. quer o proIbamos de fam-lo. quer nlo?

    Supon/lo. entlo. que tu pretendas daune urna das respo$l.proibidas?

    Nilo seria estnJnho que o fUe~, 8peSllr do perigo, se tilo meparece boa Mpos M eunWl-Ia.

    E se w re desse lA'Tla resposta sobre a ]u't~a, d,ferenre Mtodas 8S aptesenladas sr' lIQUi e methtx do que a'-? Que metlPCillsque le fizeSSllffl?

    Que~ de ser. senao aqulJo que cotll'ofm 80 ~te, ;sto ,.aprentJer com ~ que 5lIbem? Essa , a pena de QUe me cotlsiderarejdigna.

    - comol E 8{JTefIderS sem pagar? E.5ra , bOa/ CerllWTlef1le. pagttrei quando t/ver dJnhelro. Esse dinhelro. lU o tens, SOCrafes - disu G/han. NIJo re (XeOCupes Tl8slmaco; lodos Il(Is faremos um penhor em

    favor de/e. Bem vejo - tomou Tras/maco ~ para que Scrales proceda como

    de costume. recusando responder ele mesmo e tomando as respostasdos outros para re

  • filiar. fC('edit.xJo que possufa tma ~spost" /rreftJtAvti. e c.lto de QUef8f/a figura btllh8l1ta. Mas a prirw::1pIo flntlu des/Meresse. Insist/ndoem qll8 eu ~spondesse. Por flm~:

    E/s a sabedorla de Scrates: fllCllsa ens/nar de Slla palte. masanda de di~ 1I aprendendo com os ou/ros, sem dizer tia moMosmullO obrig.xJ.

    Qlle 8U aprendlJ oom 05 00110$. ~ 1IM1lJde: mas~ que ~aingrato. Como niJo lenllo dnheiro pago em /oUlollres. qlle II tUdo qllantoPOSSlJO. E com qlle boa vontade o farel sabe,lls em breve. qll"ndoWffltS respMdido; pois julio que ~spo"dem bMl.

    CJuvi.me etllAo - disse ~ - SuSletllO que "justit;a ourrs cois8nao ~ senOO o interesse do ma;s forte. Por que nao me IotMIs asara?NiJo Ms de qller-Io. por certo.

    o Hei de f~ quando chegar a wmpreender o qll8 d/zes. m"spor enqllanto mio compreendo. Que slgnlflcam as lUas pa/avras,rras!malxJ?~ dlMd8 nao qlleres dizer rpe, pelo moti\olJ de o campt'jode ltII"s. PoIldamantes. Sflf' mais forte do que OOS e de /he faze, bem o"lImentarsa com came de 001, esse 'eg/me ~ tambm jllsto e adeqlladopara ns. qll8 somos mals fraoos?

    ts dereslMl. SctBfesl romas as mInhas .oaIBW'BS no sentidomalS {XeJUdrcllJl tIO llfIU'l18I110.

    De modo a1lllm. mall amllo. ES/Oll apenas procurandocomp,eend6-las; expl/clfota com mals exal/do.

    Bem - redarfulU rrssm..co - ntIOClII OCMsle dizer que as formasde ,overno diferem en/fe si e qua h' Ilran/as aristocracias edemocracias?

    Corno no? E que o gO\lf!mo de cada cldad8 6 o qlle neja delm o poder e a

    forr;a?o Sem cANIda. E qll8 as dif~ntes formas de sowmo f~ /els democrricas,

    arislocrfllicas ou IIrlnlcas. lendo em vista os seus prprios inleresses.

  • E 80 eslllbelecerem esses les, mOSfTam os Que m/lnd"m QlM'~pare os gOVfJmados o Que e eles con,*", e 80S QU& de/lis '" .,.,..casligam como Ir8flS/lressores das leis e da jusl~a. t uo o QlM OUWOdizer QUando enrmo que ero rodas as cidades .ege o mesmo ptlnc/plode jus~e: a ~a e o inleresse 00 goYemo. E. como de>I!mos IUIXH"que o goYemo' quem derlro o poder, e nica conclus.lo. que em roo.parte s existe lIIII principio de justil;a: o Inleresse do /NI, fMe.

    _ Agora le compreendi; quanto e SM ~l/IdeIro 011 falso e QUCdUes, I o que O'OU lrBtN de descobriT. Mas deUHf'lfl ob$MVlIf QUlJ 1M)definir juslif8 usaste e pelevra "inleresse-, urna duelas que metinhes jAo/tlido de uI/izar. t veroade (pe ar:teSCllrlI8S: -00 maIs fMe-

    um pequeno .w:riscimo, diras. Peq~ ou grande, n&o .-em agote 80 ceso. O que prtmelro

    devemos raler I everiguar se o Que diles I verdade/ro. AmboSconcordamos que jusr~1J luma esplcle de nreresse, m.s IUacrescenllls 'lnteresse 00 tn8;S torteo. Pois ju~tamenre dlsso Quenlo eSlOO con.-encJdo. sen', pois, necessMo examlmwmos melhor esleponlo.

    - am/nemos enllo! t o Que rare/IJ segujr. Mas prime/ro. djga-me TrasimllCO: lIdmiles

    ser juslo que os govemados obede(:am sempre 80S gOVfJfflanles? Allrmo--o Mas os gOVfJfflanleS dos Estados sJo absoluramenlo /nllllfvli',

    ou estlo, por vezes, suje/los a errar?_ Por celto. esllJo sUJeilos a errar. EnISO, so rszer as suas les podem {al6-Ias bem 8 OI,/r _.

    mal?-t ~8de. Quando as {azem bem, elas eslilo de 8COtO cvm " -. /I.r_.

    se; e Quando as ftl/em mal, s/Jo com""a .,.. ('U'/III ~,Itten/endes?

    .A$sSm 1MSl7lO,

    "9 'oiOo..o ... _ClP"

  • MIIS que as lels determlnam deve ser rello pelos govemlldos,e 1550 6 que 6 a justl~a?

    Oecerto._PortMlO. de lJC()(rJo com o leu 8lf\lmet110. nlo 56 6 juSIO fuer o

    que C(lIII'I!m 80 mals forte mas lllfflblm o seu C(lIIt4rlo. Isto 6, o quenao convfm.

    - Que ests di1endo?_ O mesmo que lu, segundO erelO. Mas C(lIIsideremos melhor.

    Njo~ que 05 ~les podMn equM:lclll'-y quanlO 80seu proprio /nteresse naqu,1o que /eI,s/lInI. e ti!Wl'lbfm que 6 juslOobeder s Wls?~ l'/camOS de Otdo nesse pelillO?

    _ ~$() que 1'/camOS. Enrio. reconh:esre que lamblfm 'JUSro f~ o que nAo convfm

    80S goooemanres e detoolOt'l!$ de f~. lIfI'lo' lIftl que eles. sem querer.podem orr;JenlN coISIIS C(lIIrr*l"s .as seus pt6p1cs /nreresses. Poisse, como diles, "JUst"" 6 11 obedllncia pnlSlllde .ts ~s deCleI.Bdaspe/os govemllntes. enr'o. " hOmem IIIp/enllsslmo. como fuglr aconclusAo de Que por l't'ltls se oll1ena 80S i'rlIcos (~. nlo o Que I deinleresse dos maos fones. mes o que os prl!1lJdlc8?

    Slm. por Zeus, nada pode ser milis evidentel Oisse Polemarco. 5em dvlda Imervelo CJlo(onle fu proprlo 65 tesremunha

    djsso. Mas qUlI necessldade hA da testcmunlla - InterPl's Polemarco-

    Quando o prprlo frllsrmaco admlle QUB os govemonles podem s veleSdecrelar o Que 6 contrro 1105 seus Imeresses 11 Que 6 justo Que osgovemlldos IlIes obedll(:am?

    _Slm, Polemarca. rarer o Que ordenam os govemantlls - Isso rolo que fflJ5lm/llCO cJeflnlu eno justo.

    _ S1m, Clilofonle : mas lambm msse que e jr.lst~B 6 o /tlleressedo mas fone e. so mesmo lempo 11m que 1mJ1i1l lIt7Ib essas etJisas.recon/M'cfil que o milis fone pode amenlll' _ mals traeos. que saoseus SIldit05. ftuerem BQUiIo que 6 contra /nlet'esse dele; 00fICIIJNe

    "

  • dar Qua o jusro tooto o Que cOl1vm como o Qua nlJo convm 110 m/ljsforte.

    Mas pelo Interessa do mais forte - obsal\'Oll ClilofOl1re - que'laTraslmaco diler o QIHI o mais forre supe ser de seu Interessa. Isro oQtre 0$ milis traeos eVem ftuer, e qua ele afirma ser justo.

    No foram essas as palavras da Tras/maco - conrestouPolemarr:o.

    N'o Imporlel Sa ago,a Trastmaco dlssar qua 6 tlss/m,sce/tJIl!mOS tl $U8 alinna(:lJo. Dize..me TtaSI'llICO, anrflfldias f)(X jusfif;ao que o mais (Me utga ser de seu InratVS5e, qIHIf o sejII tetltnanle.

    .- """ o. modo 1IWtmJ/ Acaso pansas que eu c/la'ne mais (Ma tIC que

    ana ex/ilUltl'llla quando erra? Slm. mtnhll compreensao fol QlUI tlss/m penStlVIIS, Quando

    fl!'COfIIIK'esles que o IO"Bma'lle nao 6 Inftlr/val, mas po6a engan.-Mtl/guroas VltleS.

    t.s insidioso na rerctl, SCraresl Pon

  • 8l1m, rraslmlfCo. crls rea'mente QUII haja m4-f6 nas minhas__IfS?

    (trou certo disso.( .upc}es Que eu fat;a essas perguntas com a Inten(:ao de

    pt'I'JChCBI-te na discusdo?NlJo supotlho, teonho cerre.la disso. Mas l13da cotIsegu/ffls, )(l(QtIe

    .oerti desmascBIBT.fe. e pelas manobnJs malflJUjas das palavrnfII,o me~s a melha.

    ( .. ,}o.z.ma Scnltes: teN urna iIITlB?

    A cuem l'efIl Isto? Nao sena mehN responder do QlHl tlUef' taisperguntllS?

    Pon:ue le debea andilf ranhento. Sll le limJ8T o nsri.l; nemseque, le lmsinou a distittguit lmfte o paSlor e lIS ~s.

    Que QlHlfWS dimr com isso? Poroue Imaginas Que os lflIquelros e pastores paSlorei8lll lIS

    OI'eltJss e ss vacas lendo em mira apenss o bem de",s, e nio o bem eo imeROsse de seus patroes 0lI de si mesmos; e 19u8lmente eres QUeos govem8l11es das c1dades, os Que mandam verd8delrsmente, go~memseus s(dltos dll {)(ltro modo que o pastor ero rIlllII;lo 8S SUIIS OI'elhas,11 passem dla e nolte a esl!Jar oulra ro/sa Que no seja o seu provelfopessoal. E tlJo equivocado andas em Iuas Id61as sobre o justo e oInjusto Que 'lIJo sabes Que 11 justl~a e o justo so na realldade bemallleio, Isto 6, a convenlfJncla do poderoso e govemanre, e o prejul.lodos sOdltos e seM:ls: e que a jnjusUca 6 o contr6rio. 11 Impera sobre osQUe sjo vefdBdeintmerlle simples e justos; estes fUll o QUe convm80S poderosos e dedlc~se s promover 11 felicidadll deles. que estIongll de ser 11 sua fXpria. Considera IJnda Ingenulssimo Scrates,que o justo sempre se sai mal em comparlll;Aio coro o Injusto, Emprimeiro ltCar. nos contrllitos par6culares: SnPfe cue o jlJsto se lJSSOCiaCOn! o injusto, vers QUe, /JO disso"-er.se 11 sod1~, o Injusto saiganfNlnd() 11 o jlJsto pI!rdendo. Em segundo /utar nllS SUIIS relll(:ijes

    "

  • com o Estado: sempre que M uma contrilxllcAo. Ojusto conrnl)uj ,...,. O Injusto. menos: e quando h a/gllma calsa a l8Ceber. o Jusro .. tmt nada e o Injusto coro muno. Obse/V8 tambfm o que ont~QUa'ldo eJle~ um cargo p(b/Ico; o justo 8b8lldon8 os $etI' netClOtpJlti
  • lorrenll! de suas palaVT9S. rrasfmaco tentou retlrarse; mas os presentesn~o permltlram, Insls/indo. pelo contrilrlo. ero Que ficasse pera de-fender 8 sua pos~o. Eu prprio juntel minha splica "s do nutros,dizendo:

    Mlal Traslm8co. queres dehta",.os dfl'poIs de UIJ discurso.sem nos flfISm-S devidMnenle ou IJIXenrN!feS IU pt(Jptfo se de fato assim como di:t:es ou de ourro modo?Acaso , eoo'sa de pouca ImpMlncia8 leus oJho$ o 11Jntar definir as tlOl'mB5 de condl/ta pelas quais po$S8cada 10m de n6s l'M!f de ~11t mlltS ~"OP 8 ,~ Wda?

    Acaso 6seon1o de 11 qtI110 , ~*'ci.!I da kM!strg~? p~. "'85, 6 Tnrsmaco, que tilo a.b nenhlma /mpM1rncia

    a rnls Que aQu/ .sr~, pouco se pteocupMdo que conl/nuemosmelllores ou P'O'". 1NII~ do que das Utber. Por ,_o amigo.nlo guaroes partJ 1/ a rus $8bedOna: SOI'l'lO$ um ,rupo nllmlmlso. elodo berteflcl

  • uma vel Que esta" gnorMcla e vfclo e nlngu6m d6/xarla de reconhecerIsso. Mas nilo desse modo apenas Que desejo. el Traslmaco,solucionar a dlscusslo mas an/es examlnaIs. Concordss Que seriaInjuslo para um Estado tentar Sut;metM Inustamente outros EstlJdos ereduli-los a escravldilo. ou 1M d/wtfsos Sllj8ilOS so seu Imprlo?

    como nol E /550 " o que fal. 8CimII de todos. o melttoT dosEslados o mars perlelt_te qllSto.

    Compteeodo que enJ esse o IlW ~10. Mes rel8lJWlmenlea ele quera examinlJr I.m ponto: I.m ESlado que se apt)defll de ovrroeJlelCefl a sue~ sem e }USt~ ou seB f~ S flUM usodela?

    _ Se como e pouoo efirm6V8S, QUlt a juSl~ f wrtude, com ajust~. Mas se f como II!'U disse. oom "lUS~.

    EsIOU sallsf~IS5imO. Trasm.eo, pof'QCW nilo te IImhlJS a dileraper11JS $1m ou nlo, mas resPOfl'!s bem,

    - t: pars te SM .flIdhel - te$OOOdeU. FlU8s multo bem. Mas fllUSfflll o favor d6 responder IfInda a

    mals essa pergunla: ers Que um EsrlJdO, ou um eJlrr:ilo. ou mesmoladroes ou piratas. ou QlI8fQuer oulro 'fIlIpamento de homens poderiamrealilar o plano Que paclUaram em comum, se nlo observassem ajustlr;a uns com os outros?

    -Certamente Que nllo - respondlJu..[ se /1 obselVassem. nllo seria fTl6lhor?-Absolu/amentlJl.Decerto, Tras/msco, e asslm , POrQUB a InJust~a entre os /lomens

    prodUl nuns e neutros revellas, (dios e COfIlendas, /JO pa$$o Que ajusl~a gerIJ a amll/Jde e a concfTj,e.

    Els &l um dos mBis belos dilllogos sobfe a Ustk;;a. MI se pensal"no que toram os s6eulo5 de histOria Yivencllldos peta humanldade. porYeZllS sob o poder de tirllOO5 e podel'OSO$, como cleiJ;ar de dlIr cenatazAo a Traslmaco1 Mascomo m\o iJCOlhertal,ll;l6m a recusa de SOCrates

  • em lICeltaf 8 vlt6t1a da Injustio;a sobre a justio;a? A lala de Trasrmeco .!Jem (lCNlda, urna refle~ao tlpicamente sol'lstlca, Quef pot seu niilismoem relllClio ao justo, quer por primar por urna nverdo do que seria oIdeal, para llte
  • defen
  • "

  • CAPTULO VA Filosofia do Oireito no pcnsamcnto

    filosfico Clssico

    Talvel nio eJlIsta na Anliguidade clAnlca. pensado, maisi'nporI.-rte e polimico do que Scrates (410 - 399 a. C.). Sua lIgunIrepresente um marco docisivo entre o pensemenlO p'''5OCI1IlJcO e opensllllTll!fllO softslloo. em reI~ ao qua!. podemos diler. ele s.uperou.Alm dlsso. Scrales daria uma oulra oontllbull;lo lmportantlssimapara a hlst6rla e evoh,lcllO do pensamento fllosllco. l! de seusoosinamenlOS e refteJlOes que ac:Mlm um pensamenlO antropol6gioo ea consolld&l;llo de um pensamenlo filos6l1co que Influenclaria a obrade Plalio e Arlsl6leles. Com ele. o homem se revela nlio como amedida de lodas as eolsas. no sentido Protag6rlco. subJellvo e relativista.mas o nico ser capal de alcancar a verdado. Na busca da verdade adialtlca e a ralAo lomilm-se Instrumentos prlmordlals para o processode construclo do saber.

    SOCrales lanca os fundamentos de uma leorla da remlnlscltncla.segundo a qual. h uma anlerioridiKle na corporalldade do hOfl'lem.ESla anlerlor\diKle tor)C)r8I manifesla-se pela eJlIS\6ncla da Ilma. quemuito lII'Ites de tomar seu lugar roo mundo terreno. a h8Vta passaoo pofum Iongo p'ocesso de aprendlzado num mundo Id"t. A mlssAG donomem. dllla. lt entregarse II busca lnC:essanle da Yefda(le que desdesempre repausa 1'10 seu Inlerior. COnhece-te a rJ mesmo. EIs o seu lemaprimeiro.

    AR ...... O'- ... _AnIIp

  • A ldla de que nllda se aprende originalmente nesse mundo. polstudo la repouso de h& multo na alma. o slgnlf\clldo de urna teona daremlnlscncla em S6crates. e fonte de um mtodo especl1lco.denominadO por ele de parturizat;oo das idlflas. A mlsdo do stibio. dofil6soro que busca a verdade. contribuir pala o parto das ldias.alr.Ws a Me da retrica e a dialtlca.

    O conceito de Illma em S6crateS. apMIorou-se em PlalJo e acaboupor incorporarse no petlsamento ftlostlco cnsIJo.(JO) ~ certo que oconceilo de lIIma em S6crates est" dlRltamente .-Inc:uladO Il idia doracional. concepr;io que sella alterada nos prlmelfos uculos docristianismo. Por outro lado. h" urna contradl~io no pensamentoSOltIco. seu rn6todO .. revoludonino e arrojado. mas sul leOrla sobreo Direito e o juStO .. conservadOfl,. Ainda as5lm. S6cfllln conseguiuatfa" sobfe si I Ira do POder politlco dOminante. Seu mtodo dem'estig8("Ao e bUsca da YfIId8de. ,mplCllYa em lnl dlreto questionamentoda Qfdem estabeleclda. acresadO de lnla boa dose de lronla. Atravsda Me da dlalOca. compreendida esta como o diAlogo que bUsca urnasntese. fazla com que seu Interlocutor reeonhecesse a fragildade deseus prprlos conceltos e argumentos. Dlltnte de Scrates, o malssfoblo dos homens parecla nada saber e o milis Ignaro descobrla quecoohecla multo mals o que supunha coohecer. Els al a metodologiarevolucionAria de seu proceder, se a aristocracia e os sllblos na verdadenada sallem. donde provm o poder destes sobt'e seus concldadlios?

    Scrates aflrmava: ludo que sel .. que nada sel. Ao cansultal oorliculo de Delphos sobre quem sena o homem mals sbio. r&Celleu areSposla de ser ele pr6prlo o mals sfoblo dos hOrnens. Concluiu quetalvez o orliculo tJvesse razoo. pois ele possula ",ma v8r1tllgem sobre05 demals stibIos: tima constincia de que tudO o que sabia era quenllda sabia. Por esse j",lzo.1ndtava a todos,jovens e Idosos. a otuparem-se da busca pelo malor tesouro que nos rol concedido pela dlvlndade:a sabedOfla e a vefdade. Como se sabe. esse procedimentorevolucionarlo e Scrates. lmplicou em wa destt1,ll~io. levado a

    ..

  • julglmento, soo e 8C\.Isacllo de COITomper a juYentude ,~ ....as dMndades religiosas de Atenas, lIlC!!bcIIJ $8fIdO condInIIdo .pela ireestllo de ciclJta. poderoso veneno~ eausava , paraI/IIlIl ditooo o slstema nef'o'O$O do corpo hl.lmano.

    Curiosamente, parm. sob o aspecto Jurrdico, e tlIllvez comoconsequncie de sua prOpna dialUca, Scrates acabolJ por desemP6nherum papel conservador. muito prOxlmo 00 do legalismo jul'ldico. quandodefende de forme intransigente o papel das lels e das Institui(:lles dapolis como principal instrumento de manut~ da ordem ",ente nacklade. aflnnando nio ser IlciIO homem a1lum queslJonar as Iels.senio pelas v1as Iepls e pelos InsltUmenlos colocados ti diSPOStl;iodOS cidadllos para a revogao;oo das mesmas. Ainda nene sentido.Scrates idenlinca ajusll~acomo dewrTente das leis vigentes na cldade,POis o homem Justo. o homem \/lnuoso. que acolhe es leis vigentes.mesmo qulfldo estas se YOIIem contra si. Esse entendiment.o pode serencontrado em dais diaklgos em que Sct8tes se eoIoc;a ern disputacom Traslmaco e no diarogo Critio. de Plal:lo.

    Mesmo condenado ti rrlOI1e por uma sMre~a Injusta, S6cralesinvoca SetJS disclpulos a jamais serem IMII/s para com /JS /els e asinsl/luj;oeS de paUs. Numa passagem do dlfJlogo CritlJo, convidado /Jfugl, de Atenas e eSClJpar dlJ pena de mOrfe que Ihe rora impast/JScrares lJptesanta a uus d,scfpulos argumenlos que rave/am uma

    ~ carga de flOfflIlJlmSfOO judK:o. Na '

  • SOCo - Quem l'Iffll a ser Cjl~? Acaso chegou de OlJlos o na';ocujo t/pOfte trafll mlnlllJ morte?

    CR. - Bem, cn.gllr nJo chefou. mas clJlculo que deve aporte'ItlQas de Sc:nio e que / o deblBnIm.As novas dio a enllHltlr que wai 8JlO'UIf~. e ser f8'l8lnlente amsnhi.S6cn1res. que leras de de/ur de ~.

    SC. - Poi' e..m. CtnJo, , boe lanuna! Se asslm apraz 80Sdeuses. IIssim seja. Tod/lllia. lJC:ho que nJo sar hoja que o na"'oaportaffl.

    CR. - Em que tB fundamenta'?SOC. - Vou dlz~lo. 0lJ1'O mom". petiso. no dla segulnte 80 do

    aporte do navio.CR. - Ao menos, "slm dlnlm es aulOridadeS.SC. - Por 1550. lICho QUe nao val che'lIIllO dla de hoje, mas no

    de amanhA. Reflro.me a tnl sotIho que I,ve esta oote. TlIlWIz mesmotema sido opoItloW'O nao me /IlIWIfes de5t'M/Jdo.

    CR. - Como fo o IfiI .teMO?SC. -p~ que ume muhN" fotmosa e de lindas feJQ6es.

    vestida de brBneo ..me _. mini e dJ/ll~. SDer"ates, depoI, de a'I'lIIIlh8lefU cMg/Jdo .sos flrteeroMosa do que e de lNr/bw mais /mpOItth:ia 80dinhelro que 80S .wrreos? O pavo n}o W!II teditar que 111 que naoqjse$la $IJir daqcli. a despeiro de o QUelMJlOS ntls mais que tildo.

  • SC. - Mas para rls. meu caro Crillo, li 110 ImportNlI, &Sslm opinllo do {)OVO? A ,enl, el, bem, com Quem me/s Imporle QlNJ /lOS

    ~ulmos. enrendlr que liS" coIses 511 /~ passec10 /el comotea/rl'llmre CJC()ffl!U.

    CR. - MM bem "Ifs. S6erares. ~ nJo se (JOde deWlr de r.ze,ceso r8ll1llm eJe CJ(}ifaCJ c10 PQYO. Os fll/O$ mestl'lCJS de~ teI'I!'/amque o PCJ'IIO capaz de fMM. nao os meis pequMinos. mes lamblfm osmi!tlot"es dos mates: bas/e~ enlR! ele se espalllem calnles contrea/gum.

    SOC. - Qulsera Zeus, Critao, rosse o pom capaz de pretlcar osmalores males. para ser capaz lambllm elos malores bensl Seriaespllndldo. Ni'Jo o . porlim. nem des les nem daQue/es. Incapaz de daro siso, bem como de rlr~lo. ele obra so $l/bor c10 acaso.

    CR, - Que ass/m sejal Mas dlze.me S6erales: estSs procurandoevlrar. nlo I? Que el' e os OUltOS am/fO$ reus, caso salas dllQw,I'lffiharnos 11 ser moIeslado$ pelos sicofarlt8S. scb acuUCAo de le/eVaI'" ckIquI, e obfWacIo$ 11 lItxir mio de lodos os nossos~, cu1/0 lrle1lO$ de significllrlvlls ouant/es, ou S(}frer. IInd QulllquerCUITa pena? Se /sS() que remes, manda o medo as falflls. t juslO quen6s, para sa/vaT-re. comwnos esse pe

  • pcsslbilldlJdB de, partindo, n.o tefes do que vlVIlr, Em multos lugares,mesmo no utrangelro, onde lores partir, ltCll8f~S ttm/zlJdBs: se quiseresIr panJ 11 Tess'HlI, lenho 16 amigos que le dllr60 grllllde aco/h/da e leoferecer60 segu~1I de sorte que n/ngum nll Tess6lill te moleslllm.Ademllls, ltCho que cometes uma /nJustiClI enlregando-te, quando lepodes salvar. Estas trllblllh/lllOo para que le a:;ont~1I exalamenle aqui/o11 que viS/lt'lltl'l 0$ leous inimigos quando dedd/ram 11 tull penIa. De mais11 mats, 11 meu ..,r,~ tan1blm 0$ tetlS filhM: podendo CfIA.Ios e

    ~, tu~ -4e. abandorlIIdo-os: /lO que te oonceme, fiquemeles entregues' SUII sorte; 11 deles. nllturlllmente, ser 11 sortecostOOlHll do$ que c.-nna~. 08\&.10$ I~ ovnAo fI/hoS, ousofrer junt_te ecm eles.~ e edl.ocIIndtxls. Tu me dAs aimpresslo de optN pelo c.wrvnho dlllIJIIj(l( comodidIIde. ~, de\e-se e~r o Que escolhenll 11m hOmlIm bom e de brlo. 110 menosOUando se m., dizMdo nIo t~ O\Ifrtl .or~1o nll vldll senllo 11 dllvirtude. Tenho ve-ronha por ti por ns, os teus lIm/gos, de quelllribu/IIJI 11 COVlln1rll de noSSIl parte ludO o que /ICOfItll(:eU contigo: oleu compllrec/menro d/llnte do lflbunll/. qUllndo podllls de/xllr decomparecer: 11 mlrl1elra pelll qU1I1 o processo correu: E por fim esledeslecho, como Que o mais ridlculO dll hlsr6rfa, 11 Impress.o de Quen6s nos eS!lJ/Ilramos. COVllrdeS sem Mo, ,em prolldllrlCiarmos a lua

    salv~Jo, posslVllI e re81Iz~V/I/ se tlVIIssemos elgum prtlstlmo.SOC. - 0111. fenete Crlllo/ SlIlndo daqul, desobedientes ( c/dade,

    lesamos a algutlm e logo a quem menos deV/lmos lesar, OU nilo? Ecumprlmos es conven~s justas que nrmamos, ou mio?

    CR. - NlJo slll responder a tuas pefguntas. Scrales: nilo asestou compreendendo.

    s6c. - Bem, reflete no .seguirlle. se, nomomento 11m que esl\o'esseplIf8 fullr daqUl, deparssse-me etI coro as Le/s e 11 C/dIIde, e estas meperguntassem: "OOll-

  • que alrtda POssa subsistir e noo esteja destrolda urna eldMM onRforr;a awuma tenllam liS senl~ tJlferidas. lom/lldas ~,.IIIliquIllIdas pt;X obra de simples patticulMes?" - Que respor.6M, Ct/f.,a eSS4S e ~lhanlfJS pe'ltultas? M'1II1OS wumenIOS podffrlam MI'8duz#do$, $ObIeIUdO por 1m ondor, em defesa da ~ por ns lIfO18que eSlabeleee a autorldade das senrenfas proferidas. Acnoresponderelque a CIdade me CflM'U, Mo meMgou conforme .jlJs~?Oire 1550? Dlre o Q\Il! CrMo?

    CR. - Isso mesmo. por Zeus. Screte,lSC. - E se, entllo, as les dlssessem: "Socrates. o que pactullste

    conOSto '01 a 'uga, ou, 80 contrrlo, que le submeterias lJs senUlncasque a Cldade pro'erlsse?". Se me admrasse dessa pergunte, drlem,tilweZ: "Scrates. nao te lIdmlres de n055as perguntas mils reporlde-IIOS. porQUe lambm tu tfJrlS o IltJbito de /aIlf;8I' mao de Ind",~s erespostlls. Vamos, pols; Qulll tua Que/Ka contra rnls a COfltra a

    Cid~. QlHl te /e"ll5 , lIO$$a desln(:Jol' Para ~ar. nMJ fomosns, as las que la demoS nasUmfJlllO 8 lIJo fol PO' fIO$SO i'lletmM!Oque leer pai C8$OU-$ll eom lus m.;e e le lerou? Dizes: aponlU a(gumdefeno fl/IIQuelas dfJnlre 005 que regulam 05 casamentos? Achas queestamos mal 'ellas? NIo aponto de'ell05, dlrla eu. Entilo nas Querelulam a crlilciJo e edu

  • fKK lISSim acharmos de ju$r~ lers o dlfP!lto de refllar. da rull parteflltllbhn, ~rro de tlu., fOf(:lIs. deslruiHIOS ero d&sforra. lJ 005. asLm e iJ CidlJc? E dirls que, ass.m~. ()t'f)Cede$ com}us~fu, que 'Ierd~le lomas a IIrtude 5bio? Que sabedotI4 afU8. 6 Scrlltes. se~ que. BCimll de rus roje, /eu paI e lodtJ$ ostllUS ascendentes. a prrla f mal, respel16vel, mal' vener6vel, malsSlICrossanra. mals esllm8de dos deus/Js e dos hornens sensatos? QueSIl eleve mals venerat;&J, oI>edlnci/J e c/lr/nllo lJ urna cldade do que 11um pai? Que o dever ou dissulfdl.la pelos melos legals ou cumpr/rseus mandlfdos. sorre' celado o que e/a mart (ffllas vlas do d/re/to. t. cruelusa' de >Aolhlcla conlfe os pais. mlls linda muilo plor cotllra a ,MIriado que conlnl ~s. Que resp(ltldeM a 'sso Cr1rio, que lIS Lels ditero a\lletdade. ou que nao?

    eR. - Crefo que S&'I'lSC. - VI. port/lllro. S6c.-.res drnam lJIrtdtt es lels 'llmlOS

    nulo em QU8/fIcN Injusto o QUlt Inr~"s fttrel'l'lOS 8WOfa. N6s (Ve fegeramos, 1" criamos, le edvcamos, le IIdmir/mos .. perticlplM;lo delodos os beneflclos que pedf1mos proporcionar" 1/ e a lodos os demaisc/dadacs, sem embargo, proclamNrlOs termos flJCulfado 80 elerolenseque qulsesse, uma vez enrrado n" posse de seus direll05 e nofl!COOIIecimem(l da vlda p(ibIIc3 e de tI!I. as lels, se nao nwnos deseu .,ado. e /ibet'daIdfI de junlBl' o~ 5aI e paltlr panI 0fIde bemlrfIfendes5e. Se. por tilo llles agra::I/W7IlOS. n6s e e Cidade, "/Itm de\o6s desejares partir partt o estril/llelro 011 fWJt reskMnt;is em Qtl8Squer(lulrs cidade, nenhuma dentre n6s, as tejs, os Impede ou pro/be desegujr pare onde IlIes parecer, levando o que IlIes cebe. Mas quemdentro lIS aqul permanece. vendo tt mane/ra pe/a qual djslrlbufmos

    "

  • jusl~1I 11 desempenhllfflOS ourras atribu~s do Estado. /HUIIMIICII (Jirer que conwmc/onou conosco. de falo e de dlre/lo, cumprlr lIOII"

    delermin~s. Desobedecenoo-nos, Scrates, s nW em trlJSdobfO;porque s ncls QUe o gerllfTlOS nao presta obed~la: porque nlo o !~ fls que o criamos a porque, tenda COIfvendonado obIKIlIroos. rlemobedece nem nos dlss~~ Incidimos nalglm errol A,penas propomose no impomos o cum,orimento de nossas ordens e f.:vlremos eoscoI'taenlfe a penuadlf-nos do conlrrio (XI obedecer-nos. Tu, porm, nAofiMes rlen'l uma coIsa rlen'l outTa. Tsis s.to os crlmlls. S6en1tes. "'"que. H puse"'s "'" ptiWea o tetl i'ltenlO le declaremos 1nct.tr5o. mal,

    ~tedo QUequMqurrdos att'flllenses. &1, entlo, eu PfIftIJnl_.Como "sim?-, taM!l ra81assem 00I'fllt0 com fallo. d1zt1ndO est. ""mais do que 80S dema'S atenienses ligado~ compromissos {)IIncom elas. OitIem:" Otspomos. S6crates. de prevas irreMMIs de QWns e a cidlICJII somos do tetl agrado. Tu filo teri$s petm4l1fJddo~milis do que todos os OUITOS IItenienses. ,e nio le ",Iad'ssemosmals que todos; mas nem para urna testa Jemals safStll, 58fW~tIlca vez PMa os jogos do Istmo; nem~ qualQ

  • o que dlzamos quando afirmemos que le obrl,esle 80S deve,es decldadlJo sob nosso Im~rio: n'lo ero palavras, mes de falo. 0\1 roen/ira?"Que /!el de d/U' 8 sso Cn/Bo? Posso discord8l1

    eR. _ ~ssmente O. Scrates.SOC. _ -Que fazes", prosseguiriam es Le/s, unJo Intri"lit $5con~s e MXNdos que conosco firmaste Mm ~o. sero vicio.sem e urgb1d8 de resolver ero lempo bre>e. mas efnwl!s de setentaenos. (1u,,,"" os que/s re fora facultedo eml,rer, se nds tedesgosf,,,.mos e se descobrisses setero Injustas es nosses

    COO""'~?Mas fll n.o preferiste nem Espala nem Ct8tl1. qve O'ftoesdimndo doradas de boa:S Iris. nem qualquer daS outTaS ckJlIdes vegasOll eSlJaowe1fM. De nC)$$O CQl'Im;o nAo le 8lI-..rasles t7IlIis do que osCO;

  • HumanldBde a itrfl.fl. a JuSI~. assim como a ~a/id8de a as /als? E.n.6o adI8S que o I)BI)BI de Sctales H manifeStad indigtlo? Tens deachar! Admilamos qlJ(I. ,raslado-se de"es lugares. vas pal'll' Tasd/la,para junIO dos amlgl)S de Crlrio, porque" pJVlJIe a desordem f eI/cenr;a, a qulr;1J gosrerlam de le ouvlr contar como fol c6mica a rusfufa da prlsio, uavest/do, metido nuro surr40 de COUtO ou noulro disfarcahabitual dos e..oolOs, e diss/muland/J esse jalto que o leu. Nilohal'enl owm diga qua. {XX SfH homem de idade, com pouco rempo devida. n'o le en",,,onhestes de le apegares de modo covarde 11ex/sUme/e. burlando as Iels mals venanlve!s? Te/vez, se nio magoarese nlngu~m: caso conlrlJrio, Ir's ouvir. Scrates. Inumeres indignidadesa I1ver/Js de favores de lodos, sujeltado-se a razar o que. sanlio a levara Wda regallIda na TessAlia. como se" live'SSfls /do para um banquere?E. aquelas balas paavras sobIe a Als~ e 0lItra5 fomJas de ..-rtudes?Por onde andarOO fllu? Oh/ Slm. pot _ dos fi/hos que desejuviver, para os criares e educares! Mas, dar? Vals Iev4-los para e Tess'l/ae lom/Hos esrrangelros de crlacfJo a formar;'o, para Que le flQuemdevendo mais esse beneficio? Ou nio ser.! assJm? SerIJ que, eslandolu l'I'Yo e sendo eles criados aouI, ferio melhor~ a h::"Cio sem11 tus companhia. pots rros dsdpulos que cuidario deles? Eilrio, separtires pat8 a Te$Sl//a. ales ClJkjado de reus fllhos mas mio hilo decuidar se partires para o Hades? Se a/guro preSllmo h deverss os Quete prolestam amizooll. lens dfl admillr Que slm. Nio. S6crates; ouvtt-nos s llS Que le criamos! Nio sobteponhas , Jus~a nem teus fillIos.nem rua Itda. nem qua/quer outro bem. para QUfI, chegJo ao HI/Ides,possas alefBl todas essas jusl~ pet3flle I)S que " govemem.Esl6 datO que. com squele~IO, squi mio sed melhor. nemmals juSIO, nem pIor, para 11 nem para nenhum dos leus: nem 16 ser'me/her. QUllnda l/veres chegado. Presentemente. partirs. se partiros.vIl/ma de Injus~a. nio nossa. das Lels. mas dos /'Iomens: se. por6m.le evades, retri/:luuldo assim ~on/Io$;lrnenlea Inus~ com 11 /tWU~.o mal coro o mal. ~11Jtldo teus pt6prios compromissos e eoeordo$

    n

  • COtlOsco. em detrimento daqueles a quem menos davlas lesar, de Ipr6prio, dos leus amigos. da lua ~rria e n0550. ns. enquanto vlveres.eslaremos Indignadas contigo. E. lA emba/JIo. nossas IrmJs. a Le/s doHades, nAo le hio de acolher com bene'lO~nc;a. e/entes de qve nosprocuras/es 8tTIl/nar na medida de tuas f0'f8S. Ohl Njol NAo POSSIJCritio persu~irte 11 faer o que ele dU com mals torr;e do que flS!Esses eonseihos. Cri!oo. mees quetfdo oompanMiro, fica celto.~me que os eslou ouvtndo. taJ como as ~les pMltCMIl 0I.Mi' o somdas IJautas; a ressonAneia mesma dessas palavra5 que zumbe nomeu InIJmo e rIJo me delJUJ ouvit a ovtrem. Pr;x 15so. aere6twne, lamoQtll!WIto amo llCOt8. (:1 que dissefes em setltido d/VenO. dlm em ..so.No enr.,o. se aspetllS algum ll!SUltado. podes faUIT,

    CR. - Nilo. S6etates; mio tefIho o que d/zef.s6c. - milo. deosista, Ct/tfio: procedamOS de$$8 f_ potqVe

    esse () o CM7IintIO f1(N onde 8 dMndae nos gr,na".

    Como se '16, a Il;lla de justio;a em Scr318S guarda estrello Vinculocom (:1 eumllflmeflto das Iel,. HIl que se cumpri. as Iel, 8 As sentenc;as,"'nOa qullOdo njustas. poi, so pelos melas legllls se pode oblar 8rewgao;:&o dos Irtados Injustos. Pare a evolucoo do coneellO de jusli

  • para que de(llcasse boa pa"e de sua vida BOlO estuclos. Dene torm..estudou aS\looomla e matemlrltica no Egllo. com os sacerdotes [)u.rente parte de 5Ua Jvventude e at 8tingir qUMenta anos. COIWlYeu comScrates e dedlcou-se , a"e da orat6ria. da retrica e da lilosofla. POI'YOIta dos qUlIfllnta anos de idilde tundou a A.cM1emJa. InstitulcIo QUeIegou , hUfl18ltld8de urna produr.:ao filosflce bastante exlensa e qUflSO leenou 5Uas POl'las 1'10 ano 529 da era eristil. por ordem do lrnpetlldorJuslinlano. PlatAo morreu 80S oiterlta anos. Conta-se que sua ltmIifeSPQSta. Instanles entes de SUiI marte. toI sobre a ;ust~: "Durenl.loda a mlnfla vida blI5QlIe'i compree~r eJfaI8ffllffita 1550: que jtJst~a.

    Entre suas pr\'lCipais obras estilo es segOOtes: 1.H'plas ~.ou da fillsld8de: 2.HpiM Mait:x ou do belo; 3./cltl. ou sobre Inadas:

    4.~. ou os sofistas; 5. A~ de S6ctates; 6. Cmlo. oudo deYer; 7. AJdbf1j5. ou da natureza do homem; 8.CAtmides. ou dasabedoria moral: 9.leques. ou do valor: 10. Usls. ou da 8fl'\Iz8de: 11.Eutitron. ou de pled8de: 12. Glgias. ou da ret6rlca: 13. M8ne1f/O, OUda or~ilo fnebre; 14. Menon. ou da YI"Ude: 15. Eutidemo. ou odebateor: 16. Cramo. ou da exiltid(1to das ~iMes: 17. O blinque/e.ou do amor: 18. Fdon. ou da alma: 19.A Rep(bilca. ou da Justll;e: 20,Fedro, ou da beleza: 21. Teero. ou da clncla: 22. Parm'n/des. ou delIdias: 23. O Sofsla. ou do ser: 24. Politico. ou da realeza: 25. Tlmeu.ou da natureza: 26. Crfrias. OU a AUantida; 27. Alebo. ou do prlHr:28. As Lels. ou da legislac;oo: 29. Cartas (de 1 a 13): 30. DlMaIoDefnir;"es;

    Estlma-se que apenas parte das obras dos autorel ...... diAntigliidade chegou at 05 dlas atuais. Muites obras 10I8fl'! ~rdIdIoutras consumidas no Incndio que destrulu a blbllOlllC1 de AIt'......I.Sobre ene Incidente. alnda hoJe arabes e cll"aOI cuIP4tn mutuamente pelo ato Ql,I(j liqouidou boa parte do 8CefYO d8QUfltI I>ltJIM,ltoellDlzse que o sultAo que teria ordenado o InctndlO .m (1,(1 d epronunciara a segulnte frase: se os /Mos~ 11 'Ao. ct,.m o ~

    ,..

  • es!' rl() Alcor(, sJo inreis, se o conllariam. 540 mentirosos. portan!o:fogo neles.

    Deillaodo de lado e lronla. pouco proYMl que os Arabes lenhamquelmado a bibllot~ de Ale~andrla, poIs a cMlizao;lo ~Imana legoogrande reSPelto ts obras produzidas pelos filOsofos grelos. AdemBisdeu importante eonl1lbull;lo pera a culture Ocldenttll ao trtlCluZIr multasobras

  • l(ocura demonstrar a seus dlsclpulos que o concello de Slrnonldes 6Insallsfatrlo, DOls se Ituardllssemos as armas de um aml,o e esrestltulssemos quando ele estivesse fora de seu perfello ulzo,estalfamos a cometer um ato de injustlca. PlatA Inicia, aulm, com osensinamentos de Scrates, a busca pelo ContellO de /Ilst!ca, Numdeterminado momento da obra, surge o diilogo com TflIsimaco, polseste entende que a justlca , como se 'o'Iu, o lnteresse do mais 'orte.quer no eslal:lo de nalurela, quer no melo sodal (poN'). No L/vro 11,Ptatao prossegue na busca por um concello de Justlca. propondo-se aanaIisar o que seria urna ddade justa. Ap6$ refletJr sobre o ideal daddade justa, passa a aplicar essas reflex6es 80S IndMduos. t nessert'IOmelltO que SOcrates define lIS lfs pme.pals eateorIl1S que devemexisllr numa cldaoe: os camponeses (comel'(:lantes e lWtesAosl. os,uardi6es e os filsol'os. Platao parece entendef o juSlo tomo a alltudedo hollle'oTl que CUfTll)I'8 com seus deYeres perante a poI;s. No Uvro 1tIP1l1Ao trata de formlll;Ao das criancas e critica a teotonla. CUida daantllise sobre a tormac;Ao ema PI com~condlciio humana &quera vMcla por prislOf'oeolrol ll;OO'erll.1tlot no fUOdOde urna C
  • sensO/lels, sAo rilfiexos e sombras da vida real que se desemola nomundo edemo 1i caverna. Enl~. o filsOfo. desvencllhando'S8 dascorrentes, COO1segue sal. da caverna e descobrir o verdadelro mundo. aorigem e 11 eSsncla de ludo. a "malJiJ ou o mundo Que esta alm dacavema. A mlssJo do filsofo. enlAo. 'elomar 1i caverna e 1lfOCUf8'libertar os demall seres humanos Que pe'lTIanecem aprisionados,conduZiI'ldo-o$ paQI tora da caverna. EIsa missJo di1leil. pols o filOSOfo mal compreendio por lodos, l!llXlI'I>OdBdo com SI.Ill tond~ &Iieflllda.H.lI nesslI apolOCla, Ineg&vet paralelo com os aconteclmenlos q...eculminanm com 8 morte de Serates. De quaIql,ler forma. Platio querestlllJele::el que o cnco camil'ltlo posslYel plIll o COlOll1ecllue"lo e parase atirlgir I verOal;le ti fiOsofia. rq esfera poIltJea, OU o Re! Ioma-sefilsofo. ou o filsofo tomB-se Rei.

    No Llv.o VIII. pana 11 formular urna tlpotollll de averno(Arisloe.i!lCl8. PluIOCfacill. OemocrllCla, nranla e Olicarqullll. 1IO pass.oQUoe. no Uvro IX apllea c8da urna dessas lormas de &OYerTlQ ao hcmemindividualmente cOI'lsklerll(lo. Por fimo no Uvro x. apresenta a mitologade E~ para eoslnar o que seria a Just~a em SUll planltude. Plataodemonslrll Que 11 verdadelrn /Us~a nao pode ser lllean

  • Ionga Iransmlgr8l;iG das almas, pela QUaI eSlas se purifiCam dos Viciose erros cometidos ao Iongo das vfIrias wIdas tel'rena5. \pOs pas.sar por

    de~~s o hollll!ill se purrtiea e encontra a verdlIidelr8jus~.PlatAo conelul sua obra. com o enslnamento de Scrates. de que ohomem virtuoso enconlrar a verdadelra Jusl~a e a lellcld8da. apOs umlongo ciclo de reencarnac/les, pelas quais conhece o verdadelrosignifICado da ~a.

    Nesse senlldo que se dl.l COrTunerlle que o sislema filosOl'lcode PlatAo um slstema idealista. Mas, o que se pode entendef por umslSlema idealista? Anles de se lldentrar na anllse do OIrellO e doJusto em Platao, lornase til uma breve anallse de sua concepcliomos6fica sobre o ser. Que significa dller que Platilo era um f,16so10idealista? Em poucas palavras, o idealismo a prlorldllde ql.l8 se d IJidla sobre a ,eall(\llde material. t ..-na compreensio sobre a tooria docoMecimenlO, pelo QUaI se prIor\Ul o sujeito em ,e1~ ao Clb;eto 11 a

    ~ia em relacao IJ mall'la. O Idealismo pode ser compreendido 11mrunclto da Teof1a das Formas criada por PlatAo e apresent8da ao longode sua obra, mas sobreludo em suas obras Timeo, Fdon, Fedro e ARep(bllca, pelas quals Platao desenvolve sua teorla da reminiscencia.Pela leona da remlnlschlcla Platao anslna que a alma anterior eacorpo. como a alma -adqulre" um corpo? seria melhor qUllstionar,como a alma se va aprisionada por um corpo? Pela leoria da

    remln~ P1atio explicita qua, antes da alma sofrer a queda paraIngressar no Interior de um carpo, vivencia uma longa experiMcia pelomundo perfello, o mundo Ideal, onde a alma uma espcle de cocheiroque COf1duluma carrvagem condulida por dais cavalos. Um dos cavalas a ralOO, que anda sempre no trilha: outro cavaIo a~, que atodo instante desvia o carro de sua .ola. A alma, condulora dacanuargem, ao mesmo lempo em que est vislumbr8da pelas belezas eperfeiees do mundo Ideal, precisa preocuparse com a condUCao dacarruagem. Num determinado momento. devklo ao comportamento dOcavalo qua representa a emoclio, o carto sai do t,lha, parte-se ao me",e a alma cal na teml. ocupando ..-n cotpO.

    A R "" do o..oco ... _......,. 83

  • Ola. ludo aqullo que a alma observou e aprendeu em suaexperiencia no mundo idelll. em tu~ da Queda. pemll,nece numeslado de eSQUl!C~lIe..lO. Daf a !eOl1a da remInIsotncia: o cooolleeionenlodo ser humano. em sua vida lerrena. decorre das lembran~85 ereminis
  • contingente, de cena forma. difk:ult8Y8 a defln~Ao do ser: o ser naverdade um "" 8 $er, poIs a todo Instante elgo difereflle do que forahi alguns instantes allas. Essa realldade mutante $lgniticaYa lambmInstabilklBde e fflllllidllde PlIfa as instituil;6es da polis, ralio pelaqual nAo podia servir para 1m te6rieo que buSClMl a perenidade Idealdas InstituicOes da poI,s e da Rellb/iea

    NAo serta exagero dizefoSe que Platao r_la em suas obres umceno desprezo pelo pavo. Para ele. o govemo Ideal serie aquele exercldopelo RelFMsofo: ou o Filsofo se toma Rel. OIJ o Rel se tfansforma emfilsofo. Talvez porCllIe asslslira a mone de S6

  • Ploplcl8Va natllralmenle o su,glmento de llm slstemalllosf\co Idealista,que priofIZ8V& a represenlllCAo mental Que se f& d& realldilde male-rial. Asslm. qllendo se dlz: urna Iwvofe. o su;ello lmedlauwnente buscaero sua mem6rla a kIla do enle malerial. Portanto, a kH:la que se f&do obfelO passa a ser mals Importante do que o prOpOo obfeto. A ldlaque se laz do se, ero si, passa a ser mals Importante que o prOprio

    ~,.

    ~ fkil pen;ebefse como esse sistema Idealista constr61 sua leoria]llrldlc:a. O idealismo ]llrldlco concebe a lel 1 o OIFlIIO ni!ionecessar\lWnentl decoueules da rea'ic\8de ou das necessldades sociais.O que imp;)rUI para o Ie&lslador ~ o eonoellO ideal de le! 1 de OlreilO,iIO qual a 18a1id8de fMica deW!f IIdapUlrse. O slsten'\ll)l.:llco idealistaenquadra a ,ealidllde fMica 1I1ei. Esta Pleoede _ flllos concrelos. OShOUletlS e a vida social, asslm como os 1It0$ a f8los socIals e poIfl:loosdeYem adaPtarS8 1I oroem social Ideal, Olla< que o Ie&lsllldor cOa lm8Ielldeal. slCnlflca dlzer que a lei prM urna conduta Ideal dos cldadaosna Wda 1m soeledade.

    Por outro l&do, a conce~ de Wda 1m $OCledade, no sistemafiloSfieo de P181Ao, parte da ldia de que C8d8 IndMdoo deY8 eumpri,rigorosameflle com a sua fUll9ikl na poIiS. O Estado toma-se llma vlsiklmac.oscOplca do homem. assim como o homem 6 a visAD mic'Oscpicado Estado. Oecoff8 d&l que o Estado Ideal pode se. alca~ada pelopapel IrKllvldu&1 de cada cldadikl e vice-versa.

    Uma dOS mals Importanles dllllogos de PI&lllo pa'll a compreensoodo coocelto de Justlca, encontra-se em SU& obra A Rep(Jbllca. T.ata-seda narracllo do milo de Er. P1alao finaliUl SU8 ot>ra A Rep(blica, com olivro X, Que 6, por assim dlzer, Slla COlltlusllo SObfe a jllsllCa. Pelalaltura do mito de Er, Plaloo parece dizer lOS que al41 entllo havlamacompanhildo suas Iic6es sobre a justH;a, Qlle Isla nllo pode ser

    iJk:~ nasle mundo. lugar de decadncla e de efellos delelrios,mas apenas num mundo ps.morte. SOrnenle ap6s amarte, em suaWda llItm tmulo, atrMs da transmigracio da lllma. o homem encontra

    "

  • verdadelr. Jus~. Aoutra. just~a que se busca em vid. POllI ..a1cllllCada pan::lalmente, atrMs da Yirtude e o cumplimento das lun9DMe deVeres de cada 10m n. poIis.

    BiS o tuto de A~ de Pf8l1o. Uvro x. que nlIl"nl o milo daEr.(33)

    "(...) A wmJ8de 6 que o que I'OU narrar4htl nao 6 un! eotIlo a.iUclno, tnIJS de urn /lOmll'rl'l ..alerlte, ch8m8do Er o Atml!nIo. PMlrDio IHInasclmento. TeneJo ele molrido ero combate, andavam seU$ pares areeo/her. ao fim de del dias, os mortO$ J6 putrefato$. quandoencontraram seu carpo em bom e$tado de con$e~Ao.CondUllram-nopara casa para lhe dar $l/pul/ura, quando, depols de jazer sobre a pirapor dO/$ dias, tornou ti vida e narrou a todos o que vir' no al6m.Contoo ele que, depols qll6 sua alma sarra do corpo, nzera camlnhocom multas 0

  • pergVnlllS ils ourrlls sobre O Qve sucedia no /111m, e as Qve vinham doclv, sobre o Qve 511 passava na ferra. Umas. 11 'IImllr e 11 chorar,re
  • Pflltlo em Atenas em 367 a.C. nela permanecendo dufBllte l'inte lIfI(IS.Em 343 C., o "" Rlipe dl8l'llOV
  • temporal. os sanlldos de forma seral e a record8l;Io. 8. Metaflsica.obra qlJe se COflSll8fOlJ atra~s dos s6culos. tOfrnlndo-se lJIll dos pi/aresda ci6nc11 modema. Nessa obra Atislteles abordou lemls como eible;ae e;qerl4nc1a. qws/(}es metodolgicas, potMc;a e J:llJ(Wes de energia.detink;1o de CllUsa e efelto. lHIidade do ser. natureza a estudo daverdade. entfe lWtfOS. 9. ttiCI a Nlc6maco. pela qua' discute comxofundidedfl o~ da Jus~ e do$ ~re$, 50b seus dWersosaspeclo$.

    A justk;a. pata Aristteles, compreendlda como parte datJCa, sendo urna das virtuele's mais importanlu para a condUcio dooornportamento humano, tanto em MUS MpllCtOS pslool&lCO:S quantoem seos aspectos socials. (34).

    A tIcB. no pensamento do fil6Iofo ~tlllliritlJ esta YOItat1a parao fim da atlvldade da palis e. conseQuentemente. panul urnapreoc:upecio 1m reI~ a comunklade e lOS cldad&o:s. Nene sentido.o justo da coIetMdade t/lllnbm o sera. de carta forma. para o IndMduo.O conheclmento sobre a JUStl~8 aDQulre. jlOrt8ll10, f1nalldade pralica(etilos). flUendo com que urna~ se COfMlrta 1m urna ~60 justa.com a inte

  • NecessMo destae8t que ajus~a , eompoeellkll pOI' Al 17 'como patte da tica (QUa"IClO se tala em~~ pMJeul8t) ou ......tica na sua tol8litlae (QI.I8tlO se fala em jus~ UIlIIIefUl). '"~ a principal de toas as virtudes. poi. 8">'e ser praticatI em~ pr6pria pessoa, sujeito de suas acOes. como tambrn em 1'IIl~1o prximo.

    Aristleles mencionll 11m suas ene~Oes duas espcles de ]usllQ.,Uma primelra' a erlConlrada em sua !otllldade, isto . a totalklade datodas as virtudes que uII~"

    "

  • correllvas. A justl~lI distributiva unta p.ropor~1o geomtrica. Comoexplica o prprlo filOsofo:

    "(...) la que se manlfesta na distribu~1o de~s elevadasde gO\llf!mo. ou de dinhelro. ou das outrB5 ceNsas que deooem serdMdidasenlfe os cidadlos que compartilham dos beneffclos OUlrNg/Jdos pelaC(ItIstlt~ 4 cldlJde, pols em tsis coisa, lima pessoa POde ter urnaP8Jf~1o desigual ou igual l de outta pessoa- (38'

    O justo dlsttlbutivo ocorre entre os ddad60s que deYem receberaqo.l1lo que Ihe lleYldo, ele acoroo com _ m6ritos. NAo se pode

    e~ que a soc:ledade em que AristOtele$ Y!Yeu era urna sociedadeesct

  • alcarw;:8f a Igualdade per1eita ou absoluta, Quanto Ilo sua Piopol'~aritmtica. enslna o filOsofo:

    .(} (1 jcJst~ nas re~s p#vtJdas , de fsto UfI'l.'~ daigutlJdtlde. e a InJust/~1J nestas re/~ofls sio urna espllc d'deslgualdlK1e. (...) , irrelflvanlfl se urna pessoa boa lesa urna peSSOIJmI. 0tJ se uma pessoa mI lesa urna pessoa boa. GIl se 6 la"I18 P"S08boB ou mi que cometeu a:Jutt6rio; a /el caltempJa SOfflIHIfe o "5plfdod1stinfM) da jusrit;a. e ITata as partes como IguaIs. petflJntando sornenr.se uma das partes cometeu ft a outra sofreu a '''jusfi~a. e se umainn/liu. a outra sofreu um dtlnO (40).

    A Iei. neste caso. deWl ser ,eral e impessolJl. WlItadlJ 11 iodosos moraOres da polls. Independentemente do mrito. da quallllcao;&o.da dlstlrw;Ao, da gua/dalle ou desigualdllCle que possa eJ

  • Exatamente ponue ArIstteles consklerava a Justl~a a mals sublime das vlrtudes. o ato Justo consiste em se alcancar o melo termo. JtIque a InJustl~a ~ carl!Cleriza pelos extremos. POf Isso se diz que avirtude estA no mela termo: o homem virtuoso lll:lUll1t! que. em suasao;lles. busca s.emple o equilibrio. o mela termo. NAo C(l'Yllfde e nemao;odado. mes prudtonte; nAo alcolatra e t8fTlPllUCO JeJur.o. mas bebewm mode,....ao.

    Em AtIstOtelt!s encontra-se /linda a kIla de IsonomIa. A justil;aparticular s pode elllstlr entre pessoas con$lOefad8S l&Uals peJ801te aIel. Por Isso~ que justica 56 "(..) lUiste p(Jr8 .oessoas entreas quals pode Ilaver IIljust~a. pols a Justl~a no santrdo legal a

    descrimin~.40 entre o que 4 justo e ,qusto" (42)Outro enslnamenlo Plecloso de Aristteles refere-se ao c:onc:eito

    de eqldade.~ sentido Ari$tOtelt!s Ieclona que:"(}A jusrJ;a e a eqiiidade sao pMarlto a mesma ooIsa. emborir

    a eq;dade Mja melhot. O que ctia o prob/firIa 4 o fato de o aqUltatlvoser justo. mas nio o justo segunOO a /el. e slm um rxxmt/vo da juSt~legal" (43)

    A lel elaborada para disciplinar as relao;es de torma geral.Assim sendo. nos casos concretos. ande a generalldade da leI nemsempre pode solv

  • um dos mals notfweIs sistemas jurklitos e detlniu o Direlto corno...que pode erlar e conservar no lodo e nn paneiJ a 'elie/de/N (laeomunidede porrra." (45). Arist6teles recoMece a eslsttncla de umDireilo NllIUral que deriva da natureza das coisas e que deW ler 1base do Direlto Legal. Esse Dlrello Natural' mutAveI e varlAveI. Poi.como leclOl'la o FilOsofo. Cada povo procura sua fellcldade a seu m()(1O:da sua partJcular m_Ira de vfwr e sua constltul~
  • da arte de elaborar a lel. Por derr&del.o. 8 causa finel. ou quenatalsa. disane a I'lnaIIdade do Oirello. P.1I que serve o Olreito? PanI ofilsofo est8&lrita, ti finalldlllle (rltlma do Olreito deYerla ser o bem_m.

    SerIa Importanle realcar. el008. que multas ldlas Integrantes do01.8110 moderno. surglram oflgina.lamente com AflstOteles, como 11leorla do dolo e da culpa. alnda que sob oulrll denomln8l;iio. Tambm eleorla da culpa 8'Correnle do ceso fortuito OIJ fOrl;1I malOf, e multasoutrls doutrinas de relev6rlele.

    POI demtdelro, nllo se pode della' de resulta. iI grandeeontribl.o!l;illo legada por Aristbleles na ... da tica e $Ua5 lmplcal;:6espare liS cineias julfdieas. Su3 D.u Memaco t~se urna obrae1ssk:a. que IIInda hoje representa Impc)nllllte refe.&ncle bibl~fk:asobre 8 temtica relacionada ti tica, ,. pol1locll e &O D1reilo. El! urnaPMe da obra lrk;a 8 Nic6m8CO. (47)

    ElleA A HICOMACOUVRO V, 1--No que se ref~ j jusfifa e.t /rtUS~ de\elTlO$ conside,. com

    que espkles de ~s se ,.adotJarn lilas. que~ de meo{MmQ6 o juslo e entre que e~ttemos o 8tO )4JsfO uro mekHermo. Nossa

    Jn~stigilfjose desenllCJlver' dentro da mesma /in/m que as discussoosanteriores.

    Segundo 11 op/nilio gerlll, a jusr~a' lJquela dispo~lio de eanllerque roma as pessoas propeflSllS a rea~zM o que I justo, que as faztJI1'justamenre 11 11 desIljat' o que juslO,' 11 de modo~, a /njU$~I 11 dispo~ que leva as PIJSSOlIS 11 l/fIir IrJusrllflletlte e ir de~ oque I il'jusIO. Adoremos, ramblfm fls, """ dIl~ como base 1IJnIl.

    Nao ocorre coro ss cf6nclss e faculdades o mesmo que sllClN1ecoro as dspos~s de carter. Uma s e lln/ca ellncllJ ou faculdal1e serelaciona eom objetos eonlrMos; enlrellJnro, urna dlsposl~~o de car6ter,qllll I um de dols conrnlrlos, nlo~ conduzir ramblm ao resulllJdo

    "

  • C()(ltr'rlo. Por exemplo, encontramo-nos na s/tu~Ao de .oH /lila"0.10 fazemo. o que 6 coot''rlo , sa(ide. e slm o que' uUdMl, diremos que um homem cam/nha de modo 'aud'l'fJl quando c.mWllcomo f8Zflm os hornens saudYeis.

    ~ pcx eSle re!a razIo que. muila. ~res. 11m "tflO'~pelo seu cOn/r'rlo. fI tambm com freqD'ncla os eSlados s'orecrmhec/dos pelos suje/tos nos qua/s se msn/les/am. No ptlll'le"ocaso, se COtIhf/o(;efllos a boa~ t1sica, s m.t oorldi(;Ao t,wnbfm senos /omn cOlOheooa e no segundo. a boa~. con/leeicM pel-.peSSOllS que se enconflam em boa eond~, e eSfas pessoas dooonheddas em tallo de SU" bo" ~Io. Se ti boa eond~1o for firmeza de C&'nes. m.t~ se lr1IdIJlInJ ne5Sflrlaontffife pe.camt! fIcidlJ, e S8llO't>eI sen) aqullo que foma CfIme ~.

    O:lnseqel'ltf/rlteflle. se uro 005 coo/flk1os fot~. o out"' osm igutJJmflnle. Pot exempIo, se o juSlO' ambI'glIo. o iflJu5l0 ta'7lblmo ser6.

    Ora. jusU~a e Inju.lk;a parecem ser COII(;flfOS ltIl1bfgllOS, mas.como 0$ seus difflfenfes sIgrt/fiCados se apro.wimam IH1S dos OlItlll5

    ambig/d~paSIa desapercebida. 80 pa.so que nos casos em que oss/gnlflcados se afastam muifo um do oUlro a amb/gD;d.de. mcompa,~IJo. f1c. evidente. Por exempW.{aqu; grande. dlferem;a deforma exterlor) como o emprego ambgllO da (JIflavt8 IlIe/. (JIff8 deslgn.,a clav/(;ula de uro animal e aquilo com que se Irenca uma poNa...,,1m.como ponto de paN/da. determinemos as v6rias lICfIp;6eS em QW dlz que um hornem ( Injusto. Tanto o homem Que Infringe /l lel como elhornem ganancioso, .1Jo considerados Injusto de tal modo qw ,MItoaqueje que cumpre a leI. como o hornem honesto. oovl_I -ao}U$/os. O juSlO. portanto. aquele Que cumpre e resllf"' ,., probo. e o Injusto' o homem sem /el e improbo

    (... } Nas dlspos~6es que fomam sobr. I~ o....lIl"r......1f. ~/lJIt11 /l VlWlt..em cornum, quer de lodos.~ do..~I011 dlJque/es que detlm o poder 011 des.. fIneIO. Qe modo Qt#f/.

    ...~do_ ... _.we.o"

  • em certo sentido, chamamos justos apenas aqueles atos que tendem aproduzir e a preservar, para a sociedade poltica, a felicidade e oselementos que a compoem. E a lei nos ordena praticar tanto os atos deum homem corajoso (isso , nao desertar de nosso posto, nem fugir,nem abandonar nossas armas) quanto os de um homem temperante(por exemplo, nao cometer adultrio nem entregar-se a luxria) e os deum homem calmo (por exemplo nao agredir ningum, nem caluniar); eassim por diante, com respeito as outras virtudes, prescrevendo certosatos e condenando outros; e a lei bem elaborada faz essas coisasrealmente bem, enquanto as leis mal concebidas nao as fazem assimtao bem..

    (... ) Essa forma de justir;a , portanto, virtude completa, pormnao de modo absoluto e sim em relar;:ao ao nosso prximo. Por isso ajustir;:a muitas vezes considerada a maior das virtudes, e "nem Vsper,nem a estrela d'alva sao tao admirveis". e proverbialmente, "na justir;:ase encerram todas as vIrtudes ". Com efeito, a justir;:a a virtudecompleta no pleno sentido do termo, por ser o exerccio atual da virtudecompleta. completa porque a pessoa que a exercita pode taze-Io naos em relar;:ao a si mesmo, mas tambm em relar;:ao a seu prximo, jque muitos homens sao capazes de exercer virtude em seus assuntosprivados, porm nao em suas relar;:oes com os outros. Por isso saoconsideradas verdadeiras as palavras de Bias, "que o poder revela ohomem ", pois necessariamente quem governa est em relar;:ao comoutros homens e ao mesmo tempo um membro da sociedade.

    Por essa mesma razao diz-se que somente a justir;:a, entre todasas virtudes, o "bem de um outro" porque, de fato, relaciona-se com oprximo, tazendo o que vantajoso a um outro, seja um governante,seja um membro da comunidade. Ora, o pior dos homens aquele queexerce a maldade consigo mesmo e com os seus amigos; e o melhordos homens nao o que exerce a sua virtude para consigo mesmo,mas em relar;:ao a um outro, pois esta a tarefa difcil.

    Portanto, neste sentido a justir;:a nao uma parte da virtude, mas

    98 Everaldo Tadeu Quilici Gonzalez

  • em cerio sentido, cOlimamos justos apenas aqueles lItOS que tendem IIp'Oduzlr 111 11 preSllrvllr, para a socledade pollrlClI, 11 fellcldede e oselemenlOS que 11 comp6em. E alel nos Ordftnll pratlcar talllo os atos deuro homem OOt'lI}oso (Isso . niJo deseftllf de nosso posto. flem fugir,flem abandonar nonas armas} qll8l'lto os de um Imem temperante

    (~eJt.emplo. nlo crometer adultrio nem enlrefaHe 11 luxrill) e os deuro homem calmo (~ el1rful compIetlJ, pcKmnAo de modo~o e SIm em re~ _ nosso Pf6Jrimo. Por isso ajr.rst~ muirllS ~1l!S~a. rnaot das l'irtlo'des. tr "nem Vsper,nem estre/IJ d'lJMI s40 tlo admIlhYef,", e prtMlftIIlltmet'Ite. na justi

  • a 'IInude completa; nem s~ conlf'rlo. a Injust~a uma parte do"'do. lT/lJ$ o "'do corn,oIel:o. O que dissemos tOOllJ erideflle adi~entre a"rtude e a just~ nesse sentido: sjo e/as a mesma coiStl. masdiferenclam-se na sua essMela. Ajusti~lI. Quando praficada ero re/1I'V1o8Or8. eq(irdlJde impl,CtI pelo menos duas colsas. O justo. PO'conseqli6ncia. dlM! ser 10 fllE a mesma eqlildade se obsel'\l fato de que as dlstribulc(esdeVl"m ser feitas de 8COfdo COffl o mirito pois todos Bdmltem que 11

    distri~ justa deYe COllCOI~ com o mI1to t'llMl'l sentido~.St' bem que nem lodos explicitem a me5m8 esp/JeM de m6nto. lT/lJ$ osdemocratas o /dentiflcam como condf80 de homero Ilvre. os oligarcaseom a riqueza ou nobreze de naselmento, e os eristoeralas eom aexee/lJncle.

    ..

  • EIS ~r, poIs, o que I o juslo: o proPOfClona/: e o Injusto I o que~~propo~.

    (on} Els fXXQt.I6 ~s pnSOM ~ /S{IlJIa reeotU'm ltO juil;~ltO julz I 'ecom!'Ia~. pois ~ natUl'enl do juU I S urna espkie dejusr~~ 8Ilimada; e fXI)ClKIJITl o ju/Z como intermediario, e ~ alg.msESlados os jufzes sAo ch3tnados m1IM1ores. na certeza de que, H os1itl8lltes conseguh'em o equlbOO. ~uirIo o que I jusro. O justo,pois. f o equilibtlo, um meIo-renno, II~ o ju;z o .

    Ora. o julz resla~rece a equidlJdll. t. como se houvesse uma/in/la divl(Ma em partes des;gu~ls e ele rerlrasse e diferent;a pe/e qualo segmento major excede a melade ptlrs ecrescenMla ao menor. Equando o todo follgualmente dividido, os Iltig8t1leS dizem que rtl

  • CAPTULO VIA Filosofia do Dieciro no pcnsam~nto

    filosfico ~picurista ~ estico

    "'gumas tl6cillldas ap6s a morte de A1e_andre, em 323 11. e. 11Grdll serlll conquistada pelo crescente lmptrio Romano. A pIIltlr desMl'l'IllQulstados. Multos de seus fllhos mals Ilustres educarllTl" IU'da cultura grega Antlga. Dessa forma. a Filosolla de PIlIlo I diAristOteles acabllram por InfluenciiJ( de lOI111a dedslva o OI..ltO RomlflO.

    No periodo helnico. surgirlam duas escolas dO pen,_ntofilosfico Que se destacaram entre os romanos, o Iplcu.h~ I oestoicismo. Qullis sM as bases do pensamento ju.IlI'CO 'llOCu'.SII1

    '"

  • Prlmelramenle precIso elembtar que Epl~u.o (341-270 a. C.l vlveunum periodo h1516rk:o de dedlnlo da cilllllzllol;lo ega.

    No campo do Oirelto Eplcuro ~onslerado o fundador da prlmeiramantfeslllol;lo do denominado ~onlrat...ansmo jurldlco. Para Epk::...ro. afanjlia e a soded8de 1'110 possulam urna orf&em nat...ral. como pe1lS8VllAristteles. mas ecorrlam de ...ma ~onvefll;Ao. 110 conttirlo do que(lizja Aristteles. para Eplcwo o hornefn nAo um animal po/lllco e aSOCIed8de nAo ...-na ordem narural. A po6s e a pr6flrta sodedade saoconseqUenelas de Utrl pacto que os homerlS ce\ebfaf8m p.lfa fugjremdas granes OII\culdades que o estao de naIUnlUl Ihes 1mpI.dIa. AImdisso. Epk:uro acretBYa que o hOlloem' urn ser &ulado por Utrl prirdpiobMico, que se constiWI na constante busca da fellcld8de, E a fellc:idade56 pode ser 8Icar'o;adB por mt'io de tma condvta que afllSle o homemdo sofrimenlO e da doto ES58 CORduta deYe p.aularSf! pelo COI"i'\PIetocontrole dos dese;os Irlirteis ou que eausem a infellc:idade do homem(afaraxla).

    O conttawallsmo de Eplc...ro. por compreener a sodedade comoal&o construido o 1'110 nat....al. pressup6e que o lnclMdllO antecede ili

    so~iedado. Esta se.la formada pelos Indivlduos particularmenteconsiderados. entonchmento q...e p

  • RO sustentar seu cOlttratuallsmo. Que no munOO os enlmall, _ ....puderam faler pactos para nAo proyocllfem ou sofrerem ~. naoe~st8 justo nem ~1O. Eplcuro estenc\ll eS58 entendlmento _ PO'I'OIque filo conseguiram at8lxJ
  • motNo oue do escol~s qualquer {X8Ur. 4Il1es. pomos de l~mullos prlJures qultndo, como resultlJdo deles. sofremor maiorespesllres: e 19u1rlmenrll prefllrimos multas ~s 80S pnueres quando.depo/s de longllmen/e hlll'tJrmos suportado (lS dorllS, golllmos dept'anl'eS mmres. Por conseguln/II, cada um dos prazeres possul porna!lllrZll um bem pr6prio. mas 1IIo.NI """" escolhM CMJII um deJes.do mesmo modo como a dar 1m mal. mas Mm sempl!' .se deW! e.l'l'"la. C()(l~m, ent80, IIstimar IodoS os bens dll vKJa de BCon1o com amedldll e crir'rio dos benllfl"cIos Il dos PtlljullOS, poIs Que. segundoas oeBSfOes. o QUe consideflJdo um bMI pode prodUlir uro mal e. emrroea. o que COI'I5idet'ado 1m mal. pode (XOdIJzk 11m 1Jem.

    E~ a 5f!8lIkl/e quesl" a respMo de cada desfijo: que mesuceder' ao cumprir..e que QUer o meu eJesejo? Que me BCOIl/ece,'se nlo se cumprir?

    Algurts desejos sao nlltura's e necessrios: ou/ros 510 na!lltBIs ede$ileee.$$lriOS: 0tIff0$ nem natunJ/s l'lI!m fMCflSS*ios. mas nilSddosaperllIS de LJmII vi opIniao.

    AQueles cJese}os QUe nlo tnuem dcx qullfldo nlo sarisfelros. nlosao necessr/os: seu impulso pode ser IlICllmenre delxildo de lado.quando difiCIl obter a SUII se!isf~1o ou pIIfflCflfII muer consigo algumpr~ullO.

    Nao .re dfM! SUOOf /II'IfJnaflNa/ QUfla alma soln! com 05 fritos dacarne. A "IlZ da carne di:t;: nlo sofra 11 fO

  • (...) Qupndo /P pngustlas com PS tUIIS dofllP. /e esqueces dllnarurez".. p ti mesmo lmp6es infinitos de~jos p temols.

    Entlo. quem obedece natureza e nlo uma vi oolnllo a sipt'prio~ basta 11m todos 05 casos. Com efe/too tUdo oQlle' neQ!lUtnc)e sufk;/ente por ""turll'za. loda~ riQveza, mllS. por~.tocom o IIlffnJro dos desejos. at a maJ~ riqueza' pobreza.

    E consldenlmos um grande bffil o bfitM'se 11 si pt6pno. ll60com o !1m de 00$$Uit .sempro POUCO. mas P8I"/I nos conrllflfatmOt' oompouco. no caso em que venhamos a estar em necestdad,~tirn.amll'nte pen;uadldos de que dt'sfM'4m da~ do modOmals~ aqutle$ que: menos necessJdades to!m. TudO o qc,. '

  • Pl'noa amada. nem os pr8lefeS da mUII, nem de todas as
  • o justo 6 sempte setef'IO e o Injusto~ sempre lomado pelamakx~.

    RealiL~ o sAbio alo que OOfluarie 11 ,...~ sBbendo queDlIrmanecer,9 ocult01 Nem sempre rAel1 encontrar uma respostllIIbsoilllll..

    Qutrll eSCQIa ~tnlca, Ude par mullOS como e miliS bele correnlefiIos6Iic8 naseda do erw:ontro das eulturas~ 101 a escolaestica. surgida par YOl'Ia dos lIfI05 J(X) a.C.

    O lU'ldadof dll escoIa esI61ca IDi zenio de elelo 1334 262 e.C.).Aos Yinte e dais anos Zenlla nu:ioU-se pare AI_slf(!Ql'llfltando vArill$esc~as de flIosofia. Por volta dOS anos 300, lun

  • 8 tlcl, entendida como cOf'ljunto de virtudes que pe.mllem urnaexlsll!ncla soelal pacrnea e fenz. Inerente /l p.p.la /luto humana.Dessa fonnl, o estoicismo admite a exist60cla de um Direlto Natural.em decorrbleia do quaI o homem encontra a SUB eM6ncla cOS/TIOIXlIita,isto /l, cldadio do mundo. prE'OCIopaM em contribUIr para o bem comum.priorizendo os Interesses da cornur'IIdade _ seul p10pri0s.

    o Periodo est6ko (334 Le. - 210 d.C.) abnIn&e os trfs sculosque antee:eelem 80 cr1sllanlsmo at o sculo IU da era erisla. Na hlstriada cuItUllI hl.ma"l8 e55e peOOdo pasY'U sef denOminado de helenismoe na Nslria da Fllosofia do Direito deuotnlua-se P8f'Odo da Filosol'lamoral. porquanto o conoeito de jus~ eSla estritamel'lte YlncuIado com05 fI.n:la'nentos moral! da conuIa 1ll,Imana.

    Cutre earactel'lstka do esto;clsmo. I! sua preoeu~ eom osinlticado da exlst6ncill~ no rTU'Ido. Trata-se do SUf&lmemo deum8 primelra filosofIa ex!sterlCialista, JA que o estoicIsmO~ abusca de ValOfel voltadl pMa o bertI e para ti felleldll(le. Nesse buscapelo 5enUOo da edst6ncla hl.nlilllll, o pensar e o e&lr t1losOtlco preparamo hornem para I convlvncla humana atrav. da busca de umcomportamento llco a morlll, bem como prep8l'8Il1 o ser humano paraiI morte. etrllVs de urna libertllol,i\o paulatina das PteOC'JP8COes terrenase lnevlttwels, corwencendo-o da exlstncla de l,Ifl1a conselncla univer-sal que tllClO rege. Ao conlrrlo dos enslnamenlos de Scrates e Platllo.os estOicos n~ llCredltavam numa vida lIlmtumulo ou na teorla datransmlllr!ll;rto das almas. Com II morte do COlPO. liste voltarllla Intellrara ordem Csmk:a. lsto . continuarla como pane da COI'Isclncla un~f'sal. rlllllo divina que rege o mundo, deixando sua lorma corporal ante-rior lllonllestlll;lo da mBis elevada expressAo divina pala Integrar aOf'dem c6smlca.

    No pens.amento filosfico dos estOIcos o bem supremo do homem 8 Ill;&o Ylrtuosa que proplda a leIicidade. Da Ylda '