a exploração diamantífera em angola

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Descoberta e exploração dos diamantes - Brasil Twit This! marcadores: o brasil e o ouro | O ouro não foi a única riqueza encontrada na região das Minas Gerais. Em 1729, o governo português foi avisado da existência de jazidas de diamantes na região do rio Jequitinhonha, próximo ao Arraial do Tijuco (atual Diamantina, Minas Gerais). As primeiras descobertas de diamantes no Brasil ocorreram em princípios do século XVIII. Logo o Brasil transformou-se no primeiro produtor moderno de diamantes do mundo. Até essa data, os diamantes eram comercializados em pequenas quantidades pelos portugueses, que valiam-se do entreposto de Goa, na Índia. De início a extração era livre e o pagamento dos impostos fazia-se como o do ouro, isto é,pelo quinto. Logo as autoridades pensaram em outra forma de controle, dada a facilidade de burlar o fisco. ilustração de Carlos Juliano representa escravos trabalhando em uma mina, Minas Gerais, século XVIII As autoridades agiram rápido. De imediato, anularam todas as concessões de terras no local e proibiram a exploração de ouro. A extração de diamantes foi transformada emmonopólio do governo português e quem fosse pego explorando essas minas sem autorização podia ser punido com o degredo (exílio) para Angola.

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Page 1: A exploração diamantífera em Angola

Descobe r ta e exp lo ração dos d iaman tes - B ras i lTwit This! marcadores: o brasil e o ouro |

O ouro não foi a única riqueza encontrada na região das Minas Gerais. Em 1729, o governo

português foi avisado da existência de jazidas de diamantes na região do rio Jequitinhonha,

próximo ao Arraial do Tijuco (atual Diamantina, Minas Gerais).

As primeiras descobertas de diamantes no Brasil ocorreram em princípios do século XVIII.

Logo o Brasil transformou-se no primeiro produtor moderno de diamantes do mundo. Até essa

data, os diamantes eram comercializados em pequenas quantidades pelos portugueses, que

valiam-se do entreposto de Goa, na Índia.

De início a extração era livre e o pagamento dos impostos fazia-se como o do ouro, isto é,pelo

quinto. Logo as autoridades pensaram em outra forma de controle, dada a facilidade de burlar

o fisco.

ilustração de Carlos Juliano representa escravos trabalhando em uma mina, Minas Gerais, século XVIII

As autoridades agiram rápido. De imediato, anularam todas as concessões de terras no local e

proibiram a exploração de ouro. A extração de diamantes foi transformada emmonopólio do

governo português e quem fosse pego explorando essas minas sem autorização podia ser

punido com o degredo (exílio) para Angola.

Em 1743, o governo português criou o Distrito Diamantino, administrado inicialmente

porRafael Pires Pardinho. Para evitar o contrabando, Pardinho impôs à população local um

isolamento quase completo em relação a outras regiões da colônia. Ninguém podia sair sem

Page 2: A exploração diamantífera em Angola

prévia autorização do Intendente, que tinha poder de vida e morte sobre os habitantes da

região demarcada. Mas o valor de venda dos diamantes era tão alto que os próprios

funcionários do rei contrabandeavam as pedras.

O centro administrativo do Distrito  Diamantino, localizado no arraial do Tijuco, fazia valer a

autoridade do intendente por meio dos chamados Dragões de Minas, que eram a tropa de elite

para reprimir qualquer tentativa de contrabando.

A permissão para que particulares participassem da extração de diamantes só foi dada em

1739. Em troca do pagamento de uma quantia fixa ao governo português, essas pessoas,

chamadas de contratadores, exploravam as minas utilizando trabalho escravo.

Economia

A região das minas funcionou como um grande imã na colônia, isto é, atraindo gente pela

possibilidade de enriquecimento fácil e rápido. Essa atração exercida pelo ouro fez com que, ao

longo do século XVIII, ocorresse uma intensa circulação de mercadorias e animais na colônia.

A maior parte da população concentrava-se na região das minas, e sua única preocupação era

achar ouro e enriquecer. As atividades agrícolas foram esquecidas e relegadas a segundo

plano. O resultado foi que gêneros alimentícios e vestimentas tiveram uma alta de preços

nunca vista antes.

Isso significava que um produto custava, na região das minas, aproximadamente cinquenta

vezes mais do que se pagava no litoral.

Com a região das Minas consumindo uma grande quantidade de produtos que não produzia e

devido ao alto poder aquisitivo gerado pelo ouro e os diamantes, as atividades comerciais

internas à colônia, antes insignificantes, tiveram um grande desenvolvimento. Os surtos de

fome provocados pela precariedade do abastecimento, foram superados com adinamização

da economia.

A mudança no perfil da economia se materializou no aparecimento de centros produtores de

alimentos em torno da região das minas. A partir de então, surgiu uma verdadeira malha de

caminhos que ligavam as diferentes regiões da colônia com o centro produtor de ouro.

Os caminhos e o comércio da colônia

Page 3: A exploração diamantífera em Angola

Nas primeiras décadas do século XVIII, o desenvolvimento da economia mineradora foi

estabelecido graças às prospecções – em sua maioria executadas por bandeirantes – que

permitiram a descoberta de várias regiões ricas em metais preciosos. Em tempos ainda

mercantis, o acúmulo de ouro e prata servia como uma rápida alternativa para a resolução

dos problemas econômicos de Portugal.

A busca por esse tipo de riqueza acabou também viabilizando a descoberta de locais ricos

em pedras preciosas, principalmente o diamante. No ano de 1721, o minerador Bernardo

Fonseca Lobo noticiou a descoberta das primeiras pedras na região do Serro Frio, no

arraial do Tejuco, em Minas Gerais. Inicialmente, a notícia da descoberta foi mantida em

sigilo pelo explorador e outras autoridades locais que realizaram a extração ilegal.

Justificando terem dificuldades para identificar o valor comercial das pedras, os

colonizadores daquela região enviaram a boa nova para Portugal em 1729. Num primeiro

momento, os portugueses decidiram expulsar todos os mineradores da região e arrendou

a exploração do espaço diamantífero para particulares. Essa medida visava garantir

antecipadamente o lucro da metrópole e regular a valorização das pedras no mercado

internacional.

Os problemas recorrentes com o contrabando de pedras e a sonegação de impostos

motivaram uma séria mudança no modelo de administração dessa atividade. No final de

1771, sob influência do marquês de Pombal, o chamado Distrito Diamantino passou a ser

controlado diretamente pela Coroa Portuguesa. Para realizar a exploração, o governo

colonial realizava o aluguel dos escravos oferecidos pela população local. Nesse tempo,

os lucros com a extração tiveram um visível aumento.

Durantes as andanças pelo território colonial, o naturalista Saint-Hilare registrou em suas

anotações a presença de uma intensa atividade econômica e cultural na região do Arraial

do Tejuco, local onde a exploração dos diamantes era mais intensa. Outra personagem

histórica da mesma localidade foi o explorador João Fernandes de Oliveira, conhecido pelo

seu grande poderio econômico e seu famoso relacionamento com a ex-escrava Xica da

Silva.

No século XIX, a redução no volume de diamantes encontrados na região levou a Coroa

Portuguesa a modificar o sistema de controle e administração do Distrito Diamantino. No

dia 6 de março de 1838, já sob o controle do Império Brasileiro, a região do Tejuco foi

Page 4: A exploração diamantífera em Angola

elevada à condição de cidade, e mudou seu nome para Diamantina. Em 1853, os

organismos que controlavam a extração dos diamantes foram finalmente extintos.

oCaminho Geral e o Caminho do São Francisco. O primeiro ligava a capitania de São Paulo,

passando por Parati, até a região das minas. O do São Francisco era o caminho “natural” entre

o Nordeste e as minas.

Como o Rio de Janeiro era um importante centro fornecedor e havia necessidade de melhorar

o acesso à região das minas, o governo da colônia resolveu abrir o Caminho Novo das

Gerais, pelo qual, segundo o cronista Antonil, era possível fazer a viagem entre o Rio de

Janeiro e Minas Gerais em 10 ou 12 dias.

Esse novo caminho, com suas ramificações, facilitava o trabalho de fiscalização da real

Fazenda, que instalou barreiras e registros onde a passagem era obrigatória.

Nas proximidades de cada barreira ou registro, iam surgindo aglomerados de casas que, de

povoações se transformaram em vilas e depois em cidades. As cidades de Mogi-Mirim, Mogi-

Guaçu e Ouro Fino são alguns dos exemplos de formações urbanas em torno dos registros

da Real Fazenda.

Nos vários caminhos que ligavam as diferentes partes da colônia a Minas Gerais, também se

formavam vilas e povoamentos junto dos pousos, pontos de abastecimento e descanso dos

viajantes. Aos poucos a colônia tomava uma feição que se poderia chamar de urbana,

principalmente graças à circulação de uma personagem  nova na economia e na sociedade

coloniais: o tropeiro, condutor das tropas de mulas.

Do Nordeste vinham para a região das Gerais escravos, tabaco e muita aguardente. Além dos

caminhos principais, existiam os secundários, por onde muito ouro era contrabandeado.

A exploração diamantífera em Angola, que garantiu 765 milhões de euros de receitas em 2011, está em expansão, face aos anúncios do grupo privado português Escom e da estatal angolana Endiama, reportados hoje pela imprensa em Luanda.   Segundo a edição de hoje do Jornal de Angola, Hélder Bataglia, presidente do Conselho de Administração da Escom, maior grupo privado português presente em Angola, anunciou para meados deste ano o início da produção de diamantes na concessão de Luô e na região Tchegi, depois de quatro anos de prospeção, através da participada Escom Mining. O investimento foi feito ao longo de cinco anos e, só em prospeção, o grupo empregou 155 milhões de euros em 14 concessões, o que permitiu que se tivesse

Page 5: A exploração diamantífera em Angola

uma noção das reservas que existem na região concessionada. Essa região constitui apenas a primeira fase da exploração, como ficou combinado no acordo rubricado entre a Escom Mining e a Endiama. O grupo Escom, fundado em 1993 pelo grupo Espírito Santo e por Hélder Bataglia, começou a atividade ligada ao "trading" e apostou depois na diversificação dos investimentos, designadamente na energia. Nas declarações ao Jornal de Angola, Hélder Bataglia disse que a Escom vai investir no setor energético, permitindo o "desenvolvimento harmonioso e sustentado" de toda a atividade mineira. Também na edição de hoje do Jornal de Angola, o presidente do Conselho de Administração da Endiama, Carlos Sumbula, salienta que a estatal angolana vai iniciar ainda este ano a exploração da primeira mina de diamantes na província de Malanje, o aluvião de Maua.

Ambientalistas e biólogos angolanos repudiaram a intenção de uma empresa de origem “duvidosa” que elaborou um projeto denominado “Capunda”, que visa a exploração de diamantes na Reserva Integral do Luando (Malanje), habitat natural da Palanca Negra Gigante.

Uma fonte da Angop disse hoje, terça-feira, que este projeto já começou a criar uma discórdia, não só por parte dos ambientalistas e biólogos, como nos populares que vivem nas cercanias que foram anunciadas.

“ A área de concessão do projeto está toda dentro da Reserva Natural e Integral do Luando, onde estão as últimas manadas de Palancas Negras Gigantes”, disse a fonte.

Acrescentou que este projcto poderá causar um aumento da pressão sobre os animais, devido a destruição e perturbação do seu habitat, além do incentivo a caça e circulação de pessoas no local.

Segundo a fonte, o projeto não deve ser possível à luz da legislação ambiental em vigor no país, visto que não reflete o compromisso do Estado tal como descreve no ponto 2 do Artigo 39º da Lei Constitucional da República de Angola.

A implementação de um projeto desta dimensão numa das mais importantes reservas naturais do país pode abrir um excedente extremamente negativo e com eventuais consequências para todo a rede de áreas protegidas nacionais, podendo resultar na aprovação de ações de desenvolvimento de gênero em outras zonas verdes.

Realçou que a Reserva Integral do Luando é a única área de conservação em Angola que está no Anexo I da União Mundial para Conservação da Natureza (UICN), da qual Angola faz parte.

“O Anexo I é o mais importante e restrito e impede o desenvolvimento de quaisquer tipos de atividades de desenvolvimento, indústrias e turísticas, sendo apenas permitido a proteção da biodiversidade e investigação científica”, lembrou.

Desta feita, para o responsável, a empresa responsável que autoriza a exploração e extração de minério deve primar pelo conjunto dos dez (10) princípios ambientais nos contratos que assina com os seus parceiros, como importante instituição nacional do país

Page 6: A exploração diamantífera em Angola

e membro signatário do Memorando de Entendimento para a preservação da Palanca Negra Gigante.

Interrogado caso o projeto avança, a fonte advertiu que efeitos negativos poderão surgir como uma agitação e movimentação de repúdios que terá reflexos não apenas a nível nacional como internacional.

A Palanca Negra Gigante, além de ser o símbolo nacional conhecido por todos os angolanos, é também um animal em ameaça de extinção.

Atualmente se estima não existirem mais do que 100 animais e com o seu núcleo principal localizado na área Centro e Norte da Reserva do Luando.

Sob coordenação do Ministério do Ambiente, têm sido, desde 2003, desenvolvido, com o apoio de diferentes parceiros, projectos para proteger a Palanca Negra Gigante nas suas áreas de origem, no contexto do Projecto de Conservação da Palanca Negra Gigante.

Entre 2009 a 2011 foram realizadas operações de capturas que decorreram nas duas áreas de conservação da Palanca Negra Gigante, nomeadamente no Parque Nacional da Cangandala e na Reserva Integral do Luando.

As referidas operações permitiram a marcação de mais de 50 animais, sem se registar morte ou lesão de qualquer um.

Com esta ação foi possível criar o Santuário da Palanca Negra Gigante no Parque Nacional de Cangandala, onde estão confinados 24 animais, oito dos quais nasceram neste local.

Assim, os ambientalistas e biólogos de Angola, assim como especialistas internacionais trabalham na protecção deste animal, além do controle da sua reprodução e das investigações científicas. Cerca de 80% da produção diamantífera mundial provém da exploração de depósitos secundários, de aluvião, as mais das vezes recobertos por camadas estéreis mais ou menos espessas. Estes depósitos são todos explorados a céu aberto utilizando equipamento de remoção de terras e material de transporte de grande capacidade, pois um depósito diamantífero será já economicamente explorável se a relação peso de diamante/peso de estéril for da ordem de 1/25 000 000, o que quer dizer que para se obter um quilate (0,2 g) será necessário remover cinco toneladas de material diamantífero. Estando as aluviões mineralizadas geralmente recobertas por espessas camadas estéreis, haverá primeiramente que as remover para depois desmontar o material diamantífero. Seguidamente este material, o «cascalho» como normalmente é designado nas minas, será transportado para as lavarias onde será submetido a tratamento adequado para separação dos diamantes do material estéril. Compreende-se deste modo as enormes quantidades de materiais que é necessário remover primeiro e tratar depois, para obter os diamantes. Por estes motivos, nas grandes explorações de diamantes, têm sido desenvolvidos métodos e técnicas sofisticadas de remoção de terras a custos unitários baixos: desmonte hidráulico, utilização de grandes e poderosos meios mecânicos, etc. No caso dos jazigos primários, os quimberlitos, dadas as suas características, inicia-se a sua exploração a céu aberto para, a partir de certa profundidade, se passar para a exploração subterrânea.

2. De notar no entanto que os depósitos aluvionares principiaram a ser explorados há alguns séculos, na Índia primeiro, no Brasil depois com os Portugueses, por

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processos e com meios muito rudimentares: o desmonte e extracção eram feitos a «pá e pica», o transporte do material diamantífero era manual, em cestos ou em carrinhos de mão, e o seu tratamento era realizado com bateias manuais. Ainda hoje este procedimento é adoptado com pequenas variantes pelos «diggers» da República da África do Sul, pelos «garimpeiros» do Brasil e um pouco em todos os países onde são extraídos diamantes por pequenos exploradores. Também se deve fazer notar que a maioria dos depósitos aluvionares não são de grande extensão nem encerram grandes quantidades de diamantes, pelo que, um só depósito, não justificará, só por si, a utilização daqueles grandes e sofisticados meios de remoção de estéril, extracção e transporte de material diamantífero; é por isso que subsistem ainda por todo o mundo onde se exploram diamantes pequenas explorações feitas com meios muito rudimentares, quer materiais quer humanos. Aqueles grandes meios mecânicos — grandes drag-lines, moto-scrapers, escavadoras e retro-escavadoras, bulldozers, — apenas são utilizados pelas empresas, etc., concessionárias de vários grandes depósitos, que os vão empregando sucessivamente na exploração desses vários jazigos. Há também explorações diamantíferas nos leitos dos rios: nestas, ou o material diamantífero é retirado do leito por dragagem como acontece em algumas explorações da Costa do Marfim e da Venezuela e foi também ensaiado em Angola, nos rios da Lunda, pela Companhia de Diamantes de Angola, ou, então, os rios são desviados para leitos artificiais e a extracção do cascalho é realizada com os meios humanos e mecânicos mais adequados, como a Companhia de Diamantes de Angola procedia nas explorações do rio Cuango. Outros casos de ocorrência particular são as praias — Namíbia — e os leitos marinhos. Nestes casos a mineração assume aspectos característicos: — No caso das praias são usados grandes equipamentos de remoção e transporte do material diamantifero, após a prévia construção de diques; — Nos leitos marinhos é feita a dragagem com dragas colocadas em navios.

GOUVEIA, Jorge Augusto da Cunha, Pedro Cabral de Moncada, José Frederico Aguilar Monteiro, Manuel Gregório Nunes Mascarenhas Neto (1993), Riquezas Minerais de Angola, - ICE, Cooperação Portuguesa, Lisboa

MINERAÇÃO

Exploração de diamantes gera conflito cultural

 

A riqueza diamantífera de Angola oferece um espantoso contraste com as condições de vida da população: é o terceiro maior produtor de diamantes do mundo, mas ocupa a 166ª posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2004, entre um total de 177 países avaliados. As maiores reservas, inclusive inexploradas, ficam na região das Lundas, no nordeste de Angola. São cerca de 180 mil km2 delimitados como Zona de Reserva Diamantífera, com mais de um milhão de habitantes.

No passado, as pedras brilhantes das Lundas entraram para o rol dos "diamantes de conflito", ou "diamantes de sangue", por financiarem a guerra civil, que durou 27 anos. Atualmente, o desafio é combater o contrabando, a corrupção e a violação dos direitos humanos, como mostra o relatório "Lundas: as pedras da morte", divulgado em fevereiro deste ano.

KIMBERLEY O uso da receita gerada no comércio de diamantes para financiar guerras, tanto em Angola como em outros países, levou à

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proibição das relações comerciais com as forças rebeldes. Em 2003, esse processo ganhou proporções maiores com a implementação do Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (SCPK). Esse sistema obriga os países produtores a criar mecanismos de controle desde o garimpo até a exportação de diamantes, e os países compradores a impedir a entrada nos seus mercados de pedras desprovidas do certificado de origem. As medidas criadas pelo governo angolano para cumprir as regras de Kimberley foram questionadas no relatório, produzido pelo jornalista angolano Rafael Marques e o advogado português Rui Falcão de Campos, a partir de pesquisas feitas na região com apoio da Fundação Mario Soares, de Portugal.

Entre os problemas apontados no relatório estão: a falta de controle na compra e venda de pedras exploradas de forma artesanal, vendidas por preços abaixo do mercado, provocando o aumento do contrabando; o envolvimento dos fiscais do governo local no tráfico; a intensa migração de estrangeiros e repatriamento, especialmente da República Democrática do Congo; a inexistência de qualquer sistema bancário na região, que força a realização de todas as transações em dinheiro vivo, gerando a evasão fiscal e violência no garimpo; e a ausência de políticas de indenização para os aldeões retirados de suas terras.

Com relação à violência nas Lundas, Rui Campos acrescenta que "o mais preocupante é que não é uma violência pontual, excepcional e focalizável, mas uma situação generalizada e cotidiana".

RAÍZES HISTÓRICAS "Responsabilizar apenas o governo pela situação atual das Lundas é, no mínimo, ingenuidade", diz o sociólogo angolano Francisco Cézar Almeida. Em sua opinião, é preciso conhecer as condições históricas que permitiram que um país tão rico em recursos naturais como Angola ainda esteja à deriva. Almeida analisa que, embora a organização política e administrativa do país tenham sido modificadas, não se alteraram verdadeiramente os seus princípios coloniais: as novas elites reforçaram as alianças com as empresas internacionais, facilitando sua entrada e instalação no país; o capital estrangeiro continuou investindo prioritariamente na exploração de matéria-prima; a população deixou cada vez mais de produzir o que necessitava para extrair o que o "colono" desejava (diamantes, ouro, petróleo); e, conseqüentemente, tornou-se cada vez mais dependente dos produtos europeus. "O resultado de tudo isso é que a economia local, antes auto-suficiente, hoje definha. Desfazer esse sistema passa não apenas pelo governo angolano, mas pela Europa, pelos interesses econômicos, pela ruptura com essa história" e, arrisca com certa esperança, "talvez passe também pelo Brasil".

 

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Bancos comerciais podem financiar exploração diamantífera artesanal

A produção artesanal na maior parte dos países de África anda à volta de 85% face a produção industrial. Em Angola, o Executivo está a legalizar os garimpeiros, uma acção encarada como oportuna para os bancos comerciais.ANDRÉ SAMUEL, 2013-03-12 13:16:00 

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As instituições bancárias têm a oportunidade de ampliar a carteira de negócios mediante o financiamento da exploração artesanal, em escala permitindo assim o crescimento desta actividade para uma exploração mecanizada, defende o secretário executivo da Associação dos Países Africanos Produtores de Diamantes ( APAPD), Edgar Diogo de Carvalho.De acordo com o secretário executivo está a ser criada a oportunidade para que quem deseja financiar a exploração em zonas de produção fértil o faça com a garantia da existência de um estudo de viabilidade."Quando falamos de financiamento, por exemplo, se uma zona for fértil na actividade produtiva artesanal de diamantes, alguém pode aparecer e financiar as pessoas que lá estão e depois fazerem uma repartição de lucros. Queremos abrir também essa oportunidade e os bancos (comerciais) têm aqui uma oportunidade de ampliar a sua carteira de negócio", declarou.No entanto, indaga sobre o que os bancos podem exigir. Se o produtor artesanal tiver um estudo de viabilidade da zona, possivelmente se pode recorrer ao apoio dos bancos comerciais, uma vez que as zonas atribuídas para a actividade são zonas que foram alvos de prospecção.Na prática, explica, são zonas em que os grandes concessionários, em cada país, ao darem conta que não são altamente rentáveis para a produção industrial deliberam e o governo atribui para a actividade artesanal.Edgar De Carvalho explicou que esta deliberação não quer dizer que não haja diamantes nestas áreas, pois seria errado da parte do Estado indicar zona não produtivas. Afirmou serem zonas onde foram feitos trabalhos de prospecção e há indícios de diamantes, só que não para a produção industrial mas sim para a de pequena escala."Os bancos (comerciais) ao verem que se trata de uma zona promissora e tem um estudo (de viabilidade) sobre a mesma, então, eventualmente, podem correr os riscos e fazerem o financiamento", defendeu.

ENDIAMA E.P. empresa de direito angolano, criada ao abrigo do Decreto nº 6/8 de 15 de Janeiro, empresa estatal que adoptou a denominação de Empresa Nacional de Diamantes de Angola abreviadamente ENDIAMA E. P., com sede em Luanda.

A ENDIAMA, E.P. tem por objectivo social a prospecção, pesquisa, reconhecimento, exploração, lapidação e comercialização de diamantes de acordo

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com legislação, podendo porém associar-se a outras entidades, criando sociedades ou associações para exercício do seu objetivo social.

 

ENDIAMA - Empresa Nacional de Diamantes de Angolawww.endiama-angola.com

Rua Kanhangulo, 100 - Luanda - Angola Tels: (244-2) 334-585 / 337-276 / Fax: (244-2) 337-216

 

 

CATOCA 

SMC - SOCIEDADE MINEIRA DO CATOTCA SARL

A Sociedade Mineiro de Catoca Lda., localizada na Província da Luanda Sul em Angola, foi constituída formalmente em 16 de Setembro de 1993 e têm como accionistas as seguintes empresas:

• Empresa Nacional de diamantes de Angola - Endiama (angolana de capital público), 

• Almazzi Rossil - Sakha, S.ª (russa de capital público), 

• Daumonty Financing Company B.V: (israelita de capital privado)

• Odebrechr MiningServices Inc (brasileira de capital privado).

O objeto social do Projeto Catoca é a prospecção, exploração, tratamento e comercialização de diamantes dos jazigos de quimberlito da Chaminé Catoca. A Chaminé Catoca é constituída de uma estrutura geológica complexa e seu corpo mineralizado subdivide-se em Quimbertlíticas, Porfírico, Quimberlitos Tufísticos e Brechas Quimberlíticas e Autolíticas. 

Está em curso a construção de um segundo módulo que elevará a capacidade de tratamento de minério dos actuais 3 milhões, para 7 milhões de toneladas a partir de 2004.

 

www.catoca.com 

 

 

CHITOTOLO

ASSOCIAÇÃO EM PARTICIPAÇÃO CHITOTOLO

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O Projeto Chitotolo iniciou os trabalhos em DEZ.96 e sua produção cresce significativamente a cada ano.

Nos Projectos de exploração industrial em depósitos secundários, o Chitotolo representou em 2001, cerca de 23% da produção nacional em volume de vendas, correspondendo ao segundo maior projecto de Angola.

O efectivo actual do Chitotolo é de 1.091 colaboradores, dos quais 972 são nacionais (89,0%) e 119 estrangeiros (11,0%).

Conta com escritório de apoio em Luanda, um departamento de compras, logística e direcção financeira. O Projeto Chitotolo vem investindo no social e na saúde com atendimentos médico e medicamentoso, incluindo seus dependentes directos. Implantou o que ficou conhecido como Projecto Educar cujo objectivo é garantir a qualidade de ensino no N 'Zagi, através não só da reabilitação das instalações escolares mas, principalmente, na contemporaneidade de recursos humanos e técnicas. No campo da capacitação profissional, o Projecto Chitotolo desenvolve cursos de operadores de engenho, informática, gestão etc. 

 

 

SDM

SDM - SOCIEDADE DE DESENVOLVIMENTO MINEIRO, SARL.

A nova estratégia governamental para o sector dos diamantes tem contribuído significativamente para desenvolvimento econômico do País e para a ascensão de Angola à posição de grande produtor à escola mundial.

A criação da Sociedade de Desenvolvimento Mineiro, SARL (SDM), empresa mista constituída entre a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA) com 50% das acções e a Odebrecht Mining Services Inc, uma subsidiária da Odebrecht SA também com 50%, teve como objectivo principal a concessão à Sociedade e o exercício, pela mesma, dos direitos mineiros relativos a jazigos primários e secundários de diamantes na Bacia Hidrográfica do Rio Cuango, no nordeste de Angola.

O projecto teve uma receita de USD 83.726.933 no ano de 2001.O efectivo actual da SDM é de 1109 colaboradores, dos quais 971 nacionais (87,6%) e 138 estrangeiros (12,4%).

A SDM tem apoiado satisfatoriamente os trabalhadores garantindo assistência médica e medicamentosa, seguro de vida, salário compatível, etc.A empresa atua junto à comunidade do Município do Cuango, de acordo com suas capacidades técnicas e financeiras, tem assumido inúmeras responsabilidades garantindo sobremaneira um considerável apoio as populações circunvizinhas e as Administrações do Município Cuango, Xá-Muteba, Capenda Camulemba.

 

 

Page 12: A exploração diamantífera em Angola

SML

SOCIEADE MINEIRA DO LUCAPA, LDA

É uma sociedade constituída por dois sócios:

ENDIAMA, E. P .....................................................51%

Sociedade Portuguesa de Empreendimentos "SPE" .......49%

Esta sociedade desenvolve a sua actividade de exploração diamantífera na província da Luanda-Norte, município do Lucapa, nas bacias dos rios Chicapa e Luachimo. As actividades são desenvolvidas em depósitos secundários (leitos dos rios, lezirias, terraços, ...etc.) isto é, produção aluvionar.

A SML é constituída por 4 projectos:

Projecto Lucapa Projecto Mufuto Norte Projecto Calonda Projecto Yetwene (Actualmente desactivado)

A Empresa emprega nos três projectos um total de 2.025 trabalhadores, sendo 87% nacionais e 13% expatriotas.

Paralelamente a sua actividade de exploração diamantífera, a SML desenvolve uma actividade social dinâmica no município do Lucapa, nomeadamente a distribuição de energia elétrica, distribuição de água potável, manutenção das vias rodoviárias de acesso e tratamento das ravinas, serviço de saúde pública e etc.

 

 

Sodiam 

SOCIEDADE DE COMERCIALIZAÇÃO DE DIAMANTES DE ANGOLA - SARL

 

A Sociedade de Comercialização de Diamante de Angola SARL criada em 1999, tem como objectivo social a comercialização de diamantes explorados na República de Angola.

A mesma é detida em 99% pela Endiama tendo o IAPE 1% das suas acções.

Está em curso em Angola a definição de uma nova política de comércio e lapidação de diamantes de acordo com as novas condições de mercado e o ambiente de estabilidade político-militar.

Page 13: A exploração diamantífera em Angola

 

SODIAM - SOCIEDADE DE COMERCIALIZAÇÃO DE DIAMANTES DE ANGOLA -SARL

Rua Rainha Ginga nº 87, Prédio Endiama/De Beers 7ª - Luanda - AngolaTel: (244-2) 370-217 / 370-311 - Fax: (244-2) 370-423 - 

E-mail: [email protected]

 

 

LEGISLAÇÃO

A principal legislação aplicável ao sector geológico-mineiro e, conseqüentemente ao sub-sector diamantífero é constituída por vários diplomas legais, nomeadamente:

Lei nº 1/92 de 17 de Janeiro - Lei das Actividades Geológicas e Mineiras;

Lei nº 16/94 de 7 de Outubro - Lei dos Diamantes; A lei nº 17/94 de 7 de Outubro - Lei sobre o Regime Especial das

Zonas de Reserva Diamantífera;

•  A Lei nº 5/99 de 16 de Agosto - Lei que altera o Código do Imposto Industrial e que estipula o pagamento antecipado do imposto;

•  O Decreto-Lei nº 12-B/96 - sobre o Regime Aduaneiro aplicável ao Sector Mineiro;

•  O Decreto-Lei nº 4-B/96 - sobre o Regulamento do Regime Fiscal para a Indústria Mineira;

•  O Decreto nº 7-A/00, de 11 de Fevereiro, que regula a delimitação das áreas de concessão de direitos mineiros no domínio dos diamantes e o processo de renegociação dos contratos;

O Decreto nº 7-B/00, de 11 de Fevereiro, que regula o exercício da actividade de comercialização de diamantes.

Prospecção

O grau de conhecimento dos recursos minerais do país, incluindo os diamantes, é ainda incipiente, tendo apenas 40% do território sido objecto de levantamento geológico até ao momento.

A geofísica, importante método para o conhecimento do subsolo, apenas foi aplicada em 1/10 do território nacional, pelo que existem grandes possibilidades de investimento do domínio da prospecção.

Para fazer o levantamento das potencialidades diamantíferas do País foi recentemente criada a ENDIAMA PROSPECÇÃO E PRODUÇÃO.

Page 14: A exploração diamantífera em Angola

O país está aberto ao investimento internacional no Sector dos diamantes, bastando que para tal as empresas manifestem esta intenção à ENDIAMA ou às autoridades nacionais e demonstrem possuir:

Capacidade técnica e/ou financeira; Idoneidade e experiência comprovadas; Vontade de participar no desenvolvimento econômico e social local.

Clima favorável ao investimento:

Ambiente de paz e de livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais.

Protecção legal dos investimentos privados; Garantia de reinvestimento e/ou repatriamento dos lucros; Maior inserção do país no mercado regional e internacional.

ENDIAMA - Empresa Nacional de Diamantes de Angolawww.endiama-angola.com

Rua Kanhangulo, 100 - Luanda - AngolaTels: (244-2) 334-585 / 337-276 / Fax: (244-2) 337-216

 

FUNDAÇÃO MUSALALA

A Face Social, Cultural e Ambiental do mundo Diamantífero

Quem somos...

A Fundação Musalala é instituída pela empresa Nacional de Diamantes de Angola, ENDIAMA E.P., com caráter perpétuo de utilidade pública, centrada em projectos de impacto social.

Como qualquer organização, a Fundação Musalala não se restringe à sua designação e ao objecto social a que se propõe atingir.

A Origem

A fundação foi pensada e denominada segundo um acontecimento particular que teve lugar na ribeira de um rio.

O rio, situado na província da Lunda-Norte, fazendo, entre outras, afluência com conhecido rio Kasai, que vai dar à república vizinha da Namíbia, chama-se Chiumbe.

Com efeito, a denominação dada à fundação, concebida em 1991 serve, sobretudo, para homenagiar um feito que transformou o universo mineiro angolano.

A transformação ocorreu um 1912 e envolveu dois geólogos e um achado.

Page 15: A exploração diamantífera em Angola

A confiança

Johnston e Mac Vey estavam confiantes que existiam diamantes em Angola, o que os levou a procederem aos trabalhos de exploração na margem direita do rio Chiumbe.

A confiança tem um fundo de ser: em Angola, na segunda metade do século XVI, havia já conhecimentos da presença dos referidos cristais preciosos, datando este facto de 1590.

Estavam certos: naquele ano (1912), os prospectores da empresa ForMiniere encontraram os célebres sete diamantes de Musalala.

O achado de Johnston e Mac Vey causou uma profunda revolução no sub-sector diamantífero de então: foi constituída no mesmo ano a Companhia de Pesquisas Minerais de Angola (PEMA), cinco anos depois, precisamente em Outubro de 1917, foi criada a Diamang que registou no seu primeiro ano a produção de 4.110 quilates.

A Diamang foi sucedida, em 15 de Janeiro de 1981, pela ENDIAMA E.P. Neta data, deu-se, oficialmente, a instituição da companhia nacional de diamantes de Angola.

Assim, longe de mera denominação, a Fundação Musalala é um repositório de história de conquistas.

Junta-te à Fundação Musalala e seja um continuador desta história de luta e de conquistas.

Razões

A Empresa Nacional de Diamantes de angola, ENDIAMA E.P., compreende que é importante valorizar e desenvolver acções de âmbito social, cultural e de protecção ambiental tanto nas regiões diamantíferas como em toda a extensão do pais onde as necessidades de uma Angola em paz, e em transformação profunda, o exijam.

A fundação Musalala é a resposta para esta necessidade, da qual espera contar com todos aqueles que se importem com Angola.A Fundação Musalala orienta as suas actividades exclusivamente para fins de utilidade pública, participando ou subsidiando em:

Projectos de impacto social, nas áreas onde a instituidora e parceiros a si associados desenvolvem a sua actividade;

Promover interna e internacionalmente o potencial de recursos diamantíferos no país;

Realizar estudos sobre a realidade urbana, promovendo a sua qualidade de vida ao nível cultural, ambiental, ecológico e social;

Criar alternativas concretas no sentido de minimizar a dramática situação de miséria, fome, reassentamento das populações e outros males sociais;

Incentivar a criação de centros sociais e participando na sua gestão; Captar ajudas internas e externas através de doações e outras formas

de apoio, coordenando a melhor forma de proceder à sua distribuição; Estabelecer, com as instituições congêneres, contratos de cooperação

na área de formação de quadros através de um sistema de bolsas de estudo, priorizando quadros nacionais ligados às instituições que dão corpo à Fundação, estendendo a mesma acção aos habitantes das áreas afectadas à instituidora da fundação e suas associações.

Page 16: A exploração diamantífera em Angola

Funcionamento

A Fundação Funciona com quatro órgãos distintos, nomeadamente a Assembléia-geral, o Conselho de Curadores, a Direcção e o Conselho Fiscal.

O primeiro órgão, a Assembléia-geral, é constituída pela totalidade de todos os membros fundadores, curadores e associados, no gozo dos seus direitos, competindo-lhes, por exemplo, propor alteração de estatutos e eleger os membros da Fundação.

O órgão executivo da Fundação tem à cabeça um director Executivo que coordenará a execução de toda a actividade administrativa, técnica, social e de acessória da Fundação Musalala.

Mas não bastará agir. A Fundação conta com um Conselho de Curadores, que emitirá parceres sobre as suas actividades, emitirá pareceres e procederá à avaliação de novos projectos.

O Conselho Fiscal lançará o olho fiscalizador sobre os órgãos da Fundação Musalala, verificando e dando pareceres em cada ano civil, sobre o relatório de actividades, balanços e demonstração de resultados do ano anterior.

O seu papel

A sua instituição, ou se quiser de modo individual, pode ser membro da Fundação Musalala.

A Fundação define três categorias de membros. À luz deste, pode ser:

O Membro fundador;

O Membro efectivo;

O Associado honorário.

No que se refere à primeira categoria, são membros fundadores todos aqueles que proclamarem e assinarem a acta da instituição da Fundação Musalala.

Já para membros efectivos, são todas as pessoas singulares ou colectivas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, que contribuindo para realização dos objectivos da fundação, participem das suas iniciativas e projectos;

Na última categoria de Membros, uma posição também muito importante, está o de Associado honorário: aqui, são todos os indivíduos ou entidades que, tendo prestado relevante contribuição ou serviços à Fundação, hajam merecido esta distinção por voto aprovado pela Assembléia Geral.

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Page 17: A exploração diamantífera em Angola

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O Governo angolano criou zonas produtivas de exploração de diamantes, um total de 126 áreas, para garimpeiros angolanos, legalizando assim a actividade exercida de forma ilegal, na província diamantífera da Lunda-Norte.

As cédulas que autorizam a exploração foram entregues quinta-feira na Lunda-Norte, numa cerimónia que reuniu o ministro angolano da Geologia e Minas e Indústria, Joaquim David e o Presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA), Carlos Sumbula.

A cada garimpeiro será entregue uma parcela de um hectare, para o exercício organizado da sua actividade.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

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áreas, para garimpeiros angolanos, legalizando assim a actividade exercida de forma ilegal, na província diamantífera da Lunda-Norte.

As cédulas que O Governo angolano criou zonas produtivas de exploração de diamantes, um total de 126 autorizam a exploração foram entregues quinta-feira na Lunda-Norte, numa cerimónia que reuniu o ministro angolano da Geologia e Minas e Indústria, Joaquim David e o Presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (ENDIAMA), Carlos Sumbula.

A cada garimpeiro será entregue uma parcela de um hectare, para o exercício organizado da sua actividade.

Page 18: A exploração diamantífera em Angola

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***Alrosa estabelece parcerias para exploração diamantífera

Artigos Matérias Primas e Transformação

 

26 de Abril de 2013

A empresa russa Alrosa anunciou a constituição de novas parcerias para exploração diamantífera no continente africano, nomeadamente em Angola e no Botswana.

No que diz respeito ao caso angolano, segundo o Jornal de Angola, a comissão executiva do grupo russo, deu indicação para a preparação, até Junho, de um acordo com a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama). O objectivo desta parceria é a prospecção de diamantes em áreas consideradas como tendo potencial de acordo com a pesquisa geológica efectuada pela Alrosa.Em visita recente a Angola, o presidente da comissão executiva da Alrosa, Fyodor Andreev, depois de ter reunido com responsáveis da Endiama, afirmou, segundo o periódico, que de acordo com a pesquisa geológica efectuada, irá ter lugar a exploração de um grande depósito de diamantes.

No caso do Botswana, um dos maiores produtores mundiais de diamantes, a comissão executiva da Alrosa, preparou uma proposta de projecto de parceria para a prospecção e para a obtenção de direitos de exploração.

Angola: Eduardo dos Santos aborda constituição de consórcio para exploração diamantífera

2013-04-03 11:24:07 

Luanda – José Eduardo dos Santos recebeu esta terça-feira, 2 de Abril, o Presidente do Conselho de Administração da empresa Alrosa, Fedor Andreev, com quem abordou a eventual constituição de um consórcio entre esta companhia e a nacional Endiama, para a exploração de diamantes em Angola.

Numa audiência no Palácio Presidencial, na Cidade Alta, o governante estudou a possibilidade de se estabelecer uma sociedade entre as empresas russa e angolana, com vista à prospecção e exploração de kimberlitos (rocha que contém diamantes) no país. 

Em declarações à imprensa após o encontro, Andreev referiu que existem «muitas boas possibilidades e

Page 19: A exploração diamantífera em Angola

perspectivas para criar uma empresa mista» com a Endiama, acrescentando que as acções deverão ser repartidas de forma igualitária, 50% para cada parte.