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De: BRASEMB LUANDA Recebido em: 28/02/2005 10:57:00 N.°: 00140 CARAT=Ostensivo

De Brasemb Luanda para Exteriores em 28/02/2005 (MMM)

CARAT=Ostensivo

PRIOR=NormalDISTR=DAF II/DE IIDESCR=EFIN-ANGO-RUSS

RTM=SSRBREMCATEG=MO

//

Política de investimento.Angola-Rússia. Empresa

diamantífera.//

Nr. 00140

RETRANSMISSÃO AUTOMÁTICA PARA BRASEMB MOSCOU

Informo. Alexander Nichiporuk, presidente da

principal Empresa diamantífera da Rússia - Alrosa -foi recebido pelo Presidente da República, José

Eduardo dos Santos, no Palácio Presidencial da CidadeAlta, em Luanda.

2. Alexander divulgou que a empresa Alrosa jáinvestiu cento e cinquenta milhões de dólares até

hoje na exploração de diamantes no país e revelou queno próximo mês a Alrosa, em parceria com a Endiama,

vai por em funcionamento uma fábrica de tratamento deminério no Luo - Lunda Norte, sem contudo ter

revelado a capacidade e o investimento doempreendimento.

3. Nichiporuk anunciou que além dos diamantes, a Rússiapretende igualmente investir em Angola nas áreas da

agricultura e exploração de outros minerais.4. A cooperação russa em Angola no setor de energia elétricaé intensa. A Alrosa está construindo a vinte quilômentros de

Saurimo - Luanda Sul, uma barragem hidroelétrica, que numaprimeira fase vai abastecer o projeto Catoca, que hoje

funciona à base de geradores.5. O empresário russo durante a audiência com o Chefe de

Estado angolano abordou uma série de questões ligadas aodesenvolvimento do projeto de exploração diamantífera de

Catoca, na Lunda-Sul, no qual participam, também, a Endiama-Angola, a Odebrecht-Brasil e a empresa israelita Daumonty.

6. A Sociedade Mineira de Catoca, um projeto para 40 anos,

Distribuído em: 28/02/2005 10:57:00 Impresso em: 18/11/2015 - 12:30

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explora o quarto maior kimberlito do mundo, o `Kimberlito de

Catoca", cujos lucros liquidos anuais são de 50 milhões dedolares.

Jorge d`Escragnolle Taunay Filho, Embaixador

EBS


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De Brasemb Luanda para Exteriores em 20/02/2009 (MDX)

CARAT=Ostensivo

PRIOR=NormalDISTR=DOC/DPB/DPG/DAF IIDESCR=XPRO-BRAS-AFRI

RTM/CLIC=REF/ADIT=CIT 71261

CATEG=MG

//Promoção Comercial. Brasil-

África Meridional. Angola.Missão Comercial do MAPA.

//

Nr. 00357

No âmbito da visita preparatória da missão comercial a Luandado Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

(MAPA), proponho a seguinte agenda de trabalho para oservidor Danilo Gennari entre os dias 9 e 12 de março do

corrente.

9 de março, segunda-feira (feriado nacional transferido dodia 8 de março, dia internacional da mulher): chegada ehospedagem;

10 de março, terça-feira

Manhã: reunião na Embaixada com representantes da empresa dehospedagem e locação de automóveis para reservas e

contratação da estrutura logística para a missão comercial.Tarde: encontro com consultores e representantes de empresa

especializada na organização de encontros de negócios.

11 de março, quarta-feira


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Manhã: encontro com representantes de empresas de assessoria

de comunicaçãoTarde: visita ao diretor da rede de Supermercados Nosso

Super, que faz parte do Programa de Reestruturação do Sistemade Logística e de Distribuição de Produtos Essenciais àPopulação (PRESILD), do Governo de Angola.

12 de março, quinta-feira: partida

2. Em função das dificuldades logísticas de locomoção

na cidade e da impossibilidade de se disponibilizar veículoda Embaixada exclusivamente para acompanhamento durante os

quatro dias de missão preparatória - foram recentementevendidos três veículos inservíveis e adquiridos dois outros

novos, um dos quais já disponível e o outro aguardando serentregue pela concessionária - muito agradeceria fosse

solicitado ao MAPA que pudesse disponibilizar recursos para acontratação de serviço de locação veículo com motorista. Ovalor diário sugerido é de US$ 145,00.

3. Muito agradeceria transmitir o que precede ao MAPA.

José Renato Ferreira, Encarregado de Negócios, a.i.

JRF


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CARAT=Ostensivo


RTM/CLIC=REF/ADIT=CIT 71261, TEL 357

CATEG=MG



//

Nr. 00371

Reftel 357. Repetição para correção do texto.No âmbito da visita preparatória da missão comercial do

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) aAngola, proponho a seguinte agenda de trabalho para o

servidor Danilo Gennari entre os dias 9 e 12 de março docorrente.

9 de março, segunda-feira (feriado nacional transferido dodia 8 de março, dia internacional da mulher): chegada e

hospedagem;

10 de março, terça-feiraManhã: reunião na Embaixada com representantes da empresa de

hospedagem e locação de automóveis para reservas econtratação da estrutura logística para a missão comercial.

Tarde: encontro com consultores e representantes de empresaespecializada na organização de encontros de negócios.


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11 de março, quarta-feira

Manhã: encontro com representantes de empresas de assessoriade comunicação

Tarde: visita ao diretor da rede de Supermercados NossoSuper, que integra o Programa de Reestruturação do Sistema deLogística e de Distribuição de Produtos Essenciais à

População (PRESILD), do Governo de Angola.

12 de março, quinta-feira: partida

2. Por telefone, foi sugerido ao senhor Danilo Genarique, em função das dificuldades logísticas de locomoção

terrestre em Luanda, pudesse ser contratado serviço delocação de veículo com motorista para os seus deslocamentos

internos. O valor diário da locação dos serviços junto àempresa Rangol Lda, que habitualmente atende às missões

apoiadas pela Embaixada, é de US$ 100,00.

3. Muito agradeceria transmitir o que precede ao MAPA.

José Renato Ferreira, Encarregado de Negócios, a.i.

JRF


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CARAT=Ostensivo


RTM/CLIC=REF/ADIT=TEL 357, DET 371

CATEG=MG



//

Nr. 00511

Informo. Esteve em Luanda, de 9 a 10 de março, o Gestor

Governamental do Departamento de Promoção Internacional doAgronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA), Danilo Genari de Souza, para encontrospreparatórios de possível missão comercial brasileira a

Angola no segundo semestre de 2009. Segundo Genari, a missão,a princípio voltada para o setor do agronegócio, deverá serrealizada em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior.

2. Conforme comunicado à Embaixada, Genari deveriapermanecer em Luanda entre os dias 9 e 11 de março, período

para o qual foram agendadas as reuniões solicitadas noexpediente de referência. Teve que antecipar, no entanto, o

seu retorno ao Brasil, de modo que todos as reuniões foramrealizadas no dia 10.


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3. Os encontros, mantidos na Embaixada e acompanhados

pelo Secretário José Renato Ferreira, tiveram por objetivoapresentar empresas que poderão prestar o apoio solicitado

para a organização da missão. Estiveram presentes na ocasiãorepresentantes da agência Mundiclasse Viagens, que seapresentou para tratar dos assuntos ligados à logística de

hospedagem e transporte da delegação brasileira; da empresaÍmpar Comunicações, que conta com experiência de 8 anos no

mercado angolano no setor de comunicação social e assessoriade imprensa; e do Centro de Apoio Empresarial, especializado

em "business matching" com vistas à organização dos encontrosde negócios.

4. À tarde, Genari teve oportunidade de visitar o centro

de distribuição do Programa de Reestruturação do Sistema deLogística e de Distribuição de Produtos Essenciais à

População (PRESILD), criado pelo Governo de Angola eadministrado pela empresa Odebrecht. O PRESILD tem porobjectivo organizar e modernizar a actividade comercial em

todo o território nacional, por intermédio da construção deuma rede de 31 supermercados "Nosso Super" distribuídos pelo

país, de forma a ampliar a oferta de produtos essenciais àpopulação angolana e absorver a produção local.

Aproximadamente 50% dos produtos disponibilizados na rede"Nosso Super" têm origem brasileira. Um possível encontro com

o Diretor de Contratos da Odebrecht responsável pelaadministração do PRESILD poderia vir a ser do interesse dos

empresários brasileiros.

5. A reunião com o consultor brasileiro Raymundo Couto,da empresa Macroanálise, que teria por objetivo apresentar os

serviços de estudo de mercado setorial e organização deseminário informativo aos empresários brasileiros, foi

cancelada por solicitação daquele consultor.

6. O Secretário José Renato Ferreira deverá encontrar-secom Raymundo ainda esta semana para apresentar os objetivos

da missão e consultá-lo sobre a possibilidade de contrataçãode seus serviços.

7. Danilo Genari partiu de Luanda às 9h45min do dia 11de março, em voo da South African.

Fabiana M. de Barros Moreira, Encarregada de Negócios, a.i.

JRF


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De Brasemb Luanda para Exteriores em 16/07/2007 (UB)

CARAT=Ostensivo

PRIOR=NormalDISTR=DOC/DAF IIDESCR=XPRO-BRAS-ANGO

CATEG=MG

//Brasil-Angola. Promoção

comercial. EMBRAER. Entrega deaeronave "Legacy".

//

Nr. 00740

Na sexta-feira, 13 de julho, participei, juntamente com aAdido de Defesa da Embaixada, de cerimônia, na Base Aérea de

Luanda, de chegada ao território angolano da aeronave ECJ 135(Legacy), vendida pela EMBRAER à SIMPORTEX- Comercialização

de Equipamentos e Meios Materiais - Import & Export, empresaresponsável pela compra de material para o Ministério da

Defesa de Angola.2.Do lado angolano, a cerimônia foi presidida pelo Chefe

de Estado Maior General das Forças Armadas, General doExército Francisco Pereira Furtado. Participaram ainda da

cerimônia o Chefe de Estado Maior da Força Aérea Nacional e oda Marinha de Guerra Angolana, além de diversas autoridades

militares e civis.3.Os Representantes da EMBRAER indicaram que a aeronave

"Brasília", comprada na mesma ocasião, deverá chegar a Angoladentro de dois meses.

4.O General Furtado adiantou-me que há interesse, da partedo Governo angolano, na compra de outras aeronaves da

EMBRAER. Haveria interesse, sobretudo, nos aviões "Super-Tucano", a serem utilizados para a defesa da regiãofronteiriça, em especial na Província de Cabinda.

Marcelo L. da S. Vasconcelos, Emnbaixador

MLSV


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CARAT=Ostensivo

PRIOR=NormalDISTR=DAF II/ABC /DOC/DBRDESCR=PEXT-ETEC-ANGO

RTM/CLIC=CATEG=MG

//

Visita a Província de Malanje.Exportação de serviços.

Cooperação Técnica. Brasil-Angola.

//

Nr. 01023

Visitei dias 3 e 4 do corrente a Província de Malanje.Participei em Cacuzo da inauguração de 73 kms de rodovia

construída pela Odebrecht e do Centro de FormaçãoProfissional do Ministério de Obras Públicas, um dos cinco

criados com o apoio e direção do CEFET-Campos (os demais sãonas províncias de Luanda, Benguela, Huambo e Zaire) para

formação de pessoal para construção civil, obras públicas e aindústria de materiais de construção. As duas inauguraçõesforam presididas pelo Ministro de Obras Públicas, Higino

Carneiro, e o Governador de Malanje e ex-Ministro da Cultura,Boaventura Cardoso. Ambos acentuaram, em suas palavras e em

declarações à imprensa, a contribuição das empresasbrasileira e o valor da cooperação brasileira para o êxito do

programa de reconstrução de Angola.

2. Na mesma Província, visitei a Fazenda Pungo Andango,implantada pela empresa Odebrecht e em processo de

transferência para empresa estatal angolana, dedicada ao


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plantio de cultivares como o milho e proximamente a soja, com

sementes e técnicas da EMBRAPA e de outras origens. Em tornode Pungo Andango, a SODEPAC, estatal angolana para

desenvolvimento agrícola e colonização, começará proximamentea implantar, com o apoio para pesquisa e extensão rural daEMBRAPA, um pólo agrícola cujo modelo deverá ser replicado em

outras áreas do País.

3. Visitei por fim a área em que já se iniciaram os trabalhospara a construção da Usina Biocom, projeto da Odebrecht e da

estatal petrolífera angolana, SONANGOL, com que se prevê oplantio de cana e a produção de açúcar (75% do total) e

etanol (25%), além do aproveitamento dos resíduos para ageração de energia para as comunidades da região. O projeto,

cuja contratação ocorreu quando da visita do Presidente Lulaa Luanda, em outubro de 2007, conta com investimentos

iniciais da ordem de US$240 milhões.

4. Mantive ainda contatos com diretores da Metroeuropa,

empresa brasileira que constrói e recupera em Malanje, eoutras províncias, rodovias. Cerca de 200 brasileiros estão

hoje empregados pelas referidas empresas na Província onde selocaliza também a hidrelétrica de Capanda, primeira grande

obra de engenharia brasileira em Angola.

Afonso Cardoso, Embaixador

AC


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CARAT=Ostensivo

PRIOR=NormalDISTR=DOC/DPG/DAF II/DIM/DACDESCR=XPRO-BRAS-ANGO

RTM/CLIC=CATEG=MG

//

Brasil-Angola. Promoçãocomercial. Visita

presidencial. EncontroEmpresarial. Relato.

//

Nr. 01191

Por ocasião da visita do Senhor Presidente da República aLuanda, no dia 18 do corrente, realizou-se missão empresarial

a esta Capital. Foi organizado Seminário empresarial no CineTivoli, que contou com o patrocínio da Associação de

Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN).

2. A delegação que acompanhava o Presidente da Repúblicaera integrada por aproximadamente 50 empresários brasileirosdos setores de infra-estrutura, aeronáutico, agrícola,

farmacêutico, logístico, bancário, petrolífero, de tecnologiada informação, de gestão de habitação, de construção civil,

de biocombustíveis e de materiais de defesa. Ao Seminário,compareceram ainda 150 empresários brasileiros residentes em

Angola e 150 angolanos de setores diversos, totalizando 350homens de negócio presentes.

3. O encontro foi aberto pela Ministra do Planeamento de

Angola, Senhora Ana Dias Lourenço, após as palavras de boas-


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vindas do Presidente da AEBRAN, Senhor Calenoário do Carmo

Filho, e do Presidente da Câmara de Comércio e Indústria deAngola (CCIA), Senhor Antônio dos Santos. Em seguida, o

Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comérciodo Brasil, Miguel Jorge, fez breve apresentação sobre o atualestágio da economia brasileira.

4. Após a apresentação do MDIC, teve início o seminário

empresarial. A palestra inicial ficou a cargo do Secretário-Executivo do Conselho de Administração da Agência Nacional

para o Investimento Privado de Angola (ANIP), Senhor Dealdinode Oliveira Fuato Balombo, que discorreu sobre "procedimentos

para investimento em Angola". Em seguida, o Senhor NelsonNarciso, Diretor da ANP, apresentou a "experiência brasileira

em biocombustíveis". Finalmente, a Senhora Luciene Machado,Diretora do Departamento de Crédito à Exportação do BNDES,

falou sobre "os mecanismos de financiamento de exportação debens e serviços brasileiros".

5. A seguir, teve lugar a Cerimônia de Encerramento.Inicialmente, foi assinado, na presença do Senhor Presidente

da República e do Primeiro-Ministro de Angola, Memorando deEntendimento referente a investimentos na área de bioenergia

entre a Damer, a Odebrecht e a Sonangol. O documento foiassinado pelos Senhores Antônio Carlos de Oliveira, da Damer;

Luiz Antônio Mameri, da Odebrecht; e Francisco AntônioSabalo, da Sonangol.

6. O documento criou a "Biocom Ltda", empresa com

investimentos da ordem de US$ 200 milhões previstos para ospróximos 5 anos, que irá implantar pólo de produção de

bioenergia na província de Malanje. Quando em plena operação,espera-se que o projeto produza, anualmente, 150 mil

toneladas de açúcar, 50 milhões de litros de álcool e140 MW/hora de energia elétrica.

7. Dando seqüência à Cerimônia, o Presidente da AEBRAN fez

breve intervenção em que mencionou os obstáculos enfrentadospelos empresários brasileiros em Angola, como a ausência deagência de banco brasileiro neste país, logística precária e

dificuldades para obtenção de vistos ordinários e detrabalho. Ao mencionar a necessidade de facilitar a

circulação de pessoas entre os dois Países, o Presidente daAEBRAN foi interrompido por aplausos da platéia, o que levou

o Presidente da República a observar, em seu discurso, quepassaportes não deveriam ser entraves à integração bilateral.

8. Em seguida, o Primeiro-Ministro de Angola, Fernando da

Piedade Dias dos Santos "Nandó", pronunciou discurso, seguido


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de palavras do Senhor PR, que falou por, aproximadamente, 45

minutos.

9. Em seu discurso, o Presidente da República destacou aimportância política e econômica de Angola para o Brasil,sublinhando que visitou este país no primeiro ano de seu

primeiro mandato e, agora, no primeiro ano do segundomandato. Afirmou que existe forte necessidade de aproximação,

para que importantes espaços possam ser ocupados; mencionou omérito do memorando assinado minutos antes entre empresas

brasileiras e angolanas; salientou a necessidade de ampararos empresários brasileiros aqui instalados, em apoio à

manifestação do Presidente da AEBRAN; e salientou serindispensável a união dos países pobres em busca do bem

comum.

10. Na avaliação dos empresários presentes, o encontro foibastante proveitoso. As palavras do Senhor Presidente daRepública foram muito bem recebidas pelos presentes, que o

ovacionaram em diversas ocasiões. Após o encerramento doEncontro Empresarial Brasil-Angola, vários empresários

brasileiros manifestaram satisfação em participar do evento eo desejo de incorporar-se a novas missões empresariais

organizadas pelo MRE.

Marcelo L. da S. Vasconcelos, Embaixador

HMDN


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CARAT=Ostensivo

PRIOR=NormalDISTR=DAF II/AIG/DRN/DOC/DPGDESCR=GVIO-BRAS-ANGO

RTM/CLIC=GRPAFRAUSCATEG=MG

//

Brasil-Angola. VisitaPresidencial. Imprensa.

Repercussão na mídia local.//

Nr. 01200

Rogo retransmissão via CLIC para as Embaixadas nos países do

GA-1

A visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve amplarepercussão na imprensa angolana.

2. A TPA (Televisão Pública de Angola), única emissora

aberta do País, dedicou quase uma hora de seu noticiáriovespertino do dia da visita à transmissão de trechos dos

pronunciamentos oficiais dos Presidentes Lula e José Eduardodos Santos, entremeados de comentários. Na véspera, haviatransmitido, durante o mesmo programa, entrevista minha e

entrevista ao vivo com especialista em relaçõesinternacionais que fez análise sobre o estado das relações

bilaterais.

3. O "Jornal de Angola", estatal e único diário do País,deu chamada na primeira página para reportagens sobre a

visita durante três dias consecutivos, havendo o temamerecido a manchete da sexta-feira, dia 19. Publicou, no dia

17, entrevista exclusiva do Presidente Lula e, no dia 18,


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artigo, também exclusivo, por ele assinado. Muitas fotos do

Presidente e da visita ilustraram as matérias.

4. No dia 20, dedicou à visita o seu editorial, intitulado"Parceria estratégica", em que destaca favoravelmente o apeloque o Presidente Lula fez aos angolanos, em seu discurso na

Assembléia Nacional, para que não desperdiçassem aoportunidade de fazer de Angola um país melhor. O editorial

termina com a afirmação de que os angolanos precisarão doapoio de países amigos nessa empreitada, entre eles o Brasil,

o qual teria "o perfil adequado para uma parceria estratégicae profícua".

5. Por sua vez, a coluna semanal do diretor do JA, José

Ribeiro, publicada neste domingo, dia 21, intitula-se "Osbiocombustíveis", tema identificado como principal motivo da

viagem do Presidente Lula à África. O texto relata críticasinternacionais aos biocombustíveis no sentido de quecomprometeriam a segurança alimentar de países pobres. Fecha

com citação do discurso do Presidente JES em saudação aoPresidente Lula, que dá a entender que Angola terá atitude

cautelosa em relação a projetos de produção desse tipo deproduto.

6. Entre os semanários de oposição, o "Agora" foi o que

mais espaço deu à visita, inclusive com chamada na primeirapágina, cujo título foi "Angola vira-se para o

biocombustível" que remete à principal reportagem da edição"O biocombustível é que está a dar", com uma caixa de texto

"Brasil aumenta linha de crédito". O foco da reportagem é aconstituição da sociedade Biocom Ltda. entre a Odebrecht, a

Sonangol e a Damer.

7. O "Folha 8" também destacou a viagem do Presidente Lulaà África, em reportagem, de página inteira, intitulada

"África do Sul, Brasil e Índia lutam para uma OrganizaçãoMundial de Comércio para os pobres" sobre a cúpula IBAS. A

seção "Destaque", por sua vez, traz a matéria sobre a visitaa Angola, intitulada "Angola e o Brasil estabeleceram novosparâmetros da cooperação bilateral", com ênfase nos acordos

assinados durante a visita e na criação da Biocom. A seçãoinclui também a reportagem "Presidente da República anuncia

eleições mas não avança data", com referência à declaração doPresidente José Eduardo dos Santos, durante seu discurso de

saudação ao Presidente Lula, de que em 2008 haverá eleiçõeslegislativas em Angola. A reportagem cita críticas da

oposição quanto à falta de precisão em relação à data exatado sufrágio.


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8. O "A Capital" reportou somente à criação da Biocom. Seu

editorial, contudo, comenta a declaração do Presidente JESsobre a realização de eleições legislativas em 2008. Além de

criticar a imprecisão quanto à data, o texto lamenta aomissão de referência à realização da eleição presidencial.

9. O "Angolense" dedicou a página 3 a um relato factual davisita do Presidente Lula.

10. Embora a imprensa oficial angolana costume dar destaque

a visitas de Chefes de Estado, avalio que o espaço por eladedicado à visita do Presidente Lula foi extraordinário, o

que expressa o interesse do Governo angolano em fortalecer orelacionamento com o Brasil.

11. Chama atenção o interesse gerado pelo acordo entre a

Odebrecht, a Sonangol e a Damer para a produção de açúcar eálcool em Angola. Atribuo esse fato ao ineditismo dainiciativa num contexto de grande expectativa pública em

relação ao relançamento da agricultura angolana. Além disso,há o aspecto polêmico dos biocombustíveis, devido às críticas

existentes à competição por terras férteis que imporia àprodução de alimentos.

Marcelo L. da S. Vasconcelos, Embaixador

DNL


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De: BRASEMB LUANDA Recebido em: 08/07/2009 06:32:34 N.°: 01220 CARAT=Reservado


CARAT=Reservado

PRIOR=NormalDISTR=ABC/DAF II/DEU/DCAR/CGFOMEDESCR=ETEC-ANGO-SADC

RTM/CLIC=GRPAFRAUSREF/ADIT=CIT 72719

CATEG=MG

//Cooperação técnica triangular.

Cooperação técnica Brasil-SADC. Cooperação técnica

Brasil-UA.//

Nr. 01220

Rogo retransmissão via CLIC para as Embaixadas nos países do

GA-1

Muito agradeço a retransmissão do tel 236 de Brasemb Gaboronee dos expedientes sobre as perspectivas de cooperação

triangular com parceiros como a CE, a Noruega, o Japão, ou osEUA, ademais das iniciativas em favor da cooperação do Brasil

com a UA.

2. A experiência, limitada mas nem por isso necessariamente

menos exemplificativa, da cooperação Brasil-Japão-Angola naformação e aperfeiçoamento de pessoal na área da saúde, no

Hospital Josina Machel, sugere algumas reflexões sobre pontospor sinal não esquecidos no Simpósio de Brasília, sobre os

riscos de um certo grau de "especialização" e de"hierarquização" entre os parceiros cooperantes, aos olhos da

opinião pública no país recipiendário.

3. As dificuldades encontradas para iniciar efetivamente a


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cooperação trilateral Brasil-Noruega-Angola, na capacitação

de recursos para a administração pública, revelarão por suavez limites impostos pelo montante dos recursos acordados,

como também diferenças culturais e de perspectiva que, se porum lado podem enriquecer um projeto, podem, do outro,inviabilizá-lo.

4. Da perspectiva do posto, afigura-se, assim, por essas e

outras razões, igualmente levantadas no encontro celebrado noBrasil, essencial que se tenham, no caso da cooperação

trilateral, as iniciativas acordadas com o recipiendário ecom os cooperantes claramente centradas em objetivos como as

Metas do Milênio, universalmente pactuadas e que têm noBrasil promotor reconhecido e respeitado.

5. Temo, por outro lado mas ainda da ótica específica do

posto, que, diferentemente do ocorrido com as iniciativas decooperação brasileiras com a UA, no campo tanto daagricultura quanto do desenvolvimento rural, eventual

cooperação do Brasil no âmbito dos grupos temáticos da SADC,coordenados por países europeus ou representações de

organismos internacionais, possa implicar desvantagenssignificativas.

6. A primeira dessas desvantagens seria a de contribuir para

uma concorrência, indesejada mas de claro potencialproblemático, entre o aporte ao regional e o desenvolvimento

de programas bilaterais efetivos e prioritários em paísescomo Angola. No plano bilateral, a cooperação stricto-sensu,

entre os Governos do Brasil e de Angola, começam a conformaras bases para uma cooperação mais ampla e mais profunda seja

no desenvolvimento do agronegócio, com o Ministério daAgricultura, seja no Desenvolvimento Rural, com a Secretaria

específica angolana. Paralelamente, a cooperação lato-sensuganha, a cada dia, mais alento com os contratos de serviço

firmados pela EMBRAPA com o Ministério da Agricultura local eempresas estatais angolanas, e complementa-se com iniciativas

como a criação da BIOCOM, empreendimento de mais de US$200milhões para produção de açúcar e de etanol, que reúne aOdebrecht, a Sonangol e uma terceira empresa angolana, e que

conta também com a consultoria da EMBRAPA.

7. A segunda dessas desvantagens seria a de que o aportebrasileiro, em recursos humanos, técnicos e de conhecimento,

possa ter "diluída" sua autoria pela coordenação de terceirose, ainda em função dessa "intermediação", ter dificultadas a

identificação da demanda e a melhor sintonia das soluções.Temo, por fim, que possa resultar, por isso mesmo, menos

eficaz e não garantir uma contribuição de valor do Brasil à


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SADC e ao desenvolvimento africano.

8. Não parece certo, por último, da perspectiva do posto, que

o destino do projeto de integração da SADC possa serconcretamente impulsionado desde fora e com o empuxe de umacooperação coordenada por visões e conceitos de

desenvolvimento que não serão, necessariamente, os maisajustados às demandas, deficiências e insuficiências dos

países-membros.

Afonso Cardoso, Embaixador.

AC


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De Brasemb Luanda para Exteriores em 25/09/2008 (DNL)

CARAT=Ostensivo

PRIOR=NormalDISTR=DAF II/DPG/CORG/DACESS/DPB/DDF/ABCDESCR=ETEC-BRAS-ANGO

RTM/CLIC=REF/ADIT=TEL 1236, TEL 1257

CATEG=MG

//Cooperação técnica. Brasil-

Angola. SECOM Luanda. Encontrocom o Diretor Nacional do

Comércio. Pedidos de apoio.//

Nota da DCA: Substituição para alteração de caráter em 09/10/2015de Reservado para Ostensivo

Nr. 01258

RESUMO=

Informo e peço providências. Diretor Nacional doComércio de Angola pede assistência brasileira, entre

outras áreas, na criação de sistema informatizado decomércio exterior e no controle de qualidade de

alimentos. Avalio que o apoio brasileiro poderiareverter-se positivamente para a participaçãobrasileira no mercado angolano.

Na última segunda-feira, dia 22/9, o Conselheiro DanielNogueira Leitão, acompanhado das ATs Aline Sambo e Luciana

Grossi, visitou o Diretor Nacional do Comércio de Angola,Gomes Cardoso, a fim de informá-lo sobre a reativação do

SECOM Luanda. Na ocasião, além de manifestar vivo interesse


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em participar do evento empresarial que a APEX Brasil deverá

realizar em Luanda no mês que vem (v. tel 1257), o Diretorindicou, em sua área, diversas oportunidades de cooperação

com o Brasil.

2. Informou que havia recebido instruções para estabelecer

"sistema integrado de comércio externo", que permitisse aoGoverno angolano acompanhar, em tempo real, todo o processo

de intercâmbio comercial do país com o resto do mundo, "daemissão da fatura até o desembaraço alfandegário da

mercadoria". Disse saber que o Brasil dispõe de sistemasemelhante e manifestou interesse em conhecê-lo.

3. Manifestou interesse também em "relançar" a cooperação

com o INMETRO brasileiro na área de controle de qualidadealimentar. Segundo Gomes Cardoso, teria havido, no passado,

entendimentos bilaterais nesse sentido, mas teriam sidodescontinuados. A Embaixada não encontrou antecedentes a esserespeito.

4. Assim como fez recentemente seu colega de Ministério, o

Diretor de Política Comercial (tel. 1236), Cardoso pediuassistência técnica no campo da legislação comercial

internacional, especificamente no que diz respeito àOrganização Mundial do Comércio.

5. No que diz respeito à cadeia de supermercados estatais

Nosso Super, expressou interesse em estabelecer programa decooperação com a "Universidade do Varejo", instituição que

funcionaria em Fortaleza, CE, e seria fruto de parceria entrea Câmara de Dirigentes Lojistas da cidade e a Universidade

Federal do Ceará. Noto que os Nosso Super, e as lojas deconveniência Poupa Lá, são utilizados também pelo Governo

angolano para a capacitação do empresariado angolano. Essesestabelecimentos são também "lojas pedagógicas", com

instalações para o treinamento de angolanos no comércio devarejo.

6. Gomes Cardoso informou que estaria sendo criado emAngola o Conselho Nacional do Comércio, colegiado público,

mas que congregaria, além de representantes do Governo, asprincipais associações de classe relacionadas a esse setor

econômico. Lamentou, no entanto, que o associativismocomercial fosse ainda muito incipiente em Angola e que as

entidades existentes tivessem pouca representatividade.Solicitou então apoio brasileiro para encontrar meios de

reverter o quadro.

7. Como afirmei anteriormente, avalio que encontrar formas


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de atender aos pedidos de assistência por parte do Ministério

do Comércio de Angola pode ser de grande interesse para oBrasil. Eventual aproximação institucional poderá ter

reflexos benéficos para a posição brasileira neste mercado.


DNL


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CARAT=Reservado

PRIOR=NormalDISTR=DEAF/DAF I/DAF II/DAF III/DNU/COCIT/ABCDESCR=PEXT-BRAS-AFRI


CATEG=MG

//Brasil-Angola. Estratégia de

cooperação militar. IniciativaMRE-MD. Levantamento de dados.

//

Nr. 01340

RESUMO=

Informo. As FFAA de Angola passam por processo deaumento de efetivos. Mantêm intercâmbio intenso com

Rússia, Cuba e Portugal, e demonstram grandeinteresse em ampliar a cooperação com o Brasil. A

principal origem de suprimento bélico ainda é aRússia. Estão em curso negociações para compra de

Super Tucanos da Embraer.

Respcirctel 73076. Informo, a seguir, os dados obtidos eprestados por intermédio da aditância militar da Embaixada a

respeito do número de efetivos, principais fontes desuprimento de material bélico, participação regional,

fornecedores de assistência militar e atividades políticasdas Forças Armadas de Angola.

1. Número de efetivos - O Exército angolano dispõe de 84 mil

efetivos, a Força aérea, 8.850, e a Marinha, 5 mil.


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Atualmente, as três Forças passam por um processo de

reestruturação que inclui a ampliação da sua composição para87 mil efetivos no Exército, 13 mil na Força Aérea, e 14 mil

na Marinha, totalizando o número de 114 mil indivíduos. Comose observa, os planos de expansão refletem a prioridade maisalta atribuída hoje à Marinha, força menos desenvolvida ao

longo dos quase 41 anos de conflito que viveu o povoangolano.

2. Principais fontes de suprimento de material bélico - A

maior parte do armamento e do suprimento é de origem russa.Grande quantidade de aviões, tanto de transporte quanto de

combate, são provenientes da Rússia. As FFAA de Angola tambémadquiriram, recentemente, lanchas patrulha da China e dispõem

de viaturas pesadas da África do Sul. A Força Aérea possuiaviões Tucano e quer comprar aviões Super Tucano da Embraer.

A prioridade maior dada à Marinha e os limites de linha decrédito são hoje obstáculos a serem vencidos. Há, ainda,notícias ocasionais acerca de negociação em curso com a

Alemanha para a compra de uma fragata e barcos para equipar aMarinha de Angola. A visita do Presidente José Eduardo dos

Santos a Berlim, este ano, e a abertura de linha de créditoparecem conferir verossimilhança, ao menos, ao noticiário.

3. Participação na política regional - Angola participa

ativamente da política regional, constituindo aliançaspolítico-militares, em particular com os países vizinhos RDC

e Congo-Brazzaville. Conquanto oficiais angolanos informemque os efetivos angolanos na RDC dediquem-se sobretudo a

atividades de cooperação e treinamento das Forças locais,repetem-se alegações na imprensa de que as tropas angolanas

contribuam para a sustentação do atual governo da RDC. Angolatambém possui tropas no Congo-Brazzaville sob o pretexto de

defender o enclave de Cabinda. Em nenhuma dessas duasoperações divulga números exatos sobre os efetivos

empregados. As FFAA angolanas também participam de exercíciosmilitares da SADC, organização com a qual se comprometeu a

fornecer tropas para futura brigada regional. Atua também nosórgãos regionais da CEEAC e CEDAO e preside o Comitê deInteligência e Segurança da UA.

4. Relação das FFAA com o poder civil local - Em razão do

processo de independência e do prolongado conflito civil, apresença militar está intimamente ligada ao poder civil.

Parte significativa dos oficiais dedica-se a atividadesprivadas, em particular em indústrias diamantíferas, em

companhias de segurança privada e de transporte. Muitos sãotitulares de imóveis no valorizado mercado imobiliário de

Luanda.


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5. Principais fornecedores de assistência militar - A Rússia

mantém assessores, em números não divulgados, em diferentesramos das FFAA. Dentre os oficiais russos a serviço em Angola

consta um oficial general. Cerca de 180 militares angolanosfrequentaram atividades de formação na Rússia em 2008. Cubatambém tem presença ativa nas FFAA de Angola. Não se tem

registro de assessores militares cubanos em Angola, mas égrande o intercâmbio militar e a participação de angolanos em

cursos em Cuba. Portugal mantém, aproximadamente, 50assessores militares distribuídos nas três Forças Armadas de

Angola, nas cidades de Luanda e Lobito. Como se sabe, 5militares angolanos ingressaram no IME e 7 na AMAN, durante o

ano de 2008 no Brasil.

6. Material bélico brasileiro - Além dos aviões brasileirosTucano, Angola tem Legacies e Brasília, e o Exército angolano

possui viaturas Troler. Neste ano, a Embraer recebeu 12militares para realizar um curso de manutenção da aeronaveLegacy.

7. Encontros de autoridades - Realizou-se, em Luanda, a XI

Reunião dos Ministros da Defesa da CPLP, de 25 a 29 de maio.O Ministro Nelson Jobim reuniu-se, na oportunidade, com seu

contraparte. Angola também foi representada, na feira LAAD -2009, no Rio de Janeiro, pelo Chefe do Estado-Maior da

Marinha de Guerra, que tem visita prevista à Marinha doBrasil, em outubro de 2009.

8. Acordos - Brasil e Angola rubricaram e devem assinar

proximamente Acordo de Cooperação no Domínio da Defesa. Acelebração do acordo estava prevista para ocorrer à margem da

Reunião de Ministros da Defesa da CPLP, no último mês demaio. A informação oficial é de que todos os termos do Acordo

já teriam sido acertados bilateralmente e restaria pendente,apenas, a aprovação do Conselho de Ministros de Angola. É

possível, contudo, que a decisão de postergar a assinatura doAcordo não seja estranha à negativa angolana, pouco antes da

realização da referida Reunião, de negociar acordo militarcom os Estados Unidos.

9. Destaca-se o grande potencial a ser explorado no campo dadefesa em Angola. Conforme observou o Adido Militar da

Embaixada, Coronel Alessandro Pompêu, o incremento dacooperação militar brasileira no país em muito favoreceria

uma maior presença brasileira no contexto africano. Existem,ainda, manifestações por parte de autoridades militares

angolanas favoráveis à intensificação do intercâmbiobilateral, inclusive com a participação de oficiais

instrutores brasileiros nas Forças Armadas angolanas. As


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principais áreas de interesse no campo da defesa são

relativas à infraestrutura de telecomunicações e informática,em particular softwares, e à doutrina de combate em selva.

Hoje, para Angola, o custo das assistências em curso éelevado e há indícios de que o país busque alternativas àscooperações russa e cubana, com doutrinas próprias, e à

cooperação portuguesa, influenciada pela OTAN.

10. Lembro, por fim, que, a par de sua projeção econômica nassub-regiões do Golfo, África Central e Austral, Angola tem

sempre cuidado de exercitar, com o empenho de um centurião,influência em tudo que diga respeito à paz e segurança nas

sub-regiões e no continente. Angola vê, adicionalmente, hoje,como suas principais vulnerabilidades, áreas de fronteira com

a RDC e também com o Congo, no enclave de Cabinda, e nasprovíncias diamantíferas das Lundas Norte e Sul.


FBM


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CARAT=Ostensivo

PRIOR=UrgenteDISTR=DRN/DEAF/DAF IIDESCR=ENER-ANGO

RTM/CLIC=REF/ADIT=DET 1001

CATEG=MG

//Energia. Pro-Renova.

Seminários em países da ÁfricaAustral sobre zoneamento

ecológico. Angola.//

Nr. 01592

O Programa de Governo de Angola sustenta que as condições do

país favorecem o desenvolvimento da agricultura de alimentose dos biocombustíveis. Os Ministérios da Agricultura e da

Energia têm mandatos em suas respectivas áreas de competênciapara promover esse desenvolvimento.

2. Há, por outro lado, iniciativas para a produção dobiocombustível e do etanol em particular. A maior delas é um

investimento de mais de US$240 milhões que reúne a Sonangol(estatal do petróleo angolano), a Odebrecht e capitais

portugueses. A construção da usina da Biocom já foi iniciadaem Malanje e, inicialmente, a produção será orientada mais

para o açúcar (70 a 75%) que Angola hoje importa, do que parao etanol, prevista sempre a queima dos resíduos para geração

de energia para as comunidades locais envolvidas no projeto.Dele participa também a estatal, criada no âmbito do

Ministério da Agricultura, Gesterra que se vale


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sistematicamente em seus projetos do apoio contratado à

EMBRAPA.

3. A Odebrecht, a Sonangol e a Gesterra já assinalaram aintenção de participar do seminário de zoneamento ecológicocomo instrumento para o planejamento de políticas públicas na

fase agrícola da produção sustentável de biocombustíveis.Anteciparam, igualmente, a disposição de assumirem, entre

elas e em coordenação com a Embaixada, custos eresponsabilidade pelo provimento do apoio logístico demandado

para a realização do seminário em Luanda no dia 23 de outubroem Luanda.

4. Para procurar fechar o quadro com o peso da autoridade

política de primeiro escalão, devo entrevistar-me amanhã comos Ministros da Agricultura e da Energia que têm, em outras

oportunidades, demonstrado inequívoco interesse nasiniciativas brasileiras no setor. Informarei do resultado dasconversações que espero virão a reforçar o compromisso da

Odebrecht, Sonangol e Gesterra com a celebração do evento dodia 23.


AC


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CARAT=Ostensivo

PRIOR=NormalDISTR=DPG/DOC/DIC/DFTDESCR=XPRO


CATEG=MG

//Promoção Comercial. Plano

estratégico de promoçãocomercial. Subsídios.

//

Nr. 01653

RESUMO=

Fornece subsídios sobre o mercado e a economiaangolanos para a elaboração do Plano Estratégico de

Promoção Comercial.

Informo. Como se recorda, por ocasião da realização de missão

empresarial a Luanda, em outubro de 2008, a APEX preparou otrabalho "Angola - Estudo de Oportunidades 2008", que analisao comércio Brasil-Angola no período base 2004-2006 e

identifica oportunidades de negócios para as exportações deprodutos brasileiros em diversos setores nos complexos de

alimentos, bebidas e agronegócios, de moda, e de casa econstrução. O Estudo tem constituído ferramenta útil para o

SECOM e tem sido retransmitido aos empresários brasileirosque procuram apoio da Embaixada. Uma versão compacta desse

Estudo encontra-se disponibilizada no endereço eletrônico daAPEX, na Internet.


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2. Para além do Estudo, vale notar que a pauta de

exportações brasileira para Angola tem se diversificadocrescentemente nos últimos anos refletindo avanços

estruturais da economia angolana, notadamente uma progressivaampliação da base econômica local e uma maior dinâmica docrescimento deste país, que dobrou o PIB nos últimos 4 anos.

Citaria, ainda, elementos conjunturais, como o programaPRESILD, que tem no Brasil a origem de 50% de todos os

produtos alimentícios e de primeira necessidade importados eofertados nas redes de supermercados Nossa Super e Poupalá,

administradas pela Odebrecht.

3. Embora Angola seja membro da SADC e da CEEAC, osseus principais parceiros comerciais estão fora do continente

africano. Portugal continua a ser o maior fornecedor (20,7%das importações de Angola em 2008) e um importante destino

para as exportações angolanas. No mesmo diapasão, o comérciocom o Brasil aumentou significativamente, tendo a correntebilateral ampliado vinte vezes de 2002 a 2008, passando de

US$ 211 milhões para US$ 4.2 bilhões. Em 2008, o Brasilexportou para Angola US$ 1,97 bilhão e importou US$ 2,24

bilhões.

4. Uma das principais vertentes da política econômicaangolana é a aposta no investimento directo estrangeiro

(IDE). Portugal, mais uma vez, por razões de fundo histórico,está entre os maiores investidores externos, recebendo,

também, de forma cruzada, investimentos angolanos, sobretudonos setores bancário e imobiliário. Segundo o FMI, a entrada

de capitais privados na África subsaariana atingiu, em 2007,US$ 50 bilhões tendo Angola sido o 4º maior destino desses

recursos com 5,2%, atrás da Nigéria (29,4%), África do Sul(18,2%) e Guiné Equatorial (9,1%). No contexto geoeconômico,

Angola é hoje a sétima maior economia de todo o espaçoafricano, incluídas as fortes economias da região do Magrebe,

no norte da África e a segunda maior da SADC, atrás apenas daÁfrica do Sul. Angola é, ainda, a segunda economia mais forte

da região petrolífera do Golfo da Guiné, atrás da Nigéria, ea primeira da região da CEEAC.

5. Não obstante a reduzida população (estimados 17milhões de habitantes) e a alta concentração de renda (índice

de Gini de 0,62, conforme dados de 2005), o substancialcrescimento econômico de Angola observado nos últimos anos

tem despertado o interesse de empresas brasileiras, o quepode ser observado pelo aumento das consulta ao SECOM da

Embaixada e pela quantidade de missões comerciais,participação em feiras e realização de investimentos

conjuntos com empresários angolanos. Esses desenvolvimentos


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vêm ao encontro da estratégia do governo angolano de apoiar a

substituição competitiva das importações, com vistas aaumentar a contribuição da indústria transformadora para o

PIB. Sob a ótica do posto, as empresas brasileiras deveriambuscar, para além da relação comercial, projetar-se, a partirde Angola, para outros mercados da região, valendo-se das

potenciais vantagens comparativas e posicionais do país.

6. Conforme recente relatório da Divisão para a Áfricada UNCTAD, as trocas comerciais intra-africanas podem elevar-

se a US$ 350 bilhões se o continente, além de implementaresforços para harmonização de políticas econômicas, investir

US$ 35 bilhões nas infra-estruturas transnacionais. As trocascomerciais entre países africanos representam de 9 a 10% de

todas as trocas entre o continente e o resto do mundo e osinvestimentos diretos estrangeiros de alguns países africanos

em outros Estados do continente representam 13% do fluxoglobal dos investimentos diretos estrangeiros para a África.


JRF


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CARAT=Ostensivo

PRIOR=NormalDISTR=SGEAT/DRN/DEAF/DAF II/ABC/DPRDESCR=ENER-ANGO


CATEG=MG

//Energia. Pro-Renova. Seminário

sobre zoneamentoagroecológico. 23/10. Angola.

//

Nr. 01786

RESUMO=

Relata seminário sobre zoneamento agroecológico(Luanda, 23/10/2009), realizado por representente do

MRE, CGEE, MAPA e Embrapa. Público qualificado decerca de 20 pessoas compareceu ao evento.

Como previsto, realizou-se, em 23/10, seminário sobrezoneamento agroecológico, no auditório da Gesterra, empresatutelada pelo Ministério da Agricultura e concessionária das

terras agricultáveis de Angola destinadas à reservaestratégica do Estado. Além da Gesterra, a realização do

evento contou com o apoio da Companhia de Bioenergia deAngola (Biocom).

2. Compareceram ao seminário cerca de 20 convidados,

indicados pelos ministérios, empresas e intituições angolanasafetas ao tema. Entre os presentes, destacaram-se o Diretor

Nacional da Agricultura, Pecuária e Florestas do Ministério


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da Agricultura, Domingos Nazaré da Cruz Veloso, e o Pró-

Reitor da Universidade Agostinho Neto e ex-Ministro doAmbiente, João Seródio de Almeida. O seminário também contou

com a participação de diretores nacionais e representantesdos Ministérios da Agricultura, do Ambiente, da Energia, daIndústria, dos Petróleos, funcionários da Gesterra, da

Sonangol, da Biocom, e jornalistas dos semanários Novo Jornale Expansão, especializados em economia.

3. As exposições do SS Daniel Machado, de Marcelo Poppe, do

Centro de Gestão de Estudos Estratégicos, de José Nilton deSouza Vieira, do MAPA, e de Fábio Marin, da EMBRAPA,

apresentaram, com muita propriedade, a estratégia brasileirana área de produção de bioenergia, com enfoque nos aspectos

econômicos, sociais e ambientais da atividade econômica. Ospalestrantes compartilharam a experiência brasileira,

registrando a importância do zoneamento agroecológico comoferramenta para garantir a produção sustentável debiocombustíveis. Ressalvaram, ademais, a necessidade de

desenvolvimento de soluções locais ou regionais para o temada energia, em observância às contingências e realidades de

cada país.

4. Entre os temas suscitados no debate, o Pró-Reitor daUniversidade Agostinho Neto e Professor de Ecologia revelou

preocupação com a adoção de políticas de desenvolvimento debiocombustíveis em Angola em face de considerações de

segurança alimentar. A mesma questão foi levantada porrepresentantes da Gesterra e da Sonangol, que avaliaram como

prioritário solucionar o problema da carência da produção dealimentos no mercado doméstico. Os palestrantes, por sua vez,

realçaram a necessidade de planejamento cuidadoso da produçãode biocombustíveis bem como os benefícios que a ferramenta do

zoneamento agroecológico poderá permitir à exploração edesenvolvimento tanto da produção de biocombustíveis quanto

de demais culturas agrícolas.

5. Nesse particular, o Diretor Nacional da Agricultura,Pecuária e Florestas do Ministério da Agricultura ressaltouque, para o governo angolano, a prioridade é garantir a

segurança alimentar da população. Informou que as iniciativaspara exploração de biocombustíveis em Angola, principalmente

o etanol da cana, levam em consideração esse aspecto.Informou da iniciativa de 40 projetos na área de

biocombustíveis que, hoje, estão sobrestados até que seaprove o marco legal para o setor. Acrescentou que o

Ministério da Agricultura estaria, neste momento, em fase deconclusão da proposta normativa a ser submetida ao Conselho

de Ministros e Assembleia Nacional e que não seria possível


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acomodar os 40 projetos já apresentados sem antes promover um

zoneamento no país.

6. O Diretor destacou, ainda, que Angola estaria a tentartrilhar o caminho que o Brasil seguiu, no sentido de garantirque a produção de biocombustíveis, em particular o etanol da

cana, em razão de suas comprovadas vantagens, não concorracom a de alimentos. Lembrou que os projetos em curso

priorizam a produção de açúcar.

7. Por oportundo, lembro que a Odebrecht e a Sonangoldesenvolveram, em conjunto, projeto de produção de açúcar e

etanol que resultou na criação da Biocom, que também contacom a sociedade da empresa angolana Tamer. Situada na

Província de Malange, às margens do lago da hidrelétrica deCapanda, o empreendimento contou com investimentos iniciais

da ordem de US$ 240 milhões, em área agrícola total de 30.000hectares, sendo que 25.000 hectares serão ocupados com cana-de-açúcar e o restante destinado à rotação de cultivos

(milho, soja, feijão e outros). A unidade industrial temcapacidade de moagem de 2 milhões de toneladas de matéria-

prima por safra e de produção de 250 mil toneladas de açúcar,30 mil metros cúbicos de álcool e 160 mil MWh de energia

elétrica por ano. Em 2010, será produzida a primeira safra decana-de-açúcar, em 4 mil hectares de terras plantadas.

8. Registro, por fim, o interesse que o zoneamento

agroecológico suscitou no público, em particular em face dogrande desafio que se impõe aos formuladores de políticas

públicas para o desenvolvimento do setor agrícola em Angola.Segundo informou o Pró-Reitor da UAN, o último levantamento e

análise sistemática de dados a respeito das condições de soloe clima para aproveitamento agrícola em Angola data de 1948.

Sinalizou-se por parte dos interlocutores angolanos, emparticular o representente da UAN, o grande interesse em

desenvolver cooperação na área.


FBM


página -1- de: brasemb luanda recebido em: 28/02/2005 10 ... · desenvolvimento do projeto de...

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