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Para: BRASEMB WINDHOEK Expedido em: 09/10/2000 18:15:39 N.°: 00145

CARAT=Ostensivo

Da SERE Para

Brasemb Windhoek

Em 09/10/2000

CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=ACS /DAF II

DESCR=IMPR

CATEG=MG

//

Brasil-Namíbia. Programa

Formadores de Opinião.

"Namibia Economist". Visita do

Senhor Daniel Steinmann ao

Brasil. Relatório.

//

Nota da DCA: Substituição para alteração de caráter em 04/03/2016

de Reservado para Ostensivo

Nr. 00145

RESUMO=

O Senhor Daniel Steinmann, proprietário e editor do

jornal "Namibia Economist", realizou, entre os dias 24 de

setembro e 1º de outubro, viagem de trabalho ao Brasil,

no âmbito do Programa Formadores de Opinião. Entre os

interesses demonstrados pelo jornalista estão a

experiência brasileira na construção do Mercosul e os

acordos de cooperação entre as Marinhas do Brasil e da

Namíbia.

O Senhor Daniel Steinmann, proprietário e editor do

jornal "Namibia Economist", esteve no Brasil entre os

dias 24 de setembro e 1º de outubro, em visita organizada

no âmbito do Programa Formadores de Opinião.

2.O Senhor Steinmann iniciou sua visita ao Brasil por

São Paulo, aonde chegou no dia 24, domingo, à tarde. No

dia 25, foi recebido, no começo da tarde, pelo Senhor

Renato Lutti, Assessor de Imprensa da Bolsa de Valores de

São Paulo (Bovespa), e pelo Senhor Mário Mugnaini Júnior,

Chefe substituto do Departamento de Relações

Internacionais e Comércio Exterior da FIESP. Os

interesses do jornalista concentraram-se nas relações do

Brasil e do Mercosul com a SADC. O deslocamento para o

Distribuído em: 09/10/2000 18:16:00 Impresso em: 27/12/2016 - 17:37

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CARAT=Ostensivo

Rio de Janeiro foi feito no mesmo dia à noite. Acompanhou

o jornalista durante todo o dia a Conselheira Neith de

Almeida Prado Costa, do ERESP.

3.No Rio de Janeiro, o senhor Steinmann foi

acompanhado, durante sua estada na cidade no dia 26, pela

OC Flora Valadares, da Assessoria de Comunicação

Social/ERERIO, e pelo CMG Hugo Bernardi Junior, da

EMGEPRON. Pela manhã, foi realizada visita ao Centro

Cultural da Marinha, seguida de reunião com o Almirante

Castro Leal, diretor da Escola Naval, que explicou o

programa de formação e treinamento de jovens namibianos

pela Marinha brasileira. Foi oferecido, a seguir, almoço

na Escola Naval, quando o jornalista teve a oportunidade

de encontrar dois cadetes da Namíbia que fazem, no

momento, curso para oficial de marinha na Escola Naval.

Após o almoço, o Senhor Steinmann seguiu para a EMGEPRON,

onde foi recebido pelo Vice-Almirante Marcilio Boavista

da Cunha, Diretor Presidente da Companhia, que o levou a

visitar as instalações da EMGEPRON no Arsenal da Marinha

no Rio de Janeiro. Em seguida, foi feito deslocamento de

lancha para Ponta da Armação, em Niterói, sede da

Diretoria de Hidrografia e Navegação, onde o senhor

Steinmann foi recebido pelo Vice-Almirante Ivan Pereira

Areas, que fez detalhada exposição sobre o Levantamento

da Plataforma Continental brasileira (LEPLAC) e o

estabelecimento dos limites da plataforma continental

jurídica. O Senhor Steinmann seguiu viagem para Brasília

na noite do dia 26.

4.A agenda do Senhor Steinmann em Brasília começou no

dia 27 pela manhã. Acompanhado pelo TS Gustavo de Sá, em

estágio na ACS, o Senhor Steinmann foi recebido pelo

Chefe da ACS, com quem discutiu a influência dos

acontecimentos políticos na economia na história recente

do Brasil. Em seguida, o jornalista seguiu para a

Embrapa, onde foi recebido pelo Senhor Jamil Macedo, da

Secretaria de Assuntos Internacionais. Nesse encontro,

foram mencionadas técnicas agrícolas desenvolvidas pela

Embrapa para regiões brasileiras com condições climáticas

similares às da Namíbia. À tarde, o Senhor Steinmann foi

recebido pelo Senhor Arno Meyer, Secretário Adjunto de

Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

Novamente, o Senhor Steinmann voltou ao paralelo

Mercosul/SADC, mas, dessa vez, buscando informações sobre

o processo de formação da ALCA e as responsabilidades das

economias mais fortes no processo de integração

econômica, numa alusão clara ao que deveria ser o papel

da África do Sul na implementação do Protocolo da SADC.


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CARAT=Ostensivo

5.No dia 28, o Senhor Steinmann entrevistou-se, pela

manhã, sucessivamente, com o Senhor REPSUL, com o DG do

DAOP e com o DG do DPR. O Senhor REPSUL, em resposta a

interesses manifestados pelo Senhor Steinmann, mencionou

como itens constantes da agenda corrente do Mercosul as

tratativas para a adesão definitiva do Chile ao Mercosul,

as negociações comerciais com a África do Sul e a

possibilidade de adoção de moeda comum pelos países do

bloco, apesar das dificuldades representadas pela

supervalorização do peso argentino. A maior preocupação

do Senhor Steinmann foi demonstrada em relação a disputas

setoriais dentro do bloco, uma vez que, segundo ele, a

existência de bolsões esparsos de indústria e comércio na

região seria uma das maiores dificuldades enfrentadas

para a implementação do Protocolo da SADC. A entrevista

com o DG do DAOP teve como tema principal as relações

político-estratégicas com os países da região,

especialmente as gestões brasileiras dentro do processo

de construção da ALCA e a questão colombiana. O DG do DPR

mencionou a integração e a expansão da área de livre

comércio como prioridades atuais do Mercosul, o que

inclui negociações com a SADC, a CAN e países isolados,

como alternativa de formação de novos mercados para as

exportações brasileiras e de independência gradual dos

investimentos estrangeiros.

6.À tarde, o Senhor Steinmann foi recebido pelo

Contra-Almirante José Carlos Cardoso, Subchefe de

Estratégia do Estado Maior da Armada no Comando da

Marinha. Os pontos centrais da reunião foram a questão da

compra de navios brasileiros pela Marinha da Namíbia e o

acordo de cooperação entre as Marinhas dos dois países. O

Senhor Steinmann mencionou, não oficialmente, a

expectativa do governo da Namíbia de continuar a

cooperação com a Marinha do Brasil por duas razões

principais: o mapeamento da zona econômica exclusiva na

costa namibiana e o desenvolvimento do porto de Walvis

Bay. O fim do mapeamento da ZEE significaria a

possibilidade de aumento da exploração da pesca,

reponsável hoje por 12% do PIB namibiano, o que

aumentaria a necessidade de proteção da área. Além disso,

o porto de Walvis Bay reúne todas as condições para

tornar-se expressivo ponto de entrada e saída para todo o

comércio da SADC, esvaziando consideravelmente o porto de

Luanda, sobretudo com a perspectiva da descoberta de

reservas de petróleo na ZEE namibiana e com a abertura

das estradas entre Johannesburgo e Walvis Bay, cruzando

Botswana, e de Walvis Bay a Zâmbia e Zimbábue. Deriva daí

o interesse namibiano no aumento e aperfeiçoamento de sua


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CARAT=Ostensivo

Marinha, por meio da cooperação com o Brasil e da compra

de navios brasileiros. No entanto, o Almirante Cardoso

deixou claro que a compra de navios brasileiros pela

Namíbia só poderá ser efetivada se o acordo de cooperação

assinado em 1999 entre os dois países for aprovado pelo

Legislativo namibiano. O temor da Marinha brasileira,

explicou o Almirante, se justifica pelo fato de o acordo

anterior de 1994, válido até 1998, nunca ter entrado em

vigor. A Marinha brasileira cumpriu todos os dispositivos

do acordo apesar da falta de ratificação por parte da

Namíbia, mas, segundo o Almirante, não estaria disposta a

dar continuidade a essa situação. Assim, a venda de dois

navios de patrulha e o "leasing" de uma corveta estariam

supensos até a ratificação do acordo. Surpreso com as

informações recebidas, o Senhor Steinmann declarou que se

empenharia pessoalmente, por meio de seu jornal, para

agilizar as providências da parte namibiana.

7.O Senhor Steinmann seguiu viagem para Belém na noite

do dia 28, onde a programação foi cumprida sem maiores

observações, de lá retornando à Namíbia no dia 1º de

outubro.

GSDB


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De: BRASEMB WINDHOEK Recebido em: 21/02/2000 14:08:39 N.°: 00028

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Windhoek para Exteriores em 21/02/2000 (JDG)

CARAT=Ostensivo

PRIOR=Urgente

DISTR=DIC

DESCR=NAMI-BRAS

REF/ADIT=TEL 00231 1999, DET 00166 1999

CATEG=MG

//

Brasil-Namibia. Comércio

Bilateral. Exportação de

Açúcar. Importador Senhor Axel

Zeppy Ishitile.

//

Nr. 00028

RESUMO=

Transmite solicitação de importador namibiano,

interessado no benefiamento na Namíbia de açúcar

brasileiro para exportação para a Africa Central e

Austral.

Reftel 231/99. Informo e rogo providência. Em

encontro recente, nesta Missão, o Secretário

Permanente do Ministério da Pesca e Recursos Marítmos

da Namibia, Senhor Axel Zeppy Ishitile, relatou-me

sua visita ao Brasil, em novembro passado, e

solicitou ajuda da Embaixada no acompanhamento dos

contatos que manteve para compra de açúcar.

2.No Rio de Janeiro conversou com o Senhor Ailton

Sacramento da E D & F MAN BRASIL S/A, telefone (021)

533-0101, fax (021) 220-2090, e em São Paulo

com o Senhor Gustavo Barbieri Lima, da Associação

Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, que

encaminhou o assunto ao Senhor César Trossardi, da

companhia "Cristal Sev", telefone (016) 627-4410,

fax (016) 627-0377, também de Ribeirão Preto.

3.Segundo o Senhor Ishitile, a expectativa de

atendimento ao seu pedido de importação somente foi

dada para meados do ano em curso.

4.Muito agradeceria a Vossa Excelência fosse

favoravelmente considerada a possibilidade de consulta

àqueles interlocutores no sentido de ser verificada a

existência de registro do contato havido, bem como seus

possíveis desdobramentos.

5.A parte namibiana teria proposto à parte brasileira


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CARAT=Ostensivo

fosse feito algum beneficiamento do açúcar na Zona de

Processamento para Exportação de Walvis Bay, que

asseguraria amplas facilidades e isenções fiscais. O

produto final seria exportado para mercados vizinhos,

excetuados os membros da SACU, somando ao todo cerca de

130 milhões de pessoas.

Orlando Galvêas Oliveira, Embaixador

COMERCIAL


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CARAT=Ostensivo

De Brasemb Windhoek para Exteriores em 23/02/2000 (JDG)

CARAT=Ostensivo

PRIOR=Urgente

DISTR=DAF II

DESCR=PEXT-BRAS-NAMI

REF/ADIT=TEL 00283 1999

CATEG=MG

//

Brasil-Namibia. Cooperação

naval. Visita de Engenheiro

naval. Convite.

//

Nota da DCA: Redistribuído para DAF II/DOC em 23/02/2000

Nr. 00031

RESUMO=

.

Reftel 283/99. Informo e rogo providência.

Recebi, hoje, carta datada de 8 do corrente e

assinada pelo Senhor Negonga, Secretário Permanente

do Ministério da Defesa, dirigida ao Almirante Sérgio

Florêncio Gitirama Chagasteles, Comandante da

Marinham pela qual solicita a vinda de engenheiro

naval brasileiro à Namíbia.

2.O engenheiro brasileiro deverá prestar

assessoria ao Ministério da Defesa na construção de

uma base naval em Walvis Bay, cujo projeto de impacto

ambiental foi feito pela Universidade de Cape Town e

o projeto arquitetônico está sendo executado pela

firma Architecture and Design for People, da Namíbia.

3.O convite decorre das conversações entre o Senhor

Negonga e interlocutores brasileiros, da Marinha e da

ENGEPROM, quando visitou o Rio de Janeiro, em dezembro

passado, por ocasião da formatura da primeira turma de

guardas-marinhas namibianos na Escola Naval (tel 283,#4).

4.Pelo Fax 07, de hoje, estou transmitindo cópia da

carta mencionada, que agradeceria fosse encaminhada a seu

destinatário.



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CARAT=Ostensivo

OGO

Chagasteles


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CARAT=Ostensivo

De Brasemb Windhoek para Exteriores em 29/02/2000 (FVP)

CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/DOC/DPC

DESCR=NAMI-ECON

CATEG=MO

//

Namíbia. Economia. Resenha

Trimestral (Outubro-Dezem-

bro/1999).

//

Nr. 00034

RESUMO=

Assinala os principais indicadores e fatos econômicos da

Namíbia no quarto trimestre de 1999, assim discri-

minados: Taxa de Crescimento; Taxa de Câmbio; Taxa de

Juros; Inflação; Produção e Investimento (Zona de

Processamento de Exportações; Mineração; Pesca; In-

vestimentos Governamentais; Namíbia e a Economia Aus-

tral Africana).

Aditel. 264/99. Informo. Foram os seguintes os

principais indicadores e fatos econômicos, que marcaram o

quarto trimestre de 1999 na Namíbia:

A- Taxa de Crescimento

2.Segundo análise provisória do "Bank of Namibia",

divulgada por ocasião da reunião anual da Câmara de

Comércio e Indústria, no dia 7 de dezembro, a taxa de

crescimento do PIB da Namíbia, em 1999, deverá ser de

3,2%, revertendo portanto tendência de desaceleração

do último biênio. Foi sublinhado, porém, o aumento do

déficit orçamentário devido, em grande parte, ao

volume de empréstimos externos, que passou de N$ 213

milhões (US$ 35,5 milhões), no primeiro semestre de

1998, para N$ 516 milhões (US$ 86 milhões), no mesmo

período de 1999.

B - Taxa de Câmbio

4.As condições econômicas favoráveis, representadas

sobretudo pelos baixos índices inflacionários na África

do Sul, garantiram estabilidade câmbial no âmbito da


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CARAT=Ostensivo

Common Monetary Area-CMA.

C - Taxa de Juros

5. A "Namibian Bank Rate", fixada pelo Banco Central,

caiu de 18,3% em janeiro para 12% em setembro de 1999, e

foi acompanhada por igual queda das taxas praticadas

pelos bancos comerciais (de 22,4% no primeiro para 16,5%

no último quadrimestre de 1999).

D - Inflação

6.A taxa de inflação mostrou tendência declinante,

passando de 9,34%, nos doze meses anteriores a abril,

para 8,02%, nos doze meses anteriores a setembro. Vale

observar, entretanto, que, enquanto a taxa de inflação

para produtos alimentícios situou-se abaixo da média

nacional, de 6,3% em agosto para 5,9% setembro, os preços

dos transportes e comunicações, bebidas e tabaco

cresceram. De todos, os combustíveis e lubrificantes

foram os que mais pressionaram a inflação, com o preço

do óleo diesel remarcado em 25% e o da gasolina em 32%,

ao longo de 1999. Em consequência, as tarifas de

transporte tiveram aumento de 2 a 3%.

7.Segundo avaliação de órgãos classistas, as camadas

mais pobres da população, embora tenham sido favorecidas

pelo pequeno aumento dos gêneros alimentícios e das

tarifas de transporte, sua renda não tem acompanhado a

alta de preços em geral. Os aposentados, por exemplo, que

desde 1992 recebem pensão mensal de N$ 160 (US$ 26,66)

têm experimentado substantivo declínio em seu poder

aquisitivo real.

E- Produção e Investimento

E.1 - Zona de Processamento de Exportações

8.Segundo recente pesquisa realizada pelo "Labour

Resource and Research Institute" (LaRRI), a Zona de

Processamento de Exportações (ZPE), desde sua

implementação em 1995, atraiu cerca de 79 empresas, das

quais 21 posteriormente se retiraram. Dessas últimas,

oito continuaram no país, operando, entretanto, com o

"status" de empresa comum, sem as facilidades concedidas

pelo programa.

9.A principal razão alegada por aquelas empresas foi a

dificuldade de cumprir a exigência de, no primeiro ano de


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CARAT=Ostensivo

funcionamento, destinar 100% das exportações a países não

pertecentes à SACU, ainda que nos anos seguintes aquele

montante possa ser reduzido a 30%. Atualmente, somente 17

companhias estão em plena operacão, com investimento de

N$ 127 milhões (US$ 21,16 milhões) e 353 novos empregos

criados.

10.Por outro lado, releva notar que, segundo a estatal

"Offshore Development Company" (ODC), quando as outras

cinqüenta e oito companhias atingirem grau semelhante de

operacionalização, o programa deverá ter captado

investimentos da ordem de US$ 8.2 bilhões (US$ 1,37

bilhão) e gerado 4.344 novos postos de trabalho. Outro

dado positivo é a permanência no país das empresas que

abandonaram o programa ZPE, o que mostra o potencial dos

mercados da SACU.

E.2 - Setor de Mineração

11.A Namíbia, que tem no setor um dos seus principais

eixos econômicos, beneficiou-se, ao final do ano, com o

aumento de quase 20% no preço do ouro. Depois que vários

Bancos Centrais europeus e o FMI anunciaram moratória de

cinco anos na venda de ouro acima do limite de 400

toneladas e limitaram empréstimos com o produto, seu

preço passou de US$ 250 entre julho e setembro para mais

de US$ 300 na metade de outubro.

12.A "Anglogold", transnacional que detém direitos de

exploração da principal mina do país (Novachab),

expressou otimismo com os ganhos advindos da apreciação

do ouro. Segundo analistas econômicos, a conjuntura atual

permite certa recuperação e possibilidade de planejamento

a mais longo prazo.

E.3 - Setor Pesqueiro

13.Por ocasião da inauguração de novas instalações da

Inspetoria de Pesca em Walvis Bay, em 22 de novembro

passado, o Presidente Nujoma referiu-se ao setor como o

de maior crescimento no país, a despeito da exploração

predatória ocorrida no período de pré-independência: "my

Government and the Namibian people inherited worn-out and

in some cases depleted fish stocks. But the sector now is

one of the major contributors to the economy".

14.O Presidente frisou, com efeito, que o valor total

da indústria pesqueira passou de N$ 664 milhões (US$

110,7 milhões) para N$ 2,2 bilhões (US$ 367 milhões) em


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CARAT=Ostensivo

1998. Destacou ainda o aumento da participação de

namibianos em todos os níveis do setor, inclusive na

administração da frota pesqueira: enquanto em 1991

somente 50,5% dos barcos pertenciam a nacionais

namibianos, já ao final de 1998 aquele índice crescera

para 83,8% .

E.4 - Investimentos Governamentais

Extensão Norte da Malha Ferroviária

15.Anunciado parecer favorável do estudo realizado pela

"United States Trade and Development Agency" (USTDA), o

Governo deu início em dezembro passado à construção do

ramal norte do sistema ferroviário, de Tsumeb a

Oshikango, junto à fronteira com Angola. A médio-longo

prazo dever-se-á construir no lado angolano extensão a

Lubango, principal cidade no norte daquele país.

16.Tendo como principal finalidade a redução de carga a

ser conduzida do Porto de Walvis Bay pelas rodovias

nacionais (Trans-Caprivi e Trans-Kalahari), o projeto

ferroviário deverá ser completado em 2005. Seu custo está

estimado em US$ 66 milhões, dos quais 25% serão

assimilados pelo Governo e o restante entre agências

financiadoras (principalmente o "African Development

Bank" e o "Arab Bank for Economic Development").

Criação do "National Standards Bureau"

17.O Ministério da Indústria e Comércio criou o

"National Standards Bureau", cuja função será a de aferir

as condições qualitativas dos produtos consumidos no

país. O órgão se manterá em parte pela venda de

certificados, e em parte pelo recebimento de recursos

oficiais, estes destinados, sobretudo, à montagem de

labolatórios especializados. A iniciativa reflete

evolução no serviço de controle de qualidade e

assistência ao consumidor, até então gerido pelo "Namibia

Information and Quality Office" em parceria com o "South

African Bureau of Statistics" (SABS).

E.5 - Namíbia e a Economia Regional

"Human Development Report" (1999)

18.O "United Nations Development Programme" (UNDP)

divulgou em novembro passado relatório sobre

desenvolvimento humano no qual a Namíbia ocupa a 6a


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CARAT=Ostensivo

posição dentre todos os países subsaáricos (Maurício,

Seichelles, Maldivas, África do Sul e Suazilândia são os

melhores posicionados).

19.Cabe assinalar, entretanto, os efeitos do gravíssimo

problema da AIDS para o desempenho social do país.

Enquanto se registrou avanço na alfabetização adulta,

cujo índice alcançou 80% (1997), e na área de matrículas

escolares, que montaram a 82% (1997), o impacto da

epidemia acarretou diminuição em 4 anos na expectativa de

vida - de 56 anos (1994) para 52 anos (1997).

Acordo de Livre Comércio União Européia - África do Sul

20.Em 11.10.99 foi assinado o Acordo de Livre Comércio

entre a África do Sul e a União Européia, com sua

implementação dependendo, entretanto, da assinatura de

protocolo adicional sobre "vinhos e espirituosos", que

estabelece o fim do uso de denominações européias por

parte de produtores sul-africanos.

21.O acordo abrangerá 90% da pauta comercial entre as

partes e prevê desgravação tarifária total em 10 anos

para a União Européia e em 12 anos para a África do Sul.

Apesar dos constrangimentos políticos causados nos países

da SACU, que não foram consultadas durante as tratativas

(tel 272/1999), produtos sensíveis para as economias da

União Alfandegária foram excluídos da lista de redução

tarifária, como, por exemplo, carne vermelha, açúcar,

têxteis, derivados do leite, automóveis e componentes.

22.No que se refere a seus efeitos para a Namíbia, após

a ratificação e a entrada em vigor, o acordo beneficiará

consumidores namibianos, que passarão a ter acesso a

produtos de melhor qualidade a preço mais baixo. Os

produtores, da mesma forma, poderão dispor de bens de

produção mais baratos, o que os tornará, por seu turno,

mais competitivos nos mercados interno e externo. O

grande desafio para a Namíbia será, entretanto, a redução

das receitas auferidas das tarifas praticadas na SACU,

que representam uma terça parte de seu orçamento.


MPSC

Min41


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CARAT=Ostensivo

RNB

QD BRAZEXT

.NAMBREM 231215 OF00035A

DE BRASEMB WINDHOEK PARA EXTERIORES EM 23/02/99 (FVP)

DESCR=PEXT NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF-II/DE-I

PARTE=PRIMEIRA

//

NAMIBIA-ESPANHA. POLITICA EXTERNA.

VISITA OFICIAL DO REIS DA ESPANHA.

//

035.

30835 - INFORMO O REI DA ESPANHA JUAN CARLOS I REALIZOU NESSE FINAL

DE SEMANA VISITA DE ESTADO DE DOIS DIAS AA NAMIBIA. ALEM DE WINDHOEK,

ONDE PARTICIPOU DE SEMINARIO EMPRESARIAL SOBRE OPORTUNIDADES DE

INVESTIMENTO, O CHEFE DE ESTADO ESPANHOL VISITOU WALVIS BAY, SEDE DE

IMPORTANTES EMPRESAS PESQUEIRAS DE CAPITAL ESPANHOL, E O EXTREMO

NORTE DO PAIS, ONDE A AGENCIA ESPANHOLA DE COOPERACAO MANTEM PROJETO

DE DESENVOLVIMENTO RURAL.

2. A ESPANHA EH UM DOS PAISES COM MAIOR VOLUME DE INVESTIMENTO

NA NAMIBIA E O SEGUNDO PARCEIRO COMERCIAL EUROPEU. AS RELACOES

POLITICAS SAO IGUALMENTE BASTANTE ESTREITAS, REMONTANDO AA EPOCA DA

LUTA DE INDEPENDENCIA. A DIPLOMACIA ESPANHOLA FOI UMAS DAS

PRECURSORAS NO RECONHECIMENTO DA SWAPO COMO INTERLOCUTOR DO POVO

NAMIBIANO E A ELA CONCEDEU APOIO EM TODOS OS FOROS MULTILATERAIS.

3. OS RESULTADOS DA VISITA REFLETEM E APROFUNDAM A COOPERACAO

JAH BASTANTE INTENSA ENTRE OS DOIS PAISES. ALEM DA ASSINATURA DE

PROGRAMA DE COOPERACAO FINANCEIRA COM FUNDOS DA ORDEM DE US 50

MILHOES E DE ACORDO DE COOPERACAO TURISTICA, QUE PERMITIRAH A

PARTICIPACAO DE EMPRESAS ESPANHOLAS EM PROJETOS DE INFRAESTRUTURA

BASICA, HOTELEIRA E DE COMUNICACAO, FORAM ANUNCIADOS AINDA CREDITOS

DE US 60 MILHOES PARA INVESTIMENTO EM JOINT-VENTURES NO SETOR

PESQUEIRO NAMIBIANO. O MONARCA SUBLINHOU EM VARIAS OCASIOES QUE,

CONSOLIDADA A PRESENCA ESPANHOLA NA INDUSTRIA PESQUEIRA, O PASSO

SEGUINTE SERIA A DIVERSIFICACAO SETORI

CONTINUA NA 2A. E ULTIMA PARTE COMPLEMENTAR

NNNN


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CARAT=Ostensivo

FJSF

QD BRAZEXT

.NAMBREM 051212 OF00041D

DE BRASEMB WINDHOEK PARA EXTERIORES EM 05/02/97 (EAN)

DESCR=ECON NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF II/DOC/DPFD/

PARTE=COMPLEMENTAR

//

4A. PARTE COMPLEMENTAR. TEL 41. OSTENSIVO. ECON NAMI. DAF II/DOC/

DPFD/ ATUALIZACAO DOS DADOS SOBRE A ECONOMIA NAMIBIANA.

//

EXPORTACOES (''EPZ''), HOJE JA COM O CONCURSO DE QUASE 20 EMPRESAS,

VEM ATINGINDO OS OBJETIVOS PARA OS QUAIS FORAM CRIADAS. OS

INVESTIMENTOS POR ELAS EFETUADOS ASCENDEM A MAIS DE USDOL 100

MILHOES, COM REFLEXOS QUE SE FARAO SENTIR POSITIVAMENTE SOBRE

O SETOR MANUFATUREIRO DO PAIS COMO UM TODO E NAO SOMENTE SOBRE A

AREA EXPORTADORA.

10. O TURISMO CONSTITUI OUTRO SETOR QUE SE VEM EXPANDINDO

VIGOROSAMENTE. AS BELEZAS NATURAIS DO PAIS, COM SEUS IMENSOS

PARQUES E FAZENDAS DE CACA, ATRAEM UM NUMERO CRESCENTE DE

VISITANTES E EM 1995 A RECEITA LIQUIDA NA RUBRICA ATINGIU

USDOL 162 MILHOES.

11. DESDE O INICIO DE SUAS ATIVIDADES NA NAMIBIA, EM

1992, E ATEH DEZEMBRO DE 1995, O BANCO EUROPEU DE INVESTIMENTOS

(BEI) FINANCIOU QUATRO OPERACOES, NO TOTAL DE 22,8 MILHOES DE ECUS,

A PARTIR DE RECURSOS PROPRIOS, E 5,5 MILHOES A PARTIR DE CAPITAIS

DE RISCO, NOS SEGUINTES SETORES : INFRA-ESTRUTURA URBANA,

TELECOMUNICACOES E AGRO-INDUSTRIA.

12. EM DEZEMBRO DO ANO PASSADO, O GOVERNO ALEMAO CONCEDEU UM

FINANCIAMENTO DE USDOL 25 MILHOES PARA A AMPLIACAO DO SISTEMA DE

TRATAMENTO DE ESGOTOS DA CAPITAL E PARA A AMPLIACAO DO PORTO

DE WALVIS BAY. A NAMIBIA PAGARAH O EMPRESTIMO EM 30 ANOS, A JUROS

ANUAIS DE 2 PORCENTO, COM PERIODO DE CARENCIA DE DEZ ANOS. HOUVE ,

IGUALMENTE, A NEGOCIACAO DE COMPRA DE NOVO AVIAO PRESIDENCIAL E

DOIS HELICOPTEROS, DE APROXIMADAMENTE USDOL 30 MILHOES, EM OPERACAO

DE LONGO PRAZO FINANCIADA PELO GOVERNO FRANCES. RECENTEMENTE, O

PRESIDENTE NUJOMA COMPARECEU AA CERIMONIA DE LANCAMENTO DA

PEDRA FUNDAMENTAL DA FABRICA QUE A GENERAL MOTORS ESTAH

CONSTRUINDO EM WINDHOEK. A OPERACAO INICIAL CONSISTIRAH NO


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CARAT=Ostensivo

SUPRIMENTO DE 800 VEICULOS PARA O GOVERNO, NUMA TRANSACAO

AVALIADA EM USDOL 30 MILHOES, QUE IGUALMENTE SERAH OBJETO DE

CONTINUA NA 5A. PARTE COMPLEMENTAR

NNNN


Página -1-


CARAT=Ostensivo

FJSF

QD BRAZEXT

.NAMBREM 051213 OF00041F


DESCR=ECON NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL


PARTE=COMPLEMENTAR

//

6A. PARTE COMPLEMENTAR. TEL 1. OSTENSIVO. ECON NAMI. DAF II/

DOC/DPFD/ ATUALIZACAO DOS DADOS SOBRE A ECONOMIA NAMIBIANA.

//

SERIAM ADOTADOS TRES INDICADORES : (A) PIB PER CAPITA BAIXO

(FIXADO ATEH USDOL 355 EM 1981), (B) PARTICIPACAO INDUSTRIAL

INFERIOR A 10 PORCENTO NO REFERIDO AGREGADO, E (C) COEFICIENTE

DE ANALFABETISMO SUPERIOR A 20 PORCENTO DA FAIXA DE POPULACAO

COM MAIS DE 15 ANOS. O NUMERO DE PAISES QUE SE INSERIAM NESSE

SEGMENTO ASCENDEU A 40 E DELE A NAMIBIA NAO FAZIA PARTE.

ESTAH LONGE DE SE VER INCLUIDA TAMPOUCO NA RELACAO, ENCABECADA

PELO BRASIL, DOS 40 PAISES MAIS ENDIVIDADOS DO PLANETA. O ROL

DOS 40 QUE MAIS PAGAM A TITULO DE JUROS PELO DEBITO COM O

EXTERIOR, E QUE EH LIDERADO PELO MEXICO, SEGUIDO DO BRASIL,

INDONESIA E CHINA, NAO INCLUI A NAMIBIA. ESTE PAIS TAMBEM DEIXA

DE INTEGRAR A LISTA DOS 40 DE MAIOR CARGA DO DEBITO EM RELACAO AO

PIB. ENCONTRA-SE AUSENTE, IGUALMENTE, DO GRUPO DOS 40 MAIS

COMPROMETIDOS, EM SUAS EXPORTACOES, COM AS PRESTACOES DAS

RESPECTIVAS DIVIDAS EXTERNAS.

17. DE ACORDO COM O ''WORLD ECONOMIC OUTLOOK'', PUBLICADO EM

MAIO DE 1994, PELO FMI, 46 PAISES FORAM LISTADOS COMO ''LDC'', DO

AFEGANISTAO AA ZAMBIA. A NAMIBIA NAO COMPOE ESSA REFERENCIA.

18. O ''UNDP HUMAN DEVELOPMENT REPORT'', DE 1996, ARROLA ESTE

PAIS SOB O NUMERO 116, NUM TOTAL DE 174 PAISES EXAMINADOS (O BRASIL

OCUPA O 60 POSICIONAMENTO).

19. O QUE OCORRE, NA REALIDADE, EH QUE O PROBLEMA NAMIBIANO,

COMO O DO BRASIL, ALIAS, NAO EH O DA POBREZA GERAL, MAS SIM O DE

UMA DISTRIBUICAO DE RIQUEZA EXTREMAMENTE DESIGUAL.

20. ESTE PAIS NAO SE ENCONTRA LISTADO COMO LDC, PARA PLENA

IRRITACAO DO GOVERNO DE WINDHOEK, QUE VEM TENTANDO OBTER TAL

STATUS, INUTILMENTE, JUNTO AA ONU, COMO MEIO DE GARANTIR ACESSO

A RECURSOS, EM CONDICOES PRIVILEGIADAS, QUE SAO ALOCADOS A


Página -2-


CARAT=Ostensivo

PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

CONTINUA NA 7A. PARTE FINAL

NNNN


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CARAT=Ostensivo

FJSF

QD BRAZEXT

.NAMBREM 051213 OF00041G


DESCR=ECON NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL


PARTE=ULTIMA

//

7A. E ULTIMA PARTE. TEL 41. OSTENSIVO. ECON NAMI. DAF II/DOC/DPFD/

ATUALIZACAO DOS DADOS SOBRE A ECONOMIA NAMIBIANA.

//

SOCIAL PELOS PAISES SUPRIDORES DE ASSISTENCIA VANTAJOSA COMO OS

ESCANDINAVOS, PAISES BAIXOS E O JAPAO.

21. A DECISAO BRASILEIRA DE INVESTIR AQUI NAO TEM DE SER

NECESSARIAMENTE A MESMA QUE MOVE TAIS PAISES. COM EFEITO,

ENTIDADES GOVERNAMENTAIS QUE SE INTERESSAM PELA LISTA DOS LDC, OS

EXAMINAM SEGUNDO UMA ''WELFARE PERSPECTIVE'', PARA EFEITOS

INSTITUCIONAIS, INCLUSIVE, DE PERDAO DA DIVIDA CONTRAIDA, NO CASO

DE INADIMPLENCIA DO BENEFICIADO. NOSSO OBJETIVO, PARECE-ME, DEVERIA

REVESTIR-SE MENOS DESSA QUALIDADE E VISAR, PRECIPUAMENTE, A ABRIR

MERCADOS PARA NOSSOS PRODUTOS E SERVICOS. A NAMIBIA, POR SUAS

CARACTERISTICAS PROPRIAS, E POR NAO CONSTITUIR, ''MALGREH TOUT'',

UM LDC, SE INSERIRIA, COM TODA A PROPRIEDADE NESSE NOVO HORIZONTE,

PARA O QUAL ESTAO ASSESTADOS OS INSTRUMENTOS FINANCEIROS DE PAISES

COMO A CHINA, COREIA DO SUL, HONG KONG, CINGAPURA -- PARA

MENCIONAR SOMENTE ESTES QUE ESTAO CONSCIENTES DE QUE PARA PARA

ELEVAREM CONSIDERAVELMENTE O NIVEL DE SUAS VENDAS EXTERNAS, EH

DESCABIDO IMPOR REQUISITOS COMO A EXIGENCIA DE VENDA FOB, ESCORADA

POR CARTAS DE CREDITO IRREVOGAVEIS E IRRETRATAVEIS, AVALIZADAS POR

BANCO INTERNACIONAL DE PRIMEIRA LINHA. ALGUMAS DESSAS PROVIDENCIAS

CONSTITUEM AS ULTIMAS A SEREM TOMADAS --- SE EH QUE DEVEM SER

CONSIDERADAS DE TODO.

22. NAO SERAH, POR CERTO, COM INSTANCIA DE TAL QUILATE QUE OS

ESTADOS UNIDOS COLOCAM ACIMA DE 40 PORCENTO DE SUAS EXPORTACOES,

PORTANTO MAIS DE USDOL 200 BILHOES, NOS PAISES EM DESENVOLVIMENTO.

FERREIRALOPES

NNNN


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Urgente

DISTR=DAF II


CATEG=MO

//


Naval. Plataforma continental.

Levantamento. Convite a

peritos brasileiros.

//

Nr. 00041

RESUMO=

.

Reftels 283/99 e 31. Informo e rogo providência.

Recebi, hoje, carta datada de 3 de março corrente,

assinada pelo Senhor E. I Negonga, Secretário

Permanente do Ministério da Defesa, dirigida ao

Almirante Sérgio F. G. Chagasteles, Comandante da

Marinha, pela qual solicita o envio de peritos

brasileiros à Namíbia para fazerem exposição sobre a

importância do levantamento da plataforma

continental.

2.Este convite, bem como o dirigido a engenheiro

brasileiro para prestar assessoria na construção de

base naval em Walvis Bay, decorre das conversações

entre o Senhor Negonga e interlocutores brasileiros,

da Marinha e da EGEPRON, quando visitou o Rio de

Janeiro, em dezembro passado, por ocasião da

formatura da primeira turma de guardas-marinhas

namibianos na Escola Naval.

3.Pelo fax 17, de hoje, estou transmitindo cópia da

carta mencionada, que agradeceria fosse encaminhada a seu

destinatário.



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CARAT=Ostensivo

AN


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CARAT=Ostensivo

ADEM

QD BRAZEXT



DESCR=POIN

CARAT=OSTENSIVO

PRIR=NORMAL

DISTR=DAF II

PARTE=PRIMEIRA

//

NAMIBIA. ECONOMIA.

PROGNOSTICOS PARA 1999.

//

RESUMO: IMPORTANTES GRUPOS ECONOMICOS INSTALADOS NO PAIS PREVEEM

ACELERACAO DA ATIVIDADE ECONOMICA PARA O CORRENTE ANO E AUMENTO DAS

OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO.

056 51000 - INFORMO. SEGUNDO PESQUISA REALIZADA PELO MAIOR PERIODICO

FINANCEIRO DO PAIS, O NAMIBIAN ECONOMIST, QUATRO DOS MAIS INFLUENTES

AGENTES ECONOMICOS LOCAIS (OLD MUTUAL BANK ASSET MANAGERS, COMMERCIAL

BANK OF NAMIBIA, INVESTEC GUINESS FLIGHT E STANDARD CORPORATE BANK)

DECIDIRAM EXPANDIR SUAS ATIVIDADES NO PAIS COMO RESPOSTA AA PREVISAO

DA MELHORIA DOS INDICES ECONOMICOS GERAIS. A DECISAO TEVE IMPACTO

IMEDIATO NO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL QUE, COM EXCECAO DE UM NICO

GRUPO BANCARIO, RESOLVEU ABAIXAR EM 1 PCT A TAXA DE JUROS, HOJE EM

TORNO DE 14 PCT.

2. SEGUNDO RELATORIO DAQUELE PERIODICO, A ECONOMIA NAMIBIANA

RECUPERA-SE DE PEQUENA DESALERACAO DA ATIVIDADE ECONOMICA NO ULTIMO

TRIIMESTRE DE 1998 (TAXA DE CRESCIMENTO CALCULADA EM 1,5 PCT),APOS

TRES TRIMESTRES COM MEDIAS SUPERIORES A 3 PCT. AINDA CONSOANTE O

DOCUMENTO, SAO OS SEGUINTES OS PRINCIPAIS FATORES PARA A PREVISAO DE

BOM DESEMPENHO DA ECONOMIA PARA 1999: A) REDUCAO AINDA MAIOR DA TAXA

DE INFLACAO (DE 6 PCT EM 1998 PARA 4,3 PCT ATE DEZEMBRO DO CORRENTE

ANO): B) MANUTENCAO DOS BONS INDICES DE DESEMPENHO DA INDUSTRIA

DIAMANTIFERA C) MELHORIA DO SISTEMA DE TRANSPORTE, COM AS

MODERNIZACOES PREVISTAS PARA O PORTO DE WALVIS BAY E D) EXPANSAO DA

ATIVIDADE PESQUEIRA COM INCREMENTO JAH PARA ESTE PERIODO DO VOLUME DA

TAXA DE PRODUCAO (TOTAL ALLOWABLE CATCH - TAC) PARA 55000 TONELADAS

(VER TEL 035). NO DIZER DO PRESIDENTE DA INVESTEC GUINESS FLIGHT

''THE CURRENT SITUATION WAS PREPARING THE ECONOMY FOR BETTER THINGS

TO COME''.

CONTINUA NA 2A. E ULTIMA

NNNN


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CARAT=Ostensivo

RNB

QD BRAZEXT

.NAMBREM 271041 OF00061Z


DESCR=PEXT/EFIN BRAS NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=URGENTISSIMO

DISTR=DAF II/ DOC/DPFD

PARTE=UNICA

//

NEGOCIACOES FINANCEIRAS. VENDA DE BENS

E SERVICOS BRASILEIROS AA NAMIBIA.

//

061.

051430. ADITEL 54. FUI CONVOCADO PARA UMA AUDIENCIA COM O MINISTRO

DA DEFESA, PHILEMON MALIMA, OCASIAO EM QUE RECEBI UMA CARTA PARA SER

ENCAMINHADA AO MINISTRO MAURO CESAR. NA MENSAGEM, QUE ESTAREI

ANTECIPANDO POR FAX, ASSIM QUE VOLTAR A OPERAR, MEU INTERLOCUTOR

CONFIRMA SEU INTERESSE NAS NEGOCIACOES FINANCEIRAS QUE CONDUZIRAO AA

CONSTRUCAO DA BASE NAVAL, EM WALVIS BAY, POR EMPRESA BRASILEIRA, E

AO SUPRIMENTO DE QUATRO NAVIOS-PATRULHA A SEREM FORNECIDOS PELA

EMGEPRON EM OPERACAO QUE ENVOLVERAH CERCA DE USDOL 150 MILHOES.

2. DADA A URGENCIA COM QUE A MATERIA TERAH DE SER EXAMINADA, POR

FORCA DO DEADLINE DE 31 DE MARCO VINDOURO, ROGO O OBSEQUIO DE

INFORMAR, TAO CEDO QUANTO POSSIVEL, A DATA DA CHEGADA, EM WINDHOEK,

DA DELEGACAO BRASILEIRA E QUAL SERAH SUA COMPOSICAO.

3. O MINISTRO DA DEFESA NAO INCLUIU, NA REFERIDA CARTA, A

SOLICITACAO DE PROVIDENCIAS REFERENTES AO LEVANTAMENTO HIDROGRAFICO

DA COSTA DA NAMIBIA, NEM DE SUA PLATAFORMA CONTINENTAL, O QUE TORNA

DESNECESSARIA A INCLUSAO DE REPRESENTANTE DA PETROBRAS NA MENCIONADA

DELEGACAO.

4. AGUARDO INSTRUCOES.

FERREIRALOPES

NNNN


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CARAT=Ostensivo

FJSF

QD BRAZEXT

.NAMBREM 291327 OF00067C


DESCR=PEXT

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=URGENTE

DISTR=DAF-II

PARTE=ULTIMA

3A. E ULTIMA PARTE COMPLEMENTAR TEL. 067. PEXT. OSTENSIVO. URGENTE.

DAF-II. NAMIBIA-BOTSUANA. VISITA DE ESTADO DO PRESIDENTE NUJOMA A

BOTSUANA.

BOTSUANA ENCAMINHA-SE PARA UMA ''NOVA DIMENSAO'' E QUE ''NAO HA OUTRA

ESCOLHA PARA AMBOS OS PAISES SENAO O CAMINHO DA COOPERACAO

ECONOMICA'. PROVA DISSO SAO AS INUMERAS AREAS DE COOPERACAO A SEREM

PROXIMAMENTE IMPLEMENTADAS (EXTRADICAO, PROMOCAO COMERCIAL, PROTECAO

AMBIENTAL, MINERACAO, ENERGIA, SAUDE, AGRICULTURA E COOPERATIVISMO),

A PAR DO USO DAS REDES RODOVIARIAS (TRANS-CAPRIVI E TRANS-KALAHARI)

E DO PORTO DE WALVIS BAY PARA EXPONENCIACAO DOS FLUXOS COMERCIAIS DA

SUB-REGIAO AUSTRAL, EM GERAL, E ENTRE OS DOIS PAISES, EM PARTICULAR.

GALVEAS

NNNN


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Urgente

DISTR=DAF II



CATEG=MG

//


naval.Visita de engenheiro

naval. Convite.

//

Nr. 00071

Reftel 31. Informo. Chegaram a Windhoek, no

último dia 9, domingo, os Capitães-de-Fragata Murilo

M. Guimarães e Álvaro R. Fernandes, ambos engenheiros

navais, da Diretoria de Obras Civis da Marinha, a

convite do Ministério da Defesa da Namíbia, em missão

de assessoramento na construção da base naval de

Walvis Bay.

2.Encontrei-me com os dois oficiais na segunda-

feira, dia 10,após a primeira rodada de conversações

que mantiveram com a parte namibiana, cuja

disposição, segundo me relataram, é de optar por

projeto que permita ampliação no correr dos próximos

anos.

3.Tal projeto teria por base pré-estudo feito pela

parte brasileira em 1996, quando aqui estive o Capitão

Álvaro Fernandes. Segundo se estima, o custo total da

obra se elevaria a mais de 30 milhões de dólares

americanos.

4.No dia 10, segunda-feira, ofereci na Residência

almoço ao Secretário Permanente do Ministério da Defesa,

I.Negonga, a que compareceram aqueles dois oficiais, o

Chefe da Missão Naval, Capitão Lourenço Leite, e o

oficial namibiano de ligação com os oficiais visitantes,

Capitão-de-Corveta Nipandua, formado no Centro de

Instrução Almirante Wandekok, no Rio de Janeiro.

5.Na terça-feira pela manhã os oficiais brasileiros

seguiram para Walvis Bay para levantamento de dados sobre

o empreendimento. Deverão regressar a Windhoek no próximo

fim de semana e ao Brasil na quarta-feira, dia 19.


Página -2-


CARAT=Ostensivo


OGO


Página -1-


CARAT=Ostensivo

ADEM

QD BRAZEXT



DESCR=PEXT NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF II

PARTE=UNICA

//

NAMIBIA. POLITICA EXTERNA.

VISITA OFICIAL DO PRIMEIRO-

MINISTRO DA TANZANIA.

//

RTM AUTOMATICA PARA BRASEMB MAPUTO

076 31700 - REALIZOU VISITA OFICIAL A ESTA CAPITAL, ENTRE OS 23 E 29

DE

MARCO ULTIMO, O PRIMEIRO-MINISTRO DA TANZANIA, FREDERICK SUMAYE.

RECEBIDO POR SEU HOMOLOGO NAMIBIANO, HAGE GEINGOB, O CHEFE DE GOVERNO

TANZANIANO MANTEVE CONVERSACOES SOBRE TEMAS FINANCEIRO AFRICANOS E

VISITOU DIVERSOS PROJETOS ECONOMICOS LOCAIS, EM PARTICULAR A ZONA DE

PROCESSAMENTO DE EXPORTACOES (ZPE).

2. EM DISCURSO PRONUNCIADO DURANTE JANTAR EM SUA HOMENAGEM,

SUMAYE ABORDOU O QUADRO FINANCEIRO DO CONTINENTE, ASSINALANDO, EM

ESPECIAL, O PESO EXCESSIVO DO SERVICO DAS DIVIDAS SOBRE OS ORCAMENTOS

NACIONAIS. COMO SOLUCAO PARA O GRAVE PROBLEMA DO ENDIVIDAMENTO

EXTERNO, SUGERIU ATUACAO EM UNISSONO DOS PAISES AFRICANOS JUNTO AOS

PAISES DESENVOLVIDOS E AOS ORGAOS FINANCEIROS INTERNACIONAIS E MAIOR

INCENTIVO AAS RELACOES SUL-SUL.

3. DEPOIS DE ESTADA DE DOIS DIAS EM WINDHOEK, O VISITANTE

DESLOCOU-SE PARA WALVIS BAY E SWAKOPMUND, COM BREVE PASSAGEM TAMBEM

NO

PARQUE NACIONAL DE ETOSHA. NAQUELAS CIDADES CONSTEIRAS CONHECEU

DETALHES DA

ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTADORES (ZPE) LOCAL,

AVISTOU-SE COM OS COORDENADORES DO PROJETO ''ATLANTIC SEA PRODUCTS'',

DE REGULACAO DO USO DE RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS, E COM OS

DIRIGENTES DAS PRINCIPAIS COMPANHIAS PESQUEIRAS DO PAIS. NO NORTE DO

PAIS, ALEM DE ETOSHA, SUMAYE VISITOU OUTROS DOIS PROJETOS DE ZPE

RECEM-INSTALADOS EM OSHIKANGO E OSHAKATI.

GALVEAS

NNNN


Página -1-


CARAT=Ostensivo

FJSF

QD BRAZEXT



DESCR=PEXT NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF-II/DAF-I

PARTE=UNICA

//

NAMIBIA. POLITICA EXTERNA. VISITA

OFICIAL DO PRESIDENTE DO QUENIA.

//

RTM AUTOMATICA PARA BRASEMB NAIROBI

077.

41612 - INFORMO. O PRESIDENTE DO QUENIA, DANIEL ARAP MOI, REALIZOU A

PARTIR DO ULTIMO DIA 29, VISITA DE ESTADO DE TRES DIAS A NAMIBIA.

ACOMPANHADO DE DELEGACAO DE CINQUENTA E UM MEMBROS, ARAP MOI MANTEVE

CONVERSACOES COM O PRESIDENTE SAM NUJOMA SOBRE PONTOS DO

RELACIONAMENTO BILATERAL E DA AGENDA AFRICANA, CONHECEU EM WALVIS BAY

O ''CONSORTIUM FISHING'' E A ''SALT FACTORY'', E, EM KEETMANSHOOP, AO

SUL DO PAIS, A ''OSTRICH PRODUCTION NAMIBIA''.

2. EM DISCURSO PROFERIDO NO JANTAR OFICIAL, ARAP MOI ASSINALOU

QUE OS FLUXOS COMERCIAIS ENTRE OS DOIS PAISES ESTAO AQUEM DO

SINALIZADO PELO GRAU DE COMPLEMENTARIDADE ENTRE QUENIA E NAMIBIA.

ESTE PAIS PODERIA OFERECER COOPERACAO NAS AREAS DE PESCA E PECUARIA,

E, EM TROCA, RECEBER TECNOLOGIA QUENIANA NO CAMPO DA SAUDE E

MINERACAO.

3. NA OCASIAO DA VISITA FOI ASSINADO O ACORDO DE COOPERACAO

EDUCACIONAL E CULTURAL E ESTABELECIDA A PRIMEIRA EDICAO DA COMISSAO

CONJUNTA PERMANENTE NAMIBIA-QUENIA, CRIADA EM 1992. OS MINISTROS DOS

NEGOCIOS ESTRANGEIROS DIVULGARAM QUE TRATATIVAS PARA ASSINATURA DE

OUTROS INSTRUMENTOS NAS AREAS DE EXTRADICAO, SAUDE, COMERCIO E

SERVICOS AEREOS ESTAO BASTANTE ADIANTADAS.

4. EM COMUNICADO A IMPRENSA, CUJA COPIA ESTOU ENVIANDO PELO FAX

NR.24, OS CHEFES DE ESTADO ENFATIZARAM A INTEGRACAO REGIONAL

ECONOMICA E A COOPERACAO COMO MEIOS DE DESENVOLVIMENTO DE SEUS DOIS

PAISES, EM PARTICULAR, E DO CONTINENTE COMO UM TODO. EM SUA OPINIAO

OS GRUPOS ECONOMICOS REGIONAIS, COMO A ''EAST AFRICA COOPERATION''

(EAC), ''SOUTHERN AFRICAN DEVELOPMENT COMMUNITY'' (SADC) E O ''COMMON

MARKET FOR EASTERN AND SOUTHERN AFRICAN STATES'' (COMESA) DEVERAO


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CARAT=Ostensivo

FUNCIONAR COMO ''BUILDING BLOCS'' PARA A FORMACAO DA COMUNIDADE

ECONOMICA AFRICANA, CONFORME PREVISTO NO TRATADO DE ABUJA DE 1991.

GALVEAS

NNNN


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CARAT=Ostensivo

ADEM

QD BRAZEXT



DESCR=ECON

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF-II

PARTE=COMPLEMENTAR

3A. PARTE TEL. 078.

(C) PRODUCAO VINICOLA. DEPOIS DE TRES ANOS DE INVESTIMENTOS, A

PRODUCAO VINICULA NA REGIAO SETENTRIONAL DO PAIS (NAUTE DAM)

OBTEVE EXCEDENTE COMERCIAVEL. A PRODUCAO FOI TOTALMENTE ABSORVIDA

PELO MERCADO DOMESTICO, PREVENDO-SE PARA O PROXIMO ANO, NO ENTANTO,

AUMENTO DE PRODUCAO E VENDA PARA O MERCADO EXTERNO.

(D) INDUSTRIA DE BENS DE CAPITAIS. DEVIDO AAS EXTERNALIDADES

POSITIVAS DA ECONOMIA NAMIBIANA (EXCELENTE REDE RODOVIARIA, BOM

GERENCIAMENTO ESTATAL, PROXIMIDADE PORTUARIA), FOI INSTALADA, EM

PRIMEIRO DE MARCO PASSADO, A SEGUNDA MONTADORA DE AUTOMOVEIS NO PAIS,

COMO RESULTADO DE INVESTIMENTO DA MULTINACIONAL IVECO, LIDER DE

PRODUCAO DE CAMINHOES NA EUROPA (TEL 21).

(E) PEQUENAS E MICRO EMPRESAS. O MINISTERIO DA INDUSTRIA E COMERCIO

DIVULGOU SEU PRIMEIRO RELATORIO SOBRE PEQUENAS E MICRO EMPRESAS,

RELATIVA A QUATRO PROVINCIAS NO NORTE E LESTE DO PAIS. O DOCUMENTO

RELACIONA MAIS DE 14.000 EMPRESAS, 80 PCT DAS QUAIS MUITO REDUZIDAS

(EMPREGANDO EM MEDIA 3 PESSOAS). APESAR DE PROBLEMAS COMO POUCA

CAPACIDADE TECNICA E ESCASSO ACESSO A INFORMACOES ATUALIZADAS, O

SETOR PODE REVELAR-SE NO FUTURO COMO FONTE DE EMPREGO E RENDA,

SOBRETUDO SE CONTAR COM ALGUM TIPO DE FINANCIAMENTO ESTATAL.

(F) INDUSTRIA PESQUEIRA. TRATA-SE ATUALMENTE DO MAIS DINAMICO SETOR

DA ECONOMIA NAMIBIANA, RESPONSAVEL, EM GRANDE MEDIDA, PELA EXPANSAO

DO PRODUTO INTERNO DO PAIS. ALEM DA PISCOSIDADE DA COSTA NAMIBIANA,

AS INDUSTRIAS PESQUEIRAS BENEFICIAM-SE DA MODERNIZACAO DO PORTO DE

WALVIS BAY E DA BOA REDE DE ESCOAMENTO. CAPITAIS RUSSOS, PORTUGUESES

E SOBRETUDO ESPANHOIS DOMINAM OS INVESTIMENTOS NESTE SETOR. EM SUAS

RECENTE VISITA OFICIAL AA NAMIBIA, O REI JUAN CARLOS ANUNCIOU

CREDITOS DE US$60 MILHOES PARA ''JOINT-VENTURES'' NA AREA DA PESCA

(TEL 35), CUJO VALOR DA PRODUCAO AUMENTOU DE US$50 MILHOES, EM 1990,

PARA QUASE US$ 400 MILHOES, ATEH O FINAL DO ANO PASSADO.

CONTINUA NA 4A. E ULTIMA PARTE


Página -1-


CARAT=Ostensivo

De Brasemb Windhoek para Exteriores em 20/04/2000 (RPS)

CARAT=Ostensivo

PRIOR=Urgente

DISTR=DAF II/DOC



CATEG=MG

//

Brasil-Namibia.Cooperação

naval. Visita de engenheiros.

//

Nr. 00081

Aditel 71. Informo. Os Engenheiros da Marinha,

Capitães-de-Fragata, Murilo M. Guimarães e Álvaro R.

Fernandes, depois de cumprirem missão de 10 dias na

Namíbia, partiram ontem para o Brasil.

2.Além das conversações em Windhoek, objeto do

expediente a que faço aditamento, os oficiais

brasileiros estiveram em Walvis Bay, para

levantamento de dados junto às autoridades municipais

e portuárias, e regressaram a Windhoek onde se

encontraram com as firmas envolvidas no projeto, bem

como com autoridades dos Ministérios da Defesa e das

Obras Públicas.

3.Nos encontros que tivemos, aqueles oficiais me

manifestaram opinião muito positiva sobre sua missão,

seja em razão de melhor organização do Ministério da

Defesa e dos serviços públicos com que tiveram

contato, seja em razão do maior cometimento e sentido

de propósito quanto ao trabalho a ser desenvolvido.

Como referido no tel. 71, o Capitão Fernandes esteve

em Windhoek e Walvis Bay em 1996, seis anos depois da

independência e apenas dois após a entrega de Walvis

Bay pela Africa do Sul à Namíbia.

4.Ontem, assinaram com o Ministério da Defesa

Protocolo de Intencões, pelo qual a EMGEPROM prestará

assessoria ao Ministério da Defesa, por 30 meses de

efetivos trabalhos de construção da base de Walvis Bay.

Pelo Protocolo, a EMGEPRON deslocará engenheiro naval a

Walvis Bay, onde residirá durante todo o período de

construção. A EMGEPROM receberá 1% do valor da obra a

título de pagamento dessa assessoria.



Página -2-


CARAT=Ostensivo

OGO


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/ABC/DFTR/DODC/DOC


CATEG=MG

//

Brasil-Namíbia. Resenha Tri-

mestral (janeiro-março). Rela-

ções Bilaterais.

//

Nr. 00100

RESUMO=

Realiza balanço trimestral dos principais itens da pauta

bilateral, a saber: ajuda aos refugiados de Osire;

cooperação nas áreas de saúde, naval, educacional e

cultural; promoção do comércio bilateral; convite ao

jornalista Daniel Steiman; entrega de diploma da Ordem do

Cruzeiro do Sul ao Presidente Nujoma.

Informo. Foram as seguintes as principais

iniciativas no campo das relações bilaterais no primeiro

trimestre do ano em curso:

a) Ajuda aos Refugiados Angolanos em Osire

2.Tendo em vista o grave problema criado pelo

enorme influxo de refugiados angolanos na Namíbia e,

em especial, no campo de Osire, o Posto solicitou

pelo tel 277/99 fosse estudada a possibilidade de

doação humanitária brasileira. Em resposta, a

Secretaria de Estado informou da doação de

medicamentos e da possibilidade da vinda de 9

voluntários de ONG brasileira. Foram desenvolvidas

negociações em Windhoek e Brasília, sobre a vinda dos

voluntários (transporte, hospedagem, alimentação,

visto e autorização de trabalho) bem como sobre o

transporte dos remédios (tels 12,19, 37 e 38 e

desptel 32).

b) Cooperação na Área de Saúde

3.A Ministra da Saúde, Dra.L.Amathila, aceitou convite


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CARAT=Ostensivo

que lhe transmiti para visitar o Brasil. Sua visita será

precedida pela do Coordenador do Programa Nacional da

AIDS, Sr. Abner Xoagub, a qual objetivará finalizar

protocolo de cooperação bilateral a ser assinado pela

Dra. Amathila em Brasília. A Ministra Amathilha indicou

que meados de junho seria uma data conveniente para sua

visita (desptel 013 e tel 018).

4.Em fevereiro tiveram seguimento as negociações sobre

o programa bilateral de cooperação para a prevenção da

AIDS (Projeto de Fortalecimento do Programa de DST/AIDS

da Namíbia" tel. 58), bem como sobre a viagem do Senhor

Xoaqub ao Brasil (tels 35 e 49).

c) Cooperação Naval

5.O Ministério da Defesa, por carta do Secretário

Permanente, Negonga, ao Comandante da Marinha, Almirante

Chagasteles, solicitou a vinda de engenheiro naval

brasileiro à Namíbia a fim de prestar assessoria no

projeto de construção de uma base naval em Walvis Bay. O

convite teve origem nas conversações do Sr. Negonga com

seus interlocutores na Marinha e na ENGEPROM, por ocasião

da formatura da primeira turma de guardas-marinhas

namibianos na Escola Naval no ano passado (tel 031).

6.Por carta de 3 de março, também endereçada ao

Comandante da Marinha brasileira, o Secretário-Permanente

do Ministério da Defesa, solicitou o envio de peritos

brasileiros à Namíbia para fazerem exposição às várias

autoridades interessadas sobre a importância do

levantamento e demarcação da plataforma continental (tel

041).

7.A Embaixada recebeu da SERE texto de proposta de

novo Acordo de Cooperação Naval (desptel. 19). Tendo em

vista complexidade do assunto, foi submetida à SERE

minuta de tradução dos anexos ao Acordo (tel.54), bem

como considerações a sua forma e substância (tel.48).

d) Programa de Estudantes-Convênio Graduação - (PEC-

G/2000)

8.A primeira candidata namibiana a curso de graduação

no Brasil dentro do programa PEC-G, Penélope Cadete,

iniciou, em Porto Alegre, curso de seis meses de língua

portuguesa na UFRGS (desptel 006),antes de iniciar o

curso propriamente dito na Universidade de Santa

Caterina.


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CARAT=Ostensivo

e) Programa de Ensino Profissional Marítimo para

Estrangeiro (PEPME/2000 e 2001)

9.Em 06/02 foi encaminhado por via postal à Diretoria

de Portos e Costas, Superintendência de Ensino,

formulário de inscrição de Patrick Silishebo, candidato

ao curso de "Controlador de Portos" (tel 021). No tocante

aos cursos a serem ministrados no próximo ano, entreguei

ao Ministro dos Transportes, Hampie Plichta, cópia da

Nota Verbal n.9, enviada à Chancelaria local, sobre o

lançamento do Programa para o próximo período

(PEPME/2001).

f) Exposição de Pintura Abdias Nascimento

10.Na segunda quinzena de fevereiro recebi fax da Dra.

Dulce Pereira, Presidente da Fundação Palmares, pelo qual

confirmou a aprovação da exposição do pintor Abdias

Nascimento na "National Art Gallery" da Namíbia, no

período de 18 de julho a 12 de agosto próximos. A mostra

deverá ser inaugurada pelo Presidente Nujoma e, depois de

Windhoek, deverá seguir para Botsuana, Zimbábue e África

do Sul. Pelo tel 32, solicitei a inclusão da exposição no

calendário de comemorações dos 500 Anos do Descobrimento

e pedi autorização para assinar o contrato com a Galeria.

g) Promoção do Comércio Bilateral

11.A pedido do Secretário Permanente do Ministério da

Pesca e Recursos Marítimos, Sr. Axel Ishitile, solicitei

à Secretaria de Estado o acompanhamento dos contatos que

essa autoridade namibiana estabelecera em sua viagem ao

Brasil, no sentido de serem viabilizados programa de

exportação de açúcar brasileiro para a Namíbia e alguns

países da África Austral e possivelmente criação de

indústria de beneficiamento na Zona de Processamento de

Exportação-ZPE,em Walvis Bay (tel 028).

h) Visita do Redator Chefe do "Namibian Economist" ao

Brasil

12.De acordo com entendimento com o Senhor Chefe da

ACS, convidei o jornalista Daniel Steinman, redator-chefe

do influente periódico local "Namibian Economist", para

fazer visita de um semana ao Brasil, em data de mútua

conveniência. A programação, a ser preparada pela


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CARAT=Ostensivo

Assessoria de Comunicação Social, deverá incluir visita a

S.Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belém (tel 057).

i) Entrega de Diploma da Ordem do Cruzeiro do Sul ao

Presidente Nujoma

13.Em 10/02, entreguei ao Presidente Sam Nujoma diploma

da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, correspondente ao

Grande Colar, que recebeu por ocasião de sua visita

oficial ao Brasil, em setembro de 1999, bem como

fotografias daquele ato. Na ocasião, o Presidente

manifestou seu reconhecimento pela acolhida que recebera

no Rio de Janeiro e em Brasília, e manifestou a esperança

de que o Presidente Fernando Henrique Cardoso possa, em

breve, visitar a Namíbia (tel 027).

j) Convite ao Preisente da República para visitar a

Namíbia, por ocasião do 10º Aniversário da Independência

e posse presidencial

14.O Presidente Sam Nujoma, por carta de 15 de

março,convidou o Senhor Presidente da República para as

comemorações do 10o Aniversário da Independência da

Namíbia, no dia 21 de março seguinte (tel 044)e para a

cerimônia de sua posse.


MPSC


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DIC

DESCR=XPRO

CATEG=MG

//

Namíbia. Feira de Comércio de

Windhoek. COMEX 2000.

//

Nota da DCA: Redistribuído para DOC/DIC em 05/07/2000

Nr. 00124

RESUMO=

.

Informo. Realizou-se, em Windhoek, de 17 a 19 de

maio passado, a segunda edição da Comex 2000, feira

de comércio de escopo internacional. Na opinião dos

organizadores, a feira tem contribuido para a

formação de uma cultura de negócios de pequenas,

médias e grandes empresas, em regime bem sucedido de

processamento de exportações.

2.Participaram expositores da África do Sul,

Alemanha, Botsuana, Espanha, Gana, Indonésia,

Malásia, Zâmbia, Zimbábue, entre outros. A COMEX tem-

se firmado como evento significativo, no contexto das

transformações estruturais do país, cujo setor

agrícola, por exemplo, começa a ceder importância à

indústria de pequeno e médio porte.

3.A Namíbia ocupa posição privilegiada na Southern

Africa Development Community-SADC, que compreende um

mercado de 150 milhões de consumidores. Localizada na

costa leste africana, oferece acesso privilegiado a

todo o centro e sul do continente, através do porto

de Walvis Bay e excelente rede viária. Vale também

registrar sua boa infra-estrutura hoteleira,

bancária e de comunicações.

4.O salão internacional da COMEX 2000 contou com

aproximadamente 100 expositores, além de stands das

indústrias informais e de pequeno porte, com produtos

variados. Foram os seguintes os profutos em exposição na

COMEX 2000: brinquedos de madeira, produtos de alumínio,


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CARAT=Ostensivo

aquecedores, purificadores de água, materiais de

construção, indústria de panificação, veículos, roupas,

trajes étnicos, joalheria e bijouterias africanas,

programas educacionais, casas pré fabricadas, produtos

farmacêuticos, ornamentos de fibra de vidro, molduras,

blocos de construção, equipamentos eletrônicos e

agrícolas, decoração de interiores, equipamentos para

churrasco, equipamentos de segurança, artigos de couro,

pinturas e materiais de arte, mobiliário e equipamento de

escritório, equipamentos de escritório, normas de

alfândega, comunicações, azulejos, cerâmicas, louças

diversas, educação e treinamento técnico, tintas de

cobertura e seladores, pneus, enfermagem, desenhos

gráficos, fábrica de tijolos, massas (alimentos),

piscinas, telhados, ar condicionado, artigos de couro,

artigos feitos à mão, eletrodomésticos, computadores,

equipamento de segurança, equipamento para eletroterapia,

carne e derivados, design para internet, material de

papelaria, artigos de barro, bicicletas.


COMERCIAL


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CARAT=Ostensivo

ADEM

QD BRAZEXT

.NAMBREM 280543 OF00131B

DE BRASEMB WINDHOEK PARA EXTERIORES EM 27/05/98 (JDG)

DESCR=PEXT BRAS SADC

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF II/DAF I/DOC/DCS/ABC

PARTE=COMPLEMENTAR

//

2A. PARTE COMPLEMENTAR TEL 131.OSTENSIVO.NORMAL.DAF-II/DAF-I/DOC/

DCS/ABC.CIMEIRA DA SADC / WORLD ECONOMIC FORUM EM WINDHOEK.

//

3. NA ESFERA GOVERNAMENTAL, ALEM DO PRESIDENTE SAM NUJOMA E DO

PRIMEIRO-MINISTRO HAGE GEINGOB,COMPARECERAM THABO MBEKI (AFRICA DO

SUL), ROBERT MUGABE (ZIMBABUE), FREDERICK CHILUBA (ZAMBIA), JOAQUIM

CHISSANO (MOCAMBIQUE), LAURENT KABILA (REPUBLICA DEMOCRATICA DO

CONGO) FESTUS MOGAE (BOTSUANA), E ROBERT MALLE, SUBSECRETARIO DE

COMERCIO DOS ESTADOS UNIDOS. INUMEROS MINISTROS DE ESTADO DOS 12

PAISES FIZERAM-SE TAMBEM PRESENTES, ASSIM COMO JEFFREY SACHS,

DIRETOR DO ''INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL'',

DE HARVARD, E A BARONESA CHALKER, EX-MINISTRA DE COOPERACAO

INTERNACIONAL DO REINO UNIDO.

4. O MINISTRO HIDIPO HAMUTENYA, DA INDUSTRIA E COMERCIO, CITOU,

NA ABERTURA DA CONFERENCIA DE IMPRENSA, OS VARIOS PROJETOS PARA OS

QUAIS A NAMIBIA PROCURA PARCEIROS INTERNACIONAIS. DENTRE ELES,

DESTACOU A HIDRELETRICA DE EPUPA, NA FRONTEIRA COM ANGOLA, O

DESENVOLVIMENTO DA BAIA E DO AEROPORTO DE WALVIS BAY E A EXPLORACAO

DO CAMPO DE GAS DE KUDU, SITUADO AO SUL.

5. MICHAEL JACKSON, CUJA VINDA FOI PATROCINADA PELA BARDEN

INTERNATIONAL, DOS ESTADOS UNIDOS, EXORTOU A TODOS A DEDICAR UMA

ATENCAO MAIOR AO PROBLEMA INFANTIL, NAO SOH DA AFRICA COMO DO

RESTO DO MUNDO. SUA PRESENCA EM WINDHOEK SE RELACIONOU, NAO COM A

REALIZACAO DE SHOWS, MAS COM A POSSIBILIDADE DE INVESTIMENTOS DE

SUA EMPRESA EM PAISES DA SADC. A BARDEN INTERNATIONAL DESENVOLVE

UM PROJETO AUTOMOBILISTICO DA GM EM WINDHOEK.

6. NAO OBSTANTE INTEGRAR A AGENDA UM ITEM RELACIONADO COM O

DIALOGO COM O MERCOSUL, NAO COMPARECEU NENHUM REPRESENTANTE DA

ENTIDADE SUL-AMERICANA, PELO MENOS QUE FOSSE DO CONHECIMENTO DESTA

EMBAIXADA.

CONTINUA NA 3A. PARTE

NNNN


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CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/DOC /DPC

DESCR=NAMI-ECON

CATEG=MG

//


Trimestral (janeiro-

março/2000)

//

Nr. 00132

RESUMO=


Namíbia no primeiro trimestre de 2000, assim dis-

criminados: taxa de câmbio; taxa de juros; inflação; taxa

de crescimento; produção e investimento (Zona de

Processamento de Exportações; Pesca; Agricultura; Contas

Governamentais; e Investimentos Públicos).

Informo. Foram as seguintes os principais

indicadores, tendências e fatos econômicos da Namíbia

no primeiro trimestre do ano em curso:(Tel.retido

para verificação de dados)

A - Taxa de Câmbio

2. Acompanhando tendência declinante do Rand nos

últimos meses, a taxa média de câmbio no trimestre

ficou em N$6,50 por dólar americano.

B- Taxa de Juros

3.A "Namibian Bank Rate" superou em 3% a média do ano

passado, sendo fixada pelo Banco Central (Bank of

Namibia) nos primeiros três meses do ano em 15,5%.

C- Inflação

4.A taxa de inflação no trimestre foi de 2,2%,

correspondendo a 0,85% em janeiro, 0,60% em fevereiro e

0,76% em março, enquanto que a inflação dos últimos 12


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CARAT=Ostensivo

meses até janeiro foi de 7,41%, até feverieio 8,08% e até

março 7,85%.

D- Taxa de Crescimento

5.A National Economic Policy Research Unit (NEPRU)

estima que a taxa de crecimento econômico até o final do

primeiro trimestre do ano deverá se situar entre 2,5 e

3,5%.

E - Produção e Investimento

E.1 - ZPE

Zona de Processamento de Exportações (ZPE)

6.Balanço realizado do Programa de Zona de

Processamento de Exportações (ZPE) demonstrou que, entre

as 80 empresas registradas com "status ZPE", 18 têm

operações em todo o país, 5 concentram-se em Walvis Bay e

21 se retiraram. O total de investimentos montou até o

momento a N$ 140 milhões (US$ 23,33 milhões), dos quais

N$ 70 milhões (US$ 11,66 milhões) por uma única empresa,

a Ostrich Production Namibia.

7.De acordo com declaração do Diretor da "Walvis Bay

EPZ Management Company Marketing", Libolly Haufiku, a

principal razão da retirada de algumas empresas foi a

dificuldade em satisfazer os requisitos do programa, que

não permitem exportações nos dois primeiros anos para

mercados da SACU. Dado o número de desistências,

pesquisas do "Namibian Economic Policy Research Unit"

(NEPRU) têm questionado a seriedade de alguns

investidores na ZPE. Por outro lado, estudos realizados

pelo "Labour Resource and Research Institute - LaRRI"

concluíram que menos de 400 empregos de baixo salário

foram criados pelo programa. Adverte Haufiku, entretanto,

que o projeto não desenvolveu seu potencial : "EPZ is a

good thing but people do not have patience. It`s a long

term solution".


Relatório do Ministro da Pesca

8.Segundo o Ministro da Pesca e Recursos Marítimos, N.

Iyambo, este é o setor em que a SWAPO instituiu com êxito

o princípio da "namibianização", explorando sua


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CARAT=Ostensivo

potencialidade para a maior independência e maior

desenvolvimento econômicos do país.

9.A instituição de nível racional de pesca (de 400 mil

toneladas no período anterior à independência para 60 mil

em 1991) e a promoção da entrada de nacionais no setor

permitiram a alavancagem da política setorial, que ganhou

visibilidade regional e internacional. Seu desempenho em

termos de rendimentos auferidos passou de US$ 280 milhões

em 1989 para US$ 2,5 bilhões em 1998. Analogamente, sua

participação no PIB evoluiu de 3,9% em 1989 para 10,1% em

1998, tornando-se o segundo setor mais importante da

economia do país, superado apenas pela mineração.

Empregou cerca de 13 mil trabalhadores em 1998.

E.3 - Agricultura

Produção de uva

10.Projeções do Ministério da Agricultura colocam a

Namíbia em 2003 como o quarto produtor de uvas no

hemisfério sul, competindo com África do Sul, Argentina e

Chile. Apesar do pequeno volume atual da produção (cerca

de 2000 toneladas), a qualidade da uva nacional foi

considerada excelente. No caso da passa sultana a

produtora Hardap obteve a melhor colocação na África

Austral. Atualmente, a produção de uvas de mesa tem sido

o setor de mais rápido crescimento no setor agrícola, com

exportação projetada de US$ 65 milhões.

E.4 - Contas Governamentais

a) Orçamento - Exercício/2000

11.As maiores mudanças no orçamento foram o aumento de

N$ 373 milhões (US$ 62,16 milhões) para o atual

exercício, dos quais N$172,7 milhões (US$ 28,78 milhões)

para o Ministério da Defesa. Com esses fundos adicionais,

os gastos com a pasta militar chegaram a N$ 731,9

milhões (US$ 121,98 milhões), correspondentes a um

aumento de 30,8% em relação ao montante originalmente

previsto de N$ 559 milhões (US$ 93,16 milhões) ou 65,3%,

se comparado com o orçamento para o exercício 98/99, de

N$ 442,6 milhões (US$ 73,76 milhões). Os gastos com a

defesa passam então a corresponder a 9% do orçamento

nacional, nível duas vezes maior do que o de 1990.

12.As pastas que obtiveram maiores alocações foram a da


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CARAT=Ostensivo

Educação Básica e Cultura, com N$ 1,65 bilhão (US$ 275

milhões) ou 20,6% do orçamento; Ministério da Saúde e

Serviços Sociais, com N$ 1,097 bilhão (US$ 183 milhões)

ou 13,7% do orçamento; Ministério das Finanças, com N$

1,035 bilhão (US$ 172,5 milhões) ou 12,9% do orçamento;

Ministério de Obras, Transporte e Comunicações, com N$

762 milhões ( US$ 127 milhões) ou 9,5% do total; e

finalmente o Ministério da Defesa, com 9%.

13.Indicador que talvez cause maior desconforto à área

econômica é a elevação do déficit fiscal para N$ 881

milhões (US$ 146,83 milhões) ou seja, 4,5% do PIB, bem

acima portanto da meta de 3% fixada no segundo mandato do

Presidente Nujoma. Analistas advertem que o Governo,

principalmente no último ano, tem realizado má gestão do

orçamento, que, ao invés de reforçar o desenvolvimento

dos setores prioritários, tem sido usado como ferramenta

política em áreas de escassos retornos econômicos.

14.Exemplo do relativo descontrole de gasto foi o

"orçamento suplementar" acima mencionado. Do total de N$

360 milhões (US$ 60 milhões) para gastos não-previstos,

N$172,7 milhões (US$ 28,78 milhões) foram alocados para

a campanha militar na República Democrática do Congo, dos

quais, N$ 74 milhões (US$ 12,33 milhões) especificamente

para pagamentos de soldos, o que indica, que o Governo

namibiano tem gastado em média N$ 1,54 milhão (US$ 256

mil) por semana somente em pagamento de pessoal militar

na RDC. Comentário do NEPRU assinalou que "the improved

economic environment (such as stable exchange rates, the

drop in interest rates and the cash injection into the

economy) had not led to a reduction in the deficit

because of military expenditure".

15.Com a dilatação do orçamento o setor público passa

a ter maior participação na renda nacional: os gastos

governametais, N$ 8,09 bilhões (US$1,34 bilhão)

contribuem com cerca de 41% do total do Produto Interno

Bruto, de N$19,4 bi (US$ 3,23 bilhão).

Introdução do Imposto sobre Valor Agregado

16.O Ministério das Finanças enviou em janeiro ao

Parlamento projeto de adoção do Imposto sobre Valor

Agregado (VAT- Value Added Tax), em substituição ao

Imposto sobre Vendas (GST) correntemente adotado.

17.Segundo declaração do Ministro das Finanças, Nangolo


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CARAT=Ostensivo

Mbumba, o novo sistema a ser implantado, além de mais

eficiente, aumenta consideravelmente a base de taxação e,

por conseguinte, os níveis de arrecadação. Previsto para

ser operacionalizado, em princípio, em setembro ou

outubro próximo, o imposto terá nível de 15% sobre os

produtos de consumo básico e 30% sobre artigos de luxo.

No momento, o nível da GST é de 10%. Além deste último, o

Governo tem outras duas fontes de renda por meio de

taxação: o imposto sobre a renda e as tarifas comerciais

impostas sobre importação, coletadas através da SACU.

E.5 - Investimentos Públicos

Joint-venture entre a Namcor e a Sonangol

18.A "National Petroleum Corporation" (Nancor) e a

Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol)

assinaram na primeira semana de janeiro contrato para

realização de estudo de prospecção na "Namib Basin", a

200km da fronteira bilateral.

19.Segundo declaração do Diretor-Administrativo da

estatal namibiana, Joe Mozeingo, "há dois anos a Namcor

já tem informações sobre a Namib Basin e acredita que a

região possa ser rica em gás ou em petróleo". Acrescentou

ainda que, apesar de já ter recebido propostas de

empresas internacionais, contratos de exploração só serão

assinados após a divulgação dos resultados da prospecção.

20.Os estudos de prospecção deverão iniciar-se após

visita de pesquisadores da Sonangol em julho próximo.

Está prevista também, após a conclusão das pesquisas, a

realização de dois seminários promocionais, em Londres e

Houston, para as grandes companhias petrolíferas.

Reparação do trecho rodoviário Mururani Gate - Rundu

21.Na primeira semana de março o Governo alemão

disponibilizou N$ 47,5 milhões (US$ 7,91 milhão) para a

reconstrução do trecho rodoviário Mururani Gate - Rundu,

com extensão de cerca de 130 km, que faz parte do eixo

Walvis Bay - Trans-Caprivi - Lubumbashi (na RDC), que

liga a Namíbia aos seus vizinhos setentrionais.

Modernização do trecho ferroviário entre Aus e Lüderitz

22.O Governo namibiano alocou verba de N$ 68 milhões

(US$ 11,33 milhões) para modernização, nos próximos três


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CARAT=Ostensivo

anos, do trecho ferroviário entre Aus e Lüderitz, que há

muito tornou-se inoperante por desuso. Em declaração por

ocasião do anúncio da iniciativa, o Presidenta Nujoma

assinalou que, além dos ganhos comerciais, a recuperação

do ferrovia permitirá a exportação de minérios via porto

de Lüderitz e estimulará o turismo naquela área,

inclusive com a possibilidade de funcionamento de trens

de luxo, à semelhança do "Desert Express" entre Windhoek

e Swakopmund.

23.Esse programa de modernização será desenvolvido

paralelamente ao projeto de extensão da malha rodoviária

ao norte do país, orçado em N$ 400 milhões (US$ 66,66

milhões) (tel 034).

Modernização do Aeroporto de Walvis Bay

24.Investimentos da ordem de N$ 28 milhões (US$ 4,66

milhões) serão destinados no exercício 2000/2001 para a

modernização do aeroporto de Walvis Bay, de forma a

adaptá-lo aos padrões de vôo internacional. As obras

compreenderão a modernização dos terminais existentes e o

alargamento da pista de pouso, tornando-a apta a receber

Boeing 747 ou Airbus A3XX-200.

25.A intenção da Namibian Airports Company (NAC) é

tornar o aeroporto de Walvis Bay o segundo em importância

do país, depois do Hosea Kutako em Windhoek, para

estimular o desenvolvimento da ZPE e do turismo na região

de Walvis Bay-Swakopmund.


MPSC


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CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II

DESCR=BRAS-NAMI

CATEG=MG

//

Brasil-Namíbia. Relações

bilaterais. Reunião com o

Ministro T. Kalomoh, dos

Negócios Estrangeiros.

//

Nr. 00146

Informo. No último dia 7, tive, como tenho feito

com certa periodicidade, reunião com o Ministro, em

exercício, dos Negócios Estrangeiros, T. Kalomoh,

para tratar dos vários assuntos em andamento da pauta

bilateral, a saber:

1-Cooperação: a-agrícola

b-DST/AIDS

c-Campo de Refugiados de Osire

d-Acordo Cultural, estudantes

namibianos no Brasil

2-Criação de Adidância de Defesa

3-Criação do Consulado Honorário em Walvis Bay e

nomeação do Cônsul Honorário

4-Reuniões de trabalho com Embaixadores do

Grupo Africano em Brasília

2.Na ocasião, entreguei ao Ministro Kalomoh nota

acompanhada de um especimen do selo comemorativo do Dia

da África. Kalomoh, ao agradecer, sublinhou a amizade

namíbio-brasileira, nascida no período de luta pela

independência e consolidada nos dez anos desde 1990.

Assinalou que a Namíbia via no Brasil um país irmão, com

que compartilhava valores, bem como herança cultural e

étnica.

3.Kalomoh recordou o encontro com Vossa Excelência e

referiu uma vez mais o sentimento de apreço e

reconhecimento do Presidente Sam Nujoma pelo Senhor

Presidente da República e as conversações mantidas

durante sua visita a Brasília em setembro passado, quando


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CARAT=Ostensivo

os dois presidentes se manifestaram "with one mind" sobre

a crise em Angola.

4.Reiterou o empenho do Governo namibiano na criação

de sua Representação Diplomática residente no Brasil.

Acrescentou, a esse propósito, que a decisão política

estava já tomada e que a criação da Missão é uma das

prioridades de seu Ministério, no que se refere à

expansão da rede de representações diplomáticas da

Namíbia. Questões orçamentárias e de ordem financeira

teriam sido os responsáveis, até o presente, pelo

adiamento da realização do projeto.

3.Em expedientes específicos a seguir tratarei de cada

um dos ítens da pauta bilateral, acima mencionados.


OGO


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/DAC

DESCR=BRAS-NAMI

CATEG=MG

//

Brasil-Namíbia. Encontro com o

Ministro,em exercíco, dos

Negócios Estrangeiros.

//

Nr. 00148

Aditel.146, que relata encontro com o Ministro,

em exercício, dos Negócios Estrangeiros. Referência

ítens 2- Criação da Adidância de Defesa e 3-Criação

do Consulado Honorário em Walvis Bay. Informo.

2.O Ministro Kalomoh expressou grande satisfação

pela criação da Adidância de Defesa em Windhoek,

Residente em Luanda, e pela criação do Consulado

Honorário em Walvis Bay. Acrescentou que ambos vinham

somar-se à representação institucional do Brasil na

Namíbia, em áreas de grande importância.

3.A primeira, por abrir novo canal de comunicação

entre os Ministérios da Defesa dos dois países,

parceiros de cooperação exemplar, como a formação da Ala

Naval da Namíbia. Como se sabe, encontram-se, hoje, no

Brasil, cerca de 130 praças e oficiais namibianos em

escolas e centros de treinamento da Marinha. A Marinha

Brasileira deverá prestar assessoria na construção de

base naval em Walvis Bay e na demarcação da plataforma

continental (chegaram a Windhoek, no dia 14 último, 2

oficiais brasileiros para contatos junto ao Governo sobre

o assunto), bem como fornecimento de navios.

3.O segundo, criação do Consulado Honorário em Walvis

Bay, que abre perspectivas amplas para assistência a

brasileiros em visita àquela cidade portuária, seja como

turistas, seja em viagem de negócios ou em missão

oficial, sobretudo da Marinha. Walvis Bay, sede da mais

importante ZPE do país e dotada de instalações portuárias

modernas, dá nome ao Corredor Econômico para os vários


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CARAT=Ostensivo

países mediterrâneos vizinhos da Namíbia, como Botsuana,

Zâmbia, Zimbábue, e mesmo para Moçambique, do outro lado

do continente, mas que se beneficia das facilidades

criadas pelo Corredor, no que se refere às cargas

provenientes das Américas e da Europa.

4.Kalomoh deteve-se para elogiar a escolha do Senhor

Ivo de Gouveia como Cônsul Honorário, tanto por suas

qualidades pessoais, quanto profissionais, de bem

sucedido homem de negócios.


OGO


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CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II

DESCR=BRAS-NAMI-PEXT

CATEG=MG

//

Brasil-Namíbia. Cooperação

naval.Comando da Missão Naval.

//



Nr. 00157

RESUMO=

Informa passagem de comando da Missão Naval. Refere os

vários assuntos em andamento na área da cooperação naval

Brasil-Namíbia.

Informo. O Comandante Marco Aurélio Luchetti,

que chegou no dia 10 de julho corrente a esta

capital, assumiu hoje a chefia da Missão Naval em

Windhoek, em substituição ao Comandante Mauricio

Cesar Lourenço Leite, que regressa ao Brasil, ao

final de dois anos de serviço neste Posto.

2.Na ocasião da partida do Comandante Lourenço

desejo registrar sua dedicação e competência, bem

como urbanidade e equilíbrio no trato diário, não só

com a Chefia, mas com todos os funcionários desta

Missão.

3.Desejo assinalar também o importante momento por que

passa a cooperação naval entre o Brasil e a Namíbia.

4. Como sabe Vossa Excelência, encontram-se em

estabelecimentos da Marinha no Brasil cerca de 100

namibianos, de vários níveis e patentes, recebendo

treinamento, segundo programa voltado para a formação da

Marinha deste país.

5. Além disso, cerca de 30 oficiais namibianos já


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CARAT=Ostensivo

concluíram seu treinamento em nosso país e encontram-se

incorporados à Ala Naval do Ministério da Defesa, onde

ocupam todos os postos de comando daquela Força. Vale a

este propósito acrescentar que falam todos português

fluente e têm na Marinha do Brasil seu quadro maior de

referência. A Ala Naval namibiana adotou regulamentos e

práticas, bem como uniformes, com pequenas modificações,

da Marinha brasileira.

6.Em abril passado, estiveram na Namíbia, a convite do

Ministério da Defesa, dois oficiais-engenheiros

brasileiros para prestarem assessoria na construção da

Base Naval de Walvis Bay (tels.71 e 81), bem como, em

julho, o Comandante Tagore e o Professor Gorini, também a

convite do Ministério da Defesa, para proferirem

palestras para os altos escalões do Governo sobre a

importância e benefícios da demarcação da plataforma

continental(tel.152).

7.Em maio, visitou Windhoek o Senhor Cerqueira Lima,

Diretor da AKORO, com mandato da EMGEPRON, para negociar

a venda de um navio e duas lanchas patrulha, bem como a

cessão de uma corveta à Ala Naval namibiana (tel 095).

Conforme informação oficial que tive do Ministério da

Defesa, a operação está sendo estudada, principalmente no

que se refere a seu financiamento.

8.Mais importante, encontra-se em negociação novo

texto de Acordo de Cooperação Naval, cuja minuta

entreguei à Chancelaria local, em abril passado (tel.69).

Espero para os próximos dias reação oficial namibiana

que, segundo estou informado, deve ser em sentido

positivo, de aceitação da proposta brasileira.


OGO


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CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT



DESCR=ECON

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF-II

PARTE=PRIMEIRA

//

NAMIBIA. ECONOMIA.

ZONAS DE PROCESSAMENTO

DE EXPORTACAO- ZPE'S.

//

RESUMO: ANALISA O PROGRAMA DE ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTACOES,

EM FACE DAS VANTAGENS COMPARATIVAS OFERECIDAS PELO PAIS.

158.

41539 - ADITEL 242/98. INFORMO. O PROGRAMA DE ZONA DE PROCESSAMENTO

DE EXPORTACOES (ZPE), IMPLANTADO A PARTIR DE 1996, TEM COMO OBJETIVO

BASICO A ATRACAO DE CAPITAL, AMPLIACAO DO MERCADO DE TRABALHO E

CAPACITACAO TECNOLOGICA, MEDIANTE O APROVEITAMENTO DAS VANTAGENS

COMPARATIVAS DO PAIS, A SABER: ESTABILIDADE POLITICO-ECONOMICA,

EFICIENTE GERENCIAMENTO ADMINISTRATIVO E EXCELENTE INFRAESTRUTURA DE

TRANSPORTES E COMUNICACOES.

2. HISTORICAMENTE PODE-SE SITUAR A TRANSFERENCIA DE SOBERANIA DO

PORTO DE WALVIS BAY DA AFRICA DO SUL AA NAMIBIA, EM 1994, COMO MARCO

PARA A CONSOLIDACAO DE ESTRUTURA NACIONAL DE TRANSPORTE E DESEMBARQUE

DE CARGAS. SUAS CONDICOES NATURAIS, COM PROFUNDIDADE SUFICIENTE PARA

MOVIMENTACAO DE NAVIOS DE GRANDE CALADO E LARGA PLATAFORMA

CONTINENTAL, O SINGULARIZAM NAO SOMENTE NA COSTA NAMIBIANA MAS EM

TODA FRANJA ATLANTICA QUE SE ESTENDE DE LUANDA, AO NORTE, AA CIDADE

DO CABO, NO EXTREMO MERIDIONAL DO CONTINENTE. A MODERNIZACAO DAS

INSTALACOES PRE-EXISTENTES, SEGUIDA DO MELHORAMENTO E AMPLIACAO DAS

REDES VIARIAS (FERROVIAS E RODOVIAS) CONECTADAS AA ZONA PORTUARIA,

AUTORIZARAM A INSTALACAO DO PROGRAMA DO ZPE,



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CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT



DESCR=ECON

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF-II

PARTE=COMPLEMENTAR

//

2A. PARTE COMPLEMENTAR TEL. 158. ECON. OSTENSIVO. NORMAL. DAF-II/.

NAMIBIA. ECONOMIA. ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTACAO - ZPE'S.

//

INSTALACAO DO PROGRAMA DO ZPE, QUE PODE SE BENEFICIAR, DESDE SEU

NASCEDOURO, DE LIGACAO RAPIDA E SEGURA A TODOS OS PAISES VIZINHOS E

DE EFICIENTE SISTEMA DE ESCOAMENTO DE MERCADORIAS.

3. A INAUGURACAO EM PRINCIPIOS DO ANO PASSADO DA TRANS-KALAHARI,

QUE UNE POR VIA TERRESTRE WALVIS BAY A MAPUTO, ELEVOU EM EXPONENCIAL

AS VANTAGENS DA INICIATIVA ZPE. ALEM DE VERTEBRAR QUATRO DAS

ECONOMIAS MAIS DINAMICAS DA SUB-REGIAO, O NOVO CORREDOR BIOCEANICO A

PARTIR DO PORTO NAMIBIANO PROPICIOU MAIOR OTIMIZACAO DAS REDES

PRODUTIVAS PELA COMUNICACAO ENTRE A PROVINCIA SUL-AFRICANA DE

GAUTENG, REGIAO DE MAIOR DENSIDADE INDUSTRIAL DO CONTINENTE, COM

AMBAS AS COSTAS AFRICANAS.

4. WALVIS BAY COLOCA-SE, PORTANTO, EM RELACAO AOS PORTOS SUL-

AFRICANOS, COMO OPCAO DE ENTRADA PARA MERCADORIAS QUE SE DESTINAM AOS

PAISES DO ENTORNO AUSTRAL. CONSOANTE ESTUDOS REALIZADOS PELA SADC,

REDUCAO DE TEMPO ENTRE 8 E 15 DIAS PODERA SER OBTIDA PARA PRODUTOS

DESTINADOS AAQUELES MERCADOS QUE SEJAM TRANSPORTADOS PELO PORTO

NAMIBIANO, DOTADO DE MODERNO MAQUINARIO DE DESCARGA E ISENTO DE

PROBLEMAS DE CONGESTIONAMENTO.

5. OS EXITOS ADVINDOS DO REAPARELHAMENTO PORTUARIO E DA CRIACAO

DE ZPE INSEREM-SE EM PROJETO DE MAIR ESCOPO, QUAL SEJA, DE

TRANSFORMACAO DA NAMIBIA EM TRAMPOLIM PARA TODO O CENTRO E O SUL DA

AFRICA. O OBJETIVO SERIA, EM ULTIMA INSTANCIA, A CRIACAO DE AMBIENTE

FAVORAVEL AA IMPLANTACAO DE INDUSTRIAS VOLTADAS AA EXPORTACAO, COM

IMPACTOS NO NIVEL DE GERACAO DE RENDA E DE EMPREGOS NO PAIS. A

EXPECTATIVA EH DE DOBRAR, AO FINAL DE DEZ ANOS, A CAPACIDADE

PRODUTIVA NACIONAL, ALIMENTADA PRINCIPALMENTE POR CAPITAIS EXTERNOS.



Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAC/DOC/DAF II

DESCR=CORG-BRAS-NAMI

REF/ADIT=DET 00075 2000

CATEG=MG

//

Rede Consular Brasileira.

Namíbia. Consulado Honorário

em Walvis Bay. "Exequatur".

//

Nr. 00158

Refdesptel 75. Informo e rogo providência.

Recebi, hoje, a nota 3/1/3/19, de 24 de julho

corrente, pela qual a Chancelaria namibiana

informa que "the Government of the Republic of

Namibia has accepted the nomination and

therefore grants Exequatur to Mr. de Gouveia

(como Cônsul Honorário em Walvis Bay)".

2.À conclusão do processo de designação do

Senhor Gouveia para aquele Posto, desejo

manifestar meu agradecimento a Vossa

Excelência pela criação do Consulado Honorário

e escolha de seu titular.

3.Walvis Bay, além de dispor hoje de instalações

portuárias modernas, abriga a mais importante ZPE

do país, é o centro do Corredor Econômico de

Walvis Bay e porto de destino dos navios da

Marinha brasileira em viagem à Namíbia, facetas

essas apreciadas em vários expedientes anteriores

da Embaixada.

4.Por força de sua posição estratégica e infra-

estrutura, assume papel de gradativa importância

no comércio regional, como porto de entrada para

um mercado potencial de mais de 120 milhões de

pessoas. Poderá ser utilizado, com vantagem,

alternativamente a portos na África do Sul, por

homens de negócios brasileiros em suas exportações

para toda a África Austral. É também polo de

atração turística de importância crescente.


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CARAT=Ostensivo

5.Muito agradeceria receber, com a urgência

possível, instruções, bem como material

informativo e de expediente, para a instalação

daquela Repartição.


OGO

ivo


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/ABC

DESCR=NAMI-ETEM-ECON


CATEG=MG

//

Namíbia. Ajuda externa. Compo-

sição por doador.Conclusões.

//



Nr. 00160

RESUMO=

Faz balanço dos principais programas de cooperação, por

doador, e aponta possível ocorrência de constrangimentos

orçamentários a médio prazo, dada a tendência declinante

da cooperação.

Aditel.154, sobre ajuda externa recebida pela Namíbia.

Informo.

Principais Parceiros Multilaterais

2.No conjunto da cooperação recebida pela Namíbia,

a cooperação multilateral foi sem dúvida a mais

importante no primeiro período após a independência,

quando chegou a 53,3% do total. As Agências da ONU,

por exemplo, em 1990, contribuiram com 20% da ajuda

total (US$ 12,5 milhões).

3. Hoje, entre os parceiros multilaterais, a União

Européia ocupa o primeiro lugar, seguida do Banco

Europeu de Investimento e as Agências da ONU, cuja

contribuição, em 1998, desceu a 5,1% (US$9,38 milhões) de

toda a ajuda recebida. Entre as Agências especializadas o

mais importante parceiro é a UNICEF, com US$3 milhões em

1998, seguida do PNUD, com US$1 milhão, naquele mesmo

ano.

3.A UE é o maior doador, entre multilaterais e

bilaterais, sendo responsável por 33% de toda a ajuda


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CARAT=Ostensivo

recebida. Em 1998 destinou à Namíbia US$ 35,28 milhões,

que se comparam a US$ 20,315 milhões, em 1990. Mantém 68

projetos no país, com prioridade para os setores de

desenvolvimento rural, saúde, educação e incentivo a

pequenas empresas. Não estão previstas contribuições

financeiras para o orçamento namibiano.

4.A pauta de cooperação é examinada a cada quatro

anos, quando são fixados os orçamentos de cada projeto.

Somente 75% do orçamento é repassado de imediato aos

executores do projeto, estando a liberalização dos 25%

restantes dependente do atendimento, pela parte

namibiana, de certos parâmetros técnicos. Nesse aspecto,

segundo diplomata da delegação da EU em Windhoek, a

Namíbia tem índice de quase 100% de aproveitamento dos

recursos que lhe são destinados.

5.De acordo com a mesma fonte, na próxima reunião de

avaliação, prevista para 2002, será reconsiderada, à luz

dos últimos desdobramentos da política externa namibiana,

a adequação do país às condicionalidades de boa

governança, direitos humanos e dispêndio da pasta

militar.

Principais Parceiros Bilaterais

6.Desde 1991, a ajuda bilateral tem correspondido, em

média, a 60% da assistência total. Dentre todos os

doadores bilaterais, a Alemanha é o maior parceiro (com

16% de toda ajuda bilateral/1998), seguida dos Estados

Unidos (15%), Países Nórdicos (com 34%, sendo a Suécia e

a Finlândia os maiores contribuintes), Países Baixos

(8%), China (6%), Reino Unido (4%) e França (4%).

7. São os seguintes os principais programas bilaterais

de cooperação:

Alemanha

8. Destina à Namíbia a maior ajuda per capita dentre

todos os outros recipiendários da cooperação alemã. Os

estreitos laços bilaterais decorrem do fato de a Namíbia

ter sido entre 1884 e 1915 colônia alemã e ter recebido

naquele período considerável número de imigrantes

alemães. Em 1989, o Bundestag aprovou moção formalizando

responsabilidade do Governo Federal com a "conciliação e

igualdade social" na Namíbia, tendo alocado, para esse

fim, DM 100 milhões (US$ 52,9 milhões) no primeiro ano de

sua independência.


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CARAT=Ostensivo

9.No âmbito do Ministério de Cooperação Econômica e

Desenvolvimento alemão, a cooperação oferecida à Namíbia

tem duas vertentes básicas, a saber: a cooperação

financeira, gerenciada pela "Kreditanstalt für

Wiederaufbau" (KfW) e a cooperação técnica sob

responsabilidade da "Gesellschaft für Technische

Zusammenarbeit" (GTZ). À ajuda oficial governamental

devem ser somadas contribuições de 6 instituições alemãs

(governamentais e não-governamentais) vocacionadas à

ajuda ao desenvolvimento, como, entre outras, as

Fundações Konrad-Adenauer, Hans-Seidel, Friedrich-Ebert e

o Serviço de Desenvolvimento Alemão (DED).

10.Entre 1990 e 1997, a Alemanha destinou à Namíbia,

incluindo todas as fontes acima mencionadas, DM 743.6

milhões (US$ 393,43 milhões). Desse total, DM 296 milhões

(US$ 157,67 milhões) correspondem à cooperação

financeira, gerenciada pelo KfW, para diversos projetos

de infraestrutura básica, entre os quais os mais

importantes são a construção da rodovia Trans-Caprivi,

suprimento de água no norte do país e construção de casas

populares. Naquele mesmo período, em assistência técnica,

a GTZ destinou o equivalente a DM 164,4 milhões (US$

86,98 milhões) para projetos nas áreas de saúde, combate

à desertificação, energia e recursos hídricos.

11.Importa registrar, entretanto, decréscimo no nível

de aportes governamentais, que passaram de 15,6% em 1990

para 8,6% em 1998, em relação ao total da ajuda externa

à Namíbia. Tal tendência ganha maior importância à luz

das reservas que faz a Embaixada alemã ao aumento dos

gastos militares e ao envolvimento do país em conflitos

regionais, que poderá implicar em novo redimensionamento

da cooperação.

Estados Unidos

12.A cooperação americana à Namíbia, que no total chega

hoje a US$ 50 milhões anuais, compreende programas da

USAID e outros órgãos sob a competência direta do

Departamento de Estado. A USAID, em geral, dá prioridade

às áreas de prevenção da HIV/AIDS, conservação ambiental,

fortalecimento democrático, treinamento empresarial, e

educação; enquanto que os demais órgãos destinam seus

recursos ao intercâmbio de estudantes e bolsas de estudo,

promoção dos direitos humanos, educação básica, e

iniciativas a critério do Embaixador, além de doação de

material militar ao Ministério da Defesa namibiano. A

Namíbia pode se beneficiar ainda de créditos facilitados


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CARAT=Ostensivo

pela "African Development Foundation" ou pela "Southern

African Development Enteprises Fund".

13.Segundo informação de diplomata da representação

norte-americana em Windhoek, em 2005, na Namíbia como em

Botsuana, serão praticamente encerrados todos os

programas desenvolvidos pela USAID (que em seu conjunto

montam a US$ 16 milhões anuais), em consonância com

novas diretrizes para seu uso em países mais pobres. O

Governo dos EUA apóia quatro ONGs que atuam no país.

Segundo a mesma fonte não realiza programas com

contrapartida de compra de produtos americanos.

Suécia

14.A Agência Sueca de Cooperação Internacional (SIDA)

destinou em 1999 US$ 7,68 milhões aos projetos de

cooperação com a Namíbia, montante um pouco inferior à

média de US$ 8 milhões dos anos anteriores. Educação,

transporte e administração pública são as áreas

prioritárias. Já foi anunciado, porém, que essa ajuda

deverá sofrer redução a partir de 2004/2005, dado o nível

relativamente elevado de sua renda média per capita.

Segundo a Embaixada em Windhoek, as condicionalidades de

boa governança, respeito aos direitos humanos e,

sobretudo, percentagem de gastos militares em relação ao

PIB não estão sendo inteiramente observadas pelo Governo

namibiano. Existe uma ONG sueca em operação no país e não

há projetos de cooperação com contrapartida de produtos

suecos.

Finlândia

15.Quanto ao relacionamento entre a Finlândia e a

Namíbia, além do apoio à SWAPO no período pré-

independência, vale assinalar a vinda, no princípio do

século, de cerca de 3 mil imigrantes finlandeses, o que

contribui para assegurar à Namíbia lugar prioritário para

a cooperação finlandesa. A pauta bilateral é uma das mais

abrangentes, compreendendo saúde; preservação florestal;

recursos hídricos; capacitação institucional; meio

ambiente; apoio à descentralização administrativa;

promoção da democracia e direitos humanos.

16.A Finlândia contribui anualmente com cerca de US$

5,38 milhões, sendo o maior doador nos campos de saúde e

preservação florestal. Àquele montante devem ser

acrescidos cerca de US$ 700 mil anuais referentes a 15

projetos mantidos por diversas ONGs finlandesas em


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CARAT=Ostensivo

operação no país. O Governo finlandês não oferece ajuda

direta ao orçamento, nem desenvolve projetos vinculados à

compra de seus produtos nacionais.

17.Tendo em vista, entretanto, o acentuado aumento dos

gastos militares e a participação mais ostensiva da

Namíbia nos conflitos em Angola e na RDC, o Governo

finlandês anunciou redução da cooperação a níveis mínimos

a partir de 2007.

Países Baixos

18.O governo neerlandês privilegia três áreas na

cooperação bilateral com a Namíbia, a saber: recursos

hídricos, educação básica e reintegração de ex-

combatentes. Não estão previstas contribuições diretas ao

orçamento namibiano nem ajuda com contrapartida de

aquisição de produtos ("tied aid"). Em média o total de

recursos destinados à Namíbia desde 1990 foi de US$ 6,92

milhões ao ano. Esse montante deverá ser reduzido a

partir do próximo ano, estabilizando-se em cerca de US$ 1

milhão anuais.

19.Tais mudanças, alegadamente, refletem reformulação

da política holandesa de cooperação internacional, com

prioridade para países que se insiram nos seguintes

parâmetros: renda per capita inferior a US$ 250.00;

qualidade da gestão de política macroeconômica e boa

governança. A Namíbia, segundo declaração do Encarregado

de Negócios da Embaixada dos Países-Baixos em Windhoek,

não atenderia, sobretudo, ao prmeiro e ao terceiro

critérios.

Reino Unido

20.A cooperação britânica chega a US$ 8 milhões anuais

e tem como prioridades o incentivo à capacidade de

produção; conservação do meio-ambiente; programas

especiais de educação e saúde, principalmente de combate

à malária. O Reino Unido não realiza contribuições

diretas ao orçamento namibiano nem promove projetos de

cooperação atrelados à compra de produtos de suas

empresas. Há ainda 5 ONGs britânicas em operação no país.

China

21.A cooperação chinesa, que foi extremamente ativa

antes mesmo da independência do país, tem contribuído

anualmente com cerca de US$ 2,5 milhões, além de manter


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CARAT=Ostensivo

programas de transferência de tecnologia nas áreas de

construção civil, pesca e capacitação institucional. Em

janeiro passado, por ocasião da visita do chanceler

chinês Tang Jiaxuan, foi assinado "Acordo de Ajuda para o

Desenvolvimento" que oferece novos créditos, da ordem

de US$ 1,4 milhões, para serem utilizados para a compra

de produtos e materiais chineses.

França

22.A Namíbia é o único país africano de língua inglesa

inserido na zona prioritária de cooperação francesa.

Historicamente, a ajuda francesa à Namíbia se divide em

duas fases: de 1990-92, em que foram concedidos

anualmente cerca US$ 16,6 milhões para atender às

necessidades prementes do período imediato pós-

independência; e de 1993 em diante, com aportes anuais em

torno de US$ 4 milhões. Em termos agregados, de 1990 a

2000, a ajuda da França montou a US$ 56,77 milhões, dos

quais US$ 9,5 milhões na forma de empréstimos

subsidiados.

23.As áreas prioritárias de cooperação para o Governo

francês são saúde, segurança alimentar, agricultura,

meio-ambiente e ação cultural. Dentre as maiores

realizações estão a construção de um hospital no norte do

país e de um centro cultural em Windhoek. Existem 3 ONGs

francesas em operação no país. No caso namibiano, a

França não realiza contribuições diretas ao orçamento nem

promove programas vinculados à compra de seus produtos.

Espanha

24.A cooperação espanhola é uma das mais recentes, dado

o atraso na assinatura de acordo de cooperação bilateral,

resultante de problemas na área de pesca, superados

somente em 1994. As áreas de atuação da Agência Espanhola

de Cooperação Internacional (AECI) são reforço da

capacitação institucional; apoio ao desenvolvimento

industrial; saúde; educação; agricultura e pesca. Neste

último setor é de se ressaltar o projeto da Escola

Marítima em Walvis Bay.

25.A AECI trabalha com dois níveis de prioridade.No

mais elevado, encontram-se os países latino-americanos,

vindo a seguir aqueles com os quais a Espanha mantem

relacionamento de relevância político-econômica. A

Namíbia, que se insere na segunda categoria, sobretudo

pela importância da atividade pesqueira espanhola, tem


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CARAT=Ostensivo

recebido anualmente daquela agência ajuda de US$ 1,27

milhões por ano. É de se assinalar também que a política

de cooperação espanhola não funciona com base em

condicionalidades de ordem política, mas de interesse

prático, pelo que não tem previsão de diminuir seus

aportes à Namíbia. Existe uma ONG espanhola em atividade

no país e a AECI não realiza contribuições ao orçamento

nacional.

Conclusões

26.Seja por seu potencial econômico, sugerido pelas

riquezas minerais do seu vasto território, por sua

pequena população e por sua moderna infraestrutura de

transporte, seja por suas singularidades históricas

advindas das duas experiências coloniais e de seu recente

processo de independência, a Namíbia conseguiu atrair a

comunidade doadora para os esforços de desenvolvimento

nacional, com contribuições de maior vulto do que os

indicadores econômicos (renda per capita e endividamento

externo) poderiam fazer supor.

27.Com recursos externos que montam a 5% no PIB, o

Governo da SWAPO realizou na primeira década após a

independência eficiente gerenciamento dos recursos

externos, canalizando-os para o efetivo desenvolvimento

do país. Prova disso foi a classificação da Namíbia no

quarto lugar na mais recente edição do "Africa

Competitiveness Index", superado apenas por Tunísia,

Botsuana e Maurício (tel 127).

28.Convém ressaltar, entretanto, que, se de um lado é

fato que os doadores já tinham escalonado o

redimensionamento dos programas de cooperação na Namíbia,

em favor de outros países mais pobres, de outro, a

decisão da Namíbia de participar de dois conflitos

regionais (RDC a partir de 1998 e Angola a partir de

1999), com aumento, por conseguinte, de seus gastos

militares (de 4,5% do orçamento em 1990 para 9% em 2000-

2001) acelerou o prazo de "phasing out" dos países

doadores.

29.Mantidos constantes todos os outros elementos

condicionadores do processo de desenvolvimento do país, a

diminuição da ajuda externa poderá trazer

constrangimentos orçamentários a médio prazo, a menos que

as datas e montantes dos programas de ajuda sejam

renegociados.


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CARAT=Ostensivo


MPSC


Página -1-


CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT



DESCR=ECON

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF-II/ABC/DOC

PARTE=COMPLEMENTAR

//

3A. PARTE COMPLEMENTAR TEL. 161. ECON. OSTENSIVO. NORMAL. DAF-II/

ABC/DOC/. NAMIBIA. ECONOMIA. RESENHA TRIMESTRAL (ABRIL-JUNHO).

//

NOS MERCADOS EMERGENTES QUE PROVOCOU DIMINUICAO DE LIQUIDEZ DEVIDO AA

FUGA DE CAPITAIS DAQUELES MERCADOS PARA AS ECONOMIAS CENTRAIS.

C - INDICE DE DISTRIBUICAO DE RIQUEZA (COEFICIENTE GENI)

7. ESTUDO REALIZADO PELO CONSULTOR ECONOMICO ANDREW WHITEFORD,

DO GRUPO SUL- AFRICANO ''WHARTON ECONOMETRIC FORECASTING

ASSOCIATES'', ATRIBUIU AA NAMIBIA 0.71 PARA O COEFICIENTE GENI,

INDICE QUE AFERE O GRAU DE DISTRIBUICAO DE RIQUEZA NACIONAL. COM ESSE

PERCENTUAL O PAIS SE COLOCA ENTRE AS ECONOMIAS MENOS EQUILIBRADAS DO

MUNDO, JUNTAMENTE COM A AFRICA DO SUL (0.69), BRASIL (0.61) E COTE

D'IVOIRE (0.55). O DADO REFLETE, NA OPINIAO DAQUELE ECONOMISTA, O

SISTEMA INSTITUCIONALIZADO DE SEGREGACAO SOCIAL, EM VIGOR DURANTE A

DOMINACAO SUL-AFRICANA, QUE ALIJOU A MAIOR PARTE DA POPULACAO DO

DESENVOLVIMENTO ECONOMICO DO PAIS A PARTIR DA SEGUNDA METADE DESTE

SECULO.

D - PRODUCAO E INVESTIMENTO

D.1 - ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTACAO (ZPE)

INVESTIMENTO DA ANGLO-AMERICAN

8. EM COMUNICADO FEITO POR OCASIAO DE REUNIAO CONJUNTA COM A

PREFEITURA DE WALVIS BAY, O MINISTRO DA INDUSTRIA E COMERCIO, HIDIPO

HAMUTENYA, DISSE QUE AINDA NESTE ANO OUTRAS EMPRESAS SE JUNTARAO AAS

61 QUE JAH GOZAM DOS PRIVILEGOS DO PROGRAMA ZONA DE PROCESSAMENTO DE

EXPORTACOES. DENTRE AQUELAS, MERECE NOTA A ABERTURA DE REFINARIA DE

PETROLEO PELA ANGLO AMERICAN, COM INVESTIMENTO DE N 1,3 BILHAO, A SER

CONSTRUIDA EM 3 ANOS.



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CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT

.NAMBREM 040815 OF00161D


DESCR=ECON

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF-II/ABC/DOC

PARTE=COMPLEMENTAR

//

4A. PARTE COMPLEMENTAR TEL. 161. ECON. OSTENSIVO. NORMAL. DAF-II/

ABC/DOC/. NAMIBIA. ECONOMIA. RESENHA TRIMESTRAL (ABRIL-JUNHO).

//

O PROJETO DEVERAH CRIAR DOIS MIL EMPREGOS DIRETOS NO SETOR DE

CONSTRUCAO CIVIL, ALEM DE MAIS QUINHENTOS PARA OPERACIONALIZACAO DA

REFINARIA.

MODERNIZACAO DO PORTO DE WALVIS BAY

9. A COMPANHIA PORTUARIA NAMIBIANA - NAMPORT ANUNCIOU O AUMENTO

EM 12,8 METROS DO CALADO DO PORTO DE WALVIS BAY A FIM DE HABILITAR A

ATRACACAO DE TRANSPORTADORES DE CONTAINERES E EXPONENCIAR AS

VANTAGENS DO PROGRAMA DE ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTACAO. A

PROPOSTA EH ORIUNDA DE ESTUDO REALIZADO EM PARCERIA DA SADC COM A

UNIAO EUROPEIA, SEGUNDO O QUAL O APROFUNDAMENTO DA AREA DE ATRACACAO

COMBINADO COM A EXPANSAO DE FACILIDADES DE ESTOCAGEM, E COM A

CONSTRUCAO DE UNIDADES DE APOIO AOS NAVIOS ESPECIALIZADOS EM

EXPLORACAO DE PETROLEO ''OFF-SHORE'' POSSIBILITARAO A REDUCAO EM

CINCO DIAS DO PRAZO DE DESCARGA E PROCESSAMENTO ALFANDEGARIO DAS

EXPORTACOES EUROPEIAS DESTINADAS AA NAMIBIA, ATE AGORA REALIZADAS

NORMALMENTE NO PORTO DE DURBAN.

10. CONSOANTE DECLARACAO DO PRESIDENTE DA NAMPORT, J. WESSELS, AS

REFORMAS JAH SE INICIARAM, ESTANDO PREVISTA PARA O PROXIMO MES A

INAUGURACAO DE NOVO CAIS PORTUARIO. ANUNCIOU TAMBEM QUE PROXIMAMENTE

O PORTO DE LUDERITZ SERAH OBJETO DE MODERNIZACAO, POSSIBILITANDO-O

AMPARAR DE MANEIRA COMPLEMENTAR O MOVIMENTO DE CARGA EM WALVIS BAY.

D.2 - PRODUCAO PECUARIA

EXPORTACAO DE CARNE

11. A ''MEAT CORPORATION OF NAMIBIA'' (MEATCO) ANUNCIOU

INCREMENTO DE 38 PCT NOS LUCROS AUFERIDOS COM A VENDA DE CARNE NO

ANO PASSADO (NS 500 MILHOES) EM RELACAO A 1997 (NS 362,3).


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CARAT=Ostensivo



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CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/ABC/DFTR/DNU/DODC


CATEG=MG

//

Brasil-Namíbia. Resenha Tri-

mestral (abril-junho). Rela-

ções Bilaterais.

//

Nr. 00165

RESUMO=

Relaciona as principais iniciativas na pauta bilate-

ral no segundo trimestre do corrente, quais sejam:

a)Acordo de Cooperação Naval; b)Cooperação Educacional;

c)Cooperação no Campo de DST/AIDS; d)Criação do Consulado

Honorário em Walvis Bay; e e)Iniciativa de Ajuda aos

Refugiados Angolanos no Campo de Osire.

Refcirctel. 26.292. Informo. Foram as seguintes as

principais iniciativas no âmbito das relações bilaterais

no segundo trimestre do ano em curso:

a) Acordo Naval

2.No dia 03 de abril avistei-me com o Secretário-

Permanente Adjunto da Chancelaria, Embaixador Nashandi, a

quem entreguei nota com os textos em português e inglês

da proposta brasileira do novo Acordo de Cooperação Naval

(tel 60).


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CARAT=Ostensivo

3.No dia 09 de abril os Capitães-de-Fragata Murilo

M.Guimarães e Álvaro R. Fernandes, da Diretoria de Obras

Civis da Marinha, realizaram visita de trabalho à

Namíbia, a convite do Ministério da Defesa namibiano, em

missão de assessoramento para a construção da base naval

de Walvis Bay (tel 071). Por ocasião de sua estada em

Windhoek, foi assinado com o Ministério da Defesa

Protocolo de Intenções, pelo qual a Emgepron prestará

assessoria à parte namibiana por 30 meses de efetivos

trabalhos de construção da base em Walvis Bay. Para esse

fim, engenheiro naval brasileiro será deslocado a Walvis

Bay pela empresa brasileira durante todo o período de

construção. A Emgepron receberá 1% do valor da obra a

título de pagamento dessa assessoria (tel 081).

4.Em ocasião social na Residência, por motivo da vinda

daqueles oficiais, o Secretário-Permanente do Ministério

da Defesa, Sr. I. Negonga, comunicou-me o interesse de

sua pasta em criar Adidância Militar no Brasil (tel 072).

5.Recebi no dia 09 de maio a visita do Sr. Carlos

Cerqueira Lima, Diretor da Akoro Internacional Marketing,

que veio a Windhoek para negociar, com mandato da

Emgepron, a venda de material de emprego naval. O Senhor

Lima teve reuniões com autoridades dos Ministérios da

Defesa, Finanças e Comissão Nacional de Planejamento (tel

095).

b) Cooperação educacional. Visita da Profa. Zélia

Campbell e do jornalista Keith Campbell

6.Entre os dias 3 e 5 de maio, estiveram em Windhoek,

a Professora Zélia Campbell, Diretora do Departamento

Latino-Americano da Universidade da África do Sul

(UNISA), e o jornalista Keith Campbell, a convite da

Embaixada e da Universidade da Namíbia. No dia 4,

realizaram palestra sobre o tema "Brazil, the South

Atlantic and Southern Africa: Challenges and

Opportunities", à qual compareceram acadêmicos,

universitários, diplomatas e público em geral.

7.Os palestrantes mantiveram também entrevistas com o

Vice-Reitor da Universidade da Namíbia, com o Diretor da

Escola de Jornalismo, com professores da Faculdade de

Economia e Administração e com autoridades dos

Ministérios de Minas e Energia, Pesca e Indústria e

Comércio. No âmbito acadêmico, a Profa. Campbell explanou

sobre a estrutura de funcionamento do ensino superior no

Brasil, com vistas ao estabelecimento de cooperação entre


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CARAT=Ostensivo

a Universidade da Namíbia e instituição universitária

brasileira (tel 66).

8.Tendo em vista diretriz de Vossa Excelência em

estender à Namíbia a aplicação do CELPE-BRAS (Circtel

38892), designei a Auxiliar Administrativa Albertina

Aguiar Almeida Neves para receber treinamento no MEC para

aplicação do exame em referência (tels 075 e 097).

c) Cooperação na Área de Saúde

9.O Coordenador do programa de DST/AIDS da Namíbia,

Sr. Abner Xoagub, realizou visita de trabalho ao Brasil

no período de 24 a 28 de abril, com vistas à definição de

atividades a serem contempladas em projeto de cooperação

bilateral na área de doenças sexualmente transmissíveis e

AIDS. O programa do Sr. Abner compreendeu, além de

encontro com seu homólogo brasileiro, encontros em

Brasília, na Coordenação Nacional de DST/AIDS, e em

S.Paulo, na Coordenação de DST/AIDS do Estado (desptels

62 e 68).

d) Iniciativa de ajuda aos refugiados angolanos no Campo

de Osire

10.Entre os dias 18 e 20 de abril realizaram visita de

trabalho à Namíbia os Srs. José Roberto dos Santos e

Denison Augusto Batista, membros da JUBAM (Juventude

Batista Mineira), organização não-governamental

brasileira que, em parceria com a Fundação José Eduardo

dos Santos (FESA), pretende desenvolver trabalho

assistencial junto aos refugiados angolanos no campo de

Osire.

11.A Embaixada deu todo apoio logístico aos voluntários

brasileiros, inclusive deslocando funcionário diplomático

para acompanhá-los, no dia 19 de abril, em viagem de

reconhecimento ao campo de refugiados.

12.Outro componente da iniciativa de ajuda aos

angolanos em Osire foi a entrega à representação local do

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

(ACNUR) de 4 toneladas de remédios doados pelo Governo

brasileiro (desptel 58).

f) Criação do Consulado Honorário em Walvis Bay


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CARAT=Ostensivo

13. Foram transmitidas ao Sr. Ivo de Gouvêia cópias das

Portarias de criação do Consulado Honorário em Walvis Bay

e de sua designação como titular da repartição,

publicadas no Diário Oficial da União de 28.04 do

corrente (desptel 75).


MPSC


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/ABC/DFTR/DNU/DODC

DESCR=PEXT-NAMI-BRAS


CATEG=MG

//

Brasil-Namíbia. Resenha tri-

mestral (abril-junho). Rela-

ções Bilaterais. Correção de

texto.

//

Nr. 00176

Reftel 165. Rogo considerar a seguinte redação

para o parágrafo 13 do expediente em referência: "Foi

criado o Consulado Honorário em Walvis Bay e

designado o Sr. Ivo de Gouvêia como Cônsul Honorário,

conforme Portarias publicadas no Diário Oficial da

União de 28.04 do corrente (desptel 75)".


MPSC


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal


DESCR=NAMI-ECON

CATEG=MO

//


Trimestral (abril-junho/2000).

//

Nr. 00191

RESUMO=


Namíbia no segundo trimestre do corrente, assim

especificados: taxa de câmbio; taxa de juros; infla-

ção; produção e investimento melhoramento da infra-

estrutura portuária; racionalização do uso da rodovia

Trans-Kalahari; Projeto de construção de refinaria de

petróleo; e contas governamentais 2000/2001.

Refcirctel 26292. Informo. Foram os seguintes os

principais indicadores e tendências econômicas da Namíbia

no segundo trimestre do ano em curso:

A - Taxa de Câmbio

2.A média da taxa de câmbio no período em

referência ficou em 1 USD = N$ 6,60.

B- Taxa de Juros

3.A taxa de juros no 2º trimestre permaneceu

constante em relação ao período anterior, situando-

se em 15,5%.

C- Inflação

4.As taxas inflacionárias no trimestre ficaram em

1,04% (abril), 0,65% (maio) e 1,32% (junho).

D - Produção e Investimento

D.1 - Melhoramento da Infraestrutura Portuária


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CARAT=Ostensivo

5.O crescimento da movimentação de carga em ambos os

portos namibianos tem exigido novos investimentos para

aparelhamento e aumento de capacidade de estocagem. Com

efeito, enquanto o porto de Lüderitz triplicou, passando

de 44.751 toneladas em 1993/1994 para 154.776 toneladas

em 1998/1999, o porto de Walvis Bay aumentou em 80% seu

fluxo de carga, que atingiu 1,8 milhão de ton no ano

passado. Em 1990, esse volume era de 360 mil toneladas.

6.Tendo em vista o perfil econômico exportador, e a

necessidade de fazer face às demandas acima mencionadas,

a Namport, estatal responsável pela atividade portuária,

realizou investimentos em suas duas maiores bases

operacionais. Em Lüderitz, além de melhorias de

compatibilização com a indústria pesqueira e com a

produção "off-shore" de diamantes, foi finalizada em

fevereiro a construção de cais de 500 metros, aumentando

sua capacidade de carga para 200 mil toneladas.

7.No tocante a Walvis Bay, em maio foi finalizada obra

de aprofundamento do porto que o capacita a receber

navios de 12,8ms de calado, comparado a 10m

anteriormente. A capacidade do porto poderá assim se

elevar a 6 milhões de toneladas, caso seja estabelecido

padrão de 24 horas ininterruptas de operação. Após esse

melhoramento, Walvis Bay, que é o porto da SADC, em plena

operação, mais próximo da Europa, passa a competir

diretamente com Cape Town, o maior da África Austral.

D.2 - Racionalização do uso da Trans-Kalahari

8.Namíbia, Botsuana e África do Sul decidiram adotar

medidas conducentes ao melhor aproveitamento da Trans-

Kalahari. São as seguintes as principais decisões

acordadas no âmbito do "Trans-Kalahari Corridor Planning

Committee": a) aumento do horário de funcionamento no

posto de fronteira entre a Namíbia e Botsuana; b)

instalação de cercas no locais de maior movimentação de

animais e c) harmonização de procedimentos

administrativos. Segundo nota emitida pelo Comitê, "there

is a need to consider the Corridor not only in a national

perspective but to look at it as a regional asset which

can be used optimally to the benefit of the countries in

the region".

D.3 - Projeto de construção de refinaria


Página -3-


CARAT=Ostensivo

9.Foi anunciado pelo Ministro das Minas e Energia,

Jesaya Nyamu, estudo de viabilidade de construção de

refinaria de petróleo na Namíbia, em função das

prospectivas em curso. O projeto, cujo custo monta a US$

200 milhões, poderá ser realizado em parceria com o

Governo nigeriano.

10.No presente, a Namíbia compra todos os produtos

derivados do petróleo da África do Sul. A construção da

refinaria visaria, além do mercado interno, aos mercados

da SADC. Segundo o Ministro Nyamu, há excelentes

indicações de reservas petrolíferas no país, e

acrescentou "together with its investment partners,

Namibia remains commited to the search, hoping that one

day technology will lead us to an oil find, which as

experience tells us, is never found until it has been

found".

D.4 - Contas Governamentais

11.O Ministro das Finanças Nangolo Mbumba apresentou

perante a Assembléia Nacional em 5 de abril o orçamento

nacional para o período 2000/2001. Os gastos totais

montarão a N$ 8.446,9 milhões (US$ 1.279,83 milhões)

sendo estimadas as receitas em N$ 7.686,2 milhões (US$

1.164,57 milhões) do que resulta um déficit de N$ 760.7

milhões (US$ 115,25 milhões).

12.O aumento dos gastos (da ordem de 9%), que difere

marginalmente da taxa de inflação anual (8,6%), pode ser

atribuído aos seguintes fatores: (a) gastos advindos do

pagamento de juros (que aumentaram de 8,2% para 12,1% em

relação ao orçamento anterior); e (b) queda em

arrecadação no setor de transporte com a implementação da

nova "Roads Authority".

13.O incremento dos gastos deverá ser cotejado,

entretanto, com maior entrada das receitas provenientes

da SACU (que correspondem a 37% do orçamento nacional) na

forma de pagamento de atrasados, que montaram a N$ 636.6

milhões (US$ 96,45 milhões). A observar, nesse contexto,

que as receitas suplementares da União Alfandegária

combinadas com a baixa taxa de juros prevalecentes

resultaram em decréscimo do déficit orçamentário de 4,2%

para 3,6%.

14.Para o período em referência o Ministério da

Educação continuará a absorver a maior parcela do


Página -4-


CARAT=Ostensivo

orçamento (24,34%), seguido pelo Ministério das Finanças

(15,83%) e pelo Ministério da Saúde e Serviços Sociais

(15,14%).

15.O relatório orçamentário do Ministro das Finanças

evidencia responsável política fiscal. O aumento de

gastos excedeu moderadamente a taxa de inflação e - como

percentagem do PIB - declinou marginalmente de 40,8% para

40%. A significativa dependência das receitas da SACU

representa uma vulnerabilidade, por ser a fonte não

sustentável e de tendência a médio prazo declinante,

tanto pelo movimento geral de liberalização internacional

como pela entrada em vigor de acordos de livre comércio

na África Austral. A introdução do Imposto sobre Valor

Agregado, prevista para outubro vindouro, ao expandir a

base fiscal do país, visa também à diminuição da

dependência da SACU.


MPSC


Página -1-


CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT

.NAMBREM 080553 OF00195G


DESCR=GVIO

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF-II

PARTE=COMPLEMENTAR

//

7A. PARTE COMPLEMENTAR TEL. 195. GVIO. OSTENSIVO. NORMAL. DAF-II/.

VISITA DO PRESIDENTE NUJOMA AO BRASIL. MACO BASICO. POLITICA

EXTERNA.

//

3.3.ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTACAO

19. O PROGRAMA DE ZONA DE PROCESSAMENTO DE EXPORTACAO (ZPE),

IMPLANTADO A PARTIR DE 1996, OBJETIVA AMPLIAR A INSERCAO COMPETITIVA

DA NAMIBIA EM SEU ENTORNO GEOGRAFICO. TENDO COMO BASE AS INSTALACOES

PORTUARIAS DE WALVIS BAY, UNICO PORTO DE GRANDE CALADO NA FRANJA

MARITIMA QUE SE ESTENDE DE LUANDA A CAPE TOWN, A IMPLEMENTACAO DA ZPE

VISA A ATRAIR CAPITAIS, A AMPLIAR O MERCADO DE TRABALHO E ESTIMULAR A

CAPACITACAO TECNOLOGICA.

20. A INICIATIVA, QUE JAH REGISTROU O INGRESSO DE 60 EMPRESAS, SE

BENEFICIA DA ESTABILIDADE POLITICA, DA EFICIENTE OPERACIONALIZACAO

ADMINISTRATIVA, DA QUALIDADE DOS SERVICOS E DA EXCELENTE

INFRAESTRUTURA DE COMUNICACOES E DE TRANSPORTES DO PAIS, ENRIQUECIDA

RECENTEMENTE COM A INAUGURACAO DA TRANS-KALAHARI, QUE LIGA O

ATLANTICO NAMIBIANO A MAPUTO, NO INDICO, PASSANDO PELO CORACAO

INDUSTRIAL DA AFRICA DO SUL, A PROVINCIA DO GAUTENG. A PREVISAO DAS

AUTORIDADES NAMIBIANAS EH DE DOBRAR A CAPACIDADE PRODUTIVA NACIONAL

EM DEZ ANOS.

21. TODAS AS EMPRESAS REGISTRADAS NAS ZPES SAO ISENTAS DE

CORPORATE TAX (DA ORDEM DE 35)., DE IMPOSTOS SOBRE BENS DE CAPITAL OU

INTERMEDIARIOS., DE TAXAS ALFANDEGARIAS., E DE IMPOSTOS SOBRE A

VENDA. TODOS OS INCENTIVOS SAO DE DURACAO ILIMITADA E O REGIME SE

APLICA IGUALMENTE A EMPRESAS NACIONAIS E ESTRANGEIRAS. AOS

INVESTIDORES QUE OPTAREM POR APRIMORAR A MAO-DE-OBRA NAMIBIANA, O

GOVERNO CONCEDE REEMBOLSO DA ORDEM DE 75% SOBRE AS DESPESAS

INCORRIDAS.



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CARAT=Ostensivo

FJSF

QD BRAZEXT



DESCR=PEXT

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF-II/ABC/DOC/

PARTE=COMPLEMENTAR

2A PARTE COMPLEMENTAR TEL 217. OSTENSIVO. PEXT.DAF-II/ABC/DOC/.

POLITICA EXTERNA.BRASIL/NAMIBIA. ENTREVISTA COM O PRESIDENTE SAN

NUJOMA. COOPERACAO NAVAL.

MARITIMA DA FORCA DE DEFESA, O PRIMEIRO GRUPO DOS QUAIS SE FORMAVA

COINCIDENTEMENTE NAQUELA MESMA DATA, EM CERIMONIA A QUE ASSISTIA O

MINISTRO DA DEFESA ERIKKI NGHIMTIMA NO RIO DE JANEIRO. NUJOMA

ALUDIU AA FORMATURA COM SENTIMENTO DE GRATIDAO DO QUAL ME PEDIU

SER INTERLOCUTOR JUNTO AO MINISTRO DA MARINHA E A VOSSA EXCELENCIA.

2. MENCIONANDO,IGUALMENTE COM RECONHECIMENTO EXPRESSO EM TERMOS

LAUDATORIOS, O LEVANTAMENTO HIDROGRAFICO DA AREA MARITIMA DE WALVIS

BAY, EFETUADO PELO NAVIO HIDROGRAFICO SIRIUS EM 1996, NUJOMA

EXPRIMIU DESEJO DE QUE A MARINHA PUDESSE ESTUDAR FORMA DE EFETUAR O

LEVANTAMENTO DA TOTALIDADE DA COSTA NAMIBIANA (LEPLAC),O QUAL, PARA

PRODUZIR OS EFEITOS LEGAIS CONTEMPLADOS NA NOVA CONVENCAO DOS

DIREITOS DO MAR, DEVERIA SER CONCLUIDO ATEH O ANO 2004. PONDEREI COM

O PRESIDENTE QUE TAL EXERCICIO, LOGISTICAMENTE COMPLEXO, TOMARIA, EM

TERMOS MINIMOS,MAIS DE UM ANO, COM CUSTO PREVISTO DE CERCA US DOL 80

MILHOES, MONTANTE QUE, DIFERENTEMENTE DO SUCEDIDO COM OS

DISPENDIOS RELATIVOS AO LEVANTAMENTO EFETUADO NA ORLA DE WALVIS BAY,

A MARINHA NAO TERIA COMO INSERIR EM SEU ORCAMENTO, VITIMA ALIAS,

SALIENTEI, DE CORTES E MEDIDAS DE AUSTERIDADE QUE VEM SENDO

ADOTADOS EM RELACAO AA TOTALIDADE DAS DESPESAS PUBLICAS NO BRASIL,

COMO DECORRENCIA DA CRISE ECONOMICO-FINANCEIRA QUE SACODE HOJE TODO

O MUNDO.

3. NUJOMA REGISTROU MINHAS OBSERVACOES, MAS MANTEVE FIRME SEU

INTERESSE NA PARTICIPACAO DA ARMADA BRASILEIRA EM ATIVIDADE QUE

REPUTOU ESTRATEGICA PARA O FUTURO DESTE PAIS. SEGUNDO O CHEFE DE

ESTADO, A CAPACITACAO TECNICA SOFISTICADA DA MARINHA BRASILEIRA,

ALIADA--- FATOR IGUALMENTE RELEVANTE---- AA CONFIABILIDADE POLITICA

DO BRASIL COMO PARCEIRO DA NAMIBIA, A TORNAVA, A SEUS OLHOS, NO ATUAL

CENARIO, A UNICA OPCAO VIAVEL PARA LEVAR ADIANTE O LEVANTAMENTO DA

PLATAFORMA CONTINENTAL.



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CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/ABC

DESCR=NAMI-ECON

CATEG=MG

//

Namíbia.Abastecimento nacional

de água. Possibilidade de coo-

peração.

//

Nr. 00220

RESUMO=

Fornece informações gerais sobre o sistema nacional de

abastecimento de água, executado pela Namwater e pelo

departamento de "Water Affairs", que deve ser colocado em

relevo à vista dos escassos recursos hídricos, da

dimensão territorial do país e das limitações de ordem

orçamentária.

Informo e sugiro providência. No início de

outubro, a imprensa desta capital noticiou e comentou

com destaque a construção de uma usina de

dessalinização em Swakopmund, a primeira do país, e

também pioneira no continente. O fato, por si só,

mereceria atenção. O quadro em que se insere, porém,

é extraordinário e justifica análise mais atenta.

2. A Namíbia, com cerca de 824 mil km2, é um dos

países mais extensos da África. Não dispõe,

entretanto, de um único rio ou curso d`água

permanente, a não ser daqueles nas divisas com

Angola, Botsuana e África do Sul. Com cerca de 90% de

seu território em áreas de clima árido e semi-árido,

apresenta índice pluviométrico médio de 150 mm/ano.

3. Apesar de tamanha escassez de recursos hídricos, o

Governo namibiano consegue, de maneira eficiente e

sustentável, garantir o suprimento de água na maior parte

do país, o que inclui fornecimento de água potável.

Embora fato extraordinário, não se presencia aqui um

milagre, mas boa administração, aliada a racionalidade e

tecnologia.

4. A Namwater, companhia de águas da Namíbia, e o

Departamento de Águas, do Ministério da Agricultura, são


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CARAT=Ostensivo

os órgãos públicos responsáveis pela administração dos

escassos recursos hídricos.

5. A Namwater tem como premissas, na consecução de sua

função-fim, assegurar a observância dos interesses

nacionais frente aos regionais e a prioridade de sistemas

sustentáveis de abastecimento. À estatal cabe também a

diretiva nas negociações em acordos sobre fontes

compartilhadas com os países vizinhos. O Departamento de

Águas se encarrega do abastecimento das comunidades

rurais.

6. Acompanhando o povoamento assimétrico do país e a

diversidade de fontes hídricas, 90% da infra-estrutura de

abastecimento está concentrada nas três áreas mais

populosas, a saber: Ovamboland (na fronteira norte com

Angola); a zona costeira entre Walvis Bay - Swakopmund -

Henties Bay; e a região metropolitana de Windhoek.

7. Na primeira, o fornecimento de água é realizado por

reservas artesianas e por um açude ("Calueque") em

território angolano, conectado ao rio Cunene. As fontes

artesianas, pelo uso abusivo no passado e crescimento

vegetativo da população da região, estarão comprometidas

nos próximos anos, aumentando portanto a importância do

açude angolano.

8. A região costeira é a menos desprovida de fontes

naturais e aquela com maior pressão de consumo, que se

deve ao aumento dos estabelecimentos turísticos, às

indústrias da Zona de Processamento de Exportações (ZPE)

e à usina de extração e beneficiamento de urânio "Rössing

Uranium" nas imediações de Swakopmund.

9. O abastecimento nessa área, hoje assegurado por

reservatórios de água coletada de chuvas e poços

artesianos, será complementado pela usina de

dessalinização acima referida, que acrescentará 4

milhões de metros cúbicos à produção local atual de 8,5

milhões.

10. Apesar de não estar ainda finalizado o processo de

licitação, é muito provável, segundo um dos diretores da

Namwater, Helge Habenicht, que a empresa norte-americana

"Ionics", que apresenta os menores custos, venha a ser

escolhida. O projeto, orçado em US$ 28 milhões,

constituirá o mais vultuoso investimento em infra-

estrutura no setor no país.

11. O abastecimento da área metropolitana de Windhoek é

garantido por um sistema integrado de reservatórios de

fonte artesiana ("Bow Houses"), coleta de águas pluviais

em três açudes de grande porte e por eficiente sistema de

reciclagem de água.

12. A estação de reciclagem fornece 1,5 milhão de metros

cúbicos de água. Está prevista a construção de uma


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CARAT=Ostensivo

segunda unidade, para entrar em operação possivelmente em

janeiro de 2002, com capacidade de reciclar 7,5 milhões

de metros cúbicos. O uso dos reservatórios de fonte

artesiana ("Bow Houses") é limitado aos períodos de menor

nível de reserva dos açudes, dada a lentidão de sua

renovação.

13. O abastecimento de áreas que não sejam aquelas três

mencionadas anteriormente é realizado ou por conexão a

qualquer uma delas ou, quando possível, por meio de poços

artesianos.

12. Apesar de suas severas limitações de natureza

geográfica, climática e orçamentária, a Namíbia consegue

garantir abastecimento de água para a maior parte de sua

população, durante todo o ano, em base constante e

sustentável, a preços realistas.

13. Sujeita a condições de ordem natural e econômica

de maior severidade e tendo em vista o bom êxito

alcançado, a Namíbia poderia ser tomada como exemplo para

o abastecimento de água de cidades e regiões brasileiras

de baixa precipitação e mananciais limitados.

14. Nesse sentido, poderia talvez ser considerada a

visita de técnico do setor, especialmente do Nordeste e

outras áreas com escassez de água, para conhecer o

sistema namibiano, que opera com enorme escassez de

recursos, mas extraordinária eficiência.


MPSC


Página -1-


CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT

.NAMBREM 231348 OF00229Z OS


NOTA DA DCA: REDISTRIBUIDO PARA DFTR/DODC/DAF II EM 25.10.99 (ADEM)

CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DODC/DAF II

PARTE=UNICA

DESCR=KCEE-BRAS-NAMI


CATEG=MG

//

Relações Brasil-Namíbia.

Cooperação educacional. Visita

da Professora Zélia Campbel.

//

Nr. 00229

RESUMO=

Relato encontro com o Vice-Reitor da Universidade da

Namíbia e o convite feito à Professora Zélia Campbel e

jornalista Keith Campbel para proferirem palestras em

Windhoek.

Informo. Dando seguimento aos entendimentos

relatados no expediente a que faco aditamento, tive,

ontem, nova reunião com o Vice-Reitor da Universidade da

Namibia, Professor Katjavivi (o reitor é o próprio

Presidente Sam Nujoma), sendo acordado o seguinte:

a- a visita da Professora Zelia Campbel, brasileira,

que exerce, atualmente, o cargo de Diretora do

Departamento de Estudos Latinoamericanos da

Universidade da Africa do Sul, se dará na semana de

22 a 27 de novembro próximo. Seu programa

compreenderia, basicamente: 1- reunião com o Pofessor

Katjavivi e corpo docente da universidade, para falar

sobre o ensino superior no Brasil, primeiro passo no

estabelecimento de cooperacao com instituições

brasileiras, e 2- conferência, na Universidade,

aberta a estudantes, acadêmicos, jornalistas,

diplomatas e público em geral, sobre as relações do

Brasil com a Africa Austral, assunto de sua

especialidade e que a levou ao Brasil no ano passado,


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CARAT=Ostensivo

com o patrocínio do Itamaraty;

b- viria, na mesma ocaisão, o jornalista Keith Campbel,

sul-africano, colaborador de varios jornais e periodicos

de Joanesburgo e Pretoria, entre os quais Engineering

News, Mining News e Business Day. O Senhor Campbel, que

se tem dedicado a temas especificos do Atântico Sul,

esteve em mais de uma ocasiao no Brasil a convite do

então-Ministério da Marinha. Tem vários artigos

publicados sobre a Zona de Paz e Cooperação no Atlântico

Sul. Faria, na Universidade, conferência aberta a todos

os interessados, sobre as múltiplas possibilidades de

cooperação entre os países ribeirinhos do Atlântico Sul,

com foco nas relações bilaterais entre o Brasil e a

Namibia e suas possibilidades de cooperação.

Entrevistaria acadêmicos e autoridades governamentais,

com vistas a posterior publicação de artigos sobre os

varios temas de interesse, como, por exemplo, a Zona de

Processamento de Exportações, o Corredor Econômico de

Walvis Bay, a industria de pesca e minerção.

c- A Professora Zélia Campbel e o jornalista Keith

Campbel não receberão qualquer remuneração por seu

trabalho. A Universidade da Namíbia, que faz o convite,

fornecerá as passagens e eu os hospedarei.

2.Acredito ser essa uma excelente oportunidade para

divulgação do Brasil e promoçao dos nossos interesses

neste país. Vale assinalar, sem onus. Conheço o casal

Campbel desde Pretória, onde, como se recorda, servi como

Ministro-Conselheiro. Sou testemunha de sua correção e

excelência profissional, além de grande apreço pelo

Brasil e pelo desenvolvimento de nossas relações com

os países do sul da África.

GALVÊAS

OGO


Página -1-


CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT



CARAT=Ostensivo

PRIOR=Urgentíssimo

DISTR=DOC/DAF II

PARTE=UNICA

DESCR=XIEX-BRAS-NAMI

CATEG=MG

//

Brasil-Namibia. Comercio Bila-

teral. Exportacao de Acucar.

Solicitacao de Informacoes.

//

Nr. 00231

RESUMO=

Solicita informacoes de empresas exportadoras de acucar

para subsidiar viagem de negocios de empresarios

namibiano.

Informo e rogo providencias. O Secretario-Permanente

do Ministerio da Pesca e Recursos Maritimos, Sr. Axel

Zeppy Ishitile, procurou esta Embaixada, hoje, dia 26.10,

em carater particular, para solicitar informacoes sobre

importacao de acucar do Brasil.

2.Tendo em vista o preco do produto no mercado

namibiano e o controle de sua oferta por oligopolio

sul-africano, o Sr. Ishitilde teria intencao de

importar acucar diretamente do Brasil e processa-lo

em Walvis Bay, principal porto de entrada do pais, em

usina a ser estabelecida especificamente para esse

fim. Em novembro vindouro pretende realizar

juntamente com outros tres empresarios viagem

prospectiva ao Brasil, que objetivaria basicamente o

estabelecimento de contatos com companhias

acucareiras e o levantamento dos custos envolvidos na

operacao.

3. Segundo me disse, a iniciativa de importacao de

acucar do Brasil resulta, em grande parte, da impressao

que o pais deixara em alguns membros da comitiva do

Presidente Nujoma, que realizou em fins de setembro


Página -2-


CARAT=Ostensivo

passado visita oficial a Brasilia.

4.Acrescentou que, alem do mercado namibiano, a

iniciativa visaria tambem a outros mercados da Africa

Austral, dadas as facilidades oferecidas pela Zona de

Processamente de Exportacao namibiana e o excelente

sistema de transporte do pais.

5.Muito agradeceria enviar-me, com a devida brevidade,

endereco e nome do gerente de vendas das principais

exportadoras de acucar sediadas no Rio de Janeiro e São

Paulo, bem como sugestoes de encontros naquelas cidades

em outras entidades, tais como camaras de comercio e

servicos do Ministerio e/ou Secretarias de Industria e

Comercio.

Galveas

MPSC


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/ABC/DMAE/ACS/DAC


CATEG=MG

//

Namíbia. Relações Bilaterais

com o Brasil. Resenha Trimes-

tral (julho-setembro).

//



Nr. 00237

RESUMO=

Relaciona os principais itens da agenda bilateral no 3o

trimestre de 2000:a)cooperação educacional; b)coo-

peração naval-LEPLAC; c)mudança de comando da Missão

Naval; d)Defencetech/2001; e)cooperação na área de

saúde; f)cooperação agrícola; g)entrevistas com

autoridades; h)refugiados em Osire;i)Cons.Honorário em

Walvis Bay;j)Programa Formadores de Opinião.

Refcirtel 26292. Informo, a seguir, as principais

iniciativas de manutenção e aprofundamento da relações

bilaterais no terceiro semestre do ano em curso:

a) Cooperação Educacional (PEC-G/PEC-PG)

2.A Embaixada realizou, pela primeira vez, na

Namíbia, os exames do CELPE-BRAS, com inscrição de

três candidatos (Marta Raquel Almeida Neves; Celmira

Chipeo; Fanuel Katshenye). Foram remetidas à SERE

inscrições de quatro candidatos ao PEC-G (Augusto

Lopes Joaquim Bié da Silva; Salatiel Filho; Gloria

Veindira Karita; e Marta Raquel Almeida Neves) e de

dois candidatos ao PEC-PG (Celmira Chipeo; Fanuel

Katshenye) (tel 129, 130 e 131).

b) Cooperação naval - LEPLAC

3.A convite do Ministério da Defesa da Namíbia,


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CARAT=Ostensivo

Realizaram visita de trabalho a Windhoek, no período de

15 a 20 de julho, o Comandante Alexandre Tagore de

Medeiros, da Diretoria de Hidrografia e Navegação da

Marinha, e o Dr. Marcus Aguiar Gorini, da Universidade

Federal Fluminense. Ambos os peritos proferiram, a

convite do Ministério da Defesa, palestras sobre a

demarcação da plataforma continental da Namíbia para

autoridades do 1o e 2o escalão do Governo (tel 152).

4.Por carta datada de 15 de agosto, a Ministra das

Terras, Reassentamento e Reabilitação, Sra. Pendukeni L.

Ithana, solicitou assistência técnica e ajuda financeira

para a demarcação da plataforma continental. No dia 08 de

setembro seguinte, ao retornar de viagem ao Brasil,

entrevistei-me com a Ministra Ithana. Conversamos sobre a

cooperação prestada pela Marinha brasileira na formação

da Ala Naval do Ministério da Defesa da Namíbia, bem como

nossa disponibilidade para realizar aquela demarcação.

Assinalei que um eventual acordo no âmbito da LEPLAC

envolveria compartilhamento de custos. No dia 20

subseqüente avistei-me com o Ministro da Defesa, Erkki

Nghimtina, para tratar do mesmo assunto (tel 199).

c) Missão Naval na Namíbia - Passagem de Comando

5.Em 31 de julho realizou-se cerimônia de passagem de

comando da Missão Naval brasileira na Namíbia, com a

posse do Capitão-de-Fragata Marco Aurélio Luchetti em

substituição ao Capitão-de-Mar-e-Guerra Maurício César

Lourenço Leite, após dois anos de serviço no posto. O

evento contou com a participação dos funcionários da

Embaixada, autoridades diversas e praticamente toda a

oficialidade da Ala Naval do Ministerio da Defesa (tel

157).

d) Convite a autoridades militares namibianas para

visitarem a Defentech/2001

6.No dia 20 de setembro avistei-me com o Ministro da

Defesa, Erkki Nghimtina, a quem entreguei carta

informando-o da realização da feira "Defentech 2001" e do

convite que seria dirigido a ele próprio e aos

Comandantes da Força Aérea e da Ala Naval para visitar a

feira. O Ministro Nghimtina, que já esteve no Brasil para

a edição de 1999 do evento,ao aceitar o convite,

assinalou ser impossível informar o nome dos outros dois

convidados em razão de mudanças de comandos, a serem

efetuadas proximamente, no Ministério(tel 202).


Página -3-


CARAT=Ostensivo

e) Cooperação na Área de Saúde - "Fortalecimento do

Programa Nacional contra AIDS da Namíbia"

7.Encontrei-me com a Ministra da Saúde, Libertine

Amathila, no dia 21 de setembro, e fiz entrega de carta

encaminhando o texto em inglês do projeto "Fortalecimento

do Programa Nacional de AIDS da Namíbia". No dia 5

anterior, devido a ausência da Ministra, adiantei

informalmente ao Sr. Abner Xoagub, Coordenador Nacional

do Programa de AIDS local, cópia do texto em referência,

com o intuito de acelerar a apreciação da matéria pela

parte nambiana (tel 210).

f) Cooperação agrícola

8.O Secretário Permanente do Ministério da

Agricultura, informou, por carta, transmitida à SERE, da

impossibilidade, por razões orçamentárias, de cumprir

cronograma de treinamento de técnicos namibianos na

EMBRAPA, previsto para este ano. Permanece, todavia, o

convite para a vinda de técnico brasileiro para prestar

assessoria no estabelecimento de viveiro de árvores

frutíferas (tel 150).

g) Entrevistas com autoridades namibianas e brasileiras

9.No período em referência mantive, no Posto e em

Brasília, série de entrevistas com autoridades namibianas

e brasileiras para exame e aprofundamento das iniciativas

bilaterais em curso.

10.No dia 07 de julho avistei-me com o Ministro

interino dos Negócios estrangeiros, T. Kalomoh, com quem

conversei, a par de assuntos de política externa

namibiana e africana, sobre os seguintes temas

bilaterais: cooperação agrícola; cooperação no campo de

saúde (prevenção de DST/AIDS); ajuda ao campo de

refugiados de Osire; acordo de cooperação educacional;

criação da Adidância de Defesa no Brasil; criação do

consulado honorário em Walvis Bay; e reunião de trabalho

com Embaixadores do Grupo Africano em Brasília. Na

ocasião entreguei-lhe nota acompanhada de especimen do

selo comemorativo do Dia da África, lançado pelos

Correios do Brasil.

11.Em Brasília, por ocasião de saída periódica,

encontrei-me, no período de 22 a 24 de agosto, além de

Vossa Excelência, com os Senhores Secretário-Geral,

Coordenadora Geral da ABC, Subsecretário para Assuntos


Página -4-


CARAT=Ostensivo

Políticos, DG do DAOP, Diretor da ABC, DG do DSE, DG do

DA, DG do DDC, Diretor da ACS e Chefe da DCE, para tratar

dos vários assuntos bilaterais em andamento, bem como dos

assuntos administrativos e de pessoal da Missão.

12.Em setembro, encontrei-me com as seguintes

autoridades namibianas: no dia 4 de setembro avistei-me

com a Senhora Sarah Kuungogelwa, Diretora da Comissão

Nacional de Planejamento, para discutir aspectos dos

programas de cooperação bilateral; no dia 8, com a

Ministra Ithana, para discutir proposta de cooperação

para a LEPLAC (tels 146, 147, 148, 149 e 199; no dia, com

o Ministro Erkki Nghmtina, para avaliar o andamento do

acordo naval e entrega de convites da Defencetech-II; e

no dia 21 com a Ministra da Saúde, Dra. Libertine

Amathila, para entregar-lhe minuta do projeto de

cooperação na área de prevenção de DST/AIDS e do

oferecimento de voluntários brasileiros para prestar

assistência médica no campo de Osire. No dia 5 de

outubro, ofereci, na Residência, jantar para 18 pessoas,

em homenagem à Ministra da Saúde, que foi eleita, em

junho passado, Presidente da Assembléia Mundial da Saúde.

h) Iniciativa de ajuda aos refugiados angolanos em Osire

13.A Embaixada recebeu, entre os dias 25 e 27 de julho,

visita do Sr. Fabiano Pereira da Silva, da JUBAM

(Juventude Batista Mineira), que veio à Namíbia para

realizar reconhecimento do campo de Osire. O visitante

avistou-se no dia 25 com o Secretário Permanente Adjunto

do Ministério do Interior, Sr. I. Goagoseb, e no dia

seguinte visitou o campo de refugiados. A Embaixada deu

todo o apoio ao Sr. Fabiano Silva, desde sua recepção no

aeroporto, marcação de entrevista e hospedagem, até

transporte e acompanhamento na viagem ao Osire (tel 156).

i) Consulado Honorário em Walvis Bay - Concessão de

"Exequatur"

14.Por nota de 31 de julho a Chancelaria local informou

que o Governo namibiano "concedera exequatur ao Sr. de

Gouveia" para as funções de Cônsul Honorário em Walvis

Bay. Ao informar a SERE da conclusão do processo

legislativo para criação do Consulado Honorário em Walvis

Bay, solicitei instruções, bem como material informativo

e de expediente, para sua instalação (tel 158).

j) Visita ao Brasil do jornalista Daniel Steinmann -


Página -5-


CARAT=Ostensivo

Programa "Formadores de Opinião"

15.Após os entendimentos alcançados diretamente com o

Ministro Luiz Fernando Ligiero, em Brasília, informei a

SERE do período sugerido pelo Sr. Daniel Steinman (24 de

setembro a 1o de outubro), que foi aceito pela SERE. O

Senhor Steinmann viajou para o Brasil no dia 24 (tel.

205).


MPSC


Página -1-


CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT



CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/DOC/DIC

PARTE=UNICA

DESCR=BRAS-NAMI-XCOR


CATEG=MG

//

Namibia. Comércio regional.

Intermediação de negócios.

//

Nr. 00241

RESUMO=

Considera a política namibiana para intermediação de

negócios na área da SADC, as medidas concretas tomadas

com esse objetivo. Assinala a possibilidade de uma

primeira experiência com produto brasileiro e seu acesso

privilegiado na região.

Informo. Nos telegramas a que faço referência, bem

como em outros expedientes anteriores, tenho

procurado caracterizar, de um lado, o abandono pela

Namíbia de uma posição de relativo isolamento quanto

aos países de seu entorno, sob o lema 'Africa is our

destiny', cunhado pelo Presidente Nujoma, e, de

outro, a adoção de políticas e decisões destinadas a

tornar realidade a participação do país nos assuntos

e questões regionais.

2.A Namíbia é membro de todos os organismos

internacionais da sub-região (Southern Africa Customs

Union-SACU, Common Monetary Area-CMA, Common Market

of Eastern and Southern Africa-COMESA, Saouthern

Africa Development Community-SADC); participa com

tropas, desde agosto de 1998, da guerra na República

Democrática do Congo-RDC, e teve papel relevante nas

negociações que culminaram com a assinatura de um

cessar-fogo entre o Governo de Kabila e as demais

partes envolvidas no conflito, bem como assinou com

Angola, Zimbabue e RDC pacto de defesa mútua, em


Página -2-


CARAT=Ostensivo

abril passado (tel.87).

3.O Governo namibiano tem adotado igualmente importantes

medidas destinadas a dar conteúdo econômico a esse

engajamento político, tais como a criação do Corredor

Econômico de Walvis Bay e do programa de Zonas de

Processamento de Exportações-ZPE (tel.195, parágrafos 19

a 21). Tem apoiado tais iniciativas com a firme promoção

da ordem pública, estabilidade política e econômica. Como

resultado,a Namíbia, que goza da reputação de ser um dos

países mais bem administrados do Continente, é apontado

por organizações internacionais idôneas como o país que

oferece o menor risco para investimentos e o que

apresenta o segundo menor índice de corrupção na África

e o mais democrático na África Austral.

4.A Namíbia se volta, assim, para seu entorno, com a face

estável, de um país, ou parceiro, confiável e próspero,

que dispõe de infra-estrutura de transportes (portos e

estradas de ferro e de rodagem) e de comunicações e de

setor bancário eficientes e em expansão. Tais são

credenciais importantes no papel que se propõe

desempenhar de intermediação de negócios na sub-região e

no âmbito da SADC, um mercado potencial de 180 milhões de

pessoas.

5. No inicio de novembro, falando à 25a PMAESA (Port

Management Association of Eastern and Southern Africa),

reunida em Swakopmund, o Vice-Ministro de Obras Públicas,

Transportes e Comunicações, Shaetonhondi, disse que dadas

as limitações do mercado interno namibiano, o Governo

vinha adotando políticas no sentido de reforçar a

condição da Namíbia, como país de trânsito para os

vizinhos da SADC. Nesse sentido, assinalou o empenho de

seu Ministério na operação e modernização dos portos de

Walvis Bay e Luderitz e os investimentos na construção da

Trans-Kalahari e da Trans-Caprivi, que ligam a Namíbia

aos países mediterrâneos da região e constituem a espinha

dorsal do Corredor Econômico de Walvis Bay.

6.Na mesma ocasião, o Presidente do Conselho da Namport,

entidade encarregada da administraçao dos portos do país,

ao sublinhar a crescente importância do 'container' na

indústria dos transportes, assinalou as melhorias

introduzidas no terminal de containers do porto de Walvis

Bay, dotando-o de instalaçoes e equipamentos modernos.No

total, disse, foram investidos cerca de NS$56 milhões,

equivalentes a US$9,5 milhões, dos quais US$5 milhões

para a ampliação do terminal e US$4,5 milhões para


Página -3-


CARAT=Ostensivo

aquisição de equipamentos. Em Luderitz, acrescentou,

encontra-se em fase de conclusão a construção de um cais

de 500m de extensão, que representa um investimento de N$

80 milhões, ou US$15 milhões.

7. A Namíbia oferece, hoje, condições muito favoráveis à

intermediação do comércio com os países da região, graças

às excelentes instalações portuárias de Walvis Bay e

estradas de rodagem e de ferro que ligam aquele porto aos

países vizinhos, bem como isenções fiscais, de até 100

pc, àquelas industrias que se instalem na ZPE, para

processamento, no todo ou mesmo em parte, do produto para

reexportação. Como também mencionado anteriormente, o

mercado potencial a ser atingido soma 180 milhões de

pessoas.

8. Uma primeira experiência, com produto brasileiro,

poderá estar, dentro de pouco tempo, em curso. Como

informei pelo telegrama 231, empresário namibiano, Senhor

Ishitile, estará no Brasil, na próxima semana, e pretende

manter contatos com exportadores de açúcar, com o

objetivo de intermediar a exportaçao daquele produto não

só para a Namíbia mas para todo o sul da Africa. Caso as

conversações tenham bom êxito, parte do beneficiamento do

açúcar deverá ser feito em Walvis Bay, dentro da ZPE

local, gozando assim de suas franquias e benefícios

fiscais. Com base na lista de exportadores recebida da

DIC, a Embaixada tem assistido o Senhor Ishitile na

marcação das entrevistas.

GALVÊAS

OGO


Página -1-


CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF I/DIC/DPC

DESCR=NAMI-ECON

CATEG=MG

//


trimestral (julho-setembro).

//

Nr. 00253

RESUMO=

Relaciona os fatos e indicadores econômicos da Namí-

bia no terceiro trimestre de 2000: taxa de câmbio; taxa

de juros; inflação; produção e investimento (setor

pesqueiro, setor de mineração, contas governa-

mentais); investimentos governamentais ( porto de Walvis

Bay, construção da hidroelétrica de Epupa); e a Namíbia

na economia regional.

Refcirtel 26292. Informo. Foram os seguintes os

principais indicadores e tendências econômicos da Namíbia

no terceiro trimestre do ano em curso:

A - Taxa de Câmbio: 7,1 N$ = 1 US$

B- Taxa de Juros: 15,5%

C- Inflação: julho - 1,63%; agosto - 0,41%; setembro

- 1,35%.

D- Taxa de Crescimento: não disponível

E - Produção e Investimento


2.Novos investimentos foram realizados no setor por

empresa de capital namibiano, a "Blue Ocean", recém-

instalada. Além de compra de navio pesqueiro da

Dinamarca, orçado em US$ 1,42 milhão, a empresa está

construindo em Walvis Bay fábrica de processamento de

produção pesqueira estimada em US$ 3 milhões. Deverá

entrar em operação em janeiro próximo, empregando 150

trabalhadores.


Página -2-


CARAT=Ostensivo

E.2 - Mineração

3.O Presidente Sam Nujoma inaugurou em 20 de agosto o

reinício das atividades na "Ongopolo Mining Processing

Limited" localizada em Tsumeb, na região norte do país. A

iniciativa empresarial foi levada a efeito por um grupo

acionário formado pelo Sindicato de Trabalhadores

Mineiros da Namíbia, o Sindicato de Trabalhadores da

Namíbia e diretores da "Tsumeb Corporation Limited"

(TCL), para a mineração e fundição de cobre.

4.Em seu discurso, além de elogiar o entendimento que

propiciou a concretização da Ongopolo, o Presidente

Nujoma assinalou que, apesar da cotação favorável do

minério no mercado internacional (US$ 12 mil a tonelada),

a empresa deverá enfrentar aumentos de custos no

provimento de energia, sobretudo os de fonte petrolífera.

5.Por ocasião da sua reabertura, após dois anos de

interrupção, a mina estava empregando 750 pessoas, número

que chegará a 840 ao final do ano quando estiver operando

com plena capacidade. A mina de Tsumeb já rendeu ao país

N$ 40 milhões (US$ 5,9 milhões), com produção de 5,5 mil

toneladas de cobre e 10,2 de prata.

E.3 - Contas governamentais

a) Aumento da dívida interna

6.O Banco da Namíbia, que exerce a função de banco

central, anunciou em seu último relatório anual

crescimento de 15% da dívida governamental, que passou de

N$ 3,9 bilhões (US$ 570 milhões) em 1998/1999 para N$ 4,5

bilhões (US$ 660 milhões) em 1999/2000.

7.O relatório menciona que o total da dívida pública

em relação ao PIB cresceu de 22,6 para 23,6% no mesmo

período. Ressalte-se, todavia, que se consideradas as

garantias dadas pelo Governo a empréstimos a empresas

estatais, o total da dívida pública seria de N$ 6,7

bilhões (US$ 985 milhões), ou seja, 36% do PIB.

8.A dívida externa foi estimada em dezembro de 99 em

N$ 729 milhões (US$ 107,2 milhões). Como proporção do PIB

cresceu de 3,3 para 3,9% em 1999. Segundo relatório do

Banco da Namíbia, "while the total debt is still

manageable and within international norms, the rate which

it has been increasing over the past 10 years raises some

concern".


Página -3-


CARAT=Ostensivo

b) Introdução do imposto sobre valor agregado (VAT)

9.Em 27 de novembro próximo o Imposto sobre Valor

Agregado (VAT) substituirá o Imposto sobre Vendas

Adicionais (ASL) e o Imposto sobre Vendas Gerais (GST).

No lançamento de campanha nacional de conscientização e

apresentação do novo sistema, o Ministro das Finanças,

Nangolo Mbumba, justificou a mudança dada a complexidade

do sistema dual até então adotado, principalmente o ASL,

que operava segundo uma multiplicidade de taxas e

classificação de bens, provocando ineficiência e

distorções.

10.O VAT incidirá sobre todo estabelecimento registrado

no país provedor de bens e serviços bem como sobre bens e

serviços importados, inclusive de países da União

Aduaneira da África Austral (SACU). O imposto será

cobrado segundo três níveis: 0% para derivados de

petróleo, bens destinados a instituições beneficentes e

serviços médicos, educação, transporte público e alguns

serviços finaceiros; 15%, para bens e serviços correntes;

e 30% para produtos de luxo, como bebidas alcoólicas,

cigarros, perfumaria, artigos de couro, além de

eletrodomésticos e veículos acima de N$ 200 mil (US$ 29

mil).

E.4 - Investimentos públicos

a) Porto de Walvis Bay

11.No último dia 2 de agosto o Presidente Sam Nujoma

participou de cerimônia da conclusão dos trabalhos de

aprofundamento do porto de Walvis Bay, que passa a ter

12,8 metros. A melhoria permitirá o atracamento de navios

com capacidade de 2200 a 2400 containers, tornando-o um

dos mais atrativos portos da África Austral, combinando

modernos recursos operativos e baixa taxa de custos de

transporte devido ao acesso às principais vias

rodoviárias e ferroviárias da África Austral.

12.Vale sublinhar que o sistema de transporte da

Namíbia, a partir de Walvis, é conectado com Angola

através da ramificação setentrional que prossegue de

Tsumeb à fronteira bilateral; com a RDC, Zimbábue e

Zâmbia,pela Trans-Caprivi, e além, por meio do corredor

de Tanzara, com a Tanzânia, e pelo de Nacala, com o

Maláui. Finalmente, pela Trans-Kalahari a Namíbia está

conectada com Botsuana, com a província do Gauteng e

todas as suas ramificações dentro do território sul-


Página -4-


CARAT=Ostensivo

africano e, por fim, pelo corredor de Maputo, com a costa

africana do Índico.

13.O Presidente Nujoma ressaltou que o aprofundamento

do calado do porto de Walvis Bay é um avanço no projeto

sub-regional "Trans-Africa Coast-to-Coast Spatial

Development Iniatives" e, em escopo maior, um grande

estímulo à promoção comercial entre todos os membros da

Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral

(SADC).

b) Hidrelétrica de Epupa

14.Encontro em 23 de julho em Windhoek dos Ministros de

Energia de Angola, Luís da Silva, e da Namíbia, Jesaya

Nyamu, postergou para prazo indefinido a construção da

usina hidroelétrica de Epupa, na bacia do Cunene.

15.O projeto, considerado essencial para a Namíbia na

busca de autonomia em produção de energia elétrica,

depende, entretanto, de aprovação de Angola, estando o

Cunene na fronteira entre os dois países. Segundo o

Ministro Luís da Silva o "projeto Calueque e o açude de

Gove são por ora as duas prioridades de Luanda com

relação à área em referência". O primeiro diz respeito a

um canal que vai da cidade angolana de Calueque à

fronteira bilateral enquanto que Gove seria um açude

inoperante desde o início da guerra civil.

16.A principal controvérsia entre os dois países no

tocante a Epupa diz respeito ao local de construção da

hidrelétrica. Enquanto Angola defende a localidade de

Baynes, a Namíbia prefere a localidade que dá nome ao

projeto, Epupa. Originalmente, o local deveria ter sido

estabelecido no segundo semestre de 1999, com o início

das construções para o corrente ano.

F - Namíbia e a economia regional

17.Em junho passado o "World Economic Forum" publicou

seu segundo relatório "Africa Competitiveness Report"

sobre a integração da África na economia global, listando

24 países do continente com melhores perspectivas de

crescimento de médio para o longo prazo.

18.A Namíbia obteve a quarta melhor colocação, após

Maurício, Seichelles e Tunísia. Merece destaque também a

classificação da Namíbia no "Corruption Survey", que


Página -5-


CARAT=Ostensivo

obteve a pontuação de 14,3, num total de 16, superados

somente por Botsuana (14,4) e Seichelles (15,2).


MPSC


Página -1-


CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT



CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal


PARTE=UNICA

DESCR=ECON-NAMI

CATEG=MG

//


Trimestral (Julho-Setembro).

//

Nr. 00264

RESUMO=

Relata os principais indicadores da economia namibia-

na entre julho e setembro: (a) taxa de crescimento; (b)

taxa de câmbio; (c) taxa de juros; (d) inflação;

(e) nova parcial das contas nacionais; (f) taxa de

crescimento vegetativo e fertilidade; e (g) produção e

investimento - setores de mineração, pesca e turismo;

pequenas e médias empresas; investimentos sociais; e a

Namíbia na economia regional.

São os seguintes os principais indicadores e fatos

econômicos no terceiro trimestre do ano em curso:

A - Taxa de Crescimento

2.Segundo o mais recente relatório, "Economic

Review and Prospects for 1998/1999", do "Namibian

Economic Policy Research Unit" (NEPRU), o desempenho

da economia namibiana para este ano deverá reverter

tendência declinante dos últimos anos, sendo prevista

taxa de crescimento de 3,5%, comparada ao indice do

ano anterior de 2%. Os setores de pesca, turismo e

manufaturas foram os principais responsáveis pela

expansão produtiva no período.

3.Aspecto positivo a ser sublinhado foi o incremento

da demanda nas principais atividades produtivas, em que

pese ao declínio nos investimentos e à escassez de mão-


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CARAT=Ostensivo

de-obra especializada, apontada como um dos principais

entraves ao desenvolvimento empresarial. Do ponto de

vista geral, entretanto, a recuperação econômica do país

é vista com otimismo pelos agentes financeiros locais. O

"Old Mutual Projects", por exemplo, prevê para o próximo

ano taxa ainda mais elevada de crescimento (em torno de

4%) combinada com inflação decrescente. Cabe mencionar,

ademais, projeção de incremento em 11% da taxa de

capitalização da Bolsa de Valores local (NSX), revertendo

índices declinantes nos dois anos anteriores.

B - Taxa de Câmbio

4. Em 1998, a moeda namibiana teve uma desvalorização de

cerca de 25%.De maneira geral a superação da crise dos

mercados emergentes e, em específico, a queda dos juros

na África do Sul tiveram influência positiva no câmbio

namibiano, registrando-se taxa média mensal em torno de

N$5.9 por US$1.00.

C - Taxa de Juros

5.O setor bancário namibiano, com a única exceção do

"Only City Savings and Investiment Bank", reduziu, a

partir de 1º de outubro do corrente, em 1% a taxa de

juros, mantida anteriormente em 17,5 %. Trata-se da

oitava queda da taxa de juros neste ano, no total de

7,5%, o que reflete, de um lado, estabilidade financeira

e, de outro, clima positivo gerado pelo aumento das

reservas internacionais sul-africanas, que cresceram em

agosto passado, segundo dados do South African Reserve

Bank (SARB), 4,5%, ou seja, de R 35,7 bilhões para R

37,3 bilhões.

D- Inflação

6.A taxa de inflação foi o único indicador econômico

que escapou às margens projetadas pelos institutos de

pesquisa. A média dos primeiros seis meses foi de 9%,

comparada com os 5% do mesmo período do ano passado, e

portanto 2% mais alta do que os 7% previstos pelo NEPRU.

E - Taxa de Crescimento Populacional

7.A redução da taxa nacional de crescimento vegetativo

da população (3,1%), considerada elevada mesmo dentro dos

padroes africanos, é uma das metas governamentais. De


Página -3-


CARAT=Ostensivo

1971 ateh 1994, a população dobrou, sendo então

contabilizados 1,546 milhão de habitantes. A persistir a

atual taxa de crescimento, a população deverá dobrar

novamente em 2017. Outro fenômeno de monta é o grau de

urbanização do país, que passou de 25% em 1984 para 33%

em 1994. O elevado índice de contaminação da população

pelo HIV deverá, segundo várias fontes, ter impacto

elevado na expectativa de vida e, portanto, em qualquer

projeção populacional para os próximos anos.

F - Produção e Investimento

F.1 - Setor de Mineração

8.Foi aprovado pelo parlamento o novo código sobre

venda e produção de diamantes "Diamond Bill", que sobe

agora à sanção presidencial. O novo código abole a

"Diamond Industrial Protection Proclamation", de 1939,

que dava direitos e poderes exclusivos sobre a indústria

diamantífera à "Consolidated Diamond Mines", subsidiária

local da "De Beers". Baseado nos similares de Botsuana e

da África do Sul, o novo código fortalece o poder

regulador do Ministério das Minas e Energia e extingue o

monopólio de exploração do mineral.

9.É oportuno destacar que o setor de mineração é o

maior contribuinte para as receitas estatais. Somente os

impostos arrecadados das seis maiores empresas perfazem

42% daquele total. O setor diamantífero sozinho é

responsável por 26% do orçamento, cuja maior parcela

(80%) é realizada pela estatal NamDeb.

10.Relatório da multinacional "De Beers", divulgado em

agosto último, aponta a produção namibiana em 1998 como a

quinta mundial em termos de venda (US$ 450 milhoes) e a

primeira na produção de gemas de primeira qualidade

(comercializadas em média a US$306/quilate).

11.A empresa de capital australiano "Acclaim Uranium

NL", estabelecida no país desde o ano passado, com a

aquisição da mina "Langer Heinrich", cujas reservas estão

avaliadas em 22 mil toneladas, dentre outras

considerações sobre o potencial da extração do minério na

Namíbia, destaca a estabilidade política do pais, a

eficácia das leis sobre a atividade de mineração, a

ausência de necessidade de "títulos de nacionalidade"

para exploração e disponibilidade de empréstimos de

agências internacionais para projetos em países em

desenvolvimento.


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CARAT=Ostensivo

F.2 - Setor Pesqueiro

12.Recente relatório da SADC sobre pesca apontou a

Namíbia como o país de maior envergadura neste setor.

Cerca de 90% de toda a produção da Comunidade Austral vem

de seus três Estados atlânticos - Namíbia (510 mil

toneladas), África do Sul (400 mil toneladas) e Angola

(242 mil toneladas).

13.No caso namibiano, foram arrecadados em 1997 cerca

de US$ 362 milhões derivados da venda de peixe,

representando cerca 1/5 de suas exportações. Sua

participação no PIB aumentou de 5,2% em 1990 para 7,3% em

1997. Apesar de sua preponderância, a Namíbia é

paradoxalmente o país com menor consumo per capita (em

torno de 7 kilos por ano).

F.3 - Setor de Turismo

14.O Ministro do Meio-Ambiente e Turismo divulgou no

mês de setembro os últimos dados de desempenho do setor.

O de maior vulto é, sem dúvida, o número de visitantes

ao pais, que desde 1993, com taxa de 255 mil turistas,

até 1998, com 500 mil, vem crescendo aa taxa anual de

17%. Outro dado que merece mencão é o contraste entre os

gastos governamentais na promoção turística da Namíbia

(US$ 2,4 milhões previstos para este ano) e o alto

retorno do setor, que, em 1998, gerou recursos da ordem

de US$ 200 milhões. Espera-se para este ano aumento de

US$ 133 milhões.

15.Os países da África Austral são os maiores

contribuintes para o fluxo turístico na Namibia, a saber:

a África do Sul (188 mil turistas), Angola (158 mil) e

Botsuana (18 mil). Dentre os países não-africanos,

registrou-se a entrada de 55 mil alemães, 13 mil

britânicos, 9 mil norte-americanos e franceses,

austríacos e italianos em número 5 mil, cada uma dessas

nacionalidades.

16.Em pesquisa realizada pelo Ministério do Meio-

Ambiente e Turismo, os turistas atribuiram conceito "bom"

aos serviços hoteleiros do pais, entre as outras

categorias "excelente", "satisfatório" e "péssimo". Em

novembro de 1998 o Ministério tinha credenciado 383

instituições hoteleiras de várias categorias, que juntas

compunham oferta de 5788 quartos e 13245 leitos. Dentre

elas, contam-se 118 hotéis/pensões (com 2842 quartos e

5805 leitos); 168 hotéis-fazenda (1175 quartos e 2376


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CARAT=Ostensivo

leitos); 97 áreas de camping e lazer (1771 quartos e 5064

leitos); e 495 fazendas de caça, sem registro de quartos

e leitos. Não foram contabilizados pequenos

estabelecimentos do tipo "bed & breakfast". Os locais de

maior concentração hoteleira são, nessa ordem, Windhoek;

a região costeira entre Swakopmund e Walvis Bay; e o

Parque Nacional de Etosha.

17.A pesquisa revelou, outrossim, que 72% dos turistas

vieram com propósito de passar férias no país; 11% para

realizar negócios; 13% para visitar conhecidos ou

parentes; e 4% por outros motivos. O Ministério do Meio-

Ambiente e Turismo trabalha, todavia, com previsão de

descréscimo para o próximo ano, dados os reflexos já

sentidos em várias agências no que respeita aos

incidentes na Faixa do Caprivi.

F.4 - Pequenas e Médias Empresas

18.O Ministério da Indústria e Comércio lançou em

setembro projeto que cria uma "rede de instituições" de

treinamento e consultoria a pequenas e médias empresas.

Calcula-se que o país disponha de 25.000 pequenas

companhias, na sua vasta maioria dedicada à atividade

comercial, e apenas 5% têm acesso a qualquer tipo de

serviço financeiro ou técnico.

19.A iniciativa insere-se no "Programa de Promoção de

Pequenas Empresas", lançado no passado e que visa, entre

outros, à implantação de incentivos para treinamento,

financiamento e capacitação institucional de

trabalhadores e pequenos empresários.

20.O Governo inaugurou também o "Small Business Credit

Gurantee Trust", da ordem de US$ 2,2 milhoes, que

diminuirá o valor dos juros dos empréstimos para pequenos

negócios, que até então tinham dificuldades de

capitalização na rede bancária.

F.5- Investimentos Sociais

21.Na última semana de agosto o Ministro de Habitação e

Governação Local e Regional, Dr. Nicky Iyambo, inaugurou

canteiro de obras na região do Caprivi para construção de

500 casas populares, com empréstimos da ordem de US$ 6

milhões oriundos dos bancos "City Saving", "Investment

Bank" e o "Bank of Windhoek". A iniciativa criará 250

empregos diretos e servirá como projeto piloto para

outras regiões.


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CARAT=Ostensivo

22.Segundo declaração do Ministro Iyambo, o próximo

passo será atrair empresas com "status" de Zona de

Processamento de Exportações (ZPE) para o norte

namibiano, das quais está prevista para curto prazo a

construção do hotel cinco estrelas Impalila Island, no

extremo leste do Caprivi onde já se concentram

importantes estabelecimentos turísticos.

23.Após destacado sucesso do projeto piloto lancado em

1996 de implantação de unidades de energia solar nas

áreas mais remotas do país, o Ministério das Minas e

Energia iniciou no mês de julho sua segunda fase, que

objetiva dotar todas as áreas ainda não eletrificadas com

sistemas de captação de energia solar. Para tanto, a

empresa "Namibia Development Corporation" (NDC) foi

designada como agência financiadora de empréstimos, com

bases mais favoráveis que as de mercado, às instituições

interessadas em obter o sistema "solar home power". Os

fundos da NDC serão constituídos pelo Governo e por

instituições doadoras.

F.6 - Namíbia e a Economia Regional

24.Relatório da UNCTAD, divulgado em Genebra na última

semana de setembro, relaciona a Namíbia entre os dez

países africanos caracterizados como "African Foreign

Direct Investment front runners".

25.O documento acusa significativo desenvolvimento

daqueles países na capacidade de atração de capital

externo, sendo os setores de telecomunicações,

alimentício, turístico, têxtil e de mineração os que têm

se revelado mais dinâmicos.

26.Da parte da Comissão Econômica para a África

relatório sobre a economia africana em 1999 aponta a

Namíbia como detentora do terceiro índice de gasto mensal

per capita dentre todos os paises da SADC. Valendo-se do

conceito de "paridade de poder de compra", calculado em

dólares americanos, e que compara os gastos em relação à

cesta básica nos EUA, a pesquisa atribui a média de US$

139 para a Namíbia, superada somente pela África do Sul

(US$ 183) e Botsuana (US$ 159).

27.Em competição envolvendo outras cidades africanas, a

capital namibiana foi escolhida para sediar a reunião de

cúpula da "Africities 2000", evento que discutirá

políticas específicas de elevação do nível de bem-estar

nas grandes cidades do continente. A realizar-se entre os


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CARAT=Ostensivo

dias 15 e 21 de maio do próximo ano, são esperados para a

reunião entre 1200 e 1500 delegados, entre autoridades

municipais, representantes de organizações governamentais

e não-governamentais e líderes empresariais.

GALVÊAS

MPSC


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CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Urgente

DISTR=DTCS/DAF II

DESCR=ETRA-BRAS-NAMI

CATEG=MG

//

Brasil-Namíbia. Parceria entre

os portos de Walvis Bay e do

Rio de Janeiro. Proposta da

estatal portuária da Namíbia

(NAMPORT).

//

Nr. 00268

RESUMO=

Relata proposta da estatal portuária namibiana (NAMPORT)

de estabelecimento de parceria entre os portos de Walvis

Bay e do Rio de Janeiro. A iniciativa pode também

incrementar as relações comerciais do Brasil com a

Namíbia, em particular, e com a África Austral, em geral.

Informo e rogo providência. No dia 02 de

novembro último visitou esta Embaixada o Sr. Jerome

M. Mouton, Diretor de Marketing e Desenvolvimento

Estratégico da Namport, estatal portuária da Namíbia,

que manifestou desejo de estabelecer algum tipo de

parceria do porto de Walvis Bay com o porto do Rio de

Janeiro. Segundo a autoridade namibiana, a iniciativa

faria parte de um amplo programa de expansão do porto

de Walvis Bay.

3.A proposta ajusta-se e complementa a série de

iniciativas do relacionamento entre o Brasil e a

Namíbia, caracterizadas pelo aproveitamento das

oportunidades oferecidas pela vizinhança atlântica. O

acordo de cooperação naval, em execução desde 1994, é

um marco no relacionamento bilateral. Em 1997 o

Brasil doou as cartas náuticas do porto de Walvis Bay

ao Presidente Sam Nujoma e em julho deste ano foi

aberto o Consulado Honorário do Brasil naquela cidade

(tel 158).

4.Também pela ótica comercial, a parceria entre os

portos dos dois países seria recomendável, podendo ter

impacto em toda a região austral africana. Como tenho

assinalado em expedientes sobre o assunto, o porto de


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CARAT=Ostensivo

Walvis Bay é de acentuado valor estratégico para a

Namíbia, cuja economia, de limitado mercado interno,

depende de inserção competitiva na África Austral.

5.À vista dessa premissa econômica e dada sua posição

estratégica na África Austral, a Namíbia tem hoje ligação

com praticamente todos os seus vizinhos na sub-região.

Seu sistema de transporte, que se inicia em Walvis Bay, é

conectado com Angola; pela Trans-Caprivi tem acesso à

República Democrática do Congo, ao Zimbábue e à Zâmbia

onde, por meio do corredor de Tanzara, liga-se à

Tanzânia, e pelo de Nacala, ao Maláui; pela Trans-

Kalahari a Namíbia se comunica com Botsuana, com a

província do Gauteng e todas suas ramificações dentro do

território sul-africano e, por fim, pelo corredor de

Maputo, à costa africana do Índico.

6.Investimentos de vulto na infra-estrutura do porto

de Walvis Bay o tornaram um dos mais atrativos portos da

África Austral, combinando modernos recursos operativos e

baixos custos de transporte devido ao acesso imediato às

principais vias rodoviárias e ferroviárias da África

Austral. Recordo que no último dia 2 de agosto o

Presidente Sam Nujoma inaugurou novo calado do porto, que

passou a ter 12,8 metros de profundidade, permitindo

atracamento de navios com capacidade de 2200 a 2400

containers (tel 191). Atualmente produtos minerais em

geral compreendem a maioria dos 2 milhões de toneladas

movimentados em Walvis Bay, que pode manusear cargos até

4,5 milhões de toneladas.

7. Pelo fax n.64 estou enviando cópia da carta do Sr.

Jerome Mouton e pela mala diplomática, material

informativo sobre o Porto de Walvis Bay, que muito

agradeceria constituíssem subsídio para comunicação à

Administração do Porto do Rio de Janeiro.


MPSC


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CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II


CATEG=MG

//


Bilaterais. Visita ao

Ministro Gurirab.

//

Nr. 00269

RESUMO=

.

Informo. Visitei, ontem, o Ministro Ben Gurirab que

acaba de reassumir a Chefia do Ministério dos Negócios

Estrangeiros, depois de ocupar a Presidência da

Assembléia Geral da ONU, em 1999-2000.

2.Conversamos sobre sua experiência nas Nações

Unidas que, além desse cargo de grande projeção

internacional, incluiu também a de Representante da

SWAPO, nos anos 80, última década da luta pela

independência da Namíbia.

3.O Ministro mostrou-se bem informado sobre os

últimos desdobramentos das relações bilaterais,

durante sua ausência, desde a visita do Presidente

Sam Nujoma, em setembro de 1999, até a criação do

Consulado Honorário em Walvis Bay, em julho passado,

e da Adidância Naval, residente em Windhoek, em

outubro passado. Disse estar muito satisfeito com a

recente entrega de credenciais do Embaixador Iipumbo

ao Senhor Presidente da República, bem como com o

início da cooperação educacional e a ida de

estudantes namibianos para universidades brasileiras.

Disse também ser muito oportuno o início da

cooperação na área da saúde, voltada

especificamente para o controle e prevenção da AIDS.

4.Referiu-se em mais detalhe à importância da

cooperação naval e apoio do Brasil à formação da Ala

Naval da Namíbia, bem como à recente apreciação pelo


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CARAT=Ostensivo

Gabinete da proposta brasileira do texto do novo Acordo,

que enviei a Vossa Excelência com o fax. 64.

5.Ao final da visita, antes de tudo de cortesia para

cumprimentá-lo por seu retorno ao Ministério, pediu-me

Gurirab transmitisse a Vossa Excelência seus melhores

cumprimentos e seu reconhecimento pelas iniciativas

brasileiras no sentido de ampliar e aperfeiçoar as

relações bilaterais com a Namíbia.


neves


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CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Normal

DISTR=DAF II/ABC/DFTR/DODC


CATEG=MG

//


bilaterais.Fundamentos.

Resenha trimestral

(out/dez)e anual.

//



Nr. 00282

RESUMO=

Considera os fundamentos do relacionamento Brasil-Namíbia

e relata as realizações e iniciativas, no quarto

trimestre e no decorrer do ano, no âmbito das relações

bilaterais.

Informo. Ao final do quarto trimestre do ano,

que coincide com o final do primeiro ano de minha

gestão, acredito oportuno realinhar as motivações

que orientaram a atuação desta Missão no esforço de

aprofundar as relações bilaterais com a Namíbia, bem

como fazer um balanço das atividades da Missão no

corrente ano.

2.Desde sua criação, a SWAPO se voltou para o

Brasil em busca de apoio, seja por ver no Brasil um

país irmão, com larga população de origem africana

e, sobretudo, um país onde a herança cultural

africana transcendeu os limites étnicos para tornar-

se genuinamente um traço nacional, seja por ver em

nosso país um exemplo de convivência racial, que se

manifestou em sua política contra o "apartheid".

3. A admiração e o apreço pelo Brasil são

características marcantes da percepção de nosso país por

parte da população e do Governo namibianos, cujos

membros, nos vários níveis, reafirmam sempre que

oportuno o desejo de estreitar as relações bilaterais.


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CARAT=Ostensivo

Como se recorda, Sam Nujoma visitou o Brasil como lider

da SWAPO, em 1987, e voltou duas vezes, como Chefe de

Estado, em visita oficial, em 1995 e 1999. Desde a

independência, registram-se 11 visitas de nível

Ministerial ao Brasil, nas áreas agricola, de defesa e

minas e energia.

4. Para ambos os países, o relacionamento bilateral se

reveste de significado político e estratégico. Ambos

têm sublinhado, em múltiplas ocasiões, que o mar

fronteiriço os une antes de os separar. Ribeirinhos no

Atlântico Sul, compartilham participação na ZOPACAS, bem

como faixa de mar de 1.500 km de extensão, que desafia à

cooperação para a proteção do meio ambiente,

preservação e exploração dos recursos vivos e minerais,

e monitoramento das rotas comerciais e operações de busca

e salvamento.

5.Registram-se de um e outro lado dessa ampla

fronteira aspectos e elementos fundamentais dos dois

países. Do lado brasileiro, encontram-se algumas das

maiores cidades, a maior parte da população e os quatro

maiores portos, além de praticamente todos os poços de

petróleo em produção no país. Do lado namibiano, um

litoral riquíssimo sustenta uma indústria pesqueira que

contribui com 10% do PIB nacional e a exploração de

diamentes na plataforma continental, responsável por

cerca de dois terços da produção de diamantes no país,

que contribui com 6 % do PIB, além de extensas reservas

de gás natural no litoral sul, já em fase inicial de

exploração, e, segundo se acredita, fortes

possibilidades de ocorrência de petróleo no litoral

norte, próximo a Angola.

6.De um prisma político, a importância da Namíbia e

seu papel na região e no continente vão muito além dos

limites de sua influência econômica, comercial e

demográfica. De um lado, a Namíbia, cuja independência

foi fruto do esforço conjunto da comunidade

internacional, nasceu e vem-se desenvolvendo segundo

visão muito abrangente e aberta. Tem participação ativa

nas Nações Unidas, onde hoje ocupa a Presidência da

Assembléia Geral e assento não permanente no Conselho de

Segurança; na Organização da Unidade Africana e em

todas as organizações sub-regionais, a saber: SACU-

Southern Africa Customs Union, CMA-Common Monetary Area,

SADC-Southern Africa Development Community e COMESA-

Common Market of Eastern and Southern Africa; e, depois

de alguma hesitação, participação plena na política


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CARAT=Ostensivo

regional, sob a bandeira "Africa is our destiny",

levantada pelo próprio Presidente Nujoma.

7. Embora limitada por sua economia e demografia, a

Namíbia tem capitalizado sobre sua estabilidade interna -

política e econômica - , e alguns índices sociais

excelentes, como baixa corrupção, elevados padrões

democráticos, garantia para investimentos, alta renda per

capita, ainda que mal distribuída, segurança pessoal etc.

que adquirem coloração e relevo contra o quadro

africano, com pouquíssimas exceções, de guerras,

corrupção, miséria, instabilidade. Sobretudo, a Namíbia

conta com elite política de grande prestígio, aquém e

além fronteiras. Tais atributos fazem de Windhoek

importante interlocutor para uma política brasileira de

âmbito e aspirações regionais.

8. No plano econômico-comercial, a Namíbia, apesar de

suas limitações, pode assumir papel de importância

surpreendente para o comércio do Brasil com a África.

Tido como um dos países mais bem administrados do

Continente, a Namíbia, além de posição privilegiada na

borda do Atlântico, dispõe de instalações portuárias

modelares em Walvis Bay, excelente rede viária, de ferro

e rodagem, que a liga a todos os países de seu entorno e,

pela Trans-Kalahari, até Maputo. Dispõe ainda de sistema

bancário e de comunicações modernos e eficientes.

9. Nos últimos anos, o Governo vem implantando e

desenvolvendo instrumentos destinados a operacionalizar

esse capital, tais como o Corredor Econômico de Walvis

Bay e a Zona de Processamento de Exportações. O primeiro

visa a transformar a Namíbia na porta de entrada

privilegiada para todo o centro e o sul da África, em

substituição aos portos tradicionais, da Cidade do Cabo e

de Durban, enquanto que a segunda a fazê-la um centro

alternativo para suprimento de bens, mercadorias e

serviços, voltado sobretudo para os países mediterrâneos

que a circundam. Considerados os países da sua vizinhança

imediata esse seria um mercado de cerca de 100 milhões

de pessoas e considerada a SADC como um todo, um

mercado de cerca de 180 milhões.

10.O Brasil e a Namíbia, fundados na percepção de uma

comunidade de interesses e identidade de vistas, têm

buscado relacionamento mais próximo e privilegiado. Em

1991, o então-Presidente Collor visitou Windhoek; em

1995, foi realizada a I Reunião da Comissão Mista

bilateral e o Presidente Nujoma realizou sua primeira


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CARAT=Ostensivo

visita oficial ao Brasil. Nos primeiros 5 anos após o

estabelecimento de relações foram negociados e assinados

cinco acordos e um memorandum de entendimento. Após 1995,

registrou-se decréscimo de atividade no relacionamento

bilateral. Escassearam as visitas em nível de Ministro de

Estado, mantendo-se apenas aquelas dos Ministros da

Defesa. Em fins do ano passado, o Embaixador Ferreira-

Lopes em seu relatório de gestão, encaminhado com o

ofício 43/98, refere-se ao "naufrágio" da cooperação

naval e diz que "O acordo de cooperação agrícola

tornou-se planta raquítica e raquiticamente prossegue,

com perspectivas não muito encorajadoras". Na verdade,

o último evento no âmbito do acordo fora a partida dos

tecnicos da EMBRAPA ao fim da primeira fase do programa,

em meados de 1997.

11. No final de 1999, os prognósticos são mais

otimistas. A cooperação naval prossegue, a cooperação

agrícola foi retomada e foram abertas novas áreas de

contato em educação, saúde e cultura. Sobretudo, foi

reafirmada uma presença política, de diálogo com a

Chancelaria e várias outras áreas do Governo e da vida

nacional. A proposta de visita do Presidente Nujoma ao

nosso país, menos de 4 anos após sua visita de 1995, pode

ser entendida nesse sentido. No presente, o

relacionamento bilateral apresenta quadro marcado pelas

seguintes iniciativas e realizações:

A- Cooperação naval

12.Encontram-se atualmente no Brasil, em escolas e

centros de treinamento da Marinha, cerca de 120 navais e

técnicos namibianos. Em janeiro de 2000 serão cerca de

150.

Hoje, todos os oficiais em postos de comando na Ala Naval

das Forças de Defesa da Namíbia receberam treinamento no

Brasil. Uniformes, regulamentos e procedimetos adotados

são praticamente os mesmos da Marinha do Brasil. Trata-se

de cooperação única que torna a Marinha do Brasil o

principal quadro de referência da Ala Naval namibiana.

Em seu encontro com o Presidente Fernando Henrique, em

setembro passado, o Presidente Nujoma ateve-se a

aspectos técnicos dos barcos patrulha a serem fornecidos

pelo Brasil à Namíbia. As questões de financiamento foram

levantadas no encontro entre os Ministros da Defesa,

Élcio Álvares e Nghimtina.

Em seguimento do encontro entre os Ministros da Defesa,

esteve em Windhoek, no dia 22 de novembro passado, o

Senhor Carlos Cerqueira Lima, Diretor da AKORO


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CARAT=Ostensivo

International Marketing, devidamente credenciado pela

ENGEPRON, para apresentar à parte namibiana proposta

relativa aos produtos e serviços da companhia. A visita

se destinou a definir parâmetros, mais do que

efetivamente negociar preços e financiamento, que serão

objeto de encontro futuro. Dentre as alternativas

apresentadas, a parte namibiana optou por aquela que

inclui a compra de um barco patrulha, de 200t, classe

Grajau e quatro lanchas patrulha, de 45t, e o "leasing "

de uma corveta, de 960t, classe Imperial Marinheiro.

Em dezembro, a primeira turma de guardas-marinhas

namibianos termina o curso na Escola Naval.

B-Cooperação aeronáutica

13.Dois aficiais da Força Aérea namibiana receberam

treinamento no Brasil, em 1996/97. Nos contatos que tive,

em duas ocasiões, com a Força Aérea Brasileira colhi

reação muito positiva à possibilidade de dar treinamento

em áreas técnicas e também militar a oficiais

namibianos. Foi também considerada a possibilidade de

dar treinamento a pessoal da aeronáutica civil.

C-Cooperação em agricultura

14.A primeira fase do projeto de cooperação na área

agrícola foi completado em meados de 1997. Apesar de

insatisfações de ambas as partes, sobreviveu a lição de

que é possível aos dois países se engajarem em uma

cooperação proveitosa. Com base nesse legado, foram

retomados os contatos com a ABC, EMBRAPA e com o

Ministério da Agricultura da Namíbia.

Foi, então, definida a segunda etapa do projeto, que

constará do treinamento de um grupo de 10 técnicos, da

vinda à Namíbia de um técnico brasileiro e, ao final

desse ciclo a vinda à Namíbia de missão com o objetivo de

negociar a estruturação da terceira fase, mais ampla, a

ser definida mediante acordo entre as partes.

Com base nesses entendimentos, os dois primeiros

técnicos namibianos seguiram para o Brasil em agosto

passado. Essa fase, que deverá envolver gastos

superiores a US$80.000,00, está sendo inteiramente

custeada pela parte namibiana e deverá se completar no

primeiro trimestre do próximo ano.

D-Cooperação em saúde

15.Como resultado de entendimentos mantidos com a ABC e

Ministério da Saúde, visitou a Namíbia, de 15 a 21 de


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CARAT=Ostensivo

agosto passado, missão de três membros do Ministério da

Saúde, chefiada pelo Professor Celso Ramos Filho, para

contatos com as autoridades namibianas competentes, com a

vistas ao estabelecimento de programa de cooperação para

a prevenção da DST e HIV/AIDS. Tendo em vista o alto

nível de contaminação no país, esta é uma área sensível

e onde a cooperação internacional é altamente desejável.

A missão brasileira foi muito bem recebida e os

contatos muito proveitosos. Foram identificadas várias

áreas de cooperação possível, entre as quais

treinamento de pessoal de várias especialidades, em

programas de variada duração. A missão aconselhou ainda a

visita ao Brasil de funcionário do Ministério da Saúde,

que poderia ser a própria Ministra, para conhecer o

programa brasileiro.

Posteriormente, no final de setembro a Embaixada foi

instruída a propor instrumento de cooperação apara

assinatura durante a vista do Presidente Nujoma ao

Brasil. Não havendo tempo para a aprovação do documento

pela parte namibiana, a Embaixada solicitou à SERE fosse

estudada a possibilidade de transformar aquele

instrumento em Ajuste Complementar ao Acordo de

Cooperação Técnica, a ser assinado tão logo seja

possível.

E-Cooperação acadêmica

16.Funcionários da Chancelaria namibiana já

manifestaram interesse no início da cooperação para a

formação e aperfeiçoamento de diplomatas no Instituto

Rio Branco. O Presidente Fernando Henrique indicou ao

Presidente Nujoma a possibilidade de o Instituto Rio

Branco receber bolsista namibiano. Cooperação nessa área

asseguraria o estabelecimento de laços duradouros com

este país, a exemplo do que se faz hoje na área naval.

Pela primeira vez, este ano, está sendo oferecida a

estudantes namibianos a oportunidade de cursarem

universidades brasileiras, através do programa de

estudantes convêncio, para graduação, assim como bolsas

de estudos para cursos de pós-graduação. Apesar do prazo

extremamente limitado, houve demonstração de interesse

e há uma candidata para curso de graduação.

Foram oferecidos às autoridades namibianas curso para a

Marinha Mercante. Este ano, também pela primeira vez,

deverá ir estudante namibiano, para o curso "Port State

Control".

Encontra-se em consideração, pelas áreas competentes de

ambas as partes, a possibilidade de desenvolvimento de

programa de formação de pessoal namibiano em escolas


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CARAT=Ostensivo

técnicas brasileiras, em cursos de curta duração, segundo

programa específico.

Estão sendo exploradas com a Universidade da Namíbia as

possibilidades de cooperação com universidades

brasileiras, especificamente com a Universidade de

Brasília. Como passo inicial nesse sentido a Embaixada

intermediou convite da Universidade da Namíbia à

Professora Zélia Campbel, brasileira, hoje Diretora do

Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade da

Africa do Sul, para falar sobre o ensino Universitário

no Brasil e proferir conferência sobre as relações do

Brasil com a África Austral, assunto de sua

especialidade. A visita originalmente marcada para fins

de novembro foi adiada, por motivo de força maior, para

o primeiro trimestre do próximo ano.

F-Exposição Abdias Nascimento

17.Estão em andamento entendimentos com a Fundação

Palmares para a realização, em julho/agosto de 2000 de

exposição de pintura de Abdias Nascimento. A Fundação

Palmares, ainda informalmente, informou que patrocinará a

mostra, em Windhoek. A National Art Gallery da Namíbia,

que sediará a exposição em Windhoek e tem ligação

institucional com galerias na Cidade do Cabo, Durban,

Pretória, Gabarone e Harare, se propõe levar a mostra

àquelas cidades, com pequeno adicional de custo.

G- Cinema

18.Paralelamente à exposição Abdias Nascimento deverá

ser realizada a exibição de três filmes brasileiros e de

um documentário, este sobre a influência africana na

cultura brasileira. O Senhor Diretor Geral do

Departamento Cultural prontificou-se a fazer uma pré-

seleção dos filmes e providenciar para seu encaminhamento

a esta Missão. Foi também solicitado ao Departamento

Cultural fornecimento de filmes, em número ainda a ser

definido, à Rede de Televisão da Namíbia para exibição,

segundo entendimento entre a Embaixada e aquela Rede.

H- Condecoração de personalidades namibianas

19.Em cerimônia realizada na Residência da Embaixada,

no dia 2 de setembro, foi condecorado o Ministro da

Defesa, Erkki Nghimtina, com a Grã Cruz da Ordem de Rio

Branco. O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Theo-Bem

Gurirab, também agraciado, receberá a comenda em data

mais à frente, após concluído seu mandato como Presidente


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CARAT=Ostensivo

da Assembléia Geral das Nações Unidas.

I- Criação de Consulado Honorário em Walvis Bay

20.A Embaixada propôs a criação de Consulado Honorário

em Walvis Bay e a nomeacao do Senhor Ivo de Gouveia para

Cônsul Honorário.

Na justificativa da medida a Embaixada assinalou a

crescente importância daquela cidade na economia da

Namibia, seja pelo reaparelhamento de seu porto, o maior

do país, dotando-o de equipamento moderno para a

manipulação de containers, seja por seu papel no projeto

de transformação da Namíbia em ponto de entrada

preferencial de mercadorias e de serviços para a África

Central e Austral - Corredor Econômico de Walvis Bay-

bem como em centro de produção para aqueles mercados -

Zona de Processamento de Exportações, ambos já referidos

anteriormente.

Quanto ao Senhor Ivo de Gouveia, é cidadão namibiano, de

origem portuguesa, há mais de 30 anos radicado neste

país. É armador e dono de uma das maiores frotas de

navios pesqueiros do país. Suas empresas empregam mais de

3.000 pessoas. Goza da estima e respeito da comunidade

local e tem amplo e livre trânsito no Governo. Seu nome

me foi referido por várias pessoas, inclusive pelo

Presidente da Câmara de Comércio e pelo Secretário

Permanente do Ministério da Pesca.

Por outro lado, valeria referir que a Marinha

Brasileira, em 1997, fez o levantamento da baía de Walvis

e que navios de guerra brasileiros têm aportado naquela

localidade com certa frequência. A Fragata Niterói foi o

primeiro navio de guerra estrangeiro a entrar em Walvis

Bay, quando de sua incorporação à Namíbia em 1994.

J-Visita oficial do presidente Sam Nujoma ao Brasil

21.O Presidente Sam Nujoma realizou visita oficial ao

Brasil, no período de 26 a 28 de setembro, sua segunda

visita oficial em curto espaço de quatro anos. Cumpriu

programação no Rio de Janeiro, onde visitou instalações

da Marinha que recebem navais namibianos, e em Brasília,

onde se encontrou com o Presidente da República, visitou

os Presidentes do Senado e da Câmara de Deputados, bem

como centro especializado da EMBRAPA.

Ainda em Brasília, recebeu o Grande Colar da Ordem do Rio

Branco, o Presidente Fernando Henrique Cardoso ofereceu-

lhe almoço e foi homenageado com carimbo comemorativo de

sua visita.

O Ministro, em exercíco, dos Negócios Estrangeiros,


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CARAT=Ostensivo

Kalomoh, e o Ministro da Defesa, Nghimtina, além de

outros altos funcionários, integraram a comitiva

presidencial.

O Ministro Nghimtina encontrou-se, no dia 29, com seu

contraparte, Ministro Elcio Alvares, para discutir os

vários pontos da cooperação naval entre os dois países,

referida anteriormente.

22. Com vistas à preparação da visita, a Embaixada

encaminhou à Secretaria de Estado subsídios para o Maço

Básico, a saber: Dados Básicos, Política Interna e

Economia, Política Externa e Relações Bilaterais; para o

discurso presidencial e para os tópicos de conversação,

no encontro entre os presidentes. Foi também submetida

minuta de artigo, publicado pela Gazeta Mercantil, edição

do dia 29 de setembro, sob o título "Cabral, Klink,

Nujoma: a travessia do Atlântico".

Galvêas

OGO


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CARAT=Ostensivo


CARAT=Ostensivo

PRIOR=Urgente

DISTR=DAF II/DOC

DESCR=GVIO-BRAS-NAMI


CATEG=MO

//

BRASIL-NAMIBIA. VISITA DO

SECRETARIO PERMANENTE.COMPRA

DE MATERIAL NAVAL.

//



Nr. 00283

RESUMO=

RELATA CONVERSA COM O SECRETARIO PERMANENTE DO MINISTÉRIO

DA DEFESA, SOBRE VISITA QUE ACABA DE REALIZAR AO RIO DE

JANEIRO E SUAS CONVERSAÇÕES COM A MARINHA E COM A

EMGEPROM.

Reftel. 261. Conversei hoje, pela manhã, com o

Senhor Negonga, Secretário Permanente do Ministério da

Defesa, que acaba de retornar do Brasil, onde foi

assistir a formatura da primeira turma de guardas-

marinhas namibianos na Escola Naval.

2.O Senhor Negonga manifestou-se muito satisfeito

com a visita, tanto com a acolhida que recebeu ,

quanto com as conversações que manteve com a Marinha

e com a EMGEPRON, sobre a aquisição de material para

a Ala Naval.

3.Referiu-se com maior interesse à proposta de

financiamento apresentada pelo Banco Real, que me

disse já havia sido entregue ao Presidente Nujoma.

Segundo Negonga, o Presidente, que o chamou

imediatamente após seu retorno, para inteirar-se das

conversações, está empenhado em que essa questão seja

resolvida tão cedo quanto possível e que a

cooperação com o Brasil seja aprofundada.

4. Além da aquisição de material foram também

discutidas, nas reuniões no Rio de Janeiro, a construção


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CARAT=Ostensivo

de uma base naval em Walvis Bay e a demarcação da

plataforma continental da Namíbia. Sobre a primeira, a

EMGEPRON teria concordado em supervisionar a

administração da obra, para o que receberia 1% do

total de seu custo, e designaria engenheiro para tal

fim, o qual viria periodicamente a este país durante a

construção; e, quanto à segunda, teria ficado decidida a

vinda a Windhoek, em fins de janeiro ou princípios de

fevereiro do próximo ano, de missão técnica da Marinha,

para reuniões com os vários segmentos do Governo

competentes sobre a matéria, como os Ministérios da

Pesca, Minas -e- Energia e Turismo -e- Meio Ambiente,

além dos Ministérios da Defesa e Negócios Estrangeiros.

5.Acrescentou Negonga haver manifestado a seus

interlocutores brasileiros da Marinha que, embora

estivesse de acordo em pagar os custos de manutenção dos

navais namibianos fazendo cursos no Brasil, como fora

acordado entre o Ministro da Marinha e o Ministro da

Defesa da Namibia, em setembro de 1998, era muito difícil

fazê-lo antes da assinatura de instrumento prevendo tal

despesa., sobretudo porque o acordo de 1994, previa serem

essas despesas a cargo da Marinha brasileira.

6.Como se recorda, há mais de um ano a parte

brasileira está para apresentar projeto de novo texto de

acordo à parte namibiana, o qual deverá substituir o

acordo de 94.

GALVÊAS

OGO


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CARAT=Ostensivo

MABA

QD BRAZEXT



DESCR=KCEE BRAS NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DODC/DAF-II/

PARTE=ULTIMA

//

3A. E ULTIMA PARTE COMPLEMENTAR TEL. 298. KCEE BRAS NAMI. OSTENSIVO.

DDC/DAF-II/. BRASIL-NAMBIA. RELACOES CULTURAIS.

//

6. SERIA OCIOSO ELABORAR SOBRE A IMPORTANCIA E ALCANCE DE

EVENTO DESSE TIPO, QUE TRARIA AA AFRICA OBRAS DE ARTISTAS DE ORIGEM

AFRICANA, QUE ATINGIRAM NIVEL DE EXCELENCIA. NO CASO DO SENADOR

ABDIAS NASCIMENTO, QUE PRODUZIU UMA OBRA CALCADA NA HERANCA AFRICANA,

TAL CIRCUNSTANCIA EH SOBREMODO ELOQUENTE, DADA SUA CONTRIBUICAO NOS

CAMPOS POLITICO E LITERARIO.

7. A EVENTUAL REALIZACAO DE MOSTRA DESSE PORTE, DE ARTISTAS

NEGROS, E COM A PARTICIPACAO DE PERSONALIDADES, DE ORIGEM AFRICANA,

QUE SE DESTINGUIRAM TAMBEM NA POLITICA, PODERIA SER CONSIDERADA

COMO UM EVENTO NA COMEMORACAO DOS QUINHENTOS ANOS DA DESCOBERTA DO

BRASIL, UMA VEZ QUE ESSE FEITO FOI MARCO DO MESMO CICLO QUE TROUXE

OS PORTUGUESES A ESTA PARTE DO MUNDO ( DIOGO CAO APORTOU NO QUE EH

HOJE A NAMIBIA NO ULTIMO QUARTEL DO SECULO XV). POR OUTRO LADO, A

NAMIBIA, COM UMA COSTA DE 1.500 KM DE EXTENSAO VOLTADA PARA O BRASIL,

EH O PAIS COM O QUAL TEMOS UM DOS MAIS SIGNIFICATIVOS PROGRAMAS DE

COOPERACAO NAVAL.

8. A NAMIBIA, DADA SUA MARCANTE ESTABILIDADE POLITICA E

ECONOMICA, TEM-SE AFIRMADO COMO IMPORTANTE POLO DE ATRACAO TURISTICA

-

COM CERCA DE 400 MIL TURISTAS EM 1997- BEM COMO CENTRO DE CONVENCOES

E REUNIOES INTERNACIONAIS DE ALCANCE REGIONAL E CONTINENTAL. A

MODERNIZACAO E APARELHAMENTO DO PORTO DE WALVIS BAY, COM

SIGNIFICATIVA COOPERACAO BRASILEIRA, E A CONCLUSAO DA TRANSKALAHARI,

LIGANDO POR RODOVIA O CORREDOR ECONOMICO DE WALVIS BAY AO CORREDOR

ECONOMICO DE MAPUTO, EM MOCAMBIQUE, VIA JOANESBURGO, TORNAM A NAMIBIA

IMPORTANTE VIA DE ACESSO E IRRADIACAO PARA TODO O CONE SUL DA AFRICA.

9. A REALIZACAO DE UMA TAL INICIATIVA, EM WINDHOEK E

EVENTUALMENTE EM OUTRAS CIDADES DO CONE SUL DA AFRICA, QUE LEVA EM

CONTA O ELEMENTO AFRICANO DA CULTURA BRASILEIRA, TERIA REPERCUSSAO

NAO SO LOCAL MAS EM TODA A REGIAO, COM A QUAL TEMOS PROCURADO


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CARAT=Ostensivo

ESTABELECER LACOS MAIS DENSOS DE RELACIONAMENTO, BILATERALMENTE, COM

CADA UM DOS PAISES E, MULTILATERALMENTE, COM OS VARIOS ORGANISMOS

REGIONAIS DO SUL DA AFRICA, ESPECIALMENTE A SADC - SOUTHERN AFRICA

DEVELOPMENT COOPERATION.

GALVEAS


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CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT



DESCR=PEXT BRAS NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF II/DOC/DE I/

PARTE=COMPLEMENTAR

//

2A. PARTE. TEL 351. OSTENSIVO. DAF II/DOC/DE I/ PEXT.

NAMIBIA. POLITICA EXTERNA. EVOLUCAO RECENTE. INVESTIMENTOS

ESTRANGEIROS.

//

EM PARTICULAR AA EFICIENCIA DA ADMINISTRACAO ECONOMICA. EM

ENTREVISTA A PERIODICO ECONOMICO LOCAL, MILLER RESSALTOU

COMO MODELO REGIONAL A SINERGIA AQUI EXISTENTE ENTRE GOVERNO E

INICIATIVA PRIVADA E TECEU COMENTARIOS ALTAMENTE POSITIVOS

SOBRE O FUNCIONAMENTO DAS ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTACOES,

EM PARTICULAR A DE WALVIS BAY, PARA CUJA CONSOLIDACAO TERAH

EFEITO SIGNIFICATIVO A RECENTE ENTREGA DA CARTA DA BAIA EFETUADA

PELA MARINHA BRASILEIRA (VER TEL 346), EM NOTAVEL TRABALHO DE

COOPERACAO SEM PRECEDENTES NESTA AREA DO GLOBO.

3. OUTRA VISITA COM TONICA EM TEMAS ECONOMICOS FOI A

DO MINISTRO DOS NEGOCIOS ESTRANGEIROS DA BELGICA, ERIC DERYCKE,

NA PRIMEIRA QUINZENA DE NOVEMBRO, AA FRENTE DE NUMEROSA DELEGACAO

DE HOMENS DE NEGOCIOS DE SEU PAIS. CONFORME SE SABE, A BELGICA, COM

EXPORTACOES SUPERIORES A USDOL 160 BILHOES, O QUE REPRESENTA CERCA

DE 6O PORCENTO DE SEU PIB, NAO DEIXA PASSAR DESATENDIDOS MERCADOS

QUE PODEM ABSORVER SEUS PRODUTOS -- MESMO AQUELES COMO O DA NAMIBIA

CUJAS AQUISICOES SE SITUAM EM TORNO DE USDOL I,5 BILHAO, SOMENTE, MAS

EH SUPERAVITARIO NAS RELACOES COMERCIAIS COM BRUXELAS.

4. O CHANCELER DERYCKE, QUE SE ENTREVISTOU, LONGAMENTE,

COM SEU HOMOLOGO NAMIBIANO, THEO-BEN GURIRAB, E COM OS MINISTROS DAS

PASTAS ECONOMICAS, MANIFESTOU O INTERESSE DE AMPLIAR A PRESENCA

FINANCEIRA E COMERCIAL DA BELGICA AQUI E NOS PAISES DA SADC,

INDEPENDENTEMENTE DA ACAO QUE A UNIAO EUROPEIA VEM DESENVOLVENDO

NA AREA.

5. A VISITA DO PRESIDENTE SUHARTO DA INDONESIA, NA

SEGUNDA QUINZENA DE NOVEMBRO, SE VERIFICOU COMO RETORNO DA EFETUADA,

EM JULHO ULTIMO, POR NUJOMA A JACARTA E TRANSCORREU AINDA DENTRO DO

PANORAMA DE CRISE QUE AFETOU ESTRUTURALMENTE OU AFETA O SUDESTE


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CARAT=Ostensivo

ASIATICO E TORNOU A INDONESIA - QUE NA SEMANA, ANTERIOR HAVIA

DECRETADO A FALENCIA DE 16 BANCOS - OBJETO DE NEGOCIACAO COM O FMI,



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CARAT=Ostensivo

SEDNET

QD BRAZEXT

.NAMBREM 120957 OF00351F


DESCR=PEXT BRAS NAMI

CARAT=OSTENSIVO

PRIOR=NORMAL

DISTR=DAF II/DOC/DE I/

PARTE=ULTIMA

//

6A. E ULTIMA PARTE. TEL 351. OSTENSIVO. PEXT BRAS NAMI.

DAF II/DOC/DE I/ NAMIBIA. POLITICA EXTERNA. EVOLUCAO RECENTE.

INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS.

//

AA NAMIBIA ALGO SUPERIOR A USDOL 250 MILHOES ANUALMENTE.

13. QUANTO AO PROBLEMA DA LIDERANCA, FOI PARTICULARMENTE

DIVISIVO O CHOQUE ENTRE MANDELA E O PRESIDENTE MUGABE ACERCA

DA PRESIDENCIA DO ORGANISMO DA SADC SOBRE DEFESA E SEGURANCA,

DURANTE A ULTIMA REUNIAO DE CUPULA DA INSTITUICAO NO MALAWUI.

O APOIO DADO PELA NAMIBIA AA POSICAO DE MUGABE, PRODUTO TIPICO

DA AFINIDADE ENTRE O CHEFE DE ESTADO DO ZIMBABUE E NUJOMA,

CERTAMENTE TERAH DESPONTADO NA CONVERSA DO LIDER DESTE PAIS COM

SEU HOMOLOGO SUL-AFRICANO.

14. FORA DO CONTINENTE, MAS DE EFEITO IGUALMENTE REVELADOR, FOI

A INICIATIVA ALEMAN DE ORGANIZAR, EM NIVEL PRIVADO, EM STUTTGART,

NA TERCEIRA SEMANA DE NOVEMBRO, UM SEMINARIO SOBRE O PAPEL QUE A

AFRICA PODERAH DESEMPENHAR NO FUTURO DO MUNDO.

15. PARTICIPARAM DO EVENTO O PROPRIO PRESIDENTE DO BIRD, O

MINISTRO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ALEMANHA E REPRESENTANTES DE

400 EMPRESAS GERMANICAS. AA SADC COUBE UM DESTAQUE ESPECIAL, TENDO

SIDO UM DOS CONFERENCISTAS O SECRETARIO-EXECUTIVO DA ENTIDADE, O

NAMIBIANO KAIRE MBUENDE, QUE RESSALTOU O EFEITO ALTAMENTE

MULTIPLICATIVO DO EMPRESTIMO DE USDOL 10 BILHOES DO BANCO MUNDIAL

PARA A IMPLEMENTACAO DE PROJETOS COMO O DO CORREDOR DE MAPUTO E O

DAS RODOVIAS TRANS-KALAHARIANA E TRANS-CAPRIVIANA, AMBAS EM

TERRITORIO NAMIBIANO, E EM FASE FINAL DE CONSTRUCAO, CONECTANDO

WALVIS BAY AOS PAISES MEDITERRANEOS DA AFRICA AUSTRAL.

FERREIRALOPES


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