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Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 13:54:33 N.°: 00303 CARAT=Ostensivo De Brasemb Paris para Exteriores em 15/02/2013 (NBS) CODI= CARAT=Ostensivo DEXP= BLEGIS= PRIOR=Normal DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França. Política de Defesa. Relatório de atividades da DGA. Exportações de armamentos. Cooperação industrial em defesa. // Nr. 00303 Retransmissão automática para Brasemb Berlim, Brasemb Roma, Brasemb Londres, Brasemb Nova Delhi e Brasemb Washington RESUMO= A "Direction Générale de l'Armement" divulga resultados de 2012 de exportação, cooperação industrial e C,T&I em defesa. Queda das exportações de armamentos em 2012 é atribuída à crise econômica e concorrência exacerbada (EUA, Israel e Coréia do Sul). Índia se consolida como principal parceiro da França. Compromisso político de avançar em projetos industriais no setor de defesa com Alemanha e Itália. O Delegado Geral de Armamentos, General Laurent Collet- Distribuído em: 15/02/2013 13:54:17 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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Page 1: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 13:54:33 N.°: 00303

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 15/02/2013 (NBS)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE

DESCR=PDEF-FRAN

RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM

RTM/CLIC=

CATEG=MG

//

França. Política de Defesa.

Relatório de atividades da

DGA. Exportações de

armamentos. Cooperação

industrial em defesa.

//

Nr. 00303

Retransmissão automática para Brasemb Berlim, Brasemb Roma,

Brasemb Londres, Brasemb Nova Delhi e Brasemb Washington

RESUMO=

A "Direction Générale de l'Armement" divulga

resultados de 2012 de exportação, cooperação

industrial e C,T&I em defesa. Queda das exportações

de armamentos em 2012 é atribuída à crise econômica e

concorrência exacerbada (EUA, Israel e Coréia do

Sul). Índia se consolida como principal parceiro da

França. Compromisso político de avançar em projetos

industriais no setor de defesa com Alemanha e Itália.

O Delegado Geral de Armamentos, General Laurent Collet-

Distribuído em: 15/02/2013 13:54:17 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 13:54:33 N.°: 00303

CARAT=Ostensivo

Billon, apresentou à imprensa, no último dia 13, os

principais resultados das atividades de 2012 da "Direction

Générale de l'Armement" (DGA), órgão responsável pela

política industrial, de aquisições, de C,T&I e de exportações

de produtos de defesa e duais.

2.Collet-Billon deu especial ênfase às conquistas obtidas

ao longo do ano em termos de desenvolvimento tecnológico e

inovação e citou, como exemplos, a entrega do primeiro avião

de caça Rafale com antena ativa (radar da Thales RBE2 com

tecnologia "Active Electronically Scannes Array", exclusiva

na Europa); entrega da primeira fragata multimissões FREMM,

construída em cooperação com a Itália; e primeiro vôo do

demonstrador de Vant de combate nEURon, projeto que envolve

sete países europeus, mas que é capitaneado pela DGA e pela

empresa Dassault.

3.O Sr. DGA sublinhou que, em 2012, apesar do contexto de

crise econômica, o orçamento para P&D militar e dual (sob

responsabilidade da DGA) aumentou, passando de 695 milhões em

2011 para 706 milhões de euros em 2012. As compras de

equipamentos militares também subiram em 10% em relação a

2011. Ao justificar os aumentos de gastos no atual quadro de

cortes orçamentários, Collet-Billon avaliou que a França

precisa investir em tecnologia e inovação para se manter na

linha de frente mundial em indústria de defesa e de alta

tecnologia.

4.Collet-Billon apresentou, em seguida, estimativas

preliminares para as exportações de produtos de defesa em

2012, que poderão passar de 6,5 bilhões de euros em 2011 para

5 bilhões em 2012. Lamentou o fraco resultado à luz da

crescente importância das exportações de armamentos para o

modelo econômico das indústrias francesas, que realizam o

equivalente a um terço de seu faturamento fora da França.

Atribuiu a diminuição das exportações a "uma conjuntura

extremamente difícil, marcada pela crise econômica e uma

concorrência exacerbada, notadamente em função da diminuição

dos mercados domésticos" nos países centrais. O Sr. DGA

comentou, em particular, que os EUA estariam desenvolvendo

uma política de exportações "extremamente ofensiva", em

função da diminuição das compras pelo Departamento de Defesa

norte-americano. Comentou igualmente a chegada de novos

concorrentes, citando nominalmente Israel, Itália (naval

militar) e Coréia do Sul.

5.Artigo do jornal "La Tribune" (14/2), ao tratar dos

resultados de exportação da França, assinalou que as

exportações de material militar de Israel subiram 20% em

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 13:54:33 N.°: 00303

CARAT=Ostensivo

2012, para atingir o equivalente a 5,2 bilhões de euros,

podendo, assim, ultrapassar, pela primeira vez, a França,

caso os números, de lado a lado, se confirmem. No período de

2006 a 2011, a França foi o quarto país exportador de

produtos de defesa, com 8,5% do mercado mundial, após os EUA

(40%), Rússia (14%) e Reino Unido (11%), e seguida por Israel

(5%).

6.Alguns analistas locais atribuíram o resultado nas

exportações ao fato da França não ter ainda concluído a venda

do avião de caça Rafale. Estimam que os números de exportação

para 2013 serão "bem diferentes", com a provável finalização

das negociações exclusivas com a Índia para a venda de 126

Rafales e o "desbloqueio" das tratativas com os Emirados

Árabes Unidos, facultada pela visita do Presidente Hollande

ao país em janeiro passado e por mudanças na direção da

Dassault. Especialistas do setor avaliam que as exportações

também se viram prejudicados pelo contexto das eleições

presidenciais de 2012, que teriam congelado as negociações

durante mais de quatro meses. Apontaram o possível impacto

nas vendas de "sinais contraditórios" do próprio Presidente

Hollande, que teria declarado "não ser representante das

empresas de defesa".

7.Segundo o relatório de atividades da DGA, os principais

contratos internacionais de 2012 foram a venda para a Índia

de mísseis ar-ar MICA (MBDA), no valor de 959 milhões de

euros; a modernização de 50 Mirage 2000 indianos (Dassault e

Thales); a venda para a Malásia de projeto da corveta de tipo

"Gowind" (DCNS); e a venda de 73 veículos blindados Aravis

para a Arábia Saudita. Entre os principais importadores de

produtos de defesa franceses constam, em 2011, em primeiro

lugar, a Índia (1,7 bilhões de euros); a Rússia (946,9

milhões de euros) com a venda dos navios porta-helicópteros

BPC- Mistral; e os Estados Unidos (926,3 milhões de euros),

referente à exportação, entre outros equipamentos, de

helicópteros da Eurocopter. Não deixa de ser inusitado que,

em 2012, entre os principais importadores de material

francês, constem os dois principais exportadores de

armamentos do mundo. Recordo que, no biênio 2008-2009, o

Brasil encabeçou a lista de países de destino de produtos de

defesa franceses, em função dos programas Prosub (submarinos

"Scorpène", casco de submarino nuclear e estaleiro e base

naval) e dos 50 helicópteros da Eurocopter vendidos para as

Forças Armadas.

8.Collet-Billon comentou, por fim, os principais resultados

dos projetos de cooperação em indústria de defesa e C,T&I

levados a cabo com parceiros europeus. No que toca à

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CARAT=Ostensivo

cooperação industrial e tecnológica entre a França e o Reino

Unido, consagrada pelo Tratado de Lancaster House (2010), o

Sr. DGA indicou que, em 2012, os dois países lograram avançar

no domínio de Vants (combate, tático e naval), com a

assinatura de contratos entre as empresas envolvidas

(Dassault, BAE Systems, Thales, Snecma, Rolls-Royce).

9.Em relação à cooperação em armamentos com a Itália,

comentou que ambos os países aprovaram, em dezembro passado,

plano de ação com vistas a desenvolver conjuntamente mísseis

Áster, radio logiciais e equipamentos espaciais. Com a

Alemanha, lembrou a assinatura, em junho de 2012, de

declaração de intenções para avaliação de possibilidades de

cooperação em, entre outros domínios, observação espacial,

Vants MALE ("moyenne altitude longue endurance"), defesa

antimísseis, helicópteros, sistemas terrestres e torpedos.

Comentou igualmente o compromisso da DGA com a execução dos

programas de compartilhamento e interdependência de meios e

recursos militares tanto da Agência Européia de Defesa

("pooling and sharing") como da OTAN ("smart defence").

10.Comento a propósito que, em conversa com meus

colaboradores, os responsáveis pela Europa da "Direction

d'Affaires Stratégiques" do Ministério da Defesa indicaram

que o Governo Hollande teria transmitido orientação no

sentido de priorizar projetos de cooperação "concretos" com

caráter industrial e tecnológico. Dentre os parceiros da

Europa, Hollande procuraria priorizar a Alemanha e a Itália.

Os funcionários franceses comentaram que a Alemanha reage de

modo ambíguo, o que dificultaria, na sua avaliação, avançar

em uma efetiva parceria industrial, o que teria sido

demonstrado no episódio do veto de Berlim à fusão EADS-BAE.

Os interlocutores da Embaixada comentaram, ainda, que o

Ministro da Defesa não mostraria grande entusiasmo para com a

cooperação industrial com o Reino Unido, que quando lançada

(2010), recordo, chamou a atenção pelo ineditismo e pela

ambição, ao prever o compartilhamento e a divisão dos meios

industriais em domínios estratégicos. Esse panorama torna

ainda mais importante, para a França, a parceria com os dois

grandes emergentes democráticos, Índia (que comento em

expediente à parte, sobre a visita em curso do Presidente

Hollande) e Brasil. (Regiane de Melo)

JOSÉ MAURICIO BUSTANI, Embaixador

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CARAT=Ostensivo

RMGM

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Para: BRASEMB PARIS Expedido em: 01/03/2013 16:48:39 N.°: 00153

CARAT=Ostensivo

Da SERE para

Brasemb Paris

Em 01/03/2013

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=CGDEF/DE I

DESCR=PDEF-BRAS-FRAN

REF/ADIT=DET 1019 2012

CATEG=MG

//

Defesa. Brasil-França. PROSUB.

Infraestrutura no Brasil.

Inauguração da UFEM.

//

Nr. 00153

Foi inaugurada hoje, 1º de março, em Itaguaí-RJ, a

Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM)

da Marinha do Brasil, no âmbito do Programa de

Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). A cerimônia de

inauguração contou com a presença da Senhora

Presidenta da República, Dilma Rousseff; do Ministro

da Defesa, Embaixador Celso Amorim; do Embaixador da

França em Brasília, Bruno Delaye; do Comandante da

Marinha, Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura

Neto; e de empresários e outras autoridades civis e

militares.

2. A UFEM foi inaugurada cerca de dois meses antes do

prazo previsto por ocasião da VII Reunião do Comitê de

Cooperação Conjunto Brasil-França para Submarinos,

realizada no Rio de Janeiro em novembro último,

conforme relatado no desptel de referência. A Unidade,

onde serão integrados aos submarinos as estruturas,

equipamentos e componentes internos, é a primeira

parte a ser entregue da infraestrutura industrial de

construção e manutenção de submarinos que está sendo

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Para: BRASEMB PARIS Expedido em: 01/03/2013 16:48:39 N.°: 00153

CARAT=Ostensivo

implantada pela Marinha do Brasil para o PROSUB. As

obras de infraestrutura marítima do Estaleiro deverão

ser concluídas até julho de 2013. A conclusão das

obras no Estaleiro está prevista para dezembro de

2014, as da Base Naval, para 2017.

3. A inauguração da UFEM, cuja construção foi iniciada

em 2010, é marco importante para o PROSUB, maior

empreendimento de cooperação internacional do Brasil

na área de defesa. O início das atividades na UFEM

possibilitará aos técnicos brasileiros que receberam

treinamento na França a aplicação dos novos

conhecimentos no processo de construção de submarinos.

4. Transmito, abaixo, discurso da Senhora Presidenta

da República por ocasião da cerimônia da inauguração

da UFEM:

"Bom dia a todos.

Eu queria iniciar cumprimentando o governador do Rio

de Janeiro, Sérgio Cabral - um grande parceiro do

governo federal nessa verdadeira epopeia que tem sido

construir, aqui neste estado, uma infraestrutura que

permita ao país, de fato, se afirmar no mundo, mas,

sobretudo, se desenvolver de forma soberana.

Queria cumprimentar aqui os ministros de estado que me

acompanham hoje: o ministro da Defesa, Celso Amorim; o

ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco

Antonio Raupp; o ministro do Gabinete de Segurança

Institucional, José Elito, general José Elito.

Queria também cumprimentar as senhoras, os senhores

deputados federais aqui presentes: o Edson Santos; o

Felipe Bornier; o ex-ministro da Pesca, Luiz Sérgio; o

senhor Mauro Lopes; a Perpétua, minha querida amiga

Perpétua Almeida; o Vanderlei Siraque e o Zoinho.

Queria cumprimentar os comandantes das Forças Armadas:

almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto, da

Marinha; general do exército Enzo Martins Peres, do

Exército; tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito, da

Aeronáutica. Queria cumprimentar os almirantes Alfredo

Caron e Mauro Cezar, ex- ministros da Marinha.

Queria cumprimentar o vice-governador do Rio, meu

querido Pezão, Luiz Fernando Pezão.

Queria cumprimentar o prefeito que nos recebe hoje,

aqui em Itaguaí, o prefeito Luciano Mota.

Cumprimentar o chefe do Estado-Maior da Armada,

almirante Fernando Eduardo Studart Wiermer, por

intermédio de quem eu cumprimento todos os

oficiais-generais aqui presentes. E uma saudação

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Para: BRASEMB PARIS Expedido em: 01/03/2013 16:48:39 N.°: 00153

CARAT=Ostensivo

especial para todos os integrantes da Marinha

brasileira.

Queria cumprimentar o vice-prefeito de Itaguaí, Wesley

Pereira Gonçalves.

Cumprimentar também o querido amigo Jaime Cardoso, o

presidente da Nuclep. O diretor-presidente da

Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e de quem eu saúdo todos

os empresários aqui presentes. O senhor Patrick

Boissier, diretor-presidente da DCNS.

Cumprimentar a Alcinéia Nunes do Couto e Silva,

agradecer pelas rosas. E por meio da Alcinéia eu

queria cumprimentar todos os trabalhadores. E,

sobretudo, eu queria dirigir um cumprimento especial a

todas as trabalhadoras e a todas as mulheres aqui

presentes.

Cumprimentar os senhores jornalistas, os senhores

fotógrafos e os senhores cinegrafistas.

Senhoras e senhores,

Eu estive aqui há três anos atrás, e era um momento

especial para todos nós - naquela época eu era

ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da

República, durante o governo do presidente Lula. Era

janeiro, se eu não me engano, de 2010. De lá para cá,

toda essa fantástica estrutura foi construída, e aqui

neste lugar se erigiu um projeto que é muito

importante para o Brasil. E eu me refiro tanto à

unidade de fabricação de estruturas metálicas que está

nesse momento sendo inaugurada, mas a toda a

infraestrutura construída aqui nessa região. Foram

três anos e, por isso, é muito importante que a gente

dirija uma saudação especial à Marinha do Brasil, aos

seus oficiais, a todos aqueles da Marinha que

contribuíram para que isso, junto com o Ministério da

Defesa, ficasse de pé.

Mas eu cumprimento também a empresa construtora desta

obra, a empresa Odebrecht, pela grandiosidade e pela

qualidade e a rapidez com que foram construídas estas

estruturas.

Queria destacar também a importância de ter tido,

nesse processo que se inicia há alguns anos atrás, a

recuperação da Nuclep. Porque foi na Nuclep - e aqui

nós temos um símbolo dessa obra que acaba também de

ser descerrado - foi na Nuclep que nós mostramos que

era possível construir, com mãos, cérebros e a vontade

de brasileiros e de brasileiras, construir aqui em

Itaguaí, com toda a infraestrutura que também foi

feita em parceria com o governo do estado, com o

Sérgio Cabral e com o seu vice, Pezão, foi possível

construir aqui todo esse empreendimento que é uma

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Para: BRASEMB PARIS Expedido em: 01/03/2013 16:48:39 N.°: 00153

CARAT=Ostensivo

parte fundamental da indústria da defesa no nosso

país.

Nós podemos dizer, com orgulho, que essa obra, ela é

produto da iniciativa de várias, de múltiplas

instituições privadas e públicas. Podemos dizer que,

de fato, com ela nós entramos no seleto grupo que é

aquele dos integrantes do Conselho de Segurança das

Nações Unidas - únicas nações que têm acesso ao

submarino nuclear: Estados Unidos, China, França,

Inglaterra e Rússia.

Sobretudo, eu acredito que nós podemos afirmar com

orgulho que o programa de desenvolvimento de

submarinos é uma realidade. É importante a fase em que

se projeta, cria, se planeja uma obra e uma iniciativa

como essa. Mas é um grande desafio para todos os aqui

presentes ter realizado e ter dado esse passo

importante com a UFEM.

Junto com o programa nuclear da Marinha, nós estamos

vendo que aqui também se cria um pólo de referência.

Um pólo de referência baseado nesse contrato que nós

firmamos com a França em dezembro de 2008. E esse

contrato tem por objetivo garantir a transferência de

tecnologia e a formação de profissionais brasileiros

na construção de submarinho.

Essa parceria, ela tem de ter sempre o olhar cuidadoso

de todos aqueles que nela participam. Porque nós

temos, por parte do povo brasileiro, a missão de

garantir e assegurar que de fato essa tecnologia nos

seja transferida conforme contrato.

Eu gostaria de louvar um fato que é muito importante:

uma indústria da defesa, como disse o ministro Celso,

é uma indústria da paz. Mas eu acho que a indústria da

defesa é, sobretudo, a indústria do conhecimento. Aqui

se produz tecnologia, aqui tem também um poder imenso

de difundir tecnologia. É isso que nos outros países a

indústria de defesa faz. Ela difunde por toda a

indústria do país, ela difunde o uso de tecnologia

que, preliminarmente, está muito focada e concentrada

num ponto, que é a indústria de defesa, e na sequência

ela permite que nós generalizemos essa difusão por

toda a cadeia produtiva. A mais diferenciada,

inclusive.

Meus amigos e minhas amigas,

Nós somos uma nação muito característica. Nós somos um

país continental, nós vivemos em profunda paz com

todos os nossos vizinhos. Nós somos uma região do

mundo que não faz disputas bélicas, não tem conflitos

e, sobretudo, uma região pacífica.

Todos nós temos consciência, no entanto, que o mundo é

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CARAT=Ostensivo

um mundo complexo. O Brasil assumiu, nos últimos anos,

uma grande relevância. Um país como o Brasil tem esse

mérito de ser um país pacífico. Isso não nos livra de

termos uma indústria da defesa e temos toda uma

contribuição a dar na garantia da nossa soberania, e

nos inserirmos cada vez de forma mais pacífica e

dissuasória preventivamente no cenário internacional.

Por isso, aqui, hoje nós temos a confluência de

várias, múltiplas correntes, múltiplos fluxos do que é

o desenvolvimento do país. De um lado, a afirmação da

importância e do orgulho que nós sentimos quando - os

senhores não podem olhar - mas quando olhamos para ali

e vemos escrito: fabricado no Brasil. O conteúdo

local, o conteúdo nacional do que é produzido aqui

mostra a pujança da capacidade brasileira, tanto do

ponto de vista da empresa privada, que constrói um

empreendimento dessa envergadura, quanto do ponto de

vista da Marinha, que o concebe, quanto do fato de que

milhares de empresas privadas do Brasil forneceram

equipamentos, bens e serviços para que isso tornasse

realidade. Aí está, eu diria, o fluxo característico

da geração de emprego e renda para um conjunto

bastante significativo da nossa população. Tem o outro

que é essa capacidade de gerar tecnologia a qual nós

mencionávamos. Tem um terceiro que é esse papel de

afirmação soberana do Brasil como um país que se

torna, cada vez mais, um país que é considerado no

cenário internacional.

Agora, eu acredito que o que é mais importante, que

nós podemos destacar aqui, é que o Brasil é capaz, que

o Brasil pode e faz, que o Brasil tem todas as

condições de cumprir simultaneamente seu duplo papel.

O papel do desenvolvimento científico e tecnológico, o

papel da exploração de um seguimento crucial para uma

nação que a indústria da defesa com todos os desafios

científicos e tecnológicos. E, ao mesmo tempo, um

papel gerador de renda e de emprego, e um país que é

capaz de lidar também com a superação e a eliminação

da miséria.

E eu digo isso aqui diante desse cenário, porque nós

nunca podemos esquecer que para essa nação se afirmar,

para essa nação ser de fato uma nação desenvolvida,

seu povo tem de ser desenvolvido. Por isso, eliminar

da miséria e tirar da miséria, eliminar a miséria da

nossa história, superar a miséria em nosso país,

elevar milhões de cidadãos e cidadãs brasileiros,

milhões de famílias, é complementar com o projeto

dessa envergadura. E é também complementar com o

projeto dessa envergadura - e eu queria aqui

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Para: BRASEMB PARIS Expedido em: 01/03/2013 16:48:39 N.°: 00153

CARAT=Ostensivo

dirigir-me à trabalhadora que veio me entregar as

rosas - é complementar a formação profissional. Fico

extremamente emocionada pelo fato de ver uma

trabalhadora sendo formada por esse projeto Acreditar,

que é o mérito da Odebrecht, eu já o conhecia da usina

hidrelétrica de Santo Antônio. Mas também mencionar

algo que eu vi na entrada: uma escola de soldadores.

Esse também é um mérito desse projeto, forma

soldadores extremamente especializados. Nós precisamos

muito da capacitação da nossa mão-de-obra. Então, por

isso também ao entrar aqui eu fiquei muito feliz.

E queria concluir dizendo que também o fato de ser uma

trabalhadora, uma operária, que me entregou as rosas

me emociona muito, porque mostra a força da

trabalhadora brasileira num projeto tão sofisticado

como esse.

Muito obrigada a todos, tenho certeza que hoje é um

grande dia para todos nós."

EXTERIORES

LHSG/LHSG

Distribuído em: 01/03/2013 19:20:15 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 13: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -1-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 10/01/2013 08:55:38 N.°: 00046

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 10/01/2013 (NBS)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=CGDEF/DE I/DOC

DESCR=PDEF-FRAN

RTM=USABREM,CATBREM,CANBREM,ABUBREM,INABREM

RTM/CLIC=

REF/ADIT=TEL 1903 2012

CATEG=MG

//

França. Defesa. Dassault

Aviation. Caça Rafale. Partida

do CEO. Perspectivas de

exportação.

//

Nr. 00046

Retransmissão automática para Brasemb Washington, Brasemb

Doha, Brasemb Ottawa, Brasemb Abu Dhabi e Brasemb Nova Delhi

RESUMO=

O CEO da Dassault Aviation, Charles Eldestenne,

deixa a empresa após 12 anos a sua frente. Imprensa

repercute sua partida e comenta perspectivas de

exportação do caça Rafale: Índia, Emirados Árabes

Unidos, Brasil e, agora, Canadá.

O Rafale voltou à pauta dos principais jornais

franceses. A mídia local tem destacado a partida, por

limite de idade (75 anos), do CEO da Dassault Aviation,

Charles Edelstenne, no último dia 9/1, e as perspectivas

Distribuído em: 10/01/2013 08:55:55 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 14: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -2-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 10/01/2013 08:55:38 N.°: 00046

CARAT=Ostensivo

de exportação do caça para o Brasil, Emirados Árabes

Unidos e, agora, Canadá.

2.Edelstenne, como assinalado no meu tel de

referência, é homem de confiança da família Dassault.

Trabalhou na empresa por mais de 50 anos e exerceu a

presidência da Dassault Aviation desde 2000. Atribui-se à

Eldestenne o sucesso da empresa no domínio de aviões

comerciais (com o jato Falcon), que representa, hoje, 77%

das atividades do grupo. Edelstenne participou do

desenvolvimento do sistema informático Catia, que levou à

criação da filial Dassault Systèmes, hoje, uma das mais

inovadoras empresas do mundo no ramo de programas para

projetos de engenharia e simulação do funcionamento de

equipamentos avançados. Hoje, os próprios concorrentes da

Dassault Aviation usam os programas da Dassault Systèmes

para projetar seus aviões.

3.Atribui-se igualmente a Edelstenne a consolidação

da Dassault como empresa líder no setor de defesa

francês. Em 2009, pilotou operação que levou à compra de

26% das ações da principal fornecedora do governo

francês, a empresa Thales (eletrônica, aeronáutica e

espaço). Com essa manobra, a Dassault assumiu o controle

acionário da Thales e passou a ter voz no estaleiro DCNS

(26% Thales e 74% Estado). Especialistas indicam que o

próximo passo será a participação da Dassault, por meio

da Thales, na empresa Nexter (armamentos terrestres). A

consolidação, portanto, da parte mais importante da

indústria de defesa francesa em torno da Dassault é

esperada para esse ano.

4.Edelstenne foi também o principal promotor do

programa europeu do Vant nEURon, cujo protótipo realizou

seu primeiro vôo em dezembro passado. O programa

representa o primeiro passo para o desenvolvimento do

futuro avião de combate europeu pilotado à distância. A

Dassault liderou consórcio de seis empresas européias

para projetar e construir o nEUROn.

5.Edelstenne ficou sobretudo conhecido pela prioridade

que atribuiu às exportações do caça Rafale. Foi o braço

industrial da assertiva política de promoção de

exportações de produtos de defesa lançada pelo ex-

presidente Nicolas Sarkozy, em 2008. A Dassault, com o

firme apoio do Estado, tem procurado participar das

principais licitações mundiais de aviões de caça.

Atualmente, encontra-se em negociações exclusivas com a

Índia (126 aparelhos) e concorre nos Emirados Árabes

Distribuído em: 10/01/2013 08:55:55 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 15: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -3-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 10/01/2013 08:55:38 N.°: 00046

CARAT=Ostensivo

Unidos (60), Brasil (36), Catar (entre 12 e 36) e

Malásia. Com o Brasil, como se recorda, foi grande

promotor da idéia de uma parceria privilegiada, fundada

em associação com empresas brasileiras e transferência de

tecnologia, para participar do programa FX-2 da FAB.

6. Edelstenne, como já informado, foi substituído pelo

diretor da área internacional da Dassault, Eric Trappier.

Sua nomeação parece indicar que as exportações de defesa

seguiram sendo prioridade da empresa.

7.O jornal La Tribune chamou a atenção para a

concorrência do Rafale no Brasil e para alegadas críticas

ao considerado "muito elevado" preço de manutenção do

aparelho. O artigo apresenta explicações da empresa

Dassault no sentido de que o custo previsto por hora de

vôo, para 2012, com a utilização dos novos motores M88-

4E, é de 10.000 euros para os Rafales C e B e 7.000 de

euros para o Rafale M, e não de 39.000 euros como na

versão anterior do Rafale, vendida até há alguns anos

atrás.

8.A imprensa francesa destacou igualmente a possível

participação do Rafale em concorrência no Canadá. A

Dassault confirmou que fora consultada pelo governo

canadense. Segundo o jornal "Les Echos", haveria um

"verdadeiro problema político" no Canadá em relação ao

preço do caça norte-americano F-35, que poderia levar ao

abandono da compra pelo governo canadense. Segundo o

noticiário, o custo do desenvolvimento do caça de quinta

geração F-35 "explodiu". Sairá três vezes mais caro do

que o previsto.

9.Com a Índia, as negociações exclusivas estariam

avançando bem. Fontes do governo estimam que sejam

finalizadas antes de março de 2013. Caso ocorra, será o

primeiro sucesso de exportação do Rafale.

10.O Presidente Hollande tem viagem prevista para os

Emirados Árabes Unidos nos próximos dias 14 e 15/1.

Especula-se que serão retomadas as negociações para a

venda de 60 Rafales. As negociações estão "em ponto

morto" há quase um ano, frente à alegada intransigência

da Dassault de renegociar o preço do aparelho, na versão

especialmente adaptada exigida pelas autoridades

emiráticas. Segundo a imprensa local, a principal

dificuldade residiria em desavença com o próprio CEO do

Grupo, Charles Edelstenne. Agora, com sua partida,

especula-se que os caminhos estariam abertos para a

Distribuído em: 10/01/2013 08:55:55 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 16: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -4-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 10/01/2013 08:55:38 N.°: 00046

CARAT=Ostensivo

retomada das discussões. (Regiane de Melo)

JOSÉ MAURICIO BUSTANI, Embaixador

RMGM

Distribuído em: 10/01/2013 08:55:55 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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Página -1-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 05/03/2013 13:36:35 N.°: 00396

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 05/03/2013 (MASB)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=CGDEF/DE I

DESCR=PDEF-BRAS-FRAN

RTM/CLIC=

REF/ADIT=TEL 130, TEL 264

CATEG=MG

//

Brasil-França. Defesa. IHEDN.

49a Sessão "Armamento e

Economia de Defesa". Projeto

de visita ao Brasil.

//

Nr. 00396

RESUMO=

Coordenador da 49a Sessão Nacional "Armamento e

Economia de Defesa" (AED) do IHEDN visitou a

Embaixada, para tratar do projeto de visita do curso

ao Brasil (São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro,

entre 14-23/04/2013). O funcionário apresentou o

projeto de programa e solicitou apoio do Governo

brasileiro. As Sessões AED do IHEDN se destinam ao

estudo de temas relativos à indústria de defesa.

Diplomatas e Adidos militares do Posto reuniram-se

(1º/03), com o Engenheiro de Armamento Franck Bilau,

Coordenador da 49ª Sessão Nacional "Armamento e Economia de

Defesa" (AED), do Instituto de Altos Estudos de Defesa

Distribuído em: 05/03/2013 13:36:40 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 18: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -2-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 05/03/2013 13:36:35 N.°: 00396

CARAT=Ostensivo

Nacional da França (IHEDN). O funcionário está, atualmente,

organizando visita de estudos do curso ao Brasil, a ser

realizada entre 14 e 23 de abril próximo.

2.A sessão AED, recordo, é um dos cursos nacionais do

IHEDN, em conjunto com a sessão "Políticas de Defesa", e tem

como objetivo, segundo o próprio IHEDN, "preparar os futuros

altos responsáveis interessados pelas questões da indústria

de defesa (...) Seu campo de estudo e de reflexão engloba

diferentes aspectos de defesa e segurança, compreendidos em

seu ambiente geopolítico e geoestratégico, assim como nos

planos industrial e econômico".

3.A visita da 49ª Sessão AED ao Brasil conforma a "missão

mundo" do curso, destinada a permitir aos participantes a

descoberta de novas instituições e visões no domínio da

indústria de defesa. Trata-se, assim, do momento em que os

auditores deixam de se concentrar apenas nas instituições

pertencentes à OTAN e se dedicam a conhecer outras

perspectivas sobre o campo.

4.A 49ª Sessão AED é composta por 49 auditores, dos quais

26 militares, a sua maioria engenheiros da Delegação Geral

para o Armamento (DGA). Quatro dos auditores militares e um

civil são estrangeiros, provenientes dos EUA, Alemanha e

Itália. A comitiva do IHEDN será chefiada pelo Diretor da

instituição, General-de-Exército Jean-Marc Duquesne, e também

integrada, ademais dos auditores, pelo o Professor Michel

Foucher, pelo Coordenador da 49ª Sessão e por outros

funcionários do Instituto.

5.Segundo o organizador da Sessão, a visita ao Brasil será

composta por três etapas:

(i) São Paulo e São José dos Campos (14-17/04) - visitas a

indústrias de defesa. Haveria interesse em visitar não apenas

a Embraer, Avibrás, Omnysis, dentre outras, mas também

pequenas e médias empresas atuantes na área, além de

instituições de pesquisa envolvidas com as áreas de defesa,

espaço e alta tecnologia. Também haveria previsão de visitas

à FIESP e à ABIMDE. Segundo o Coordenador da 49ª Sessão AED,

o grupo poderia ser dividido em dois (estão previstos dois

ônibus para o transporte), de modo a se visitar o maior

número possível de entidades.

(ii) Brasília (18-19/04) - considerada a parte "oficial" da

viagem, preveria visitas ao Ministério da Defesa e à SERE,

ademais de reuniões na Embaixada francesa.

Distribuído em: 05/03/2013 13:36:40 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 05/03/2013 13:36:35 N.°: 00396

CARAT=Ostensivo

(iii) Rio de Janeiro (20-23/04) - visitas ao programa

brasileiro de Submarinhos (Marinha do Brasil e a empresa

DCNS), em Itaguaí, a instituições de pesquisa (possivelmente

FGV, COPPE) e a empresas, incluindo subsidiárias francesas,

sediadas na cidade (Petrobrás, Technit, Tractebel Energia).

6.Segundo o funcionário francês, a solicitação das

audiências e visitas está sendo conduzida pela Adidância de

Defesa da Embaixada da França em Brasília. O representante do

IHEDN solicitou o apoio do Governo brasileiro na organização

do programa, inclusive deixando a aberta a possibilidade de

serem propostas atividades que sejam de interesse do Brasil.

O Adido da Marinha do Brasil, indicou, de sua parte, que

realizaria consultas a respeito da visita ao programa de

submarinos, em Itaguaí.

7.Dado o papel do IHEDN no campo da defesa francesa, a

composição da 49ª Sessão AED e a próxima cooperação que o

Instituto vem mantendo com o Governo brasileiro (vide tels

130 e 264), seria importante que a organização da visita em

apreço contasse com o apoio da SERE, inclusive no que diz

respeito à visita dos auditores ao MRE. As Sessões Nacionais

do IHEDN, cabe recordar, destinam-se a contribuir para a

formação de funcionários da alta administração civil e

militar francesa (incluindo parlamentares e representantes do

Judiciário), ademais de empresários e de representantes da

sociedade civil.

8.Muito agradeceria as orientações de Vossa Excelência

sobre o que precede, especialmente se há interesse em

sugerir atividades adicionais, no Brasil, para a comitiva da

49ª Sessão AED. Encaminharei, para o correio eletrônico da

CGDEF, a primeira versão do programa da referida visita,

transmitido pelo Coordenador da 49ª Sessão AED. (Hélio

Franchini Neto)

José Maurício Bustani, Embaixador.

HFN

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Página -1-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 28/03/2013 12:24:51 N.°: 00549

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 28/03/2013 (MASB)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=CGDEF/DE I/DNU/COCIT

DESCR=PDEF-FRAN

RTM=ONUBRMS,USABREM,SSRBREM,CHNBREM,INABREM

RTM/CLIC=GRPUEURO

REF/ADIT=TEL 1674 2012

CATEG=MG

//

França. Política de Defesa.

Debate em torno de possível

diminuição orçamento de

defesa.

//

Nr. 00549

Rogo retransmissão via CLIC para as demais Embaixadas nos

países membros da União Européia

Retransmissão automática para DELBRASONU, Brasemb Washington,

Brasemb Moscou, Brasemb Pequim e Brasemb Nova Delhi

RESUMO=

No contexto de definição do novo Livro Branco de

defesa da França e da nova lei de programação

plurianual militar, importantes atores da cena

política alertam para as consequências diplomáticas,

militares e industriais de eventuais cortes no

orçamento de defesa. Avaliação majoritária é que os

cenários drásticos de cortes, propostos pelo

Ministério do Orçamento, não prevalecerão.

Distribuído em: 28/03/2013 12:25:09 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 22: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -2-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 28/03/2013 12:24:51 N.°: 00549

CARAT=Ostensivo

A poucas semanas da publicação do novo Livro Branco de defesa

e de segurança nacional da França (prevista para meados de

abril), diversas frentes políticas e formadores de opinião

lançam campanha para preservar os recursos destinados a

defesa, ameaçados de cortes drásticos pelo Ministério do

Orçamento no escopo do plano de contenção de gastos do

Governo Hollande.

2.O debate surgiu uma vez vazados pela imprensa os cenários

orçamentários previstos pelo Governo, na esteira do novo

Livro Branco e da próxima Lei Plurianual de Programação

Orçamentária Militar (2014-2019), que deverá ser apresentada

ao Parlamento francês no próximo mês de julho. Segundo os

vazamentos, o Ministério do Orçamento defenderia o "cenário

Z", que teria por objetivo economizar 30 bilhões de euros até

2020, com a redução do orçamento anual, que hoje é de 31,4

bilhões (1,56% do PIB), para 27 bilhões (1,1% do PIB) de

euros em 2015. Tal cenário contemplaria a supressão de 50 mil

postos nas Forças Armadas (número superior a todo o

contigente da Marinha). Nessa hipótese orçamentária, os

gastos em produtos de defesa também seriam reduzidos, de 9

para 4,5 bilhões de euros anuais, com a paralisia dos grandes

programas de equipamentos. O formato das Forças Armadas seria

dividido pela metade. Hoje as FFAA francesas contam com um

Exército de 131.000 homens, 8 brigadas, 650 blindados, 80

helicópteros de combate; Marinha de 44.000 homens, 10

submarinos, 1 porta-aviões, 18 fragatas; e Força Aérea de

50.000 homens, 300 aviões de combate, 14 avies de

reabastecimento e 70 de transporte. Seriam mantidos apenas

7.000 homens mobilizáveis para operações externas (hoje, no

Mali, a França dispõe de 5.200 homens), contra 30.000

previstos no Livro Branco de 2008.

3.O cenário contemplado pelo Ministério da Defesa, chamado

opção "Y", busca, por sua vez, economizar 15 bilhões de euros

até 2020, reduzindo o orçamento anual para 29 bilhões de

euros (1,25% do PIB). Segundo funcionários do Gabinete do

Ministro da Defesa, trata-se de "um modelo de espera" no

atual contexto de crise econômica e que tem por objetivo "não

destruir o instrumento de defesa". Esse cenário prevê, mesmo

assim, a supressão de 30.000 empregos nas Forças Armadas e a

diminuição de 30% de gastos com equipamentos, com o

congelamento de diversos programas de equipamentos. O formato

das FFAA também seria reduzido, com a diminuição pela metade

da capacidade de projeção (15.000 homens). Especula-se que a

cadência de entrega dos equipamentos militares, como o avião

de transporte A400M (que tanta falta fez na Líbia e agora no

Mali), Helicópteros NH90 e Tigre e aviões de caça Rafale,

seria também reduzida. O plano de renovação dos blindados do

Distribuído em: 28/03/2013 12:25:09 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 28/03/2013 12:24:51 N.°: 00549

CARAT=Ostensivo

Exército seria cancelado, o que, na visão de especialistas,

ameaçaria a própria existência das grandes empresas do setor,

como a Nexter e a Panhard.

4.Especialistas estimam que as consequências sobre as

capacidades militares e a indústria de defesa seriam

"destrutivas no primeiro cenário e pesadas no segundo".

Argumentam que as capacidades operacionais da França já

estariam no limite. Recorde-se que as Forças Armadas acabam

de implementar, a duras custas (vide tel 79), reforma lançada

pelo ex-Presidente Sarkozy, em 2008, que visou enxugar o

efetivo das Forças Armadas em cerca de 54 mil homens. A Lei

de Programação Militar prévia acumulou atrasos que, em 2012,

somaram 3 bilhões de euros e, em 2013, deverão totalizar 4,5

bilhões. Estima-se que a diferença entre os créditos e as

encomendas de equipamentos seria hoje de 45 bilhões de euros.

5.Na visão de analistas locais, não havendo gastos extras e

"gordura" para se cortar, a redução do orçamento de defesa

implica necessariamente a redução do formato das FFAA e de

sua missão operacional. Segundo fontes da imprensa,

Conselheiros próximos do Ministro da Defesa, Jean-Yves Le

Drian, indicaram que, uma vez que o Presidente Hollande já

teria consagrado a manutenção da dissuasão nuclear (10% dos

gastos), as mudanças apontariam para se privilegiar a

segurança interna ("Gendarme", "Vigipirate" e forças

especiais) em detrimento do Exército e das forças de projeção

externa.

6.Altas personalidades da cena política, como o ex Primeiro

Ministro François Fillon, o ex-ministro do interior Claude

Guéant, a Presidenta socialista da Comissão de Defesa da

Assembléia Geral, Patricia Adam, e analistas políticos de

prestígio, como Camille Grand ("Fondation pour la Recherche

Stratégique" - FRS) e Renaud Bellais (Ensta), tem endossado

ampla campanha midiática que alerta para os riscos de tais

cenários. Editorias e artigos nos principais jornais

franceses chamam a atenção para possibilidade de

"desclassificação estratégica", "ruptura histórica" e "fim da

potência francesa".

7.Em longo artigo publicado no "Le Monde", a Deputada

socialista Patricia Adam se refere a carta que deputados e

senadores socialistas teriam encaminhado ao Presidente

Hollande a respeito, e avalia que o "cenário Z", do

Ministério do Orçamento, equivaleria a "matar o Ministério da

Defesa". Os principais industriais do setor (Thales, Nexter,

DCNS, Dassault Aviation, Safran, MBDA e EADS) também têm se

mobilizado. Publicaram recentemente no jornal "Les Echos"

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 28/03/2013 12:24:51 N.°: 00549

CARAT=Ostensivo

carta aberta ao Presidente Hollande, na qual registram sua

grande preocupação para o futuro da indústria de defesa e de

alta tecnologia francesa caso esses cenários venham a ser

aprovados.

8.Camille Grand, Diretor da FRS, principal "think tank" de

questões estratégicas da França, em conversa com minha

colaboradora, avalia que cortes no orçamento de defesa, tal

como têm sido contemplados por Bercy, teriam sérias

consequências diplomáticas, estratégicas e industriais. No

plano diplomático, estima que a França perderia sua posição

de líder na construção da "Europa da Defesa" e da

reconstrução da OTAN por meio do reforço do pilar europeu.

Avalia que a França tampouco poderia se posicionar como

parceiro estratégico dos Estados do Golfo e dos grandes

países emergentes (em particular Brasil e Índia). Diversos

analistas locais apontam para o risco de "diminuição das

ambições internacionais" do país e de seus compromissos no

âmbito do CSNU, da OTAN e de acordos bilaterais de defesa

(África).

9. No plano estratégico/militar, Camille Grand argumenta que

a França teria que renunciar à liderança em operações

externas e à sua autonomia estratégica, subordinando-se ao

guarda-chuva de proteção dos EUA, em momento em que o Governo

Obama não quer mais intervir na primeira linha na Europa e em

seu entorno estratégico (caso da Líbia e do Mali) por estar

focalizado na Ásia-Pacífico, e em que as ameaças contra a

França não diminuíram, antes se reaproximaram, com a crise no

Sahel e as revoluções árabes.

10.A independência estratégica, como se recorda, é elemento

constitutivo da ambição militar e diplomática francesa, o que

a distingue da maioria dos parceiros europeus que optaram por

se remeter aos EUA para assegurar sua segurança e não se

dotar de meios militares para se defender e projetar no

mundo. A França, principal potência militar européia, é um

dos dois únicos países da Europa (com o Reino Unido) que

ainda faz um esforço conseqüente no domínio da defesa. Esse

esforço, segundo o discurso das autoridades francesas, é a

"garantia de vida" também dos outros paises europeus.

11. No plano industrial, Camille Grand acredita que cortes

orçamentários fragilizariam uma indústria que tem sido fonte

de divisas (exportação de produtos de alto valor agregado),

pólo de excelência de alta tecnologia e geradora de empregos

"não-deslocalizáveis". Diversos analistas chamam a atenção

para o impacto social e econômico de tais cenários.

Argumentam que ao reduzir as compras do Estado de

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 28/03/2013 12:24:51 N.°: 00549

CARAT=Ostensivo

equipamentos de defesa, seriam eliminados entre 15.000 a

50.000 empregos. Hoje, o setor comporta cerca de 4.000

empresas, gera 150.000 empregos diretos e o equivalente de

empregos indiretos e é a principal fonte de inovação e de

alta tecnologia (vínculos entre tecnologias militares e

civis). Aquisições de produtos de defesa, além de ser a

principal rubrica de despesas públicas, é o mais poderoso

instrumento de política industrial do Estado, o que, na visão

de analistas, deveria ser sobremaneira privilegiado em

momento de luta contra a desindustrialização na França.

12. O Presidente Hollande convocou recentemente dois

Conselhos Restritos de Defesa (22 e 26 de março). Segundo

fontes do Elysée à imprensa, o principal objetivo desses

Conselhos foi o de avaliar essas questões. Contatos da

Embaixada no Governo acreditam que dificilmente a defesa

nacional seria sacrificada em prol do rigor orçamentário.

Avaliam que o atual debate reflete disputa de poder entre os

Ministérios do Orçamento de Cahuzac (que pediu demissão na

semana passada) e da Defesa. A nomeação de Bernard Cazeneuve

(especialista em questões de defesa e ex-secretário da

Comissão de Defesa da Assembléia Nacional) para o Ministério

do Orçamento parece indicar que a arbitragem em favor da

defesa e da industria talvez já tenha sido feita. (Regiane de

Melo)

JOSÉ MAURICIO BUSTANI, Embaixador

RMGM

Distribuído em: 28/03/2013 12:25:09 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 26: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França
Page 27: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -1-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 30/01/2013 15:05:38 N.°: 00184

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 30/01/2013 (NBS)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=DACESS/CGDEF/DE I/DOC

DESCR=BRAS-FRAN

RTM=OMCBRMS,CEEBRMS

RTM/CLIC=

CATEG=MG

//

França. Europa. Associação

sobre "offsets". Compras

Governamentais. Convite ao

Brasil.

//

Nr. 00184

Retransmissão automática para DELBRASOMC e BRASEUROPA

RESUMO=

"European Club for Countertrade and Offset" (ECCO)

convida representante do Governo brasileiro a

intervir em simpósio, à margem do salão aeronáutico

Le Bourget (jun/2013), sobre reciprocidade e

"offset". Oferecimento de duas vagas ao Brasil para o

primeiro curso sobre "offset" e compensações

comerciais da ECCO em parceria com a escola de

comércio ESSEC.

O presidente da associação "European Club for Countertrade

and Offset" (ECCO), Cristian Sylvain, em encontro com minha

Distribuído em: 30/01/2013 15:05:42 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 28: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -2-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 30/01/2013 15:05:38 N.°: 00184

CARAT=Ostensivo

colaboradora, manifestou interesse em associar o Brasil

(governo e empresas estratégicas de defesa, energia e

transporte) nas atividades do grupo.

2.A ECCO, criada em 2010, pela ex-CEO e fundadora da

empresa francesa AREVA (nuclear civil), Anne Lauvergeon (hoje

no conselho administrativo do grupo europeu EADS), reúne

empresas atuantes em setores estratégicos com o objetivo de

trocar informações e "best practices" no domínio de "offsets"

e atividades de compensações comerciais.

3.Segundo Sylvain, a idéia da criação da associação surgiu

com o aumento considerável de exigências de "offsets" por

parte dos parceiros emergentes. A compensação comercial

passou a ser vista como importante instrumento de capacitação

tecnológica e industrial em domínios estratégicos nesses

países. O fenômeno, relativamente recente, argumenta Sylvain,

merece ser analisado e discutido com vistas a facilitar sua

implementação.

4.O presidente da ECCO comentou que a Associação tem três

missões institucionais: i) formar uma comunidade de empresas

com interesses internacionais no campo de compras

governamentais em setores estratégicos; ii) servir de "think

tank" para a reflexão sobre "offset" e questões correlatas,

como reciprocidade, compras governamentais, comércio

internacional e desenvolvimento industrial; e iii) centro de

formação e treinamento na aplicação de "offsets".

5.O grupo reúne hoje cerca de 65 empresas de 15 países na

Europa e no mundo (EUA, Índia, África do Sul, Malásia e

Rússia). Participam da Associação grandes empresas

estratégicas, como a MBDA e a Saab e, na França, a Areva,

Safran, Thales, DCNS, Panhard e Nexter. Sylvain informou que,

hoje, a ECCO agrupa 44% de empresas de transporte, incluído o

setor de aeronáutica civil, 41% de defesa e 15% de energia.

6.Sylvain comentou que, desde sua criação, a ECCO tem

realizado simpósios anuais sobre "offsets". Em 2012, à margem

da feira internacional EUROSATORY (armamentos terrestres), em

Paris, organizou seminário dedicado especialmente à política

de compensações do Brasil. Participaram representantes das

Forças Armadas, consultores e empresários brasileiros. Em

2013, será organizado simpósio, à margem do 50º Salão

internacional da Aeronáutica e do Espaço de Le Bourget (nos

arredores de Paris), no dia 20 de junho. O tema do

"workshop", informou Sylvain, é "offset e reciprocidade: a

visão dos BRICS". O simpósio deverá ser aberto pela Ministra

do Comércio Exterior francês, Nicole Bricq e contar com a

Distribuído em: 30/01/2013 15:05:42 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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Página -3-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 30/01/2013 15:05:38 N.°: 00184

CARAT=Ostensivo

participação do atual Diretor Geral da OMC, Pascal Lamy, e do

Comissário de Comércio da UE, Karel De Gucht. No dia 19 de

junho, a ECCO organizará fórum, a exemplo do que foi feito no

ano passado sobre o Brasil, dedicado à política de "offsets"

da Índia.

7.A idéia do "workshop" do dia 20 de junho, argumentou

Sylvain, é que representantes dos governos dos países dos

BRICS apresentem a visão de seus respectivos países sobre

reciprocidade e "offsets" e participem, em seguida, de debate

no formato de mesas redondas. Sylvain prevê intervenções de

cerca de 25 minutos em inglês por país. O presidente da

Associação comentou que a Rússia, Índia e África do Sul já

confirmaram participação de funcionários de alto escalão. A

Rússia será representada pelo Secretário de Transporte e a

África do Sul pela principal autoridade no domínio de

compensações comerciais.

8.Sylvain convidou igualmente o Brasil a participar do

primeiro curso oferecido pela Associação, em parceria com a

prestigiosa escola de comércio da França, o instituto ESSEC.

Trata-se, explicou Sylvain, do primeiro curso especialmente

dedicado a política de compensações jamais oferecido no

mundo. O programa de formação prevê i) exame do papel do

governo, da diplomacia e dos acordos multi e biregionais no

comércio internacional; ii) discussão acerca do papel de

"offsets" como veículos de transferência de tecnologia e na

redução de atrasos econômico e sociais; iii) considerar os

principais impactos industriais de "offsets" nos setores de

defesa, energia, transporte e infraestrutura; iv) análise

jurídica de clausulas de "offsets" (diretos, semi-diretos e

indiretos); e v) considerações acerca de políticas e do

emprego de "offsets".

9.O curso se dará em três módulos de quatro dias,

ministrados em março (19 a 22), abril (16 a 19) e maio (14 a

17) do corrente ano. Os custos de inscrição somam 8.700,00

euros. O Presidente da ECCO informou que a Associação

dispensaria o pagamento do custo de inscrição para até dois

candidatos do Governo brasileiro. Sylvain pediu que eventual

interesse brasileiro de participar do curso seja confirmado

no mais tardar até o final do mês de fevereiro.

10.Sylvain comentou ainda o grande interesse da Associação

em vir a contar com membros brasileiros. Comentou que já teve

a oportunidade de convidar empresas brasileiras com projeção

internacional (Embraer) e que esperava resposta positiva.

Sylvain sublinhou que a prioridade do club é a de integrar

empresas dos países dos BRICS, que além de serem os

Distribuído em: 30/01/2013 15:05:42 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 30: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -4-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 30/01/2013 15:05:38 N.°: 00184

CARAT=Ostensivo

principais demandantes de "offsets", são vistos como

importantes parceiros comerciais para as empresas da ECCO.

11.Muito agradeceria capacitar-me a reagir aos convites do

Presidente da ECCO. Caso seja do interesse brasileiro, peço

para indicar o quanto antes representante do Governo para

intervir no simpósio sobre "offset" à margem do salão Le

Bourget, assim como eventuais candidatos ao primeiro curso

sobre "offset", que se inicia no próximo mês de março.

12.Sugiro retransmissão do presente expediente ao MDIC, ao

MD e ao MCTI. (Regiane de Melo)

JOSÉ MAURICIO BUSTANI, Embaixador

RMGM

Distribuído em: 30/01/2013 15:05:42 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 31: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -1-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 02/10/2013 06:07:31 N.°: 01555

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 02/10/2013 (NBS)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=DRN/DREN/DE I

DESCR=ENER-FRAN

RTM=CEEBRMS,ALEBREM

RTM/CLIC=GRPENERG

REF/ADIT=TEL 1492, TEL 1448

CATEG=MG

//

França. Política de energia.

Energia hidroeólica.

Iniciativa do Governo

Hollande.

//

Nr. 01555

Rogo retransmissão via CLIC para os demais Postos com Setor

de Energia

Retransmissão automática para BRASEUROPA e Brasemb Berlim

RESUMO=

Informo. Hollande lança "Chamado a Manifestação de

Interesse" para desencadear o desenvolvimento da

energia hidroeólica em bases industriais. Anuncia

subsídios e insta a participação do setor privado na

empreitada. Iniciativa é parte da política mais ampla

de transição energética do Governo. O Presidente

associa a questão energética, ao lado da economia

digital, ao futuro da França e da Europa.

Distribuído em: 02/10/2013 06:07:44 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 32: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -2-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 02/10/2013 06:07:31 N.°: 01555

CARAT=Ostensivo

Em mesa-redonda sobre energias renováveis realizada em

Cherbourg-Octeville, na Baixa-Normandia, o Presidente

François Hollande anunciou, em 30/9, o lançamento de "Chamado

a Manifestação de Interesse" (AMI, na sigla em francês) para

a construção de projetos-piloto de energia hidroeólica

localizados nas imediações da Cité de la Mer, complexo onde

teve lugar o evento, e na Bretanha. O Presidente esteve

ladeado por quatro Ministros: Ecologia, Reajuste Produtivo,

Transportes e Orçamento, sendo este último, o discreto e

influente Bernard Cazeneuve, historicamente ligado à Baixa-

Normandia, seu reduto político. Na plateia figuravam

industriais de peso (Alstom, Siemens, DCNS, Voith Hydro) e

representantes da comunidade local.

2. François Hollande inseriu o anúncio em sua política mais

ampla de transição energética, que privilegia a

diversificação das fontes de energia, com ênfase nas

renováveis (tel 1492). Ressaltou que, com o impulso à

energia hidroeólica, se está dando continuidade a uma

política de longo prazo, que teve início em administrações

anteriores e que terá impacto para além de 2020 - horizonte

temporal de que o Chefe de Estado costuma valer-se para

"pensar estrategicamente" a França.

3. Hollande reconheceu o desafio que representam os custos de

fontes de energia como a hidroeólica. Assinalou que a chave

para viabilizar economicamente essa opção, a exemplo de

outros casos, passaria pelo investimento em pesquisa e pela

ampliação da capacidade de difusão industrial das novas

tecnologias desenvolvidas.

4. Ao mencionar outras fontes de energia marítimas (térmica,

por ondas), asseverou ser a hidroeólica "a mais promissora de

todas". Afirmou estimar que, em dez anos, polos hidroeólicos

produzirão 3 gigawatts nas costas francesas. "Isso equivale a

três reatores nucleares", comparou, antes de ressalvar que

não se trataria de escolher fontes energéticas umas em

detrimento das outras. A ressalva pode ser lida como uma

concessão aos defensores do nuclear, não raro insatisfeitos

com uma política oficial vista, no conjunto, como pouco

favorável à matriz atômica.

5. O mandatário estendeu-se sobre o papel que entende caber

ao Estado na implantação de uma "cadeia hidroeólica" que

torne a França "líder mundial" na matéria, a partir,

salientou, da vastidão de seus domínios marítimos, da

excelência de sua indústria e da qualidade de suas pesquisas.

Observou que o Estado deve adaptar as redes de transmissão de

energia existentes no país, prover incentivos econômicos à

Distribuído em: 02/10/2013 06:07:44 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 02/10/2013 06:07:31 N.°: 01555

CARAT=Ostensivo

pesquisa, consolidar um marco regulatório estável e

simplificado, e estabelecer um calendário detalhado de ações.

Além, naturalmente, de comparecer com subsídios, capítulo em

que o Presidente foi mais preciso: falou em "30 milhões de

euros para garantir a rentabilidade" dos empreendimentos no

setor. Registro que, na véspera da alocução presidencial,

havia quem antecipasse que os subsídios seriam da ordem de

120 milhões de euros.

6. Após recordar que, no tocante à energia eólica, já se

lançara um "Chamado a Manifestação de Interesse" em 2012 e

outro estaria atualmente em gestação, aludiu ao AMI da

energia hidroeólica, que o levava a Cherbourg. Este, disse, a

ser publicado na gazeta oficial em 1º/10, terá por objetivo a

construção de "três a quatro polos-piloto para testar a

tecnologia", já em modalidade industrial. Como explicam

analistas, a energia hidroeólica, na França, sai da fase

estritamente de pesquisa para ingressar em uma etapa

propriamente industrial.

7. O Presidente insistiu na importância da participação do

setor privado para o êxito da aposta na energia hidroeólica.

Ponderou que, havendo o Estado estabelecido condições

favoráveis, é hora de os empresários agirem, "em

concorrência", para produzir "os menores preços e os maiores

impactos industriais possíveis". Mencionou, a título

ilustrativo, acordos já firmados pela Alstom, com vistas a

atender ao AMI, com o Porto de Cherbourg e com GDF Suez.

Mencionou, também, o espaço que poderá ser explorado pelas

PMEs na "cadeia hidroeólica". No que diz respeito a

resistências verificadas no setor pesqueiro, mostrou-se

confiante quanto à capacidade dos atores envolvidos de

superá-las pela via do diálogo.

8. Sobre as tarifas esperadas, Hollande citou a cifra de 163

euros por megawatt - valor que, segundo especialistas,

corresponde ao que já é fixado por lei para as energias

renováveis marinhas.

9. Em Cherbourg, o Presidente da República não poupou

esforços retóricos para enaltecer o empenho de seu Governo em

matéria de transição energética. Argumentou, buscando

apresentar uma visão integrada de seus grandes propósitos

para a França, que a política de transição energética, a

política de reajuste produtivo e a política de empregos

seriam, na realidade, "a mesma política". E acrescentou que o

futuro deste país residiria "na transição energética, na

transição digital e na economia da saúde", percepção que

estaria refletida na "nova política industrial" apresentada

Distribuído em: 02/10/2013 06:07:44 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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Página -4-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 02/10/2013 06:07:31 N.°: 01555

CARAT=Ostensivo

em 12/9 (tel 1448).

10. Por fim, uma visão para a Europa. Beneficiando-se da

plataforma da mesa-redonda sobre energias renováveis, e da

expectativa que cercava, há meses, o lançamento do "Chamado a

Manifestação de Interesse" que, prevê-se, desencadeará o

desenvolvimento, em bases industriais, da energia hidroeólica

na França, François Hollande adotou uma perspectiva histórica

para uma valorização do projeto europeu que o associasse à

questão energética. Declarou que, se o Acordo do Carvão e do

Aço, a PAC, o mercado comum e a moeda única constituem os

fatores que possibilitaram à União Europeia ser o que é hoje,

são as novas energias, ademais da economia digital, que farão

o futuro deste continente - a começar, realçou, nas relações

da França com a Alemanha, apesar das composições tão

distintas das matrizes energéticas de cada um dos dois

países.

José Mauricio Bustani, Embaixador

RDPS

Distribuído em: 02/10/2013 06:07:44 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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Página -1-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 12/09/2013 13:07:57 N.°: 01431

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 12/09/2013 (NBS)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=DPF/DE I/DOC/DACESS

DESCR=ECON-BRAS-FRAN

RTM/CLIC=

CATEG=MG

//

Economia. Brasil-França.

Apresentação do Sr. Luiz

Pereira (Banco Central) sobre

Economia Brasileira

(10/09/14). Relato.

//

Nr. 01431

RESUMO=

Relata apresentação do senhor Luiz Pereira, Diretor

de Relações Internacionais da Gestão de Riscos e

Regulamentação do Sistema Financeiro do Banco

Central, realizada no dia 10/09, sobre o quadro

macroeconômico geral do Brasil na atualidade.

Foi organizado na Embaixada, no dia 10 de setembro corrente,

apresentação sobre o quadro macroeconômico do Brasil na

atualidade realizada pelo senhor Luiz Awazu Pereira da Silva,

Diretor de Relações Internacionais da Gestão de Riscos e

Regulamentação do Sistema Financeiro do Banco Central.

2. O evento contou com a participação de representates do

Distribuído em: 12/09/2013 13:08:03 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

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Página -2-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 12/09/2013 13:07:57 N.°: 01431

CARAT=Ostensivo

Governo francês (Ministério de Economia e Quai d`Orsay), bem

como de executivos de empresas e organizações diversas, como

GDF Suez, Société Générale, Technip, SAFRAN, Casino, ACCOR,

Carrefour, BNP Paribas, Zodiac Aerospace, Renault, PRAMEX,

DCNS, GIFAS (Groupement Industries Aérospatiales), OCDE,

Câmara de Comércio do Brasil na França e de representante

local do Banco do Brasil.

3. Após a apresentação do Sr. Luiz Pereira, a mesa foi aberta

para as perguntas dos convidados. As questões levantadas

abordaram os seguintes temas: capacidade da economia

brasileira de manter ou aumentar o nível de crescimento do

PIB diante dos riscos de aumento da inflação e dos eventuais

déficits da balança de pagamentos; posição brasileira diante

da nota conferida ao Brasil pelas agências de notação de

risco; segurança no Brasil diante das manifestações sociais

dos últimos meses; previsões de investimentos em

infraestrutura; e regimes de câmbio e de controle da

inflação.

4. Em resposta às indagações levantadas, o representante do

Bacen indicou que o Brasil passou por um processo de

estabilização econômica, iniciado no Governo Fernando

Henrique Cardoso e consolidado pelo Governo Lula,

caracterizado pelo fortalecimento do mercado consumidor

interno, graças a um processo de inclusão social e

alavancagem das classes mais baixas. Esse processo seria, em

grande medida, responsável por fortalecer o país diante das

crises recentes e permitir uma rápida recuperação econômica

nos anos 2011/12.

5. Segundo Luiz Pereira, a expansão das taxas de crescimento

deveria ser realizada com base em investimentos públicos e

privados. Destacou, como exemplo, os grandes projetos

previstos para o segundo semestre de 2013 e início de 2014

(entre eles, infraestutura para Copa do Mundo de 2014 e o

Pré-Sal), que deverão ser realizados, em alguns casos, com

parcerias público-privadas. O modelo de investimento no

Brasil, conforme a interpretação de Luiz Pereira, estaria

mudando no sentido de diminuir a dependência do financiamento

público e de aumentar a participação do capital privado.

6. Sobre a questão relativa à nota brasileira junto às

agências de notação de risco, o funcionário do Bacen afirmou

que essas instituições costumam realizar avaliações

exageradas sobre as condições macroeconômicas dos países e

que, portanto, a nota conferida ao Brasil não era motivo de

preocupação para o Banco Central, que não as toma como

referência para adoção das políticas econômicas do país.

Distribuído em: 12/09/2013 13:08:03 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 37: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -3-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 12/09/2013 13:07:57 N.°: 01431

CARAT=Ostensivo

7. Com referência aos movimentos sociais e à possibilidade de

riscos à segurança dos investimentos, o palestrante indicou

que há reflexões em curso sobre como deverão ser aplicados os

recursos públicos, a fim de satisfazer as demandas da

população. Argumentou que eventos como esses são naturais em

uma democracia e servem para que os gastos públicos

correspondam àquilo que deseja a sociedade.

8. Por fim, tratou dos temas relativos aos regimes de taxa de

câmbio e de inflação. Sobre o primeiro item, indicou que a

política do Banco Central consiste em deixar o câmbio

flutuar. O principal objetivo é garantir a previsibilidade e

segurança para os operadores. No que se refere à inflação,

afirmou que ela vem diminuindo nos últimos meses (junho,

julho e agosto), mas que a inflação no Brasil, como é natural

em países emergentes, é sazonal e está sujeita a choques

externos. Lembrou, nesse contexto, que as principais

ferramentas utilizadas pelo Governo para controle da inflação

são as políticas monetária e orçamentária.

9. Após a apresentação, vários participantes agradeceram a

oportunidade de ouvir o Diretor do Bacen sobre a conjuntura

econômica brasileira e insistiram que esse tipo de iniciativa

contribui para dar um panorama mais preciso da política

econômica brasileira e a contrabalançar, assim, as

informações quase sempre alarmantes veiculadas pela imprensa

mundial sobre nosso país.

José Maurício Bustani, Embaixador

EDMG

Distribuído em: 12/09/2013 13:08:03 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 38: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França
Page 39: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -1-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 19/09/2013 12:48:07 N.°: 01468

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 19/09/2013 (MASB)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=DCE/DE I/COF

DESCR=FRAN-KCEE

RTM/CLIC=

CATEG=MG

//

França. Cooperação

Educacional. Ciência sem

Fronteiras. Recepção. Relato.

//

Nr. 01468

RESUMO=

Relata recepção oferecida aos bolsistas de graduação

do Programa Ciência sem Fronteiras, ano letivo

2013/2014.

Ofereci, em 13 de setembro do corrente, "vin d`honneur" aos

bolsistas de graduação sanduíche do Programa Ciência sem

Fronteiras do ano letivo 2013/2014. O evento, realizado na

Fundação "Maison du Brésil", contou com a presença do

Diretor-adjunto de Relações Internacionais e de Cooperação do

Ministério da Educação, Senhor Marc Roland, e com

aproximadamente 150 pessoas, entre estudantes e

representantes de universidades. Compareceram também diversos

representantes das 27 empresas parceiras do programa na

França, entre as quais a Solvay (engenharia química), a DCNS

Distribuído em: 19/09/2013 13:01:31 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 40: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -2-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 19/09/2013 12:48:07 N.°: 01468

CARAT=Ostensivo

(construção naval), a GDF-Suez (energia) e a Alcatel-Lucent

(telefonia), que tem contratado estagiários brasileiros.

2.Abri a cerimônia de boas-vindas aos estudantes

mencionando a ampliação do investimento brasileiro na

pesquisa de ciência e tecnologia. Destaquei o crescimento do

número de artigos de autoria brasileira em publicações

científicas internacionais e a necessidade de evolução no

registro de patentes e na produção industrial de inovações

brasileiras. Recordei o processo de criação e desenolvimento

de grandes empreendimentos públicos nacionais como a EMBRAPA,

a EMBRAER e a PETROBRAS, sublinhando a importância da

cooperação com instituições de ensino superior de excelência,

entre as quais figuram as francesas.

3.Foram homenageados dois coordenadores acadêmicos que

se destacaram por sua dedicação e disponibilidade no apoio

aos bolsistas CsF ao longo de 2012 e em sua chegada em 2013:

o Professor Daniel Hagège, Encarregado de Relações

Internacionais da Universidade de Orléans, e a Senhora Amal

Jouffe El-Amrani, Diretora de Relações Internacionais da

Universidade Rennes 2.

4.A recepção ensejou, ainda, o lançamento do sítio

eletrônico do Setor de Cooperação Educacional (www.educ.fr).

O portal reúne notícias sobre o universo acadêmico franco-

brasileiro, os boletins acadêmicos publicados pelo Posto e

informações atualizadas sobre: como estudar e pesquisar na

França; equivalência de diplomas; programas de intercâmbio de

estudantes e pesquisadores; editais; e acordos de cooperação.

O sítio eletrônico também dispõe de seção reservada para a

seleção dos bolsistas CsF candidatos a estágios oferecidos

pelas 27 empresas parceiras do Programa. O ensino de

português, as atividades dos dois leitores brasileiros na

França e os exames do CELPE-Bras, entre outros temas ligados

à língua portuguesa, tem também destaque no portal. Haverá,

ainda, informações de interesse do público local, disponíveis

em páginas específicas que estarão em francês.

5. A apresentação da Embaixada encerrou-se com a

exibição do vídeo "França sem Fronteiras", elaborado por

Vinicius Gouveia e Bianca Faro, projeto que recebeu apoio

financeiro, o qual muito agradeço, no âmbito do Conselho de

Bolsistas do PAEB/2013. O vídeo em apreço faz parte de uma

série que versa sobre a chegada, a instalação e a adaptação

dos bolsistas CsF à França e mereceu acolhida calorosa do

público presente. O conteúdo dos vídeos baseou-se na

experiência pessoal da equipe de estudantes e nas indicações

do "Guia do Estudante e do Pesquisador Brasileiro na França".

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Page 41: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

Página -3-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 19/09/2013 12:48:07 N.°: 01468

CARAT=Ostensivo

A série de vídeos estará disponível em canal do Youtube nos

próximos dias.

6.A confraternização que se seguiu reprisou importante

oportunidade de contato mais próximo entre os diversos

segmentos ali representados, a exemplo do que ocorrera na

recepção de 2012, propiciando esclarecimento de dúvidas e

surgimento de propostas para novas atividades, em momento

importante para o bom desenrolar do ano letivo que se inicia.

7. Exemplares da versão 2013/2014 do "Guia do Estudante e

do Pesquisador Brasileiro na França" seguirão pela próxima

mala diplomática.

José Mauricio Bustani, Embaixador

PADT

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Página -1-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 10/06/2013 14:33:49 N.°: 00973

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 10/06/2013 (NBS)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=DE I/DJC/DCM/DASEAN/DPAZ/CGDEF/DNU

DESCR=PEXT-FRAN-JAPA

RTM=USABREM,JAPBREM,CHNBREM,ALEBREM,CEEBRMS

RTM/CLIC=

REF/ADIT=TEL 18, TEL 970

CATEG=MG

//

França-Japão. Política

externa. Visita de Estado do

Presidente François Hollande a

Tóquio (6-8/06/2013).

Avaliação.

//

Nr. 00973

Retransmissão automática para Brasemb Washington, Brasemb

Tóquio, Brasemb Pequim, Brasemb Berlim e BRASEUROPA

RESUMO=

François Hollande realizou visita de Estado ao Japão

(6-8/06/2013) e lançou, com o PM Abe, uma "Parceria

de Exceção" entre os dois países, com foco nas áreas

de política externa, economia e cultura. Dimensão

estratégica da política externa francesa para a Ásia.

O Presidente François Hollande realizou "visita de

Estado" ao Japão, em 6-8 de junho corrente, a primeira de um

Chefe de Estado francês àquele país em 17 anos, desde a

visita de Estado de Jacques Chirac, em 1996. Na oportunidade,

Distribuído em: 10/06/2013 14:34:05 Impresso em: 15/08/2016 - 21:38

Page 44: Página -1- De: BRASEMB PARIS Recebido em: 15/02/2013 … · DISTR=CGDEF/DE I/ DCTEC/DMAE DESCR=PDEF-FRAN RTM=ALEBREM,ITABREM,INGBREM,INABREM,USABREM RTM/CLIC= CATEG=MG // França

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 10/06/2013 14:33:49 N.°: 00973

CARAT=Ostensivo

o mandatário francês e o Primeiro-Ministro japonês, Shinzo

Abe, estabeleceram uma "Parceria de Exceção" entre os dois

países. O mecanismo servirá de mapa para as relações

bilaterais, nos próximos cinco anos e se concentrará em três

áreas principais: política externa, economia e cultura.

2.A visita do Presidente Hollande e a proposta francesa de

lançamento da Parceria de Exceção representam a superação de

período recente em que os dois países estiveram relativamente

distantes, durante o Governo Sarkozy. Com um estilo tido como

"arrogante" por muitos japoneses, Sarkozy conferiu baixa

prioridade ao Japão, até como reação à conhecida nipofilia de

seu antecessor.

3.As referências ao crescimento e emprego no discurso de

Hollande durante o jantar oferecido pelo Imperador mostraram

o forte componente econômico de sua visita ao Japão, que

comentarei em expediente à parte. No plano político, foram

estabelecidos mecanismos de concertação política a respeito

do "conjunto de temas internacionais, não apenas relativos à

Ásia, mas todo o planeta", conforme declarou o Presidente

francês.

4.Dentre os canais estabelecidos, destaca-se a criação de

um "Mecanismo 2+2" entre as Chancelarias e Ministérios da

Defesa dos dois países, dedicado às questões estratégicas e

aos temas de defesa. O "2+2" deverá incluir discussões sobre

programas de exportação de materiais sensíveis que possam ter

impactos no outro país. Esse ponto, segundo relatos em "off",

na imprensa, de diplomatas franceses presentes na visita, foi

incluido em razão dos questionamentos que Hollande teria

recebido de seus interlocutores japoneses, sobre a exportação

para China, pela francesa DCNS, de equipamentos para a

aterrissagem de helicópteros em navios patrulheiros chineses.

O Presidente francês, que se teria mostrado irritado com as

continuadas interpelações japonesas, garantiu que os

equipamentos seriam de natureza puramente civil. Para as

autoridades japonesas, entretanto, aqueles navios e

helicópteros estariam sendo utilizados pela Guarda Costeira

chinesa nas "provocações" contra a Marinha do Japão, nas

proximidades das ilhas Senkaku, objeto de disputa territorial

entre os dois países asiáticos.

5.Hollande procurou, nas diferentes intervenções da visita

de Estado, realçar o papel japonês no plano internacional.

Defendeu, nesse particular, que o Japão deve se tornar membro

permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Adicionalmente, tanto em seu discurso no Parlamento quanto em

coletiva de imprensa no Instituto francês em Tóquio, Hollande

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 10/06/2013 14:33:49 N.°: 00973

CARAT=Ostensivo

destacou, como objetivos comuns de França e Japão no plano

estratégico, a luta contra o terrorismo e a proliferação

nuclear, este, de acordo com Hollande, "o maior perigo para a

paz".

6.Os resultados políticos da visita à Tóquio relacionam-se

à dupla promessa de Hollande de conferir maior atenção à

Ásia, depois de período de relativo afastamento durante o

Governo Sarkozy, e de tornar as relações com o Japão uma

prioridade da política externa francesa (discurso na XX

Conferência dos Embaixadores, em 27/08/2012, vide tel

1211/2012). Neste primeiro semestre de 2013, Hollande viajou

à Índia (fevereiro), à China (abril) e ao Japão, países com

os quais a França possui, agora, mecanismos de Parceria, duas

delas "de Exceção" (Japão e Índia) e uma "Estratégica"

(China). Hollande também paricipou da Cúpula UE-Ásia, no Laos

(05/11/2012), enquanto o Primeiro-Ministro, Jean-Marc Ayrault

visitou diversos países da ASEAN, região prioritária para as

exportações francesas nos setores aeronáutico e de defesa.

7.O lançamento da "Parceria de Exceção" com o Japão

representa tentativa de Paris de recuperar sua capacidade de

influência na região Ásia-Pacífico, onde a França ainda detém

considerável presença territorial e marítima (Nova Caledônia,

Polinésia Francesa). Hollande insistiu que os entendimentos

com Japão não se dirigem contra a China, nem afetam a relação

sino-francesa. É visível, porém, o paralelo entre a

reaproximação da França com o Japão, de um lado, e a aliança

cada vez mais estreita entre Alemanha e China, de outro,

observada, por exemplo, no contencioso comercial entre UE e

China sobre painéis fotovoltáicos. (vide tel 970). (Hélio

Franchini Neto)

José Maurício Bustani, Embaixador.

HFN

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 05/12/2013 13:20:38 N.°: 01934

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 05/12/2013 (NBS)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=CGDEF/FUNAG/DE I/IRBR/SPD

DESCR=PDEF-BRAS-FRAN

RTM/CLIC=

CATEG=MG

//

Brasil-França. Política de

Defesa. Cooperação acadêmica.

Indústria de Defesa. Eixos de

parceria.

//

Nr. 01934

RESUMO=

Interesse de "think tanks" franceses e brasileiros em

cooperar na área de defesa e indústria de defesa, no

quadro da Parceria Estratégica Brasil-França.

Perspectivas de organização de seminários sobre

reflexão estratégica e sobre o papel do Estado em

relação à indústria de defesa; de lançar linha de

pesquisa sobre economia de defesa; e de intercâmbio

de pesquisadores nesse domínio.

Os principais "think tanks" franceses na área de defesa e

relações internacionais da França, assim como institutos

acadêmicos brasileiros, têm demonstrado grande interesse em

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 05/12/2013 13:20:38 N.°: 01934

CARAT=Ostensivo

travar parcerias e lançar iniciativas em questões de defesa e

indústria de defesa. Como se recorda, as parcerias franco-

brasileiras têm contribuído para a consolidação no Brasil de

uma indústria de alta tecnologia no domínio naval militar

(Programa de submarinos), aeronáutico (Programa de

helicópteros), e, em breve, no setor espacial (programa de

Satélite Geoestacionário - SGDC).

2.Ao longo dos últimos meses, pesquisadores e acadêmicos

brasileiros foram convidados à França e iniciaram discussões

com vistas a estruturar cooperação com os seguintes

institutos:

i)"Fondation pour la Recherche Stratégique" (FRS),

principal instituto de pesquisa da França em questões

estratégicas e de defesa, financiado pelo Ministério

de Defesa francês e conhecido por defender a visão do

Governo no mundo acadêmico;

ii) "Institut de Relations Internationales et

Stratégiques" (IRIS), "think tank" de grande renome

que apresenta linha de pesquisa independente do

Governo; e

iii)"Institut de Recherche Stratégique de L`École

Militaire" (IRSEM), instituto de pesquisa do Governo

francês especializado em questões de defesa e de

armamentos.

3.Dentre os pesquisadores brasileiros que vieram à França,

menciono o Professor Eduardo Brick da Universidade Federal

Fluminense (UFF), em outubro passado; o pesquisador da

Universidade de São Paulo (USP), Ronaldo Carmona, em meados

de novembro; e o Dr. Juliano Coutinho, Diretor-Adjunto do

Instituto Pandiá-Calógeras (IPC), no âmbito do programa do

Governo francês "Personalité d`Avenir", que se encontra em

Paris nesta semana de dezembro.

4.Como resultado das tratativas iniciais com os "think

tanks" franceses, destaco os seguintes eixos tentativos de

parcerias:

-SEMINÁRIO FRANCO-BRASILEIRO SOBRE A RELAÇÃO ESTADO/INDÚSTRIA

DE DEFESA. O seminário, que teria forma restrita (de 30 a 50

participantes), contemplaria a participação de representantes

do Governo responsáveis pela indústria de defesa; das forças

singulares; da indústria de defesa; assim como parlamentares

das Comissões de Defesa dos dois países; e especialistas na

área. Do lado francês, o IRIS e a DGA poderiam ser

respectivamente os pontos-focais acadêmico e estatal. Do lado

brasileiro, a UFF tem interesse em se associar a essa

iniciativa. Resta definir o ponto focal do Governo (SEPROD ou

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 05/12/2013 13:20:38 N.°: 01934

CARAT=Ostensivo

IPC).

O Diretor-Adjunto do IRIS, Jean-Pierre Maulny, um dos mais

reputados especialistas francês em questões estratégicas e de

defesa, apresentou recentemente proposta de configuração do

referido seminário (segue por correio eletrônico), que sugere

as seguintes linhas de debate: i) construir uma indústria de

defesa: motivação, obstáculos, lições; ii) o papel atual do

Estado em relação à indústria de defesa; iii)formação de

recursos humanos; iv) a indústria de armamentos em um mundo

globalizado; v) cooperação França-Brasil no domínio de

armamentos.

-PESQUISA COMPARADA SOBRE AS INDÚSTRIAS DE DEFESA E AS

POLÍTICAS DE AQUISIÇÃO DE PRODUTOS DE DEFESA DE AMBOS OS

PAÍSES. O IRSEM e a UFF formalizaram parceria no campo de

economia de defesa, indústria militar e armamentos. Como uma

primeira iniciativa, estudam a possibilidade de desenvolver

linha de pesquisa sobre as bases indústrias e tecnológicas de

defesa dos dois países, com vistas a mapear as duas

realidades. No quadro desta pesquisa, os dois institutos

pretendem organizar mesas-redondas ao longo do ano de 2014

para informar sobre os avanços da pesquisa e os resultados

preliminares. Comento a propósito, que o IRSEM publicou

recentemente Livro intitulado "Les mutations de l'industrie

de défense: regards croisés sur trois continentes", no qual

compara e comenta a situação da indústria de defesa dos

Estados Unidos, da Europa e da América do Sul.

-INTERCÂMBIO DE PESQUISADORES E DE INFORMAÇÕES SOBRE ECONOMIA

DE DEFESA. A FRS e a UFF já mantém intercâmbio nessa área. A

pesquisadora Hélène Masson, uma das principais referências na

Europa nessa área, participou no início do atual semestre de

seminário sobre a temática no Brasil; o Professor Brick, por

sua vez, foi convidado a participar de importante seminário

organizado pela FRS sobre a indústria de defesa dos países

dos BRICS, realizado em Paris, em outubro passado. Registro,

ainda, que o estaleiro francês DCNS, que é a contraparte

industrial francesa do Programa de Desenvolvimento de

Submarinos (Prosub), em parceria com a FRS, passou a

financiar linha de pesquisa na UFF sobre economia de defesa.

5.Por fim, lembro que o "Institut de Hautes Etudes en

Défense Nationale" (IHEDN), órgão interministerial no domínio

de reflexão e formação em questões estratégicas e de defesa,

tem manifestado o interesse de realizar, em Paris, no

primeiro semestre de 2014, a segunda edição do seminário de

reflexão estratégica Brasil-França. Recordo que o primeiro

seminário bilateral ("Brasil-França: visões do mundo")

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Página -4-

De: BRASEMB PARIS Recebido em: 05/12/2013 13:20:38 N.°: 01934

CARAT=Ostensivo

ocorreu no dia 5 de março do corrente ano, em Brasília (tels

89 e 130 e desptel 187), e foi seguido, no dia 6, por reunião

fechada entre a delegação francesa e responsáveis pela

análise estratégica no Ministério da Defesa e do Itamaraty,

em um exercício de "track-two diplomacy". O IHEDN tem

consultado (tel 1399) sobre a preferência brasileira de datas

para a realização do seminário em Paris e indagou sobre qual

será a contraparte brasileira para a organização do próximo

evento (IPC ou IPRI/FUNAG).

JOSÉ MAURICIO BUSTANI, Embaixador

RMGM

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 13/11/2013 16:23:49 N.°: 01780

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 12/11/2013 (MASB)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=DOC/DINV/DPG/DE I

DESCR=XPRO-BRAS-FRAN

RTM/CLIC=

CATEG=MG

//

Brasil-França.Promoção

Comercial. Câmara de Comércio

do Brasil na França(CCBF).

Jantar de Gala. Relato.

//

Nota da DCA: Redistribuído para DINV/DOC/DPG/DE I em 13/11/2013.

Nr. 01780

RESUMO=

Relato a realização, em 6/11, do Jantar de Gala da

Câmara de Comércio do Brasil na França (CCBF), que

contou com presença de 350 empresários e executivos

franceses e brasileiros e reuniu autoridades do

primeiro escalão dos dois países.

À Atenção do Senhor Diretor do DPR

Informo ter sido realizado em 6/11, em prestigioso hotel

desta capital, a quarta edição do Jantar de Gala da Câmara de

Comércio do Brasil na França(CCBF), evento co-organizado pela

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 13/11/2013 16:23:49 N.°: 01780

CARAT=Ostensivo

CCBF e pelo Posto. O evento reuniu cerca de 350 empresários e

executivos franceses e brasileiros, líderes empresariais e

jornalistas e formadores de opinião.

2.Seguindo o formato adotado nas edições anteriores do

Jantar de Gala, foram homenageadas duas personalidades no

âmbito empresarial. Pelo lado brasileiro, o empresário

Marcelo Bahia Odebrecht, Presidente da Odebrecht S.A.,

holding controladora do conglomerado industrial. Pelo lado

francês, o homenageado foi o Presidente da companhia

petrolífera Total, Christophe de Margerie.

3.Entre as autoridades presentes ao evento, destaco a

presença dos seguintes Ministros brasileiros: Aloisio

Mercadante (Educação); Fernando Pimentel (titular da Pasta do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e que efetuou

a entrega do prêmio de personalidade do ano ao Presidente da

Total); e Aldo Rebêlo (Esportes). O empresário Marcelo Bahia

Odebrecht, por sua vez, recebeu o prêmio de personalidade do

ano das mãos da Ministra dos Esportes da França, Valérie

Fourneyron.

4.Das empresas que prestigiaram o evento, menciono, a

título não exaustivo, GDF Suez, Banco do Brasil, Embraer,

Itau, Alstom, EADS, DCNS, Casino, Carrefour, Bull

(informática/super computador), Renault, Technip (petróleo e

gás), KPMG, LATAM, Crédit Agricole; além da Federação das

Indústrias do Rio de Janeiro, que compareceu com numerosa

delegação de empresários, notadamente da construção civil.

5.Em sua alocução, Marcelo Odebrecht discorreu sobre as

atividades do conglomerado que preside, sublinhando as

relações com a França, tanto em nível da importação de

insumos franceses, citando como exemplo as importações

efetuadas pela Braskem (do ramo petroquímico). Destacou a

parceria na área de defesa com a francesa DCNS, no âmbito do

programa Prosub, para construção de quatro submarinos

convencionais e um nuclear.

6.Christophe de Margerie, por sua vez, recordou que a Total

está presente no Brasil há mais de trinta anos e que a

participação da empresa francesa no consórcio composto por

empresas européias e chinesas, vencedor da concorrência

internacional para exploração das jazidas do pré-sal no campo

de Libra, constitui sinal da confiança da Total no Brasil e

no interesse da empresa em aumentar substancialmente sua

presença no País. Ademais, elogiou o trabalho levado a cabo

pela Petrobras e pela Agência Nacional do Petróleo no

desenvolvimento daquele setor econômico.

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 13/11/2013 16:23:49 N.°: 01780

CARAT=Ostensivo

7.A Ministra Valérie Fourneyron enalteceu a escolha dos

homenageados e exortou as autoridades presentes a

intensificarem as relações bilaterais na área esportiva.

8. O Ministro Fernando Pimentel, recordou que o papel dos

Governos é o de criar condições para o desenvolvimento de

parcerias e sinergias entre empresas e que o Governo

brasileiro vem trabalhando nessa direção. Além disso,

informou aos presentes que a Câmera de Comércio Exterior

(CAMEX) acaba de aprovar a oferta brasileira para as

negociações Mercosul-União Européia e exprimiu sua confiança

no pronto encaminhamento do processo negociador. Incentivou

as empresas presentes a apoiarem a exposição Guerra e Paz, de

Portinari, que o Grand Palais irá acolher a partir de 6 de

maio de 2014.

9.O Ministro Aloisio Mercadante comentou a importância para

o Brasil do Programa Ciência Sem Fronteiras e o papel

desempenhado pela França, que ocupa o terceiro lugar entre os

países que mais recebem bolsistas brasileiros (cerca de 5 mil

estudantes até o momento). Destacou a importância da

realização de estágios nas empresas francesas.

10.O Ministro Aldo Rebêlo, por sua vez, recordou o longo e

prolífico relacionamento franco-brasileiro e discorreu sobre

os megaeventos esportivos no Brasil (notadamente a Copa do

Mundo de 2014), ressaltando o interesse brasileiro em

estabelecer parcerias com a França no âmbito esportivo.

11. O Presidente da Renault, Carlos Ghosn, encerrou o evento

salientando as complementariedades entre as empresas

francesas e brasileiras no aproveitamento de oportunidades

comerciais e na área de investimentos. Como exemplo, citou a

empresa que dirige e que investirá USD 200 milhões na sua

fábrica em Curitiba para aumentar a produção de 280.000 para

380.000 veículos/ano, bem como o investimento de USD 1,1

bilhão que a Nissan fará em Resende (RJ), para produzir

200.000 veículos/ano a partir do próximo ano.

12.Sublinho que a visita do Presidente François Hollande ao

Brasil nos dias 12 e 13 de dezembro próximo, anunciada

durante o Jantar de Gala, foi saudada pelos empresários e

autoridades presentes como de grande importância para o

adensamento dos laços econômico-comerciais. Prevaleceu a

percepção entre os presentes de que a Visita de Estado

constitui excelente oportunidade para o lançamento do Foro

Econômico Brasil-França (mecanismo cuja criação foi decidida

pelos Presidentes Hollande e Roussef durante a visita da

mandatária brasileira à França em dezembro de 2012).

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 13/11/2013 16:23:49 N.°: 01780

CARAT=Ostensivo

13. A quarta edição do Jantar de Gala da CCBF atingiu

plenamente seus objetivos e reforçou a percepção geral de que

a Câmara de Comércio do Brasil na França constitui ator a ser

cada vez mais levado em conta nas relações econômicas

bilaterais, como se pôde depreender dos comentários feitos

pelos homenageados e autoridades brasileiras e francesas.

Nesta mesma linha de raciocínio, o Posto estima que a CCBF

poderá prestar valiosa contribuição como partícipe do

processo de lançamento do Foro Econômico Brasil-França em

dezembro próximo.

14. Rogo transmitir o teor desta comunicação à SAIN/MDIC.

José Mauricio Bustani, Embaixador

ALN

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 29/11/2013 07:07:41 N.°: 01899

CARAT=Ostensivo

De Brasemb Paris para Exteriores em 29/11/2013 (NBS)

CODI=

CARAT=Ostensivo

DEXP=

BLEGIS=

PRIOR=Normal

DISTR=CGDEF/DE I/DOM II

DESCR=PDEF-FRAN-PARB

RTM=ABUBREM,CATBREM,ARABREM,USABREM

RTM/CLIC=GRPUEURO

CATEG=MG

//

França - Países do Golfo

Pérsico. Contratos militares.

Perspectivas francesas.

//

Nr. 01899

Rogo retransmissão via CLIC para as demais Embaixadas nos

países membros da União Européia

Retransmissão automática para Brasemb Abu Dhabi, Brasemb

Doha, Brasemb Riade e Brasemb Washington

RESUMO=

Atuação diplomática francesa nos dossiês sírio e

iraniano aproxima Paris de capitais do Golfo Pérsico,

com a perspectiva de contratos militares de vulto: 14

bilhões de euros com a Arábia Saudita, 15 bilhões com

o Catar e 1 bilhão com os EAU. Retorno francês a tais

mercados é creditado ao empenho pessoal do Min. Le

Drian e à "vitrine" proporcionada pelas recentes

operações militares francesas na Líbia e no Mali.

Como venho indicando, a firme atuação diplomática da

França nos dossiês sírio e iraniano (e, em menor medida,

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 29/11/2013 07:07:41 N.°: 01899

CARAT=Ostensivo

também nos casos do Mali e da Líbia) tem aproximado Paris de

capitais do Golfo Pérsico, especialmente Riade, Doha e Abu

Dhabi. Essa aproximação política, apontada por interlocutores

do Posto como o principal resultado do ativismo francês nas

crises ligadas ao Oriente Médio (vide tel 1700, que relata

conversa de colaboradores meus com especialista do Ministério

da Defesa), parece favorecer a indústria de defesa francesa.

Daí decorre a perspectiva de expressivos contratos militares,

que poderão reposicionar a França no centro dos mercados da

região. Assim, o Presidente da Thales, Jean-Bernard Lévy,

comemorou, em recente entrevista ao jornal "La Tribune"

(26/11), o "excelente clima político" entre a França e os

países do Golfo.

2.O momento político propício representaria, para Paris, a

oportunidade de reconquistar parcelas do mercado do Golfo

Pérsico hoje dominadas por Washington, Londres e Berlim. Para

o "La Tribune", os novos contratos encerram um período de

"logo parênteses", correspondente aos cinco anos de mandato

do ex-Presidente Nicolas Sarkozy. Como se recordará, a

política externa de Sarkozy despertou desconfianças em Riade

(que não aprovou a então abertura do dirigente francês em

direção a Damasco, em 2009) e em Abu Dhabi (que se ressentia

da proximidade entre Paris e Doha, uma das marcas da

diplomacia francesa sob Nicolas Sarkozy).

3.A aproximação entre a França e os países do Golfo é

também creditada ao empenho do Ministro da Defesa, Jean-Yves

Le Drian, que teria feito da região uma das prioridades de

sua gestão. Além de contar numerosos deslocamentos a cada uma

das três capitais (desde maio de 2012, Le Drian já esteve

três vezes em Riade, quatro em Doha e seis em Abu Dhabi), o

Ministro francês dedicou-se pessoalmente à construção

relações de confiança com os dirigentes da região. Seria

notória, por exemplo, sua proximidade com o príncipe herdeiro

de Abu Dhabi, Cheik Mohamed bin Zayed Al Nahyan.

4.Também o recente engajamento militar francês no

continente africano (participação na intervenção da OTAN na

Líbia, em 2011, e lançamento da Operação Serval no Mali, em

janeiro passado) contribuiu para a promoção da indústria de

defesa francesa. As vitórias militares alcançadas pelas

tropas francesas têm sido consideradas "excelentes vitrines"

para os equipamentos do país, sobretudo o caça Rafale. A

Aeronáutica, em particular, parece tirar proveito das

experiências recentes para promover o Rafale, que se provou

eficiente em operações realizadas em cenários complexos e

planejadas em curto-prazo. A iminente atuação militar da

França na República Centro-Africana deverá colocar em

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 29/11/2013 07:07:41 N.°: 01899

CARAT=Ostensivo

evidência, novamente, os principais produtos da indústria de

defesa francesa.

5.À luz desse cenário, resumo, a seguir, as perspectivas

francesas de contratos militares de vulto com países do Golfo

Pérsico:

ARÁBIA SAUDITA

6.Anunciada em setembro passado, a assinatura do contrato

"LEX" - renovação de quatro fragatas e de dois petroleiros de

reabastecimento da marinha - representou a volta da França no

mercado saudita. No valor de 1,1 bilhão de euros, o contrato

entrou em vigor em 7 de outubro e é executado pelas empresas

DCNS, Thales e MBDA.

7.A prioridade francesa em Riade seria hoje o projeto

"Sawari 3", que prevê a venda de seis fragatas e cinco

submarinos, em valor total mínimo estimado em 10 bilhões de

euros. Segundo a imprensa especializada, as novas fragatas

devem ser destinadas ao patrulhamento das águas do Mar

Vermelho, enquanto os submarinos seriam os primeiros

adquiridos pela Marinha saudita. A expectativa dos principais

grupos franceses envolvidos no negócio seria obter a

assinatura de memorando de entendimento por ocasião da

próxima visita do Presidente François Hollande, prevista para

o início de 2014. Com o documento, estima-se, os detalhes

poderiam ser definidos em horizonte de seis meses.

8.Outro grande contrato em vista da indústria francesa é o

"Marc 3", para a renovação do sistema de defesa anti-aérea do

Reino saudita. O negócio, estimado em 4 bilhões de euros,

deve ser concluído proximamente (segundo o jornal "La

Tribune", o atraso na assinatura do contrato deve-se à

decisão das autoridades sauditas de rever todas as

negociações em curso, em função, sobretudo, do esfriamento

das relações com Washington).

CATAR

9.Em Doha, a prioridade francesa é a venda do caça Rafale.

As autoridades cataris teriam manifestado o interesse em

adquirir 72 caças e desejariam, sempre segundo a imprensa

especializada, concluir as negociações até o fim do próximo

semestre. A empresa Dassault já apresentou sua oferta. O

Catar aguarda neste momento a proposta norte-americana. À luz

do projeto de Lei de Programação Militar para o exercício

2014-2019, que reduz as encomendas nacionais das forças

armadas e aposta em contratos de exportação, o Governo

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De: BRASEMB PARIS Recebido em: 29/11/2013 07:07:41 N.°: 01899

CARAT=Ostensivo

francês deve empenhar-se ainda mais no projeto Rafale. Em

entrevista ao "Figaro" (26/11), Le Drian explicou que o

projeto de Lei se fundamenta "essencialmente na exportação do

Rafale (...) trata-se de um objetivo viável". A partir de

2016, previu o Ministro francês, as exportações do caça devem

superar a demanda interna.

10.Dentre outros contratos discutidos com o Catar, estariam:

i) a venda de veículos blindados de combate de infantaria

(VBCI) - 480 destinados às forças cataris e 200 para a guarda

privada do emir; ii) a venda de helicópteros NH90 da

Eurocopter, em versão terrestre (12 unidades) e naval (10

unidades); e iii) a exportação de mísseis MBDA, para o

fortalecimento do sistema catari de defesa anti-aérea.

Somados aos caças Rafale, o potencial dos contratos militares

franceses com o Catar é estimado em 15 bilhões de euros.

11.Após rápida passagem do Ministro da Defesa francês por

Doha no último dia 17 de novembro, o Presidente François

Hollande deve realizar nova visita à capital catari no

primeiro semestre de 2014 (a primeira teve lugar em junho

passado - vide tel 1052).

EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

12.Dois contratos militares concentram as atenções do eixo

Paris-Abu Dhabi: o projeto "Falcon Eye", que prevê a venda de

dois satélites-espiões fabricados pela Austrium; e a

exportação de 17 radares "Ground Master 200", produzidos pela

Thales. O primeiro, no valor de 700 milhões de euros, teria

sido assinado em fins de julho, mas não estaria ainda

vigente. O segundo, estimado em 250 milhões de euros, está em

negociação.

13. A cooperação militar da França com o Emirado é

facilitada pela existência de base militar francesa na

localidade de Al-Dhafra. Trata-se da primeira implantação

militar da França no Golfo Pérsico, inaugurada em 2009.

Considerada por François Hollande "prova da parceria

excepcional" entre os dois países, a base conta com um

contingente militar permanente de 700 soldados e ao menos 3

caças Rafale. A propósito, a tentativa francesa de exportar

os caças da Dassault para Abu Dhabi enfrenta, atualmente, a

forte concorrência do Eurofighter.

14. Recordo, por fim, que o início do mandato de François

Hollande foi marcado pela aproximação com os Emirados Árabes

Unidos, primeiro destino do dirigente francês na região (vide

tel 96). O objetivo era então reequilibrar as relações

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CARAT=Ostensivo

francesas no Golfo Pérsico, excessivamente centradas no Catar

durante a era Sarkozy. Nova visita do Presidente francês ao

Emirado está prevista para o primeiro semestre de 2014.

JOSÉ MAURICIO BUSTANI, Embaixador

DLUZ

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