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A experiência Brasileira na proteção a A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Combate à Fome Secretaria Nacional de Assistência Social Secretaria Nacional de Assistência Social

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Page 1: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

A experiência Brasileira na A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a proteção a pessoas idosas e a

Política Nacional de Assistência Política Nacional de Assistência SocialSocial

Ministério do Desenvolvimento Social e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à FomeCombate à Fome

Secretaria Nacional de Assistência SocialSecretaria Nacional de Assistência Social

Page 2: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Crescimento relativo da população, por grupos de idade selecionados Brasil - 1997/2007

0,4

13,6

30,4

59,9

47,8 49,2

65,0

0 a 14 15 a 24 25 a 49 50 a 59 60 ou mais 65 ou mais 80 ou mais

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1997/2007

%

DADOS POPULACIONAISDADOS POPULACIONAIS

Page 3: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA DA POPULAÇÃO POR SEXOBRASIL, 2000 E 2040

6 4 2 0 2 4 6

0-4

5-9

10-14

15-19

20-24

25-29

30-34

35-39

40-44

45-49

50-54

55-59

60-64

65-69

70-74

75-79

80 +

Fonte: IBGE/Censo Demográfico de 1980, 1991 e 2000; Ministério da Saúde/SIM.Homens 2000 Mulheres 2000

Homens 2040 Mulheres 2040

Page 4: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Proporção de domicílios cuja contribuição da renda do idoso é de mais de 50% da renda domiciliar - Brasil e Grandes Regiões - 1997/2007

47,245,4

59,8

40,2

44,5 43,2

52,0

47,7

62,4

46,2

51,3

46,1

53,0 52,3

63,5

46,9

52,2

47,5

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

1997 2002 2007

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1997/2007

%

A participação da renda do idoso é muito importante e tem crescido no período analisado.

Page 5: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

ARRANJO DOMICILIAR

Page 6: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

MARCOS LEGAISMARCOS LEGAIS

1988 – Constituição FederalLeis Orgânicas da Seguridade Social• Lei Orgânica da Saúde;• Previdência;• LOAS.1994 - Política Nacional do Idoso2003 – Estatuto do Idoso• CNDI;• Conferências Nacionais dos Direitos da

Pessoa Idosa (2006 e 2009).

Page 7: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Nova matriz legal e conceitual

Com Constituição de 1988 a Assistência Social é Incluída no âmbito da Seguridade Social sendo regulamentada pela Lei

Orgânica de Assistência Social - LOAS (8.742/93).

• Conquista dos movimentos populares no avanço da cidadania• Resultado da luta pela democratização do Estado de direito.

ASSISTÊNCIA SOCIALASSISTÊNCIA SOCIAL

A noção de Seguridade Social

Está diretamente relacionada à cobertura universalizada de riscos e vulnerabilidades sociais e a assegurar um conjunto de

condições dignas de vida a todos os cidadãos.

Page 8: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

POLÍTICA PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Como política social pública, a assistência social inicia

seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos,

da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal. A LOAS vai criar uma nova

matriz para a Assistência Social iniciando um processo

que tem como perspectiva torná-la visível como política

pública e direito dos que dela necessitarem

A inserção na Seguridade aponta também

para seu caráter de política de Proteção Social

articulada a outras políticas do campo social voltadas à garantia de direitos e de condições dignas

de vida.

Page 9: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Proteção social devida pelo Estado a quem dela precisar;

Ultrapassa nível de responsabilidade individual, familiar e comunitária;

Além de provisões materiais, proporciona meios para reforço da autoestima, autonomia, inserção social, ampliação da resistência aos conflitos, estímulo à participação.

POLÍTICA PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Page 10: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

A proteção social de assistência social tem a direção do desenvolvimento humano e social e dos direitos de cidadania.

Consiste num conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e auxílios ofertados através do SUAS para redução e prevenção do impacto das vicissitudes sociais e naturais ao ciclo da vida, à dignidade humana e à família como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e relacional. (Sposati, 2005)

PROTEÇÃO SOCIAL

Page 11: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

I. Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem;

II. Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural;

III. Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família e que garantam a convivência familiar e comunitária.

Objetivos

Política Nacional de Assistência SocialPolítica Nacional de Assistência Social

Page 12: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

O que é o SUAS?

Sistema articulador e provedor de ações em diferentes níveis de complexidade:

Proteção Social Básica

Proteção Social Especial

Regulação da hierarquia, dos vínculos e das responsabilidades do sistema cidadão de serviços, benefícios e ações de assistência social.

Alteração da história de fragmentação programática, entre as esferas do governo e das ações por categorias e segmentos sociais.

Page 13: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Matricialidade sócio-familiar

Descentralização político-administrativa e territorialização

Novas bases para relação entre Estado e Sociedade Civil

Financiamento pelas três esferas de governo, com divisão de responsabilidades

Controle Social

Política de Recursos Humanos

Informação, Monitoramento e Avaliação

Conceitos e bases de organização do SUAS

Page 14: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Proteção Social BásicaProteção Social Básica

Ações

Serviços

Benefícios

Programas & Projetos

Ações

Serviços

Benefícios

Programas & Projetos

Famílias vulneráveis

Famílias vulneráveis

Causas

pobreza

privação

fragilização

Causas

pobreza

privação

fragilização

FAMÍLIAS E INDIVÍDUOSFAMÍLIAS E INDIVÍDUOS

PrevençãoPrevenção

Page 15: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Proteção Social EspecialProteção Social Especial

Ações

Serviços

Programas & Projetos

Ações

Serviços

Programas & Projetos

Famílias em risco social

Famílias em risco social

Causas

abandono

maus tratos

abuso

Causas

abandono

maus tratos

abuso

FAMÍLIAS E INDIVÍDUOSFAMÍLIAS E INDIVÍDUOS

ProteçãoProteção

Page 16: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

DIRETRIZES E FUNDAMENTOS DAPROTEÇÃO NOS SERVIÇOS DO SUAS

• Autonomia;• Protagonismo; • Qualidade de vida;• Reconhecimento e identificação das

diversas dimensões sociais;• Direito à proteção social, acesso a serviços,

ambiente propício e saudável; • Reconhecimento da diversificação de

necessidades e demandas e da necessidade de ofertar serviços e oportunidades.

Page 17: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Proteção Social Básica:

Proteção Social Especial:

- Grupos e Centros de

Convivência;

- Acesso à renda (BPC e PBF);

- Ações socioeducativas (PAIF);

- Apoio/orientação a grupos de

cuidadores de idosos;

- Atendimento no domicílio.

- Serviços de orientação e apoio

especializado a indivíduos e

famílias vítimas de violência;

-Serviços de Acolhimento em

Abrigos;

- Repúblicas;

- Casas-lares.

Serviços de Proteção Social do SUASServiços de Proteção Social do SUAS

Page 18: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Centro de Referência da Assistência Centro de Referência da Assistência Social – CRASSocial – CRAS

Unidade pública estatal de base territorial, localizado em áreas de vulnerabilidade social.

Deverá ser implantado pela Prefeitura;

Executa serviços de proteção social básica;

Organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais da política de assistência social;

É a “porta de entrada” para a rede de serviços socioassistenciais.

CRASCRAS

Page 19: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Centro de Referência Especializado de Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREASAssistência Social - CREAS

CREASCREAS

Unidade pública estatalUnidade pública estatal e pólo de e pólo de referênciareferência da PSE – da PSE – média complexidade;média complexidade;

Coordena e opera a referência e a contra-referência com Coordena e opera a referência e a contra-referência com a rede de serviços socioassistenciais e demais políticas a rede de serviços socioassistenciais e demais políticas públicas; públicas;

Oferta orientação e apoio especializados e continuados a Oferta orientação e apoio especializados e continuados a indivíduos e famílias com direitos violados; indivíduos e famílias com direitos violados;

Tem a família como foco de suas ações, na perspectiva de Tem a família como foco de suas ações, na perspectiva de potencializar sua capacidade de proteção e socialização de potencializar sua capacidade de proteção e socialização de seus membros. seus membros.

Page 20: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

SUAS SUAS Fortalecimento da relação

entre gestão, financiamento e controle

social

NOB: disciplina e normatiza a operacionalização da gestão da Política Nacional de Assistência Social – PNAS

Page 21: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Instâncias de Instâncias de GestãoGestão

Ministério do Desenvolviment

o Social e Combate à

Fome

Secretarias Estaduais

Secretarias Municipais

Instâncias de Instâncias de Negociação e Negociação e

PactuaçãoPactuação

Comissão Intergestora

Tripartide

Comissão Intergestora

Bipartide

Instâncias de Instâncias de Deliberação e Deliberação e

Controle Controle SocialSocial

Conselho Nacional

Conselhos Estaduais

Conselhos Municipais

Instâncias de Instâncias de FinanciamentoFinanciamento

Fundo Nacional

Fundos Estaduais

Fundos Municipais

Rede de Serviços Governamentais e não Governamentais de Assistência Social

Destinatários / Usuários

Instâncias de gestão e financiamento do Instâncias de gestão e financiamento do SUASSUAS

Page 22: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

ALGUNS DADOSALGUNS DADOS

• Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social-BPC em 2008, 1.423.790 idosos atendidos e R$ 7. 019. 000.000,00 repassados) e benefícios eventuais;

• Programa Bolsa Família- 1.026.736 idosos inseridos nas famílias atendidas pelo programa.

Page 23: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

ATENDIMENTO DA PESSOA IDOSA NA PSBATENDIMENTO DA PESSOA IDOSA NA PSB

• O atendimento à pessoa idosa na proteção social básica é realizado no CRAS por meio do PAIF e também, conforme definem as Portarias n.º 2854/2000 e 2874/2000, por meio de Grupos e Centros de Convivência de Idosos.

• 66,9% dos 5.142 CRAS cadastrados no Censo CRAS ofertam serviços de convivência para idosos em 2.711 municípios.

(Fonte: Censo CRAS 2008.)

• O co-financiamento dos Grupos e Centros de Convivência de Idosos é realizado por meio do Piso Básico de Transição (PBT).

• 9,5% dos recursos do Piso Básico de Transição co-financiam o atendimento à pessoa idosa, fora dos CRAS, por meio dos Grupos e Centros de Convivência de Idosos em 1.851 municípios.

(Fonte: QPBT_03/04/2009)

• O MDS co-financiou a construção de 326 Centros de Convivência de Idosos em 300 municípios.

Page 24: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

ATENDIMENTO DA PESSOA IDOSA NA PSEATENDIMENTO DA PESSOA IDOSA NA PSE

• Do total das 1454 Unidades de Prestação de Serviços, cadastradas por 1050 municípios que preencheram o CENSO CREAS, 46,9% já desenvolvem o atendimento a idosos vítimas de negligência ou de violência física, psicológica ou sexual (Fonte Censo CREAS 2008);

• 827 municípios recebem co-financiamento federal por meio do Piso de Alta Complexidade I, para a oferta de serviços de acolhimento, conforme dados de 2007, 370 municípios ofertam serviço de acolhimento à pessoa idosa com atendimento à 24.952 pessoas, com cobertura em 25 Estados e DF, apenas o Estado do Amapá não conta co-financiamento federal para esse serviço;

• Casa -lar: são co-financiadas, em todo o Brasil, 22 casas-lares, sendo 21 no Estado de São Paulo e uma no Estado do Rio de Janeiro;

• República: São co-financiadas dois serviços na modalidade REPÚBLICA. As repúblicas estão localizadas em Santos (SP) e Belo Horizonte (MG);

• Carteira do Idoso: em torno de 320 mil idosos atendidos.

Page 25: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

1) Alinhar o serviço de convivência para pessoa idosa com o SUAS, contribuindo para a organização da proteção social básica nos territórios de abrangência do CRAS/PAIF;

2) Disponibilizar orientações aos municípios e DF, de forma a contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços de convivência para idosos e para o reconhecimento das situações de vulnerabilidade social e de risco nos territórios dos CRAS;

3) Desenhar o serviço de suporte domiciliar para pessoas com dependências (idosos e com deficiência) e disponibilizar orientações aos municípios e DF.

PRINCIPAIS DESAFIOS NO ATENDIMENTO DA PRINCIPAIS DESAFIOS NO ATENDIMENTO DA PESSOA IDOSA NA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICAPESSOA IDOSA NA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

Page 26: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

PRINCIPAIS DESAFIOS PRINCIPAIS DESAFIOS NO ATENDIMENTO DA NO ATENDIMENTO DA PESSOA IDOSAPESSOA IDOSA NA PROTEÇÃO SOCIAL NA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIALESPECIAL

1) Aprimorar os mecanismos de regulação dos serviços de proteção social especial visando o reordenamento dos serviços;

2) Aprimorar as orientações para o atendimento aos idosos com direitos violados nos CREAS;

3) Realizar o levantamento nacional dos serviços de acolhimento às pessoas idosas;

4) Concretizar a intersetorialidade prioritariamente com o Sistema Único de Saúde-SUS.

Page 27: A experiência Brasileira na proteção a pessoas idosas e a Política Nacional de Assistência Social Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

MUITO MUITO OBRIGADA!OBRIGADA!