ministrio do desenvolvimento social e combate fome ministrio do desenvolvimento social e combate...
Post on 07-Feb-2018
214 views
Embed Size (px)
TRANSCRIPT
3
Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome
Conselho Nacional de Assistncia Social
Caderno de Orientaes - CNAS Processo eleitoral dos (as) representantes da Sociedade Civil nos Conselhos de Assistncia Social
4
MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE FOMECONSELHO NACIONAL DE ASSISTNCIA SOCIAL
COMPOSIO CNAS - GESTO 2012/2014 PRESIDENTE: Luziele Maria de Souza Tapajs VICE-PRESIDENTE: Leila Pizzato
REPRESENTANTES GOVERNAMENTAIS
Titulares:Luziele Maria de Souza TapajsMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS Simone Aparecida AlbuquerqueMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS Clara Carolina de SMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS La Lcia Ceclio BragaMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS Jos Geraldo Frana Diniz/ Idervnio da Silva CostaMinistrio do Planejamento Oramento e Gesto Ftima Aparecida RampinMinistrio da Previdncia Social - MPS Jos Ferreira da CrusMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS Meive Ausnia Piacesi/ Maria das Graas Soares ProlaRepresentante dos Estados - FONSEAS Marisa Rodrigues da SilvaRepresentante dos Municpios CONGEMAS
Suplentes: Solange TeixeiraMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS Maria do Socorro Fernandes TabosaMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS Viviane Vieira da SilvaMinistrio da Educao- MEC Maria Cristina Costa Arrochela Lobo/ Elizabeth Sousa Cagliari HernandesMinistrio da Sade- MS Fbio Moassab BruniMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate a Fome MDS Margarida Munguba CardosoMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS Marclio Marquesini FerrariMinistrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS Eloiana Cambraia Soares/Celiany Rocha AppeltRepresentante dos Estados - FONSEAS Charles Roberto Pranke/ Maria Lcia Nogueira Linhares MarquimRepresentante dos Municpios CONGEMAS
5
REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL Titulares: Leila Pizzato Associao Antnio Vieira - Vice-presidente Ademar de Andrade Bertucci Critas Brasileira Wagner Carneiro de Santana - Fundao Orsa Volmir Raimondi Organizao Nacional de Cegos do Brasil - ONCB Anderson Lopes Miranda Frum Nacional de Populao de Rua Aldenora Gomes Gonzlez Confederao Nacional das Associaes de Moradores - CONAM Maria Aparecida do Amaral Godoi de Faria Confederao Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social da CUT CNTSS/CUT Margareth Alves Dallaruvera Federao Nacional dos Assistentes Sociais - FENAS Jane Pereira Clemente Federao Nacional dos Empregados em Instituies Beneficentes, Religiosas e Filantrpicas - FENATIBREF Mrcia de carvalho Rocha Lar Fabiano de Cristo
Suplentes:Cladia Laureth Faquinote - Associao Brasileira de Educao e Cultura - ABEC Simone Faria Dragone Associao Bem Aventurada ImeldaValria da Silva Reis Ribeiro Legio da Boa Vontade LBVMarilena Ardore Federao Nacional das Apaes - FENAPAEDris Margareth de Jesus - Unio Brasileira de Mulheres Nilsia Lourdes dos Santos Unio de Negros Pela Igualdade - UNEGRO Jos Arajo da Silva Pastoral da Pessoa Idosa Edivaldo da Silva Ramos Associao Brasileira de Educadores de Deficientes Visuais - ABEDEV Carlos Rogrio de Carvalho Nunes Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB Thiago Szolnoky de Barbosa Ferreira Cabral Ordem dos Advogados do Brasil - OAB
SECRETARIA EXECUTIVA DO CNAS
Secretria Executiva Maria das Mercs Avelino de Carvalho
Coordenao de Poltica da Assistncia Social Maria Auxiliadora Pereira
Coordenao de Normas da Assistncia Social Christianne Camargo Menezes
Coordenao de Financiamento da Assistncia Social Jamile Maria Bueres Calado/Bechara Miranda
Coordenao de Acompanhamento aos Conselhos da Assistncia Social Liliane Neves do Carmo/Celda Maria Chaves de Souza
Assessoria TcnicaAlessandra Telles Bruno Cared TavaresElaina Daher JardimRichelly FerreiraRonaldo Melo
Diagramao e CapasBruno Cared Tavares
Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate FomeConselho Nacional de Assistncia Social
Braslia, maro de 2014
6
7
APRESENTAO
Como do conhecimento dos(as) usurios(as), trabalhadores(as), conselheiros(as) e gestores(as) do Sistema nico de Assistncia Social - SUAS, a construo de um Sistema de Proteo Social, no Brasil, de contedo democrtico, universal e concretizador de direitos, concebe e abriga, em seu interior, o Controle Social.
O controle social abre ao(a) cidado() a possibilidade de participar, acompanhar e avaliar as concepes e aes das polticas pblicas, ensejando sua interveno ativa e propositiva no seu aprimoramento, na correo de suas rotas e estratgias, sempre visando o avano de perspectivas tico-polticas em prol de um patamar civilizatrio superior no rumo de uma sociedade para todos(as).
O controle social assume diversificadas formas e contedos. No mbito do SUAS, organiza-se prioritariamente em formato de Conselhos, atuantes nas esferas nacional, estadual, municipal e DF dos quais participam representantes da gesto estatal das polticas pblicas e representantes da sociedade civil.
Com o objetivo de contribuir para melhores resultados nos processos de eleio dos representantes da sociedade civil nos Conselhos em todo o territrio nacional, o Conselho Nacional de Assistncia Social (CNAS) apresenta esta publicao, cujo escopo disponibilizar orientaes sobre o processo de eleio dos(as) representantes da Sociedade Civil nos Conselhos de Assistncia Social, de modo a dar uma unidade nacional nesse processo de escolha, embora sempre aberto s particularidades regionais e locais.
Assim, este novo Caderno tematiza a eleio dos representantes da sociedade civil nos conselhos, apresentando conceitos bsicos, reunindo procedimentos necessrios para a realizao desse processo, alm de Resolues do CNAS e outros documentos e instrumentos norteadores, que regulamentam a participao dos trs segmentos representantes da sociedade civil nos espaos de controle social da Assistncia Social.
Sabe-se que a escolha dos(as) representantes da sociedade civil nos Conselhos de Controle Social da Assistncia Social no est imune da disputa que ocorre em outras formas de eleio, mas o importante que possamos definir onde queremos chegar ao escolher os(as) representantes da sociedade civil nos Conselhos, considerando a necessidade de que seja um(a) representante identificado(a) com os interesses da populao usuria do Sistema, com participao qualificada nos debates ali travados.
O caderno trata, ainda, de elementos importantes sobre o necessrio protagonismo dos(as) usurios(as) da assistncia social na implementao e controle social dessa poltica, assim como as representaes, tambm importantes, dos(as) trabalhadores(as) e das entidades de assistncia social no controle social do SUAS.
As questes ora apresentadas, presentes desde a formulao da LOAS, e sua atualizao por meio da Lei n 12.435/2011, encontram-se neste momento em condies para o necessrio avano, uma vez que so pontos que efetivam a participao democrtica no SUAS, trazendo questes que permeiam aspectos tcnicos, polticos e ticos desta poltica de direitos.
As orientaes ancoram-se nas normativas e legislaes vigentes, assim como nas deliberaes de conferncias e debates nacionais j consolidados.
H que se reconhecer que a garantia do direito assistncia social pela poltica pblica vem adquirindo maior visibilidade e legitimidade na sociedade, contribuindo na consolidao da grande articulao que o SUAS anuncia e realiza no cotidiano das gestes e da populao atendida em todo o territrio nacional. Este debate sobre a participao e controle social requer o compromisso de todos(as), pois os conselhos, assim como as prprias conferncias, precisam ser exemplos de participao dos sujeitos de direitos desta poltica.
Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome
Conselho Nacional de Assistncia Social
8
SIGLRIO
BPC Benefcio de Prestao ContinuadaCadnico Cadastro nicoCAS Conselho de Assistncia SocialCIT Comisso Intergestores TripartiteCNAS Conselho Nacional de Assistncia SocialCRAS Centro de Referncia em Assistncia SocialCREAS Centro de Referncia Especializado em Assistncia SocialCENTRO POP- Centro de Referncia para Populao de RuaDF Distrito FederalFNAS Fundo Nacional de Assistncia SocialLOAS Lei Orgnica da Assistncia SocialMDS Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate FomeNOB Norma Operacional BsicaPAS Plano de Assistncia SocialPNAS Poltica Nacional de Assistncia SocialPSB Proteo Social BsicaSNAS Secretaria Nacional de Assistncia Social SUAS Sistema nico de Assistncia SocialSE Secretaria Executiva
9
1. A SOCIEDADE CIVIL, A PARTICIPAO E O CONTROLE SOCIAL DAS POLTICAS PBLICAS
O processo constituinte aprofundou a discusso sobre a questo social no Brasil, sob a presso dos movimentos sociais ao final da dcada de 70 e incio dos anos 80, propugnando a democratizao do Estado e os mecanismos necessrios para torn-lo pblico.
A partir da dcada de 80 o cenrio poltico brasileiro tem se modificado, com a ampliao do processo de democratizao da sociedade. Aps a queda do regime militar, vrias formas de manifestaes comearam a surgir no seio da sociedade civil, que resultaram em uma participao poltica mais efetiva e mais organizada, contribuindo significativamente para a ampliao dos espaos de participao democrtica.
com o retorno do exerccio dos direitos civis e polticos que os conselhos, como esferas pblicas, entram em cena na institucionalidade democrtica, como mecanismos institucionais de participao da sociedade civil organizada.
A participao nos conselhos, como efetivao da democracia participativa, tem significado permanente de educao para a cidadania. A sociedade conquista um espao de corresponsabilidade na definio de leis e polticas garantid