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A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL Questão não raramente submetida ao Poder Judiciário em primeira instância é o pedido visando expurgar dos prontuários e arquivos criminais de institutos de identificação registros de inquéritos policiais arquivados ou processos criminais que terminaram em absolvição ou após cumprimento da suspensão condicional (art. 89 da Lei 9.099/95), com a prescrição da pretensão punitiva e de termos circunstanciados encerrados com a transação penal (art. 76 da citada lei), após o decurso de 5 anos. Os envolvidos em tais inquéritos e processos justificam o pedido alegando que a permanência dos registros traduz constrangimento ilegal e causa dissabores em suas vidas, notadamente em razão da publicidade dos registros, embaraçando até mesmo aprovação em concursos públicos e processos seletivospara admissão em emprego na iniciativa privada. Alguns juízes e tribunais entendem que não é possível simplesmente apagar dos arquivos criminais dos Institutos de Identificação os feitos ora referidos. Alegam a necessidade de preservar o histórico do envolvido em inquérito policial, processo criminal ou termo circunstanciado, ainda que não tenha sobrevindo condenação transitada em julgado. Afirmam que é preciso disponibilizar à Justiça Criminal o conhecimento, em qualquer tempo, de tais apontamentos, úteis na avaliação dos antecedentes do indivíduo, caso ele volte a delinqüir e seja processado por outro ilícito penal. Os defensores desse entendimento não enxergam qualquer possibilidade de constrangimento na manutenção desses registros e tentam minimizar o problema apresentado, invocando disposições do Código de Processo Penal, Lei de Execução Penal e, no caso do Estado de São Paulo, das Normas de Serviço da Corregedoria Geral de Justiça, como o decidido no Mandado de Segurança nº 438.372.3/7, julgado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (j. 30.3.2004, por maioria). O relator, Desembargador Hélio de Freitas, no voto condutor, afirmou: "Não há direito líquido e certo do impetrante em obter o cancelamento do registro e das informações a respeito de seu processo nos computadores, seja do IIRGD, seja do sistema informatizado do Poder Judiciário, seja do sistema interno do DIPO. Não há norma constitucional ou legal que determine seja efetuado esse cancelamento pretendido pelo Impetrante. A Constituição Federal, no inciso X, do seu artigo 5°, garante a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Comentando esse inciso, prelecionam CELSO RIBEIRO BASTOS e IVES GANDRA MARTINS que o direito à reserva da intimidade e da vida privada consiste ‘na faculdade que tem cada indivíduo de obstar a intromissão de estranhos na sua vida privada e familiar, assim como de impedir-lhes o acesso a informações sobre a privacidade de cada um, e também impedir que sejam divulgadas informações sobre esta área da manifestação existencial do ser humano’ (COMENTARIOS A CONSTITUIÇÃO DO BRASIL, 2° Volume, Editora Saraiva, 1989, pág. 63).

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Page 1: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

Questão não raramente submetida ao Poder Judiciário em primeira instância é o pedido visando expurgar dos prontuários e arquivos criminais de institutos de identificação registros de inquéritos policiais arquivados ou processos criminais que terminaram em absolvição ou após cumprimento da suspensão condicional (art. 89 da Lei 9.099/95), com a prescrição da pretensão punitiva e de termos circunstanciados encerrados com a transação penal (art. 76 da citada lei), após o decurso de 5 anos.            Os envolvidos em tais inquéritos e processos justificam o pedido alegando que a permanência dos registros traduz constrangimento ilegal e causa dissabores em suas vidas, notadamente em razão da publicidade dos registros, embaraçando até mesmo aprovação em concursos públicos e processos seletivospara admissão em emprego na iniciativa privada.            Alguns juízes e tribunais entendem que não é possível simplesmente apagar dos arquivos criminais dos Institutos de Identificação os feitos ora referidos. Alegam a necessidade de preservar o histórico do envolvido em inquérito policial, processo criminal ou termo circunstanciado, ainda que não tenha sobrevindo condenação transitada em julgado. Afirmam que é preciso disponibilizar à Justiça Criminal o conhecimento, em qualquer tempo, de tais apontamentos, úteis na avaliação dos antecedentes do indivíduo, caso ele volte a delinqüir e seja processado por outro ilícito penal.            Os defensores desse entendimento não enxergam qualquer possibilidade de constrangimento na manutenção desses registros e tentam minimizar o problema apresentado, invocando disposições do Código de Processo Penal, Lei de Execução Penal e, no caso do Estado de São Paulo, das Normas de Serviço da Corregedoria Geral de Justiça, como o decidido no Mandado de Segurança nº 438.372.3/7, julgado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (j. 30.3.2004, por maioria). O relator, Desembargador Hélio de Freitas, no voto condutor, afirmou:

  "Não há direito líquido e certo do impetrante em obter o cancelamento do registro e das informações a respeito de seu processo nos computadores, seja do IIRGD, seja do sistema informatizado do Poder Judiciário, seja do sistema interno do DIPO.            Não há norma constitucional ou legal que determine seja efetuado esse cancelamento pretendido pelo Impetrante.            A Constituição Federal, no inciso X, do seu artigo 5°, garante a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Comentando esse inciso, prelecionam CELSO RIBEIRO BASTOS e IVES GANDRA MARTINS que o direito à reserva da intimidade e da vida privada consiste ‘na faculdade que tem cada indivíduo de obstar a intromissão de estranhos na sua vida privada e familiar, assim como de impedir-lhes o acesso a informações sobre a privacidade de cada um, e também impedir que sejam divulgadas informações sobre esta área da manifestação existencial do ser humano’ (COMENTARIOS A CONSTITUIÇÃO DO BRASIL, 2° Volume, Editora Saraiva, 1989, pág. 63).            A simples existência do registro e de informações relacionados com o processo do impetrante não fere o direito constitucional à reserva de sua intimidade e de sua vida privada. O que viola esse direito é a divulgação indevida desse registro e dessas informações. Por isso, a lei determina que, em determinados casos, se guarde sigilo a respeito desse registro e dessas informações. A lei não manda cancelar, apenas determina que se observe sigilo sobre esses dados, preservando, com isso, o direito constitucional à reserva da intimidade e da vida privada da pessoa.            Com efeito, o artigo 93, "caput", do Código Penal, assegura ao condenado reabilitado o sigilo dos registros sobre seu processo e condenação. O artigo 748 do Código de Processo Penal, na mesma esteira, determina que a condenação ou condenações anteriores do reabilitado não serão mencionadas na folha de antecedentes, nem em certidão extraída dos livros do juízo, ressalvando a hipótese de requisição judicial.

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            O artigo 202 da Lei de Execução Penal, por fim, dispõe que, depois de cumprida ou extinta a pena, ‘não constarão da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova infração penal ou outros casos expressos em lei’.            Esse dispositivo legal, por interpretação extensiva, também se aplica aos processos em que resulta a absolvição do réu. Tem pertinência aqui a lição do saudoso autor Julio Fabbrini Mirabete: ‘De toda lógica a afirmação de que não devem também constar das folhas corridas e certidões referências às ações penais encerradas com a absolvição do réu. A proibição da informação relativa ao processo com absolvição é extraída do art. 202 da Lei de Execução Penal, por interpretação extensiva, em virtude dos conhecidos princípios ubi eadern ratio, ibi eadem legis dispositio e favorabilia sunt amplianda, odiosa restringenda’ (EXECUÇÃO PENAL, Atlas, 9 Edição, pág. 694).            Vê-se, pois, que, em nenhum caso, a lei determina o cancelamento ou a exclusão de registros ou informações a respeito de processos na Instituição Policial e no Poder Judiciário, pelo contrário, ela deixa entendida a necessidade de manutenção desses dados para possibilitar o fornecimento deles na hipótese de requisição judicial e em outros casos expressos na legislação. As disposições legais apenas mandam observar o sigilo desses dados naqueles casos específicos.            (...)            O registro histórico do processo e das informações relativas a ele não pode ser cancelado, apagado ou eliminado dos assentamentos das repartições policiais e do Poder Judiciário, pois é necessário para a preservação da memória histórica da Administração Pública, que exige que seus arquivos sejam completos e fidedignos, a fim de que se saiba tudo que nela tramitou.            Atualmente, com a informatização das repartições públicas, imprimindo maior agilidade e eficiência aos serviços da Polícia e do Judiciário, os registros e informações a respeito de processos são lançados no computador, os quais podem ser protegidos com a utilização de códigos de modo a torná-los inacessíveis ao público, tendo acesso a eles apenas funcionários autorizados. O cancelamento ou exclusão desses dados no computador tornariam incompletos os lançamentos, impossibilitando o fornecimento de informações fidedignas na hipótese de requisição judicial e em outros casos previstos em lei, como parafins de concurso publico.            (...)            O sigilo do registro de sentenças penais absolutórias e inquéritos arquivados nos terminais dos computadores do IIRGD, assim como no Departamento de Investigação e na Delegacia de Polícia, não impõe, necessariamente, a exclusão desses registros. A manutenção do registro histórico do processo é necessária para a preservação da memória dos atos praticados pela Administração Pública. O sigilo pode ser assegurado sem a exclusão desses registros. (...) Ademais, a exclusão dos dados daqueles impetrantes dos computadores do IIRGD tomou os arquivos dessa instituição falhos, incompletos, inviabilizando o fornecimento de informações corretas na hipótese de requisição judicial e em outros casos previstos em lei, como, por exemplo, concursos públicos.            É importante registrar que o IIRGD é o Órgão encarregado de fornecer a folha de antecedentes das pessoas no Estado de São Paulo. Nele se centralizam as anotações sobre todos os processos instaurados contra as pessoas neste Estado. É através da folha de antecedentes, requisitada ao IIRGD, que os Juízes tomam conhecimento da existência de outros processos, em outras Comarcas, de réus sob seu julgamento, e, eventualmente, requisitam às Comarcas certidões relativas a esses processos, para fins de individualização da pena, decisão sobre transação penal e suspensão condicional do processo etc. E através da folha de antecedentes, requisitada ao referido Instituto, que as comissões de concursos públicos avaliam a idoneidade moral de candidatos, para fms de aprovação para cargos públicos. A exclusão de registro de processos, regularmente feito, irá tornar falha e omissa as folhas de antecedentes naqueles casos de requisição judicial e em outros previstos em lei, retirando-lhe a credibilidade".            Os argumentos expendidos no voto em questão são, sem dúvida, respeitáveis. E no mesmo sentido trilham inúmeras outras decisões do Tribunal de Justiça bandeirante: Mandado de Segurança nº 394.406-3/4 - São Paulo - 6ª Câmara Criminal - Relator: Pedro Gagliardi - 24.10.02 -

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v.u.; Mandado de Segurança nº 397.324-3/1 - São Paulo - 3ª Câmara Criminal - Relator: Walter Guilherme - 25.02.03 - v.u.; Mandado de Segurança nº 247.813-3 – São Paulo – 6ª Câmara Criminal – Relator: Gentil Leite – 02.04.98 – v.u.; Mandado de Segurança nº 428.132-3/4 – São Paulo – 3ª Câmara Criminal Extraordinária – Relator: Marcos Zanuzzi – 01.10.2003 – v.u..            Todavia, entendo que tais registros devem sim ser apagados dos arquivos informatizados dos institutos de identificação, para que deixem de constar das folhas de antecedentes, acessadas facilmente nas Delegacias de Polícia do Estado e, atualmente, disponíveis através de consulta nos Fóruns e até mesmo nas penitenciárias.            O motivo da afirmação reside numa questão essencialmente prática. Qual a finalidade de saber que determinado cidadão tem em seu prontuário criminal, inquérito arquivado, processo no qual foi absolvido, processo extinto pela prescrição da pretensão punitiva, processo extinto após cumprimento do sursis processual (art. 89, Lei 9.099/95) ou termo circunstanciado em que foi beneficiado com a transação penal há mais de 5 anos?            É sabido que todos esses feitos, inclusive as condenações e outras intercorrências processuais (v.g., recebimento da denúncia, suspensão do processo etc) são lançados na folha de antecedentes dos indivíduos, sempre no Instituto de Identificação do Estado em que ele está sendo processado e, em muitos casos, naqueles onde ele foi registrado civilmente.            Os registros da folha de antecedentes não bastam para comprovar a reincidência e os maus antecedentes. Ela serve, porém, de parâmetro para que os cartórios judiciais forneçam certidão circunstanciada acerca do(s) processo(s) nela constante(s).            Mas nem todos os registros constantes da folha de antecedentes têm utilidade para a Justiça Criminal ou mesmo para outras finalidades.            Os feitos em questão não servem para demonstrar a reincidência, já que esta só se verifica "quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior" (art. 63, CP).            Tais feitos podem ser considerados a título de maus antecedentes? Tenho que não, pois somente condenações criminais transitadas em julgado, que não sirvam para considerar a recidiva, podem justificar a exacerbação da pena (ou a aplicação de tratamento jurídico mais gravoso ao sentenciado), pois, com o trânsito em julgado, descaracteriza-se a presunção juris tantum de não-culpabilidade do agente, passando este a ostentar o status jurídico-penal de condenado, com todas as conseqüências legais daí decorrentes.            O eminente Professor Damásio E. de Jesus preleciona: "Não devem ser considerados como maus antecedentes, prejudicando o réu, processos em curso (...); inquéritos em andamento (...); sentenças condenatórias ainda não confirmadas (...); simples indiciamento em inquérito policial (...); fatos posteriores não relacionados com o crime (...); crimes posteriores (...); fatos anteriores à maioridade penal (...); sentenças absolutórias (...); referência feita pelo delegado de polícia de que o indivíduo tem vários inquéritos contra si (...); simples denúncia (...); periculosidade (...); e revelia, de natureza estritamente processual (...)" ("Código Penal Anotado", p. 199/200, 11ª ed., 2001, Saraiva).            Rogério Greco, por seu turno, assinala:            "Entendemos que, em virtude do princípio constitucional da presunção de inocência, somente as condenações anteriores com trânsito em julgado, que não sirvam para forjar a reincidência, é que poderão ser consideradas em prejuízo do sentenciado, fazendo com que a sua pena-base comece a caminhar nos limites estabelecidos pela lei penal.             (...)            Se somente as condenações anteriores com trânsito em julgado, que não se prestem para afirmar a reincidência, servem para conclusão dos maus antecedentes, estamos dizendo, com isso, que simples anotações na folha de antecedentes criminais (FAC) do agente, apontando inquéritos policiais ou mesmo processos penais em andamento, inclusive com condenações, mas ainda pendentes de recurso, não têm o condão de permitir que a sua pena seja elevada" ("Curso de Direito Penal – Parte Geral", vol. I/626, 5ª ed., 2005, Editora Impetus).

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            Elucidativo aresto do Superior Tribunal de Justiça, relatado pelo Ministro Luiz Vicente Cernicchiaro, bem sintetiza a questão:            "Inquérito policial arquivado significa não haver sido coligidos elementos mínimos para justificar oferecimento de denúncia. Acrescente-se, tal arquivamento decorre de decisão judicial, ouvido o Ministério Público. Inquérito policial em andamento, por si só, não indica infração penal. É mera proposta de trabalho. Precipitado, por isso, tomá-lo como antecedente criminal negativo. Sentença absolutória é declaração solene de inexistência de infração penal, ou que, através da garantia constitucional e jurisdicional, não foram colhidos elementos para imputar o delito ao réu. Assim, os três institutos não podem conduzir à conclusão de, antes, o indiciado, ou réu haver praticado o crime" (REsp. nº 167.369/RJ – 6ª T. – j. 23.11.98 – v.u. – DJU 17.2.99, p. 171).            Quanto aos termos circunstanciados em que o autor do fato foi beneficiado com a transação penal e já se passaram mais de 5 anos da concessão do benefício, razão alguma há para permanecer o feito registrado no prontuário criminal do agente.            Com efeito, dispõe o § 4º do artigo 76 da Lei 9.099/95: "Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas   para   impedir o mesmo benefício no prazo de cinco anos" – grifei.            Ora, se a única finalidade do registro da transação penal nos terminais do Instituto de Identificação é orientar a Justiça quanto à possibilidade de ser ou não o agente beneficiado com a transação penal no prazo de cinco anos, e se este prazo já expirou, desnecessário que permaneça cadastrado naquele órgão.            Até porque, se praticar infração penal de menor potencial ofensivo, o feito anterior não poderá ser considerado na avaliação dos requisitos previstos no artigo supradito.            Para a Justiça Criminal não terão validade alguma. Para fins de concurso público (art. 291, Constituição do Estado de São Paulo), penso que também não poderão ser considerados, haja vista o já mencionado princípio constitucional da presunção de inocência.            Não se pode olvidar que esses registros podem dificultar sobremaneira a vida do indivíduo. Imaginemos a situação de uma pessoa que ostenta tão somente em sua folha de antecedentes um inquérito policial arquivado. Ele foi aprovado em concurso público e o órgão no qual ele pretende ingressar, acessando os registros do Instituto de Identificação, descobre o inquérito. Ou de imediato o desclassificará, apenas e tão somente por considerar aquele apontamento uma mácula em sua vida, situação que não raro acontece, ou então mandará que apresente certidão judicial atualizada. Para tanto, ele deverá desembolsar valor relativo à taxa cobrada para expedição do documento. Isso tudo para provar que não possui condenações criminais definitivas. E se ele morar em Panorama, extremo Oeste do Estado de São Paulo, e o processo for, p. ex., de São José dos Campos? Certamente terá que se deslocar até essa cidade para obter a certidão.            Até mesmo policiais, serventuários da justiça e profissionais do direito costumam exclamar, quando se deparam com uma extensa folha corrida, que seu titular é criminoso profissional. E o fazem sem sequer saber o resultado de cada um dos apontamentos nela contidos. Isso ocorre quando o indivíduo, tendo ou não condenação, tem em sua folha corrida diversos inquéritos ou processos que "deram em nada". E porque isso ocorre? É o estigma que decorre dos registros criminais. Isso está arraigado na mente das pessoas e os desavisados chegam a tachar de "reincidente" ou "mau elemento" uma pessoa que foi mais de uma vez a uma Delegacia apenas para prestar esclarecimentos sobre um fato investigado.            O promotor de justiça paulista Mário Sérgio Sobrinho, na obra "A Identificação Criminal", afirma:            "Os efeitos da inclusão dos dados no cadastro criminal pelo indiciamento em inquérito policial permanecem em relação ao indiciado, mesmo que a investigação policial não redunde em ação penal, como ocorre nos casos de arquivamento das investigações ou no reconhecimento de qualquer forma de extinção de punibilidade, causando-lhe dificuldades de toda ordem, sendo a principal delas a rejeição desta pessoa pelo mercado de trabalho" (RT, 2003, p. 115).

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          Para fins de estatística, tais apontamentos também não têm validade. É cediço que, na atualidade, com os grandes recursos da Informática e da comunicação em rede, os dados formadores da estatística criminal são computados diariamente, através dos próprios boletins de ocorrência e, ao depois, de planilhas da polícia e dos juízos criminais. Isso não será desfigurado com a exclusão, posterior, dos registros.            A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça é tranqüila quanto à possibilidade de exclusão desses registros, conforme se vê dos seguintes arestos:            "Inquérito Policial. Arquivamento. Exclusão de dados dos terminais do instituto de identificação. Por analogia ao art. 784 do CPP – que assegura ao reabilitado o sigilo das condenações criminais anteriores na sua folha de antecedentes -, esta Corte Superior tem entendido que devem ser excluídos dos terminais dos Institutos de Identificação Criminal os dados relativos a inquéritos arquivados, de modo a preservar a intimidade do indivíduo. Precedentes. Recurso conhecido e provido" (RHC n 14.376/SP, 5ª T., rel. Min. José Arnaldo da Fonseca, j. 02.03.04, v.u., DJU 29.03.04, p. 254). "CRIMINAL. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ANTECEDENTES CRIMINAIS. INQUÉRITOS ARQUIVADOS. REABILITAÇÃO, ABSOLVIÇÃO E RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA. EXCLUSÃO DE DADOS DO REGISTRO DO PODER JUDICIÁRIO.            I - Esta Corte Superior tem entendido que, por analogia ao que dispõe o art. 748 do Código do Processo Penal, que assegura ao reabilitado o sigilo das condenações criminais anteriores na sua folha de antecedentes, devem ser excluídos dos terminais dos Institutos de Identificação Criminal os dados relativos a inquéritos arquivados e a processos em que tenha ocorrido a reabilitação do condenado, a absolvição do acusado por sentença penal transitada em julgado, ou tenha sido reconhecida a extinção da punibilidade do acusado pela prescrição da pretensão punitiva do Estado, de modo a preservar a intimidade do mesmo.(Precedentes).            II - Tais dados entretanto, não deverão ser excluídos dos arquivos do Poder Judiciário, tendo em vista que, nos termos do art. 748 do CPP, pode o Juiz Criminal requisitá-los, de forma fundamentada, a qualquer tempo, mantendo-se entretanto o sigilo quanto às demais pessoas. (Precedente). Recurso desprovido" (RMS 19501/SP, DJ de 01.07.2005, Rel. Min. Felix Fischer).            "CRIMINAL – ROMS – PROCESSO ARQUIVADO PELA INVIABILIDADE DA AÇÃO PENAL - CANCELAMENTO DE REGISTRO NA FOLHA DE ANTECEDENTES – RECURSO PROVIDO.            I – É legítima a pretensão do recorrente que teve o processo a que respondia arquivado por requerimento do próprio Parquet, em razão da inviabilidade da ação penal, e pretende sejam apagados de sua folha de antecedentes quaisquer referências ao referido processo, visando a evitar prejuízos futuros.            II – Recurso provido para que sejam canceladas as anotações relativas ao processo criminal, na folha de antecedentes da recorrente" (RMS nº9879/SP – 5ª T. – Rel. Min. Gilson Dipp – j. 09.4.2002 – v.u – DJ 03.06.2002, p. 214).            "INQUÉRITO POLICIAL. ARQUIVAMENTO. PEDIDO DE EXCLUSÃO DO NOME DO IMPETRANTE NOS REGISTROS DO INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO. SIGILO DAS INFORMAÇÕES PELO DISTRIBUIDOR CRIMINAL. ACOLHIMENTO DO PEDIDO. PRECEDENTES.            É pacífico o entendimento jurisprudencial desta Eg. Corte de Justiça, em atendimento ao disposto no art. 748 do CPP, de que os dados relativos a inquéritos arquivados, em processos nos quais tenha ocorrido a reabilitação do condenado ou tenha ocorrido a absolvição do acusado por sentença penal transitada em julgado, ou em caso de reconhecimento da extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva do Estado, devem ser excluídos do respectivo registro nos Institutos de Identificação e preservado o sigilo no Distribuidor Criminal" (RMS nº 19.936/SP – 5ª T. – Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca – j. 08.11.05 – v.u. – DJU 05.12.05, p. 341).            "Se o Código de Processo Penal, em seu art. 748, assegura ao reabilitado o sigilo de registros das condenações criminais anteriores, é de rigor a exclusão dos dados relativos a sentenças penais absolutórias e inquéritos arquivados dos terminais dos institutos de identificação, de modo a preservar

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as franquias democráticas consagradas em nosso ordenamento jurídico" (STJ – 6ª T. – ROMS 9.739-SP – Rel. Min. Vicente Leal – j. 05.04.2001 – RT 793/541).            No mesmo sentido trilham decisões do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:            "MANDADO DE SEGURANÇA - Matéria criminal - Absolvição definitiva por causa de exclusão de ilicitude - Direito líquido e certo que as informações sejam omitidas pelo IIRGD para certidões para fins civis - Inteligência do artigo 748 do Código de Processo Penal - Segurança parcialmente concedida" (JTJ 267/597).            "Caracteriza constrangimento ilegal e fere o princípio da dignidade da pessoa humana estatuído no art. 1º, III, da CF, o fato de se o impetrante, embora absolvido em processo-crime, não ter seus registros cancelados na delegacia de polícia e no instituto de identificação. Na hipótese, assim como no caso de reabilitação, é de rigor ser assegurado o sigilo, devendo-se aplicar o disposto no artigo 748 do CPP" (HC nº 367.316-3/0-00 – 2ª CCrim. – j. 28.01.2002 – Rel. Des. Silva Pinto – RT 803/578).            Nem se argumente que as disposições previstas nos artigos 202 da Lei de Execução Penal [01] e 748 do Código de Processo Penal [02] bastam para resolver o problema, garantindo o sigilo dos registros, sem que se precise excluí-los.            É que ambos os dispositivos dizem respeito a processos que resultaram em condenação. Eles são necessários para a Justiça Criminal e, por isso, devem ser mantidos nos arquivos da Polícia (Institutos de Identificação), com as ressalvas de sigilo.            Mas no caso sub studio, nem a própria lei faz previsão da permanência deles. Desse modo, o entendimento de que podem ser excluídos é de todo pertinente e, sem dúvida, busca preservar a dignidadade, a honra, a imagem e a intimidade do indivíduo.            No julgamento do Recurso de Hábeas Corpus nº 429.514-3/5-00, o eminente Desembargador Márcio Bártoli consignou: "(...) É irrefutável que informações constantes de registros criminais, seja qual for a sua natureza, têm o condão de, potencialmente, macular a imagem da pessoa em seu meio social, em função da falta de conhecimento técnico dos outros cidadãos. Inúmeros estudos científicos demonstraram claramente os efeitos negativos que procedimentos criminais têm sobre a reputação do indivíduo, mesmo quando tenha sido vítima. Não raro o cidadão comum busca esquivar-se de prestar depoimentos em juízo, ou mesmo de dirigir-se a distritos policiais, com medo de ter sua imagem associada ao cometimento de delitos" (TJSP – 1ª CCrim. – j. 22.09.2003 – v.u. – JTJ/Lex 273, p. 269).            Do voto do Desembargador Damião Cogan, no julgamento do Mandado de Segurança nº 397.319-3/9-00, extrai-se: "Se a reabilitação visa cancelar os registros de forma a permitir que o condenado, quando solicitada a certidão para fins civis, possa omitir eventual condenação, permitindo-se-lhe a reinserção social com maior facilidade, inclusive para obtenção de emprego, velando pela sua honorabilidade e respeito no meio em que vive, razão alguma existe para que qualquer certidão fornecida pelo IIRGD, para fins civis, contenha informações a respeito de quem foi processado e absolvido em processo criminal" (TJSP -5ª CCrim. – j. 06.2.2003 – JTJ/Lex 267, p. 601).            O juiz paulista Benedito Roberto Garcia Pozzer, em sentença proferida nos autos de habeas corpus nº 050.00.018381-4, asseverou:            "Não se olvida da necessidade histórica dos registros – inclusive no interesse público, para orientação de futuras investigações criminais ou instrução de processos penais -, mas, pela facilidade de conhecimento dos dados, por pessoas desconhecidas e que tenham acesso aos computadores do Instituto de Identificação, com possível divulgação dos fatos registrados pela polícia, prepondera o direito individual à intimidade, exigindo-se o fichamento apenas pelo Poder Judiciário que, em seus arquivos, preservará a memória dos antecedentes pessoais.            Se o escopo é acobertar o passado do condenado reabilitado, permitindo-lhe restabelecer o convívio social com dignidade e sem eternização dos efeitos da pena extinta, com maior razão há de ser protegido aquele que, por decisão judicial, foi absolvido, seja por qualquer fundamento, ou teve arquivado o inquérito policial, como é o caso do requerente" (in Boletim IBCCRIM nº 95, p. 483, outubro/2000).

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            Assim, não há razões para que inquéritos arquivados, processos encerrados com sentença absolutória, pelo cumprimento do sursis processual, trancados por hábeas corpus ou extintos em razão da prescrição da pretensão punitiva e termos circunstanciados encerrados com a transação penal há mais de 5 anos, continuem inseridos no prontuário criminal do envolvido.            Invoco, novamente, lição de Mário Sérgio Sobrinho:            "Não se nega a necessidade da existência e manutenção de um cadastro criminal completo, eficiente e seguro, cuja finalidade básica é servir de banco de dados para orientação da aplicação da lei penal e processual, podendo ser usado, ainda, como fonte de dados auxiliares para a investigação policial.            Mas o atendimento desta necessidade certamente não deverá servir de meio para o surgimento de ofensas à honra e imagem das pessoas, valores assegurados no Estado Democrático de Direito" (ob. cit., p. 116).            Como vem sendo reiteradamente decidido pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça, cabe mandado de segurança contra a autoridade judiciária que nega a exclusão, ante o malferimento do direito líquido e certo do indivíduo em ver efetivado o cancelamento do registro inócuo, sem embargo do entendimento não sedimentado de que existe, na espécie, constrangimento ilegal sanável por meio de habeas corpus.

Notas            01 Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridade policial ou por auxiliares da

Justiça, qualquer notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela prática de nova infração penal ou outros casos expressos em lei.

            02 A condenação ou condenações anteriores não serão mencionadas na folha de antecedentes do reabilitado, nem em certidão extraída dos livros

do juízo, salvo quando requisitadas por juiz criminal.

________________________________________________________________________________

FIM DOS REGISTROS CRIMINAIS PERPÉTUOS JUNTO AO INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO DE SÃO

PAULO

A INCONSTITUCIONALIDADE E ILEGALIDADE DA MANUTENÇÃO DE REGISTROS CRIMINAIS NO

BANCO DE DADOS DO INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO RICARDO GUMBLETON DAUNT

Autor: Norberto Ribeiro da Silva

O cidadão paulistano que já se viu envolvido em inquérito policial arquivado ou que já respondera

a processo criminal em que fora absolvido, tivera a extinção da punibilidade declarada ou

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cumprira integralmente sua pena, depara-se, no mais das vezes, com circunstâncias assaz

constrangedoras e vexatórias quando se candidata a uma vaga de emprego ou precisa de

autorização administrativa para exercer sua profissão (v.g. motoristas de táxi ou autônomos que

atuam no transporte coletivo), sendo preterido, ou não logrando êxito em sua pretensão, tendo

em vista o ‘vazamento’ de informação sigilosa, obtida de modo ilegal junto ao banco de dados

mantido pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt.

Em regra, a existência de inquérito policial ou processo criminal instaurados em face de um

cidadão somente deveria ser informada em atendimento a requisição judicial. Contudo, esta

disposição legal não se concretiza, havendo, na prática, divulgação contumaz e ilegal dos registros

constantes nos bancos de dados do Instituto de Identificação.

É fato notório o corriqueiro acesso a referidos registros por empresas que oferecem empregos e

‘investigam’ a vida pregressa do candidato levando em consideração o teor encontrado nos

bancos de dados do IIRGD, o que dificulta, e muito, a recolocação no mercado de trabalho do

cidadão que já se viu na qualidade de indiciado ou réu, ainda que não tenha sofrido condenação

criminal.

Com efeito, quem já se viu envolvido em inquérito policial (ainda que arquivado) ou em processo

judicial (ainda que tenha sido absolvido ou que a punibilidade tenha sido declarada extinta) acaba

sendo rotulado e estigmatizado e não consegue se reintegrar profissionalmente (e, via de

conseqüência, socialmente), transformando-se em ‘cidadão de segunda classe’, o que é

inadmissível num Estado Democrático de Direito.

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Na prática, os argumentos lançados pelo IIRGD para justificar a manutenção do registro no seu

banco de dados são, inegavelmente, contrários ao que se constata. Vale ressaltar parte deles:

“Este Instituto de Identificação jamais divulga a quem quer que seja o que está anotado em seus

cadastros, somente observando as exceções legais, ou seja, informações prestadas às autoridades

judiciárias ou para instrução de processo em concursos públicos. Sua exclusão dos arquivos físicos,

da qual decorreria a eliminação de dados do computador, impossibilitaria a prestação dessas

informações ou levaria à entrega ao Poder Judiciário de informações falsas, pois ignoraria o

instituto de habeas data” (ofício do órgão encaminhado ao Juízo da 27ª Vara Criminal Central da

Capital, encartado aos autos do processo controle n. 769/04).

Urge salientar, mutatis mutandis porquanto se refira aos casos em que há cominação de pena,

que, não obstante o quanto disposto no artigo 202 da Lei de Execução Penal, determinando o

sigilo automático dos dados relativos a processos nos quais as penas aplicadas já foram extintas (o

que, na prática, não ocorre, impondo ao interessado uma peregrinação aos órgãos públicos

envolvidos para obter a devida ‘baixa’), a regra no Estado de São Paulo evidencia que, no mais das

vezes, o comando legal que restringe as informações é desrespeitado. Primeiro, porque, como já

salientado, o ‘sigilo’ dos dados, na absoluta maioria das vezes, não é automático, mas depende de

provocação do interessado, gerando um procedimento que pode demandar longa espera.

Segundo, porque, mesmo com o ‘sigilo’ já formalizado, não há controle sobre a freqüente violação

de tais dados por empregadores e agências de empregos.

E, nestas hipóteses em que sequer houve condenação, há maior gravidade, uma vez que o só fato

de ter sido investigado administrativamente ou de ter sido denunciado criminalmente determina

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sérias dificuldades futuras para o exercício de direitos fundamentais garantidos pela Constituição

Federal, inclusive o da dignidade da pessoa humana, dada a freqüente e notória violação do dever

de sigilo.

Quando o interessado consegue, após uma verdadeira batalha contra a burocracia, formalizar o

‘sigilo’ determinado em lei, ainda assim não consegue continuar normalmente sua vida porque, se

ou quando precisa procurar novo emprego percebe que as empresas empregadoras têm acesso a

dados que deveriam ser sigilosos e, ao serem informadas acerca de qualquer registro criminal

(ainda que seja de inquérito arquivado ou processo em que o desfecho fora a absolvição ou a

extinção da punibilidade), negam a oportunidade de trabalho e o conseqüente retorno ao convívio

social, considerando o competidíssimo mercado profissional.

Mencionada situação constitui flagrante violação aos direitos fundamentais do cidadão que não

mantém qualquer pendência com a Justiça Criminal tanto que, ante esta inaceitável situação, o

Egrégio Superior Tribunal de Justiça tem determinado a exclusão definitiva dos dados de processos

criminais nos quais o réu foi absolvido ou houve declaração de extinção da punibilidade, sem

anterior condenação. Isto porque, tanto o revogado artigo 748 do Código de Processo Penal

quanto o artigo 202 da Lei de Execução Penal não impedem a exclusão desses registros pelo

singelo fato de mencionados artigos legais tratarem do sigilo de dados no caso de cumprimento

ou extinção da pena, ou seja, quando efetivamente houve condenação, mas apenas reforçam a

conclusão lógica de que nos casos em que sequer houve cominação de pena, não há qualquer

necessidade da manutenção do registro no banco de dados do Instituto de Identificação.

A exclusão dos dados, mais do que não violar os dispositivos legais do Código de Processo Penal e

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da Lei de Execução Penal, dá eficácia plena ao princípio constitucional do estado de inocência e da

dignidade da pessoa humana. Por outro lado, a negativa em proceder desta maneira sob o

argumento de respeito à lei processual penal, acaba por violar de maneira frontal o princípio

constitucional mencionado, sendo tal decisão, além de ilegal, inconstitucional, e em total

dissonância com que se espera de uma prestação jurisdicional efetiva, que pacifique a sociedade e

possibilite a plena efetividade dos direitos fundamentais do cidadão. Reportemo-nos às decisões

do STJ:

PROCESSUAL PENAL. PETIÇÃO. ART. 748 DO CPP. ANTECEDENTES CRIMINAIS. INQUÉRITOS

ARQUIVADOS. REABILITAÇÃO, ABSOLVIÇÃO E RECONHECIMENTO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO

PUNITIVA. EXCLUSÃO DE DADOS DO REGISTRO DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL. DIREITO LÍQUIDO E

CERTO. Esta Corte Superior tem entendido que, por analogia ao que dispõe o art. 748 do Código

do Processo Penal, que assegura ao reabilitado o sigilo das condenações criminais anteriores na

sua folha de antecedentes, devem ser excluídos dos terminais dos Institutos de Identificação

Criminal os dados relativos a inquéritos arquivados ou a processos nos quais tenha ocorrido a

reabilitação do condenado, a absolvição por sentença penal transitada em julgado, ou, ainda, o

reconhecimento da extinção da punibilidade do acusado, pela prescrição da pretensão punitiva do

Estado. (Precedentes). Ordem concedida. (Pet 5948 / SP PETIÇÃO 2007/0239617-6; Ministro FELIX

FISCHER; ata do julgamento 07/02/2008).

ADMINISTRATIVO - RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA - ANTECEDENTES

CRIMINAIS - INQUÉRITOS ARQUIVADOS - EXCLUSÃO DE DADOS DO REGISTRO DO INSTITUTO DE

IDENTIFICAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL. 1. Por analogia ao que dispõe o art. 748 do CPP, que assegura

ao reabilitado o sigilo das condenações criminais anteriores na sua folha de antecedentes, devem

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ser excluídos dos terminais dos Institutos de Identificação Criminal os dados relativos a inquéritos

arquivados e a processos em que tenha ocorrido a absolvição do acusado por sentença penal

transitada em julgado, de molde a preservar a intimidade do mesmo. 2. A lei confere ao

condenado reabilitado direito ao sigilo de seus registros criminais, que não podem constar de

folha de antecedentes ou certidão (arts. 93, do CP e 748, do CPP). O réu absolvido, seja qual for o

fundamento, faz jus ao cancelamento do registro pertinente, em sua folha de antecedentes. (RMS

17774/SP. Rel. Min. PAULO MEDINA, SEXTA TURMA, DJ 1.7.2004, p. 278). Recurso provido. (RMS

18540 / SP; RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DESEGURANÇA 2004/0088428-5; Ministro

HUMBERTO MARTINS; Data do julgamento: 20/03/2007)

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSUAL PENAL. INQUÉRITO POLICIAL.

ARQUIVAMENTO. PEDIDO DE EXCLUSÃO DO NOME DO IMPETRANTE NOS REGISTROS DO

INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO. SIGILO DAS INFORMAÇÕES PELO DISTRIBUIDOR CRIMINAL.

ACOLHIMENTO DO PEDIDO. PRECEDENTES. É pacífico o entendimento jurisprudencial desta eg.

Corte de Justiça, em atendimento ao disposto no art. 748 do CPP, de que os dados relativos a

inquéritos arquivados, em processos nos quais tenha ocorrido a reabilitação do condenado ou

tenha ocorrido a absolvição do acusado por sentença penal transitada em julgado, ou em caso de

reconhecimento da extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva do Estado,

devem ser excluídos do respectivo registro nos Institutos de Identificação e preservado o sigilo no

Distribuidor Criminal. Precedentes. Recurso provido. (RMS 19936 / SP; RECURSO ORDINÁRIO EM

MANDADO DE SEGURANÇA 2005/0066467-3; Ministro JOSÉ ARNALDO DA FONSECA; Data do

julgamento 08/11/2005).

Não se pode admitir que uma intercorrência criminal isolada, seja o registro de um inquérito

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policial arquivado, seja de absolvição criminal ou de um processo que teve a extinção da

punibilidade declarada, torne-se um óbice eterno e intransponível, impedindo o recomeço de uma

vida em sociedade. Para efetivar a proteção dos direitos fundamentais do cidadão, não se pode

negar exclusão de tais dados do Instituto de Identificação Criminal cujo banco de dados é utilizado

pela polícia civil (o que não se confunde com o registro no Cartório Distribuidor Criminal, que tem

acesso restrito na prática), prestigiando-se, nesse passo, as normas constitucionais, que informam

o restante do ordenamento jurídico, cabendo ao aplicador da lei sempre lhes conferir a devida

efetividade. Por outro lado, a providência da informação acerca da vida criminal pregressa do

cidadão pode muito bem ser ultimada pelo Cartório Distribuidor, prescindindo-se, pois, da

duplicidade de registro (não se faz necessária a manutenção também no IIRGD). Assim,

considerando tudo o que se aduziu, a exclusão definitiva do registro processual no banco de dados

do IIRGD deve ser determinada judicialmente, interpretando-se o quanto disposto no art. 202 da

LEP de forma consentânea com a Constituição Federal e o ordenamento jurídico penal dela

decorrente e nela firmado, não podendo o cidadão que se viu, um dia, envolvido em inquérito

policial ou processo criminal com situação regular perante o Judiciário, quer em razão de ter sido o

procedimento administrativo arquivado, quer em razão de absolvição ou extinção da punibilidade,

ou, ainda, o integral cumprimento da pena cominada, ser ‘punido’ perpetuamente.Ressalte-se,

mais uma vez, que a exclusão do registro informatizados criminais de inquérito ou processo do

banco de dados do IIRGD não acarretará qualquer prejuízo de ordem processual, eis que, a

manutenção dos registros é realizada junto aos Cartórios e pelo Distribuidores Criminais,

observado o sigilo legal, satisfaz a necessidade da informação, ademais, estão atualizadíssimas.

FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ELETRÔNICO DE PESQUISA CRIMINAIS

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EXTINÇÃO DO REGISTRO CRIMINAL PERPÉTUO NO BRASIL

SÃO PAULO – 2009

Autor da proposta: Norberto Ribeiro da Silva.

Presidente da federação Nacional das Associações e Grêmios de Bairros e Órgãos Congêneres –

FENAB, ex-coordenador da Associação Brasileira dos Agentes de Escolta e Vigilantes Penitenciários

– ABRAGEVIP, ex-assistente jurídico da equipe MACIEL & OLIVEIRA ADVOGADOS, autor intelectual

pela segunda vez do INNOVARE 2010.

Deferida

Advocacia

Edição VI - 2009

Ilustres amigos.

Eu gostaria de esclarecer a todos os pesquisadores, estudantes, juristas, magistrados, advogados

que um dos autores que possibilitou excluir registros criminais, além de um dos autores

intelectuais que ajudou a montar os primeiros mandados de segurança, petições e recursos

ordinários distribuídos no SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA em Brasília. Neste entende, efetuamos

diversas pesquisas junto aos tribunais, policia civil, arquivos públicos, PRODESP, SEREG, IIRGD,

INFOSEG que trata deste assunto. São 11 anos de pesquisas, das quais, compõem-se de

investigações dogmáticas, administrativas, forense, jurisprudências, competências e tribunais. Nos

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dias atuais, vocês podem acessar os seguintes julgamentos que são de nossa autoria, contudo,

alguns foram impetrados pelos próprios requerentes dos quais são nosso cliente. Ex: pesquisar no

google: art. 748 do CPP:http://br.vlex.com/vid/39742703 , o demandante é ADENIL DA COSTA E

SILVA. Já em São Paulo, capital, houve outros julgados, um deles é do demandante ANTONIO

TORRES DE CARVALHO, eis que, este ex-réu detinha cerca de 50 registros criminais, onde, todos

estavam absolvidos, além de diversos inquéritos arquivados, por se tratar de ilegalidade por parte

da policia e a forma que tais inquéritos foram criados, vejam:

http://webcache.googleusercontent.com/search?

q=cache:nZvTkvC3WHcJ:www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/Repositorio/20/Documentos/Teses/

Penal/16.doc+art.748+do+cpp&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

Todas estas ações foram impetradas no DIPO-05 de São Paulo, e outras nos juízes da vara comuns.

Os problemas que estão ocorrendo é que a justiça durante faze de “EXECUÇÃO” não estão

conseguindo cumprirem com êxito todas as ordens judiciais. Há casos que o IIRGD/SP anexou

ofícios nos autos aduzindo que as ordens haviam sido cumpridas e que os registros haviam sido

excluídos, ou seja, apagados. A defesa desconfiada e aborrecida resolveu fazer averiguações

particulares, oportunidade que pegou em “FLAGRANTE”, anexados aos processos, “OFÍCIOS” com

pretensão de “VICIAR” processos judiciais que iriam induzir parecer de magistrado (a) em erros

insanáveis e injustos oferecendo os processos ao arquivamento indevidamente. O instituto de

identificação só cumpre as ordens judiciais quando estão na eminência de serem descobertos ou

quando há possibilidade de aparecer escândalos, desta feita, praticam o cumprimento das ordens

judiciais rapidamente. Agora há outros casos exclusivos, ou seja, se o impetrante vencer na justiça

a solicitação da exclusão de registros informatizados, e caso ele seja um “POLICIAL CIVIL”, filho ou

Page 16: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

parente de “DELEGADO”, ou ser um “PARLAMENTAR” com grande intimidade etc.., estes

indivíduos conseguem a exclusão ou sigilo integral das informações sem ter que travar uma

intensa batalha nos tribunais. Há outro caso em que as informações são incluídas no “ARQUIVO

RESERVADO”, onde, as telas dos terminais de informática criminal em rede nas delegacias de todo

o estado de São Paulo são “BLOQUEADAS”, ou seja, um policial bandido sempre poderá ter seus

antecedentes criminais ocultados quando bem entender ou conforme for seu nível de influência

na policia, porém, já um cidadão civil só tem direito ao sigilo parcial, é a famosa frase que aparece

no cabeçário do extrato informatizado quando é impresso no papel que menciona “INFORMAÇÃO

CONFIDENCIAL”, porém todas as informações abaixo desta frase continuam a aparecer e ser

visualizadas por qualquer pessoa. Por tal razão, em alguns processos os advogados de defesa

usam a frase “SIGILO IMPRESTÁVEL”. O Diretor do IIRGD foi chamado para audiência com a MM

Juíza de Direito Corregedora do Departamento de Inquérito e Policia Judiciária do Estado de São

Paulo- Dipo-05, aduziram na presença daquela magistrada que não existe o “ARQUIVO

RESERVADO”, como então milhares de policiais, familiares e terceiros tem este arquivo, que

absurdo! O arquivado reservado não é protegido por lei, este arquivo é uma cortesia fornecida

pelo IIRGD, para alguns cidadãos que se envolveram em ocorrências e que nos dias atuais

provaram que se reabilitaram. Até o presente momento a magistrada não tomou atitudes com

energia contra aquela administração. É triste e vergonhoso para a nossa justiça e nossos Pais ver

estes absurdos carregados ocultamente por quase 60 anos e ninguém toma uma atitude. Aí eu

pergunto:

A onde estão nossos parlamentares para resolver isso?

Nada fazem para resolver isso, vou mais além, houve casos em que a justiça concedeu MULTA

Page 17: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

DIÁRIA contra o IIRGD de São Paulo e mesmo assim eles não cumpriram as ordens judiciais. Oras.

Ninguém vai preso também. Era isso que tinha a revelar a vocês, pois notei também que estes

tipos de processos estão demorando cada vez mais para serem julgados no STJ e nos tribunais do

Brasil inteiro, porque, os demandantes não tem como provar na justiça as violações de sigilo ou

que acessaram os arquivos criminais indevidamente por servidores ardilosos, isso se cria uma com

grande dificultada na execução das ordens da justiça.

ESTRATÉGIA JURÍDICA AOS ADVOGADOS

Uma boa estratégia aos advogados é solicitarem de qualquer forma imaginada “O EXTRATO DE

PESQUISAS E DE ACESSO AO SISTEMA INFORMATOZADO DOS BANCOS DE DADOS DO IIRGD” que

identifica quem são os pesquisadores clandestinos, neste estrato é possível identificar e averiguar:

“DIA, HORA, MINUTO, SEGUNDO, NOME, REPARTICIÇÃO, DEPARTAMENTO, RG, CPF” dos

pesquisadores ilegais. Somente com este estrato em mão saberão quem foram os servidores ou

policiais que acessaram o sistema para se vencer uma ação de exclusão na justiça, ademais, a

maioria dos advogados desconhece este “documento” de controle da informação. É prova cabal

para uma ação indenizatória milionária junto à vara da fazenda pública. Sem este documento em

mãos ou anexado aos autos, seria somente trocadilhos de palavras desperdiçadas com o

magistrado, apesar da autoridade judiciária conhecer tal documento de controle de acesso as

pesquisas, omite-se também em solicitá-la, passando despercebido durante todo o processo.

Esclarece também que certamente o pesquisador será processado pelas pesquisas ilegais,

assumirá todo o prejuízo causado ao impetrante com toda certeza. E mesmo aduza ter utilizou a

pesquisa incluindo-a em inquérito que o cidadão nunca teve envolvimento, responderá por

diversos crimes administrativos e culminará em sua exclusão dos quadros e das fileiras policiais

para sempre.

Page 18: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

PROJETO INNOVARE 2009.

Deferida

Advocacia

Edição VI - 2009

Ilustre amigos.

Trata-se de projeto de reforma e modernização dos bancos de dados da justiça, que são

integrados com os da policia civil de São Paulo, eis que, quando um cidadão é absolvido, ou tenha

a pena prescrita à pretensão punitiva, ou o inquérito é arquivado, os cidadãos têm sua vida

estigmatizada para todo o sempre, visto que, os sigilos ofertados pelos órgãos policiais são

obsoletos, desatualizados, desrespeitosos, e não há nos dias atuais uma fiscalização eficaz por

parte da justiça junto aos atos administrativos do INSTITUTO DE IDENTIICAÇÃO RICARDO

GUMBLENTON DAUNT - IIRGD/SP. Por tal razão, o meu projeto visa, trazer e incluir na sociedade

pessoas que durante uma vida inteira foram banidas de obter trabalho honesto ou ficaram

impossibilitada de seguir carreira profissional em todos os aspectos, o projeto, também, combate

e evita a marginalização, a descriminalização por parte da policia, e evita o tratamento marginal e

cruel em sociedade por decorrência de registros eternos arquivados. O presente projeto visa a

privilegiar que a justiça faça a exclusão destes registros diretamente no sistema sem que haja

necessidade requere-la junto à polícia civil.

Benefícios alcançados que tornaram a Justiça rápida e eficiente.

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Visa exclusivamente a reduzir inúmeros processos de execução que tramitam no DIPO-05, DIPO

03- DIPO -02, E VARAS CRIMINAIS DE SÃO PAULO E COMARCAS DIVERSAS, uma vez que, o

magistrado, pode deter em seu próprio oficio tecnologia própria para fazer exclusão de registros e

dados criminais indevidos sem ter que ocorrer uma intensa batalha judicial que seguem até ao

Superior Tribunal de Justiça. Economia em despesas, verbas públicas do Poder Judiciário, e

economia processual rápida e eficaz.

Há quanto tempo à prática está em funcionamento?

Os registros criminais são perpétuos, eis que, mesmo ocorrendo à inocência os registros

permanecem por mais 15 (quinze) anos após a morte da pessoa processada, visto que, o principio

da percentualidade é existente, cidadão, ficam impedidas de obter trabalho honesto, pois os

registros públicos criminais são redistribuídos e a sua divulgação é escandalosa, ademais,

empresas de direito privado como seguradora de cargas detém os registros através de policiais

indevidamente, o projeto visa a combater o acesso indevido aos registros eletronicamente.

Criando-se, uma ouvidoria especial, sistema de identificação de senhas eletrônicas do pesquisador

ilegal, e punição aqueles que lucram com a venda destes registros a empresas de direito privadas

sem expressa ordem judicial.

Explique como sua prática contribui para a rapidez e eficiência da Justiça.

Uma vez permitido a instalação de terminais integrados com a PRODESP e com o STI do tribunal

de justiça de todo o Estado de São Paulo, o juiz após apreciação do pedido, depois de deferido,

Page 20: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

determinará que o diretor geral do cartório oficie, EXCLUA OS REGISTROS CRIMINAIS perpétuos da

vida do cidadão dos arquivos da policia civil para todo o sempre, contudo, já os existentes na

justiça não poderão ser cancelados, visto que o magistrado poderá ter acesso aos registros a

qualquer tempo. Haveria uma enorme economia processual, o cidadão, com registros a mais de 25

anos, ficaria satisfeito, eis que, este ato traria a eles SATISFAÇÃO DE RECOMEÇAR NOVAMENTE,

visto que, este é um dos principais papeis do CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, e poderá

possibilitar a REINTEGRAÇÃO SOCIAL de forma eficaz e REAL!

Qual a principal inovação da sua prática?

1) Com o fim do registro criminal perpétuo na vida do cidadão, já as claras a plena satisfação

pessoal do cidadão, visto, poder prestar concursos públicos; 2) economia de despesas com o

INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO; 3) economia com os trabalhos realizados por oficial de justiça, 4)

economia com combustível com as intimações; 5) com a instalação da tecnologia da informação e

de segurança da informação, os magistrados terão, também, plena autonomia aos registros da

policia sem que tenham que expedir ofícios e poderão fiscalizar que a ordem judicial foi

efetivamente cumprida, visto que, o IIRGD/SP não cumpre as ordens judiciais.

Explique o processo de implementação da prática.

Iniciou-se a partir do recurso 5452 julgado pelo Ministro Hélio Monsiman do Superior Tribunal de

Justiça, eis que, após comunicado via telex a vara de origem a decisão judicial, iniciou-se, outra

enorme briga jurídica que É A DE EXECUÇÃO desnecessária, pois, o IIRGD/SP pode cumprir a

ordem judicial em apenas 10 (dez) dias, porém, faz questão de discuti-la em execução por cerca de

3 a 5 anos na vara do DIPO-05. Nesse condão, iniciaram-se, estudos, para que a MM Juíza daquela

Page 21: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

corregedoria solicita-se um sistema independente para que a mesma pudesse deliberar

diretamente nos registros cadastrais da policia civil junto ao INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO.

Quais as dificuldades encontradas?

São milhares de ordens judicias que não são cumpridas pela policia civil, visto que, os magistrados

expedem ofícios, porém, os registros não são excluídos definitivamente, ademais, ocorre

desvirtuação das ementas e das decisões judicias nos julgados por parte do INSTITUTO DE

IDENTIFICAÇÃO, ancorando, nos autos de execução ofícios cujas informações muitas vezes são

inverídicas.

Quais os fatores de sucesso da prática?

Desta forma, criando-se, uma célula de acesso rápido ao sistema PRODESP, pelo magistrado, não

mais será necessário brigar por anos com o INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO, ademais, sabemos que

nos dias atuais há cerca de 22.000.000 (vinte dois milhões) de pessoas com registros arquivados,

isso só no Estado de São Paulo, nos últimos 60 anos, ou seja, mais da metade da população

paulistana detém registro criminal arquivado perpétuo, e estão banidas dos interesses sociais do

estado ex: concursos públicos.

Outras Observações.

Passando, o Magistrado a ter está autonomia de excluir o registro eterno do cidadão diretamente

e independente de autorização da policia civil, o cidadão, está obtendo um incentivo social para

progredir, se auto valorizar, crescer profissionalmente, e lutar pelo estado democrático de direito,

que atualmente, está desvalorizado e a justiça está totalmente sem prestigio nesse entender,

nesse ramerrão, a justiça passaria a ser vista com brilho e iluminismo por todos definitivamente.

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Descreva resumidamente as etapas de funcionamento da prática.

1) Petitório ao juiz do processo.

2) após deferido cumpra-se.

3) Fica encarregado o diretor do Oficio de executá-la diretamente sem expressa autorização da

policia civil.

4) Instalação de sistema de informática integrado com a PRODESP para inclusão e exclusão de

registros, e de retificação de informações pelos cartórios da justiça.

5) Os autos não mais prosseguiriam até o tribunal de 2º e 3º grau.

6) Economia processual integral de 100 (cem por cento)%

7) economia dos trabalhos físicos do oficial de justiça.

8) economia dos trabalhos realizados pelos serventuários da justiça,

9) economia de tempo, serviços, transportes, combustível, papel, correio, etc...

10) economia dos trabalhos de julgamento dos magistrados em todo o estado.

Equipe.

(Está sendo discutido gasto de aproximadamente R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) que, será

destinado apenas para a CAPITAL DE SÃO PAULO, já no caso do restante do Estado o gasto poderá

atingir cerca de R$ 8.000.000,00 9oito milhões de reais), valor este que em 02 (dois anos) poderá

ser recuperado com a economia dos serviços expostos no item acima.

Equipamentos / Sistemas.

CUMPUTADORES, E REDE, SINAL DE INTERNET, INTRANET E EXTRANET APENAS UM OPERADOR DE

SISTEMA CAPACITADO PARA O TRABALHO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E 03 TÉCNICOS,

PODENDO, SER DA PRÓPRIA PRODESP OU STI.

Page 23: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

Infraestrutura.

Os equipamentos físicos permaneceriam na própria justiça dentro dos cartórios, não haveria

gastos com infraestrutura.

Parceria.

Apenas com as empresas da TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PRODESP, SOFTPLAN, STI, INFOSEG,

ETC.., do qual o estado já detém convênio.

Orçamento.

Gasto Estimado R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais)- para as primeiras implantações do sistema

unificado com a justiça

Outros recursos.

O poder judiciário detém verbas próprias para isso, porém, o poder executivo federal poderá

liberar as verbas para este fim também, uma vez que, os trabalhos são de solidariedade entre os

Cooperados.

Autor da Proposta.

EXCLUSÃO DOS REGISTROS E DADOS CADASTRAIS PERPÉTUOS

NA VIDA DO CIDADÃO – 2009.

Cargo do Autor da Proposta

Advogado – Estagiários - Coordenadores

E-mail: [email protected][email protected]

Website blog: http://www.fenab2009.blogspot.com/

Telefones (011)- 2712-2510 ou (011) 9129-1145

Page 24: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

EXIGÊNCIAS JUDICIAIS SOLICITADAS

EM 30/04/2010

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) MINISTRO (A) DE JUSTIÇA DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA.

A/C MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS

ADENDO A PETIÇÃO INCIAL.

PROCESSO: XXXXXXXXXXXXXXX

PARTE, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, Já qualificado na ação que tramita nesta egrégia corte superior

de justiça, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência através de seus advogados expor

e requerer o quanto segue:

DOS FATOS:

É possível excluir registros sigilosos do banco de dados dos institutos de investigações sobre a

situação criminal de cidadãos descritos nas exceções dos artigos 748 do Código de Processo Penal

e 202 da Lei de Execuções Penais, que objetivam restringir apenas a agentes públicos o acesso aos

Page 25: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

registros sob sigilo que a consultam sem ordem judicial e sem ordem hierárquica, sem qualquer

fiscalização da prestadora de serviços PRODESP.

Ínclita julgadora, ao obter certidão de informações criminais, verificou que os antecedentes

criminais ficavam registrados no Instituto de Identificação da Secretaria de Segurança Pública do

Estado de São Paulo e poderiam ser consultados eletronicamente pelos sistemas informatizados

das delegacias de Polícia em “rede”, além das demais unidades de Segurança Pública das seguintes

formas:

“Em rede, sem controle da consulta, sem ordem ou permissão hierárquica, uso indevidos das

senhas confidenciais indiscriminadamente, órgãos sem qualquer fiscalização das pesquisas e dos

registros pela justiça principalmente pela prestadora de serviços PRODESP”.

E quando há solicitação de exclusão, aduz a policia estar agindo de boa fé. Nas ações judiciais, não

anexam o extrato informatizado, onde, aparece a identificação dos pesquisadores e suas senhas e

todas as pesquisas realizadas na ficha do cidadão que identifica a senha e o RG do servidor

público, eis que, culminaria em imediata condenação antecipada.

Apesar de não constar estas informações no processo, pois, o magistrado de 1º, 2º, 3º grau não

cautelou-se em solicitá-las, por tais razões, todos perdem as ações judiciais. Apenas fazem

referência a crime na certidão, pois os dados são insuscetíveis de figurar em atestados públicos.

Segundo alegou, isso estaria atrapalhando a sua busca por emprego, ademais, as informações

passou a constar também na internet no portal do Tribunal de Justiça, possível de identificação

pelo Nome Completo, RG, CPF, além disso, todas as informações estão sendo redistribuído a

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outros órgãos indiscriminadamente sem controle e de qualquer maneira, por tal razão, o sigilo

tornou-se imprestável.

A policia civil em 100 anos de existência nunca realizou qualquer estatística sobre o assunto,

ademais, mente há 100 anos e prejudica pessoas há 100 anos, pois não colabora em nada na

reintegração social destes indivíduos, muito pior prejudica ainda mais!

Em primeira instância, o pedido foi negado. Segundo o juiz, o magistrado não pode determinar o

cancelamento desses registros pelos órgãos de Segurança Pública, à vista do estabelecido no

artigo 748, in fine, do Código de Processo Penal. O cidadão protestou, invocando a parte inicial do

artigo 748 do Código de Processo Penal e o inciso LVII do artigo 5º da Constituição Federal/1988 e

requereu a nulidade do ato e o cumprimento da decisão jurisprudencial do Superior Tribunal de

Justiça, uma vez que, independente de prejudica-lo na busca de emprego os registros ofender a

sua dignidade, cria-se uma enorme marginalização e é visto com preconceito por outras pessoas,

principalmente se tiver um policial que o conhece por perto que automaticamente cria “ESTIGMA”

para outras pessoas.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), no entanto, denegou o mandado de segurança

impetrado contra ato do juiz de direito. Ao negar a segurança, o tribunal paulista se fundamentou

na necessidade de dados estatísticos para suprir o comando do artigo 748, in fine, eis que, a

policia nunca o fez em quase 100 anos de existência, imposto conforme Código de Processo Penal.

Ainda segundo o tribunal estadual, o sigilo acerca dos dados constantes dos registros não se

confunde com a exclusão e cancelamento do pedido pelo impetrante, onde, estas informações

não poderão ser omitidas quando requisitados por autoridade judiciária ou pelo Ministério

Page 27: A EXCLUSÃO DO NOME DE REGISTROS DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

Público, pois estão cadastradas no “DISTRIBUIDOR” da justiça, ademais são informações

atualizadíssimas.

Na policia as informações são desatualizadas, algumas milhares com dados inverídicos, inclusão de

dados de inocente no sistema sem possibilidades de excluir estes registros, não retificam os dados

cadastrais, e incluem mais e mais informações recursais na lista informatizada.

Na maioria dos casos, nos recursos em mandado de segurança dirigido ao STJ, a Defensoria

Pública ratificou os seguintes argumentos iniciais assemelhados.

O Ministério Público, em parecer, opinou pelo não provimento do recurso.

“O acesso aos terminais do IIRGD pelas repartições policiais e congêneres não retira a natureza

sigilosa dos registros”. “Se falhas há, não podem, por si sós, contaminar todo um sistema que

objetiva assegurar o controle e a identificação de informações necessárias ao bom

desenvolvimento dos procedimentos criminais e dos registros da própria comunidade.”

Preliminarmente:

Não há em que se falar de contaminação do sistema, eis que, o direito busca corrigir o interesse

de uma única pessoa prejudicada há muitos 20 anos, em torno de milhões de pessoas cadastradas

no sistema criminal, o sigilo oferecido é fantasiosa e imprestável, ou seja, “falso”.

Proferir uma sentença omitindo-se sobre estas questões não acabaria com a demanda de ações

judiciais contra o IIRGD/SP, pois, se fosse verdadeira as informações no papel por parte do IIRGD

até mesmo dentro dos autos, não haveria necessidade deste órgão ser processado tantas vezes.

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O que esta ocorrendo é uma “DITADURA MILITAR INRRUSTIDA”, pois nem mesmo o juiz(a) de

primeiras instância, ademais, “CORREGEDORES” não estão conseguindo concluir o cumprimento

das ordens judiciais desta egrégia corte superior, porque, a policia se porta como se fosse algo

supremo “SUPERIOR” a própria justiça e o desejo popular não vale nada.

Oras.

Para que então existem tribunais, uma vez que a policia age em nome da própria justiça sem

solicitar permissão?

Ao notar que o IIRGD/SP, esta perdendo algumas ações não vem cumprindo as ordens judiciais

mesmo assim, junto aos DIPO -05, e vicia as ações judicias com ofícios e certidões

“inexplicavelmente com argumentos falsos” e na maior cara de pau!

A defesa contestou algumas ações e nada foi resolvido pelo magistrado de primeira instância até

os dias atuais, pior ofertou arquivamento na primeira oportunidade que teve em mãos!

E para Vossa Excelência ter ideia da realidade dos fatos, a cada processo que é aberto contra o

IIRGD sempre tem um motivo novo, ou uma descoberta nova que é encontrada pelos advogados,

magistrados sobre o instituto de identificação, por tal razão, as jurisprudências divergem uma das

outras, ou seja, umas concedem outras são denegatórias.

Por que isso?

Falta das informações que são secretas e de interesse da policia em protegê-las, pois, se os

servidores fossem realmente identificados, não seria necessário processar o IIRGD/SP, onde, estas

informações deveriam estar obrigatoriamente acostadas nos processos junto à ação judicial.

“Poucos advogados, magistrados e promotores sabem que é possível identificar “DIA, HORA,

MINUTO, SEGUNDO, NOME, RG, REPARTIÇÃO, SESSÃO, DEPARTAMENTO, que o pesquisador ilegal

trabalha”.

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Se isto é ancorado nos autos, culmina no encerramento do processo de exclusão rapidamente,

além de ser uma enorme prova judicial.

Recentemente, foram encontrados anexados em “processos” junto ao DIPO-05, vários ofícios

aduzindo que havia cumprido todas as ordens judiciais, relativo às sentenças proferidas e

expedidas pelo STJ.

Em alguns casos foram oferecidas denuncia dentro dos autos, pois os ofícios objetivavam induzir

analise de magistrado em erro, atitude gravíssima e de ato via oficio, com pretensão de prejudicar

o andamento normal do processo e violando o principio da legalidade processual.

Oras.

O que adianta fornecer sigilo se investigadores de policia e bisbilhoteiros alheios insistem em fazer

pesquisas às escondidas sobre a vida do cidadão para lhe trazer alguns prejuízos futuros. Só não

há dados concretos que apontem a tentativa de quebra de sigilo, porque, a autoridade judiciária

não as solicitou junto a PRODESP, onde, repito novamente, demonstraram as senhas, as datas das

consultas, os RGs, dos pesquisadores, ademais, sem que o cidadão soubesse destas

pesquisas efetuadas.

Deixa claro que o cidadão muito menos o impetrante não tem como saber o que o IIRGD/SP faz e

como administra estas informações que deveriam ser confidencias e de interesse secreto do

estado.

Oras.

A conclusão que tiro é que por intermédio deste policiais deste órgão que desconhecemos há

possibilidade de venda das informações a empresas e a particulares, ocultam abafando tudo.

O que realmente deve-se realizar neste ato por Vossa Excelência é a propositura de “ABERTURA

DE AUDITORIA INVESTIGATIVA” que poderá ser acompanhada pela “CORREGEDORIA GERAL DE

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JUSTIÇA DE SÃO PAULO”, contra o IIRGD, pois, estamos falando em milhares de ordens judicias de

1º e 2º instâncias jurisdicionais NUNCA CUMPRIDAS.

Esclareço que cópia deste petitório irá para os jornais e rede de televisão.

E há sim prejuízos na busca de empregos, pois, sempre alguém busca emprego em empresa de

direito privado de médio e grande porte, há pessoas ligadas a policia ou policiais que fazem

“bicos” que aproveitam da oportunidade para efetuarem com maior facilidade as pesquisas

sigilosas sobre o RG do cidadão e isto já se tornou um costume dentro dos órgãos públicos

policiais que deve de gora em diante acabarem.

Não há qualquer necessidade de explicar que policiais civis e militares estão impedidos de exercer

“trabalho externo em empresas privadas, fazerem bicos, biscantarem, abrir empresa etc..”.

Ademais, isto é função obrigatória das “SEGURANÇAS PATRIMONIAIS DE SEGURANÇA PRIVADA” e

não da policia que se mete em tudo em qualquer lugar!

E ao checar quem são os proprietários destas empresas de segurança privada, topamos de frente

com uma enorme demanda de policiais graduados.

Estas aí todas as explicações por que nossa segurança pública é marginalizada e corrupta, pois, até

incluir na constituição federal que:

“O Poder Legislativo esta impedido de criar leis para a segurança pública e que isso é uma

exclusividade deles”!

“Segundo o órgão ministerial, não há, no processo, qualquer dado concreto de que o sigilo esteja

sendo, por qualquer forma, desrespeitado. “O acesso à integralidade das informações através de

requisição do juiz é de rigor”. A não obtenção de emprego por parte do impetrante não pode ser

debitada à existência dos registros sigilosos”, ressaltou. Único a votar até agora, o ministro

Humberto Martins, relator do caso, negou provimento ao recurso. “Não deve o julgador presumir

a violação da norma pelos agentes do Estado, pois o sigilo dos dados em questão tem a proteção

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de diversas leis administrativas e penais. Se, de fato, houve vazamento, deve ser facultada a busca

pela correspondente sanção para a conduta ilegal, e não a exclusão dos dados sigilosos”.

Os dados devem ser excluídos, não há qualquer prejuízo a policia civil, manter estas informações

em seus bancos de dados, pois, estas informações já existem no tribunal de justiça de São Paulo,

armazenadas da seguinte forma: “arquivadas em papel físico, informatizadas, digitalizadas,

microfilmadas, anotadas em livros e fichários, ademais os processos originais estão no arquivo

geral do estado”.

Esclarece que não trará nenhuma melhoria ao sistema se as mesmas forem excluídas, ademais, o

que não pode ocorrer é que estas informações caiam em mãos erradas também, e não havendo

sucesso nas averiguações policiais relativas ao pesquisador ilegal, deve-se haver maior atenção

ainda sobre os pareceres policiais nos autos.

Recentemente, houve juntado ao IIRGD/SP, abertura de investigação contra uma empresa

privada, eis que, o impetrante foi excluído dos quadros profissionais após entregar a sua

documentação para iniciar as suas funções profissionais na empresa, ou seja, mal entregou a

documentação foi dispensado do emprego.

E mesmo que haja averiguações policiais neste sentido, não geram sucesso algum na descoberta

do infrator, pois fazem de tudo para advogar em favor do sistema e arquivar a ação, assim não

gerando provas.

Deve ser proferida a ação, pois, o sistema eletrônico é vicioso e induz a gerar reflexos negativos na

vida do cidadão e em ações judiciais, para todo o sempre, pois, o magistrado baseia-se somente

na documentação que a ele consta nos autos, ficando, totalmente inerte a realidade dos fatos,

pugna ainda pelo reconhecimento constitucional, além do IIRGD atropelar integralmente ao art.

748 do CPP e art. 202 da LEP a cerca de 30 anos consecutivos.

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Impõem-se a exclusão desses registros e abrase auditoria e fiscalização dos atos administrativos.

Por fim, esclareço que recentemente o banco de dados do impetrante foi novamente violado,

ademais, efetuou denuncia junto criminal, podendo, Vossa Excelência, requerer diligencias para

saber quem são os pesquisadores clandestinos da própria policia.

Isto posto, vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, requerer e sugerir o que passa a

expender:

a) Sugere a Vossa Excelência em caráter de urgência a abertura de “AUDITORIA INVESTIGATIVA E

DE FISCALIZAÇÃO CONTRA O IIRGD/SP”, averiguando todas as ordens judiciais que não foram

cumpridas, a contar do ano de 1980.

b) Requer, de Vossa Excelência antecipadamente que converta o julgamento em diligências

obrigatórias, para suprir todas as informações oriundas não aparentes dentro dos autos, obtendo,

desta feita, o estrado de pesquisas realizadas dos últimos 02 (dois) anos em nome do impetrante

junto a PRODESP, que tem pr finalidade a identificação de toda as consultas realizadas no RG em

nome do demandante.

c) Requer, caso seja concedido à possibilidade de criar uma AUDITORIA contra o IIRGD, que a

mesma seja realizada e apurada pela CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO E

MINISTÉRIO PÚBLICO.

São Paulo, 30 de abril de 2010.

Termos em que,

Pede deferimento

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Nome:

OAB