a educação comparada e a formação de professores

35
A Educação Comparada e a Formação de Professores Universidade da Madeira Curso de Ciências da Educação Educação Comparada Alexandra Silva, Cátia Balsa, Débora Soares, Mónica Ribeiro

Upload: nissim-franklin

Post on 03-Jan-2016

72 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

A Educação Comparada e a Formação de Professores. Universidade da Madeira Curso de Ciências da Educação Educação Comparada Alexandra Silva, Cátia Balsa, Débora Soares, Mónica Ribeiro. Friedrich Schneider. Divide a Educação Comparada em dois períodos: Pedagogia do estrangeiro (1) - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

A Educao Comparada e a Formao de Professores

A Educao Comparada e a Formao de ProfessoresUniversidade da Madeira Curso de Cincias da Educao Educao ComparadaAlexandra Silva, Ctia Balsa, Dbora Soares, Mnica Ribeiro

Friedrich SchneiderDivide a Educao Comparada em dois perodos:Pedagogia do estrangeiro (1)Pedagogia comparada (2)

(1) Caracterizado pelo produto das viagens de estudo ao estrangeiro realizadas por pedagogos e polticos, que observam a organizao educativa dos pases que visita e compara com o nosso pas.

(2) Busca a explicao dos factos pedaggicos (suas foras determinantes ou factores configurativos). George Bereday Estabelece na Educao Comparada trs perodos:Emprstimo (1)Predio (2)Anlise (3)

(1) Sculo XIX: busca a apresentao de dados descritivos, utilizando a comparao, com o objectivo de avaliar as melhores prticas educativas.

(2) 1 metade do sculo XX: sociedade a base do sistema educativo , logo o sistema educativo no parte separvel da sociedade.

(3) Classificao dos factos educativos e sociais: Preocupao em desenvolver teorias e mtodos e estabelecer etapas/ processos/ mecanismos comparativos. Alexandre Vexliar Divide a Educao Comparada em quatro perodos:Etapa estrutural (1)Inquiridores (2)Sistematizaes tericas (3)Prospectivo (4)

(1) Esquisse de Marc-Antoine Jullien de Paris (1817)

Marco inicial da Educao Comparada

Princpios Arquitecturais Princpios metodolgicos dos estudos comparados em educao.

(2) (1830 a 1914) :Os inquiridores percorreram a Europa;Estados Unidos da Amrica estudaram os sistemas educativos desses pases.

(3) (1920-1940) :Preocupaes histricas

(4) (Aps 2 Guerra Mundial. Sobretudo depois de 1955):Os estudos de comparao da Educao passam a estar voltados para o futuro.

Noah e EcksteinDivide a Educao Comparada em cinco perodos:

(1) Viajantes(2) Inquiridores(3) Colaborao internacional(4) Foras e factores(5) Explicao pelas cincias sociais.

(1) Trabalhos assistemticos

Curiosidade

Interpretao Subjectiva

(2) Sculo XIX : Os observadores deslocavam-se a vrios pases recolhendo dados, que ir servir para melhorar o sistema do seu pas.

(3) Intercmbio cultural motivadoEducao e um instrumento de harmonia e entendimento entre naes

(4) Entre as duas grandes guerras: Dinmica das relaes entre a educao e a culturaProcuram explicaes para variedade de fenmenos educativos

Compreenso das relaes escola-sociedade atravs da analise histrica culturalista

Explicar o presente a partir das dinmicas legadas pelo passado.

(5) Esclarecer cientificamente as relaes entre a educao e a sociedade. Ferran FerrerProps 4 etapas:

Jullien De Paris (a)Etapa Descritiva (b)Etapa interpretativa (c)Etapa Comparativa (d)

Jullien De Paris (a)

Pai da Educao Comparada;Obra publicada em 1817, introduziu a comparao na abordagem da Educao. O objectivo era de lanar um projecto que consistia em recolher informaes para a elaborao de um quadro comparativo dos diversos estabelecimentos, bem como do seu funcionamento e seus mtodos.

A sua obra

Esquisse et vues prliminaires dunOuvrage sur lducacion compare, entrepris dabord pour les vingtdeux cantons de laSuisse, et pour quelques pares de lAllemagne et de lItalie, et qui doit comprendresuccessivement, daprs le mme plan, tous les Etats delEurope (1817)

Dividida em 2 partes:

Na primeira parte da obra temos as justificaes do projecto e objectivosNa segunda parte temos a apresentao de um instrumento de recolha de dados

Contribuies de Jullien para a Educao Comparada:

Importncia que tem o manejar uma metodologia emprica e cientfica;Necessidade de elaborar instrumentos que servem tal finalidade;Importncia de factores externos sobre a educao;As vantagens que tem o conhecimento da educao noutros pases;A contribuio da Educao Comparada no progresso da educao no mundo;

Apesar de ambicioso o projecto da Jullien De Paris no foi bem compreendido e foi ignorado pelos governos.

Etapa Descritiva (b)

O objectivo neste perodo era o de conhecer como se organizava o ensino em pases desenvolvidos, para importar os aspectos que poderiam trazer melhorias aos prprios sistemas escolares.

Neste perodo j h indcios de que a mera descrio dos sistemas nacionais de outros pases era insuficiente para a compreenso dos fenmenos da educao.

Michael Sadler (Protagoniza umaalterao na forma de abordar a educao Comparada. Sendo considerado o percursos da etapa seguinte)

Etapa Interpretativa (c)

O ano de 1900, considerado o inicio desta etapa, nele houve acontecimentos que deram a arrancada na Educao Comparada

Organizao de um curso Universitrio de Educao Comparada na Universidade de Colmbia (James. E. Russell)

Publicao de um texto de Michael Sadler

Estes acontecimentos levam sistematizao de conhecimentos e deram uma espcie de autodeterminao educao Comparada

Michael Sadler (Iniciador de uma concepo terica em Educao Comparada)

Principais contribuies para a educao comparada:Realou a importncia de se compreender o esprito e a tradio dos sistemas educativos Salientou a convenincia de se estudar os sistemas educativos estrangeiros para uma melhor compreenso do seu prprioPerspectivou uma dimenso sociolgica Advertiu para o inconveniente de a Educao Comparada se tornar refm da estatstica

Neste perodo h a preocupao em descrever a educao dos outros pases mas tambm para encontrar causas e interpret-las, atravs de 3 abordagens: Interpretativo histrica (1)Interpretativo - antropolgico (2)Interpretativo - filosfico (3)

Abordagem interpretativo histrica (Nesta abordagem destacam-se Isaac L. Kandel e Nicholas Hans)Isaac Kandel

Este deu especial ateno aos factores histricos. Ele acredita que a histria dos povos permite descobrir particularidades existentes nos sistemas educativos. Maiores contribuies de Kandel para a EC: Insistncia na recolha de dados fiveisNa necessidade de analisar o contexto histrico de cada sistema educativoNa necessidade da explicao

Nicholas Hans(Utiliza tanto a histria quanto a sociologia na interpretao dos dados).

Para este os factores determinantes do sistema educativo so:

Factores naturais (raa, lngua, meio)Factores religiosos (Catolicismo, Anglicanismo)Factores Seculares (Humanismo, Socialismo, Democracia)

A compreenso do carcter nacional fundamental para interpretar os sistemas nacionais de educao.

O carcter nacional era entendido como resultado de:Misturas raciaisAdaptaes lingusticasMovimentos religiososSituaes histricas e geogrficas em geral

Abordagem interpretativo - antropolgica Nesta abordagem temos duas posies a de Schneider e a de Moehlman. Schneider

Considerava que o estudo comparativo s tinha sentido se fossem analisados vrios factores:Carcter nacionalEspao geogrficoCulturaCinciaFilosofiaEstrutura socialPolticaEconomiaReligioInfluncias estrangeirasInfluncias de correntes da evoluo da pedagogia

Schneider d grande importncia ao factor endgeno (imanente, interno ou potencial), na estruturao dos sistemas educativos nacionais

Arthur H. Moehlman

Para este a EC necessita de um princpio de classificao vlida. Na sua opinio, o perfil da educao em cada sociedade determinado pela interaco de 14 factores:

Populao, espao, tempoLinguagem, arte, filosofia, religioEstrutura social, governo, economiaTecnologia, Cincia, sade, educao

Abordagem interpretativo filosfico Destaca-se J.A. Laweris e Sergius Hessen

Laweris

A EC deveria atender a estilos nacionais de filosofia, porque os diversos povos apresentam uma inclinao para um determinado tipo de pensamento filosfico. Mesmo assim este no exclua outras abordagens (histrica, sociolgica, antropolgica, etc.) Etapa Comparativa Esta etapa situa-se no perodo entre as duas guerras, este perodo caracterizou-se pelo acumular de observaes e explicaes vagas Denotam atraso na utilizao da estatstica e da anlise sociolgica Nos anos seguintes, houve a tentativa de renovao da Educao Comparada atravs de abordagens diversificadas Abordagem positivista (I)Abordagem de resoluo de problemas (II)Abordagem crtica (III)Abordagem scio histrica (IV)Abordagem positivista Situa-se no final da Grande Guerra, at ao final dos anos sessenta. Esta abordagem claramente descritiva, no tendo uma dimenso histrica nem explicativa, esta abordagem mais operatria e cientfica A partir da dcada de sessenta, surge uma perspectiva estrutural funcionalista, busca estabelecer uma relao entre a estrutura e a funo das instituies educacionais

Nesta abordagem destaca-se Kazamias e Anderson. KAZAMIAS

A educao comparada deviaUma base cientfica: seus estudosdeveriam ter objectividade, utilizandoo mtodo funcionalista e a tcnica das Covariaes.

O seu objectivo deveria ser a de descobrir as funes que as escolas, como estruturas sociais desempenham em cada pas. Anderson Sugere que a investigao comparativa deve atender a duas dimenses:A situao educativa em si (anlise intra-educativa)

A relao dos aspectos educativos com o seu contexto (anlise social-educativa)

O maior objectivo com a utilizao desta abordagem foi o de fornecer um quadro interpretativo mais fivel, o de trabalhar aspectos mais manejveis da realidade e a de formular generalizaes passveis de convalidao emprica

Noah e Eckstein Uma anlise cientfica, com o objectivo de formular e comprovar hipteses para alcanar um nvel explicativo rigoroso, atravs do estabelecimento de relaes causais entre fenmenos educativos e sociais, denominado como um modelo emprico quantitativo Tinha como objectivo:

Generalizar os dados obtidos, alm dos limites de uma s sociedadeOferecer um campo de investigao para testar proposies, passveis de prova em um contexto internacionalPrestar-se colaborao interdisciplinarTransformar a EC, numa rea de conhecimento para introduzir reflexes e orientar decises da poltica

Abordagem de resoluo de Problemas Desde meados dos anos sessenta Brian Holmes, o comparatista mais conhecido desta abordagem Ele afirma que preciso partir dos problemas especficos que existem nas diversas sociedades e procurar solues mais convenientes

Para Holmes as principais fases desta abordagem so:Anlise dos problemasFormulao de hiptesesEspecificao das condies iniciais nas quais o problema foi localizadoPredio lgica dos resultados provveis a partir das hipteses adotadasComparao dos resultados logicamente preditos com os acontecimentos verdadeiros

Abordagem Crtica Nos anos setenta, a escola passa a ser um importante aparelho ideolgico do Estado, um instrumento de dominao e reproduo da Ideologia dominante Comeam a surgir discursos crticos, sobre a ao das organizaes e das polticas, que dizem respeito ao Terceiro Mundo

Martin Carnoy (1974)

Um dos pioneiros desta abordagem, procurou explicar as bases estruturais da desigualdade educacional, atravs da anlise da expanso diferenciada da educao escolarA partir da abordagem crtica assiste-se a uma renovao do objecto de comparao As crticas dos anos setenta deram origem a uma literatura que se debrua sobre: Os que vo escolaDiferena de oportunidadesExperiencias Resultados das mulheresMinorias tnicas e raciaisDiferentes estados sociaisAbordagem scio histrica

Ao longo da ltima dcada do sculo XX, acentuou-se que a complexidade da realidade, no poderia ser tratada com abordagens que buscam uma explicao nica e neutra

Ferreira mostra que a abordagem scio-histrica, procura reformular o projecto de comparao passando da anlise dos factos anlise do sentido histrico dos factos

A investigao comparativa deve partir para a compreenso, interpretando, indagando e construindo os factos e no somente os descrevendo